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NOME: Nª.
TURMA: 8º ANO A – REVISA CAESP Nº02 – 2º Bimestre 07/05/2018 PROF. ANDERSON W.
GABARITO 1. (Fgv 2016) O texto a seguir narra algumas mudanças ocorridas na França ao tempo da Revolução. Depois da proclamação da
República, em setembro de 1792 (...) Até mesmo as medidas de espaço, tempo e peso passaram a ser questionadas. Todos
deveriam falar a mesma língua, usar os mesmos pesos e medidas e entregar as moedas antigas. Uma comissão trabalhou para
estabelecer o sistema métrico, e a Convenção instituiu um novo calendário. Em vez da semana de sete dias, haveria a decade,
período de dez dias sem variação de mês para mês. No lugar dos nomes da ‘época vulgar’, os nomes dos meses e dias refletiriam
a natureza e a razão. Germinal, floreal e prairial (fins de março a fins de junho), por exemplo, evocavam os brotos e flores da
primavera, enquanto primidi, duodi etc. Ordenavam os dias racionalmente, sem a ajuda dos nomes de santos. Em Toulouse, as
autoridades municipais chegaram a contratar um relojoeiro para ‘decimalizar’ o relógio da Câmara Municipal. Até os relógios
podiam testemunhar a Revolução.HUNT, L. Política, cultura e classe na Revolução Francesa. Trad., São Paulo: Companhia
das Letras, 2007, p. 97.
a) Apresente quatro características da França durante o período republicano de 1792 a 1795.
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b) Explique os significados históricos dessa tentativa de estabelecer outras referências e denominações para o calendário.
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c) Relacione o novo calendário instituído pela revolução às ideias ilustradas do século XVIII.
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Resposta:
a) Entre 1792 e 1795, ocorreu o período chamado “Convenção Nacional”. A França adotou uma República em 1792. Dentro da
convenção havia vários grupos sociais tais como: girondinos, jacobinos, sans-culottes. Entre junho de 1793 e julho de 1794
imperou o período do “Terror” em que os jacobinos com apoio dos Sans-culottes criaram medidas sociais importantes com
um radicalismo intenso através do uso da guilhotina. O maior líder jacobino foi Robespierre que se inspirou nas ideias do
filósofo iluminista Rousseau.
b) Dentro do período do “terror”, os líderes jacobinos criaram um novo calendário tentando romper com as estruturas vigentes
vinculadas ao absolutismo e aos privilégios. Era o calendário Republicano. Os meses tinham os nomes relacionados aos
ciclos agrícolas e da natureza. Havia uma valorização de ideias como Razão, Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
c) O novo calendário tem como ideia central a “razão” que era a grande bandeira do movimento Iluminista para destruir o
Antigo Regime, ou seja, o absolutismo e mercantilismo. A essência deste novo calendário republicano era “ruptura” com a
velha ordem absolutista. Em 1806, o calendário foi definitivamente abolido por Napoleão Bonaparte.
2. (Uerj 2015) - Carta de Convocação dos Estados Gerais - Por ordem do Rei. Temos necessidade de nossos fiéis súditos para
nos ajudarem a superar todas as dificuldades em que nos achamos e para estabelecer uma ordem constante e invariável em todas
as partes do governo que interessam à felicidade dos nossos súditos e à prosperidade de nosso reino. Esses grandes motivos nos
determinaram convocar a assembleia dos Estados de todas as províncias sob nossa obediência, para que seja achado, o mais
rapidamente possível, um remédio eficaz para os males do Estado e para que os abusos de toda espécie sejam reformados e
prevenidos. Versalhes, 24 de janeiro de 1789. Adaptado de MATTOSO, K. de Q.. Textos e documentos para o estudo de
história contemporânea. São Paulo: Edusp, 1976 A convocação dos Estados Gerais deu início à Revolução Francesa,
ocasionando um conjunto de mudanças que abalaram não só a França, mas também o mundo ocidental em finais do século
XVIII. Cite um motivo para a convocação dos Estados Gerais na França, em 1789, e apresente duas consequências da
Revolução Francesa para as sociedades europeias e americanas.
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Resposta: Entre as causas para a convocação dos Estados Gerais em meados de 1789, o aluno pode citar a crise financeira, a
proposta de equidade fiscal, endividamento do Estado francês e o encaminhamento de uma reforma tributária por parte do
Estado. Entre as consequências podem ser citados a divisão do poder político, defesa da ideia de liberdade, crise do absolutismo
monárquico, defesa da ideia de igualdade jurídica, substituição da ideia de súdito pela ideia de cidadão, fim da sociedade
estamental (fim dos privilégios de nascimento ou de origem) e o estabelecimento da Declaração Universal dos Direitos do
Homem e do Cidadão.
3. (Pucrj 2015) A gravura abaixo se intitula A derrubada em massa e foi produzida em 1794 para defender o programa
revolucionário dentro e fora da França. À esquerda, um revolucionário aciona uma máquina em cuja roda lê-se “Declaração dos
Direitos do Homem” e, acima da máquina elétrica, lê-se “Eletricidade republicana gerando nos déspotas uma comoção que
derruba seus tronos”. No cabo elétrico, sucedem-se os impulsos “Liberdade, Fraternidade, Unidade, Indivisibilidade da
República” que derrubam dois imperadores, vários reis e um papa.
Considerando esta gravura no contexto revolucionário em que foi produzida:
a) identifique duas ações tomadas pelos revolucionários, durante o período da Convenção Nacional (1792-1795), para garantir a
“unidade e indivisibilidade da República” contra os que julgavam serem seus adversários internos;
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b) explique por quais motivos o autor da gravura representa o enfrentamento das coalizões europeias como uma guerra
universal contra todos os regimes despóticos.
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Resposta: a) O período da Convenção Nacional ( 21 de setembro de 1792 a 1º. de outubro de 1795) começa com a abolição da
Monarquia e a instauração da Primeira República Francesa. Neste período, a República Francesa conduzirá, ao mesmo tempo,
uma guerra revolucionária contra as coalizões europeias e uma guerra civil contra realistas e federalistas, qualificados de
"contrarrevolucionários". A percepção de que a pátria e a república estavam em perigo levou os republicanos a tomarem um
conjunto de medidas para enfrentar os "inimigos da revolução" como as insurreições federalistas contra Paris, os levantes
realistas contra o regime republicano (Vendéia e Lyon) e a penúria, a carestia e a crise econômica e social. As medidas
concretas tomadas para enfrentar os riscos da divisão interna foram: - A criação do Tribunal Revolucionário (março de 1793),
que julgava os opositores da República e não permitia nenhum tipo de recurso às decisões que emanava. Durante o período do
Terror, este tribunal emitiu cerca de 5.342 sentenças, das quais mais da metade resultaram na pena de morte. - A
reorganização dos exércitos (agosto de 1793) e a imposição do alistamento em massa para todos os homens celibatários entre
18 e 25 anos, aumentando os efetivos e incorporando batalhões de voluntários que agora integram um exército que aos
poucos é "nacionalizado". - O decreto da "Lei dos Suspeitos" (setembro de 1793), pela qual o clero refratário é declarado
suspeito, parentes da nobreza emigrada são aprisionados ou eliminados e membros da nobreza em geral são indiciados e
presos. - A proclamação do "governo revolucionário" (outubro de 1793), suspende a aplicação da constituição de 1793 e as
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liberdades individuais são suspensas até o "retorno da paz". A tomada de decisão é centralizada e as decisões da Convenção
são aplicadas de imediato.
- A repressão à guerra da Vendéia (1793-1796), que explodiu como reação ao recrutamento obrigatório no exército
revolucionário decretado pela Convenção Nacional, à perseguição do clero e à imposição de novos impostos para custear as
despesas militares na contenção das invasões dos exércitos coligados externos. Estas e outras medidas que possam ser
citadas pelos candidatos estão incluídas no Regime do Terror (1793-1794), período caracterizado pelo predomínio político
dos membros do Comitê de Salvação Pública (liderados por M. Robespierre) que adotaram um programa repressivo contra
os adversários da República Jacobina.
- A execução do rei Luis XVI e de alguns membros da família real.
b) A segunda parte da questão solicita ao candidato que se refira ao processo de expansão revolucionária decorrente da decisão
de enfrentar a Primeira Coalizão (1793-97) das monarquias europeias, criada após o julgamento e a execução de Luís XVI
(janeiro de 1793). O contexto de produção da gravura é marcado pela internacionalização da guerra revolucionária, que passa
a se apresentar como uma oposição entre duas ordens políticas e sociais opostas: a da França republicana e revolucionária
(com os seus valores destacados nas legendas dentro da gravura) e a da Europa do Antigo Regime (representada pelos
soberanos em queda). Fizeram parte desta Primeira Coalizão os impérios austríaco e russo; os reinos da Prússia, da Espanha,
de Portugal, de Nápoles, Sardenha e Sicília; a Grã Bretanha as Províncias Unidas e os realistas franceses emigrados. Neste
contexto, em 1793, o Comitê de Salvação Pública tomou uma decisão grávida de consequências: anexar os territórios
conquistados fora da França, implantando neles a nova ordem republicana. O candidato, para referir-se a este processo de
internacionalização/expansão da guerra revolucionária que motivou o autor da gravura a produzir aquela sátira política,
poderá referir-se à expansão dos ideais revolucionários, seja em termos das conquistas militares, seja em termos da difusão
das ideias revolucionárias operadas em decorrência da guerra.
4. (Fuvest 2014) O problema agrário era portanto o fundamental no ano de 1789, e é fácil compreender por que a primeira
escola sistematizada de economia do continente, os fisiocratas franceses, tomara como verdade o fato de que a terra, e o aluguel
da terra, era a única fonte de renda líquida. E o ponto crucial do problema agrário era a relação entre os que cultivavam a terra e
os que a possuíam, os que produziam sua riqueza e os que a acumulavam. Eric Hobsbawm. A era das revoluções. 1789‐1848.
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982, p. 29.
a) Caracterize o momento social e econômico por que a França passava no período a que se refere o texto.
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b) Quais são as principais diferenças entre as propostas fisiocratas e as práticas mercantilistas anteriores a elas?
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Resposta:
a) A França na segunda metade do século XVIII estava em profunda crise social e econômica. O país vivia o Antigo Regime,
Absolutismo e Mercantilismo. Havia o Primeiro Estado, o Clero, o Segundo Estado, Nobreza e o Terceiro Estado constituído
pela burguesia, camponeses, homens pobres da cidade, que, juntos, representavam 95% da população francesa. Os dois
primeiros Estados não pagavam impostos e a nobreza ainda recebia pensões do Estado. Assim, somente o Terceiro estado
pagava impostos mantendo o Estado. O voto era por estamento e cada Estado tinha direito a um voto. A burguesia apoiada
em ideias Iluministas defendia o voto por cabeça e, não por estamento, considerando que o Terceiro Estado possuía maioria.
Na economia, a França estava mergulhada em uma grave crise econômica e financeira devido aos gastos excessivos da corte,
o apoio no processo de independência dos EUA e o tratado comercial entre Inglaterra e França que tanto prejudicou a
burguesia francesa.
b) A política mercantilista caracterizava-se, entre outros, pelo intervencionismo estatal na economia através do protecionismo e
pelo metalismo enquanto os fisiocratas defendiam a liberdade econômica através do laissez faire laissez passer e que a
riqueza vem da terra, da agricultura.