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Setembro 2013 Governo acelera chegada de genéricos às farmácias Síndrome pós-férias: 40% dos trabalhadores são afetados

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Revista para Profissionais de Saúde

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Setembro 2013

Governo acelera chegada de genéricos às farmácias

Síndrome pós-férias: 40% dos trabalhadores são afetados

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Dois suportes fundamentais: Inovação e Qualidade

As empresas do nosso Grupo (Cooprofar, Mercafar, Medlog SA e Dismed) obtiveram,

em julho, a renovação das certificações do Sistema de Gestão de IDI e de Qualidade.

A Norma ISO 9001 constitui uma referência internacional para a Certificação de

Sistemas de Gestão da Qualidade, reconhecendo o nosso esforço em assegurar a

conformidade dos nossos produtos e serviços, a satisfação dos nossos clientes e a

melhoria contínua. Também a nossa política de Inovação voltou a ser reconhecida ao

vermos renovada a certificação pelo cumprimento da Norma Portuguesa 4457: 2007

- que evidencia a eficiência do Sistema de Gestão da Investigação, Desenvolvimento

e Inovação (IDI) implementado. A primeira vez que alcançámos esta distinção foi,

em 2008, ao figurarmos entre as 15 primeiras certificações atribuídas a empresas

nacionais. A NP4457: 2007 distingue-nos enquanto organização que desenvolve e

implementa uma política de IDI para aumentar a eficácia do nosso desempenho

inovador. O facto de esta norma estar completamente integrada com a ISO 9001

permite que tenhamos os dois sistemas de gestão a funcionar em pleno, ficando o

Grupo com dois suportes fundamentais, por um lado, a qualidade e, pelo outro, a

inovação.

EDITORIAL

O Período de vigência das Bonificações decorre entre 1 de Setembro a 30 de Setembro, inclusive.Os Preços indicados estão sujeitos a alterações de acordo e devido as condições de mercado.Os Valores indicados são vingentes, salvo erro tipográfico. Aviso: Os textos foram redigidos ao abrigo do novo acordo ortográfico.

Administração e propriedade:

CooprofarRua José Pedro José Ferreira, 200 - 2104424-909 GondomarT 22 340 10 00F 22 340 10 [email protected]

Direcção:Celso Silva

Coordenação Editorial:Natércia Moreira

Produção Redactorial:Cooprofar

[email protected] 340 10 21

Design e Paginação:Creative Blue

Distribuição:Gratuita

Publicação:Mensal

Tiragem:1500 exemplares

MYCOOPROFARSetembro 2013

Análise de mercado

Report

Especial Saúde

Novos

Cosmética e Higiene Corporal

Diagnóstico

Dispositivos Médicos

Éticos

Galénicos

Higiene Bebé

Higiene Oral

Homeopáticos

Interapothek

Med. Não Suj. a Rec. Médica

Nut. e Prod. à Base de Plantas

Nutrição Infantil

Parafarmácia

Químicos

Veterinária

Breves

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Celso SilvaDiretor Geral

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Genéricos têm sido aposta deste Executivo

O Ministério da Saúde tem vindo a apostar nos genéricos, por forma a reduzir na despesa com comparticipações e assim dar um maior contributo para o cumprimento da meta de redução de despesa com medicamentos acordada com a troika e que aponta para 1% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano. Para tal, várias têm sido as medidas introduzidas ao longo destes dois anos. Além da alteração agora legislada, o Negócios frisa ainda as reduções

/Análise de MercadoMY COOPROFAR

Crescimento face ao período homólogoCrescimento Mercado Junho 2013 vs. mês homólogo

Governo acelera chegada de

genéricos às farmácias

A indústria de genéricos vai poder introduzir medicamentos no mercado todos os meses e não apenas trimestralmente, como estava até aqui estipulado. Esta é mais uma alteração promo-vida pelo Ministério da Saúde no sentido de aumentar a quota de genéricos e consequentemente a poupança para os cofres públi-cos e para os bolsos dos portugueses, que terão à disposição nas farmácias medicamentos mais baratos. O decreto-lei publicado procede “à alteração dos mecanismos de formação de grupos homogéneos e dos respectivos preços de referência, visando maximizar as poupanças decorrentes de um maior incentivo à utilização de medicamentos genéricos e promover o aumento da respectiva quota de mercado em linha com os compromis-sos internacionais do Estado Português”, lê-se no preâmbulo do diploma. O Ministério da Saúde passará a aprovar a cada mês “os preços de referência de novos grupos homogéneos criados em resultado da introdução no mercado de novos medicamentos genéricos, quando a criação do novo grupo ocorra em mês dife-rente do último mês de cada trimestre civil”. Até aqui estas apro-vações só ocorriam a cada três meses. Paulo Lilaia, presidente da Associação Portuguesa de Genéricos (Apogen), aplaude a medida e frisa que esta era uma das propostas “há muito defendidas pela Apogen”. “Com estas alterações permite-se a entrada de mais medicamentos genéricos no mercado e de forma mais rápida. É bom para a indústria, para o SNS e para os utentes”, concluiu.

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Faro e Castelo Branco são os distritos onde se vendem menos genéricosFaro e Castelo Branco são os distritos do país onde a quota de fármacos de “marca branca” é mais baixa (35,9%), segundo dados da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) que indicam que a média nacional de todo o Serviço Nacional de Saúde, entre Janeiro e Abril deste ano, ficou nos 38,6%. Apesar da generaliza-ção da prescrição eletrónica de medicamentos, da obrigatorie-dade de o médico receitar por substância ativa e não pela marca e de a farmácia ter de disponibilizar os medicamentos mais baratos, continuam a existir assimetrias a nível nacional no que diz respeito à venda de genéricos. No topo da lista das zonas onde se vendem percentualmente mais genéricos, surgem sobretudo os distritos do interior sul e do norte, com Setúbal a liderar a lista com 40,7%, seguido de Évora com 40,3%, de Beja com 40,2% e de Portalegre com 40%. Segue-se Bragança, Viana do Castelo, Braga e Porto, todos com valores acima dos 39,5%. Entre os 38% e os 39% estão Vila Real, Leiria, Lisboa e Santarém. Dos 37% aos 38% encontra-mos os distritos de Coimbra, Guarda e Viseu. Já Aveiro está com 36,8%, escreve o Público.

Hospitais receberam este ano 414 autorizações especiais para comprar medicamentosA Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) concedeu nos primeiros seis meses deste ano mais de 400 autorizações especiais aos hospitais para adqui-rirem medicamentos que ainda que ainda não estão dispo-níveis em Portugal, segundo dados oficiais. De acordo com dados do Infarmed, no primeiro semestre deste ano foram dadas 414 autorizações de utilização especial (AUE), menos 34 do que em todo o ano de 2012 e mais 114 do que as 300 concedidas em todo o ano de 2011. Os doentes com hepatite C são os que mais têm beneficiado destas autorizações espe-ciais pedidas pelos hospitais, sendo uma das patologias em que tem crescido o número destas licenças. Durante o ano passado foram dadas 119 AUE a doentes com hepatite C e só nos primeiros seis meses deste ano essas autorizações já chegaram às 142.

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/Análise de MercadoMY COOPROFAR

“O Ministério da Saúde tem vindo a apostar nos genéricos, por forma a reduzir na despeza com comparticipações...”

trimestrais de preços (que vêm já do Governo anterior), a prescri-ção por denominação comum internacional (DCI) (desde Julho do ano passado), a revisão anual de preços que passou a comparar Portugal com os países com preços mais baixos e o desbloqueio da entrada de medicamentos genéricos no mercado (impedindo, desde Janeiro de 2011, que as providências cautelares travem o processo de introdução no mercado destes medicamentos). Estas medidas conjugadas têm-se tra duzido num aumento do consumo de genéricos. A quota em volume até Maio era de 27,5%, contra os 24,4% no mesmo período de 2012, e em valor atingiu os 18,4%, contra os 17,3% do ano anterior.

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/ReportMY COOPROFAR

A FACIM – Feira Internacional de Maputo vai contar com a participação da Mercafar (Grupo Cooprofar-Medlog). Entre 26 de agosto e 1 de setembro, a Mercafar – empresa que atua nas áreas de negócios Representações e Comércio Internacional - vai marcar presença naquele que é considerado o maior evento comercial com dimensão internacional em Moçambique. Aprofundar o portunidades de negócio num mercado em franco crescimento foi o objetivo da visita da Mercafar ao território moçambicano.

A FACIM é uma feira multissetorial anual, que constitui o maior evento comercial com dimensão internacional em Moçambique. Apresentando-se como uma ocasião propícia para consolidar presenças estabelecidas e acolher novas empresas de setores de atividade especialmente vocacionados para o mercado, é ainda um importante meio de contacto com os clientes moçambicanos.

As duas últimas edições da feira realizaram-se no novo recinto em Marracuene localizado a 35 km de Maputo e para além da presença de empresas moçambicanas, contou com a partici-pação oficial de 19 países, num total de 1.800 empresas (1.274 moçambicanas e 526 estrangeiras).

A presença de Portugal na FACIM é já tradicional e, em 2012, o pavilhão de Portugal, com uma área total de 1.220 m2, con-tou com a participação de 49 expositores portugueses e foi mais uma vez distinguido na categoria de “Melhor Pavilhão Internacional”

As empresas portuguesas têm uma já longa tradição em Moçambique, com presença nos mais diversos setores da ativi-dade económica, tendo-se vindo a assistir, nos últimos tempos, a um crescente interesse, tanto em termos de estabelecimento (e reforço) de relações comerciais como de procura de oportuni-dades de investimento. “Participar na FACIM significa aprovei-tar uma ocasião propícia ao levantamento de oportunidades de negócio na área da Saúde que figuram no mercado moçan-bicano”, afirma Baltazar Arezes, administrador da Mercafar. “A presença na feira é, também, uma aposta que se reflete no fomento do contacto com parceiros de negócio”, salienta. Portugal é o 4º principal fornecedor de Moçambique mercado que obteve, na última década, um dos melhores desempenhos em termos de crescimento económico em toda a África Austral (média anual de 8 por cento).Moçambique obteve nos últimos 10 anos um dos melhores resultados em África em termos de crescimento económico, com uma média anual entre os 6% e os 8%, sendo por isso objeto de atenção especial, não apenas por parte das institui-ções internacionais, mas também por parte da comunidade

FACIM 2013Mercafar na maior feira internacional de Moçambique

empresarial de todo o mundo. A estabilidade política e uma gestão macroeconómica e financeira cautelosa têm permitido ao país recolher o elogio das instituições políticas e financeiras internacionais. Aparentemente, a crise internacional tem tido efeitos relativamente reduzidos, tendo levado o FMI, a reco-nhecer em Moçambique “uma resistência considerável à crise mundial”.

“Aprofundar as oportunidades de negócio num mercado em franco crescimento foi o objetivo da visita da Mercafar ao território moçambicano.”

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/Especial SaúdeMY COOPROFAR

O que afinal a Saúde Mental? Na pers-petiva da psicologia positiva, a saúde mental pode incluir a capacidade de um indivíduo procurar um equilíbrio entre as atividades e os esforços para atingir a resiliência psicológica. Estima-se que, em cada 100 pessoas 30 sofram, ou venham a sofrer, num ou noutro momento da vida, de problemas de saúde mental e que cerca de 12 tenham uma doença mental grave. A depressão é a doença mental mais fre-quente, sendo uma causa importante de incapacidade.

Saúde mental

A célebre frase latina “mens sana in corpore sano” (mente sã em corpo são) ilustra bem o facto de o Homem sempre ter sentido necessidade de exercitar o corpo para poder alcançar um equilíbrio psíquico completo. Depressão, stress e ansiedade são alguns dos estados mais frequentes de doença men-tal. No final do Verão, são cerca de 40%, as pessoas afetadas pela depressão sazonal ou síndrome pós-férias… Este mês vamos falar de SAÚDE MENTAL.

Mente sã em corpo são

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/Especial SaúdeMY COOPROFAR

Quem pode ser afetadoAo longo da vida, todos nós podemos ser afetados por problemas de saúde mental, de maior ou menor gravidade. Algumas fases, como a entrada na escola, a adolescência, a menopausa e o enve-lhecimento, ou acontecimentos e dificuldades, tais como a perda de familiar próximo, o divórcio, o desemprego, a reforma e a po-breza podem ser causa de perturbações da saúde mental. Fatores genéticos, infecciosos ou traumáticos podem também estar na origem de doenças mentais graves.

Problemas de saúde mental mais frequentes• Depressão• Ansiedade• Mal-estar psicológico ou stress continuado• Doença Bipolar• Perturbações psicóticas, como a esquizofrenia• Atraso mental• Outras Demências

DepressãoA depressão é uma das doenças que mais incapacita o Ser Hu-mano. É uma das mais frequentes doenças psiquiátricas. Uma em cada quatro mulheres e um em cada dez homens, podem vir a ter crises depressivas durante a vida desde a juventude até à terceira idade.Na pessoa deprimida há uma falta de vitalidade que poderá estar acompanhada de sentimento de tristeza, falta de confiança em si próprio, sentimentos de culpa generalizados, pessimismo e nos casos mais graves pode haver tendência ao suicídio. A prática de exercício físico é uma boa forma de prevenir e combater a depres-são. O exercício físico constante e moderado tem efeitos benéficos na saúde em geral e ao nível psicológico pode reduzir a ansiedade, melhorar a auto-estima e auto-confiança, melhorar a cognição e diminuir o stress.

O exercício físico libera no cérebro substâncias que proporcionam uma sensação de paz e de tranquilidade. São as endorfinas, neu-romediadores ligados à génese do bem-estar e do prazer. Por ser um potente libertador de endorfina o exercício físico cria a boa de-pendência quando praticado regularmente e faz falta como faria qualquer outra substância associada ao prazer. O exercício físico é altamente eficaz no combate ao stress e ansiedade e quando é moderado e regular, descontrai o corpo e ativa o sistema imuni-tário. O desporto pode ajudar a tratar depressões e esgotamentos nervosos quando praticado regularmente e com alguns cuidados especiais. A liberação de endorfina, somada à melhora da auto--estima proveniente da sensação de estar fazendo algo em benefí-cio da própria saúde e bem-estar, provoca um estado de plenitude que o praticante regular de atividade física experimenta e lhe traz benefícios a todos os níveis.

“O exercício é muito eficaz para combater o stress, por ter um efeito relaxante e por favore-cer uma descontração mental e ajudar a pessoa a afastar-se temporariamente dos problemas e da tensão.”

A prática regular de exercício físico moderado traz resultados positivos aos distúrbios de sono, aos aspetos psicológicos e aos transtornos de humor, de ansiedade, depressão, e melhora os aspetos cognitivos, como a memória e a aprendizagem. O exercí-cio físico sistematizado traz benefícios tanto na esfera física quan-to mental do ser humano ao proporcionar uma melhor qualidade de vida.

É importante incluir a atividade física como uma forma de preven-ção e tratamento para uma vida mais feliz e harmoniosa. Trans-formar o treino diário num ato de prazer e aproveitar ao máximo o bem-estar que a prática do desporto proporciona, tentando conciliar o lado físico (melhora da performance), ao estético (ter um corpo modelado…), sem esquecer que o emocional precisa estar bem e sentir que está a praticar uma atividade adequada. Um plano completo de tratamento para depressão pode incluir psicoterapia, drogas anti-depressivas e exercício físico moderado. O segredo da longevidade e do bem-estar físico e psicológico está principalmente em ter uma alimentação adequada, tipo mediter-rânea de baixas calorias e praticar exercício físico regular.

Ansiedade, o que é?A ansiedade corresponde a um estado geral de apreensão. Pode ser desencadeada pela antecipação de um acontecimento parti-cular, como um exame escolar ou médico. Este tipo de ansiedade é uma reação normal a uma circunstância específica. Pelo con-trário, a ansiedade generalizada produz sentimentos intensos de apreensão acompanhados de grande insegurança interior e sem causa aparente. Quando levada a extremos, a ansiedade genera-lizada provoca esgotamento emocional, insónias e risco aumen-tado de doenças relacionadas com o stress.

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/Especial SaúdeMY COOPROFAR

Sintomas físicos: Secura da boca, sudação, dificuldades respira-tórias, palpitações, tonturas, dores no peito, diarreia e fadiga. A ansiedade pode chegar a debilitar o sistema imunitário. Perda de apetite e refeições perdidas perturbam os padrões normais de ali-mentação. Em consequência, a menor ingestão de alimentos leva a perda de peso e a nutrição inadequada. As deficiências resultan-tes podem ser agravadas pela debilidade que a própria ansiedade acarreta. Há provas que associam a ansiedade a uma carência de magnésio e vitamina B6. Sob tensão (stress), o organismo conso-me rapidamente as suas reservas de vitamina C, e as pessoas que sofrem de ansiedade crónica podem beneficiar com o aumento da ingestão desta vitamina. Assim, é essencial ter uma alimentação equilibrada e fazer refeições regulares.

As crises de pânicoSão crises súbitas, muitas vezes sem desencadeante externo e du-ram apenas 5 a 10 minutos, embora possa parecer ao doente que duram uma eternidade. Uma crise de pânico é caracterizada pela

presença de, pelo menos, quatro dos seguintes sinais e sintomas: Alterações respiratórias; tonturas; falta de firmeza no andar ou desmaios; palpitações; tremores; sudação abundante; Dores ou mal-estar no peito; náuseas e indisposição abdominal; aperto na garganta ou sensação de asfixia; afrontamentos; arrepios de frio; sensações de dormência ou formigueiro nas mãos ou nos pés; vertigens; medo de perder o controle psíquico; medo intenso de morrer.

Bipolar, entre a mania e a depressão…A Doença Bipolar, tradicionalmente designada Doença Maníaco--Depressiva, é uma doença psiquiátrica caracterizada por varia-ções acentuações de humor, com crises repetidas de depressão e «mania». Qualquer dos dois tipos de crise pode predominar numa mesma pessoa sendo a sua frequência bastante variável. As cri-ses podem ser graves, moderadas ou leves. As variações de hu-mor, num sentido ou noutro têm importante repercussão nas sen-sações, nas emoções, nas ideias e no comportamento da pessoa, com uma perda importante da saúde e da autonomia da perso-nalidade. O principal sintoma de «mania» é um estado de humor elevado e expansivo, eufórico ou irritável. Não há nenhum trata-mento que cure a doença por completo. No entanto, há grandes possibilidades de controlar a doença, através de medicamentos estabilizadores do humor, cuja ação terapêutica diminui muito a probabilidade de recaídas, tanto das crises de depressão como de «mania». Os estabilizadores do humor são a Olanzapina, a Lamo-trigina, o Valproato, Carbonato de Lítio, Quetiapina, Carbamaze-pina, Risperidona e Ziprasidona. As crises depressivas tratam-se com medicamentos antidepresssivos ou, em casos resistentes, a elecroconvulsivoterapia. As crises de mania tratam-se com os estabilizadores do humor atrás referidos e com os medicamentos neurolépticos antipsicóticos.

Cansaço, problemas de concentração e irritabilidade são sinto-mas que os especialistas associam à síndrome pós-férias, que nesta altura do ano afeta quem, depois de um período de descan-so, tem de voltar ao trabalho e à rotina do dia-a-dia. Estima-se que cerca de 40% dos trabalhadores evidenciem dificuldades no regresso à vida real, dos horários, das obrigações. Segundo um documento de recomendações que a Sociedade Espanhola de Medicina da Família e Comunitária (SEMFC) publica anualmente por esta altura, todas as pessoas sofrem desta síndrome, quando depois de um período de descontração se vêem obrigadas a re-gressar à rotina laboral, que normalmente está associada a uma série de outras rotinas, o que “desencadeia um estado de ansie-dade”. Para Madalena Lobo, psicóloga clínica especializada em perturbações de ansiedade, esta síndrome, é, no fundo, uma “ver-são mais alargada da sensação que as pessoas sentem domingo à noite, de ter que voltar ao trabalho, que nos deixa a todos um pouco ‘em baixo’”. A adaptação do organismo à nova realidade de ter de regressar ao trabalho é tanto mais complicada, quan-to maior for o período de descanso: “Voltar à rotina depois das férias quer dizer que o organismo tem de adaptar-se a um novo horário de deitar, levantar e à hora limitada de refeição no tra-

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/Especial SaúdeMY COOPROFAR

balho, etc.”. As pessoas, explica, são confrontadas com “uma ne-cessidade de mobilização a todos os níveis que induz uma reação de stress” muito grande: “Esta adaptação súbita e brutal, que o organismo tem de fazer para passar de um ritmo de aceleração para outro completamente diferente faz com que as pessoas se sintam mal” e apresentem alguns dos sintomas acima referidos. Já Telmo Baptista, presidente da comissão instaladora da Ordem dos Psicólogos, explica que o que as pessoas sentem no regres-so ao trabalho é “apenas um processo de readaptação”, conside-rando “exagerado falar-se em depressão pós-férias”. “A pessoa vai estar de novo sujeita a horários apertados e a um ritmo mais acelerado, após um período em que normalmente dispomos das coisas, não estamos dependentes de horários e somos muito mais senhores de nós próprios”, refere. Segundo este especialista, quem vai uma semana de férias, “se calhar nem teve tempo de desacele-rar o ritmo de trabalho e não terá sequer manifestações de stress pós-férias”. Madalena Lobo precisa que o stress “tem a ver com uma pressão que é exercida sobre o organismo, seja esta boa ou má”, salientando que também “há pessoas que quando entram de férias adoecem, porque o seu organismo demora a adaptar-se ao novo ritmo fisiológico”. Segundo a psicoterapeuta, para tornar o regresso ao trabalho “menos penoso”, o melhor que as pessoas têm a fazer é “um ‘fade out’ das férias, ou seja, reservar dois a três dias para, progressivamente, começarem a reajustar os seus rit-mos para voltar a encontrar o seu ritmo biológico”. Isto quer dizer, “de uma forma gradual, começar a levantar-se perto da hora que vão ter que levantar-se, deitar-se mais cedo, começar a modificar hábitos alimentares, reorganizar algumas coisas para a reentrada e estruturar mentalmente as rotinas”, precisa.

Crise leva a aumento de procura da psiquiatriaO psiquiatra Horácio Firmino, que vai trabalhar na revisão dos critérios de diagnóstico das doenças mentais da Organização Mundial de Saúde, afirmou que existe “um aumento crítico” da procura de apoio desta especialidade, devido à crise económica. “Vê-se que há um aumento da procura de apoio devido à crise económica que vivemos, às dificuldades económicas e, podemos dizer mesmo, a algumas dificuldades alimentares”, disse o médico do Serviço de Psiquiatria do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC). “Existe um conjunto de circunstâncias que são

precipitantes da doença mental, os aspetos psicossociais e, dentro destes, existem, nomeadamente, a desnutrição, o desemprego, a falta de dinheiro, toda a situação de ‘stress’ vivencial que tem a ver com a crise económica que vivemos”, salientou o psiquiatra do CHUC que, com o colega de Guimarães, se vai debruçar sobre a saúde mental da terceira idade. Segundo o coordenador da Ge-rontopsiquiatria daquele serviço do CHUC, estes aspetos, gerado-res de ansiedade e depressão, “muitas vezes, são negligenciados em termos de diagnóstico”.

Portugueses sorriem menos por causa da crise Os portugueses “manifestam cada vez mais emoções negativas e inibem o sorriso devido ao contexto de crise”, concluiu um inves-tigador do sorriso, através da análise de mais de meio milhão de fotografias. O diretor do Laboratório de Expressão Facial da Emo-ção e professor Freitas Magalhães está, desde 2003, a analisar fo-tografias publicadas nos jornais diários portugueses, um projeto que faz parte de uma iniciativa mundial que termina em 2013. Os resultados da investigação “Uma década de sorrisos em Portugal” indicam que “as mulheres continuam a sorrir mais do que os ho-mens, apesar do registo descendente acentuadíssimo no primeiro semestre deste ano”, ao passo que “os homens apresentam mais o sorriso fechado a partir dos 60 anos”. As crianças, por seu lado, “são as que continuam a apresentar mais frequentemente o sorri-so largo, um padrão que se mantém desde 2003”. No universo das fotografias analisadas, explicou o investigador, verificou-se ainda que “a expressão facial de emoções negativas é mais frequente e intensa do que a de emoções positivas”, comprovando-se que, no caso português, “a situação económico-social potenciou a inibi-ção da expressão. Para Freitas Magalhães, “os resultados são pre-ocupantes pelas consequências na saúde e na interação social”, uma vez que “a felicidade está na cara das pessoas e o sorriso é um sinal que está a desaparecer a olhos vistos”.

Final das férias marca início dos suplementos vitamínicos Há cada vez mais portugueses a tomar vitaminas para combater o cansaço e aumentar o rendimento recorrendo a suplementos. No regresso às aulas, há muitas dúvidas quanto aos seus bene-fícios nas crianças e nos adolescentes. Os clínicos alertam que o consumo indiscriminado é perigoso.Os médicos dividem-se quanto à toma dos suplementos vitamí-nicos. Enquanto uns são céticos sobre os benefícios que podem trazer ao rendimento escolar das crianças e dos adolescentes - aconselhando-os apenas nos casos em que há uma necessidade clara de preenchimento de falhas nutricionais -, outros defendem que, hoje em dia, nas sociedades ocidentais, com a introdução da fast food, os mais novos não têm uma alimentação que lhes permita ingerir as vitaminas necessárias. No entanto, todos estão de acordo que os suplementos só devem ser tomados a conselho dos médicos, uma vez que a sobredosagem pode ser prejudicial. No entanto, há cada vez mais portugueses a recorrer à farmácia para comprar os suplementos vitamínicos, seja para combater o cansaço e o stress, seja para aguentar o dia-a-dia na escola ou no trabalho.

Fonte: Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental /sapo.saude.pt / RCMPharma

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INDICAÇÕES

Entorses, distensões, rupturas musculares, outras lesões desportivas

Hematomas e contusões

Edemas

Dores musculares (pescoço, ombros, costas)

Dor Reumática

Dor de Crescimento

Queimadores solares e outras queimaduras

Prevenção de traumatologias (terapia a quente)

BENEFÍCIOS

Alívio da dor

Redução da tumefação e inflamação

Limitação da área afectada

Relaxa a tensão muscular

Recuperação da área afectada

Dor Reumática Dores Musculares Prevenção de TraumatologiasDor Reumática Dores Musculares Prevenção de Traumatologias

SEGURO

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EFICAZ

SEGURO

RÁPIDO

EFICAZ

Ice Power é uma gama de produtos comprovados cientificamente para a terapia a frio ou a quente, quer para a utilização profissional, desportiva ou quotidiana, proporcionando um alívio da dor

MERCAFARdistribuição farmacêutica

Distribuído por

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estudantesconsumo de medicamentos au-menta Na época de exames que o con-sumo de medicamentos aumenta, com os estudantes a recorrer a al-gumas substâncias para combater o stress e aumentar os níveis de concentração.

cansaçodormir mais não ajudaDormir mais não significa que a pessoa fique menos cansada, as-segura um investigador sueco que coordena um estudo sobre a rela-ção entre o sono e o cansaço.

antioxidan-tesnão melhora conceçãoA toma de antioxidantes não pa-rece aumentar a possibilidade de uma mulher engravidar, defende um estudo publicado na revista “The Cochrane Library”.

ginkgo biloba extrato causa cancro em animais de laboratórioNo mês passado, cientistas norte--americanos divulgaram o primei-ro estudo financiado pelo governo a respeito da toxicologia da ginkgo biloba, que constatou que o extra-to – um dos suplementos à base de plantas mais vendidos no país – causou cancro em animais de laboratório, incluindo doenças no fígado e na tiróide, bem como, tu-mores nasais.

cheiros genes respondemAlguma vez já se questionou o por-quê de não gostar tanto daquele perfume que é um sucesso de ven-das e que todo o mundo adora? Ou então o por quê de ter dificuldade para sentir um determinado chei-ro? A resposta dessa habilidade pode estar na sua genética. Pelo menos é o que sugere um estudo divulgado na última edição da Current Biology deste mês.

depressãocérebro altera-seAtravés de imagens de ressonân-cia magnética funcional, cientistas descobriram alterações no cérebro de crianças em idade pré-escolar com depressão que não foram ob-servadas em crianças com o mes-mo perfil, mas que não tinham o distúrbio.

cafébeber reduz suicídioUm estudo da universidade de Harvard diz que beber entre duas e quatro chávenas de café por dia pode reduzir o risco de suicídio em homens e mulheres em até 50%, noticia o jornal britânico Daily Mail.

síndrome de Downsinal de que “é preciso desacelerar”Pela primeira vez, uma equipa de cientistas conseguiu silenciar um dos três cromossomas 21, que é responsável pela síndrome de Down. Este resultado poderá aju-dar a desenvolver novos trata-mentos.

375 diasaprovação de medicamentos Mais de um ano (375 dias) foi o tempo que a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) le-vou para aprovar medicamentos inovadores de uso hospitalar. No entanto, associações de doentes acusam o Infarmed de levar mais tempo para aprovar as novas tera-pêuticas.

vigilânciaepidemiologiaTodos os serviços de saúde vão estar ligados a um sistema infor-mático de notificação e alerta para doenças transmissíveis ou de risco para a saúde pública, a partir de outubro, para melhorar a vigilân-cia e a capacidade de resposta.

fármacoshospitais perdem decisãoO Ministério da Saúde quer ter até ao final do ano uma lista de medi-camentos comum a todos os hos-pitais. A decisão sobre o tratamen-to dos doentes será centralizada por uma comissão de peritos.

aspirinacancro cólon A utilização de uma pequena dose de aspirina diariamente pode redu-zir o risco de cancro colo-retal, de acordo com estudo realizado com 40 mil mulheres com idades acima dos 45 anos. “Depois de 18 anos de acompanhamento, constatamos uma redução de 20 % no cancro do cólon durante todo o período.

cancromulheres altas correm mais riscoAs probabilidades de uma mulher desenvolver cancro depois da me-nopausa é proporcional à sua altu-ra, revelou uma nova pesquisa.

stress oxidativo30 a 80% homensCalcula-se que entre 30 a 80% dos homens com dificuldades reprodu-tivas (frequentemente, classifica-das de “etiologia idiopática”) apre-sentam níveis excessivos de stress oxidativo, o qual, por indução de alterações espermáticas, dificulta a fecundação e a correcta implan-tação, avança o Vital Health.

metoclopra-midanovas recomendações da EMA A Agência Europeia do Medicamen-to (EMA) recomenda a restrição da dose e duração do tratamento com medicamentos contendo meto-clopramida autorizados na União Europeia (UE), para minimizar os riscos, já conhecidos, de efeitos se-cundários neurológicos potencial-mente graves, avança o Infarmed, em comunicado.

/BrevesMY COOPROFAR

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