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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS
PROJETO “A VEZ DO MESTRE”
MOTIVAÇÃO DOS RECURSOS HUMANOS DAS EMPRESAS
VALÉRIA GOYTACAZES COUTINHO
ORIENTADOR:
Prof. Robson Marteko
RIO DE JANEIRO – RJ
SETEMBRO/2001
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS
PROJETO “A VEZ DO MESTRE”
MOTIVAÇÃO DOS RECURSOS HUMANOS DAS EMPRESAS
VALÉRIA GOYTACAZES COUTINHO
Trabalho monográfico apresentado
como requisito parcial para obtenção
do Grau de Especialista em
Reengenharia e Recursos Humanos.
RIO DE JANEIRO – RJ
SETEMBRO/2001
A G R A D E C I M E N T O S
Primeiramente agradeço a Deus por ter me dado força, saúde para que eu
pudesse concluir essas monografia e o meu curso, evitando que eu desistisse nos
momentos mais difíceis.
Agradeço aos meus pais pelo apoio e por escutar pacientemente todos os
meus problemas, aos meus irmãos e a minha amada avó que, apesar da minha
distancia pela falta de tempo, sempre estiveram prontos a me dar um pouco de
carinho.
Ao meu orientador Robson Marteko que se mostrou sempre disposto a me
ajudar no que fosse preciso.
Não posso esquecer a equipe com quem trabalho e meus verdadeiros
amigos que sempre me incentivaram e continuam me incentivando para que eu
tenha uma longa e consistente carreira.
Enfim a todas as pessoas que me querem bem e torcem pelo meu futuro.
A todos aqueles que me ajudaram
de alguma forma, seja através de
livros e ensinamentos, ou através de
conforto e consolo nas horas mais
difíceis. Obrigada por tudo.
“As motivações podem ser
entendidas como certos impulsos
para certos tipos de comportamento
que satisfaçam as necessidades
pessoais, seus desejos e
aspirações”.
Agostinho Minicucci
S U M Á R I O
RESUMO.............................................................................................................. 06
INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 07
1. TEORIAS MOTIVACIONAIS........................................................................... 09
1.1. ABRAHAM H. MASLOW ...................................................................... 09
1.2. DOUGLAS MCGREGOR ..................................................................... 11
1.3. FREDERICK HERZBERG.................................................................... 12
1.4. VICTOR H. VROMM ............................................................................ 13
2. AMBIENCIA MOTIVACIONAL ........................................................................ 15
2.1. AMBIENTE DE DESMOTIVAÇÃO ....................................................... 16
2.2. AMBIENTE FAVORÁVEL A MOTIVAÇÃO........................................... 17
3. COMO MOTIVAR OS FUNCIONÁRIOS DAS EMPRESAS............................ 19
3.1. RECOMPENSA-DESEMPENHO ......................................................... 20
3.2. BENEFÍCIOS........................................................................................ 21
3.3. CARGOS E SALÁRIOS ....................................................................... 22
3.4. INCENTIVOS EM INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR (IES)...... 23
4. MOTIVAÇÃO E COMPORTAMENTO............................................................. 25
4.1. MECANISMOS DE DEFESA PARAO COMPORTAMENTO
IRRACIONAL............................................................................................... 26
4.2. MOTIVAÇÃO PARA PARTICIPAR....................................................... 27
5. LIDERANÇA ................................................................................................... 28
5.1. ENERGIZAÇÃO ................................................................................... 29
CONCLUSÃO....................................................................................................... 33
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 35
ANEXOS .............................................................................................................. 37
R E S U M O
A monografia Motivação dos Recursos Humanos das Empresas, foi
elaborada para o estudo dos processos motivacionais das empresas. O mundo
dos negócios cada vez mais se torna competitivo, exigindo assim, uma constante
motivação da força de trabalho. Aprender a motivar as pessoas tornou-se uma
habilidade essencial para os gerentes.
Através de pesquisa bibliográfica foram colhidas as formas de motivação
que a Administração de Recursos Humanos das empresas podem aplicar para a
melhor realização das tarefas e um maior comprometimento dos funcionários na
Organização Empresarial. A motivação é essencial para o sucesso pessoal e
profissional de qualquer ser humano pois as pessoas precisam sentir prazer no
que fazem, precisam estar felizes com seus empregos. Atualmente, a maioria das
empresas não dispõem de determinação suficiente no sentido de motivar seus
funcionários. Desta forma, buscaremos mostras as formas de motivação que vão
muito além de um aumento de salário, tem haver com as necessidades básicas
ou essenciais do ser humano.
Motivar as pessoas independe do número de funcionários da empresa e se
ela é de pequeno, médio ou grande porte. Desta forma, o assunto é válido para
todos os tipos de empresas, principalmente as brasileiras. Entretanto, devido a
experiência profissional em Instituição de Ensino Superior é possível a colocação
de incentivos motivacionais desse tipo de empresa.
Esta monografia expõe as teorias motivacionais e alguns de seus grandes
estudiosos e suas filosofias; a questão da ambiencia motivacional, o clima
organizacional para o bem estar do funcionário; a motivação e o comportamento,
contrastando com as políticas de benefícios e cargos e salários; a liderança como
fator de grande importância; e a energização de pessoal.
I N T R O D U Ç Ã O
A Motivação dos
Recursos Humanos das Empresas é
um assunto que deve ser analisado
e discutido amplamente pelas
Administrações de Recursos
Humanos para que a empresa
possa contar com funcionários
satisfeitos e que realizem suas
tarefas com prazer. Desta forma, a
tendência de crescimento interno e
externo para a empresa é
inevitável. Crescimento interno
devido ao grande
comprometimento e satisfação dos
funcionários e crescimento externo
pois os serviços serão realizados
com mais ênfase e qualidade.
A motivação consiste em inspirar as pessoas no trabalho em grupo ou
individual, garantindo assim, o alcance dos melhores resultados. A arte de motivar
as pessoas inicia-se com a descoberta de como influenciar o comportamente de
cada uma delas.
Motivar as pessoas é muito difícil devido as diferenças individuais,
personalidades próprias e condição social e cultural. Deve-se sempre buscar o
melhor rendimento possível e o equilíbrio do grupo.
É necessário, primeiramente, avaliar o potencial de cada um, sua
maneira de agir, de identificar as coisa ao seu redor, seus conhecimentos
básicos, sua formação e sua personalidade. Tal análise permite, de maneira vaga,
motivar cada um a atingir o seu potencial máximo. Para resgatar o melhor das
pessoas, é necessário reconhecer suas características específicas e analisá-las
individualmente.
Atribuir tarefas em função de sexo, conhecimentos, idade, cargo e
outros diferenciais, é de suma importância para o alcance de melhores resultados.
O objetivo de uma boa divisão de recursos humanos é atingir as metas
desenvolvendo habilidades e aumentando o grau de motivação dos recursos
humanos.
As empresas podem motivar seus funcionários, seja através de salários justos para
que se possa satisfazer as necessidades principais e básicas até um simples elogio e o
reconhecimento de um trabalho bem feito.
O plano de cargos e salários e as políticas de benefícios das empresas podem ser
grandes motivadores se forem oferecidos de acordo com o bem estar do trabalhador. Uma
promoção de acordo com o bom rendimento do trabalhador ou um plano de saúde podem ser
grandes motivadores para os trabalhadores fazendo com que eles não queiram ser demitidos e
realizem suas tarefas com excelência.
Temos que aprender distinguir motivação de manipulação e respeitar as
necessidades humanas, tais como alimentação, abrigo, amizade, afeto, auto-estima,
reconhecimento, realização pessoal, auto-desenvolvimento, autocontrole e liberdade. É
fundamental ter consciência que um ambiente sem motivação – onde as necessidades
humanas não são respeitadas leva a passividade, falta de interesse, falta de estímulo para
aprender, etc.
Teremos adiante cinco capítulos dedicados ao aprendizado e acompanhamento
da motivação e sua vertentes. Veremos as teorias motivacionais e suas aplicações, a seguir
teremos ambiencia motivacional, como motivar os funcionários de uma empresa através de
recompensa-desempenho, benefícios e cargos e salários, motivação e comportamento e
liderança.
1. TEORIAS MOTIVACIONAIS
A motivação é direcionada ao sucesso pessoal e profissional do ser humano e
principalmente para sua felicidade. Ela pode ser definida como um elemento capaz de fazer
os indivíduos agirem de formas específicas, porém está definição torna-se inadequada para
se aplicar ao ambiente empresarial.
Várias Teorias foram levantadas acerca da motivação e do que ela é. Vários
estudiosos se aprofundaram nesse assunto, sua amplitude engloba a filosofia, a psicologia e
quaisquer outras ciências que estudam o comportamento humano.
Podemos enumerar alguns estudiosos fundamentais para o reconhecimento da
motivação como item de grande importância para os Recursos das Organizações.
1.1. Abraham H. Maslow:
“A motivação dos indivíduos objetiva satisfazer certas necessidades que vão desde as primárias (fisiológicas) – as mais simples – até as mais complexas ou psicológicas (auto-realização), pelo fato de o homem ser uma criatura que expande suas necessidades no decorrer de sua vida. À medida que o homem satisfaz suas necessidades básicas outras mais elevadas assumem o predomínio do seu comportamento.” (Maslow, 1954)
Como enfatizado acima, Maslow, provavelmente o mais conhecido teórico
motivacional, foi um psicólogo americano que formulou uma teoria da motivação com base no
conceito de hierarquia das necessidades que influenciam o comportamento humano e que
precisavam ser satisfeitas. Graficamente, a hierarquia das necessidades de Maslow é
representada por uma pirâmide. Segundo Maslow, as necessidades humanas estão,
hierarquicamente, assim distribuídas:
1º. necessidades fisiológicas (ar, comida, repouso abrigo, etc.);
2º. necessidades de segurança (proteção contra o perigo ou privação);
3º. necessidades sociais (amizades inclusão em grupos, etc.);
4º. necessidades de estima (reputação, reconhecimento, auto-respeito, amor,
etc.);
5º. necessidades de auto-realização (realização do potencial, utilização plena dos
talentos individuais, etc.).
Figura 1 – Hierarquia das Necessidades de Maslow
Necessidades
de
auto-realização
Necessidades de estima
Necessidades Sociais
Necessidades de segurança
Necessidades fisiológicas
Fonte: Chiavenato (1995, p. 69)
Nas organizações, a teoria de Maslow poderiam ser relacionada as exigências de
funcionários dentro do ambiente de trabalho. As necessidades fisiológicas seriam as ligadas a
salário e benefícios. As necessidade de segurança estariam vinculadas a assuntos como
segurança no trabalho, auxílio-doença e planos de previdência, períodos de folga suficientes,
proteção quanto a injustiças e segurança física. As necessidades sociais, associadas a um senso
de participação, amizade e prestatividade a colegas de trabalho e superiores hierárquicos. As
necessidades de auto-estima podem ser satisfeitas pelo reconhecimento e elogio por parte de
supervisores e gerentes, juntamente com perspectivas de transferências de cargos e promoções.
As necessidades de auto-realização podem ser atingidas quando se proporcionam trabalhos
gratificantes e interessantes, nos quais as habilidades são utilizadas de maneira ampla.
1.2. Douglas Mcgregor:
Mcgregor (1960) complementa a linha de raciocínio de Maslow dizendo que essas
necessidades encontram satisfação no próprio trabalho.
A Teoria X e a Teoria Y foi desenvolvida por Mcgregor o qual defende que a empresa
tradicional, com suas tomadas de decisão centralizadas, pirâmides superiores-subordinados e
controle externo do trabalho, está baseada em certas suposições a respeito da natureza e da
motivação humanas.
A Teoria do X supõe que a maioria das pessoas prefere ser dirigida, não está
interessada em assumir responsabilidades e deseja, acima de tudo, segurança. Essa filosofia é
acompanhada pela crença de que as pessoas são motivadas pelo dinheiro, pelos benefícios
marginais e pela ameaça de punição. Mcgregor concluiu que as hipóteses da Teoria X sobre a
natureza humana, quando universalmente aplicadas, são muitas vezes inexatas, e que os
métodos administrativos baseados nessas idéias podem ser incapazes de motivar as pessoas a
trabalhar de acordo com os objetivos da empresa.
A Teoria do Y supõe que as pessoas não são preguiçosas e irresponsáveis por
natureza. Postula que os indivíduos podem basicamente autodirigir-se e ser criativos no trabalho,
se forem adequadamente motivados. Por isso uma função essencial dos administradores é a de
desencadear esse potencial nas pessoas. A Teoria X foi desenvolvida como uma teoria alternativa
do comportamento humano em decorrência de uma convicção de Mcgregor. A convicção está
relacionada ao seu julgamento de que os administradores tinham necessidade de métodos
baseados numa compreensão mais exata da natureza e motivação humanas.
As teorias X e Y são atitudes ou predisposições em relação às pessoas.
1.3. Frederick Herzberg:
Frederick Herzberg (1959) foi quem mais ressaltou a questão da importância da
motivação no trabalho. Afirmou que o maior fator motivacional para o homem encontra-se no
interior de seu próprio trabalho. Ele sugeriu que existem dois grupos igualmente importantes de
fatores relevantes à motivação: fatores higiênicos e fatores motivacionais.
Herzberg afirma que fatores de higiene (ou “não-satisfatórios”) na verdade, não
chegam a estimular, mas que precisam ser pelo menos satisfatórios para não se tornarem a causa
da desmotivação das pessoas. Por exemplo: um ambiente de trabalho seguro e saudável, por si
só, não irá motivar os funcionários a trabalharem com mais afinco e/ou melhor, porém, deixa-os
satisfeitos o bastante para que outros fatores possam motivá-los. No entanto, se as condições de
trabalho causam insatisfação, as pessoas tornam-se desmotivadas, e tanto esses como outros
elementos simplesmente não irão funcionar como motivadores.
Os fatores higiênicos referem-se as condições que rodeiam a pessoa enquanto
trabalha. Correspondem à perspectiva ambiental. A expressão higiene serve exatamente para
refletir seu caráter preventivo e profilático e para mostrar que se destinam simplesmente a evitar
fontes de insatisfação do meio ambiente ou ameaças potenciais ao seu equilíbrio. Quanto esses
fatores higiênicos são ótimos, simplesmente evitam insatisfação; quando são precários, provocam
insatisfação. Incluem:
• condições de trabalho e conforto;
• políticas da organização e administração;
• relações com o superior;
• competência técnica do superior;
• salários;
• segurança no cargo; e,
• relações com colegas.
Os fatores
motivacionais referem-se ao
conteúdo do cargo, às tarefas e aos
deveres relacionados com o cargo
em si. Quando os fatores
motivacionais são ótimos, elevam
substancialmente a satisfação;
quando são precários, provocam
ausência da satisfação. Incluem:
• delegação de responsabilidade;
• liberdade de decidir como executar o trabalho;
• promoção;
• uso pleno das habilidades pessoais;
• estabelecimento de objetivos e avaliação relacionada com eles;
• simplificação do cargo (pelo próprio ocupante); e,
• ampliação ou enriquecimento do cargo (horizontal ou verticalmente).
1.4. Victor H. Vromm:
Tomando por base a
“Pirâmide de necessidades e a
“Teoria dos dois fatores”, Victor
H. Vromm formulou sua “Teoria
da expectativa”. Para ele, existem
duas partes que compõem a
motivação: os desejos individuais e
as expectativas de alcançá-los. Ele
utilizou a palavra “valência” para
descrever o nível de um desejo em
particular: um alto nível de
valência indicava um desejo forte,
enquanto em um nível baixo
sugeriria que o desejo tinha menor
importância para a pessoa, a ponto
de este ser uma causa pouco
provável de alguma modificação.
No entanto, se um alto
nível de motivação de valência age
como motivador, o indivíduo
também precisa sentir que esse
desejo específico pode ser
satisfeito. Um funcionário, por
exemplo, pode ter um forte desejo
de adquirir um automóvel de
determinada marca, em vez de um
carro mais popular. SE esse
indivíduo acredita poder realizar
seu desejo, uma vez que se trata de
um carro para consumidores de
alta renda, ele então tomará as
providências necessárias, de modo
a produzir o resultado exigido e a
satisfação de seu desejo. Se o
desejo não for acessível, há então
pouca probabilidade de essa pessoa
trabalhar com mais afinco e/ou
melhor. A pessoa não se sentirá
motivada.
Ainda podemos citar
B. F. Skinner, George C. Homans,
Elton Mayo, Chris Argyris e Julian
Rotter como pensadores do
processo motivacional do trabalho.
Todas as teorias são válidas,
embora cada uma delas tenha sua
própria abordagem e dê mais
ênfase a alguns fatores do que
outros. Contudo, a
responsabilidade de motivar as
pessoas é a organização,
principalmente através de sua
Divisão de Recursos Humanos. É
necessário observar os aspectos
práticos de:
• liderança;
• trabalho em equipe;
• aprimoramento de trabalhos;
• desenvolvimento de pessoas;
• remuneração de funcionários;
• proporcionalidade de um ambiente de trabalho seguro e saudável.
2. AMBIENCIA MOTIVACIONAL
A questão da
ambiencia motivacional, ou de
acordo com alguns livros, clima
organizacional é de suma
importância para o bom
desempenho e motivação dos
funcionários das empresas. Clima
organizacional é o que o ambiente
tem de desfavorável ou de
favorável para as pessoas de uma
organização (Werther, 1983, p.
299). Algumas organizações vivem
pelas regras e são burocráticas,
outras são amigáveis e agem de
maneira folgada. Algumas realçam
trabalho; outras enfatizam trabalho
de equipe.
Com muita facilidade
vivemos analisando o
comportamento das pessoas nos
ambientes de trabalho. Criticamos
a falta de engajamento,
morosidade, falta de iniciativa,
resistência a mudanças, ausência
de comprometimento, passividade,
sem nos perguntar sobre a razão
desse estado de coisas. Se
procurarmos a razão,
descobriremos que grande parte
desses ambientes possuem
controles exacerbados e relações
autoritárias, as pessoas tenderão a
ter seu próprio comportamento
controlado; não arriscarão, só
seguirão normas e padrões,
dependerão de ordens para agir.
Nesse tipo de ambiente
descrito acima, programas de
criatividade, inovação, qualidade e
encantamento do cliente, é pura
peça de ficção, pois as próprias
pessoas não estão encantadas,
portanto não responderão as
expectativas.
“As políticas e atividades da divisão de recursos humanos afetam todos os empregados de numerosas maneiras, e a divisão de recursos humanos tem oportunidades diárias de fortalecer ou enfraquecer a organização ante os olhos dos empregados. De acordo com um ditado, quase, que por si só os recursos humanos pode “fazer ou desfazer” a humanidade de uma organização. Já que a influência da divisão de recursos humanos é disseminada e importante, os especialistas de pessoal precisam perguntar-se dia-a-dia à medida que executam seu trabalho se mostra as pessoas se elas são importantes; se são vistos como auxílio ou problema para elas; encorajam o crescimento de cooperação e trabalho de equipe; e, finalmente, se encorajam o crescimento das pessoas.” (Werther, 1983, p. 299 - 300)
Sabemos identificar
um ambiente motivado se as idéias
e sugestões das pessoas são
espontâneas, há reação positiva nas
tarefas delegadas e o trabalho é
executado com qualidade. O
ambiente motivado é alegre,
descontraído e portanto, amigável.
As pessoas das organizações
motivadoras são sinceras nas
respostas, as equipes são pró
ativas, o ambiente é organizado.
Existe profissionalismo.
É de suma importância
que o ambiente organizacional
esteja voltado para a busca de uma
melhor qualidade de vida, tanto, a
nível profissional quanto pessoal.
Para que o ambiente e o
comportamento estejam
sintonizados, é necessário
visualizar cada membro da equipe,
como a si mesmo, como parte
integrante de um todo.
Valorizando e elevando a estima
sempre que possível. Todos são
importantes dentro de uma
organização.
2.1. Ambiente de Desmotivação:
• Insegurança quanto aos rumos da organização;
• Constantes alterações de planos e projetos;
• Falta de perspectivas e desenvolvimento profissional;
• Sub aproveitamento das capacidades;
• Falta de afeto e generosidade nas relações interpessoais;
• Tratamento desigual para potenciais similares;
• Chefias despreparadas, prepotentes e autoritárias;
• Competição entre departamentos e equipes;
• Privilégio para alguns “escolhidos”;
• Comunicação deficiente. A rádio corredor é intensa;
• Controles exagerados, excesso de burocracia e formalidades;
• Atitudes e decisões da organização que denunciam baixo comportamento
ético e pouca preocupação em agir de forma responsável perante a sociedade.
2.1. Ambiente favorável a motivação
• Missão clara da Organização;
• Definição de metas, objetivos e planos de trabalho, acordados de forma
participativa;
• Acompanhamento da realização das tarefas e avaliação de desempenho, com
base nos planos de trabalho previamente acordados.
• Aprendizagem constante: treinamentos, palestras, seminários, estímulo a
pesquisa, programas culturais e sociais, desenvolvidos com base na metas da organização e
nas necessidade dos funcionários quanto ao desenvolvimento pessoal e como cidadãos
conscientes;
• Sistema de comunicação interna que objetive manter o corpo funcional
informado de tudo o que esta acontecendo, além de ouvir o que as pessoas tem a dizer;
• Relacionamento interpessoal entre gerências e equipes, com base na
franqueza, afeto e respeito, tratando as pessoas como adultos.
• Organização interagindo com a sociedade de forma socialmente
responsável, praticando ações éticas;
• Remuneração condizente com as capacidades profissionais, as necessidades
de manutenção e desenvolvimento dos indivíduos;
• Relações de trabalho baseadas na autonomia do indivíduo e equipe,
estimulando o autocontrole;
• Combate a crenças e preconceitos relacionados a visão de que as pessoas
precisam ser controladas, pois não merecem confiança;
• Normas, rotinas e sistemas de informação devem existir na medida em que
facilitem e apoiem o trabalho das pessoas, e não no sentido do controle das próprias
pessoas. As normas e rotinas devem poder ser questionadas e alteradas.
• Ambiente de trabalho que não reprima manifestações de humor e alegria;
• Muita conversa. Os conflitos devem ser tratados com franqueza, e não
jogados para “debaixo do tapete".
• Cultivar valores de amizade, esforço solidário, ajuda mútua;
• Ações sinceras e concretas, buscando a qualidade de vida nas organizações;
• Cultivar condições para que seja possível a experiência de felicidade no
trabalho;
• Fazer o que gosta, sentir-se útil, ter desafios e obter reconhecimento do
outro e de si próprio.
3. COMO MOTIVAR OS FUNCIONÁRIOS DAS EMPRESAS
As empresas para
motivar seus funcionários precisar
saber o que eles esperam dela. Os
funcionários precisam estar
satisfeitos e entusiasmados para
que suas tarefas sejam executadas
com eficiência e criatividade.
O sistema de cargos e
salário bem estruturado, a política
de benefícios e a estabilidade
demonstrada por funcionários
antigos são fatores importantes
para motivar os funcionários.
Desta forma, temos ciência de que
políticas e práticas de pessoal têm
uma influência direta sobre
motivação e satisfação.
Figura 2 – Influência da Função de
Pessoal na Motivação
e Satisfação no Cargo
D
I
R
E
Educação e treinamento
AconselhamentoOutras
C L I
M A
Função de Pessoal
T
A
Motivação
Supervisores Empregado
Satisfação
no cargo
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N
D
I
R
E
T
A
Fonte: Werther (1983, p. 299)
3.1. Recompensa-desempenho
Existe um modelo
motivacional chamado
recompensa-desempenho ele se
acha demonstrado como uma roda
porque é um relacionamento
circular que reforça regularmente o
desempenho dos funcionários, de
modo que este continuará.
Essas recompensas
podem ser extrínsecas ou
intrínsecas. As extrínsecas estão
concentradas, basicamente, em
valores monetários, ou seja,
aspectos materiais, benefícios,
salário, condições de trabalho,
carro ou prêmios por produção. As
recompensas intrínsecas são
aquelas que visam o bem estar do
empregado, ou seja, natureza do
trabalho em si, desejo ou prazer
em cumprir as tarefas, trabalho
visto como auto conceito de uma
pessoa e realização pessoal.
É importante que a
Administração de Recursos
Humanos das empresas desenvolva
processos para a integração das
recompensas intrínsecas e
extrínsecas de forma a desenvolver
o bem estar por inteiro dos
trabalhadores.
Figura 3 – Motivação de
recompensa-desempenho
Reforço com
recompensas
EMPREGADO
Desempenho
Satisfação
Motivação
Auto-imagem
Motivos íntimos
Auto-estima
Auto-expectativas
Necessidades e desejos
Fonte: Werther (1983, p. 307)
A Administração
estratégica de Recursos Humanos é
regida pelo princípio fundamental
no campo motivacional:
“fazer com que uma tarefa, uma responsabilidade ou um trabalho como um todo seja mais valorizado pelo empregado, que aplicará nele todas as suas forças motivacionais. Quanto mais o empregado vê o seu trabalho recompensado, mais ele estará comprometido em cumprir as metas que lhe são estabelecidas.” (Marras, 2000, p. 281)
Há três formas de
estimular o processo motivacional
de um empregado para agregar
valor ao trabalho:
• delegando tarefas que permitam a o empregado atingir também seus
objetivos pessoais;
• auxiliando o empregado a identificar recompensas intrínsecas, tais como o
senso de realização;
• reforçando constantemente os resultados favoráveis com recompensas
extrínsecas por parte da organização, como dinheiro, elogios e promoções.
3.2. Benefícios
Os benefícios são
ótimas fontes de motivação.
Segundo Idalberto Chiavenato,
essas facilidades poupam esforços
e preocupação do trabalhador e
constituem-se sempre de meios
indispensáveis na manutenção da
força de trabalho dentro de um
nível satisfatório de moral e
produtividade.
“O atendimento das necessidades dos indivíduos parte do pressuposto que a empresa sabe o que é melhor para seus funcionários, ao mesmo tempo que carrega um forte tom de paternalismo, ao fixar, de forma unilateral, o que um trabalhador necessita para garantir o nível mínimo de qualidade de vida, como alimentação e assistência médica, oferecidas como parte integrante de remuneração.” (Marras, 2000, p. 138)
Os planos de
benefícios trazem vantagens tanto
para a organização quanto para o
empregado.
Quadro 1 – Vantagens dos planos
de benefícios
Fonte: Coutinho (2001)
3.3. Cargos e Salários
Salário é uma contrapartida pecuniária pelo serviço prestado. O projeto
do cargo é o projeto de planejamento e especificação das funções do cargo em
seus diversos arranjos para a realização do trabalho.
Um dos fatores extrínsecos que poderão acionar os aspectos
intrínsecos de um sujeito contribuindo para motivação, seria o projeto de cargos.
Os cargos devem, ser bem projetados para que atendam tanto a busca de
satisfação pessoal quanto a necessidade de alto desempenho da organização.
Quando as pessoas trabalham em empresas que possuem plano de
cargos e salários e uma política salarial clara tendem a participar e planejar com
maior ênfase suas tarefas. O entusiasmo acontece com a possibilidade de uma
promoção ou um aumento salarial por mérito.
3.4. Incentivos em Instituições de Ensino Superior (IES)
Geralmente,
instituições de ensino, de forma
geral, possuem como maior
incentivo motivacional para seus
empregados a bolsa de estudos
integral. Desta forma, trabalhar em
uma IES é uma possibilidade
muito atraente para quem deseja
cursar um curso a nível superior ou
uma pós-graduação.
Baseando-se nos
incentivos de duas universidades
no estado do Rio de Janeiro, pode-
se perceber que os incentivos
possuem diferenças. Usaremos a
nomenclatura ABC e XYZ para
referência as universidades.
Quadro 2 – Incentivos em IES
Fonte: Coutinho (2001)
Como podemos
observar a IES XYS possui bons
incentivos para seus funcionários e
sua principal forma de motivação,
assim como na IES ABC, é o
oferecimento de bolsas de estudos
integral.
A questão salarial nas
duas instituições é bastante
parecida, porém é evidente um
ambiente motivacional positivo na
IES XYZ, devido a existência de
muitos funcionários antigos o que
condiciona uma estabilidade,
pouca rotatividade de pessoal.
4. MOTIVAÇÃO E COMPORTAMENTO
O comportamento humano é motivado pelo desejo de atingir algum
objetivo. Nem sempre, porém, este objetivo é. conhecido pelo indivíduo. Boa parte
da motivação humana localiza-se na região abaixo os nível do consciente,
conforme a analogia do iceberg apresentada por Freud.
A unidade básica do comportamento é uma atividade. O ser humano
esta, sempre desenvolvendo uma ou mais atividades: falar. andar. comer,
trabalhar etc. A qualquer momento pode, porém. decidir mudar de atividade. Daí
advém as perguntas: Por que as pessoas mudam de atividade? É possível
compreender, prever ou controlar as atividades das pessoas?
Para tentar responder a essas questões, convém considerar,
primeiramente, que a motivação de uma pessoa depende da força de seus
motivos (motivos aqui entendidos como desejos ou impulsos que ocorrem no
interior dos indivíduos).
Os motivos é que impulsionam e mantêm o comportamento dos
indivíduos. São, por assim dizer, as molas da ação. Também se pode identificar
os motivos com as necessidades e dizer que os indivíduos são movidos pelas
necessidades.
Os motivos ou necessidades dirigem-se para os objetivos. que estão
fora dos indivíduos. Por exemplo, se alguém está premido pela necessidade de
como dirige seu comportamento em direção ao objetivo comida.
Os indivíduos tem milhares de necessidades. Todas competem por seu
comportamento. A necessidade mais forte em determinado momento é a que
conduzirá à atividade. Por exemplo, um indivíduo pode estar com fome, com
sede e com sono, mas naquele momento sua necessidade mais forte é a de
aprovação num exame no dia seguinte. Então, ele poderá estar mais motivado
para estudar, do que para comer, beber ou mesmo dormir. (Gil, 1994, p. 120).
4.1. Mecanismos de Defesa para o Comportamento Irracional:
Como já vimos anteriormente, os motivos ao serem satisfeitos perdem sua força.
Quando não alcança qualquer resultado positivo, a pessoa pode direcionar seus comportamento
para objetivos substitutos. Porém, quando esse direcionamento para objetivos substitutos não
produz resultado positivo, as pessoas tornam-se frustradas e podem desenvolver comportamentos
irracionais.
Esses comportamentos irracionais podem ocorrer sob diversas formas, conhecidas
como mecanismos de defesa. As mais comuns são:
Agressão: hostilidade contra o causador da frustração;
Deslocamento: devido a possível impotência não se ataca diretamente a causa
da frustração, desloca-se a agressividade a outros alvos;
Racionalização: devido a incapacidade para realizar determinado objetivo, se
racionaliza, ou seja, procura desculpas para seu insucesso;
Regressão: desistência de tentativas construtivas de solução de problemas
causa regressão a um comportamento infantil;
Fixação: apresentação repetidamente de comportamento improdutivo;
Fuga: ignorar ou fugir de um problema;
Resignação: após prolongada frustração, há desistência de alcançar o objetivo.
4.2. Motivação para participar:
“A motivação dos trabalhadores para participar é, em geral, extremamente pragmática e mais relacionada a objetivos
pessoal mediatos do que a uma ideologia sistemática, estruturada por uma consciência de classe; a consciência desempenha um papel, embora não haja, necessariamente, uma relação entre tal característica e a propensão a participar Resumidamente, os motivos dos trabalhadores são em geral salários mais elevados, regularidade e segurança de renda, de emprego, boas condições de trabalho, relações sociais agradáveis e trabalho interessante.” (Motta, 1991, p. 173)
As formas de participação e agregação de interesses são
desenvolvidas não só porque os objetivos mencionados necessitam de definições
mais aprimoradas e estruturas de poder para influenciar as decisões, mas
também porque essas decisões são tomadas longe do local de trabalho dos
trabalhadores, escapando-lhes a possibilidade de contato pessoal. A organização
dá sentido de direção e força à participação. Ainda assim, inúmero são os estudos
que mostram que a ligação do trabalhador nos esquemas participativos está
direta e prioritariamente relacionada às percepções de vantagens pessoais
advindas da participação e apenas secundariamente à percepção do poder
relativo, ou seja, de que o sistema de poder organizado em defesa de seu
interesse tem força suficiente para obter algum sucesso
5. LIDERANÇA
“O profissional de Recursos Humanos vem sendo solicitado a desempenhar o papel de líder. Isto porque uma empresa moderna requer a adesão de seu pessoal para alcançar seus objetivos, para prosseguir sua missão. (...) Para obtenção dessa adesão, requer-se dos gerentes capacidade para influenciar as atividades dos indivíduos ou grupos nos esforços para a realização de objetivos em determinadas situações...” (Gil, 1994, p. 119)
A liderança no ambiente de trabalho vem sendo mal administrada na maioria das
organizações. Fala-se muito e aplica-se pouco ou quase nada do que se diz. Em primeira
instância, a própria empresa é responsável por uma boa liderança; em segunda, o próprio líder.
É a Administração de Recursos Humanos que numa atitude pró-ativa deve estudar,
desenhar e propor os contornos de uma sistema de liderança que deverá, devido a grande
importância que tem, ser aprovado diretamente pelo conselho diretor da organização.
O líder, conforme Blanchard (1986), deve agir segundo o nível de conhecimento do
seu liderado, assumindo papeis diferenciados de acordo com cada circunstância ou situação que
se lhe apresenta (líder situacional). (Marras, 2000, p. 38-39)
A medida que os gerentes são capazes de motivar, influenciar ou dirigir o
comportamento das pessoas, estão exercendo liderança.
A liderança constitui uma das mis importantes influências que se pode exercer em
relação ao desempenho das pessoas. E pode-se dizer que a capacidade para o exercício da
liderança determina uma larga escala a eficácia do gerente.
Quadro 3 – Comportamento do líder, segundo Blanchard
Situação Comportamento do líder
Nível de conhecimento ou de prática muito baixo ou inferior (por exemplo, um estagiário ou um auxiliar)
Diretivo, autocrático. Deve dar ordens claras e com soluções previamente orientadas para que o orientado execute a tarefa com o menor risco possível de erro
Nível de conhecimento ou de prática médio inferior (por exemplo, um profissional de categoria Júnior)
O papel de instrutor treinando o liderado em todos os sentidos e apoiando-o simultaneamente.
Nível de conhecimento ou de prática médio superior (por exemplo, um profissional de categoria Pleno)
O líder apoia o liderado de forma completa, dando-lhe o máximo de segurança para que este desenvolva com certa liberdade o que aprendeu no estágio anterior.
Nível de conhecimento ou de prática muito elevado (por exemplo, um profissional de categoria Sênior)
O liderado nesta fase não precisa de apoio nem de acompanhamento: sabe exatamente o que ou como fazer para executar uma tarefa ou resolver um problema. O líder apenas lhe delega responsabilidades e cobra resultados
Fonte: Marras (2000, p. 39)
O papel de líder
organizacional é difundido pelas
organizações como sendo aquele
que faz o grupo participar, que
delega responsabilidades (e não só
tarefas) e que o recompensa à
altura (não só financeira, mas
psicologicamente também).
5.1. Energização:
Trabalhar consiste entre outras coisas, ser dotado de energização e motivação que é
mais um dos paradigmas para as administrações de Recursos Humanos. Consiste em trabalhar
em equipe como fator crítico de sucesso, liderar com uma visão compartilhada; ter como fator
imprescindível a arte e a inteligência emocional no processo da comunicação e saber gerenciar
conflitos com sabedoria.
O avanço da própria tecnologia influencia a energização pois já temos hoje um
programa de treinamento avançado, que se utiliza de técnicas educacionais inovadoras para
simular situações vividas pelos executivos em suas empresas. Inteiramente orientado para
obtenção de resultados positivos.
O desenvolvimento de equipes, a formação de líderes e a separação dos limites
individuais devem ser estimulados pelos dirigentes das empresas. “O estímulo é a melhor forma
não só de educar-se, mas de fazer com que se ampliem as virtudes em nossos semelhantes,
sendo o seu uso um fator de sucesso para a harmonia nas relações de trabalho.” (Sá, 1994, p.
188)
Os Administradores de Recursos Humanos do mercado atual têm que estar
preparados para lidar no ambiente profissional com os desafios dos novos tempos. A energização
age como um forte estímulo de conjunto com a motivação, que ao ser bem direcionada desperta
nos focalizados o instinto de cooperação. Assim o trabalho rende e o índice de competitividade
baixa.
Energização para mudanças por exemplo, tem como objetivo difundir em toda a
empresa a reação positiva às mudanças, desenvolver na equipe o potencial para a busca da
melhoria de resultados dentro da organização.
A Energização deve estar presente em nosso dia-a-dia e também em nossas vidas.
Pois ela contribui muito para o nosso desenvolvimento e crescimento profissional, com ela
aprendemos a exercitar nosso instinto e também a usufruir melhor de nossos talentos.
O que diferencia um profissional energizado de um não energizado é a auto estima e
a vontade de melhorar sempre visto que, o funcionário não energizado não é comprometido nem
consigo, nem com a empresa.
Podemos citar diversas formas de estímulos à energização do profissional, entre elas
estão:
• Acreditar em seu potencial de realização e lutar para que ele se torne realidade;
• Manter a auto estima;
• Poder receber apoio sem perder responsabilidade;
• Trabalhar em equipe;
• Sentir-se bem com o que faz, entre outros.
O que não estimula a energização dentro da empresa:
• Falta de confiança;
• Não ser ouvido;
• Alguém resolvendo problemas por você;
• Normas e regulamentos impostos sem escolha;
• Chefe que rouba o mérito de idéias dos outros.
A energização não deve ser encarada pelas empresas como um projeto, mas
como um processo gradual, que leva anos e começa com a escolha dos objetivos para o
futuro que já chegou. Segundo especialistas, o sistema só pode ser adotado quando os
objetivos estão todos traçados.
Na maioria das empresas, o processo começa na diretoria e, gradativamente, se
estende às demais áreas. Considerando que, na visão dos especialistas, o futuro reservará
melhores oportunidades para os profissionais energizados. A energização já é encarada pelas
empresas como pré-requisito tão importante quanto o poder de liderança
Os líderes energizados mantêm a auto estima das pessoas, tendo o cuidado de não
ferir seus sentimentos nem diminuir-lhes o valor, principalmente quando se discutem problemas.
Durante uma conversa sobre questões delicadas, devem concentrar-se nos fatos, não nas
pessoas.
O verdadeiro líder eleva a auto estima de seus companheiros, reconhecendo as boas
idéias dos outros, demonstrando confiança na capacidade deles e tratando-os como indivíduos
competentes. Essa é uma característica que os Administradores de Recursos Humanos deve
possuir e dominar.
C O N C L U S Ã O
Motivar os Recursos Humanos das empresas vai muito além de um aumento de
salário, tem haver com as necessidades pessoais e profissionais dos trabalhadores.
Podemos concluir com a monografia Motivação dos Recursos Humanos das
Empresas que os trabalhadores necessitam de reconhecimento e recompensas para que possa
executar bem suas tarefas. Condições de trabalho são indispensáveis para a satisfação dos
empregados. A ambiencia motivacional ou clima organizacional é uma situação favorável ou
desfavorável do ambiente para as pessoas na organização.
A motivação é o impulso de uma pessoa de agir porque assim o deseja. É um
sistema complexo de relacionamentos que são afetados por forças dentro e fora da organização.
Os principais arcabouços para compreender motivação incluem uma hierarquia de necessidades
(Maslow), satisfação dessas necessidades no próprio trabalho (Mcgregor) fatores motivacionais e
fatores de manutenção (Herzberg), teoria da expectativa (Vromm) e mudanças de comportamento.
Essas teorias podem ser combinadas em um modelo de recompensa-desempenho
que responde às necessidades dentro de um ambiente do cargo, pequenos grupos, a organização
e o sistema social. Este modelo é retratado de maneira circular a fim de mostrar que a
recompensa reforça o comportamento desejado em base regular. Forma satisfação, auto-imagem
e auto-expectativa, de modo que a motivação seja encorajada a continuar.
A motivação e satisfação do empregado são afetadas por muitas outras atividades de
uma Divisão de Recursos Humanos. Dentre essas atividades, nos concentramos nas políticas de
benefícios e cargos e salários. Tomamos como exemplo as Instituições de Ensino Superior (IES)
que possuem como maior benefício motivacional a bolsa de estudos para seus funcionários.
O comportamento e a motivação humanos estão estritamente relacionados. O
comportamento é motivado pelo desejo de se atingir algum objetivo. O trabalho quando não é
sadio ou sem motivação gera um comportamento passivo e sem estímulo para continuara
executar as tarefas e, além disso, falta de interesse.
A liderança do administrador de Recursos Humanos deve se concentrar em
esclarecer o “caminho” de um subordinado para uma meta ou objetivo desejados. Deve-se adotar
um estilo de liderança que vise motivar e energizar os empregados da empresa.
R E F E R Ê N C I A S B I B L I O G R Á F I C A S
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