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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
TRABALHO DE CONCLUSAO DE CURSO
MV315 CURITIBA
CONSULTA 2003
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO
CURITIBA
2003
MARIA CONSUELO MAYER RIBAS
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO
Trab~lho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Mediciml
Velerinâria da Univ •••.sidado Tuillli do Paranfa,c:omo requisito parcial para
ob1e<oçãodo 1itulode MédicoVelerin;\rio
Profes$or OriclIlBdor: Valmir KOVilIl.o:;ki
Profrssional Oricnlador: Lucimm Gonçalves de Souza
CURITIBA
2003
APRESENTAÇAO
Este Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), é um dos requisitos para a
obtenção do Título de Médico Veterinário da Universidade Tuiuti do Paraná
Ele é composto por um Relatório de Atividades de Estágio, realizado junto ao
Frigorifico Agrícola Jandelle durante o período de 03 de fevereiro a 28 de março de
2003, onde se acompanhou todas as atividades da Inspeção federal.
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, Beatriz e José Joaquim, por me darem esta oportunidade e
todo o apoio que necessitei.
A todos os meus tios e primos por me incentivarem.
A minha Avó Almira Mayer e aos meus Tios, Milton e Rose em especial, por
não deixar eu desistir, contribuindo muito para a realização do término do curso.
As minhas amigas e todas as pessoas que acreditaram em mim.
Agradeço em especial à Ora. Lucimar Gonçalves de Souza, pela paciência e
compreensão e ao Professor Valmir Kovaleski por todo o ensinamento, paciência e
incentivo.
A todos os professores por terem contribuído para a minha formação
profissional.
Aos Médicos Veterinários, Dr. Paulo A. Miranda, Dr. Carlos R. de Assis, Ora.
Andréa Jimenez e a Kelly Faust que de forma direta e indireta contribuíram com
suas experiências.
A Deus, que certamente em todos os momentos esteve ao meu lado.
iii
SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS .viiLISTA DE FIGURAS::··· .viiiRESUMO____ __Jx1. INTRODUÇÃO ,.................. . 012 DESCRIÇAO DO LOCAL DE ESTAGIO.... . . 023. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS .033. 1. Inspeção Ante-Mortem de Aves:: 033. 2. Selor de Plalaforma... . 063. 3. Recepção e Pendura............. .. . 063.4. Insensibilização e Sangria... . 073.5. Higienização das Gaiolas.................................. . 073.6. Lavagem e Desinfecção dos Caminhões... . 083.7. Escaldagem e Depenagem...... . 083.8. Evisceração. . 093.9. Inspeção Post-Mortem de Aves... . 093. 9. 1. Pré-Inspeção............ .. 103. 9. 2. Inspeção de Linha.................................... . 103. 9. 3. Linha de Reinspeção de Carcaça...... ...113. 9. 4. Inspeção Final.. . 113. 9. 5. Deslino Post-Mortem 123.10. Principais Lesões e Doerlças"Encon"tracias'e"F)roc'edime"nt,)",A:deq"üaci0 123. 10. 1. Condições não Patológicas.... . 123. 10. 1.1. Conlaminação.... . 123. 10. 1. 2. Contusão/Fratura 133. 10. 1. 3. Escaldagem Excess·iv·a:::..... .. 143.10.1.4. Evisceração Retardada.... . 143.10.1.5. Ma Sangria........... .. 143. 10. 1. 6. Calo de Peito..... .. 153.10.1.7. Calo de Pés 153. 10. 1. 8. Canibalismo 163.10.2. Condições pato·16gicas:::":"· . . 163.10.2.1. Abcesso... .. 163. 10. 2. 2. Aerossaculite . 163. 10. 2. 3. Ascite . 173.10.2.4. Aspect·oRepügnante::.....173. 10. 2. 5. Artrite..... . 183.10.2.6. Caquexia... .. 183.10.2.7. Celulite 183. 10. 2. 8. Coccidio·se··· 193. 10. 2. 9. Colibacilose::" 19
iv
3. 10. 2. 10. Dermatite ou Dermatos9... . 203. 10. 2. 11. Doença de Marek...... . 203. 10.2.12. Leucose Linfóide... . 213. 10.2. 13. Magreza............................ . 213. 10.2. 14. Neoplasia (Tumores)... . 223.10.2.15. Salmonelose 223. 10.2. 16. Salpingite :: ::::··············.......... . 223. 10. 2. 17. Sindrome Hemorrágica.. 223. 10. 2. 18. Coccidiose... .. .. . . ·················:::233.10.2.19. Verminose.. ...233. 10.2.20. Micotoxicose... . . 233. 10. 2. 21. Bouba Aviária 233. 10. 2. 22. Doença de G.~;;;~Cirº::..................... . 243. 10. 3. Relatório Mensal das Aves Condenadas 253. 11. Toalete Final .. ·····························:263. 12. Resfriamento·(j·e·Carcaça··· 263. 13. Resfriamento de Miúdos ····::263. 14. Seção de Miúdos.... . 273. 15. Gotejamento........ . 273. 16. Setor de Cortes 273. 17. Procedimentos cie"Hig1e"nfzaç§"o"e"=rrC;ca"(j"as"Fac"as:"Ch"aira"s"s"fái:;üas'da Sala de Cortes .293. 18. Embalagem:::.............. . .293. 19. Setor de Injetoras... . 303. 20. Setor de Temperos............. . . 303. 21. Túnel de Congelamento.... . 303. 22. Câmara de Resfriamento 313.23. Câmara de Estocagem de·Cong~ia·m~;:;io:::··· 313.24. Expedição........................... . 313.25. Fábrica de Subprodutos................. . 313. 26. Controles Diários do Frigorífico... . .323. 26. 1. Programação de Atividades................. . 323. 26. 2. Relatório de Liberação de Abate... .. . .323. 26. 3. Boletim de Ocorrência . . 323. 26. 4. Controle de Temperatüras:::··· 333. 26. 5. Leitura do Hidrômetro .333. 26. 6. Monitoramento de Tempe·~ai·~ra·s··dos··E·s·ierfljza(ior·es::: __ _.333.26.7. indice de Absorção.. . . 343.26.8. Dripping Test.... . 343. 26. 9. Coleta de água de rede................................................................................ ...363.27. Processo Humanitário Descrição do Processo de Insensibilizarão eSangria 373. 28. Programa de Controle de Contaminação Cruzada por Salmonella spp noabate e Industrialização de Aves... . 39
3. 28. 1. Do Lote ...3. 28. 2. Do Abate ...3. 28. 3. Das Amostras ...3. 28. 4 Da Higienização .3. 29. Controle de Roedores e Pragas .3. 29. 1. Procedimentos para controle de roedores ..3. 29. 1. 1. Produtos utilizados ..3. 29. 1. 2. Procedimentos3. 29. 1. 3. Relatório mensiii'de"coiitiolede',oedores'"3. 29. 1 4 Produtos Usados .3. 29. 2. Procedimentos para controle de pragas .3. 29. 2. 1. Produtos .3. 29. 2. 2. Procedimento .3. 29. 2. 3. Relatório mensal de controle de pragas .3.29.2.4. Produtos Usados ....4. CONCLUSÃOBIBLIOGRAFIA .
ANEXOS ....
vi
39'40
.. 40...........................40
41··········•••••••••41
.. 41
.. 42..42...44
.. 4444
.....45.. 47
.. 48.........50.. 52
.. 53
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - Relatório do mês de Fevereiro das Aves Condenadas ...TABELA 2 - Relação de Peso/Minutos para Dripping Test .....TABELA 3 - Resumo de Medidas e Tempo .TABELA 4 - Resumo de VoltagemlTempo .TABELA 5 - Relatório Mensal de Controle de RoedoresTABELA 6 - Relatório Mensal de Controle de Pragas ...
vii
. 25. 35
. 3939
· ••••43. 48
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - Esquema de Conexão do aparelho Atordoador Eletrônico 38FIGURA 2 - Planta Geral do Terreno 54FIGURA 3 - Planta do Frigorifico Jaridelie:Partei55FIGURA 4 - Planta do Frigorífico Jandelle - Parte 11 56
viii
RESUMO
o relatório em questão tem como objetivo descrever o estágio de conclusão docurso realizado na Inspeção de Produtos de Origem Animal junto ao SIF n° 1215,
em um matadouro de aves.
O estágio teve inicio no dia 03 de fevereiro e foi concluído no dia 28 de março
de 2003, no Frigorífico Agrícola Jandelie, na cidade de Rolândia, Paraná.
ix
1. INTRODUÇÃO
Durante o período em que está na Universidade, o
Acadêmico tem a oportunidade de adquirir inúmeros conhecimentos
tanto teóricos quanto práticos. Porém, não tem muitas
oportunidades de conviver de perto com a realidade de seu
mercado de trabalho, e nem sempre tem condições de aplicar de
forma maciça os conhecimentos obtidos em sala de aula.
O estágio curricular possibilita adquirir novos conhecimentos
e ter contato com novas tecnologias, havendo um valioso
intercâmbio de informações entre a Instituição de Ensino e o Local
de Estágio, consiste também em buscar constantemente a melhoria
do ensino da Medicina Veterinária visando à formação de
Profissionais competentes e capacitados para exercer sua profissão
com a máxima integridade possível.
Portanto, o relatório tem por finalidade apresentar as
atividades desenvolvidas durante o estágio obrigatório de
graduação de Medicina Veterinária da Universidade Tuiuti do
Paraná, realizado junto ao Frigorífico Agrícola Jandelle, na área de
Inspeção de Produtos de Origem Animal, junto ao SIF n° 1215, em
um matadouro de aves, onde se objetivou o conhecimento de todo o
processo higiênico-sanitário, inspeção e operações industriais de
abate de aves.
2. DESCRiÇÃO DO LOCAL DE ESTÁGIO
O estágio foi realizado em Inspeção de Produtos de Origem
Animal, junto ao Ministério, no Frigorífico Agrícola Jandelle Ltda, na
região do norte do Paraná, localizado na BR369 - Km178, no
municipio de Rolândia.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento
(MAPA) tem um Médico Veterinário encarregado da Inspeção
Federal (SIF n° 1215) no frigorífico, a Dr. Lucimar Gonçalves de
Souza e dois Agentes Oficiais do Ministério, Ailton Juarez de Araújo
e Jonas Pinheiro de Góes.
A empresa cedeu para o Ministério 29 funcionários treinados e
uma secretária para auxiliar no perfeito desempenho do SIF (Serviço
de Inspeção Federal), onde estes são chamados de Auxiliares da
Inspeção e são divididos em dois turnos.
O frigorífico funciona quase 24horas por dia, de segunda à
sexta-feira e às vezes aos sábados. A empresa divide-se em dois
turnos; O turno "An e o tumo"B" O turno A tem 15 auxiliares de
inspeção onde estes começam a trabalhar às 5:00h e o turno B com
14 auxiliares de inspeção, começam ás 14:30h.
Possui aproximadamente 1000 funcionários como um todo;
são abatidas aproximadamente 230 000 aves por dia.
A produção da empresa destina-se para o mercado nacional
(todos os estados) e inlernacional (Lisla Geral: Japão, China,
Republica Popular da China, Haiti, Rússia e África do Sul).
3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
3. 1. INSPEÇÃO ANTE-MORTEMDE AVES.
A inspeção ante-mortem é atribuição específica do Médico Veterinário
encarregado da Inspeção Federal e compreende o exame visual dos lotes
de aves destinados ao abate, bem com o conjunto de medidas adotadas
para habilitação das mesmas ao processo industrial.
A inspeção ante-mortem começa na apanha das aves, onde é
realizada por uma equipe especializada, esta toma todos os cuidados
necessários para não ocasionar contusões e fraturas. O acondicionamento
das aves nas gaiolas é cuidadoso, pois as gaiolas possuem tamanho
padrão, por isso não deve ser colocado um número maior do que a gaiola
comporta para evitar contusões e mortes no transporte. O empilhamento das
gaiolas no caminhão não ultrapassa a oito gaiolas, estas munidas de grades
e correntes, como também uma cobertura superior e proteção
anterior(quebra-vento) para proteger as aves do frio, chuva, calor e vento
dependendo da estação do ano.
A inspeção propriamente dita, inicia-se 24 horas antes do abate com o
recebimento do Boletim Sanitário juntamente com o Programa de Abate.
O Boletim de Abate consiste na relação de medicamentos que o lote
recebeu desde o primeiro dia de vida até °momento do abate, a duração do
tratamento, se houve alguma doença detectada no lote, a data de
suspensão da ração com antibiótico, hora da retirada da alimentação e
outros dados julgados necessários.
A Programação de Abate é uma relação contendo o nome do
integrado, município, idade das aves, sexo, quantidade de aves e data do
abate. Neste dia, os caminhões chegam no frigorífico e se dirigem até a
doca de descanso, onde permanecem em média por uma hora. O local deve
ser bem ventilado, com pouca iluminação e possuir nebulizadores para evitar
o stress e possível morte das aves.
Após esse descanso, os caminhões se dirigem para a doca de
desembarque. Neste momento, um agente sanitârio recolhe a nota e o GTA
(Guia de Trânsito Animal) do caminhâo com a Declaração Adicional a qual
consiste que as aves não apresentem doença de New Castle e que sejam
originários de uma região onde esta doença não foi notificada.
Este agente repassa as informações recolhidas para a planilha de
controle da procedência das aves onde consta:
• Data do abate;
• Nome do integrado;
• Número da nota;
• Número do GTA;
• Número de aves do lote;
• Número de aves mortas;
• Número do lote.
Em uma outra ficha é feito, o Boletim de Ocorrência, onde são
anotados:
• Hora do inicio da recepção;
• Hora do inicio do abate;
• Data do abate;
• Nome do avicultor;
• Número do GTA;
• Municipio e estado;
• Idade das aves;
• Número de aves por lote;
• Número de aves mortas;
• Estado do lote (bom, regular ou ruim).
E uma terceira ficha é feita, chamada de Comunicação Interna,
onde são relatadas as ocorrências de cada proprietário:
• Calo de peito;
Coxim plantar;
• Pena de asa;
• Pena na sambiquira;
• Vísceras cheias;
• Papo cheio;
• Aerossaculite;
• Dermatose;
• Ascite;
• Salmonelose;
• Coccidiose;
• Abcesso/celulite;
• Contusões/fratura.
Quando é relatado, na previsão de abate, alguma doença, a
funcionária do SIF (Agente Sanitário) realiza necropsia em uma
ave desse lote para saber a gravidade da doença e se for o caso,
diminui a velocidade da nórea.
Este agente também fará exame visual das aves do lote verificando:
Se foi respeitado a suspensão da alimentação por um período de 6 à
8 horas;
Detectar doença que não seja possível identificar no exame post-
mortem;
Através do Boletim Sanitário se for relatado alguma doença, é
realizada a necropsia de uma ave do lote para determinar o abate em
separado ou a diminuição da velocidade do abate para um exame
post-mortem mais apurado;
A necropsia, também tem a finalidade de confirmação de diagnóstico,
bem como a coleta de materiais para o envio ao laboratório para
análises.
Quando é relatado o Boletim Sanitário suspeita ou comprovação de
doenças como Salmonela, conforme os procedimentos preconizados, onde
se deve determinar o abate separado e todo o produto final também deve
ser separado para poder ser analisado e considerado próprio ou impróprio
para o consumo humano.
Para a perfeita identificação dos lotes para inspeção post-mortem é
colocada uma placa de identificação no primeiro frango de cada novo lote,
que é pendurado na nórea.
A firma deve apresentar à Inspeção Federal por ocasião do ante-
mortem na plataforma, a comunicação de abate, o boletim sanitârio e outros
documentos pertinentes, previsto em regulamento, como: GTA (Guia de
Trânsito Animal), Nota Fiscal, Cartão de Trânsito, Ficha de Controle Técnico,
Declaração de vacinação e Declaração da não utilização de Nicarbazina
(Portaria n° 210, MAPA/SOA, 2001).
E por fim, também é de função da inspeção a vistoria e autorização
de abate, que consiste em verificar se todos os setores do frigorífico estão
devidamente higienizados, verificar a higienização de gaiolas e caminhões
transportadores e repasse da sangria esta havendo trocas de facas.
3.2. SETOR DE PLATAFORMA
As aves são recepcionadas no galpão de repouso onde são submetidas a
um repouso de aproximadamente no mâximo 2 horas dentro do caminhão
em um local coberto, onde, após este as aves são encaminhadas ao abate.
As aves são trazidas até o frigorífico acondicionadas em gaiolas, em média
8 aves/gaiola e transportadas em caminhões apropriados.
3. 3. RECEPÇÃO E PENDURA
Esta seção é separada do restante das operações, evitando-se que na
transferência das aves para a linha de processamento ocorra contaminação.
Ao chegarem à plataforma, as gaiolas são retiradas dos caminhões
para o abate imediato das aves, as caixas são colocadas sobre a mesa
plataforma e transportadas até a mesa de pendura, onde são retiradas da
gaiola e penduradas nos ganchos da nórea pelos pés iniciando o processo
da abate.
As gaiolas são lavadas e desinfetadas e colocadas novamente no
caminhão para a nova apanha.
As aves que chegam mortas à plataforma de recepção são separadas
em um latão vermelho e posteriormente, condenadas para o forno
crematório.
3. 4. INSENSIBILIZAÇÃO E SANGRIA
As aves após serem penduradas na n6rea, são encaminhadas para a
insensibilização em água com eletronarcose, a voltagem varia de 50 a
60 Volts e 1000 Hertz de freqüência vai depender do tamanho das aves e
velocidade da nórea.
A insensibilização consiste na operação de imobilização do animal, com
vistas a facilitar a sangria e a evitar maior sofrimento do animal. A
insensibilização, feita sempre com a preocupação de evitar a lesão do bulbo,
impedindo a paralisação do coração e dos pulmões (PARDI, 1993).
Na seqüência, é submetida à sangria, esta é feito através da incisão da
jugular, todo este processo de sangria é automatico (capacidade de 8000
aves/hora) adequada ao tamanho da ave e tem um funcionário fazendo o
repasse das aves. Posteriormente estas aves passam por um túnel cerca de
3 minutos, onde são submetidos a mais três choques para melhor eficiência
da sangria, evitando assim, a má sangria.
A insensibilização não deve promover, em nenhuma hipótese, a morte
das aves e deve ser seguida de sangria no prazo máximo de 12 segundos
(BRASIL, 1998).
3. 5. HIGIENIZAÇÃO DAS GAIOLAS
As gaiolas depois de serem esvaziadas são colocadas em uma esteira
onde é encaminhada para um túnel de aspersão de água e desinfetante
10 etapa: -remoção de partículas mais grosseiras.
-imerção (tanque de água onde as caixas são submersas)
20 etapa: -remoção de incrustações;
-água a jato com alta pressão.
3° etapa: -desinfecção;
-bicos de aspersão com solução desinfetante.
3.6. LAVAGEM E DESINFECÇÃO DOS CAMINHÕES
Após a descarga, o caminhão é higienizado e retorna para o
carregamento das gaiolas vazias e limpas, onde estão prontas para a
apanha novamente.
3. 7. ESCALDAGEM E DEPENAGEM
As aves vêm da sangria e são conduzidas automaticamente para o
tanque de escaldagem com temperatura aproximadamente de 58QC. Em
seguida, são encaminhadas para as depenadeiras mecânicas que
compreende três máquinas, com capacidade de 6000 aves/hora cada. A
primeira depenadeira possui uma descarga de água quente, onde a maioria
das penas é retirada, logo em seguida passam por uma segunda e por uma
terceira depenadeira que faz o repasse das penas.
Após a depenagem se faz um repasse das penas com a finalidade de
remove-las e verificando se todas as aves estão penduradas corretamente
ajustando a s quando necessária.
As penas caem em uma canaleta, onde são encaminhadas para o
exterior da dependência.
Neste setor, as aves passam por uma toalete e após esta, as carcaças
são inspecionadas pelo setor de pré-inspeção do SIF passando então em
seguida pelo cortador de patas automáticas (capacidade de 8000
aves/hora), sendo que o pé liberado tem a cutícula retirada e são
conduzidos para a seção de pés através de calha/óculo onde são
selecionados e separados os pés com excesso de película, com calo, pés
escuros (melanina), excessos de escaldagem, corte fora do padrão.
Os pés de boa qualidade seguem par o chiller de pés onde são
classificados novamente, interfoleados, embalados, pesados e congelados.
9
3. 8. EVISCERAÇÃO
Após o corte das patas, as carcaças são depositadas em uma esteira
sanitária e a seguir são penduradas em uma nórea de evisceração,
passando pela máquina evisceradora (capacidade de 8000aves/hora),
passa pelo chuveiro de aspersão situados num óculo que dá acesso às
máquinas de evisceração.
Inicialmente é feita a operação rodelar de cloaca, esta é automatica
(capacidade de BOOOaves/hora), este processo evita o derramamento de
fezes durante a evisceração. A seguir a carcaça sofre incisão no abdome
por outra máquina automática e em seguida passa pela máquina de
evisceração, onde expõe todas as visceras: primeiro o coração, segundo é
a moela e as vísceras e por ultimo o fígado (ficando em perfeitas condições
todos estes para sofrer a inspeção post-mortem).
3.9. INSPEÇÃO POST-MORTEM DE AVES
A inspeção post-mortem é efetuada rotineiramente e individualmente
nas aves durante o abate através de exame visual macroscópico de
carcaça e vísceras, conforme o caso, através da palpação e cortes.
Os locais e pontos da seção de máquinas onde se realizam esses
exames são denominados ao longo da calha de evisceração (linha de
inspeção).
A inspeção post-mortem é uma tarefa executada por auxiliares de
inspeção cedidos para o Ministério da Agricultura e funcionários do mesmo,
os quais tem a função de fiscalizar as condições higiênico-sanitárias das
aves abatidas. As condenações podem ser parciais ou totais.
Não será permitida a retirada de órgão e/ou partes de carcaça antes
que seja realizada a inspeção posf-mortem (BRASIL, 1998).
A linha de inspeção é composta por pré-inspeção. linha de inspeção e
seção de inspeção final.
10
3.9.1. PRE-INSPEÇÃO
É feito por pessoal especialmente treinado onde é realizado através
da visualização das carcaças fechadas desprovidas de suas penas e
conforme o caso, realiza-se a palpação e corte. O local do exame de pré-
inspeção deve ser anterior ao transferidor (transpasse) de carcaças da
linha de abate, para a linha de evisceração, antes do corte dos
pés.(Apostila do Ministério, 2001).
A pré-inspeção tem como objetivo descartar pés que possivelmente
seriam condenadas totalmente na linha de inspeção, evitar carcaças que
contenham doenças ou lesões e que no processo de transporte automático
de linha (transferidor) venham contaminar os equipamentos ou outras
carcaças por supuração de artrite, abcessos e etc (Apostila Ministério,
2001).
3. 9. 2. INSPEÇÃO DE LINHA
Assim como pré-inspeção, a inspeção de linha e a reinspeção são
realizadas por agentes e auxiliares especialmente treinados para a função,
mas o destino final sobre a comestibilidade das carnes e vísceras cabe
única e exclusivamente ao Médico Veterinário Oficial (Apostila Ministério,
2001).
Os exames realizados nas linhas de inspeção são precedidos por uma
fase dita preparatória que tem por finalidade apresentar à inspeção as
carcaças e as vísceras (as porções comestíveis) em condições de serem
eficientemente examinados sob o ponto de vista higiênico. É de
responsabilidade da empresa a perfeita preparação das carcaças e
vísceras (Apostila Ministério, 2001).
A inspeção post-mortem de aves realiza-se em três etapas ou linhas
de inspeção:
• Linha liA" - Exame Interno da Carcaça
Realiza-se por meio da visualização da cavidade
toráxica e abdominal (pulmões, sacos aéreos, rins, órgãos
sexuais);
Ii
• Linha "8" - Exame das Vísceras
Visa ao exame do coração, fígado, moela, baço,
intestinos e nas poedeiras, os ovários e oviduto;
• Linha "C" - Exame Externo da Carcaça
Realiza-se por meio da visualização das
superfícies externas (pele e articulações).
Nesta linha, efetua-se a remoção de pequenas
contusões, membros fraturados, de pequenos abcessos
superficiais e localizados e de calos idades.
3. 9. 3. LINHA DE REINSPEÇÃO DE CARCAÇA
Realiza-se em uma parte fora da linha de inspeção (calha de
evisceração) preferentemente após a retirada e separação dos miúdos e
antas da máquina extratora de papo e traquéia e tem por finalidade o exame
interno e externo da carcaça através da visualização bem como a retirada
de contaminações (bile e fezes) procedente da retirada dos miúdos e ainda
dermatose (arranhões), esta inspeção também é realizada por pessoal
(agentes, auxiliares) treinado especialmente para tal função (Apostila
Ministério, 2001).
3. 9. 4. INSPEÇÃO FINAL
A inspeção final das aves é realizada em local especifico (linha de
inspeção final), rotineira e individualmente, através do exame macroscópico
da carcaça e visceras, conforme o caso, palpação, corte e odor.
As carcaças e vísceras são examinadas, julgadas e é dado o destino
adequado pelo Médico Veterinário encarregado do SIF, sendo aproveitados
parcialmente (carcaças e vísceras) ou condenados totalmente, conforme o
caso.(Apostíla Ministério, 2001).
i2
3. 9. 5. DESTiNO POST-MORTEM
o destino da carne e vísceras comestíveis é baseado na Inspeção
Ante-Mortem e Post-Mortem, onde é definido se vai ser aprovado ou
condenado total ou parcial.
• LIBERADA (aprovada para consumo humano)
No exame post-mortem não foi encontrado nenhuma
evidência de afecção anormal ou enfermidade e a
operação de abate foi realizado corretamente, não
apresentando nenhum problema conseqüente de um
manejo na recepção e pendura, sangria e depenagem
ou na evisceração.
• TOTALMENTE (condenada para consumo humano)
E condenado totalmente quando encontrada afecções
ou enfermidades que tomam inviável o consumo
humano, diminuindo a qualidade da carne e vísceras
comestíveis.
• PARCIALMENTE (condenada para consumo humano)
Condena-se alterações resultantes de enfermidades
que estão localizadas ou encontram-se nas vísceras
comestiveis ou ainda parte da carcaça, sendo então
encaminhadas para o consumo humano parte deste
com qualidade.
3. 10. PRINCIPAIS LESÕES E DOENÇAS ENCONTRADAS E
PROCEDIMENTO ADEQUADO
3.10.1. CONDiÇÕES NÃO PATOLÓGICAS
3.10.1.1. CONTAMINAÇÃO
A contaminação em carcaças de aves ocorre de várias maneiras,
dependendo do tipo de contaminação, teremos procedimentos diferentes:
13
• Carcaça que cai no piso na zona limpa: se for recolhido
imediatamente poderá ser lavado em água corrente
hiperclorada e depois liberado, as vísceras são
condenadas.
• Carcaça contaminada com bile: deverá ser condenação
parcial.
• Vísceras contaminadas com bile: deverão ser
condenadas totalmente.
• Carcaça contaminada com fezes: deverão ser retiradas
e condenadas as partes contaminadas com a faca e o
restante liberado.
• Quando a contaminação for na parte interna da
carcaça, esta devera ser conduzida à mesa de
Inspeção Final, onde poderão ser efetuados cortes ou
condenação total.
• Vísceras contaminadas por fezes: deverão ser
condenadas.
• Não é permitido lavar carcaças ou vísceras
contaminadas com fezes, pois a lavagem dissemina os
microorganismos por toda a carcaça.
3.10.1.2. CONTUSÃO/FRATURA
Lesões causadas por acidentes durante o manejo das aves,
principalmente na apanha nos aviários, transporte, desembarque e pendura
(OLIVEIRA, 2002).
As lesões traumáticas, quando limitadas, implicam apenas na
rejeição da parte atingida (BRASIL, 1998)
Procedimento:
Quando as contusões ou fraturas forem pequenas ou em um dos
membros, poderão ser retirados na própria linha de inspeção e liberado o
restante da carcaça e vísceras.
14
Quando as contusões ou fraturas forem generalizadas, a carcaça e
as visceras deverão ir para a mesa de Inspeção Final, onde serão
aproveitadas parcialmente ou sofrearão condenação total.
3.10.1.3. ESCALDAGEM EXCESSIVA
Ocorre devido ao fato da a carcaça permanecer muito tempo no
tanque de escaldagem ou a temperatura do tanque estar muito alta.
Procedimento:
A carcaça deverá ser conduzida para a mesa de Inspeção Final,
onde poderá ter aproveitamento parcial ou condenação total;
As vísceras poderão ser aproveitadas.
3.10.1. 4. EVISCERAÇÃO RETARDADA
Ocorre geralmente quando há problemas mecânicos na nórea ou
quando da queda de energia elétrica.
Configura-se a partir de 30 minutos da decorrência da sangria
(OLIVEIRA, 2002).
Procedimento:
Os funcionários deverão receber orientação do Médico Veterinário
para o procedimento, pois vários fatores serão considerados, como tempo e
temperatura etc;
Quando o retardamento é em tomo de 30 minutos, condenam-se
as vísceras e libera-se a carcaça;
Quando o retardamento é em tomo de 45 minutos ou mais, a
carcaça e as vísceras deverão ser enviadas para a mesa de Inspeção Final,
onde são condenadas totalmente.
3. 10. 1. 5. MÁ SANGRIA
A sangria das aves em escala industrial se dá através da
incisão das jugulares. Se estas não forem perfuradas, o sangue não
esgotará. Com o aquecimento ocorrido na escaJdagem e
posteriormente a depenagem (friccionamento dos dedos de
borracha), o sangue que se acumulou na região do pescoço e peito,
ira aflorar a pele deixando a mesma de coloração roxa (OLIVEIRA,
2002).
Devem ser condenadas as aves, inclusive as de caça, que
apresentarem alterações putrefativas, exalando odor sulfídrico-
amoniacal, revelando crepitação gasosa à palpação ou modificação
da coloração da musculatura (BRASIL, 1998).
Ocorre principalmente por uma falha operacional na sangria,
ou por defeito na regulagem do choque.
Procedimento:
A carcaça e as vísceras deverão ser conduzidas a mesa de
Inspeção Final;
Quando a má sangria for localizada, somente serão
condenados as partes atingidas e o restante da carcaça e das
vísceras serão liberadas;
Quando a má sangria for localizada, a carcaça e as vísceras
sofrem condenação total.
3.10.1.6. CALO DE PEITO
É uma lesão hemorrágica que se localiza na bolsa e5ternal.
Ocorre geralmente devido a uma deficiência no manejo, devido à
cama emplastada, serragem da cama inadequada, superlotação e
pedaços de madeira.
Procedimento:
Poderão ser retirados na própria linha e liberados as
carcaças e as vísceras.
3.10.1.7. CALO DE PÉS
É uma lesão encontrada principalmente na região plantar dos
pés. Ocorre geralmente devido a uma deficiência no manejo, (idem
Calo de Peito).
Procedimento:
15
A retirada dos calos dos pés é efetuada, com o uso de facas,
por funcionários da empresa, com a supervisão da IF.
3.10.1.8. CANIBALISMO
É a lesão encontrada principalmente na região da cloaca.
Normalmente estas lesões são causadas por deficiência nutricional
ou da ração, excesso de lotação, temperatura elevada, aves com
resto de ração na cabeça e penas e jejum prolongado,
Procedimento:
Retirada da região atingida e libera o restante da carcaça e
vísceras.
3.10.2. CONDiÇÕES PATOLÓGICAS
3.10.2.1. ABCESSO
o abcesso é o acumulo de pús dentro de tecidos orgânicos,
em conseqüência de inflamação (OLIVEIRA, 2002).
Ocorre geralmente por ação de um agente irritante que
provoca a lesão inicial, depois vem a inflamação e formação de pus
e posteriormente o encapsulamento.
Procedimento:
Abcessos pequenos podem ser retirados na própria linha de
inspeção;
Abcessos maiores deverão ser conduzidas para a mesa de
Inspeção Final, podendo ocorrer aproveitamento parcial ou
condenação total.
3.10.2.2. AEROSSACULlTE
É uma doença de caráter crônico que afeta galinhas e perus.
Ocorre em todas idades, caracteriza-se por estertores, tosse,
exsudação serosa das narinas, etc.. É causada por mais de um
16
microorganismo, sendo os principais E. coli e Micoplasma
galisepicum (OLIVEIRA, 2002).
Microscopicamente notamos pus nos sacos aéreos:
Pericardites, Peritonites, Perihepatites.
Procedimento:
Sempre que houver lesões nos órgãos citados, as vísceras
deverão ser condenadas na própria linha de inspeção ou deverão
acompanhar a carcaça para a mesa de Inspeção Final, onde a
carcaça pode ser aproveitada parcialmente ou condenada
totalmente.
3. 10. 2. 3. ASCITE
É a presença de liquidos dentro da cavidade abdominal;
geralmente este líquido é sanguinolento, mucoso, podendo variar a
sua composição.
Forma-se um líquido, geralmente sanguinolento ou mucoso,
na cavidade abdominal, proveniente de um estrangulamento celular
ou tecidual. É síntoma de várias enfermidades infectocontagiosas. A
ascite não tem uma causa determinada; pode ser conseqüência de
diversas alterações do organismo da ave (OLIVEIRA, 2002).
Procedimento:
As carcaças e as vísceras deverão ir para a mesa de
Inspeção Final, onde sofrerão condenação total ou parcial.
3.10.2.4. ASPECTO REPUGNANTE
Carcaças que apresentam coloração anormal, ou que exalam
odores estranhos (medicamentosos, excrementícias, sexuais, odor
sulfidrico amoniacal) (OLIVEIRA, 2002).
Procedimento:
As carcaças e as vísceras deverão ser conduzidas à mesa
de Inspeção Final, onde sofrerão condenação total.
17
3. 10. 2. 5. ARTRITE
É O aumento de volume e supuração nas articulações. Várias
são as causas que podem promover o aparecimento de artrite,
sendo que as principais são de origem nutricional e infecciosa, que
podem ser produzidas por vírus e bactéria.
Procedimento:
Quando a artrite não causar repercussão na carcaça, poderá
ser retirada na linha, efetuando-se o corte em uma articulação acima
da lesão e liberando a carcaça;
Quando a artrite apresentar repercussão na carcaça, esta e
as vísceras deverão ir para a mesa de Inspeção Final, onde sofrerão
condenação total.
3.10.2.6. CAQUEXIA
Várias são as causas que poderão levar as carcaças a
ficarem caquéticas, sendo que as principais são de ordem infecciosa
ou nutricional (OLIVEIRA. 2002).
Os animais caquéticos devem ser rejeitados, seja qual for a
causa a que esteja ligado o processo de desnutrição (BRASIL,
1998).
Procedimento:
A carcaça e as vísceras deverão ser conduzidas para a mesa
de Inspeção Final, onde sofrerão condenação total.
3.10.2.7. CELULITE
É um processo inflamatório do tecido celular subcutâneo que
apresenta em forma de placa caseosa. A causa não esta bem
definida. Pode estar ligada a onfalites, infecções em aviarios devido
à superlotação, falta de empenamento, problemas com a cama,
fatores ambientais, estresse, que levam a lesão externas, que são
fatores predisponentes ao desenvolvimento da celulite (OLIVEIRA,
2002).
18
Qualquer órgão ou outra parte da carcaça o qual estiver
afetado por um processo inflamatório deverá ser condenado e, se
existir evidência de caráter sistêmico do problema, a carcaça e as
vísceras deverão ser condenadas na sua totalidade (BRASIL, 1998).
Procedimento:
Lesões intensas com o comprometimento da carcaça e das
vísceras são condenadas totalmente.
Lesões leves sem comprometimento da carcaça, esta é
liberada parcialmente após remoção da lesão e as vísceras são
liberadas, mas se apresentar alguma lesão, condena-se.
3.10.2.8. COCCIDtOSE
É uma doença causada por um protozoário, que afeta os
intestinos das aves.
É um grande problema sanitário e econômico para a indústria
avícola, devido á alta mortalidade e queda de produção. Maior
incidência em aves. Ocorre em todas as idades, mas principalmente
em aves jovens. O agente causador é um protozoário: EimeriaacelVulina, E. mivatti, E. necatrix, E. tenella (OLIVEIRA, 2002).
Procedimento:
Condenam-se as vísceras atingidas na própria linha de
Inspeção.
Quando tem reflexos na carcaça, esta deverá acompanhar
as vísceras e ambas serão condenadas.
3. 10. 2. 9. COLlBACILOSE
É uma doença de difícil diagnóstico a olho nu, normalmente
faz pare da síndrome respiratória. Pode evoluir para
coligranulomatose, apresentando granulomas no fígado e nos cecos.
Pode atingir aves de diferentes faixas etarias (OLIVEIRA, 2002).
19
Procedimento:
Quando apresentar lesões pequenas na carcaça, as vísceras
deverão ser condenadas e a carcaça poderá ser aproveitada
parcialmente.
Quando apresentar lesões maiores e com repercussão na
carcaça, condena-se as vísceras e a carcaça.
3.10.2.10. DERMATITE OU DERMATOSE
São lesões que aparecem na pele das aves e em
conseqüência destas lesões, instala-se microorganismo infeccioso.
Estas lesões se apresentam em forma de feridas disseminadas por
todo corpo das aves.
Procedimento:
Quando as lesões forem pequenas e restritas a pele,
poderão ser retiradas na linha de inspeção e liberadas as carcaças e
as vísceras.
Quando as lesões forem disseminadas por toda a carcaça e
estiverem restritas a pele, a carcaça e as vísceras poderão ser
liberadas.
Quando as lesões forem disseminadas por toda a carcaça e
com repercussão nas vísceras, estas deverão ser conduzidas para a
Inspeção Final, onde serão condenadas.
3.10.2.11. DOENÇA DE MAREK
É uma doença causada por vírus, que pode se apresentar de
quatro formas: visceral, ocular, nervosa e epitelial. Na forma visceral
apresenta lesões tumorais no baço, fígado, rins, ovários e pulmões.
Na forma epitelial, apresenta tumores no foliculo das penas. Na
forma nervosa, aparecem lesões nos nervos, principalmente no
cálcio. Na forma ocular, aparecem lesões no globo ocular.
As carcaças de aves que mostram evidências de qualquer
doença caracterizada pela presença, na carne ou partes
20
comestíveis, de organismos ou toxinas, perigosos ao consumo
humano, devem ser condenadas totatmente (BRASIL, 1998).
Procedimento:
Quando aparecer lesão em qualquer órgão, carcaça e
vísceras deverão ser conduzidas para a mesa de Inspeção Final,
onde serão condenadas totalmente.
3.10.2.12. LEUCOSE LlNFÓIDE
É uma doença causada por vírus. Geralmente ataca aves
velhas, sendo que dificilmente ocorre em frango de corte. Esta
doença apresenta tumores no figado, baço, rins e bolsa de fabricius,
pOdendo também ocorrer lesões nos pulmões, músculos, não
ocorrendo lesões nervosas (OUVE IRA, 1002).
Procedimento
As vísceras e a carcaça deverão ir para a mesa de Inspeção
Final, ambas serão condenadas.
3.10.2.13. MAGREZA
Vários são os fatores que podem dar origem a uma carcaça
magra, sendo que se destacam os de ordem nutricional ou
infecciosa.
Procedimento:
Carcaça magra deve ser conduzida juntamente com as
vísceras, para a mesa de Inspeção Final onde, dependendo do
estado poderá ser condenadas ou aproveitadas parcialmente.
Quando a carcaça for aproveitada parcialmente as vísceras
poderão ser aproveitadas.
Quando a carcaça for condenada, as vísceras, deverão
também ser condenadas.
21
3.10.2.14. NEOPLASIA (TUMORES)
São causados por um crescimento desordenado das células,
pode ser localizado ou generalizado.
Procedimento:
Carcaça e vísceras deverão ir para ames de Inspeção Final,
onde serão condenadas totalmente.
3.10.2.15. SALMONELOSE
É uma doença causada por uma bactéria: o principal agente é
a Salmonelfa tiphymurium, que atinge principalmente o figado, que
fica de cor verde metálico (OLIVEIRA, 2002).
Procedimento:
Carcaça e vísceras deverão ir para a mesa de Inspeção Final,
onde serão condenadas totalmente.
3. 10. 2. 16. SALPINGITE
É uma inflamação, normalmente causada por bactérias, na
qual geralmente se observa uma massa caseosa.
Procedimento:
Carcaça e vísceras deverão ir para a mesa de Inspeção Final,
onde as vísceras serão condenadas e a carcaça será condenada
parcialmente
3.10.2.17. SiNDROME HEMORRÁGICA
São carcaça que apresentam hemorragias diversas de difícil
diagnóstico macroscópico. Várias são as causas que causam
hemorragias na carcaça e vísceras.
Procedimento:
Carcaça e vísceras deverão ir para a mesa de Inspeção
Final, onde sofrerão condenação total.
22
3.10.2.18. COCCIDIOSE
E uma doença causada por protozoario, que afeta os
intestinos das aves.
Procedimento:
Condenam-se as vísceras atingidas na própria linha de
Inspeção.
Quando tem reflexos na carcaça, esta deverá acompanhar
as vísceras e ambas serão condenadas.
3.10.2.19. VERMINOSE
É a presença de vermes nos intestinos das aves.
Procedimento:
Quando apresentar repercussão na carcaça, esta e as
vísceras deverão ir para a mesa de Inspeção Final, onde serão
condenadas.
3.10.2.20. MICOTOXICOSE
É uma doença causada por toxinas de fungos. Normalmente
o figado fica amarelado e flacido.
Procedimento:
Quando for em nível de vísceras, condenam-se somente as
vísceras na própria linha.
Quando tiver repercussão na carcaça, ambas serão
conduzidas para a mesa de Inspeção Final, onde serão condenadas.
3.10.2.21. SOUSA AVIÁRIA
Doença que alaca galinhas, perus, patos, pombos e outras
espécies de diferentes idades. Pode causar perdas consideráveis,
principalmente em locais de clima quente e úmido (presença do
mosquito vetor). E causada por um virus (Poxvirus) (OLIVEIRA,
2002).
23
A fOlTTla epitelial apresenta nódulos verrugosos na crista,
barbeia, cara, ao redor dos olhos e pés, ainda pode observar lesões
em forma de nódulos amarelos na boca e laringe.
Procedimento:
Quando as lesões forem localizadas só na crista, bico,
barbeia e pés, condena-se as partes afetadas (cabeça e pés) e
libera o restante da carcaça e vísceras.
A Souba Aviária também pode apresentar-se na forma
diftérica, onde compromete a laringe e o sistema respiratório, onde
pode levar ao comprometimento da carcaça.
Se houver repercussão na carcaça, esta e as vísceras
deverão ir para mesa de Inspeção Final, onde serão condenadas
totalmente.
3.10.2.22. DOENÇA DE GUMBORO
É uma doença infecciosa da Sursa de Fabricius, causada por
um vírus que causa queda de imunidade o que favorece o
aparecimento de outras infecções causadas por bactérias, outros
vírus e parasitas.
A lesão ocorre na Bursa de Fabrícius, onde na forma aguda
tem aumento de volume da bursa e depois ela diminui (atrofia).
Ainda pode apresentar lesões hemorragicas na bolsa de Fabrício,
nos músculos do peito e das coxas. As aves afetadas podem ainda
apresentar carcaça escura (desidratada), aumento de volume dos
rins e aumento da bolsa com conteúdo caseoso que na evisceração
poderá contaminar a área ao redor da cloaca.
As carcaças de aves que mostram evidências de qualquer
doença caracterizada pela presença, na carne ou outras partes
comestíveis da carcaça, de organismos ou toxinas, perigosos ao
consumo humano, devem ser condenadas totalmente (BRASIL,
1998).
24
25
Procedimento:
Se não houver repercussão na carcaça e somente aumento
de volume da bolsa e esta apresentar conteúdo caseoso que na
evisceração contaminou a ârea ao redor da cloaca, deverá conduzir
a carcaça para a Inspeção Final para retirada da parte contaminada
e da bolsa e posteriormente libera a carcaça.
Se houver repercussão na carcaça com hemorragias,
desidratação, aumento dos rins, encaminha para a Inspeção Final
para condenação total.
3.10.3. RELATÓRIO MENSAL DAS AVES CONDENADAS
Data: Fevereiro/2003
TABELA 1
CAUSAS DE APREENSÃO DESTINO DE AVES ABA TIDAS
AFEcçOes CONDENAÇi\O PARCVll
0»04 0._
AEROSSACUJTE 0,001 '"0,2550,02<1 o
ASPECTO REPUGNANTE '656 0,122
0,039
0,001 0,003
GRANLLOMATQSE
CONTAMINAÇÃO 0,007 1,042
CONTU;;ÀOIFRATL.RA "'""'" DERMATOSE 0.002 1.189
ESCALDAGEM EXCESSIVA 0,023
EVISCERAÇÃO RETIIRDADII 0.001
NELPLASlAITLMOR
SANGRIA. INADEQUADA 0.001 0.034
AscrTEMETABOUCA
SINDROME HEMORRIIGICA 0.042
TOTAL 0.224 3.918
TOTAL DE Aves ABA Toas
TOTAL DE AVES CONDENADAS
3. 11. TOALETE FINAL
Após a Inspeção ante-mortem, às vísceras comestíveis liberadas
são encaminhadas para a máquina, onde serão limpas, sendo a
seguir encaminhadas à seção de miúdos por meio de Bombas
Sanitárias.
No setor de evisceração ainda as carcaças são conduzidas para
mais quatro máquinas automáticas (capacidade de BOOOaves/hora),
sendo que a primeira retira o papo e a traquéia, a segunda retira a
cabeça, esta é bombeada até a sala de miúdos, onde é feito a sua
classificação e o empacotamento. A terceira máquina faz o repasse
final dos pulmões e a última máquina lava interna e externamente a
carcaça com a finalidade de diminuir a contaminação da parte
exterior da carcaça, depois de todo este processo as carcaças são
destinadas ao pré-resfriamento.
3.12. RESFRIAMENTO DE CARCAÇA
As carcaças são destinadas ao pré-resfriamento que é realizada
em dois estágios, no primeiro estágio, o pré-chiller (capacidade de
8000aves/hora) resfria as carcaças que são imersas em água
hiperclorada (3 a 5 ppm) com renovação minima de 2 litros por ave,
temperatura não superior a 15°C.
O segundo estágio é no chiller, onde se resfria as carcaças
imersas em água gelada hiperclorada (3 a 5 ppm) com renovação de
1,5 litros por ave e gelo em escamas, estando a temperatura da
mesma entre 2 a 4 graus centígrados, permanecendo no chiller por
cerca de 40 minutos, totallzando no final o tempo de permanência no
pré-chiller e chiller é de 60 minutos, obtendo-se uma lemperatura da
carcaça na saída de aproximadamente 6°C.
3.13. RESFRIAMENTO DE MiÚDOS
Entende-se como miúdos as vísceras comestíveis: o figado
sem vesícula biliar, o coração sem o saco pericárdio e a moela sem
26
o revestimento interno e seu conteúdo totalmente removido
(BRASIL,1998).
As vísceras comestíveis liberadas após serem limpas são
encaminhadas por meio da Bomba Sanitaria para a seção de miudos
e então conduzidas para o pré-resfriamento em chillers próprios, Hâ
chiller de pé, moela, fígado, coração e pescoço, não ultrapassando a
4°C e a renovação é na proporção de no mínimo 1,5 litros por quilo.
3. 14. SEÇÃO DE MiÚDOS
Após sair do chiller as vísceras passam por uma reinspeção e
depois são empacotadas, estas podem apresentar-se de três
formas: Saquinhos, bandeja e embalagem plástica.
Os saquinhos contém pé, pescoço, cabeça, moela, ligado e
coração, estes fazem conjunto na embalagem de frango inteiro
resfriado ou congelado.
A bandeja vai conter somente figado, moela ou coração.
A embalagem plástica vai conter somente fígado, moela ou
coração.
3. 15. GOTEJAMENTO
As carcaças saem automaticamente do resfriamento caem em
urna calha, onde no final é feita a pendura manual na nórea de
gotejamento, passando por uma peneira rotativa para eliminar o
excesso de âgua absorvida no resfriamento, em seguida são
encaminhadas para a sala de cortes climatizada a 12°C.
3.16. SETOR DE CORTES
A carcaça ou cortes de frango são embalados ou
acondicionados em embalagem plástica ou bandeja de isopor.
Nesta, deve constar a data de produção, validade, lote, nome do
produto e código de barras.
27
Os cortes são obtidos manualmente com auxilio de facas de aço
inox, com a carcaça pendurada na nõrea, podem ser embalados em
sacos de polietileno ou são encaminhadas pela nórea de cone ou
nórea aérea para as mesas de aço inox dotado de esteiras sanitárias
onde vão ser realizados os cortes.
Contem cinco esteiras sanitárias:
• A primeira esteira tem duas mesas, uma que
vai fazer o corte de Peito com osso e a outra
mesa é de dorso.
A segunda esteira é voltada para exportação,
t8m quatro mesas, onde vai ser realizado corte
da asa, como a asinha completa, meio da asa e
ponta da asa.
• A terceira esteira é realizado cortes de coxa e
sobrecoxa para o mercado interno somente.
• A quarta esteira é voltado para exportação,
onde são realizados cortes de coxa e
sobrecoxa sem pele e sem osso, como também
é retirada uma cartilagem de dentro da coxa e
sobrecoxa chamada comercialmente de Knee
cap
• A quinta esteira é realizados corte na nórea de
cones, onde são feitos cortes de asa, coxa e
sobrecoxa, peito, pele e esqueleto para CMS
(Carne Mecanicamente Separada). No caso do
peito é retirado o osso popularmente chamado
de joguinho e a cartilagem, também vendida,
ambos para exportação.
28
29
3. 17. PROCEDIMENTOS DE HIGIENIZAÇÃO E TROCA DAS FACAS,
CHAIRAS E TÁBUAS DA SALA DE CORTES
o recolhimento das facas, chairas e tábuas em recipiente
próprio para o transporte destes utensílios ocorrem a cada duas
horas e sua substituição por outros limpos e esterilizados, no caso
das facas. As luvas são higienizadas no intervalo do almoço e no
final do turno.
As facas, tábuas e chairas, são primeiramente lavadas na pia
com fibra e detergente, enxaguadas com água corrente e
depositadas em recipientes de espera pelo processo seguinte, que é
diferenciado para cada utensílio:
• Facas - são afiadas, novamente lavadas e colocadas no
esterilizados, onde permanecem de 10 a 15 minutos a uma
temperatura de 85 a 90°C.
• Chairas - são colocadas no esterilizados por 10 a 15 minutos.
• Tábuas - são lavadas e imersão em água hiperclorada com 5 à
10 ppm.
Luvas - são lavadas com água pressurizada e em seguida
colocada no esterilizados por 10 a 15 minutos.
Finalizadas as operações de esterilizadas de facas, luvas e
chairas e sanitização das tábuas, os mesmos são transportadas até
a sala de cortes, prontos para serem novamente utilizadas.
3.18. EMBALAGEM
Após os cortes serem feitos chegam no final da esteira onde são
classificados, padronizados e acondicionados em bandeja de isopor
ou embalagem plástica de polietileno. No case das bandejas de
isepor, são em seguida embalados por um filme plástico impresso
conforme croqui da empresa a seguir é feita a rotulagem final
através de etiqueta adesiva constando data de produção, data de
vencimento, nome do produto e o código de barras. No caso de
sacos de polietileno é acondicionado em sacos de
aproximadamente 2 quilos onde vai constar data de validade, data
da produção, lote, nome do produto e código de barras. Ambas as
embalagens são acondicionadas em caixas de papelão até
completar 12 quilos dependendo do tipo de corte pode ser 18
quilos, estas são conduzidas ao túnel de congelamento continuo e
depois para a câmara de resfriamento.
3.19. SETOR DE INJETORAS
Neste setor são encaminhados os cortes para serem injetados
temperos na carne, onde são destinados para mercado interno. Há
três injetoras de temperos, onde a primeira se tempera o peito com
osso, a segunda é coxa e sobrecoxa e a terceira é asa e esta se faz
cortes de frango a passarinho. Depois que passam pela injetora, os
cortes se encaminham pela esteira e no final desta são embalados
em sacos de polietileno e colocados em caixas de papelão de 18
quilos. Estas são conduzidas para ao túnel de congelamento
contínuo e depois vão para a câmara de estocagem de congelados.
3. 20. SETOR DE TEMPEROS
Neste setor são preparados os temperos que vão ser usados no
setor de injetoras.
Há um Tamber neste setor que é usado para fazer frango
temperado a passarinho.
3.21. TÚNEL DE CONGELAMENTO
Após serem embalados são encaixotados em caixas de papelão
de 12 quilos e 18 quilos e encaminhados para o tunel de
congelamento contínuo, ficando por mais ou menos uma hora numa
temperatura que pode variar de 30 a -35°C ou ate que atinja uma
temperatura interna de 12"C podendo tolerar uma variação de até
2°C.
30
3. 22. CÂMARA DE RESFRIAMENTO
Depois de resfriado, o produto vai para câmara de resfriamento auma temperatura de -1 a 4°C.
As carcaças depositadas nas câmaras de resfriamento deverão
apresentar, temperatura ao redor de _1°C a 4°C, tolerando-se no
maximo, variação de um grau centígrado (BRASIL, 1998).
3. 23. CÂMARA DE ESTOCAGEM DE CONGELAMENTO
Nesta câmara são feitas as estocagens de aves congeladas
vindas em palets, onde permanecem até sua expedição ou por um
período máximo de 12 meses.
A estocagem de aves congeladas deverá ser feita em câmaras
próprias, com temperatura nunca superior a -18°C (BRASIL, 1998).
3. 24. EXPEDiÇÃO
Neste setor é realizada a expedição de todos os produtos tanto
para o mercado interno quanto mercado externo.
Os produtos são comercializados para todos os estados
brasileiros.
Para o mercado externo é feita uma programação de
carregamento, onde são realizadas ±12 exportações por mês. Os
países para quem a Jandelle exporta, faz parte da Lista Geral e são
os seguintes: Japão, China, Republica Popular da China, Haiti,
Rússia e África do Sul.
3. 25. FÁBRICA DE SUBPRODUTOS
São encaminhadas para a fábrica penas, sangue e vísceras onde
vão ser transformadas em farinha, sendo utilizadas para a fabricação
de ração.
31
3. 26. CONTROLES DIÁRIOS DO FRIGORíFICO
3.26.1. PROGRAMAÇÃO DE ATIVIDADES
E feita uma programação mensal de abate pré-estabelecido para
todos os dias do mês, podendo ser alterado para mais ou menos.
3.26.2. RELATÓRIO DE LIBERAÇÃO DE ABATE
É feito um relatório diário sobre as condições higiênicas do abate
em todo o processo deste, avaliando em bom, regular e péssimo os
setores: plataforma, pendura, sangria, escaldagem, eviscerado, área
de resfriamento, gotejamento e embalagem, sala de cortes, sala de
CMS, sala de classificadora, ante-câmara, câmaras, expedição e
área de peletização.
3. 26. 3. BOLETIM DE OCORRÊNCIA
Relata-se diariamente a hora que Iniciou a recepção de 10 lote,
inspeção ante-mortem e o início do abate e a hora que terminou o
ultimo lote na recepção, inspeção ante-mortem e o inicio do último
lote ser abatido.
E avaliado também:
• Condições de higiene de instalações e equipamentos no início
do abate e durante o abate;
Uniforme, higiene pessoal, hábitos higiênicos no início do
abate e durante o abate;
• Lavagem das gaiolas e estrados.
Os parâmetros usados são:
• A - aceitável;
• B - n/aceitável (não aceitável);
• C - nec/reparos (necessita de reparos).
Ê descrito o nome do produtor com o numero de GTA, origem do
lote (o município e estado), a idade dos animais, número de aves,
numero de aves motas e o estado do lote (bom, regular e ruim).
32
3.26.4. CONTROLE DE TEMPERATURAS
o controle de temperatura é realizado diariamente a cada duas
horas, iniciando as 06:00h e a última medição é as 02:00h. É
medida também a quantidade de cloro do pré-chiller e do chiller
• Câmara Fria 2: varia de -4°C a _1°C.
• Câmara 3: varia de -22°C a -1SoC.
• Câmara de Congelamento 1: _20°C a _14°C.
• Sala de CMS: +10°C a +13°C.
• Sala de Cortes: +12 °C a +14°C.
• Sala de Injetados: +12°C a +14°C.
• Água do Pré-chiller: +16°C a +18°C.
Água do Chiller: +2°C a +rc.• Carcaça saindo do Chiller +5°C a +9°C.
• CMS: +4°C a +10°C.
• Cloro Pré-chiller: 3 a 4ppm.
• Cloro Chiller: 2 a 4ppm.
• Esterilizadores: 8rC a 90°C.
3. 26. 5. LEITURA DO HIDRÔMETRO
É realizado diariamente de hora em hora, é feito a leitura de
litros/hora e litros/ave do chiller e pré-chiller.
3. 26. 6. MONITORAMENTO DE TEMPERATURAS DOS
ESTERILIZADORES
É medido a cada duas horas:
• Sangria - média +89°C (varia no dia 85°C a 91°C).
• Depenadeira - +90°C (varia no dia 85°C a 91°C).
• Evisceração - SIF2 - 90°C (varia no dia src a 93°C).
SIF1 - 89°C (varia no dia 86°C a 90°C).
SIF2 - 90°C (varia no dia 88°C a 93°C).
3. 26. 7. iNOICE OEABSORÇÃO
O indice de absorção é realizado nos dois tumos, o A e o B, o
valor máximo permitido é 8% do seu peso.
Este método é realizado após o pré-resfriamento e
resfriamento, medindo a água absorvida pela carcaça neste
processo, mas o resultado também esta diretamente relacionado
com a temperatura da água dos resfriadores e tempo de
permanência no sistema.
São retiradas 10 aves após sair do chuveiro de evisceração,
antes de entrar no pré-resfriamento, coloca-se lacre e pesa cada
uma delas e é anotado tudo isso, então se coloca no pré-chiller e
deve aguardar 60 minutos e retirar elas após o gotejamento, pesa-
se novamente e identifica-se através do lacre.
A diferença (O) entre o peso inicial (Pi) e o peso linal (PI)
mulliplicada por 100 e dividida pelo peso inicial (Pi), detenmina o
percenlual de água absorvida (A) durante o processamento
(BRASIL, 1998).
3. 26.8. ORIPPINGTEST
Este teste é para medir a quantidade de água resultante do
descongelamento de carcaças congeladas, podendo chegar no
valor máximo de 6% do peso (carcaça e miúdos junlos).
A quantidade de água determinada por este método exprime-se
em porcentagem do peso total da carcaça congelada com
miúdos/partes comestíveis (BRASIL, 1998).
São realizadas com seis aves congeladas a -12°C, estas devem
ser bem enxugadas com papel toalha, retirando-se todos os cristais
de água envolto na embalagem, pesa-se, abre-se o saquinho
plástico, retira a carcaça e coloca em um saco plástico com o corte
do abdome para baixo, dá-se um nó onde não permita que entre
nada de água neste. Pesa-se o saco que foi retirado da ave, a
34
diferença do peso da ave embalada com o saco plástico resulta no
peso da ave com vísceras somente.
Através do peso da ave é possível com o apoio de uma tabela
sabermos o tempo que a carcaça deve permanecer em um tambor
imersa com água numa temperatura aproximadamente de 42°C. A
tabela 1 abaixo é a utilizada no teste:
TABELA 2- RELAÇAO DE PESO/MtNUTOS PARA DRIP TEST
Peso da ave mais vísceras Tempo de Imerção (minutos)
(em gramas)
Até 800 65
801 a 900 72
901 a 1.000 78
1.001 a 1.100 85
1.101 a 1.200 91
1.201 a 1.300 98
1.301 a 1.400 105
1.401 a 1.500 112
1.501 a 1.600 119
1.601 a 1.700 126
1.701 a 1.800 133
1.801 a 1.900 140
1.901 a 2.000 147
2.001 a 2.100 154
2101 a 2.200 161
2.201 a 2.300 168
Após este tempo deve se verificar a temperatura intema da
carcaça que deve estar no máximo 4°C. Deve retirar os sacos e
fazer um orifício na parte inferior possibilitando o escoamento da
água que descongelou da carcaça, deixando estes sacos por
35
aproximadamente uma hora desse modo. Tira-se a ave
descongelada do saco plástico e as vísceras também.
Retirar a ave descongelada da embalagem e as vísceras e
deixar escoar. Retirar as vísceras e enxugar. Pesar a ave
descongelada juntamente com as vísceras e sua embalagem. Pesar
a embalagem que continha as visceras (BRASIL, 1998).
Calculas:
% de liquida perdido ~ MO-M1-M2 x 100
da ave congelada MO-M 1-M3
MO ~ Peso da ave congelada com embalagem e miúdos (-12°C).
M1 ~ Peso da embalagem retirada da ave.
M2 = Peso da ave descongelada junto com as vísceras e sua
embalagem.
M3 = Peso da embalagem que continha as vísceras.
3.26.9. COLETA DE ÁGUA DE REDE
A água é coleta em dois sacos plásticos, um de 5009 e outro de
1000g, um é para analise microbiológico e outro é para análise
físico-químico.
A torneira onde vai ser coletado deve ser flambada, após este
se deve deixar escorrer água por uns dois a três minutos e depois
sim colocar os sacos um de cada vez, sem encostar a parte interna
em nenhum lugar onde possa contaminar e depois feche bem e
identifique a amostra, coloque em uma caixa de isopor e encaminhe
o mais rápido possível ao laboratório.
36
37
3. 27. PROCESSO HUMANITÁRIO DESCRiÇÃO DO PROCESSO
DE INSENSIBILIZARÃO E SANGRIA
Os dados abaixo relacionados correspondem às especificações do
fluxo de abate no que diz respeito à velocidade de abate, dimensões e
parâmetros utilizados nos métodos de insensibilização e sangria adotados
pela empresa.
As aves são dependuradas manualmente pelos pés na Nórea de
Matança, a partir das gaiolas localizadas na esteira automâtica, com
capacidade de 1.500 gaiolas/h aparadas por anteparo de inox, percorrendo
de 13,5 a 2,8 metros (do inicio ao final da mesa de pendura) com duração
média de 16 segundos até serem insensibijizados.
O método de insensibilização se dá por eletronarcose sob imersão em
água (cuba de 5,24 metros de comprimento), por meio de aparelho
atordoador eletrônico ES-1.0GA (segue em FIGURA 1 o esquema de
conexão do aparelho), composto de dois eletrodos (em submerso em água,
pólo+ e outro em contato com 12 segundos de tempo de aplicação. Esses
parâmetros atendem ao peso médio das aves abatidas que é de 2,5Kg,
sendo a velocidade real da nórea de 8.000aves abatidas por hora. Os
valores utilizados asseguram a não ocorrência de morte das aves após o
recebimento da corrente, sendo que as mesmas passam pelo aparelho
sangrador, distante 4,5 metros do aparelho atordoador (com 10 segundos de
tempo de percurso). Nessas condições, os efeitos da exposição dos animais
a corrente desaparecem em até 40 segundos após a aplicação).
O aparelho sangrador consta de uma guia aprisionadora de pescoço,
que o faz de modo a expô-lo lateralmente para uma perfeita secção das
artérias carótidas pelo disco "degolador' Logo após o aparelho sangrador,
encontra-se um funcionário responsavel pelo repasse manual caso alguma
ave de tamanho diferente "escape" ao aprisionador de pescoço. Em seguida
as aves entram no túnel de sangria e fazem um percurso que dura em média
3 à 3,20 minutos para que após a retirada de todo o sangue circulante,
sigam até o tanque de escaldagem. A manutenção do sistema de
38
insensibilização e sangria ocorre semanalmente, aos finais de semana, com
a parada do abate (revisão e inspeção de todos os rtens de monitoramento
efetuado pelo setor de manutenção da empresa). O monitoramento do
método de abate humanitário é feito diariamente, conforme modelo anexo.
10_
FIGURA 1 - ESQUEMA DE CONEXÃO DO APARELHO ATORDOADOR
-ªE.JRÔNICO9, 8
,~I~I~~~~~,;".--=-~:{;.""" :.i
1- Tanque de Água;2- Eletrodo dentro do Tanque;
3- Suporte;
4- Ajuste de Altura;
5- Lateral;
6- Gancho;
7- Guia de Controle para o Gancho;
8- Linha;
9- TROLLER;
10- Corrente.
39
TABELA 3 - RESUMO DE MEDIDAS E TEMPO
Insensibilização atê 4,5 metros 10 segundos
Contenção
Insensibilização
até Média de 13.5 a 2,8
metros
16 segundos
Insensibilização 5,24 metros 12 segundos
Processo Distância/Dimensão Tempo
Estimado
Sangria
Túnel de Sangria 3 à 3,2 minutos
Obs .. Parâmetros validos para condições reais de abate(8.000 aves/hora).
TABELA 4 - RESUMO DE VOLTAGEMITEMPO
Peso da Ave (em quilos) Voltagem (Volts) Tempo de Aplicação
(Segundo)
Máximo 2,8 65 12
Mínimo 1,9 40 12-Obs. Parametros validos para condlçoes reais de abate (8.000aves/hora).
3.28. PROGRAMA DE CONTROLE DE CONTAMINAÇÃO CRUZADA POR
SALMONELLA SPP NO ABATE E INDUSTRIALIZAÇÃO DE AVES.
3.28.1. DO LOTE
O lote suspeito de ser portador de Salmonella spp através de pesquisa
em Swab de Arrasto sera abatido no final do turno, com intervalo de 10 a 15
minutos do penúltimo lote, evitando assim o risco de contaminação cruzada
durante as etapas de abate e processamento.
Não é permitidoo descarregamento na plataforma de recepção de avesvivas do lote suspeito enquanto houver presença de aves livres de
Salmonella spp neste local. A espera no patio destes caminhões sera
realizada de modo que não entrem em contato com cargas de aves não
suspeitas, em local agradavel para a permanência destas aves, que seja de
fãcil remoção de residuos e higienização.
40
3.28.2. DO ABATE
Haverã adequação da velocidade para minimizar a contaminação fecal
que pode ocorrer no processo de evisceração e para facilitar a retirada de
partes que possam estar contaminadas.
Em processos que envolvam a utilização de água, haverá aumento da
vazão, como na lavadora de carcaças, pré-chiller e chiller, nestes últimos a
temperatura será mantida em até 14°C e 2°C respectivamente.
Durante o processamento deste lote, os utensílios (facas, chairas e
tábuas) serão trocados a cada hora, sendo lavados e sanitizados
imediatamente.
Todo o produto resultante do processamento deste lote será
corretamente armazenado e identificado em câmaras, para não ser expedido
antes do recebimento do laudo de checagem das amostras.
3. 28. 3. DAS AMOSTRAS
Serão coletadas 10 amostras aleatórias após e pré-resfriamento
(carcaças, cortes e miúdos) e 10 amostras aleatórias após o congelamento
(cortes, carcaças e miúdos) a fim de serem enviadas ao laboratório para
pesquisa de Salmone/la spp.
Se a pesquisa tiver resultado negativo nas 20 amostras haverã liberação
do produto para comercialização; se positivo em pelo menos uma das
amostras, independente do tipo de produto, serão coletadas mais 10
amostras aleatórias, de produto e palets diferentes para nova pesquisa.
Nesta nova amostragem o procedimento para liberação ou não: se negativo
libera o lote de produtos para comercialização, se positivo encaminhar o
produto para utilização em industrializados, submetidos ao tratamento
térmico.
3. 28. 4. DA HIGIENIZAÇÃO
Após o abate e processamento, será realizada a higienização da
indústria, com uma concentração maior de sanitizante e maior ênfase nos
pontos criticas: evisceradoras e chillers, mesas de desossa e utensilios.
41
3. 29. CONTROLE DE ROEDORES E PRAGAS
o controle é realizado por uma empresa especializada neste, ela atua
no Controle de Insetos e Roedores em Meio Ambiente, onde prepara um
organograma para o Frigorífico Agrícola Jandelle Uda, descrevendo todo o
procedimento e os produtos a serem utilizados.
A empresa chama-se Controle Sanitário J.J. Martins, ela realiza um
relatôrio mensal de controle de roedores e pragas onde a periodicidade é
quinzenal.
E montado um programa semestral onde ela descreve as datas do mês
a ser realizado:
Mês - Janeiro Dia - 07-27
Fevereiro - Dia -13-25
Março Dia -11-25
Abril Dia - 08-22
Maio Dia - 06-20
Junho Dia -10-23
3.29.1. PROCEDIMENTOS PARA CONTROLE DE ROEDORES
3. 29. 1. 1. PRODUTOS UTILIZADOS
1. Grupo Químico: Cumarinas
Nome Comum: Brodifacoum " Bloco Parafinado U
Nome Comercial: Klerat
2 Grupo Químico: Cumarinas
Nome Comum: Brodrracoum U Peletizados ..
Nome Comercial: Klerat
3 Grupo Químico: Hidróxido Cumarina 1%
Nome Comum: Raticida PÓ
Nome Comercial: Klerat
42
4 Armadilhas: Adesivas.
Armadilhas de cola sem veneno, não tóxico.
3.29.1.2. PROCEDIMENTOS
10_ O sistema utilizado compreenderá de armadilhas e caixas plásticas com
chaves, os quais conterão os produtos citados acima.
2° - As armadilhas serão numeradas e os produtos utilizados serão
identificados de acordo com o mapa.
3° - Quinzenalmente será realizado a verificação das armadilhas,
observando o consumo das caixas, realizando a higienização da mesma e
reposição dos produtos de acordo com a necessidade e anotando em
relatório as informações observadas.
4° - Os ratos encontrados mortos serão coletados e incinerados bem como
desinfetados o local.
5° - Nos locais suspeitos de formação de tocas, ao identificá-los serão
realizados o controle através de aplicação de produtos em pô especificas.
3. 29. 1. 3. RELATÓRIO MENSAL DE CONTROLE DE ROEDORES
(TABELA 5)
Legenda:
Armadilhas com chave - 6
Tubulares - CD
Armadilhas adesivas - O
Granulado - ©
Parafinado - P
PÓ de contato - PC
Nic = Nível de infestação controlada.
F = Manutenção feita (F' - isca consumida)
C = Rato capturado
M = Rato morto
Rt = Rato de telhado
Cm = Camundongo
RT = Ratazana
I = Incinerado
TABELA 5
Tipos d.Data de Verificação
Pontos de ControleArmadilha
Prodotos 13/02 25102
l-Depósito BarKieja l-Piso u P. F.Nic F. Nic
2-Dep6silo Embalagem-I " P. F. Nic F.Nic
3-Depósito Embalagem-2 '" F. Nlc F.Nic
4-Túnel 2 l-Piso '" F. Nle F. Nle
5-Túnel-2 t-Piso '" F. Nie F. Nic
6-Piso Depósito u F. Nic F. Nic
Embalagem!
l·Piso Depósito '" F. Nic F. Nic
Embalagem2
8-0epósilo Piso I
'" P. F.Nic F. NiePorta Refeitórios
9·Depósito Embalagem-4 '" P. F. NIc F. Nie
100Depósilo Sadema '" F. Nle F. Nic
lI-Lado Direito '" F. Nic F. Nie
12·LadoDireito '" P.G.PC F". Nic F. Nic
13-Vestiârio masculino fundos '" P.GPC F.Nie F. Nic
14-Vesliario feminino laleml '" P.G.PC F·.Nic F. NiC
!5·Sala de Máquina 1 '" P. G. F. Nle F.Nie
t5-Salade Mâquina 2 '" P.G.PC F. Nic F. Nie
Il-AlmoKarifado '" P G F. Nic F. Nie
t8-Almoxarifado '" P.G. F. Nic F. Nic
19-0epósi1odeRefis '" P.G.PC F. Nie F. Nic
2O-0flCinaMecãnica '" P.G.PC F.NIc F. Nie
21·AreadeManutenção '" P.G.PC F. Nic F.Nie
22-Area de Manutenção '" P.G.PC F. Nic F. Nic
23-SladeComando P.G.PC F. Nic F. Nie
24-SaladeManutenção P.G.PC F. Nic F. Nie
25-Plalaforma lado eSQlJefdo '" P.G.PC F·. Nic F. Nie
26-Plataforma lado esquerdo '" P.G.PC F. Nie F. Nic
43
44
27-Frigorífico lado esquerdo Ó p.G.pe F. Nic F. Nic
;2S.F rigOfifico lado e5quefdo Ó p.G.pe F". Nic F",Nic
29.Frigorif:cc lado esquerdo Ó p.G.pe F.Nic F.Nic
3O-Frigorifico lado esquerdo Ó p.G,pe F.Nic F.Nic
31-Frigorifico lado esquerdo Ó p.G.pe F. Nic F. Nic
32-Enlrada do Refeitório Ó p_G.pe F. Nic F. Nic
33-Caixad'água Ó p,G.pe F". Nic F'.Nic
34-Casa de força COPEl Ó p.G.pe F. Nic F. Nic
35-EKpediçao RefeitÔfio Ó p.G.pe F. Nic F. Nic
J6..Exp. Vestiârio masculino Ó p_G.pe f. Nic F. Nic
37-Oepartamento Construç!oÓ p_G_pe F. Nic F. Nic
38·0epartamento ConstruçãoÓ p.G.pe F. Nic F.Nic
3g..0epartamento ConstruçãoÓ p_G_pe F. Nic F. Nic
3
4O-Departamento ConstruçãoÓ p.G.pe F.Nic F. Nic
3.29.1.4. PRODUTOS USADOS.
Princípio Ativo: Brodifucoum
BTA.018/2000 Fab.09/2000 - Venc.09/2003
Princípio Ativo: Warfarina 1% - Derivado de Hidroxicumarina(pó de contato)
N. Partida: 27 Fab.03/2001 - Venc.5anos
Princípio Ativo: Brodifucoum
N. do lote: PLN 2E 00006 02 maio 2002 - Venc.2004
3. 29. 2. PROCEDIMENTOS PARA CONTROLE DE PRAGAS
3. 29. 2. 1. PRODUTOS
1. Nome Comercial: Demand 2,5 C.S.
Nome Comum: Lambdacialotrina
Grupo Químico: Inseticida Piretróide Microencapsulado
45
2. Nome Comercial: Abate 500E
Nome Comum: Temefós
Grupo Químico: Organofosforado
3. Nome Comercial: Symper Plus
Nome Comum: PermetrinaGrupo Químico: Piretróide
4. Nome Comercial: Devetion
Nome Comum: DDVP - ( Diclorvos )
Grupo Químico: Organofosforado
5. Nome Comercial: Atração Fatal
Nome Comum: Metonil
Grupo Químico: Carbamato
6. Nome Comercial: Alfacron
Nome Comum: AzametifósGrupo Quimico: Organofosforado
3. 29. 2. 2. PROCEDIMENTO
1°_ Os setores serão divididos e numerados a freqüência dos trabalhos será
semanal, quinzenal e/ou mensal de acordo com as necessidades requeridas.
2°_ Locais:
Tratamentos de efluentes (Lagoas e canais).
Modo de usar: Serão utilizados o produto do item 3 e 4 com a dosagem de
100 e 50ml diluído em 10 litros de água em uma bomba costal, sendo
aplicado alcançando 50cm da borda da lagoa e canais com 10cm de altura
de pulverização par melhor controle das larvas.
46
3°_ Setores Externos:
Caixa de coleta de vísceras, caixa de coleta de penas, plataformas,
esgoto, bueiros, fossas e fossos.
Modo de usar: Serão utilizados os produtos do item 3 e 4, com dosagem
de 100 e 50ml diluído em 10 lilros de água em uma bomba costal, aplicando
no locais necessários com bico leque em uma altura de 10cm.
4°_ Setores Internos:
Escritórios e departamentos, portaria, construção civil, sala de
inspeção e instalações sociais, será realizado o produto do item 1.
Modo de usar: Será ulilizada a dosagem de 100ml em 10lilros de água em
uma bomba costal, usando-se o bico leque, pulverizando os rodapés e tétos
nas bordas com a distância de 1Dem.
5°_ Focos de Moscas:
Na verificação de focos, serão tomadas as medidas necessárias para
evitar a proliferação, através de medidas higiênico sanitárias, drenagem e
canalização no foco e se necessário será realizado pulverização com
inseticida especifico.
6°_ Painéis na Área de Acesso:
Os painéis dispostos na área de acesso aos abatedouros serão
monitorados diariamente e reativado quinzenalmente.
Modo de usar: Utiliza o produto do item 5 e 6, a dosagem utilizada do
item 6 é 20gr de produto em "Ih litro de água em um recipiente apropriado,
após este procedimento usa-se em um solo de espuma de 20cm
umedecendo no produto e passando no quadro.
A dosagem utilizada do ítem 5 é de 20gr do produto em armadilhas
adequadas que estão localizadas nos locais específicos.
47
7°_ Serão utilizados o produto do rtem 2 com tratamento do efluente(margem
das lagoas).
Modo de usar:A dosagem é de 4 a 120ml de acordo com a infestação
baixa, médio alta, utilizando 101itros de água em uma bomba costal com bico
leque, pulverizando da margem para dentro da lagoa em 1m na altura de
10cm do bico para água.
Obs .. Todos os produtos utilizados tem que ser primeiramente autorizado
pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento/MAA, Departamento de
Inspeção de Produtos de Origem AnimaI/DIPOA, Divisão de Operações
IndustriaislDOI.
Médico Veterinário que autorizou em nome do Ministério: Paulo Ricardo
Campani (chefe da DOI/DIPOA)
3.29.2.3. RELATÓRIO MENSAL DE CONTROLE DE PRAGAS (TABELA 6)
Abate- SOOE -1
Cipermectina -2
DDVP, ou Diclorvos-3
Demand -2,5% -4
Alfacron -5
Atração Fatal-6
Internos -[
Extemos -E
TABELA 6
48
Pontos de Controle
1-Plataforma lava bota. Painet-12-Entrada do abate. Painel- 2-3
3-DepartamenlO pessoal. Painel-4
4-Expedição. Painel-5-6
S-Lavanderia. Painel-7
6-Canal para lagoas
7 -Coletor de vísceras
9-Pontos da Plataforma
Data de Detetização
13102 25/02
05 05
05 05
05 05
05 05
05 05
02-03
02-03 02-03
02-03
05 05
04
04
04
02-03 02-03
04
04
02-03
04
04
10-Vestiário, sanitário feminino11-Vestiário, sanitário masculino
12-$ala da inspeção
13-Expedição de resíduos
14-Almoxarifado e sala elétrica
15-Refeitório
16-Bueiros em geral17-Portaria e Balança
16-Construção civil
3. 29. 2.4. PRODUTOS USADOS
Nome Comercial: Temefós N.Partida 012/01 Val.2anos
Nome Químico: o, o, ó, ó, - tetrametil- o, Ó - ditio
(p-fenileno) fosforotiat
Nome Comercial: Cipermetrina N.Partida 004/01 Abril Val.2anos
Nome Quimico: (±) Alfa-cino-3-fenoxibenzil(±) cis-trans-3 (2.2 doclorovinil)
2-2 dimetilcloropropancarboxilato.
Nome Comercial: Nuvan PCO N.Partida 3616001/01 Dal. Fabr. Fev/01
Val.2anos DDVP ou Diclorvos.
Nome Químíco: o, o dimetil-2,2 diclorovinil fosfato ou fosfato de (2,2
diclorovinila) e de dimetila.
Nome Comercial: Demand Cs. N.Partida 003023060 Fab. Março 02
Nome Químico: Lambda Cyalothrin 2,5%
Nome Comercial: Alfacron N.Partida 4064015/01 Fab. Nov. 2 Val.2anos
Nome Quimico: Azametiphôs
Nome Comercial: Atração Fatal N.Partida L03 Fab. Maio 02 Val.2anos
Nome Quimico: Metomil T ricosene.
49
50
4. CONCLUSÃO
o estagio curricular do curso de Medicina Veterinária foi fundamental
para o desenvolvimento profissional e ajudou no crescimento pessoal. A
convivência prática, atraves do estagio, complementou os conhecimentos
teóricos adquiridos na Universidade, ampliando e sedimentando o
aprendizado relacionado aos assuntos da Medicina Veterinária.
O frigorifico, onde foi realizado o estágio curricular, possibilitou o
conhecimento das atividades desenvolvidas pela Inspeção Federal. Foi
acompanhado todo o processo da Inspeção Ante-mortem e Post-mortem, o
monitoramento dos controles realizados pela IF e de todo o processo
industrial, desde o abate das aves até a expedição para o mercado interno e
externo.
As instalações industriais e equipamentos do frigorífico são novos e
modernos e para atender os requisitos de exportação, são cumpridas todas
as exigências sanita rias, com grande ênfase ao treinamento e educação
sanitaria dos empregados.
E na educação sanita ria que reside um dos maiores problemas, pois ha
uma certa resistência dos funcionarios em relação a adoção dos
procedimentos de higiene como: lavagem das botas e mãos quando voltam
da parte externa do frigorifico, quando vão ao banheiro, quando da troca de
jaleco quando esta muito sujo de sangue, presença de adornos, unhas
pintadas, barba começando a crescer e outros problemas desse tipo.
O aculturamento dos funciona rios é um processo lento e precisa ser
contínuo, com constantes reforços, não bastando um simples curso e depois
esperar que todos procedam dentro das normas. Assim, tive a oportunidade
de acompanhar a Dra. Lucimar, veterinária do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, no desenvolvimento e implementação de um
programa, que consistiu em um treinamento inicial sobre anatomia e
fisiologia das aves e de procedimentos e práticas sanitarias. Para fixação
dos conhecimentos sanitários, foram feitas vistorias com a presença quase
que constante de alguém na entrada da área limpa do frigorífico, observando
e vistoriando individualmente os funcionarias. Aqueles que apresentavam
5\
postura ou procedimento irregular eram barrados, orientados e até
advertidos. A equipe montada para vistoria foi composta pelos agentes e a
veterinária do Ministério, por mim como estagiária e por alguns auxiliares
(funcionários e responsáveis por setores do frigorífico).
Concluindo, considero que O estágio permitiu a consolidação de
conhecimentos acadêmicos e uma experiência das mais valiosas para o
amadurecimento como profissional e ratificasse ainda mais a minha escolha
pela profissão de médica veterinária
52
BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Ministério da Agricultura - Departamento de Inspeção de Produtos
de Origem Animal da Secretaria Nacional de Defesa Agropecuária.
Regulamento Técnico da Inspeção Tecnológica e Higiênico-sanitário de
Carnes de Aves. Portaria DAS n° 210, de 10 de novembro de 1998.
OLIVEIRA, DR RONALDO DIAS DE (et ai). Treinamento para fiscais de
inspeção. Capinzal, 2002.
MINISTÉRIO DA AGRICUL TURAlPECUÁRIA E DO ABASTECIMENTO
(MAPA). Treinamento de agentes de inspeção de aves. Passo Fundo,
2001.
PARDI, MIGUEL ClONE, et ai, Ciência, Higiene e Tecnologia da Carne,
Goiânia: CEGRAF _UFGI Niterói EDUFF, v. 1, 1993.
53
ANEXOS
ANEXO 1
FIGURA 2 - Planta Geral do Terreno
54
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ANEXO 2
FIGURA 3 - Planta do Friaorifico Jandelle - Parte II
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ANEXO 3
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FIGURA 4 - Planta do Frigorífico Jandelle - Parte 11
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