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1 UIVERSIDADE CADIDO MEDES ISTITUTO A VEZ DO MESTRE Motivação Humana nas Organizações Por FERADA BARBOSA DA SILVA RIO DE JAEIRO Abril - 2010

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U�IVERSIDADE CA�DIDO ME�DES

I�STITUTO A VEZ DO MESTRE

Motivação Humana nas Organizações

Por

FER�A�DA BARBOSA DA SILVA

RIO DE JA�EIRO Abril - 2010

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U�IVERSIDADE CA�DIDO ME�DES

I�STITUTO A VEZ DO MESTRE

Motivação Humana nas Organizações

Por

FER�A�DA BARBOSA DA SILVA Monografia elaborada ao Instituto A Vez do Mestre da Universidade Candido Mendes como parte das exigências de qualificação para obtenção do certificado de Gestão de Recursos Humanos.

Orientadora: Dayse Serra

RIO DE JA�EIRO Abril – 2010

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus familiares e amigos que em todo tempo me ajudaram, dando força e não deixaram que eu desistisse, me compreendendo, e a minha orientadora, que com bastante profissionalismo me mostrou a realidade de se realizar um projeto de pesquisa para Trabalho de Conclusão de Curso I

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AGRADECIME�TOS

Agradeço à professora e orientadora Dayse Serra, pelo apoio e encorajamento contínuo, aos demais Mestres da casa, pelos conhecimentos transmitidos.

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SUMÁRIO

I�TRODUÇÃO ......................................................................................................................... 7

1. SITUAÇÃO PROBLEMA...................................................................................................8

1.1 Objetivo...........................................................................................................................................................8

1.2 Objetivo Geral.................................................................................................................................................8

1.2.1 Suposições....................................................................................................................................................9

1.2 .2 Delimitações e Escolha do Tema ............................................................................................................. 10

2. MOTIVAÇÃO HUMA�A E O COMPORTAME�TO ORGA�IZACIO�AL...........11

2.1 Motivação humana no contexto da Psicologia.............................................................................................12

2.1.1 Motivação e Comprometimento................................................................................................................12

2.1.2 Teoria da Hierarquia das necessidades, de Maslow...................................................................................15

2.2 Teoria dos dois Fatores, de Herzberg.............................................................................................................17

2.2.1 Teoria da Equidade, de Adams...................................................................................................................19

2.2.1.2 Teoria da Expectativa, de Victor Vroom.................................................................................................20

3. CULTURA ORGA�IZACIO�AL................................................................................................22

3.1 Gestão X Colaborador...................................................................................................................................26

3.1.1. Importância na Economia .........................................................................................................................27

3.1.1.2 Terceirização...........................................................................................................................................27

CO�CLUSÃO.........................................................................................................................31

REFERÊ�CIAS BIBLIOGRÁFIAS.....................................................................................32

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RESUMO

Este trabalho tem como intuito mostrar como podemos entender a motivação humana

nas organizações e visa analisar a importância da relação Estimulo Humano. Como este

percepciona a conjugalidade nos seus melhores e piores momentos e a sua influência na

construção de uma Empresa. Desde a época dos behavioristas quanto os cognitivistas, e

comportamentalistas ocorreram profundas transformações na sociedade contemporânea, tais

como a individualização, a refletividade e a auto-estima do indivíduo. Essas transformações

culturais contribuíram para transformações sociais, designadamente a redução do número de

colaboradores insatisfeitos, e o afastamento do indivíduo do seu ambiente de trabalho e

isolando-se e resguardando-se com medo de tentar mudar o conceito de estimulo humano, a

motivação no grau mais íntimo e particular. Estas transformações culturais e sociais

modificaram as empresas. Para se ter um estímulo é preciso aceitar a motivação, e sabermos

que nem sempre estaremos satisfeitos, terá sempre a necessidade que não foi suprida que

levará a novas áreas motivacionais. Hoje em dia, a motivação humana vem abrangendo muita

atenção no cenário organizacional, por ser um assunto grande e muito complexo sobre o

rendimento de cada colaborador no contexto profissional, diante de grandes transformações, a

motivação humana vem se tornando de fator proeminente no cumprimento dos colaboradores

nas organizações. Tanto os profissionais como as organizações estão cada vez mais

exigentes, todos com seus direitos e deveres. Os colaboradores lutam por maiores benefícios,

ou seja, esperam por recompensas doam seu esforço físico em troca destas, isto leva a

motivação e as empresas desejam maiores lucros, e mais resultados.

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I�TRODUÇÃO

O objetivo deste trabalho é abordar o tema Estímulo Humano nas Organizações,

expondo as suas práticas. O desejo de alcançar um objetivo é o motivador do comportamento

humano, mas nem sempre esse objetivo é explícito, pois ele está além do consciente humano.

São vistos como impulsos naturais que vêm do interior de cada ser. Robbins (2002) diz que “a

motivação é o esforço que temos direcionado com a intensidade e insistência para o alcance

de objetivos definidos por nós mesmos, se relacionando de maneira ímpar com a situação em

que estamos envolvidos”. De que modo cada colaborador sente-se motivado, podemos dizer

que seja um estímulo externo, ou gerado por processos mentais do individuo? Visto ser difícil

definir motivação, visando que vem sendo usado de maneiras distintas. Motivação pode ser

tudo aquilo que ativa o individuo a agir de modo, que dê origem a inclinação de um

comportamento específico, considerando que esta inclinação pode ser um estimulo do

ambiente externo e interno, de postura, de sentimentos, valores, emoções, ou ser criado

internamente nos processos mentais do individuo, como as recompensas e punições. A

motivação age diante de necessidades dos indivíduos a fim de satisfazê-las para alcançar

objetivos pessoais quanto profissionais. Os indivíduos são seres distintos entre si, de valores

e princípios diferentes, e isto varia de pessoa para pessoa. Mesmo com todas as diferenças

existentes, estudos sobre o comportamento humano, verificou que o processo que torna

dinâmico este comportamento e parecido para todas as pessoas.

Outro aspecto importante a ser tratado é a terceirização, está prática vem sendo

aplicada como um meio que visa a eficácia das organizações empreendedoras e competitivas,

e pode ser entendida como uma estratégia para a gestão empresarial pela qual são transferidas

a realização de atividades meio da organização para organizações especializadas naquele tipo

de serviço (SILVA, 2005, p. 89).

Deste modo, e visando responder às questões formuladas, este trabalho visa estruturar-

se em capítulos que possam esclarecer este tipo de questão. Considerando-se o anteriormente

dito, este trabalho se propõe em identificar e analisar os fatores que afetam a motivação sua

importância dentro das organizações no contexto atual, sua contribuição no desempenho dos

funcionários, geração de valor, dando ênfase no comprometimento do funcionário com a

organização procurando mostrar que motivado e comprometido a produtividade se torna um

elemento natural em qualquer função. Além de contribuir para uma maior compreensão da

sociedade em geral de que a motivação influencia no comportamento, desejos, vontade de

fazer e comprometimento nas variadas vertentes da vida. O primeiro capítulo será relativo ao

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comportamento humano, e o histórico da motivação humana. O segundo, que diz respeito ao

comportamento humano de acordo com seus pensadores, e às teorias comportamentais para

com o indivíduo. No terceiro e último capítulo para finalizar faremos uma relação do

indivíduo no seu meio particular e nas organizações assim como à relação colaborador e

gestor, e a relação entre as expectativas e o confronto com a realidade.

1. SITUAÇÃO PROBLEMA

Na medida em que a organização motiva seus colaboradores, proporcionando recursos

para que estes atendam suas expectativas e objetivos individuais, gera maior motivação e

comprometimento aos colaboradores na busca de metas estipuladas. Partindo desse conceito,

a questão deste trabalho é: quais são os fatores motivacionais que estimulam o sujeito dentro

da organização?

1.1 OBJETIVO

1.2 Objetivo Geral

Este trabalho tem como objetivo geral identificar os fatores motivacionais que afetam o

estimulo humano dentro das organizações É preciso identificar os aspectos motivacionais,

pois estes influenciam diretamente no cumprimento de tarefas, na satisfação do funcionário e

no seu resultado. Baseado nestes aspectos, poderá se propor melhores condições de trabalho e

práticas motivacionais para os funcionários.

- Pesquisar e analisar o nível de satisfação dos funcionários da empresa na organização.

- A satisfação do funcionário é um dos motivos que influenciam sua motivação na

organização.

- Analisar o comprometimento dos funcionários da empresa na execução dos serviços. É

importante saber se os funcionários estão realmente comprometidos com a organização, tendo

em vista o compromisso com as tarefas atribuídas a eles.

- Identificar se a empresa promove algum tipo de programa motivacional para os seus

funcionários.

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- Identificar e analisar, a partir do referencial teórico, o nível de aplicação dos conceitos

relacionados à motivação na organização sob estudo. É necessário saber com que freqüência

os conceitos sobre motivação utilizados no trabalho são aplicados na prática e até que ponto o

conceito sobre motivação influencia na organização.

- Pesquisar e analisar o nível de satisfação dos funcionários da empresa terceirizada com a

organização.

A satisfação do funcionário é um dos motivos que influenciam sua motivação na organização.

A pesquisa ajudará a identificar as necessidades individuais dos funcionários terceirizados

junto à organização sob estudo, para que a partir daí, sejam implantadas medidas que possam

suprir essas necessidades.

- Analisar o comprometimento dos funcionários da empresa terceirizada em sua prestação de

serviços.

É importante saber se os funcionários terceirizados estão realmente comprometidos com a

organização, tendo em vista o compromisso com as tarefas atribuídas a eles.

- Identificar se a empresa contratada promove algum tipo de programa motivacional para os

seus funcionários.

Visto que os recursos oferecidos aos funcionários da organização não são os mesmos

oferecidos aos funcionários da empresa contratada, precisa-se saber se esta empresa promove

incentivos aos seus funcionários.

- Identificar e analisar, a partir do referencial teórico, o nível de aplicação dos conceitos

relacionados à motivação na organização sob estudo.

É necessário saber com que freqüência os conceitos sobre motivação utilizados no trabalho

são aplicados na prática e até que ponto o conceito sobre motivação influencia na

organização.

1.2.1 SUPOSIÇÕES

A motivação e o comportamento podem contribuir na interação do indivíduo com a

organização de forma efetiva pela possibilidade de formação de equipes comprometidas na

busca por melhores resultados para o alcance de metas. Sendo assim presume-se que os

fatores relacionados a seguir poderão contribuir ou não com melhorias:

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a) inserção de programas motivacionais: são fundamentais para obter a motivação dos

funcionários, para a realização das tarefas, buscando um nível de produtividade satisfatório e

um maior comprometimento;

b) inserção de programas de capacitação: devido ao surgimento de novas tecnologias e

ferramentas, é necessário o treinamento e adaptação constante dos funcionários para lidar com

as mudanças;

c) maior autonomia na execução das tarefas: é importante para a organização e para os

funcionários, pois com a autonomia na execução das tarefas a velocidade na tomada de

decisão é maior e os funcionários se sentem mais comprometidos, visto que a organização tem

confiança neles;

1.2.2 DELIMITAÇÃO E ESCOLHA DO TEMA

Referente ao tema, a delimitação será o estimulo humano, e a motivação dentro das

organizações, focando na motivação e em como ela afeta o comprometimento dos

funcionários.

A escolha do tema teve como base, o momento em que o país atravessa, um período de

mudança constante e a informação circulando cada vez mais de forma dinâmica, as empresas

são cada vez mais exigentes com seus funcionários. Nas organizações atuais, os funcionários

são submetidos a diversas pressões, sendo elas por metas, por comprometimento ou

pontualidade, muitas vezes sem as condições necessárias para cumpri-las, os funcionários

acabam se tornando desmotivados e descompromissados para lidar com as atividades do

cotidiano.

Pode-se dizer que um dos fatores para se elevar a eficiência dos funcionários e,

conseqüentemente, a eficácia nos resultados da organização é a motivação. Existem alguns

elementos que contribuem para os fatores motivacionais, entre eles estão a promoção da

aprendizagem e do desenvolvimento dos funcionários, promoção de satisfação, entre outros.

Desta forma, entende-se que o trabalho se justifica pela contribuição que poderá

apresentar as organizações, ao descobrirem que o estimulo humano nas empresas pode

influenciar o comportamento e o comprometimento de seus funcionários. Assim, torna-se

importante mostrar as causas que influenciam o comportamento organizacional, e que as

medidas que podem ser tomadas para que ambas as partes realizem seus objetivos com maior

eficiência e eficácia. A delimitação é a parte do trabalho que tem como objetivo apresentar

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uma revisão crítica da literatura relacionada com o problema. O referencial teórico abordará

temas como: a) o comportamento e cultura organizacional; b) motivação e comprometimento;

e c) a terceirização.

2. MOTIVAÇÃO HUMA�A E COMPORTAME�TO ORGA�IZACIO�AL

O estudo da motivação humana dentro das organizações sua importância em relação à

eficiência e eficácia no trabalho em equipe. Identificando esse fato Robbins (2002, p. 01) diz

que partindo da década passada, surgiu à conscientização de quanto é importante o

entendimento do comportamento humano e sua influência na eficácia de um gestor. O autor

diz ainda que a partir dessa conscientização dos professores universitários foram inseridas

disciplinas que abordam o assunto nas grades curriculares das escolas.

O papel do orientador nas organizações foi tomando forma, e ficando valorizado.

Profissionais com poder de persuasão e com capacidade de transmitir mensagem de maneira

qualificada, influência no momento de transmitir que é o melhor para organização. A respeito

de importância desses funcionários, Robbins (2002, p. 01) comenta que: “ter executivos com

boas habilidades interpessoais é o mesmo que garantir um ambiente de trabalho mais

agradável, que, por sua vez, facilita a contratação e a manutenção de pessoas qualificadas”.

Esses profissionais estão em constante interação tanto com seus subordinados quanto

com a organização. Na organização é preciso um bom relacionamento entre os funcionários e

a mesma, esse tipo de relacionamento é caracterizado como comportamento organizacional.

Os indivíduos são as peças centrais para a fisiologia organizacional. Em uma organização o

funcionário motivado tem sua capacidade produtiva bem estimulada. Segundo Wagner III,

Hollenbeck (2006, p. 06) o comportamento humano nas organizacões é um campo de estudo

voltado à observação de maneira atenciosa do comportamento humano no contexto da

empresas.

Robbins (2002, p. 06) diz que a motivação humana na organização é uma área que

trata de saber a relação das pessoas e grupos e o quanto o seu comportamento influencia,

sendo que esse conhecimento pode contribuir com a melhoria nas ações e resultados nas

organizações. Por isso é importante que a organização moderna considere os aspectos

comportamentais em seu cotidiano, ficando a parte dos seus problemas de relacionamento de

indivíduos e até mesmo de grupos, a organizações pode vir a sofrer dificuldade em sua

produtividade.

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Para haver essa fluência produtiva é considerar a importância do individuo na

organização. O estimulo humano depende de atitudes individuais de cada um, dando uma

ênfase maior nesse fato é necessário destacar como cada indivíduo dá sua particularidade.

Soto (2002, p. 8) diz que motivação humana nas organizações em seu conceito básico é o

relacionamento de um conjunto que são fundamentados em torno da natureza das pessoas e

das organizações.

Completa com base nessas reflexões, que as pessoas têm suas naturezas e são

divididas em quatro:

a) diferenças individuais, a pessoa como um todo, a conduta motivada e o valor das

pessoas (dignidade humana);

b) os indivíduos são as células da organização, como por exemplo, o corpo humano é

formado por várias células, os indivíduos são distintos, e em suas distinções, cada um possui

sua personalidade, que é outro fator que diferencia as pessoas;

c) os psicólogos definem que a personalidade em um indivíduo é como padrões de

comportamento únicos e que são relativamente estáveis, sendo a consistência de seu passado,

presente e futuro; e

d) os fatores que são repensáveis pela formação da personalidade são genéticos, do

ambiente e situacional.

Os indivíduos são responsáveis pelas metamorfoses organizacionais, tendo um papel

importante no direcionamento de suas capacidades produtivas e modos de agir no ambiente

corporativo. É um corpo de conhecimentos que se aplica a todos os tipos de organizações

sejam elas pequenas ou grandes lucrativas ou sem fins lucrativos. A motivação humana ajudá-

lo a obter maior compreensão do trabalho, de si mesmo e de outras pessoas. Também pode

expandir o potencial de sucesso da sua carreira nos ambientes de trabalho dinâmicos,

mutantes, complexos agora e futuramente.

Com base no conceito acima, é possível dizer que, para uma organização manter o

funcionamento em perfeitas condições é importante que os indivíduos que fazem parte dessa

organização estejam focados e alinhados com o raciocínio corporativo em um todo.

Com o passar do tempo ocorreram diversas mudanças nas organizações, com isso

tornou-se difícil manter os funcionários tradicionais, aumentou-se a competitividade no

mercado de trabalho com a entrada das mulheres e dos membros da minoria, o grande número

de trabalhadores temporários reduziu a lealdade que antes prendiam os empregados a seus

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empregadores, e por fim, a competitividade globalizada que vem exigindo cada vez mais que

os funcionários sejam flexíveis para se adaptarem a mudanças (ROBBINS, 2002, p. 12 e 13).

Nessas mudanças acima citadas está incluído o contato direto com indivíduos de culturas e

hábitos totalmente diferenciados dos nossos. Em um mundo que a informação circula de

maneira rápida, e que está totalmente conectado é preciso gerir as diferenças. Robbins (2002,

p. 13) comenta que mesmo se o funcionário trabalhar em sua terra natal ele poderá ter de

trabalhar com supervisores, colegas e outros funcionários com culturas diferentes da dele, ou

seja, poderá haver diferentes entendimentos devido às diferentes culturas, o que pode ser

motivador para um funcionário, pode não ser para outro. Portanto, para lidar com esse tipo de

diferença é necessário compreender sua própria cultura e a cultura dos outros, para à partir

daí, adaptar seu estilo de gerenciamento a essas diferenças. Sendo assim é possível identificar

que o estudo do CO é importante hoje nas organizações, porque no cenário atual os indivíduos

são importantes elementos organizacionais decisivos. Juntamente com o comportamento

organizacional a cultura organizacional é um método de auxilio para entender e compreender

esses indivíduos nas organizações. E se adaptando de maneira rápida as condições culturais da

organização os indivíduos vão se sentir motivados para o exercício de sua função.

2.1 Motivação humana no contexto da Psicologia

Este trabalho é focado na motivação humana nas organizações, diante deste contexto a

psicologia considera três principais vertentes do comportamento micro-organizacional: a

psicologia experimental com suas teorias sobre aprendizagem, motivação, percepção e stress;

a psicologia clinica com seus modelos de personalidade e desenvolvimentos humanos e a

psicologia industrial com suas teorias sobre seleção de empregados, atitudes no local de

trabalho e desempenho. O comportamento micro-organizacional estuda a parte do

comportamento que destaca os indivíduos, a motivação juntamente com outros elementos do

comportamento organizacional. O individuo motivado conseqüentemente fica

comprometimento com a organização.

2.1.1 Motivação e Comprometimento

Como a sugestão do próprio termo, motivação pode ser entendida como motivo de

ação. Por sua vez, as palavras motivo e emoção compartilham a mesma raiz do latim: movere,

ou seja, mover. Assim, são as emoções que impulsionam as pessoas em direção a suas metas e

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que também influenciam a sua maneira de perceber os fatos. Segundo Gil (2001, p. 202)

motivação é a força que estimula as pessoas a agir, ou seja, motivação é a conseqüência de

necessidades não satisfeitas. Essas necessidades são internas às pessoas não podendo,

portanto, os gerentes colocar necessidades nas pessoas. Isso significa que os gerentes não são

capazes de motivar os funcionários, mas de satisfazer às suas necessidades.

Já Schein (apud Rodrigues, 2003, p. 92) por sua vez comenta que no caso do ser

humano adulto, o principal motivador é a necessidade de manter e desenvolver o auto-

conceito e a auto-estima. O indivíduo faz coisas conforme o modo que ele se vê e evita coisas

que não conciliam com o seu modo de vista. Ou seja, busca sempre se sentir bem como ele

mesmo. A situação ideal para um maior alcance da motivação é quando as habilidades e

energias dos funcionários são suficientes para atender às expectativas da organização, e os

recursos organizacionais são também devidamente adequados para que possam atender às

necessidades e objetivos dos funcionários.

A integração entre o indivíduo e a organização é alcançada pela satisfação de ambas as

partes com objetivos individuais e organizacionais. Dessa forma os processos educacionais

podem contribuir para a motivação das pessoas ensinando-lhes a descobrir formas criativas de

realizar simultaneamente os objetivos organizacionais e os seus objetivos pessoais

(RODRIGUES, 2003, p. 103).

As unidades básicas do comportamento do ser humano são as atividades. Ele está

sempre desenvolvendo uma ou mais atividades, sejam elas pessoais ou profissionais. Porém,

ele pode decidir mudar de atividade, e essa mudança vem dos motivos, ou seja, são os

motivos que impulsionam e mantêm o comportamento das pessoas. O comportamento, ou

estimulo humano é motivado pelo desejo de alcançar algum objetivo, porém, nem sempre este

objetivo é conhecido pelo indivíduo. Grande parte da motivação humana está localizada

abaixo do nível do consciente, conforme a analogia de um iceberg onde só se pode enxergar

apenas uma pequena camada na superfície (GIL, 2001, p. 202).

A motivação é um tema de extrema importância no alcance de resultados de uma

empresa. Segundo Vergara (2003), “motivação significa motivo para a ação”, ou seja, a

motivação é intrínseca, cada um só pode motivar-se. Existem várias frentes de pensamento

sobre a motivação. O princípio fundamental nesta visão é que os motivos para a busca dos

resultados vêm diretamente do interior de cada um, todos os fatores são de emoções

independentes da tentativa de motivação de terceiros. As pessoas podem gerar estímulos para

a motivação intrínseca, mas nunca motivar a outras.

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Segundo Gil (2001, p. 202) motivação é a força que estimula as pessoas a agir, ou seja,

motivação é a conseqüência de necessidades não satisfeitas. Essas necessidades são internas

às pessoas não podendo, portanto, os gerentes colocar necessidades nas pessoas. Isso significa

que os gerentes não são capazes de motivar os funcionários, mas de satisfazer às suas

necessidades.

Porter (1980) afirma que a condição para maior motivação é quando as habilidades e

capacitações pessoais atendem às necessidades organizacionais e a organização proporciona

recursos para que as pessoas atendam às expectativas e objetivos individuais. Esta idéia

complementa a idéia de motivação intrínseca de vários autores, pois os estímulos precisam

estar presentes no ambiente organizacional, pois a eliminação dos estímulos podem provocar

insatisfação e comportamento indesejável por parte do funcionário.

Schein (1982) afirma que “para os seres humanos adultos, o motivador fundamental é

a necessidade de manter e desenvolver o auto-conceito e a auto-estima”. Verifica-se nesta

afirmativa, que o ponto crucial dessa visão, é que, a motivação é como as pessoas se vêem,

elas fazem apenas o que acreditam poder fazer, ou seja, quanto mais acreditarem em seu

potencial, maior a capacidade de produção. Para que o ser humano sinta-se realizado

profissionalmente e pessoalmente é primordial que ele alcance a estabilidade emocional,

precisa sentir-se bem. Existem muitas formas de motivação como nos sugere a teoria de

Maslow, mas os resultados só são alcançados se o indivíduo acreditar que pode alcançá-lo e

buscar a contínua melhoria e renovação de seus conhecimentos.

Vergara (2003) relata que a motivação são as emoções que impulsionam as pessoas a

buscarem atingir suas metas organizacionais e pessoais. Nesse ponto, as pessoas são

influenciadas por acontecimentos internos e externos, que fazem com que elas se sintam

motivadas ou frustradas, o que reflete diretamente na atividade organizacional. As pessoas

passam por diversos tipos de emoções tanto dentro das organizações em que trabalham,

quanto em sua vida pessoal. Muitas dessas emoções influenciam diretamente as pessoas na

busca de resultados ou na desistência pelo crescimento.

Nas organizações é preciso que todos os funcionários ocupem suas funções motivados,

para obterem produtividade e cumprirem as metas estipuladas pelos supervisores hierárquicos.

Em alguns casos, não só para cumprir as metas estipuladas, como para estabelecer novas

metas a serem cumpridas por todos, com autonomia, que é um dos fatores motivadores. O

mais importante é que as pessoas estejam realmente motivadas, ou seja, quando o motivo para

que ela busque o alcance das metas seja intrínseco. Se for extrínseco, não há a motivação, há

apenas a ação. Soto (2002, p. 118) define motivação como um sentimento de necessidades

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que estimula as estruturas nervosas. Origina um estado de atividade com energia, provocando

uma vontade de realizar objetivos e metas traçada.

Para Robbins (2002, p. 151) há três elementos na definição de motivação: intensidade,

direção e persistência, quando levamos em consideração a motivação como foco no âmbito

profissional. No âmbito profissional os funcionários muitas vezes não são impulsionados por

objetivos tangíveis. A visão em relação a organização pode ser avaliada como de satisfação ou

de insatisfação, portanto, a outros valores envolvidos nessa relação.

As organizações têm um papel muito importante na motivação dos empregados, pois

agem como doutrinadores, transformando a motivação em movimento permanente com

objetivos que possam ser alcançados e desafios sucessivos, para que os estímulos sejam

igualmente contínuos. Robbins (2002, p. 155) acredita que os fatores intrínsecos, como

responsabilidade e a realização estão relacionados com a satisfação com o trabalho. E fatores

extrínsecos, tais como a supervisão, a remuneração, as políticas da empresa e as condições de

trabalho, estão ligadas a insatisfação, segundo uma pesquisa realizada por Frederick Herzberg

com funcionários de uma organização.

Os fatores que são responsáveis pela insatisfação são chamados de fatores higiênicos.

Fatores intrínsecos e extrínsecos são diretamente ligados a motivação, pois os intrínsecos

definem o que o funcionário sente independente da organização e os extrínsecos são

vinculados ao que a empresa pode oferecer. O funcionário, independente do que possa ser

oferecido, pode se motivar por fatores intrínsecos e se desmotivar, logo após, devido aos

fatores extrínsecos.

Maslow (apud Robbins, 2002, p. 52) aborda que há cinco necessidades que compõem

uma hierarquia, são elas: fisiológicas, de segurança, sociais, de estima e de auto-realização.

Quando uma é atendida a outra tende a ser a meta. E geralmente quando uma necessidade é

parcialmente atendida, mesmo que não consiga ser totalmente atendida, a outra já assume o

desejo de satisfação. Para motivar um colaborador é preciso saber em que nível hierárquico

sua necessidade se encontra.

2.1.2 Teoria da Hierarquia das necessidades, de Maslow

A teoria da hierarquia é considerada uma referência, pois explica que a motivação

humana nasce da busca da satisfação de necessidades. Para Maslow, existem cinco níveis de

necessidades: sobrevivência; proteção ou segurança; necessidade de pertencer a um grupo;

estima ou ego; e a auto-realização. A teoria de Maslow trás importantes contribuições,

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permitindo identificar os grandes grupos de necessidades e estabelecimentos das prioridades

organizacionais.

Maslow (apud Montana e Charnov, 2000, p. 205) “afirma que existem cinco níveis

responsáveis por grande parte do nosso comportamento”. A figura 1 indica a afirmação dada

por Maslow sobre os níveis responsáveis pelo comportamento humano.

Figura 1 - Fonte: Montana & Charnov (2000).

No Sentido de compreender a teoria de Maslow e as necessidades Montana e Charnov

(2000, p. 206) relatam que as necessidades fisiológicas estão na base da pirâmide e são

básicas para a sobrevivência; necessidades de seguranças trata da auto preservação evitando o

perigo físico e as privações das necessidades fisiológicas; necessidades sociais é o tipo de

necessidades que as pessoas tem em pertencer a grupos, estabelecendo relações sociais;

necessidades de estima é a fase que as pessoas tem grandes necessidades da auto-estima e

uma grande necessidade de ter um reconhecimento por parte dos outros e a última é a

necessidade da auto-realização é onde as pessoas já acreditam que estão aptas e capacitadas

em realizar tarefas, essas pessoas estão auto-realizadas.

e )Auto Realização

d) Estima

c) Alto Pertencer

b) Segurança

a) Básicas (fisiológicas)

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2.2 Teoria dos dois Fatores, de Herzberg

Frederick Herzberg, psicólogo, consultor e professor universitário americano, como

base de sua teoria, afirma que o comportamento humano nas organizações é orientado por

dois grupos de fatores. A Teoria de Herzberg relata que não bastam que as pessoas fiquem

satisfeitas com o ambiente de trabalho, os relacionamentos, os benefícios ou mesmo os

salários oferecidos para que haja um estimulo interno capaz de motivar. Sendo assim

Herzberg distinguiu dois grupos de fatores que afetam o desempenho, fatores higiênicos que

são aqueles que estão presentes no ambiente da empresa com em uma remuneração justa, boas

relações pessoais, um ambiente com condições físicas satisfatórias os fatores podem até não

levar a satisfação mais não sendo supridos pode-se levar a queda de produtividade já os

fatores motivacionais são aqueles que estão relacionados ao cargo.

Para Allan (2003, p. 153) a teoria de Herzberg identifica as necessidades de nível

elevado e inferior, onde se verificou através de pesquisas e constatou que a intenção de

melhores benefícios e maiores salários não conseguiria sustentar a motivação no trabalho. A

grande contribuição de Herzberg foi mostrar que não criar políticas higiênicas ou de

manutenção se não houver reformulação nos cargos e valorização efetiva das pessoas que os

ocupam, assim ele propõe que as tarefas sejam revisadas e ajustadas em função do progresso

de cada colaborador, como mostra a figura 2.

Figura 2 - Fonte: Montana & Charnov (2000).

Auto realizaçã

o

Estima

Alto Pertencer

Segurança

Básicas

Auto realizaçã

o

Estima

Alto Pertencer

Segurança

Básicas (fisiológicas)

Hierarquia das necessidades (Maslow)

Necessidades Maslow e a teoria higiene-motivação

Motivadores

Fatores de Higiene – Fatores de Insatisfação

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19

2.2.1 Teoria da Equidade, de Adams

A Teoria da Equidade desenvolvida para compreender e perceber as comparações

feitas pelos funcionários em seu trabalho, quando se percebe que os esforços, experiência,

educação e competência resultam em remunerações, aumentos e reconhecimentos notam-se

uma relação justa, a percepção de igualdade e que se justifica um estado de Equidade.

De acordo com Robbins (2002, p. 167) para que os funcionários possam usar a

referência de equidade é necessário usar quatro pontos de referência para essa comparação,

são eles: próprio-interno; próprio-externo; outro interno e outro externo. A teoria da equidade

compreende as necessidades em que os funcionários têm em se comparar com amigos,

vizinhos e colegas da mesma empresa, onde o ponto de referências escolhido depende das

informações que o funcionário possui desta referência.

Allan (2003, p. 147) afirma que nossos sentimentos são afetados pelos que os outros

recebem em valores quando desempenham as mesmas funções e em alguns casos até de

funções superiores, levando à comparação e circunstância que irão afetar suas atitudes futuras.

Robbins (2002, p. 166) relata através de pesquisas, que homens e mulheres preferem

se comparar com alguém do mesmo sexo e que as mulheres costumam receber menos que os

homens. Os funcionários com menos tempo de casa não possuem muita informação sobre as

outras pessoas na organização e contam com as suas próprias experiências, já os mais antigos

utilizam os seus colegas como ponto de comparação.

A teoria de equidade compreende e relata que muito destes funcionários percebem as

injustiças e tomam atitudes em reduzir seus esforços afetando a produtividade; distorção da

imagem; comparações dentro do ambiente de trabalho e no final o abandono de emprego.

Segundo Adams (apud Robbins & Finley, 1997), o sentimento de justiça resulta da

comparação de nossa contribuição e de nossa recompensa com as do outros, por contribuição

deve-se entender o esforço e o tempo empregados, o talento e o nível de desempenho,

enquanto as recompensas incluem o reconhecimento, os pagamentos, os benefícios até as

punições por parte da organização ou da chefia.

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2.2.1.2 Teoria da Expectativa, de Victor Vroom

Segundo Robbins (2002, p. 167) a teoria da expectativa sustenta que a sua atitude vai

depender da força de suas expectativas do que essa ação trará em resultados, esta teoria sugere

que um funcionário se sinta motivado a despender um alto grau de esforço quando levam eles

a acreditar que isso vai resultar em uma boa avaliação de desempenho e que a boa avaliação

vai resultar em recompensas:

Relação esforço-desempenho. A probabilidade percebida pelo indivíduo de que certa

qualidade de esforço vai levar ao desempenho;

a) Relação desempenho-recompensa. O grau em que o indivíduo acredita que um

determinado nível de desempenho vai levar à obtenção de resultados que se deseja;

b) Relação recompensas-meta. O grau em que as recompensas organizacionais

satisfazem as metas pessoais ou as necessidades do indivíduo, e a atração que estas

recompensas potências exercem sobre ele.

Muitos empregados se perguntam. Se eu der meu máximo, me esforçar será

reconhecido? A expectativa muita das vezes é ruim, eles acabam não acreditando em

recompensas com aumento de salários e uma melhorar qualificação profissional. Robbins

(2002, p. 167) cita que a teoria da expectativa é melhor para explicar as produtividades dos

empregados de cargos altos na organização, em que o trabalho é mais complexo. A teoria de

teoria de Expectativa de Victor Vroom sugere três fases para gerar motivação, são eles:

a) Criar um ambiente propício ao bom desempenho, oferecendo treinamento, apoio e

estimulo, de modo a aumentar a expectativa;

b) Garantir que o bom desempenho seja recompensado com elogios, avaliação positiva,

aumentos de salários ou de contas de participação nos resultados;

c) Identificar as recompensas com maiores valências.

Bergamini (1980, p. 128) acrescenta que os fatores intrínsecos (interno) são os que

levam alguém seguir um caminho a objetivo com motivação para alcançá-lo. Quanto aos

fatores extrínsecos (externos), estes incentivam apenas o fazer, que é o movimento, ou apenas

a satisfação.

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Já Byham (1992, p. 75) relata que são três os comportamentos que podem gerar como

facilitador na motivação de pessoas são eles: Mantenha a auto-estima; ouça e responda com

empatia e peça ajuda para solucionar o problema.

As pessoas mais motivadas, criativas e produtivas que se envolvem, cada vez mais em

soluções dos problemas têm mais facilidades em trabalhar em equipe. Convém manter a auto-

estima das pessoas. Ouça e responda com empatia ter empatia é procurar entender o que a

outra pessoa está vivendo, imaginar-se em seu lugar para melhor captar sua experiência.

Mostrar ao outro que ele está sendo ouvido e compreendido, ter empatia não significa

necessariamente concordar com que o outro está dizendo; peça ajuda para solucionar o

problema solicitar idéias e criar um clima de cooperação que estimula a pessoa a apresentar

sugestões e participar.

Tamayo e Paschol (2003, p. 36) numerosas teorias tem sido elaboradas para tentar

explicar a motivação no trabalho, as explicações eram simples baseadas em uma única

dimensão e não levava em considerações a dinâmica entre o empregado e o seu trabalho. As

teorias motivacionais nas levam a concluir que as pessoas possuem necessidades, intenções e

expectativas e são influenciadas por estímulos externos. Existe a necessidade de compreender

os fatores motivacionais que levam as pessoas a ter satisfação, insatisfação e necessidades de

melhoria e crescimento profissional. Baseado na posição de Gil (2001, p. 202) e Schein

(apud Rodrigues, 2003, p. 92) consideraremos a partir desse momento que o conceito

operacional para a categoria Motivação e Comprometimento é o que “a motivação ocorre

quando o ser humano visa alcançar algum objetivo, que muitas vezes não é conhecido pelo

próprio indivíduo. Já o comprometimento é a maneira de como ocorre a interação do

indivíduo com a organização para o alcance dos objetivos de ambas as partes”.

Segundo Schwartz (apud Tamayo e Paschol 2003, p. 42) apresenta as dez motivações

e suas metas específicas onde os cinco primeiros tipos motivacionais relacionam diretamente

e fundamentalmente com a própria pessoa como prazer, sucesso e prestígio, conforme mostra

o Quadro1

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3. CULTURA ORGA�IZACIO�AL

Cada organização tem uma personalidade coletiva na qual os funcionários se adaptam

as regras e as vivenciam no cotidiano, mesclando as características de cada um com a cultura

da empresa e formando objetivos comuns para as partes.

Joahann (2004, p. 10) diz que “na cultura de uma organização, as pessoas

compartilham costumes, crenças, e regras na forma de modelos mentais, cujo papel é

fornecer-lhes um mapa, um modo de encarar, interpretar e adaptar-se ao mundo”. O autor dá

uma idéia de que uma empresa é como se fosse uma sociedade, com uma cultura própria onde

se confere identidade aos indivíduos que são membros e os mesmos compartilham do ponto

de vista em comum sobre tudo que está ao redor.

Segundo Freitas (2002, p. 97) cultura organizacional se dá como: a) instrumento de

poder; b) como conjunto de representações imaginárias sociais que se formam e reformam nas

relações diárias em uma organização e que se apresentam por meio de valores, normas,

significativas e interpretações, visando um sentido de direção e unidade, dando um sentido

único para a organização e seus membros. Freitas diz ainda que por meio da cultura

organizacional se conhece o que é importante, as formas de conduta e pensamento no meio

onde se vive, além das organizações fortalecerem a imagem de soberana perante a sociedade

na qual estão inseridas.

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Ainda sobre cultura organizacional, Barbosa (2002, p. 10) diz que cultura

organizacional foi um termo pioneiro na popularização da combinação do conceito de cultura

com outros elementos do universo organizacional e de negócios. Desta forma os teóricos da

administração estão atentos para a importância da simbologia na esfera organizacional.

É uma demonstração da influencia de alguns fatores no comportamento das pessoas,

tais como crenças, valores, hábitos, símbolos e mitos, que por conseqüência impactam

diretamente no desempenho econômico e nos processos de mudança organizacional. São como

normas formais e informais que penetram no indivíduo no dia-a-dia e no seu relacionamento

com outros indivíduos, fazendo com que o coletivo seja em si a identidade da organização.

Freitas (2002, p. 97) comenta que a energia controladora do comportamento, e a

sutilidade das regras informais, os parâmetros de grupos e pares e sua reprodução são exemplos

de como os indivíduos são ressocializados na organização. Se espelhando nas novas

configurações culturais alimentadas pela sociedade em geral, buscando criar um completeness

sense, controlando a divisão de símbolos mediante a construção de heróis, que por sua vez

deixam o êxito organizacional bem próximo, como por exemplo rituais de consagração, a

cultura organizacional de certa forma institucionaliza a magia.

Mesmo levando em consideração que as empresas tornaram a existir bem antes da

Revolução Industrial, podemos verificar que a preocupação com motivação no trabalho é algo

muito novo. Foi exatamente durante a Revolução Industrial que vieram os investimentos

mais pesados na área de produção, e os castigos foram deixados de lado, pois nas empresas

encontrava-se um lugar onde imperava o medo. (BERGAMINI, 2006). Por volta de 1930

procurou-se entender o comportamento humano nas organizações, a organização que era

considerada uma máquina, substitui-se pela força da luz, com grande enfoque no indivíduo,

distribuição de tarefas, espaço físico.

As organizações tentam influir diretamente no comportamento das pessoas induzindo

pensamentos que estejam de acordo com suas expectativas e ideais, dando a idéia de que as

organizações são como sociedades, cada qual com cultura própria. Essa cultura passa a ter

uma espécie de caráter religioso devido à afirmação de suas características e de seus códigos

moral, ético e de conduta.

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Nas organizações o termo motivação pode ser compreendido como o esforço de seus

colaboradores, para alcançar as metas estabelecidas. Esses esforços deveriam ser observados

para que fosse ganho o resultado esperado, na perspectiva das relações humanas, esses

resultados deveriam ser alcançados com o empenho dos colaboradores num todo.

Para Johann (2004, p. 3) quando a cultura de uma empresa tem sua gestão feita com

excelência, ao passar do tempo obter a confiança dos indivíduos no ambiente corporativo,

conforme o caso pode atingir o limiar da fanatização. É fato analisar que uma cultura bem

administrada leva a organização a uma forte correlação com produtividade e lucro. Isto quer

dizer que a cultura organizacional exerce influencia sobre os colaboradores, deixando-os mais

comprometidos e ligados com a organização, trabalhando mais motivados, o que gera

vantagens competitivas para a organização.

Algumas facilidades têm a ver com essa relação, tais como a desburocratização na

estrutura e controle, alinhamento de metas, criação de padrões para os diferentes níveis

hierárquicos, mudanças no poder, fortalecimento nos níveis de motivação e

comprometimento.

Com tudo isso o colaborador pode se sentir valorizado e apto a contribuir de forma

efetiva na organização.

Cohen e Fink (2003, p. 72) mencionam duas formas de se pensar a respeito de cultura

organizacional. Uma é relativa ao ambiente como um todo onde os trabalhadores

desenvolvem suas tarefas, onde ocorre uma socialização. A outra forma é a de que grupos

menores criam suas regras e formas de convivência, mas que se submetem às normas gerais

desenvolvidas pelas organizações. Sendo assim dentro de uma organização existem

diversidades nas culturas como as praticadas nas unidades, ou setores ou departamentos, que

seguem paralelamente a cultura geral da organização ou que apresentam algum tipo de

diferenciação ou até mesmo oposição ao que foi desenvolvida para ser padrão e para

regimentar a organização de uma forma geral. Essas vertentes da cultura organizacional serão

descritas a seguir.

De acordo com a posição de Schein (apud Fleury, 1996, p.20) e Hofstede (1991, apud

Saraiva, 2002, p.191) consideraremos a partir desse momento que “a cultura organizacional

se desenvolve por meio das relações com os ambientes interno e externo, além de se propagar

como se fosse um aprendizado onde os membros vão aderindo ao que é pressuposto da cultura

de determinado ambiente, aderindo às formas de convivência e de princípios básicos, como

normas, crenças, formas de conduta, de comunicação, relação interpessoal, tornando o

ambiente onde interage em uma sociedade com características próprias”.

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Cultura Organizacional Densa

É a cultura dominante na organização, ou seja, aquela que rege os valores e princípios

centrais da organização e que influencia no comportamento dos membros. Johann (2004, p.

10) diz que a cultura densa é “caracterizada por apresentar um alto grau de valores e de

crenças compartilhadas entre as pessoas e pouca discórdia ou ambigüidade quanto à postura

pessoal e à tomada de decisão”. Portanto existe sempre um consenso e unidade quanto às

ações, detalhes e grandes estratégias dentro da organização e grande coesão entre as pessoas.

Isso acontece devido ao forte envolvimento e identificação com a organização por causa da

sua trajetória de altos e baixos e sua solidificação, que a caracteriza como vencedora.

Subculturas Organizacionais

As subculturas existem quando não há densidade na cultura da organização. Elas

podem até mesmo se diferenciar do fundamento principal da cultura organizacional,

apresentando discrepâncias em algumas idéias. Fleury (1996, p. 18) menciona que “em uma

sociedade, a medida que aumenta a divisão do trabalho, o conhecimento vai tornando-se mais

especializado: grupos restritos pretendem deter o conhecimento global e teorizar sobre ele.”

São as chamadas culturas setoriais, como se dentro de uma organização existissem

organizações diferentes com sua missão, visão, crenças e costumes diferentes uma das outras.

Contracultura Organizacional

A contracultura compõe grupos que são opositores ao que a organização vislumbra.

Johann (2004, p. 11) diz que é uma oposição descaracterizada à cultura dominante na

organização, onde tenta diminuir os valores afins de que se possa fazer valer as idéias de

oposição. A contracultura é uma versão da subcultura, porém mais radical devido a maior

diferença e resistência à cultura que prevalece na empresa, sendo uma oposição não declarada

e que pode surgir em meio às grandes mudanças organizacionais.

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3.1 Gestão X Colaborador

O conceito sobre Gestão e colaborador pode ser entendido como um recurso que visa à

unificação das pessoas envolvidas na tomada de decisão, dentro da organização, tendo em

vista como a organização gostaria de ter seus serviços percebidos pelos clientes e

colaboradores.

Corrêa e Caon (2006, p. 75) abordam que a importância desse conceito em um mundo

crescente e turbulento em que a mudança é a regra mais que a exceção, é de prover uma base

de estabilidade dentro da qual a flexibilidade possa acontecer.

Para Quinn e Paquete apud Fitzsimmons e Fitzsimmons (2005, p. 30) o serviço

executado é uma atividade ou uma série de atividades de natureza mais ou menos intangível

que normalmente, mas não necessariamente, ocorre em interações entre consumidores e

empregados de serviços e/ou recursos físicos ou bens e/ou sistemas de fornecedor do serviço,

que são oferecidos como soluções para os problemas do consumidor. Os autores abordam

nesta definição temas como intangibilidade e provisão quanto às constantes mudanças. Ou

seja, deverão ter sua natureza intangível e estarem atentos a possíveis mudanças que possam

ocorrer no mercado. Quando este ambiente não esta harmonioso pode indicar desinteresse,

insatisfação. Tudo isso pode fazer com que seus membros se revoltem com a organização,

despertando brigas, que na grande maioria ficam mal resolvidas. Será que podemos despertar

as pessoas para um trabalho harmonioso? Os gestores são os responsáveis pela garantia da

harmonia, e satisfação de seus funcionários. Quando este gestor conseguir deixar de ser

egocêntrico, e aceitar a condição de que ele é alguém que esta ali para somar junto com os

demais, o mesmo estará apto a aceitar seus colaboradores para que eles possam fazer suas

renúncias, e caminharem juntos para um desenvolvimento. O gestor possui uma grande

influencia na motivação de sua equipe, seu estilo de liderar pode facilitar o processo de

aparecimento do colaborador. O gestor precisa saber de forma clara do momento em que

estamos vivendo, o imediatismo do prazer. As organizações encontram-se influenciadas por

este momento e tendem a oferecer muita sorte de recompensas despertando assim, a

motivação de seus colaboradores. É necessário que os gestores procurem ir alem do verbal, e

ser coerentes com a rotina de seus colaboradores.

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3.1.1. Importância na Economia

É normal afirmar que os serviços estão diretamente ligados a economia, além de serem

de grande importância. Como exemplo, pode-se citar os serviços de infra-estrutura que são

um pré-requisito básico para uma economia evoluir para a industrialização em outras

palavras, nenhuma economia pode avançar sem eles. Os serviços estão no centro da atividade

econômica de qualquer sociedade. Serviços de intra-estrutura, como transporte e

comunicações, formam a ligação entre todos os setores da economia, incluindo o consumidor

final (FITZSIMMONS e FITZSIMMONS, 2005, p. 29).

Corrêa e Caon (2006, p. 23) dizem que o setor de serviços, além de ser responsável

pela maior parcela do PIB Mundial, apresenta-se, talvez, como a parcela mais dinâmica da

economia, pois sua participação no PIB e o número de empregos no setor crescem a taxas

mais elevadas do que nos demais setores econômicos. Do mesmo modo, as atividades de

serviços exercem um papel importante no desempenho de outros setores da economia,

principalmente o setor industrial.

3.1.1.2. Terceirização

Histórico

A terceirização surgiu durante a Segunda Guerra Mundial, quando os Estados Unidos

se aliaram a países europeus para combater as forças nazistas, e posteriormente o Japão. Esse

fato ocorreu já que as indústrias de armamento não conseguiram abastecer o mercado,

necessitando suprir o aumento excessivo da demanda e aprimorar o produto e as técnicas de

produção (CASTRO, 2000, p. 75). É certo afirmar que anteriormente a Segunda Guerra

Mundial existiam atividades executadas por terceiros, mas que não poderiam ser conceituadas

na época como terceirização, pois foi a partir desse fato histórico que o termo começou a ser

estudados e com o passar dos anos sendo aprimorado.

No Brasil os primeiros sinais de terceirização surgiram na década de 40, onde o art.

455 da CLT diz que a autorização legal de interposição de empresa na contratação de pessoas,

datada em 1943, ou seja, esse art. estabelece a responsabilidade do empreiteiro principal pelas

obrigações contraídas e inadimplidas pelo subempreiteiro na contratação de pessoas para a

execução do contrato de subempreitada (CASTRO, 2000, p. 76). Entre as décadas de 50 e 60

as atividades secundárias começaram a ser passadas para empresas que vinham se

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fortalecendo no mercado como fornecedores e que eram exclusivos apenas e ramo de

negócios em que atuavam. As primeiras práticas de terceirização no Brasil foram adotadas por

empresas multinacionais de automóveis que tinham como meta a rapidez na produção dos

seus veículos. A primeira grande experiência com terceirização em informática foi feita pela

Kodak em 1989, onde foi recebida com ceticismo por uns, ira por outros e surpresa por todos.

A partir daí, outras empresas têm seguido o caminho aberto pela Kodak. Algumas o têm feito

de uma maneira mais suave: ao invés de transferirem integralmente a responsabilidade para

parceiros externos, apenas terceirizam alguns nichos e continuam mantendo uma área própria,

interna, de informática (LEITE, 1997, p. 69). Hoje em dia ainda restam controvérsias sobre a

conveniência ou não de terceirizar. Porém, a terceirização pode ser encontrada em

praticamente todos os ramos de negócio. È muito difícil imaginar negócios seja ele em

qualquer ramo de atividade, que não tenham parte dos seus serviços ou produtos sendo

realizados por terceiros.

Conceito

A prática da terceirização pode ser entendida como sendo o repasse das atividades

meio de uma empresa para terceiros, ou seja, terceirizar nada mais é do que passar a terceiros

as atividades não essenciais da empresa. É contratar uma empresa para executar tarefas que

não estejam relacionadas ao objetivo principal da empresa.

De acordo com Silva (2005, p. 89) “terceirização é o procedimento ou a estratégia de

gestão empresarial pela qual se desloca a realização de certas atividades não essenciais da

empresa para outras organizações especializadas”. Este processo pode ser entendido também

como uma tecnologia que é formada pela compra de bens e/ou serviços especializados, de

forma que sejam integrados na condição de atividade meio à atividade fim da organização

compradora, permitindo assim, a concentração de energia em sua real vocação, com o intuito

de fortalecer os ganhos em qualidade e competitividade.

Para Castro (2000, p. 78) a terceirização é utilizada para designar uma moderna

técnica de administração de empresas que visa ao fomento da competitividade empresarial por

meio da distribuição de atividades, com objetivo de que possam concentrar-se no

planejamento, na organização, no controle, na coordenação e na direção da atividade

principal.

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Leite (1997, p. 66) acrescenta que Nos casos de terceirização de serviços de limpeza e

segurança, a motivação básica está em reduzir custos e focar as atividades-fim da

organização. Mas a terceirização em informática freqüentemente avança sobre terrenos

estratégicos: os riscos são maiores e o custo assume papel secundário. Por isso, a avaliação

custo-benefício perde a objetividade: os fatores que interferem são muitos e interagem

segundo uma complexa e intrincada rede de interdependências. Ou seja, a terceirização nos

setores de informática é diferente daquelas prestações de serviços terceirizados ligadas a

serviços de infra-estrutura e serviços de apoio, tais como serviços de limpeza e segurança.

Pois requer maior atenção já que os riscos em terceirizar esse setor são elevados.

Vantagens e Desvantagens da terceirização

Muitos dizem que terceirizar não só é positivo como também virtualmente

irreversível, pelo menos em médio prazo. Enquanto outros questionam rigidamente sua

eficácia, alegando inclusive que se trata de uma atitude de altíssimo risco. É nesse contexto

que o trabalho descreverá as vantagens e as desvantagens encontradas na prática de

terceirização.

As organizações que estão terceirizando sua informática reconhecem que vêm obtendo

diversos benefícios por meio desta prática. Porém a redução de custos, importante para a

maioria das organizações, está longe de ser o benefício mais mencionado.

A grande importância é que quatro em cada cinco empresas estão realmente

conseguindo focalizar seus esforços para sua atividade principal, e delegando a terceiros o que

não faz parte de seu core business. Com isso, fica possível identificar a previsibilidade de

gastos, a objetividade na análise custo/benefício, a agilidade na implementação de soluções e

a objetividade na definição das prioridades (LEITE, 1997, p. 75).

Apesar dos benefícios alcançados, as empresas são obrigadas a conviver com algumas

dificuldades. Embora em menor número que o observado nos benefícios, é citado vários

problemas por Leite (1997, p. 72 e 75) tais como:

a) resistência do cliente ao processo de terceirização;

b) a falta de capacitação/qualificação do parceiro;

c) as dificuldades com interfaces;

d) o público interno não saber lidar com terceiros;

e) a resistência interna dos usuários;

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f) a perda do controle sobre a qualidade;

g) a perda de controle sobre os prazos;

h) a cultura do parceiro não se adapta ao padrão da organização;

i) a falta de idoneidade do parceiro;

j) as reclamações trabalhistas;

l) a perda do controle da estratégia de informatização;

m) a perda do controle sobre os custos; e por fim

n) o vazamento de informações confidenciais da organização.

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CO�CLUSÃO

A partir do trabalho desenvolvido, buscou-se avaliar os principais fatores da

motivação humana dentro das organizações, que afetam o comprometimento do serviço. Este

trabalho possibilitou a identificação de variáveis que podem afetar o sucesso da absorção na

organização. Todos os aspectos e resultados obtidos vêm de encontro com o objetivo inicial.

Com isso, verificou-se a existência e a necessidade que as organizações tem de motivar seus

colaboradores, podemos também ressaltar a questão sobre as necessidades básicas, pois

grande parte acredita que a empresa não oferece condições necessárias para o trabalho. Os

funcionários estão em busca de crescimento profissional e reconhecimento, e o que

percebemos foi a real necessidade de motivação.

Conclui-se então, que a motivação humana nas organizações é um dos pilares para que

a empresa se mantenha fortalecida, motivada onde pessoas qualificadas desempenham suas

funções com muita eficiência e eficácia, porém existe à necessidade de realizar mais trabalhos

motivacionais sobre cultura organizacional e seus aspectos, pois é necessário compreender as

culturas e seus conflitos dentro da organização, não basta incentivar e motivar, é preciso

compreender cada cultura local para se aplicar as devidas medidas.

Para estudos futuros os autores recomendam que seja elaborado um questionário

destinado a motivação humana nas organizações e seus aspectos, para identificar

profundamente os tipos de culturas existentes. É fundamental a avaliação mensal dos

funcionários para evitar possíveis variáveis é importante se ter um programa motivacional

periodicamente.

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REFERÊ�CIA BIBLIOGRÁFICA

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