newsbrazil - abril/2013

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o PAPA NÃO É BRASILEIRO NEM TODO BRASILEIRO PREFERE FUTEBOL Jovem troca o esporte mais popular no Brasil pelo rubgy e joga temporada na Irlanda páginas 6 e 7 páginas 10 e 11 FREE www.revistanewsbrazil.com ANO 3 - Edição 14 - ABRIL 2013 ESPETÁCULO NÃO SÓ COM A BOLA Copa do Mundo no Brasil promete tecnologia de ponta para receber a festa do futebol Páginas 13, 14 e 15 Mas Jorge Mario Bergoglio gosta de futebol, churrasco e mate! IMORTAL GÊNIO DAS PERNAS TORTAS Vida de Garrincha encanta irlandeses e logo estará emocionando nas telas de cinema páginas 20 e 21

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Edição de abril de 2013 da revista NewsBrazil. www.revistanewsbrazil.com

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Page 1: NewsBrazil - Abril/2013

o PAPA NÃO É BRASILEIRO

NEM TODO BRASILEIRO

PREFERE FUTEBOLJovem troca o esporte mais

popular no Brasil pelo rubgy e joga temporada na Irlanda

páginas 6 e 7

páginas 10 e 11

FREE

www.revistanewsbrazil.com

ANO 3 - Edição 14 - ABRIL 2013

ESPETÁCULONÃO SÓ COM

A BOLACopa do Mundo no Brasil promete

tecnologia de ponta parareceber a festa do futebol

Páginas 13, 14 e 15

Mas Jorge Mario Bergoglio gosta de futebol, churrasco e mate!

IMORTAL GÊNIO DAS

PERNAS TORTASVida de

Garrincha encanta irlandeses e logo estará emocionando nas telas de cinema

páginas 20 e 21

Page 2: NewsBrazil - Abril/2013
Page 3: NewsBrazil - Abril/2013

6 Especial

18 política

28CARNAVAL

13 COPA DO MUNDO

4 Palavra do editor

Conteúdo

8 Panoramas

10 Mundo

12 Imigração

16 Artigo

27 Cultura

20 CINEMA

23 Comportamento

24 Entrevista

26 Música

30 Gastronomia

31 ST. PATRICK’S DAY

32 ACONTECE

34 BEM-ESTAR

Page 4: NewsBrazil - Abril/2013

DiretorRaffael [email protected]

EdiçãoDaiani da [email protected]

Camila CasassaJornalista

Henry MiraJornalista

Andrea CordeiroJornalista

Juliana LougueGastróloga

Leonardo PereiraJornalista e fotógrafo

Fernanda LimaJornalista

Arte e designGelson Pereira

MarketingRodrigo [email protected]

Raquel [email protected]

Vendas e anúncios

- Denisa Gabriela Gherghina- Peter O’Neil- Richard Gibney

- Immigration press office- UCD- EPP media

- Miley Sarah- Silvia HT Borges- Sofia Sunden

Equipe Abril 2013

Palavra do editorOlá amigos leitores,

Mais uma edição chega até você! A revista News Brazil deste mês está com cheirinho de saudade do Brasil. Acredito que a neve, que persiste estar presente em plena primavera, andou tocando sentimentalmente nossa equipe, e os olhos dos jornalistas se voltaram para a pátria amada. O resultado deste fenômeno é uma edição repleta de boas notícias do Brasil!

Isso porque, assim como disse o Ministro Irlandês para Educação e Habilidades, Ruairí Quinn TD, na última edição da News Brazil, a atenção do mundo estará voltada para o nosso país nos próximos anos. Um dos motivos para este destaque é o esporte, o Brasil será sede da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016. No entanto, será que o País está preparado para receber eventos deste porte?

A nossa reportagem fez um giro pelas obras para a Copa do Mundo e o resultado você confere na matéria de capa. Também contamos com a contribuição da pesquisadora Sofie Sunden, que faz uma importante reflexão sobre os investimentos para estes eventos esportivos e os possíveis impactos na sociedade brasileira.

Mas o esporte não para por aí, ele é a grande estrela desta edição! Você vai conhecer irlandeses que estão fazendo um documentário sobre o futebol brasileiro, e brasileiro que está jogando rugby. A troca de figurinhas entre as duas nações não está apenas no setor da educação, como vimos na edição anterior.

Além do esporte também acompanhamos a comunidade brasileira na Irlanda, através do registro das comemorações do Saint Patrick’s Day e de uma entrevista com a brasileira que

é Miss Carnaval na ilha. Nossa equipe ainda vai deixar você informado sofre os principais fatos no Brasil e no Mundo. Confira tudo sobre o novo Papa na editoria de Mundo e as principais questões no cenário político brasileiro.

Para relaxar a coluna de gastronomia apresenta Portugal e o famoso bacalhau. Para evitar estresse, na hora de dividir moradia com outros estudantes, a coluna de comportamento sugere algumas pequenas atitudes que fazem toda a diferença. Na editoria de música, conheça alguns dos artistas que fazem parte do cenário musical nas ruas e bares de Dublin. E ainda, unindo o útil ao agradável, saiba como assistir filmes pode ajudar a dar um up no seu inglês!

Ana PatêzPsicóloga

Contribuições

Colaboradores

Revista News Brazil é uma publicação da DMP - Dreams Media ProducersEndereço: 41 Lower Dominick Street , Dublin 1Telefone: 018792365 Fax: 018792348Dublin, Ireland. www.revistanewsbrazil.com Email [email protected]

Todos os conteúdos da Revista News Brazil são apenas para informação geral e / ou utilização. Tais conteúdos não constituem aconselhamento e não devem ser usados na tomada (ou deixar de fazer) qualquer decisão. Algum conselho específico ou respostas a consultas em qualquer parte da revista é / são a opinião pessoal de tais peritos / consultores / pessoas e não são subs-critas pela Revista News Brazil.

Daiani Silveira

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Criado na Inglaterra, em 1845, o rugby é um dos esportes mais populares na Irlanda. O

jogo é disputado por duas equipes de quinze jogadores em partida de duas partes de quarenta minutos contínu-os, sendo que o relógio do árbitro só para quando algum jogador necessita de atendimento médico. Conhecido pelo intenso contato físico, o rugby pode até parecer violento em um pri-meiro olhar.

No entanto, logo após conhe-cer um pouco mais sobre o esporte, percebe-se que um dos aspectos mais importantes é o respeito às leis do jogo. E entre elas são destacados va-lores como a disciplina e a conduta dos jogadores para que, por exemplo, a pressão física em um adversário seja na tentativa de ganhar a posse de bola, e não, um ato intencional de ferir.

Atraído por estes valores, o brasi-leiro Lucas Viñas Vieira abandonou os treinos de futebol. “Eu gostava muito de futebol, meu pai era jogador e eu ia assistir sempre. Porém, com o passar do tempo, muitos dos valores e das virtudes desse esporte acaba-ram se resumindo apenas a dinheiro. Eu não concordo, por exemplo, com jogador fingindo ou desrespeitando o árbitro”, explica o jovem que pra-ticou dos 12 aos 14 anos de idade o desporto favorito dos brasileiros.

A maneira como Vieira descobriu o rugby no Brasil foi um pouco inu-

sitada. Aos 17 anos, o gaúcho natu-ral de Bagé mudou-se com a família para Maringá, no Paraná. “Na época, eu usava a rede social Orkut e vi um post de algumas pessoas interes-sadas em jogar rugby. Também de-monstrei meu interesse e compareci no local e na data determinada para um primeiro encontro do grupo.

Uma equipe amadora de jogado-res foi formada e as partidas seguem acontecendo até hoje. Vieira, que desde então pratica o esporte, é atu-almente estudante de Educação Físi-ca e assim como muitos jovens bra-sileiros, percebeu a necessidade de estudar inglês em busca de um maior leque de oportunidades.

Após decidir morar na Irlanda, ele entrou em contato com o Clontarf Rugby, um dos aproximadamente 20 clubes da liga amadora de rugby de Dublin, a capital da Irlanda. “Foi uma experiência muito boa, na verdade deu até inveja, lá no Brasil para jogar uma partida tem que ter toda uma preparação pré-viagem, locar ônibus, arrecadar dinheiro, etc. Aqui tem um time em cada esquina, eles jogam tanto nos finais de semana quanto durante a semana à noite”.

Além dos problemas de logística, o brasileiro aponta outras dificul-dades da prática do rugby em seu país. “Tem a questão da base, aqui na Irlanda existem todas as catego-rias com muitas crianças treinando, no Brasil ainda é difícil montar uma

equipe infantil ou juvenil, pois os pais pensam que o rugby é muito vio-lento”. No entanto, ele ressalta que o esporte é viril e de intenso contato fí-sico, porém, sempre seguindo as nor-mas e regras para um jogo saudável.

Na visão do jovem, ao contrário do que os pais pensam, o rugby pode ajudar as crianças na formação pes-soal e profissional, através dos valo-res que transmite como o respeito, o espírito de equipe, a determinação e a superação. “O Rugby em alguns países na Europa e na Oceania até entra no currículo profissional de tão importante que é considerado na for-mação”, relata.

Além disso, para o crescimento do esporte no Brasil, o jogador en-fatiza a necessidade de apoio dos órgãos públicos e privados. “Precisa-mos de dinheiro para comprar mate-rial para os treinos e jogos, confecção de uniformes, viagens, inscrições e coisas do tipo, e esse dinheiro, mui-tas vezes, ainda está saindo do bol-so dos atletas, que por sua vez nem sempre tem condições financeiras”.

Mesmo com todos estes desafios, Vieira volta para o Brasil cheio de esperança. “Eu levo daqui o respeito ainda maior pela hierarquia e a noção de que tenho que treinar muito mais para, quem sabe um dia, realizar o sonho que tenho desde que entrei para o esporte, chegar à seleção gaú-cha e à seleção brasileira de rugby”, confessa.

valores

Um esportede muitosPor Daiani Silveira

Brasileiro joga temporada de rugby na Irlanda

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6 Abril 2013

Especial

Page 7: NewsBrazil - Abril/2013

Troca cultural

De acordo com Kevin O’Mahony, um dos treinado-res do Clontarf Rugby, Lucas

Viñas Vieira chegou no clube no iní-cio da temporada, em setembro de 2012, com enorme entusiasmo e ra-pidamente se adaptou na equipe ní-vel J5, um grupo que reúne inician-tes do esporte, sendo composto por irlandeses e não irlandeses. “Ele fez um rápido progresso, superou as difi-culdades de comunicação, tornando--se jogador fixo na nossa equipe em um período de apenas duas sema-nas’’.

No entender de O’Mahony, a fa-cilidade de desenvolver a linguagem coloquial dentro do ambiente de equipe, foi um dos pontos positivos do brasileiro. “Pois isto é sempre um desafio para os jogadores que não são irlandeses, mesmo falando inglês”, ressalta. Outro destaque apontado foi a indiferença do jovem com as du-ras condições da prática do esporte na Irlanda, como por exemplo, o in-verno rigoroso e os campos pesados. A força de vontade possibilitou que, nas últimas semanas do intercâmbio, Vieira jogasse em um nível superior, o grupo J2.

Na temporada, cuja qual o brasi-leiro jogou durante seis meses, o gru-po J5 do Clontarf Rugby foi compos-to por 11 diferentes nacionalidades. “O mix cultural no plantel tem sido fantástico dentro e fora do campo”, destaca o treinador. Para ele, o inter-câmbio de Vieira foi de grande con-tribuição para o clube. “Além disso, é a primeira vez que a América do Sul é representada em Clontarf no J5 e espero que agora o Clontarf Rugby tenha tocado todos os continentes”, brinca O’Mahony, lembrando que o clube é aberto para dar boas-vindas a jogadores de todo o mundo, inde-pendentemente da habilidade ou tra-dição de rugby.

Linhade meta

Linha de5 metros

Banco de suplentes

Linha de meio

Linha de10 metros

Jogadores fora de campo devem permanecer junto ao banco de suplentes

Linhas laterais

O campo do rugby

7www.revistanewsbrazil.com

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Chamada para estudantes

A Associação das Universi-dades Irlandesas anuncia primeira chamada para es-

tudantes brasileiros interessados no programa de um ano de estudo no exterior. De acordo com a institui-ção, os interessados em estudar na Irlanda deverão se candidatar ao fi-nanciamento diretamente no site da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

Após a aprovação do recurso fi-nanceiro, o futuro aluno poderá apli-car para as universidades irlandesas durante o período de 10 à 20 de maio, através de um link que estará disponível no site da CAPES.

O embaixador Frank Sheridan assinou o acordo de participação de Instituições de Ensino Superior ir-landeses nos programas de gradua-ção do Ciência Sem Fronteiras, com o Dr. Jorge Almeida Guimarães, presi-dente da CAPES em 14 de dezembro de 2012.

Outras informações acesse www.educationinireland.com

União de pessoas do mesmo sexo

O tema sobre o casamento gay voltou à pauta no mundo com a escolha do novo Papa

Francisco, e no Brasil com o polêmico deputado Marco Feliciano (PSC-SP), que assumiu a presidência da Comis-são de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal.

No entanto, alguns países estão adiantados neste assunto. No Cana-dá, por exemplo, a lei do casamento gay e o direito à adoção está valendo desde 2005. A Argentina foi pionei-ra na América Latina, autorizando a união, em julho de 2010. Agora é a vez dos Estados Unidos decidir sobre o assunto. Juízes da Suprema Corte América estão analisando alguns ca-sos específicos e o parecer final sobre a aprovação ou não aprovação do enlace entre o mesmo sexo deve ser anunciado em junho.

Em alguns países da Europa o ca-

samento gay foi aprovado há alguns anos. A Holanda foi o primeiro país no mundo, a assinar a lei que existe desde 2001. Na Bélgica a união ho-mossexual entrou em vigor em 2003, no entanto, apenas três anos depois os casais obtiveram o direito à ado-ção. Em 2009 foi a vez dos casais do mesmo sexo da Noruega, celebrarem o enlace. Neste mesmo ano a Suécia liberou à adoção para casais do mes-mo sexo, que tem o direito à união desde 2005. Recentemente, a lei do matrimônio para todos também pas-sou a valer em Portugal. E na França, várias manifestações resultaram em um projeto de lei que será analisado pelo Senado no mês de abril.

O continente Africano também não está de fora da discussão e apro-vação da união de casais do mesmo sexo. Na Africa do Sul a lei existe des-de 2006.

Divulgação/NB

Divulgação/NB

Page 9: NewsBrazil - Abril/2013

Maconha pode ser liberada no esporte

A maconha é, no momento, o doping mais discutido no esporte. Apesar de estar na lista anti-doping, a planta é considerada uma substân-cia de melhoria no desempenho dos atletas. Alguns ídolos mundiais como o argentino Maradona, e o jogador brasileiro de vôlei Giba, já sofreram pelo resultado de teste ser positivo. No entanto, John Fahey, pre-sidente da World Anti-Do-ping Agency (WADA), informou que a erva po-derá ser removida da lista de proibições em breve.

Outro motivo para a legalização da maconha estaria relacionado aos testes anti-doping positivos em lu-tadores do Ultimate Fighting Cham-pionship (UFC), entre eles, os testes dos americanos Jake Shields, Nick

Diaz e Matt Riddle, assim como o do brasileiro Thiago Silva. Além disso, a venda da planta já é legalizada em alguns locais dos Estados Unidos, na Califórnia e em Nevada a substância pode ser comercializada para fins medicinais.

Inverno prolongado

A paisagem com neve no he-misfério norte do globo ter-restre é típica do Natal, pois

a estação do ano é o inverno, e este costuma apresentar temperaturas muito baixas. Nos filmes americanos e europeus que retratam esta época, os flocos formados por cristais de gelo dão um ar mágico ao clima natalino.

Mas para a surpresa de quem vive neste lado do mapa mundial, este ano a neve resolveu dar as caras tam-bém na Páscoa. Fortes tempestades tem afetado alguns países europeus e os Estados Unidos nas últimas sema-nas de março. Na Irlanda do Norte, por exemplo, estima-se que cerca de 10 mil reses morreram embaixo da neve em Belfast, pois em alguns con-dados o acúmulo chegou à 5 metros

de altura. O Exército do Reino Unido anun-

ciou na última semana do mês ações para ajudar os fazendeiros que esta-vam impossibilitados de alimentar os animais. Assim como, as autori-dades norte-irlandesas iniciaram a distribuição de alimentos básicos e medicamentos para pessoas de loca-lidades isoladas.

Além da Irlanda do Norte, outro local bastante afetado por este pro-longamento do inverno é a Escócia, onde cerca de três mil casas ficaram sem eletricidade. Cinco dias antes do domingo de Páscoa, três pessoas ha-viam morrido devido ao frio no Reino Unido, que de acordo com especialis-tas, presenciou uma das Páscoas mais frias de toda a história do país.

Gelson Pereira

Divulgação/NB

Page 10: NewsBrazil - Abril/2013

Por Andréa Cordeiro

Desde que Bento XVI anun-ciou sua renúncia ao cargo mais alto da Igreja Católi-

ca em fevereiro, alegando que não tinha mais forças para a tarefa de liderar a igreja, a eleição do novo Papa tem sido um dos assuntos mais comentados na imprensa interna-cional. Contrariando as expectati-vas e estatísticas, e marcando um importante período na história da Igreja Apostólica Romana, a escolha para o novo Papa aconteceu em ape-nas dois dias. O cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio foi eleito no último dia 13 de março com mais de 2/3 dos votos e adotou o nome de Francisco.

Foram muitas primeiras vezes nesta nova escolha, o que deixou a imprensa e a comunidade católica em polvorosa. Começou com Ben-to XVI e a renúncia, a primeira na história dos papados. Além disso, o argentino é o primeiro jesuíta da história a se tornar Papa, o primei-ro que nasceu na América Latina e o primeiro com um nome jamais ado-

tado por um pontífice. Papa Francis-co tem 76 anos e é o 266° da Igreja Católica Apostólica Romana.

No último dia 13 de março, o nome do eleito pelos 115 cardeais foi anunciado pela característica fumaça branca e com a tradicional fórmula latina “Habemus Papam!” (“Temos um Papa!”). O comunicado foi realizado pelo mais velho dos car-deais-diáconos, o francês Jean-Lou-is Tauran, e recebido com aplausos pelos fiéis que enfrentaram o frio e a chuva na Praça de São Pedro, no Va-ticano. Também houve festa na Ba-sílica de Buenos Aires, em que 200 fiéis argentinos assistiam à missa no momento do anúncio.

A decisão dos cardeais pelo Papa argentino surpreendeu, pois ele, apesar de citado inicialmente, não aparecia nas últimas listas de favo-ritos, que incluíam o brasileiro Dom Odilo Scherer e o italiano Angelo Scola. Apesar disso, foi revelado que ele foi vice no último conclave rea-lizado em 2005, quando foi eleito o alemão Joseph Ratzinger.

PerfilArcebispo de Buenos Aires e primado da Argentina, Jorge Mario Bergoglio é um homem tímido e de poucas palavras, que goza de grande prestígio entre seus seguidores, que apreciam sua total disponibilidade e seu estilo de vida sem ostentação. Ele é admirado pelos dotes intelectuais e, dentro do Episcopado argentino, é considerado um moderado. Mesmo tendo essas características mais introvertidas, se declarou amante do mate, do churrasco, do tango e do futebol, sendo um árduo torcedor do San Lorenzo, um dos cinco grandes times de Buenos Aires junto com Boca Juniors, River Plate, Racing e Indepediente.Nascido em 17 de dezembro de 1936, em Buenos Aires, na Argentina, Bergoglio formou-se em engenharia química, mas aos 21 anos decidiu se tornar padre, entrando para o seminário em Villa Devoto. Em março de 1958, ingressou no noviciado da Companhia de Jesus (jesuítas). Em 1963, ele estudou humanidades no Chile, retornando posteriormente a Buenos Aires.Entre 1964 de 1965, Bergoglio foi professor de literatura e psicologia no Colégio Imaculada Conceição de Santa Fé e, em 1966, ensinou as mesmas matérias em um colégio de Buenos Aires. De 1967 a 1970, estudou teologia. Em 13 de dezembro de 1969, foi ordenado sacerdote.Bergoglio foi reitor da Faculdade de Filosofia e Teologia de San Miguel, entre 1980 e 1986. Após completar sua tese de doutorado na Alemanha, serviu como confessor e diretor espiritual na cidade de Córdoba. Em 1992, Bergoglio foi nomeado bispo titular de Auca e auxiliar de Buenos Aires. Em 1997, ele foi nomeado arcebispo titular de Buenos Aires.Também atuou como presidente da Conferência Episcopal da Argentina de 2005 até 2011. E foi nomeado cardeal pelo então Papa João Paulo II, em 2001, até chegar ao Papado, agora em 2013.

PAPA É POP

Divulgação/NEWS.VA

10 Abril 2013

Mundo

Page 11: NewsBrazil - Abril/2013

Tarefa de manter a Igreja unida é um dos desafios na missão de Francisco

Papa Francisco não terá uma missão fácil. Para quem não sabe, as funções básicas de um

Papa estão em manter integridade e fidelidade do deposito da fé, se dedi-car à expansão do catolicismo e da fé cristã pelo mundo, nomear cardeais e eleger bispos, canonizar santos e criar dioceses, intervir em questões administrativas do Vaticano e da Igreja Católica em todo o mundo, tra-balhar pelo diálogo inter-religioso e pela defesa dos direitos-humanos.

Além disso, talvez uma das tarefas mais difíceis, precisará manter a uni-dade de uma igreja que, nas palavras de seu próprio antecessor, o agora Papa Emérito Bento XVI, está dividi-da e imersa em crises. Ao longo dos anos, o argentino se mostrou crítico em relação às desigualdades sociais e à união homossexual, assuntos que serão muito discutidos em seu papa-do.

A reforma da Cúria Romana, o fim da perseguição aos católicos na África e Ásia, a ampliação do diálogo ecu-mênico, além da discussão de temas

como divórcio, celibato e ordenação de mulheres já estão em pauta.

Em sua primeira missa como Papa, marcando oficialmente o início do pontificado na Basílica São Pedro, no Vaticano, além de passar a usar o anel de pescador que simboliza o po-der do pontífice, Francisco falou mui-to em defesa dos pobres, dos idosos, dos mais fracos e do meio ambiente. Ele afirmou que a liderança da Igreja Católica Apostólica Romana e de seus 1,2 bilhão de fiéis deve ser um “ser-viço humilde”, acolhendo a todos, e principalmente aos mais pobres.

A primeira viagem internacional do Papa Francisco já está marcada. Durante a missa de Domingos de Ramos, em 24 de março, ele anun-ciou que vai ao Brasil, para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que acontecerá de 23 a 28 de julho, no Rio de Janeiro. “Aguardo com alegria o próximo mês de julho, no Rio de Ja-neiro. Vamos nos encontrar naquela grande cidade”, falou à multidão que acompanhava o início das celebrações da Semana Santa.

ConclaveA revista NewsBrazil esteve em Roma dois dias antes do início do conclave e pôde sentir o clima na cidade. Nas ruas, nos restaurantes, nos hotéis e nas lojas o assunto entre as pessoas era a escolha do novo papa. Assim como, a imprensa já estava se organizando para o momento e a famosa chaminé, que iria expelir a fumaça branca anunciando o novo Papa, já tinha sido colocada no seu devido lugar.Na Praça de São Pedro conversamos com duas senhoras da Legião de Maria, coincidentemente uma irlandesa e que morou por alguns anos na Paraíba, no Brasil, Kathleen O´keeffi e a americana, de Nova York, Catherine Patten. Muito simpáticas, nos contaram um pouco da vida na cidade italiana, pois hoje vivem em Roma. Elas também aguardavam pelo início do Conclave e quando perguntadas o que acharam sobre a renúncia de Bento XVI foram muito categóricas: “Obra do Espírito Santo. E ele também já estava muito cansado, precisava disso”. Elas não quiseram palpitar sobre quem seria o novo Papa. “Não temos ideia nenhuma, esperamos que seja eleito aquele que Deus quiser”, disse Patten.

Divulgação/NB

11www.revistanewsbrazil.com

Page 12: NewsBrazil - Abril/2013

2004 Extensão Probatório para Estudante

Contexto

O Novo Regime de Tempo Inte-gral para estudantes não-euro-

peus iniciou no dia 1 º de Janeiro de 2011. O novo regime introduziu um período de residência máxima de 7 anos para os nacionais de países não--europeus que foram matriculados em cursos acadêmicos elegíveis na Irlan-da. O novo regime aplica-se a todos os estudantes não-europeus que vie-ram para a Irlanda após 1º de Janeiro de 2011 e para todos os cidadãos não--EEE que já estavam residindo como estudantes nessa data. Disposições especiais foram feitas para facilitar os alunos que excederam o prazo de sete anos na data da apresentação. Estas disposições foram estendidas em vá-rias ocasiões, desde a introdução do novo regime para permitir aos alunos “timed-out” completar seus estudos, usarem rotas de pós-estudo ou orga-nizar sua partida da Irlanda.

Como medida final em apoiar à transição para o Novo Regime, uma extensão experimental para o estu-dante está sendo disponibilizada para os alunos que têm sido residentes con-tinuamente no Estado antes de 1º de Janeiro de 2005 (ou seja, o estudante deve ter recebido o cartão GNIB du-rante ou antes 2004 e para cada ano depois disso). Estes novos procedi-mentos irão permitir que os alunos elegíveis residam na Irlanda por um período adicional de dois anos em condições especificadas. Além disso, na conclusão do período experimen-tal de dois anos os estudantes serão elegíveis para se candidatar a um estado mais permanente com a con-dição de que certas obrigações sejam cumpridas.

Elegibilidade

Não-EEE nacional que registrou residência na Irlanda como estu-

dante, em ou antes de 31 de Dezem-bro de 2004, e que iniciou seus estu-dos em ou antes de 31 de Dezembro de 2004 poderá requerer extensão ex-

perimental especial. Os estudantes não-europeus que

não são mais residentes no Estado, não serão elegíveis para a concessão da extensão experimental .

Para que seja concedida ao estu-dante a extensão, ele deve ter mantido a extensão a sua residência como um estudante desde o primeiro registro, até a data do requerimento da Exten-são Experimental do Estudante. O estudante que não estiver registrado e que tiver uma diferença significativa no registro não será elegível para se candidatar para a extensão.

Os estudantes também deverão suprir o certificado P60 que foram adquiridos nos últimos três anos.

Para requerer a extensão os estu-dantes elegíveis também deverão pre-encher o formulário e a Declaração Estatutária para Extensão Experi-mental do Estudante.

Detalhes da Extensão Experimental do Estudante

A Extensão Experimental do Es-tudante permitirá que os alunos

elegíveis se registrem ao período ex-perimental por dois anos. Durante este período estudante elegíveis resi-dirão com o carimbo 2 e sua situação continuará como estudante.

As condições de residência se-guintes serão requeridas para o perí-odo experimental -

• O aluno elegível não será obriga-do a ser registrado ou matriculado em um curso acadêmico.

• O estudante elegível terá per-missão para trabalhar por um perío-do máximo de 40 horas por semana, sem ser obrigado a possuir um visto de trabalho.

• O aluno elegível terá que manter o seguro médico particular.

• Os estudantes elegíveis deverão residir no Estado sem pedir ajuda de fundos públicos ou programas de assistência social (por exemplo, pres-tações suplementares de assistência social, cartão médico, seguro desem-

prego, etc.) • Os estudantes elegível não serão

autorizados a aplicar para a reunifi-cação com os familiares que residem fora do Estado.

• O aluno elegível tem de ser de bom caráter e deve demonstrar que cumpre a lei.

Conclusão do Período Experimental

Na conclusão do período expe-rimental de dois anos os estu-

dantes elegíveis poderão solicitar o carimbo 4 a residir no Estado. Os alunos serão obrigados (a) -

• Demonstrar que residiram na Ir-landa durante o período experimen-tal, e

• Apresentar o certificado P60 vá-lido o qual foi emitido durante o perí-odo de dois anos de estágio, e

• Residir no Estado, sem pedir por fundos públicos ou assistência social (por exemplo, prestações suplementa-res de assistência social, cartão médi-co ajuda desemprego etc.), e

• Seja de bom caráter e não ter sido condenado ou acusado de qual-quer crime, e

• Pagar uma taxa de imigração adequada.

Um formulário de inscrição apro-priado será publicado em 2014. A taxa de imigração será pago no final do segundo ano da Extensão Expe-rimental do Estudante. O valor da taxa será decidida pelo “Minister for Justice & Equality” e será publicado antes do final do período dos dois anos experimentais. Perguntas sobre a Extensão Experimental do Estudante pode ser abordada através de e-mail apenas para [email protected].

Tradutora /Interprete: Português/Inglês ou Inglês/Português Silvia HT Borges Tradutora e Interprete pertencente a Associação de Tradutores e Interpretes da Irlanda.(ITIA) Experiência em interpretações e traduções em tri-bunais (Irlanda) e voluntariada da Crosscare.ie e orgãos afins. E-mail: [email protected] Celular : 087 187 6818

AVISO Estudantes que residem na Irlanda antes de 01 de Janeiro de 2005

Page 13: NewsBrazil - Abril/2013

O futebol surgiu na Inglaterra, mas foi no Brasil que ele se tornou quase uma religião.

E em pouco mais de um ano o país pentacampeão irá receber a maior festa deste que é o esporte mais popular no mundo. A 20ª edição da Copa do Mundo de Futebol aconte-ce entre os dias 12 de junho e 13 de julho do ano que vem. E enquanto a bola não rola, o momento é de obras de norte a sul do país. Planejamento e tecnologia de ponta são palavras de ordem para receber os visitantes.

Entre as preocupações, o tapete onde os craques mais badalados do planeta vão duelar é uma das primei-ras. Dos 12 estádios que receberão jogos da Copa, seis serão novos e o restante passa por profundas refor-mas. O gramado de todos eles terá cuidados e tecnologias utilizadas nas principais arenas europeias e já testadas na última edição do Mun-dial, em 2010 na África do Sul.

A Federação Internacional de Fu-tebol (Fifa) acompanha de perto as obras e tem como parceira a empre-sa britânica STRI desenvolvendo os projetos dos gramados dos 12 pal-cos da Copa. A STRI já assessorou o desenvolvimento dos gramados de grandes estádios da Europa e pres-

tou o mesmo serviço para a Fifa na preparação para o Mundial de 2010.

O gramado do Maracanã, no Rio de Janeiro, palco da decisão da Copa de 2014, por exemplo, foi plantado no mês passado e já deve estar dis-ponível para os primeiros testes no final de abril. A tecnologia de plantio é espanhola e a mesma utilizada em estádios como o Camp Nou, do Bar-celona. O sistema de irrigação para manter o tapete verde o ano inteiro é dotado de aspersores de comandos individuais e sensores de umidade. O Maraca é o primeiro estádio no Brasil a utilizar esse sistema.

A grama utilizada em todas as arenas da Copa do Mundo será da espécie Bermuda, indicada para o clima tropical do Brasil. Nas sedes de São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, serão mescladas no plantio outras espécies de grama de crescimento mais rápido por causa das tempe-raturas mais baixas nessas cidades. Mesmo que o Mundial, motivo prin-cipal das reformas e construções dos estádios, aconteça em uma época em que não há ocorrência de chu-vas torrenciais, todos os gramados terão sistema de drenagem a vácuo, quatro vezes mais eficiente do que o convencional.

Por Gelson Pereira

high-techUma CopA

Divulgação/NB

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Copa do Mundo

Page 14: NewsBrazil - Abril/2013

Ensaio para o mundial acontece em junho deste ano em seis cidades-sede

Antes da Copa do Mundo, o Brasil vai receber um en-saio do Mundial no próximo

mês de Junho, entre os dias 15 e 30. A Copa das Confederações reuni-rá, além do país sede e da Espanha, atual campeã mundial, os campeões continentais: Japão, Itália, México, Uruguai, Nigéria e Taiti. Para esta competição preparatória, a Fifa esco-lheu seis cidades-sede: Brasília, Belo Horizonte, Fortaleza, Recife, Salva-dor e Rio de Janeiro, que receberá a partida final.

Dois estádios estão prontos e já foram inaugurados. O primeiro estádio da Copa de 2014 a ser en-tregue foi o Castelão, em Fortaleza.

A inauguração aconteceu ainda em dezembro, com um show do cantor cearense Fagner. A bola, no entanto, rolou apenas em janeiro. Fortaleza e Sport empataram em 0 a 0 pela Copa Nordeste.

No início de fevereiro foi a vez do Mineirão, em Belo Horizonte, voltar a receber jogos oficiais. A cerimônia de reabertura do complexo começou em uma sexta-feira e teve show da banda mineira Jota Quest. No do-mingo, um clássico entre Cruzeiro e Atlético-MG, pelo Campeonato Mi-neiro, marcou o retorno da bola ao gramado do estádio construído na década de 1960. A vitória foi cruzei-rense: 2 a 1.

ConfortoPara o torcedor as novidades serão muitas. A Copa do Mundo promete transformar a forma como os apaixonados pelo futebol assistirão às partidas. A infraestrutura de ponta é uma exigência da Fifa. Além de acompanhar os jogos em assentos confortáveis, quem for ao estádio terá à disposição telões de alta definição para ver os mínimos detalhes do duelo que acontece diante de seus olhos.Ingressos assinados digitalmente, para evitar a falsificação, e acessos rápidos à arquibancada também são novidades nas novas arenas do Brasil. Além da cobertura total das arquibancadas em todos os 12 estádios que receberão a Copa. E a interatividade inclui rede Wi-Fi gratuita para o torcedor poder ficar conectado durante a partida.

Estádio Mineirão, em Belo Horizonte, foi o segundo a ter as obras finalizadas e já está recebendo jogos do Campeonato Mineiro

14 Abril 2013

Page 15: NewsBrazil - Abril/2013

Como andam as obras dos 12 estÁdiosMineirão (Belo Horizonte-MG)

Concluído64,5 mil lugaresReformado

Inaugurado no início de fevereiro, já está sendo utilizado no Campeonato Mineiro e receberá a Copa das Confederações.

Mané Garrincha (Brasília-DF)

No prazo71 mil lugaresReconstruído

A previsão de inauguração é para o dia 21 deste mês, mas apenas com uma cerimônia pública. Ainda não está agendado o primeiro jogo na arena que será palco da Copa das Confederações.

Arena Pantanal (Cuiabá-MT)

No prazo43,6 mil lugaresNovo

O estádio deve ser inaugurado em novembro com uma partida da seleção brasileira e um show, ainda sem data exata.

Arena da Baixada (Curitiba-PR)

No prazo42 mil lugaresReformado

A estrutura deve ser entregue dentro do prazo, que vence no dia 30 de dezembro deste ano. Mas jogos só deverão acontecer nos primeiros meses de 2014.

Castelão (Fortaleza-CE)

Concluído67 mil lugaresReformado

O estádio foi o primeiro a ser finalizado e já está recebendo partidas do Campeonato Cearense. Também estará na Copa das Confederações.

Arena Pernambuco (Recife-PE)

No prazo46 mil lugaresNovo

As instalações devem ser entregues no dia 14 de abril, mas a primeira partida deve acontecer apenas em maio, mas as equipes e a data ainda não estão definidas.

Arena da Amazônia (Manaus-AM)

No prazo44,3 mil lugaresNovo

A previsão é de que o estádio receba seu primeiro jogo no final do ano. Não está descartada a realização de jogos do Brasileirão deste ano em Manaus.

Arena das Dunas (Natal-RN)

No prazo45 mil lugaresNovo

A obra atrasou no início, mas já passou da metade da construção e será inaugurado em dezembro deste ano.

Beira-Rio (Porto Alegre-RS)

No prazo60,8 mil lugaresReformado

O estádio do Internacional foi fechado após o Brasileirão do ano passado e está com 60% das obras concluídas. A reinauguração do complexo deve acontecer em novembro deste ano.

Maracanã (Rio de Janeiro-RJ)

No prazo 76 mil lugaresReformado

O Maraca será entregue à Fifa no dia 27 de abril, mas a primeira partida acontece apenas no dia 2 de junho, entre Brasil e Inglaterra. O Estádio receberá jogos da Copa das Confederações.

Fonte Nova (Salvador-BA)

Concluído50 mil lugaresReconstruído

Inaugurado com um clássico entre Bahia e Vitória no início de abril, o novo estádio da capital baiana será uma das sedes da Copa das Confederações em junho.

Arena Corinthians (São Paulo-SP)

No prazo65 mil lugaresNovo

Com cerca de 70% da obra concluída, o novo estádio do Corinthians deve estar pronto até dezembro, mas será utilizado para jogos oficiais apenas no ano que vem.

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Page 16: NewsBrazil - Abril/2013

Copa do Mundo no BrasilLegados, impactos econômicos e sociais

Por Sofia Sunden

É um momento histórico no Brasil. O Brasil está atualmen-te se preparando não apenas

para um, mas para dois dos maiores eventos de esporte do mundo; os Jo-gos Olímpicos de Verão, em 2016, e a Copa do Mundo de futebol, em 2014. É uma situação excepcional que um país é selecionado para ser o anfitrião destes dois mega eventos de esportes em um curto espaço de tempo. Isto é, sem dúvida, uma grande opor-tunidade para o Brasil demonstrar a sua capacidade como anfitrião e organizador. Assim como, o evento resultará em uma série de impactos no País, incluindo o aumento das atividades econômicas, através de maciços investimentos públicos em novas infra-estruturas, um crescente interesse de investidores estrangei-ros e a criação de oportunidades de

emprego nos setores de turismo e de construção.

As autoridades brasileiras, o Co-mitê Olímpico Brasileiro e os orga-nizadores da Copa do mundo estão todos promovendo estes jogos inter-namente como uma grande oportu-nidade para criar um legado duradou-ro e positivo desses eventos, mesmo após os jogos terem acabado. O em-blema dos Jogos Olímpicos é Paixão e transformação, que demonstra a convicção dos organizadores de que estes eventos vão transformar o Bra-sil e fazer a longo prazo um legado na sociedade. Mesmo que ninguém pode saber ainda a duração do im-pacto no Brasil, através de uma série de artigos vamos discutir o conceito de legado e considerar os possíveis legados desses jogos no Brasil.

Além das novas arenas e infra-

-estrutura, quais serão os impactos na economia e na sociedade brasilei-ra? Enquanto os organizadores estão enfatizando os legados positivos que estes jogos supostamente irão criar, há inevitavelmente as possibilidades dos legados negativos, como enor-mes perdas econômicas e violações do direito internacional, por força de despejos de pessoas de suas casas. Esses tipos de heranças negativas ocorreram em muitos outros países que organizaram mega eventos des-portivos, e nem despejo de pessoas, assim como perdas econômicas são incomuns. A hospedagem de dois dos mega eventos mundiais de es-porte no Brasil sem dúvida vai deixar um impacto no País e particularmen-te no Rio de Janeiro, além de 2016, a questão permanece: que impactos serão estes?

Jogos Olímpicos e a

Ricardo Zerrenner/Riotur

16 Abril 2013

Artigo

Page 17: NewsBrazil - Abril/2013

Legado – um conceito impugnado

Legado é um conceito que é muitas vezes mencionado em relação ao mega evento de es-

portes e está normalmente ligado as melhorias no bem-estar a longo prazo. Ele envolve melhorias dura-douras nos meios de subsistência dos moradores locais, como o or-gulho nacional, a melhora da repu-tação internacional e a melhoria da infraestrutura. Os governos muitas vezes enfatizam os resultados po-sitivos potenciais para inaugurar a aprovação pública e justificar o gasto de grandes quantidades de dinheiro público, que é o que está acontecendo atualmente no Brasil. Os organizadores e autoridades bra-sileiras repetidamente enfatiza que estes eventos desportivos são sobre a criação de um legado duradouro para além de 2016 no Brasil e como estes jogos transformarão o Brasil, supostamente para melhor.

O uso de um famoso legado, fre-quentemente como um exemplo dos fortes impactos dos mega eventos de esporte, é os Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992. Os Jogos Olímpicos reforçavam Barcelona e tornaram a cidade famosa pelo seu designer inovador e desenvolvimen-to urbano. No entanto, por outro lado, enormes perdas econômicas e

de violação dos direitos humanos, devido despejos à força, parecem ser um legado mais comum. E a lista dos países que sofreram enormes perdas econômicas e violação dos direitos internacionais pela força de expul-sar pessoas é longo: Atenas, Pequim, Vancouver, África do Sul etc.

Legados de mega eventos de es-porte anteriores demonstram que os legados no passado foram positivos e negativos. Enquanto os organiza-dores e dos políticos usam a noção de legado como um resultado posi-tivo para o apoio do público usuário, o legado pode também fornecer uma sequência negativa como enormes perdas econômicas. O cenário dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro pode ser um prejuízo financeiro, o custo será pago pelos contribuintes brasileiros desde que três níveis de governo têm garantido para o Co-mitê Olímpico Internacional que quaisquer perdas serão pagos pelo governo brasileiro (no caso de Van-couver em 1976, o governo estava fazendo pagamentos até 2006).

Previsões econômicas têm sido feitas para mostrar os impactos eco-nômicos de organizar esses eventos. Uma pesquisa da Universidade de São Paulo e um relatório da Ernst and Young, ambos concluem figu-

ras de oportunidades de aumento de emprego, investimento estrangeiro, aumento do turismo e atividade eco-nômica em geral. Isso tudo é bom, no entanto, qualquer previsão eco-nômica deve ser lida com um certo grau de ceticismo, uma vez que mos-trou no passado, que muitas vezes não são econômicas previsões a falta dos resultados reais.

Existem sérios problemas na re-lação entre a metodologia usada em previsões feitas antes e os cálculos mais tarde sobre os impactos. O que é curioso a considerar é que as previ-sões econômicas feitas antes e o que virá depois, raramente é feito pelas mesmas pessoas, mas normalmente os impactos econômicos são calcula-dos por empresas de consultoria em nome das nações de hospedagem. Considerando que os relatórios fi-nais, investigando os resultados são, geralmente, feitos por pesquisado-res acadêmicos em nome de univer-sidades ou para ser publicados em revistas acadêmicas.

Concluindo a primeira obser-vação: a motivação para estes mega eventos de esportes de hospedagem parece ser a esperança de ganho eco-nômico e crescente reputação políti-ca. Se o prêmio vai valer a pena, só se saberá com tempo.

motivação

O que motiva um país para sediar mega eventos de es-porte? Para o país de aco-

lhimento, preparando-se para um mega-evento esportivo é necessá-rio de grandes investimentos pú-blicos em infra-estrutura, sistema de transporte melhor, construção de arenas e complexa de carcaça. O custo das melhorias de infra-estru-tura necessária é geralmente ofus-cado pelas perspectivas de ganhos econômicos e o objetivo de melhor reputação de renome mundial polí-tico.

A escala de hospedagem de um mega evento de esporte é atual-

mente tão grande e com tantos diferentes atores envolvidos, que chega a ser considerado como as-suntos globais que vão bem além da construção de arenas e atração de turismo adicional. Para os países de acolhimento parecem ser conside-rado uma média por Estados para perfil próprios para investidores estrangeiros e turistas potenciais; um potencial para melhorar o perfil de mercado do país. A este respei-to, mega evento de esporte ganhou uma importância política para os países de acolhimento. O caso do Brasil não é exceção. O Brasil pode ganhar uma reputação crescente

devido a estes jogos, contudo eco-nomicamente, estes mega eventos de esportes serão um assunto caro. Investimentos em novos terminais de aeroportos aeroporto, estradas e linhas de Bus Rapid Transit estão sendo desenvolvidos como parte dos preparativos. O custo de infra-estrutura e local, apenas no Rio de Janeiro, somam R$ 23,2 bilhões, pagos pelos fundos públicos. Adi-cione o investimento na melhoria da infra-estrutura de todo o país e o investimento maciço em seguran-ça. Não há a menor dúvida de ser um negócio caro, no entanto, tal-vez os ganhos serão maiores?

17www.revistanewsbrazil.com

Page 18: NewsBrazil - Abril/2013

Por Camila Casassa

O Manifesto a favor da cassação do Presidente do Senado bateu o número de 1,5 milhão de assinaturas

Em 2007, denúncias fizeram Re-nan Calheiros pedir a renún-cia da presidência do Senado,

evitando assim a sua cassação. Após seis anos de afastamento, o ocorri-do não impediu Calheiros de voltar a concorrer ao cargo neste ano. No dia 01 de Fevereiro, os congressistas o elegeram por 56 votos como o seu Presidente.

O novo mandato de Renan Ca-lheiros não começou tão bem como ele desejava. Antes mesmo de sua eleição, houve movimentos pedindo a queda de sua candidatura. Mesmo com todos os protestos, Calheiros voltou ao comando do Senado e com isso, as manifestações continuaram a crescer em todo o Brasil e no mundo.

Uma das iniciativas contra o mandato veio do representante co-mercial Emiliano Magalhães, de Ri-beirão Preto, que criou uma petição online e obteve mais de 1,5 milhão

de assinaturas. A ideia de Emiliano é que este manifesto atinja a mar-ca de 1,6 milhão para que possa ser levada ao congresso. Para o advoga-do e especialista em política, Kleber Bispo, a iniciativa deste manifesto é um exemplo de mobilização, mas não pode derrubar Calheiros da Pre-sidência do Senado ou de seu cargo de Senador. “Pela atual legislação, apenas as assinaturas coletadas de forma física têm valor jurídico e, ain-da assim, essas iniciativas se limitam à proposição de projetos de lei. Isso quer dizer que não é possível cassar um senador ou alterar o rito das vo-tações parlamentares, uma vez que esses casos estão descritos na Cons-tituição”, declara o advogado.

Neste caso, a cassação de Renan Calheiros só seria possível caso o processo fosse iniciado com uma re-presentação feita pela mesa direto-ra, ou por algum partido político no

Conselho de Ética do Senado. Segun-do o advogado, seria necessária uma reforma legislativa, desde a Consti-tuição Federal, com regulamentação em leis infraconstitucionais para que se possibilite uma participação popu-lar, por meio de um número mínimo de assinaturas online.

“Esses manifestos representam o amadurecimento da democracia, e a mobilização popular por meio dos novos mecanismos de comunicação da internet que se propagam com muito mais celeridade”, e Kleber fi-naliza, “sou favorável à regulamen-tação legal no sentido de validar ma-nifestos por assinatura pela internet, pois hoje estamos na era da certifica-ção digital, processos judiciais digi-tais, e porque não avançar política e democraticamente nesse sentido, colocando mais essa ferramenta para a participação popular na democra-cia?”.

Brasileirosvoltam às Ruas

Letícia Mendes

18 Abril 2013

Política

Page 19: NewsBrazil - Abril/2013

Câmara aprova fim de benefícios extras aos congressistas

Em 27 de fevereiro deste ano, foi aprovado pela Câmara a extinção do pagamento do

14º e 15º salário para deputados e senadores. O processo já estava na fila da votação há mais de um ano e foi anunciado como prioridade pelo recém-empossado presidente da Câ-mara, Henrique Eduardo Alves, que assumiu o cargo em 04 de fevereiro.

Durante sua candidatura à presi-dência da Câmara, uma de suas pro-messas de campanha era a votação para extinguir o benefício. Após ser empossado, Alves negociou e conse-guiu a aprovação unânime da propos-ta.

A renumeração era feita duas ve-zes por ano a cada um dos 594 parla-mentares, sendo 513 deputados e 81 senadores, que recebiam dois salários extras de R$ 26,7 mil. Com a nova medida, durante os quatro anos de

mandato, os parlamentares vão cus-tar para a Câmara cerca de R$ 80,1 milhões a menos. Os deputados e se-nadores ainda terão direito a receber ajuda de custo paga no inicio e no fi-nal do mandato, além de auxílio com despesas de mudanças.

Quando a capital brasileira ainda era o Rio de Janeiro, a Constituição de 1946 decretou que os parlamenta-res começassem a receber ajudas de custo extras para conseguir lidar com as constantes viagens, que na época eram mais difíceis e mais caras, e des-de então, benefícios são acrescenta-dos aos cargos políticos.

Em entrevista recente ao site UOL, o filósofo Roberto Romano, professor de Ética e Filosofia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), afirma que este passo dado pelos par-lamentares serve para encobrir e se redimir de uma falha imperdoável.

“Acho que se esses pagamentos forem suspensos, é um pouco mais de res-peito que os parlamentares mostram diante do dinheiro do povo. Mostram que [a suspensão] atenua um pouco a tirania que os move. A definição mais importante de tirania vem de Platão e Aristóteles e foi assumida no começo da Modernidade. Nessa formulação diz que o tirano é aquele que usa os bens dos governados como se fossem seus”, afirma.

Após a medida, a ideia do presi-dente da Câmara era analisar mais os honorários dos funcionários, para que houvesse novos cortes como este. Em recente decreto, a Câmara aprovou uma nova regra para o paga-mento da hora extra noturna. A nova regra que começa a valer a partir de abril, restringe o benefício a funcio-nários que fizerem mais de 40 horas semanais de trabalho.

Você sabia?Trabalham no Senado três representantes de cada estado e mais três para o Distrito Federal. Ao contrario dos deputados, que representam o povo, os senadores representam seus estados.Entre as funções dos senadores, estão a

criação e fiscalização de leis existentes no Brasil, a autorização de operações externas de natureza financeira, e a aprovação das nomeações de autoridades indicadas pelo Presidente da República, como Ministros e Procuradores.

A Suécia é reconhecida pela política transparente, onde corrupção é coisa rara. Lá, governador e prefeito não possuem o direito à residência oficial. Deputados estaduais e vereadores não recebem salários e também não têm direito a gabinete.

Trabalham de casa. Durante a semana, enquanto estão no congresso, os deputados vivem em apartamentos funcionais, onde a lavanderia é comunitária e não há empregados para fazer o serviço doméstico.

José Cruz/Agência Senado

19www.revistanewsbrazil.com

Page 20: NewsBrazil - Abril/2013

Por Henry Mira

GARRINCHA30 anos após a morte de um dos maiores jogadores do futebol mundial, ainda há histórias para contar - e imaginar - sobre os anjo de pernas tortas

Driblar era como caminhar. Não importava para qual lado, o gênio das pernas tor-

tas não errava a passada. Mas o rus-so, o sueco, o flamenguista, o cru-zeirense... todos os seus marcadores erravam. Bastava observar o movi-mento das pernas de Mané, o Gran-de Garrincha, hora para a esquerda, hora para a direita, sempre caindo pela ponta direita. Rei dos dribles, da essência do futebol brasileiro.

Para aqueles que vêem em Gar-rincha apenas um espelho do pas-sado glorioso do futebol brasileiro, suas imagens em preto e branco não chamam tanta atenção quanto as chuteiras multicoloridas filmadas em alta definição de Messi e Neymar. A garotada se identifica com o novo, moderno, isso é natural. Mas basta procurar imagens de Manoel Fran-cisco dos Santos, nome de batismo da “Alegria do Povo”, apelidado as-sim nos tempos de Botafogo, que fa-cilmente percebemos que se tratava de um monstro em campo. Para ele, defensores não tinham nomes, esta-vam ali para serem driblados uma, duas, três vezes. Sem desrespeito al-

gum, apenas porque era instintivo. Em uma entrevista de arquivo da TV Cultura, de 1994 (apresentada na reportagem especial “Garrincha 75 Anos”, de 2008), o jornalista Sandro Moreira definiu de forma certeira o talento de Mané. “Ele era o Charlie Chaplin do futebol”. Nilton Santos, outro dos grandes nomes do futebol brasileiro, conta, na mesma repor-tagem, a paixão de Garrincha pelos dribles. “O Zezé Moreira (treinador do Botafogo na década de 50) colo-cava uma cadeira para ele driblar e bater no gol. Aí ele driblava a cadeira e voltava para driblar outra vez”.

Mas, conforme Mané driblava, seus joelhos ficavam cada vez mais expostos a lesões e sua rotina de jogos do Botafogo não lhe dava des-canso. Quando foi constatada uma lesão mais grave que o tiraria de combate por três meses, em meados dos anos 60, a diretoria do clube ca-rioca não permitiu esse intervalo e o jogador foi para o sacrifício - por anos, o que adiantou o fim de sua carreira.

A estrela solitária brilhou tan-tos anos no Botafogo e na seleção

brasileira e fez sorrir o país com a habilidade de suas pernas tortas, mas nunca bambas. Ainda assim, Garrincha caiu. Caiu em doses cada vez maiores de seu alcoolismo no final da carreira e, antes de comple-tar meio século de vida, o mestre dos dribles deixou fãs, uma deze-na de filhos e casos amorosos para trás. No mesmo Rio de Janeiro em que nascera, em 1933, faleceu, em 1983. Fora vencido pela bebida, companheira nas celebrações de suas vitórias e cada vez mais pre-sente conforme era premiado. Foi a adversária que não conseguiria dri-blar. Mané, já aposentado, pregava a simplicidade com que via a vida e o futebol, conforme visto na repor-tagem da TV Cultura, em entrevista em meados de 76. “Juro pra você que o futebol não tem mistério. O misté-rio quem faz é você. Acho que a coisa mais fácil do mundo é jogar futebol”. É difícil saber se o rumo do futebol brasileiro teria sido diferente com tamanha influência do patrono do futebol arte, mas é certo que haveria muita história para contar - por ele e sobre ele.

“O Pelé era um atleta e Garrincha um artista”Armando Nogueira, jornalista e cronista esportivo

RELEMBRANDO

20 Abril 2013

Cinema

Page 21: NewsBrazil - Abril/2013

Garrincha, um curta-metragem irlandês

Imagine um boteco carioca, tradi-cional em cores, aromas e clien-tela. Há diversos pôsteres des-

botados espalhados pelas paredes do lugar, incluindo uma empoei-rada moldura da seleção brasileira fotografada após o título da Copa do Mundo de 1962. Em um canto, um senhor de trinta e tantos anos se senta acompanhado de cachaça e esquecimento. Um jovem fã não consegue aceitar essa nova imagem do homem que anos antes brilhara na seleção brasileira e no Botafogo. Cezário, o fã, quer acertar as contas com Garrincha, pois não suporta ver seu ídolo caído, escondido em um canto de bar.

Esse é o cenário preparado para o curta-metragem escrito e produ-zido por Arthur Deeny, escritor e copywriter do mercado publicitário irlandês, e Ronnie Carrol, idealiza-dor do Samba Soccer, uma espécie de acampamento de verão, projeto que aproxima as crianças irlandesas do futebol praticado no Brasil. Carrol visita o país com freqüência - devido a seu projeto, já conheceu grandes jogadores brasileiros, como Pelé e Ronaldinho Gaúcho - e, em uma des-sas visitas ao Rio de Janeiro, perce-beu que muitas pessoas falavam de Garrincha. “Ronnie começou a ficar cada vez mais interessado na histó-ria do jogador. Sabendo que a Copa vai ser no Brasil no ano que vem, ele pensou, ‘porque não fazer uma his-tória sobre o Garrincha?’, ‘porque não a gente?’”, conta Arthur Deeny.

A inspiração para roteirizar Mané veio do livro Estrela Solitá-ria (CASTRO, Ruy, Companhia das Letras,1995), obra que destrincha a vida do jogador e adentra por pas-sagens até então pouco conhecidas pelo grande público. Levando em consideração a dificuldade de pro-duzir um longa metragem, no que diz respeito aos recursos necessários

para tal, a dupla irlandesa decidiu por um filme de curta duração.

“Não é possível contar toda a história de Garrincha em um cur-ta, mas queremos mostrar um mo-mento dele, não é uma cena fictícia, mas dá mostras de como seria essa situação em sua história”, aponta o diretor, que lembra ainda que os atores que participam do filme o fazem por experiência e para estar neste projeto diferente. Sobre esse “momento” do genial Mané, Deeny explica que seu filme não é sobre fu-tebol, “é sobre o final de sua vida. É uma situação triste, dramática.”

O retrato do curta é Garrin-cha depois de Garrincha, a estrela solitária já estava longe de seus anos de brilho. A história é contada du-rante a Copa do México, em 1970. Mané é apenas um homem se em-bebedando e envelhecendo num bar. “Há esse jovem, Cezário, um fã (in-terpretado pelo ator brasileiro Tulio Marcos Menezes), que quer acabar com o jogador, pois ele não suporta ver o que Garrincha havia se torna-do”, indica Deeny. “Queremos fazer isso respeitando a imagem do joga-dor, mas é uma situação triste, pois era triste na época. É isso que esta-mos tentando fazer”, completa.

Com seu curta-metragem (rodado em Dublin no porão de um bar transformado em boteco ca-rioca), Deeny quer começar uma conversa, fazer com que as pesso-as fiquem interessadas. “Se conse-guirmos fazer esse curta despertar bastante interesse, podemos atrair atenção para um projeto maior”, diz ele. Em seus planos, há a vontade de produzir um grande documentário sobre Garrincha, com imagens do mestre dos dribles em ação. “Mas isso é um segundo projeto que só aconteceria se conseguíssemos le-vantar investimentos”, lamenta o diretor.

Estreia do curta SERÁ

em junho

Como é um curta, o lançamento do filme não vai acontecer em grandes salas de cinema. A película deverá ser distribuída em festivais de cinema, como o Dublin International Film Festival. O plano de Arthur Deeny e seu produtor Ronnie Carrol é lança-lo em 2 de junho, uma data especial para os brasileiros, pois marca a reinauguração do Estádio do Maracanã, que será celebrada com o amistoso da seleção brasileira contra a seleção inglesa - o evento também será a celebração dos 150 anos da Federação Inglesa de futebol. “Levaremos o curta para festivais de cinema também no Brasil, Inglaterra e Estados Unidos”, ressalta Deeny. Vale a pena esperar para ver mais esta história do anjo das pernas tortas, o driblador Mané Garrincha.

“Jamais o adversário terá a velocidade genial de seu instinto”Nelson Rodrigues, jornalista, escritor, dramaturgo e cronista esportivo

Divulgação/NB

21www.revistanewsbrazil.com

Page 22: NewsBrazil - Abril/2013

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Page 23: NewsBrazil - Abril/2013

O ser humano tem a necessi-dade de ter o seu território, o seu espaço, a sua mora-

dia e isso faz parte do seu processo de individualidade, ou seja, a forma única como cada um visualiza e vive sua vida. Também é essencial para determinar como se estabelecem algumas rotinas básicas do nosso co-tidiano, como por exemplo, horário de dormir e de acordar, fazer as refei-ções diárias, manter a higiene pesso-al ou guardar e utilizar os utensílios domésticos. E para isso precisamos de um ambiente minimamente es-truturado, que possa nos possibilitar com algum conforto, a sensação de nos sentirmos “em casa”.

Independentemente do tama-nho, ou nível da moradia, quer seja em bairros luxuosos, de classe média ou ainda em comunidades, o mais comum é que cada um tenha sua própria casa. Justamente por ser algo tão pessoal, mesmo quando moramos com nossa família, po-dem surgir divergências de opiniões sobre diversos aspectos. Imagine o que pode acontecer quando dividi-mos moradia com pessoas até então desconhecidas com origem em ou-tros países ou não, mas que tenham hábitos que nos pareçam pra lá de

estranhos!Durante o período de intercâm-

bio, dividir moradia com outros es-tudantes se torna essencial para a sobrevivência. No entanto, as difi-culdades podem começar na hora de localizar um imóvel para alugar, uma vez que a procura é maior do que a demanda, pois existe um número considerável de estudantes chegan-do ao mesmo tempo na Irlanda. En-contrar um local para morar, no qual o valor do aluguel seja compatível com o orçamento mensal destinado para essa despesa, passa a ser o pri-meiro desafio.

Após a localização do tão espera-do “Lar doce Lar” os desafios na ver-dade só estão começando, e podem aumentar em muito a proporção, pois agora é hora de descobrir...Com quem morar!

E se tratando de Dublin, o que normalmente ocorre é dividir mora-dia com outros brasileiros, ou ainda, com estudantes de outros países. Por isso, alguns choques culturais serão inevitáveis, já que as diferenças vão desde hábitos alimentares, idioma, religião e principalmente, questões relacionadas a ponto de vista. Assim, com tantas distinções é natural que as pessoas partilharem idéias diver-

gentes sobre o mesmo assunto. No começo a convivência pode

ser interessante, pois cada um passa a conhecer alguns aspectos culturais do outro como a história de vida, ou então, a pronúncia de algumas pala-vras do idioma do flatmate e curio-sidades sobre o país de origem, se este for de outra nacionalidade. Por outro lado, com o passar do tempo o que é diferente pode assumir uma relevância maior e gerar alguns con-flitos.

A receita é praticar a política da boa vizinhança, nesse caso vale uma boa dose de tolerância, de respeito e de flexibilidade com os costumes e o espaço do outro, mostrando-se receptivo para aceitar diferentes idéias.

Além do que, existe a possibilida-de da amizade se tornar muito mais do que apenas a divisão do mesmo espaço, podendo se solidificar e ex-pandir as fronteiras. Nesse caso, para se tornarem amigos não é ne-cessário falarem a mesma língua des-de o início da divisão do mesmo teto, o que torna esta experiência em uma excelente oportunidade para prati-car o inglês, sendo o idioma em co-mum para todos.

Enjoy it!

Pode ser bom?

Dividindo moradiaem Dublin...

Divulgação/NB

Participe do grupo de apoio Motivação coordenado pela psicóloga Ana Patêz, em

Dublin. Outras informações pelo e-mail: [email protected]

Por Ana Patêz

23www.revistanewsbrazil.com

Comportamento

Page 24: NewsBrazil - Abril/2013

Por Daiani Silveira

Nesta edição a revista News Brazil apresenta a brasileira Maria Rosa da Silva Costa, 25

anos, vinda da distante Teresina, lo-calizada no estado do Piauí, terra de lindas praias e um dos mais impor-tantes parques brasileiros, o Parque Nacional da Serra da Capivara, pa-trimônio mundial da Unesco, onde se encontram belíssimas formações rochosas, sítios arqueológicos e pa-leontológicos que testemunham a presença de homens e animais pré--históricos.

Conhecida como a professora Rosa pelos alunos da escola SEDA (Skills and Enterprise Development Academy), onde ministra aulas de

inglês desde outubro de 2009, ela mostra que com força de vontade e determinação nada é impossível. Inclusive, conquistar espaço em um mercado de trabalho tão concorrido na Irlanda quanto no Brasil, e ainda, considerando o fato de não ser nativa da língua inglesa.

Mas para Rosa realizar o sonho de dar aula de inglês do exterior, mui-ta preparação foi necessária, entre elas a Licenciatura Plena em Letras--Ingles, pela Universidade Federal do Piauí (UFPI) e o Mestrado em Ensino de Língua Inglesa para falantes de outras línguas, realizado na Univer-sity College Dublin (UCD). Confira um pouco mais desta trajetória:

News Brazil - Quando e como foi que você decidiu morar na Irlanda?Eu tinha um amigo na universidade que morou três meses na Irlanda, e ele costumava me contar suas estórias, como tudo funcionava aqui e o quanto ele queria voltar para a ilha. Sempre tive vontade de estudar fora do país, mas somente em 2007 eu comecei a pensar seriamente em vir. Formei-me em agosto de 2008 e em outubro do mesmo ano decidi partir.

News Brazil - Como foi o período de adaptação no País? Assim que cheguei à Irlanda começou a crise financeira. Na época estava muito difícil para arranjar qualquer tipo de emprego. Eu trabalhei de au pair por seis meses, depois trabalhei em uma pizzaria como caixa por quatro meses, depois como faxineira etc. Todos os empregos que eu tive aqui, embora parecessem distante da minha realidade, foram muito gratificantes.As pessoas aqui são adoráveis.

No começo foi complicado fazer amizade, mas hoje tenho tantos amigos irlandeses quanto brasileiros. Enfim, minha adaptação foi suave, sem maiores problemas. Algumas vezes meus amigos irlandeses esquecem que eu sou brasileira. Eu acho engraçado!

News Brazil - Há quanto tempo você trabalha como professora de inglês na Irlanda e como surgiu esta oportunidade?

Quebrando

tabus

“Todos os empregos que eu tive aqui, embora parecessem distante da minha realidade, foram muito gratificantes”

Fotos: Daiani SilveiraRosa realiza sonho de ensinar no exterior

24 Abril 2013

Entrevista

Page 25: NewsBrazil - Abril/2013

Eu comecei a trabalhar na SEDA em outubro de 2009. A oportunidade surgiu quando eu estava procurando uma escola para me matricular em um curso de business. Eu então mencionei que era professora de inglês no Brasil e depois de alguns dias fui convidada para me juntar a escola.

News Brazil - Quais as diferenças entre o Brasil e a Irlanda para ministrar aulas de língua inglesa?No Brasil os professores precisam ter um diploma de nível superior em língua inglesa para ministrar aulas em escolas de ensinos fundamental e médio. As escolas de línguas são menos exigentes. Ainda assim, no Brasil, qualificações são algo de grande importância. Os alunos não são motivados, uma vez que são, muitas vezes, forçados pelos pais a estudar uma outra língua. Na Irlanda, inglês é a língua oficial, portanto não e nada difícil encontrar professores de inglês por aqui. Ao contrário do Brasil, aqui experiência é bem mais importante do que qualificações. Para dar aulas de inglês em uma escola de línguas é necessário ter um diploma de nível superior – este podendo ser em qualquer área – e um certificado de professor de inglês, obtido através de um curso que tem duração de um mês.Os alunos aqui são, também, um tanto diferentes. Apesar de, a grande maioria dos meus alunos serem brasileiros, eles são mais focados e bastante motivados. Creio que por serem adultos eles são capazes de entender melhor a necessidade de

uma segunda língua em um mundo globalizado.Por último, mas não menos importante, está o contexto, o fato de que no Brasil os professores tem que ter muita criatividade e contar com a imaginação dos alunos para praticar a língua. Aqui na Irlanda eles vivem a língua, todo o tempo, em todos os lugares, então há uma necessidade real de se comunicar, não só com os nativos, mas com pessoas de vários outros países.

News Brazil - Qual é o perfil do aluno que quer aprender inglês na Irlanda?Alunos que estudam inglês na Irlanda têm perfis diferentes. Os europeus, por exemplo, vem por um período curto, geralmente no verão. Estes são alunos que querem aperfeiçoar a língua e visitar lugares. Já os alunos brasileiros, na grande maioria, demoram algum tempo guardando dinheiro para comprar um curso e vir. Alguns vendem todos os bens materiais em busca de uma nova experiência. Para eles, aprender inglês é uma prioridade, uma linha extra no currículo que pode fazer toda a diferença.

News Brazil - Como são as aulas?As aulas são dinâmicas e os professores procuram trabalhar

com diferentes tipos de atividades. São quatro horas de aulas onde os professores revezam níveis e materiais; na primeira aula eu trabalho com um livro, e na segunda aula eu uso materiais criados e/ou adaptados por mim. Enquanto na primeira aula o foco é ensinar gramática, na segunda eu procuro trabalhar com um método mais comunicativo.

News Brazil - Quais as dicas que você sugere para um bom rendimento no aprendizado da língua inglesa?Tudo é valido! Sempre digo isso aos meus alunos. Procurar se envolver na cultura irlandesa, assistir TV, ouvir rádio, ir ao cinema ou teatro e ler jornais. As coisas mais simples fazem uma grande diferença. E, é claro, internet! Existem milhares de páginas na internet com vários tipos de atividades que podem ser feitas em casa, sem a ajuda de um professor.

News Brazil - Você tem outros projetos na Irlanda?No momento estou me dedicando exclusivamente ao meu trabalho. Terminei o meu mestrado no ano passado e foi uma experiência muito gratificante, mas também muito desgastante. Estou estudando a possibilidade de começar um doutorado no próximo ano, mas nada definido ainda. Também quero aprender uma nova língua, provavelmente espanhol ou alemão. No mais, estou sempre aberta para oportunidades que possam me trazer crescimento pessoal e profissional.

“Para os alunos brasileiros aprender inglês é uma prioridade”

25www.revistanewsbrazil.com

Page 26: NewsBrazil - Abril/2013

A Grafton Street, uma das mais famosas de Dublin, abriga uma série de peque-

nos universos, todos espalhados em suas calçadas e fachadas. Há as lojas tradicionais do país, como Dunnes e um dos maiores shoppings da cida-de, o Stephen’s Green. Há , também, marcas internacionais, como Zara e Tommy Hilfiger. Passantes vêem, entre vitrines, roupas e cafeterias, pessoas posicionadas com caixi-nhas, caixotes e cases à sua frente. Estão, ali, fazendo sua arte. Músicos e artistas de rua, os “Grafton Street Buskers”.

A Irlanda é um país musical. A música está enraizada na cultura dos pubs, e não raro, ouvimos o tradicio-nal folk irlandês, regado a violões en-cordoados a nylon, violinos, flautas e uma sensação de bem-estar. Muitas são, por consequência, a extensão das histórias e danças presentes nos pubs. Nas ruas não é diferente. Há músicos tentando viver ou sobrevi-ver de sua arte, enquanto outros o fazem pela diversão ou pela possi-

bilidade de se apresentar em público sem a necessidade

ou a pressão de

uma apresentação formal.

Busking, ex-pressão que deno-

mina o ato de reali-zar apresentações na

rua, é bastante utilizada para falar sobre músicos

de rua em países como Ingla-terra e Irlanda. Conhecidos como buskers, fazem performances musi-cais, teatrais e de dança. Na Grafton Street, localizada em Dublin 2, pró-

xima à famosa região do Temple Bar, é fácil encontrar pessoas de diversas nacionalidades se apresentando, in-cluindo brasileiros, que se destacam com apresentações de forró e sam-ba. Para quem quer sentir de perto essa sensação, as tardes de sábado e domingo são ideais, já que a rua fica mais povoada com artistas e públi-co. Se o clima estiver agradável, é um passeio imperdível tanto para turis-tas quanto para moradores da cidade.

Ainda que seja uma prática co-mum, há regulamentação extraoficial da atividade. Há que se considerar que a Grafton é, antes de mais nada, uma rua prioritariamente comercial. Por isso, o Dublin City Business Im-provement District (DCBID), asso-ciação dos comerciantes do centro da cidade, em conjunto com a Garda (a polícia local) e o Conselho da Ci-dade, formataram um Código de Prá-ticas, voltado exclusivamente para os buskers. 185 artistas assinaram o código, que teve três meses de apli-cação teste no final de 2012. Entre as premissas listadas, estavam res-trições à potência de amplificadores (15 watts), áreas nas quais não pode-riam haver amplificadores, restrição de tempo da performance (uma hora apenas, para evitar monopolização do espaço) e a proibição do uso de baterias. O horário permitido para as apresentações, seria entre onze da manhã e onze da noite e, nas proxi-midades do Temple Bar, aos finais de semana, esse limite seria estendido até as três da manhã.

O DCBID reportou, no último mês, que o projeto piloto não deu resultado, pois foram reportados à Garda 190 incidentes que desrespei-taram o Código, que deverá passar por revisão e aumento de fiscalização de seu cumprimento nos próximos meses. O DCBID alega que, em 2012, foram direcionadas 724 reclamações à Garda.

Música regulamentadana Grafton Street

Gelson Pereira

Por Henry Mira

26 Abril 2013

Música

Page 27: NewsBrazil - Abril/2013

Por Raquel Nascimento

Diversos espaços de exibição em de Dublin são convites para aprender o idioma

Passar horas assistindo filme, quem nunca fez isso? Encon-trar com os amigos e combi-

nar de ver um lançamento no cine-ma, ou ainda, uma sessão de DVDs e pipoca no conforto de casa. Não importa como ou onde, o difícil é encontrar quem não goste de uma das formas mais populares de re-presentação da arte.

Para quem está aprendendo in-glês e gosta de filmes poderá “unir o útil ao agradável”, pois de acordo com o professor Adir Ferreira, Pós--graduado em Letras pela Pontifí-cia Universidade Católica de São

Paulo (PUC/SP) , utilizar filmes para aprender inglês é uma ótima estratégia. “Nos filmes vemos o idioma contextualizado e falado em velocidade normal, diferente dos diálogos dos livros de escola. Além disso, os filmes trazem expressões idiomáticas e gírias que formam parte do dia a dia do falante nati-vo”, explica.

Ferreira, que trabalha para a Transparent Language/USA e é co-laborador do Blog English Expert, ressalta que os filmes contribuem para o aprendizado do inglês, me-lhorando a audição e o vocabulário.

como aproveitar o filme

Na internet você vai encontrar diversos sites e blogs que dão dicas de como utilizar

um filme e construir por meio dele uma forma de aprendizado. O site The English Learner Movie Guides (www.eslnotes.com) traz o enredo, fala da personalidade dos persona-gens e uma lista das palavras mais complexas de mais de 100 filmes. Segundo o site, a ideia é que o es-tudante-telespectador não assista apenas o filme, mas que explore um

vocabulário específico do qual o fil-me trata ou ler algo a respeito que o contextualize.

Para não gerar frustação após as-sistir a um filme e você correr o risco de não entender grande parte dos di-álogos, o professor Ferreira do Blog English Expert , sugere ao estudan-te que ainda não atingiu o nível in-termediário do idioma, que busque obras cinematográficas com lingua-gem mais fácil, como por exemplo, as de animação.

Cinemas em Dublin e

regiãoChega ser tentador a carteirinha do Cineworld (€20 euros mensais) e a chance de assistir todos os filmes, quantas vezes você quiser. Assim como, visitar outros cinemas da cidade por um valor acessível aos estudantes, ou então, se cadastrar em uma biblioteca pública e ter acesso a muitos DVDs.

Cineworld - Dublin 1 - €6.84 (ou €20 men-sais livre acesso ao cinema)Savoy Cinema - Dublin 1 - Terças e quintas--feiras €4Odeon Point Village - Dublin 1 - €7 (€5 Quartas-feiras)Screen Cinema - Dublin 2 - €6.20 (Segun-das-feiras €5)Irish Film Institute - Temple Bar - Dublin (Exibição free)Swan Cinema - Dublin 6 - €7.20Light House Cinema - Dublin 7- €6Irish Multiplex Cinemas - Santry - Dublin 9 - €7 (Quartas-feiras €5)Onmiplex Cinemas - Santry - Dublin 9 -€7.20Drundrum Shopping Center - Dublin 14 - €5Odeon Blanchardstown - Dublin 15 - €7 (€5 Quartas-feiras)Vue Liffey Valley Shopping - Dublin 22 - €8.80Irish Multiplex Cinemas - Dublin 24 -Talla-ght- €7 (Quartas-feiras €5)Pavilions Shopping Centre - Swords- €6.50Quayside Cinema - Balbriggan - €6.50 (Se-gundas-feiras €6)Irish Multiplex Cinemas - Dun Laoghaire - €5,80 (Terças-feiras €4.30)Odeon Stillorgan - €7 (€5 Quartas-feiras)

*Precos validos para estudantes ate às 7pm. **Confira a lista de todos os cinemas na Irlan-da no site www.entertaiment.ie.

Pipoca e um bomFilme para umaaula de inglês

27www.revistanewsbrazil.com

Cultura

Page 28: NewsBrazil - Abril/2013

é Brasileira!

Miss Carnavalna Irlanda

Por Fernanda Lima

Vencedora do úl-timo concurso Miss Carnaval

na Irlanda, a baiana Adriana Vieira, 25 anos, define a estadia em terras verdes com uma única palavra: aprendizado. Com o objetivo de estudar inglês, a bancária deixou o emprego no Brasil e decidiu vir para Dublin, há sete meses. Além de modelo, atual-mente Adriana

trabalha como au pair, mas

ainda pre-tende atuar na área. “ C u i d o de três cr ianças, de 7, 9 e 11 anos,

r e s p e c t i -vamente. A

co nv i vê n c i a com a família

me ajudou muito a aprimorar o meu

inglês. Trabalho live out e part time, o que me

permite ter um tempo para estudar e fazer outras coisas

que eu gosto, como por exemplo, ma-lhar ou assistir filme. Tem sido uma experiência nova para mim, pois no Brasil eu já havia feito alguns traba-lhos como modelo, mas nunca como au pair”.

Adriana, que ficou sabendo sobre o concurso Miss Carnaval através de um amigo, diz que não esperava ser escolhida e que foi a primeira vez que participou de uma premiação. “Para mim foi uma grande surpresa. Eu enviei as minhas fotos para cadastro e junto com mais vinte meninas fui selecionada para a semifinal e depois com mais dez meninas para a final. Ganhei um prêmio em dinheiro, um photobook e um contrato com a uma agência de modelos bastante conhe-cida. Fiquei muito feliz por estar representando o Brasil e pelo meu próprio lado pessoal poder ser reco-nhecido”, afirma a brasileira.

A escolha da Irlanda como des-tino de intercâmbio nasceu a partir de amigos que já estavam no local e também por ser, segundo Adriana, o país mais acessível financeiramente. Ao chegar em Dublin, a brasileira não tinha nenhuma familiaridade com a língua inglesa. “Eu nunca havia es-tudado inglês antes. Quando eu che-guei aqui eu me sentia um índio (ri-sos). Morei no Pará e pude conviver com alguns deles na minha infância. Achava super estranho a tentativa deles de falar português. Foi assim

28 Abril 2013

Carnaval

Page 29: NewsBrazil - Abril/2013

comigo no inglês. Na primeira se-mana umas crianças vieram até mim perguntando as horas e eu não en-tendia absolutamente nada, até que elas me demonstraram com gestos o que desejavam, então eu mostrei meu relógio”, relembra Adriana.

Atualmente, a modelo divide uma casa com mais 4 brasileiras. “É baca-na, porque você aprende a conviver com diferentes pessoas e a respeitar o espaço de cada um”. No entanto, acredita que a convivência com bra-sileiros pode atrapalhar no aprendi-zado da língua. “Quando a convivên-cia se resume em pessoas da mesma nacionalidade, atrapalha um pouco sim. Infelizmente essa é uma triste realidade”.

Como grande parte dos intercam-bistas, uma das coisas que a modelo mais sente falta no Brasil é da famí-lia, além das praias, do clima mais agradável, da água de côco e das co-midas. Por outro lado, ela ressalta: “Mas não sinto nenhum pouco de saudade do trânsito e da falta de se-gurança”.

Se ela pensa em voltar? Sim, mas ainda não faz ideia de quando! “Vou sentir muita falta de tudo o que vi-venciei aqui, mas vou ficar feliz em poder reencontrar a minha família. A Irlanda é um país de fácil acesso para várias culturas poderem conhecer e aprender a falar inglês. A principal dica que eu dou é estudar muito e manter o máximo de conversação na língua”, sugere a brasileira destacan-do que esta é uma experiência para a vida toda.

Brasileira vence o concurso Miss Carnaval e assina contrato com agência irlandesa de modelos

29www.revistanewsbrazil.com

Page 30: NewsBrazil - Abril/2013

Por Juliana Lougue

No ano passado recebi o convite do meu tio para ir visitá-lo em Portugal. Con-

fesso que esse era o último destino da minha lista de 20 Países a serem visitados na Europa. Isso porque eu não achava que seria um lugar inte-ressante. Porém, meu pré-conceito mudou logo que pisei na cidade do Porto. Adorei a facilidade de trans-porte, logo do aeroporto tomei o trem que me deixou praticamente na porta do hotel.

O hotel era muito aconchegante e limpo. Na manhã seguinte, quan-do fui tomar meu café vi que havia muita similaridade com os cafés da manhã servidos em hotéis brasilei-ros, muita variedade de frutas, pães e bolos. Após a refeição fui desbra-var a cidade, eu tinha em mãos o en-dereço de uma escola de culinária e resolvi ir até o local para ver se eles poderiam montar para mim um cur-so rápido de Bacalhau.

No caminho, estava perdida e resolvi perguntar para um senhor onde ficava o endereço que eu es-tava procurando. Ele espontanea-mente respondeu que me levaria até o local, e ao chegar ao mesmo, me apresentou ao chef professor e recomendou que este cuidasse bem de mim. Estas são algumas das ca-

racterísticas dos portugueses, hos-pitaleiros e sempre prontos para ajudar.

Na escola conversei com o chef professor que montou um bom pro-grama de um dia sobre bacalhau e eu retornei no dia seguinte para assistir a aula. Uma das informa-ções que chamou à atenção, e ele fez questão de frisar, é que o bacalhau não é o ingrediente mais consumido no País, e sim as alheiras (linguiças tipicamente portuguesas feitas de animais e pão).

O chef também ressaltou que, apesar de registros muito antigos afirmarem que o bacalhau é de ori-gem Norueguesa, o alimento se tor-nou tradicional em Portugal. Pois o ato de salgar era necessário para garantir o frescor do peixe nas lon-gas viagens desbravadoras dos por-tugueses.

Muitos peixes são salgados, mas pela aparência do peixe é fácil iden-tificar quando não é o verdadeiro bacalhau. O legítimo é alto, largo e apresenta coloração uniforme e esbranquiçada, portanto, qualquer alteração na coloração não se trata de bacalhau. A dessalga pode ser fei-ta em água por 24 a 48 horas, esta deve ser trocada de tempos em tem-pos, ou por 12 horas no leite.

O professor fez três preparações diferentes. O bacalhau a Gomes de Sa, que é tradicional e mais conheci-do no Brasil, sendo postas do peixe intercaladas com batatas, cebolas, tomates e pimentões, muito azeite e azeitonas pretas. O bolinho de ba-calhau servido frio, que é feito com bacalhau desfiado, batatas, ovos e farinha de trigo para dar liga e é cla-ro uma boa dose de azeite de oliva. E o prato que mais me encantou, o Bacalhau com Natas.

Para prepará-lo cozinhe o ba-calhau por três minutos, corte as batatas em rodelas e frite, corte a cebola em rodelas e as refogue no azeite, faça o molho béchamel (fari-nha de trigo, manteiga, leite, caldo de vegetais, noz moscada e uma pi-tada de parmesão ralado). No refra-tário monte as camadas de molho, peixe, batatas e cebola, polvilhe o topo com queijo ralado misturado com pão ralado e asse ate dourar. Essa receita é simplesmente divina!

Fui a Guimarães, Braga e Lisboa, me encantei com todos os lugares que passei, com as pessoas que co-nheci, fiz amizades que ainda du-ram nos dias de hoje. Ainda volta-rei a Terrinha, pois quero aprender muito mais sobre os pratos e costu-mes deste povo fenomenal!

Bacalhau,Portugal e

fenomenal!Divulgação/NB

30 Abril 2013

Gastronomia

Page 31: NewsBrazil - Abril/2013

A festa éde todos

No ano em que a Irlanda vive o “Gathering Irlanda 2013”, um projeto do governo que

convida pessoas do mundo inteiro para visitar a ilha e promover o tu-rismo, a parada do Saint Patrick’s Day assume uma identidade inter-nacional com o tema: “Grandes coi-sas acontecem quando estamos jun-tos”.

De acordo com os organizadores, oito mil pessoas foram convidadas para participar da People Parede, desfile que antecedeu o tradicional de Saint Patrick’s Day e apresentou diversas culturas, no domingo 17 de março. Algumas, como por exemplo a americana, devido o grande núme-ro de descendentes irlandeses que vivem nos Estados Unidos. Outras, como a brasileira, é um reflexo do crescente número de negociações entre os dois países em diversos se-tores, e é claro, também relacionado ao grande número de brasileiros que residem na Irlanda.

O bloco verde e amarelo foi mui-to bem representado por capoeiris-tas, passistas e dançarinos de frevo. De longe era possível ouvir o som do “batuque” brasileiro que se aproxi-mava. Abriam sorrisos no rosto do público que exclamava “Brazil” ao mesmo tempo em que começava a ensaiar passos de samba para não fazer feio quando a banda passar.

Ao meio dia, após encerrar o Pe-ople Parede, acontecia nas principais ruas de Dublin o evento mais espe-rado do ano. Cores, sons e a alegria irlandesa contagiaram os expecta-dores que não se importaram com a chuva que caía. A magia do povo que celebra seus antepassados e a sua cultura e emocionou quem conferiu de perto o evento.

Para o grupo de amigos formado por Bárbara Costa, Marina Giannes-chi, Bruno Castro, Renato do Vale, Renato Martinazi, Sérgio Marques e Leonardo Richaerd a chuva, ape-sar de não ser bem-vinda, não tirou

o brilho da festa. No entender dos brasileiros, que vivem e estudam na Irlanda há três anos, a programação do festival foi o grande destaque da edição de 2013. “Este ano o Festival de Saint Patrick’s Day está oferecen-do mais atividades, como eventos em parques, shows musicais e tea-tro”, destaca Bárbara.

Com apenas uma semana em Du-blin, os amigos Vinícius Garcia de Almeida, Fábio Teberga, Aldy Coe-lho, Lívia Cavalcante Lucena e Frank Malkon Matheus Júnior, estavam animados para o primeiro Saint Patrick’s Day. Ainda sem conhecer direito a capital, o grupo estava ad-mirado com a devoção dos irlande-ses ao padroeiro. “Eles se preparam mesmo, usam fantasias que repre-sentam a pátria, as cores verdes e laranja estão por todas as partes. É uma festa muito alegre”, aponta Aldy antes de partir com os outros brasileiros para conhecer alguns pontos turísticos da cidade.

Por Daiani Silveira

Amigos animados para primeiro o St. Patrick’s Com chuva brasileiros celebram terceiro ano na Irlanda

31www.revistanewsbrazil.com

St. Patrick’s Day

Page 32: NewsBrazil - Abril/2013

32

O jornalista e fotógrafo Leonardo Pereira acompanhou o desfile de Saint Patricck’s Day, que foi realizado nas principais ruas de Dublin, no domingo 17 de março. Confira as cores, o patriotismo e a devoção de um povo pelo seu padroeiro.

Page 33: NewsBrazil - Abril/2013

A magia do Saint Patrik’s Day contagiou o mundo! As comemorações ocorreram nas cidades onde existem grandes números de descendentes irlandeses, mas também em

países onde o intercâmbio cultural é cada vez maior, como por exemplo, o Brasil.

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Bruno Soares/St. Patricks BH

Bruno Soares/St. Patricks BH

Bruno Soares/St. Patricks BH

Bruno Soares/St. Patricks BH

Bruno Soares/St. Patricks BH

Renato Ramalho/All Balck

Renato Ramalho/All Balck

Renato Ramalho/All Balck

Page 34: NewsBrazil - Abril/2013

Revista NB - Quais são os cuidados básicos com a saúde bucal em um intercâmbio, que, normalmente, tem a duração de um ano?Dr. Paulo - Levando em consideração que o intercambista pode não ter acesso a um acompanhamento odon-tológico durante o período de inter-câmbio, ai vão os princípios básicos de uma manutenção bucal:

1-Escovar os dentes pelo menos 3 vezes ao dia logo após as refeições, fazendo o uso do fio dental assim como de um bom enxaguante bucal com flúor.

2-Procurar manter uma dieta ba-lanceada consumindo frutas, verdu-ras, produtos lácteos, carne e peixes.

3-Evitar o consumo de alimentos que contenham corantes e açúcares.

O seguimento dos princípios aci-ma irá prevenir o aparecimento de problemas, tais como placa bacteria-na, calculo dentário (tártaro), gengi-vite (sangramento gengival), cáries e halitose (mau hálito).

Revista NB - A faixa etária da maioria dos intercambistas é de 18 a 30 anos. Quais os principais

problemas bucais que podem aparecer nesta idade?Dr. Paulo - Os principais problemas bucais evidenciados nessa faixa etá-ria são:

*Desmineralização do esmalte dentário, fragilizando e acarretando sensibilidades aos dentes.

*Cáries em um ou mais dentes.*Recessão gengival, expondo par-

te da raiz do dente causando sensi-bilidade, devido a má escovação ou uma má oclusão entre as arcadas.

*Dores e desconfortos nas regiões dos Terceiros molares (sisos).

Revista NB - Quais os tratamentos para estes problemas?Dr. Paulo - Importante é que se faça a manutenção dos princípios frisados anteriormente, evitando grande par-te dos problemas dentários, mas é indispensável a visita a um Dentista para que se possa fazer uma avalia-ção clínica e exames complementares para detectar o problema e sua me-lhor forma de tratamento. Procedi-mentos como profiláxia, remoção de tártaro, restaurações, tratamentos periodontais, tratamentos de canal e

extrações de terceiros molares estão entre os principais tratamentos rea-lizados.

Revista NB - Quais as diferenças entre Brasil e Irlanda no setor de odontologia?Dr. Paulo - Em minha opinião, não há diferença tecnológica ou de conheci-mento por base dos profissionais da área, a diferença se dá em relação a cultura entre as duas nações. Os bra-sileiros são extremamente rigorosos e preocupados com a estética dos dentes, são educados a ter em mente a importâncias da saúde bucal desde a infância valorizando o seu sorriso como cartão de visita.

Revista NB – Qual a dica que você dá para aqueles que estão interessados em fazer um intercâmbio?Dr. Paulo - Um bom conselho seria que antes de embarcar para outro país, onde certamente irão ficar no mínimo um ano fora da sua zona de conforto, visite seu dentista e faça uma avaliação geral de sua condição bucal e trate suas necessidades pre-viamente à sua viagem.

O brasileiro é conhecido como um povo alegre. Distribuir sorrisos faz parte do cotidia-

no desta população e muitas vezes estes sorrisos chamam atenção, pois o cuidado com a saúde bucal não é apenas uma questão de estética no Brasil: felizmente, está na cultura. Desde criança, seja em casa ou na escola, aprende-se a importância da higiene bucal. Simples ações como escovar os dentes e usar fio dental podem evitar um sorriso indesejado, como também muitas doenças.

O acesso aos profissionais desta área pode ser através do serviço pú-

blico, programas do governo federal, estadual ou municipal na sua cidade, ou ainda privado, em um consultório particular que estiver mais perto da sua casa. No entanto, este acesso fica um pouco mais complicado quando você decide viajar e esta viagem é um intercâmbio com a duração de um ano.

Em Dublin, na Irlanda, você já pode contar com profissionais de odontologia brasileiros. Um deles é o Dr. Paulo Leão de Paiva, que destaca alguns cuidados e dicas para evitar surpresas desagradáveis no inter-câmbio.

intercâmbioSaúde bucal no

Dai

ani S

ilvei

ra

Dr. Paulo alerta sobre cuidados com os dentes para intercambistas na Irlanda

Por Daiani Silveira

34 Abril 2013

Bem-estar

Page 35: NewsBrazil - Abril/2013

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Page 36: NewsBrazil - Abril/2013