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Aula 10 Noções de Direito Administrativo p/ INSS - Técnico do Seguro Social - Com videoaulas - 2016 Professor: Daniel Mesquita

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  • Aula 10

    Noes de Direito Administrativo p/ INSS - Tcnico do Seguro Social - Com videoaulas -2016

    Professor: Daniel Mesquita

  • Noes de Direito Administrativo p/ INSS-

    Tcnico de Seguro Social.

    Teoria e exerccios comentados.

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    AULA 10: Seguridade Social do Servidor

    SUMRIO

    1. INTRODUO AULA 10 2

    2. DA SEGURIDADE SOCIAL 2

    2.1 APOSENTADORIA 13 2.2 DO AUXLIO-NATALIDADE 32 2.3 DO SALRIO-FAMLIA 33 2.4 DA LICENA PARA TRATAMENTO DE SADE 35 2.5 DA LICENA GESTANTE, ADOTANTE E DA LICENA-PATERNIDADE 37 2.6 DA LICENA POR ACIDENTE EM SERVIO 38 2.7 DA PENSO 39 2.8 DO AUXLIO-FUNERAL 46 2.9 DO AUXLIO-RECLUSO 47

    2.10 DA ASSISTNCIA SADE 47

    3. DAS DISPOSIES GERAIS 48

    4. DAS DISPOSIES TRANSITRIAS E FINAIS 50

    5. RESUMO DA AULA 52

    6. QUESTES 67

    7. REFERNCIAS 80

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    1. Introduo aula 10

    Bem vindos nossa aula 10 de Direito Administrativo para o INSS

    Tcnico do Seguro Social.

    Nesta aula 10, abordaremos a matria prevista no edital: LEI n

    8.112/1990 Da seguridade social do servidor. O servidor pblico como

    agente de desenvolvimento social; Sade e Qualidade de Vida no

    Servio Pblico.

    So raros os exerccios sobre Seguridade Social.

    No se esquea que, ao final, voc ter um resumo da aula e as

    questes tratadas ao longo dela. Use esses pontos da aula na vspera

    da prova!

    Chega de papo, vamos a luta!

    2. Da Seguridade Social

    Antes de entrarmos em aposentadoria importante que voc

    tenha uma noo de seguridade social. Vamos l?

    A lei 8.112/90 nos fala que a Unio responsvel por manter o

    plano de seguridade social para os servidores e para sua famlia.

    ATENO!!! O servidor ocupante de cargo em comisso que no seja,

    simultaneamente, ocupante de cargo ou emprego efetivo na

    administrao pblica direta, autrquica e fundacional no ter direito

    aos benefcios do Plano de Seguridade Social, com exceo da

    assistncia sade.

    Ser assegurada ao servidor licenciado ou afastado sem

    remunerao a manuteno da vinculao ao regime do Plano de

    Seguridade Social do Servidor Pblico, mediante o recolhimento mensal

    da contribuio prpria, no mesmo percentual devido pelos servidores

    em atividade, acrescida do valor equivalente contribuio da Unio,

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    suas autarquias ou fundaes, incidente sobre a remunerao total do

    cargo a que faz jus no exerccio de suas atribuies, computando-se,

    para esse efeito, inclusive, as vantagens pessoais. (Redao dada pela

    Medida Provisria n 689, de 2015)

    O Plano de Seguridade Social visa a dar cobertura aos riscos a

    que esto sujeitos o servidor e sua famlia, e compreende um conjunto

    de benefcios e aes que atendam s seguintes finalidades:

    Garantir meios de subsistncia nos eventos de doena,

    invalidez, velhice, acidente em servio, inatividade,

    falecimento e recluso;

    Proteo maternidade, adoo e paternidade;

    Assistncia sade.

    Quanto aos benefcios, observe o que diz o art. 185 da Lei n

    8.112/90:

    Art. 185. Os benefcios do Plano de Seguridade Social do servidor compreendem: I - quanto ao servidor:

    a) aposentadoria;

    b) auxlio-natalidade;

    c) salrio-famlia;

    d) licena para tratamento de sade;

    e) licena gestante, adotante e licena-paternidade;

    f) licena por acidente em servio;

    g) assistncia sade;

    h) garantia de condies individuais e ambientais de trabalho satisfatrias;

    II - quanto ao dependente:

    a) penso vitalcia e temporria;

    b) auxlio-funeral;

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    c) auxlio-recluso;

    d) assistncia sade.

    O art. 40 da Constituio Federal trata do regime de previdncia

    social aplicvel aos servidores titulares de cargos efetivos da Unio, dos

    estados, do DF e dos municpios, includas as respectivas autarquias e

    fundaes (RPPS), ou seja: regime prprio de previdncia social.

    Esse regime diferente do regime geral (RGPS),

    disciplinado no art. 201, CF, a que esto sujeitos os demais

    trabalhadores, no s os da iniciativa privada regidos pela CLT,

    autnomos e outros, mas tambm os servidores ocupantes,

    exclusivamente, de cargo em comisso, cargo temporrio e emprego

    pblico.

    OBS: o regime geral de previdncia aplica-se

    subsidiariamente aos servidores pblicos submetidos ao regime

    prprio.

    O regime tem carter contributivo e solidrio. Dessa forma,

    no importa apenas o tempo de servio do servidor; para fazer jus

    aposentadoria, s ser computado o tempo de efetiva contribuio do

    beneficirio. vedado ao legislador estabelecer qualquer forma

    de contagem de tempo de contribuio fictcio (art. 40, 10, da

    Constituio). A instituio desse regime foi mantida em carter

    facultativo para Estados e Municpios.

    Devem contribuir para o sistema o ente pblico, os servidores

    ativos e inativos e os pensionistas. As contribuies devem observar

    critrios que preserve o equilbrio financeiro e atuarial do sistema

    (art. 40, caput, da CF).

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    Cabe ressaltar que aqueles servidores afastado ou licenciado,

    sem direito a remunerao, contribuintes para regime de

    previdncia social, assegurado a manuteno da vinculao ao

    regime do Plano de Seguridade Social, mediante o recolhimento mensal

    da respectiva contribuio, no mesmo percentual devido pelos

    servidores em atividade, incidente sobre a remunerao total do cargo

    a que faz jus no exerccio de suas atribuies, incluindo, as vantagens

    pessoais.

    J aquele servidor afastado ou licenciado do cargo efetivo, sem

    direito remunerao, inclusive para servir em organismo oficial

    internacional do qual o Brasil seja membro efetivo ou com o qual

    coopere, ainda que contribua para regime de previdncia social no

    exterior, ter suspenso o seu vnculo com o regime do Plano de

    Seguridade Social do Servidor Pblico enquanto durar o afastamento ou

    a licena, no lhes assistindo, neste perodo, os benefcios do

    mencionado regime de previdncia.

    A contribuio dos servidores incide, inclusive sobre as vantagens

    pecunirias permanentes, adicionais de carter individual e outras

    vantagens remuneratrias.

    A lei vigente, contudo, excluiu da base de incidncia: a) As

    dirias para viagem; b) a ajuda de custo por mudana de sede; c)

    indenizao de transporte; d) salrio-famlia; e) o auxlio-alimentao;

    f) auxlio-creche; g)as parcelas pagas em razo do local de trabalho; h)

    a parcela recebida em razo pelo exerccio de cargo em comisso ou de

    funo de confiana; i) o abono de permanncia (art. 40, 19, CF e

    arts. 2, 5, e 3, , da EC 41/03)

    Art. 185. Os benefcios do Plano de Seguridade Social do servidor

    compreendem:

    SERVIDOR DEPENDENTE

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    a) aposentadoria;

    b) auxlio-natalidade;

    c) salrio-famlia;

    d) licena para tratamento de

    sade;

    e) licena gestante, adotante e

    licena-paternidade;

    f) licena por acidente em servio;

    g) assistncia sade;

    h) garantia de condies

    individuais e ambientais de

    trabalho satisfatrias;

    a) penso vitalcia e temporria;

    b) auxlio-funeral;

    c) auxlio-recluso;

    d) assistncia sade.

    A EC n 41/2003 cuidou de proibir a existncia de mais de um

    regime prprio de previdncia social para os servidores titulares de

    cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo

    regime em cada ente estatal. proibida tambm a percepo de

    mais de uma aposentadoria conta do regime de previdncia

    prprio dos servidores estatutrios, ressalvadas as

    aposentadorias decorrentes dos cargos acumulveis previstos

    na Constituio. Confira o disposto no 20 do art. 40:

    20. Fica vedada a existncia de mais de um regime prprio de previdncia social para os servidores titulares de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo regime em cada ente estatal, ressalvado o disposto no art. 142, 3, X (previdncia militar).

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    E CUIDADO COM AS EXCEES!! tambm

    vedada a adoo de requisitos e critrios diferenciados para a

    concesso de aposentadoria aos abrangidos pelo regime prprio de

    previdncia dos estatutrios, ressalvados, nos termos definidos em

    leis complementares, os casos de servidores:

    1. portadores de deficincia;

    2. que exeram atividades de risco;

    3. cujas atividades sejam exercidas sob condies especiais que

    prejudiquem a sade ou a integridade fsica.

    Agora, meus caros, reparem bem a seguinte regra constitucional:

    Inocente essa regra, no ?

    Pois , meus caros, essa a regra constitucional responsvel pelo

    fim da aposentadoria com proventos integrais do servidor pblico.

    Os proventos no correspondero, como antes era possvel, ao valor da

    ltima remunerao do servidor. Seu valor ser uma mdia calculada,

    nos termos da lei, com base nas remuneraes sobre as quais o

    servidor contribuiu ao longo de sua vida profissional.

    Segundo o art. 40, 2, da Constituio Federal, os proventos de

    aposentadoria e as penses, por ocasio de sua concesso, no podero

    exceder a remunerao do respectivo servidor, no cargo efetivo em que

    se deu a aposentadoria ou que serviu de referncia para a concesso da

    penso.

    3 Para o clculo dos proventos de aposentadoria, por ocasio da sua concesso, sero consideradas as remuneraes utilizadas como base para as contribuies do servidor aos regimes de previdncia de que tratam este artigo e o art. 201, na forma da lei.

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    Tambm foi revogado pela EC n 41/2003 o princpio da paridade,

    que determinava que os proventos de aposentadoria e as penses

    fossem revistos na mesma proporo e na mesma data da remunerao

    dos servidores em atividade, como tambm as vantagens atribudas

    atividade fossem extensveis inatividade. O art. 40, 8, da CF, prev

    a reviso dos proventos, assegurando o reajustamento dos benefcios

    para preservar-lhes, em carter permanente, o valor real, conforme

    critrios estabelecidos em lei. Assim, fica institudo o princpio da

    preservao do valor real, que o grande sonho de qualquer

    trabalhador, j que significa a manuteno do poder aquisitivo do

    servidor, do seu poder de compra.

    Com o fim da aposentadoria integral, levada a cabo pela

    EC41/2003, veio tambm a obrigatoriedade de instituio do regime

    de previdncia complementar. O ente poltico que pretenda

    estabelecer como teto dos proventos por ela pagos o limite de

    benefcios do RGPS dever instituir esse regime complementar, por

    meio de lei ordinria de iniciativa do chefe do Poder Executivo

    (Presidente da Repblica, governador do estado ou do DF ou prefeito),

    com a finalidade de permitir que o servidor contribua mais e com isso

    conquiste o direito de adquirir proventos superiores ao teto.

    Esse regime complementar ser organizado de forma autnoma

    em relao ao regime geral de previdncia social e ao regime de

    previdncia prprio do servidor pblico. Ficar a cargo de entidades

    fechadas de previdncia complementar, de natureza pblica, que

    oferecero aos respectivos participantes planos de benefcios somente

    na modalidade de contribuio definida.

    O servidor que tenha ingressado no servio pblico at a data da

    publicao do ato de instituio do correspondente regime de

    previdncia complementar a ele estar sujeito somente se prvia e

    expressamente formalizar opo nesse sentido.

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    Apenas em 2012 o regime complementar de

    previdncia para os servidores federais foi aprovado pela Lei n 12.618,

    de 30 de abril, e publicada no DOU de 02.05.2012. A nova lei estipulou

    que o valor das aposentadorias e penses no servio pblico federal

    civil ser limitado ao teto do RGPS, estabelecendo que os servidores

    devero contribuir com 11%, limitados a esse teto. O servidor poder

    receber benefcio alm desse teto se contribuir com o Funpresp

    (Fundao de Previdncia Complementar do Servidor Pblico Federal) e

    o governo contribuir com o mesmo valor, at o limite de 8,5% sobre a

    parcela do vencimento que exceder ao teto do RGPS. Importante

    destacar que ao servidor no foi estipulado limite de contribuio.

    A mesma EC 41/03 inseriu outro dispositivo inocente no art. 40

    da Constituio Federal, trata-se do 18, que instituiu a

    obrigatoriedade da contribuio do inativo, vejamos:

    Como se v, a contribuio incide sobre os proventos de

    aposentadorias e penses concedidas pelo regime prprio de

    previdncia dos servidores civis que superem o limite mximo

    estabelecido para os benefcios do regime geral de previdncia

    (atualmente R$ 3.416,54), com percentual igual ao estabelecido para

    os servidores titulares de cargos efetivos (atualmente 11%). OBS: no

    caso de portador de doena incapacitante, essa contribuio

    incidir apenas sobre as parcelas que superem o dobro do teto

    do RGPS.

    18. Incidir contribuio sobre os proventos de aposentadorias e penses concedidas pelo regime de que trata este artigo que superem o limite mximo estabelecido para os benefcios do regime geral de previdncia social de que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos.

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    Outro dispositivo inserido pela EC 41/03 foi o 19 do art. 40 da

    Constituio Federal, que trouxe uma nova natureza para a figura do

    abono de permanncia, que continua servindo para evitar a sada

    dos servidores e risco de comprometimento dos servios, garantindo o

    funcionamento da Administrao Pblica.

    E em que consiste esse instituto? Ele equivale dispensa

    do pagamento da contribuio previdenciria para o servidor que

    permanea em atividade aps ter completado os requisitos para

    requerer a aposentadoria voluntria no proporcional (60 anos de idade

    e 35 de contribuio, se homem; 55 anos de idade e 30 de

    contribuio, se mulher; 10 anos de efetivo exerccio no servio pblico;

    5 anos no cargo efetivo em que se dar a aposentadoria). O servidor

    far jus ao abono enquanto permanecer na ativa, at o limite de 70

    anos, idade em que alcanado pela aposentadoria compulsria.

    Vale lembrar que a EC n 20/98 j falava em

    abono de permanncia, definindo uma forma de iseno para os

    servidores que, mesmo tendo os requisitos para se aposentar,

    continuassem trabalhando. Entretanto, com a EC n 41/2003, o

    benefcio, apesar de atingir os mesmos servidores, deixa de ter

    natureza de iseno e passa a ser uma nova remunerao para o

    servidor; na verdade, na mesma folha de pagamento, o servidor paga a

    contribuio e recebe de volta o mesmo valor a ttulo de abono de

    permanncia.

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    1. (FCC 2014 AL (PE) Analista Legislativo Direito

    Constitucional, Administrativo e Eleitoral) Quanto vinculao dos

    servidores pblicos (sentido lato) ao regime previdencirio, correto

    afirmar que

    a) a contribuio previdenciria no denominado regime prprio de

    previdncia alcana to somente os servidores ativos, no atingindo os

    inativos e pensionistas.

    b) o denominado regime prprio de previdncia aplicvel aos

    ocupantes de cargos efetivos dos entes federativos, aplicando-se aos

    servidores da Administrao pblica indireta, necessariamente, o

    regime de geral de previdncia social.

    c) o ocupante de emprego pblico submete-se ao regime geral de

    previdncia social, j o se ocupante exclusivamente de cargo em

    comisso, ao contrrio, submete-se ao regime prprio de previdncia.

    d) os servidores titulares de cargos efetivos de autarquias e

    fundaes submetem-se ao regime previdencirio prprio do servidor

    pblico.

    e) o titular de cargo efetivo nos quadros da Administrao que

    venha a ocupar cargo em comisso passa, obrigatoriamente, a integrar

    o regime geral de previdncia social.

    Letra (A). Incidir contribuio sobre os proventos de

    aposentadorias e penses concedidas pelo RPPS que superem o limite

    mximo estabelecido para os benefcios do regime geral de previdncia

    social, com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares

    de cargos efetivos (art. 40, 18, CF). Logo, est INCORRETA.

    Letra (B). O art. 40 da Constituio Federal trata do regime de

    previdncia social aplicvel aos servidores titulares de cargos efetivos

    da Unio, dos estados, do DF e dos municpios, includas as

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    respectivas autarquias e fundaes (RPPS), ou seja: regime prprio

    de previdncia social. Portanto, est ERRADA.

    Letra (C). Esto sujeitos ao RGPS os demais trabalhadores, no s

    os da iniciativa privada regidos pela CLT, autnomos e outros, mas

    tambm os servidores ocupantes, exclusivamente, de cargo em

    comisso, cargo temporrio e emprego pblico. Logo, est

    INCORRETA.

    Letra (D). Considerando o comentrio constante do item B, est

    CORRETA.

    Letra (E). S integra o RGPS se for ocupante exclusivamente de

    cargo em comisso, o que no se encaixa no caso do item. Portanto,

    est ERRADA.

    Gabarito: D

    2. (FCC 2011 TRE/PE Tcnico Judicirio rea

    Administrativa) Nos termos da Lei n 8.112/1990, o servidor afastado

    ou licenciado do cargo efetivo, sem direito remunerao, inclusive

    para servir em organismo oficial internacional do qual o Brasil seja

    membro efetivo ou com o qual coopere, ainda que contribua para

    regime de previdncia social no exterior, ter

    a) interrompido o seu vnculo com o regime do Plano de

    Seguridade Social do Servidor Pblico enquanto durar o afastamento ou

    a licena, assistindo-lhes, neste perodo, os benefcios do mencionado

    regime de previdncia.

    b) mantido normalmente seu vnculo com o regime do Plano de

    Seguridade Social do Servidor Pblico enquanto durar o afastamento ou

    a licena, no lhes assistindo, porm, neste perodo, os benefcios do

    mencionado regime de previdncia.

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    c) suspenso o seu vnculo com o regime do Plano de Seguridade

    Social do Servidor Pblico enquanto durar o afastamento ou a licena,

    no lhes assistindo, neste perodo, os benefcios do mencionado regime

    de previdncia.

    d) mantido normalmente seu vnculo com o regime do Plano de

    Seguridade Social do Servidor Pblico enquanto durar o afastamento ou

    a licena, assistindo- lhes, neste perodo, os benefcios do mencionado

    regime de previdncia.

    e) interrompido, com efeitos retroativos, seu vnculo com o

    regime do Plano de Seguridade Social do Servidor Pblico, no lhes

    assistindo, porm, neste perodo, os benefcios do mencionado regime

    de previdncia.

    O servidor afastado ou licenciado do cargo efetivo, sem direito

    remunerao, inclusive para servir em organismo oficial internacional

    do qual o Brasil seja membro efetivo ou com o qual coopere, ainda que

    contribua para regime de previdncia social no exterior, ter suspenso

    o seu vnculo com o regime do Plano de Seguridade Social do

    Servidor Pblico enquanto durar o afastamento ou a licena, no

    lhes assistindo, neste perodo, os benefcios do mencionado

    regime de previdncia (art. 183, 2, da Lei n 8.112/90). Portanto,

    a resposta correta a letra C.

    Gabarito: C

    2.1 Aposentadoria

    Afinal, o que seria a aposentadoria?

    Aposentadoria o direito inatividade remunerada, assegurado

    ao servidor pblico em caso de invalidez, idade ou requisitos

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    conjugados de tempo de exerccio no servio pblico e no cargo, idade

    mnima e tempo de contribuio.

    Trata-se de um fato administrativo que se

    formaliza por meio de um ato administrativo complexo, isto , que

    depende de duas manifestaes de vontade, uma da autoridade

    competente e a outra do Tribunal de Contas, a quem cabe o controle de

    sua legalidade.

    Atualmente, o texto constitucional conta com dois regimes de

    aposentadoria: Regime Geral de Previdncia Social (RGPS) e o Regime

    Prprio de Previdncia Social (RPPS). Para esta aula, somente nos

    interessa este ltimo, aplicvel aos servidores pblicos titulares de

    cargos efetivos e de cargos vitalcios.

    Para os servidores ocupantes de cargos em

    comisso, apesar de ter o regime de cargo, isto , estatutrio, o texto

    constitucional hoje expresso, no art. 40, 13, quanto adoo do

    regime geral de previdncia.

    No RPPS, quantas e quais so as modalidades de aposentadoria?

    So 4 as modalidades de aposentadoria: por invalidez,

    compulsria, voluntria e especial.

    Vamos analisar as 4 hipteses de aposentadoria no regime prprio

    dos servidores pblicos. PRESTE ATENO!!! Neste ponto, devemos

    considerar o disposto no art. 40 da CF e no no art. 186 e seus

    incisos da Lei n 8.112/90.

    1. INVALIDEZ PERMANENTE: com proventos proporcionais

    ao tempo de contribuio, em todos os casos, exceto quando

    a invalidez decorrer de acidente de servio, molstia

    profissional ou doena grave, contagiosa ou incurvel,

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    na forma da lei. OBS: a aposentadoria por invalidez

    precedida de licena para tratamento de sade por

    perodo no excedente a 24 meses.

    Consideram-se doenas graves, contagiosas ou incurveis:

    tuberculose ativa, alienao mental, esclerose mltipla,

    neoplasia maligna, cegueira posterior ao ingresso no servio

    pblico, hansenase, cardiopatia grave, doena de Parkinson,

    paralisia irreversvel e incapacitante, espondiloartrose

    anquilosante, nefropatia grave, estados avanados do mal de

    Paget (ostete deformante), Sndrome de Imunodeficincia

    Adquirida - AIDS, e outras que a lei indicar, com base na

    medicina especializada.

    O servidor ser submetido junta mdica oficial, que atestar

    a invalidez quando caracterizada a incapacidade para o

    desempenho das atribuies do cargo ou a impossibilidade de

    readaptao.

    A aposentadoria voluntria ou por invalidez vigorar a partir da

    data da publicao do respectivo ato.

    2. COMPULSRIA (invalidez presumida): aos 70 anos de idade,

    independente de ser homem ou mulher, com proventos

    proporcionais ao tempo de contribuio. OBS: somente dar

    direito a proventos integrais se o funcionrio j tiver

    completado o tempo de contribuio exigido para a

    aposentadoria voluntria, ou seja, 35 anos, para homem,

    e 30 para a mulher.

    automtica e ser declarada por ato com vigncia a partir do

    dia seguinte quele em que o funcionrio atingir a idade-limite.

    3. VOLUNTRIA: pode se dar com proventos integrais ou

    proporcionais.

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    So 4 requisitos para aposentadoria voluntria com proventos

    integrais:

    { tempo de efetivo servio pblico: 10 anos;

    { tempo de servio no cargo efetivo em que se dar a

    aposentadoria: 5 anos;

    { idade mnima: 60 anos, para o homem, e 55, para a mulher;

    { tempo de contribuio: 35 anos para o homem e 30

    para a mulher.

    J para a aposentadoria voluntria com proventos

    proporcionais so apenas 3 requisitos:

    { tempo de efetivo servio pblico: 10 anos;

    { tempo de servio no cargo efetivo em que se dar a

    aposentadoria: 5 anos;

    { idade mnima: 65 anos, para o homem, e 60, para a mulher.

    ATENO, PARA PROVENTOS PROPORCIONAIS no se

    exige um tempo mnimo de contribuio, porm os

    proventos sero proporcionais ao tempo de contribuio.

    A aposentadoria voluntria vigorar a partir da data da

    publicao do respectivo ato.

    4. ESPECIAL: cabvel para o professor, para o deficiente fsico,

    para os que exeram atividades de risco e para aqueles cuja

    atividades sejam exercidas sob condies especiais que

    prejudiquem a sade ou a integridade fsica, no sendo

    admitido qualquer outro tratamento especial.

    A aposentadoria especial do professor a nica

    que tem seus requisitos expressos j no texto

    constitucional. No caso de professor ou professora que

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    comprove exclusivamente tempo de efetivo exerccio das

    funes de magistrio na educao infantil e ensino

    fundamental e mdio, o tempo de contribuio e o limite

    de idade do reduzidos em 5 anos para a concesso de

    aposentadoria voluntria com proventos integrais. Perceba

    que os professores universitrios esto excludos desse

    tratamento diferenciado. Ademais, no inclui a aposentadoria

    voluntria com proventos proporcionais.

    As demais hipteses de aposentadoria especial possuem sua

    concretizao condicionada definio por lei complementar.

    O STF admite que so consideradas funes de

    magistrio as exercidas por professores e especialistas em

    educao no desempenho de atividades educativas, quando

    exercidas em estabelecimento de educao bsica em seus

    diversos nveis e modalidades. Foram tambm includas, alm do

    exerccio da docncia, a de direo de unidade escolar e as de

    coordenao e assessoramento pedaggico. Conclui que a

    atividade de docente no se restringe sala de aula, podendo

    incluir direo, assessoramento pedaggico e coordenao,

    desde que realizadas por professores.

    DICA IMPORTANTE: No se mate decorando os anos de cada um

    dos requisitos para aposentadoria. Decore apenas regras gerais, tais

    como: a aposentadoria compulsria se d, em regra, com proventos

    proporcionais; no h um tempo mnimo de contribuio para

    aposentadoria com tempo proporcional; para a aposentadoria voluntria

    exigido um tempo no servio pblico e um tempo no cargo; a

    aposentadoria voluntria pode gerar proventos integrais, etc.

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    Na contagem do prazo para aquisio do direito

    aposentadoria, o servidor pode considerar o tempo de contribuio

    tanto federal, quanto estadual ou municipal (art. 40, 9, CF). Alm

    disso, aplica-se o princpio da reciprocidade, que admite o

    aproveitamento do tempo de contribuio por servio prestado

    atividade privada (art. 40, 3, CF).

    Ressalvada a reviso prevista em lei, os proventos da inatividade

    regulam-se pela lei vigente ao tempo em que o militar, ou o servidor

    civil, reuniu os requisitos necessiros (Smula n 359 do STF).

    3. (FCC - 2012 - MPE-AP - Analista Ministerial) As modalidades de

    aposentadoria no servio pblico so:

    a) inatividade remunerada, formal e direito de afastamento.

    b) formal, por inatividade e voluntria.

    c) por invalidez, formal e inatividade remunerada.

    d) por invalidez, compulsria e voluntria.

    e) compulsria, inatividade remunerada e direito de afastamento.

    Como vimos nesta aula, as 3 hipteses de aposentadoria no

    regime prprio dos servidores pblicos so:

    1. INVALIDEZ PERMANENTE: com proventos proporcionais

    ao tempo de contribuio, em todos os casos, exceto quando

    a invalidez decorrer de acidente de servio, molstia

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    profissional ou doena grave, contagiosa ou incurvel,

    na forma da lei. OBS: a aposentadoria por invalidez

    precedida de licena para tratamento de sade por

    perodo no excedente a 24 meses.

    2. COMPULSRIA (invalidez presumida): aos 70 anos de idade,

    com proventos proporcionais ao tempo de contribuio. OBS:

    somente dar direito a proventos integrais se o

    funcionrio j tiver completado o tempo de contribuio

    exigido para a aposentadoria voluntria, ou seja, 35

    anos, para homem, e 30 para a mulher.

    automtica e ser declarada por ato com vigncia a partir do

    dia seguinte quele em que o funcionrio atingir a idade-limite.

    3. VOLUNTRIA: pode se dar com proventos integrais ou

    proporcionais.

    So 4 requisitos para aposentadoria voluntria com proventos

    integrais:

    { tempo de efetivo servio pblico: 10 anos;

    { tempo de servio no cargo efetivo em que se dar a

    aposentadoria: 5 anos;

    { idade mnima: 60 anos, para o homem, e 55, para a mulher;

    { tempo de contribuio: 35 anos para o homem e 30

    para a mulher.

    Gabarito: Letra d.

    4. (FCC - 2012 - MPE-AP - Analista Ministerial Administrao)

    O abono de permanncia, institudo pela Emenda Constitucional no

    41/2003, regulado da seguinte forma:

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    a) no pode ser requerido para a aposentadoria proporcional, se o

    direito ela foi adquirido at o dia trinta de dezembro do ano de dois

    mil e trs.

    b) s pode ser requerido por servidor em regime de aposentadoria

    voluntria.

    c) s pode ser requerido por servidor em regime de aposentadoria

    compulsria.

    d) s pode ser requerido por servidores aposentados com mais de

    vinte anos de contribuio, se mulher, ou trinta anos de contribuio se

    for homem.

    e) corresponde ao valor da contribuio previdenciria mensal do

    servidor que o solicitar, desde que este servidor cumpra as condies

    necessrias para a aposentadoria e faa a opo de continuar em

    atividade.

    O abono de permanncia equivale dispensa do pagamento da

    contribuio previdenciria para o servidor que permanea em

    atividade aps ter completado os requisitos para requerer a

    aposentadoria voluntria no proporcional (60 anos de idade e 35

    de contribuio, se homem; 55 anos de idade e 30 de contribuio, se

    mulher; 10 anos de efetivo exerccio no servio pblico; 5 anos no

    cargo efetivo em que se dar a aposentadoria). O servidor far jus ao

    abono enquanto permanecer na ativa, at o limite de 70 anos, idade

    em que alcanado pela aposentadoria compulsria.

    Gabarito: Letra e.

    5. (CESPE - 2012 - Cmara dos Deputados - Analista

    Legislativo - Taqugrafo) A respeito da seguridade social do servidor,

    julgue os itens que se seguem. Os servidores ocupantes de cargo em

    comisso, ainda que no ocupem, simultaneamente, cargo ou emprego

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    efetivo na administrao direta, autrquica ou fundacional, tm direito

    assistncia sade prevista no plano de seguridade social.

    De acordo com art. 183, da Lei 8.112/90, o servidor ocupante de

    cargo em comisso que no seja, simultaneamente, ocupante de cargo

    ou emprego efetivo na administrao pblica direta, autrquica e

    fundacional no ter direito aos benefcios do Plano de Seguridade

    Social, com exceo da assistncia sade.

    Gabarito: Correto.

    6. (CESPE - 2008 - TRT - 1 REGIO (RJ) - Analista Judicirio -

    rea Judiciria) Em relao aos vencimentos e proventos de

    aposentadoria dos servidores pblicos, o STF entende que

    a) a Constituio veda a cumulao de cargos pblicos por uma

    mesma pessoa.

    b) no h vedao constitucional acumulao de cargos pblicos

    desde que haja compatibilidade de horrios e o acesso tenha se dado

    por concurso pblico.

    c) permitida a cumulao sem restries, se ficar caracterizado

    direito adquirido pelo servidor.

    d) possvel a acumulao de mais de uma aposentadoria, se

    forem elas relativas a cargos que, na atividade, seriam cumulveis.

    e) so inacumulveis em razo do princpio da moralidade

    administrativa.

    Como vimos, proibida a percepo de mais de uma

    aposentadoria conta do regime de previdncia prprio dos servidores

    estatutrios, ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos

    acumulveis previstos na Constituio.

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    Gabarito: D

    7. (CESPE - 2010 - ABIN - Oficial Tcnico de Inteligncia) O

    servidor que, preenchendo os requisitos para a aposentadoria voluntria

    por idade com proventos proporcionais em 2008, opte por permanecer

    em atividade tem direito ao abono de permanncia.

    O abono de permanncia equivale dispensa do pagamento da

    contribuio previdenciria para o servidor que permanea em atividade

    aps ter completado os requisitos para requerer a aposentadoria

    voluntria no proporcional. Esses requisitos so aqueles do art.40,

    pargrafo 1o, III, a, da CF, ou seja: Tempo de contribuio (35 para

    homens e 30 para mulheres) + idade (60 anos para homens ou 55 para

    mulheres). O enunciado fala apenas de idade, o que torna errada a

    assertiva.

    Gabarito: Errado.

    8. (CESPE - 2010 - ABIN - Oficial Tcnico de Inteligncia)

    Aplica-se aposentadoria compulsria o requisito de tempo mnimo de

    dez anos de efetivo exerccio no servio pblico.

    Este requisito para aposentadoria voluntria. A aposentadoria

    compulsria calculada de modo proporcional ao tempo de

    contribuio.

    Gabarito: Errado.

    9. (ESAF - 2012 - CGU - Analista de Finanas e Controle -

    prova 3 - Administrativa) Quanto contagem do tempo de servio

    federal, correto afirmar que:

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    a) a apurao do tempo de servio feita em meses, que sero

    convertidos em anos.

    b) so considerados como de efetivo exerccio para todos os efeitos

    os afastamentos, entre outros, em virtude de frias; de participao em

    programa de treinamento regularmente institudo; e de licena para

    tratamento de sade de pessoal da famlia do servidor.

    c) o tempo de servio prestado concomitantemente em mais de um

    cargo ou funo de rgo ou entidades dos Poderes da Unio, Estado,

    Distrito Federal e Municpio, autarquia, fundao pblica, sociedade de

    economia mista e empresa pblica ser contado cumulativamente.

    d) o tempo de servio prestado s Foras Armadas contado para

    todos os efeitos, inclusive, em dobro, o tempo em operaes de guerra.

    e) o tempo em que o servidor esteve aposentado ser contado

    para todos os efeitos.

    Dispe o artigo 103, 2, da Lei 8.112/90:

    Art. 103. Contar-se- apenas para efeito de aposentadoria e

    disponibilidade:

    2o Ser contado em dobro o tempo de servio prestado s Foras Armadas em operaes de guerra.

    Logo, o tempo de servio prestado s Foras Armadas

    computado para efeito de aposentadoria, inclusive em dobro no caso

    operaes de guerra.

    Gabarito: Letra D

    10. (ESAF - 2012 - CGU - Analista de Finanas e Controle -

    prova 3 - Administrativa) No tocante ao Plano de Seguridade Social do

    servidor pblico federal e de sua famlia, incorreto afirmar que:

    a) ao servidor ocupante de cargo em comisso, ainda que no seja,

    simultaneamente, ocupante de cargo ou emprego efetivo na

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    Administrao Pblica direta, autrquica e fundacional, so assegurados

    todos os benefcios do Plano de Seguridade Social.

    b) o Plano de Seguridade Social visa a dar cobertura aos riscos a

    que esto sujeitos o servidor e sua famlia e compreende um conjunto

    de benefcios e aes.

    c) ao servidor pblico so garantidos, entre outros, os benefcios

    da aposentadoria, do auxlio-natalidade, do salrio-famlia e da licena

    por acidente em servio.

    d) ao dependente do servidor pblico so garantidos os benefcios

    de penso vitalcia e temporria, auxlio- funeral, auxlio-recluso e

    assistncia sade.

    e) ao servidor licenciado ou afastado sem remunerao garantida

    a manuteno da vinculao ao regime do Plano de Seguridade Social

    do Servidor Pblico, mediante o recolhimento mensal da respectiva

    contribuio, no mesmo percentual devido pelos servidores em

    atividade, incidente sobre a remunerao total do cargo a que faz jus

    no exerccio de suas atribuies.

    A questo busca a alternativa incorreta, portanto devemos atentar

    para o enunciado da alternativa a, uma vez que o servidor ocupante

    de cargo em comisso que no seja, simultaneamente, ocupante de

    cargo ou emprego efetivo na Administrao Pblica, no far jus aos

    benefcios do Plano de Seguridade Social, excepcionando-se a

    assistncia sade.

    Gabarito: A

    11. (ESAF - 2012 - CGU - Analista de Finanas e Controle -

    prova 3 - Administrativa) Quanto aposentadoria do servidor pblico,

    pode-se afirmar corretamente que:

    a) a aposentadoria por invalidez permanente dar-se- com

    proventos integrais.

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    b) aos oitenta anos de idade, o servidor ser aposentado

    compulsoriamente com proventos proporcionais.

    c) ao servidor aposentado no devida a gratificao natalina.

    d) a aposentadoria voluntria ou por invalidez vigorar a partir da

    data do pedido feito pelo servidor.

    e) a aposentadoria compulsria automtica e tem vigncia a

    partir do dia imediato quele em que o servidor atingir a idade-limite de

    permanncia no servio ativo.

    Conforme regido pela Lei 8.112/90 e disposto acima no decorrer

    da aula, a aposentaria ser compulsria quando o servidor atingira a

    idade limite de permanncia no servio ativo, que de 70 anos de

    idade.

    Gabarito: E

    12. (ESAF - 2010 - CVM - Analista - Recursos Humanos - prova

    2) Estatui o art. 40, caput, da Constituio da Repblica, que Aos

    servidores titulares de cargos efetivos da Unio, dos Estados, do Distrito

    Federal e dos Municpios, includas suas autarquias e fundaes,

    assegurado regime de previdncia de carter contributivo e solidrio,

    mediante contribuio do respectivo ente pblico, dos servidores ativos

    e inativos e dos pensionistas, observados critrios que preservem o

    equilbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. Em relao ao

    regime de previdncia em tela, assinale a assertiva incorreta:

    a) Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comisso

    declarado em lei de livre nomeao e exonerao aplica-se o regime

    geral de previdncia social.

    b) A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios, desde

    que instituam regime de previdncia complementar para os seus

    respectivos servidores titulares de cargo efetivo, podero fixar, para o

    valor das aposentadorias e penses a serem concedidas pelo regime

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    prprio de previdncia, o limite mximo estabelecido para os benefcios

    do regime geral de previdncia social.

    c) O servidor pblico ser aposentado compulsoriamente, aos

    setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de

    contribuio.

    d) A lei no poder estabelecer qualquer forma de contagem de

    tempo de contribuio fictcio.

    e) So integrais os proventos decorrentes de aposentadoria por

    invalidez permanente.

    Os proventos decorrentes de aposentadoria por invalidez s sero

    integrais nos casos de acidente em servio, molstia profissional ou

    doena grave, contagiosa ou incurvel. Nos demais casos ser

    proporcional.

    Gabarito: E

    13. (ESAF - 2006 - MTE - Auditor Fiscal do Trabalho - Prova 2)

    No mbito das normas de seguridade social do servidor pblico,

    previstas na Lei n. 8.112/90, assinale a hiptese no prevista para

    concesso de penso provisria por morte presumida de servidor.

    a) Desaparecimento em desabamento, inundao, incndio ou

    acidente no caracterizado como em servio.

    b) Declarao de ausncia, prestada pela autoridade judiciria ou

    policial competente.

    c) Desaparecimento no desempenho das atribuies do cargo.

    d) Declarao de ausncia, prestada pela autoridade judiciria

    competente.

    e) Desaparecimento no desempenho de misso de segurana.

    A questo busca a hiptese em que no possvel concesso de

    penso provisria por morte presumida de servidor, logo, por meio da

    leitura da alternativa b, percebe-se ser esta a assertiva incorreta, j

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    que a autoridade policial no competente parar declarar a ausncia de

    um servidor.

    Gabarito: B

    14. (ESAF - 2004 - MPU - Tcnico Administrativo) O benefcio da

    penso temporria, do Plano de Seguridade Social do Servidor, regido

    pelo regime da Lei n 8.112/90, falta de outro herdeiro pensionvel,

    ser devido:

    a) pessoa divorciada, que recebia penso alimentcia do servidor

    falecido.

    b) pessoa portadora de deficincia fsica, que vivia sob a

    dependncia econmica do servidor falecido.

    c) ao cnjuge do servidor falecido.

    d) ao pai do servidor falecido.

    e) ao irmo invlido, do servidor falecido, que vivia sob sua

    dependncia econmica.

    Dispe o artigo 217, II, c, da Lei 8.112/90:

    Portanto, sob a luz do artigo acima, vemos que a letra e a

    correta, uma vez que as demais hipteses acima relacionadas so

    causas de penso vitalcia.

    Gabarito: E

    15. (FCC 2013 TJ/PE Juiz) Os servidores titulares de

    cargos efetivos dos Estados, que hoje ingressam no servio, sujeitam-

    Art. 217. So beneficirios das penses: II - temporria: c) o irmo rfo, at 21 (vinte e um) anos, e o invlido, enquanto durar a invalidez, que comprovem dependncia econmica do servidor;

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    se a regras constitucionais que disciplinam sua aposentadoria.

    Considere, a respeito, os itens abaixo sobre hipteses de aposentadoria

    e respectivo critrio de clculo de proventos:

    I. por invalidez permanente, com proventos integrais.

    II. compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos

    proporcionais ao tempo de servio.

    III. voluntariamente, desde que cumprido tempo mnimo de dez

    anos de efetivo exerccio no servio pblico e cinco anos no cargo

    efetivo em que se dar a aposentadoria, observadas as seguintes

    condies: a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuio, se

    homem, e cinquenta e cinco anos de idade e trinta de contribuio, se

    mulher; b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos

    de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de

    contribuio.

    Est harmnico com as regras gerais constantes da Constituio o

    que consta APENAS em

    a) III.

    b) I.

    c) II.

    d) II e III.

    e) I e II.

    Item I. Na aposentadoria por invalidez permanente, os proventos

    so proporcionais ao tempo de contribuio, exceto se decorrente de

    acidente em servio, molstia profissional ou doena grave, contagiosa

    ou incurvel, na forma da lei (art. 40, 1, inciso I, da CF). Logo, est

    INCORRETO.

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    Item II. A aposentadoria compulsria se d com proventos

    proporcionais ao tempo de contribuio (art. 40, 1, inciso II, da

    CF). Logo, est ERRADO.

    Item III. Est de acordo com o art. 40, 1, inciso III, alneas a

    e b, da CF. Portanto, est CERTO.

    Assim, apenas o item III est correto (letra A).

    Gabarito: A

    16. (FCC 2014 Prefeitura de Cuiab/MT Procurador

    Municipal) O corpo permanente da Constituio Federal, no tocante aos

    proventos do servidor aposentado pelo regime prprio de previdncia,

    a) estabelece que os requisitos de idade e de tempo de

    contribuio sero reduzidos em cinco anos, para o professor que

    comprove exclusivamente tempo de efetivo exerccio das funes de

    magistrio na educao infantil e no ensino fundamental e mdio, com

    a consequente reduo proporcional dos proventos, caso opte por essa

    aposentadoria especial.

    b) garante aos servidores inativos a extenso de todos e

    quaisquer benefcios e vantagens concedidos aos servidores em

    atividade.

    c) determina que, nas hipteses de aposentadoria com proventos

    proporcionais, deve-se utilizar como base de clculo o valor da ltima

    remunerao percebida pelo servidor, quando em atividade.

    d) estabelece que os servidores ocupantes, exclusivamente, de

    cargo em comisso faro jus aposentadoria complementar, mediante

    sua expressa adeso a tal regime, sem prejuzo da vinculao ao

    regime geral de previdncia social.

    e) prev a incidncia de contribuio previdenciria nos proventos

    do inativo portador de doena incapacitante, a qual incidir apenas

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    sobre as parcelas que superem o dobro do limite mximo estabelecido

    para os benefcios do regime geral de previdncia social.

    Letra (A). Essa regra de reduo dos requisitos de idade e de

    tempo de contribuio para professores aplicvel aposentadoria

    voluntria com proventos integrais (art. 40, 5, da CF). Portanto,

    est ERRADA.

    Letra (B). No h essa garantia na Constituio Federal. Logo,

    est INCORRETA.

    Letra (C). A regra constitucional contida no art. 40, 3, da CF, foi

    responsvel pelo fim da aposentadoria com proventos integrais do

    servidor pblico. Os proventos no correspondero, como antes era

    possvel, ao valor da ltima remunerao do servidor. Seu valor ser

    uma mdia calculada, nos termos da lei, com base nas remuneraes

    sobre as quais o servidor contribuiu ao longo de sua vida profissional.

    Portanto, est ERRADA.

    Letra (D). O erro est em colocar que esses servidores faro jus,

    pois na verdade eles tero que financiar este sistema complementar.

    Logo, est INCORRETA.

    Letra (E). Est de acordo com o art. 40, 18 e 21, da CF. Logo,

    est CORRETA.

    Gabarito: E

    17. (FCC 2006 DPE/SP Defensor Pblico) Um servidor

    estatutrio atinge a idade para a aposentadoria compulsria aps 7

    (sete) anos de exerccio no servio pblico. Sabendo-se que ele no

    possui outros perodos de contribuio ou de tempo de servio a serem

    computados, ele

    a) dever permanecer em atividade, visto que no atingiu o

    mnimo de 10 (dez) anos de efetivo exerccio no servio pblico.

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    b) ser aposentado, com proventos proporcionais ao tempo de

    contribuio, proventos esses que no podem ser inferiores a 1 (um)

    salrio mnimo.

    c) ser aposentado, com proventos proporcionais ao tempo de

    contribuio, garantida a percepo de 50% (cinqenta por cento) da

    ltima remunerao na atividade.

    d) ser aposentado, com proventos integrais, em razo do critrio

    etrio.

    e) ser exonerado, com indenizao de 1 (um) salrio por ano de

    efetivo exerccio, por no reunir os requisitos para a aposentadoria.

    A aposentadoria compulsria ocorre aos setenta anos de idade,

    com proventos proporcionais ao tempo de contribuio (art. 40, 1,

    inciso II, da CF). Nenhum servidor receber remunerao inferior ao

    salrio mnimo (art. 41, 5, da Lei n 8.112/90). Portanto, a resposta

    correta a letra B.

    Gabarito: B

    18. (CESPE 2014 TC/DF Analista de Administrao Pblica

    Oramento, Gesto Financeira e Controle) A aposentadoria poder ser

    voluntria e proporcional, desde que cumprido o tempo mnimo de cinco

    anos de efetivo exerccio no servio pblico, observadas as demais

    condies de idade e tempo de contribuio.

    O servidor poder aposentar-se voluntariamente desde que

    cumprido tempo mnimo de dez anos de efetivo exerccio no servio

    pblico e cinco anos no cargo efetivo em que se dar a aposentadoria

    (art. 40, 1, inciso III, da CF). Logo, est ERRADO.

    Gabarito: E

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    2.2 Do Auxlio-Natalidade

    O auxlio natalidade ser concedido servidora por motivo de

    nascimento de filho ou ao cnjuge ou companheiro servidor pblico,

    quando a parturiente no for servidora. O valor ser equivalente ao

    menor vencimento do servio pblico, inclusive no caso de natimorto.

    A finalidade do auxlio natalidade, conforme

    jurisprudncia do STF, scio-assistencialista, tendente a auxiliar em

    termos financeiros, a gestante em decorrncia dos novos gastos que

    necessariamente adviro com o nascituro, buscando-se igualmente

    prestar um auxlio ao prprio incapaz, para que este tenha condies de

    se desenvolver sadiamente.

    Se a servidora tiver parto mltiplo, ou seja, gmeos, trigmeos e

    por a vai... o valor ser acrescido de 50% (cinquenta por cento), por

    nascituro.

    Interessante observar que a Lei n. 8112/90 no prev o auxlio

    natalidade para a servidora adotante, ou seja, a que tem um filho no

    de seu ventre, mas sim adotado.

    Contudo, em razo do princpio constitucional da isonomia,

    especialmente diante da inexistncia de distino entre filhos naturais e

    adotados, h uma tendncia em se admitir, nos tribunais, que a

    servidora que adota tem sim direito ao auxlio natalidade. Veja o

    interessante resumo do julgamento do Tribunal Regional Federal da 4

    Regio:

    PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. SINDICATO. LEGITIMIDADE

    ATIVA AD CAUSAM. AUXLIO-

    NATALIDADE. SERVIDOR ADOTANTE. POSSIBILIDADE. SENTENA.

    ABRANGNCIA ESTADUAL. HONORRIOS ADVOCATCIOS. VALOR FIXO.

    (...) 2. O direito percepo de auxlio-natalidade por

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    servidor adotante matria controvertida, porque ao princpio da

    isonomia opem-se os da legalidade e da reserva oramentria, todos

    de status constitucional e relevncia jurdica equivalente. No obstante,

    considerando a finalidade da norma legal - arts. 185, I, a, e 196 da Lei

    n 8.112, de 1991 - de prover as necessidades imediatas daquele que

    passou a compor a unidade familiar, necessidades estas que, por serem

    prprias de qualquer criana, no se distinguem pelo vnculo (biolgico

    ou afetivo) estabelecido com o servidor, tenho que a soluo mais

    adequada conced-lo tambm ao servidor adotante. Em que pese o

    caracterstico nascimento de filho seja essencial ao legislador, ter um

    filho, seja pelo vnculo biolgico do nascimento, seja pela adoo,

    acarreta despesas ao servidor, o que justifica a percepo do auxlio

    pecunirio. 3. A Constituio Federal equiparou os filhos adotados

    aos naturais, proibindo qualquer tipo de discriminao, ao

    dispor que 'os filhos, havidos ou no da relao de casamento,

    ou por adoo, tero os mesmos direitos e qualificaes,

    proibidas quaisquer designaes discriminatrias relativas

    filiao.' (Art. 227, 6, da CF). (...) APELREEX 200671000217512,

    4 Turma, DJe de 01.03.2010.

    2.3 Do Salrio-Famlia

    O salrio-famlia devido ao servidor ativo ou ao inativo, por

    dependente econmico.

    E quem so os dependentes econmicos?

    O cnjuge ou companheiro e os filhos, inclusive os

    enteados at 21 (vinte e um) anos de idade ou, se estudante,

    at 24 (vinte e quatro) anos ou, se invlido, de qualquer idade;

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    O menor de 21 (vinte e um) anos que, mediante

    autorizao judicial, viver na companhia e s expensas do

    servidor, ou do inativo;

    A me e o pai sem economia prpria.

    De acordo com a lei 8.112/90 no se configura

    a dependncia econmica quando o beneficirio do salrio-

    famlia perceber rendimento do trabalho ou de qualquer outra

    fonte, inclusive penso ou provento da aposentadoria, em valor igual

    ou superior ao salrio-mnimo.

    Nos casos de filhos, filhos adotivos, enteados e menores sob

    guarda, a excluso ser automtica aos 21 anos de idade.

    Quando o pai e me forem servidores pblicos e

    viverem em comum, o salrio-famlia ser pago a UM deles. Quando

    separados, ser pago a um e outro, de acordo com a distribuio dos

    dependentes.

    Lembrando que equipara-se ao pai e me equiparam-se o

    padrasto, a madrasta e, na falta destes, os representantes legais dos

    incapazes.

    Outra informao importante que o salrio-

    famlia no est sujeito a qualquer tributo, nem servir de base para

    qualquer contribuio, inclusive para a Previdncia Social.

    O afastamento do cargo efetivo, sem remunerao, no acarreta

    a suspenso do pagamento do salrio-famlia.

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    2.4 Da Licena para Tratamento de Sade

    Servidor acometido de enfermidades que exijam tratamento.

    Quanto ao procedimento, ser preenchido um formulrio especfico,

    pelo chefe imediato, anexando o atestado mdico, sendo necessrio

    entreg-los no Servio de Avaliao e Percia da Sade, no prazo

    mximo de 48 horas.

    A licena para tratamento sade pode ser tanto a pedido quanto

    de ofcio, com base em percia mdica OFICIAL, sem prejuzo da

    remunerao a que fizer jus.

    Sempre que necessrio, a inspeo mdica ser realizada na

    residncia do servidor ou no estabelecimento hospitalar onde se

    encontrar internado. Neste caso, o atestado somente produzir efeitos

    depois de recepcionado pela unidade de recursos humanos do rgo ou

    entidade.

    Se no houver mdico no rgo ou entidade no local onde se

    encontra ou tenha exerccio em carter permanente o servidor, ser

    aceito atestado passado por mdico particular.

    Quanto aos prazos, :

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    Para concesso de Licena para Tratamento de Sade at 30 a

    inspeo ser feita por mdico do setor de assistncia do rgo de

    pessoal da Instituio; para concesso por prazo superior, a inspeo

    ser feita por Junta Mdica oficial.

    A lei 8.112/90 nos diz que o laudo da junta mdica no se

    referiro ao nome ou natureza da doena, salvo quando se tratar de

    leses produzidas por acidente em servio, doena profissional ou

    qualquer das doenas especificadas no art. 186, 1o da Lei 8.112/90.

    Caso o servidor apresente indcios de leses orgnicas ou funcionais ser submetido a inspeo mdica. Sobre o tema a lei nos diz:

    Pargrafo nico. Para os fins do disposto no caput, a Unio e suas entidades autrquicas e fundacionais podero: (Includo pela Lei n 12.998, de 2014)

    I - prestar os exames mdicos peridicos diretamente pelo rgo ou entidade qual se encontra vinculado o servidor; (Includo pela Lei n 12.998, de 2014)

    II - celebrar convnio ou instrumento de cooperao ou parceria com os rgos e entidades da administrao direta, suas autarquias e fundaes; (Includo pela Lei n 12.998, de 2014)

    III - celebrar convnios com operadoras de plano de assistncia

    LICENA

    Mais de 120 dias pelo perodo de 12

    meses

    Requisito: avaliao por

    junta mdica oficial

    Menos de 15 dias pelo perodo de 1

    (um) ano.

    Dispensa a percia oficial, na forma definida em

    regulamento.

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    sade, organizadas na modalidade de autogesto, que possuam autorizao de funcionamento do rgo regulador, na forma do art. 230; ou (Includo pela Lei n 12.998, de 2014)

    IV - prestar os exames mdicos peridicos mediante contrato administrativo, observado o disposto na Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, e demais normas pertinentes. (Includo pela Lei n 12.998, de 2014)

    19. (FCC 2012 TRE/CE Tcnico Judicirio Operao de

    Computador) De acordo com a Lei no 8.112/90, poder ser dispensada

    de percia oficial, na forma definida em regulamento, a licena para

    tratamento de sade inferior a:

    a) quinze dias, dentro de um ano.

    b) trinta dias, dentro de um ano.

    c) sessenta dias, dentro de dois anos.

    d) trinta dias, dentro de dois anos.

    e) noventa dias, dentro de um ano.

    De acordo com o art. 204 da Lei n 8.112/90, a licena para

    tratamento de sade inferior a 15 (quinze) dias, dentro de 1 (um)

    ano, poder ser dispensada de percia oficial, na forma definida em

    regulamento. Assim, a resposta correta a letra A.

    Gabarito: A

    2.5 Da Licena Gestante, Adotante e da Licena-Paternidade

    A servidora gestante ter direito a concesso de 120 dias

    consecutivos de licena, sem prejuzo de sua remunerao. A licena

    poder ter incio no primeiro dia do nono ms de gestao,

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    excepcionando-se os casos em que ocorra prescrio mdica para a

    antecipao desta licena.

    Caso ocorra nascimento prematuro, a licena iniciar no momento

    do parto. No caso de natimorto, a servidora ser submetida a exame

    mdico, decorridos 30 (trinta) dias do evento, o qual indicar se a

    mesma encontra-se apta para o retorno de suas atividades.

    O servidor pblico far jus licena-paternidade de

    5 (cinco) consecutivos no caso de nascimento ou adoo de

    filhos.

    A servidora lactante ter o direito a uma hora de descanso em sua

    jornada de trabalho, a qual poder ser parcelada em dois perodos de

    meia hora, para amamentar seu prprio filho at a idade de seis meses.

    No caso de adoo ou obteno de guarda judicial de criana de

    at 1 (um) ano de idade, a servidora far jus a 90 (noventa) dias de

    licena remunerada, todavia, caso a criana tenha mais de 1 (um) ano

    de idade, o perodo de 30 (trinta) dias.

    2.6 Da Licena por Acidente em Servio

    O servidor que sofrer acidente em servio ter licena com

    remunerao integral. O acidente em servio se configura pelo dano

    fsico ou mental sofrido pelo servidor, relacionando-se mediata ou

    imediatamente com as atribuies que exerce em seu cargo. Tambm

    equiparam-se acidente de servio a agresso sofrida e no provocada

    pelo servidor no exerccio do cargo e o dano sofrido no percurso da

    residncia para o trabalho e vice-versa.

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    Caso o servidor necessite de tratamento especializado em

    instituio privada, poder ser tratado por conta dos recursos pblicos,

    porm tal situao s possvel quando inexistirem meios e recursos

    em instituio pblica.

    A prova do acidente dever ocorrer no prazo de 10 (dez) dias,

    sendo prorrogvel apenas quando as circunstncias exigirem.

    2.7 Da Penso

    A penso mensal cabvel aos dependentes do servidor falecido.

    Eles recebero o valor correspondente ao da respectiva remunerao ou

    provento, iniciando-se na data do bito.

    Da mesma forma como ocorre na aposentadoria, como a penso

    um benefcio previdencirio, ocorre a sujeio prevista no art. 40 ao

    princpio da contributividade e da solidariedade, do art. 40 da CF/88.

    As penses podem ser vitalcias, neste caso sero compostas de

    cota ou cotas permanentes, somente se extinguindo ou se revertendo

    com a morte de seus beneficirios. E, tambm, temporrias composta

    de cota ou cotas, porm estas podem se extinguir ou reverter por

    motivo de morte, cessao de invalidez ou maioridade do beneficirio.

    Dispe o artigo 217 da Lei 8.112/90

    quem podem ser os beneficirios das penses, vitalcias e temporrias,

    respectivamente:

    Art. 217. So beneficirios das penses: I - o cnjuge; II - o cnjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato, com

    percepo de penso alimentcia estabelecida judicialmente; III - o companheiro ou companheira que comprove unio estvel como entidade familiar; IV - o filho de qualquer condio que atenda a um dos seguintes requisitos:

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    a) seja menor de 21 (vinte e um) anos; (Includo pela Lei n 13.135, de 2015)

    b) seja invlido; (Includo pela Lei n 13.135, de 2015)

    c) (Vide Lei n 13.135, de 2015) (Vigncia)

    d) tenha deficincia intelectual ou mental, nos termos do regulamento; (Includo pela Lei n 13.135, de 2015)

    V - a me e o pai que comprovem dependncia econmica do servidor; e (Includo pela Lei n 13.135, de 2015)

    VI - o irmo de qualquer condio que comprove dependncia econmica do servidor e atenda a um dos requisitos previstos no inciso IV. (Includo pela Lei n 13.135, de 2015)

    1o A concesso de penso aos beneficirios de que tratam os incisos I a IV do caput exclui os beneficirios referidos nos incisos V e VI. (Redao dada pela Lei n 13.135, de 2015)

    2o A concesso de penso aos beneficirios de que trata o inciso V do caput exclui o beneficirio referido no inciso VI. (Redao dada pela Lei n 13.135, de 2015)

    3o O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declarao do servidor e desde que comprovada dependncia econmica, na forma estabelecida em regulamento. (Includo pela Lei n 13.135, de 2015)

    Caso ocorra a habilitao de vrios beneficirio, o valor ser

    distribudo em partes iguais entre os que concorrem por ele.

    A penso pode ser requerida a qualquer tempo, prescrevendo

    apenas as prestaes exigveis h mais de 5 (cinco) anos. Assim que

    a penso for concedida, qualquer prova posterior ou habilitao tardia

    que implique na excluso do beneficirio ou reduo da penso s ir

    produzir efeitos na data de oferecimento da prova.

    Quanto ao assunto Carvalho Filho destaca que assim como ocorre

    na aposentadoria, o Tribunal de Contas ir apreciar a legalidade, e ainda

    destaca: Em virtude de grande demora ocorrida em alguns casos, tem-

    se considerado que aps cinco anos, sem apreciao, qualquer alterao

    exigiria a observncia do princpio do contraditrio e da ampla defesa

    em favor do interessado e, por via de consequncia do princpio da

    segurana jurdica.

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    importante observar que o beneficirio condenado

    pela prtica de crime doloso que tenha resultado no falecimento do

    servidor no far jus penso!

    Quem tambm perder o benefcio, ser o cnjuge, o companheiro

    ou a companheira se comprovada, a qualquer tempo, simulao ou

    fraude no casamento ou na unio estvel, ou a formalizao desses com

    o fim exclusivo de constituir benefcio previdencirio, apuradas em

    processo judicial no qual ser assegurado o direito ao contraditrio e

    ampla defesa.

    No caso de morte presumida do servidor, ser concedida penso

    provisria nos casos de:

    Declarao de ausncia, pela autoridade judiciria competente;

    Desaparecimento em desabamento, inundao, incndio ou

    acidente no caracterizado como em servio;

    Desaparecimento no desempenho das atribuies do cargo ou em

    misso de segurana.

    Decorridos 5 (cinco) anos da vigncia da penso provisria, a

    penso ser convertida em vitalcia ou temporria, conforme o

    caso, ressalvada a hiptese de reaparecimento do servidor, ocasio que

    cancelar o benefcio.

    O beneficirio perder a sua qualidade, e, consequentemente, seu

    direito penso, nos casos de:

    O seu falecimento;

    A anulao do casamento, quando a deciso ocorrer aps a

    concesso da penso ao cnjuge;

    a cessao da invalidez, em se tratando de beneficirio invlido, o

    afastamento da deficincia, em se tratando de beneficirio com

    deficincia, ou o levantamento da interdio, em se tratando de

    beneficirio com deficincia intelectual ou mental que o torne

    absoluta ou relativamente incapaz, respeitados os perodos

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    mnimos decorrentes da aplicao das alneas a e b do inciso

    VII

    o implemento da idade de 21 (vinte e um) anos, pelo filho ou

    irmo;;

    A acumulao de penso;

    A renncia expressa;

    Em relao aos beneficirios de que tratam os incisos I a III

    do caput do art. 217:

    a) o decurso de 4 (quatro) meses, se o bito ocorrer sem que o

    servidor tenha vertido 18 (dezoito) contribuies mensais ou se o

    casamento ou a unio estvel tiverem sido iniciados em menos de 2

    (dois) anos antes do bito do servidor; (Includo pela Lei n 13.135, de

    2015)

    b) o decurso dos seguintes perodos, estabelecidos de acordo com

    a idade do pensionista na data de bito do servidor, depois de vertidas

    18 (dezoito) contribuies mensais e pelo menos 2 (dois) anos aps o

    incio do casamento ou da unio estvel: (Includo pela Lei n 13.135,

    de 2015)

    1) 3 (trs) anos, com menos de 21 (vinte e um) anos de idade;

    (Includo pela Lei n 13.135, de 2015)

    2) 6 (seis) anos, entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) anos de

    idade; (Includo pela Lei n 13.135, de 2015)

    3) 10 (dez) anos, entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e nove) anos

    de idade; (Includo pela Lei n 13.135, de 2015)

    4) 15 (quinze) anos, entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de

    idade; (Includo pela Lei n 13.135, de 2015)

    5) 20 (vinte) anos, entre 41 (quarenta e um) e 43 (quarenta e

    trs) anos de idade; (Includo pela Lei n 13.135, de 2015)

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    6) vitalcia, com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos de idade.

    (Includo pela Lei n 13.135, de 2015)

    Ateno!!!! A lei determina 21 anos de idade

    como limite para o recebimento da penso, dessa forma, a penso

    extinguir de pleno direito quando atingir esta idade, mesmo que lhe

    seja assegurada em juzo de famlia, o direito de perceb-la at os

    24 anos em se tratando de estudante universitrio (STJ, REsp

    1.347.272, Min. Herman Benjamin, 18/10/2012).

    O clculo da penso ser de acordo com a remunerao do

    servidor, seja em atividade ou aposentado. Observe que se o valor

    exceder o limite mximo previdencirio, o beneficirio ir receber do

    valor corresponde a esse limite mais os 70 % da parte excedente, da

    mesma forma ocorre com o aposentado.

    Cabe ressaltar que o beneficirio de penso temporria motivada

    por invalidez pode ser convocado a qualquer momento para

    submeter-se a uma avaliao, a fim de se observarem as condies

    em que se encontra.

    Por morte ou perda da qualidade de beneficirio, a respectiva cota

    reverter para os cobeneficirios.

    As penses sero atualizadas automaticamente na mesma data e

    mesma proporo dos reajustes ocorridos nos vencimentos dos

    servidores.

    A lei 8.112/90 veda a percepo cumulativa de mais de duas

    penses! Porm O STF entende que legtima a acumulao de

    penses quando antes do falecimento do servidor a acumulao dos

    seus vencimentos era legtima. Exemplo: O professor que ocupa dois

    cargos em acumulao permitidas, a sua famlia ter direito a dupla

    penso no caso do seu falecimento.

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    20. (CESPE 2012 - Cmara dos Deputados - Analista

    Legislativo) A respeito da seguridade social do servidor, julgue o item

    que se segue. Ao servidor acidentado em servio s ser concedida

    licena com remunerao proporcional ao tempo de servio pblico, se

    o dano for fsico e estiver relacionado s atribuies do cargo.

    A licena para tratamento do servidor acidentado ser por via de:

    de ofcio ou a pedido. Todavia, ser necessrio uma percia mdica, no

    tendo prejuizo em sua remunerao.

    Gabarito Errado.

    21. (FCC 2009 PGE/RJ Tcnico Superior Administrativo)

    Quanto previdncia dos servidores, correto afirmar:

    a) A penso por morte ser devida a partir do ms em que

    ocorrer o falecimento do segurado.

    b) No caso de aposentadoria compulsria por idade, o segurado

    afastar-se- do exerccio de seu cargo no dia imediatamente anterior

    data em que completar setenta anos.

    c) A penso por morte ser devida a partir do ms em que for

    requerida pelo beneficirio.

    d) O direito penso por morte prescrever em cinco anos

    contados da data em que forem devidas as prestaes.

    e) Para fins de receber o auxlio-recluso consideram- se

    segurados de baixa renda aqueles que recebem remunerao ou

    subsdio mensal igual ou inferior a R$ 1.500,00 (hum mil e quinhentos

    reais).

    Letra (A). Por morte do servidor, os dependentes fazem jus a uma

    penso mensal de valor correspondente ao da respectiva remunerao

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    ou provento, a partir da data do bito (art. 215 da Lei n 8.112/90).

    Logo, est CERTA.

    Letra (B). A aposentadoria compulsria ser automtica, e

    declarada por ato, com vigncia a partir do dia imediato quele em que

    o servidor atingir a idade-limite de permanncia no servio ativo (art.

    187 da Lei n 8.112/90). Portanto, est INCORRETA.

    Letra (C). Est ERRADA, considerando o citado art. 215 da Lei n

    8.112/90.

    Letra (D). A penso poder ser requerida a qualquer tempo,

    prescrevendo to-somente as prestaes exigveis h mais de 5 (cinco)

    anos (art. 219, caput, da Lei n 8.112/90). Logo, est INCORRETA.

    Letra (E). No h essa previso na Lei n 8.112/90. Logo, est

    ERRADA.

    Gabarito: A

    22. (FCC 2009 PGE/RJ Tcnico Assistente de Procuradoria)

    Em relao ao direito penso por morte, correto afirmar que

    a) o direito penso por morte prescrever no prazo de 5 (cinco)

    anos contados da data em que for devida.

    b) no prescrevero as prestaes no reclamadas no prazo de 10

    (dez) anos contados da data em que forem devidas.

    c) integraro a penso por morte as parcelas remuneratrias

    pagas ao servidor falecido, em decorrncia de local de trabalho.

    d) no prescrevero as prestaes no reclamadas no prazo

    quinquenal.

    e) no prescrever o direito penso por morte.

    Letra (A). A penso poder ser requerida a qualquer tempo,

    prescrevendo to-somente as prestaes exigveis h mais de 5 (cinco)

    anos (art. 219, caput, da Lei n 8.112/90). Logo, est INCORRETA.

    Letra (B). Com base no citado art. 219, caput, da Lei n

    8.112/90, prescrevero sim. Portanto, est ERRADA.

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    Letra (C). No h essa previso na Lei n 8.112/90. Logo, est

    INCORRETA.

    Letra (D). Com base no citado art. 219, caput, da Lei n

    8.112/90, prescrevero sim. Portanto, est ERRADA.

    Letra (E). Est de acordo no citado art. 219, caput, da Lei n

    8.112/90. Logo, est CORRETA.

    Gabarito: E

    23. (CESPE 2013 SEGESP/AL Papiloscopista) De acordo

    com o que estabelece a Lei n. 8.112/90, para que seja beneficirio de

    penso por morte de servidor civil, o companheiro ou a companheira

    designado deve comprovar unio estvel como entidade familiar e

    dependncia econmica em relao ao de cujus.

    A Lei n 8.112/90 s traz a condio de comprovar unio estvel

    como entidade familiar, no exigindo que haja dependncia econmica

    em relao ao de cujus (art. 217, inciso I, alnea c). Portanto, o item

    est ERRADO.

    Gabarito: E

    2.8 Do Auxlio-Funeral

    Quando o servidor falecer na atividade de seu cargo ou

    aposentado, ser devido a sua famlia o auxlio-funeral, em valor

    equivalente a um ms de remunerao ou provento. Caso o servidor

    possua acumulao legal de cargos, o auxlio ser pago somente em

    razo do cargo de maior remunerao.

    O auxlio ser pago em at 48 (quarenta e oito) horas, por meio

    de procedimento sumarssimo, pessoa da famlia responsvel pelo

    custeio do funeral. Caso tenha sido custeado por terceiro, este dever

    ser indenizado.

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    Se o servidor falecer em servio fora do local de trabalho, inclusive

    no exterior, caber Unio, autarquia ou fundao pblica o custeio das

    despesas de transporte do corpo.

    2.9 Do Auxlio-Recluso

    O auxlio-recluso ser devido famlia do servidor ativo,

    obedecendo as seguintes propores:

    Dois teros da remunerao, quando afastado por

    motivo de priso, em flagrante ou preventiva, determinada pela

    autoridade competente, enquanto perdurar a priso.

    Caso o servidor seja absolvido, ter direito

    integralizao da remunerao;

    Metade da remunerao, durante o afastamento,

    em virtude de condenao, por sentena definitiva, a pena que

    no determine a perda de cargo.

    O pagamento do auxlio-recluso cessar no dia em que o servidor

    for posto em liberdade, ainda que condicional.

    2.10 Da Assistncia Sade

    Veja o que diz o art. 230 da Lei n 8.112/90:

    Art. 230. A assistncia sade do servidor, ativo ou inativo, e de sua famlia compreende assistncia mdica, hospitalar, odontolgica, psicolgica e farmacutica, ter como diretriz bsica o implemento de aes preventivas voltadas para a promoo da sade e ser prestada pelo Sistema nico de Sade SUS, diretamente pelo rgo ou entidade ao qual estiver vinculado o servidor, ou mediante convnio ou contrato, ou ainda na forma de auxlio, mediante ressarcimento parcial do valor despendido pelo servidor, ativo ou inativo, e seus dependentes ou pensionistas com planos ou seguros privados de assistncia sade, na forma estabelecida em regulamento. (Redao dada pela Lei n 11.302 de 2006)

    1o Nas hipteses previstas nesta Lei em que seja exigida percia, avaliao ou inspeo mdica, na ausncia de mdico ou junta mdica oficial, para a sua realizao o rgo ou entidade celebrar, preferencialmente, convnio com unidades

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    de atendimento do sistema pblico de sade, entidades sem fins lucrativos declaradas de utilidade pblica, ou com o Instituto Nacional do Se