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CAESP – Filosofia – 1A e B – 08/04/2015 REVISÃO 1º BIMESTRE FILOSOFIA

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O mito e a Filosofia: continuidade ou ruptura ou ambas? Ruptura: o pensamento filosófico utilizando-se da

lógica e da racionalidade específicas da nova forma de pensamento nascente, se distancia originalmente do pensamento mitológico. A Filosofia estabelece novas formas (lógica e razão) para a conferência da verdade em oposição à Mitologia, que se apoia na tradição como critério de verdade.

Continuidade: o pensamento filosófico é um desenvolvimento da forma de pensar mitológica que se apropria de uma forma diferente e nova de explicar os mesmos fenômenos (lógica e a razão). Um suporte para essa corrente é que é possível verificar nos textos mitológicos um desenvolvimento que sai do fantástico para o racional.

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O mito e a Filosofia: continuidade ou ruptura ou ambas? Ambas: a Filosofia, de fato, traz duas novas formas

de busca e verificação da verdade, a lógica e a razão, porém ela é um desenvolvimento paulatino do pensamento mitológico para dar conta das novas necessidades sociais do seu momento histórico.

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“Filosofia nascente: características principais” Logos: é uma palavra-conceito, ou seja, uma palavra

que abarca diversos significados dependendo do uso feito. No caso da filosofia grega nascente é a causa racional dos fenômenos, das coisas e dos seres. Mas também é o próprio fenômeno do pensamento racional.

Physis: a natureza dos fenômenos, das coisas e dos seres. A força da gênese de tudo o que existiu, existe e existirá. Ou seja, a força de gênese e movimento do universo.

Arkhé: o princípio que está na origem e acompanha as transformações. A essência.

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“Filosofia nascente: características principais” Caráter crítico: necessidade de averiguação das

respostas e do caminho usado até chegar a ela. Racionalidade: a superação da crença e da revelação

buscando a comprovação. Primado do argumento racional: se as conclusões

estão orientadas por uma racionalidade, então serão válidas.

Conclusões: são os resultados da crítica racional sobre os questionamentos.

Inexistência de pré-conceitos: não existe uma verdade prévia antes do processo de crítica.

Generalização: as conclusões devem fazer referência e serem aplicáveis aos objetos que busca conhecer.

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Tales de Mileto (556 a 624 a.C.): tudo é água. A água se apresenta sobre vários estados, mesmo

assim continua sendo água, mantém a essência. Água como princípio da Vida. Toda

Anaximandro de Mileto (610 a 547 a.C.): Ápeiron (ἄπειρον). O princípio básico é o ápeiron. Não está em alguma

coisa que possa ser percebida pelos nossos sentidos básicos, mas pelo pensamento racional.

Ápeiron: ilimitado, indefinido e indeterminado. Do infinito derivam todas as finitudes.

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Pitágoras (571 a.C. a 490 a.C.) e os pitagóricos: O Número é o princípio de todas as coisas: o

Número não é uma mera representação abstrata de uma quantidade ou grandeza de coisas e seres que estão no universo, mas uma entidade (coisa) em si, é existente no cosmos. Ou seja, os números têm uma realidade própria, eles existem por si só.

O Número tem uma existência imutável, pois o número 1 sempre será o mesmo e não nenhum outro, ele é somente ele mesmo. Se ele for somado com outro, produzirá um resultado que não é nenhum dos dois originais, mas um número diferente, que possui uma identidade única.

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Os atomistas: Leucipo (primeira metade do século V a.C.) e Demócrito (460 a 370 a.C.). Primeiramente, não usar a noção que temos hoje do

átomo como uma partícula composta de outras partículas menores (elétrons, prótons e nêutrons), e essas compostas de outras menores ainda, as partículas subatômicas. O átomo para os atomistas é um “átomo-ideia”, ele não é visível, não é divisível, inalterável em si mesmo, ele é o princípio de todas as coisas.

Com a noção do átomo como uma entidade que é o princípio de todas as coisas nasce de uma simples ideia, se as coisas podem ser divididas, deve existir um limite para essa divisão. Pois, se não houvesse limite, nada teria sustentação, as coisas se desmanchariam. Esse limite é o átomo, aquilo que é indivisível.

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Os atomistas: Leucipo (primeira metade do século V a.C.) e Demócrito (460 a 370 a.C.). O movimento: para que as coisas se movimentem,

elas devem ter liberdade, ou seja, não podem encontrar entraves a sua movimentação. Então deve existir um espaço vazio. Mas o problema está na definição de vazio. Antes o vazio era visto como a ausência completa, a não existência, algo que não é. Porém, os atomistas postularam que o vazio é apenas o espaço (já é algo) que não tem nenhum preenchimento (não corpóreo), ou seja, não existe nada ali antes que venha a impedir o movimento das coisas. Pensar o movimento como um preenchimento temporário do espaço vazio.

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Heráclito (aproximadamente 535 a 475 a.C.): Devir e o Devir Eterno: o processo de transformação é

inerente a todas as coisas e seres não cessa jamais. A transformação é a essência de todas as coisas. Todas

as coisas só existem por estarem em transformação. Todo o cosmos é produto do conflito (polemos -

Πόλεμος) entre duas forças antagônicas. Entender a polemos não como o conflito destruidor das

coisas e dos seres, mas como o processo da mudança e construtor de todas as coisas. O conflito dá origem ao movimento.

Tudo no universo é composto de elementos contrários, opostos uns aos outros.

Esses contrários não estão em simples oposição que não lhes permita a existência, mas em uma complementaridade.

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Heráclito (aproximadamente 535 a 475 a.C.): O Fogo é a Arché (ἀρχή) para Heráclito: o fogo não é

apenas a origem das coisas, mas a sua essência que está e permite a dinâmica das transformações. Podemos entender que, se o fogo é a transformação, essa mesma é que será a origem e a essência de todas as coisas.

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Prof. Heleno Licurgo do Amaral <[email protected]>

Muito obrigado!TENHAM UM BOM DIA!