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Page 1: no dia 24.03.1982. Foioseguinte o programa: a) Assembléia Geral Ordem do Dia: apresentação do relatório da Diretoria, prestação de contas da Diretoria, posse da nova Diretoria,
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ASSOCIAÇÕES DE QUíMICOS

ABQ - Secção Regional do R. G. do Sul

Curso de Extensão em Corrosão eProteção de Metais. Realização em 10dias, em marçoe abril.

Programa: Generalidades; instabili-dade dos materiais metálicos; tiposde corrosão; corrosão a alta tempe-ratura. Potenciais; reações redox eeletroquímicas; diagramas de Pour-baix; mecanismo da corrosão natu-ral. Cinética de elétrodo; teoria dospotenciais mixtos; passividade anó-dica e química; cursos de polariza-ção. Formas de corrosão. Formas decorrosão associada à ação mecânica.Testes de corrosão; outros tipos decorrosão. Avaliação.

Taxa: Associados da ABQ/APEQ(profissionais) . Cr$ 5 000,00Associados da ABQ (estudan-tes) Cr$ 2000,00Outros: Cr$ 8000,00

Locais de inscrição: Laboratório deCorrosãoAv. OswaldoAranha, 99-7~andar-sala 706Sede daABQ/RS.

Observação: Serão distribuídos Cer-tificados de Frequênciae Aproveitamento(PROREXT/UFRGS).

Posse da nova Diretoria.Realizou-se no dia 24.03.1982. Foi o seguinte oprograma:a) Assembléia Geral

Ordem do Dia: apresentação dorelatório da Diretoria, prestaçãode contas da Diretoria, posse danova Diretoria, apresentação doorçamento, assuntos gerais (19horas). Local: Ritter Hotel.

b) Coquetel de ConfraternizaçãoEncontro de natureza social, vi-sando a confraternização e oapoio aos colegas que passarão adirigir a Regional.Local: Ritter Hotel (Largo da Esta-ção Rodoviária de Porto Alegre)Data: 24/03/82 (quarta-feira), as20 horas: Taxa: Cr$ 800,00.

Peter Lowenberg Esta Diretoria as-socia-se às manifestações de pesarpelo falecimento deste colega. O Dr.Peter, exerceu a Presidência do Con-selho Federal de Química, e atual-mente atuava na área de pesquisa doInstituto de Macromoléculas, do Riode Janeiro.Semana Universitária Os estudantes jáestão organizando o encontro desteano, que será realizado em agosto. AABQ/RSvai colaborar.

I EncontroSulde QuímícaFoi realiza-do no período de 15 a 19 de março,numa promoção do Diretório Acadê-mico de Ciências ~xatas(DACE),daUFP.A ABQ/RScolaborou. Endere-ço para correspondência: Coordena-ção de Química - Caixa Postal1963 - Curitiba/Paraná.

SINDICATO DOS QUíMICOSSindicato dos Quimicos e Engenheiros Quimicos do

Estado do Rio de Janeiro

CIRCULAR N~ 2/82

Rio de Janeiro, 4 de março de 1982.

Colegas:

No 2<?semestre de 1981aComissãode Desempregados do Sindicato dosQuímicos e Engenheiros Químicosrealizou uma pesquisa junto a 263profissionais formados nos anos de1978, 79 e 80, com o objetivo de terum levantamento sobre a situação dedesemprego na nossa categoria. Osresultados dessa pesquisa podemser resumidos nos quadros no final.

A pesquisa foi feita pelos própriosquímicos que participam da Comis-são de Desempregados e pelo fato dese ter mais acesso à UFRJ, 65% dos

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pesquisadores são químicos e enge-nheiros químicos formados por essaescola. Isto não diminui a representactividade da pesquisa uma vez que sesabe que os formandos da UFRJ emgeral são de um nível sócio-econômi-co mais elevado e, portanto, são maisabsorvíveis pelo mercado, sendo asituação dos formandos em outrasescolas ainda mais grave. Pelos nú-meros, podemos ver que o aumentodo desemprego e a fuga para a pós-graduação é cada vez maior.

Sabemos que o desemprego é ge-rado pela política econômica do go-verno, pela falta de criação de tecno-

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

logia nacional, pela falta de controlede qualidade do que é produzido,pelo descaso às necessidades da po-pulação, etc. Sabemos também queesse quadro não tem solução a curtoprazo muito menos sem que hajadiscussão e posicionamento entre osatingidos.

Com o objetivo de propiciar essadiscussão, estamos promovendo umdebate sobre a crise do desempregona categoria para o qual foram convi-dadas as Entidades de Química(ABQ, CRQ, SBQ, ABEQ, CFQ), in-dustriais brasileiras.

ID

Abrilde 1982 - 98

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1978 50% 20% 18% 9% 3%

1979 45% 14% 23% 3% 15%

1980 23% 14% 26% 3% 34%

ESCOLATOTAL DE

%PESQUISADOS NOS 3 ANOS

UFRJ 170 65%

OUTRAS 93 35%

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EQUIPAMENTOS PARA INDÚSTRIADE- TINTAS -

Coletores de pó TORIT para combateà poluição do ar.

Secador de leitofluidizado p a r apigmentos.

Misturadordispersor.

Moinho de bolas.

EquipamentosTORRANCE

Agitadores H o I m e s -Speedy para latas.

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Peneira giratória

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pIo a vácuo paratico de pistão para pigmentos com

Reator para resinas. Ilatas até 5 litros. solvente.

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Tacho a fogo dire-to para vernizes.

Misturador sigma.

Misturadores disperso-res hidráulicos.Misturadores hidráuli-licos para pastas.Moinhos de bolas emf e r r o ou revestidos.

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empastamento. O t . t a vácuo.u ros eqUlpa-men os.

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Misturador de ca-çamba rotativa.

Moinho de disco decarborundum.

TREU S. A. máquinas e equipamentosAv. Brasil, 21 00021510 RIO DE JANEIRO - RJTel.: (021)359.4040 - Telex: (021)21089Telegramas: Termomatic

Rua Conselheiro Brotero, 589-Conj. 9201154 SÃO PAULO - SPTels.: (011) 66.7858 e 67.5437

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REUNIÕES

3~ Seminário de Polímeros - lU SEMPO L Brasil - Alemanha

o Instituto de Macromoléculas da

Universidade Federal do Rio de Janei-ro realiza em seu Auditório, a cada doisanos, um Seminário de Polímeros, de-nominado SEMPOL, sempre congre-gando cientistas brasileiros e de naçõesamIgas.

Em 1978, foi realizado o I SEMPOLcom pesquisadores americanos; em1980, foram os argentinos os escolhi-dos para o II SEMPOL. Em 1982, o lU

SEMPOL será realizado no período de20 a 25 de setembro, contando com apresença de cientistas alemães. Em1984, espera-se ter o comparecimentode professores japoneses realizando oIV SEMPOL.

Para o lU SEMPOL foram convida-dos 12 cientistas de universidades ale-mães. Os assuntos de suas palestrasabordarão temas diversos da ciência e

tecnologia de Polímeros.

o coordenador do lU SEMPOL,pelo lado alemão, é o Professor Dr.Ernst G. KIesper, da Universidade deAachen, sendo a Professora Eloisa Bia-sotto Mano, da Universidade Federaldo Rio de Janeiro, a Coordenadorapelo lado brasileiro.

Maiores informações com:Professora Eloisa Biasotto Mano

Instituto de MacromolénIlasUniversidade Federal do Rio de Ja-neIro.

Centro de Tecnologia - Bloco "J"Ilha da Cidade Universitária

21944 - Rio de Janeiro, RJTelefone: 270-1035

ou paraCaixa Postal 68525

CEP 21944 - Rio de Janeiro, RJ

Inaugurada em 18 de março a fábricada Ultrafértil, em Araucária

Com a presença do Sr. Presidenteda República, inaugurou-se emAraucária, Paraná, no dia 18 de mar-ço último, a fábrica da PETROFÉR-TIL Petrobrás Fertilizantes S.A., paraproduzir amoníaco e uréia.

A capacidade de produção de amo-níaco está expressa em 396 000 t e ade uréia em 495 000 t por ano.

Araucária fica próxima de Curitiba,a sudoeste, e à margem direita do rioIguaçú, distante 20 km.

Na fábrica se obterão também en-xofre e metanol, além dos adubosquímicos nitrogenados e das maté-rias primas químicas a eles destina-das.

Trabalha(ão no estabelecimentocerca de 650 pessoas.

Os investimentos aplicados so-mam a quantia de 330 milhões dedólares.

Junto da fábrica foi estabelecidoum Parque Ecológico em que seplantaram acácias, álamos, bracatin-gas e outras espécies locais.

Reserva de óleo em 81é a maior até hoje

As reservas brasileiras de petróleo(inclusive líquido de gás natural)atingiram, em 1981 seu nível maiselevado em todos os 27 anos deatividades da Petrobrás. Somaram 1billhão 495 milhões de barris, comacréscimo de 11,7% sobre 1980,

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INDÚSTRIA QUíMICA NO BRASIL

quando alcançaram 1 bilhão 339 mi-lhões de barris.

O aumento de 156 milhões de bar-ris foi devido, principalmente, aocrescimento da plataforma continen-tal (21,4%), responsável por 897 mi-lhões de barris. Desse total, a Baciade Campos (RJ) contribuiu com 740milhões de barris, ou seja, com 82%.O incremento do litoral fluminensefoi de 21,6%, comparando 81 com 80.

As reservas de gás natural, por suavez, atingiram níveis nunca antes al-cançados pela Petrobrás. Evoluíramde 52,544 bilhões de metros cúbicos,em 80, para 60,287 bilhões de metroscúbicos, em 81, revelando acréscimode 14,7%.

Inauguração, em Camaçari, da Fábricade Óleos Minerais Brancos, da EMCA

EMCA Empresa Carioca de Produ-tos Químicos SA inaugurou, no Pó-lo Petroquímico de Camaçari, Bahia,a sua fábrica de óleos minerais bran-cos.

Esta é a sua terceira unidade fabrilque entra em operação no país, sen-do as duas primeiras: a de Duque deCaxias, RJ, de sulfonatos; e a de SãoCaetano do Sul, SP, de dodecilben-zeno.

Esta fábrica de Camaçari é a pri-meira produtora de óleos minerais

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

brancos na América do Sul, peloprocesso de hidrogenação sob altapressão.

A capacidade instalada de 40 mi-lhões de litros/ano, poderá, daquipor diante, atender, integralmente, àdiversificada demanda de óleosbrancos, compreendendo-se os téc-nicos e os medicinais, sejam quaisforem as suas características.

As matérias primas são nacionais,da produção de Petróleo BrasileiroSA PETROBRÁS (óleos básicos) eda Companhia Petroquímica do Nor-deste SA COPENE (hidrogênio).

O seu .investimento exigiu 4 bi-lhões e 500 milhões de cruzeiros (35milhões de dólares), despendidoscom recuros próprios.

Fábrica de produtos químicos finos, deCiba-GeigyQuímica S.A., na Bahia

No Poló Petroquímico de Camaça-ri, Bahia, inaugurou-se no dia 19 demarço último, sexta-feira, a fábricade Ciba-Geigy Química. SA, de quí-mica fina, com a presença do Sr.Louis Van Planta, presidente do Con-selho de Administração da Ciba-Gei-gy, de Basiléia, Suíça, e do governa-dor do Estado.

Os investimentos foram de 50 mi-IIhões de dólares.

Abrilde 1982- 100

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Engelab lança Cabine de fluxo Laminar.Quem realmente entende de laboratórios, conhece osprodutos que a Engelab fabrica. São laboratórioscompletos, capelas, bancadas, uma série enorme deequipamentos indispensáveis ao trabalho da indús-tria.A mesma qualidade dos Laboratórios e Capelas En-gelab está agora à sua disposição nas Cabines Enge-lab de Fluxo Laminar. Próprias para trabalhos naárea biológica (bacteriologia, imunologia, patolo-gia, etc.), as Cabines Engelab de Fluxo Laminar sãofornecidas nos tipos horizontal e vertical, equipadascom ftltros H.E.P.A., de alta eficiência.As Cabines Engelab de Fluxo Laminar já se encon-tram instaladas em alguns dos mais importantes la-boratórios brasileiros como, por exemplo, o da Em-brapa, na cidade de Concórdia, SC, que.pesquisa SlÚ-nos e aves, e no laboratório da Superágua, na cidadede Caxambu, MO.Para maiores detalhes técnicos, consulte nosso De-partamento de Marketing.

, <!::::~3 Engelab -Equipamentos de Laboratórios Ltda. 15Umaempresado GrupoConvex Si'

Fábrica: Rio (021)371-5040;Filial: SP (011)222-4115;Associadas: Salvador (071)226-3278e (071)226-1276,Brasília (061)223-0975,Porto Alegre (051)222-4381.Representantes em Pará, Maranhão, Ceará, RioGrande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Minas Ge-raísj Mato Grosso do Sul e Paraná.

LUGAR DE QUÍMICO É NA ABQ

Questão de lógica.Todo químico que se prezatem que ser sócio \~

~. /' .:=...

d A . - \ ~a ssoclaçao , ~"

Brasile.

ira de Química. ~u" '\

~tJh \\ '; j. . lA anuidade não c egaf '\ i~' / r~a ~~er no b~lso. (;~~--jY .zg9" ASSOCIAÇÃOSOCIO~oletl~o. .. ~~ L ; \~/. \ / C~t.. '. BRASI~EIRA

paga so 6.mtl, IndIvIdual ~ V \~\ (" \. ~/ ---, \\ ~E QUIMICA600 cruzeIros e estudante j~ '\ . .', /' ti'.;' \ A,. R,oBranco. 156/907

pagameia-300. . Ir/~\~ -~i LJ~ \ To\,,262-18371\ I I

Seção Regional Rio

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Fábrica de gasolina natural

Será construída na Refinaria deDuque de Caxias (REDUC), situadaem Campos Elísios, RJ, uma fábricade gasolina natural. Seráalimentadacom gás proveniente da Bacia deCampos, com capacidade para pro-cessar 2 milhões de m3/dia.

Produzirá gás residual, gás lique-feito de petróleo (GLP) e gasolinanatural. As obras deverão ficar con-cluídas no final de 1983, para produ-zir 317 t/dia de GLP e 92 m3/dia degasolina.

A Petrobrás já dispõe de 3 fábricasde gasolina natural: 2 na Bahiae 1emSergipe.

Distribuição de gás "Freon"no Riode Janeiro

A Du Pont do Brasil SA IndústriasQuímicas al;>riuem fevereiro, no Riode Janeiro, seu Depósito de gás"Freon", com o objetivo de dar efi-ciência à distribuição deste produtono mercado, beneficiando, assim oparque industrial, mecânicos de re-frigeração, supermercados, etc. Co-mo se sabe, o gás "Freon" é utilizadona produção de espumas rígidas eflexíveis, aerossol e refrigeração emgeral.

"Freon" é marca do produto quí-mico diclorodifluorometana.

Hansen adquiriu asações da Brasivil

Cia. Hansen Industrial, fabricantedos tubos e conexões "Tigre", ad-quiriu 100% das ações da BrasivilResinas Vinílicas SA, que produzanualmente 80 000 t de PVC, plásti-co polivinílico usado na produção detubos e conexões rígidos.

Celite do Nordeste funcionará

a partir de maio

o Banco do Estadode Pernambu-co realizou operação de crédito novalor global de 360 milhões de cru-zeiros com a empresa Celite SAIndústrias e Comércio, visando a rea-tivação da antiga indústria de Cerâ-mica Marano S.A., localizada emCurado, PE.

A nova empresa, que passará afuncionar a partir de maio, terá capa-

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cidade deprodução de 45 500 unida-des de louça sanitária, além de60 000 acessórios.

Com a denominação de Celite doNordeste, a fábrica produzirá mode-los populares, a preços significativa-mente inferiores aos das louças co-mercializadas atualmente no Nor-de.ste, e vai gerar 350 empregos di-retos.

Inauguração de nova fábrica decimento, em 8 de fevereiro,

Cantagalo, RJ

A Cimento Mauá SA inaugurou,em 8 de fevereiro, moderna fábricadecimento, representando uminves-timento de 125 milhões de dólaresque dará ao Estado do Rio de Janeiroauto-suficiência em cimento.

97% dos equipamentos da novafábrica de cimento Mauá foram cons-truídos no Brasil, o que constitui umfato inédito.

Ela vai gerar mais de 350 empre-gos, arrecadará aproximadamente 1bilhão e meio de impostos anuais emanterá um padrão de segurançaincomum. O mesmo que mereceu oprêmio de "Prevencionista do Ano"em 1980, concedido pela ABCP (As-sociação Brasileira de CimentoPortland) à antiga fábrica de Guaxin-diba.

Para obter um padrão de qualidadeexcelente eestávelnas750 000tone-ladas anuais de cimento portland"320" que vai produzir, a fábrica deCantagalo utiliza avançado précalci-nador, único no país. E, a curto pra-zo, para ajudar o país a economizarpetróleo, seu único combustível seráo carvão.

Próxima de umdos principaiscen-tros de consumo de cimento no país,esta fábrica é dotada de equipamen-tos anti-poluição.

A nova fábrica foi projetada e cons-truída por um consórcio de Christia-ni-Nielsen Engenheiros e Construto-res, do Rio de Janeiro, e F. L.Smidth.SA Comércio e Indústria.

As plantações de seringueirasno E. de São Paulo

A obtenção de borracha natural nopaís, em quantidades substanciaisque atendam às necessidade da in-dústria de pneumáticos e outros mui-tos artefatos, é importantíssima.

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

Encontrou-se a seringueira em es-tado nativo na região amazônica. Delá "eio para o sul da Bahia, para oleste de São Paulo (onde não se deubem) e para o oeste deste Estado eestá entrando em Mato Grosso.

Na zona oeste de São Paulo jáestão plantados mais de 2 milhões depés, e a cultura é bem aceita, consi-derando-se de grande vantagem eco-nômica.

Venda da fábrica de celuloseda Riocell, do RS, e financiamento

aos compradores

Foi assinado, em 22 de janeiroúltimo em Brasília, o protocolo deintenções em que o Banco do Brasildefine as condições em que financia-rá a venda de suas ações da Riocellpara as empresas Klabin do Paraná,lochpe Participações e Indústrias Vo-torantin, no valor de Cr$ 8 bilhões e45 milhões, além de mais Cr$ 3bilhões e 45 milhões que permitirãoaos empresários concluírem a unida-de de branqueamento da celulose daempresa gaúcha.

Nos primeiros cinco anos - prazode carência - os compradores nadapagarão ao Banco do Brasil. A partirdo sexto, começarão a pagar presta-ções semestrais dos dois financia-mentos. O empréstimo de Cr$ 8 bi-lhões e 45 milhões para compra deações terá juros de 10% e correçãoprefixada até o terceiro ano e pleno apartir do quarto. No primeiro, foiestipulada em 20% independente davariação das ORTNs; no segundo,ficará limitada a 50% da variação dasORTNs e, no terceiro, alcançará 70%da correção monetária.

A Riocell produzirá 240 000 tone-ladas anuais de celulose, este ano,das quais 200 000 toneladas se des-tinarão ao mercado externo. Até ofinal do ano deverão ser investidosna empresa cerca de 15 milhões dedólares.

Fábrica de hipoclorito desódio em Porto Alegre

Clorossullndústria Química Ltda.,que opera no ramo de água sanitária,desinfetante e sabão de coco, resol-veu produzir hipoclorito de sódiopara as suas necessidades, adquirin-do cloro e soda cáustica como maté-rias primas.

A instalação produtora terá capaci-dade de 600 t/mês.

A Clorossul está produzindo 1,2,(\

milhão de litros de água sanitária. V

Abril de 1982- 102

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ITAL,de Campinas,fábrica óleosglicerídícos para ensaios

Ital Instituto de Tecnologia de Ali-mentos, de Campinas, SP, vem pro-duzindo desde fevereiro óleos vege-tais fixos, em pequena escala paraensaios, entre os quais o de aplica-ção em motores Diesel.

Nova fábrica da Guararapes, em Natal,para tingidura e estamparia em têxteis

Em Natal funciona há anos umconjunto de fábricas de várias em-

presas para confeccionar peças devestuário e vendê-Ias no país e tam-bém no estrangeiro.

Este tipo de indústria de roupasfeitas tem prosperado muito no país,em virtude das mudanças sociais quetêm ocorrido ente nós e por todaparte.

Uma destas empresas é a Confec-ções Guararapes, que teve uma no-tável expansão. Natal está situada àmargem direita do rio Potengy. Dooutro lado, estabeleceu-se um Distri-to Industrial, de área um pouco limi-tada.

No Distrito Industrial em implanta-ção nas proximidades de Extremoz,mais distante da capital, será instala-da a Guararapes Têxtil SA com umcomplexo têxtil.

Foi adquirida uma área de 19 hec-tares.

De início está definida a instalaçãode unidade de acabamento de fios etecidos, com operações de tingidurae estamparia.

O complexo têxtil será montadomais tarde, depois de concluídos es-tudos, projetos e outras decisões.

REGISTROS E COMENTÁRIOS

Esta secção

Serão aqui, neste departamento, pu-blicadas informações especiais, peque-nas notas, declarações de naturezacientífica; estatísticas de produção, le-ves criticas, tudo que seja relacionadocom a Química e a Indústria. Igual-mente se divulgarão assuntos referen-tes aos profissionais químicos.

Personalismo, fantasia e indústria.Oque mais dificulta o desenvolvimentoeconômico do Nordeste é o conservan-tismo aliado a uma idéiafalsa da indús-tria. Para muitos dirigentes da coisapública, Indústria é uma espécie deDeusa da Fortuna que distribui benes-ses aos seus,escolhidos. Invoque-se:faça-se a indústria. E vem a prosperi-dade. Não seria necessário preparar osfundamentos; basta que ela estendasuas asas protetoras.

Quimico e Engenheiro. Algumas en-tidades oficiais ou industriais, ao sereferirem aos químicos que vão, porexemplo, realizar conferéncias, costu-mam chamá-los engenheiros. Porquefazem esta troca?

Os engenheiros civis, os engenheirosagrônomos, os engenheiros mecâni-cos, os engenheiros químicos, etc. me-recem a maior consideração.

Esta prática de invocar o nome deengenheiro dá a entender que o quí-mico tem uma profissão que deve serdiscretamente escondida, ou que pre-cisa estar protegida por uma arma-

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dura. Não. Cada profissional no seucampo de ação!

Caixas registradoras. Em 1981, aNCR do Brasil exportou caixas regis-tradoras eletrônicas para vários paísesda América Latina e Estados Unidos da

América. O valor destas exportaçõesatingiu US$ 6 milhões, representandoum crescimento de 28% sobre o anoanterior.

Informática. A dependência brasilei-ra na área de microeletrônica seráreduzida a apenas 10% nos próximoscinco anos, com a instalação do maiorprojeto do governo federal em tecno-logia de pontas, previsto para 1982: oInstituto Brasileiro de Informática, emCampinas, diretamente subordinado àSecretária Especial de Informática e aoConselho de Segurança Nacional, ór-gão da Presidência da República.

O Instituto, situado em umagleba demeio milhão de metros quadrados(parcialmente construída), adquiridado governo do Estado, absorverá inves-timento total de US$ 30 milhões até1984.

O novo órgão abrangerá a informá-tica de um modo geral, mas de inícioatuará apenas nos setores de microele-trônica, automação, controle de pro-cesso industrial e mecânica de pre-cisão.

Basicamente, trabalhará com duasuniversidades, a USP e Unicamp, assu-mindo projetos e desenvolvendo-os, pa-

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ra posterior transferência a empresascujo capital seja exclusivamente na-cional.

Nutrição humana. Nas Escolas deMedicina a Nutrição deve fazer partedo currículo do estudante de Medicina.Ela é de muita importância; observam-se erros lastimáveis de médicos emmatéria de alimentos recomendados

para doentes.

Os construtores brasileiros no exte-rior. Uma empresa brasileira do ramode construções, a Construtora MendesJunior, concluiu no dia 8 de fevereiroúltimo a primeira parte da construçãode uma estrada de ferro, que terá 504km de extensão, no Iraque. A conclusãofoi realizada numa viagem de Bagh-dad, a capital, até AI Baghdad, nadistância de 200 km. A ferrovia, quan-do pronta, irá a AI Qain e Akashat.

O contrato da obra, no valor de 1 209milhões de dólares, é o maior já efe-tuado por uma construtora no mundo.

O trem, que correrá a 280 km porhora, destina-se a transportar fosfatonatural,fertilizante. Sairá de Baghdad,às margens do famoso rio Tigre, e logoatravessará o não menos famoso rioEufrates. Atravessará ainda um deser-to que já foi o Jardim do Eden.

Por onde passar o trem, há aridez,clima extremamente seco, regiões emque, conforme as circunstâncias, serãosentidas temperaturas que vão de 6° Cabaixo de zero até 60° acima.

Ali, entre os rios Tigre e Eufrates, deterras fertilíssimas no passado, flores-ceu há milênios uma grande Civili-zação, a da Babilônia. Ali se encontra aMesopotâmia, da qual tanto se ocupoua história dos povos.

Thomás de Araújo I[Abril de 1982 - 104

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'Revista deQuímica IndustrialREDATOR PRINCIPAL: JAYME STA. ROSA

ANO 51 N'?600ABRIL DE j 982

Os Estados procuram atrair indústrias

Observa-se há anos que os nossos Estados vêm desenvol-vendo a prática, com base no oferecimento de algumasvantagens, de procurar atrair empreendimentos industriaispara seus territórios.

É claro que se estabeleceu, entre as unidades do mesmonível de possibilidades econômicas, uma ativa emulação.Por todos os meios viáveis esforçam-se elas por apresentaras boas condições de que são dotadas e os serviços quepodem oferecer.

A princípio, não havia plano nem emulação no país.Montavam-se as indústrias em consequência de razõessubjetivas. O sujeito, a pessoa, o indivíduo, que seria oempreendedor, levantaria uma fábrica, a bem dizer onde lheaprouvesse.

Um pioneiro construiu umafábrica de cimento, a primeirado Brasil, na Paraíba; outro, uma de pólvora no Recife;outro, uma de linhas de coser, na caatinga de Alagoas;outro, uma de papel feito de troncos de bananeira, emSalvador; outro, uma de ácido sulfúrico no Rio de Janeiro;outro, uma de papel em Salto de ltu, Estado de São Paulo.

Depois, surgiram as injunções políticas, o regime em queas conveniências impunham de certo modo obrigações, emque as circunstâncias exerciam pressões ou concediamfavoritismo.

A cidade do.Rio de Janeiro, capital do país, com sede noantigo Distrito Federal, era afonte do poder político, de ondese irradiavam as leis, os regulamentos, os favores legais.

Por isso, do século passado para o começo do atual, oDistrito Federal banhado pelo Oceano Atlântico e pela Baiada Guanabara e cercado de montanhas constituia o maisimportante centro industrial do país.

Começou-se em seguida a entrar em nova fase. Esta emverdade era mais objetiva, em que se considerava o mundoexterior, em que se investigavam as coisas, se analisavam osresultados e se tomavam decisões independentes das emo-ções ou dos sentimentos pessoais.

E o Estado de São Paulo passou a ser o maior centroindustrial do Brasil. A sua capital, pequeno aglomeradourbano no meado do século passado, transformou-se sobre-tudo pelo poder da indústria numa das maiores cidades domundo.

A riqueza atrai a riqueza. Não foi por acaso que São Paulose industrializou. Isso aconteceu por que havia condiçõesfavoráveis, criadas principalmente pela mão do homem. Issose reveste de muita significação. A grande unidade constitui

um modelo quanto ao fator humano para os Estados que seestão preparando para a indústria.

O antigo Distrito Federal, agora engrandecido territorial eeconomicamente pela fusão com o antigo Estado do Rio,figura como o segundo centro industrial do país.

Mas, há dezenas de anos, o Estado de Minas Gerais vem-se organizando tecnicamente para transformar em vanta-gens as desvantagens geográficas e por ventura outras quepossua, e também para criar superioridade, com o objetivode conseguir a situação de segundo maior Estado industrialdo Brasil.

Não é um vão propósito, ou apenas uma esperança, o queaspira a unidade das minas gerais. Trata-se de um programageral, sério, bem elaborado e sempre modernizado, quecomeçou vagarosamente pelo estudo, pela investigação ecaminha servido de boas técnicas.

Ocorreu um movimento favorável à industrialização doqual participaram várias entidades, umas existentes, comouniversidades e institutos de pesquisa, outras novas, comobancos e empresas de apoio.

A mentalidade, que se considerava extremamente conser-vadora, foi abalada. Conseguiu-se que fosse dinâmica,voltada para os empreendimentos.

De sua parte, o novo Estado do Rio de Janeiro reformulouos seus programas e projetos, compreendendo a situação.Ou realizaria um intenso trabalho de estudos e reorganiza-ção, .ou passaria a ocupar o terceiro lugar na escala dosEstados de maior capacidade industrial.

A concorrência não dará tão cedo vitoriosos. De certo, osdois concorrentes sairão vitoriosos. Desde já se pode,entretanto, tirar a primeira conclusão: para atrair indústriastoma-se imprescindível estabelecer uma base muito sólida,consolidada pelo emprego da melhor tecnologia e dos maisvaliosos conhecimentos científicos de aplicação prática.

E' ainda: que os Estados menos aquinhoados com bonscérebros realizadores e com recursos financeiros tratem deconstruir os seus empreendimentos com decisão e de acordocom as condições existentes. Mas que trabalhem ativamen-te.

Preparem-se, quanto antes, as bases de seu progresso. Aboa infra-estrutura depende, não do acaso, não da sortepolítica, mas da vontade firme de todos, dos estudos científi-cos tão necessários no mundo de hoje, do trabalho organi-zado. .

Jaytne Sta. Rosa.

Abril de 1982- 105 REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL 9

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RESINAS

Lignanos do nó-da-pinho do Paraná como matériaprima de resinas termorrígidas

I. Síntese e caracterização de resinas lignano-formaldeído elignano-furfural

INTRODUÇÃO

Dentre OS principais constituintes da paredecelular em madeiras, destaca-se a lignina, substân-cia macromolecular altamente complexa e cujoestudo tem interesse sob os pontos de vista bioge-nético, enzimológico e da química dos polímerosnaturais 1. De acordo com a classe de plantas,Gimnospermas ou Angiospermas, as ligninas apre-sentam pequenas variações em composição, porémbasicamente são formadas através de complicadoprocesso biogenético, que se inicia pela reação dosaçúcares presentes com o ácido pirúvico, e, atravésde catálise enzimática, produzem um primeirointermediário cíclico, o ácido chiquímico. Reaçõessucessivas de desidratação, aminação e oximetila-ção, bem como rearranjos, produzem finalmente asestruturas fenolpropânicas básicas cuja polimeri-zação, via radicais livres e em etapas, dará finalmen-te origem à Iignina2-7. Uma vez formados, osmonômerQs precursores se difundem na célulainchada e lá se polimerizam, causando um encolhi-mento da periferia celular, visível ao microscópioeletrônic08. Na árvore adulta, as ligninas consti-tuem de 15a 40% das substâncias da madeira e suanatureza polimérica se constitui em material refor-çador dos tecidos lenhosos.

Estudos analíticos efetuados por Freuden-berg9, 10e Lundquist11 permitiram determinar, nãosomente as etapas do processo de formação dasligninas, bem como a estrutura, proporção e tiposde ligação que unem os diferentes blocos consti-tuintes desse material. Assim, os monômeros pre-cursores, do tipo fenolpropânico, têm o hidrogêniofenólico abstraído por enzimas do tipo fenoldesi-

(*) Endereço atual: Centro de Pesquisas e Desenvolvimento daPETROBRÃS(CENPES),Ilha da Cidade Universidade, Quadra

7 Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

ELOISA BIASOTTO MANO. MARTA METÉLLOJACOB (*) eLUIZ CESAR FERREIRA BARBOSA (*)

.INSTITUTO DE MACROMOLÉCULASUNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

CAIXA POSTAL 68525RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL

drogenase, formando um radical do tipo aroxila, emque o elétron desemparelhado pode se localizar emvárias posições, tanto no núcleo aromático quantono carbono central da cadeia propânica; diversostipos de combinações possíveis entre esses radicaisproduzem dímeros, os quais adicionam mais umradical, e assim, através de desidrogenações suces-sivas, obtém-se a macromolécula, que pode serdefinida como um copolicondensado dos produtosde desidrogenação dos precursores fenolpropâ-nicos9. .

No caso de a união de dois radicais precursoresse efetuar através dos carbonos centrais da cadeialateral, o composto é denominado Ugnano, deacordo com Haworth12, Os lignanos de ocorrêncianatural apresentam anéis aromáticos hidroxilados,metoxilados ou metileno-dioxilados, com a cadeiapropânica não oxidada, como no ácido guaiarético,ou oxidada de variadas maneiras, formando lacto-nas, anéis furânicos, bifurânicos condensados oubenzociclohexânicos13,14, Mais recentemente15,foi criado o termo neolignano para abranger todosos outros dímeros formados pela associação dedoís radicais monoméricos precursores. Assim, oslignanos de Haworth compreendem principalmenteassociações por acoplamento oxidativo de estrutu-ras ácido elou álcool, enquanto que os neolignanosse referem a derivados propenila elou alila. deocorrência mais rara. Os neolignanos compreen-dem muitas vezes estruturas ligadas por pontes deoxigênio, indicando uma origem biogenética diver-sa daquelas dos lignanos de Haworth.

Os lignanos são encontrados em resinas exsuda-das de plantas; tal como as ligninas, existem emraízes, troncos, folhas e frutos16.

Ligninas e lignanos são expressões às quais sepode associar uma das grandes riquezas naturaisdo Brasil: os pinheirais do Paraná, cujo resíduoindustrial, o nó-de-pinho, foi objeto deste estu-do 17-20, O pinheiro do Paraná pertence à classe das

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ConHeras, família das Araucariáceas, gênero Arau-caria, espécie anQustifolia (O. Kuntze), sinonímia A.brasiliensis Lam. E abundante em todo o sul do País,estendendo-se pelos estados de Paraná e SantaCatarina. As árvores possuem tronco reto, de formacilíndrica, raramente bifurcado, apresentando ma-deira branca. Sua ramificação é verticilada; nospinheiros jovens, o conjunto de galhos toma a formade um cone cuja base é composta pela partesuperior dos ramos, e nas árvores adultas, a copaadquire a forma de uma taça cujo pé representa otronco do pinheiro. A árvore adulta pode atingircerca de 40 m de altura. As folhas são simples,oblongo-Ianceoladas. O fruto é chamado pinha;cada fruto produz de 40 a 100sementes, os pinhões,que são comestíveis. Em 1967, estimava-se em 40milhões o número de pinheiros do gênero Arauca-ria; nesse mesmo ano, foram plantadas 50.000mudas, as quais demandam 30 ou mais anos paraatingirem dimensões úteis à indústria madeireira,isto é, diâmetro de tronco de 0,50m.

Além do aproveitamento da madeira dos pinhei-ros, deve-se destacar sua utilização na indústria decelulose e papel. A fibra da madeira do pinheiro doParaná, além de ser mais longa, é mais resistente doque a européia, conferindo à pasta mecânica carac-terísticas consideradas superiores para a fabrica-ção de certos tipos de papel. Estima-se que, nessasaplicações, sejam consumidos cerca de 50% decada árvore abatida. Além da madeira, do pinheirodo Paraná ainda podem ser utilizados a resinaexsudada, e os nós. A resina contém principalmentemateriais mucilaginosos e breu. Quanto ao nó, quefoi objeto do presente estudo, constitui a base deintersecção dos galhos do pinheiro, servindo parasua sustentação. Pode atingir até 50 cm de compri-mento e alguns quilos de peso, sendo a durezaelevada devido ao alto teor de lignina, cerca de 44%.

O nó-de-pinho é valiosa fonte de produtos quími-cos. Por destilação seca obtêm-se, além de ácidoacético e acetona, breu, alcatrão e carvão, bemcomo carvão ativo. Por extração com solventes,principalmente álcool etílico, remove-se cerca de1/3 de seu peso como material resinoso, vermelho,conhecido como resina de nó-de-pinho, restandoinsolúveis a lignina e a celulose.

A composição química da resina de nó-de-pinho ,do Paraná21 revela a presença de cerca de 77% de.material lignânico, representado principalmentepelo secoisolarici-resinol e seus derivados, além decerca de 6,5% de outros componentes não lignâni-cos como açúcares redutores, taninos, ácidos,ésteres graxos e esteróides.

Verifica-se igualmente que a extração do nó-de-pinho moído com benzeno e etanol permite obtercerca de 16% de componentes que podem serenquadrados na expressão geral de resina. O termoresina compreende substâncias orgânicas, naturais (*) CARBOMAFRAIndústriasQuímicas,SA, Curitiba,PR,ou sintéticas, sólidas ou semi-sólidas à temperatura produçãoanual:10.000tono .

Abril de 1982- 107 REVISTADEQUíMICAINDUSTRIAL

ambiente, geralmente amorfas, não tendo ponto defusão nítido nem tendência à cristalização. Caracte-rizam-se mais por propriedades físicas, como brilhotípico e fratura conchoidal, do que por uma compo-sição química definida, podendo ser ou não polimé-rica22,23.

Na indústria (*), a resina do nó-de-pinho é extraí-da diretamente com álcool etílico, resultando cercade 30% de material resinoso de composição predo-minantemente Iignânica21, isto é, fenólica.

Sobre esses fenóis naturais é possível realizar asreações clássicas de substituição eletrofllica noanel aromático, tais como halogenação, sulfona-ção, nitração, formilação acilação, carboxilação,alquilação, hidroximetilação, arilazotação, amino-metilação e amidação. Essas reações aproveitam oaumento de reatividade conferido ao anel aromáti-co em posição orto às hidroxilas fenólicas, bemcomo a presença do grupo metoxila ativador22, 24.

Dentre as reações citadas, a de hidroximetilação(ou de Lederer-Manasse) emprega um aldeídocomo agente de substituição no anel, e representa aprimei ra etapa da reação que conduz à formação deresinas fenólicas do tipo fenol-formol e fenol-furfuraI25-27.

Para este estudo, que objetivou a obtenção deresinas do tipo ligninas sintéticas, foram escolhidasessas reações, por motivos tanto de caráter cientí-fico - união de anéis aromáticos através de pontesfornecidas por componentes aldeídico, para assimi-lação à molecula das ligninas- como tecnologógi-co, por sua fácil adaptação à escala industrial, cujo"know-how" é amplamente conhecido. Além disso,o incessante aumento do custo de matérias primasfenólicas de origem petroquímica, bem como ascaracterísticas atóxicas e organolépticas particula-res das resinas obtidas, se constituíram em impor-tante argumento para a realização do trabalho emquestão.

O uso do furfural como reagente aldeídico repre-senta igualmente, além do interesse acadêmico,umá tentativa de aproveitamento das grandes quan- .

tidades de furfural que podem ser obtidas derejeitos vegetais como cascas de aveia, arroz esabugos de milho, através da hidrólise ácida daspentosanas abundantemente contidas nesses ma-teriais28-34

Data de 1909 a primeira patente35 sobre a fabri-cação de artefatos de resinas fenólicas, a partir deuma composição moldável à base dessas resinas,carga e agente endurecedor, a qual, submetida acalor e pressão, permitia a obtenção de um produtomoldado com propriedades muito interessantessob o ponto de vista aplicado. O nome desseproduto, "Bakelite", tornou-se, pela sua ampla

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aplicação, um substantivo comum, "baquelite", quedesigna as resinas fenol-formaldeíd02S-27.

Os processos de preparação das resinas de fenol-formol(ou outro aldeído) podem ser divididos emdois grandes grupos, de acordo com a naturezaácida ou básica do catalisador empregado. Nocasode catálise ácida, emprega-se razão molar fenol/for-maldeído superior a 1.O produto resultante, chama-do "Novolac", é linear, solúvel em líquidos orgâni-cos, fusível e de peso molecular baixo, entre 300 e1.300. O pré-polímero, de grau de polimerizaçãoentre 3 e 5, apresenta anéis fenólicos unidos porpontes metilênicas, nas posições orto ou para àhidroxila. Devido à composição da carga monomé-rica, as resinas desse tipo apresentam gruposfenólicos terminais e necessitam de aditivo, ouagente de "cura", para atingirem o estado termor-rígido final, após a moldagem. Esse agente de"cura", geralmente representado pela hexametile-no tetramina (ou urotropina) fornece meio básico egrupos metilênicos que atacam as posições orto,para ainda disponíveis nos anéis aromáticos, permi-tindo deste modo a formação de ligações cruzadasentre as cadeias já formadas. Assim, após a "cura",a interligação das cadeias permite uma grandeelevação do peso molecular, compondo teorica-mente uma única, imensa macromolécula na peçamoldada, que acarreta a insolubilidade e infusibili-dade do artefato.

No caso de catálise alcalina, emprega-se razãomolar fenol/aldeído inferior a 1. Deste modo, o meioalcalino e a fonte de excesso de grupos metilênicosjá se encontram presentes no meio reacional desdeo início da condensação, e são necessárias precau-ções para manter a resina no estágio processável,não permitindo que a reação avance além do.desejado. Na policondensação em meio alcalino,considera-se que a reação atinge três estágios. Noestágio A, ou resol, o produto ainda é solúvel efusível; no estágio B, ou resitol, a resina incha emcontato com solventes, sendo ainda fusível; noestágio C ou resit, o polímero se torna insolúvel einfusívl. Já que não há separação nítida entre os trêsestágios, no reator deve-se interromper a reação noestágio A;após a passagem da composição moldá-vel em misturadores aquecidos, deve-se passar aoestágio B; finalmente, durante a moldagem doartefato sob calor e pressão, é alcançado o estágioC.

A estrutura de um resol compreende anéis fenóli-cos ligados por pontes metilênicas ou oxi-metilêni-cas, e grupos metilollivres.

Para que as resinas tipo "Novolac" ouresol setornem materiais úteis sob o ponto de vista aplica-do, deve-se preparar, via de regra, uma composiçãomoldável que compreende, além da resina propria-mente dita, uma quantidade variável de carga,fibrosa ou particulada, endurecedor ou agente de"cura", cocatalisador, e lubrificante-desmoldante.

A carga se constitui em componente extremamenteimportante, já que sua natureza e quantidadeafetam as propriedades mecânicas e de resistência,bem como o custo do produto moldado. Deve-seressaltar, no entanto, que a obtenção do produtocom as melhores propriedades é somente atingidaatravés do balanço cuidadoso da qualidade equantidade dos ingredientes da composição moldá-vel, bem como das condições de moldagem empre-gadas.

As composições moldáveis à base de resinaslignânicas, modificadas ou não, foram realizadasutilizando serragem como carga.

O objetivo do presente trabalho foi o de estudar apossibilidade do aproveitamento de um resíduoindustrial, o nó-de-pinho do Paraná, como fonte dematerial fenólico perenemente renovável, capaz de,através de tratamento com aldeídos segundo rea-ções clássicas, produzir artefatos industriais análo-gos à baquelite porém de propriedades organolépti-cas particulares.

MA TERIAIS E MÉTODOS

Caracterização do nó-de-pinho - O nó-de-pinho doParaná, cedido por cortesia da firma CARBOMAFRAIndústrias Químicas SA, Curitiba, PR, de coravermelhada, após amostragem36, foi pulverizadoem moínho de discos e tamisado em série depeneiras Tyler, utilizando-se para análise a fraçãoretida na peneira de 4 malhas/mm. Seu teor deumidade, determinado em estufa de circulação dear, foi de 6%. Em seguida, procedeu-se à análise desua composição imediata, através de extratos su-cessivos com benzeno, água e etanol (Quadro I).Sobre o resíduo, determinaram-se os teores delignina e celulose, de acordo com a literatura37, 38.Acaracterização molecular dos extratos benzênico,aquoso e etanólico foi feita éitravés de cromatogra-fia de permeação em gel, em THF, utilizando comocomparação, padrões de peso molecular conhecido(Figuras I e 11).Os cromotogramas apresentam,conforme o caso, regiões de mais alto peso molecu-lar, entre 1.000e 2.000, correspondentes a possíveisassociações de lignanos (contagens 16 a 20), umpico característico do monolignano, na contagem22,5, de peso molecular aproximado 400, e picos demais baixo peso, molecular, na contagem 26, cor-respondentes a unidades monofenolpropânicasque poderiam corresponder à vanilina ou a seusderivados.Caracterizaçãoda resinalignãnicabruta- A resinalignânica bruta, tal como extraída do nó-de-pinhocom álcool etílico, cedida por cortesia da firmacitada, apresenta-se como um pó castanho-averme-Ihado, homogêneo, higroscópico, de p.f. 88-92°C.Para esse material, a espectroscopia no infraver-melho indica material característicamente fenólico

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(Figura 111).O cromatogramade permeaçãoem geldesse material (Figura IV) inclui um ramo ascenden-te, correspondente à expressão "polímeros lignâni-cos" de Anderegg e Rowe21, nas contagens 19a 22,de pesos moleculares entre 2000 e 900, bem comoum pico bem definido próximo à contagem 23, quecorresponderia ao monolignano secoisolarici-resi-nol.

QUADRO/Composição do nó-de-pinho do Paraná

Análise imediata

a) Extratos sucessivos na ordem benzeno-água-etanolb) Extratos sucessivos na ordem água-benzeno-etanolc) Determinado por diferençad) Determinação direta pelo método dehipoclorito de sódioe) Determinação direta pelo método ao ácidosulfúrico a 72%

* secoiso/arici resino/.

OCH3HO

OHOCH3

Figura /Cromatograma de permeação em gel dos extratos

de nó-de-pinho do Paraná moído na ordem:benzeno, água, etanol

n Aparelho Waters, modelo 200Solvente: tetrahidrofuranoTemperatura: 20°CTempo de contagem: 5 minoConcentração: 0,3%Coluna Styragel, Porosidade ( Agj2,102; 103; 3,103

benzeno

2.3

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(Volume eluído)contagem

o aldeído fórmico, em solução aquosa a 40%,estabilizado com metanol a 1%, foi adquirido docomércio e utilizado como tal. O furfuraldeído,produto técnico da firma Agroquímica RAFARTIndústrias e Comércio, foi cedido pela firma ASBE-RIT S.A. Foi purificado por destilação, recolhendo-se a faixa 90-95°C/65 mm Hg. A pureza foi verificadaatravés de cromatografia em fase gasosa.

PREPARAÇÃO DAS RESINAS

Resinas /ignano~forma/deído - As resina lignano-formaldeído foram preparadas39 misturando a resi-na lignânica bruta com a solução aquosa de formal-deído e óxido de zinco como cata/isador, sobagitação constante epH-8. Após refluxo durante 2horas,;'iera adicionada nova carga de cata/isador,

, ii.dêntiça à primeira, e amassa reacional era mantidaem repQuso por uma hora. A fim de aumentar o pesomolecular,dp pré-polímero, aquecia-se em banhp a150oC/60 mm Hg durante 140 minutos. Nesta ~tapa,

Abril de 1982- 109 REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL 13

TeorFração Componente (%) Aspecto

Extrato Hidrocarbonetos, 38 Material ceroso,benzênico ceras, esterói- allermelhado, odor

des, etc. adocicado; funde acerca de 55°C

(6)b (Idem)

Extrato Glicosidios, 20a Material seco, pulve-aquoso açúcares, ta- rulento, castanho-ama-

ninos, etc. relado, inodoro(17)b (Idem)

Extrato Lignanos,' 13a Material seco, pulve-etanólico resinas, etc. rulento, castanho-aver-

melhado, leve odor a-docicado; funde a cercade 130°C

(12)b (Idem)

Solúveis em Celulose, etc. 21C Material fibroso, leve-H2S04 a .72% mente amarelado

(18)d (Idem)

I.nsolúveis em Ligninas, etc. 43e Material seco, pulveru-H2S04 a 72% lento, avermelhado

(46)C (Idem)

Cinza Resíduos Des-minerais pre- Pó branco

zível

Total - 100 -

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Figura)17

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Crorrfãtogratna-de permeação em gel dO'ex'tl'atbdenó-de-pinho dopá;fah~ mOídó'na ordem: água,

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o:destilado era recolhido de,30em 30minutos,paraanálise em cromatógrafo de' ,gás; esta:: revelouin~or~dr~ção de cerca ~.~90%da :carga::inicial'de'formaldeldo:, ;" Pr:J,f~fh.1' t; "r:

ReSinaslignano-fuftúra/- As resinas.lignaao..furtu-ral foranfpreparadas40-41 desidratandcrsecprevia-,mente a resina lignânicabruta sob pressão'reduzida(400 mm Hg) e a 120°C,durante 15 minutos; eraadicionado o catalisador K2CO3e, à pressão am-biente e sob 135°C,o furtural era gotejado após oque se retirava a água de condensação do sistemasob 4ób snimHg!~te_~spessamento da massa'reacional, durante .cerca de 2 horas. O furturalresidual.era retirado elevando-se a temperaturaa.165°Ce manter;ldo-sea pres~ão reduzida, durante15 minutos;-Aresina obtida apresentava-sede cornegra, ,bflltjante,de fraturaconchoidal, e ponto defusão 95-99°C.Aespectroscopia noinfravermelho,após arraste por vapor; revela incorporação, nomaterialobtido;- de anêis furânicos,atrav~s daabsorç'ão característica em 750 cm-142. ,,'

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As composf.,oesmoldáveis à base de resinasItgrr~I;'I~-r9m:n~t~~1&~:lIgtlafJQ--1gÚ!J5at10r~01-:::,-prEF'

paradas'Bseg~f;!g9 té,p~ica usual43, mi~tt:fl'afldo';emSral,..par.a,.cadaJoQ..par:te~-em,peso.de,tesina,.de-7s-'a 15a"~ãrtes iêW\Li"és09ffe bar âBcélO'Iósica r::ro"l'fã';o,.íi'!s!I c,",""~""6v..'()I,,!? . 9 "'os,"~,,.~!oFem peso de ufGtrdpina, 2 partes em peso de óxidodézmccHj-2panes ~~.EesodÊre~~jt~lõaeCã~19~}\'mistura era)rpassadaJ'em misturador pe cilindrosÇ.Qm1~.a,Ç.ãQ",de__velQ.'Çfd~d.Q$_l,2l1,aq.Y.eGJQQ,~._ÇI,,§Q:.:

90°C, até formar umai.fol~acontínua, que era então'pulverizada-para-' ser submetida-a"moldagem- sob--calor e pressão. As moldagens foram realizadas porcc;>mpressã,Q, f! 1ZO~pJ o tempo var!arldp ~e!.ltre 10 e-":. ."--;::J' ,~,', i "", ,c, I o< ". .,'.- ,.1"

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o exame comparativo entre as quatro resinasestudadas, resina lignânica bruta (R-I), resinalignano-formaldeído(R-IX), resina lignano-furfural(R-U) e resina fenólica comercial (R-F) revela,cOmoera esperado, ummelhordesempenho, quan-to ao índice de "cura", no caso da resina fenólicacomefCjal,seguido da resina lignano-formaldeído,resi~ lignano-furfurale resina lignânicabruta. Estecompórtamento está intimamenteligadoàestruturados pfbêtutos obtidos: no caso da resina fenólicacometei.l, cadeias lineares de pré-polímerosob aação da urotrópina se emenda nas três posiçõesfavoreeidas do anel aromático, formando uma redetridimensional de alto índice de reticulação. No~~ ~ resin~ lignânicas, o material fenólico,~~.".

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ácidos graxos, que atuariam como plastificantes dosistema. A resina lignano-formaldeído revela, noentanto, um desempenho bastante próximo ao daresina fenólica comercial. Quanto à resina lignano-furfural, necessita ainda de aprimoramentos téc-nicos para atingir níveis competitivos.

CONCLUSÕES

É possível utilizar o material lignânico da resinade nó-de-pinho do Paraná em substituição ao fenolde origem petroquímica na síntese de resinas dotipo fenólico, com formaldeído e com furfural.

A avaliação do grau de "cura" do produto molda-do pode ser feita, indistintamente, através de dadosobtidos por extração do produto moldado e moídocom acetona, ou pelo teste de absorção de água àebulição durante duas horas. *

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Abrilde 1982- 112

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fseagõra alguém, emJUl1;1ái$t:rnples)2'.;)pel1roitiu um pata ITfâr':ec0rfÔmich". tementê';f"osesf8r~Q?(éI'ê)tpêsquisàeXJ1)Qsiçãosqbre tema.:;tãQJta.mPIQ'j3t,que,toiJrrecuperavelmenteperdi- indispáns'ãvél';pafâ \,a(2fdr.maçãosugerir soluções ainda n~p;~09h;:i'(~]qocp~tg\mundoem 1973, e dessa daqueleconhecimento.tadas pelas mais valiosas inteli- perda resultou o eÀcarêcimentO!:nirriLNêss~~!impotérembs;qilie res;:'19ên:G:ias,>dpn pa.íS;):ide~pre r:1d ijd~r "tJ!qa.t~r\I~}igia ~[!1termO's'~p'rêSSI!i#ii"~(ó"iIiz~r;WiÕ"\Srãsil,q~i ê~fdrçdj'q ue asmante: engajé{daS:r;)o, Ipl)gptdejb~"1"j:.;!i:Y~!m~9J~permanerítes1b cirCüAstâ'rI'cias\vj játHêb<áiTilnadaste desse importante problema. Esse esmorecimento do cresci- nesta exposição\Jinãô .f'ê~À1itiram+~í~[.cootI1U~ui:çã,Qt:l1]a.is,:í9tHi\q\:Je,(>:\rnen!Q~)~etirê-ca ênfase da escala que fosse feito em continuidade,podraJjá!$er'~pr~laQ,é;!,sfj\.esteSi>P~I:I;jt,;;8ecq8P'Vjcae, assQc,i:~Q,()d~~1§V~;imotr~Pêlt;lo.r:eal~~ê-(tp,\!Ii~§.iJi>flÍê~s~~,-..0(1).53rn;i,nlJtQsj:~e,I1á.!:::a:'j(;tO§!',~~xam!jJ,~';;:.i~qfd,Q~!'custo de Y1~téil~ç~~ ,çI~!i'HqS~f!~f>.!y'i;dQs"l}:Je§t~'1,I,~qet~)exig"êIdaSnalte rQativé;!,§rO1.a,i§,ti.!~eq!iJ,en,t,~iH()'ngV~~,ifêbricas, PQq~~~::re,a.Q.~!!É;~efi\\1:J&, t~§T;Ui'0..su@~r!9Jh~.9rR~~ seriamente cogitadas, partindo d~~!OrtQR~'4iít\l.J,!jdadedou,~qi€!~iroat~!iq§:C:~<;RrfI'pal!l!:~h:R9mn9;8f1~~q,samposeus condicionantes externos. primas produzidas em escala re- de análise. ..f'881-""2,~p,m~>lt~tg;p~§iç,Q;Pi~,nt,i.l}.e9,t,e,'ao..-:!s;i~iV&im@,nt~'\'[eduzidapelo setor Este não é o caso, entretanto,.t4~,~~Q.~~§cri~t~'(~L~PQg~i§er"ii§p,IQ2:.ri;')8;9çiHg~p.,como s~[các(bÇê§P '.\~Qo\\Y,;jQ~)u!,i!i~~ç~o do. eta':'iPJ;":~\):ne~;i§-cado o esmorecimento, no Brasil aprov~jts;imento dO~3;pl~Qs;v,~9~'i:i\ijt~(!G.i~]nq(p~fl?\g~\Q;f~!l~:~~!,sfató-e no mundo, do ritmo do cresci- tais. riEi"~~i.W~t~fj§.§JBf.jma~~R~~roquí-\(!1ê;Q\Q".\~.CE>,r;1~mj~,QJiP.Q.Q§~guent~N,s:ijW~s§~!ev~JlIJualidade, entretan- micas e, aó mesmo tempo, o,d.,~,~I~M~çãg9R\,Ç;~.stq'Q.é;!,'~J1e!gi.~;,;,,)\;::t.Q12;iQQS\1nos depé~J9,mgS\ ,c;QO,r'\~;s'\dçrescim~m9:J~Rf~ê~fI~~9A P~!P-i::U!;111Ei:;Igngé;!,Q.isçu§s,~!j>nPQgeráci~nS!Jtipi~ncia do çOn!neç:i,rnenJQ ,~iO1~,~P~g,q;:lf)t~r~g,,~~\.Ji?:I,á~~ii.~ps,in-ser estabelecida ao redor deste técnicQi.:científico industrial ne- seticidas, fibr~§(~J~~!~IljIJ~Ç9se de

4. o FUTURO PRÓXIMO

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p"raôUfôs'quírnic6sõrgânicosém industriaisiprática quepressu-géráf;';possicHitôú"qÜé;dêsdéO põe uni idêntico grau: de: amadu-ir'líCiô!!'Cla'década/dõs anôs ses'" récií1iehtô:techológiboidos'pro~sérita"'fossem"utHiiádos, Aopaís, cessoscconfrôntadoSii cprocessos';; paráTâpró'dÜçãOide "[;)einíêio; cabe cohstatarque;:

eten6;e:âlâêído:ãêétic~~párti rCfO nõBrâsi li,tánto'â:na"ftá,qúantd oétàrldlVéféb:rl'fcfrmaqU8;em1971'V álcoolsão'subsidiados no empre-cerca"cé"150rnilhõéàdelitrós' go'como matéria prima para adé'álcóbl efán'lemprégádosnes- indústria química e que essa prá-sa§'prÔduçõés. ticaé de todas as formas racional

'~~fo~troi ládô,a, R~ê>ét~çãód() ~justificada em função dos obje-álc()()f~eiíl,íc().,!,..c(,rncf.slJ~produto tlVOSbus~ados.d~;lndús~riá'd()~~'pc~r~~presen~a .i, Em~orajá se terihaéxáminadoj~<~lgun'ss~bulo~'de~sedirn~rlt~~' suficientemente esta afirmativa,ção téc'nica;)côristitl.íiódo~seem no curso desta exposição, é opor-processo sobre o qual cOl'1tàmôs tuno aduzirque as exportaçõescom reconhecida auto",suficiên- nOrte-americanas de plásticos tri-cia. . plicaram nO período 1974-1980;

Dêstá'ifórma,consideraridõ;:sé' suportadas pôr préçosir'lternoso"f(jtÜrõpróxim'õ,'déstacEllsécá de petróleo .e.'gás"natural.manti-ál~êrnãtiVii'da'produçãO'8ê éten6 dos nomível de.:50%.nos preçosa'partir1êló'ãlêôol;; éórne.'àltárn'en~ in~ernacionai,s~dess~sm a~ériasfé BÓ'nvehíêntêp'orpódér'sef"plá;' pnmas,beneflclo,mUlto malor:.dotiCaoá"semiOJãse'dé 'recI!Jrs'oir:é:fefque qualquersubsídi,o.cogitadoextêrior;J'sejâi%mi::eqã'iparnerifõs em.f'lossoApaís;.

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jÜlgàm:'set!~ó"1:;álcóól;ia'ii:materia no Brasil, ou na;J,.instalação:.depfim'a!:màis'(àêleqÜadatparacã'pto;; capacidade ociosa para a produ"dú'çãoJ! idói,';eteh:ó~J;::deVeA'dõeser:: ção deequ ipamentos::,ElThamboslTiantidór)ó~úsó:'p~eferenciàl,j:aaros casos é jnev.itáYe""aielevaç~OiA'àfta:Óômbcóm'póner'ité'dãsgàsÕ;Jdo custo dos equipamentos utili::-linâ;,c"e c zados::t;" .

."JA'ntâg'()iiicãlti~r'itê',"'ãressêjjgru~: "" "Aco';;'produ çeáe)(:dégrandePÓ;,fôQlóÔãn1;osê!:osíqCle :p'ens'ami nÚrhero'de;mãtéj\iâsiprimâst.i;ah~mser a nafta a matéria prima maiS' doretenorqueexigem: utilizaçãcfcóii.ve'riiéntétpãfa;::hãsídofiâições pétroquí mica:gerãndoccbm 'algÜ~brasileiras.1afuais', :suptirra::iridÚS;;" marf'réquência;:'s!necessidade'dafria :í9étroqÜímj'ca~c'6'Eql:fe;(80:i,cáH criação de mércadcrinterno'para'COQIFdeveráser:reservadoi'PriOri:' o',seu ConSlirhop::a,':exportaçãe)'fai"iâri1enfe,:orMrcaâo do§cóh1: sistemática deexcêdentes corr1'edstívêis autohtõtivós. sacrifício de preço'e btransporte,

Frequentem~nte essa'cHsputã' por Ióngas distâncias; dos produ-séClêsenvolveern :termóS;do;con- tos' .obtidos.front0:Tâbsi ÓlistôSHdec'produçáó' ;:<Amóntagem deinfrá~estru~:cO'r.respbRefentéS:àsodUssrdtas turas desOporte (economiasex-

Ab~iI~de19822115- ...o .- REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

ternas) inexistentesimeSrno noscentros.rnais desenvolvidos dopaís,'em decorrênciadoNultodoscomplexbspetroquímicos que,nêcessariame:nte; :são implanta~dos.

---Urná demanda concenhadade investimentos que, 'em facedos níveis<de acumulação decs~pital em nossa economia, parali-za temporariamente odesenvol-vimento deoutrôssetôres ouobriga à recepção pouco seletivade investimentos.do exterior.

A partir desse ângulo de apre~ciaçãodo problema. constata-seque a produção de eteno a.partirdo álcooLpermite a implantaçãode conjuntos de menorpqrte quedistribuidos IJOtempo e no,espa-ço, se apesentamc.omo mais ade-::quadosàs'cap~c.idades danpssaeconomia,r,eduzindo,. inclusiv~,.~necessidade. de.forrg~ção de,ca::-pacidaçfes,ociosas, Dasj (19Ústrias.'instaladas.

,çomplemEU)tarmente;. deve:;serobservado;que ~,etelJo:nãQ,basta;CQrJJO'mat~r.iap(j!TIa;lP~raja.limen-tare!;Jm,parque:il')dú,strial:capacktadQ:cparÇ!...:ateDçfe[;s)~':LtodÇ!.si'"as;nE!ces.sidÇ!.çfes"d9::1,)9.sSQmercÇ!.dQqons!JfTli~or;, Qutras:m~tÉ!rias, pri-masrcomo.o pr:9penQ',!9:be,n~noiQ tol uenoe Qs xi leIJOs;s~o:l1,eçE!S"isá,riase,d,everãoser'produ~iqas.aparti r das naijas, aoJolJgoçfe tOdO.o.Ju~w~,a9ui C9'ltef11plaPR.

Essa,:colJsideraçõesoQs levama SUPOI"como adequada à susten-tação do:desenvotvimento dain,dústria petroquímicéibrasileiraaexpansão futu rada ,oferta de ma"térias: iprimas:. simuHanearnentepela ,implantaçãodascentrais:pErtroquímJcas jáinstaladaS'lJo paísepel.a,,!;JtiIjzaçãQ.crescentepo ,ál-cool,.etíHco na:alimen~ação'decOlJjuntos isoladQs; queobjeti-vem o atendimeoto.de. mercadosconsumidores regjonais',:

Essa: políticaperfriitirá: otirni...iarouso, das': irifra:..estruturásindustriais já, irnplãiitàdás;'redLJ~zindo Ocusto de sÜà~Lítiliiação'eanecessidade de novos investi-mentos; reduzir necessidadêdétránsportepara o atendimento

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dos mercados de menor porte;difundir técnicas modernas deprodução por maior área do terri-tório nacional; estabilizar a de-manda de equipamentos em ní-veis mais adequados à capacida-de da indústria nacional e estimu-lar a participação de grupos pri-vados brasileiros no setor da pe-troquímica.

Do ponto de vista da disponibi-lidade futura de matérias primas,nafta e álcool etílico, a ocorrênciado uso paralelo nos mercadosdos combustíveis e d9 petroquí-mica, e a desaceleração interna-

.cional, no país, do consumo degasolinas, permitem antever umaoferta suficientemente ampla portodo o campo do nosso exame.

Entretanto, de pouco adiantaráa existência dessa oferta internase não for adotada pelo governobrasileiro uma política racional,estável e coerente no estabeleci-mento dos preços daquelas maté-rias primas.

Já indicamos nesta exposiçãoque o fato de estar sendo a nossaindústria petroquímica montadapredominantemente com investi-mentos realizados após 1974 re-sulta na formação de um parqueindustrial com um investimentounitário, substancialmente maiselevado que os dos conjuntoscorrespondentes instalados nospaíses desenvolvidos.

Por um fenômeno semelhanteao da concentração biológica dealguns metais, em organismosvivos, o efeito desse investimentounitário mais elevado se acumulae agrava ao longo da cadeia detransformação das matérias-pri-mas básicas em produtos finais,resultante na inviabilização eco-nômica de importantes segmen-tos da indústria petroquímica emvista da competição com os fabri-cantes do exterior.

A solução, ao nosso alcance,para interromper a. evasão derecursos na importação de outrosprodutos com elevado grau deindustrialização, aqui apontadoscomo vetares da transferência doacréscimo do custo da energiaconsumida nos países desenvol-

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vidos, será a de reduzir compen-satoriamente os preços internosdas matérias-primas, permitindoao setor da petroquímica maiscompleta integração e mais per-feita utilização da cadeia das ma-térias-primas, produtos interme-diários e finais, que lhe são pecu-liares.

Alcançada essa mais perfeitaintegração e suficientemente de-preciados os investimentos rela-tivos aos complexos petroquími-cos básicos, os montantes dossubsídios ao setor podem sergradativamente reduzidos, semprejuízos para a competitividadedas empresas em relação a outrasáreas mais desenvolvidas.

Paralelamente à questão dosubsídio às matérias-primas pe-troquímicas, deve-se observar arelação entre os preços da nafta edo álcool, que deverá ser mantidapara tornar economicamente in-diferente a adoção de qualqueruma dessas matérias-primas.

A equivalência entre essas ori-gens industriais foi estabelecidaem 1975, pela fixação do preço doetanol em 35% do valor de vendado eteno. Essa relação, que foicalculada por critérios exclusiva-mente técnicos e econômicos,entretanto, foi sendo alterada, aolongo do tempo, pela inclusão detributos e taxas no preço final doálcool para o consumidor indus-trial.

O realmente grave nessa evolu-ção é que, sendo o preço doálcool para a indústria petroquí-mica resultante da política fixadapela cúpula do Ministério da In-dústria e Comércio, foi essa polí-tica deturpada e anulada pelaação do Ministério da Fazenda edo Instituto do Açúcar e do Álcoolque, a partir de critérios gerais elegislação inespecífica, acres-centaram, ao preço do etanol,tributos e taxas suficientementesignificativos para elevar o preçodo álcool de 35% para 48% dopreço fixado para o eteno e, apósa eliminação do IPI, para 43%.

A aparente fragilidade de umapolítica, que sancionada pelamais elevada autoridade gover-

REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL

namental no campo da indústria edo comércio, se mostrou vunerá-vel à ação de outros organismosdo governo federal que, à suarevelia, alteraram os seus crité-rios básicos e têm impedido quesejam alcançados os objetivosvisados, gera um clima de insegu-rança e desconfiança, absoluta-mente adverso ao planejamentodo empreendimento e da mobili-zação de recursos privados paraa implementação dos programasde desenvolvimento industrialelaborados e aprovados pelo Go-verno do País.

Torna-se, desta maneira, ur-gentemente necessária a centra-lização da ação administrativagovernamental referente à conse-cução das políticas estabelecidaspara o setor da indústria química,garantindo a sua estabilidade ea coerência dos atos governa-mentais que com elas interfiram.

Por outro la90, cabe constatarque a relação de 35% estabele-cida ent(e os preços do álcool edo eteno resulta do nível de de-senvolvimento tecnológico e daorganização econômica apresen-tados pelo setor alcooleiro, po-dendo ser ampliada no futuro, àmedida que forem sendo alcan-çados novos ganhos de eficiêncianas diversas etapas de produção,compreendidas na fabricação doálcool etílico.

A produção de etanol no Brasilnasceu e cresceu como atividadeancilar da produção do açúcar, ea longa tradição estabelecida poresse relacionamento resultou nafixação de alguns conceitos in-compatíveis com a vinculação,que se procura estabelecer, coma indústria petroquímica e o mer-cado de combustíveis automoti-vos.

Como fato de maior significa-ção econômica constata-se a uti-lização por apenas oito meses emcada ano de todo o dispendioso

. conjunto industrial que processaa moagem de cana e a extraçãodo caldo.

Esse baixo nível de utilizaçãodas usinas conduz a valores ele-vados para os investimentos uni-

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tários e, em decorrência do usodo álcool em unidades que ope-ram durante onze meses por ano,obriga a uma acumulação extre-mamente onerosa de estoques.

Esse nível de ocupação dasusinas decorre do ciclo produtivoda cana que, por sua vez, é acultura utilizada com exclusivi-dade pelo setor, como conse-quência do elevado teor de saca-rose produzido por essa espécievegetal.

Como o que interessa à produ-ção do álcool é o teor de açúcaresfermentáveis, nada impede cogi-tar na utilização de outras espé-cies vegetais que, nas condiçõesclimáticas encontradas no país,permitam períodos mais longosde utilização das usinas.

Também na etapa industrial dafermentação do caldo é possívelimaginar a introdução de grandenúmero de inovações, que resul-tarão em substanciais ganhos emeficiência.

Dentre tais inovações desta-cam-se, pela possibilidade de rá-pida implementação, o empregode processos contínuos de fer-mentação e, sem qualquer recur-so à engenharia genética, o usode variedades mais eficientes deleveduras.

OS SÁBIOS DO PASSADO

5. CONCLUSÃO

Colhida pela crise do petróleoem etapa intermediária de desen-volvimento, a economia brasi-leira se encontra pressionada pe-la elevação dos preços de suasimportações de petróleo, de equi-pamentos e de produtos indus-trializados para consumo.

Por se constituir no setor maismoderno e dinâmico da indústriaquímica, a petroquímica ocupaposição estrategicamente impor-tante na manutenção do desen-volvimento econômico, devendoser buscada, tanto quanto possí-vel, a auto-suficiência no setor.

A conjuntura favorável verifi-cada no consumo brasileiro decombustíveis líquidos permiteprever a existência continuada deexcedentes de nafta, passíveis deuso como matéria prima petro-química ao nível de preços deexportação.

A desaceleração do processode crescimento econômico, pre-vista para todo o futuro escrutá-vel, aconselha que a expansão daoferta seja feita por menores in-crementos da produção, ao mes-

mo tempo que a elevação dospreços dos equipamentos induzao emprego de processos produ-tivos menos intensivos de capital.

Esse conjunto de circunstân-cias viabiliza, no Brasil, o empre-go de matérias primas vegetais naindústria química ao mesmo tem-po que a insuficiência do conhe-cimento técnico científico acu-mulado afasta, no tempo, a pos-sibilidade do emprego dessa al-ternativa.

o álcool etíJico se constitui emvaliosa exceção entre as matériasprimas de origem vegetal, possi-bilitando imediato aproveitamen-to, não obstante a necessidadeurgente de modernização de todoo seu processo produtivo.

É necessária e urgente a cen-tralização da ação governamen-tal sobre o setor para garantir,mediante o estabelecimento ra-cional e adequado dos preçosdas matérias primas, as condi-ções necessárias à. completaçãoda sua implantação e a sua con-solidação em nível de eficiênciaeconômica confrontável com aindústria dos países desenvolvi-d~. *

nnrro DE QUIMicJ:1BI8LIOTEC,.,

~lJrskJ.!lw fe~&ralCÍJ~"~~.~~~l

René Descartes e o método de trabalhoMétodo e processo

É comum verificar-seque muitagente não sabe diferençar mé-todo de processo.

No século XVIIum filósofo cha-mado René Descartes inventou atrigonometria, a geometria analí-tica, álgebra linear, o índice derefração, etc.Abrilde 1982- 117

Este cidadão procurou estabe-lecer normas para trabalhos cien-tificos.

Conhecedor da história da Gré-cia, sabia que os gregos antigosseparavam a poesia das demaisartes (arquitetura, escultura, pin-tura, dança, etc.).

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

LUIZ RIBEIRO GUIMARÃESINSTITUTODEQUiMICA- UFRJ

INSTITUTODENUTRiÇÃO- UFRJ

Consideravam a poesia pura-mente intelectual,umavezque asdemais exigem execução, mani.-pulação, realização, feitura, téc-nica (do grego tecnicoi - exe-cutar).

Assimsendo, Descartes inven-IDtou a palavra método (meta e

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ENERGIA

Palavrás de Svante Arrhénius pronunciadas há60 anos sobre um assunto sempre atual

As preocupações e previsões de um Prêmio Nobel quanto àdisponibilidade de energia e ao futuro das nações em

função das suas potencialidades energéticas

o presente número da Revista de Química Indus-trial está publicando uma das cinco Conferênciasque compuseram um ciclo de palestras pronuncia-das pelo químico sueco Svante Arrhénius, em 1922,na Universidade de Paris e publicadas pela EditoraGauthier-Villars et Cie. no ano seguinte, num volu-me de pequeno formato e 120 páginas.

Nessa época ocupava ele o cargo de Diretor doInstituto Nobel de Estocolmo, além de ser membroda Academia de Ciências da Suécia. Seu PrêmioNobel de Química ele o havia conquistado em 1903.Faleceu em 1927, aos 68 anos de idade.

Nas três primeiras dessas conferências,Arrhénius dissertou sobre o Terceiro Princípio daTermodinâmica, a Dissociação dos Eletrólitos For-tes e as Teorias de Bjerrum e de Ghosh sobreEletrólitos, nas quais abordava temas sobre seudomínio de pesquisas e estudos.

Na sua quarta apresentação, Arrhénius quis darseu contributo, como homem de ciência, para aanálise de uma questão transcendente, que tem aver com toda a humanidade e que ele, certamentesabia ser básica para o próprio desenvolvimento daciência: a questão da energia.

Por fim, na quinta e última, sob o título "Odesenvolvimento dos corpos celestes" ele tratou do

R. G. ANTONINI

RIO DE JANEIRO.

apaixonante problema da formação e da destruiçãodos corpos celestes do sistema solar, dando umainterpretação própria a esses fenômenos, ligada àdissociação dos átomos.

Em alguns trechos de sua palestra, Arrhénius,deixando entrever um certo entusiasmo pelo consu-mismo ao fazer suas observações comparativasentre o nível de vida das diversas nações daquelaépoca, faz também a inevitável correlação entreutilização de energia e grau de desenvolvimento.Aponta também, incisivamente, as nações quetendo potencial idades energéticas, delas não fazemo uso que poderiam.

Aparentemente bem informado das potencialida-des da América do Sul, mas não entrando emmaiores detalhes, ele contudo não deixa de intuiraquilo que o futuro se encarregaria de demonstrar àfartura: as questões políticas que o petróleo susci-tou neste e em outros continentes. Não sabemos senaquela ocasião alguém ousou criticar o crítico dasposições assumidas pelos EEUU nas questõesrelativas ao petróleo.

Poder-se-ia talvez achar exageradas algumas desuas palavras ou considerar apocalípticas algumasde suas previsões. Algumas de suas profecias,

11\

porém, tal como aquela em que ele prevê um \I

ódos - caminho que conduz aum fim) para diferença-Io do pro-cesso.

O método é puramente inte-lectual, normativo; ao passo queo processo é a maneira de exe-cutá-Io.

O método é a ordem que sesegue no estudo de uma ciência22

ou para alcançar um fim deter-minado.

Tomemos, por exemplo, a fór-mula dos álcoois: ROH. Se ti-rarmos a hidroxila alcoólica eintroduzirmos um átono de ha-logênio, teremosumderivadoha-logenado.

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

Isto é o método, isto é, ob-

tenção de halogeneto de alquila

(alcoíla) a partir de álcoois, do

ponto de vista teórico.

A maneira prática de operar,

preparar,é o processo (ou téc-nica). <:r

Abril de 1982 - 118

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ENERGIA

Os recursos mundiais de energiaConferência pronunciada por Svante Arrhénius, na Universidade

de Paris, em 1922

Acredita-se que o ser humano exista sobre a faceda Terra há cerca de 500 000 anos. Outros achamque somente há cerca de 100 000. Este período detempo é extraordinariamente longo se comparadocom o período a partir do qual há referênciashistóricas e que se situa na faixa dos 7 000 anos,sendo porém muito pequeno se comparado aobilhão de anos durante os quais a Terra tem sidohabitada por outros seres vivos. Mais interessanteainda é saber por quanto tempo o homem reinarásobre a Terra. O sol se extingue pouco a pouco.Virápois uma época em que o calor irradiado em nossadireção pelo astro do dia não será mais suficientepara manter a vida das plantas, que como nóssabemos, são necessárias para a vida animal e porconseguinte para o homem. A esse respeito pareceprovável que o tempo de vida reservado à existênciado homem deverá ser da ordem de milhões de anos.

Por mais agradável que possa parecer essacircunstância, é preciso porém reconhecer que senós devessemos nos contentar com o padrão devida do homem da idade da pedra, nós não sentiría-mos regozijo em participar de uma vida tão miserá-vel. Até mesmo um padrão de vida tal como o dosrussos hoje em dia, que comparado com o dohomem da idade da pedra já é bastante civilizado,nós hesitaríamos em aceitar. De fato, o que nós

pedimos é que a civilização intelectual e materialprogrida ou que pelo menos não ocorram retroces-sos. Nós não devemos legar aos nossos descEmden-tes uma herança de valor menor do que aquela querecebemos.

Afinal de contas, sobre o que repousa nossa atuale elevada civilização? Nós julgamos que.o aperfei-çoamento das máquinas a vapor de Watte de outrosrevolucionaram a indústria. Em resumo, isto signifi-ca dizer que a utilização do carvão e do petróleo é abase do nosso elevado status material, ele mesmonecessário ao nosso progresso intelectual. Se ocarvão, ou de um modo geral, os combustíveisfósseis dentro dos quais a energia solar de temposremotos foi parcialmente armazenada, nos faltas-sem, a grande maioria das máquinas industriaisdeixaria de funcionar assim como nossos meios detransporte ficariam extremamente afetados.

CARVÃO

Em consequência disto, a seguinte questão seapresenta: será que os combustíveis fósseis desa-parecerão dentro de alguns milhares de anos? Seisto de fato ocorrer, seremos capazes de encontrarsubstitutos que salvem nossa civilização? Este Irproblema tem sido bastante discutido nos últimos L

retorno à navegação a vela combinada com a diata para o nosso caso ou para o caso de qualquerpropulsão a motor, são entretanto notáveis (no outra nação. Esse imediatismo rotineiro, que atuaJapão, recentemente, um navio petroleiro foi dota- como norma de ação representativa da filosofia dedo de velas para aproveitamento da energia eólica, vida de que o melhor é acompanhar os modismosde forma a poupar combustível, sob determinadas oferecidos pelas nações desenvolvidas, não é de-condições de navegação). tectável pela maioria dos indivíduos. Entretanto, ele

Frutos da clarividência de um gênio ou do poder custa, sem dúvida, muito caro à toda a sociedade,mágico de um vidente, não importa, as palavras de que se limita apenas a reclamar do'elevado preço daArrehénius têm sua importância na constatação de energia na hora de pagar as contas das diversasquanta imprudência tem sido cometida por nações modalidades sob as quais a utiliza.como o Brasil, que durante muito tempo desprezou De qualquer modo, julgamos recomendável suafontes alternativas próprias e renováveis, colocan- leitu ra, quanto mais não seja para mostrar, tanto aosdo a maior parte dos ovos na cesta frágil do petróleo mais adultos quanto aos mais jovens, que a preo-que não consegue encontrar em seu subsolo e que cupação com a energia não é apanágio dos diastem de adquirir no exterior às custas de imensos correntes. A constante discussão sobre ela apenassacrifícios da grande maioria da sociedade. . mostraque,alémdeser,evidentemente,umproble-. É possível que não se encontre na Conferência de ma de difícil solução, exige seriedade e bom senso.Arrhénius sobre Energia nenhuma utilidade ime- no seu trato. .J;:1

Abril de 1982 - 119 REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL 23

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As circunstâncias diferem um pouco nos doiscasos. Quando o carvão é queimado, não é possívelrecuperá-Io mas o ferro usado pode ser recuperado,em grande parte, empregando-se carbono ou qual-quer outra fonte de energia. Os relatórios prepara-dos pelos géologos de diferentes países que partici-param do Congresso em 1913, mostraram que asjazidas carboníferas existentes até uma profundida-de de 1 800 m contém cerca de 6 000 vezes oconsumo anual. Poder-se-ia então concluir queesses recursos bastariam para as necessidadeshumanas durante 6 000 anos. Esta avaliação entre-tanto é muito otimista. Nas jazidas situadas a umaprofundidade de 1 800 m a temperatura de cerca delOOCé bastante incômoda de tal forma que mesmoas mais prementes necessidades não seriam capa-zes de forçar os mineiros a descer a tal profundida-de a fim de extrair o carvão.

Algumas camadas de carvão são às vezes tãodelgadas que sua exploração se torna antieconômi-ca. Por outro lado, as perdas que ocorrem notransporte da mina até o local de consumo atingem50%. Medidas têm sido tomadas para reduzir essasperdas a 25%. Porém o fator mais difícil de estimaréo entusiasmo que empele os industriais em aumen-tar o consumo. Estima-se portanto em cerca de1 500 anos o período durante o qual o carvão poderáser utitizado, após o qual as minas estarão esgo-tadas:

As circunstâncias diferem muito para cada país. Agloriosa Grã Bretanha provavelmente consumirásuas reservas de carvão em menos de 100 anos.Parece natural que aquele país deverá ser tentado apromulgar um decreto que o defenderá da exporta-ção desenfreada de carvão. Masesta medida deveráprovocar uma nova dificuldade: sua marinha mer-cante deverá encontrar uma outra atividade paracompensar a diminuição do transporte de carvãoatravés dos mares. Sem essa marinha, sua superio-ridade ficará comprometida daí portanto, talvezprefira continuar com a exportação excessiva decarvão.

Os Estados Unidos constituem o país melhoraquinhoado, quer do ponto de vista dos combustí-veis fósseis, quer de outros recursos naturais, tais

17,3% como minério de ferro e cursos d'água. Acredita-se

REVISTADE QUíMICA INDUSTRIAL Abril de 1982- 120

tempos. O consumo de carvão duplicou numadezena de anos. Disto resulta que nós consumimosem dez anos a mesma quantidade de carvão fóssil

.que o homem levou para queimar durante todo o~tempo já passado. O desenvolvimento tem sido, porassim dizer, explosivo e nós caminhamos para umacatástrofe. Esse progresso explosivo é o sinalcaracterístico da industrialização. Ele não se limita

. 80 emprego do carvão, mas se extende a outrasmatérias primas como o ferro, o alumínio, osnitratos e em geral a todos os produtos da grande.indústria química ou metalúrgica. O consumo anualde carvão nos dias atuais se eleva a cerca de 1 200milhões de toneladas métricas ou mais de 0,6toneladas por habitante da Terra, atingindo o valorde 2 toneladas por habitante nos países industriali-zados. Presume-se que essa diferença de consumopor habitante não deverá durar muito tempo, mas éprovável que esta prodigalidade nos habitantes dospaíses industrializados ainda vai perdurar algumtempo. De qualquer forma, a progressão violenta jácomeçou a diminuir.

Em 1910, o Congresso Geológico Internacionalrealizado em Estocolmo inventariou as reservas deminerais de ferro e se sentiu obrigado a dirigirpalavras de advertência muito graves contra a idéiade que a humanidade pudesse continuar a exaurirrápida e progressivamente esses minerais.

O resultado do Cong. asso Geólogo seguinte,realizado no Canadá em 1913 e que tratou da ques-tão do carvão foi mais alarmante ainda (ver Qua-dro I).

Quadro I - Avaliação efetuada pelo CongressoGeológico realizado em 1913 noCanadá da quantidade total de car-vão existente até 1 800 m de profun-didade (7,3 x 1012 toneladas mé-tricas).

EUROPA

AlemanhaGrã Bretanha"Rússia

"(~ustria - HungriaFrançaBélgica

'Outros países

5,7%2,6%0,8%0,8%0,2%0,2%0,3%

.r 10,6%

,1";ÃSIA:",

ChinaSibériaíndiaOutros países

13,5%2,3%1,2%0,3%

24

América:

Estados UnidosCanadáOutros países

51,8%16,4%0,7%

68,9%

AustráliaÁfrica

2,4%0,8%

100,0%

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que suas reservas de carvão são suficientes para1 500 anos. Mas devido a essa mesma superiorida-de, a exploração desses recursos é mais ativa quenos outros países. As minas da Alemanha sãosuficientes para cerca de 1 000 anos. Há umatendência de se considerar felizes as nações aindanão industrializadas e que possuem recursos natu-rais ainda intactos. Entretanto, nesses países jácomeçou a exloração desses recursos para trocá-los por dinheiro. Em poucas palavras, as reservas decarvão se esgotam rapidamente e em menos de1 000 anos o mundo sofrerá de uma escassezpenosa de carvão fóssi I.

Petróleo

Sabe-se que o petróleo é um combustível melhorque o carvão. Sabe-se também que as marinhas deguerra e mercantes de todos os países envidamesforços para substituir o carvão pelo petróleo. Foicalculado o período de tempo que o petróleopoderia suprir as atuais exigências de combustível echegou-se a conclusão de que provavelmente asreservas se esgotarão daqui a 60 anos mais oumenos.

Nessa área os Estados Unidos também estão nadianteira com uma prodigalidade assustadora. Essepaís possue as maiores reservas do mundo, masdepois de alguns anos sua produção passou a nãoatender o consumo interno e foi necessário impor-tar petróleo de seus vizinhos Canadá e México. OsEstados Unidos compraram também grandes reser-vas de petróleo na América do Sul para aumentarseu suprimento no futuro. Atualmente os EstadosUnidos consomem dois terços do total de petróleo

queimado no mundo por ano. Mas eles pretendemse apropriar do direito de consumir 82%, deixando,para o resto do mundo apenas 18%. É poucoprovável que os demais países concordem com apretensão dos Estados Unidos e por essa razãoocorrerão graves litígios no futuro para resolveressa difícil questão.

As reservas de petróleo se esgotam rapidamente.A produção média diária de um poço de petróleo deum campo dos Apalaches caiu de 207 barris em1861 para 1,73 barril em 1907. Os Estados de NovaYork e da Pensilvânia produziram, em 1891, ummáximo de 33 milhões de barris, caindo para 10milhões em 1908. Durante esse mesmo tempo, aprodução dos campos de Virgínia caiu 44%. Épossível aumentar a produção iniciando-se a explo-ração de novos e ricos campos, tais como os deOklahoma e da Califórnia. Em 1900, a Rússiaproduzia mais petróleo que os Estados Unidos, masesta vantagem não durou mais que dois anos; em1905, a produção dos Estados Unidos era 2,4 vezesmaior e durante a guerra a produção russa caiurapidamente, de tal forma que em 1919 ela eraquinze vezes menor que a dos Estados Unidos. Estaredução também ocorreu nos demais países belige-rantes. Em seguida foram explorados com sucessograndes novos campos de petróleo, especialmenteno México, na Mesopotâmia e nas índias britânicase holandesas. Entretanto, é preciso reconhecer quea questão do petr.óleo se agrava muito depressacom o passar do tempo.

Os Quadros 11e 111resumem o desenvolvimento da

produção de combustíveis fósseis.

,-~~--,; "'i'\T ,!TPTA MD! - .J U '1/# &:IQJI (L,.; I i:-i l I O T

.

I '~. U EQuadro 11 I :';iid~f3id>d$ r0Q< lfI

Produção anual de carvãoem milhõesde toneladas métric~--=---~ 4~~ ;.- .-."...-

Abril de 1982 - 121 REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL 25

1870 1880 1890 1900 1910 1913 1915 1917 1919

Estados Unidos 30 65 143 245 455 518 401 590 404Ingraterra 112 149 185 229 269 292 255 252 237Alemanha 34 59 89 150 222 173 - 167 109Áustria-Hungna 8 15 28 39 49 52 47 38 29França 13 19 26 33 38 41 18 29 22Bélgica 14 17 20 24 24 23 14 17 18Rússia Européia 1 3 6 16 23 29 28 27 ..

Japão - - 3 7 16 19 20 27 ..

Outros países 1 3 12 25 64 156 - 189 ..

Total 213 329 509 768 1160 1303 1190 1336 1170

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Quadro 111

Produção anual de petróleo em milhões de toneladas métricas

A produção total entre 1913 e 1920 ficou assimdivida, percentualmente, entre os diversos países:

O consumo anual total atingiu em 1920a marca de1 200 milhões de toneladas de carvão e 1OOmilhõesde toneladas de petróleo. A contribuição energéticado carvão é cerca de oito vezes maior que a dopetróleo, sendo que este também tem outros usosimportantes tais como fabricação de óleos lubrifi-cantes. A energia total disponível a partir do carvãoexistente até 1 800 m de profundidade é de 450vezes maior que a do petróleo. A energia disponívelno carvão recuperável é de 65 vezes maior que a dopetróleo. Disto resulta que as reservas do petróleoserão exauridas muito mais rapidamente que as decarvão.

O Quadro I mostra o carvão fóssil nos diferentespaíses, segundo estimativa do Congresso Geológi-co de 1913. Os Estados Unidos possuem 52% dasreservas mundiais de carvão e o Canadá 16,4%,perfazendo assim os dois juntos cerca de doisterços do carvão mundial. A Europa possui apenas10,6%, a Ásia 17,3%, a Austrália 2,4% e a Áfricaapenas 0,8%. Note-se como é grande a superiorida-de da América do Norte.

Verifica-se pelo Quadro 11que a produção decarvão aumentou rapidamete até 1910, estacio-nando mais ou menosem torno de 1 200 miIhões detoneladas a mais após aquele ano. Verifica-setambém que os Estados Unidos contribuiram comcerca de 40% para essa produção e a Ingraterra comcerca de 20%. No Quadro 111,os números mostramque a produção de petróleo é crescente, tendo sidoem 1920 cerca de 2,3 vezes maior que em 191O.Etudo indica que ela continuará crescendo. É poresta razão que o petróleo se esgotará dentro de 60anos se não se puser um fim à prodigalidadeassustadora com a qual ele é consumido.

De acordo com as estimativas do renomadogeólogo Van Hise, as reservas dos Estados Unidosseriam suficientes para o seu consumo durante 90anos, ao nível do consumo observado em 1908.Mas de 1908 a 1920, o consumo triplicou. Conside-rando-se o consumo observado no período 1908-1919, conclui-se que as reservas serão apenassuficientes para mais 22 anos, contados a partir de1920. Essa estimativa está de acordo com oscálculos de Lewis, segundo os quais as reservas depetróleo dos Estados Unidos se esgotariam em1950. Lewis não pode considerar o aumento de

26 REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL Abril de 1982 - 122

1860 1870 1880 1890 1900 1905 1910 1913 1919 1920

apão - - 0,004 0,008 0,114 0,176 0,257 0,250 0,281 0,292IndiasBritâni-cas - - - 0,016 0,141 0,542 0,818 1,000 1,291 1,560índias Ho-landesas - - - - 0,426 1,200 1,496 1,535 2,006 1,166Galícia - - 0,032 0,092 0,326 0,802 1,762 1,087 0,788 0,874Romênia 0,001 0,012 0,016 0,053 0,250 0,615 1,352 1,085 0,860 1,069Rússia - - 0,400 3,631 9,927 7,335 9,557 9,246 3,290 4,276EstadosUnidos 0,066 0,689 3,444 6,003 8,334 17,648 27,452 32,315 49,000 63,261Outrospaíses - - 0,002 0,016 0,052 0,169 .0,820 4,280 13,879 24,678

TOTAL 0,067 0,701 3,898 9,819 19,570 28,487 43,514 50,798 71,345 97,177

f19131920

Estados Unidos 64,9 65,1México 6,7 22,4Rússia 15,9 4,4Pérsia - 1,8índias Britânicas 1,9 1,6índias Holandesas 3,0 1,2Romênia 3,7 1,1Galícia 2,1 0,9Peru 0,5 0,4Japão' 0,5 0,3Outros países 0,8 0,8

-100,0 100,0

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consumo verificado nos últimos anos. Se esseconsumo continuar, as reservas dos Estados Uni-dos se esgotarão provavelmente antes de 1940. ODr. White, geólogo chefe dos Estados Unidos, achatambém que para garantir seu futuro, será neces-sário a esse país apropriar-se das reservas petrolífe-ras dos outros países, especialmente da América, oque já foi conseguido no México, na Colômbia, etc.Entretanto, os outros países já começaram a perce-ber o perigo que correm em perderem suas reservasde petróleo. Em toda a parte desponta a tendênciade nacionalizar essas reservas, como já fez a GrãBretanha na Mesopotâmia. De acordo com Dr.White as reservas dos Estados Unidos representamapenas 12% das reservas mundiais, as quais sedistribuem mais ou menos em 50% na América e50% no resto do mundo.

Estes números conduzem a conclusão de que opetróleo será consumido dentro de 120 anos com aprodução atual e mais provavelmente dentro de 60anos. Não parece pois possível que os EstadosUnidos possam manter sua superioridade a esserespeito, respondendo por 69% do consumo total.Provavelmente será necessário apresentar a regula-mentação do consumo dos diversos países atravésde tratados internacionais, especialmente por cau-sa da grande importância do petróleo para finsmilitares.

Em função do que foi dito acima, torna-se neces-sário encontrar outras fontes de energia, a fim deque a civilização não desmorone diante da perspec-tiva do esgotamento das reservas dos combustíveisfósseis. Nós conhecemos bem o grande valor da"hulha branca" que alguns países favorecidos pelanatureza possuem, tais como a França, os EstadosUnidos, a Noruega, etc. O Quadro IV dá a distribui-ção dessa fonte de energia nas diferentes partes doglobo terrestre. Essas riquezas apresentam a gran-de vantagem de serem inesgotáveis. Pelo contrário,à medida que elas forem exploradas e desenvolvi-das, o rendimento das instalações mais antigasmelhorará. Dentro desse ponto de vista, os paísesmontanhosos são favorecidos.

Observe-se que a Europa dispõe apenas de 0,13CV por habitante, sendo portanto pobre. Na Ásia, adisponibilidade é o dobro da Europa, o que satisfazpara um continente subdesenvolvido. A Américae a África possuem grandes potenciais.

Analisando-se país por país, nota-se que a distri-buição é muito irregular. Os países planos, como aHolanda, a Dinamarca, etc, são carentes dessariqueza.

Os países de maior extensão territorial da Europacomo a Rússia e a Alemanha tem apenas 0,02 CV porhabitante, assim como a Grã Bretanha. Os paísesmontanhosos são melhor providos: a Itália, paísclássico em hidráulica desde os tempos de Leonar-

do Da Vinci e a França, utilizam inteligentementeessa riqueza. A Espanha, dispondo de 0,26 CV porhabitante ainda não utiliza esse recurso precioso. AÁustria alemã que perdeu grande parte de suasreservas carboníferas, tenta agora substituí-Ias peloseu potencial hidráulico que atinge 0,33 CV porhabitante, um pouco menor que os 0,4 CV que aSuiça dispõe e que aproveita bem. Para os paísesbalcânicos, cujo potencial ainda pouco exploradode 0,6 CV por habitantes, é possível esperar umfuturo industrial grandioso. Os paísesescandinavossão especialmente favorecidos, pois dispõem de 1CV por habitante, sendo que a disponibilidade daNoruega chega a 5CV. Por outro lado, a maior partedas quedas d'água da Suécia e mais ainda daFinlândia estão situadas nas províncias poucoacessíveis do Norte. Por este motivo, apenas umterço dessa potencial idade é economicamenteaproveitável no momento. O mesmo ocorre naIslândia, que possue grande potencial hidráulico.

Os Estados Unidos'e o Canadá concorrem vanta-josamente com a Europa a esse respeito. A enge-nharia americana já começou a aproveitar essasuperioridade natural.

Entretanto, por mais que se aproveite o potencialhidráulico, a energia disponível dessa fonte nãoseria capaz de substituir mais que 60% do consumoanual dos combustíveis fósseis. Além disso, asindústrias da América, da África e da Ásia deveriamse localizar nas regiões inacessíveis.

Abril de 1982- 123 REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL 27

Quadro IV

Potencial hidráulico

106 CV CV/habitante

Ásia 236 0,27África 160 11,4América do Norte 160 1,17América dq Sul 94 5,3Europa 65 0,13Austrál ia 30 3,75

745 0,45

Canadá 26 4Estados Unidos 100 1Islândia 2 22Noruega 13 5,2Suécia 6,7 1,2Finlândia 2,6 0,8Países dos Balcãs 10 0,6Suíça 1,5 0,4Áustria alemã 2 0,33Espanha 5,2 0,26Itália 6,5 0,18França 7 0,18Alemanha 1,4 0,02Ingraterra 1,0 0,02Rússia européia 3,0 0,02

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A indústria progride tão rapidamente que oconsumo de carvão aumentou inclusive nos paísesque dispõem da hidroeletricidade e a utilizam. Istosignifica que seria muito otimista esperar que estafonte de energia possa suprir mais que uma peque-na parcela das nossas crescentes necessidades.Será preciso pois contar com outras reservas deenergia, mais poderosas e que possam, por conse-guinte, assegurar o futuro da humanidade.

Para esclarecer esta questão, vamos fazer umlevantamento tanto quanto possível completo dasfontes de energia que a humanidade dispõe atual-mente, em base anual (ver Quadro V).

Quadro V

Fontes de Energia (1012 cal)

Radiação emitida pelo solRadiação solar que atinge o globo terrestreRadiação solar que atinge a superfície terrestreEvaporação da água do mar e da terraEnergia das gotas d'água em suspensãoEnergia das correntes de águaEnergia recuperável dos riosEnergia eólicaEnergia contida nas plantasEnergia da queima do carvão por anoEnergia da queima do petróleo por anoEnergia total contida no carvão fóssilEnergia total contida no petróleo

3 x 10181330 x 106670 x 106340 x 1062,8 x 10955 x 1034 x 103

33 x 106160 x 10310 x 1031 x 103

44 x 1060,12 x 106

Da fantástica quantidade de energia que o solemite, apenas uma parcela pequena é direcionadapara o globo terrestre e desta, apenas 40% atingema superfície do planeta.

A metade da energia solar que atinge a superfícieterrestre é consumida pela evaporação das águasdos mares e dos continentes. A energia potencialdas gotas d'água resultante da condensação daágua evaporada representa apenas 0,8% da energiaconsumida na evaporação. A energia cinética daschuvas representa outros 2% dessa energia deevaporação. E da energia cinética das chuvasapenas 7,2% são recuperadas nas quedas d'água enas corredeiras.

Grande parte da energia radiante do sol é conver-tida pelos ventos. A energia eólica é 600 vezes maiorque a dos cursos d'água. A energia solar convertidapela fotossíntese é também muito grande, cerca de40 vezes maior que a energia recuperável dos rios.Mesmo assim, a energia convertida pelas plantas éapenas 0,024% da energia solar que atinge asuperfície terrestre. Os resultados das experiênciasrealizadas por Bonssingault indicaram que a terracoberta por vegetação pode acumular cerca de 1%da energia solar, transformando-a em amido, celu-lose e combustíveis. Com a prática intensiva da

agricultura dos nossos tempos, é possível recuperar2% da energia solar. A eficiência das matas, queconvertem apenas 0,3% da energià solar é muitomenor. De acordo com Schroeder, os vegetaisarmazenam 16 vezes mais energia que aquelaliberada pela queima do carvão. Entre os vegetais,são as árvores das florestas as que mais armazenama energia solar. Tudo indica que no futuro, asflorestas muito poderão contribuir como fonte deenergia. A vegetação mais luxuriante é aquelaexistente nos países tropicais e para a indústria daEuropa e dos Estados Unidos, a produção demadeira é insuficiente. A Suécia, durante a guerra,recorreu às suas florestas para substituir o carvão,mas é claro que não poderia manter essa situaçãodurante muito tempo, sob o risco de desmatarcompletamente o país. Além disso, a madeira dasmatas da Suécia é necessária para a produção depapel, cujo valor econômico é muito maior.

No Quadro V é possível identificar duas fontes deenergia tão grandes que ficamos tentados a consi-derá-Ias como potencialmente aproveitáveis paranosso uso. É o caso da energia eólica e da própriaradiação solar. Sua grande desvantagem é que asmesmas são distribuídas uniformemente pela su-perfície da Terra, ao contrário dos combustíveisfósseis e das quedas d'água que se concentram emlocais bem restritos, o que os valoriza enormemen-te. A energia das chuvas é muito maior que a dasquedas d'água, porém nem é possível sonhar emaproveitá-Ia para movimentar nossas máquinas. Senós pudéssemos recolher as gotas d'água dasnuvens em reservatórios elevados, nossas fábricasdisporiam duma excelente fonte de energia. Infeliz-mente porém, isto é antieconômico e por issodevemos abandonar a idéia. Poderíamos tambémrecolher energia em quantidade enorme se pudés-semos aproveitar a força dos ventos que atravessama superfície de um km2 perpendicular à superfícieda terra. Entretanto a superfície das aletas dosmoínhos de vento é de apenas algumas dezenas demetros quadrados. Mesmo assim, na Europa, desdeo século XI essa fonte de energia é explorada.Porém os moínhos de vento não podem atender àgrande indústria porque sua força é pequena esobretudo irregular. Devido a essa irregularidade, aenergia eólica só encontra aplicação para bombea-mento de água. Os ventos são também utilisadospara impulsionar os navios. Este emprego da ener-gia eólica será provavelmente mais frequente quan-do o carvão e o petróleo aumentarem de preçosubstancialmente em função da sua escassez cres-cente. A utilização do vento, em combina ção com apropulsão a motores, deverá ser muito comum.

Muito se tem cogitado também do aproveitamen-to da energia das marés para produzir eletricidade,mas até agora não se encontrou um método ade-quado para esse fim. As causas desse não aproveita-

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mento se devem à descontinuida-de das marés e da variação daintensidade da sua força.

Resta-nos ainda considerar afonte mais potente que é a pró-pria radiação solar. Apesar doinconveniente que apresenta pe-la sua dispersão, é preciso reco-nhecer que ela é de uma grandeintensidade. Nos países onde océu permanece nublado na maiorparte do tempo, seu aproveita-mento é mínimo. Entretanto, nospaíses onde não chove, tais comoaqueles países áridos acima ebaixo equador, a máquina solarpoderá causar uma revoluçãoeconômica.

Esta solução interessa bastan-te à França devido às suas colo-nias africanas. Foi um francês,Mouchot, quem primeiro tentou,há cerca de 60 anos, fazer funcio-nar uma pequena máquina movi-da pela radiação concentra-da do sol, por meio de um funilcônico de ângulo reto de aberturaque fazia incidir a radiação sobreuma pequena caldeira. Entretan-to, os resultados obtidos forampouco encorajadores, de formaque durante muito tempo não sefalou mais no assunto. Cerca de15 anos mais tarde, o célebreengenheiro John Ericson fez di-versos ensaios visando aprovei-tar os raios solares para produ-ção de força motriz.

Foi ele quem primeiro utilizouespelhos parabólicos compostospor lâminas prateadas, montadassobre andaimes de ferro, de talforma que os raios refletidos inci-diam sobre uma caldeira coloca-da ao longo da linha focal doespelho. Esseespelho podia girarem torno de um eixo, de forma aficar sempre voltado para o sol.Os resultados obtidos porEricson foram bem melhores queaqueles obtidos por Mouchot,mas mesmo assim seu inventonão foi consagrado pela prática.

Nos últimos anos, Shuman, umengenheiro americano, montounumerosas máquinas desse tipode tamanho gigantesco (60 m decomprimento por 6 m de largura)no Egito, as quais forneceramdurante algum tempo energia elé-trica para a cidade do Cairo. Osucesso obtido não foi, aparente-mente, muito grande, tendo eletransferido essas máquinas maisao sul, para Assuan. A principaldificuldade relacionada com es-sas máquinas estava no fato deque a temperatura conseguidanas caldeiras atingia apenas100°C.

Conseguindo-se superar essadificuldade de maneira prática, épossível que passemos para oestágio inicial de uma nova civili-zação. *

PROJETOS E CONSTRUÇÕESEstudos de gaseificação de carvão pela associação Fluor-Jaakko Poyry

Foi escolhida a Fluor Corporation,empresa de projetos, engenharia econstruções, dos EUA, para efetuarum estudo de viabilidade concernente

à instalação para produção de gás apanir de carvão mineral e à construçãoe um gasoduto na zona brasileira docarvão.

Fluor Corporation associou-se nesteprojeto com Jaakko Poyry Engenharia,de São Paulo.

O estudo deve estar concluído em

junho próximo futuro.É um estudo de viabilidade técnica e

econômica de uma usina que produza

Abrilde 1982- 125

iniciaimente 125 milhões de pés cúbi-'cos de gás de alto BTU (British Ther-maIUnit).

As duas firmas estão analisando as

diferentes tecnologias que se referem aesta indústria para escolher a que me-lhor servir, nas condições existentes. Ausina será localizada num ponto a serescolhido no sul do país, perto das mi-nas carboníferas.

A Secretaria de Indústria, Comér-cio, Ciência e Tecnologia, de São Pau-lo, contribuirá com serviços profissio-nais, no valor equivalente a 120000dólares. *

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

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MÁQUINAS E EQUIPAMENTOSRandon fabrica bottom-dump para transporte de carvão

A produção nacional de minério decarvão deverá ser ampliada de quatropara vinte milhões de toneladas porano, com a abertura de 40 novas unida-des de extração, 17 delas em Santa.Catarina e 23 no Rio Grande do Sul.

A procura de equipamento especia-lizado para operar o transporte desseminério contará com a participação de

produtos desenvolvidos e fabricadosno Brasil.

Os equipamentos fora-de-estradaempregados na retirada desse materialdos locais de produção têm caracterís-ticas especiais, pois o minério de carvãotem peso específico baixo, o que otorna volumoso. Para seu transporte aRandon SA, empresa nacional, desen-

volveu um semi-reboque bottom-dump de grande dimensão, com capa-cidade para transportar 48 toneladas,peso líquido, em terrenos acidentados.

Este semi-reboque é tracionado porum cavalo mecânico RK 424, também

fabricado pela empresa de Caxias doSul, equipado com motor diesel turbo-alimentado de seis cilindros e 11 020cilindradas, acoplado a uma caixa decâmbio de dez velocidades à frente.

Mesmo operando fora de estradas,esse caminhão carrega quase duas ve-zes o peso transportado pela maiorescarretas de três eixos dos tipos comu-mente vistas nas rodovias. Apesar deseu grande porte, ele é extremamenteágil, sendo operado de uma cabinepara uma pessoa, por meio de coman-dos totalmehte auto matizados.

Para suportar o grande peso de suacarga, a suspensão traseira é fixa, eatua por intermédio de diferencial au-toblocante. A dianteira possui feixesde molas, e o acionamento de direção éhidráulico. Em locais planos, a veloci-dade máxima do bottom-dump é decinquenta quilômetros horários, atécom carga total. Seu peso (tara) é de26 000 quilos, sendo 10 000 do cavalomecânico e 16 do semi-reboque bot-tom-dump. Quando carregado comcarga máxima, o conjunto pesa 74toneladas.

A estabilidade, a armazenagem e ascaracterísticas de emprego dos defen-sivos agrícolas têm sido preocupaçãodos fabricantes e usuários desses pro-dutos. As sílicassintéticas -Bióxido deSilício e SíHco-Aluminato de Só-dio - respondem às necessidades degarantia de qualidade dos defensivos,por serem constantes na pureza e naqualidade da produção industrial des-sa matéria prima.

As sílicas sintéticas já estão em pro-dução no País pela Rhodia S.A., emPaulínia, Estado de São Paulo, numvolume da ordem de 13500 t/ano,

gerando uma economia de divisas daordem de US$ 20 milhões anuais, con-siderado o preço CIF internacional deUS$ 1 500 por tonelada, pela substitui-ção das importações.

Embora sejam largamente utilizadasna mistura da borracha, tintas e outrosprodutos, a aplicação das sílicas sintéti-cas nos defensivos agrícolas foi deta-lhadaem palestra que H. A. Pellequer,engenheiro químico francês, fez noCentro de Convenções de São Paulo,

30

PRODUTOS E MATERIAISAs sílicas sintéticas são fabricadas no Brasil

no Centro Empresarial (Av. MarginalPinheiros).

A palestra foi uma promoção daRhodia, através de sua coligada Si1ico-sil, em colaboração com o Sindicato daIndústria de Defensivos Agrícolas deSão Paulo e ANDEF - Associação Na-cional de Defensivos Agrícolas.

PROCESSO DE PRODUÇÃO

A produção das sílicas sintéticas érealizada em condições definidas deconcentração, temperatura, agitação,ordem e velocidade de adição dos rea-

gentes, neutraliza-se a solução de sili-cato de sódio (matéria prima básica)com o uso de ácido sulfúrico paraprodução de dióxido de silício ou osulfato de alumínio para a de sílico-aluminato.

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

Os precipitados obtidos são lavadose secos por atomização. O produtofinal são as sílicas sintéticas, moídas ounão.

PROPRIEDADES

Devido às condições de precipitaçãocom que são obtidas as sílicas, elas seapresentam como pós, amorfos, bran-cos, finos, muito leves e porosos (por-tanto, absorventes). Por serem amorfasas sílicas sintéticas não possuem ne-nhum poder abrasivo, poupando osequipamentos do desgaste, seja na pro-dução ou na aplicação na lavoura.

Inertes em sua fisiologia, a inalaçãoacidental não oferece nenhum risco desilicose ou câncer aos que as manipu-lam, contrariamente às sílicas naturais.

Abrilde 1982- 126

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sendo aperfeiçoado através dos anos,tanto em seu desenho como em sua

tecnologia, visando a satisfação dousuário através de sua eficiência edurabilidade.

O Philishave é um barbeador elétri-co, de sistema Totativo, com 3 cabeçascortadoras e flutuantes, com 90 mi-ero-ranhuras cada, cortadores de aço-

prata auto-afiáveis e aberturas bemlongas para que os fios de barba, dequalquer comprimento, possam pene-trar com facilidade no barbeador paraserem cortados eficientemente.

A disposição circular desses sulcos

independentemente do modo como opermite que os pelos sejam cortadosusuario movimenta o aparelho juntoao rosto, enquanto os cortadores, posi-cionados em um ângulo favorável, con-correm para um corte uniforme atra-vés da superfície cutânea. Assim, ospelos nascem de maneira natural sema calosidade da camada córnea provo-cada pelo uso da lâmina de barbearque corta, além dos pelos, as bordasdos poros. *

H istória do desenvolvimento das pastas de pnta da Do POIIt

As pastas de prata da Du Pont sãousadas para produzir caminhos condu-tores de eletricidade sobre papel, plás-tico, borracha, vidro, cerâmica, ou

, qualquer outra superfície não-condu-tora, podendo ser aplicadas por imer-são, spray, pincel ou impressão seri-gráfica. A espessura da impressão de-termina as propriedades condutoras,como resistência elétrica e à abrasão.Este sistema de impressão é largamen-te utilizado em cerca de 800 ítens daindústria eletrônica. Como é um pro-duto de tecnologia avançada, os volu-mes de produção dessa pasta não sãoelevados.

O processo utiliza pó de prata que émisturado a pó de vidro - tambémproduzido pela Du Pont - e a umterceiro componente, o veículo, paraformar uma pasta, de acordo comprocesso desenvolvido pela Du Ponl.

A história do desenvolvimento desse

processo começa em 1930, quando aDu Pont comprou, no Estado de Nova

Jersey, Estados Unidos da América,uma empresa que possuía know-howno processamento de sódio que, nomomento, interessava à companhia.Mas essa indústria tinha também de-

senvolvido um processo de produçãoenvolvendo a aplicação de filetes de

ouro e prata em porcelana e a aplicaçãode pigmentos ou metais em produtosde vidro para garrafas e decoração,utilizando metalurgia e químicas dovidro e orgânica.

Nessa mesma época, a Du Pont co-meçava a produzir composições deprata. para ser usadas como elétrodosem capacitores de mica - pequenaspartes eletrônicas utilizadas em rádiospara armazenar energia elétrica. Atécnica da aplicação dos filetes facilitoupara a Du Pont o início da utilizaçãodessa composições na indústria eletrô-nica e a abertura de promissora linhade novos produtos.

Assim, dentre as numerosas aplica-ções que a nova tecnologia permitiu,em 1968, a Du Pont começou a desen-volver um produto para ser utilizadoem desembaçadores de vidros trasei-ros de automóveis. Onibus e aviões jávinham empregando há anos um sis-tema elétrico para aquecer e desemba-çar seus pára-brisas, mas -que exigiavoltagens elevadas. Nenhum métodoprático e barato era disponível paraautomóveis. A nova tecnologia das pas-tas condutivas permitiu que vigias de-sembaçadoras pudessem ser lançadasao mercado de carros de passeio, adi-cionando um novo elemento à .segu-rança do trânsito.

Dow lança um herbicida pronto para uso

São Paulo, março de 1982A Dow Química S.A. acaba de lan-

çar o herbicida Tufordon* para cana-de açúcar, visando proporcionar aoagricultor o controle das plantas dani-

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nhas que impedem o crescimento docanavial, através de um processo deaplicação direta sem mistura prévia,graças à sua forma fIowable. Numasegunda etapa a empresa pretende

REVISTA DE QUíMICA INDUSTRIAL

lançar o Tufordon * para aplicação emcafé.

Totalmene desenvolvido nos labora-

tórios de pesquisa e desenvolvimentoda Dow no Brasil, localizados na cidadepaulista de Franco da Rocha, o Tufor-don * associa os dois princípios maistradicionais no mercado para aplicaçãoem culturas de cana -de-açúcar: 02,4- De o diuron, na forma de sólido suspen-so em líquido (fIowable), permitindo oseu uso diluído apenas em água.

Tufordon é fabricado no ComplexoIndustrial Agroquímico da Dow emFran(p da Rocha numa moderna insta-lação, de processo desenvolvido total-mente no Brasil, com um alto índice denacionalização dos seus equipamentose com a característica de ser a única

fábrica de,produto fIowable da Com-panhia no hemisfério sul.

Para Alberto Carvalheiro, Gerentede Marketing para Produtos Agroquí-micos, "fruto de nossa pesquisalocal, oTufordon é um produto desenvolvidoespecificamente para as necessidadesdo agricultor brasileiro".

Com esse novo produto, pretende-seampliar o uso de herbicida em cana-de-açúcar, atingindo o mercado formadopor pequenos agricultores que passa ater, de agora em diante, um herbicidaque, ao contrário dos demais, dispensaa pré-mistura e a constante agitaçãopois uma vez colocado no tanque depulverização, a própria agitação destemantém o produto em constante sus-pensão.

Com uma vazão de 400 litros de águae de 3 a 5 litros de Tufordon porhectare, este herbicida comprova suaeficiência e mostra-se muito mais eco-nômico do que a maioria das misturascomumente utilizadas no mercado decana-de-açúcar.

Segundo Antônio Mendes, Gerentede Produtos Herbicidas, "Tufordonfoi lançado no mercado de cana-de-açúcar objetivando facilitar a aplicaçãode herbicida a um baixo custo de trata-mento por área. As misturas no merca-do de cana atualmente, quando malconduzidas, podem ocasionar perdasao agricultor pois qualquer erro napré-mistura pode levar a uma sub-dosagem, que prejudica o controle dasplantas daninhas e consequentementebaixa a produtividade de cana, ou umasuper dosagem que eleva desnecessa-riamenteo custo do tratamento, oca-sionando ainda toxicidade à cultura,baixando também a produtividade".

* Marca reg. da Dow Químíca S.A.

Abril de 1982 - 128

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