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Aula 07 Noções de Direito Administrativo p/ INSS - Técnico do Seguro Social - Com videoaulas - 2016 Professor: Daniel Mesquita

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  • Aula 07

    Noes de Direito Administrativo p/ INSS - Tcnico do Seguro Social - Com videoaulas -2016

    Professor: Daniel Mesquita

  • Direito Administrativo p/ INSS Tcnico Teoria e exerccios comentados.

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    AULA 07: Lei n. 8.112/90: Provimento, vacncia e estgio

    probatrio.

    SUMRIO

    1. INTRODUO AULA 07 1

    2. REGIME JURDICO DOS SERVIDORES PBLICOS 2

    2.1. ESTABILIDADE, ESTGIO PROBATRIO E PERDA DO CARGO 4 2.2. ESTGIO PROBATRIO 10 2.3. FORMAS DE PROVIMENTO DOS CARGOS PBLICOS 15 2.4. VACNCIA 41 2.5. REMOO 44 2.6. REDISTRIBUIO 48 2.7. SUBSTITUIO 52

    3. RESUMO DA AULA 54

    4. QUESTES 67

    1. REFERNCIAS 74

    1. Introduo aula 07

    Bem vindos nossa aula 07, de Direito Administrativo para o

    concurso do INSS Tcnico de Seguro Social.

    Nesta aula abordaremos a matria Regime jurdico nico:

    provimento, vacncia, remoo, redistribuio e substituio;

    Essa aula foi inteiramente atualizada e bombada de informaes

    relevantes para a sua prova!

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    No se esquea que, ao final, voc ter um resumo da aula e as

    questes tratadas ao longo dela. Use esses pontos da aula na vspera

    da prova!

    Chega de papo, vamos a luta!

    2. Regime Jurdico dos Servidores Pblicos

    A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios devero

    instituir, no mbito de sua competncia, regime jurdico nico e

    planos de carreira para os servidores da Administrao Pblica

    direta, das autarquias e das fundaes pblicas. Veja o art. 39 da

    CF:

    Essa a redao original do texto constitucional e significa que as

    pessoas da Administrao Direta e Indireta precisavam uniformizar o

    regime para o seu quadro de pessoal, aplicando um nico regime para

    determinada ordem poltica.

    Esse dispositivo foi alterado pela EC 19/98, para afirmar que no

    era obrigatrio o regime jurdico nico, passando a admitir diversos

    regimes jurdicos distintos para os servidores de um mesmo ente

    pblico (Unio, Estados e Municpios). Com isso, a definio do regime

    dependia da previso da lei de criao de cada um dos cargos.

    Importante ressaltar que essa escolha de regime s era permitida

    s pessoas jurdicas de direito pblico, devendo os servidores das

    pessoas jurdicas de direito privado submeter-se ao regime da CLT

    necessariamente.

    Art. 39. A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios instituiro, no mbito de sua competncia, regime jurdico nico e planos de carreira para os servidores da administrao pblica direta, das autarquias e das fundaes pblicas.

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    Contudo, o Supremo Tribunal Federal, no dia 2 de agosto de

    2007, concedeu medida cautelar na ADI n 2135 e suspendeu, at

    deciso final da ao, a eficcia da nova redao do dispositivo para

    manter a redao original da Constituio, conforme transcrito acima.

    Assim, atualmente, a possibilidade de regime mltiplo, de escolha de

    regime jurdico distinto para cargos na mesma pessoa jurdica, tambm

    j no mais possvel, ao menos por enquanto.

    Os atos praticados com fundamento em leis

    eventualmente editadas no perodo compreendido entre a promulgao

    da EC 19/98 e a declarao de inconstitucionalidade pelo STF devem ser

    considerados vlidos, at o julgamento definitivo da ADIN, pois o

    Supremo Tribunal decidiu com efeitos ex nunc, ou seja, a deciso de

    inconstitucionalidade proferida pelo STF no anula os atos embasados

    por leis editadas anteriormente com fundamento na redao do art. 39,

    dada pela EC 19/98.

    O regime jurdico nico e geral dos servidores civis no mbito

    federal regulado pela Lei n. 8.112/90, denominada Estatuto dos

    Servidores Pblicos Civis da Unio.

    Vamos entrar, a partir de agora, fundo na Lei n. 8.112/90.

    LEMBRETE IMPORTANTE!!! Em relao ao regime

    estatutrio, no se esquea que o STF j reconheceu no existir direito

    adquirido manuteno do regime jurdico, ou seja, ressalvadas as

    pertinentes disposies constitucionais impeditivas, o Estado pode

    alterar, por edio de uma lei, o regime jurdico de seus servidores,

    inclusive suprimindo benefcios e vantagens.

    Para deixar mais claro, vamos exemplificar: um servidor federal

    submetido Lei n 8.112/90 foi investido em cargo pblico no ano de

    1995, poca em que a referida lei lhe garantia um adicional por tempo

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    de servio; posteriormente, em 2001, a citada vantagem revogada;

    nesse caso, o servidor deixa de receber o adicional em questo nos

    anos posteriores alterao legal, reconhecendo-se seu direito apenas

    em relao ao j incorporados sua remunerao at a data de

    revogao do benefcio.

    2.1. Estabilidade, estgio probatrio e perda do cargo

    A estabilidade tem como finalidade principal assegurar aos

    ocupantes de cargos pblicos de provimento efetivo uma expectativa

    de permanncia no servio pblico, desde que adequadamente

    cumpridas suas atribuies. Consiste em uma garantia constitucional de

    permanncia no servio pblico (e no no cargo).

    Efetividade x Estabilidade x Vitaliciedade:

    Como orienta a prpria jurisprudncia do STF, no h que se confundir

    efetividade com estabilidade. Aquela atributo do cargo e no do

    servidor pblico, referindo-se forma de provimento dependente de

    concurso pblico; trata-se de uma das condies para que o servidor

    adquira a estabilidade. J a estabilidade (atributo do servidor)

    aderncia, integrao no servio pblico, depois de preenchidas

    determinadas condies fixadas em lei, e adquirida pelo decurso de

    tempo. O servidor estvel pode ser desligado do cargo por meio de

    processo administrativo em que assegurado o contraditrio, por deciso

    judicial, por avaliao peridica de desempenho ou por excesso de

    despesa com pessoal (RE 167.635, STF Segunda Turma, Rel. Min.

    Maurcio Corra, DJ: 07.02.97).

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    Ainda, a vitaliciedade no se confunde com os institutos

    mencionados, sendo uma garantia de permanncia no servio pblico

    mais segura do que a estabilidade, j que o agente pblico s pode ser

    desinvestido por processo judicial transitado em julgado.

    assegurada a alguns agentes pblicos selecionados em razo da

    natureza o cargo que ocupam, como, por exemplo, os Magistrados,

    Membros do MP, Ministros e Conselheiros dos Tribunais de Contas.

    1) Segundo entendimento sedimentado na Smula n 11 do STF, a

    vitaliciedade no impede a extino do cargo, ficando o

    funcionrio em disponibilidade, com todos os vencimentos.

    2) Alm disso, a Smula n 36 do STF estabelece que o servidor

    vitalcio est sujeito aposentadoria compulsria, em razo da

    idade.

    3) Smula n 46 do STF: Desmembramento de serventia de justia

    no viola o princpio de vitaliciedade do serventurio.

    Voc sabia que existem duas modalidades de estabilidade no

    servio pblico? No!? Ento preste ateno nelas:

    a) a prevista no art. 41 da CF, cuja condio primordial para sua

    aquisio a nomeao em carter efetivo por meio de concurso

    pblico;

    b) a prevista no art. 19 do ADCT, que um favor concedido quele

    servidor titular de cargo ou emprego admitido sem concurso

    pblico h pelo menos cinco anos continuados antes da

    promulgao da Constituio, no se admitindo o cmputo do

    tempo prestado em entes diferentes (OBS: no se aplica aos

    ocupantes de cargos, funes e empregos de confiana ou em

    comisso). Esse o famoso trem da alegria!!!

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    Porm, vamos ater nossos estudos na primeira modalidade, j

    que a segunda uma situao anmala.

    A redao original do art. 41 da Constituio Federal previa

    que eram estveis, aps dois anos de efetivo exerccio, os servidores

    nomeados em virtude de concurso pblico. Assim, abrangia os

    servidores da Administrao Pblica direta, autrquica e fundacional,

    pessoas jurdicas de direito pblico, independentemente de serem eles

    titulares de cargo pblico ou emprego pblico. Porm, no abrangia os

    empregados de entes governamentais de direito privado.

    Isso no vale mais!!! Por isso risquei as expresses acima!

    Com o advento da EC n 19, de 04.06.1998, o referido dispositivo

    foi alterado e passou a abranger somente os servidores titulares de

    cargo pblico, ou seja, dessa data em diante, os empregados

    pblicos, mesmo que admitidos por meio de concurso, no tm mais

    direito estabilidade.

    Portanto, Somente os servidores titulares de

    cargos de provimento efetivo nomeados em virtude de concurso

    pblico podem adquirir estabilidade. O exerccio de cargos em

    comisso no gera direito a estabilidade.

    Alm disso, a partir da EC n 19/1998, a estabilidade passou a ser

    conferida somente aps trs anos de efetivo exerccio e no mais dois

    anos apenas.

    E como ficou a situao de quem tinha dois anos completos na

    data da promulgao da EC 19/98 ou os que tinham emprego pblico e

    no cargo, professor?

    O art. 28 da EC n 19/98 assegurou aos servidores, nesse caso,

    titulares de cargo e emprego pblicos, em estgio probatrio na data de

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    sua edio, o direito de adquirir a estabilidade com somente dois anos

    de exerccio, conforme garantia a redao original do art. 41 da CF.

    Ademais, a nova redao passou a exigir outros requisitos alm

    da prvia aprovao em concurso pblico.

    A partir da EC n 19/1998, passou a ser condio para a aquisio

    da estabilidade a aprovao do servidor em uma avaliao especial

    de desempenho feita por comisso instituda para esse fim (art. 42,

    4, CF).

    OBS: o STJ j teve oportunidade de decidir que pressuposto

    dessa avaliao especial de desempenho o efetivo exerccio do cargo,

    no se computando perodos de afastamento.

    Essa avaliao tem como objetivo exaltar a eficincia dos

    servidores pblicos, devendo observar as regras previstas na lei de cada

    carreira. Importante lembrar tambm que, conforme orientao do STJ,

    a falta de norma regulamentadora no pode impedir o servidor de

    adquirir o seu direito.

    A partir do acrscimo desse 4 ao art. 41, CF,

    pela EC n 19/98, podemos afirmar que no existe mais no

    Brasil a possibilidade de aquisio de estabilidade por mero

    decurso de prazo, como anteriormente era a regra.

    A partir da EC n 19/98, passaram a ser

    requisitos concomitantes para aquisio de estabilidade:

    1. concurso pblico;

    2. cargo pblico de provimento efetivo;

    3. trs anos de efetivo exerccio;

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    4. aprovao em avaliao especial de desempenho por comisso

    instituda para essa finalidade.

    A respeito da perda do cargo, a partir da EC n 19/98, verifica-

    se que passam a ser 4 as hipteses de rompimento no voluntrio do

    vnculo funcional do servidor j estvel, expressas no texto

    constitucional (art. 41, 1 e art. 169, 4):

    1. sentena judicial transitada em julgado;

    2. processo administrativo, desde que assegurados o

    contraditrio e a ampla defesa;

    3. insuficincia de desempenho, verificada mediante avaliao

    peridica, na forma de lei complementar, assegurados tambm

    o contraditrio e a ampla defesa;

    4. excesso de despesa com pessoal.

    A dispensa por excesso de despesa com pessoal pode ser

    feita indiscriminadamente?

    No! Somente se as medidas de reduo, em pelo menos 20%,

    das despesas com cargos em comisso e funes de confiana e de

    exonerao dos servidores no estveis no forem suficientes para

    assegurar a adequao das despesas aos limites fixados na lei

    complementar poder, ento, o servidor estvel perder o cargo, desde

    que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a

    atividade funcional, o rgo ou unidade administrativa objeto da

    reduo de pessoal.

    Nesse caso, conceder-se- ao servidor exonerado uma

    indenizao correspondente a um ms de remunerao por ano de

    servio e torna-se obrigatria a extino do cargo por ele ocupado,

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    vedando-se a criao de cargo, emprego ou funo com atribuies

    iguais ou assemelhadas pelo prazo de 4 anos.

    Em todas as hipteses de extino do vnculo com

    a Administrao, o ato deve ser cuidadosamente motivado e observado

    o devido processo legal, j que atinge diretamente a rbita do servidor,

    devendo ele ter direito a contraditrio e ampla defesa. Caso contrrio, a

    dispensa representar ato arbitrrio, ilegal, devendo ser objeto de

    anulao.

    1. (CESPE 2015 MPU - Tcnico do MPU - Segurana Institucional

    e Transporte) Acerca do regime jurdico dos servidores pblicos

    federais, julgue o item subsequente.

    O servidor pblico federal estvel, habilitado em concurso pblico e

    empossado em cargo de provimento efetivo, s perder o cargo em

    virtude de sentena judicial transitada em julgado.

    Observe o art. 41 da lei 8.112/90: Art. 41. O servidor pblico estvel s perder o cargo: I - em virtude de sentena judicial transitada em julgado; II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; III - mediante procedimento de avaliao peridica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. Gabarito Certo.

    2. (CESPE -2014/ MTE/ Agente Administrativo) Acerca da disciplina

    do funcionalismo pblico no Brasil, julgue os itens subsequentes no que

    tange disciplina constitucional e Lei n. 8.112/1990. Apenas por

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    meio de prvia aprovao em concurso de provas ou de provas e

    ttulos, poder o cidado brasileiro ter acesso aos cargos e empregos

    pblicos.

    Segundo artigo 37, inciso II, da Constituio Federal: a

    investidura em cargo ou emprego pblico depende de aprovao prvia

    em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, de acordo com a

    natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em

    lei, ressalvadas as nomeaes para cargo em comisso declarado em lei

    de livre nomeao e exonerao

    Sendo assim, o item est incorreto, pois os cargos em comisso

    no necessitam de concurso.

    Gabarito: Errado

    2.2. Estgio probatrio

    O estgio probatrio (em algumas carreiras, denominado

    estgio confirmatrio) e a estabilidade so institutos jurdicos distintos.

    A estabilidade um direito constitucional para quem possui cargo

    pblico efetivo e ser adquirida aps trs anos de efetivo exerccio. A

    aprovao no estgio probatrio um dos requisitos para aquisio da

    estabilidade, no se confundindo os institutos.

    No estgio probatrio so realizadas avaliaes peridicas para

    avaliar se o servidor se adaptou ao servio pblico ou no. Nessas

    avaliaes, sero analisadas sua aptido e capacidade para o

    desempenho do cargo, observados os seguintes fatores:

    1) assiduidade;

    2) disciplina;

    3) capacidade de iniciativa;

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    4) produtividade;

    5) responsabilidade.

    O Superior Tribunal de Justia (MS

    12.523) sedimentou o entendimento de que o perodo do estgio

    probatrio deve ser o mesmo da estabilidade, ou seja, 3 (trs)

    anos. Apesar de serem institutos diferentes, buscam o mesmo

    objeto, devendo, portanto, ter o mesmo tratamento.

    Quatro meses antes de findo o perodo do estgio probatrio, ser

    submetida homologao da autoridade competente a avaliao do

    desempenho do servidor, realizada por comisso constituda para essa

    finalidade, de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento da

    respectiva carreira ou cargo, sem prejuzo da continuidade de apurao

    dos fatores expostos acima.

    O servidor em estgio probatrio poder exercer quaisquer cargos

    de provimento em comisso ou funes de direo, chefia ou

    assessoramento no rgo ou entidade de lotao. Entretanto,

    somente poder ser cedido a outro rgo ou entidade para ocupar

    cargos de Natureza Especial, cargos de provimento em comisso do

    Grupo-Direo e Assessoramento Superiores - DAS, de nveis 6, 5 e 4,

    ou equivalentes.

    Se o servidor for reprovado no estgio probatrio (ou

    experimental), caber exonerao de ofcio, desde que assegurado ao

    interessado o direito de defesa, consoante entendimento consagrado

    pelo STF (AI 623854).

    Para os servidores pblicos que esto durante o

    perodo de prova, durante o estgio probatrio, a dispensa deve ser

    motivada e observado sempre o devido processo administrativo,

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    respeitados o contraditrio e a ampla defesa, sob pena de nulidade do

    ato.

    CUIDADO!!! E se o servidor no aprovado no

    estgio probatrio for estvel??? Ele ser reconduzido ao cargo

    anteriormente ocupado. Se esse cargo encontrar-se provido, o

    servidor ser aproveitado em outro.

    Conforme entendimento do STF, a simples

    circunstncia do servidor pblico estar em estgio probatrio no

    justificativa para demisso com fundamento na sua participao em

    movimento grevista por perodo superior a 30 dias. A ausncia de

    regulamentao do direito de greve no transforma os dias de

    paralisao em movimento grevista em faltas injustificadas (RE

    226966/RS, STF-Primeira Turma, Rel. Min. Menezes Direito,

    julgamento: 11.11.2008, DJe: 157, 21.08.2009).

    Vale lembrar, ainda, que, com base na Smula

    n 22 do STF, o estgio probatrio no protege o funcionrio contra a

    extino do cargo.

    Por fim, uma informao MUITO IMPORTANTE: as licenas e os

    afastamentos que o servidor em estgio probatrio pode gozar.

    isso mesmo, o servidor em estgio probatrio, como ele est em

    perodo de prova, ele no pode gozar de todos os direitos de um

    servidor pblico j aprovado no estgio probatrio. Veja a lista das

    licenas que voc ter direito assim que ingressar no concurso pblico:

    a) por motivo de doena em pessoa da famlia;

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    b) por motivo de afastamento do cnjuge ou companheiro;

    c) para tratamento da prpria sade;

    d) para o servio militar;

    e) atividade poltica;

    f) exerccio de mandato eletivo;

    g) para estudo ou misso no exterior

    h) para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou coopere

    i) curso de formao decorrente de aprovao em concurso pblico para outro rgo da administrao pblica federal.

    Antes de ir para as questes, leia com ateno os seguintes

    dispositivos da Lei n. 8.112/90, relativos ao estgio probatrio:

    Art. 20. Ao entrar em exerccio, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficar sujeito a estgio probatrio por perodo de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptido e capacidade sero objeto de avaliao para o desempenho do cargo, observados os seguinte fatores: (Vide EMC n 19): AGORA SO 3 ANOS!!! I - assiduidade; II - disciplina; III - capacidade de iniciativa; IV - produtividade; V- responsabilidade. 1o 4 (quatro) meses antes de findo o perodo do estgio probatrio, ser submetida homologao da autoridade competente a avaliao do desempenho do servidor, realizada por comisso constituda para essa finalidade, de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento da respectiva carreira ou cargo, sem prejuzo da continuidade de apurao dos fatores enumerados nos incisos I a V do caput deste artigo. (Redao dada pela Lei n 11.784, de 2008 2o O servidor no aprovado no estgio probatrio ser exonerado ou, se estvel, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, observado o disposto no pargrafo nico do art. 29. 3o O servidor em estgio probatrio poder exercer quaisquer cargos de provimento em comisso ou funes de direo, chefia ou assessoramento no rgo ou entidade de lotao, e somente poder ser cedido a outro rgo ou entidade para ocupar cargos de Natureza Especial, cargos de provimento em comisso do Grupo-Direo e Assessoramento Superiores - DAS, de nveis

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    6, 5 e 4, ou equivalentes. (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 4o Ao servidor em estgio probatrio somente podero ser concedidas as licenas e os afastamentos previstos nos arts. 81, incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afastamento para participar de curso de formao decorrente de aprovao em concurso para outro cargo na Administrao Pblica Federal. (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 5o O estgio probatrio ficar suspenso durante as licenas e os afastamentos previstos nos arts. 83, 84, 1o, 86 e 96, bem assim na hiptese de participao em curso de formao, e ser retomado a partir do trmino do impedimento. (Includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97)

    3. (CESPE 2013 TRT10 regio- Tcnico Judicirio) Os servidores

    ocupantes de cargo em comisso, declarado em lei de livre nomeao e

    exonerao, desde que no ocupem tambm cargo efetivo, submetem-

    se ao regime geral de previdncia social.

    O Art. 40, 13 dispe que: Ao servidor ocupante, exclusivamente,

    de cargo em comisso declarado em lei de livre nomeao e exonerao

    bem como de outro cargo temporrio ou de emprego pblico, aplica-se

    o regime geral de previdncia social.

    Chamamos ateno para o fato de que o regime prprio de

    previdncia dos servidores pblicos, no mbito das pessoas federativas,

    abrange to s os ocupantes de cargos EFETIVOS, ou seja, no alcana

    os que ocupem, EXCLUSIVAMENTE, cargos em comisso ou

    temporrios, que estaro ligados ao Regime GERAL de Previdncia

    Social.

    Item Correto!

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    2.3. Formas de provimento dos cargos pblicos

    Provimento o ato administrativo por meio do qual preenchido

    o cargo pblico, com a designao de seu titular; atribuir um cargo a

    uma determinada pessoa. Os cargos pblicos podem ser de provimento

    efetivo ou de provimento em comisso.

    E como ser feito o provimento do cargo pblico?? Mediante

    ato da autoridade competente de cada Poder.

    So vrias as formas de provimento, veremos todas as previstas

    na Lei n. 8.112/90 abaixo. Mas, saiba desde j que a forma originria

    de provimento a nomeao. Assim, nunca perca de vista essa relao:

    PROVIMENTO NOMEAO!

    Depois que voc nomeado para um cargo pblico que voc vai

    ser investido nesse cargo e essa investidura se d com a posse.

    INVESTIDURA POSSE!

    No esquea e no confunda!!! Com a nomeao

    tem-se o provimento e com a posse faz-se a investidura!!!

    A investidura em cargo pblico ocorrer com a posse

    (art. 7 da Lei n 8.112/90). A posse dar-se- pela assinatura do

    respectivo termo, no qual devero constar as atribuies, os deveres,

    as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que no

    podero ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes,

    ressalvados os atos de ofcio previstos em lei. Portanto, a posse nada

    mais que a aceitao das atribuies do cargo pelo servidor e o

    momento em que se forma a relao jurdica com a Administrao, o

    vnculo estatutrio, que se denomina investidura.

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    Contudo, muita ateno, s se pode falar em posse

    nos casos de provimento de cargo por nomeao (nas demais formas

    de provimento no h posse). Inclusive, segundo a jurisprudncia do

    STF, o servidor pblico nomeado para um cargo goza do direito

    subjetivo posse, conforme dispe a Smula n 16.

    A Lei n 8.112/90 afirma que so requisitos bsicos

    para a investidura em cargo pblico:

    a nacionalidade brasileira;

    o gozo dos direitos polticos;

    a quitao com as obrigaes militares e eleitorais;

    o nvel de escolaridade exigido para o exerccio do cargo;

    a idade mnima de dezoito anos;

    aptido fsica e mental.

    O rol descrito acima no exaustivo, j que as

    atribuies do cargo podem justificar a exigncia de outros requisitos,

    desde que estabelecidos em lei.

    Com a leitura atenta desses requisitos bsicos, voc pode me

    fazer duas perguntas: E o exame psicotcnico, no requisito,

    professor? E os estrangeiros, podem ser servidores pblicos?

    A primeira pergunta tem sua resposta na Smula n 686 do STF,

    segundo a qual, s por lei se pode sujeitar a exame psicotcnico a

    habilitao de candidato a cargo pblico. Assim, se no houver previso

    legal de que para entrar naquele cargo ser necessrio realizar o

    psicotcnico, o rgo no poder incluir esse exame dentre as fases do

    concurso.

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    Com relao ao estrangeiro, em regra, ele no pode ocupar

    cargos pblicos. A lei s ressalva a situao do professor, tcnico ou

    cientista nas universidades e instituies de pesquisa cientfica e

    tecnolgica federais.

    Ainda com relao ao provimento, no podemos nos esquecer da

    situao dos portadores de deficincias. Quanto a eles, o art. 37,

    VIII, da Constituio Federal, dispe que a lei reservar percentual dos

    cargos e empregos pblicos para essas pessoas e definir os critrios de

    sua admisso.

    A Lei n 8.112/90 prev esse percentual da seguinte forma, em

    seu art. 5:

    Veja que a lei autoriza a reserva de at 20% das vagas aos

    portadores de necessidades especiais.

    Para a Smula n 377 do STF, o portador de viso

    monocular tem direito de concorrer, em concurso pblico, s vagas

    reservadas aos deficientes.

    Aqui voc j deve ir se preparando, meu amigo, no para o

    concurso, mas para saber o que voc dever fazer depois que for

    aprovado!

    2o s pessoas portadoras de deficincia assegurado o direito de se inscrever em concurso pblico para provimento de cargo cujas atribuies sejam compatveis com a deficincia de que so portadoras; para tais pessoas sero reservadas at 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso.

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    Depois de sua nomeao, publicada no dirio oficial, voc ter

    30 dias para tomar posse. Descumprido esse prazo, a sua nomeao

    ser tornada sem efeito. Se voc quiser, voc poder passar uma

    procurao especfica para algum fazer isso por voc (mas voc no

    vai perder esse gostinho, no ?)

    No ato da posse, voc dever apresentar:

    a) declarao de bens e valores que constituem seu patrimnio; e

    O objetivo dessa declarao acompanhar sua evoluo

    patrimonial que, em caso de desproporcionalidade, pode

    caracterizar improbidade administrativa.

    b) declarao quanto ao exerccio ou no de outro cargo,

    emprego ou funo pblica.

    Isso para evitar acumulaes ilegais.

    Alm disso, antes de tomar posse voc dever se submeter a uma

    inspeo mdica oficial. Voc s vai ser empossado se for julgado apto

    fsica e mentalmente para o exerccio do cargo.

    Depois da nomeao e da sua posse, voc vai entrar em

    exerccio. No exerccio, voc vai, efetivamente, meter a mo na

    massa!

    O prazo para voc entrar em exerccio ser de 15 dias, contados

    da data da posse.

    E se voc descumprir esse prazo?

    Meu amigo, a voc far a maior ca.... de sua vida! Pois o servidor

    que no cumpre o prazo para entrar em exerccio exonerado do

    cargo (ou tornada sem efeito a designao para a funo de

    confiana).

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    No caso daquele que foi designado para funo de confiana, o

    exerccio no em 15 dias, mas no mesmo dia da publicao do ato

    de designao, sob pena de o ato ficar sem efeito. Estando o servidor

    impedido em razo de licena ou afastamento, a entrada em exerccio

    deve ocorrer no primeiro dia aps o trmino do impedimento, que no

    pode exceder 30 dias.

    No caso de servidor que tenha exerccio em outro

    municpio em razo de ter sido removido, redistribudo, requisitado,

    cedido ou posto em exerccio provisrio, ter, no mnimo, dez e, no

    mximo, trinta dias de prazo, contados da publicao do ato, para a

    retomada do efetivo desempenho das atribuies do cargo, includo

    nesse prazo o tempo necessrio para o deslocamento para a nova sede.

    Temos a seguinte sequncia para o provimento

    em cargo efetivo:

    Prazos para o exerccio, depois de tomar posse:

    Regra geral 15 dias

    Funo de confiana Mesmo dia da designao

    Exerccio em outro municpio De 10 a 30 dias

    No v para a prova sem ler com ATENO MXIMA os seguintes

    dispositivos da Lei n. 8.112/90:

    Concurso nomeao 30 dias para posse posse 15 dias

    para exerccio exerccio.

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    Art. 13. A posse dar-se- pela assinatura do respectivo termo, no qual devero constar as atribuies, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que no podero ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofcio previstos em lei. 1o A posse ocorrer no prazo de trinta dias contados da publicao do ato de provimento. 2o Em se tratando de servidor, que esteja na data de publicao do ato de provimento, em licena prevista nos incisos I, III e V do art. 81, ou afastado nas hipteses dos incisos I, IV, VI, VIII, alneas "a", "b", "d", "e" e "f", IX e X do art. 102, o prazo ser contado do trmino do impedimento. 3o A posse poder dar-se mediante procurao especfica. 4o S haver posse nos casos de provimento de cargo por nomeao. 5o No ato da posse, o servidor apresentar declarao de bens e valores que constituem seu patrimnio e declarao quanto ao exerccio ou no de outro cargo, emprego ou funo pblica. 6o Ser tornado sem efeito o ato de provimento se a posse no ocorrer no prazo previsto no 1odeste artigo. Art. 14. A posse em cargo pblico depender de prvia inspeo mdica oficial. Pargrafo nico. S poder ser empossado aquele que for julgado apto fsica e mentalmente para o exerccio do cargo. Art. 15. Exerccio o efetivo desempenho das atribuies do cargo pblico ou da funo de confiana. 1o de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo pblico entrar em exerccio, contados da data da posse. 2o O servidor ser exonerado do cargo ou ser tornado sem efeito o ato de sua designao para funo de confiana, se no entrar em exerccio nos prazos previstos neste artigo, observado o disposto no art. 18. 3o autoridade competente do rgo ou entidade para onde for nomeado ou designado o servidor compete dar-lhe exerccio. 4o O incio do exerccio de funo de confiana coincidir com a data de publicao do ato de designao, salvo quando o servidor estiver em licena ou afastado por qualquer outro motivo legal, hiptese em que recair no primeiro dia til aps o trmino do impedimento, que no poder exceder a trinta dias da publicao. Art. 16. O incio, a suspenso, a interrupo e o reincio do exerccio sero registrados no assentamento individual do servidor. Pargrafo nico. Ao entrar em exerccio, o servidor apresentar ao rgo competente os elementos necessrios ao seu assentamento individual.

    Aprofundando no estudo do provimento, devemos estudar ainda

    que ele pode ser originrio ou derivado.

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    1. Provimento ORIGINRIO (tambm denominado

    autnomo): preenchimento de classe inicial de cargo no

    decorrente de qualquer vnculo anterior entre o servidor e a

    administrao. Para os cargos efetivos, depende sempre de

    aprovao prvia em concurso pblico de provas ou de provas

    e ttulos. A nica forma de provimento originrio a

    nomeao.

    2. Provimento DERIVADO: preenchimento de cargo decorrente

    de vnculo anterior entre o servidor e a administrao. Nesse

    caso, no h concurso pblico ou nomeao. As formas de

    provimento derivado so: promoo, readaptao, reverso,

    aproveitamento, reintegrao e reconduo (cada uma delas

    ser abordada abaixo).

    Conforme leciona Fernanda Marinela, esse provimento pode

    ser:

    a) Vertical: atribuio de um novo cargo a um servidor, dentro

    da mesma carreira, mas que representa uma progresso

    funcional, uma ascenso em sua vida profissional.

    Atualmente, a nica forma de provimento derivado vertical

    a promoo, j que a ascenso (tambm chamada de

    transposio ou acesso) foi revogada, pois permitia o

    provimento do servidor pblico para um cargo de uma

    carreira diferente da sua, sem prvia aprovao em

    concurso pblico.

    b) Horizontal: ocorre a mudana de cargo que no caracteriza

    progresso, crescimento profissional. Atualmente, a nica

    forma de provimento derivado horizontal a readaptao,

    j que a transferncia (passagem do servidor estvel de

    cargo efetivo para outro de igual denominao, pertencente

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    a quadro de pessoal diverso, de rgo ou instituio do

    mesmo Poder) foi revogada.

    c) Por reingresso: garante o retorno do servidor por meio de

    reintegrao, reconduo, reverso e aproveitamento.

    O provimento ainda pode ser classificado, quanto sua

    durabilidade, em efetivo, vitalcio e em comisso.

    1. Provimento EFETIVO: faz-se em cargo pblico, mediante

    nomeao por concurso pblico, assegurando ao servidor, aps

    3 anos de exerccio, o direito de permanncia no cargo

    (estabilidade), do qual s pode ser destitudo por sentena

    judicial, por processo administrativo em que seja assegurada

    ampla defesa ou por procedimento de avaliao peridica de

    desempenho, tambm assegurado o direito de ampla defesa.

    2. Provimento VITALCIO: faz-se em cargo pblico, mediante

    nomeao, assegurando ao funcionrio o direito permanncia

    no cargo, do qual s pode ser destitudo por sentena judicial

    transitada em julgado. OBS: somente possvel com

    relao a cargos que a Constituio Federal define como

    de provimento vitalcio, uma vez que a vitaliciedade

    constitui exceo regra geral da estabilidade.

    Na CF/88, so vitalcios os cargos dos membros da

    Magistratura, do Tribunal de Contas e do Ministrio Pblico.

    3. Provimento EM COMISSO: faz-se mediante nomeao para

    cargo pblico, independentemente de concurso e em carter

    transitrio. Somente possvel com relao aos cargos que a

    lei declara de provimento em comisso.

    Nesse ponto, importante a anlise da Smula n 685 do STF:

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    Diante da redao dessa smula, duas outras formas de

    provimento derivado anteriormente previstas, a ascenso e a

    transferncia, foram extintas. Veja, nesse sentido, a atual redao

    do art. 8 da Lei n 8.112/90:

    Art. 8o So formas de provimento de cargo pblico: I - nomeao; II - promoo; III - ascenso;(Revogado pela Lei n 9.527, de 10.12.97) IV - transferncia; (Execuo suspensa pela RSF n 46, de 1997) (Revogado pela Lei n 9.527, de 10.12.97) V - readaptao; VI - reverso; VII - aproveitamento; VIII - reintegrao; IX - reconduo.

    Hoje fala-se tambm na inconstitucionalidade da transposio

    (alterao de denominao do cargo para equiparar a outro cargo de

    categoria superior), por essa mesma razo.

    Nos termos da jurisprudncia do STF, possvel ao servidor

    estvel aprovado para outro cargo, dentro do perodo de estgio

    probatrio, optar pelo retorno ao antigo cargo, se assim desejar.

    Veja alguns tipos de provimento.

    Analisaremos cada um deles:

    Nomeao: a forma exclusiva de provimento originrio.

    Podendo ser em carter de comisso, tornando dispensvel o

    concurso pblico. Ou pode ser por precedido de concurso, onde

    STF Smula n 685 inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prvia aprovao em concurso pblico destinado ao seu provimento, em cargo que no integra a carreira na qual anteriormente investido.

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    ter carter efetivo. Com relao ao concurso, voc deve se

    lembrar de que ele ter validade de at 2 anos, podendo ser

    prorrogado uma nica vez, por igual perodo, e no se abrir

    novo concurso enquanto houver candidato aprovado em

    concurso anterior com prazo de validade no expirado.

    No que tange ao momento em que ser praticada, a nomeao

    um ato discricionrio, porque cabe ao Administrador escolher

    o melhor momento, desde que respeitados o prazo de validade

    do concurso e a ordem de classificao dos candidatos.

    Promoo: Refere-se ao progresso do servidor, ingressando

    numa posio mais elevada que a anteriormente ocupada,

    dentro da mesma carreira. Para ter esse direito, o servidor

    dever preencher requisitos previstos em lei para cada

    carreira, podendo ter como base critrios de antiguidade ou

    merecimento.

    Como podemos ver, pressupe a existncia de cargos

    escalonados em carreira.

    A promoo no interrompe o tempo de exerccio,

    que contado no novo posicionamento na carreira a partir da

    data de publicao do ato que promover o servidor.

    ATENO!!! Alguns estatutos de servidores fazem

    distino entre promoo e progresso. Em regra, ocorre

    promoo quando o servidor muda de um cargo para outro,

    com conseqente mudana de classe. Por outro lado, na

    progresso, ele mantm-se no mesmo cargo, tendo uma

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    mudana somente de padro, com conseqente acrscimo nos

    vencimentos.

    A EC n 19/98 introduziu uma nova exigncia

    como requisito para a promoo (art. 39, 2, da CF): a

    participao em cursos de formao e aperfeioamento em

    escolas de governo. Porm, em razo das dificuldades da

    Administrao Pblica, prevalece a orientao para que essa

    regra s passe a ser aplicada depois que as escolas estiverem

    disposio dos servidores, seja pela sua criao ou por meio

    da celebrao de convnios com instituies especializadas.

    Readaptao: Ocorre na situao em que o servidor ocupa

    cargo distinto do anterior, por ter adquirido alguma debilidade,

    necessitando de um novo cargo que se adeque a sua limitao.

    Ou seja, a investidura do servidor em cargo de atribuies e

    responsabilidades compatveis com a limitao que tenha

    sofrido em sua capacidade fsica ou mental, verificada em

    inspeo mdica. A readaptao ser efetivada em cargo de

    atribuies afins, respeitada a habilitao exigida, nvel de

    escolaridade e equivalncia de vencimentos e, na hiptese de

    inexistncia de cargo vago, o servidor exercer suas

    atribuies como excedente, at a ocorrncia de vaga.

    Cuidado!!! Se a limitao gerar uma

    incapacidade para o servio pblico, o servidor dever

    ser aposentado e no readaptado.

    instituto que se destina apenas aos servidores

    efetivos, no se estendendo aos ocupantes de funo

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    comissionada, sem vnculo com a Administrao Pblica

    Federal (AgRg no REsp 749852/DF, STJ-Sexta Turma, Rel. Min.

    Paulo Gallotti, julgamento: 09.02.2006, DJ 27.03.2006).

    Vale lembrar da Smula n 566 do STF:

    Enquanto pendente, o pedido de readaptao fundado em

    desvio funcional no gera direitos para o servidor,

    relativamente ao cargo pleiteado.

    Para decorar, grave essa imagem:

    fonte:

    www.trabalhosescolares.net

    Agora, leia a lei:

    Art. 24. Readaptao a investidura do servidor em cargo de atribuies e responsabilidades compatveis com a limitao que tenha sofrido em sua capacidade fsica ou mental verificada em inspeo mdica. 1o Se julgado incapaz para o servio pblico, o readaptando ser aposentado. 2o A readaptao ser efetivada em cargo de atribuies afins, respeitada a habilitao exigida, nvel de escolaridade e equivalncia de vencimentos e, na hiptese de inexistncia de cargo vago, o servidor exercer suas atribuies como excedente, at a ocorrncia de vaga.(Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97)

    Reintegrao: Quando o servidor estvel demitido e

    comprovado que a sua demisso no foi vlida (seja por

    deciso judicial ou administrativa), retornando a sua atividade,

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    com ressarcimento de todas as vantagens que possua

    anteriormente. Caso o cargo que ocupava o reintegrado tenha

    sofrido alguma transformao, o seu retorno deve ocorrer para

    o cargo resultante da transformao. Na hiptese de o cargo

    ter sido extinto quando do retorno, o servidor ficar em

    disponibilidade. Se o cargo j estiver provido, o seu eventual

    ocupante ser reconduzido ao cargo de origem, sem direito

    indenizao ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto

    em disponibilidade (perceba que o privilgio para aquele que

    est sendo reintegrado!).

    Perceba que se trata de situao em que o

    servidor havia sido demitido, ou seja, aplicou-se a penalidade

    de demisso aps instaurao de processo administrativo

    disciplinar, e no exonerado. Da, posteriormente, a demisso

    foi declarada invlida.

    Consoante entendimento do STJ, a

    anulao do ato de demisso do servidor, com a respectiva

    reintegrao, tem como conseqncia lgica a recomposio

    integral dos direitos do servidor demitido, em respeito ao

    princpio da restitutio in integrum. A declarao de nulidade do

    ato de demisso deve operar efeitos ex tunc, ou seja, deve

    restabelecer exatamente o status quo ante, de modo a

    preservar todos os direitos do indivduo atingido pela

    ilegalidade (AgRg no Ag 975659/SC, STJ-Sexta Turma, Rel.

    Min. Jane Silva, julgamento 26.08.09, DJe: 15.09.2008). O

    marco inicial para contagem dos efeitos patrimoniais a data

    de publicao do ato impugnado (MS 13193/DF, STJ-Terceira

    Seo, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, julgamento:

    25.03.2009, DJe: 07.04.2009).

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    Compete Justia Federal processar e julgar o pedido de

    reintegrao em cargo pblico federal, ainda que o servidor

    tenha sido dispensado antes da instituio do regime jurdico

    nico (Smula n 173 do STJ).

    Para se lembrar do que a reintegrao, grave essa imagem:

    Fonte: maxresdefault.jpg

    Agora, leia a lei:

    Art. 28. A reintegrao a reinvestidura do servidor estvel no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformao, quando invalidada a sua demisso por deciso administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens. 1o Na hiptese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficar em disponibilidade, observado o disposto nos arts. 30 e 31. 2o Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante ser reconduzido ao cargo de origem, sem direito indenizao ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade.

    Aproveitamento: Quando o servidor estvel retorna a sua

    atividade e recebe os seus vencimentos conforme o seu cargo

    anterior que por algum motivo foi considerado extinto, ou de

    atribuio inapropriada.

    Garante ao servidor estvel a possibilidade

    de retornar atividade quando em disponibilidade e surgir uma

    vaga. Importante lembrar que disponibilidade o ato pelo qual

    o Poder Pblico transfere para a inatividade remunerada, com

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    pagamento de vencimentos integrais do cargo (Smula n 358

    do STF), servidor estvel cujo cargo venha a ser extinto,

    declarada a sua desnecessidade ou, ainda, ocupado em

    decorrncia de reintegrao, sem que o desalojado pudesse ser

    reconduzido.

    Saiba que o aproveitamento obrigatrio, o que garante que o

    servidor no ficar indefinidamente em disponibilidade.

    Entretanto, falta de lei, funcionrio em disponibilidade no

    pode exigir, judicialmente, o seu aproveitamento, que fica

    subordinado ao critrio de convenincia da administrao.

    Alm disso, o aproveitamento deve ocorrer em cargo de

    atribuies e vencimentos compatveis com o anteriormente

    ocupado.

    Ser tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a

    disponibilidade se o servidor no entrar em exerccio no prazo

    legal, que de 15 dias, salvo doena comprovada por junta

    mdica oficial.

    Aqui uma imagem interessante:

    Fonte: indicae.blogspot.com

    ACOORRDDAA SERVIDOR! VOC ESTAVA EM

    DISPONIBILIDADE, AGORA FOI APROVEITADO!! VAI

    TRABALHAR!!!!

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    Agora, leia a lei:

    Art. 30. O retorno atividade de servidor em disponibilidade far-se- mediante aproveitamento obrigatrio em cargo de atribuies e vencimentos compatveis com o anteriormente ocupado. Art. 31. O rgo Central do Sistema de Pessoal Civil determinar o imediato aproveitamento de servidor em disponibilidade em vaga que vier a ocorrer nos rgos ou entidades da Administrao Pblica Federal. Pargrafo nico. Na hiptese prevista no 3o do art. 37, o servidor posto em disponibilidade poder ser mantido sob responsabilidade do rgo central do Sistema de Pessoal Civil da Administrao Federal - SIPEC, at o seu adequado aproveitamento em outro rgo ou entidade. (Pargrafo includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97) Art. 32. Ser tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor no entrar em exerccio no prazo legal, salvo doena comprovada por junta mdica oficial.

    Reverso: o retorno atividade de servidor aposentado por

    invalidez, quando junta mdica oficial declarar insubsistentes

    os motivos da aposentadoria (os motivos que justificavam a

    aposentadoria podem nunca ter existido e por erro ter sido

    concedido o benefcio ou podem ter desaparecido por simples

    superao do servidor). tambm o retorno atividade do

    servidor estvel, aposentado voluntariamente, que tenha

    requerido a reverso e desde que haja cargo vago, a

    aposentadoria tenha ocorrido nos 5 anos anteriores

    solicitao e seja de interesse da administrao.

    O servidor que retornar com esse fundamento perceber, em

    substituio aos proventos de aposentadoria, a remunerao

    do cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens

    pessoais. OBS: o servidor que for revertido a pedido somente

    ter os proventos calculados com base nas regras atuais se

    permanecer 5 anos no cargo.

    Nesses casos, o servidor deve retornar para o mesmo cargo

    (cargo de origem) ou para cargo resultante de eventual

    transformao.

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    Se o cargo estiver ocupado, o servidor poder exercer suas

    funes como excedente at que surja uma vaga. OBS:

    Ateno!!! Essa regra no se aplica reverso a pedido porque

    a existncia de cargo vago uma condicionante para seu

    deferimento.

    O tempo em que o servidor estiver em exerccio ser

    considerado para concesso da aposentadoria.

    Cuidado!!! Essa forma de reingresso no pode

    ser aplicada quando o servidor j tiver completado 70

    anos, em razo da aposentadoria compulsria.

    Veja a imagem:

    fonte: marcioantoniassi.wordpress.com

    Agora, leia a lei:

    Art. 25. Reverso o retorno atividade de servidor aposentado: I - por invalidez, quando junta mdica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria; ou II - no interesse da administrao, desde que: a) tenha solicitado a reverso; b) a aposentadoria tenha sido voluntria; c) estvel quando na atividade; d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores solicitao; e) haja cargo vago. 1o A reverso far-se- no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformao. 2o O tempo em que o servidor estiver em exerccio ser considerado

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    para concesso da aposentadoria. 3o No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o servidor exercer suas atribuies como excedente, at a ocorrncia de vaga. 4o O servidor que retornar atividade por interesse da administrao perceber, em substituio aos proventos da aposentadoria, a remunerao do cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens de natureza pessoal que percebia anteriormente aposentadoria. 5o O servidor de que trata o inciso II somente ter os proventos calculados com base nas regras atuais se permanecer pelo menos cinco anos no cargo. 6o O Poder Executivo regulamentar o disposto neste artigo. Art. 27. No poder reverter o aposentado que j tiver completado 70 (setenta) anos de idade.

    Reconduo: A lei define de forma bem clara:

    Art. 29. Reconduo o retorno do servidor estvel ao cargo anteriormente ocupado e decorrer de: I - inabilitao em estgio probatrio relativo a outro cargo; II - reintegrao do anterior ocupante. Pargrafo nico. Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor ser aproveitado em outro, observado o disposto no art. 30.

    O servidor reconduzido em razo da reintegrao do

    anterior ocupante do cargo no tem direito indenizao.

    Estando o dito cargo de origem ocupado, o servidor poder

    ocupar um outro cargo equivalente que existir vago ou, em

    ltimo caso, ficar em disponibilidade.

    1) reconhecida a possibilidade de reconduo ao cargo de

    origem nas hiptese em que o servidor estvel no tem

    mais interesse no novo cargo ocupado. Assim, desistindo

    do novo cargo durante o estgio probatrio, poder pedir a

    reconduo e retornar ao cargo de origem. Esse pedido

    deve ser apresentado antes da concluso do estgio

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    probatrio do novo carho, porque enquanto ele no for

    confirmado, no estar extinta a situao anterior (MS

    24543/DF, STF-Tribunal Pleno, Rel. Min. Carlos Velloso,

    julgamento: 21.08.2003, DJ: 12.09.2003 e MS 8339/DF,

    STJ-Terceira Seo, Rel. Min. Hamilton Carvalhido,

    julgamento: 11.09.2002, DJ: 16.12.2002).

    2) Os institutos da vacncia e da reconduo tm por

    finalidade garantir ao servidor pblico federal sua

    permanncia na esfera do servio pblico, sem, com isso,

    tolher o inalienvel direito de buscar sua evoluo

    profissional. Por isso, sob pena de afronta ao princpio da

    isonomia, deve a regra dos arts. 29, I, e 33, VIII, da Lei n

    8.112/90 ser estendida s hipteses em que o servidor

    pblico pleiteia a declarao de vacncia para ocupar

    emprego pblico federal, garantindo-lhe, por conseguinte,

    se necessrio, sua reconduo ao cargo de origem (Resp

    817061/RJ, STJ-Quinta Turma, Rel. Min. Arnaldo Esteves

    Lima, julgamento: 29.05.2008, DJ: 04.08.2008).

    4. (CESPE 2015 - TRE-GO - Tcnico Judicirio - rea Administrativa) Acerca de ato

    administrativo e agentes pblicos, julgue o item subsecutivo. Promoo e readaptao so formas de

    provimento em cargo pblico.

    O art. 8 estabelece que: Art. 8o So formas de provimento de cargo pblico: I - nomeao; II -

    promoo; V - readaptao; VI - reverso; VII - aproveitamento; VIII - reintegrao; IX reconduo.

    Gabarito Certo.

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    5. (CESPE-2015-FUB-Assistente em Administrao) Considere que

    determinado servidor pblico tenha sido investido em novo cargo,

    compatvel com as suas limitaes decorrentes de acidente de trnsito.

    Nessa situao, correto afirmar que o referido servidor est em

    provimento originrio.

    Este um caso de readaptao, que ocorre na situao em que o

    servidor ocupa cargo distinto do anterior, por ter adquirido alguma

    debilidade, necessitando de um novo cargo que se adeque a sua

    limitao.

    Lembre-se que a readaptao uma forma de provimento derivado

    horizontal (ocorre a mudana de cargo que no caracteriza progresso,

    crescimento profissional. Atualmente, a nica forma de provimento

    derivado horizontal a readaptao).

    Gabarito: Errado.

    6. (CESPE - 2015-TCU- Tcnico Federal de Controle Externo) O prazo

    de validade de concurso pblico de at dois anos, podendo ele ser

    prorrogado enquanto houver candidatos aprovados no cadastro de

    reserva.

    Com relao ao concurso, voc deve se lembrar de que ele ter

    validade de at 2 anos, podendo ser prorrogado uma nica vez, por

    igual perodo, e no se abrir novo concurso enquanto houver candidato

    aprovado em concurso anterior com prazo de validade no expirado. A

    aprovao dentro do nmero de vagas, seria bom demais se fosse

    pelo nmero de aprovados no cadastro reserva, no mesmo?

    Gabarito: Errado

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    7. (CESPE -2014- ANTAQ - Nvel Superior) Reintegrao o retorno

    do servidor aposentado atividade, no mesmo cargo em que tenha sido

    aposentado ou em cargo equivalente.

    Reverso: o retorno atividade de servidor aposentado por

    invalidez, quando junta mdica oficial declarar insubsistentes os

    motivos da aposentadoria.

    Gabarito: Errado

    8. (CESPE - 2012 - ANCINE - Tcnico Administrativo) A investidura

    em cargo pblico ocorrer com a nomeao do servidor, aps

    aprovao em concurso pblico.

    Ateno!!! A investidura em cargo pblico ocorrer com a posse

    (art. 7 da Lei n 8.112/90).

    Gabarito:Errado.

    9. (CESPE - 2012 - ANCINE - Tcnico Administrativo) Aps a

    investidura no cargo, se realizar tarefas alm daquelas relacionadas ao

    seu cargo, o servidor poder solicitar ao seu superior hierrquico

    alterao das suas atribuies, independentemente de manifestao

    favorvel, em relao ao pleito, de autoridade maior.

    Como j falamos, a posse dar-se- pela assinatura do respectivo

    termo, no qual devero constar as atribuies, os deveres, as

    responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que no

    podero ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes,

    ressalvados os atos de ofcio previstos em lei.

    Gabarito: Errado.

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    10. (CESPE - 2013 - FUB - Assistente em Administrao) Para

    os servidores pblicos estveis, uma das hipteses de perda do cargo

    a extino deste.

    De acordo com o art. 41, III, da Constituio, caso extinto o cargo

    ou declarada a sua desnecessidade, o servidor fica em disponibilidade,

    com remunerao proporcional ao tempo de servio, at seu adequado

    aproveitamento em outro cargo.

    Gabarito: Errado.

    11. (CESPE - 2013 - FUB - Assistente em Administrao) Por

    questo de soberania nacional, os estrangeiros no podero ter acesso

    a cargos pblicos de carter efetivo, mas podero exercer funes

    pblicas para atender a necessidade temporria de excepcional

    interesse pblico.

    Em regra, o estrangeiro no pode ocupar cargos pblicos. A lei s

    ressalva a situao do professor, tcnico ou cientista nas universidades

    e instituies de pesquisa cientfica e tecnolgica federais.

    Gabarito: Errado.

    12. (CESPE - 2013 - TCE-RS - Oficial de Controle Externo)

    Professor estrangeiro que resida no Brasil e pretenda ocupar cargo

    pblico em universidade federal somente poder atuar como professor

    visitante, visto que a investidura em cargo pblico restrita a

    brasileiros natos ou naturalizados.

    Em regra, o estrangeiro no pode ocupar cargos pblicos. Mas

    muita ateno quando aparecer a palavra SOMENTE. A Constituio

    Federal prev em seu art. 37, I, que os cargos, empregos e funes

    pblicas so acessveis aos brasileiros que preencham os requisitos

    estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei.

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    Uma lei que prev a provimento de cargo pblico por estrangeiros a

    8.112/90. Em seu art. 5, 3, dispe que as universidades e

    instituies de pesquisa cientfica e tecnolgica federais podero prover

    seus cargos com professores, tcnicos e cientistas estrangeiros, de

    acordo com as normas e os procedimentos desta Lei.".

    Gabarito: Errado.

    13. (CESPE - 2013 - MPU - Tcnico - Tecnologia da Informao

    e Comunicao) A Constituio Federal de 1988 (CF) no restringe o

    acesso aos cargos pblicos a brasileiros que gozam de direitos polticos,

    admitindo que cargos, empregos e funes pblicas sejam preenchidos

    por estrangeiros, na forma da lei.

    De fato, a CF no restringe o acesso aos cargos pblicos a

    brasileiros que gozam de direitos polticos. Em seu art. 37, I, o acesso

    aos cargos pblicos de estrangeiros na forma da lei.

    Gabarito: Correto.

    14. (CESPE - 2013 - MTE - Auditor Fiscal do Trabalho) Com

    referncia ao processo administrativo e Lei n.o 8.112/1990, cada um

    dos prximos itens apresenta uma situao hipottica, seguida de uma

    assertiva que deve ser julgada luz do entendimento do STJ.

    Um servidor pblico federal foi demitido aps o devido processo

    administrativo. Contra o ato de demisso ele ajuizou ao judicial, na

    qual obteve deciso favorvel sua reintegrao no cargo, em

    decorrncia da nulidade do ato de demisso. Nessa situao, o servidor

    reintegrado no ter direito ao tempo de servio, aos vencimentos e s

    vantagens que lhe seriam pagos no perodo de afastamento.

    Vimos que quando o servidor estvel demitido comprova que

    a sua demisso no foi valida (seja por deciso judicial ou

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    administrativa), retornando a sua atividade, com ressarcimento de

    todas as vantagens que possua anteriormente. Ademais, a

    jurisprudncia do STJ firmou-se no sentido de que o servidor pblico

    reintegrado ao cargo, em virtude da declarao judicial de nulidade do

    ato de demisso, tem direito aos vencimentos e s vantagens que lhe

    seriam pagos durante o perodo de afastamento". (STJ, REsp

    1.372.643-AgRg/RJ, Rel. Min. Herman Benjamin).

    Gabarito: Errado.

    15. (CESPE 2015 FUB - Conhecimentos bsicos) Maria,

    servidora pblica federal estvel, integrante de comisso de licitao de

    determinado rgo pblico do Poder Executivo federal, recebeu

    diretamente, no exerccio do cargo, vantagem econmica indevida para

    que favorecesse determinada empresa em um procedimento licitatrio.

    Aps o curso regular do processo administrativo disciplinar, confirmada

    a responsabilidade de Maria na prtica delituosa, foi aplicada a pena de

    demisso.

    Considerando essa situao hipottica, julgue os itens a seguir, com

    base na legislao aplicvel ao caso.

    Caso a penalidade aplicada seja posteriormente invalidada por meio de

    sentena judicial, Maria dever ser reintegrada ao cargo anteriormente

    ocupado.

    Pessoal, observe o art. 28, da lei 8.112/90:

    Art. 28. A reintegrao a reinvestidura do servidor estvel no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformao, quando invalidada a sua demisso por deciso administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens

    Gabarito Certo.

    16. (CESPE 2014 MEC - Analista Processual) Embora a

    Constituio Federal no assegure o direito estabilidade no servio

    pblico ao servidor em estgio probatrio, a demisso ou a exonerao

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    desse servidor no prescinde de processo administrativo no qual se

    apure a sua capacidade para o exerccio do cargo.

    Pessoal, nada melhor do que o posicionamento do

    Supremo Tribunal Federal para respondermos essa questo no

    mesmo? Sendo assim, veja as sumulas que contribuem para a assertiva

    acima:

    Smula 20 necessrio processo administrativo, com ampla defesa,

    para demisso de funcionrio pblico admitido por concurso.

    Smula 21 Funcionrio em estgio probatrio no pode ser

    exonerado nem demitido sem inqurito ou sem as formalidades legais

    de apurao de sua capacidade.

    Deixo ainda a explicao para nunca mais confundirem:

    Prescindir = dispensar / No prescindir = no dispensa.

    Gabarito Certo.

    17. (CESPE 2014 - Cmara dos Deputados - Analista

    Legislativo - Consultor de Oramento e Fiscalizao Financeira) Com

    referncia aos agentes pblicos e ao regime jurdico que regulamenta

    as relaes entre os servidores pblicos e a administrao, julgue o

    item que segue.

    Considere a seguinte situao hipottica.

    Um servidor pblico federal efetivo, destro, cuja principal tarefa estava

    relacionada montagem manual de documentao em processos de

    compras pblicas, aps se envolver em acidente, sofreu amputao da

    mo direita, e isso inviabilizou a prtica da atividade at ento exercida

    por ele.

    Nessa situao hipottica, em seu retorno ao trabalho, o referido

    servidor dever ser redistribudo.

    Essa questo muito boa de se responder pessoal. Observem o diz o

    art. 24 da lei 8.112/90:

    Art. 24. Readaptao a investidura do servidor em cargo de atribuies e responsabilidades compatveis com a limitao que tenha sofrido em sua capacidade fsica ou mental verificada em inspeo mdica.

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    1o Se julgado incapaz para o servio pblico, o readaptando ser aposentado. 2o A readaptao ser efetivada em cargo de atribuies afins, respeitada a habilitao exigida, nvel de escolaridade e equivalncia de vencimentos e, na hiptese de inexistncia de cargo vago, o servidor exercer suas atribuies como excedente, at a ocorrncia de vaga.

    Gabarito Errado.

    18. (CESPE 2014 SUFRAMA - Nvel Superior) Julgue o item

    que se segue, relativos aos agentes pblicos, aos poderes

    administrativos e responsabilidade civil do Estado.

    Se um candidato lograr xito em concurso pblico, mas, dias antes da

    posse, for acometido por dengue que o impossibilite de comparecer

    pessoalmente para o referido ato, a posse poder dar-se mediante

    procurao especfica firmada pelo candidato.

    Essa questo j caiu muito em concurso pblico e se cair na sua prova,

    voc no vai errar no mesmo? Ento leia atentamente o art. 13 da

    lei 8.112/90 que estabelece:

    Art. 13. A posse dar-se- pela assinatura do respectivo termo, no qual devero constar as atribuies, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que no podero ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofcio previstos em lei. 1 A posse ocorrer no prazo de trinta dias contados da publicao do ato de provimento. (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97) 2 Em se tratando de servidor, que esteja na data de publicao do ato de provimento, em licena prevista nos incisos I, III e V do art. 81, ou afastado nas hipteses dos incisos I, IV, VI, VIII, alneas "a", "b", "d", "e" e "f", IX e X do art. 102, o prazo ser contado do trmino do impedimento. 3 A posse poder dar-se mediante procurao especfica. Gabarito Certo.

    19. (CESPE 2014 - PGE-BA - Prova: Procurador do Estado) De

    acordo com a jurisprudncia do Supremo Tribunal Federal (STF), a

    administrao pblica est obrigada a nomear candidato aprovado em

    concurso pblico dentro do nmero de vagas previsto no edital do

    certame, ressalvadas situaes excepcionais dotadas das caractersticas

    de supervenincia, imprevisibilidade e necessidade.

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    Essa questo est de acordo com o entendimento do STF, na smua n

    15, que dispes da seguinte forma:

    Dentro do prazo de validade do concurso, o candidato aprovado tem o

    direito nomeao, quando o cargo for preenchido sem observncia da

    classificao.

    Gabarito Certo.

    2.4. Vacncia

    De acordo com a viso Di Pietro o fato administrativo-funcional

    que indica que determinado cargo pblico no est provido, ou em

    outras palavras est sem titular. O servidor, por no ocupar mais o seu

    cargo, torna-o vago, colocando a disposio de outra pessoa. Exemplos

    de vacncia seria a exonerao, a demisso, a promoo

    (considerando, por bvio, o cargo anteriormente ocupado),

    readaptao, aposentadoria, posse em outro cargo no passvel de

    acumulao e o falecimento.

    1) Exonerao: ocorre quando a dissoluo do vnculo entre o

    servidor e a administrao se d SEM carter punitivo.

    A exonerao de cargo efetivo dar-se- a pedido do servidor

    ou de ofcio.

    Ser de ofcio em 2 casos:

    a) No satisfeitas as condies do estgio probatrio;

    b) Quando o servidor, tendo tomado posse, no entra em

    exerccio no prazo legal (em regra, 15 dias).

    No caso de cargo em comisso ou funo de confiana, a

    exonerao/dispensa dar-se- a juzo da autoridade

    competente ( a chamada exonerao ad nutum, j que

    independe de qualquer motivao) ou a pedido do prprio

    servidor.

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    2) Demisso: forma de penalidade disciplinar, aplicvel nas

    situaes previstas no art. 132 da Lei n 8.112/90.

    Quando a conduta motivadora do agente importar em leso

    aos cofres pblicos, aplicao irregular de dinheiro pblico,

    corrupo ou improbidade administrativa, a demisso ser

    seguida da indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao

    errio.

    3) Promoo: vista anteriormente como uma das formas de

    provimento derivado vertical; uma vez promovido o servidor,

    abre-se vaga para o cargo anteriormente ocupado.

    No mbito federal, caber lei que fixar as diretrizes do

    sistema de carreira na Administrao Pblica Federal

    estabelecer os requisitos para o ingresso e o desenvolvimento

    do servidor na carreira, mediante promoo.

    4) Readaptao: vista anteriormente como uma das formas de

    provimento derivado por reingresso; o servidor readaptado

    passar a ocupar um cargo semelhante, respeitando suas

    novas limitaes, deixando o anterior vago para ser ocupado

    por outro servidor que preencha os requisitos de capacidade

    fsica ou mental.

    5) Aposentadoria: ocorre quando o servidor passa para a

    inatividade, configurando um direito do servidor, desde que

    preenchidos os requisitos especficos para cada caso.

    Modalidades: voluntria; compulsria; por invalidez

    permanente; e especial.

    6) Posse em outro cargo inacumulvel: a regra que o

    servidor pblico no pode cumular dois ou mais cargos, sob

    pena de ser aplicada a penalidade de demisso ou de ser

    exonerado (no caso de boa f do servidor). Portanto, quando

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    ele toma posse em outro cargo, dever pedir a vacncia no

    anterior.

    7) Cuidado!!! Existem 3 excees, previstas no art.

    37, inciso XVI, da CF, em que permitida a cumulao de dois

    cargos, desde que haja compatibilidade de horrios e seja

    observado o teto remuneratrio: a) dois cargos de professor;

    b) cargo de professor e cargo tcnico ou cientfico; c) dois

    cargos ou empregos privativos de profissionais de sade, com

    profisses regulamentadas.

    8) Falecimento: hiptese gerada pelo bito do servidor.

    20. (CESPE 2015 MPU - Tcnico do MPU - Segurana

    Institucional e Transporte) Acerca do regime jurdico dos servidores

    pblicos federais, julgue o item subsequente.

    O servidor ocupante de cargo em comisso pode ser exonerado a

    qualquer momento, independentemente de motivao.

    Pode sim, e como vimos, no caso de cargo em comisso ou funo

    de confiana, a exonerao/dispensa dar-se- a juzo da autoridade

    competente ( a chamada exonerao ad nutum, j que independe de

    qualquer motivao) ou a pedido do prprio servidor.

    Gabarito Certo.

    21. (CESPE 2014 ANTAQ - Conhecimentos Bsicos - Cargos

    5 e 6) Com relao aos agentes pblicos, julgue os itens a seguir.

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    prevista, no texto constitucional, a hiptese de exonerao de

    servidor estvel por excesso de despesa com pessoal.

    Observe abaixo as formas de perda de cargo do servidor:

    1 - Sentena judicial transitado em julgado;

    2 - Processo Administrativo PAD;

    3 - Avaliao peridica de desempenho;

    4 - Despesa de pessoal.

    Gabarito Correto.

    2.5. Remoo

    Primeiramente, importante tomar cuidado para no

    confundir formas de provimento, que acabamos de analisar, com

    formas de deslocamento, em que no h atribuio de um novo cargo a

    um servidor, mas somente o seu deslocamento. A Lei n 8.112/90

    definiu duas formas de deslocamento: a remoo, que ser vista agora,

    e a redistribuio, que ser estudada no prximo tpico.

    A remoo um instituto utilizado pela Administrao com a

    finalidade de aprimorar a prestao de servio pblico, podendo ser

    usado, tambm, no interesse do servidor, diante da ocorrncia das

    situaes especificadas em lei.

    Nesse instituto o servidor permanece com o seu cargo, porm

    deslocado para praticar os atos de sua funo em outra unidade do

    mesmo quadro, podendo ser em local distinto ou no. Exemplo: O

    servidor da agncia do INSS de Braslia pode ser removido para a

    agncia do INSS de Chapec em Santa Catarina.

    A remoo poder ser de ofcio ou a pedido.

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    Quando de ofcio, a Administrao Pblica, com ou sem

    consentimento do servidor, remove o servidor tendo em vista o seu

    prprio interesse. ato discricionrio da Administrao Pblica,

    atribuindo-se nova lotao ao servidor, considerando-se a necessidade

    do servio e a melhor distribuio dos recursos humanos para a

    eficiente prestao da atividade administrativa, estando respaldada no

    interesse pblico.

    Quando a pedido, a lei prev dois casos:

    a) quando deferido de acordo com a convenincia e

    oportunidade da Administrao e

    b) quando direito subjetivo do servidor, independendo do

    interesse da Administrao.

    Ou seja, nem sempre a convenincia da Administrao Pblica

    observada, so os casos do art.36, III da lei 8.112/90:

    Art. 36. Remoo o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofcio, no mbito do mesmo quadro, com ou sem mudana de sede. III - a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administrao: a) para acompanhar cnjuge ou companheiro, tambm servidor pblico civil ou militar, de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, que foi deslocado no interesse da Administrao; b) por motivo de sade do servidor, cnjuge, companheiro ou dependente que viva s suas expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada comprovao por junta mdica oficial; c) em virtude de processo seletivo promovido, na hiptese em que o nmero de interessados for superior ao nmero de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo rgo ou entidade em que aqueles estejam lotados.

    A regra da alnea a no pode ser aplicada para os

    servidores que se deslocaram a pedido e que passaram no concurso

    quando o cnjuge j era servidor em outra localidade.

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    1) A jurisprudncia do Supremo Tribunal Federal firme

    em afastar a incidncia do art. 226 da Constituio

    Federal como fundamento para concesso de

    remoo de servidor pblico na hiptese em que no se

    pleiteia a remoo para acompanhar cnjuge, mas sim a

    lotao inicial de candidato aprovado em concurso

    pblico (Ag Reg no RE 475283/CE, STF-Primeira Turma,

    Rel. Min. Roberto Barroso, julgamento: 21/10/2014,

    DJe: 10/11/2014).

    2) O vcio consistente na falta de motivao de portaria de

    remoo ex officio de servidor pblico pode ser

    convalidado, de forma excepcional, mediante a

    exposio, em momento posterior, dos motivos idneos

    e preexistentes que foram a razo determinante para a

    prtica do ato, ainda que estes tenham sido

    apresentados apenas nas informaes prestadas pela

    autoridade coatora em mandado de segurana

    impetrado pelo servidor removido (AgRg no RMS

    40.427-DF, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, julgado em

    3/9/2013).

    3) O servidor pblico federal no tem direito de ser

    removido a pedido, independentemente do interesse da

    Administrao, para acompanhar seu cnjuge, tambm

    servidor pblico, que fora removido em razo de

    aprovao em concurso de remoo (AgRg no REsp

    1.290.031-PE, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, julgado

    em 20/8/2013).

    4) O servidor pblico federal tem direito de ser removido a

    pedido, independentemente do interesse da

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    Administrao, para acompanhar o seu cnjuge

    empregado de empresa pblica federal que foi deslocado

    para outra localidade no interesse da Administrao

    ( MS 14.195-DF, Rel. Min. Sebastio Reis Jnior, julgado

    em 13/3/2013).

    22. (CESPE 2015 - TRE-GO - Tcnico Judicirio - rea

    Administrativa) A respeito da Lei n. 8.112/1990, cada um dos

    prximos itens apresenta uma situao hipottica, seguida de uma

    assertiva a ser julgada.

    Paulo, tcnico judicirio em exerccio na capital do estado de jurisdio

    de um TRE, pediu sua remoo para outra cidade, na mesma jurisdio

    desse tribunal. Nessa situao, se for removido, Paulo no ter direito a

    ajuda de custo.

    Neste caso, lembre-se que a ajuda s ser paga, caso a remoo ocorra

    por ofcio. Art. 36 inc. I, II e III da lei 8.112/90.

    Gabarito: Errado

    23. (CESPE 2015 - TRE-GO - Tcnico Judicirio - rea

    Administrativa) Acerca de ato administrativo e agentes pblicos, julgue

    o item subsecutivo. Remoo o deslocamento do servidor, a pedido,

    no mbito do mesmo quadro, com ou sem mudana de sede.

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    O art. 36 da lei 8.112/90 dispe que: Art. 36. Remoo o

    deslocamento do servidor, a pedido ou de ofcio, no mbito do mesmo

    quadro, com ou sem mudana de sede.

    Gabarito: Errado

    24. (CESPE 2015 - TRE-GO - Analista Judicirio - rea

    Administrativa) Pedro, servidor de um rgo da administrao pblica,

    foi informado por seu chefe da possibilidade de ser removido por ato de

    ofcio para outra cidade, onde ele passaria a exercer suas funes.

    Nessa situao hipottica, considerando as regras dispostas na Lei n.

    8.112/1990, julgue o item subsequente.

    Pedro no poder se recusar remoo, que tem fundamento no

    denominado poder hierrquico da administrao pblica.

    Coloquei essa questo, para reforar o entendimento do art. 36 da lei

    8.112/90 exposto acima.

    Gabarito: Certo

    2.6. Redistribuio

    Ocorre quando o cargo efetivo (e no o servidor) - ocupado ou

    vago deslocado para outro rgo ou entidade do mesmo Poder, com

    prvia apreciao do rgo competente. Obviamente, se o cargo estiver

    ocupado, o servidor vai junto com o cargo para outro rgo ou

    entidade. Podemos confirmar esse trecho do artigo 37 da Lei

    8112/1990:

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    Art. 37. Redistribuio o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no mbito do quadro geral de pessoal, para outro rgo ou entidade do mesmo Poder, com prvia apreciao do rgo central do SIPEC, observados os seguintes preceitos: I - interesse da administrao; II - equivalncia de vencimentos; III - manuteno da essncia das atribuies do cargo IV - vinculao entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades; V - mesmo nvel de escolaridade, especialidade ou habilitao profissional; VI - compatibilidade entre as atribuies do cargo e as finalidades institucionais do rgo ou entidade.

    Para que seja possvel realizar a redistribuio do

    cargo, devem ser atendidos os requisitos previstos em lei, transcritos

    acima, quais sejam:

    1) Interesse da administrao;

    2) Equivalncia de vencimentos;

    3) Manuteno da essncia das atribuies do cargo;

    4) Vinculao entre os graus de responsabilidade e complexidade

    das atividades;

    5) Mesmo nvel de escolaridade, especialidade ou habilitao

    profissional;

    6) Compatibilidade entre as atribuies do cargo e as finalidades

    institucionais do rgo ou entidade.

    A redistribuio basicamente para que o

    servio pblico seja prestado de forma adequada, de forma que a

    necessidade de servios na Administrao seja suprida.

    Ateno!!! A redistribuio no forma de

    provimento e no obrigatrio que servidor ocupante seja estvel.

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    Vale lembrar que a redistribuio ocorrer ex officio para

    ajustamento de lotao e da fora de trabalho s necessidades dos

    servios, inclusive nos casos de reorgani