no início laranja granada e depois vermelho ibérico...

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PALAVRA DO PRESIDENTE Vitória da família taxista A categoria pode festejar porque esta vitória dos taxistas foi obtida pelo Sindicato dos Taxistas de Porto Alegre (Sintá- xi). O envelopamento da frota da capital gaúcha vai revolucio- nar e tornar competitivo o mercado oferecendo ao permissioná- rio uma opção a mais na hora de trocar o carro, pois ao invés de pintá-lo, poderá colocar a película na cor vermelho ibérico dispensando a pintura tradicional que desvaloriza o preço do veículo na revenda. Desde maio do ano passado que o envelopamento estava sendo testado no táxi prefixo 2145, depois mais três veículos foram envelopados. Os prefixos 2880, 2952 e 3885 também re- ceberam a película. Aguardamos pacientemente o período de testes para ter certeza absoluta que o sistema é perfeito e pode substituir a tra- dicional pintura. Com a liberação, em definitivo, por parte da Empresa Pú- blica de Transporte e Circulação (EPTC), comprova-se que o sistema é bom, eficaz e ecologicamente mais correto. Quatro empresas apostaram neste sistema e hoje também colhem os frutos da vitória junto com o Sintáxi: a Visualize Plo- tagens, de Curitiba-PR, pioneira, envelopou o prefixo 2145, a IBS Comunicação Visual, de Horizontina, envelopou o prefixo 3885, a Divulg Comunicação Visual e a Apple Signs Impres- sões e Comunicação Digital, ambas de Porto Alegre, responsá- veis pelos táxis 2952 e 2880, respectivamente. Daqui para frente o mercado se abre e entendemos que todas as empresas que cumprirem as normas técnicas e tiverem preço e qualidade poderão oferecer o serviço de envelopamen- to. O preço pode não ser o melhor, ainda, mas somando duas pinturas, a perda da garantia de fábrica e a desvalorização do veículo na revenda, fará com que o permissionário pense nesta opção. Aliás estamos perguntando aos taxistas se eles preferem pintar seus carros ou envelopá-los com a película na cor verme- lho ibérico. A questão pode ser respondida no site do Sintáxi na pesquisa interativa do mês de setembro. De nossa parte agradecemos às quatro empresas que par- ticiparam deste teste e se credenciaram para oferecer o serviço de envelopamento. Também agradecemos o prefeito José For- tunati e o secretário municipal dos Transportes e presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari. Fortunati e Cappellari escolheram a melhor data para a- nunciar a liberação do sistema de envelopamento: o Dia do Ta- xista, celebrado em 5 de setembro. Este é o presente que o poder público municipal e o sindi- cato estão oferecendo aos permissionários de táxis da capital gaúcha. O ano de 2010 entra para a história com o início do enve- lopamento, um novo ciclo depois de 37 anos, quando foi defini- do que os táxis de Porto Alegre seriam pintados na cor laranja granada. Naquela época o prefeito era Telmo Thompson Flores. Com o passar dos anos foi adotado o vermelho ibérico que iden- tifica os táxis da capital gaúcha. Aliás algumas coisas que identificam Porto Alegre: o la- çador, o por do sol no Guaíba, a Redenção e o táxi vermelho ibérico. Mais uma vez a diretoria do Sintáxi mostra como se tra- balha a favor da categoria. Com seriedade e responsabilidade. Os resultados aparecem, às vezes demora um pouco, mas este é o caminho que seguimos desde o início de nosso trabalho à frente do sindicato. A diretoria do Sintáxi vai continuar trabalhando, pois ou- tras batalhas precisam ser vencidas para que os taxistas possam desenvolver suas atividades com segurança, qualidade e tran- quilidade. Muita coisa ainda precisa ser feita, a fim de que o modal táxi atinja a excelência e sirva de parâmetro para outras cidades. Não é um sonho. Poderemos chegar a este patamar, basta boa vontade, inteligência, trabalho, seriedade e bom senso. Tenham a certeza de que a diretoria do Sintáxi vai conti- nuar trabalhando em benefício da família taxista todos os dias colaborando com o poder público, a fim de que esta meta seja alcançada. Feliz Dia do Taxista para todos os profissionais do vo- lante. Luiz Nozari Presidente do Sintáxi Rua José Montaury, centro de Porto Alegre no início dos anos 70, quando os primeiros Fuscas na cor laranja granada circulavam pela cidade transportando passageiros diariamente Arquivo Planeta Fusca No início laranja granada e depois vermelho ibérico A lei municipal nº 3.790, de 05/09/1973, regulamenta o serviço de táxi em Porto Alegre. O artigo 14 diz que cabe à secretaria municipal dos Transportes (SMT) de- finir a cor padrão dos veículos. Segundo o presidente do Sindicato dos Taxistas de Porto Alegre (Sintáxi), Luiz Nozari, foram os taxistas que escolheram a cor laranja grana- da para identificar a frota de táxis da capital gaúcha naquela época. O prefeito era Telmo Thompson Flores (1921-2008). Ele ocupou o Paço Municipal entre 1969 e 1975 e durante seu governo os porto-a- legrenses testemunharam inúmeras obras viárias como a extinção do sistema de bonde, a inauguração da Estação Rodoviária, do Parque Moinhos de Vento (Parcão), a construção do Muro da Mauá e do Via- duto Loureiro da Silva, a abertura do bairro Restinga, entre outras. A lei aprovada pela Câmara de Vereadores e sancionada pelo prefeito Telmo Flores, determinou que os táxis da capital gaúcha pas- sariam a ter uma cor padrão, diferenciada dos demais veículos parti- culares que circulavam pelas ruas da cidade. O laranja granada acabou se transformando numa referência e o sistema de táxi de Porto Alegre ficou famoso pela cor diferenciada, sendo a única cidade no mundo a adotá-la. Com o passar dos anos constatou-se que o laranja granada des- botava devido a ação do tempo (sol, chuva, umidade e sereno) e os táxis adotaram o vermelho ibérico, uma cor mais forte e resistente às condições climáticas. A cor vermelho ibérico não é utilizada por nenhuma montadora de veículos. Por conta disto as oficinas especializadas em pinturas au- tomotivas precisam produzir a mistura para formar a cor padrão dos táxis de Porto Alegre. A pintura do veículo faz com que o proprietário perca a garantia de fábrica, já que é necessário lixar o carro para pintá-lo. O processo desvaloriza o bem na hora da revenda. Além disto o mesmo terá que ser repintado na cor original. O envelopamento é nada mais do que uma película produzida na cor vermelho ibérico, que reveste toda a lataria do carro, dispen- sando a pintura. Na oficina especializada o veículo é semidesmontado, ou seja são retirados as maçanetas das portas, espelhos retrovisores, paracho- ques, paralamas, faróis e sinaleiras. Desta forma a película é instalada cobrindo toda a lataria do táxi. Quando da revenda do carro, a película é retirada sem causar nenhum dano à lataria e a cor do veículo, uma simples lavagem com água é o suficiente para limpar e remover os resíduos do envelopa- mento e pronto. Para Luiz Nozari, o envelopamento é uma “revolução impor- tante no sistema de táxi, pois permite mais uma opção ao permissio- nário na hora de preparar o veículo para colocá-lo na praça observan- do a legislação. É bom para o meio ambiente e valoriza o veículo na revenda.” A Resolução nº 8 que autoriza o envelopamento dos táxis de Porto Alegre contém determinações técnicas que deverão ser cumpri- das pelas empresas interessadas em explorar este serviço. “Haverá competição no mercado e quem tiver o melhor preço, qualidade e garantia, vencerá a concorrência, oferecendo o serviço aos taxistas observando o padrão determinado pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). Com o passar dos anos todos aprovarão a ideia e acreditamos que a frota de táxis da capital gaú- cha passará a adotar o envelopamento ao invés da tradicional pintura, mais cara, nociva à natureza e que desvaloriza o carro na revenda”, finaliza Nozari. Vermelho ibérico: há 37 anos é a cor padrão dos táxis de Porto Alegre Tomás Sá Pereira/Arquivo SP Comunicação - 10.jun.2010

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PALAVRA DO PRESIDENTE

Vitória da família taxistaA categoria pode festejar porque esta vitória dos taxistas

foi obtida pelo Sindicato dos Taxistas de Porto Alegre (Sintá-xi). O envelopamento da frota da capital gaúcha vai revolucio-nar e tornar competitivo o mercado oferecendo ao permissioná-rio uma opção a mais na hora de trocar o carro, pois ao invés de pintá-lo, poderá colocar a película na cor vermelho ibérico dispensando a pintura tradicional que desvaloriza o preço do veículo na revenda.

Desde maio do ano passado que o envelopamento estava sendo testado no táxi prefixo 2145, depois mais três veículos foram envelopados. Os prefixos 2880, 2952 e 3885 também re-ceberam a película.

Aguardamos pacientemente o período de testes para ter certeza absoluta que o sistema é perfeito e pode substituir a tra-dicional pintura.

Com a liberação, em definitivo, por parte da Empresa Pú-blica de Transporte e Circulação (EPTC), comprova-se que o sistema é bom, eficaz e ecologicamente mais correto.

Quatro empresas apostaram neste sistema e hoje também colhem os frutos da vitória junto com o Sintáxi: a Visualize Plo-tagens, de Curitiba-PR, pioneira, envelopou o prefixo 2145, a IBS Comunicação Visual, de Horizontina, envelopou o prefixo 3885, a Divulg Comunicação Visual e a Apple Signs Impres-sões e Comunicação Digital, ambas de Porto Alegre, responsá-veis pelos táxis 2952 e 2880, respectivamente.

Daqui para frente o mercado se abre e entendemos que todas as empresas que cumprirem as normas técnicas e tiverem preço e qualidade poderão oferecer o serviço de envelopamen-to.

O preço pode não ser o melhor, ainda, mas somando duas pinturas, a perda da garantia de fábrica e a desvalorização do veículo na revenda, fará com que o permissionário pense nesta opção.

Aliás estamos perguntando aos taxistas se eles preferem pintar seus carros ou envelopá-los com a película na cor verme-lho ibérico. A questão pode ser respondida no site do Sintáxi na pesquisa interativa do mês de setembro.

De nossa parte agradecemos às quatro empresas que par-ticiparam deste teste e se credenciaram para oferecer o serviço de envelopamento. Também agradecemos o prefeito José For-tunati e o secretário municipal dos Transportes e presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari.

Fortunati e Cappellari escolheram a melhor data para a-nunciar a liberação do sistema de envelopamento: o Dia do Ta-xista, celebrado em 5 de setembro.

Este é o presente que o poder público municipal e o sindi-cato estão oferecendo aos permissionários de táxis da capital gaúcha.

O ano de 2010 entra para a história com o início do enve-lopamento, um novo ciclo depois de 37 anos, quando foi defini-do que os táxis de Porto Alegre seriam pintados na cor laranja granada. Naquela época o prefeito era Telmo Thompson Flores. Com o passar dos anos foi adotado o vermelho ibérico que iden-tifica os táxis da capital gaúcha.

Aliás algumas coisas que identificam Porto Alegre: o la-çador, o por do sol no Guaíba, a Redenção e o táxi vermelho ibérico.

Mais uma vez a diretoria do Sintáxi mostra como se tra-balha a favor da categoria. Com seriedade e responsabilidade. Os resultados aparecem, às vezes demora um pouco, mas este é o caminho que seguimos desde o início de nosso trabalho à frente do sindicato.

A diretoria do Sintáxi vai continuar trabalhando, pois ou-tras batalhas precisam ser vencidas para que os taxistas possam desenvolver suas atividades com segurança, qualidade e tran-quilidade.

Muita coisa ainda precisa ser feita, a fim de que o modal táxi atinja a excelência e sirva de parâmetro para outras cidades. Não é um sonho. Poderemos chegar a este patamar, basta boa vontade, inteligência, trabalho, seriedade e bom senso.

Tenham a certeza de que a diretoria do Sintáxi vai conti-nuar trabalhando em benefício da família taxista todos os dias colaborando com o poder público, a fim de que esta meta seja alcançada.

Feliz Dia do Taxista para todos os profissionais do vo-lante.

Luiz NozariPresidente do Sintáxi

Rua José Montaury, centro de Porto Alegre no início dos anos 70, quando os primeiros Fuscas na cor laranja granada circulavam pela cidade transportando passageiros diariamenteArquivo Planeta Fusca

No início laranja granada e depois vermelho ibérico

A lei municipal nº 3.790, de 05/09/1973, regulamenta o serviço de táxi em Porto Alegre. O artigo 14 diz que cabe à secretaria municipal dos Transportes (SMT) de-finir a cor padrão dos veículos. Segundo o presidente do Sindicato dos Taxistas de Porto Alegre (Sintáxi),

Luiz Nozari, foram os taxistas que escolheram a cor laranja grana-da para identificar a frota de táxis da capital gaúcha naquela época. O prefeito era Telmo Thompson Flores (1921-2008). Ele ocupou o Paço Municipal entre 1969 e 1975 e durante seu governo os porto-a-legrenses testemunharam inúmeras obras viárias como a extinção do sistema de bonde, a inauguração da Estação Rodoviária, do Parque Moinhos de Vento (Parcão), a construção do Muro da Mauá e do Via-duto Loureiro da Silva, a abertura do bairro Restinga, entre outras.

A lei aprovada pela Câmara de Vereadores e sancionada pelo prefeito Telmo Flores, determinou que os táxis da capital gaúcha pas-sariam a ter uma cor padrão, diferenciada dos demais veículos parti-culares que circulavam pelas ruas da cidade.

O laranja granada acabou se transformando numa referência e o sistema de táxi de Porto Alegre ficou famoso pela cor diferenciada, sendo a única cidade no mundo a adotá-la.

Com o passar dos anos constatou-se que o laranja granada des-botava devido a ação do tempo (sol, chuva, umidade e sereno) e os táxis adotaram o vermelho ibérico, uma cor mais forte e resistente às condições climáticas.

A cor vermelho ibérico não é utilizada por nenhuma montadora de veículos. Por conta disto as oficinas especializadas em pinturas au-tomotivas precisam produzir a mistura para formar a cor padrão dos táxis de Porto Alegre.

A pintura do veículo faz com que o proprietário perca a garantia de fábrica, já que é necessário lixar o carro para pintá-lo. O processo desvaloriza o bem na hora da revenda. Além disto o mesmo terá que ser repintado na cor original.

O envelopamento é nada mais do que uma película produzida na cor vermelho ibérico, que reveste toda a lataria do carro, dispen-sando a pintura.

Na oficina especializada o veículo é semidesmontado, ou seja são retirados as maçanetas das portas, espelhos retrovisores, paracho-ques, paralamas, faróis e sinaleiras. Desta forma a película é instalada

cobrindo toda a lataria do táxi.Quando da revenda do carro, a película é retirada sem causar

nenhum dano à lataria e a cor do veículo, uma simples lavagem com água é o suficiente para limpar e remover os resíduos do envelopa-mento e pronto.

Para Luiz Nozari, o envelopamento é uma “revolução impor-tante no sistema de táxi, pois permite mais uma opção ao permissio-nário na hora de preparar o veículo para colocá-lo na praça observan-do a legislação. É bom para o meio ambiente e valoriza o veículo na revenda.”

A Resolução nº 8 que autoriza o envelopamento dos táxis de Porto Alegre contém determinações técnicas que deverão ser cumpri-das pelas empresas interessadas em explorar este serviço.

“Haverá competição no mercado e quem tiver o melhor preço, qualidade e garantia, vencerá a concorrência, oferecendo o serviço aos taxistas observando o padrão determinado pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). Com o passar dos anos todos aprovarão a ideia e acreditamos que a frota de táxis da capital gaú-cha passará a adotar o envelopamento ao invés da tradicional pintura, mais cara, nociva à natureza e que desvaloriza o carro na revenda”, finaliza Nozari.

Vermelho ibérico: há 37 anos é a cor padrão dos táxis de Porto AlegreTomás Sá Pereira/Arquivo SP Comunicação - 10.jun.2010