monografia de wellington

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CAPÍTULO 1: OS PRINCÍPIOS BÁSICOS DE FONÉTICA E FONOLOGIA A fonética foi inicialmente desenvolvida pelos antigos indianos e pelos árabes na Idade Média, mas a tradição moderna começou no século XVI na Inglaterra e na Grã-Bretanha do século XIX, os principais criadores da fonética moderna foram Alexander Melville Bell, Henry Sweet e Daniel Jones, embora a maioria das técnicas experimentais usadas hoje com relação a essa disciplina sejam bem mais recentes (Trask, 2004). Portanto a Fonética se estabeleceu como sendo o ramo da lingüística que estuda a produção, natureza física e percepções dos sons de uma língua. A respeito disso Silva (1999) diz o seguinte: “A fonética é a ciência que apresenta os métodos para a descrição, classificação e transcrição dos sons da fala, principalmente aqueles sons utilizados na linguagem humana”. Segundo Mussalim e Bentes (2001) a fonética possui três modos básicos de descrever os sons da fala: a) Fonética Articulatória: é a analise dos sons da fala do ponto de vista da sua produção pelo aparelho fonador do remetente de signos, ou seja, mostra que movimentos do aparelho fonador estão envolvidos na produção dos sons da fala; b) Fonética Acústica: é a analise dos sons da fala do ponto de vista das propriedades físicas das ondas 12

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Page 1: MONOGRAFIA DE WELLINGTON

CAPÍTULO 1: OS PRINCÍPIOS BÁSICOS DE FONÉTICA E

FONOLOGIA

A fonética foi inicialmente desenvolvida pelos antigos indianos e pelos árabes na

Idade Média, mas a tradição moderna começou no século XVI na Inglaterra e na Grã-

Bretanha do século XIX, os principais criadores da fonética moderna foram Alexander

Melville Bell, Henry Sweet e Daniel Jones, embora a maioria das técnicas experimentais

usadas hoje com relação a essa disciplina sejam bem mais recentes (Trask, 2004).

Portanto a Fonética se estabeleceu como sendo o ramo da lingüística que estuda a

produção, natureza física e percepções dos sons de uma língua. A respeito disso Silva (1999)

diz o seguinte: “A fonética é a ciência que apresenta os métodos para a descrição,

classificação e transcrição dos sons da fala, principalmente aqueles sons utilizados na

linguagem humana”.

Segundo Mussalim e Bentes (2001) a fonética possui três modos básicos de

descrever os sons da fala:

a) Fonética Articulatória: é a analise dos sons da fala do ponto de vista da sua

produção pelo aparelho fonador do remetente de signos, ou seja, mostra que

movimentos do aparelho fonador estão envolvidos na produção dos sons da

fala;

b) Fonética Acústica: é a analise dos sons da fala do ponto de vista das

propriedades físicas das ondas sonoras que se propagam através do ar do

remetente ao destinatário;

c) Fonética Auditiva: é a analise dos sons da fala do ponto de vista dos efeitos

físicos que eles provocam no ouvido e cérebro do ouvinte.

Do mesmo modo que a fonética, a fonologia também é um ramo da lingüística

voltada para o estudo dos sons, embora tenha como meta a analise do sistema fônico das

línguas frente à articulação da linguagem, tendo se estabelecido a partir do século XX na

Europa e nos Estados Unidos da América.

Alguns lingüistas queriam transformar a Fonética e a fonologia em ciências

independentes, tratando-as separadamente. Mas, estes dois aspectos fônicos da linguagem

compõem um núcleo, são inseparáveis e requerem um mutuo apoio para sua existência útil e

definitiva. A respeito disso Mussalim e Bentes (2001, p. 151-152) diz o seguinte:

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Page 2: MONOGRAFIA DE WELLINGTON

“A fonética e a fonologia como disciplinas diferentes operam com os seus próprios métodos, porém, elas se condicionam mutuamente em seu valor e desenvolvimentos. Por exemplo, pretender descrever a fonologia de uma língua indígena falada no Brasil sem considera o aspecto fonético seria absurdo. Do mesmo modo, o estudo da fonética de uma língua, qualquer que seja, resulta pouco proveitoso, de alcance limitado, se não se considera a função que os segmentos fônicos desempenham no sistema dessa língua”.

Dessa forma, o estudo da pronúncia de uma língua estrangeira deve levar em

conta os sistemas fonético e fonológico. Ao estudamos o nível fonológico, automaticamente

se faz necessário descender ao fonético, e nele descrever as realizações dos sons. No caso do

ensino-aprendizagem da pronúncia de uma língua estrangeira, por exemplo, é de suma

importância que o professor comece escrevendo o valor fonológico dos sons o qual se deve

analisar posteriormente.

Quando nos comunicamos com alguém, as seqüências que emitimos produz no

ouvinte, uma alteração no seu estado de memória, certas recordações ou conhecimentos seus,

se tornam mais vivos na proporção que pronunciamos determinadas palavras.

A respeito desse aspecto da linguagem D'Introno (1995, p. 11) afirma: “O som

seria a matéria por excelência da linguagem porque é a única matéria que se transmite a partir

do sistema emissor ao sistema receptor e, por isso, é a própria matéria da comunicação(posta

em contato) entre os dois sistemas”.1 (trdução nossa)

Dentro dessa perspectiva, se a Fonética estuda os sons da voz humana e esses são

a matéria por excelência da comunicação, o seu estudo é imprescindível para quem deseja

aprender uma língua estrangeira. Neste trabalho nos deteremos a uma análise fonológica das

vogais do inglês e do português do Brasil.

Quando falamos emitimos vários sons. Aquilo que ouvimos quando falamos são

representações mentais que tais sons remetem, a isso damos o nome de fones, ou sons da fala.

Com relação às palavras que pronunciamos, elas estão divididas em fonemas, menor unidade

que se pode dividir um conjunto fônico. A realização concreta de um fonema faz-se, na fala,

através de fones.

Dessa forma os símbolos de fonemas estão sempre representados entre barras transversais e o símbolo escolhido para cada fonema é habitualmente um símbolo fonético, ou seja um fone, mediante o qual pretende sugerir qual é a realização fonética mais típica desse

fonema. Sendo assim, por exemplo, o fonema que ocorre no início da palavra chuva é

comumente realizado como uma fricativa alveopalatal desvozeada [], assim , o fonema é

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Page 3: MONOGRAFIA DE WELLINGTON

representado como /s/. Um ponto crucial é que um mesmo fonema não precisa sempre ter a

mesma realização fonética. Por exemplo, em inglês /p/ é foneticamente, uma plosiva aspirada

[ph] em pin (alfinete), mas é foneticamente uma plosiva não aspirada [p] em spin (girar).

Foneticamente, então temos, [phn] e [spn], mas fonemicamente temos apenas /pn/ e / spn/.

Há um único fonema /p/ em tudo isso, e os falantes de inglês tipicamente não chegam a

perceber a diferença fonética; então dizemos que [p] e [ph] são alofones do fonema /p/ (Trask,

2004). A distinção entre fone e fonema é feita da seguinte forma, os fones são escritos entre

colchetes [...] e os fonemas são escritos entre barras /.../. Assim na língua portuguesa, [t, t]

não são fonemas diferentes, são realizações distintas do mesmo fonema, isto é [t] e [t] são

alofones do fonema /t/.

É importante destacar, porem, que os sons que uma pessoa emite nem sempre se

realizam da mesma forma, uma vez que se modificam em função do contexto fônico que os

rodeia. Tais variações fonéticas ocorrem devido a mudanças ocorridas no aparelho fonador

cada vez que pronunciamos determinados sons.

No que diz respeito ao universo dos falantes de língua inglesa Roach (1989, p.32)

comenta:

“...no caso de duas maneiras ligeiramente diferentes de pronunciar, o que nos consideramos como 'mesmo som', constatamos que , se substituirmos um som por outro, não haverá mudança no significado de uma palavra. por exemplo, se substituirmos uma vogal mais aberta por na palavra 'bad', a palavra ainda será entendida como 'bad' “2. (tradução nossa)

É importante lembrar, a propósito, que grande parte dessas variações passam

despercebidas, pois não resultam em mudanças no significado da palavra. Entretanto, muitas

vezes a substituição de um elemento do plano de expressão de um signo por outro elemento

pode dar origem a um outro signo da língua, fazer surgir um outro plano de expressão para o

mesmo signo, ou ainda, simplesmente destruir o signo anterior.

A respeito desse tópico Mussalim e Bentes (2001, p.155) asseveram:

“Os fonemas de uma língua permitem diferenciar o significado das palavras, daí que realizações fonéticas diferentes de um mesmo fonema não podem ocorrer em contraste. As diferentes realizações fonéticas de um fonema são conhecidas como alofones ou variantes fonéticas. Esses alofones ocorrem condicionados por determinados contextos fonológicos, posição na palavra, qualidade dos segmentos contíguos, condicionamentos supra-segmentais como acento e tom. Em suma pela combinação de vários fatores. Da mesma maneira que o inventário de fonemas de uma língua pode variar em relação a uma outra, assim também os alofones que caracterizam o fonema de uma língua variam de uma língua para outra.

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Page 4: MONOGRAFIA DE WELLINGTON

1.1. O sistema vocálico: da teoria à prática

Vogais são os sons da fala que ocorrem quando o fluxo de ar percorre o aparelho

fonador livre e continuamente, sem causar turbulência nem enfrentar obstrução temporária. A

emissão de uma vogal específica requer o posicionamento de várias partes do aparelho

fonador. A língua se move dentro da boca para frente e para trás, para cima e para baixo. Os

lábios podem ficar arredondados ou não. O véu que fica no fundo da boca pode ficar elevado

ou rebaixado, dessa forma, permitindo que parte do fluxo de ar saia pela cavidade nasal. A

combinação de todas essas possibilidades de posicionamento permite a produção de um

número indefinido de vogais. Detalharemos melhor essas possibilidades de posicionamento

do aparelho fonador que influem na emissão de vogais. Assim, estaremos descrevendo as

vogais do ponto de vista articulatório. A esse respeito Silva (1999, p. 66) afirma:

“Na produção de um segmento vocálico a passagem da corrente de ar não é interrompida na linha central e portanto não há obstrução ou fricção no trato vocal. Segmentos vocálicos são descritos levando-se em consideração os seguintes aspectos: posição da língua em termos de altura; posição da língua em termos anterior/posterior; arredondamento ou não dos lábios.”

Quando pronunciamos uma vogal, a língua pode estar posicionada para frente da

cavidade bucal, pode ficar na parte mais central da boca ou recuar para o fundo na direção do

véu palatino. O deslocamento da língua nesse eixo horizontal é contínuo, mas os foneticistas

estabelecem três posições referenciais para a descrição das vogais: frontal, central e posterior.

A posição frontal é a mais avançada possível em direção à parte frontal da boca e a posterior,

a mais recuada possível em direção ao fundo da boca. A posição central fica entre a parte

frontal e a posterior. No eixo vertical, a língua se movimenta para cima e para baixo de forma

contínua. Quando a língua está rebaixada, o canal para a passagem do fluxo de ar se alarga.

Quando a língua se eleva em direção ao palato, o canal se estreita. Os foneticistas

estabelecem quatro posições referenciais da língua no eixo vertical do aparelho fonador:

fechada, semi-fechada, semi-aberta e aberta. A posição aberta corresponde ao máximo

rebaixamento da língua e, conseqüentemente, ao canal mais aberto para o fluxo de ar. A

posição fechada corresponde à máxima elevação da língua que não restringe o fluxo de ar.

Nessa posição, o canal para a passagem do fluxo de ar é o menor possível para a emissão de

vogais. O posicionamento dos lábios influi na pronuncia das vogais. Os foneticistas definem

duas posições referenciais nesse caso: arredondado e não arredondado, que correspondem a

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Page 5: MONOGRAFIA DE WELLINGTON

dois extremos de movimentação dos lábios. Na situação Não arredondados os lábios estão

relaxados em forma de amendoada. Na condição arredondada, os lábios se contraem criando

uma passagem arredondada para o fluxo de ar.

Para reforçar o que foi dito anteriormente vejamos o que Fiorin (2003) comentam a respeito do assunto:

“Tradicionalmente, do ponto de vista articulatório, os sons vocálicos têm sido classificados com base nos movimentos da língua no eixo vertical e horizontal, dentro da área vocálica. Dessa forma, foram estabelecidos quatro níveis de altura, a partir da posição mais fechada dos articuladores até a mais aberta, e três regiões articulatórias, com base no deslocamento horizontal do estreitamento articulatório, dentro da área vocálica. Como as vogais também podem ser produzidas com ou sem protrusão labial, podem ser classificadas conforme a posição dos lábios no momento de sua produção (arredondados ou não arredondados)”.

Se mapearmos todas as posições que o ápice da língua pode assumir enquanto faz

seus deslocamentos chegaremos a uma área cuja forma lembra um trapézio com a base menor

para baixo. É o que os foneticistas chamam de trapézio vocálico.

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Page 6: MONOGRAFIA DE WELLINGTON

1.2. Os símbolos fonéticos das vogais do Português brasileiro

O português brasileiro possui sete fonemas vocálicos orais e cinco fonemas

vocálicos nasais, neste trabalho iremos analisar apenas os fonemas vocálicos orais, uma vez

que sons vocálicos nasais são inexistentes na língua inglesa, dessa forma não havendo

necessidade de analise desses fonemas. Os fonemas vocálicos orais são apresentados por Silva

(2001) da seguinte maneira:

anterior arred não-arred

centralarred não-arred

posteriorarred não-arred

Alta i u

média-alta

média-baixa

Baixa

Quadro das vogais orais do Português

/i/ Ocorre em palavras como: irmão, arrime, aqui.

// Ocorre em palavras como: êle, mesa, você.

// Ocorre em palavras como: ela, alegre, pé.

// Ocorre em palavras como: alto, etapa, lá.

/u/ Ocorre em palavras como: unido, (eu)aturo, nu.

// Ocorre em palavras como: oração, côr, avô.

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Page 7: MONOGRAFIA DE WELLINGTON

// Ocorre em palavras como: hora, cor, avó.

1.3. Os símbolos fonéticos das vogais do inglês

A língua inglesa diferentemente do português possui onze fonemas vocálicos,

sendo todos eles orais, tornando a pronuncia de tais fonemas um grande desafio para os

aprendizes brasileiros de língua inglesa, pois a língua portuguesa faz largo uso de sons nasais,

enquanto que na língua inglesa os sons nasais praticamente não existe. Os fonemas vocálicos

são apresentados por Celce-Murcia/Briton/Goddwin (1996) da seguinte forma:

// Ocorre em palavras como: cease, beat, greed.

// Ocorre em palavras como: tip, bit, pit.

// Ocorre em palavras como: safe, bait, break.

// Ocorre em palavras como: set, bet, pet.

// Ocorre em palavras como: hat, bad, cattle.

// Ocorre em palavras como: hut, nuts, pump.

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Page 8: MONOGRAFIA DE WELLINGTON

// Ocorre em palavras como: hot, lot, box.

// Ocorre em palavras como: food, looke, crew.

// Ocorre em palavras como: foot, lool, room.

// Ocorre em palavras como: soap, boat, rope.

// Ocorre em palavras como: Paul, bought, naught.

CAPITULO 2: UM ESTUDO COMPARATIVO DAS VOGAIS DO

INGLÊS E DO PORTUGUÊS

Em uma língua, existem valores sonoros diferentes para cada símbolo alfabético.

Por essa razão, a ortografia por si só, não nos dá uma orientação clara sobre a pronuncia da

língua e seus dialetos. Esses sons constituem a língua, a qual é definida por Saussure (1995, p.

22) como sendo “a parte social da linguagem, exterior ao individuo, que, por si só, não pode

nem cria-la nem modifica-la”. É, pois, distinta da fala, que é a realização concreta e individual

da língua.

O erro ou omissão de um dos fones que constitui uma dada língua pode acarretar

um processo de aquisição deficiente e, conseqüentemente, fazer com que o aluno de uma

língua estrangeira seja compreendido com dificuldades. Isso ocorre porque cada língua possui

o seu próprio sistema fonológico, suas regras, suas convenções, o erro fonético, a propósito se

configura em uma das interferências mais comuns no ensino-aprendizagem de uma língua

estrangeira, e acaba dificultando a competência oral e auditiva dos alunos. No caso de

estudantes brasileiros de língua inglesa uma das principais dificuldades que eles enfrentam é a

produção e compreensão dos sons vocálicos do inglês.

Na língua inglesa, o número de fonemas vocálicos é maior do que o número de

fonemas vocálicos do português, constituindo dessa forma um grande obstáculo para

estudantes brasileiros de língua inglesa, no que se refere a pronuncia dessas vogais.

Na língua portuguesa, podemos notar uma menor ocorrência de palavras

monossilábicas e uma média superior de sílabas por palavra, dessa forma o número de

fonemas vocálicos não precisa ser tão grande, dessa forma a diferença entre cada vogal pode

ser maior.

Por outro lado, na língua inglesa há uma grande ocorrência de palavras

monossilábicas tornando o inglês uma língua bastante econômica, exigindo um maior número

de fonemas vocálicos para atender a essa maior demanda de um sistema com um número

reduzido combinações possíveis.

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Page 9: MONOGRAFIA DE WELLINGTON

Portanto, devido ao grande número de fonemas vocálicos no sistema fonológico

da língua inglesa, a diferença entre cada fonema tende a ser mínima, o que requer uma maior

precisão auditiva por parte dos falantes dessa língua, tanto no reconhecimento quanto na

produção oral.

Podemos notar que devido ao fato de o inglês apresentar uma maior quantidade de

fonemas vocálicos e a diferença entre cada um ser muito pequena, constitui o principal

problema para aprendizes brasileiros de língua inglesa, tanto na produção oral como na

compreensão desses fonemas.

Faremos nesse capítulo uma descrição do sistema vocálico do inglês e do

português, e posteriormente será feito uma comparação entre os dois sistemas visando

explicitar os possíveis equívocos dos alunos na produção dos fonemas vocálicos da língua

inglesa.

2.1. As vogais do inglês

Dentre as onze vogais do sistema fonológico do inglês cinco se encontra na

posição anterior ou palatal: a alta anterior fechada /i/; a alta anterior aberta //; a média

anterior fechada //; a média anterior aberta // e a baixa anterior fechada //. Há duas vogais

na posição central: a média central // e a baixa central //. E há quatro vogais na posição

posterior ou velar: a alta posterior fechada //; a alta posterior aberta //; a média posterior

fechada /o/ e a baixa posterior fechada //.

2.1.1. As vogais anteriores

// é a vogal anterior alta fechada. É produzida com a língua numa posição bem

alta e bem avançada, a boca quase fechada. Os lados da língua tocam firmemente os pré-

molares superiores. Os lábios ficam tensos. Em geral esse som é produzido com sensível

tensão dos músculos da face e da língua.

// é a vogal anterior alta aberta. É produzida com a língua um pouco mais baixa e

mais recuada do que na produção de //. Os lábios, a língua e a boca permanecem mais

relaxados.

// Esta é a vogal anterior média fechada. Na produção dessa vogal a boca fica

mais aberta do que nas duas vogais anteriores. Há uma sensível tensão dos músculos da língua

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Page 10: MONOGRAFIA DE WELLINGTON

e da boca. Os lados da língua tocam ligeiramente os lados dos pré-molares. Os lábios ficam

abertos e relaxados. Durante a produção desse som, a língua sobe e avança para uma posição

média, desenvolvendo um som ditongado.

// vogal anterior média aberta. É produzida com a língua numa posição anterior,

ligeiramente mais baixa do que a posição tomada para a produção de //, e sem tensão

articulatória. A língua não exerce nenhuma pressão; os lados da língua tocam ligeiramente os

lados dos pré-molares superiores. Os lábios tomam uma posição mais tensa.

// vogal anterior baixa fechada. É quase sempre produzida com a língua em posição de

repouso. Ou seja, a passagem pela qual o ar escapa é ampla e profunda, formada muita mais

pela posição de repouso da língua do que pelas paredes da boca.

2.1.1.1. Distribuição das vogais anteriores

A vogal /i/ ocorre no início, no meio e no final de sílabas e de palavras. Exemplos:

even, breed, he.

A vogal // ocorre no início, no meio e no final de sílabas e de palavras. Exemplos:

ill, pig, city, study.

A vogal // ocorre no início, no meio e no final de sílabas e de palavras.

Exemplos: ape, grade, pay.

A vogal // ocorre no início, no meio e no final de sílabas e somente no início e

meio de palavras. Exemplos: egg, pet, pleasure.

A vogal // ocorre no início, no meio e no final de sílabas e somente no início e

meio de palavras. Exemplos: apple, pack, cat.

2.1.2. As vogais centrais

// vogal central média. Esta vogal é produzida com os lábios entreabertos em

quase toda sua extensão, sem esforço nem tensão em parte alguma do aparelho fonador. A

língua fica em posição de repouso no centro da boca. Geralmente nem os lados nem a ponta

da língua tocam parte alguma da boca.

// vogal central inferior. É articulada com o maxilar inferior numa posição mais

baixa do que ficaria numa posição normal de repouso. O maxilar fica tão abaixado que é

necessário um ligeiro esforço muscular. Como consequência, os lábios também ficam bem

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Page 11: MONOGRAFIA DE WELLINGTON

separados. A ponta da língua toca um ponto tão baixo quanto possível e sua parte posterior,

em compensação ergue-se um pouco.

2.1.2.1. Distribuição das vogais centrais

A vogal // ocorre no início, no meio e no final de sílabas e de palavras. Exemplos:

up, cut, must.

A vogal // ocorre no início, no meio e no final de sílabas e de palavras. Exemplos:

arm, option, cart, spa.

2.1.3. As vogais posteriores

// vogal posterior alta fechada. Sua produção exige tensão e esforço. Os lábios se

arredondam e projeta-se para frente o máximo possível. A ponta da língua retrai-se bem para

trás e não toca parte alguma, mas seus lados encostam firmemente, por certa extensão, ao

longo dos alvéolos superiores.

// vogal posterior alta aberta. É articulada com os lábios menos arredondados do

que para a produção da vogal // e sem nenhuma tensão muscular, nem na língua nem nos

lábios. A língua fica numa posição mais baixa, a boca um pouco mais aberta.

// vogal posterior média fechada. É produzida com os lábios menos arredondados

e com a boca um pouco mais aberta do que para a produção de // e com tensão muscular na

língua e na boca. Durante sua produção, a língua avança e sobe para a posição de //

desenvolvendo um som ditongado.

// vogal posterior baixa fechada. É produzida com os lábios um pouco projetados

para a frente e arredondados, apresentando contudo, o menor grau de arredondamento dos

lábios de todas as vogais posteriores. A boca fica bastante aberta e a língua quase na mesma

posição que para a produção de /a/, com a parte posterior ligeiramente erguida.

2.1.3.1. Distribuição das vogais posteriores

A vogal // ocorre no início, no meio e no final de sílabas e de vocábulo. Exemplo:

ooze, pool, too.

A vogal // corre no início, no meio e no final de sílabas e somente no início e no

meio de vocábulo. Exemplo: good, oops, push.

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Page 12: MONOGRAFIA DE WELLINGTON

A vogal /o/ ocorre no início, no meio e no final de sílabas e de vocábulo.

Exemplos: oak, scold, go.

// ocorre no início, no meio e no final de sílabas e de vocábulo. Exemplo: off, law, course.

2.2. As vogais do português

O português possui sete fonemas vocálicos orais, sendo que três encontram-se na

posição anterior ou palatal: a alta anterior não-arredondada //, a média anterior não-arredonda

// e a média anterior não-arredondada //. Uma encontra-se na posição central: a central

baixa //. E três na posição posterior: a alta posterior arredondada //, a média posterior

arredondada // e a média posterior arredondada //.

2.2.1. As vogais anteriores

// vogal anterior alta não-arredondada. É produzida com a língua um pouco

avançada. O pré-dorso se eleva para produzir um estreitamento com a região pré-palatal. Os

bordos laterais da língua adaptam-se a região alveolar dos molares superiores, de modo que,

entre a linha média do dorso e alinha média da abobada palatina fique um canal mais ou

menos estreito, mas completamente desimpedido por onde passa a corrente do ar expirado. Os

lábios não se arredondam. Durante a produção da vogal, o palato mole se acha levantado,

fazendo com que a corrente de ar escape apenas pela boca.

// vogal anterior média não-arredondada. É produzido com o pré-dorso da língua

elevando-se para a região pré-palatal. Os bordos laterais da língua adaptam-se à região

alveolar dos molares superiores, de modo que , entre a linha média do dorso e a linha média

da abóbada palatina fique um canal menos estreito do que o formado para a produção da

vogal /i/, por onde passa a corrente do ar expirado. os lábios não se arredondam. Durante a

produção da vogal o palato mole se acha levantado, fazendo com que a corrente de ar escape

apenas pela boca.

// vogal anterior média não-arredondada. É produzida também com o pré-dorso

da língua elevando-se para a região pré-palatal e com os bordos laterais da língua adaptando-

se à região alveolar dos molares superiores, mas o canal formado é ainda menos estreito do

que o formado para a produção da vogal // por onde passa a corrente do ar expirado. Os

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Page 13: MONOGRAFIA DE WELLINGTON

lábios não se arredondam. Durante a produção da vogal, o palato mole acha-se levantado,

fazendo com que o ar escape apenas pela boca.

2.2.1.1. Distribuição das vogais anteriores

As vogais orais anteriores //, // e // ocorrem no início, no meio e no final de

sílabas e de vocábulo. Exemplos:

/i/ ilha, mil, aqui

/e/ mesa, verdade, você.

/3/ ela, mel, café.

2.2.2. As vogais centrais

O português tem somente uma vogal oral central. É a vogal central baixa /a/. Para

sua posição a língua toma uma forma horizontal, muito semelhante a que ela assume quando

respiramos em silêncio, com a boca entreaberta. A abertura bilabial é bem natural. A vogal

oral central /a/ é classificada por muitos lingüistas como vogal neutra.

2.2.2.1. Distribuição das vogais centrais

A vogal central // ocorre no início, no meio e no final de sílabas e de vocábulo.

Exemplos: aço, tal, lá.

2.2.3. As vogais posteriores

// é a vogal posterior alta arredondada. Na sua produção a língua recua, ao mesmo

tempo que sua parte posterior levanta-se na direção do véu-palatino. Os lábios se arredondam.

A abertura do espaço bucal por onde passa a corrente de ar expirado é mínima. Durante a

produção da vogal o palato mole se acha levantado, fazendo com que a corrente de ar escape

apenas pela boca.

// vogal posterior média arredondada. Na sua produção, a língua conserva-se

numa posição normal de repouso, um tanto recuada. Os lábios arredondam-se um pouco

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Page 14: MONOGRAFIA DE WELLINGTON

menos do que para a produção da vogal //. A abertura do espaço bucal por onde passa a

corrente do ar expirado é, conseqüentemente, também um pouco maior na produção da

vogal //, do que na da vogal //.

// vogal posterior média arredondada. Na sua produção língua recua ainda mais

do que para a produção da vogal //, conservando-se também em repouso. Os lábios se

arredondam um pouco menos ainda.

2.2.3.1. Distribuição das vogais posteriores

As vogais posteriores // , // e // ocorrem no início, no meio e no final de sílabas

e de vocábulos. Exemplos:

/u/ uva, azul, tatu.

/o/ ovo, cor, avô.

/c/ hora, costa, avó.

2.3. Comparação dos fonemas vocálicos do inglês e do português

O estudante brasileiro não terá problemas em pronunciar a vogal alta fechada /i/

do inglês, pois esse fonema ocorre de forma semelhante na língua portuguesa como também

as duas vogais anteriores médias, // e /3/. Embora a vogal anterior média fechada //

apresente-se ditongado (semelhante a um ditongo) no inglês, e no português seja um fonema

de núcleo simples, dificilmente ocorrerá algum erro fonológico na produção desse fonema.

Entretanto, o inglês possui duas outras vogais, entretanto, o inglês possui duas outras vogais

anteriores que não encontram correspondentes no quadro dos fonemas da língua portuguesa: a

vogal anterior superior mais baixa // e a vogal anterior inferior //. Desse modo, existe a

possibilidade de ocorrência de erro fonológico. Os estudantes brasileiros tendem a substituir

esses dois fonemas pelos do português que lhes parecem mais próximos dentro da estrutura

geral de sua própria língua. Assim, os alunos tendem a substituir a vogal anterior alta

aberta // pela vogal anterior alta /i/ do português. Desse modo, neutralizam o contraste

fonológico que existe entre pares mínimos como:

/i/ //

Beach bitch

Beat bit

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Page 15: MONOGRAFIA DE WELLINGTON

Cheap chip

Eat it

Feel fill

Feet fit

Heat hit

Seat sit

Qualquer neutralização entre esses fonemas pode gerar um sério problema, uma

vez que os fonemas /i/ e // do inglês ocorrem com muita freqüência como único elemento

diferenciador.

Por outro lado, tendem também a substituir a vogal anterior baixa // do inglês

pela anterior média // do português. É bastante freqüente a ocorrência de erro fonológico

nesta área e, talvez seja um dos obstáculos mais árduos que um aluno brasileiro possa

encontrar, ao aprender os fonemas da língua inglesa. É muito difícil para um estudante

brasileiro ouvir e, consequentemente produzir a diferença existente as vogais de pares

mínimos como:

// /ae/

bed bad

beg bag

dead dad

end and

flesh flash

lend land

men man

met mat

esses pares são freqüentemente pronunciados por estudantes brasileiros como se a primeira

vogal fosse sempre a anterior //.

Com relação à vogal central baixa // praticamente não existe a possibilidade de

ocorrer problemas de pronuncia uma vez que esse fonema encontra-se presente nas duas

línguas, mas pode haver erro fonológico quanto a vogal central média //, pois esse fonema da

língua inglesa não correspondente no sistema fonológico do português. Os estudantes

brasileiros tendem a substituir esse fonema pelo da sua própria língua que lhe pareça ser mais

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Page 16: MONOGRAFIA DE WELLINGTON

próximo dentro da estrutura geral de sua língua. Neste caso, os alunos tendem a substituir //

ou pelo fonema // do português, levados em grande parte pela sugestão da grafia ou então

pelo fonema central inferior /a/ do português. Conseqüentemente os estudantes neutralizam o

contraste fonológico que existe entre os pares mínimos como:

// //

rub rab

duck dock

cup cop

but bot

cuff coffee

// //

bulk book

luck look

tuck took

No que diz respeito às vogais posteriores como: a vogal posterior alta fechada // ,

a vogal posterior média // e a vogal posterior baixa // os estudantes brasileiros não terão

muita dificuldade em pronunciá-las, pois tais fonemas estão presentes nas duas línguas.

Embora a vogal alta fechada // do inglês seja produzida de forma mais tensa do que o fonema

// do português, o aluno brasileiro não terá problemas quanto a sua pronuncia. Entretanto o

inglês possui uma outra vogal posterior que não encontra correspondente no quadro dos

fonemas do português: a vogal posterior alta aberta //. Neste caso pode ocorrer erro

fonológico quanto a sua produção. Os estudantes tendem a substituir esse fonema pelo do

português que possa lhe parecer mais próximo dentro do quadro dos fonemas de sua própria

língua, isto é tendem a substituir a vogal posterior alta // pela vogal posterior // do

português. Desse modo, eles neutralizam o único contraste que existe entre os pares mínimos

como:

// //

luke look

fool full

pool pull

27

Page 17: MONOGRAFIA DE WELLINGTON

stewed stood

Um outro problema que os aprendizes brasileiros encontrarão será a distinção

entre os fonemas // e // do inglês. Na maioria das vezes // será percebido como // do

português. Este problema é agravado pelo fato de que o fonema // do inglês é muitas vezes

representado na ortografia pela letra “o”, a qual freqüentemente corresponde, em português, a

//, como na palavra pó. Sendo // do português muito parecido com // do inglês, como por

exemplo na palavra law /l/, haverá possibilidade de erro fonológico, como nos seguintes

exemplos:

// //

collar caller

cot caught

are or

farm form

CAPITULO 3: SUGESTÕES PARA O DESENVOLVIMENTO DA

PRONÚNCIA DAS VOGAIS DO INGLÊS PARA ALUNOS

BRASILEIROS.

Depois da elaboração da analise contrastivas das vogas do português e do inglês e

constatadas as principais dificuldades enfrentadas por alunos brasileiros de língua inglesa,

passamos a apresentar uma serie de exercícios que ajudarão aos alunos a superar certas

deficiências na produção dos fonemas vocálicos do inglês, principalmente os citados neste

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Page 18: MONOGRAFIA DE WELLINGTON

trabalho. Todos os exercícios sugeridos nesse trabalho foram extraídos do livro “Pronouncing

American English”.

1. Pratique o contraste entre os pares de frases. A primeira frase de cada par tem o

som // e a segunda tem o som // .

1. Pratique o contraste entre // como em “see” e // como em sit. Escute e repita cada

par de palavra.

// //

1. eat it

2. each itch

3. reach rich

4. seat sit

5. feet fit

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6. beat bit

7. heat hit

8. least list

9. deep dip

10. leap lip

2. pratique o contraste entre o som // como em cat e o som // como em met.

3. Pratique os sons contrastivos nos pares de frases. A primeira frase de cada par tem os

som // e o segundo tem o som //. Escute e repita.

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4. Pratique os sons contrastivos entre // como em “not”, // como em “cat” e // como

em “met”.

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5. Pratique os sons contrastivos nos pares de frases. A primeira frase de cada par tem o

som // e a segunda tem o som //. Escute e repita.

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Page 23: MONOGRAFIA DE WELLINGTON

6. Pratique os sons contrastivos entre // como em “up” com // como em “cat”.

7. Pratique os sons contrastivos nos pares de frases. A primeira frase de cada par tem o

som // e a segunda tem o som //. Escute e repita.

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8. Pratique os sons contrastivos entre // como em “all” com // como em “up”.

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Page 25: MONOGRAFIA DE WELLINGTON

9. Pratique os sons contrastivos nos pares de frases. A primeira frase de cada par tem o

som // e o segundo tem o som //. Escute e repita.

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Page 26: MONOGRAFIA DE WELLINGTON

10. Pratique os sons contrastivos entre som // como em “do” e o som // como em book.

11. Pratique os sons contrastivos nos pares de frases. A primeira frase de cada para tem o

som // e o segundo tem o som //. Escute e repita.

37

Page 27: MONOGRAFIA DE WELLINGTON

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Page 28: MONOGRAFIA DE WELLINGTON

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O ensino-aprendizagem de uma estrangeira é sempre um desafio para a

criatividade de professores e alunos. Pensar em novas formas de contornar os vários

obstáculos, seja de ordem material ou de natureza marcadamente cultural, exige sempre um

esforço de elaborações de novas estratégias.

Tendo em vista as novas conjunturas, incluindo reestruturação dos objetivos do

ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras a partir da consolidação da globalização, a

definição de novas estratégias de trabalho com a língua estrangeira se configura em um fator

imprescindível para garantir um mínimo êxito na aprendizagem.

Foi nessa perspectiva que procuramos trazer algumas sugestões para os

professores de língua inglesa desejosos de auxiliar seus alunos a contornarem seus problemas

na âmbito da pronúncia. Afinal, com a afirmação da abordagem comunicativa, tornou-se hoje

muito relevante saber expressar-se oralmente na língua estrangeira, e não apenas os aspectos

instrumentais da nova língua.

No curso de nossas argumentações, iniciamos com uma breve análise de alguns

princípios básicos da Fonética e da Fonologia, ao que se seguiu a uma descrição das vogais do

inglês e das vogais orais do português e em seguida fizemos uma análise contrastiva entre os

dois sistemas vocálicos, através do qual mostramos a diferença entre esses dois sistemas e os

equívocos que os estudantes brasileiros cometem com relação à pronúncia das vogais do

inglês.

Como fechamento de nosso trabalho, selecionamos e apresentamos algumas

sugestões de exercícios com o fim de ajudar os professores e alunos de inglês na superação de

problemas de pronúncia nesse idioma.

Claro que não tivemos a mínima pretensão de estarmos apontando receitas

infalíveis ou apresentando formulas mágicas. Antes, nosso alvo foi apenas contribuir com a

promoção de um amplo debate entre os profissionais envolvidos nesse processo. Se isso, de

fato, ocorrer, estaremos plenamente satisfeitos pelo esforço despendido na elaboração deste

trabalho de pesquisa.

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Page 29: MONOGRAFIA DE WELLINGTON

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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MUSSALIM, Fernanda; BENTES Anna Christina (org.). Introdução à lingüística – domínios e fronteiras. 2. ed. São Paulo: Cortez editora, 2001.

FIORIN, José Luiz. Introdução à lingüística – Princípios de análise. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2003.

SILVA, Thais Cristófora. Fonética e Fonologia do Português – roteiro de estudos e guia de exercícios. 7. ed. São paulo: Contexto, 1999.

ROACH, Peter. English Phonetics and Phonology – A prctical course. 8. ed. Cambridge: Cambridge University Press, 1989.

DUBOIS, Jean. Dicionário de lingüística. São Paulo: Cultrix, 1973.

TRASK, T.L. Dicionário de linguagem e lingüística. São Paulo: Contexto, 2004.

ORION, Gertrude F. Pronouncing American English – Sounds, Stress, and Intonation. 2. ed. New York: Heinle & Heinle Publishers, 1997.

CELCE-MURCIA, Marianne; BRITON, Donna M; GOODWIN, Janet M. Teaching Pronouciation – A Reference for Teachers of English to Speakers of Other Languages. Cambridge: Cambridge University Press, 1996.

LYONS, John. Linguagem e Lingüística – uma introdução. Xxxxxxxxx: xxxxxxxx, xxxx.

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