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2816 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N. o 71 — 25 de Março de 2002 MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS Decreto n. o 6/2002 de 25 de Março A legislação que vigora na ordem jurídica interna para concretizar o direito às medidas de protecção social para ex-trabalhadores de empresas CECA que beneficiam de comparticipações financeiras comunitárias tem como parâmetros o quadro comunitário fixado na Convenção entre a Comissão das Comunidades Europeias e o Governo Português para definir as condições e moda- lidades de concessão dos auxílios previstos na alínea c) do n. o 1 e na alínea b) do n. o 2 do artigo 56. o do Tratado CECA, aprovada pelo Decreto n. o 39/90, de 25 de Setembro, com as alterações aprovadas pelo Decreto n. o 11/95, de 29 de Abril. Tendo em atenção o desenvolvimento dos planos de reestruturação da actividade siderúrgica, impõe-se a fle- xibilização daquele quadro legal, adaptando-o às espe- cificações sociais da realidade nacional decorrentes da cessação definitiva da produção de aço. Segundo o entendimento alcançado entre as auto- ridades portuguesas e a Comissão Europeia, defini- ram-se ajustamentos das normas da Convenção respei- tantes à atribuição da pré-reforma CECA. O Tratado que institui a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço é de duração limitada, cessando a sua vigência em 23 de Julho de 2002, dado que tem a duração de 50 anos a partir da data da sua entrada em vigor, isto é, o dia 23 de Julho de 1952. Compreen- de-se, por isso, que seja impreterível aprovar antes da data de fim de produção de efeitos do Tratado CECA as alterações à referida Convenção entre a Comissão das Comunidades Europeias e o Governo Português. Assim: Nos termos da alínea c) do n. o 1 do artigo 197. o da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Artigo 1. o Alterações à Convenção São aprovadas as alterações à alínea a) do n. o 1e à alínea a) do n. o 4 do artigo 6. o da Convenção entre a Comissão das Comunidades Europeias e o Governo Português para definir as condições e modalidades de concessão dos auxílios previstos na alínea c) do n. o 1 e na alínea b) do n. o 2 do artigo 56. o do Tratado CECA, assinada em Bruxelas a 13 de Julho de 1989, conforme cópia autenticada em língua portuguesa que segue em anexo. Artigo 2. o Produção de efeitos O presente decreto produz efeitos a partir de 1 de Março de 2001. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 17 de Janeiro de 2002. — António Manuel de Oliveira Guter- res — Jaime José Matos da Gama — Guilherme d’Oliveira Martins — Luís Garcia Braga da Cruz — Paulo José Fer- nandes Pedroso. Assinado em 1 de Março de 2002. Publique-se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. Referendado em 7 de Março de 2002. O Primeiro-Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres. Alterações ao texto da Convenção entre a Comissão das Comu- nidades Europeias e o Governo Português para definir as condições e modalidades de concessão dos auxílios pre- vistos na alínea c) do n. o 1 e na alínea b) do n. o 2 do artigo 56. o do Tratado CECA. Ao artigo 6. o , n. o 1, alínea a), entre o primeiro e o segundo parágrafos, é aditado um novo parágrafo, com a seguinte redacção: «Prestações que recebe o trabalhador com 50 anos ou mais, abrangido pela cessação definitiva da produção de aço, como complemento das prestações adquiridas por força das quotizações para o regime de pensão, des- tinadas a garantir-lhe um rendimento até à idade de reforma.» O artigo 6. o , n. o 4, alínea a), segundo parágrafo, passa a ter a seguinte redacção: «Indemnização por cessação de contrato: quantia única que o trabalhador recebe quando abandona defi- nitivamente a empresa, aceitando o despedimento, quer no âmbito de um despedimento involuntário, quer no âmbito do termo de um contrato, qualificado como ‘ces- sação por mútuo acordo’.» Decreto n. o 7/2002 de 25 de Março Reconhecendo que a alteração do clima da Terra e os seus efeitos negativos são uma preocupação comum da humanidade; Preocupados por as actividades humanas terem aumentado substancialmente na atmosfera as concen- trações de gases com efeito de estufa e pelo facto de esse aumento estar a contribuir para o crescimento do efeito de estufa natural, o que irá resultar num aque- cimento médio adicional da superfície da Terra e da atmosfera, podendo afectar adversamente os ecossiste- mas naturais e a humanidade, os Estados reunidos no âmbito da Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento, em 1992 (Conferência do Rio), adoptaram os mecanismos necessários ao com- bate às alterações climáticas. Neste âmbito, foi por aquela ocasião aberta para assinatura a Convenção Qua- dro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas. Portugal é Parte da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas desde 13 de Junho de 1992, tendo procedido à sua ratificação em 21 de Junho de 1993, através do Decreto n. o 20/93, publicado na 1. a série-A do Diário da República, n. o 14, de 21 de Junho de 1993. Esta Convenção tem por objectivo a estabilização das concentrações na atmosfera de gases com efeito de estufa a um nível que evite uma interferência antro- pogénica perigosa com o sistema climático. Tal nível deveria ser atingido durante um espaço de tempo sufi- ciente para permitir a adaptação natural dos ecossis- temas às alterações climáticas, para garantir que a pro- dução de alimentos não seja ameaçada e para permitir que o desenvolvimento económico prossiga de uma forma sustentável (cf. artigo 2. o da Convenção). Assim, na prossecução destes propósitos e tendo em consideração o disposto no seu artigo 3. o , na Terceira Conferência das Partes, que teve lugar em Quioto, foi adoptado o Protocolo que agora se pretende aprovar. Neste âmbito, a Resolução do Conselho de Ministros n. o 59/2001, publicada no Diário da República, 1. a série-B, n. o 125, de 30 de Maio de 2001, que esta- belece a Estratégia para as Alterações Climáticas, iden- tifica a aprovação do Protocolo de Quioto como uma das linhas fundamentais dessa estratégia.

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2816 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 71 — 25 de Março de 2002

MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS

Decreto n.o 6/2002de 25 de Março

A legislação que vigora na ordem jurídica interna paraconcretizar o direito às medidas de protecção social paraex-trabalhadores de empresas CECA que beneficiamde comparticipações financeiras comunitárias tem comoparâmetros o quadro comunitário fixado na Convençãoentre a Comissão das Comunidades Europeias e oGoverno Português para definir as condições e moda-lidades de concessão dos auxílios previstos na alínea c)do n.o 1 e na alínea b) do n.o 2 do artigo 56.o do TratadoCECA, aprovada pelo Decreto n.o 39/90, de 25 deSetembro, com as alterações aprovadas pelo Decreton.o 11/95, de 29 de Abril.

Tendo em atenção o desenvolvimento dos planos dereestruturação da actividade siderúrgica, impõe-se a fle-xibilização daquele quadro legal, adaptando-o às espe-cificações sociais da realidade nacional decorrentes dacessação definitiva da produção de aço.

Segundo o entendimento alcançado entre as auto-ridades portuguesas e a Comissão Europeia, defini-ram-se ajustamentos das normas da Convenção respei-tantes à atribuição da pré-reforma CECA.

O Tratado que institui a Comunidade Europeia doCarvão e do Aço é de duração limitada, cessando asua vigência em 23 de Julho de 2002, dado que tema duração de 50 anos a partir da data da sua entradaem vigor, isto é, o dia 23 de Julho de 1952. Compreen-de-se, por isso, que seja impreterível aprovar antes dadata de fim de produção de efeitos do Tratado CECAas alterações à referida Convenção entre a Comissãodas Comunidades Europeias e o Governo Português.

Assim:Nos termos da alínea c) do n.o 1 do artigo 197.o da

Constituição, o Governo decreta o seguinte:

Artigo 1.o

Alterações à Convenção

São aprovadas as alterações à alínea a) do n.o 1 eà alínea a) do n.o 4 do artigo 6.o da Convenção entrea Comissão das Comunidades Europeias e o GovernoPortuguês para definir as condições e modalidades deconcessão dos auxílios previstos na alínea c) do n.o 1e na alínea b) do n.o 2 do artigo 56.o do Tratado CECA,assinada em Bruxelas a 13 de Julho de 1989, conformecópia autenticada em língua portuguesa que segue emanexo.

Artigo 2.o

Produção de efeitos

O presente decreto produz efeitos a partir de 1 deMarço de 2001.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 17de Janeiro de 2002. — António Manuel de Oliveira Guter-res — Jaime José Matos da Gama — Guilherme d’OliveiraMartins — Luís Garcia Braga da Cruz — Paulo José Fer-nandes Pedroso.

Assinado em 1 de Março de 2002.Publique-se.O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.

Referendado em 7 de Março de 2002.O Primeiro-Ministro, António Manuel de Oliveira

Guterres.

Alterações ao texto da Convenção entre a Comissão das Comu-nidades Europeias e o Governo Português para definir ascondições e modalidades de concessão dos auxílios pre-vistos na alínea c) do n.o 1 e na alínea b) do n.o 2 do artigo 56.odo Tratado CECA.

Ao artigo 6.o, n.o 1, alínea a), entre o primeiro eo segundo parágrafos, é aditado um novo parágrafo,com a seguinte redacção:

«Prestações que recebe o trabalhador com 50 anosou mais, abrangido pela cessação definitiva da produçãode aço, como complemento das prestações adquiridaspor força das quotizações para o regime de pensão, des-tinadas a garantir-lhe um rendimento até à idade dereforma.»

O artigo 6.o, n.o 4, alínea a), segundo parágrafo, passaa ter a seguinte redacção:

«Indemnização por cessação de contrato: quantiaúnica que o trabalhador recebe quando abandona defi-nitivamente a empresa, aceitando o despedimento, querno âmbito de um despedimento involuntário, quer noâmbito do termo de um contrato, qualificado como ‘ces-sação por mútuo acordo’.»

Decreto n.o 7/2002de 25 de Março

Reconhecendo que a alteração do clima da Terra eos seus efeitos negativos são uma preocupação comumda humanidade;

Preocupados por as actividades humanas teremaumentado substancialmente na atmosfera as concen-trações de gases com efeito de estufa e pelo facto deesse aumento estar a contribuir para o crescimento doefeito de estufa natural, o que irá resultar num aque-cimento médio adicional da superfície da Terra e daatmosfera, podendo afectar adversamente os ecossiste-mas naturais e a humanidade, os Estados reunidos noâmbito da Conferência das Nações Unidas sobreAmbiente e Desenvolvimento, em 1992 (Conferênciado Rio), adoptaram os mecanismos necessários ao com-bate às alterações climáticas. Neste âmbito, foi poraquela ocasião aberta para assinatura a Convenção Qua-dro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas.

Portugal é Parte da Convenção Quadro das NaçõesUnidas sobre Alterações Climáticas desde 13 de Junhode 1992, tendo procedido à sua ratificação em 21 deJunho de 1993, através do Decreto n.o 20/93, publicadona 1.a série-A do Diário da República, n.o 14, de 21 deJunho de 1993.

Esta Convenção tem por objectivo a estabilização dasconcentrações na atmosfera de gases com efeito deestufa a um nível que evite uma interferência antro-pogénica perigosa com o sistema climático. Tal níveldeveria ser atingido durante um espaço de tempo sufi-ciente para permitir a adaptação natural dos ecossis-temas às alterações climáticas, para garantir que a pro-dução de alimentos não seja ameaçada e para permitirque o desenvolvimento económico prossiga de umaforma sustentável (cf. artigo 2.o da Convenção).

Assim, na prossecução destes propósitos e tendo emconsideração o disposto no seu artigo 3.o, na TerceiraConferência das Partes, que teve lugar em Quioto, foiadoptado o Protocolo que agora se pretende aprovar.

Neste âmbito, a Resolução do Conselho de Ministrosn.o 59/2001, publicada no Diário da República,1.a série-B, n.o 125, de 30 de Maio de 2001, que esta-belece a Estratégia para as Alterações Climáticas, iden-tifica a aprovação do Protocolo de Quioto como umadas linhas fundamentais dessa estratégia.

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N.o 71 — 25 de Março de 2002 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2817

Este Protocolo destina-se a tornar operacional e dareficácia jurídica aos objectivos da Convenção Quadrodas Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, comvista a garantir o combate efectivo às alterações cli-máticas através do estabelecimento de compromissosquantificados de limitação ou redução das emissões dosseis principais gases com efeito de estufa (GEE) porsi regulados e tendo em vista uma redução global dasmesmas em, pelo menos, 5% abaixo dos níveis de 1990.

Com vista a garantir o cumprimento das obrigaçõesestabelecidas, o Protocolo de Quioto prevê a adopçãode um sistema de cumprimento contendo os procedi-mentos e mecanismos adequados e eficazes para deter-minar situações de não cumprimento das suas dispo-sições e definir as consequências daí resultantes.

Portugal, enquanto membro da União Europeia, estávinculado à aprovação daquele instrumento jurídicointernacional, por forma a contribuir para o alcance dosobjectivos, europeu e internacional, de uma efectivaredução global das emissões de gases com efeito deestufa.

No quadro da União Europeia e das obrigações decor-rentes do Protocolo de Quioto, Portugal deve limitaro aumento das suas emissões em 27%, em relação a1990. Para garantir o cumprimento deste ambiciosoobjectivo, desde já se impõe a rápida aprovação do Pro-tocolo, passo essencial para justificar a implementaçãoe o desenvolvimento de políticas e medidas internas aaplicar, de forma ajustada e proporcional, aos váriossectores económicos abrangidos.

Assim:Nos termos da alínea c) do n.o 1 do artigo 197.o da

Constituição, o Governo decreta o seguinte:

Artigo único

É aprovado o Protocolo de Quioto à Convenção Qua-dro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas,assinado em Nova Iorque em 29 de Abril de 1998, cujacópia autenticada da versão original na língua inglesae respectiva cópia autenticada da tradução certificadana língua portuguesa seguem em anexo.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 19 deDezembro de 2001. — António Manuel de Oliveira Guter-res — Jaime José Matos da Gama — Guilherme d’OliveiraMartins — Luís Manuel Capoulas Santos — Júlio Domin-gos Pedrosa da Luz de Jesus — José Sócrates CarvalhoPinto de Sousa — José Mariano Rebelo PiresGago — António José Martins Seguro.

Assinado em 1 de Março de 2002.

Publique-se.

O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.

Referendado em 7 de Março de 2002.

O Primeiro-Ministro, António Manuel de OliveiraGuterres.

KYOTO PROTOCOL TO THE UNITED NATIONS FRAMEWORKCONVENTION ON CLIMATE CHANGE

The Parties to this Protocol:

Being Parties to the United Nations FrameworkConvention on Climate Change, hereinafterreferred to as «the Convention»;

In pursuit of the ultimate objective of the Con-vention as stated in its article 2;

Recalling the provisions of the Convention;Being guided by article 3 of the Convention;Pursuant to the Berlin Mandate adopted by deci-

sion 1/CP.1 of the Conference of the Parties tothe Convention at its first session;

have agreed as follows:

Article 1

For the purposes of this Protocol, the definitions con-tained in article 1 of the Convention shall apply. Inaddition:

1) «Conference of the Parties» means the Con-ference of the Parties to the Convention;

2) «Convention» means the United Nations Fra-mework Convention on Climate Change, adop-ted in New York on 9 May 1992;

3) «Intergovernmental Panel on Climate Change»means the Intergovernmental Panel on ClimateChange established in 1988 jointly by the WorldMeteorological Organization and the UnitedNations Environment Programme;

4) «Montreal Protocol» means the Montreal Pro-tocol on Substances that Deplete the OzoneLayer, adopted in Montreal on 16 September1987 and as subsequently adjusted and amen-ded;

5) «Parties present and voting» means Parties pres-ent and casting an affirmative or negative vote;

6) «Party» means, unless the context otherwiseindicates, a Party to this Protocol;

7) «Party included in annex I» means a Party inclu-ded in annex I to the Convention, as may beamended, or a Party which has made a noti-fication under article 4, paragraph 2 g), of theConvention.

Article 2

1 — Each Party included in annex I, in achieving itsquantified emission limitation and reduction commit-ments under article 3, in order to promote sustainabledevelopment, shall:

a) Implement and or further elaborate policies andmeasures in accordance with its national cir-cumstances, such as:

i) Enhancement of energy efficiency in rel-evant sectors of the national economy;

ii) Protection and enhancement of sinks andreservoirs of greenhouse gases not con-trolled by the Montreal Protocol, takinginto account its commitments under rel-evant international environmental agree-ments; promotion of sustainable forestmanagement practices, afforestation andreforestation;

iii) Promotion of sustainable forms of agri-culture in light of climate change con-siderations;

iv) Research on, and promotion, develop-ment and increased use of, new andrenewable forms of energy, of carbon

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2818 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 71 — 25 de Março de 2002

dioxide sequestration technologies and ofadvanced and innovative environmentallysound technologies;

v) Progressive reduction or phasing out ofmarket imperfections, fiscal incentives,tax and duty exemptions and subsidiesin all greenhouse gas emitting sectors thatrun counter to the objective of the Con-vention and application of market instru-ments;

vi) Encouragement of appropriate reformsin relevant sectors aimed at promotingpolicies and measures which limit orreduce emissions of greenhouse gases notcontrolled by the Montreal Protocol;

vii) Measures to limit and or reduce emis-sions of greenhouse gases not controlledby the Montreal Protocol in the transportsector;

viii) Limitation and or reduction of methaneemissions through recovery and use inwaste management, as well as in the pro-duction, transport and distribution ofenergy;

b) Cooperate with other such Parties to enhancethe individual and combined effectiveness oftheir policies and measures adopted under thisarticle, pursuant to article 4, paragraph 2, e),i), of the Convention. To this end, these Partiesshall take steps to share their experience andexchange information on such policies andmeasures, including developing ways of improv-ing their comparability, transparency and effec-tiveness. The Conference of the Parties servingas the meeting of the Parties to this Protocolshall, at its first session or as soon as practicablethereafter, consider ways to facilitate such coop-eration, taking into account all relevant infor-mation.

2 — The Parties included in annex I shall pursue lim-itation or reduction of emissions of greenhouse gasesnot controlled by the Montreal Protocol from aviationand marine bunker fuels, working through the Inter-national Civil Aviation Organization and the Interna-tional Maritime Organization, respectively.

3 — The Parties included in annex I shall strive toimplement policies and measures under this article insuch a way as to minimize adverse effects, includingthe adverse effects of climate change, effects on inter-national trade, and social, environmental and economicimpacts on other Parties, especially developing countryParties and in particular those identified in article 4,paragraphs 8 and 9, of the Convention, taking intoaccount article 3 of the Convention. The Conferenceof the Parties serving as the meeting of the Parties tothis Protocol may take further action, as appropriate,to promote the implementation of the provisions of thisparagraph.

4 — The Conference of the Parties serving as themeeting of the Parties to this Protocol, if it decidesthat it would be beneficial to coordinate any of the poli-cies and measures in paragraph 1, a), above, taking intoaccount different national circumstances and potentialeffects, shall consider ways and means to elaborate thecoordination of such policies and measures.

Article 3

1 — The Parties included in annex I shall, individuallyor jointly, ensure that their aggregate anthropogenic car-bon dioxide equivalent emissions of the greenhousegases listed in annex A do not exceed their assignedamounts, calculated pursuant to their quantified emis-sion limitation and reduction commitments inscribed inannex B and in accordance with the provisions of thisarticle, with a view to reducing their overall emissionsof such gases by at least 5% below 1990 levels in thecommitment period 2008 to 2012.

2 — Each Party included in annex I shall, by 2005,have made demonstrable progress in achieving its com-mitments under this Protocol.

3 — The net changes in greenhouse gas emissions bysources and removals by sinks resulting from directhuman-induced land-use change and forestry activities,limited to afforestation, reforestation and deforestationsince 1990, measured as verifiable changes in carbonstocks in each commitment period, shall be used to meetthe commitments under this article of each Party inclu-ded in annex I. The greenhouse gas emissions by sourcesand removals by sinks associated with those activitiesshall be reported in a transparent and verifiable mannerand reviewed in accordance with articles 7 and 8.

4 — Prior to the first session of the Conference ofthe Parties serving as the meeting of the Parties to thisProtocol, each Party included in annex I shall provide,for consideration by the subsidiary body for scientificand technological advice, data to establish its level ofcarbon stocks in 1990 and to enable an estimate to bemade of its changes in carbon stocks in subsequent years.The Conference of the Parties serving as the meetingof the Parties to this Protocol shall, at its first sessionor as soon as practicable thereafter, decide upon mod-alities, rules and guidelines as to how, and which, addi-tional human induced activities related to changes ingreenhouse gas emissions by sources and removals bysinks in the agricultural soils and the land-use changeand forestry categories shall be added to, or subtractedfrom, the assigned amounts for Parties included inannex I, taking into account uncertainties, transparencyin reporting, verifiability, the methodological work ofthe Intergovernmental Panel on Climate Change, theadvice provided by the subsidiary body for scientific andtechnological advice in accordance with article 5 andthe decisions of the Conference of the Parties. Sucha decision shall apply in the second and subsequent com-mitment periods. A Party may choose to apply sucha decision on these additional human-induced activitiesfor its first commitment period, provided that theseactivities have taken place since 1990.

5 — The Parties included in annex I undergoing theprocess of transition to a market economy whose baseyear or period was established pursuant to decision 9/CP.2of the Conference of the Parties at its second sessionshall use that base year or period for the implementationof their communication under this article. Any other Partyincluded in annex I undergoing the process of transitionto a market economy which has not yet submitted itsfirst national communication under article 12 of the Con-vention may also notify the Conference of the Partiesserving as the meeting of the Parties to this Protocolthat it intends to use an historical base year or periodother than 1990 for the implementation of its commite-ments under this article. The Conference of the Parties

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N.o 71 — 25 de Março de 2002 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2819

serving as the meeting of the Parties to this Protocolshall decide on the acceptance of such notification.

6 — Taking into account article 4, paragraph 6, ofthe Convention, in the implementation of their com-mitments under this Protocol other than those underthis article, a certain degree of flexibility shall be allowedby the Conference of the Parties serving as the meetingof the Parties to this Protocol to the Parties includedin annex I undergoing the process of transition to amarket economy.

7 — In the first quantified emission limitation andreduction commitment period, from 2008 to 2012, theassigned amount for each Party included in annex I shallbe equal to the percentage inscribed for it in annex Bof its aggregate anthropogenic carbon dioxide equivalentemissions of the greenhouse gases listed in annex Ain 1990, or the base year or period determined in accor-dance with paragraph 5 above, multiplied by five. ThoseParties included in annex I for whom land-use changeand forestry constituted a net source of greenhouse gasemissions in 1990 shall include in their 1990 emissionsbase year or period the aggregate anthropogenic carbondioxide equivalent emissions by sources minus removalsby sinks in 1990 from land-use change for the purposesof calculating their assigned amount.

8 — Any Party included in annex I may use 1995 asits base year for hydrofluorocarbons, perfluorocarbonsand sulphur hexafluoride, for the purposes of the cal-culation referred to in paragraph 7 above.

9 — Commitments for subsequent periods for Partiesincluded in annex I shall be established in amendmentsto annex B to this Protocol, which shall be adoptedin accordance with the provisions of article 21, para-graph 7. The Conference of the Parties serving as themeeting of the Parties to this Protocol shall initiate theconsideration of such commitments at least seven yearsbefore the end of the first commitment period referredto in paragraph 1 above.

10 — Any emission reduction units, or any part ofan assigned amount, which a Party acquires from anotherParty in accordance with the provisions of article 6 orof article 17 shall be added to the assigned amount forthe acquiring Party.

11 — Any emission reduction units, or any part ofan assigned amount, which a Party transfers to anotherParty in accordance with the provisions of article 6 orof article 17 shall be subtracted from the assignedamount for the transferring Party.

12 — Any certified emission reductions which a Partyaquires from another Party in accordance with the pro-visions of article 12 shall be added to the assignedamount for the acquiring Party.

13 — If the emissions of a Party included in annex Iin a commitment period are less than its assigned amountunder this article, this difference shall, on request ofthat Party, be added to the assigned amount for thatParty for subsequent commitment periods.

14 — Each Party included in annex I shall strive toimplement the commitments mentioned in paragraph 1above in such a way as to minimize adverse social, envir-onmental and economic impacts on developing countryParties, particularly those identified in article 4, para-graphs 8 and 9, of the Convention. In line with relevantdecisions of the Conference of the Parties on the imple-mentation of those paragraphs, the Conference of theParties serving as the meeting of the Parties to this Pro-tocol shall, at its first session, consider what actions are

necessary to minimize the adverse effects of climatechange and or the impacts of response measures onParties referred to in those paragraphs. Among theissues to be considered shall be the establishment offunding, insurance and transfer of technology.

Article 4

1 — Any Parties included in annex I that have reachedan agreement to fulfil their commitments under article 3jointly, shall be deemed to have met those commitmentsprovided that their total combined aggregate anthro-pogenic carbon dioxide equivalent emissions of thegreenhouse gases listed in annex A do not exceed theirassigned amounts calculated pursuant to their quantifiedemission limitation and reduction commitments inscri-bed in annex B and in accordance with the provisionsof article 3. The respective emission level allocated toeach of the Parties to the agreement shall be set outin that agreement.

2 — The Parties to any such agreement shall notifythe secretariat of the terms of the agreement on thedate of deposit of their instruments of ratification, accep-tance or approval of this Protocol, or accession thereto.The secretariat shall in turn inform the Parties and sig-natories to the Convention of the terms of the agree-ment.

3 — Any such agreement shall remain in operationfor the duration of the commitment period specifiedin article 3, paragraph 7.

4 — If Parties acting jointly do so in the frameworkof, and together with, a regional economic integrationorganization, any alteration in the composition of theorganization after adoption of this Protocol shall notaffect existing commitments under this Protocol. Anyalteration in the composition of the organization shallonly apply for the purposes of those commitments underarticle 3 that are adopted subsequent to that alteration.

5 — In the event of failure by the Parties to suchan agreement to achieve their total combined level ofemission reductions, each Party to that agreement shallbe responsible for its own level of emissions set outin the agreement.

6 — If Parties acting jointly do so in the frameworkof, and together with, a regional economic integrationorganization which is itself a Party to this Protocol, eachmember State of that regional economic integrationorganization individually, and together with the regionaleconomic integration organization acting in accordancewith article 24, shall, in the event of failure to achievethe total combined level of emission reductions, beresponsible for its level of emissions as notified in accor-dance with this article.

Article 5

1 — Each Party included in annex I shall have in place,no later than one year prior to the start of the firstcommitment period, a national system for the estimationof anthropogenic emissions by sources and removals bysinks of all greenhouse gases not controlled by the Mon-treal Protocol. Guidelines for such national systems,which shall incorporate the methodologies specified inparagraph 2 below, shall be decided upon by the Con-ference of the Parties serving as the meeting of theParties to this Protocol at its first session.

2 — Methodologies for estimating anthropogenicemissions by sources and removals by sinks of all green-

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2820 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 71 — 25 de Março de 2002

house gases not controlled by the Montreal Protocolshall be those accepted by the Intergovernmental Panelon Climate Change and agreed upon by the Conferenceof the Parties at its third session. Where such meth-odologies are not used, appropriate adjustments shallbe applied according to methodologies agreed upon bythe Conference of the Parties serving as the meetingof the Parties to this Protocol at its first session. Basedon the work of, inter alia, the Intergovernmental Panelon Climate Change and advice provided by the sub-sidiary body for scientific and technological advice, theConference of the Parties serving as the meeting of theParties to this Protocol shall regularly review and, asappropriate, revise such methodologies and adjustments,taking fully into account any relevant decisions by theConference of the Parties. Any revision to methodol-ogies or adjustments shall be used only for the purposesof ascertaining compliance with commitments underarticle 3 in respect of any commitment period adoptedsubsequent to that revision.

3 — The global warming potentials used to calculatethe carbon dioxide equivalence of anthropogenic emis-sions by sources and removals by sinks of greenhousegases listed in annex A shall be those accepted by theIntergovernmental Panel on Climate Change and agreedupon by the Conference of the Parties at its third session.Based on the work of, inter alia, the IntergovernmentalPanel on Climate Change and advice provided by thesubsidiary body for scientific and technological advice,the Conferente of the Parties serving as the meetingof the Parties to this Protocol shall regularly review and,as appropriate, revise the global warming potential ofeach such greenhouse gas, taking fully into account anyrelevant decisions by the Conference of the Parties. Anyrevision to a global warming potential shall apply onlyto commitments under Article 3 in respect of any com-mitment period adopted subsequent to that revision.

Article 6

1 — For the purpose of meeting its commitmentsunder article 3, any Party included in annex I may trans-fer to, or acquire from, any other such Party emissionreduction units resulting from projects aimed at reducinganthropogenic emissions by sources or enhancinganthropogenic removals by sinks of greenhouse gasesin any sector of the economy, provided that:

a) Any such project has the approval of the Partiesinvolved;

b) Any such project provides a reduction in emis-sions by sources, or an enhancement of removalsby sinks, that is additional to any that wouldotherwise occur;

c) It does not acquire any emission reduction unitsif it is not in compliance with its obligationsunder articles 5 and 7; and

d) The acquisition of emission reduction units shallbe supplemental to domestic actions for the pur-poses of meeting commitments under article 3.

2 — The Conference of the Parties serving as themeeting of the Parties to this Protocol may, at its firstsession or as soon as practicable thereafter, further elab-orate guidelines for the implementation of this article,including for verification and reporting.

3 — A Party included in annex I may authorize legalentities to participate, under its responsibility, in actions

leading to the generation, transfer or acquisition underthis article of emission reduction units.

4 — If a question of implementation by a Party inclu-ded in annex I of the requirements referred to in thisarticle is identified in accordance with the relevant pro-visions of article 8, transfers and acquisitions of emissionreduction units may continue to be made after the ques-tion has been identified, provided that any such unitsmay not be used by a Party to meet its commitmentsunder article 3 until any issue of compliance is resolved.

Article 7

1 — Each Party included in annex I shall incorporatein its annual inventory of anthropogenic emissions bysources and removals by sinks of greenhouse gases notcontrolled by the Montreal Protocol, submitted in accor-dance with the relevant decisions of the Conference ofthe Parties, the necessary supplementary informationfor the purposes of ensuring compliance with article 3,to be determined in accordance with paragraph 4 below.

2 — Each Party included in annex I shall incorporatein its national communication, submitted under arti-cle 12 of the Convention, the supplementary informationnecessary to demonstrate compliance with its commit-ments under this Protocol, to be determined in accor-dance with paragraph 4 below.

3 — Each Party included in annex I shall submit theinformation required underparagraph 1 above annually,beginning with the first inventory due under the Con-vention for the first year of the commitment period afterthis Protocol has entered into force for that Party. Eachsuch Party shall submit the information required underparagraph 2 above as part of the first national com-munication due under the Convention after this Protocolhas entered into force for it and after the adoption ofguidelines as provided for in paragraph 4 below. Thefrequency of subsequent submission of informationrequired under this article shall be determined by theConference of the Parties serving as the meeting of theParties to this Protocol, taking into account any time-table for the submission of national communicationsdecided upon by the Conference of the Parties.

4 — The Conference of the Parties serving as themeeting of the Parties to this Protocol shall adopt atits first session, and review periodically thereafter, guide-lines for the preparation of the information requiredunder this article, taking into account guidelines for thepreparation of national communications by Parties inclu-ded in annex I adopted by the Conference of the Parties.The Conference of the Parties serving as the meetingof the Parties to this Protocol shall also, prior to thefirst commitment period, decide upon modalities for theaccounting of assigned amounts.

Article 8

1 — The information submitted under article 7 byeach Party included in annex I shall be reviewed by expertreview teams pursuant to the relevant decisions of theConference of the Parties and in accordance with guide-lines adopted for this purpose by the conference of theParties serving as the meeting of the Parties to this Pro-tocol under paragraph 4 below. The information sub-mitted under article 7, paragraph 1, by each Party inclu-ded in annex I shall be reviewed as part of the annualcompilation and accounting of emissions inventories and

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N.o 71 — 25 de Março de 2002 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2821

assigned amounts. Additionally, the information submit-ted under article 7, paragraph 2, by each Party includedin annex I shall be reviewed as part of the review ofcommunications.

2 — Expert review teams shall be coordinated by thesecretariat and shall be composed of experts selectedfrom those nominated by Parties to the Convention and,as appropriate, by intergovernmental organizations, inaccordance with guidance provided for this purpose bythe Conference of the Parties.

3 — The review process shall provide a thorough andcomprehensive technical assessment of all aspects of theimplementation by a Party of this Protocol. The expertreview teams shall prepare a report to the Conferenceof the Parties serving as the meeting of the Parties tothis Protocol, assessing the implementation of the com-mitments of the Party and identifying any potential prob-lems in, and factors influencing, the fulfilment of com-mitments. Such reports shall be circulated by the sec-retariat to all Parties to the Convention. The secretariatshall list those questions of implementation indicatedin such reports for further consideration by the Con-ference of the Parties serving as the meeting of theParties to this Protocol.

4 — The Conference of the Parties serving as themeeting of the Parties to this Protocol shall adopt atits first session, and review periodically thereafter, guide-lines for the review of implementation of this Protocolby expert review teams taking into account the relevantdecisions of the Conference of the Parties.

5 — The Conference of the Parties serving as themeeting of the Parties to this Protocol shall, with theassistance of the subsidiary body for implementationand, as appropriate, the subsidiary body for scientificand technological advice, consider:

a) The information submitted by Parties underarticle 7 and the reports of the expert reviewsthereon conducted under this article; and

b) Those questions of implementation listed by thesecretariat under paragraph 3 above, as well asany questions raised by Parties.

6 — Pursuant to its consideration of the informationreferred to in paragraph 5 above, the Conference ofthe Parties serving as the meeting of the Parties to thisProtocol shall take decisions on any matter requiredfor the implementation of this Protocol.

Article 9

1 — The Conference of the Parties serving as themeeting of the Parties to this Protocol shail periodicallyreview this Protocol in the light of the best availablescientific information and assessments on climate changeand its impacts, as well as relevant technical, social andeconomic information. Such reviews shall be coordin-ated with pertinent reviews under the Convention, inparticular those required by article 4, paragraph 2, d),and article 7, paragraph 2, a), of the Convention. Basedon these reviews, the Conference of the Parties servingas the meeting of the Parties to this Protocol shall takeappropriate action.

2 — The first review shall take place at the secondsession of the Conference of the Parties serving as themeeting of the Parties to this Protocol. Further reviewsshall take place at regular intervals and in a timelymanner.

Article 10

All Parties, taking into account their common butdifferentiated responsibilities and their specific nationaland regional development priorities, objectives and cir-cumstances, without introducing any new commitmentsfor Parties not included in annex I, but reaffirming exist-ing commitments under article 4, paragraph 1, of theConvention, and continuing to advance the implemen-tation of these commitments in order to achieve sus-tainable development, taking into account article 4, para-graphs 3, 5 and 7, of the Convention, shall:

a) Formulate, where relevant and to the extent pos-sible, costeffective national and, where appro-priate, regional programmes to improve thequality of local emission factors, activity dataand or models which reflect the socio-economicconditions of each Party for the preparation andperiodic updating of national inventories ofanthropogenic emissions by sources and remov-als by sinks of all greenhouse gases not con-trolled by the Montreal Protocol, using com-parable methodologies to be agreed upon bythe Conference of the Parties, and consistentwith the guidelines for the preparation ofnational communications adopted by the Con-ference of the Parties;

b) Formulate, implement, publish and regularlyupdate national and, where appropriate, regio-nal programmes containing measures to miti-gate climate change and measures to facilitateadequate adaptation to climate change.

i) Such programmes would, inter alia, concernthe energy, transport and industry sectors as wellas agriculture, forestry and waste management.Furthermore, adaptation technologies andmethods for improving spatial planning wouldimprove adaptation to climate change; and

ii) Parties included in annex I shall submitinformation on action under this Protocol,including national programmes, in accordancewith article 7; and other Parties shall seek toinclude in their national communications, asappropriate, information on programmes whichcontain measures that the Party believes con-tribute to addressing climate change and itsadverse impacts, including the abatement ofincreases in greenhouse gas emissions, andenhancement of and removals by sinks, capacitybuilding and adaptation measures;

c) Cooperate in the promotion of effective mod-alities for the development, application and dif-fusion of, and take all practicable steps to pro-mote, facilitate and finance, as appropriate, thetransfer of, or access to, environmentally soundtechnologies, know-how, practices and processespertinent to climate change, in particular todeveloping countries, including the formulationof policies and programmes for the effectivetransfer of environmentally sound technologiesthat are publicly owned or in the public domainand the creation of an enabling environmentfor the private sector, to promote and enhancethe transfer of, and access to, environmentallysound technologies;

d) Cooperate in scientific and technical research andpromote the maintenance and the development ofsystematic observation systems and development of

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2822 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 71 — 25 de Março de 2002

data archives to reduce uncertainties related to theclimate system, the adverse impacts of climatechange and the economic and social consequencesof various response strategies, and promote thedevelopment and strengthening of endogenouscapacities and capabilities to participate in inter-national and intergovernmental efforts, pro-grammes and networks on research and systematicobservation, taking into account article 5 of theConvention;

e) Cooperate in and promote at the internationallevel, and, where appropriate, using existingbodies, the development and implementation ofeducation and training programmes, includingthe strengthening of national capacity building,in particular human and institutional capacitiesand the exchange or secondment of personnelto train experts in this field, in particular fordeveloping countries, and facilitate at thenational level public awareness of, and publicaccess to information on, climate change. Suit-able modalities should be developed to imple-ment these activities through the relevant bodiesof the Convention, taking into account article6 of the Convention;

f) Include in their national communications infor-mation on programmes and activities under-taken pursuant to this article in accordance withrelevant decisions of the Conference of the Par-ties; and

g) Give full consideration, in implementing thecomitments under this article, to article 4, para-graph 8, of the Convention.

Article 11

1 — In the implementation of article 10, Parties shalltake into account the provisions of article 4, para-graphs 4, 5, 7, 8 and 9, of the Convention.

2 — In the context of the implementation of article 4,paragraph 1, of the Convention, in accordance with theprovisions of article 4, paragraph 3, and article 11 ofthe Convention, and through the entity or entitiesentrusted with the operation of the financial mechanismof the Convention, the developed country Parties andother developed Parties included in annex II to the Con-vention shall:

a) Provide new and additional financial resourcesto meet the agreed full costs incurred by devel-oping country Parties in advancing the imple-mentation of existing commitments under arti-cle 4, paragraph 1, a), of the Convention thatare covered in article 10, subparagraph a); and

b) Also provide such financial resources, includingfor the transfer of technology, needed by thedeveloping country Parties to meet the agreedfull incremental costs of advancing the imple-mentation of existing commitments under arti-cle 4, paragraph 1, of the Convention that arecovered by article 10 and that are agreedbetween a developing country Party and theinternational entity or entities referred to in arti-cle 11 of the Convention, in accordance withthat article. The implementation of these exist-ing commitments shall take into account theneed for adequacy and predictability in the flowof funds and the importance of appropriate bur-den sharing among developed country Parties.

The guidance to the entity or entities entrustedwith the operation of the financial mechanismof the Convention in relevant decisions of theConference of the Parties, including thoseagreed before the adoption of this Protocol,shall apply mutatis mutandis to the provisionsof this paragraph.

3 — The developed country Parties and other devel-oped Parties in annex II to the Convention may alsoprovide, and developing country Parties avail themselvesof, financial resources for the implementation of arti-cle 10, through bilateral, regional and other multilateralchannels.

Article 12

1 — A clean development mechanism is herebydefined.

2 — The purpose of the clean development mech-anism shall be to assist Parties not included in annexI in achieving sustainable development and in contri-buting to the ultimate objective of the Convention, andto assist Parties included in annex I in achieving com-pliance with their quantified emission limitation andreduction commitments under article 3.

3 — Under the clean development mechanism:

a) Parties not included in annex I will benefit fromproject activities resulting in certified emissionreductions; and

b) Parties included in annex I may use the certifiedemission reductions accruing from such projectactivities to contribute to compliance with partof their quantified emission limitation andreduction commitments under article 3, asdetermined by the Conference of the Partiesserving as the meeting of the Parties to thisProtocol.

4 — The clean development mechanism shall be sub-ject to the authority and guidance of the Conferenceof the Parties serving as the meeting of the Parties tothis Protocol and be supervised by an executive boardof the clean development mechanism.

5 — Emission reductions resulting from each projectactivity shall be certified by operational entities to bedesignated by the Conference of the Parties serving asthe meeting of the Parties to this Protocol, on the basisof:

a) Voluntary participation approved by each Partyinvolved;

b) Real, measurable, and long-term benefits rela-ted to the mitigation of climate change; and

c) Reductions in emissions that are additional toany that would occur in the absence of the cer-tified project activity.

6 — The clean development mechanism shall assistin arranging funding of certified project activities asnecessary.

7 — The Conference of the Parties serving as themeeting of the Parties to this Protocol shall, at its firstsession, elaborate modalities and procedures with theobjective of ensuring transparency, efficiency andaccountability through independent auditing and ver-ification of project activities.

8 — The Conference of the Parties serving as themeeting of the Parties to this Protocol shall ensure thata share of the proceeds from certified project activities

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N.o 71 — 25 de Março de 2002 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2823

is used to cover administrative expenses as well as toassist developing country Parties that are particularlyvulnerable to the adverse effects of climate change tomeet the costs of adaptation.

9 — Participation under the clean development mech-anism, including in activities mentioned in paragraph 3,a), above and in the acquisition of certified emissionreductions, may involve private and or public entities,and is to be subject to whatever guidance may be pro-vided by the executive board of the clean developmentmechanism.

10 — Certified emission reductions obtained duringthe period from the year 2000 up to the beginning ofthe first commitment period can be used to assist inachieving compliance in the first commitment period.

Article 13

1 — The Conference of the Parties, the supreme bodyof the Convention, shall serve as the meeting of theParties to this Protocol.

2 — Parties to the Convention that are not Partiesto this Protocol may participate as observers in the pro-ceedings of any session of the Conference of the Partiesserving as the meeting of the Parties to this Protocol.When the Conference of the Parties serves as the meet-ing of the Parties to this Protocol, decisions under thisProtocol shall be taken only by those that are Partiesto this Protocol.

3 — When the Conference of the Parties serves asthe meeting of the Parties to this Protocol, any memberof the Bureau of the Conference of the Parties rep-resenting a Party to the Convention but, at that time,not a Party to this Protocol, shall be replaced by anadditional member to be elected by and from amongstthe Parties to this Protocol.

4 — The Conference of the Parties serving as themeeting of the Parties to this Protocol shall keep underregular review the implementation of this Protocol andshall make, within its mandate, the decisions necessaryto promote its effective implementation. It shall performthe functions assigned to it by this Protocol and shall:

a) Assess, on the basis of all information madeavailable to it in accordance with the provisionsof this Protocol, the implementation of this Pro-tocol by the Parties, the overall effects of themeasures taken pursuant to this Protocol, in par-ticular environmental, economic and socialeffects as well as their cumulative impacts andthe extent to which progress towards the objec-tive of the Convention is being achieved;

b) Periodically examine the obligations of the Par-ties under this Protocol, giving due consider-ation to any reviews required by article 4, para-graph 2, d), and article 7, paragraph 2, of theConvention, in the light of the objective of theConvention, the experience gained in its imple-mentation and the evolution of scientific andtechnological knowledge, and in this respectconsider and adopt regular reports on the imple-mentation of this Protocol;

c) Promote and facilitate the exchange of infor-mation on measures adopted by the Parties toaddress climate change and its effects, takinginto account the differing circumstances,responsibilities and capabilities of the Partiesand their respective commitments under thisProtocol;

d) Facilitate, at the request of two or more Parties,the coordination of measures adopted by themto address climate change and its effects, takinginto account the differing circumstances,responsibilities and capabilities of the Partiesand their respective commitments under thisProtocol;

e) Promote and guide, in accordance with theobjective of the Convention and the provisionsof this Protocol, and taking fully into accountthe relevant decisions by the Conference of theParties, the development and periodic refine-ment of comparable methodologies for theeffective implementation of this Protocol, to beagreed on by the Conference of the Parties serv-ing as the meeting of the Parties to this Protocol;

f) Make recommendations on any matters neces-sary for the implementation of this Protocol;

g) Seek to mobilize additional financial resourcesin accordance with article 11, paragraph 2;

h) Establish such subsidiary bodies as are deemednecessary for the implementation of this Pro-tocol;

i) Seek and utilize, where appropriate, the servicesand cooperation of, and information providedby, competent international organizations andintergovernmental and non-governmental bod-ies; and

j) Exercise such other functions as may be requiredfor the implementation of this Protocol, andconsider any assignment resulting from a deci-sion by the Conference of the Parties.

5 — The rules of procedure of the Conference of theParties and financial procedures applied under the Con-vention shall be applied mutatis mutandis under thisProtocol, except as may be otherwise decided by con-sensus by the Conference of the Parties serving as themeeting of the Parties to this Protocol.

6 — The first session of the Conference of the Partiesserving as the meeting of the Parties to this Protocolshall be convened by the secretariat in conjunction withthe first session of the Conference of the Parties thatis scheduled after the date of the entry into force ofthis Protocol. Subsequent ordinary sessions of the Con-ference of the Parties serving as the meeting of theParties to this Protocol shall be held every year andin conjunction with ordinary sessions of the Conferenceof the Parties, unless otherwise decided by the Con-ference of the Parties serving as the meeting of theParties to this Protocol.

7 — Extraordinary sessions of the Conference of theParties serving as the meeting of the Parties to this Pro-tocol shall be held at such other times as may be deemednecessary by the Conference of the Parties serving asthe meeting of the Parties to this Protocol, or at thewritten request of any Party, provided that, within sixmonths of the request being communicated to the Partiesby the secretariat, it is supported by at least one thirdof the Parties.

8 — The United Nations, its specialized agencies andthe International Atomic Energy Agency, as well as anyState member thereof or observers thereto not partyto the Convention, may be represented at sessions ofthe Conference of the Parties serving as the meetingof the Parties to this Protocol as observers. Any bodyor agency, whether national or international, govern-mental or non-governmental, which is qualified in mat-ters covered by this Protocol and which has informed

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2824 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 71 — 25 de Março de 2002

the secretariat of its wish to be represented at a sessionof the Conference of the Parties serving as the meetingof the Parties to this Protocol as an observer, may beso admitted unless at least one third of the Parties pres-ent object. The admission and participation of observersshall be subject to the rules of procedure, as referredto in paragraph 5 above.

Article 14

1 — The secretariat established by article 8 of theConvention shall serve as the secretariat of this Protocol.

2 — Article 8, paragraph 2, of the Convention on thefunctions of the secretariat, and article 8, paragraph 3,of the Convention on arrangements made for the func-tioning of the secretariat, shall apply mutatis mutandisto this Protocol. The secretariat shall, in addition, exer-cise the functions assigned to it under this Protocol.

Article 15

1 — The subsidiary body for scientific and techno-logical advice and the subsidiary body for implemen-tation established by articles 9 and 10 of the Conventionshall serve as, respectively, the subsidiary body for sci-entific and technological advice and the subsidiary bodyfor implementation of this Protocol. The provisionsrelating to the functioning of these two bodies underthe Convention shall apply mutatis mutandis to this Pro-tocol. Sessions of the meetings of the subsidiary bodyfor scientific and technological advice and the subsidiarybody for implementation of this Protocol shall be heldin conjunction with the meetings of, respectively, thesubsidiary body for scientific and technological adviceand the subsidiary body for implementation of theConvention.

2 — Parties to the Convention that are not Partiesto this Protocol may participate as observers in the pro-ceedings of any session of the subsidiary bodies. Whenthe subsidiary bodies serve as the subsidiary bodies ofthis Protocol, decisions under this Protocol shall betaken only by those that are Parties to this Protocol.

3 — When the subsidiary bodies established by arti-cles 9 and 10 of the Convention exercise their functionswith regard to matters concerning this Protocol, anymember of the Bureaux of those subsidiary bodies rep-resenting a Party to the Convention but, at that time,not a party to this Protocol, shall be replaced by anadditional member to be elected by and from amongstthe Parties to this Protocol.

Article 16

The Conference of the Parties serving as the meetingof the Parties to this Protocol shall, as soon as prac-ticable, consider the application to this Protocol of, andmodify as appropriate, the multilateral consultative pro-cess referred to in article 13 of the Convention, in thelight of any relevant decisions that may be taken bythe Conference of the Parties. Any multilateral con-sultative process that may be applied to this Protocolshall operate without prejudice to the procedures andmechanisms established in accordance with article 18.

Article 17

The Conference of the Parties shall define the rel-evant principles, modalities, rules and guidelines, in par-ticular for verification, reporting and accountability foremissions trading. The Parties included in annex B may

participate in emissions trading for the purposes of ful-filling their commitments under article 3. Any such trad-ing shall be supplemental to domestic actions for thepurpose of meeting quantified emission limitation andreduction commitments under that article.

Article 18

The Conference of the Parties serving as the meetingof the Parties to this Protocol shall, at its first session,approve appropriate and effective procedures and mech-anisms to determine and to address cases of non-com-pliance with the provisions of this Protocol, includingthrough the development of an indicative list of con-sequences, taking into account the cause, type, degreeand frequency of non-compliance. Any procedures andmechanisms under this article entailing binding conse-quences shall be adopted by means of an amendmentto this Protocol.

Article 19

The provisions of article 14 of the Convention onsettlement of disputes shall apply mutatis mutandis tothis Protocol.

Article 20

1 — Any Party may propose amendments to thisProtocol.

2 — Amendments to this Protocol shall be adoptedat an ordinary session of the Conference of the Partiesserving as the meeting of the Parties to this Protocol.The text of any proposed amendment to this Protocolshall be communicated to the Parties by the secretariatat least six months before the meeting at which it isproposed for adoption. The secretariat shall also com-municate the text of any proposed amendments to theParties and signatories to the Convention and, for infor-mation, to the depositary.

3 — The Parties shall make every effort to reachagreement on any proposed amendment to this Protocolby consensus. If all efforts at consensus have beenexhausted, and no agreement reached, the amendmentshall as a last resort be adopted by a three fourths major-ity vote of the Parties present and voting at the meeting.The adopted amendment shall be communicated by thesecretariat to the depositary, who shall circulate it toall Parties for their acceptance.

4 — Instruments of acceptance in respect of anamendment shall be deposited with the depositary. Anamendment adopted in accordance with paragraph 3above shall enter into force for those Parties havingaccepted it on the ninetieth day after the date of receiptby the depositary of an instrument of acceptance byat least three fourths of the Parties to this Protocol.

5 — The amendment shall enter into force for anyother Party on the ninetieth day after the date on whichthat Party deposits with the depositary its instrumentof acceptance of the said amendment.

Article 21

1 — Annexes to this Protocol shall form an integralpart thereof and, unless otherwise expressly provided,a reference to this Protocol constitutes at the same timea reference to any annexes thereto. Any annexes adoptedafter the entry into force of this Protocol shall be restric-ted to lists, forms and any other material of a descriptivenature that is of a scientific, technical, procedural oradministrative character.

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N.o 71 — 25 de Março de 2002 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2825

2 — Any Party may make proposals for an annex tothis Protocol and may propose amendments to annexesto this Protocol.

3 — Annexes to this Protocol and amendments toannexes to this Protocol shall be adopted at an ordinarysession of the Conference of the Parties serving as themeeting of the Parties to this Protocol. The text of anyproposed annex or amendment to an annex shall becommunicated to the Parties by the secretariat at leastsix months before the meeting at which it is proposedfor adoption. The secretariat shall also communicatethe text of any proposed annex or amendment to anannex to the Parties and signatories to the Conventionand, for information, to the depositary.

4 — The Parties shall make every effort to reachagreement on any proposed annex or amendment toan annex by consensus. If all efforts at consensus havebeen exhausted, and no agreement reached, the annexor amendment to an annex shall as a last resort be adop-ted by a three fourths majority vote of the Parties presentand voting at the meeting. The adopted annex or amend-ment to an annex shall be communicated by the sec-retariat to the depositary, who shall circulate it to allParties for their acceptance.

5 — An annex, or amendment to an annex other thanannex A or B, that has been adopted in accordancewith paragraphs 3 and 4 above shall enter into forcefor all Parties to this Protocol six months after the dateof the communication by the depositary to such Partiesof the adoption of the annex or adoption of the amend-ment to the annex, except for those Parties that havenotified the depositary, in writing, within that periodof their non-acceptance of the annex or amendmentto the annex. The annex or amendment to an annexshall enter into force for Parties which withdraw theirnotification of non-acceptance on the ninetieth day afterthe date on which withdrawal of such notification hasbeen received by the depositary.

6 — If the adoption of an annex or an amendmentto an annex involves an amendment to this Protocol,that annex or amendment to an annex shall not enterinto force until such time as the amendment to thisProtocol enters into force.

7 — Amendments to annexes A and B to this Protocolshall be adopted and enter into force in accordancewith the procedure set out in article 20, provided thatany amendment to annex B shall be adopted only withthe written consent of the Party concerned.

Article 22

1 — Each Party shall have one vote, except as pro-vided for in paragraph 2 below.

2 — Regional economic integration organizations, inmatters within their competence, shall exercise theirright to vote with a number of votes equal to the numberof their member States that are Parties to this Protocol.Such an organization shall not exercise its right to voteif any of its member States exercises its right, and viceversa.

Article 23

The Secretary-General of the United Nations shallbe the depositary of this Protocol.

Article 24

1 — This Protocol shall be open for signature andsubject to ratification, acceptance or approval by States

and regional economic integration organizations whichare Parties to the Convention. It shall be open for sig-nature at United Nations Headquarters in New Yorkfrom 16 March 1998 to 15 March 1999. This Protocolshall be open for accession from the day after the dateon which it is closed for signature. Instruments of rat-ification, acceptance, approval or accession shall bedeposited with the depositary.

2 — Any regional economic integration organizationwhich becomes a Party to this Protocol without any ofits member States being a Party shall be bound by allthe obligations under this Protocol. In the case of suchorganizations, one or more of whose member Statesis a Party to this Protocol, the organization and its mem-ber States shall decide on their respective responsibilitiesfor the performance of their obligations under this Pro-tocol. In such cases, the organization and the memberStates shall not be entitled to exercise rights under thisProtocol concurrently.

3 — In their instruments of ratification, acceptance,approval or accession, regional economic integrationorganizations shall declare the extent of their compet-ence with respect to the matters governed by this Pro-tocol. These organizations shall also inform the deposi-tary, who shall in turn inform the Parties, of any sub-stantial modification in the extent of their competence.

Article 25

1 — This Protocol shall enter into force on the nine-tieth day after the date on which not less than 55 Partiesto the Convention, incorporating Parties included inannex I which accounted in total for at least 55% ofthe total carbon dioxide emissions for 1990 of the Partiesincluded in annex I, have deposited their instrumentsof ratification, acceptance, approval or accession.

2 — For the purposes of this article, «the total carbondioxide emissions for 1990 of the Parties included inannex I» means the amount communicated on or beforethe date of adoption of this Protocol by the Parties inclu-ded in annex I in their first national communicationssubmitted in accordance with article 12 of the Con-vention.

3 — For each State or regional economic integrationorganization that ratifies, accepts or approves this Pro-tocol or accedes thereto after the conditions set outin paragraph 1 above for entry into force have beenfulfilled, this Protocol shall enter into force on the nine-tieth day following the date of deposit of its instrumentof ratification, acceptance, approval or accession.

4 — For the purposes of this article, any instrumentdeposited by a regional economic integration organi-zation shall not be counted as additional to those depos-ited by States members of the organization.

Article 26

No reservations may be made to this Protocol.

Artigo 27

1 — At any time after three years from the date onwhich this Protocol has entered into force for a Party,that Party may withdraw from this Protocol by givingwritten notification to the depositary.

2 — Any such withdrawal shall take effect upon expiryof one year from the date of receipt by the depositaryof the notification of withdrawal, or on such later dateas may be specified in the notification of withdrawal.

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2826 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 71 — 25 de Março de 2002

3 — Any Party that withdraws from the Conventionshall be considered as also having withdrawn from thisProtocol.

Article 28

The original of this Protocol, of which the Arabic,Chinese, English, French, Russian and Spanish texts areequally authentic, shall be deposited with the Secre-tary-General of the United Nations.

Done at Kyoto this eleventh day of December onethousand nine hundred and ninety-seven.

In witness whereof the undersigned, being duly autho-rized to that effect, have affixed their signatures to thisProtocol on the dates indicated.

ANNEX A

Greenhouse gases

Carbon dioxide (C02).Methane (CH4).Nitrous oxide (N2O).Hydrofluorocarbons (HFCs).Perfluorocarbons (PFCs).Sulphur hexafluoride (SF6).

Sectors/source categories

Energy:

Fuel combustion:

Energy industries.Manufacturing industries and construction.Transport.Other sectors.Other.

Fugitive emissions from fuels:

Solid fuels.Oil and natural gas.Other.

Industrial processes:

Mineral products.Chemical industry.Metal production.Other production.Production of halocarbons and sulphur hexafluor-

ide.Consumption of halocarbons and sulphur hexa-

fluoride.Other.

Solvent and other product use.Agriculture:

Enteric fermentation.Manure management.Rice cultivation.Agricultural soils.Prescribed burning of savannas.Field burning of agricultural residues.Other.

Waste:

Solid waste disposal on land.Wastewater handling.Waste incineration.Other.

ANNEX B

PartyQuantified emission limitation

or reduction commitment(percentage of base year or period)

Australia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108Austria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92Belgium . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92Bulgaria (*) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92Canada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94Croatia (*) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95Czech Republic (*) . . . . . . . . . . . . . . . . 92Denmark . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92Estonia (*) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92European Community . . . . . . . . . . . . . 92Finland . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92France . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92Germany . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92Greece . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92Hungary (*) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94Iceland . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110Ireland . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92Italy . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92Japan . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94Latvia (*) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92Liechtenstein . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92Lithuania (*) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92Luxembourg . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92Monaco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92Netherlands . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92New Zealand . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100Norway . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101Poland (*) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94Portugal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92Romania (*) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92Russian Federation (*) . . . . . . . . . . . . . 100Slovakia (*) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92Slovenia (*) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92Spain . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92Sweden . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92Switzerland . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92Ukraine (*) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100United Kingdom of Great Britain and

Northern Ireland . . . . . . . . . . . . . . . . 92United States of America . . . . . . . . . . . 93

(*) Countries that are undergoing the process of transition to a market economy.

PROTOCOLO DE QUIOTO À CONVENÇÃO QUADRODAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

As Partes do presente Protocolo:

Sendo Partes da Convenção Quadro das NaçõesUnidas relativa às alterações climáticas, a seguirdesignada como «a Convenção»;

Na prossecução do objectivo fundamental da Con-venção, conforme estabelecido no seu artigo 2.o;

Recordando as disposições da Convenção;Guiadas pelo artigo 3.o da Convenção;Em conformidade com o Mandato de Berlim, adop-

tado pela decisão 1/CP.1 da 1.a sessão da Con-ferência das Partes da Convenção;

acordaram o seguinte:

Artigo 1.o

Para efeitos do presente Protocolo, aplicar-se-ão asdefinições contidas no artigo 1.o da Convenção, às quaisacrescem as seguintes:

1) «Conferência das Partes» significa a Conferên-cia das Partes da Convenção;

2) «Convenção» significa a Convenção Quadro dasNações Unidas relativa às alterações climáticas,adoptada em 9 de Maio de 1992 em NovaIorque;

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N.o 71 — 25 de Março de 2002 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2827

3) «Painel Intergovernamental sobre as AlteraçõesClimáticas» significa o Painel Intergovernamen-tal sobre as Alterações Climáticas criado em1988, conjuntamente, pela Organização Meteo-rológica Internacional e pelo Programa dasNações Unidas para o Ambiente;

4) «Protocolo de Montreal» significa o Protocolode Montreal sobre as Substâncias que Empo-brecem a Camada de Ozono, adoptado em 16de Setembro de 1987 em Montreal, assim comoos ajustamentos e emendas subsequentes;

5) «Partes presentes e votantes» significa as Partespresentes e que votem afirmativa ou nega-tivamente;

6) «Parte» significa, salvo indicação em contrário,uma Parte do presente Protocolo;

7) «Parte incluída no anexo I» significa uma Parteincluída no anexo I da Convenção, assim comonas possíveis emendas, ou uma Parte que tenhafeito uma notificação nos termos do n.o 2, alí-nea g), do artigo 4.o da Convenção.

Artigo 2.o

1 — Cada Parte incluída no anexo I, ao procurar atin-gir os seus compromissos quantificados de limitação eredução das emissões nos termos do artigo 3.o, a fimde promover o desenvolvimento sustentável, compro-mete-se a:

a) Implementar e ou desenvolver políticas e medi-das de acordo com as suas especificidades nacio-nais, tais como:

i) Melhorar a eficiência energética em sec-tores relevantes da economia nacional;

ii) Proteger e melhorar os sumidouros ereservatórios de gases com efeito deestufa não controlados pelo Protocolo deMontreal, tomando em consideração oscompromissos assumidos ao abrigo deacordos internacionais de ambiente rele-vantes, bem como promover práticas sus-tentáveis de gestão da floresta, de flo-restação e de reflorestação;

iii) Promover formas sustentáveis de agricul-tura à luz de considerações sobre as alte-rações climáticas;

iv) Investigar, promover, desenvolver e aumen-tar a utilização de formas de energianovas e renováveis, de tecnologias deabsorção de dióxido de carbono e de tec-nologias ambientalmente comprovadasque sejam avançadas e inovadoras;

v) Reduzir ou eliminar progressivamentedistorções de mercado, incentivos fiscais,isenções fiscais e subsídios em todos ossectores emissores de gases com efeitode estufa contrários aos objectivos daConvenção e aplicar instrumentos demercado;

vi) Encorajar reformas apropriadas em sec-tores relevantes com o objectivo de pro-mover políticas e medidas que limitemou reduzam as emissões de gases comefeito de estufa não controlados pelo Pro-tocolo de Montreal;

vii) Limitar e ou reduzir as emissões de gasescom efeito de estufa não controlados pelo

Protocolo de Montreal, através de medi-das no sector dos transportes;

viii) Limitar e ou reduzir as emissões demetano através da sua recuperação e usona gestão de resíduos, bem como na pro-dução, transporte e distribuição de ener-gia;

b) Cooperar com outras Partes por forma a reforçara eficiência das políticas e medidas individuaise conjuntas adoptadas nos termos do presenteartigo, de acordo com o disposto no n.o 2, alí-neas e) e i), do artigo 4.o da Convenção. Paraeste fim, as Partes comprometem-se a desenvol-ver acções por forma a partilhar a sua experiênciae a trocar informação sobre essas políticas e medi-das, incluindo o desenvolvimento de meios paramelhorar a sua comparabilidade, transparênciae eficácia. A Conferência das Partes, actuandona qualidade de reunião das Partes para efeitosdo presente Protocolo, deve considerar, na suaprimeira sessão ou subsequentemente quando forviável, formas de facilitar tal cooperação,tomando em consideração toda a informaçãorelevante.

2 — As Partes incluídas no anexo I comprometem-sea procurar limitar ou reduzir as emissões de gases comefeito de estufa não controlados pelo Protocolo de Mon-treal resultantes do combustível usado nos transportesaéreos e marítimos internacionais, por intermédio daOrganização de Aviação Civil Internacional e da Orga-nização Marítima Internacional, respectivamente.

3 — As Partes incluídas no anexo I comprometem-sea empenhar-se em implementar políticas e medidas, nostermos do presente artigo, por forma a minimizar osefeitos adversos, incluindo os efeitos adversos das alte-rações climáticas, os efeitos no comércio internacionale os impactes sociais, ambientais e económicos em outrasPartes, especialmente as Partes constituídas por paísesem desenvolvimento, em particular as referidas nos n.os 8e 9 do artigo 4.o da Convenção, tendo em consideraçãoo artigo 3.o da Convenção. A Conferência das Partes,actuando na qualidade de reunião das Partes para efeitosdo presente Protocolo, pode desenvolver, se apropriado,acções suplementares para promover a aplicação dasdisposições constantes do presente número.

4 — A Conferência das Partes, actuando na qualidadede reunião das Partes para efeitos do presente Protocolo,caso decida ser vantajoso coordenar alguma das políticase medidas mencionadas na alínea a) do n.o 1, consideraráformas e meios de elaborar a coordenação de tais polí-ticas e medidas, tendo em consideração as diferentesespecificidades nacionais e os potenciais efeitos.

Artigo 3.o

1 — As Partes incluídas no anexo I comprometem-sea assegurar, individual ou conjuntamente, que as suasemissões antropogénicas agregadas, expressas em equi-valentes de dióxido de carbono, dos gases com efeitode estufa incluídos no anexo A não excedam as quan-tidades atribuídas, calculadas de acordo com os com-promissos quantificados de limitação e redução das suasemissões, nos termos do anexo B e de acordo com asdisposições do presente artigo, com o objectivo de redu-zir as suas emissões globais desses gases em pelo menos5% relativamente aos níveis de 1990, no período decumprimento de 2008 a 2012.

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2828 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 71 — 25 de Março de 2002

2 — Cada Parte incluída no anexo I compromete-sea realizar, até 2005, progressos demonstráveis para atin-gir os compromissos assumidos ao abrigo do presenteProtocolo.

3 — As alterações líquidas nas emissões de gases comefeito de estufa por fontes e a remoção por sumidourosresultantes de alterações induzidas directamente pelohomem do uso do solo e de actividades florestais, limi-tadas a florestação, reflorestação e desflorestação, desde1990, medidas como alterações verificáveis nos estoquesde carbono em cada período de cumprimento, serãousadas para satisfazer os compromissos decorrentes dopresente artigo relativamente a cada Parte incluída noanexo I. As emissões de gases com efeito de estufa porfontes e a remoção por sumidouros associadas às acti-vidades acima mencionadas serão comunicadas demaneira transparente e comprovável e analisadas emconformidade com os artigos 7.o e 8.o

4 — Antes da realização da primeira sessão da Con-ferência das Partes, actuando na qualidade de reuniãodas Partes para efeitos do presente Protocolo, cada Parteincluída no anexo I compromete-se a submeter dadosà consideração do órgão subsidiário de consulta cien-tífica e tecnológica, por forma a estabelecer os seusníveis de estoques de carbono em 1990 e a permitirque seja feita uma estimativa das alterações desses esto-ques de carbono nos anos subsequentes. A Conferênciadas Partes, actuando na qualidade de reunião das Partespara efeitos do presente Protocolo, decidirá, na sua pri-meira sessão ou subsequentemente logo que seja viável,as modalidades, regras e directrizes a aplicar para decidirque actividades adicionais induzidas pelo homem, rela-cionadas com alterações nas emissões por fonte e naremoção por sumidouros de gases com efeito de estufanas categorias de solos agrícolas, de alterações do usodo solo e florestas, serão adicionadas à, ou subtraídasda, quantidade atribuída a cada Parte incluída noanexo I, bem como o modo de proceder a esse respeito,tendo em consideração as incertezas, a transparênciano fornecimento da informação, a comprovação, o tra-balho metodológico do Painel Intergovernamental sobreAlterações Climáticas e o parecer elaborado pelo órgãosubsidiário de consulta científica e tecnológica de acordocom o artigo 5.o e as decisões da Conferência das Partes.Tal decisão será aplicada a partir do segundo períodode cumprimento. As Partes podem optar por aplicaressa decisão sobre estas actividades adicionais induzidaspelo homem ao seu primeiro período de cumprimento,desde que essas actividades tenham sido realizadas apartir de 1990.

5 — As Partes incluídas no anexo I em processo detransição para uma economia de mercado, e cujo anoou período de referência seja estabelecido ao abrigoda decisão 9/CP.2 na segunda sessão da Conferênciadas Partes, usarão esse ano ou período de referênciana implementação dos seus compromissos previstos nopresente artigo. Qualquer outra Parte incluída noanexo I, que esteja num processo de transição para umaeconomia de mercado e que não tenha ainda submetidoa sua primeira comunicação nacional nos termos doartigo 12.o da Convenção, pode também notificar a Con-ferência das Partes, actuando na qualidade de reuniãodas Partes para efeitos do presente Protocolo, de queem vez do ano de 1990 pretende usar outro ano ouperíodo de referência na implementação dos seus com-promissos, nos termos do presente artigo. A Conferênciadas Partes, actuando na qualidade de reunião das Partespara efeitos do presente Protocolo, decidirá sobre a acei-tação da mencionada notificação.

6 — Tendo em conta o n.o 6 do artigo 4.o da Con-venção, no cumprimento dos seus compromissos decor-rentes do presente Protocolo, para além dos constantesdo presente artigo, a Conferência das Partes, actuandona qualidade de reunião das Partes para efeitos do pre-sente Protocolo, permitirá um certo grau de flexibilidadeàs Partes incluídas no anexo I que se encontrem emprocesso de transição para uma economia de mercado.

7 — No primeiro período de compromissos quanti-ficados de limitação ou redução das emissões, de 2008a 2012, a quantidade atribuída a cada Parte incluídano anexo I será igual à percentagem, inscrita para estano anexo B, das suas emissões antropogénicas agregadas,expressas em equivalentes de dióxido de carbono, dosgases com efeito de estufa incluídos no anexo A em1990 ou no ano ou período de referência determinadoem conformidade com n.o 5 anterior, multiplicado porcinco. As Partes incluídas no anexo I para as quais asalterações ao uso do solo e das florestas constituíramuma fonte líquida de emissões de gases com efeito deestufa em 1990 comprometem-se a incluir, no seuperíodo ou ano de referência de emissões de 1990, paraefeitos de cálculo das quantidades que lhes serão atri-buídas, as emissões antropogénicas agregadas por fon-tes, deduzindo as remoções por sumidouros em 1990,expressas em equivalentes de dióxido de carbono, resul-tantes das alterações do uso do solo.

8 — Qualquer Parte incluída no anexo I pode, como objectivo de calcular as quantidades referidas no n.o 7,usar o ano de 1995 como o seu ano de referência paraos hidrofluorcarbonetos, perfluorcarbonetos e hexafluo-reto de enxofre.

9 — Os compromissos das Partes incluídas no anexo Ipara os períodos subsequentes serão estabelecidos ememendas ao anexo B do presente Protocolo, as quaisserão adoptadas de acordo com o disposto no n.o 7do artigo 21.o A Conferência das Partes, actuando naqualidade de reunião das Partes para efeitos do presenteProtocolo, iniciará a consideração de tais compromissospelo menos sete anos antes do término do pri-meiro período de cumprimento mencionado no n.o 1.

10 — Qualquer unidade de redução de emissões, ouqualquer parte de uma quantidade atribuída que umaParte adquira de outra Parte de acordo com o dispostono artigo 6.o ou no artigo 17.o, será adicionada à quan-tidade atribuída à Parte que adquire.

11 — Qualquer unidade de redução de emissões, ouqualquer parte de uma quantidade atribuída que umaParte transfira para outra Parte de acordo com o dis-posto no artigo 6.o ou no artigo 17.o, será deduzidada quantidade atribuída à Parte que transfere.

12 — Qualquer redução certificada de emissões queuma Parte adquira de outra Parte, de acordo com odisposto no artigo 12.o, será adicionada à quantidadeatribuída à Parte que adquire.

13 — Se as emissões de uma Parte incluída no anexo Idurante um período de cumprimento forem inferioresà quantidade que lhe foi atribuída de acordo com opresente artigo, essa diferença será, a pedido dessaParte, adicionada à quantidade que lhe vier a ser atri-buída relativamente aos períodos de cumprimentosubsequentes.

14 — Cada Parte incluída no anexo I compromete-sea empenhar-se na implementação dos compromissosconstantes do n.o 1 de forma a minimizar os impactessociais, ambientais e económicos adversos nas Partesconstituídas por países em desenvolvimento, particular-mente as identificadas nos n.os 8 e 9 do artigo 4.o daConvenção. De acordo com as decisões relevantes da

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N.o 71 — 25 de Março de 2002 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2829

Conferência das Partes relativas à aplicação dessesnúmeros, a Conferência das Partes, actuando na qua-lidade de reunião das Partes para efeitos do presenteProtocolo, considerará na sua primeira sessão as acçõesnecessárias para minimizar os efeitos adversos das alte-rações climáticas e ou os impactes das medidas de res-posta nas Partes referidas naqueles números. Entre asquestões a considerar estarão o estabelecimento de fun-dos, seguros e transferência de tecnologia.

Artigo 4.o

1 — Qualquer Parte incluída no anexo I que, nos ter-mos do artigo 3.o, tenha acordado cumprir conjunta-mente os seus compromissos será considerada como ten-do-os cumprido se o total combinado das suas emissõesantropogénicas agregadas, expressas em equivalentes dedióxido de carbono, dos gases com efeito de estufaincluídos no anexo A não exceder as quantidades atri-buídas, calculadas ao abrigo do artigo 3.o e de acordocom os compromissos quantificados de redução e limi-tação das emissões inscritos no anexo B. O respectivonível das emissões imputado a cada uma das Partes peloacordo será fixado nesse acordo.

2 — As Partes de qualquer acordo dessa naturezanotificarão o Secretariado sobre os termos do acordo,na data de depósito dos seus instrumentos de ratificação,aceitação, aprovação ou adesão ao presente Protocolo.O Secretariado, por sua vez, informará as Partes e sig-natários da Convenção dos termos do acordo.

3 — Qualquer desses acordos permanecerá válidodurante o período de cumprimento especificado no n.o 7do artigo 3.o

4 — Se as Partes actuarem em conjunto com outrasPartes dentro da estrutura de, e em conjunto com, umaorganização regional de integração económica, qualqueralteração na composição da organização, posterior àadopção do presente Protocolo, não afectará os com-promissos existentes ao abrigo do presente Protocolo.Qualquer alteração na composição da organização apli-car-se-á apenas aos compromissos constantes doartigo 3.o que venham a ser adoptados após essaalteração.

5 — Na eventualidade de as Partes de qualqueracordo dessa natureza não atingirem os seus níveis totaiscombinados de redução de emissões, cada Parte desseacordo será responsável pelos seus próprios níveis deemissão, determinados no próprio acordo.

6 — Se as Partes actuarem em conjunto com outrasPartes dentro da estrutura de, e em conjunto com, umaorganização regional de integração económica que porsi própria seja Parte do presente Protocolo, cada Esta-do-Membro da mencionada organização regional deintegração económica, individualmente e em conjuntocom a organização regional de integração económicaactuando nos termos do artigo 24.o, deverá, caso nãosejam atingidos os níveis totais combinados de reduçãode emissões, ser responsável pelos seus níveis de emis-sões como notificados de acordo com o presente artigo.

Artigo 5.o

1 — Cada Parte incluída no anexo I compromete-sea criar, o mais tardar um ano antes do início do primeiroperíodo de cumprimento, um sistema nacional para aestimativa das emissões antropogénicas por fontes, bemcomo das remoções por sumidouros, de todos os gasescom efeito de estufa não controlados pelo Protocolode Montreal. A Conferência das Partes, actuando na

qualidade de reunião das Partes para efeitos do presenteProtocolo, decidirá na sua primeira sessão sobre as direc-trizes dos mencionados sistemas nacionais, os quaisincorporarão as metodologias especificadas no n.o 2.

2 — As metodologias para a estimativa das emissõesantropogénicas por fontes, bem como das remoções porsumidouros, de todos os gases com efeito de estufa nãocontrolados pelo Protocolo de Montreal serão as queforem aceites pelo Painel Intergovernamental sobreAlterações Climáticas e acordadas pela Conferência dasPartes, na sua terceira sessão. Nos casos em que taismetodologias não sejam utilizadas, a Conferência dasPartes, actuando na qualidade de reunião das Partespara efeitos do presente Protocolo, decidirá na sua pri-meira sessão sobre os ajustamentos apropriados a essasmetodologias. Com base no trabalho, inter alia, do PainelIntergovernamental sobre Alterações Climáticas e derecomendações do órgão subsidiário de consulta cien-tífica e tecnológica, a Conferência das Partes, actuandona qualidade de reunião das Partes para efeitos do pre-sente Protocolo, examinará regularmente e, quandoapropriado, procederá à análise das mencionadas meto-dologias e respectivos ajustamentos, tomando plena-mente em consideração qualquer decisão relevante daConferência das Partes. Qualquer revisão das metodo-logias ou ajustamentos será apenas utilizada para veri-ficar a conformidade com os compromissos assumidosnos termos do artigo 3.o, no que diz respeito a qualquerperíodo de cumprimento adoptado posteriormenteàquela revisão.

3 — Os potenciais de aquecimento global utilizadospara calcular a equivalência em dióxido de carbono dasemissões antropogénicas por fontes e das remoções porsumidouros dos gases com efeito de estufa incluídosno anexo A serão aqueles que forem aceites pelo PainelIntergovernamental sobre Alterações Climáticas e acor-dados pela Conferência das Partes na sua terceira sessão.Com base nos trabalhos, inter alia, do Painel Intergo-vernamental sobre Alterações Climáticas e de recomen-dações do órgão subsidiário de consulta científica e tec-nológica, a Conferência das Partes, actuando na qua-lidade de reunião das Partes para efeitos do presenteProtocolo, examinará regularmente e, quando apro-priado, procederá à revisão dos potenciais de aqueci-mento global de cada gás com efeito de estufa, tomandoplenamente em consideração qualquer decisão relevanteda Conferência das Partes. Qualquer revisão de um dospotenciais de aquecimento global será apenas utilizadapara verificar a conformidade com os compromissosassumidos nos termos do artigo 3.o, no que diz respeitoa qualquer período de cumprimento adoptado poste-riormente àquela revisão.

Artigo 6.o

1 — Com o objectivo de satisfazer os compromissosassumidos ao abrigo do artigo 3.o, qualquer Parteincluída no anexo I pode transferir para, ou adquirirde, qualquer outra dessas Partes unidades de reduçãode emissões resultantes de projectos destinados a reduziras emissões antropogénicas por fontes ou a aumentaras remoções antropogénicas por sumidouros de gasescom efeito de estufa em qualquer sector da economia,desde que:

a) Os mencionados projectos tenham a aprovaçãodas Partes envolvidas;

b) Os mencionados projectos assegurem uma redu-ção das emissões por fontes, ou um aumento

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2830 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 71 — 25 de Março de 2002

das remoções por sumidouros, que sejam adi-cionais às que ocorreriam de qualquer outraforma;

c) A mencionada Parte não adquira nenhuma uni-dade de redução de emissões se não estiver emconformidade com as suas obrigações, ao abrigodos artigos 5.o e 7.o; e

d) A aquisição de unidades de redução de emissõesseja suplementar às acções nacionais destinadasa satisfazer os compromissos assumidos aoabrigo do artigo 3.o

2 — A Conferência das Partes, actuando na qualidadede reunião das Partes para efeitos do presente Protocolopode, na sua primeira sessão ou posteriormente logoque seja viável, desenvolver directrizes adicionais paraa aplicação do disposto no presente artigo, incluindoas respeitantes à verificação e elaboração de relatórios.

3 — Uma Parte incluída no anexo I pode autorizarentidades legais a participar, sob a sua responsabilidade,em acções destinadas a gerar, transferir ou adquirir uni-dades de redução de emissões ao abrigo do presenteartigo.

4 — Se uma questão relativa à implementação poruma das Partes incluídas no anexo I dos requisitos refe-ridos no presente artigo for identificada de acordo comas disposições pertinentes do artigo 8.o, a transferênciae aquisição de unidades de redução de emissões podecontinuar a ser realizada após a questão ter sido iden-tificada, desde que essas unidades não sejam usadas pelaParte para satisfazer os compromissos assumidos nostermos do artigo 3.o, até que seja resolvida qualquerquestão sobre o cumprimento.

Artigo 7.o

1 — Cada Parte incluída no anexo I compromete-sea incorporar no seu inventário anual de emissões antro-pogénicas por fontes e remoções por sumidouros degases com efeito de estufa não controlados pelo Pro-tocolo de Montreal, submetido de acordo com as deci-sões relevantes da Conferência das Partes, a informaçãosuplementar necessária por forma a garantir a confor-midade com o disposto no artigo 3.o, a ser determinadaao abrigo do n.o 4.

2 — Cada Parte incluída no anexo I compromete-sea incorporar nas suas comunicações nacionais, subme-tidas de acordo com o artigo 12.o da Convenção, a infor-mação suplementar necessária para demonstrar o cum-primento dos seus compromissos assumidos no âmbitodo presente Protocolo, a ser determinada ao abrigo don.o 4.

3 — Cada Parte incluída no anexo I compromete-sea apresentar anualmente a informação requerida aoabrigo do n.o 1 anterior, começando com o primeiroinventário devido, nos termos da Convenção, para oprimeiro ano do período de cumprimento após a entradaem vigor do presente Protocolo para essa Parte. Cadauma das mencionadas Partes submeterá a informaçãorequerida ao abrigo do disposto no número anteriorcomo parte da primeira comunicação nacional devida,nos termos de Convenção, após a entrada em vigor dopresente Protocolo e após a adopção de directrizes nostermos do n.o 4. A frequência da apresentação de infor-mações subsequentes, requerida ao abrigo do presenteartigo, será determinada pela Conferência das Partesactuando na qualidade de reunião das Partes para efeitosdo presente Protocolo, tomando em consideração os

prazos para apresentação das comunicações nacionaisfixados pela Conferência das Partes.

4 — A Conferência das Partes, actuando na qualidadede reunião das Partes para efeitos do presente Protocolo,adoptará, na sua primeira sessão, e examinará perio-dicamente a partir de então as directrizes para a pre-paração da informação requerida ao abrigo do presenteartigo, tomando em consideração as directrizes para apreparação das comunicações nacionais das Partesincluídas no anexo I adoptadas pela Conferência dasPartes. A Conferência das Partes, actuando na qualidadede reunião das Partes para efeitos do presente Protocolo,decidirá também, antes do primeiro período de cum-primento, sobre as modalidades de contabilização dasquantidades atribuídas.

Artigo 8.o

1 — A informação apresentada nos termos doartigo 7.o por cada uma das Partes incluídas no anexo Iserá analisada por equipas de avaliação especializadas,em conformidade com as decisões relevantes da Con-ferência das Partes e de acordo com as directrizes paraesse fim adoptadas pela Conferência das Partes,actuando na qualidade de reunião das Partes para efeitosdo presente Protocolo e ao abrigo do n.o 4. A informaçãoapresentada nos termos do n.o 1 do artigo 7.o por cadauma das Partes incluídas no anexo I será analisada comoparte da compilação e da contabilização anual dos inven-tários das emissões e das quantidades atribuídas. Adi-cionalmente, a informação apresentada nos termos don.o 2 do artigo 7.o por cada uma das Partes incluídasno anexo I será analisada como parte da análise dascomunicações.

2 — As equipas de avaliação especializadas serãocoordenadas pelo Secretariado e serão compostas porespecialistas seleccionados entre os nomeados pelas Par-tes da Convenção e, quando apropriado, por organi-zações intergovernamentais, de acordo com as orien-tações estabelecidas para esse fim pela Conferência dasPartes.

3 — O processo de análise fornecerá uma avaliaçãotécnica detalhada e exaustiva de todos os aspectos rela-tivos à implementação do presente Protocolo por umaParte. As equipas de avaliação especializadas prepararãoum relatório para a Conferência das Partes, actuandona qualidade de reunião das Partes para efeitos do pre-sente Protocolo, avaliando a implementação dos com-promissos assumidos pela Parte e identificando quais-quer potenciais problemas e factores que possam vira influenciar o cumprimento desses compromissos. OSecretariado enviará esses relatórios a todas as Partesda Convenção. O Secretariado fará uma lista das ques-tões relativas à implementação indicadas nesses rela-tórios para futura consideração pela Conferência dasPartes actuando na qualidade de reunião das Partes paraefeitos do presente Protocolo.

4 — A Conferência das Partes, actuando na qualidadede reunião das Partes para efeitos do presente Protocolo,adoptará, na sua primeira sessão, e examinará perio-dicamente a partir de então, as directrizes para avaliaçãoda implementação do presente Protocolo por equipasde avaliação especializadas, tomando em consideraçãoas decisões relevantes da Conferência das Partes.

5 — A Conferência das Partes, actuando na qualidadede reunião das Partes para efeitos do presente Protocoloe com a assistência do órgão subsidiário de implemen-

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N.o 71 — 25 de Março de 2002 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2831

tação e, quando apropriado, do órgão subsidiário deconsulta científica e tecnológica, considerará o seguinte:

a) A informação submetida pelas Partes nos ter-mos do artigo 7.o e os relatórios de avaliaçãodos especialistas sobre essa informação, elabo-rados de acordo com o estipulado no presenteartigo; e

b) As questões relativas à implementação apresen-tadas pelo Secretariado, nos termos do n.o 3,bem como qualquer questão levantada pelasPartes.

6 — A Conferência das Partes, actuando na qualidadede reunião das Partes para efeitos do presente Protocolo,tomará decisões sobre qualquer matéria necessária paraa aplicação do presente Protocolo, de acordo com asua análise sobre a informação referida no n.o 5.

Artigo 9.o

1 — A Conferência das Partes, actuando na qualidadede reunião das Partes para efeitos do presente Protocolo,procederá periodicamente à revisão do presente Pro-tocolo à luz das melhores informações e avaliações cien-tíficas disponíveis sobre as alterações climáticas e seusimpactes, assim como de relevante informação técnica,social e económica. Tais revisões serão coordenadas comas revisões pertinentes ao abrigo da Convenção, em par-ticular as previstas no n.o 2, alínea d), do artigo 4.oe no n.o 2, alínea a), do artigo 7.o da Convenção. AConferência das Partes, actuando na qualidade de reu-nião das Partes para efeitos do presente Protocolo,tomará as acções necessárias com base nas revisõesmencionadas.

2 — A primeira revisão terá lugar na segunda sessãoda Conferência das Partes actuando na qualidade dereunião das Partes para efeitos do presente Protocolo.Revisões subsequentes serão efectuadas a intervalosregulares e de maneira oportuna.

Artigo 10.o

Tomando em consideração as suas responsabilidadescomuns mas diferenciadas e as suas prioridades dedesenvolvimento, objectivos e circunstâncias específicas,nacionais e regionais, sem introduzirem novos compro-missos para as Partes não incluídas no anexo I, masreafirmando compromissos existentes ao abrigo do n.o 1do artigo 4.o da Convenção e continuando a promovera implementação destes compromissos por forma a atin-gir o desenvolvimento sustentável, tendo em conta osn.os 3, 5 e 7 do artigo 4.o da Convenção, as Partes com-prometem-se a:

a) Formular, quando apropriado e na medida dopossível, programas nacionais e, conforme ocaso, regionais, eficazes em relação ao custo,para melhorar a qualidade dos factores de emis-são local, dados sobre a actividade e ou modelosque reflictam as condições socioeconómicas decada Parte para a preparação e actualizaçãoperiódica dos inventários nacionais de emissõesantropógenicas por fontes e as remoções porsumidouros de todos os gases com efeito deestufa não controlados pelo Protocolo de Mon-treal, mediante a utilização de metodologiascomparáveis, a acordar pela Conferência dasPartes, e consistentes com as directrizes paraa preparação das comunicações nacionais adop-tadas pela Conferência das Partes;

b) Formular, implementar, publicar e actualizarregularmente programas nacionais e, conformeo caso, regionais contendo medidas para mitigaras alterações climáticas e medidas para facilitara adaptação adequada a essas alterações cli-máticas.

i) Tais programas envolveriam os sectoresde, inter alia, energia, transporte e indústria,bem como os da agricultura, silvicultura e ges-tão de resíduos. Além disso, tecnologias deadaptação e métodos para aperfeiçoar o pla-neamento espacial melhorariam a adaptação àsalterações climáticas; e

ii) As Partes incluídas no anexo I compro-metem-se a submeter informação sobre acçõesao abrigo do presente Protocolo, incluindo pro-gramas nacionais, de acordo com o estabelecidono artigo 7.o, e as outras Partes procurarãoincluir nas suas comunicações nacionais,quando apropriado, informação sobre progra-mas que contenham medidas que as Partes con-siderem poder contribuir para lidar com as alte-rações climáticas e os seus impactes adversos,incluindo a diminuição do aumento de emissõesde gases com efeito de estufa e aumento dossumidouros e respectivas remoções, capacita-ção e medidas de adaptação.

c) Cooperar na promoção de modalidades efec-tivas para o desenvolvimento, aplicação e difu-são de tecnologias, know-how, práticas e pro-cessos pertinentes para as alterações climáticas,desenvolvendo todas as acções necessárias parapromover, facilitar e financiar, conforme o caso,o acesso a tecnologias ambientalmente compro-vadas ou a sua transferência, em particular paraos países em desenvolvimento, incluindo a for-mulação de políticas e programas para a efectivatransferencia de tecnologias ambientalmentecomprovadas, quer sejam estatais quer do domí-nio público, e a criação de um ambiente propícioao sector privado, a fim de promover e melhoraro acesso a tecnologias ambientalmente compro-vadas e respectiva transferência;

d) Cooperar na investigação científica e técnica epromover a manutenção e o desenvolvimentode sistemas de observação sistemática e o desen-volvimento de arquivos de dados, por forma areduzir as incertezas relativas ao sistema climá-tico, os impactes adversos das alterações climá-ticas e as consequências económicas e sociaisdas várias estratégias de resposta, e promovero desenvolvimento e o reforço das capacidadese das faculdades endógenas para participar nosesforços, programas e redes internacionais eintergovernamentais de investigação e observa-ção sistemática, tomando em consideração oartigo 5.o da Convenção;

e) Cooperar e promover a nível internacional e,conforme o caso, por meio de organismos exis-tentes o desenvolvimento e implementação deprogramas de educação e formação, incluindoo reforço da capacitação nacional, em particulara capacitação humana e institucional, e o inter-câmbio ou disponibilização de pessoal para for-mar especialistas nesta matéria, em particularnos países em desenvolvimento, e facilitar, aonível nacional, a sensibilização do público e oseu acesso à informação sobre alterações climá-ticas. Deverão ser desenvolvidas modalidades

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apropriadas para implementar estas actividadesatravés dos órgãos relevantes da Convenção,tomando em consideração o artigo 6.o daConvenção;

f) Incluir nas suas comunicações nacionais infor-mação sobre programas e actividades desenvol-vidos ao abrigo do presente artigo, de acordocom as decisões relevantes da Conferência dasPartes; e

g) Levar plenamente em conta, na implementaçãodos compromissos previstos no presente artigo,o disposto no n.o 8 do artigo 4.o da Convenção.

Artigo 11.o

1 — Na aplicação do artigo 10.o, as Partes tomarãoem consideração as disposições dos n.os 4, 5, 7, 8 e 9do artigo 4.o da Convenção.

2 — No contexto da aplicação do n.o 1 do artigo 4.oda Convenção, ao abrigo do disposto no n.o 3 doartigo 4.o e no artigo 11.o da mesma, e através da enti-dade ou entidades encarregues do mecanismo financeiroda Convenção, as Partes constituídas por países desen-volvidos e demais Partes desenvolvidas incluídas noanexo II da Convenção comprometem-se a:

a) Providenciar recursos financeiros novos e adi-cionais para cobrir a totalidade dos custos acor-dados incorridos por Partes constituídas porpaíses em desenvolvimento a fim de promove-rem a implementação dos compromissos assu-midos nos termos do n.o 1, alínea a), do artigo 4.oda Convenção, que são abrangidos pela alínea a)do artigo 10.o; e

b) Providenciar também esses recursos financeiros,inclusive para a transferência de tecnologia, deque necessitam as Partes constituídas por paísesem desenvolvimento para cobrir a totalidade doscustos adicionais destinados a promoverem aimplementação dos compromissos assumidos,de acordo com o n.o 1 do artigo 4.o da Con-venção e abrangidos pelo artigo 10.o, e quesejam acordados entre uma Parte constituídapor um país em desenvolvimento e a entidadeou entidades internacionais referidas noartigo 11.o da Convenção, ao abrigo do mesmoartigo.

A implementação destes compromissos existentes teráem consideração a necessidade de que o fluxo de recur-sos financeiros seja adequado e previsível e a impor-tância de uma partilha apropriada da responsabilidadeentre as Partes constituídas por países desenvolvidos.As orientações dadas à entidade ou entidades respon-sáveis pela operação do mecanismo financeiro da Con-venção em decisões relevantes da Conferência das Par-tes, incluindo aquelas acordadas antes da adopção dopresente Protocolo, aplicam-se mutatis mutandis ao pre-visto no presente número.

3 — As Partes constituídas por países desenvolvidos,e demais Partes desenvolvidas incluídas no anexo II daConvenção, podem também providenciar recursos finan-ceiros para a aplicação do disposto no artigo 10.o, atravésde canais bilaterais, regionais e outros de tipo multi-lateral, e as Partes constituídas por países em desen-volvimento poderão beneficiar desses recursos.

Artigo 12.o

1 — É criado o mecanismo de desenvolvimento limpo.2 — O objectivo do mecanismo de desenvolvimento

limpo será assistir as Partes não incluídas no anexo Ide modo a alcançarem o desenvolvimento sustentávele a contribuírem para o objectivo fundamental da Con-venção, e assistir as Partes incluídas no anexo I no cum-primento dos seus compromissos quantificados de limi-tação e redução das emissões, de acordo com o artigo 3.o

3 — Ao abrigo do mecanismo de desenvolvimentolimpo:

a) As Partes não incluídas no anexo I beneficiarãodas actividades de projecto que resultem emreduções certificadas de emissões; e

b) As Partes incluídas no anexo I podem utilizaras reduções certificadas de emissões resultantesdessas actividades de projecto como contributopara cumprimento de parte dos seus compro-missos quantificados de limitação e redução dasemissões, ao abrigo do artigo 3.o, conformedeterminado pela Conferência das Partesactuando na qualidade de reunião das Partespara efeitos do presente Protocolo.

4 — O mecanismo de desenvolvimento limpo serásujeito à autoridade e orientação da Conferência dasPartes, actuando na qualidade de reunião das Partespara efeitos do presente Protocolo, e será supervisio-nado por um conselho executivo do mecanismo dedesenvolvimento limpo.

5 — As reduções de emissões resultantes de cada acti-vidade de projecto serão certificadas por entidades ope-racionais a serem designadas pela Conferência das Par-tes actuando na qualidade de reunião das Partes paraefeitos do presente Protocolo, com base em:

a) Participação voluntária aprovada por cada Parteenvolvida;

b) Benefícios reais, mensuráveis e de longo prazorelacionados com a mitigação das alterações cli-máticas; e

c) Reduções das emissões que sejam adicionais àsque ocorreriam na ausência da actividade cer-tificada de projecto.

6 — O mecanismo de desenvolvimento limpo assistirána obtenção de financiamento para as actividades cer-tificadas de projecto, quando necessário.

7 — A Conferência das Partes, actuando na qualidadede reunião das Partes para efeitos do presente Protocolo,elaborará, na sua primeira sessão, modalidades e pro-cedimentos com o objectivo de assegurar transparência,eficiência e responsabilidade nas actividades de projectoatravés de auditoria e de verificação independentes.

8 — A Conferência das Partes, actuando na qualidadede reunião das Partes para efeitos do presente Protocolo,assegurará que uma parte do rendimento das actividadescertificadas do projecto seja usada para cobrir despesasadministrativas, bem como para assistir as Partes cons-tituídas por países em desenvolvimento que sejam par-ticularmente vulneráveis aos efeitos adversos das alte-rações climáticas, a suportar os custos de adaptação.

9 — A participação no âmbito do mecanismo dedesenvolvimento limpo, incluindo nas actividades men-cionadas na alínea a) do n.o 3 e na aquisição de reduçõescertificadas de emissão, pode envolver entidades pri-

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vadas e ou públicas e será sujeita às orientações queforem definidas pelo conselho executivo do mecanismode desenvolvimento limpo.

10 — As reduções certificadas de emissões obtidasdurante o período do ano 2000 até ao início do primeiroperíodo de cumprimento podem ser utilizadas para auxi-liar no cumprimento dos compromissos assumidos rela-tivos ao primeiro período de cumprimento.

Artigo 13.o

1 — A Conferência das Partes, órgão supremo daConvenção, actuará na qualidade de reunião das Partespara efeitos do presente Protocolo.

2 — As Partes da Convenção que não sejam Partesdo presente Protocolo podem participar como obser-vadores nos trabalhos de qualquer sessão da Conferênciadas Partes actuando na qualidade de reunião das Partespara o efeito do presente Protocolo. Quando a Con-ferência das Partes actuar na qualidade de reunião dasPartes do presente Protocolo, as decisões no âmbitodo presente Protocolo serão tomadas apenas pelas Par-tes do Protocolo.

3 — Quando a Conferência das Partes actuar na qua-lidade de reunião das Partes para efeitos do presenteProtocolo, qualquer membro da Mesa da Conferênciadas Partes que represente uma Parte da Convenção mas,que nessa altura, não seja uma Parte do presente Pro-tocolo será substituído por um membro adicional esco-lhido entre as Partes do presente Protocolo e por elaseleito.

4 — A Conferência das Partes, actuando na qualidadede reunião das Partes para efeitos do presente Protocolo,deverá analisar regularmente a aplicação do presenteProtocolo e tomará, no âmbito do seu mandato, as deci-sões necessárias para promover a sua efectiva aplicação.A Conferência das Partes, actuando na qualidade dereunião das Partes para efeitos do presente Protocolo,exercerá as funções que lhe forem atribuídas pelo pre-sente Protocolo e compromete-se a:

a) Avaliar, com base em toda a informação quelhe for disponibilizada de acordo com as dis-posições do presente Protocolo, a aplicação dopresente Protocolo pelas Partes, os efeitos glo-bais das medidas tomadas ao abrigo do Pro-tocolo, em particular os efeitos ambientais, eco-nómicos e sociais, assim como os seus impactescumulativos, e em que medida estão a ser rea-lizados progressos para atingir os objectivos daConvenção;

b) Examinar periodicamente as obrigações dasPartes ao abrigo do presente Protocolo, dandoa devida atenção a quaisquer análises que sejamnecessárias ao abrigo do n.o 2, alínea d), doartigo 4.o e do n.o 2 do artigo 7.o da Convenção,à luz do objectivo da Convenção, da experiênciaobtida na sua aplicação e da evolução do conhe-cimento científico e tecnológico, e a este res-peito considerar e adoptar relatórios periódicossobre a aplicação do presente Protocolo;

c) Promover e facilitar o intercâmbio de informa-ção sobre as medidas adoptadas pelas Partespara lidar com as alterações climáticas e os seusefeitos, tomando em consideração as diferentescircunstâncias, responsabilidades e capacidadesdas Partes e os seus respectivos compromissosao abrigo do presente Protocolo;

d) Facilitar, por solicitação de duas ou mais Partes,a coordenação de medidas por elas adoptadas

para lidar com as alterações climáticas e os seusefeitos, tomando em consideração as diferentescircunstâncias, responsabilidades e capacidadesdas Partes e os seus respectivos compromissosao abrigo do presente Protocolo;

e) Promover e orientar, de acordo com os objec-tivos da Convenção e com as disposições dopresente Protocolo e tomando plenamente emconsideração as decisões relevantes da Confe-rência das Partes, o desenvolvimento e aper-feiçoamento periódico de metodologias compa-ráveis para a efectiva aplicação do presente Pro-tocolo, a serem acordadas pela Conferência dasPartes actuando na qualidade de reunião dasPartes para efeitos do presente Protocolo;

f) Fazer recomendações sobre quaisquer matériasnecessárias para a aplicação do presente Pro-tocolo;

g) Procurar mobilizar recursos financeiros adicio-nais, de acordo com o n.o 2 do artigo 11.o;

h) Estabelecer os órgãos subsidiários consideradosnecessários para a implementação do presenteProtocolo;

i) Procurar e utilizar, quando apropriado, os ser-viços e a cooperação de organizações interna-cionais, intergovernamentais e não governamen-tais competentes, bem como a informação porelas fornecida; e

j) Exercer outras funções que possam vir a serrequeridas para a aplicação do presente Pro-tocolo e considerar quaisquer outras que resul-tem de uma decisão da Conferência das Partes.

5 — O regulamento interno da Conferência das Par-tes bem como os procedimentos financeiros aplicadossegundo a Convenção aplicar-se-ão mutatis mutandis aopresente Protocolo, excepto se for outra a decisão con-sensual da Conferência das Partes actuando na qua-lidade de reunião das Partes para efeitos do presenteProtocolo.

6 — A primeira sessão da Conferência das Partes,actuando na qualidade de reunião das Partes para efeitosdo presente Protocolo, será convocada pelo Secretariadoem conjunção com a primeira sessão da Conferênciadas Partes que tiver lugar após a entrada em vigor dopresente Protocolo. As sessões ordinárias subsequentesda Conferência das Partes, actuando na qualidade dereunião das Partes para efeitos do presente Protocolo,serão realizadas todos os anos e em conjunção com assessões ordinárias da Conferência das Partes, a menosque seja outra a decisão da Conferência das Partesactuando na qualidade de reunião das Partes para efeitosdo presente Protocolo.

7 — As sessões extraordinárias da Conferência dasPartes, actuando na qualidade de reunião das Partespara efeitos do presente Protocolo, realizar-se-ão sem-pre que assim for considerado necessário pela Confe-rência das Partes actuando na qualidade de reunião dasPartes para efeitos do presente Protocolo ou mediantesolicitação escrita de qualquer Parte desde que, dentrode seis meses após tal solicitação ter sido comunicadaàs Partes pelo Secretariado, esta venha a receber o apoiode, pelo menos, um terço das Partes.

8 — As Nações Unidas, as suas agências especiali-zadas e a Agência Internacional de Energia Atómica.assim como qualquer Estado-Membro dessas organiza-ções ou observador junto às mesmas que não seja parteda Convenção, poderão estar representados como obser-

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N.o 71 — 25 de Março de 2002 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2835

5 — A emenda entrará em vigor para qualquer outraParte no 90.o dia após a data em que essa Parte depo-sitou, junto do depositário, o seu instrumento de acei-tação da referida emenda.

Artigo 21.o

1 — Os anexos ao presente Protocolo constituemparte integrante do mesmo e, salvo declaração expressaem contrário, uma referência ao presente Protocoloconstitui simultaneamente uma referência aos seus ane-xos. Quaisquer anexos que sejam adoptados após aentrada em vigor do presente Protocolo consistirão ape-nas em listas, formulários e qualquer outro material denatureza descritiva que tenha um carácter científico, téc-nico, processual ou administrativo.

2 — Qualquer Parte pode apresentar propostas deanexo ao presente Protocolo e propor emendas aos ane-xos do Protocolo.

3 — Os anexos ao presente Protocolo e as emendasaos seus anexos serão adoptados em sessões ordináriasda Conferência das Partes, actuando na qualidade dereunião das Partes para efeitos do presente Protocolo.O texto de qualquer proposta de anexo ou de emendaa um anexo será comunicado às Partes pelo Secreta-riado, pelo menos seis meses antes da reunião na qualserá proposta a sua adopção. O Secretariado comunicarátambém o texto de qualquer proposta de anexo ou deemenda a um anexo às Partes e signatários da Con-venção e, para informação, ao depositário.

4 — As Partes esforçar-se-ão por chegar a acordo porconsenso sobre qualquer proposta de anexo ou emendaa um anexo. Uma vez esgotados todos os esforços parase obter consenso sem que se tenha chegado a umacordo, o anexo ou emenda a um anexo serão adoptados,como último recurso, por uma maioria de três quartosdos votos das Partes presentes e votantes na reunião.O anexo ou emenda a um anexo adoptado será comu-nicado pelo Secretariado ao depositário, o qual o enviaráa todas as Partes para aceitação.

5 — Um anexo ou emenda a um anexo, à excepçãodo anexo A ou B, que tenha sido adoptado de acordocom os n.os 3 e 4, entrará em vigor para todas as Partesdo presente Protocolo seis meses após a data de comu-nicação pelo depositário às Partes da adopção do anexoou da emenda ao anexo, com excepção das Partes quetenham notificado o depositário por escrito, e dentrodesse prazo, da sua não aceitação do anexo ou daemenda ao anexo. O anexo ou emenda a um anexoentrará em vigor, para as Partes que tenham retiradoa sua notificação de não aceitação, no 90.o dia apósa data em que a retirada de tal notificação tenha sidorecebida pelo depositário.

6 — Se a adopção de um anexo ou de uma emendaa um anexo implicar uma emenda ao presente Protocolo,esse anexo ou emenda a um anexo só entrará em vigorno momento em que a emenda ao presente Protocoloentrar em vigor.

7 — As emendas aos anexos A e B do presente Pro-tocolo serão adoptadas e entrarão em vigor de acordocom o processo constante do artigo 20.o, sob condiçãode que qualquer emenda ao anexo B só será adoptadacom o consentimento escrito da Parte envolvida.

Artigo 22.o

1 — Cada Parte terá direito a um voto, à excepçãodo disposto no n.o 2.

2 — As organizações regionais de integração econó-mica exercerão o seu direito de voto, em matérias dasua competência, com um número de votos igual aonúmero dos seus Estados-Membros que sejam Partesdo presente Protocolo. Estas organizações não poderãoexercer o seu direito de voto se algum dos seus Esta-dos-Membros exercer esse direito, e vice-versa.

Artigo 23.o

O Secretário-Geral das Nações Unidas será o depo-sitário do presente Protocolo.

Artigo 24.o

1 — O presente Protocolo será aberto para assinaturae sujeito a ratificação, aceitação ou aprovação pelosEstados e organizações regionais de integração econó-mica que sejam Partes da Convenção. O Protocolo estaráaberto para assinatura, na sede das Nações Unidas, emNova Iorque, de 16 de Março de 1998 a 15 de Marçode 1999. O presente Protocolo será aberto para adesãono dia seguinte à data em que for encerrado à assinatura.Os instrumentos de ratificação, aceitação, aprovação ouadesão serão depositados junto do depositário.

2 — Qualquer organização regional de integraçãoeconómica que se torne Parte do presente Protocolo,sem que qualquer dos seus Estados-Membros seja Parte,ficará sujeita a todas as obrigações decorrentes do pre-sente Protocolo. No caso de um ou mais Estados-Mem-bros dessa organização serem Partes do presente Pro-tocolo, a organização e os seus Estados-Membros deci-dirão sobre as suas respectivas responsabilidades no quediz respeito ao cumprimento das suas obrigações nostermos do Protocolo. Em tais casos, a organização eos seus Estados-Membros não poderão exercer simul-taneamente os direitos que decorrem do presenteProtocolo.

3 — Nos seus instrumentos de ratificação, aceitação,aprovação ou adesão, as organizações regionais de inte-gração económica declararão o âmbito das suas com-petências relativamente às matérias regidas pelo pre-sente Protocolo. Estas organizações informarão tambémo depositário, o qual, por sua vez, informará as Partes,sobre qualquer alteração substancial no âmbito das suascompetências.

Artigo 25.o

1 — O presente Protocolo entrará em vigor no nona-gésimo dia após a data em que pelo menos 55 Partesda Convenção, englobando as Partes incluídas no anexo Ique contabilizaram no total um mínimo de 55% dasemissões totais de dióxido de carbono em 1990 das Par-tes incluídas no anexo I, tenham depositado os seus ins-trumentos de ratificação, aceitação, aprovação ou ade-são.

2 — Para efeitos do presente artigo, «as emissõestotais de dióxido de carbono em 1990 das Partes incluí-das no anexo I» significa a quantidade comunicada pelasPartes incluídas no anexo I, na data de adopção do Pro-tocolo ou em data anterior, na sua primeira comunicaçãonacional submetida em conformidade com o artigo 12.oda Convenção.

3 — Para cada Estado ou organização regional deintegração económica que ratifique, aceite ou aproveo presente Protocolo, ou adira a ele depois de verificadasas condições para a sua entrada em vigor previstas non.o 1, o presente Protocolo entrará em vigor no 90.o dia

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após a data de depósito do seu instrumento de rati-ficação, aceitação, aprovação ou adesão.

4 — Para os efeitos do presente artigo, qualquer ins-trumento depositado por uma organização regional deintegração económica não será considerado como adi-cional aos instrumentos depositados pelos Estados--Membros dessa organização.

Artigo 26.o

Não poderão ser formuladas reservas ao presenteProtocolo.

Artigo 27.o

1 — Decorridos três anos após a data de entrada emvigor do presente Protocolo para uma Parte, esta poderá,em qualquer altura, denunciar o presente Protocolomediante notificação escrita ao depositário.

2 — Esta denúncia será efectiva decorrido que sejaum ano contado desde a data da recepção, pelo depo-sitário, da notificação de denúncia, ou em data posteriorespecificada na referida notificação.

3 — Qualquer Parte que denuncie a Convenção seráconsiderada como tendo também denunciado o presenteProtocolo.

Artigo 28.o

O original do presente Protocolo, cujos textos emárabe, chinês, inglês, francês, russo e espanhol são igual-mente autênticos, será depositado junto do Secretário--Geral das Nações Unidas.

Feito em Quioto no 11.o dia do mês de Dezembrode 1997.

Em virtude do que, os abaixo assinados, devidamenteautorizados para o efeito, assinaram o presente Pro-tocolo, nas datas indicadas.

ANEXO A

Gases com efeito de estufa

Dióxido de carbono (C02).Metano (CH4).Óxido nitroso (N2O).Hidrofluorcarbonetos (HFCs).Perfluorcarbonetos (PFCs).Hexafluoreto de enxofre (SF6).

Sectores/categorias de fontes

Energia:

Combustão de combustível:

Indústrias de energia.Indústrias transformadoras e de construção.Transportes.Outros sectores.Outros.

Emissões fugitivas de combustíveis:

Combustíveis sólidos.Petróleo e gás natural.Outros.

Processos industriais:

Produtos minerais.Indústria química.

Produção de metais.Outras produções.Produção de halocarbonetos e de hexafluoreto

de enxofre.Consumo de halocarbonetos e de hexafluoreto

de enxofre.Outros.

Uso de solventes e de outros produtos.Agricultura:

Fermentação entérica.Gestão de estrume.Cultivo de arroz.Solos agrícolas.Queimada intencional de savanas.Queimada de resíduos agrícolas.Outros.

Resíduos:

Deposição de resíduos sólidos no solo.Manuseamento de águas residuais.Incineração de resíduos.Outros.

ANEXO B

Parte

Compromisso quantificadode limitação ou redução de emissões

(percentagem do anoou período de referência)

Austrália . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108Áustria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92Bélgica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92Bulgária (*) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92Canadá . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94Croácia (*) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95República Checa (*) . . . . . . . . . . . . . . 92Dinamarca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92Estónia (*) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92Comunidade Europeia . . . . . . . . . . . . 92Finlândia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92França . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92Alemanha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92Grécia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92Hungria (*) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94Islândia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110Irlanda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92Itália . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92Japão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94Letónia (*) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92Listeinstaina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92Lituânia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92Luxemburgo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92Mónaco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92Países Baixos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92Nova Zelândia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100Noruega . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101Polónia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94Portugal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92Roménia (*) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92Federação Russa (*) . . . . . . . . . . . . . . 100Eslováquia (*) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92Eslovénia (*) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92Espanha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92Suécia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92Suíça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92Ucrânia (*) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100Reino Unido da Grã-Bretanha e da

Irlanda do Norte . . . . . . . . . . . . . . . 92Estados Unidos da América . . . . . . . . 93

(*) Países que estão no processo de transição para uma economia de mercado.