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NBR-16.280 SISTEMA DE GESTÃO DE REFORMAS GUIA COMPLETO PARA ARQUITETOS E ENGENHEIROS VOLUME 1 - 1ª EDIÇÃO construtiva aprimoramento profissional

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Page 1: NBR-16Normas Técnicas (ABNT), que define a forma como devem transcorrer as intervenções nas edificações que estejam passando por processos de reforma. A primeira publicação

NBR-16.280SISTEMA DE GESTÃO DEREFORMAS

GUIA COMPLETO PARAARQUITETOS E ENGENHEIROS

VOLUME 1 - 1ª EDIÇÃO

construtivaaprimoramento profissional

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NBR-16.280SISTEMA DE GESTÃO DEREFORMAS

GUIA COMPLETO PARAARQUITETOS E ENGENHEIROS

ARQ. CLEVERSON SOUSA

VOLUME 1 - 1ª EDIÇÃO

construtivaaprimoramento profissional

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APRESENTAÇÃO

Olá!

Obrigado por fazer o download do nosso novo

E-book!

Este material foi preparado com todo o cuidado

e ap u ro t é c n i c o p a ra o r i e n t a r vo c ê ,

profissional da área de construção civil, com

relação aos requisitos da Norma Brasileira

NBR-16.280 - Reformas em Edificações -

Sistema de Gestão de Reformas.

Nas próximas páginas apresentaremos todos

os conceitos e requisitos para aplicação dessa

norma tão importante nos seus próximos

projetos, de forma que você possa oferecer

aos seus clientes um produto diferenciado e de

alta qualidade. Todo o conteúdo foi produzido e

revisado por nossa equipe técnica, composta

por profissionais altamente especializados e

focados em levar até você a informação do jeito

que você precisa.

Se você gostou desse material, recomende

para seus amigos e colegas, para que eles

também aprimorem seus conhecimentos!

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e no Instagram!

Bons estudos!

NBR-16.280 - GUIA COMPLETO PARA ARQUITETOS E ENGENHEIROS

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www.construtiva.net.br

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QUEM SOMOS NÓS

Todos os anos, as universidades brasileiras

"despejam" no mercado de trabalho cerca de

40 mil novos profissionais nas áreas de

Engenharia Civil e Arquitetura (dados do CREA

e do CAU-BR). Em um mercado cada dia mais

competitivo e exigente, tanto do ponto de vista

técnico como do econômico, torna-se

imprescindível o aprimoramento dos produtos

e serviços oferecidos.

A Construtiva Aprimoramento Profissional

nasceu da percepção de seus idealizadores de

uma demanda reprimida nesse mercado.

Necessidades de profissionais recém-

formados ou, muitas vezes, já estabelecidos no

mercado, mas que precisam se atualizar para

acompanhar o fluxo da inovação e continuar

conquistando clientes.

O nosso objetivo é oferecer sempre o melhor

c o n t e ú d o n a s á re a s d e e n ge n h a r i a ,

arquitetura, design de interiores e construção

civil em geral. Queremos profissionais cada dia

mais capacitados e motivados a enfrentar as

adversidades e desafios de suas carreiras!

Conteúdo pertinente, com qualidade e

seriedade. Compromisso da CONSTRUTIVA

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Venha nos conhecer e se surpreender com

nossos cursos!

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SUMÁRIO

Apresentação

Quem somos nós

1. O que é a NBR-16.280?

2. Como essa norma afeta as edificações?

3. O que mudou para quem quer reformar?

4. O que é o Plano de reforma?

5. Qual é o profissional que elabora o Plano de Reforma?

6. Que informações devem constar no Plano de Reforma?

7. Qualquer obra precisa ter Plano de Reforma?

8. De quem são as responsabilidades durante a reforma?

9. Como profissional, o que me obriga a aplicar a norma?

10. Quais os riscos de não seguir a norma técnica?

11. Quais as etapas para a gestão completa da reforma?

12. Como posso saber mais sobre a NBR-16.280?

NBR-16.280 - GUIA COMPLETO PARA ARQUITETOS E ENGENHEIROS

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O QUE É A NBR-16.280?

A NBR-16.280 – Reformas em

Edificações: Sistema de Gestão de

Reformas é uma Norma Brasileira,

publicada pela Associação Brasileira de

Normas Técnicas (ABNT), que define a

forma como devem transcorrer as

intervenções nas edificações que

estejam passando por processos de

reforma. A primeira publicação dessa

norma foi em março de 2014, tendo

passado por uma revisão em agosto de

2015, que é a que se encontra em vigor.

A publicação dessa norma técnica

veio em resposta a uma série de eventos

ligados a intervenções desastrosas

realizadas em edificações, cujo caso de

maior repercussão foi a ruína do Edifício

Liberdade, no Centro do Rio de Janeiro, em

25 de janeiro de 2012.

Até essa época pouco se havia

discutido sobre as responsabilidades e

implicações das reformas em edificações,

de maneira geral.

Apesar de haver se tratado de um

acidente sem vítimas fatais, o ocorrido

serviu para que a sociedade questionasse

a atuação dos profissionais envolvidos

nesse tipo de atividades e sua capacitação

para intervir em sistemas complexos sem

colocar em risco seus ocupantes e os de

seu entorno.

Imagens do Edifício Liberdade, no Rio de Janeiro,após o desabamento ocorrido em 2012.

Imagens do Edifício Liberdade, no Rio de Janeiro,após o desabamento ocorrido em 2012.

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NBR-16.280 - GUIA COMPLETO PARA ARQUITETOS E ENGENHEIROS

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COMO ESSA NORMA AFETA AS EDIFICAÇÕES?

Em linhas gerais, a NBR-16.280

estabelece requisitos e ferramentas

para controle de todos os processos

envolvidos nas reformas: desde o

planejamento até a execução dos

serviços. A partir da aplicação dessa

n o r m a , p re t e n d e - s e at i n g i r o s

seguintes objetivos:

- Prevenir a perda de desempenho dos

sistemas construtivos;

- Estimular o planejamento e as

análises técnicas das implicações da

reforma sobre a edificação;

- Evitar a alteração das características

originais da edificação ou de suas

funções;

- Garantir a segurança da edificação e

seus usuários;

- Prover um registro documental

detalhado das alterações realizadas

ao longo dos anos;

- Garantir a supervisão técnica dos

processos e das obras.

Dessa forma, a NBR-16.280

torna-se uma importante ferramenta

n a p r e v e n ç ã o d e d a n o s e

manifestações patológicas que

causam prejuízos aos proprietários e

colocam em risco os usuários das

edificações em reformas.

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05NBR-16.280 - GUIA COMPLETO PARA ARQUITETOS E ENGENHEIROS

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A estrutura da NBR-16.280 se apóia sobre três pilares essenciais, relacionados ao

planejamento, controle e registros de obra, visando garantir a segurança e o domínio das

informações.

Se bem realizada, a gestão da reforma não apenas garantirá a segurança dos usuários e da vizinhança da edificação a ser reformada.

Ao longo do tempo, os registros gerados consistirão em um histórico completo de

todas as intervenções realizadas ao longo da vida de cada edifício, tornando-se

importantes no planejamento de atividades de manutenção e recuperação dos sistemas

construtivos, prolongando sua utilização.

3 PILARES DA NBR-16.280

PLANEJAMENTO

Envolve a definição dos ser-viços que serão executadose seu impacto sobre o edifí-cio que será reformado, bemcomo as medidas paraevitá-los ou minimizá-los.

REGISTROS

CONTROLE

Acompanhamento das obraspor profissional habilitado,que estará preparado para orientar as equipes e intervirquando necessário, de formaa preservar a integridade daedificação.

Arquivamento detalhado dasinformações, de forma apermitir referências futurasno caso de outras reformas oumesmo na ocorrência de umsinistro, oriundo ou não dareforma realizada.

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O QUE MUDOU PARA QUEM QUER REFORMAR?

A aplicação do sistema de gestão

de reformas, conforme estabelecida

pela NBR-16.280, é baseada no

cumprimento de diretrizes básicas

orientadas para a manutenção da

s eg u ra n ç a d a e d i f i c a ç ã o e d a

i n t e g r i d a d e d e s e u s s i s t e m a s

construtivos.

D e a c o r d o c o m a n o r m a ,

qualquer obra de reforma só poderá

ser iniciada com autorização prévia do

responsável legal pelo condomínio,

que deverá ter avaliado previamente

as intervenções pretendidas e seus

impactos sobre a edificação.

O projeto arquitetônico deve

respeitar as limitações do sistema

construtivo implantado. Isso reflete na

possibi l idade de se real izarem

d e m o l i ç õ e s o u a c r é s c i m o s ,

alterações de pontos elétricos e

hidrossanitários, entre outras. Um

prédio que seja construído com

alvenaria estrutural, por exemplo, não

pode ter suas paredes demolidas ou

r a s g a d a s p a r a p a s s a g e m d e

eletrodutos e tubulações.

Para isso o responsável pelo

projeto deve conhecer de antemão as

condições e o estado de conservação

da edificação que será reformada, de

forma a prever os impactos de suas

intervenções e evitar ou minimizar

eventuais danos.

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Como forma de garantir a segurança dos demais usuários da edificação e permitir a avaliação do projeto pelo síndico, os responsáveis técnicos

devem fornecer um documento explicando detalhadamente todas as

intervenções pretendidas, seus impactos e a forma de mitiga-los.

Esse documento chama-se “Plano de Reforma”.

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O QUE É O PLANO DE REFORMA?

O P l a n o d e Re fo r m a é u m

documento que apresenta todas as

informações relativas às intervenções

q u e s e p r e t e n d e r e a l i z a r n a

edificação. Nesse documento devem

c o n s t a r t o d a s a s a l t e r a ç õ e s

pretendidas, seus impactos sobre os

sistemas da edificação e o que será

feito para minimizar o risco de

eventuais danos à edificação em

função da reforma. Todo Plano de

R e f o r m a d e v e s e r e n t r e g u e

acompanhado de uma ART ou RRT,

assinada pelo responsável técnico

pela obra/projeto.

Depois de finalizado, o Plano de

Reforma deve ser submetido ao

síndico, que é o responsável legal pela

edificação.

O síndico deverá avaliar o

documento apresentado e verificar se

as alterações pretendidas podem

colocar em risco a segurança da

edificação e seus ocupantes. Caso

seja verificada alguma situação que

envolva riscos, o síndico pode vetar a

realização da obra até que os mesmos

sejam apurados e mitigados em

projeto. No caso de o síndico não

possuir conhecimento técnico para tal

avaliação, ele pode contratar um

prof issional especializado para

conduzi-la e tratar com o autor do

projeto e os responsáveis pela obra.

Durante a reforma o síndico, ou

um representante capacitado, deve

estar sempre acompanhando as

obras, buscando verificar se as

intervenções estão de acordo com o

previsto em projeto e explicitado no

Plano de Reforma. No caso de serem

identificados quaisquer desvios, o

síndico deve interromper a obra e

solicitar uma atualização do plano,

com a constatação de que não há

nenhum risco para a edificação. Só

então as obras podem ser retomadas.

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QUAL É O PROFISSIONAL QUEELABORA O PLANO DE REFORMA?

De acordo com a NBR-16.280, os

P l a n o s d e Re fo r m a d eve m s e r

elaborados por um arquiteto ou por um

engenheiro civil, que assumirão a

responsabil idade técnica pelas

soluções e análises nele contidas.

O plano de reforma não precisa

ser necessariamente elaborado pelo

autor do projeto de reforma. Em casos,

por exemplo, de projetos elaborados

por decoradores ou designers, os

mesmos podem solicitar a assessoria

técnica de um dos profissionais

citados acima, que orientará quanto à

forma correta de se realizarem as

obras

O autor do Plano de Reforma,

seja ele ou não o autor do projeto,

ficará responsável por acompanhar a

execução das obras e garantir o

cumprimento das condições definidas

por ele. Esse profissional também

ficará responsável por conduzir a

interface de autorização das obras

junto ao responsável legal pelo

condomínio, além de prestar contas

sobre o andamento das mesmas.

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Planos de reforma podem ser elaborados por arquitetos ou engenheiros civis

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QUE INFORMAÇÕES DEVEMCONSTAR NO PLANO DE REFORMA?

O Plano de Reforma deve ser elaborado de forma atender os requisitos da NBR-

16.280 e garantir a integridade da edificação e a segurança dos usuários durante e

após as obras. Por esse motivo, deve contemplar todas as informações técnicas

necessárias para a correta orientação das equipes de execução. De maneira geral o

Plano de Reforma deve abordar os seguintes temas:

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Análise Preliminar

A partir de uma vistoria preliminar são conferidas as condições atuais da edificação e a presença de eventuais anomalias que possam influenciar na reforma pretendida.

Projeto

Cronograma

Descarte de Resíduos

Ruídos e Vibrações Responsabilidade Técnica

Identificação das Equipes

Armazenamento

Análises Técnicas

Devem ser apresentadas de forma clara as mudanças pretendidas e seus impactos sobre a edificação, incluindo o resultado final, por meio de desenhos e memoriais técnicos.

Toda obra deve ter um início e um fim, e o síndico deve estar ciente sobre isso, até mesmo para se posicionar perante o restante do condomínio, quando solicitado.

Todo o entulho deve ser descartado corretamente, de acordo com a legislação ambiental. O Plano de Reforma deve prever o destino a ser dado a todos os resíduos.

Atividades com alto potencial de incômodo devem estar identificadas e programadas para acontecerem nos horários que gerem o menor transtorno para os demais usuários.

O projeto, a obra e o Plano de Reforma devem ser acompanhados de RRT ou ART, identificando os profissionais responsáveis pelas intervenções a serem realizadas.

Por segurança, toda a equipe de obra deve estar discriminada e devidamente identificada no Plano de Reforma, incluindo função, nome e meio de contato.

Os materiais de construção devem ter seu armazenamento previsto devidamente ao longo da obra, evitando sobrecargas estruturais ou interferências nas áreas comuns.

Devem ser previstos e apresentados de forma clara todos os impactos das modificações pretendidas sobre a integridade dos sistemas construtivos da edificação.

Escopo da Reforma

Listagem ordenada de todos os serviços que serão realizados durante as obras, tais como demolições, alterações de pontos elétricos, forros, entre outros.

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QUALQUER OBRAPRECISA TER PLANO DE REFORMA?

Nem sempre! A NBR-16.280

estabelece que apenas as obras que

gerem impactos sobre os sistemas

construtivos da edificação, com

alteração de suas características

originais ou que envolvam mudança de

uso, devem possuir plano de reforma.

Existe uma diferença básica entre

reforma e manutenção da edificação.

Reforma: “Alteração nas condições da

edificação existente, com ou sem

m u d a n ç a d e f u n ç ã o , v i s a n d o

recuperar, melhorar ou ampliar suas

condições de habitabilidade, uso ou

segurança”. (ABNT, 2014).

Manutenção: “Conjunto de atividades

a serem realizadas para conservar ou

recuperar a capacidade funcional da

e d i f i c a ç ã o e d e s u a s p a r t e s

constituintes”. (ABNT, 2012).

A NBR-16.280 só é aplicável nos

casos em que se tratar de reforma.

N a d ú v i d a , o p ro f i s s i o n a l

responsável deve se perguntar se a

alteração pretendida trará algum

impacto, temporário ou permanente,

s o b r e o s d e m a i s s i s t e m a s

construtivos da edificação. Se a

resposta for positiva, seguramente se

t rat a r á d e u m c a s o e m q u e é

necessário apresentar o plano.

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10NBR-16.280 - GUIA COMPLETO PARA ARQUITETOS E ENGENHEIROS

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OBRAS QUE PRECISAM DE PLANO DE REFORMA

Substituição de revestimentos

Serviços de demolição ou construção

Fechamento de varandas

Substituição ou instalação de bancadas

Instalação de forro / iluminação

Instalação de ar-condicionado

Alteração de pontos elétricos e hidráulicos

Construção de telhados/coberturas

Outros

OBRAS QUE NÃO PRECISAM DE PLANO DE REFORMA

Pintura externa ou interna

Limpeza de fachadas

Jardinagem / paisagismo

Lavagem ou polimento de pisos

Manutenção de elevadores

Vistorias do sistema de SPDA/Elétrica

Instalação de CFTV (sem demolição)

Impermeabilização

Outros

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DE QUEM SÃO AS RESPONSABILIDADESDURANTE A REFORMA?8

11NBR-16.280 - GUIA COMPLETO PARA ARQUITETOS E ENGENHEIROS

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É o profissional que elaborou o projeto e irá acompanhar as intervenções na edificação. Esse profissional deve estar

ciente de sua responsabilidade e trabalhar de forma

consciente e segura, de forma a evitar transtornos durante e após a realização das obras.

Dentre suas responsabilidades podemos citar:

- Orientar o cliente quanto à elaboração do Plano de

Reforma;

- Avaliar as condições da edificação a ser reformada

antes da reforma;

- Elaborar e apresentar o Plano de Reforma ao síndico;

- Desenvolver o projeto em conformidade com as normas

vigentes;

- Acompanhar a execução das obras;

- Documentar quaisquer desvios da obra com relação

ao projeto original;

- Elaborar o termo de encerramento da reforma para

arquivamento.

Esse é o dono da unidade ou das unidades a serem

reformadas, solicitante do projeto e da autorização junto ao condomínio. A ele é cabido:

- Contratar profissionais capacitados para a reforma;

- Solicitar o Plano de Reforma e encaminhá-lo ao síndico;

- Cuidar para que a reforma seja realizada conforme o

planejado.

O síndico é a pessoa física que responde civil e judicialmente

por todas as situações que possam acontecer no

condomínio, além de ser responsável pela manutenção

e gestão financeira do condomínio. Cabe a ele:

- Informar aos condôminos sobre as regras para reformas

em unidades;

- Receber e analisar os Planos de Reforma;

- Acompanhar as obras e verificar o cumprimento do

planejado;

- Adotar medidas de segurança caso sejam identificados

riscos;

- Vistoriar e receber a obra concluída;

- Solicitar a atualização do Manual da Edificação;

- Organizar e arquivar toda a documentação da obra.

SÍNDICO RESPONSÁVEL TÉCNICO PROPRIETÁRIO

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COMO PROFISSIONAL, O QUEME OBRIGA A APLICAR A NORMA?9

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A s n o r m a s t é c n i c a s s ã o

documentos produzidos por órgãos

oficiais e com credibilidade perante a

sociedade, que estabelecem regras,

d i r e t r i z e s o u c a r a c t e r í s t i c a s

referentes a um material, produto,

processo ou serviço. No Brasil, o

órgão que desenvolve e regulamenta

esses documentos é a Associação

Brasi leira de Normas Técnicas

(ABNT).

Uma norma, por si só, não tem

caráter obrigatório, pois trata-se de

um instrumento civil, baseado em

convenções técnicas e conjuntos de

boas práticas que se sugerem ser

seguidas para se obter um nível

mínimo de qualidade desejável.

Contudo, o Código de Defesa do

Consumidor (Lei 8078/90) estabelece

que:

“Art. 39. É vedado ao fornecedor

de produtos ou serviços, dentre outras

práticas abusivas: (...) VIII - colocar, no

mercado de consumo, qualquer

produto ou serviço em desacordo com

as normas expedidas pelos órgãos

oficiais competentes ou, se normas

específ icas não existirem, pela

Associação Brasileira de Normas

T é c n i c a s o u o u t r a e n t i d a d e

credenciada pelo Conselho Nacional

de Metrologia, Normal ização e

Qualidade Industrial (Conmetro)”

(BRASIL, 1990).

Dessa forma, indiretamente

torna-se obrigatória a adoção das

normas técnicas em todos os casos

em que elas existam, sob pena de se

i n f r i n g i r a e s s e p a r â m e t ro d a

legislação federal. Por isso, diz-se que

no Brasil as normas técnicas não são

leis, mas têm força de lei, ou seja, têm

sua obrigatoriedade decretada por um

instrumento legal. Por esse motivo, os

profissionais que não preveem o

desenvolvimento do Plano de Reforma

e o cumprimento dos requisitos da

NBR-16.280 em seus projetos estão

descumprindo um parâmetro legal.

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QUAIS OS RISCOS DENÃO SEGUIR A NORMA TÉCNICA?10

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Além do descumprimento ao

Código de Defesa do Consumidor,

a realização de reformas em

edificações sem responsável

técnico e sem as análises previstas

pela NBR-16.280 expõem os

envolvidos a grandes riscos, que

afetam a segurança dos usuários e

a integridade da edificação.

Intervenções que não levem

em conta as características e

estado de conservação dos

sistemas construtivos podem dar

origem a diversas manifestações

patológicas, tais como fissuras,

infiltrações, perda do desempenho

acúst ico, entre outras. Tais

anomalias depreciam o valor dos

imóveis e prejudicam o conforto e

bem-estar dos usuários. Em casos

mais graves, como no exemplo do

Edifício Liberdade, que ruiu no Rio

de Janeiro, os envolvidos podem

responder civil e criminalmente

por seus atos.

A correta implantação e

acompanhamento do Sistema de

Gestão de Reformas, da forma

como indicada na NBR-16.280,

contribui para o prolongamento da

vida útil da edificação, com a

preservação de seu desempenho,

garantindo a segurança e o

conforto dos usuários.

Desabamento de varanda de edifício em Fortaleza/CE. Laudo pericial indicou que

reforma sem planejamento onerou a estrutura e levou à ruptura da laje de piso, que era em

balanço. Acidente aconteceu em 02 de Março de 2015 e vitimou dois operários que

trabalhavam na obra. Situação poderia ter sido evitada com análise minuciosa das

condições prévias do prédio antes da reforma.

Page 16: NBR-16Normas Técnicas (ABNT), que define a forma como devem transcorrer as intervenções nas edificações que estejam passando por processos de reforma. A primeira publicação

QUAIS AS ETAPAS PARAGESTÃO COMPLETA DA REFORMA?11

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PROJETO/PLANEJAMENTO

BriefingVistoria Inicial

Definição do partidoDefinição das intervenções

Aprovação pelo cliente

Análises TécnicasDefinição do escopo

CronogramaGestão de insumosGestão de resíduos

Definição das equipes

Análise do Plano de ReformaAvaliação dos impactosControle das alterações

Acompanhamento TécnicoControle das alterações

Registro dos desvios de projetoAnálise de riscos

Conferência dos serviçosRegistro fotográfico

Termo de Encerramento

Arquivamento do ProjetoArquivamento do Plano

Gestão das informações

PLANO DE REFORMA

EXECUÇÃODA OBRA

VISTORIAFINAL

ARQUIVAMENTO

LIBERAÇÃO PELOSÍNDICO

DESE

NV

OLVA IMM ER NO TF OE R DA

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COMO POSSO SABER MAISSOBRE A NBR-16.280?12

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Em sintonia com o mercado

da construção, a Construtiva

Aprimoramento Prof issional

oferece para os arquitetos e

engenheiros um treinamento

completo em NBR-16.280, voltado

p a ra o d e s e nvo l v i m e n t o d e

projetos, planos de reforma e

implantação das ferramentas de

gestão definidas pela norma nos

condomínios!

O curso tem duração de 20

horas/aula e abordará aspectos

técnicos, teóricos e práticos,

referentes às reformas e seus

impactos sobre as edificações,

bem como as formas de preveni-

los ou minimizá-los.

São abordados temas como

Patologias das Construções,

vistorias, acompanhamento de

obras, técnicas construtivas, entre

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TREINAMENTO NBR-16.280

GESTÃO DE REFORMASEM EDIFICAÇÕES

- Modalidade: On-line ou Presencial

- Duração: 20h/a

- Público alvo: Arquitetos e Engenheiros

- Professor: Arq. Cleverson Sousa

Objetivos:

O que você vai aprender:

Capacitar os profissionais da área da construção civil para atuarem nas reformas de edificações de forma assertiva, com segurança e autonomia.

- Elaborar e gerenciar planos de reforma;

- Analisar e aprovar planos de reforma;

- Projetar e executar reformas com segurança;

- Análise e mitigação de riscos nas construções;

- Patologias das Construções;

- Acompanhamento de obras;

- Consultoria técnica para síndicos;

- E muito mais!

PARA SABER MAIS, ACESSENOSSO SITE:

www.construtiva.net.br

Page 18: NBR-16Normas Técnicas (ABNT), que define a forma como devem transcorrer as intervenções nas edificações que estejam passando por processos de reforma. A primeira publicação