notas fiscais - novembro

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1>NOTAS FISCAIS Novembro de 2012 A Secretaria de Estado da Fazenda dará início neste mês de dezembro à operação que está sendo conside- rada a maior ação da história do fisco esta- dual em relação ao número de contribuintes verificados. A "Operação Concorrência Leal" foi baseada em cruzamento de informações da DASN (Declaração Anual do Silmples Nacional) de 2011 com dados de compras efetuadas pelo Governo do Estado e pelas prefeituras catarinenses, estes últimos forne- cidos pelo Tribunal de Contas de Santa Ca- tarina, além do Demonstrativo de Créditos Informados Previamente (DCIP), da Nota Fiscal Eletrônica (NFE) e das empresas de cartão de crédito e débito. Assim, a Secreta- ria da Fazenda identificou que 72,7 mil em- presas, de um universo de 130 mil, deixaram de informar um valor total de R$ 9 bilhões em receita bruta anual, o que resultou na so- negação estimada em R$ 180 milhões de Im- posto sobre Comercialização de Mercadorias e Prestação de Serviço (ICMS), somente no ano de 2011. Por isso, Governo do Estado dará um prazo de 90 dias, a partir de 1º de dezembro, para que os contribuintes inscritos no Simples Na- cional com problemas detectados façam suas regularizações espontâneas. Entidades representativas como o Conselho Regional de Contabilidade, Fampesc e Fede- ração das Câmaras dos Dirigentes Lojistas já estiveram na SEF para saber detalhes sobre a Operação Concorrência Leal. Lá conhece- ram vantagens e prejuízos, caso as empresas não acertem suas pendências com o fisco. Fisco realiza maior operação da história Operação "Concorrência Leal" vai atuar, a partir de dezembro, sobre mais de 72 mil empresas catarinenses inscritas no regime do Simples Nacional ENIO NOVAES/ASCOM/SEF Membros da Secretaria da Fazenda de SC e representantes de entidades representativas do comércio discutiram sobre a Operação Concorrência Leal. Secretaria de Estado da Fazenda Florianópolis/SC, Novembro de 2012 Ano VII Número 53 Série traz, nesta edição, o Grupo Especialista em Combustíveis Página 7 O "auditor- fotógrafo" da SEF: colega Azambuja calcula ter mais de 48 mil fotos da instituição Apaixonado pelo tênis, Lucas Pivatto ajuda crianças e jovens a praticar o esporte Página 4 Página 6 Perfil Sua história Os Especialistas ENIO NOVAES/ASCOM/SEF

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Page 1: Notas fiscais - Novembro

1>NOTAS FISCAIS Novembro de 2012

A Secretaria de Estado da Fazenda dará início neste mês de dezembro à operação que está sendo conside-

rada a maior ação da história do fisco esta-dual em relação ao número de contribuintes verificados. A "Operação Concorrência Leal" foi baseada em cruzamento de informações da DASN (Declaração Anual do Silmples Nacional) de 2011 com dados de compras efetuadas pelo Governo do Estado e pelas prefeituras catarinenses, estes últimos forne-cidos pelo Tribunal de Contas de Santa Ca-tarina, além do Demonstrativo de Créditos Informados Previamente (DCIP), da Nota Fiscal Eletrônica (NFE) e das empresas de cartão de crédito e débito. Assim, a Secreta-ria da Fazenda identificou que 72,7 mil em-presas, de um universo de 130 mil, deixaram

de informar um valor total de R$ 9 bilhões em receita bruta anual, o que resultou na so-negação estimada em R$ 180 milhões de Im-posto sobre Comercialização de Mercadorias e Prestação de Serviço (ICMS), somente no ano de 2011.

Por isso, Governo do Estado dará um prazo de 90 dias, a partir de 1º de dezembro, para que os contribuintes inscritos no Simples Na-cional com problemas detectados façam suas regularizações espontâneas.

Entidades representativas como o Conselho Regional de Contabilidade, Fampesc e Fede-ração das Câmaras dos Dirigentes Lojistas já estiveram na SEF para saber detalhes sobre a Operação Concorrência Leal. Lá conhece-ram vantagens e prejuízos, caso as empresas não acertem suas pendências com o fisco.

Fisco realiza maior operação da históriaOperação "Concorrência Leal" vai atuar, a partir de dezembro, sobre mais de 72 mil empresas catarinenses inscritas no regime do Simples Nacional

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Membros da Secretaria da Fazenda de SC e representantes de entidades representativas do comércio discutiram sobre a Operação Concorrência Leal.

Secretaria de Estado da Fazenda Florianópolis/SC, Novembro de 2012 Ano VII Número 53

Série traz, nesta edição, o Grupo Especialista em Combustíveis

Página 7

O "auditor- fotógrafo" da SEF: colega Azambuja calcula ter mais de 48 mil fotosda instituição

Apaixonado pelo tênis, Lucas Pivatto ajuda crianças e jovens a praticar o esporte

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Perfil

Sua história

Os Especialistase

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Page 2: Notas fiscais - Novembro

2>NOTAS FISCAIS Novembro de 2012

FIM DO PRAZOO programa Revigorar dá ao contribuinte a chance de pagar o que deve com

desconto em multas e juros. Neste mês de dezembro será o prazo final para quitar dívidas de ICMS (Imposto sobre Comercialização de Mercadorias e Prestação de Serviços), IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículo Automotor) e ITCMD (Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação) com 70% de redução nos encargos. Quando o programa começou em agosto, com 90% de desconto, foram arrecadados R$ 68,8 milhões. Em setembro, 85% de redução, foram cerca de R$ 22 milhões. Em outubro, com 80% de desconto, foram R$ 12,3 milhões; e, em novembro, com 75%, R$ 9,7 milhões.

NOVO PROGRAMAA Receita Federal deve liberar no dia 6 de dezembro a versão

beta do programa gerador da declaração do Imposto de Renda Pessoa Física 2013. A versão é chamada de beta porque não é definitiva e é usada para testar programas de computador em fase de desenvolvimento, podendo sofrer modificações até que o produto esteja homologado. Disponibilizada ao público, a versão serve para os usuários verificarem as funcionalidades e vulnerabilidades do aplicativo. No caso do programa da Receita Federal, a ser liberado nos próximos dias, a versão deverá indicar também as modificações incluídas na declaração do ano que vem, sendo útil, não só para os escritórios de contabilidade, mas também para os contribuintes.

HÁ VAGASA Gerência de Administração, Finanças e Contabilidade (GEAFC),

da Diretoria Administrativa e Financeira (DIAF), localizada no Centro de Florianópolis, está disponibilizando aos servidores interessados (Capital e demais regiões de SC), três vagas, sendo uma na funcão de Gestão de Contratos e duas na função de Controle Interno. Interessados podem acessar o conteúdo Banco de Oportunidades na Intranet da SEF, analisar as informações e preencher o formulário da vaga.

Nesta edição, conto a história de uma rua do Centro da Capital. Em 1739, che-ga à Ilha de Nossa Senhora do Desterro, o engenheiro militar português Briga-deiro José da Silva Paes com a missão de organizar o povoado e construir seu sistema defensivo. O complexo de defe-sa chegou a ter mais de 12 fortes, sendo as mais significativas as fortalezas de Santa Cruz de Anhatomirim, São José da Ponta Grossa e Santo Antonio de Ra-tones, na Baía Norte, e a Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição de Araça-tuba, no Sul da Ilha.

O Brigadeiro Silva Paes, primeiro go-vernador da Capitania (1739-1745), ins-tala a casa de governo em uma “casinho-la”, próxima à igreja na praça central. A rua estreita que levava os moradores até uma das fontes de água da cidade ficou conhecida como “Rua do Governador”, depois, em 1865, a rua recebe o nome de “Rua do Imperador”. Somente em 1875 é que a rua passou a denominar-se “Rua Tenente Silveira”.

Foi uma homenagem a José Inácio da Silveira, filho do Capitão Alexandre Inácio da Silveira e de dona Anna Ber-nardina da Penha Silveira, nascido no Desterro em 13 de dezembro de 1839. Em 1855 foi promovido a 2º Tenente e, em fevereiro de 1860, ao posto de 1º

Tenente. Com o advento da Guerra do Paraguai, embarcou no couraçado “Ta-mandaré”, onde morreu a bordo durante o bombardeio ao Itapiru em 27 de mar-ço de 1866. José Inácio da Silveira foi considerado pelo governo imperial bra-sileiro um herói de guerra.

Até o Largo Fagundes (ao lado, hoje, da loja Americanas), a Rua Tenente Sil-veira teve belas construções, cuja maior parte ficava à beira da calçada. No alto da Tenente Silveira, esquina com a rua Jerônimo Coelho, encontrava-se o pré-dio que sediou o Teatro São Pedro de Alcântara, a Assembleia Legislativa, o Tribunal de Justiça e, por fim, a Impren-sa Oficial (edifício já demolido).

Mais acima, já nos anos de 1920, sur-ge a construção de um dos mais tradi-cionais clubes sociais da Capital o “Lira Tênis Clube”, em frente a uma rua que dava acesso ao Convento de Santo An-tônio. Voltando para a área central, nas cercanias do Palácio do Governo, na es-quina com a rua Trajano, ficava o edifí-cio da Escola Normal (demolido – deu lugar ao jardim do Palácio). No outro lado da rua, agora no início de 1950, no governo de Irineu Bornhausen, a firma Moellmann & Ráu, construiu o majes-toso Palácio das Secretarias, sede da Se-cretaria de Estado da Fazenda.

Um endereço nobre na Capitania

A dica cultural deste mês vem do Sul do Estado e é ofertada pelo colega Renato Vargas Prux, auditor fiscal da Receita Estadual e coordenador do Gesredes, em Criciúma. Ele sugere o livro “O Poder da Paciência”, de M.J. Ryan.“Tento manter a leitura como atividade essencial na vida, além de trazer benefícios para o conhecimento e convívio entre as pessoas que me cercam. Este livro está me chamando a atenção porque

traz ensinamentos de situações diárias e nossos hábitos e sentimentos, e serve para apreender a lidar com a ten-são do dia a dia”, destaca.

O PODER DA PACIÊNCIA - M.J.Ryan, • Editora Sextante, 192 páginas, categoria autoajuda, preço entre R$ 19,90 e R$ 29,90.

Para estimular a reflexão

RenatoVargas Prux

Page 3: Notas fiscais - Novembro

3>NOTAS FISCAIS Novembro de 2012

Geral

Entre os dias 22 e 23 de novembro, o administrador da Escola Fazendá-ria da Secretaria da Fazenda, Pedro

Hermínio Maria, representou o Estado na 48ª reunião do GDFAZ (Grupo de De-senvolvimento do Servidor Fazendário), realizado em Goiás. Entre os objetivos do encontro, destacaram-se: avaliação de 2012, planejamento das ações para 2013, alinhamento dos trabalhos relativos ao Produto Matriz de Competências e Tri-lhas de Capacitação e ao IEFE-Brasil (Ins-tituto de Estudos Fiscais dos Estados e do

Distrito Federal).No discurso de abertura, a coordenado-

ra-geral do GDFAZ, Rosângela Coimbra Brasil Amaral, servidora da SEF/MG, des-tacou a importância da integração entre as secretarias para a superação de desafios e apresentou os subgrupos que passam a compor o GDFAZ, destacando suas prin-cipais ações no transcurso de 2012 e suas funções dentro do grupo.

Pedro Hermínio salientou que o encon-tro serviu para conhecer as novas estraté-gias e o planejamento para 2013.

ONOTAS FISCAIS lança nesta edição mais uma seção e precisa muito da sua participação. A cada

mês será preparada uma pergunta sobre os assuntos mais discutidos no momento e vamos pedir a sua opinião. Começamos por esta: Com a proximidade do Natal e

com a comodidade da Internet você se sen-te seguro(a) para fazer suas compras pela Web? Para responder, basta clicar sobre o link em destaque: QUEREMOS SABER. O somatório das respostas será apresentado na próxima edição. Participe e nos ajude a fazer o Notas Fiscais mais interativo.

GDFaz avalia ações de 2012 e planeja metas para o ano 2013Encontro mostrou os subgrupos e suas funções dentro do GDFaz

O administrador da Escola Fazendária de SC, Pedro Hermínio Maria (esq), representou a SEF

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ARRECADAÇÃOMais de um terço de tudo o que o Brasil produziu em 2011 foi para os cofres públicos.

Segundo números divulgados pela Receita Federal, a carga tributária em 2011 correspondeu a 35,31% do Produto Interno Bruto (PIB), crescimento de 1,78 ponto percentual em relação a 2010, quando a carga havia atingido 33,53%, o maior percentual já registrado. Até agora, a maior carga tributária havia sido registrada em 2008, quando o percentual alcançou 34,54%. O número corresponde à arrecadação da União, dos Estados e municípios, dividida pelo PIB, que é a soma de tudo o que é produzido no país. De acordo com a Receita Federal, o crescimento da carga tributária resultou da combinação do crescimento de 2,7% do PIB no ano passado e da expansão real (descontada a inflação) de 8,15% da arrecadação nos três níveis de governo.

LONGEVIDADEA expectativa de vida dos brasileiros chegou a 74 anos e 29 dias em 2011, revelou o Instituto Brasileiro de Geografia

e Estatística (IBGE). Nos últimos 11 anos, a taxa avançou em média quatro meses por ano. Com base no último Censo, o órgão constatou que o brasileiro ganhou três meses e 21 dias de esperança de vida em 2011, em relação à taxa verificada no ano anterior, de 73 anos e 76 dias. Na comparação com 2000, o ganho foi de três anos, sete meses e 29 dias.

COMEMORAÇÃOEm 20 de novembro foi comemorado o Dia do Auditor Interno. Data criada

a partir da fundação do Instituto dos Auditores Internos do Brasil (Audibra), em 20 de novembro de 1960. O Audibra é uma entidade civil, sem fins lucrativos, que representa os Auditores Internos, proporcionando capacitação e desenvolvimento para os profissionais da categoria. Atualmente, pertencem ao quadro de pessoal da Secretaria da Fazenda cerca de 60 auditores internos. A palavra auditor origina-se do latim audire, que significa ouvir e foi utilizada inicialmente pelos ingleses (auditing) para significar o conjunto de procedimentos técnicos para a revisão da contabilidade.

◉ EXPEDIENTE - Informativo interno da SEF produzido pela Assessoria de Comunicação || (48) 3665-2575 / 3665-2572 || [email protected] || Maiara Gonçalves (MTb 3236) e Enio Parker Novaes (MTb 995) com as colaborações de Marianne Ternes e Sarah Berkenbrock Goulart (estagiárias).

Queremos saber

Você se sente seguro(a) para fazer compras de Natal pela Internet?

► AS RESPOSTASOPÇÃO 1 • Não. Prefiro comprar no comércio tradicional mesmo enfrentando os tumultos.

OPÇÃO 2• Talvez. Uso muito pouco este meio e só na aquisição de produtos diferenciados.

OPÇÃO 3• Sim. Compro com frequên-cia, mas pesquiso antes para saber se o site é confiável.

Page 4: Notas fiscais - Novembro

Evolução da SEF em imagensEm 28 anos como fazendário, auditor fiscal Luiz Carlos Rihl de Azambuja tem acervo de 48 mil fotos

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4>NOTAS FISCAIS Novembro de 2012

Perfil

Sarah Goulart

Auditor fiscal, administrador, ju-rista, engenheiro agrônomo e fo-tógrafo. Esse é o servidor da Se-

cretaria de Estado da Fazenda, Luiz Carlos Rihl de Azambuja. Ou só Azambuja. Ou apenas “Azamba”.

Os colegas fazendários já estão acostu-mados com essa figura em dias de eventos da SEF. Sempre com uma máquina foto-gráfica em mãos, Azambuja registra mo-mentos e encontros importantes. Com 57 anos de idade e 28 anos de Fazenda, ele tem hoje um acervo de aproximadamente cem mil fotos, sendo 48 mil somente da SEF.

Nascido em Florianópolis, o auditor fis-cal conta que a paixão pela fotografia veio quando era criança por influência do pai, Rodrigo Brasileiro de Azambuja Jr., e des-de então não parou mais. “O que eu mais gosto de fotografar são pessoas”, diz ele.

Segundo Azambuja, os registros de ima-gens da SEF começaram quando a secreta-ria tinha instalações bem diferentes das de hoje. “Resolvi registrar para ver como seria a nossa evolução. A fotografia para mim é comprometimento. Ela registra o envolvi-mento das pessoas no processo”, observa.

Dentre as fotos que guarda da SEF es-tão eventos, confraternizações e antigas instalações. Para ele, ter essas fotografias é importante para registrar a evolução e as melhorias no decorrer dos anos na Fa-zenda. As fotografias mais marcantes para Azambuja são as da reforma do prédio sede da SEF, localizado na rua Tenente Silveira, no Centro de Florianópolis. “Eu tenho re-gistro fotográfico de todos os passos dessa reforma e aguardo o dia em que poderei registrar também a volta da Secretaria da Fazenda para lá”, opina.

Além das fotografias das viagens que faz por diferentes países, Azambuja também costuma registrar imagens a bordo de um avião. “Um amigo meu, Mário, tem um avião que eu posso abrir a janela durante o voo. Então, com a velocidade mais baixa, consigo registrar a cidade toda por diferen-tes ângulos”, conta.

Os registros feitos na época do nascimen-to do filho mais novo, Lucas, hoje com 21 anos, foram os mais significativos na traje-tória de fotógrafo do servidor fazendário. Quando nasceu, o menino precisou ficar

Instalações da SEF em 1996 e, abaixo, após reforma em 1998

internado na UTI e a esposa de Azambuja, Eloísa, ainda não havia tido contato com o filho. Azambuja foi, então, até o quarto onde o filho estava para fazer uma filma-gem e mostrar para a mulher. “Essas foram as fotos e a filmagem que mais marcaram a minha vida, pois deram tranquilidade à ela”, relembra, emocionado.

Azambuja se recorda de que na casa onde vivia na infância existiam diferentes gavetas com negativos de fotos. No en-tanto, com o passar dos anos, a maioria infelizmente se perdeu e as que restaram foram doadas para a Universidade Federal

de Santa Catarina (UFSC). Hoje, para não correr esse risco, Azambuja é mais do que precavido. Ele salva as fotografias em três dispositivos diferentes para não que ne-nhuma seja perdida. Além disso, uma vez por mês, ele organiza as fotos por ordem: primeiro o nome da entidade, depois o assunto/evento e por fim o ano em que o registro foi feito.

Apesar da rotina puxada, ele conta que quando pode está fotografando. “Aprovei-to as oportunidades que surgem para foto-grafar e assim ter as memórias registradas. Fotografia, para mim, também é emoção”.

Azambuja com a família, Bruno (genro), Maria Julia (filha), Eloísa (mulher) e Lucas (filho)

Auditor fiscal conta que começou a fotografar a instituição para retratar o desenvolvimento da SEF

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Page 5: Notas fiscais - Novembro

P lanejar é pensar e agir em relação ao futuro. A importância do plane-jamento está em proporcionar uma

direção que permita coordenar esforços, reduzir o impacto das incertezas e preparar mudanças, diminuir a redundância e o des-perdício, estabelecer objetivos que possam ser posteriormente usados no controle do desempenho da estrutura administrativa, permitindo, assim, a identificação de opor-tunidades e a antecipação de problemas que possam acontecer.

Os legisladores introduziram na Cons-tituição Federal de 1988 três instrumentos capazes de dar sustentação ao processo de planejamento: o Pla-no Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Or-çamentárias (LDO) e a Lei do Orçamento Anual (LOA), que, juntos, materializam o planejamento e a execução das políticas públicas do entes da federação.

O PPA é um plane-jamento estratégico quadrienal (feito a cada quatro anos). Ele é a soma de todos os programas de governo a serem executados no período e deve estabe-lecer, de forma regionali-zada, as diretrizes, objetivos e metas da ad-ministração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração conti-nuada. O PPA é encaminhado pelo Executi-vo ao Legislativo até 30 de agosto do ano an-terior a sua vigência e deve ser aprovado até o fim do ano legislativo. A vigência começa a partir do segundo ano do governo e vai até o primeiro ano do governo subsequente, dan-do a ideia de que deve haver continuidade das ações governamentais, independente de quem é o governante.

A LDO é o planejamento tático de vigên-cia anual. Planeja o rumo que a LOA deve

tomar. A LDO orienta a LOA, por isso, fica claro que a LDO deve ser elaborada antes da LOA, obedecendo o que diz o PPA. O projeto precisa ser encaminhado até 15 de abril de cada ano e ser aprovado até o fim do primeiro semestre. A LDO compreende me-tas e prioridades da administração pública, incluindo as despesas de capital para o exer-cício financeiro subsequente. Deve prever ainda o equilíbrio entre receitas e despesas; critérios e formas de limitação de empenho; normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas fi-nanciados com recursos dos orçamentos; condições e exigências para transferências

de recursos a entidades públicas e privadas. Com base na LDO aprovada pelo Legis-

lativo, o Poder Executivo elabora a proposta orçamentária para o ano seguinte, em con-junto com as Unidades Orçamentárias dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. O governo define na LOA as prioridades contidas no PPA e as metas que deverão ser atingidas naquele ano. A LOA disciplina to-das as ações do governo estadual. Nenhuma despesa pública pode ser executada fora do orçamento. A lei também estima as receitas e autoriza as despesas de acordo com a pre-visão de arrecadação. Se durante o exercício financeiro houver necessidade de realização

de despesas acima do limite que está previs-to na lei, o Poder Executivo submete ao Le-gislativo projeto de lei de crédito adicional. Ela é encaminhada até 30 de setembro de cada ano e precisa ser aprovada até a última sessão legislativa daquele exercício.

Em nosso Estado quem cuida da elabora-ção do orçamento é a Diretoria de Planeja-mento Orçamentário da Secretaria da Fazen-da (DIOR). Para elaborar o PPA, é feita uma estimativa da receita para os quatro anos de vigência do plano, levando-se em considera-ção, além da arrecadação, fatores como infla-ção e PIB. A partir daí, determina-se quanto será destinado para folha de pagamento e

outras despesas relativas a custeio e manutenção dos serviços públicos. Depois, são estabele-cidos os recursos que cada Entidade receberá para distribuir entre os programas que pretende desenvolver.

Todo ano, cada se-cretaria elege entre os programas do PPA os que serão prioridade e, a partir disso, é feita a LDO. Ela deve compre-ender as metas e priori-dades da administração pública para o exercí-cio financeiro seguin-

te. Além disso, por força constitucional e da Lei de Responsabilidade Fiscal, que busca o controle e a transparência dos gastos públicos, dois anexos são integra-dos à LDO: Metas Fiscais e Riscos Fiscais.

A partir das prioridades estabelecidas na LDO é elaborada a LOA, que prevê quanto o Estado destinará a cada programa. A elabo-ração da LOA segue os mesmos parâmetros do PPA, mas vale apenas para um ano. É fei-ta uma estimativa da receita para o exercí-cio seguinte e depois alocados recursos para cada entidade, que determinará quanto será destinado a cada programa e ação. Esse tripé é fundamental para o planejamento orça-mentário do Governo do Estado.

PPA, LDO e LOA formam o importante tripé do planejamento orçamentário no órgão público

A elaboração do orçamento no Governo do Estado

Como funciona

5>NOTAS FISCAIS Novembro de 2012

Page 6: Notas fiscais - Novembro

Cheios de sonhos na bagagem Auditor fiscal da SEF Lucas Pivatto conta como descobriu a paixão pelo tênis e ajuda crianças e adolescentes a praticar o esporte na cidade catarinense de São Miguel do Oeste

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Marianne Ternes

A primeira vez que Lucas Pivatto jogou tênis foi com uma raquete emprestada pelo auditor fiscal da

Secretaria da Fazenda, Alaor Neves Arru-da. Então, com 11 anos de idade, o garoto nascido em São Miguel do Oeste ainda não sabia que, naquele momento, duas coisas que se tornariam essenciais na sua vida es-tavam se cruzando. A primeira era o pró-prio esporte, e a segunda era a carreira de auditor fiscal da Receita Estadual.

Desde que entrou na Fazenda, em 1995, Pivatto concilia o trabalho com a paixão pelo tênis. O auditor fiscal desenvolve uma atividade que lembra o modo como ele próprio teve o primeiro contato com o es-porte. Na Associação de Tenistas Cristiano Cavalheiro, fundada por ele em 1995 junto a alguns colegas, Pivatto dá a oportunida-de de jogar tênis a jovens de São Miguel do Oeste que não teriam condições de praticar o esporte de outra maneira.

A associação leva o nome de um jogador da cidade, conhecido pelos fundadores, que faleceu de câncer aos 26 anos. Foi criada a partir de três quadras de tênis cedidas pela prefeitura municipal. Hoje, a associação dá acesso livre às quadras a crianças e adoles-

centes órfãos e sem condições financeiras de praticar o esporte. Pivatto e os colegas jogam tênis com os garotos e, juntos, formam uma equipe que sempre leva prêmio nos Jogos Abertos de Santa Catarina (JASC).

No último JASC, realizado entre os dias 6 e 17 de novembro em Caçador, a equipe de Pivatto ficou com a sexta colocação. Nos jogos de 2010, em Blumenau, e de 2011, em Criciúma, ficaram em quinto lugar – tudo isso competindo com equipes que recebem apoio financeiro e estrutura para a com-petição. “Nós temos alguma representa-tividade no Estado, mesmo não tendo os mesmos benefícios que as outras equipes”, conta o auditor.

O histórico de prêmios de Pivatto co-meçou um ano depois da primeira partida de tênis dele. Na época “cheio de sonhos na bagagem”, como ele mesmo define em seu perfil no Facebook, integrou a primeira composição da equipe de São Miguel do Oeste e venceu a fase regional do JASC de Xanxerê, em 1978, e de Chapecó, em 1979.

No entanto, a maior satisfação não vem dos prêmios, mas sim da possibilidade de perceber a influência positiva do esporte na vida dos jovens. Pivatto conta que o envolvimento com o esporte levou muitos jovens a estudar e fazer faculdade de Edu-

cação Física. “Nós não conseguimos me-dir o quanto temos ajudado essas crianças e jovens, mas sabemos que o trabalho aju-da. Todo mundo, ao passar por uma ex-periência como essa, se torna uma pessoa melhor”.

Artur Boff, Pivatto e o tenista Gustavo Kuerten

O jovem Lucas Pivatto, à direita, com a primeira equipe de tênis de São Miguel do Oeste

Pivatto, de azul, com a

equipe que ficou com

o 6º lugar no JASC

2012, em Caçador

6>NOTAS FISCAIS Novembro de 2012

Sua história

Page 7: Notas fiscais - Novembro

O combustível da arrecadação estadualResponsáveis por 20% da receita de ICMS em Santa Catarina, Gescol monitora mais de 3.000 contribuintes e evolui na fiscalização do setor

Sarah Goulart

OGrupo Especialista Setorial em Combustíveis e Lubrificantes (Gescol) lidera o ranking dos GES

em termos de arrecadação. Responsável por aproximadamente 20% da receita de ICMS no Estado, o Gescol foi criado em 2003 e hoje conta com 19 integrantes dis-tribuídos em sete cidades catarinenses. O grupo tem a função de monitorar, acom-panhar e fiscalizar mais de 3.000 empresas distribuídas em grande parte do Brasil, especialmente Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Sul.

De acordo com o coordenador do Gescol, auditor fiscal Roque Bach, lotado em Cha-pecó, para a fiscalização dos contribuintes, os integrantes do grupo utilizam ferra-mentas próprias como o Sistema de Cap-tura dos Anexos de Combustíveis (Scanc), consultas e relatórios específicos desen-volvidos pelo Sistema de Administração Tributária (SAT), operados por auditores fiscais especialistas na avaliação das opera-ções comerciais que podem ser refinarias de petróleo, usinas de etanol, fabricantes de lubrificantes, aditivos, gás liquefeito de pe-tróleo (GLP), gás natural veicular (GNV), gás natural, querosene de aviação, asfalto além do mercado varejista.

O coordenador avalia como um dos fa-tores responsáveis pelo desempenho da ar-recadação do setor o volume de comercia-lização dos combustíveis no Estado. Além disso, a especialização dos auditores contri-bui para a posição de destaque do grupo. “O Gescol tinha a princípio a missão de, paralelamente às fiscalizações, efetuar o es-tudo da situação, conhecer profundamente o negócio e os agentes de produção e de co-mercialização, atualizar e inovar formas de combate à sonegação e expurgar do meio os maus contribuintes, os fomentadores da concorrência desleal e os vendedores

de produtos adulterados”, afirma Bach.

O trabalho foi evoluin-do e ganhando eficiência, ao ponto em que é possível afirmar, segundo o coordenador, que o segmento de combustíveis é o que ostenta o maior índice de legalidade da atividade econômica em Santa Catarina, superior a 95%. “Apenas no mês de outubro deste ano, os combustíveis movimentaram le-galmente mais de R$ 1 bilhão no Estado. Desse valor, R$ 540 milhões arrecadados em gasolina e R$ 440 milhões em óleo die-sel”, explica.

O Gescol projeta uma arrecadação até o fim deste ano de R$ 2,6 bilhões em ICMS. Conforme Bach, o valor está abaixo da meta estipulada anteriormente, mas é um núme-ro considerável em comparação a receita de 2011. No total, 936 fiscalizações já foram re-alizadas em diferentes empresas e o foco do grupo nos últimos anos foi o planejamento tributário reverso e o controle sobre o vare-jo. “Esse segmento é responsável por mais de 80% do bom desempenho registrado, resul-tando num expressivo aumento do volume de combustível legalmente comercializado”, observa o coordenador.

A coordenação do grupo segue um sis-tema de rodízio entre os integrantes. No comando desde agosto de 2008, Roque Bach dará lugar, em 2013, ao auditor fis-cal de Florianópolis, Vantuir Luiz Epping. Além da mudança, o Gescol já traça as me-tas para o próximo ano com uma previsão otimista em razão da provável atualização dos preços dos combustíveis e dos efeitos positivos sobre a arrecadação.

“O desafio permanece porque precisa-mos manter as conquistas e evoluir os pro-cessos de controle sobre a atividade. Ainda há mais uma fronteira a ser explorada para aumentar a arrecadação, que é tratar ade-quadamente as informações fiscais, e não temos a menor dúvida de que isso é pos-sível e vai alavancar ainda mais a arrecada-ção estadual”, afirma Bach.

Os Especialistas

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7>NOTAS FISCAIS Novembro de 2012

O Notas Fiscais apresenta uma série de matérias sobre os Grupos Especialistas Setoriais (GES) da SEF. Nesta edição, falaremos sobre o Gescol. No mês que vem será a vez do Gescomex.

CoordenadorRoque Bach8ª GERFE – Chapecó

Sub-coordenadorAchilles César Casarin Baroso Silva8ª GERFE – Chapecó

IntegrantesHenrique Roberto Kunzler8ª GERFE – Chapecó

Lauro Barbosa (Lages)10ª GERFE – Lages

João Domingos Coelho11ª GERFE – Tubarão

Fabiano Dadan NauEduardo Antonio LoboIlmar Volkmann 3ª GERFE – Blumenau

Carlos Henrique B. BarrosMarcos Zanchett 2ª GERFE – Itajaí

Huélington Willy PicklerAloisio GesserCleusa Marli BackWalter Rosenau João Henrique Pivetta5ª GERFE - Joinville

Augusto BertuolGerson XikotaMarcio Souza AndradeVantuir Epping1ª GERFE - Florianópolis

Page 8: Notas fiscais - Novembro

Fatos e fotos que merecem destaque e fazem parte

do dia a dia aparecem aqui.

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8>NOTAS FISCAIS Novembro de 2012

Na passagem de mais um ano de vida, o trio da Gerar, Jairo Lisboa, Nilson Scheidt e Paulo Spinatto, elaborou uma bela paella para os convidados. E na Cogat, Amery Nadir Jr. e Márcia Bonassis repartiram um bolo.

Muita saúde a todos!

“Cada sonho que você deixa pra trás, é um pedaço do seu futuro que deixa de existir.”

Steve JobsEmpresário americano, fundou a

Apple. Criou o "Macintosh", o "iPod", o "iPhone" e o "iPad".

■ DebateO secretário Nelson Serpa

participou, dia 28 de novembro, do programa Conversas Cruzadas (TVCOM) sobre a renegociação dos juros da dívida dos Estados com a União. Lá estiveram também os deputados estaduais Marcos Vieira e Joares Ponticelli (presidente da Unale), que encabeça uma mobilização entre os Estados para revisão do contrato com a União), além do presidente da Fecam, Douglas Warmiling.

■ DespedidasDuas colegas do gabinete do Secretário da

Fazenda se despediram dos colegas em novembro. Amanda Drehmer (esq.), da CAE, mudou-se para o Texas (EUA) para estudar e trabalhar, e a Marianne Ternes (dir.), estagiária da Ascom, recebeu uma proposta para atuar numa empresa de tecnologia. Boa sorte, meninas!

■ LaureadosNeste mês tivemos muitos 'canudos' entregues. Na semana do

Servidor Público, mais de 40 colegas receberam certificados pelos 30 anos de serviços prestados. E no dia 19 foi empossada a primeira turma de cipeiros da Secretaria da Fazenda (foto abaixo). Parabéns!

■ Comemoração

maiaRa GonÇaLves/ascom