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Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores Ponta Delgada, 24.Junho.2009 FEUP, Novembro 2008 Seminário “Construção Sustentável”

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Page 1: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

Engenharia para a Sustentabilidadee os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores

Ponta Delgada, 24.Junho.2009FEUP, Novembro 2008

Seminário “Construção Sustentável”

Page 2: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

O NOSSO MUNDO É UM

SISTEMA COMPLEXO

Page 3: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

COMPLEXIDADE

Micro

Page 4: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

Modernidade

OU Tradição?

COMPLEXIDADE

Micro

Page 5: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

Barbárie

OU Diversão?

COMPLEXIDADE

Micro

Page 6: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

Imperfeição

OU Perfeição?

COMPLEXIDADE

Micro

Page 7: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

Ruído

OU Música?

COMPLEXIDADE

Micro

Page 8: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

COMPLEXIDADE

Macro

Page 9: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

Poluição das Massas de Água

COMPLEXIDADE

Macro

Page 10: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

COMPLEXIDADE

MacroPoluição das Massas de Água

Page 11: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

Violência e Conflitos Armados

COMPLEXIDADE

Macro

Page 12: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

COMPLEXIDADE

MacroViolência e Conflitos Armados

Page 13: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

Pobreza e Fome

COMPLEXIDADE

Macro

Page 14: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

Pobreza e Fome

COMPLEXIDADE

Macro

Page 15: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

Alterações Climáticas

COMPLEXIDADE

Macro

Page 16: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

Alterações Climáticas

COMPLEXIDADE

Macro

Page 17: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

DARWIN A complexidade do ambiente estárelacionada com um processo de selecção natural.

.

Capacidade de adaptação

Page 18: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

A complexidade do mercado estárelacionada com um processo de selecção natural.

Capacidade de inovação

Page 19: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

“A necessidade aguça o engenho”

Adágio popular

Page 20: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

Engenharia AgronEngenharia AgronóómicamicaEngenharia do AmbienteEngenharia do AmbienteEngenharia CivilEngenharia CivilEngenharia ElectrotEngenharia ElectrotéécnicacnicaEngenharia FlorestalEngenharia FlorestalEngenharia GeogrEngenharia GeográáficaficaEngenharia GeolEngenharia Geolóógica e de Minasgica e de MinasEngenharia InformEngenharia InformááticaticaEngenharia MecânicaEngenharia MecânicaEngenharia MetalEngenharia Metalúúrgica e de Materiaisrgica e de MateriaisEngenharia NavalEngenharia NavalEngenharia QEngenharia Quuíímicamica

A Engenhariacomo plataforma transversal a todos os processos de desenvolvimento

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Page 22: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

FORMAÇÃO ECOMPETÊNCIASadequadas aos desafíos

A capacitação técnica potencia a minimização de problemas e a eficiência das soluções.

Page 23: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

TRABALHO DE EQUIPAe capacidade decomunicação

A implementaA implementaçção ão de solude soluçções ões eficazes requer eficazes requer conhecimento conhecimento multidisciplinar e multidisciplinar e uma correcta uma correcta avaliaavaliaçção de custoão de custo--benefbenefíício.cio.

Page 24: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

INOVAINOVAÇÇÃOÃOe capacidade dee capacidade deintegraintegraççãoão

A adaptabilidade A adaptabilidade a novas ideias a novas ideias maximiza a maximiza a capacidade de capacidade de resposta.resposta.

Page 25: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

SENSIBILIDADEaos pormenores

É a atenção aos pormenores que muitas vezes traduz a qualidade final das soluções..

Page 26: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

AMPLITUDEde critérios

Uma abordagem holística maximiza as probabilidades de sucesso.

Page 27: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES

− ALGUNS ELEMENTOS E PERSPECTIVAS NO ÂMBITO DA “CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL” −

Ponta Delgada, 24 de Junho de 2009

SEMINÁRIO “CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL”

Page 28: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

28DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS -

Protocolo de Quioto (PQ) - Convenção Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas (CQNUAC)

● Compromisso de limitar ou reduzir, até 2012, as emissões registadas em 1990:

• Reduzir 5% das emissões totais dos 55 países que ratificaram o PQ;

• Reduzir 8% das emissões dos países em espaço comunitário europeu;

• Limitar até 27% o aumento das emissões registadas em Portugal.

PNAC- Conjunto de políticas e medidas para garantir o cumprimento dos compromissos do PQ.

- Medidas dirigidas para eficiência energética em edifícios, transportes, sector agrícola, indústria, floresta e resíduos.

CELE + PNALE-Mecanismo nacional de atribuição de licenças de emissão de GEE a instalações industriais;

- 244 instalações abrangidas pelo CELE entre 2005-2007 (cinco nos Açores).

Mecanismos PQ- Transacção de Emissões (TE);

- Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL);

- Implementação Conjunta (IC).

Mecanismos de Acção

1. Introdução| Enquadramento

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29DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS -

Evolução das emissões entre 1990 e 2004

+72,6%

+49,0%

+41,0%

+26,6%

+26,6%

+25,1%

+23,1%

+21,3%

+18,5%

+15,8%

+15,7%

+14,5%

+12,1%

+10,3%

+6,5%

+2,4%

+1,4%

+0,4%

+0,3%

0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0%

Turquia

Espanha

Portugal

Canadá

Grécia

Austrália

Irlanda

Nova Zelândia

Liechtenstein

EUA

Áustria

Finlândia

Itália

Noruega

Japão

Holanda

Bélgica

Suíça

LuxemburgoOs que mais aumentaram...

Evolução das emissões entre 1990 e 2004

-60,4%

-58,5%

-55,3%

-51,0%

-49,0%

-41,6%

-41,0%

-32,0%

-31,8%

-31,2%

-30,4%

-25,0%

-17,2%

-14,3%

-5,4%

-5,0%

-3,5%

-3,1%

-1,1%

-0,8%

-0,8%

-0,6%

-80,0% -70,0% -60,0% -50,0% -40,0% -30,0% -20,0% -10,0% 0,0%

Lituânia

Letónia

Ucrânia

Estónia

Bulgária

Bielorússia

Roménia

Rússia

Hungria

Polónia

Eslováquia

Rep. Checa

Alemanha

Reino Unido

Croácia

Islândia

Suécia

Mónaco

Dinamarca

França

Eslovénia

União EuropeiaOs que mais reduziram...

…e +45% em 2005!

“O ano de 2006 foi o 5º mais quente em Portugal Continental desde 1931, e a onda de calor registada em Julho de 2006, quer pela sua extensão espacial, quer temporal, foi a mais significativa observada desde 1941.” in REA 2006.

1. Introdução| Enquadramento

Page 30: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

30DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS -

16,6

16,8

17,0

17,2

17,4

17,6

17,8

18,0

18,2

18,4

18,6

1900 1913 1926 1939 1952 1965 1978 1991 2004

tem

pera

tura

méd

ia (º

C)

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

1900

1913

1926

1939

1952

1965

1978

1991

2004

prec

ipita

ção

(mm

)

Impactes ou Riscos Directos:● Elevação do nível do mar;

● Intensificação da erosão costeira;

● Aumento de fenómenos hidrológicos extremos (cheias, secas, …);

● Alterações nas condições climatéricas (ondas de calor, tempestades, …).

Impactes ou Riscos Indirectos:● Depleção do património natural e paisagístico;

● Alterações no equilíbrio dos ecossistemas naturais;

● Riscos para a segurança de pessoas e bens.

1. Introdução| Os Açores e as Alterações Climáticas

Page 31: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

31DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS -

● Objectivos gerais do conceito de “construção sustentável”:● AMBIENTE - Redução dos impactes ou efeitos ambientais;

● ECONOMIA - Redução das despesas correntes com o edifício;

● SOCIEDADE - Melhoria das condições de habitabilidade, saúde e qualidade de vida;

● Segundo o WBCSD, o custo de uma “construção sustentável” pode atingir apenas um acréscimo de 5% face às construções convencionais.

1. Introdução| Conceito de “Construção Sustentável”

Page 32: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

32DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS -

● O aquecimento e a iluminação representam 42% da energia total consumida nos edifícios;

● Os sectores da construção e de serviços são responsáveis por 40% do consumo de energia final;

● 33% da totalidade das emissões GEE reportam-se a áreas edificadas;

● A produção dos materiais e os processos de construção consomem entre 10% a 15% da energia consumida pelo edifício em todo o seu ciclo de vida;

● A construção de edifícios consome 40% dos materiais produzidos e 55% das madeiras extraídas a nível mundial.

● As pessoas passam cerca de 80% a 90% do seu tempo dentro de edifícios;

Alguns Factos:

1. Introdução| Conceito de “Construção Sustentável”

Page 33: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

33DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS -

● Etapas do ciclo de vida do edifício:

Extracção de matérias-primas;

Fabrico de materiais de construção;

Construção do edifício;

Utilização e operação do edifício;

Manutenção e reparação;

Demolição;

Encaminhamento final dos resíduos (RCD e outros) e efluentes.

Emissão de GEE

1. Introdução| O Sector da Construção e a Emissão de GEE

Page 34: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

34DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS -

● Enquadrar a Região Autónoma dos Açores no processo nacional de monitorização de emissões de GEE:

• concretizando uma primeira aplicação a nível regional das metodologias do National Inventory Report (NIR);

• efectuando uma estimativa das emissões de GEE a nível regional (análise temporal, espacial, por fonte emissora e benchmarking);

• analisando as principais actividades em termos de emissão de GEE na Região;

• identificando sectores com maior potencial no contexto do Mercado do Carbono.

• estabelecendo referenciais para posterior análise crítica, revisão e validação.

● Contribuir para as directrizes da Resolução da ALRA n.º 10/2007/A, de 18 de Junho(relativa à apresentação de um relatório anual sobre clima e qualidade do ar).

2. Estimativa de Emissões Regionais de GEE| Objectivos

Page 35: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

35DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS -

Estimativa de Emissões Regionais de GEE| Metodologia

Estimativa com base no National Inventory Report (NIR):● Consideram-se os seis GEE contemplados no PQ: CO2, CH4, N2O, PFC, HFC, SF6;

● Série temporal: 1990 - 2004;

Método de cálculo

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36DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS -

Definição de âmbito

Estimativa de Emissões Regionais de GEE| Metodologia

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37DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS -

2. Estimativa de Emissões Regionais de GEE| Análise Sectorial: Categorias Relevantes na ConstruçãoCategorias / Actividades Correlação com sector

da Construção Contributo para Emissão de GEE

ENERGIAIndústria de Energia Necessidades de energia eléctrica.

Extracção e transformação de matérias-primas.

Produção de materiais de construção.

Construção e edificação.

Transportes n.a.

Outros sectores Queima de combustíveis fósseis no sector doméstico e serviços.

PROCESSOS INDUSTRIAIS

Consumo de halocarbonetos e hexafluoretos de enxofre

Montagem, operação e eliminação de equipamentos eléctricos, refrigeração doméstica e comercial e ar condicionados fixos.

AGRICULTURAFermentação entérica n.a.

Gestão de estrume n.a.

Solos agrícolas n.a.

RESÍDUOS E ÁGUAS RESIDUAIS

Gestão de resíduos sólidos Produção e tratamento de resíduos.

Tratamento de águas residuais Produção e tratamento de águas residuais.

FLORESTA Florestação, reflorestação e

desflorestaçãoConsumo de madeira.

Indústria Transformadora e de Construção

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38DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS -

Actividades de combustão relacionadas com a produção e consumo de energia:

2. Estimativa de Emissões Regionais de GEE| Análise Sectorial: Energia

energia

indústrias de energia

indústrias transformadoras e

de construção

transportes

outros sectoresD.

C.

A.

B.

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39DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS -

2. Estimativa de Emissões Regionais de GEE| Análise Sectorial: Energia

0

100

200

300

400

1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

kt C

O2e

Centrais termoeléctricas Centrais geotérmicas

A. Indústrias de Energia• Emissões resultantes de actividades de produção de energia eléctrica;.

• GEE dominante: ≈ 100% CO2.

Alternativa sustentável: Redução da dependência do sistema produtor termoeléctrico, mediante a implementação de sistemas de micro-geração à base de FER.

Exemplo: Aproveitamento geotérmico para aquecimento e arrefecimento (chillers).

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40DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS -

1

1,5

2

2,5

3

3,5

1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

Evo

luçã

o R

AA

(B

ase

1 - A

no 1

990)

PIB pm (Fonte: SREA)Produção energia termoeléctrica (Fonte: DGGE)Consumo electricidade (Fonte: SREA)Estimativa emissões GEE (estudo presente)Consumo termoeléctrico de combustíveis (Fonte: DGGE)Produção de energia renovável (Fonte: DGGE)

2. Estimativa de Emissões Regionais de GEE| Análise Sectorial: Energia

A. Indústrias de Energia

Alternativa sustentável:

Um sistema de aquecimento de água a partir de energia solar pode reduzir até 70% os custos energéticos.

Page 41: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

41DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS -

B. Indústrias Transformadoras e de Construção• Emissões resultantes de actividades de combustão – fornos, fornalhas e unidades de cogeração.

• GEE dominante: ≈ 100% CO2.

2. Estimativa de Emissões Regionais de GEE| Análise Sectorial: Energia

0

50

100

150

200

250

300

35019

90

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

kt C

O 2e

Indústria alimentar, de bebidas e tabaco Fabricação de produtos não metálicos

Fabricação de cimento Indústria extractiva

Construção Outros sectores industriais

Page 42: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

42DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS -

D. Outros Sectores• Emissões resultantes da queima de combustíveis fósseis em actividades domésticas, serviços, agricultura e pescas;

• GEE dominante: ≈ 100% CO2;

2. Estimativa de Emissões Regionais de GEE| Análise Sectorial: Energia

0

20

40

60

80

100

120

140

160

18019

90

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

kt C

O2e

Doméstico Serviços Agricultura e pescas

Alternativa sustentável:

queima de resíduos biodegradáveis ou pellets.

Page 43: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

43DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS -

Síntese

• GEE dominante: ≈ 100% CO2;

• Emissões aumentaram 88% entre 1990 e 2004;

• A indústria de produção de energia tem um peso significativo nas emissões (28%);

2. Estimativa de Emissões Regionais de GEE| Análise Sectorial: Energia

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.80019

90

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

kt C

O2e

Indústrias de Energia Indústrias Transformadoras e de Construção Transportes Outros Sectores

Page 44: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

44DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS -

● Actividades de transformação de matérias-primas e manuseamento de produtos:

2. Estimativa de Emissões Regionais de GEE| Análise Sectorial: Processos Industriais

processos industriais

consumo de halocarbonetos e hexafluoreto de

enxofreA.

● Refrigeração doméstica;

• Refrigeração comercial;

• Equipamentos de transportes refrigerados;

• Equipamentos de ar condicionado fixos;

• Equipamentos de ar condicionado móveis;

• Produção de espumas;

• Equipamentos eléctricos.

Page 45: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

45DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS -

• Emissões GEE resultantes da utilização de compostos halogenados em diversas aplicações industriais, domésticas e comerciais.

2. Estimativa de Emissões Regionais de GEE| Análise Sectorial: Processos Industriais

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

kt C

O2 e

Refrigeração Doméstica Refrigeração ComercialEquipamentos de Transporte Refrigerados Ar Condicionado FixosAr Condicionados Móveis EspumasEquipamentos eléctricos

A. Consumo de Halocarbonetos e Hexafluoreto de Enxofre

Page 46: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

46DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS -

• Emissões aumentaram cerca de 15% entre 1990 e 2004;

• GEE dominantes: CFC em 1990 e HFC em 2004.

• Os frigoríficos e arcas congeladoras são os electrodomésticos que mais energia consomem numa habitação (cerca de 20% do consumo doméstico).

0

1

1

2

2

3

3

4

1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

kt C

O2e

HFC HCFC CFC SF6

2. Estimativa de Emissões Regionais de GEE| Análise Sectorial: Processos Industriais

Page 47: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

47DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS -

2. Estimativa de Emissões Regionais de GEE| Análise Sectorial: Floresta

Alterações nos usos florestais, influenciando os fluxos de gases entre a atmosfera e os ecossistemas terrestres:

floresta

florestação, reflorestação e desflorestação

A.

Page 48: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

48DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS -

2. Estimativa de Emissões Regionais de GEE| Análise Sectorial: Floresta

● Balanço de emissões:• Aumento da capacidade de retenção de CO2, através do incremento da biomassa (e.g. florestação);

• Perda / libertação de CO2, através da perda de biomassa (e.g. corte de árvores).

● A queima de biomassa é um dos sectores em crescimento (prevê-se que até 2020 seja responsável por 15% da energia eléctrica total consumida).

Alternativa sustentável:

- optar por materiais alternativos em situações em que a madeira não seja a solução mais custo-eficaz;

-aplicar critérios de sustentabilidade na selecção e utilização de madeiras;

Exemplo: Reutilização de resíduos para produção de materiais de construção.

Page 49: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

49DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS -

● A capacidade de sumidouro da RAA é de 237 kt/ano de CO2;

● O potencial sumidouro de CO2 da Região aumentou 34% entre 1990 e 2004;

2. Estimativa de Emissões Regionais de GEE| Análise Sectorial: Floresta

-300

-200

-100

0

100

200

300

400

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

kt C

O2

Incremento de biomassa Perda de biomassa Balanço CO2

Page 50: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

50DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS -

Actividades relacionadas com a gestão de resíduos sólidos e de águas residuais:

2. Estimativa de Emissões Regionais de GEE| Análise Sectorial: Resíduos e Águas Residuais

A.

B.

resíduos e águas residuais

gestão de resíduos sólidos

tratamento de águas residuais

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51DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS -

-

10

20

30

40

50

60

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

kt C

O2e

Resíduos sólidos urbanos Resíduos industriais

Águas residuais domésticas Águas residuais industriais

2. Estimativa de Emissões Regionais de GEE| Análise Sectorial: Resíduos e Águas Residuais

A. Gestão de Resíduos Sólidos e B. Tratamento de Águas Residuais• Emissões de GEE devido a fenómenos de metanização e desnitrificação da matéria orgânica presente nos resíduos e nas águas residuais;

• GEE dominante: 75% CH4;

• Uma máquina de lavar roupa pode gastar cerca de 124 litros de água quente num único programa de lavagem (cerca de 4 duches);

Page 52: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

52DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS -

Evolução 1990 – 2004:

- CO2: + 101%

- CH4: + 13%

- N2O: + 14%

- Halogenados: + 15%

O CO2 é o GEE mais representativo

nas emissões da RAA (61%)

2. Estimativa de Emissões Regionais de GEE| Análise Regional: por tipo de GEE

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

kt C

O2e

CO2 CH4 N2O Compostos halogenados

Page 53: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

53DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS -

2. Estimativa de Emissões Regionais de GEE| Análise Regional: por categoria e sector

Page 54: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

54DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS -

2. Estimativa de Emissões Regionais de GEE| Análise Regional: análise de sensibilidade ao balanço

Page 55: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

55DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS -

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

kt C

O2e

Energia Processos industriais Agricultura Resíduos

M eta do P ro to co lo de Quio to (assumindo o co mpro misso nacio nal)+20%

+ 27%

+ 32%

● Aumento de 59% das emissões de GEE regionais entre 1990 e 2004 (41% a nível nacional);

●Excedência de 20% de emissões de GEE relativamente à meta do PQ.

2. Estimativa de Emissões Regionais de GEE| Análise Regional: comparação com metas do PQ

Page 56: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

56DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS -

2. Estimativa de Emissões Regionais de GEE| Análise Regional: análise de sensibilidade à evolução

Page 57: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

57DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS -

● São Miguel é responsável por 52% das emissões de GEE e a Terceira por 23%.

2. Estimativa de Emissões Regionais de GEE| Análise Regional: territorialização

Page 58: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

58DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS -

● Actividades específicas e impactes das fases de extracção de matérias-primas, produção de materiais, construção e demolição com influência na emissão de GEE:

● Extracção e consumo de matérias-primas e consequente produção de resíduos e efluentes;

● Produção de materiais de construção;

● Consumo de energia eléctrica da rede pública produzida por fontes fósseis;

● Consumo de água e consequente produção de águas residuais;

● Demolição e triagem de resíduos de construção;

● O gasto energético no processo de extracção de matérias-primas, produção de materiais de produção apresentam e em todas as fases do ciclo de vida dos materiais incluindo o transporte é designado por energia incorporada.

3. Gestão de GEE na Construção| Energia

Page 59: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

59DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS -

● A energia incorporada dos materiais que constituem um edifício varia com a sua tipologia e materiais utilizados; contudo, corresponde a cerca de 10% a 15% do consumo energético do edifício em todo o seu ciclo de vida.

Fonte: GBC Handbook / IA 2006.

Material Unidade

Energia incorporada

primária (MJ/unidade)

Energia incorporada secundária

(MJ/unidade)

Madeira bruta m3 848 -

Madeira seca tratada m3 1200 -

Contraplacado m3 9440 -Papel de parede m2 7,5 -Placa de gesso m3 5000 -Vidro kg 31,5 -Aço kg 59 18Alumínio kg 145 26Asfalto m2 280 -Cimento kg 2,15 -Ferro kg 34 21Cobre e bronze kg 100 45Borracha kg 67 44Areia kg 1 -Magnésio kg 284 27Poliuretanos kg 72 44Zinco kg 53 15

3. Gestão de GEE na Construção| Energia

sba1

Page 60: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

Diapositivo 59

sba1 Energia incorporada primária é a soma de todas as energias necessárias para retiral a matéria-prima do solo e processá-lo de forma utilizável, incluindo o transporte.

Energia incorporada secundária é a energia necessária para reutilizar ou reciclar o material.SBA; 16-06-2009

Page 61: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

60DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS -

Materiais Recomendáveis Não recomendáveis

Aglomerantes, argamassas e cimentos Cal aérea ou hidratada Asfalto

Gesso AlcatrãoCimentos brancos FibrocimentoPozolanas Cimento PortlandBetumes naturais

Areias e granulados Provenientes de escória industrialDesencofrantes Biodegradáveis PVC (cloreto de polivinilo)

Madeira, betão, metais e pedras Madeira com selo FSC (c/ tratamento à base de sal de boro) Aglomerados, contraplacados, etc.

Ferro, aco, cobre, zinco e aluminio.

Peças cerâmicasAzulejo, bloco terra compactado, telha, tijoleira, tijolo (adobe, refractário, burro, furado, perfurado, térmico), tubagem.

Isolamentos Argila expandida, perite e vermiculite.Espuma de polestireno extrudido ou expandido, de poliuretano, de ureia formaldeído, fenólicas ou de PVC.

Cortiça expandida.Lãs (cãnhamo, coco, algodão, celulose, linho, lá de ovelha) Lás de rocha ou de vidro.

Painéis Fibras de madeira mineraliza e revestida de gesso e cimento.Gesso cartonado

Lâminas impermeáveis Membranas de borracha Betumes asfálticosPelículas de polietileno e polipropileno

Vedantes À base de látex À base de solventes acrílicosPoliuretano (PUR), PVC

Vidros ArmadoCeras Cera de abelhas ou camaúba

Òleo de linhaçaColas Cola de caseina ou à base de látex

Pinturas Interiores à base de caseína, de base aquosa ou cal. Tintas sintéticas ou acrílicas.

Exteriores à base de silicato ou de cal (diluentes vegetais).

Vernizes De resina vegetal, ou à base de óleo de soja. Vernizes sintéticos ou acrílicos.

Instalações eléctricas Material de polietileno ou polipropileno. Material de PVC.

Instalações hidráulicas Tubagens de polietileno, polipropileno ou aço inoxidável. Tubagens em PVC.

Tubagens de cimento ou cerâmicas.

● Os metais são materiais com elevada energia incorporada; no entanto, podem ser recomendáveis numa perspectiva de ciclo de vida devido à sua durabilidade e utilidade.

Fonte: Quercus

3. Gestão de GEE na Construção| Energia

sba2

Page 62: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

Diapositivo 60

sba2 Energia incorporada primária é a soma de todas as energias necessárias para retiral a matéria-prima do solo e processá-lo de forma utilizável, incluindo o transporte.

Energia incorporada secundária é a energia necessária para reutilizar ou reciclar o material.SBA; 16-06-2009

Page 63: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

61DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS -

● Balanço energético durante fase de utilização do edifício:

Electricidade – 48%

Petróleo e derivados – 24%

Outros – 21% (gás da cidade, biomassa e resíduos)

Gás Natural – 7%

Aquecimento / Arrefecimento – 16%Fogão eléctrico – 12%Aquecimento água – 5%

Outros equipamentos eléctricos e electrónicos – 14%

● Em Portugal, cerca de 36% da electricidade produzida é de origem renovável.

● O consumo de electricidade e gás natural são as fontes de energia com maior crescimento nos últimos anos em Portugal;

Fonte: DGEG, 2009 / Industria e Ambiente, 2009.

2007

● A energia renovável produzida cresceu 77% desde 1995.

● Na última década, o consumo de electricidade nas habitações em Portugal aumentou 2% ao ano;

Frigoríficos – 20%

Máquina de lavar – 11%Iluminação – 22%

3. Gestão de GEE na Construção| Energia

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62DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS -

Exemplos de Boas Práticas

● Reduzir uso de matérias-primas e materiais com elevado potencial de efeito de estufa e energia incorporada;

● Disponibilizar manuais de habitabilidade energeticamente eficiente aos utilizadores do edifício;

● Utilizar sistema bi-horário de fornecimento de energia eléctrica e orientar consumos eléctricos mais exigentes para o período nocturno;

● Utilizar matérias-primas e materiais de origem local, de forma a reduzir impactes de transporte e incentivar a triagem e reciclagem dos mesmos;

● Respeitar regulamentos e normas de planeamento urbanístico sustentável, conservando a topografia natural do local e promovendo a inclusão de espaços verdes na envolvência;

3. Gestão de GEE na Construção| Energia

Page 65: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

63DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS -

Exemplos de Boas Práticas

● Implementar métodos de automação, informática (domótica) e tecnologias de comunicação e informação nos edifícios, para redução dos custos de deslocação e controlo dos consumos eléctricos associados a:

● Iluminação;

● Climatização;

● Electrodomésticos;

● Janelas e persianas;

● Sistema de rega;

● Monitorização e informação de consumos.

3. Gestão de GEE na Construção| Energia

Page 66: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

64DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS -

Exemplos de Boas Práticas

● Cumprir requisitos legais do Sistema de Certificação Energética;

● Promover uso de materiais de revestimento com elevado potencial de isolamento e inércia térmica, de forma a promover o aproveitamento térmico e o armazenamento de energia solar respectivamente;

● Promover aproveitamento da ventilação e insolação natural mediante o estudo da disposição do edifício, geometria na fase de arquitectura e materiais utilizados aquando da fase de construção;

● Utilizar electrodomésticos mais eficientes no consumo eléctrico e com possibilidade para receber água quente de sistemas renováveis;

● Desligar equipamentos das tomadas e modos stand-by;

● Optar por sistemas de iluminação inteligente e de fontes de luz mais eficientes (e.g. LED’s, lâmpadas fluorescentes ou halogéneo);

3. Gestão de GEE na Construção| Energia

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65DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS -

Exemplos de Boas Práticas

● Reduzir dependência ao sistema público produtor de energia e promoção da descarbonização da energia consumida, através da implementação de sistemas micro-geradores de energia a partir de FER;

● Adoptar preferencialmente sistemas de aquecimento colectivo;

● Optar preferencialmente por iluminação natural, dispositivos de sombreamento eficazes e de refracção / reflexão;

● Implementar telhados relvados;

● Utilizar geotermia local para manutenção dos níveis de conforto térmico;

● Implementar sistema de queima directa à base de biomassa e resíduos biodegradáveis para aquecimento ambiente e de água (e.g. jornal prensado, pellets, resíduos de jardim ou floresta).

3. Gestão de GEE na Construção| Energia

Page 68: Engenharia para a Sustentabilidade e os Desafios do Protocolo de Quioto nos Açores – Sérgio Costa (Simbiente)

66DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS -

Exemplos de Boas Práticas

● Reduzir produção de águas residuais através de sistemas de redução do consumo de água (e.g. aplicação de redutores de caudal em torneiras e autoclismos);

● Implementar sistemas de reutilização de águas residuais tratadas e águas pluviais para usos menos exigentes em termos de qualidade (e.g. rega, limpeza, e fornecimento de água para sistema de incêndio e retretes);

● Usar sensores no auxílio à gestão eco-eficiente do uso de água;

● Prever em fase de projecto infra-estruturas que facilitem a deposição e recolha selectiva multimaterial de resíduos;

● Adoptar soluções de reutilização in loco dos resíduos produzidos (e.g. fertilização dos solos e aquecimento);

● Evitar uso de materiais compósitos ou outros que dificultem em termos operacionais e económicos as acções de triagem e reciclagem durante a fase de demolição.

3. Gestão de GEE na Construção| Resíduos e Águas Residuais

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67DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS -

● Os queimadores de biomassa e de resíduos biodegradáveis são considerados alternativas ao sistema de aquecimento / arrefecimento convencionais em determinadas condições.

● Além disso, são menos sensíveis a isolamentos menos eficientes, em comparação com o aquecimento por electricidade.

Iluminação Máq. Lavar Aquecimento /Arrefecimento

Fogão eléctrico

Aquecimento água Frigoríficos

Equipamentos eléctricos e eletrónicos

22% 11% 16% 12% 5% 20% 14%Energia consumida total (GJ) 6310 1388,2 694,1 1009,6 757,2 315,5 1262 883,4 398415Energia termoelectrica (GJ) 5221 ● ● ● ● ● ● ● 398105Queima de combustíveis (GJ) 1089 ● ● ● 310

Alternativa sustentável LED's Ligação a água quente solar

Sistema geotérmico * Painéis solares

térmicos * *

Taxa de benefício energético (%) 80% 50% 85% * 70% * *

Ganho energético (GJ) 1111 347 858 * 221 * *Consumo de energia total estimado 278 347 151 * 95 * *

Redução emissão GEE (tCO2e) 70121 21913 54184 * 13945 * *160163

Redução emissão GEE (%) 18% 6% 14% * 4% * * 40%

*Variável de acordo com as características técnicas do equipamento.

Edifício de Habitação - Cenário para a RAA

Emissões GEE (t-CO2e)Total

Alternativa sustentável: reduzir necessidades de energia termoeléctrica, implementando sistemas de micro-geração de electricidade a partir de FER.

3. Gestão de GEE na Construção| Balanço de Emissões

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68DESAFIOS DO PROTOCOLO DE QUIOTO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES - DIAGNÓSTICO E PERSPECTIVAS -

Actividades 1990

(kt CO2e) 2004

(kt CO2e)

Balanço 2004/1990

(%)

Energia 873 1 637 i) Indústrias de energia 212 454

ii) Indústrias tranformadoras e de construção 235 227

iii) Transportes 352 797

iv) Outros sectores 74 159

Processos Industriais 3 3 i) Consumo de halocarbonetos e hexafluoreto de enxofre 3 3

Agricultura 479 560 i) Fermentação entérica 290 342

ii) Gestão de estrume 92 109

iii) Solos agrícolas 97 109

Resíduos e Águas Residuais 55 42 i) Gestão de resíduos sólidos 10 17

ii) Tratamento de águas residuais 45 25

BALANÇO DE EMISSÕES REGIONAIS 1 410 2 242 + 59%

Floresta - 176 - 237 i) Florestação, reflorestação e desflorestação -176 - 237

BALANÇO LÍQUIDO DE EMISSÕES REGIONAIS 1 234 2 005

BALANÇO DE EMISSÕES NACIONAIS 59 954 84 500 + 41 %

- 160 kt CO2e

- 7%

Cenário Construção Sustentável

3. Gestão de GEE na Construção| Balanço de Emissões

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