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NETO, Pedro Infante. Planejamento e Controle da Manutenção. 2018. 44 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Mecânica) Instituição Pitágoras Sistema de Educação Superior Soc. Ltda, Poços de Caldas, 2018. RESUMO Diante do cenário de revolução industrial e suas evoluções, ocorreu o aumento de itens físicos, instrumentos e equipamentos nas organizações, além disso, os projetos se tornaram mais complexos. Portanto, novos conceitos de manutenção também surgem e esse processo passa a ser cada vez mais necessário para as organizações. O tema desse trabalho relaciona-se a gestão da manutenção com o objetivo de demonstrar através da revisão de literatura quais as ferramentas e estratégias de manutenção existentes, compreender os custos relacionados e sistemas informatizados que possam auxiliar nesta prática. A pesquisa foi realizada com base na seguinte pergunta: Quais são as principais tratativas para utilizar o planejamento e o controle no setor da manutenção, gerando maior confiabilidade, aumentando a vida útil do equipamento e gerando menos custos? Portanto, conclui-se que um bom gerenciamento de manutenção além de ser de suma importância para a organização, trará os benefícios abordados neste trabalho de conclusão de curso. Palavras-chave: Manutenção; Custos; Planejamento; Falhas; Produtos.

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Page 1: NETO, Pedro Infante. Planejamento e Controle da Manutenção ......Planejamento e Controle da Manutenção. 2018. 44 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia

NETO, Pedro Infante. Planejamento e Controle da Manutenção. 2018. 44 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Mecânica) – Instituição Pitágoras Sistema de Educação Superior Soc. Ltda, Poços de Caldas, 2018.

RESUMO

Diante do cenário de revolução industrial e suas evoluções, ocorreu o aumento de itens físicos, instrumentos e equipamentos nas organizações, além disso, os projetos se tornaram mais complexos. Portanto, novos conceitos de manutenção também surgem e esse processo passa a ser cada vez mais necessário para as organizações. O tema desse trabalho relaciona-se a gestão da manutenção com o objetivo de demonstrar através da revisão de literatura quais as ferramentas e estratégias de manutenção existentes, compreender os custos relacionados e sistemas informatizados que possam auxiliar nesta prática. A pesquisa foi realizada com base na seguinte pergunta: Quais são as principais tratativas para utilizar o planejamento e o controle no setor da manutenção, gerando maior confiabilidade, aumentando a vida útil do equipamento e gerando menos custos? Portanto, conclui-se que um bom gerenciamento de manutenção além de ser de suma importância para a organização, trará os benefícios abordados neste trabalho de conclusão de curso.

Palavras-chave: Manutenção; Custos; Planejamento; Falhas; Produtos.

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NETO, Pedro Infante. Maintenance Planning and Control. 2018. 44 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Mecânica) – Instituição Pitágoras Sistema de Educação Superior Soc. Ltda, Poços de Caldas, 2018.

ABSTRACT

Faced with the industrial revolution scenario and its evolution, there was an increase in physical items, instruments and equipment in organizations, and the projects became more complex. Therefore, new concepts of maintenance also arise and this process becomes more and more necessary for organizations. The theme of this undergraduate thesis is related to maintenance management with the objective of demonstrating through the literature review the existing maintenance tools and strategies, to understand the related costs and computerized systems that may help in this practice. The research was carried out based on the following question: What are the main steps to use planning and control in the maintenance sector, generating greater reliability, increasing equipment life and generating less costs? Therefore, it is concluded that a good management of maintenance besides being of paramount importance to the organization, will bring the benefits covered in this undergraduate thesis.

Key-words: Maintenance; Costs; Planning; Failures; Products.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Comparação manutenção corretiva ........................................................ 14

Figura 2 – Comparação manutenção preventiva ..................................................... 16

Figura 3 – Ensaio de análise de vibrações .............................................................. 19

Figura 4 – Ensaio de termografia ............................................................................ 20

Figura 5 – Organograma demonstrativo de tipos de manutenção ........................... 22

Figura 6 – Custo total de manutenção em relação ao faturamento bruto ................ 23

Figura 7 – Custo de manutenção/Faturamento Bruto por segmento econômico –

Brasil ........................................................................................................................ 24

Figura 8 – Diagrama de fluxo de dados ................................................................... 31

Figura 9 – Estrutura ideal do setor de planejamento e controle de manutenção ..... 32

Figura 10 – Exemplo de designações do planejamento e controle da manutenção 33

Figura 11 – Exemplo de um detalhamento de serviços ........................................... 34

Figura 12 – Softwares disponíveis no mercado ....................................................... 38

Figura 13 – Software Synchroteam disponível no mercado .................................... 39

Figura 14 – Software Softexpert EAM disponível no mercado ................................ 39

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LISTA DE EQUAÇÕES

Equação 1 – Cálculo MTBF ..................................................................................... 28

Equação 2 – Cálculo MTTR..................................................................................... 28

Equação 3 – Cálculo do índice de Retrabalho......................................................... 29

Equação 4 – Cálculo do índice de Corretiva............................................................ 29

Equação 5 – Cálculo do índice de Corretiva............................................................ 30

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Benefícios da manutenção ..................................................................... 12

Tabela 2 – Vantagens e desvantagens da manutenção centralizada ...................... 27

Tabela 3 – Vantagens e desvantagens da manutenção descentralizada ................ 27

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)

ABRAMAN (Associação Brasileira de Manutenção e Gestão de Ativos)

Índice de Corretiva (IC)

Índice de Preventiva (IP)

Índice de Retrabalho (IR)

MTBF (Mean Time Between Failures)

MTTR (Mean Time to Repair)

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 10 2. REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................ 12 2.1. CONCEITOS E TIPOS DE MANUTENÇÃO ........................................................ 12 2.1.1. Manutenção corretiva ...................................................................................... 13 2.1.2. Manutenção preventiva ................................................................................... 15 2.1.3. Manutenção preditiva ...................................................................................... 17 2.2. ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO .................................................................... 21 2.3. CUSTOS E ESTRUTURAÇÃO ORGANIZACIONAL DA MANUTENÇÃO .......... 23 2.3.1. Custos Diretos ................................................................................................. 25 2.3.2. Custos Indiretos .............................................................................................. 25 2.3.3. Custos de Perda de Produção ........................................................................ 25 2.3.4. Otimização de Custos ..................................................................................... 26 2.4. ESTRUTURAÇÃO ORGANIZACIONAL DA MANUTENÇÃO ............................. 26 2.4.1. Manutenção Centralizada ................................................................................ 26 2.4.2. Manutenção Descentralizada .......................................................................... 27 2.5. INDICADORES DE MANUTENÇÃO ................................................................... 28 2.5.1 MTBF ................................................................................................................ 28 2.5.2 MTTR ............................................................................................................... 28 2.5.3 Índice de Retrabalho (IR) ................................................................................. 29 2.5.4 Índice de Corretiva (IC) .................................................................................... 29 2.5.5 Índice de Preventiva (IP) .................................................................................. 30 2.6. SISTEMAS DE CONTROLES DA MANUTENÇÃO ............................................. 30 2.6.1 Processamento das solicitações de serviço ..................................................... 31 2.6.2 Planejamento dos serviços ............................................................................... 32 2.6.3 Detalhamento dos serviços .............................................................................. 33 2.6.4. Programação dos serviços .............................................................................. 34 2.6.5. Gerenciamento da execução dos serviços ...................................................... 35 2.6.6. Registro dos serviços e recursos .................................................................... 35 2.6.7. Gerenciamento de equipamentos ................................................................... 35 2.6.8. Administração da carteira de equipamentos ................................................... 36 2.6.9. Gerenciamento de padrões de serviços .......................................................... 36 2.6.10. Gerenciamento de recursos .......................................................................... 36 2.6.11. Administração de estoque ............................................................................. 37 2.7. SOFTWARES DISPONÍVEIS ............................................................................. 37 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 40 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 41

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1. INTRODUÇÃO

Com a revolução industrial, ocorreu o aumento do número da diversidade dos

itens físicos, aumento da instrumentação e automação dos equipamentos e projetos

mais complexos. Portanto, novas técnicas de manutenção também surgem, assim

como a importância da manutenção como função estratégica.

A gestão estratégica da manutenção é de suma importância nas organizações.

Através dela é possível conscientizar sobre falhas em equipamentos de modo a

intervir na segurança, no meio ambiente e nos resultados da empresa. Ela mostra

também qual a relação entre manutenção e qualidade do produto, a necessidade de

ter uma alta disponibilidade e confiabilidade dos equipamentos, buscando junto a

otimização de custos.

Segundo Slack et al. (2002, p. 655):

Existem três abordagens quanto a manutenção. A primeira é usar os equipamentos até eles apresentarem defeito e, então, consertá-los; a segunda é realizar a manutenção regular dos equipamentos mesmo que não apresentem problemas; e a terceira é monitorar os equipamentos de perto para tentar prever quando eles podem apresentar problemas.

De acordo com Cyrino (2017), a manutenção sempre foi considerada uma área

crítica, porém, nos dias atuais, passou a ter reconhecimento como área estratégica.

A manutenção corretiva consiste em uma manutenção com altos custos, sendo

que 69% das empresas aplicam apenas as manutenções corretivas em seus

equipamentos, ou seja, não efetuam manutenções preventivas. (ENGETELES, Data

não publicada).

Segundo Souza (2013, p. 11):

Equipamentos parados em picos de produção programada ou perda de produção decorrente de manutenção inadequada podem significar perdas de clientes para a concorrência, além de afetar a qualidade.

O principal problema de não atuar na manutenção com planejamento e controle

é o impacto no custo final do produto, sendo assim, este trabalho tem como

problemática: Quais são as principais tratativas para utilizar o planejamento e o

controle no setor da manutenção, gerando maior confiabilidade, aumentando a vida

útil do equipamento e gerando menos custos?

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O objetivo geral deste trabalho é demonstrar através de uma revisão de

literatura que existem ferramentas e estratégias que são encontradas no planejamento

e controle da manutenção que possam tornar as atividades economicamente viáveis.

Já como objetivos específicos deste trabalho destacaram-se:

a) Conceituar os tipos e estratégias de manutenção;

b) Compreender quais são os custos e a estruturação organizacional da

manutenção;

c) Conhecer dois sistemas automatizados para auxiliar no planejamento e

controle da manutenção.

O presente trabalho abordou como metodologia a revisão de literatura, sendo

realizada através de uma análise crítica, tendo como fonte de pesquisa uma variedade

literária pertinente à temática em estudo, tais como: livros, artigos, apostilas e sites.

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2. REVISÃO DE LITERATURA

Neste capítulo serão apresentados os conceitos referentes ao tema em estudo,

o objetivo deste é fornecer informações que deem embasamento que auxilie no

alcance do objetivo deste trabalho de conclusão de curso.

2.1. CONCEITOS E TIPOS DE MANUTENÇÃO

Segundo Slack et al. (2002, p. 643): “Manutenção é o termo usado para abordar

a forma pela qual as organizações tentam evitar as falhas ao cuidar de suas

instalações físicas”.

Em termos gerais, manutenção significa o conjunto de ações que tem como objetivo manter um artigo ou restaurá-lo a um estado em que o mesmo possa realizar sua função requerida ou que vinha realizando até o momento de ser danificado, em caso de que tenha sido quebrado e necessite de manutenção ou conserto. (QUE CONCEITO, data não publicada).

São necessários os seguintes recursos para se efetuar manutenções (MORO;

AURAS, 2007):

a) Materiais: equipamentos, ferramentas e espaço físico;

b) Mão-de obra: profissionais qualificados;

c) Recursos financeiros e de informação: software para armazenamento de

dados.

Os benefícios da manutenção encontram-se definidos na tabela a seguir:

Tabela 1 – Benefícios da manutenção

Benefício Justificativa

Melhoria da segurança Uma instalação quando bem conservada permite que a probabilidade de falhas que comprometam a segurança seja menor.

Aumento da confiabilidade Diminuição de tempos relacionados a concertos e interrupções das atividades.

Aumento da qualidade Com equipamentos em bom estado, a probabilidade de falha nos produtos é menor.

Redução de custos Manutenções periódicas permitem que os equipamentos funcionem de forma eficiente.

Aumento do tempo de vida Manutenções prolongam o tempo de vida útil dos equipamentos.

Aumento do valor final Organizações bem conservadas efetuam suas vendas no mercado de segunda mão de forma mais fácil.

Fonte: Adaptado de Slack et al. (2002)

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Kelly e Harris (1980, apud Campos; Belhot, p. 173-174) indicam a aplicação de

políticas de manutenção ao efetuar o planejamento. Os autores também sugerem que,

o primeiro passo do planejamento consiste em analisar a política de forma detalhada.

Uma política de manutenção deve considerar:

a) Manutenção a intervalos pré-fixados, em que pode ocorrer substituição

individual ou em grupo de componentes;

b) Manutenção baseada na condição do parâmetro, sendo assumida

contínua ou periodicamente;

c) Manutenção corretiva por reparo local ou por substituição de

componente;

d) Manutenção de oportunidade, usada normalmente quando o

componente é complexo e demanda um tempo longo de manutenção;

e) Modificações de projeto.

2.1.1. Manutenção corretiva

A ABNT (apud Viana, 2002, p. 10) refere-se à manutenção corretiva como:

“Manutenção efetuada após a ocorrência de uma pane, destinada a colocar um item

em condições de executar uma condição requerida”.

É todo trabalho de manutenção realizado em máquinas que apresenta falhas,

para repará-la exclusivamente. O reparo da falha pode ser no momento em que ela

acontece ou em datas posteriores. Se for o caso da segunda opção, ela pode ser

programada e planejada. Sendo assim, manutenções corretivas programadas

consistem em tarefas de correção que são realizadas após o acontecimento. Até que

a manutenção ocorra, a máquina não estará apta a funcionar. (ENGEMAN, Data não

publicada).

O uso de apenas manutenções corretivas leva a uma contínua e lenta degradação dos equipamentos e da instalação. Assim pode ocorrer a perda de produção, risco a integridade das instalações, risco a degradação do meio ambiente e ainda pode trazer riscos a vida humana presente no local, tanto dos colaboradores como dos clientes e usuários dos produtos. As pessoas passam a trabalhar em um ambiente tenso, e ficam preocupadas e tensas sabendo que estão exercendo sua função em um local onde resolvem somente os problemas que acontecem, e acabam fazendo até improvisações. (FILHO, 2008, p. 6).

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Existem dois tipos de manutenções corretivas:

a) Manutenção corretiva não programada (emergencial): Consiste em

manutenções que não puderam ser agendadas ou adiadas para a data posterior, ou

seja, manutenções emergenciais (o reparo é realizado na hora, devido a

necessidade). (ENGETELES, Data não publicada).

Estes processos são extremamente perigosos, pois não é possível medir o impacto que uma falha ou quebra pode trazer ao campo fabril. Por exemplo, atrasos nas metas de produção, gerando prejuízos financeiros, gastos desnecessários ou excessivos com peças e insumos para a manutenção, outros equipamentos ou componentes do mesmo equipamento danificados, em decorrência da falha, além de impactos ambientais que podem ser gerados, e até, o risco de vida ao operador. (NGI BLOG, 2017).

b) Manutenção corretiva programada: consiste na manutenção efetuada

para eliminar uma falha, antes que a mesma evolua, podendo ser programada no

momento em que mais for conveniente para a organização. (ENGETELES, Data não

publicada).

Existe uma importante diferença nas consequências da manutenção planejada

x não planejada, Gurski afirma que:

É importante distinguir bem as consequências da Manutenção Corretiva Planejada da Não Planejada. Enquanto na Planejada a perda de produção é reduzida ou mesmo eliminada, além do que o tempo de reparo e o custo são minimizados; na manutenção Não Planejada ocorre justamente o oposto. Esta se caracteriza pela atuação da manutenção em fato já ocorrido, seja esta uma falha ou um desempenho menor do que o esperado. Não há tempo para preparação do serviço (GURSKI, 2002, p.13).

Figura 1 - Comparação manutenção corretiva

Fonte: Engeteles (2018)

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A partir disso, os acidentes ocorrem com mais frequência e tendem a ser mais

graves do que em outras estratégias de manutenção. Ocorre aumento da perda do

produto e consequentemente a matéria prima não é utilizada de forma proveitosa.

Além do mais, o produto pode ser entregue com qualidade duvidosa. Nisso, inicia-se

o conflito entre manutenção e operação, pois as desculpas de produto com má

qualidade, ou a justificativa para uma demanda de produção não entregue, serão

justificadas pelo mau funcionamento do equipamento.

Comumente as empresas iniciam somente com o uso da manutenção corretiva

devido ao desconhecimento de melhores técnicas, de estratégias de gerenciamento

mais eficazes, da insciência de administração da manutenção, além da falta de

acompanhamento e gerência de seus custos e impactos.

2.1.2. Manutenção preventiva

Viana (2002, p. 10) refere-se à manutenção preventiva como: “[...] todo serviço

de manutenção realizado em máquinas que não estejam em falha, estando com isto

em condições operacionais ou em estado de zero defeitos”. Consiste em serviços

realizados à intervalos programados com o objetivo de diminuir prováveis falhas.

Segundo Slack et al. (2002), as atividades realizadas na limpeza e pintura de

máquinas, até mesmo lubrificação, podem ser abordadas como uma manutenção

preventiva.

A manutenção preventiva é o estágio inicial da manutenção planejada, e obedece a um padrão previamente esquematizado. Ela estabelece paradas periódicas com a finalidade de permitir os reparos programados, assegurando assim o funcionamento perfeito da máquina por um tempo predeterminado. (MORO; AURAS, 2007, p. 15).

Segundo Moro e Auras (2007) os objetivos da manutenção preventiva são:

a) Redução de custos;

b) Produto com qualidade;

c) Aumento da produção;

d) Efeitos no meio ambiente;

e) Aumento da vida útil dos equipamentos;

f) Redução de acidentes de trabalho.

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De acordo com a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas):

“Manutenção Preventiva é uma manutenção efetuada em intervalos predeterminados, ou de acordo com critérios prescritos, destinada a reduzir a probabilidade de falha ou a degradação do funcionamento de um item” (ABNT, 1994 apud ENGETELES).

Figura 2 - Comparação manutenção preventiva

Fonte: Engeteles (2018)

A grande consequência de somente a manutenção preventiva é o impacto

financeiro gerado. É um modelo que pode ser muito caro, exige grandes paradas de

máquina para cumprimento de suas rotinas e muitas das vezes podem ser

desnecessárias.

Outro problema das manutenções preventivas é que normalmente não é

considerada a carga de trabalho do equipamento e são usados mais sobressalentes

do que o necessário. Na maioria das vezes, o fabricante já estipula no manual do

equipamento qual deve ser o serviço e a periodicidade para o equipamento.

O uso de somente manutenção preventiva é bem aceito em empresas que já

estão com resultados aceitáveis utilizando somente a mesma. Onde é julgado ou não

é possível a implantação de mais melhorias (manutenção preditiva) e que os custos

de manutenção estão em patamares considerados bons. O problema é que o resto da

empresa pode seguir em evolução, e se o setor de manutenção não acompanhar este

ritmo, ele acabará ficando para trás.

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2.1.3. Manutenção preditiva

Segundo Viana (2002, p. 11):

São tarefas relacionadas de manutenção preventiva que visam a acompanhar as máquinas ou as peças, por monitoramento, por medições ou por controle estatísticos e tentam predizer a proximidade da ocorrência da falha. O objetivo de tal tipo de manutenção é determinar o tempo correto de necessidade da intervenção mantenedora, com isso evitando desmontagens para inspeção, e utilizar o componente até o máximo de sua vida útil.

A manutenção preditiva tem como objetivo predizer as condições do

equipamento permitindo que sua operação ocorra pelo maior tempo possível. Ela

indica o estado real de funcionamento dos equipamentos com base em desgaste /

degradação, determinando o tempo de vida útil do equipamento. Segundo os autores,

os objetivos da manutenção preditiva são (MORO; AURAS, 2007):

a) Determinar a necessidade de serviços de manutenção do

equipamento de forma antecipada;

b) Eliminar desmontagens desnecessárias;

c) Aumentar o tempo de disponibilidade dos equipamentos;

d) Reduzir paradas de emergência não planejado;

e) Aproveitar a vida útil total dos componentes e de um equipamento;

f) Aumentar o grau de confiança no equipamento;

g) Determinar previamente as interrupções de manutenção dos

equipamentos

De acordo com Pereira (2011):

A manutenção preditiva: a manutenção preditiva, também chamada de controlada, permite garantir uma qualidade do serviço desejada com base na aplicação sistemática de técnicas de análise, utilizando-se de meios de supervisão centralizados ou de amostragem, para reduzir ao mínimo a manutenção preventiva e diminuir a manutenção corretiva. As principais técnicas de manutenção preditiva são termografia e análise de vibração. (apud Sanches et al., 2016, p. 5).

Assim será possível dizer se a manutenção preditiva prediz as condições dos

equipamentos, e quando é decidido realizar a intervenção, o que se faz é uma

manutenção corretiva planejada.

A manutenção preditiva é aconselhada em diversos casos. Entre eles, quando

o custo de falha é muito grande, quando as despesas com este tipo de técnica será

menor que as eventuais despesas com gastos, reparos e parada de máquina, quando

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o equipamento, sistema ou instalação permitir este tipo de monitoramento ou merecer

este tipo de ação, quando as falhas se permitirem ser acompanhadas, quando for

estabelecido um programa sistematizado para acompanhamento, análise e

diagnóstico.

Não é aconselhável a implantação de manutenção preditiva onde ela será feita

somente para dizer que tem. Não faz sentido montar um sistema de monitoração de

ruídos e vibração, de acompanhamento estrutural da vida de um rolamento de uma

bomba de água que possui uma bomba reserva em um sistema com by-pass, se o

mesmo não for levado a sério

Quando sua aplicação é realizada, consequentemente, a redução de acidentes

por falhas eventuais nos equipamentos é significativa. Isso aumenta a segurança

pessoal e da instalação, reduz as paradas inesperadas de produção que implicam em

consideráveis prejuízos para a planta.

2.3.3.1 Ensaio por ultrassom

Viana (2002, p. 12) define o método por ultrassom da seguinte forma:

O ensaio por ultrassom caracteriza-se num método não destrutivo que tem por objetivo a detecção de defeitos ou descontinuidades internas, presentes nos mais variados tipos ou formas de materiais ferrosos ou não-ferrosos. Tais defeitos são caracterizados pelo próprio processo de fabricação da peça ou componente a ser examinado como, por exemplo: bolhas de gás em fundidos, dupla laminação em laminados, microtrincas em forjados, escórias em uniões soldadas e muitos outros.

As aplicações relacionadas à ensaio por ultrassom são (BCEND, 2016):

a) Indústrias de base (usinas siderúrgicas);

b) Indústrias de transformação (mecânicas pesadas);

c) Indústrias automobilísticas;

d) Transporte marítimo;

e) Transporte ferroviário;

f) Transporte rodoviários;

g) Entre outros.

O ensaio por ultrassom apresenta como vantagem sensibilidade na detecção

de pequenas falhas e como desvantagem requer que o inspetor possua vasta

experiência, devido ser um teste de alta dificuldade ao ser executado. (VIANA, 2002).

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2.3.3.2 Análise de vibrações mecânicas:

Viana (2002, p. 13) define o método de análise por vibrações mecânicas como:

A vibração mecânica é uma oscilação em torno de uma posição de referência. Consistem em um fenômeno quotidiano, e nós a encontramos em nossas casas, durante as viagens e no trabalho. Ela se constitui frequentemente em um processo destrutivo, ocasionando falhas nos elementos de máquinas por fadiga, ou seja, diminuição gradual da resistência de um material por efeito de solicitações repetidas.

Figura 3 - Ensaio de análise de vibrações

Fonte: Engeteles (2018)

O método de análise por vibrações possui alta confiabilidade e costuma ser

aplicado no segmento de engenharia civil para verificação de estruturas. (BCEND,

2016).

2.3.3.3 Análise de óleos lubrificantes:

A análise de óleo lubrificante é efetuada com o objetivo de determinar o

momento em que a troca do óleo deve ser realizada e identificar a causa de desgastes.

(VIANA, 2002).

2.3.3.4 Termografia

Segundo Viana (2002, p. 14): “Termografia é a técnica de ensaio não-destrutivo

que permite sensoriamento remoto de pontos ou superfícies aquecidas por meio de

radiação infravermelha”. Segundo o autor, é uma ferramenta útil já que as medições

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são efetuadas sem contato físico com o equipamento durante seu funcionamento e é

feita em pouco tempo.

Figura 4 - Ensaio de Termografia

Fonte: Mohandas (2016)

2.1.4. Manutenção detectiva

Segundo NGI Blog (2017): “O foco da manutenção detectiva é identificar falhas

e vícios ocultos que não podem ser perceptíveis pelas equipes de manutenção. Estas

inspeções também são periódicas, e geralmente contam com o apoio de

equipamentos especializados”.

Manutenções detectivas geram manutenções corretivas planejadas. Existem

sistemas que agem de forma automática de modo a alertar no caso de possíveis falhas

em equipamentos. São exemplos de sistemas de proteção (CYRINO, 2017):

a) Painel para sinalização de alarmes;

b) CLP (Controlador lógico programável);

c) Teste de dispositivos de segurança;

d) Teste de detectores de gás e fumaça.

Recomenda-se um sistema de manutenção preditiva trabalhando junto com

estes dispositivos, para evitar que as falhas dos mesmos não passem despercebidas.

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2.2. ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO

Praticar a Engenharia de Manutenção significa atuar em causa raiz de falhas,

modificar situações que causam falhas recorrentes (GURSKI, 2002).

A engenharia de manutenção possui uma grande importância, como fator de desenvolvimento técnico-organizacional da Manutenção Industrial. Esta área tem como objetivo o de promover o processo tecnológico da Manutenção, através da aplicação de conhecimentos científicos e empíricos na solução de dificuldades encontradas nos processos e equipamentos, perseguindo a melhoria da manutenabilidade da maquinaria, maior produtividade, a eliminação de riscos em segurança do trabalho e de danos ao meio ambiente. (Viana, 2002, p. 82).

O autor também cita a necessidade de que a equipe seja formada por Técnicos

e Engenheiros, os quais devam possuir competências relacionadas a visão dialética

e domínio em sua formação. Um técnico de manutenção com a função de apoio

também é citado. (VIANA, 2002).

A engenharia de manutenção visa garantir itens relevantes citados por Kardec

e Nascif (2012).

a) Elevar a confiabilidade;

b) Elevar a disponibilidade;

c) Melhorar a manutenibilidade;

d) Aumentar a segurança;

e) Eliminar problemas crônicos;

f) Resolver problemas tecnológicos;

g) Elevar a capacitação de pessoas;

h) Controlar materiais e sobressalentes;

i) Atuar em novos projetos (interface com a engenharia);

j) Oferecer suporte a execução

k) Realizar análise de falhas e estudos;

l) Formular planos de manutenção e de inspeção e fazer análise sua

crítica;

m) Acompanhar indicadores;

n) Proteger a documentação técnica.

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Toda empresa necessita de um plano de manutenção em curto prazo, podendo

variar de alguns dias até meses, tendo como objetivo a adoção de políticas de

manutenção apropriadas para o reparo, substituição e recondicionamento dos

componentes, de modo que o processo final seja o maior favorecido (CAMPOS;

BELHOT, 1994).

Contudo, é necessário conhecer todos os tipos de manutenção existentes, e

entre eles aplicar o melhor para cada empresa, tendo como objetivo buscar a

confiabilidade dos equipamentos, custos de manutenção e quantidade de horas de

equipamento disponível.

Figura 5 - Organograma demonstrativo de tipos de manutenção

Fonte: Filho (2008, p.10)

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2.3. CUSTOS E ESTRUTURAÇÃO ORGANIZACIONAL DA MANUTENÇÃO

De acordo com Teles (2018), o setor de manutenção é visto na maioria das

vezes como um setor com altos custos. Grande parte das empresas que estão

condenadas ao fracassam enxergam dessa maneira. Uma empresa que desenvolve

uma boa cultura da gestão de seus equipamentos percebe que a manutenção é um

setor que possibilita investimentos que irão retornar com relação a indisponibilidade e

confiabilidade.

Existe uma grande preocupação gerencial em reduzir o custo de manutenção, e isto é saudável à medida que se constata que, na quase totalidade das empresas brasileiras e na maioria das empresas internacionais, o custo de manutenção é elevado e não compatível com a competitividade globalizada. (GURSKI, 2002).

Para Kardec e Nascif (2012) o custo de manutenção relacionado ao

faturamento bruto é o indicador macro mais utilizado no Brasil. A figura 6 mostra a

evolução desse indicador de 1991 e 2011 baseado nos dados do documento nacional

elaborado pela empresa ABRAMAN (Associação Brasileira de Manutenção e Gestão

de Ativos):

Figura 6 - Custo total de manutenção em relação ao faturamento bruto

Fonte: Kardec e Nascif (2012, p. 81)

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Nota-se que entre os anos de 1995 e 2011 o percentual apresentou uma

tendência de redução a partir de 2001 e sua média se encontra em 4,11%. As

empresas que responderam ao questionário enviado pela ABRAMAN são as

predominantes de maior porte (diversas unidades da Petrobras, empresas de

transporte ferroviário, empresas do setor elétrico e empresas do setor siderúrgico –

ferroso e não ferroso). Deste grupo aproximadamente 20% das empresas não

informaram este indicador. (KARDEC e NASCIF, 2012).

Figura 7 - Custo de manutenção/Faturamento Bruto por segmento econômico – Brasil

Fonte: Kardec e Nascif (2012, p. 82)

Na imagem acima, nota-se que as três empresas com maior custos de

manutenção com relação ao faturamento são as que pertencem ao segmento de

máquinas / equipamento aeronáuticos / eletroeletrônico (10,00%), saneamento

(8,00%) e prestação de serviços de mão-de-obra (7,25%).

Para melhor entendimento, existem três classes relacionadas a custos de

manutenção, são elas:

a) Custos diretos;

b) Custos indiretos;

c) Custos de perda de produção.

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2.3.1. Custos Diretos

Segundo o Departamento de Engenharia Elétrica (DEE) da Universidade

Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), custos diretos são todos aqueles

indispensáveis para manter os equipamentos em operação. Entre os custos diretos

estão (DEE/UFRN, data não publicada):

a) Custos com mão de obra;

b) Ferramentas;

c) Peças de reposição;

d) Manutenção preventiva;

e) Inspeções regulares;

f) Manutenção preditiva;

g) Manutenção detectiva.

Os custos relativos a grandes paradas de manutenção ou grandes serviços de

reforma devem ser identificados de forma diferente, mesmo sendo custos diretos.

2.3.2. Custos Indiretos

São custos relacionados com a estrutura gerencial e apoio administrativo, custo

com engenharia de manutenção e supervisão, custo com análise e estudo de melhoria

entre outros. Também está incluso a aquisição de equipamentos, ferramentas,

instrumentos de medição e controle (tudo que tenha o intuito de acompanhamento) e

custos como: iluminação, água, energia elétrica depreciação e outras utilidades.

(DEE/UFRN, Data não publicada).

2.3.3. Custos de Perda de Produção

De acordo com o DEE/UFRN (Data não publicada) os custos de perda de

produção consistem nos custos relacionados a dois fatores:

a) Falha do equipamento principal sem que o equipamento reserva esteja

disponível (caso exista) para manter a unidade produzindo;

b) Falha do equipamento devido manutenção ou operação incorreta.

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2.3.4. Otimização de Custos

Segundo a ENGEMAN (2018), dez passos podem ser seguidos para reduzir e

otimizar os custos em pequenas, médias e grandes empresas:

a) Planejar e compartilhar o planejamento da manutenção com a produção

com antecedência;

b) Criar planos de manutenção para executar somente atividades que

forem realmente necessárias;

c) Assegurar a periodicidade exata para intervir nos equipamentos;

d) Inspecionar periodicamente os equipamentos;

e) Ter um plano de manutenção emergencial em mãos;

f) Avaliar e estar ciente da disponibilidade das peças de reposição;

g) Ter um bom histórico de ocorrências nos equipamentos;

h) Ter um bom histórico de tempo de execução de serviços manutenção;

i) Ter um bom histórico referente a custos de manutenção;

j) Obter e colher informações de forma rápida.

De acordo com o Blog Manutenção em Foco (2017), se todos os itens citados

forem bem gerenciados, os resultados positivos serão consequência. Existem mais

maneiras e métodos de reduzir e otimizar os custos, porém os que foram mencionados

possuem um foco maior.

2.4. ESTRUTURAÇÃO ORGANIZACIONAL DA MANUTENÇÃO

A estrutura organizacional da manutenção é encontrada em todos os lugares e

situações. Devido à diversificação de produtos e porte da empresa, sua composição

pode sofrer com algumas alterações. Abaixo, estão alguns exemplos de estrutura

organizacional da manutenção:

2.4.1. Manutenção Centralizada

Conforme DEE/UFRN (Data não publicada): “É a manutenção centralizada em

torno de uma equipe”. Ou seja, ela existe em situações em que há subordinados e

uma administração superior. (STONNER, 2015).

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As vantagens e desvantagens da manutenção centralizada encontram-se

descritas na tabela a seguir:

Tabela 2 – Vantagens e desvantagens da manutenção centralizada

VANTAGENS DESVANTAGENS

Maior possibilidade de investimento e

treinamento da equipe de manutenção.

Devido à disputa de recursos, muitas

unidades de produção podem se queixar do

mau atendimento às suas necessidades.

Otimização do efetivo de Manutenção.

Os equipamentos das unidades podem ser

atendidos por equipes sempre diferentes,

dispersando o conhecimento sobre as

especificidades destes equipamentos.

Menores custos.

Fonte: Adaptado de Stonner (2015)

2.4.2. Manutenção Descentralizada

Contrária à manutenção centralizada, possui como principal vantagem a

cooperação da manutenção x operação. (DEE/UFRN, Data não publicada).

As vantagens e desvantagens da manutenção descentralizada encontram-se

descritas na tabela a seguir:

Tabela 3 – Vantagens e desvantagens da manutenção descentralizada

VANTAGENS DESVANTAGENS

Rapidez no atendimento. Maiores custos.

Melhor relacionamento Produção –

Manutenção.

Efetivo global de manutenção mais

numeroso.

Por serem equipes atendendo sempre as

mesmas unidades, a equipe de

manutenção conhece melhor as

peculiaridades de cada equipamento.

Dificuldade em ministrar treinamento.

Podem ser gerados procedimentos e

normas de manutenção diferentes em cada

unidade, dificultando a padronização.

Fonte: Adaptado de Stonner (2015)

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2.5. INDICADORES DE MANUTENÇÃO

Os indicadores de manutenção, assim como os indicadores de performance (ou desempenho), são um conjunto de informações que buscam mensurar e otimizar o funcionamento dos processos, a fim de aumentar a eficiência e a produtividade de uma empresa. (SANTOS, Data não publicada).

A seguir, os cinco indicadores mais utilizados na área de manutenção:

2.5.1 MTBF

O MTBF (Mean Time Between Failures), traduzido no português como TMEF

(Tempo Médio Entre Falhas), como diz o nome, consiste no índice proveniente da

seguinte equação:

Equação 1 – Cálculo MTBF

𝑀𝑇𝐵𝐹 =𝐻𝐷

𝑁𝐶

Fonte: Viana (2002, p.142)

Sendo:

HD = Horas disponíveis

NC = Número de intervenções corretivas

Quanto maior for o resultado, maior será a confiabilidade do aparelho, ou seja,

o equipamento levará um tempo maior para apresentar outra falha e a produção

poderá se programar com base no índice obtido. (SANTOS, data não publicada).

2.5.2 MTTR

O MTTR (Mean Time to Repair), traduzido no português como TMR (Tempo

Médio de Reparo), consiste no índice proveniente da seguinte equação:

Equação 2 – Cálculo MTTR

𝑀𝑇𝑇𝑅 =𝐻𝐼𝑀

𝑁𝐶

Fonte: Viana (2002, p.142)

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Sendo:

HIM = Horas de indisponibilidade de manutenção

NC = Número de intervenções corretivas

O resultado do indicador permite obter o tempo que levará para efetuar uma

manutenção e após quanto tempo ela estará pronta para uso. Assim, a produção

conseguirá ser programar com base nos resultados obtidos. (SANTOS, Data não

publicada).

2.5.3 Índice de Retrabalho (IR)

O Índice de Retrabalho (IR) consiste no percentual de horas gastas em

manutenções realizadas, em ordens de manutenções encerradas em que a correção

foi necessária novamente. (VIANA, 2002).

Equação 3 – Cálculo do índice de Retrabalho

Í𝑛𝑑𝑖𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑅𝑒𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜 =𝛴𝐻𝐻 𝑒𝑚 𝑂𝑀 𝑟𝑒𝑎𝑏𝑒𝑟𝑡𝑎𝑠

𝛴𝐻𝐻 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑛𝑜 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜 x 100%

Fonte: Viana (2002, p. 153)

Sendo:

OM = Ordem de manutenção

HH = Horas trabalhadas

2.5.4 Índice de Corretiva (IC)

O Índice de Corretiva (IC), índica a quantidade de horas gastas em

manutenções corretivas, o qual possui como índice aceitável de 25% com relação as

manutenções totais realizadas. (VIANA, 2002).

Equação 4 – Cálculo do Índice de Corretiva

Í𝑛𝑑𝑖𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎 =𝛴𝐻𝑀𝐶

𝛴𝐻𝑀𝐶+ 𝛴𝐻𝑀𝑃 x 100%

Fonte: Viana (2002, p. 153)

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Sendo:

HMC = Horas gastas em manutenções corretivas

HMP = Horas gastas em manutenções preventivas

2.5.5 Índice de Preventiva (IP)

O Índice de Preventiva (IP), índica a quantidade de horas gastas em

manutenções preventivas, o qual possui como índice aceitável de no mínimo 70% com

relação as manutenções totais realizadas. (VIANA, 2002).

Equação 5 – Cálculo do Índice de Preventiva

Í𝑛𝑑𝑖𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑃𝑟𝑒𝑣𝑒𝑛𝑡𝑖𝑣𝑎 =𝛴𝐻𝑀𝐶

𝛴𝐻𝑀𝐶+ 𝛴𝐻𝑀𝑃 x 100%

Fonte: Viana (2002, p. 154)

Sendo:

HMC = Horas gastas em manutenções corretivas

HMP = Horas gastas em manutenções preventivas

2.6. SISTEMAS DE CONTROLES DA MANUTENÇÃO

No dizer de Kardec e Nascif (2012), para conformar todos os processos que se

interagem na manutenção é necessária a existência de um sistema de controle da

manutenção. O mesmo possui diversas funções, e entre elas estão:

a) Quais serviços serão feitos;

b) Quando os serviços serão feitos;

c) Quais recursos serão necessários para execução dos serviços;

d) Quanto tempo será gasto em cada serviço;

e) Quais serão o custo de cada serviço, o custo por unidade e o custo

global;

f) Quais materiais serão aplicados;

g) Quais máquinas, dispositivos e ferramentas serão necessárias.

De maneira resumida, o diagrama de fluxo de dados é elaborado da seguinte

forma:

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Figura 8 - Diagrama do fluxo de dados

Fonte: Kardec e Nascif (2012, p. 99)

2.6.1 Processamento das solicitações de serviço

Esta etapa refere-se a entrada de serviços, os quais devem ser efetuados

através da se solicitações as quais costumam ser efetuadas pelas áreas produtivas e

manutenção. Ao efetuar uma solicitação, Gurski (2002) recomenda a verificação dos

seguintes tópicos:

a) A procedência da manutenção;

b) Prioridade.

c) Se o serviço se enquadra na manutenção diária.

Após realizar a verificação das informações citadas acima, segundo o autor a

solicitação deverá receber um número e informações relacionadas devem ser

descritas, tais como: prioridade, código do equipamento, local de realização do

trabalho, descrição, dia da realização, entre outros.

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2.6.2 Planejamento dos serviços

Consiste em uma etapa importante para a manutenção e leva pouco tempo

para ser efetuado quando consistirem em situações relacionadas ao dia-a-dia.

(GURSKI, 2002).

Os departamentos de manutenção geralmente adotam os planos preventivos recomendados pelos próprios fabricantes dos veículos, ou criam os seus a partir deles. Estes planos quase sempre sugerem inspeções, lubrificações e substituições periódicas de determinados componentes mecânicos. A vida útil dos itens dificilmente é fornecida e, quando indicada, situa-se completamente fora da realidade aplicável. (CAMPOS; BELHOT, 1994, p. 182)

Segundo Teles (Data não publicada), existe o Planejador da Manutenção, cuja

função é a de se responsabilizar por todo o planejamento da manutenção de máquinas

e equipamentos de uma organização. Ou seja, gerenciar os planos de manutenção

preventiva, preditiva, lubrificação e inspeção, elaborar procedimentos técnicos,

dimensionar recursos necessários, gerenciar a carteira de serviços, coletar

informações importante para execução de suas atividades, entre outros. Nas imagens

9 e 10, as estruturas ideais recomendadas para a área de planejamento de

manutenção e designações relacionadas a área:

Figura 9 - Estrutura ideal de setor de Planejamento e Controle de Manutenção

Fonte: Engeteles (2018)

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Figura 10 - Exemplo de designações do Planejamento e controle da manutenção

Fonte: Engeteles (2018)

2.6.3 Detalhamento dos serviços

Neste momento são definidas as principais tarefas que serão executadas no

trabalho: recursos necessários, tempo estimados para cada tarefa e dependência das

tarefas (KARDEC; NASCIF, 2012). A imagem a seguir mostra o detalhamento de um

serviço de simples complexidade:

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Figura 11 - Exemplo de um detalhamento de serviços

Fonte: Kardec e Nascif (2012, p.101)

2.6.4. Programação dos serviços

Nesta etapa são definidos os serviços do próximo dia/semana em função das

prioridades preestabelecidas. Gurski (2002) cita quais as regras a serem seguidas

para a realização desta etapa:

a) Definição de prioridades:

1 – Emergência (já ocorreu o problema);

2 – Urgência (o indesejado está prestes a acontecer);

3 – Normal operacional;

4 – Normal não operacional.

b) Programar as datas de recebimento das solicitações de serviço e com

prazo de realização com prioridades próximas de prioridades,

c) Priorização serviços com data marcada;

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d) Bloquear as solicitações no caso de problemas relacionados a falta de

material, ferramentas, informações, entre outros, até que a situação seja solucionada.

2.6.5. Gerenciamento da execução dos serviços

Esta etapa possui como objetivos (GURSKI, 2002):

a) Acompanhar causas de bloqueios de serviços;

b) Controlar a carteira de serviços da manutenção;

c) Acompanhar a execução dos serviços de modo a garantir se os serviços

programados estão sendo executados;

d) Acompanhar os desvios referentes ao tempo de execução previsto dos

serviços e alterá-los, se necessário.

2.6.6. Registro dos serviços e recursos

Esta etapa possui como objetivos (GURSKI, 2002):

a) Registrar todos os recursos utilizados (executantes), quantos

homens/hora foram gastos no serviço e verificar se o serviço foi concluído ou não;

b) Quais materiais foram aplicados;

c) Gastos com serviços de terceiros.

2.6.7. Gerenciamento de equipamentos

Esta etapa visa fornecer as informações relacionadas ao histórico do

equipamento, através de seu código. Para tal, torna-se necessário o arquivamento

do detalhamento para utilizações futuras e o uso dos dados para realizar análises de

falhas e criação dos indicadores. (GURSKI, 2002).

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2.6.8. Administração da carteira de equipamentos

Esta etapa visa a realização das seguintes atividades (GURSKI, 2002, p. 19):

a) Acompanhamento do orçamento – previsão x realização, separando por

especialidade, área unidade operacional;

b) Cumprimento da programação, abrangendo as diversas áreas e

especialidades;

c) Tempo médio da execução de serviços;

d) Índice de atendimento, estando incluso a demora entre solicitações e o

início dos serviços;

e) Backlog, separado por especialidade e área;

f) Composição da carteira de serviços – percentual por especialidade,

percentual por prioridade, percentual por área, percentual por unidade etc;

g) Índice de ocupação por mão de obra disponível;

h) Índices dos bloqueios de programação separados por causa.

2.6.9. Gerenciamento de padrões de serviços

Padrões de realização de serviços de manutenção devem ser estabelecidos

quanto ás atividades a serem realizadas, de modo a estabelecer sequências,

recursos, tempos necessários, entre outras informações, as quais as organizações

julguem necessárias. (GURSKI, 2002).

2.6.10. Gerenciamento de recursos

Consiste na etapa de gerenciamento de mão de obra, onde torna-se

necessário que o planejador tenha uma visão global da mão de obra por toda a

organização e também que esteja ciente do risco de indisponibilidade de mão de obra,

de modo que não ocorram paradas e que conheça a disponibilidade dos

equipamentos, visando assim, maior confiabilidade no planejamento. (GURSKI,

2002).

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2.6.11. Administração de estoque

Visando a interface manutenção-suprimentos, os softwares possuem também

um módulo de gestão de estoques. O módulo de gestão de estoque deve conversar

diretamente com o módulo de gerenciamento da manutenção com a finalidade

andarem em conjunto, efetuando assim, um acompanhamento das compra e

recebimento de materiais relacionados a manutenção. Assim, a administração da

carteira de serviços, será efetuada de maneira correta. (GURSKI, 2002).

2.7. SOFTWARES DISPONÍVEIS

Softwares relacionados a manutenção são de total importância nos dias atuais

devido o número de informações que necessitam ser processadas. Softwares permite

que os dados relacionados a manutenção sejam registrados e compilados de forma

eficaz. (VIANA, 2002).

Qualquer que seja a aplicação de sistemas de informação na administração e no gerenciamento da manutenção, se não houver um envolvimento efetivo dos profissionais desses setores desde a concepção e do desenvolvimento, até a implementação e testes, a implantação do sistema não terá êxito, nem mesmo os resultados tão aguardados e buscados. (CAMPOS; BELHORT, 1994, p. 76).

Segundo o autor, os softwares para gestão da manutenção foram elaborados

com as seguintes finalidades:

a) Organização e manutenção de procedimentos de manutenção;

b) Obter informações relacionadas a manutenção de forma prática;

c) Controlar a condição de uso de equipamentos;

d) Manter históricos de equipamentos e fornecer relatórios;

e) Efetuar índices relacionados a manutenção.

Na figura seguir, podemos ver uma relação de nome comercial e empresa

fabricante disponíveis no mercado:

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Figura 12 - Softwares disponíveis no mercado

Fonte: Kardec e Nascif (2012, p.108)

Nas imagens 13 e 14, recomenda-se dois softwares disponíveis no mercado

para o gerenciamento da manutenção.

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Figura 13 - Software Synchroteam disponível no mercado

Fonte: Synchroteam (2018)

Figura 14 - Software Softexpert EAM disponível no mercado

Fonte: Softexpert (2018)

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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A realização deste trabalho de conclusão de curso permitiu compreender a

importância da gestão da manutenção nas organizações onde, através da revisão

bibliográfica realizou-se uma pesquisa de diversos assuntos relacionados á área, tais

como: conceito de manutenção, engenharia, custos, sistemas de controles, entre

outros, com o objetivo de responder à seguinte problemática apresentada no capítulo

1. Introdução:

Quais são as principais tratativas para utilizar o planejamento e o controle no

setor da manutenção, gerando maior confiabilidade, aumentando a vida útil do

equipamento e gerando menos custos?

De tal modo, confirma-se a ideia de Souza (2013) apresentada neste trabalho:

Equipamentos parados em picos de produção programada ou perda de produção decorrente de manutenção inadequada podem significar perdas de clientes para a concorrência, além de afetar a qualidade. (SOUZA, 2013, p.11).

Confirma-se também o quanto a gestão estratégica da manutenção é

importante para as organizações, uma vez que ela intervém na segurança, meio

ambiente e resultados da empresa de forma positiva devido o aumento da

confiabilidade, redução de custos e aumento da qualidade e produtividade que um

bom sistema de gestão de manutenção proporciona.

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REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-5462: confiabilidade e mantenabilidade. Rio de Janeiro: ABNT, 1994. 37p. BCEND. Métodos de ensaios não destrutivos mais atuais. 2016. Disponível em: <http://bcend.com.br/metodos-de-ensaios-nao-destrutivos-mais-usuais>. Acesso em: 08 de novembro de 2018. CAMPOS, Fernando C; BELHOT, Renato V. Gestão de manutenção de frotas de veículos: uma revisão Gestão de manutenção de frotas de veículos: uma revisão. Gest. Prod., São Carlos, v. 1, n. 2, p. 171-188, Aug. 1994. Available from <http://www.scielo.br/pdf/gp/v1n2/a04v1n2.pdf>. Acesso em 12 de setembro de 2018. CYRINO, Luis. Custos de manutenção, como reduzir? 2017. Disponível em <https://www.manutencaoemfoco.com.br/custos-de-manutencao/> Acesso em 28 de outubro de 2018. CYRINO, Luis. Manutenção detectiva. Disponível em <https://www.manutencaoemfoco.com.br/manutencao-detectiva/> Acesso em 28 de outubro de 2018. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA - UFRN. 5. Planejamento e controle da manutenção. Data não publicada. Disponível em <http://www.dee.ufrn.br/~joao/manut/07%20-%20Cap%EDtulo%205.pdf> Acesso em 28 de outubro de 2018. ENGEMAN. 10 Dicas de Redução de Custos na Manutenção. Data não publicada. Disponível em <https://blog.engeman.com.br/10-dicas-para-reducao-de-custo-na-manutencao/> Acesso em 21 de outubro de 2018. FILHO, Gil B. A Organização, o planejamento e o controle da manutenção. Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna Ltda., 2008. 280p. GURSKI, Carlos A. Curso de formação de operadores de refinaria: noções de confiabilidade e manutenção industrial. Curitiba: Petrobras, 2002. 24p. KARDEC, Alan; NASCIF, Julio. Manutenção: Função estratégica. 4. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2012. 410p. QUE CONCEITO. Conceito de manutenção. Data não publicada. Disponível em <http://queconceito.com.br/manutencao>. Acesso em 12 de setembro de 2018. MOHANDAS, Midhun. Infrared thermography could save time and money while reducing the risk of a catastrophoc failure. 2016. Disponível em: <http://www.marasinews.com/technology/infrared-thermography-could-save-time-and-money-while-reducing-risk-catastrophoc-failure>. Acesso em: 11 de novembro de 2018.

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