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Mudanças Climáticas, CQNUMC e Protocolo de Kyoto Antonio Jose Cumbane [email protected] Luanda, 910 Março 2011

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Mudanças Climáticas, CQNUMC e Protocolo de Kyoto

Antonio Jose Cumbane

[email protected]

Luanda, 9– 10 Março 2011

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Plano de Apresentação

• Clima e mudanças climáticas;

• Impacto das mudanças climáticas;

• Convenção sobre mudanças climáticas;

• Protocolo de Quioto;

• Mitigação das mudanças climáticas;

• O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo

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Parte 1

Clima e Mudanças Climáticas

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Tempo Atmosférico – 1definição

• Condições atmosféricas caracterizadas pelosfactores de temperatura, precipitação,pressão, ventos, nuvens, entre outros;

• Num dado local o tempo pode mudar rapidamente de dia para dia, ...de estação para estação,... e de ano para ano.

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Tempo Atmosférico – 2mudanças de tempo

• Mudanças no tempo envolvem variações natemperatura, precipitação, distribuição dosventos, das nuvens, da radiação solar, entreoutros.

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Clima – 1definição - 1

• Tempo atmosférico médio, incluindo extremose variações sasonais, locais, regionais eglobais;

• Geralmente influenciado por variações lentasnas características dos factores intervenientes,tais como os oceanos, o balanço de energiaentre o Sol e a Terra, entre outros.

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Clima – definição - 2

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Clima – definição - 3

• Fundamentalmente controlado pelo balanço alongo termo da energia da terra e da suaatmosfera;

• Radiação vinda do Sol, principalmente naforma de luz visível, é absorvida pelasuperfície da Terra e pela atmosfera.

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Efeito de Estufa

• Gases como por exemplo vapor de água,

dióxido de carbono, assim como nuvens e

outras partículas (aerosois) retêm parte do

calor na camada inferior da atmosfera;

• Sem efeito de estufa a temperatura média daTerra seria de cerca de 34 C mais baixa do queé hoje, que é de cerca de 15 C.

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Mudanças Climáticas - 1origem

• Podem ocorrer devido a:

– Eventos naturais;

– Actividades humanas.

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Mudanças Climáticas – 2eventos naturais

• Variações nas correntes dos oceanos, quemudam a distribuição do calor e precipitação;

• Enormes erupções vulcânicas, que colocampequenas partículas na atmosfera.

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Mudanças Climáticas – 2actividades humanas

• Aumento de concentração de gases de efeito de estufa.

• Desflorestamento, entre outras.

• Maior concentração de gases de estufa na atmosfera amplifica o efeito natural de estufa, originando o efeito de estufa adicional, conduzindo ao aquecimento global.

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Mudanças Climáticas – 3actividades humanas - 2

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Mudanças Climáticas – 5actividades humanas - 4

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Mudanças Climáticas – 6actividades humanas - 5

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Parte 2

Impactos das Mudanças Climáticas

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Impactos das Mudanças Climáticas - 1definições - 1

• Impactos das mudanças climáticassão consequências das mudanças climáticassobre os sistemas naturais ou humanos;

• Risco é a possibildade de consequênciasnegativas;

• Desastre é uma desgraça repentina querompe o funcionamento normal de umasociedade ou comunidade.

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Impactos das Mudanças Climáticas - 2definições - 2

• Vulnerabilidade é uma caracteristica de umsistema (natural ou humano) para o qualexistem fortes probabilidades de o risco setransformar num evento concreto (porexemplo, redução dos rendimentos agricolas),se não houver mecanismos de resposta.

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Impactos das Mudanças Climáticas - 3definições - 3

• Prevenção é um acto de evitar os impactosdos desastres naturais (bons planos sãoexemplos de prevenção de desastres naturais;por exemplo a decisão de não construir casasem lugares propensos a desastres).

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Possíveis Impactos - 1

• Subida de temperatura;

• Subida dos níveis das águas do mar (9-88 cm até 2100), causando cheias nas zonas baixas e estragos;

• Variação dos padrões e quantidades de precipitação;

• Intensificação de vectores de algumas doenças, como a malária e a cólera.

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Possíveis Impactos - 2

• Mudanças das zonas climáticas;

• Desaparecimento de algumas ilhas, em consequência do aumento do nível das águas do Mar;

• Aumento de frequência e intensidade de alguns eventos extremos (Ciclones tropicais, Cheias e Secas).

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Possíveis Impactos – 6maior vulnerabilidade

• Habitantes das pequenas ilhas;

• Habitantes das zonas baixas;

• Os absolutamente pobres que mal possuemmecanismos de resposta face a qualquer tipode evento extremo.

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Parte 3

Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas

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Estabelecimento - 1

• Estabelecida na Cimeira do Rio (Brasil) em1992, com o objectivo de estabilizar asconcentrações de Gases de Efeito de Estufa aníveis que não interfiram perigosamente como sistema climático (mitigação).

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Estabelecimento - 2

A Convenção tem mecanismos de avaliaçãodas mudanças climáticas à luz de novosconhecimentos científicos e adopção demedidas para o alcance do objectivofundamental.

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Objectivos da Convenção - 1

Agir hoje para evitar uma catástrofe total paraas gerações vindouras;

Induzir e encorajar caminhos dedesenvolvimento ambientalmente benigno esustentável.

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Objectivos da Convenção - 2

Garantir que os erros do passado não sejamrepetidos;

Usar e usufruir dos recursos da natureza deforma responsável e com civismo;

Usar correctamente a capacidade que hojetemos de prever o futuro.

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O que é o IPCC? • Um painel de membros de governos (192) que

selecciona cientistas de todos os países paraavaliar literatura científica emergente sobreMudanças Climáticas com o objectivo de informar de forma objectiva os fazedores de politicas sobre:

– causas das mudanças climaticas

– impactos, vulnerabilidade e adaptação

– Opções de mitigação

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• O IPCC não realiza por si nenhuma pesquisa. Mas sim, o IPCC leva a cabo uma revisão da investigação sobre mudançasclimaticas

• O IPCC não tem mandato para produzir recomendaçõespolíticas; mas sim orientador de politicas relevantes

• Um Comité Especial para a Participação de Paises emdesenvolvimento foi criado em 1989-1992, devido a desconfiança que o conhecimento sobre MC provinha de poucos paises industrializados

Ciência e Política

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Impacto da Convenção - 1

Na primeira avaliação feita durante a COP1(1995), os Países concluíram que as emissõescontinuavam a aumentar; e,

Decidiram então criar um Grupo Ad- hoc paraa negociação de um instrumento quecontribuisse mais eficazmente para oobjectivo da Convenção (redução deemissões).

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Impacto da Convenção - 2

O “fracasso” na implementação da Convençãodeveu-se ao facto de ela estar baseada numacordo de cavalheiros (sem obrigações legaispara as partes);

Assim cada país foi esperando que os outroscumprissem e nada aconteceu.

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Parte 4

Protocolo de Quioto

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Estabelecimento - 1

Trata-se de uma adenda à Convenção, com oobjectivo de corrigir a lacuna contida namesma;

Aprovado por consenso durante a COP 3, em1997, na Cidade de Quioto (Japão).

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Objectivos

Estabelece metas de redução de emissõespara os países desenvolvidos (redução globalem cerca de 5.2% tomando como referência oano de 1990);

Estas reduções deverão ocorrer no período de2008 a 2012 (I período de compromisso).

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Gases de Efeito de Estufa Cobertos pelo Protocolo

Gás Período de Vida (anos)

CO2 (dióxido de carbono) 50-200

CH4 (Metano) 12

N2O (Óxido nitroso) 120

HFC-23 (Hidrofluorcarbonetos) 264

PCF (Perfluorcarbonetos) 50000

SF6 (Hexafluoreto de enxofre) 3200

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Parte 5

Mitigação das Mudanças Climáticas

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Objectivos da Mitigação

Reduzir, ao mínimo possível, os níveis actuaisde emissões dos GEE;

Induzir a reversão da presente tendência deaquecimento global.

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Medidas Mitigativas – 1exemplos - 1

• Sector energético:

–Eficiência energética: usar o inevitavelmente necessário;

–Substituição de :

•Combustíveis fósseis por renováveis;

•Combustíveis poluentes por menos poluentes (ainda que fósseis).

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Medidas Mitigativas – 2exemplos - 2

• Sector de agricultura e florestas:

–Desenvolvimento e conservação de reservas florestais (sumidouros)

–Recurso a técnicas novas de cultivo de espécies normalmente cultivadas em pântanos (exemplo: arrozais).

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Medidas Mitigativas – 3exemplos - 3

• Sector industrial:

– Indústria de cimento: recolher o CO2 e reutilizar noutros sectores;

– Indústria de frio: substituição dos CFCs e outros gases refrigerantes nocivos (Protocolo de Montreal);

– Outras indústrias: medidas apropriadas ao seu sistema tecnológico de processamento (produção mais limpa, etc.)

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Medidas Mitigativas – 4exemplos - 4

• Autoridades municipais:

–Capturar o gás das lixeiras e queimá-lo ou produzir electricidade a partir dele;

Outros sectores:

– Introdução de biolatrinas nas escolas,hospitais, centros prisionais,aquartelamentos, etc.

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Medidas Mitigativas – 5boas práticas - 1

O Reino Unido, substituiu carvão por gásnatural, reduzindo assim as suas emissões em14% em 1999, contra os 12,5% estabelecidospelo Protocolo de Quioto;

O Luxemburgo reduziu as suas emissões em59%, ultrapassando as metas do Protocolo deQuioto, no mesmo período.

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Medidas Mitigativas – 6boas práticas - 2

A União Europeia pretende aumentardrasticamente o uso de energias renováveis,em particular maior uso de energia eólica,como forma de cumprir com as suasobrigações ao abrigo do Protocolo de Quioto.

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Medidas Mitigativas – 7más práticas - 3

Os EUA não ratificaram o Protocolo de Quioto;

As emissões dos EUA têm estado a subirsignificativamente.

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Parte 6

Adaptação às Mudanças Climáticas

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Necessidade - 1

Mesmo cumprindo hoje na globalidade asmedidas de mitigacão, a reversão doaquecimento global induzido não se verificaráneste século;

O que é que podemos fazer hoje paraenfrentar as mudanças que já são umarealidade?

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Necessidade – 2efeito destrutivo dos ciclones

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Mecanismo de Desenvolvimento Limpo

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Mecanismos de Flexibilidade do Protocolo de Quioto - 1

Comércio de Emissões (Art. 17) – permite ocomércio de emissões reduzidas certificadasou de unidades de emissões reduzidas entreos países desenvolvidos;Implementação Conjunta (Art. 6) – permitetransferências ou aquisição de unidades deredução de emissões resultantes de projectosimplementados nos países desenvolvidos;

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Mecanismos de Flexibilidade do Protocolo de Quioto - 2

Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (Art.12) – permite a venda de redução de emissõescertificadas resultantes de projectosimplementados nos países em vias dedesenvolvimento.O único mecanismo de flexibilidade que ligaos países desenvolvidos (Anexo I) aos paísesem vias de desenvolvimento (Não Anexo I)

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Projectos MDL - 1Significado

INVESTIMENTO CLÁSSICO

Investimento de

carbono (MDL)

Projecto MDL

Desenvolvimento

Sustentável

CER’s

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Projectos MDL - 2financiamento

Projecto MDL

CERInvestimento de C (A-I)

Investidor A

NA-I

DS

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Projectos MDL – 5objectivos

Assistir as partes do Não Anexo I a alcançaremo desenvolvimento sustentável e contribuirpara o objectivo fundamental da Convenção(redução das emissões);

Assistir as Partes do Anexo I no cumprimentodos seus compromissos quantificados deredução das emissões.

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Projectos MDL – 6critérios de eligibilidade

Ratificar o Protocolo de Quioto;

Estabelecer órgão nacional que aprova osprojectos e informar o Secretariado daConvenção;

Estabelecer e divulgar critérios nacionais paraaprovação de projectos.

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Projectos MDL – 7resultados esperados

Redução de emissões;

Benefícios reais e mensuráveis e de longoprazo na mitigação das mudanças climáticas;

Desenvolvimento sustentável nos países emvias de desenvolvimento.

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Mecanismo de Desenvolvimento Limpo em Africa

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Distribuição de projectos MDL por países

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Distribuição de projectos MDL por países

Partes Nº de

projectos

Partes Nº de Projectos

Índia 142 Malásia 16

Brasil 101 República da

Coreia

14

China 84 Honduras,

África do Sul

e Filipinas10

México 79

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Países Africanos com projectos MDL registados

Partes Nº de projectos

registados

Reduções médias anuais

África do Sul 10 2 088 041

Egipto 2 1 436 784

Marrocos 3 223 313

Nigéria 1 1 496 934

Tunísia 2 687 573

Uganda 1 36 210

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Perspectiva Global do MDL versus Região Africana

Total No. Africa %

Actividades MDL Registadas621 20 3.22

Projectos MDL na fase de

validação1912 39 2.03

Autoridades Nacionais

Designadas119 30 25.21

Entidades Operacionais

Designadas29 1 3.44

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Principais Constrangimentos dos Países Africanos

Baixo nível de emissões;Critério de adicionalidade:

Bastante desincentivador e restringente,Componente “legal ou económica” excluída;

Pouca consideração a projectos dereflorestamento/arborização.

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Principais Constrangimentos dos Países Africanos

Fraca preparação técnica para a identificaçãode projectos de mitigação;Fraquezas institucionais;Elevados riscos nos projectosFraca capacidade negocial;Falta de robustez financeira.

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Fontes de Financiamento para o MDL

Diversos Governos, Empresas, Bancos,Comunidades Económicas:

Fundo Global do Ambiente (GEF)Banco MundialUnião EuropeiaGoverno HolandêsReino do JapãoEtc.

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Reconhecimento das recomendações do IPCC:Para o alcance das metas mínimas seria necessário que ospaises do Anexo I, como grupo, reduzir as suas emissõespara nives correspondentes a 25 - 40% dos niveis de 1990ate ao ano 2020Recomenda os Países do Anexo I a elevar os seus niveis deambicao de reducao de emissoes, de acordo com orelatorio de avaliacao AWG III do IPCC de 2007A possibilidade de considerar projectos de reflorestamentocomo fonte para alcancar as suas metas de reducao deemissoes.

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