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MINISTÉRIO DEMINAS E ENERGIA

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2017

SENHORES ACIONISTAS E DEMAIS INTERESSADOSA administração da Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica – Eletrobras CGTEE, em conformidade com a legislação brasileira e as disposições estatutárias, submete à apreciação dos senhores acionistas e demais interessados, o Relatório da Administração e as Demonstrações Financeiras referentes ao exercício de 2017, acompanhados do Relatório dos Auditores Independentes sobre as Demonstrações Financeiras, bem como pareceres do Conselho Fiscal e do Conselho de Administração, com relato das ações desenvolvidas.1. MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃONo Exercício de 2017 a Eletrobras CGTEE colocou em execução o planejado no Plano de Negócios 2017-2021, elaborado em 2016, com a implementação de ações propostas para o cenário operacional e de recuperação financeira da Companhia, processo viabilizado pelos aportes da Holding e pela racionalização de custos e otimização de recursos no decorrer do exercício, tendo como principal consequência o retorno da geração positiva de caixa. 2. PERFIL DA EMPRESAA Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica – Eletrobras CGTEE foi constituída pela Lei Estadual do Rio Grande do Sul n.º10.900 de 26/12/1996, tendo iniciado efetivamente suas operações em 28/07/1997. É controlada pela Centrais Elétricas do Brasil S/A1 - Eletrobras desde 31/07/2000, constituindo-se numa sociedade de economia mista vinculada ao Ministério de Minas e Energia - MME. A sede administrativa foi transferida para o município de Candiota em 2017, Estado do Rio Grande do Sul, onde está localizado seu parque gerador. Possui três usinas em desmobilização: Usina Termelétrica Presidente Médici (desligada por completo em 31 de dezembro de 2017), Nova Usina de Porto Alegre (NUTEPA) e Usina de São Jerônimo (UTESJ). Tem como missão gerar energia elétrica promovendo o desenvolvimento sustentável, tendo como combustível primário o carvão mineral.

UNIDADES TIPO POTÊNCIA INSTALADA (MW) LOCALIZAÇÃO SITUAÇÃO ATUALUTE SÃO JERÔNIMO Usina Térmica 20 SÃO JERÔNIMO - RS DesativadaUTE NUTEPA Usina Térmica 24 PORTO ALEGRE - RS DesativadaUTE PRESIDENTE MÉDICI Usina Térmica 446 CANDIOTA - RS DesativadaUTE CANDIOTA III Usina Térmica 350 CANDIOTA - RS Em operação

TOTAL 350 MW Quadro 1 – Unidades da Eletrobras CGTEE

3. GESTÃO3.1. EstratégiaMissãoAtuar nos mercados de energia de forma integrada, rentável e sustentável.Valores• Focoemresultados• Éticaetransparência• Valorizaçãoecomprometimentodaspessoas• Empreendedorismoeinovação• Sustentabilidade Visão 2030Estar entre as três maiores empresas globais de energia limpa e entre as dez maiores do mundo emenergiaelétrica,comrentabilidadecomparávelàsmelhoresdosetoresendoreconhecidaportodososseuspúblicosdeinteresse.3.2. Planejamento EmpresarialO planejamento da organização referente ao exercício de 2017 foi estabelecido no Plano de Negócios da Eletrobras CGTEE 2017-2021 o qual, por determinação da Eletrobras, foi revisado ainda em 2016 tendo como objetivos principais: i) reestruturação organizacional; ii) redução do nível de endividamento; iii) redução de custos e despesas operacionais e financeiras; iv) aumento da eficiência e produtividade; v) racionalização de seus investimentos; vi) redução de ativos; e vii) melhoria da governança corporativa, além de sinalizar ao mercado que a empresa está se adequando ao novo cenário.O Planejamento Estratégico para o decênio 2012 a 2021 apresenta, entre outros, os seguintes objetivos estratégicos:

• Consolidar e expandir os negócios de geração térmica a carvão mineral de forma sustentável e rentável;• Desenvolver e implementar políticas de sustentabilidade contribuindo para o desenvolvimento das

regiões de influência;• Aprimorar a gestão de pessoas visando atrair, desenvolver e reter talentos para a Eletrobras CGTEE;• Desenvolver modelo de gestão empresarial e organizacional baseado nas melhores práticas.

3.3. Governança CorporativaApresentamos a seguir o organograma das estruturas de governança corporativa da Eletrobras CGTEE:

Figura 1 – Estrutura de Governança da Eletrobras CGTEE

1VideNotaExplicativan°23.1,integrantedasDemonstraçõesContábeisdesteRelatório;

Assembleia Geral de AcionistasA Assembleia Geral se reúne conforme a legislação vigente, isto é, ordinariamente até o último dia do mês de abril do ano subsequente ou extraordinariamente sempre que o Conselho de Administração ou o acionista majoritário demandar. No ano de 2017, ocorreu 01 (uma) Assembleia Geral Ordinária em atendimento à Lei nº 6.404/1976 e 03 (três) Assembleias Geral Extraordinária.Conselho de AdministraçãoO Conselho de Administração é constituído por um presidente e cinco conselheiros, eleitos em Assembleia Geral para um mandato de dois anos, com possibilidade de reeleição. Um dos membros do Conselho de Administração será indicado pelo Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão e outro membro eleito como representante dos empregados, escolhido pelo voto direto de seus pares dentre os empregados ativos e em eleição organizada pela empresa em conjunto com as entidades sindicais, as quais designam membros para a comissão eleitoral, nos termos da legislação vigente. No ano de 2017 foram realizadas 21 (vinte e uma) reuniões do Conselho de Administração para a deliberação de matérias de sua competência definidas no Estatuto Social da Companhia. Conselho FiscalO Conselho Fiscal é constituído por três membros titulares e seus respectivos suplentes, eleitos em Assembleia Geral Ordinária para um mandato de dois anos, com possibilidade de reeleição. Um dos integrantes titulares e o respectivo suplente são indicados pelo Ministério da Fazenda (representante do Tesouro Nacional). O Conselho Fiscal reuniu-se 13 (treze) vezes em 2017, para fiscalizar os atos administrativos e cumprir com seus deveres estatutários.Diretoria ExecutivaA Diretoria Executiva é composta por um Diretor-Presidente e dois Diretores eleitos pelo Conselho de Administração, com mandato de dois anos e com possibilidade de recondução, nas seguintes áreas: Presidência, Diretoria de Finanças e Gestão Corporativa e Diretoria de Operação. A Diretoria Executiva se reúne semanalmente para deliberar sobre as matérias de interesse da Companhia, pontuadas pelas diferentes diretorias. Em 2017 foram realizadas 49 (quarenta e nove) reuniões.Gestão da ÉticaIntegrante do Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal, a Comissão de Ética tem como finalidade orientar e aconselhar os integrantes da Eletrobras CGTEE quanto aos princípios e compromissos éticos, organizacionais e pessoais. Compete também à Comissão representar a Comissão de Ética Pública - CEP, supervisionando a observância do Código de Conduta da Alta Administração Federal. O Código de Ética e Conduta das Empresas Eletrobras, abrange diretores, conselheiros, empregados, contratados, prestadores de serviço, estagiários e jovens aprendizes. Auditoria InternaA Auditoria Interna, subordinada ao Conselho de Administração, planeja e executa as ações do Plano Anual de Atividades de Auditoria Interna – PAINT, com avaliações independentes, imparciais e tempestivas sobre a efetividade e a adequação dos controles internos e o cumprimento das normas, regulamentos e da legislação associada à suas operações. Cabe também à Auditoria Interna, examinar e avaliar a documentação, registros, arquivos, dados, operações, funções, procedimentos e normas internas, bem como aferir o cumprimento das diretrizes, atos normativos internos e externos, a legislação vigente e adequabilidade dos métodos e controles existentes. Também é responsável por reportar e coordenar o atendimento, pelas unidades organizacionais da Companhia, às solicitações dos órgãos governamentais de controle e do Tribunal de Contas da União – TCU, relacionadas às inspeções e auditorias realizadas pelos mesmos. Controles Internos e Gestão de RiscosA Eletrobras CGTEE segue o modelo de gestão de riscos corporativos do Sistema Eletrobras, orientado às empresas de geração, tendo como base metodológica o COSO-ERM e a Norma ISO 31000. O modelo de gestão de riscos contempla a priorização e análise contínua dos riscos constantes em nossa matriz de riscos.Programa de Compliance da Eletrobras CGTEEA Diretoria Executiva da Eletrobras CGTEE participa do Programa de Compliance das Empresas Eletrobras, conjunto de ações que visam, de forma contínua, identificar, corrigir e prevenir fraudes e corrupções, garantindo o cumprimento das leis anticorrupção no âmbito da empresa. O Programa Eletrobras de Integridade das 5 dimensões está sendo implementado em todas as Empresas Eletrobras, englobando os seguintes aspectos:

1. Desenvolvimento do Ambiente de Gestão do Programa de Integridade.2. Análise Periódica de Riscos.3. Estruturação e Implantação das Políticas e Procedimentos.4. Comunicação e Treinamento.5. Monitoramento do Programa, medidas de remediação e aplicação de penalidades.

A área de compliance da Eletrobras CGTEE acompanha e monitora as alterações previstas em lei e normas, nacionais e internacionais, de conduta anticorrupção, bem como atualização de procedimentos internos. Ainda em 2017 houve a criação do Canal de Denúncias das Empresas Eletrobras centralizando o tratamento das denúncias e assegurando sigilo dos denunciantes.Medida de Retenção de Documentos Eletrobras A política que trata de segurança da informação e respectivas normatizações, incluindo aspectos de acesso e preservação de dados e informações corporativas, estão sendo revisadas no âmbito do Programa Eletrobras 5 Dimensões, em alinhamento às melhores práticas de governança corporativa. Visando ao atendimento a demandas de órgãos reguladores e fiscalizadores, enquanto esses normativos são atualizados, a Eletrobras CGTEE ratificou orientação a todos os colaboradores quanto à necessidade de preservação de todos e quaisquer documentos. ComitêsA Eletrobras CGTEE possui comitês internos reunindo empregados de diversas áreas da Companhia e que atuam conforme as atribuições definidas pela Diretoria Executiva:Riscos Corporativos: Acompanhar, apoiar, validar, monitorar, indicar e recomendar os trabalhos realizados pela área de Gestão de Riscos.Sustentabilidade: Promover a incorporação à Eletrobras CGTEE dos conceitos e práticas de sustentabilidade empresarial em suas dimensões econômico-financeira, social e ambiental.Permanente de Tecnologia da Informação: Propor políticas e diretrizes de Tecnologia da Informação, elaborar o plano de investimento da área, definir prioridades na alocação de soluções tecnológicas, elaborar normas e procedimentos sobre TI.Pesquisa e Desenvolvimento: Identificar, analisar, avaliar e propor à Diretoria Executiva a execução de projetos do interesse da companhia.Multidisciplinar de Ascensão – CMA da Eletrobras CGTEE: Acompanhar anualmente as metas das diretorias, analisar justificativas formuladas pelos gerentes para anulação das metas quando em fase de avaliação, analisar em última instância os recursos da avaliação de desempenho e zelar pelo cumprimento das metas estabelecidas pelo Sistema de Gestão de Desempenho - SGD do Sistema Eletrobras.Pró-Equidade de Gênero e Raça: Elaborar, divulgar e fomentar ações empresariais visando à equidade dos gêneros, raças, etnias e à superação das desigualdades no trabalho.

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MINISTÉRIO DEMINAS E ENERGIA

3.4. Relações com a SociedadeOuvidoriaA Ouvidoria é um canal de comunicação e participação do cidadão na gestão pública, canal direto de diálogo entre a Companhia e seus públicos de interesse, responsável por detectar, analisar, reportar e monitorar possíveis problemas e riscos à Eletrobras CGTEE, identificados por meio do recebimento e do processamento de todo tipo de manifestação, tais como denúncias, elogios, reclamações, solicitações e sugestões.

A Ouvidoria também é a autoridade responsável junto à Controladoria Geral da União – CGU pelas demandas oriundas do Serviço de Informação ao Cidadão – SIC, decorrente da Lei de Acesso a Informação, bem como integrante da equipe de Programa de Compliance, em cumprimento a Lei nº 12.846 de 01/08/2013.

Em 2017, a holding Eletrobras implantou o Canal de Denúncias, meio exclusivo para comunicação segura e, se desejada, anônima, de condutas consideradas antiéticas ou que violem os princípios éticos e padrões de conduta e/ou a legislação vigente. As informações registradas no Canal de Denúncias são recebidas por empresa independente e especializada, assegurando sigilo absoluto e tratamento adequado, sem conflitos de interesses. Para denúncias recebidas neste canal, quando demandada, a Ouvidoria presta suporte para levantamentos de informações necessárias para análise das manifestações.

Em 2017, a Ouvidoria registrou 35 (trinta e cinco) manifestações através dos diversos canais de acesso disponibilizados pela Eletrobras CGTEE. Também foram registrados 23 (vinte e três) pedidos de informações através do Serviço de Informação ao Cidadão – e-SIC e 5 (cinco) manifestações através do Canal de Denúncias.

Comunicação InstitucionalA Eletrobras CGTEE adota ações de Comunicação e Marketing com base nas diretrizes da Política de Comunicação Integrada, dialogando com o Código de Ética Único das Empresas Eletrobras e seguindo o determinado pela legislação pertinente, conforme disposição da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (SECOM).

Em nossa política de Comunicação, reforçamos ações e iniciativas na Metade Sul do Estado na busca de uma maior interação com a população da cidade de Candiota e região de influência.

4. NEGÓCIO4.1. Geração4.1.1. EmpreendimentosO parque gerador2 da Eletrobras CGTEE é composto por 04 (quatro) usinas termelétricas, estando 03 (três) em processo de desmobilização, conforme detalhado no quadro 2 seguir:

USINAS TERMELÉTRICAS TIPO

DATA DA CONCESSÃO/ AUTORIZAÇÃO

DATA DO VENCIMENTO

POTÊNCIA INSTALADA

(MW)UNIDADES OBSERVAÇÕES

UTE SÃO JERÔNIMO CONCESSÃO 8/7/1995 7/7/2015 20

02x 5MW - (1953) 01x

10MW - (1956)

Em desmobilização

UTE NUTEPA CONCESSÃO 8/7/1995 7/7/2015 2402x 8MW -

(1968) 01x 8MW - (1969)

Em desmobilização

UTE PRESIDENTE MÉDICI

Fases A/BCONCESSÃO 8/7/1995 7/7/2015 446

02x 63MW - (1974) 02X

160MW - (1987)

Em desmobilização

UTE CANDIOTA III (Fase C) AUTORIZAÇÃO 18/7/2006 17/7/2041 350 01x 350MW -

(2011)TOTAL 840 MW

Quadro 2 – Parque Gerador da Eletrobras CGTEEUTE São JerônimoA Usina Termelétrica São Jerônimo - UTESJ, do tipo térmica à vapor movida a carvão mineral, está localizada no município de São Jerônimo - RS, distante 70 quilômetros de Porto Alegre. A Central, como era denominada na época, foi o primeiro projeto energético do estado do Rio Grande do Sul e foi projetada em duas etapas, a primeira com duas unidades de 5 MW e a segunda com uma unidade de 10 MW, resultando na capacidade final de 20 MW.

A Usina esteve em operação por 60 anos, encerrando o processo de desmobilização em 2017 em função de restrições técnicas, operacionais e ambientais que resultaram na paralisação da sua geração de energia elétrica no final de 2013. Em 02/12/2011 foi emitido o Despacho ANEEL 4.630 retirando a UG1 de operação comercial, em 11/07/2014 foi emitido o Despacho ANEEL 2.623 retirando as UG 2 e 3 de operação comercial. Atualmente encontra-se tramitando na ANEEL o processo de caducidade desta Usina.

UTE NUTEPAA Nova Usina Termelétrica Porto Alegre - NUTEPA, do tipo térmica à vapor movida a óleo combustível, está localizada na margem esquerda do rio Gravataí, junto à BR 290, na área metropolitana de Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul. A Usina entrou em operação em 1968 com três unidades de 8 MW cada, totalizando 24 MW. Seus equipamentos utilizavam óleo combustível como fonte primária para a geração de energia elétrica. A NUTEPA operou em regime contínuo até 1979 e a partir de então alternou períodos de “reserva fria” e períodos de operação. Desde 2013 a Usina encontra-se fora de operação estando em um processo de desmobilização. Em 16/10/2010 foi emitido o Despacho ANEEL 3.970 retirando a Usina de operação comercial. Atualmente encontra-se tramitando na ANEEL o processo de caducidade desta Usina.

UTE Presidente MédiciA Usina Termelétrica Presidente Médici - UPME, do tipo térmica à vapor movida a carvão mineral, está localizada no município de Candiota - RS, distante 400 quilômetros de Porto Alegre. Sua construção aconteceu em duas etapas. As unidades 1 e 2 da usina possuem capacidade instalada de 63 MW cada e foram inauguradas em 1974 quando foram integradas ao Sistema Interligado Nacional – SIN. No final de 1986 entraram em operação as unidades 3 e 4, com capacidade instalada de 160 MW cada, totalizando 446 MW instalados. No ano de 2016 permaneceram em operação as unidades 1 e 4. A partir de março de 2017 permaneceu em operação somente a UG1. A Usina Presidente Médici está desativada por completo desde 31 de dezembro de 2017 e sua desmobilização já foi iniciada.

UTE Candiota IIIA Usina Termelétrica Candiota III (Fase C) do tipo térmica à vapor movida a carvão mineral, sua capacidade instalada é de 350 MW e está localizada no município de Candiota – RS. A energia gerada foi comercializada no 1° Leilão de Energia Nova realizado pela ANEEL em 16/12/2005, pelo prazo de 15 anos, entrando em operação comercial no dia 01/01/2011 e tem autorização de operação até 17/07/2041.

2 VideNotaExplicativan°3,integrantedasDemonstraçõesContábeisdesteRelatório;

4.1.2. Geração de Energia Elétrica

A Usina Termelétrica Candiota III (Fase C) está conectada ao Sistema Interligado Nacional – SIN e tem função estratégica para controle de tensão do Sistema de Transmissão da região, principalmente em períodos de levante hidráulico.

Adicionalmente, a unidade geradora de Candiota tem fundamental importância para a operação da 2ª Interligação Brasil/Uruguai, através da Conversora de Frequência de Melo, em função da garantia da capacidade de fornecimento de energia na região, tanto para exportação quanto para importação.

4.2. Combustível Carvão

No encerramento do exercício de 2017, o estoque de carvão existente para utilização era de 5.830.750,50 t, distribuído conforme tabela abaixo.

Descrição QuantitativoCarvão Mineral CGTEE 4.909.520 tCarvão Mineral Consignado 921.230 tTOTAL 5.830.750 t

Quadro 3 – Estoque de Carvão

4.3. Desempenho Operacional

A geração total de energia elétrica na Eletrobras CGTEE no ano de 2017 foi de 1.589 GWh. Este número representa uma redução de 30% na produção total, comparando-se com o ano de 2016. A geração no ano da UTE Presidente Médici foi de 162 GWh (80% a menos do que a produção em 2016); e a Fase C, que totalizou 1.427 GWh (variando -3% em relação ao ano anterior).

Cabe ressaltar que em fevereiro de 2017 ocorreu a retirada de operação da Fase B (UG3 e UG4) da UTE Presidente Médici em atendimento ao TAC firmado com o IBAMA.

Gráfico 1 – Evolução da Energia Elétrica Gerada Total pela CGTEE 2011-2017

4.3.1. Disponibilidade

A Disponibilidade Geral das Unidades da Eletrobras CGTEE (DISPGR) no período de janeiro a dezembro de 2017 foi de 47,20% (52,48% no mesmo período do ano anterior), sendo 61,89% na UTE Candiota III e 10,15% na UTE Presidente Médici. O DISPGR é calculado com base na comparação entre os índices de TEIF e TEIP verificados mensalmente pelo ONS e os índices TEIF e TEIP de referência.

A disponibilidade de 2017 ficou inferior ao mesmo período de 2016 em função da saída de operação de Unidades da UTE Presidente Médici.

Disponibilidade Geral da Eletrobras CGTEE

Gráfico 2 – Disponibilidade Geral da Eletrobras CGTEE

4.4. Comercialização

Durante o ano de 2017 a Eletrobras CGTEE comercializou energia da seguinte forma:

a) Contratos CCEAR – 1º Leilão de Energia Nova

Em decorrência do 1º Leilão de Energia Nova (LEN), realizado em dezembro de 2005, a Eletrobras CGTEE assinou Contratos de Comercialização de Energia em Ambiente Regulado - CCEAR do tipo por disponibilidade com 31 empresas distribuidoras de energia elétrica. Após as realizações do mecanismo MCSD o número de clientes vinculados a este leilão passou para 35 distribuidoras. Neste leilão foram comercializados 2.557,92 GWh.

Durante o 2º semestre de 2017 a Eletrobras CGTEE realizou a redução contratual de 50%, reduzindo o montante vendido para 146 MW médios mensais. Os efeitos desta redução contratual foram verificados tanto na receita quanto nos ressarcimentos pagos às distribuidoras devido a baixa performance da UTE Candiota III.

Verificou-se em 2017 uma Receita de R$ 467,650 milhões e Ressarcimentos de R$248,146 milhões, com isso, a Receita “líquida” (Receitas – Ressarcimentos) totalizou R$ 219,504 milhões.

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MINISTÉRIO DEMINAS E ENERGIA

b) Liquidação no Mercado de Curto Prazo – CCEE

Mensalmente é realizada pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) a contabilização do Mercado de Curto Prazo na qual são comparadas as gerações realizadas e a energia vendida. Considerando as gerações realizadas em 2017 acrescidas das energias compradas, comparadas as energias vendidas, o resultado estimado do ano foi de crédito equivalente a 762,146 GWh, que baseado no PLD do ano representou uma receita de R$ 109,578 milhões. É importante destacar que no ano de 2017 não ocorreram dispêndios decorrentes de aplicações de penalidades por parte da CCEE.

c) Ressarcimentos Devidos

Conforme as Regras de Mercado da CCEE, os CCEAR vinculados à UTE Candiota III estão sujeitos à aplicação dos seguintes ressarcimentos: ressarcimento por não atendimento ao despacho por mérito de preço do Operador Nacional do Sistema - ONS e ressarcimento por não cumprimento à Inflexibilidade Contratual Anual. No ano de 2017 o total de ressarcimentos pagos foram de R$ 248,147 milhões, impactando nas receitas provenientes desta Usina.

d) Compra de Energia no Ambiente de Contratação Livre – ACL

Em função do volume de venda dos contratos de energia, associado com a entrada em eficácia dos novos valores de garantia física, válidos desde janeiro/2008, e os problemas técnicos enfrentados pelas Usinas, a Companhia ficou sujeita a penalidades por insuficiência de lastro físico perante CCEE. Para solucionar este problema, desde fevereiro de 2009 a Companhia vem adquirindo sistematicamente montantes de energia, através da participação em leilões de compra de energia, evitando a exposição às penalidades supracitadas. No ano de 2017 foram adquiridos 1.182,600 GWh em leilões de compra de energia no ACL, ao custo bruto de R$ 228.038.334 (duzentos e vinte e oito milhões trinta e oito mil trezentos e trinta e quatro reais).

5. DESEMPENHO ECONÔMICO FINANCEIRO

5.1. Receita Operacional Bruta

A receita operacional bruta da Eletrobras CGTEE, em 2017, no montante de R$ 589 milhões representou uma redução na ordem de 17,55% em relação aos R$ 714,3 milhões de realização de receita bruta do exercício de 2016.

5.2. Receita Operacional Líquida

A receita operacional líquida, que considera as deduções de impostos e encargos setoriais, registrou redução, quando comparada com o período anterior. Em 2017, a Receita Operacional Líquida apresentou um valor de R$ 519 milhões 18,18% inferior em relação ao ano de 2016, no valor de R$ 634,3 milhões.

5.3. Custos e Despesas Operacionais

Os custos e despesas operacionais somaram R$ 815,7 milhões em 2017, uma redução de 21,8% em relação ao ano anterior, R$ 1.043,8 milhões. Na composição destes custos, salienta-se o impacto positivo da diminuição do custo do PMSO, redução em todas as rubricas Materiais, Serviços e Outros e Pessoal considerando-se os R$ 46 milhões alocados no ano de 2017 para planos de desligamento. Com relação a Combustível para produção de energia elétrica apresentou-se uma redução de 20,4% de R$ 143,8 milhões realizado em 2017 perante os R$ 180,7 milhões de dispêndio em 2016. Salienta-se impacto positivo em 2017 atribuido à provisões operacionais e impairment com redução de 78,2%, de um provisionamento de R$ 602,4 milhões realizado no ano de 2016 para um valor de R$ 131,2 milhões no ano de 2017.

5.4. Resultado do Serviço de Energia Elétrica e Margem Operacional

O resultado operacional do serviço de energia elétrica de 2017 teve o valor igual a R$ 296,6 milhões negativos, apresentando decréscimo de 27,6% em relação ao exercício anterior, R$ 409,5 milhões negativos. Esta diminuição do resultado negativo do serviço foi alavancada pela diminuição do custo do PMSO e de dispêndios em combustível para produção e energia elétrica comprada para revenda, com uma redução global de 127,6%, e impactado positivamento também pela diminuição significativa de provisões operacionais e de impairment em relação ao ano de 2016.

5.5. Resultado Financeiro

O resultado financeiro, no exercício de 2017, registrou o valor de R$ 494,7 milhões negativos. Este resultado foi impulsionado pelos encargos financeiros sobre a dívida, apresentando uma elevação de 16,2% em relação a 2016 no montante de R$ 444,6 milhões negativos, acréscimo em função do crescimento do saldo de financiamento e empréstimos.

5.6. Lucro/Prejuízo do Exercício

No ano de 2017 a Companhia apresentou prejuízo na ordem R$ 1.170,4 milhões, superior no montante de R$ 97,2 milhões em relação ao prejuízo de R$ 1.073,2 milhões registrado em 2016.

5.7. Gestão Orçamentária

Os orçamentos de custeio e de investimento para o ano de 2017, de acordo com o planejamento orçamentário e realização por ordem de investimentos, relacionados por projetos e aprovados pelo Decreto n° 8.933, de 16/12/2016. Demonstramos a seguir a realização total de 11,1% no exercício de 2017 por projeto de investimento (em reais):

(a) Dotação (b) Realizado até Dezembro/2017

(b/a) Índice Realizado

INVESTIMENTOS

Revitalização da Usina Termelétrica Presidente Médici, com 446 MW, em Candiota (RS) 4.000.000,00 334.112,14 8,41%

Manutenção de Sistema de Geração de Energia Elétrica na Região Sul 140.102.966,00 14.296.134,00 10,2%

Adequação Ambiental da Usina Termelétrica Presidente Médici, fases A e B, em Candiota (RS) 1.920.000,00 1.633.746,33 85,1%

Manutenção e Adequação de Bens Imóveis 350.000,00 - 0,0%

Manutenção e Adequação de Bens Móveis, Veículos, Máquinas e Equipamentos 450.000,00 18.546,00 4,1%

Manutenção e Adequação de Ativos de Informática, Informação e Teleprocessamento 3.200.000,00 392.803,33 12,3%

TOTAL INVESTIMENTO 150.022.966,00 16.675.341,80 11,1%

Quadro 4 – Acompanhamento do Investimento – 2017

6. RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

6.1. Gestão de Pessoas

Para a Eletrobras CGTEE os colaboradores constituem o ativo mais importante: o capital humano. Foram concentrados esforços para aprimorar a política permanente de capacitação, valorização e motivação dos empregados, buscando assim estabelecer um ambiente organizacional capaz de garantir sustentabilidade às estratégias da Eletrobras CGTEE. Profissionais motivados, produtivos e fidelizados em uma perspectiva de cultura organizacional de valorização das pessoas foi e segue sendo um desafio central para nossa Empresa.

Força de Trabalho

A Eletrobras CGTEE encerrou o ano de 2017 com o total de 406 empregados, sendo um deles Diretor-Empregado. Além destes, compuseram a força de trabalho da Companhia em 2017 dois diretores de carreira de empresas do Sistema Eletrobras.

Política Salarial

O custo de pessoal no período totalizou R$ 81 milhões. Neste investimento em capital humano está incluído o reajuste salarial de 4,08% ocorrido em maio, bem como valores decorrentes do crescimento vegetativo da folha de pagamento, procedente, por exemplo, de anuênios e da distribuição de mérito e antiguidade referente ao 5º Ciclo de Gestão do Desempenho – SGD.

6.1.1. Desenvolvimento de Pessoas

Os programas de treinamento e desenvolvimento no ano de 2017 foram estruturados levando em consideração o cenário da Companhia e a evolução do empregado dentro da sua função. A empresa buscou fornecer as ferramentas e condições para o crescimento e melhoria contínua do empregado.

CertificaçãodeOperadores

Iniciado em 2016, o Programa de Certificação de Operadores tem a participação de 88 profissionais. A certificação tem o objetivo de avaliar a competência técnica, bem como a saúde física e mental de todos os operadores envolvidos no processo. A certificação garantirá a excelência operacional por meio do cumprimento e aprimoramento de requisitos técnicos de qualidade. Também promove o desenvolvimento constante dos profissionais que atuam na área, incentivando a reciclagem de conhecimentos.

6.1.2. Medicina e Segurança do Trabalho

No ano de 2017 a Eletrobras CGTEE desenvolveu inúmeras ações visando à prevenção de acidentes de trabalho e bem estar dos colaboradores que atuam na Companhia, entre as quais destacamos:

Campanhas

• Dengue - Em função dos crescentes casos de dengue no Rio Grande do Sul, o setor reforçou as campanhas do Governo do Estado e do Governo Federal de prevenção e combate à dengue. Foram realizadas atividades educacionais dentro e fora da empresa, as quais consistiam em sensibilizar a população alvo através de conversa e distribuição de folders, além de realizar busca ativa de possíveis focos.

• Dia Nacional do Controle do Colesterol – Campanha desenvolvida através da sensibilização pelos profissionais da área da saúde e distribuição de folders.

• Influenza – Foi realizada campanha com objetivo de esclarecer dúvidas e evitar a gripe ou sua transmissão. Os colaboradores foram instruídos a fazer uso de medidas preventivas como higienizar as mãos com água e sabão ou com álcool gel. Durante a campanha foi distribuído álcool gel em todos os setores.

• Dia Mundial do Diabetes – Campanha desenvolvida através do Programa Qualidade de Vida. Foi realizada conversa com os colaboradores, orientações com entrega de informativos e busca ativa de diabéticos, no intuito de sensibilizar os usuários para o autocuidado e atenção à qualidade de vida.

• Outubro Rosa – Conscientização dos trabalhadores e trabalhadoras da Companhia e do público externo feminino e masculino em relação à prevenção do câncer de mama, com realização de palestras e distribuição de material informativo, iniciativa permanente na Companhia em campanha com a colaboração do Comitê de Gênero e Raça da Eletrobras CGTEE.

• Novembro Azul – Conscientizar os trabalhadores do sexo masculino sobre o câncer de próstata, visando diminuir a taxa de mortalidade que ainda é alta. Trata-se de uma iniciativa que já faz parte do calendário nacional das campanhas de prevenção no Brasil. O objetivo é combater a doença e, principalmente, motivar a população masculina a fazer exames preventivos.

• Doar Sangue é compartilhar Vida - Foi realizada a conscientização dos trabalhadores sobre a importância de ser um doador de sangue, através da distribuição de folders e publicações na intranet. Além disso, foi organizado junto ao banco de sangue de Pelotas duas ações que visavam a doação de sangue no município de Candiota.

• Álcool, Tabagismo e outras drogas – Foi realizada junto aos trabalhadores uma campanha de conscientização sobre o uso excessivo dos mesmos. Além disso, foi disponibilizado a todos os colegas um teste rápido a fim de identificar o uso abusivo de álcool e formas de buscar a autoajuda.

Foram também abordados os seguintes temas: AIDS, transporte de vítimas, malefícios do açúcar, alimentação saudável, ergonomia no posto de trabalho, estresse, autoexame das mamas e câncer de próstata.

Programa Qualidade de Vida

O Programa Qualidade de Vida visa compreender o trabalhador como todo, buscando o equilíbrio entre a saúde física, mental, social e espiritual. Neste sentido, várias ações estão sendo realizadas, dentre elas:

• Acompanhamento periódico de todos os colaboradores nos postos de trabalho – Visita aos trabalhadores, pela equipe de enfermagem do trabalho, em seu ambiente de trabalho, a fim de monitorar seus sinais vitais e conscientizar os colaboradores quanto a importância de fazer exames preventivos e cuidados para evitar o desenvolvimento do Diabetes e Hipertensão, além de orientar os colaboradores com a doença já instalada.

• Controle dos trabalhadores com doenças agudas e crônicas - Quando a equipe de saúde identifica a enfermidade, o colaborador é acompanhado durante o processo de diagnóstico e tratamento adequado.

Liberação de Saúde para trabalhos em Espaço Confinado a todos os colaboradores do canteiro

A avaliação do estado de saúde deve ser efetuada a cada 07 dias e consiste na medição da pressão arterial, frequência cardíaca e conversa com o colaborador para liberar ou não para o trabalho em espaço confinado, visando evitar acidentes de trabalho e identificar riscos a saúde.

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MINISTÉRIO DEMINAS E ENERGIA

6.2. Balanço Social Valores em milhares de Reais

1 - Geração e distribuição de riqueza 2017 2016Distribuição do Valor Adicionado - DVA está apresentada, na íntegra, no conjunto das Demonstrações Contáveis.

Colaboradores * 132.254 98.673Governo 95.567 112.735Agentes financeiros e aluguéis 499.134 434.803

Retenção/distribuição de Prejuízo do exercício(1.170.463) (1.073.209)

2 - RECURSOS HUMANOS Em 2017 Em 20162.1 - RemuneraçãoFolha de pagamento bruta (FPB) 108.999 68.306

- Empregados * 107.050 63.576- Administradores 1.949 4.730

Relação entre a maior e a menor remuneração: - Empregados 7,18 6,07- Administradores 9,12 9,12

2.2 - Benefício Concedidos Valor (mil) % sobre FPB % sobre RL Valor (mil) % sobre FPB % sobre RLEncargos Sociais 25.605 23,49% 4,85% 27.659 25,38% 5,24%Alimentação 8.267 7,58% 1,57% 9.352 8,58% 1,77%Transporte 2.001 1,84% 0,38% 2.486 2,28% 0,47%Previdência privada 6.976 6,40% 1,32% 6.693 6,14% 1,27%Saúde 3.424 3,14% 0,65% 3.108 2,85% 0,59%Segurança e medicina do trabalho 86 0,08% 0,02% 474 0,43% 0,09%Educação 122 0,11% 0,02% 133 0,12% 0,03%Cultura 18 0,02% 0,00% 37 0,03% 0,01%Capacitação e desenvolvimento profissional 26 0,02% 0,00% 582 0,53% 0,11%Creches ou auxílio creche 1.522 1,40% 0,29% 1.542 1,41% 0,29%Outros 831 0,76% 0,16% 1.533 1,41% 0,29%Total 48.878 44,84% 9,26% 53.599 49,16% 10,16%2.3 - Composição do Corpo Funcional 2017 2016Nº de empregados no final do exercício 406 592Nº de admissões 2 1Nº de demissões 185 6Nº de estagiários no final do exercício 25 67Nº de empregados portadores de necessidade especiais no final do exercício 1 2Nº de prestadores de serviços terceirizados no final do exercício 292 573Nº de empregados por sexo: 2017 2016

- Masculino 333 486- Feminino 73 106

Nº de empregados por faixa etária: 2017 2016- Menores de 18 anos 0 0- De 18 a 35 anos 125 168- De 36 a 60 anos 275 409- Acima de 60 anos 6 15

Nº de empregados por nível de escolaridade: 2017 2016- Analfabetos 0 0- Com ensino fundamental 16 32- Com ensino médio 264 375- Com ensino técnico * Cadastro de nível técnico agrupado em Nível médio Cadastro de nível e técnico agrupado em Nível médio- Com ensino superior 114 171- Pós-graduados 12 14

Percentual de ocupantes de cargos de chefia, por sexo: 2017 2016- Masculino 85,00% 86,15%- Feminino 15,00% 13,85%

2.4 - Contigências e passivos trabalhistas: 2017 2016Nº de processos trabalhistas movidos contra a entidade 887 226Nº de processos trabalhistas julgados procedentes 147 264Nº de processos trabalhistas julgados improcedentes 42 -Valor total de indenizações e multas pagas (no ano) por determinação da justiça R$ 27.086 R$ 36.074 3 - Interação da Entidade com o Ambiente Externo 2017 20163.1 - Relacionamento com a Comunidade Valor (mil) % sobre RO % sobre RL Valor (mil) % sobre RO % sobre RLTotais dos investimentos em:Educação - 0,00% 0,00% 484 -0,21% 0,09%Cultura - 0,00% 0,00% - 0,00% 0,00%Saúde e Segurança Alimentar - 0,00% 0,00% 100 -0,04% 0,02%Esporte e lazer - 0,00% 0,00% - 0,00% 0,00%Alimentação - 0,00% 0,00% - 0,00% 0,00%Geração de trabalho e renda - 0,00% 0,00% - 0,00% 0,00%Outros (Patrocionio Institucionais não Incentivados e Rec. Financeiros) - 0,00% 0,00% 4 0,00% 0,00%Total dos investimentos - 0,00% 0,00% 588 -0,25% 0,11%Tributos (excluídos encargos sociais) 49.632 -21,25% 9,40% 55.878 -8,63% 10,58%Total - Relacionamento com a Comunidade 49.632 -21,25% 9,40% 56.466 -8,88% 10,69%4 - Interação com o Meio Ambiente 2017 2016Investimentos e gastos com manutenção nos processos operacionais para a melhoria do meio ambiente

834 -0,36% 0,16% 1.597 -0,68% 0,30%

Investimentos e gastos com a preservação e/ou recuperação de ambientes degrados - 0,00% 0,00% - 0,00% 0,00%Investimentos e gastos com a educação ambiental para empregados, terceirizados, autônomos e administradores da entidade

- 0,00% 0,00% - 0,00% 0,00%

Investimentos e gastos com educação ambiental para a comunidade - 0,00% 0,00% - 0,00% 0,00%Investimentos e gastos com outros projetos ambientais 3.625 -1,55% 0,69% 32 -0,01% 0,01%Quantidade de processos ambientais, administrativos e judiciais movidos contra a entidade 1Valor das multas e das indenizações relativas à matéria ambiental, determinadas administrativas e/ou judicialmente 200 -0,09% 0,04% 97.866 -41,91% 18,53%Passivos e contigências ambientais 40.000 -17,13% 7,58% - 0,00% 0,00%Total da Interação com o meio ambiente 44.859 -19,13% 8,47% 99.495 -42,60% 18,84%5 - Outras informações 2017 2016

Receita Operacional Líquida (RL) 519.045 634.350Resultado Operacional (RO) (296.670) (647.513)

* Em 2017 inclui 46 milhões de reais a título de incentivo ao desligamento voluntário.

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MINISTÉRIO DEMINAS E ENERGIA

6.3. SustentabilidadeA Eletrobras assumiu compromisso com a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável. Neste sentido, foram analisados todos os 16 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS, dos quais 5 foram selecionados para serem priorizados no Plano Diretor de Negócios e Gestão 2018-2022. Para cada ODS foram definidos indicadores globais a serem acompanhados, cujas metas foram estabelecidas pela Holding.Os ODS priorizados são os seguintes (em ordem decrescente da esquerda para a direita):

Meio AmbienteA Eletrobras CGTEE investe em ações de monitoramento, avaliação e redução dos impactos ambientais nas áreas onde atua, com responsabilidade socioambiental e promoção do desenvolvimento sustentável. Os processos de tomada de decisão, definidos pela Alta Administração da Eletrobras CGTEE priorizam a preservação do meio ambiente e a redução dos impactos ambientais significativos do processo de geração térmica de energia elétrica a partir do carvão mineral.A Companhia realiza monitoramento ambiental abrangente na área de influência de seus empreendimentos, a fim de avaliar todos os aspectos ambientais da região e seus impactos na fauna, flora, água, solo e ar em seus diversos usos.Todo o efluente líquido, gerado no processo industrial e nas atividades administrativas, é tratado pela Eletrobras CGTEE. No Complexo Termelétrico de Candiota, parte do efluente liquido tratado é recuperado para reuso através de um Sistema de Recirculação de Efluentes. O excedente retorna ao corpo hídrico receptor, observando os padrões de qualidade exigidos pela legislação ambiental vigente. Os gases de combustão da UTE Candiota III Fase C, principal unidade geradora, são tratados por meio de precipitadores eletrostáticos, responsáveis pelo abatimento de material particulado, e de um dessulfurizador, equipamento utilizado para o controle da concentração de dióxido de enxofre nas emissões atmosféricas. Este conjunto de equipamentos garantem o atendimento aos padrões de emissão atmosférica definidos no licenciamento ambiental, com a qualidade do ar atmosférico em níveis preconizados pela legislação vigente, sem riscos a saúde da população.A Companhia dispõe ainda de uma Central própria para o armazenamento temporário de resíduos sólidos, viabilizando o seu gerenciamento, estocagem, transporte e destinação de forma ambientalmente segura e adequada. Os resíduos de cinzas de carvão mineral, geradas em grande quantidade no processo de combustão, são prioritariamente comercializadas para uso na formulação de cimento e concreto por empresas ambientalmente licenciadas para esta operação. O excedente é utilizado para a recomposição da área minerada.Principais Projetos Ambientais• O Tratamento dos gases de combustão e monitoramento contínuo das emissões atmosféricas;• Monitoramento contínuo da qualidade do ar e das chuvas na área de influência direta do Complexo Termelétrico

de Candiota, com a utilização de cinco estações automáticas e sete pontos de monitoramento pluviométrico;• Monitramento da dispersão de poluentes atmosféricos na região com avaliação prognóstica de

concentrações utilizando de modelo de previsão do tempo.• Tratamento e monitoramento dos efluentes líquidos gerados no processo industrial e áreas administrativas;• Monitoramento de águas superficiais e subterrâneas;• Monitoramento de bioindicadores ambientais aquáticos e terrestres dos diversos usos de recursos naturais

e ações antropogênicas na Região de Candiota e municípios vizinhos.• Gerenciamento, transporte e destinação ambientalmente adequada de todos os resíduos sólidos gerados;• Programa de Comunicação Social e Educação Ambiental;• A Eletrobras CGTEE prioriza o desenvolvimento e a aquisição de tecnologias que permitam otimizar a

utilização de recursos naturais, como o carvão mineral, insumo principal e combustível utilizado no seu processo de geração de energia elétrica, com o menor impacto ambiental associado ao desenvolvimento econômico regional e de comunidades no entorno de seus empreendimentos.

6.4. Responsabilidade Social

Ciente dos efeitos que a operação de um empreendimento do setor elétrico provoca nas condições ambientais e sociais de uma determinada região e almejando o desenvolvimento sustentável da sociedade, a Eletrobras CGTEE apoia projetos sociais em diferentes linhas de atuação, voltados ao benefício da comunidade.

6.5. Pesquisa e Desenvolvimento

A Eletrobras CGTEE possui os seguintes valores devidos e realizados em Pesquisa e Desenvolvimento em 2017, conforme as Leis n° 9.991, de 24/07/2000, e a n° 10.484, de 15/03/20043, conforme Quadro 5 a seguir.

R$/mil

P&D (Valor Devido – Leis 9.991 e 10.484) P&D (Valor Realizado) FNDCT (*) MME (**)

R$ 27.492 R$ 323 R$ 2.097 R$ 1.048

(*)ContribuiçãoparaoFundoNacionaldeDesenvolvimentoCientíficoeTecnológico(MinistériodeCiênciaeTecnologia);(**)ContribuiçãoparaaEmpresadePesquisasEnergéticas(MinistériodeMinaseEnergia).

Quadro 5 – Valores de P&D da Eletrobras CGTEE 2017

No ano de 2017, foi concluído o Projeto “Elastômero com uso de resíduo sólido da UTE Presidente Médici” do Instituto SENAI de Inovação em Engenharia de Polímeros-Centro Tecnológico de Polímeros - SENAI-CETEPO, selecionado na Chamada Pública P&D Eletrobras CGTEE 2014.

Foi assinado com a Fundação Universidade de Caxias do Sul – FUCS, o convênio, sem custos para a Eletrobras CGTEE, do Projeto “Estudo da utilização de cinza volante de termelétricas a carvão mineral no desenvolvimento de materiais geopoliméricos.

Foi lançado o Edital Chamada Pública P&D CGTEE 2017, no qual foram recebidas 48 (quarenta e oito) propostas de projetos de pesquisa e desenvolvimento de diversos locais do Brasil, tendo sido selecionados 10 (dez) projetos, que estão em fase de adequação para assinatura de convênio.

FICHA TÉCNICA

Coordenação

Alexandre Rocha Petineli - Gerente da Assessoria de Gestão, Riscos e Comunicação

Colaboradores

Carlos Eduardo Kipper – Secretário-GeralEdson Gomes Moreira Filho – Assessor da PresidênciaRegina Rheinheimer – Assessora da Diretoria de Finanças e Gestão CorporativaRodrigo Lucas Bortoluzzi – Assessor da Diretoria de OperaçãoMaurício Ditter Wallauer – Gerente do Departamento de Regulação e Comercialização de EnergiaNelson Batista Prestes – Gerente do Departamento de ContabilidadeLuis Eduardo Brose Piotrowicz – Gerente da Assessoria de Meio AmbienteOlindo da Silva Braga – Gerente do Departamento de Gestão de Pessoas e AdministrativoLúcio Tales Barbieri – Assessoria de Gestão, Riscos e Comunicação/Gerente de ComplianceEduardo Carvalho Raupp – Departamento de Regulação e Comercialização de EnergiaClésio Ismério de Oliveira – Divisão de Engenharia de Manutenção

3VideNotaExplicativan°21,integrantedasDemonstraçõesContábeisdesteRelatório.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016EM MILHARES DE REAIS

ATIVO Nota 31/12/2017 31/12/2016 PASSIVO E PASSIVO DESCOBERTO Nota 31/12/2017 31/12/2016

CIRCULANTE CIRCULANTECaixa e equivalentes de caixa 5 59.984 56.007 Fornecedores 12 84.581 170.016 Clientes 6 98.388 95.501 Financiamentos e empréstimos 13 967.773 377.963 Tributos a recuperar 7 1.890 4.171 Tributos e contribuições sociais a recolher 14 64.966 17.492 Direito de Ressarcimento - CCC/CDE 8 13.279 39.224 Obrigações estimadas 16 9.323 14.105 Almoxarifado 9 20.814 31.065 Encargos setoriais 15 28.916 167 Outros ativos 4.019 2.883 Provisões para contingências 17 462.703 326.364 Total do circulante 198.374 228.851 Benefícios pós-emprego 18.2 12.265 676

Remuneração aos acionistas 19 93.894 85.432 Outros passivos 21 42.138 36.618 Total do circulante 1.766.559 1.028.833

NÃO CIRCULANTE NÃO CIRCULANTERealizável a longo prazo Fornecedores 12 16.555 16.555 Direito de Ressarcimento - CCC/CDE 8 32.713 Financiamentos e empréstimos 13 2.054.865 2.302.480 Tributos a recuperar 7 24.495 24.780 Encargos setoriais 15 - 19.777 Almoxarifado 9 197.368 178.707 Benefícios pós-emprego 18.2 4.231 818 Depósitos judiciais 17 15.444 10.061 Adiantamento para futuro aumento de capital 20 781.655 483.857 Total do realizável a longo prazo 270.020 213.548 Provisão para passivo atuarial 18.1 74.002 71.699

Total do não circulante 8 2.931.308 2.895.186

Total do passivo 4.697.867 3.924.019

Imobilizado 10 704.025 1.126.206 PASSIVO A DESCOBERTOIntangível 11 1.967 2.294 Capital social 23.1 845.510 845.510 Total do não circulante 976.012 1.342.047 Reserva de lucros - 2.596

Ajustes de avaliação patrimonial (110.214) (110.310)Prejuízos acumulados (4.258.777) (3.090.917)Total do patrimônio líquido (passivo a descoberto) (3.523.481) (2.353.121)

TOTAL DO ATIVO 1.174.386 1.570.898 TOTAL DO PASSIVO E PASSIVO A DESCOBERTO 1.174.386 1.570.898

1. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS1.1 Balanço Patrimonial

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MINISTÉRIO DEMINAS E ENERGIA

1.2 Demonstração do Resultado do Exercício – DRE

Nota 31/12/2017 31/12/2016

Receita operacional líquida 24 519.045 634.350

Custo e despesa operacionais 25 (815.715) (1.043.847)Energia elétrica comprada para revenda (214.007) (223.785)Encargos de uso da rede de transmissão (47.129) (43.875)Pessoal (157.727) (121.126)Material (77.731) (83.043)Serviço de terceiros (49.591) (63.460)Depreciação e amortização (60.346) (72.983)Combustíveis para produção de energia (143.868) (180.722)(-) Recuperação de despesas - subvenção de combustíveis 114.170 116.783

Outros (179.486) (371.636)

Resultado do serviço de energia elétrica (296.670) (409.497)

Outras receitas/despesas 4.3 (379.074) (237.916)

Resultado financeiro 26 (494.719) (425.796)

Receita financeira 5.243 11.807Despesa financeira (499.962) (437.603)

Prejuízo operacional antes dos impostos (1.170.463) (1.073.209)

Imposto de renda e contribuição social - -

Prejuízo do exercicio (1.170.463) (1.073.209)

1.3 Demonstração dos Resultados Abrangentes – DRA

31/12/2017 31/12/2016

Prejuízo do exercício (1.170.463) (1.073.209)

Ganhos e (perdas ) atuariais do exercício 96 (69.284)

Total do resultado abrangente (1.170.367) (1.142.493)

1.4 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – DMPL

Capital social

Ajustes de avaliação

patrimonial

Reserva legal

Prejuízos acumulados Total

Saldo em 31 de dezembro de 2015 845.510 (41.026) 2.596 (2.017.708) (1.210.628)

Avaliação atuarial - (69.284) - - (69.284)

Prejuízo do período - - - (1.073.209) (1.073.209)

Saldo em 31 de dezembro de 2016 845.510 (110.310) 2.596 (3.090.917) (2.353.121)

Avaliação atuarial - 96 - - 96

Prejuízo do período - - - (1.170.463) (1.170.463)

Compensação de prejuízo (2.596) 2596 -

Saldo em 31 de dezembro de 2017 845.510 (110.215) - (4.258.776) (3.523.481)

1.5 Demonstrações dos Fluxo de Caixa - DFC

31/12/2017 31/12/2016ATIVIDADES OPERACIONAISResultado antes dos impostos (1.170.463) (1.073.209)Lucro (prejuízo) líquido do período (1.170.463) (1.073.209)Ajustes no resultado por:Depreciação e amortização 64.407 77.924Baixa de ativo imobilizado e intangível 16 14Encargos financeiros apropriados 444.648 411.684Encargos financeiros sobre dividendos não distribuídos 8.462 10.504Variações monetárias / cambiais líquidas (23) (2.728)Provisão para contingências 136.338 303.451Perda com recuperabilidade de ativos 372.873 236.126Avaliação atuarial 2.399 (4.697)Total de ajustes 1.029.120 1.032.278Variações nos ativos e passivos operacionais:(Aumento) Redução em clientes (2.887) (8.961)(Aumento) Redução em tributos a recuperar (2.566) 5.973(Aumento) Redução em cauções e depósitos vinculados (5.383) (5.014)(Aumento) Redução em direito de ressarcimento (6.768) 10.327(Aumento) Redução em almoxarifado (8.411) (38.257)(Aumento) Redução em outros ativos (1.136) (1.045)Aumento (Redução) em fornecedores 73.584 18.028Aumento (Redução) em tributos a recolher 47.474 (15.653)Aumento (Redução) em obrigações estimadas (4.780) 1.233Aumento (Redução) em encargos setoriais 8.972 13.195Aumento (Redução) em outros passivos 18.375 (19.033)Total de variações 121.605 (39.207)Pagamento de encargos financeiros (122) (28.136)Caixa líquido gerado pelas (aplicado nas) atividades operacionais (19.859) (108.274)ATIVIDADES DE INVESTIMENTOAquisições de ativo imobilizado (14.449) (6.754)Aquisições de ativo intangível (333) (1.175)Caixa líquido aplicado nas atividades de investimento (14.782) (7.929)ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOIngresso de adiantamento para futuro aumento de capital 38.900 241.824Ingressos de financiamentos e empréstimos 8.577 -Amortização do principal de financiamentos e empréstimos (8.859) (74.804)Caixa líquido proveniente das atividades de financiamento 38.618 167.020Aumento líquido (redução) de caixa e equivalentes de caixa 3.977 50.817Saldo final de caixa e equivalente de caixa 59.984 56.007Saldo inicial de caixa e equivalente de caixa 56.007 5.190Aumento líquido (redução) de caixa e equivalentes de caixa 3.977 50.817

1.6 Demonstração do Valor Adicionado – DVA

31/12/2017 31/12/2016

RECEITAS

Suprimento de energia elétrica 589.043 714.389

Outras receitas operacionais 2.885 3.746

591.928 718.135

INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (INCLUI ICMS E IPI)

Energia elétrica comprada para revenda (214.007) (223.785)

Serviços de terceiros (49.591) (63.460)

Materiais (77.731) (83.043)

Matéria-prima e insumos para produção de energia elétrica (143.868) (180.722)

(-) Recuperação de despesas - subvenção combustíveis 114.170 116.783

Outros custos operacionais (602.793) (649.752)

(973.820) (1.083.979)

VALOR ADICIONADO BRUTO (381.892) (365.844)

Quotas de reintegração (depreciação e amortização) (60.346) (72.983)

VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE (442.238) (438.827)

VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA

Receitas financeiras 5.243 11.807

Outras receitas - aluguéis 24 22

5.267 11.829

VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (436.971) (426.998)

DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO

Colaboradores 137.221 98.673

Governo 95.649 112.735

Agentes financeiros e aluguéis 500.622 434.803

Retenção/distribuição de prejuízo do exercício (1.170.463) (1.073.209)

VALOR ADICIONADO DISTRIBUÍDO (436.971) (426.998)

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MINISTÉRIO DEMINAS E ENERGIA

2 Notas explicativas às Demonstrações Financeiras2.1 Informações geraisA Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica - CGTEE (“Companhia” ou “Eletrobras CGTEE”), é uma sociedade de economia mista integrante do grupo controlado pelas Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - Eletrobras (“controladora” ou “Eletrobras”). Foi constituída em 28 de julho de 1997, e está inscrita no CNPJ sob o nº 02.016.507/0001-69.A Companhia tem sede e Foro na cidade de Candiota, Estado do Rio Grande do Sul, podendo, a critério da Diretoria, mediante autorização do Conselho de Administração da Eletrobras, criar sucursais, filiais, agências e escritórios nesta mesma cidade ou em qualquer outra parte do território nacional ou estrangeiro, observada a legislação vigente.A Companhia tem por objeto social, conforme o seu estatuto:(a) realizar estudos, projetos, construções e operações de usinas produtoras de energia elétrica, de instalações de transmissão e de transformação de energia elétrica e serviços correlatos, inclusive sistemas de informática e a celebração de atos de comércio decorrentes dessas atividades, podendo participar de outras sociedades para a realização de seus objetivos sociais, observada a legislação vigente;(b) desenvolver atividades associadas à prestação de serviços de produção, transformação e transmissão de energia elétrica, inclusive: transmissão de dados através de suas instalações, observada a legislação pertinente; prestação de serviços técnicos de planejamento, operação, manutenção de instalações elétricas, reparos e conservação de peças e equipamentos de terceiros; serviços de otimização de processos energéticos e instalações elétricas de autoprodutor e produtor independente, com a celebração de atos de comércio decorrentes dessas atividades; cessão onerosa de faixas de servidão de linhas e áreas de terra exploráveis de usinas e reservatórios, visando a maior eficiência no uso da eletricidade;(c) integrar grupos de estudo, consórcios, grupos de sociedade ou quaisquer outras formas associativas com vista a pesquisas de interesse do setor energético, à formação de pessoal técnico a ela necessário, bem como à prestação de serviços de apoio técnico, operacional, administrativo e financeiro a outras empresas;(d) associar-se, mediante prévia e expressa autorização do Conselho de Administração da Eletrobras, para constituição de consórcios empresariais ou participação em sociedade, com ou sem aporte de recursos, no Brasil ou no exterior, com ou sem poder de controle, que se destinem à exploração da produção de energia elétrica sob o regime de concessão ou autorização, direta ou indiretamente;(e) comercializar, mediante prévia e expressa autorização do Conselho de Administração da Eletrobras, direitos de uso ou de ocupação de torres, instalações eletroenergéticas e prediais, equipamentos e instrumentos e demais partes que possam constituir recurso de infraestrutura de telecomunicações da Empresa;(f) principal atividade operacional:Através da autorização do Ministério das Minas e Energia, Portaria MME no 304, de 17 de setembro de 2008, a eletrobras CGTEE estabeleceu-se como produtor independente de energia elétrica, mediante a implantação da Central Geradora Termelétrica denominada UTE Candiota III (Fase C), localizada no Município de Candiota, com capacidade instalada de 350 MW. A unidade foi implantada e entrou em operação comercial em 1o de janeiro de 2011. A energia gerada pela usina foi comercializada no Leilão de Energia, Edital ANEEL 002-2005, realizado em 16 de dezembro de 2005, para suprimento a 31 distribuidoras de todo o País, pelo período de 15 anos, de 1o de janeiro de 2010 a 31 de dezembro de 2024. Esta usina não será afetada pela Lei nº 12.783/2013.2.2 Situação financeiraA Companhia apresentou, em 31 de dezembro de 2017, um prejuízo de R$ 1.170.463 (hum bilhão cento e setenta milhões quatrocentos e sessenta e três mil reais), ante um prejuízo de R$ 1.073.209 (hum bilhão setenta e três milhões duzentos e nove mil reais) em 31 de dezembro de 2016. Os resultados apresentados no período determinaram um passivo a descoberto em R$ 3.523.481 (três bilhões quinhentos e vinte três milhões e quatrocentos e oitenta e um mil reais) em 31 de dezembro de 2017, ante R$ 2.353.121 (dois bilhões e trezentos e cinquenta e três milhões e cento e vinte e um il reais) em 31 de dezembro de 2016.Os resultados apresentados em 31 de dezembro de 2017 tiveram como principais causas:- A receita operacional líquida apresentou uma redução de 18,2% em relação ao exercício de 2016. Esta redução ocorreu pela entrada em 2016 de receita extraordinária oriunda da correção do valor da energia vendida no 1º leilão, que havia sido reduzida em caráter liminar, conforme processo nº 5000593-10.2015.4.04.7100. Com a redução da energia vendida, a Companhia ficaria menos exposta a penalidades em função de dificuldades na geração de energia na UTE Candiota III (Fase C), embora tivesse uma redução na receita fixa dos contratos. No segundo semestre de 2017, a Companhia descontratou 50% dos contratos de CCEAR da UTE Cadniota III (Fase C) e com a PLD com cotação elevada no mercado de energia, participou de leilões expost, com isso, acelerou o ingresso de caixa destes recursos ao não ter a exposição à inadimplência das liquidações da CCEE, e também, por ter gerado acima da inflexibilidade, não apurou ressarcimentos às distribuidoras.- Redução dos custos e despesas operacionais em 21,9% em comparação ao exercício de 2016. As principais variações ocorreram nos gastos com Pessoal com redução de 7,8% em comparação a 2016, em função da adesão de empregados aos planos de demissão voluntária –PAE e PDVE, cujo em 2017 é de R$ 46 milhões relativo a estes planos de redução de pessoal.Outro ponto que contribuiu para a redução nas despesas operacionais foi o item materiais com redução de 6,4,% e Serviços de Terceiros em 21,9% em relação ao exercício de 2016, pela paralização das atividades da UTE Presidente Médici. A redução nas provisões para contingências é em consequência da constituição de provisão em 2016 referente processo movido pelo banco alemão KFW, no montante de R$ 278.263, conforme descrito na Nota 17.b, em 2017 o valor atualizado para a base de 31/12/2017. Outro fato observado em 2016 mas que teve menor impacto em 2017 foi a provisão do impairment dos Ativos da UTE Presidente Médici Fase B no valor de R$ 10.242 (R$ 236.126 em 31 dedezembro de 2016), em consequência de determinações ambientais. Em consequência do impacto das atividades desta unidade ocorreu a redução da depreciação em 2017 no percentual de 17,3% em realção a 2016.O resultado financeiro apresentou um déficit de R$ 494.719 (quatrocentos e noventa e quatro milhões e setecentos e dezenove mil reais), representando um aumento de 16,2% do déficit verificado no exercício de 2016. Este resultado foi impulsionado pelos encargos financeiros sobre a dívida, que tiveram uma elevação de 6,6% em relação a 2016, em função do crescente saldo de empréstimos. Outras Despesas Financeiras com crescimento de 169,3% pelo reconhecimento de multa por atraso de parcelas de contratos de empréstimos com a Eletrobras Holding que se encontram em fase de renegociação O total do passivo circulante, em 31 de dezembro de 2017, foi de R$ 1.766.559 (R$ 1.028.833 em 31 de dezembro de 2016). Deste total, R$ 1.061.668 (R$ 463.395 em 31 de dezembro de 2016) são referentes ao financiamento da UTE Candiota III (Fase C), dividendos não distribuídos e demais empréstimos para custeio contraídos junto à Eletrobras.2.3 Reestruturação societária - Eletrobras CGTEE e Eletrobras ELETROSULEm 29 de setembro de 2017 a Eletrobras, em comunicado de fato relevante, informou aos acionistas e ao mercado que seu Conselho de Administração aprovou o início da reestruturação societária entre Eletrobras CGTEE e Eletrobras ELETROSUL, visando à obtenção de sinergia operacional, tributária, econômico-financeira e societária, conforme diretrizes estabelecidas pelo Plano Diretor de Negócios e Gestão (PDNG) 2017-2021. E, a conclusão da referida reestruturação societária dependerá da observância das exigências legais e contratuais aplicáveis e aprovações pelos órgãos regulatórios e governamentais.

2.4 PLANO DA ADMINISTRAÇÃO PARA O EQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO DA COMPANHIA

Para as principais atividades de investimentos planejados, a Companhia espera o apoio financeiro da Eletrobras, através do financiamento de obras via empréstimos e pela integralização de recursos destinado ao aumento de capital social (AFAC).

Diante do quadro atual, a Companhia vem mantendo tratativas permanentes junto a Holding com vistas a viabilizar ações que possibilitem a sua recuperação econômica e financeira. Nesse sentido, houve aprovação “Plano de Negócios” pelo Conselho de Administração da Companhia para o período de 2018-2022, bem como, aprovação pelo mesmo Conselho da realização de uma manutenção de grande porte (Overhaul) na UTE Candiota III.

Em linha com esta decisão a Holding da Companhia Eletrobras sinalizou a possibilidade de fornecer aporte financeiro para o financiamento referido Overhaul, caso a Companhia não consiga os recursos com terceiros, que podem variar de R$ 300.000. a R$ 350.000..

A Companhia espera com a realização do overhaul a UTE Candiota III possa passar a gerar sua capacidade inicial projetada e com isso obter resultado e fluxos de caixa positivo, e por consequência, recuperar o equilíbrio econômico e financeiro da operação.

Importante destacar, que historicamente a Eletrobras vem aportando os recursos financeiros necessários a continuidade das operações da Companhia, e que os planos da administração, dependem diretamente de ações e suporte financeiro da Holding.

Histórico da unidade geradora:

UTE Candiota III (Fase C): o restabelecimento da energia vendida da UTE Candiota III (Fase C), conforme processo judicial nº 5000593-10.2015.4.04.7100, no 2º semestre de 2016 garantiu o aumento de receita do 1º leilão. A CGTEE planeja um overhaul para a revisão dos parâmetros técnicos operacionais desta unidade, o que irá gerar uma melhora de performance da UTE, sinalizando possiblidades de acréscimo de receitas para os próximos exercícios.

Cabe ainda destacar que a Eletrobras CGTEE está tendo todo o suporte financeiro da holding para execução de suas atividades operacionais, bem como para seus investimentos futuros necessários.

2.5 Desempenho operacional1

A geração total de energia elétrica da Eletrobras CGTEE no ano de 2017 foi de 1.589,468 GWh (2.280,706 GWh no ano de 2016). Na Fase C a geração atingiu a marca de 1.427,101 GWh (1.472,397 GWh no ano de 2016). Nas Usinas de São Jerônimo e NUTEPA, não houve geração no decorrer de 2017 (operação comercial de ambas as usinas está suspensa). Houve decréscimo na geração total da CGTEE no ano de 2017 em cerca de 30,31%, comparando-se o mesmo período do ano anterior, esta redução foi resultante da saída de operação das Unidades Geradoras 03 e 04 da UTE Presidente Médici a partir de março de 2017 em atendimento ao TAC/IBAMA.

Em função do volume de venda dos contratos de energia, associado com a entrada em eficácia dos novos valores de garantia física, válidos desde janeiro de 2008, e os problemas técnicos enfrentados pelas usinas, a Companhia vinha sofrendo penalidades por insuficiência de lastro perante a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE. Desde fevereiro de 2009, para solucionar este problema a Companhia vem adquirindo sistematicamente montantes de energia, através da participação em leilões de venda de energia, evitando a exposição diante da CCEE. As aquisições de energia foram mantidas no ano de 2017 no qual foram adquiridos 1.185,215 GWh em leilões de compra de energia. No segundo semestre de 2017 a Companhia adotou a estratégia de descontratar parcialmente sua energia vendida no CCEAR, o que reduziu a necessidade de garantia física , e as sobras de energia puderam ser efertadas em leilões ex post, resultou em uma sensível melhora na posição de caixa.

A Disponibilidade Geral das Unidades da Eletrobras CGTEE (DISPGR) no período de janeiro a dezembro de 2017 foi de de 47,20% na UTE Candiota III e 61,89% na UTE Presidente Médici, totalizando uma disponibilidade da Eletrobrás CGTEE de (52,48% no mesmo período do ano anterior), o DISPGR é calculado com base na comparação entre os índices de TEIF e TEIP verificados mensalmente pelo ONS e os índices TEIF e TEIP de referência.

A disponibilidade de 2017 ficou inferior ao mesmo período de 2016 em função da saída de operação de Unidades da UTE Presidente Médici.

Simultanemente, a Eletrobras CGTEE está trabalhando para a realização de uma revisão especial de manutenção (Overhaul) da UTE Candiota III (Fase C), bem como a contratação de serviço especializado de manutenção e supervisão técnica, com fornecimento de peças reservas intercambiáveis para manutenção dos diversos sistemas que compõem a unidade. As negociações estão sendo conduzidas junto ao Fornecedor da Usina e estão previstas para serem concluídas em 2018.

O referido Overhaul é uma manutenção de grande monta a ser realizada na UTE Candiota III – 350 MW, onde serão revisados e manutencionados todos os equipamentos que compõe a Usina. Sua programação e execução são feitas conforme as recomendações dos fabricantes desses equipamentos com o objetivo de recuperar desgastes, corrigir defeitos e implementar eventuais melhoramentos, previstos e/ou identificados, os quais não necessitam de uma parada emergencial da usina.

A execução do Overhaul é necessária para recuperação da capacidade e eficiência projetada da usina UTE Candiota III.

A partir da conclusão do Overhaul com base no teste de performance previsto no contrato, a CGTEE solicitará à ANEEL o retorno da garantia física dos 262,4 MW atuais para os 317 MW originais.

Em Janeiro de 2017, foi realizada uma inspeção conjunta de equipamentos e sistemas da unidade, durante o período de parada anual para manutenção preventiva da UTE Candiota III, onde estiveram presentes os representantes dos principais fabricantes como: Harbin Turbine Co. Ltd., Harbin Electric Machinery Co. Ltd., Harbin Boiler Co. Ltd, Longking, Xiangtan Electric Machinery e Sizhou.

Em relação ao financiamento, por meio de consulta, a Eletrobras se dispõe a financiar os serviços de Overhaul com recursos próprios da Eletrobras, enquanto não se obtém o financiamento externo, de forma a garantir a realização dos referidos serviços.

Paralelamente a CGTEE iniciou tratativas com outros fornecedores para a realização do Overhaul como uma alternativa contingencial, caso haja frustração nas negociações com o Fornecedor da Usina. Ressalta-se que no estágio atual do projeto, o escopo de serviços, projetos e peças necessárias a sua realização já foram definidos entre CGTEE e o Fornecedor, portanto esta complexa e demorada etapa de engenharia do projeto já foi concluída e dessa forma o Overhaul será realizado em 2018.

1 Informações não auditadas pelos auditores independentes

NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Exercíciofindoem31deDezembrode2017-Emmilharesdereais,excetoquandoindicadodeoutraforma

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MINISTÉRIO DEMINAS E ENERGIA

3 Das concessões de serviço público de energia elétrica

A Companhia detém atualmente a autorização de serviço público de energia elétrica junto ao MME, cujo detalhamento, capacidade instalada e prazos de vencimentos estão listados a seguir:

(i) Autorização conforme Portaria MME no 304/2008 de 17 de setembro de 2008.(ii) Dados não auditados pelo auditor independente.O contrato de concessão nº 067/2000 das UTE’s Presidente Médici (Fases A e B), São Jerônimo e Nutepa, encerrou em 07 de julho de 2015, no entanto, na época, a Companhia havia manifestado, em tempo hábil, a sua intenção de renovação de suas concessões. Contudo, tendo em vista a situação dos ativos vinculados ao contrato de concessão nº 067/2000 (processos de caducidade das UTE’s São Jerônimo e Nutepa e encerramento da operação comercial das UG’s 02, 03 e 04 da UTE Presidente Médici, bem como o desligamento da UG 01 em 31/12/2017 para atendimento ao TAC/IBAMA em julho de 2017 a Eletrobras CGTEE encaminhou correspondência para a ANEEL revogando o pedido de renovação do contrato de concessão nº 067/2000 com o consequente encerramento deste contrato. Até o presente momento esta solicitação encontra-se em análise por parte da agência reguladora.4 Apresentação das demonstrações financeiras4.1 Base de apresentação das demonstrações financeirasAs demonstrações financeiras da Companhia foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, considerando o custo histórico como base de valor, bem como o valor justo para alguns ativos e passivos financeiros, compreendendo as disposições da legislação societária previstas na Lei 6.404/76, com as alterações da Lei 11.638/07, Lei 11.941/09, as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), bem como os demais pronunciamentos, interpretações e orientações emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) vigentes em 31 de dezembro de 2017.As demonstrações financeiras estão apresentadas em reais, a moeda funcional da Companhia. Os itens incluídos nas demonstrações contábeis são mensurados usando a moeda do principal ambiente econômico no qual a empresa atua, ou seja, a “moeda funcional”.As presentes demonstrações financeiras foram aprovadas pela Diretoria Executiva da Companhia em 15 de março de 2017.4.2 Mudanças nas políticas contábeis e divulgaçõesOs seguintes novos pronunciamentos e interpretações de pronunciamentos foram emitidas pela: - IFRS 9/CPC 48 - Instrumentos Financeiros: A IFRS 9/CPC 48 aborda a classificação, a mensuração e o reconhecimento de ativos e passivos financeiros. As principais alterações que este pronunciamento traz são:

i. Novos critérios de classificação de ativos financeiros;ii. Novo modelo de impairment para ativos financeiros, híbrido de perdas esperadas e incorridas, em

substituição ao modelo atual de perdas incorridas; eiii. A companhia fez a avaliação da referida norma e concluiu que não haverá impacto significativo na

contabilização de seus ativos financeiros.

• AtivosfinanceirosA IFRS 9/CPC 48 possui uma nova abordagem de classificação e mensuração de ativos financeiros que refletem o modelo de negócios em que os ativos são administrados e suas características de fluxo de caixa. Instrumentos mantidos segundo um modelo de negócios, cujo objetivo é receber os fluxos de caixa contratuais, e que possuem tais fluxos referentes exclusivamente a pagamentos do principal e dos juros sobre o valor devido são geralmente mensurados ao custo amortizado ao final dos períodos contábeis subsequentes. Já aqueles mantidos dentro de um modelo de negócios cujo objetivo é alcançado tanto pelo recebimento de fluxos de caixa contratuais quanto pela venda de ativos financeiros, e possuírem termos contratuais que estabelecem datas para fluxos de caixa unicamente de pagamentos de principal e juros sobre o principal remanescente, são geralmente mensurados a “valor justo reconhecido através de outros resultados abrangentes” (FVTOCI). Todos os outros instrumentos de dívida e investimentos em títulos patrimoniais são mensurados ao valor justo ao final dos períodos contábeis subsequentes.

• Redução no valor recuperável (impairment) - Ativos FinanceirosEm relação ao impairment de ativos financeiros, a IFRS 9/CPC 48 requer o modelo de perda esperada dos ativos financeiros, ao contrário do modelo de perda incorrida estabelecido na IAS 39/CPC 38. O modelo de perda esperada requer que a empresa registre contabilmente a expectativa de perdas em ativos financeiros desde o seu reconhecimento inicial. Em outras palavras, não é mais necessário que o evento ocorra antes para que seja reconhecida a perda no crédito.O novo modelo de perda esperada se aplicará aos ativos financeiros mensurados ao custo amortizado ou ao FVTOCI, com exceção de investimentos em instrumentos patrimoniais.De acordo com a IFRS 9/CPC 48, as provisões para perdas esperadas serão mensuradas em uma das seguintes bases:- Perdas de crédito esperadas para 12 meses, ou seja, perdas de crédito que resultam de possíveis eventos de inadimplência dentro de 12 meses após a data base; e- Perdas de crédito esperadas para a vida inteira, ou seja, perdas de crédito que resultam de todos os possíveis eventos de inadimplência ao longo da vida esperada de um instrumento financeiro. Este é o modelo obrigatório no caso de instrumentos financeiros que não contenham um componente significativo de financiamento, como é o caso dos ativos financeiros da Companhia.

• PassivosfinanceirosA IFRS 9/CPC 48 retém grande parte dos requerimentos da IAS 39/CPC 38 para a classificação de passivos financeiros. Contudo, de acordo com a IAS 39/CPC 38, todas as variações de valor justo dos passivos designados como valor justo através do resultado são reconhecidas no resultado, enquanto que, de acordo com a IFRS 9/CPC 48, estas alterações de valor justo são geralmente apresentadas da seguinte forma:- o valor da variação do valor justo que é atribuível às alterações no risco de crédito do passivo financeiro são apresentados em ORA; e- o valor remanescente da variação do valor justo é apresentado no resultado.Adicionalmente, caso um contrato contenha um ou mais derivativos embutidos e o contrato principal não seja um ativo financeiro conforme IFRS 9/CPC 48, a Companhia poderá designar o contrato híbrido inteiro ao VJR. No entanto, isso não se aplica se o derivativo embutido for insignificante, ou se for óbvio que a separação do derivativo embutido seria proibida. A Companhia não espera designar passivos financeiros como valor justo através do resultado. Desta forma, não são esperados impactos materiais relacionados à classificação dos passivos financeiros quando da adoção da IFRS 9/CPC 48.

• DivulgaçõesA IFRS 9 requer novas divulgações, notadamente acerca do risco de crédito e perdas de crédito esperadas, contabilidade de hedge e mensuração de ativos e passivos financeiros.

• TransiçãoA Companhia adotará a isenção que permite não reapresentar informações comparativas de períodos anteriores decorrentes das alterações na classificação e mensuração de instrumentos financeiros (incluindo perdas de crédito esperadas). As diferenças nos saldos contábeis de ativos e passivos financeiros resultantes da adoção da IFRS 9/CPC 48, serão reconhecidas no patrimônio líquido em 1º de janeiro de 2018.- IFRS 15/CPC 47 - Receitas de contratos com clientes: A IFRS 15/CPC 47 substituirá as orientações atuais de reconhecimento da receita presente na IAS 18/CPC 30 (R1) - Receitas, IAS 11/CPC 17 (R1) - Contratos de Construção e as interpretações relacionadas, quando se tornar efetiva.Os princípios fundamentais da IFRS 15/CPC 47 são de que uma entidade deve reconhecer a receita para representar a transferência ou promessa de bens ou serviços a clientes no montante que reflete sua consideração de qual valor espera ser capaz de trocar por aqueles bens ou serviços. Especificamente, a norma introduz um modelo de 5 passos para o reconhecimento da receita:

1. Identificar o(s) contrato(s) com o cliente.2. Identificar as obrigações de desempenho definidas no contrato.3. Determinar o preço da transação.4. Alocar o preço da transação às obrigações de desempenho previstas no contrato.5. Reconhecer a receita quando (ou conforme) a entidade atende cada obrigação de desempenho.

Com a IFRS 15/CPC 47, a entidade reconhece a receita quando o “controle” dos bens ou serviços de uma determinada operação são transferidos ao cliente.A Companhia fez avaliação da referida norma e concluiu que não haverá impacto significativo na contabilização de suas receitas.A Companhia aufere receitas provenientes principalmente das seguintes fontes: a) Suprimento e fornecimento de energia elétrica (geração)A Companhia reconhece a receita pelo valor justo da contraprestação a receber no momento em que a energia fornecida é fornecida, mediante a multiplicação do consumo faturado medido pela tarifa vigente, além de reconhecer a receita não faturada através de estimativa, correspondente ao do consumo de energia medido na data da última leitura e o encerramento do período das demonstrações financeiras.De acordo com a IFRS 15/CPC 47, a Companhia só pode contabilizar os efeitos de um contrato com um cliente quando for provável que receberá a contraprestação à qual terá direito. Ao avaliar se a possibilidade de recebimento do valor da contraprestação é provável, deve-se considerar apenas a capacidade e a intenção do cliente de pagar esse valor. Assim, contratos celebrados com clientes que apresentam longo histórico de inadimplência e que por diversos motivos não estão com o fornecimento de energia suspenso, poderão deixar de ter as respectivas receitas reconhecidas no momento do faturamento (por não ser provável o recebimento da contrapartida) e sim no momento do efetivo recebimento. A Companhia avaliou sua carteira de clientes e não espera impacto significativo em suas receitas.b) Venda na Câmara de Comercialização de Energia – CCEEA Companhia reconhece a receita pelo valor justo da contraprestação a receber no momento em que o excedente de energia é comercializado no âmbito da CCEE. A contraprestação corresponde a multiplicação da quantidade de energia vendida para o sistema pelo Preço de Liquidação das Diferenças (quando haver excedente).c) Valores a receber da parcela A e outros itens financeirosCorresponde as variações de custos relacionados à compra de energia e encargos regulatórios, ocorridas no período entre reajustes tarifários e/ou revisões periódicas, de modo a permitir maior neutralidade no repasse dessas variações para as tarifas.

• TransiçãoA Companhia adotará a IFRS 15/CPC 47 usando o método de efeito cumulativo, com aplicação inicial da norma na data inicial (ou seja, 1º de janeiro de 2018). Como resultado, a Companhia não aplicará os requerimentos da IFRS 15/CPC 47 ao período comparativo apresentado.4.3 Principais práticas contábeis(a) Caixa e equivalentes de caixa Caixa e equivalentes de caixa incluem o caixa, os depósitos bancários, e, quando aplicáveis, outros investimentos de curto prazo de alta liquidez com vencimentos originais de 90 dias ou menos, que são prontamente conversíveis em um montante conhecido de caixa e que estão sujeitos a um insignificante risco de mudança de valor. (b) Instrumentos financeirosA Companhia classifica seus ativos financeiros sob as seguintes categorias: mensurados ao valor justo por meio do resultado e empréstimos e recebíveis. A classificação depende da finalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiridos. A administração determina a classificação de seus ativos financeiros no reconhecimento inicial.(i) AtivosfinanceirosaovalorjustopormeiodoresultadoOs ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado são ativos financeiros mantidos para negociação. Um ativo financeiro é classificado nessa categoria se foi adquirido, principalmente, para fins de venda no curto prazo. Os ativos dessa categoria são classificados como ativos circulantes.(ii) EmpréstimoserecebíveisOs empréstimos e recebíveis são ativos financeiros não derivativos, com pagamentos fixos ou determináveis, que não são cotados em um mercado ativo. São apresentados como ativo circulante, exceto aqueles com prazo de vencimento superior a 12 meses após a data de emissão do balanço (estes são classificados como ativos não circulantes). Os empréstimos e recebíveis da Companhia compreendem “Contas a receber de clientes” e “Caixa e equivalentes de caixa”.(c) ClientesRegistrados pelo suprimento de energia elétrica realizado até a data das demonstrações financeiras, com base nas disposições contratuais e no regime de competência.A provisão para créditos de liquidação duvidosa é avaliada levando em consideração os riscos na apuração de perdas na realização dos créditos.

(d) Depósitos judiciais

O depósito judicial é determinado pela Justiça do Trabalho após o julgamento de uma ação trabalhista para a interposição de recurso. Assim, depois que a ação é julgada, a Eletrobras CGTEE deve fazer um depósito para impetrar recurso perante a Justiça do Trabalho. O depósito tem natureza de garantia do juízo recursal, que pressupõe decisão condenatória ou executória de obrigação de pagamento em pecúnia, com valor líquido ou arbitrado. Os depósitos são atualizados monetariamente e, com o transito em julgado da decisão, se condenatória, o valor depositado e seus acréscimos serão considerados na execução; se absolutória, será liberado o levantamento do valor do depósito e seus acréscimos. (e) Conversão de moeda estrangeiraAs transações em moeda estrangeira são convertidas para reais (moeda funcional) usando-se as taxas de

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MINISTÉRIO DEMINAS E ENERGIA

câmbio em vigor nas datas das transações. Os saldos das contas de balanço são convertidos pela taxa cambial da data do balanço. Ganhos e perdas cambiais resultantes da liquidação dessas transações e da conversão de ativos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são reconhecidos na demonstração do resultado.As variações cambiais sobre itens monetários são reconhecidas no resultado no exercício em que ocorrerem exceto variações cambiais decorrentes de empréstimos e financiamentos em moeda estrangeira relacionados a ativos em construção para uso produtivo futuro, que estão inclusas no custo desses ativos quando consideradas como ajustes aos custos com juros dos referidos empréstimos.(f) ImobilizadoO imobilizado é demonstrado ao custo de aquisição ou construção, deduzido de depreciação acumulada calculada pelo método linear.Para os bens existentes em 31 de dezembro de 2017, os saldos contábeis registrados nos respectivos Tipos de Unidades de Cadastro (TUCs), conforme determina a Resolução ANEEL no 367, de 2 de junho de 2009, atualizada pela Resolução ANEEL nº 674, de 11 de agosto de 2015, estão depreciados a taxas anuais constantes na “Tabela XVI - taxas de depreciação”, anexa à referida Resolução, descritas na Nota 10, que refletem a vida útil estimada dos bens até a referida data.Os custos diretos com pessoal, serviços e outras despesas das obras e dos investimentos em andamento estão sendo apropriados os efetivamente alocados nos respectivos projetos. A capitalização de encargos financeiros (juros e variações) é descontinuada a partir da entrada em operação e transferência de imobilizado em curso para imobilizado em serviço. Os materiais em almoxarifado destinados à imobilizações estão classificados no ativo imobilizado em curso, sendo demonstrados ao custo médio de aquisição, que não excede ao valor de mercado.Em todos os bens adquiridos a partir de 1º de janeiro 2010 foram aplicadas as normativas advindas da Resolução ANEEL nº 367/2009, atualizada pela Resolução ANEEL 674/2015, que aprovou o Manual de Controle Patrimonial do Setor Elétrico (MCPSE), com suas respectivas TUC, Unidades de Adição e Retirada (UAR) conforme tabela de depreciação acima citada. A Companhia tem mantido seu acervo patrimonial em consonância com o MCPSE acima citado e suas alterações.Em relação ao imobilizado em curso, de acordo com o MCPSE, e regras emanadas do Comitê de Pronunciamentos Contábeis através do CPC 27, em conjunto com o CPC 05, juros e outros encargos financeiros (variações monetárias e cambiais) relacionados aos empréstimos, efetivamente aplicados em construções em andamento, são registrados nesta conta como parte dos custos, limitados à aplicação da taxa de juros WACC (custo médio ponderado de capital). Os custos diretos com pessoal, serviços e outras despesas das obras e dos investimentos em andamento estão sendo apropriados os efetivamente alocados nos respectivos projetos. A capitalização de encargos financeiros (juros e variações) é descontinuada a partir da entrada em operação e transferência de imobilizado em curso para imobilizado em serviço. Os materiais em almoxarifado destinados à imobilizações estão classificados no ativo imobilizado em curso, sendo demonstrados ao custo médio de aquisição, que não excede ao valor de mercado.(g) Redução ao valor recuperável de ativosEm atendimento aos requisitos emanados pelo CPC 01 - “Redução ao valor recuperável de ativos” a Companhia realizou os testes necessários a fim de verificar eventuais reduções ao valor recuperável de seus ativos.Para as Unidades UTE Presidente Médici (Fase A), UTE São Jerônimo e UTE Nutepa não houve teste de impairment. pois a Companhia provisionou o valor residual dos ativos como perda, que corresponde ao valor de R$ 21.698 em 31 de dezembro de 2017 (R$ 21.698 em 31 de dezembro de 2016).A Eletrobras CGTEE efetuou o provisionamento por impairment do saldo dos ativos da UTE Presidente Médici (Fase B). Em 31 de dezembro de 2017 o valor provisionado corresponde a R$ 10.242 ( R$ 236.127 em 31 de dezembro de 2016). Para a UTE Candiota III (Fase C), o período de análise foi de janeiro de 2018 a julho de 2041, em função de ser uma unidade nova e já ter ocorrido a comercialização de sua produção. Nesse momento, há perspectivas de perdas para estes ativos na ordem de R$ 362.631. Conforme testes de fluxos de caixa projetados a valores presentes líquidos, apresenta o resultado de R$ 829.666 ficando abaixo do valor contábil do ativo e do capital de giro que é R$ 1.192.297 em 31 de dezembro de 2017.O saldo de impairment provisionado acumulado para os ativos da Eletrobras CGTEE, perfaz o total em 31 de dezembro de 2017 de R$ 750.637 (R$ 377.764 em 31de dezembro de 2016).(h) IntangívelO intangível refere-se a licenças adquiridas de programas de computador que são capitalizadas e amortizadas ao longo de sua vida útil estimada, pelas taxas descritas na Nota 11.(i) Custos de empréstimosOs custos de empréstimos atribuíveis diretamente à aquisição, construção ou produção de ativos qualificáveis, os quais levam, necessariamente, um período de tempo substancial para ficarem prontos para uso ou venda pretendida, são acrescentados ao custo de tais ativos até a data em que estejam prontos para o uso ou a venda pretendida, como descrito no item “f” acima.Todos os outros custos com empréstimos são reconhecidos no resultado do exercício em que são incorridos.

(j) Imposto de renda e contribuição social sobre o lucroO imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro são calculados com base no lucro ajustado pelas adições e exclusões permanentes (lucro real) e por prejuízos fiscais acumulados e base negativa da contribuição social, aplicando-se as alíquotas vigentes. O imposto de renda e contribuição social diferidos são reconhecidos somente na proporção da probabilidade de que lucro tributável futuro esteja disponível e contra o qual as diferenças temporárias possam ser usadas. Como há, nesse momento, incertezas quanto a evidências de resultados positivos para os próximos exercícios, e a Companhia apresenta histórico de prejuízos, por isso não foram registrados nas demonstrações financeiras os efeitos do imposto de renda e contribuição social diferidos sobre prejuízos fiscais e bases negativas da contribuição social e sobre diferenças temporariamente não dedutíveis.

(k) Outros direitos e obrigaçõesOs demais ativos e passivos circulantes e não circulantes estão atualizados até a data das demonstrações financeiras, quando legal ou contratualmente exigidos.

(l) Apuração do resultadoA receita compreende o valor justo da contraprestação recebida ou a receber pela comercialização de produtos e serviços no curso normal das atividades da Companhia. A receita de vendas é apresentada líquida dos impostos incidentes, dos ressarcimentos às concessionárias, encargos e outras deduções similares.

A Companhia reconhece a receita quando: (i) o valor da receita pode ser mensurado com segurança; (ii) é provável que benefícios econômicos futuros fluirão para a Companhia; e (iii) quando critérios específicos tiverem sido atendidos.

A Eletrobras CGTEE reconhece as receitas de vendas de energia em contratos bilaterais, leilões e spotno mês de suprimento de energia de acordo com os valores constantes dos contratos e estimativas da administração da Companhia, ajustados posteriormente por ocasião da disponibilidade dessas informações.

As receitas financeiras são reconhecidas conforme o prazo decorrido, usando o método da taxa de juros efetiva, registradas contabilmente em regime de competência e são representadas principalmente por rendimentos sobre aplicações financeiras, juros e descontos obtidos.As despesas são reconhecidas pelo regime de competência.(m) Ajuste a valor presenteEm atendimento ao Pronunciamento Técnico CPC 12 - “Ajuste a Valor Presente”, a Companhia não identificou ajustes a valor presente relevantes nos saldos de seus ativos, passivos e resultado.(n) Benefícios pós-emprego - obrigações de aposentadoriaA Companhia oferece aos seus empregados diversos benefícios, entre os quais o plano de previdência, plano de assistência médica, participação nos lucros e resultados, dentre outros. A Companhia é patrocinadora de plano de previdência complementar do tipo benefício definido. Os planos deste tipo estabelecem um valor de benefício de aposentadoria que o empregado receberá em sua aposentadoria, normalmente dependente de um ou mais fatores, como idade, tempo de serviço e remuneração, conforme Nota 18. A provisão atuarial referente ao plano de previdência é reconhecida com base em cálculo atuarial elaborado anualmente por atuário independente.(o) ProvisõesReconhecida em montante considerado suficiente para cobrir as perdas prováveis conforme estimativa dos assessores jurídicos da Companhia.As provisões para restauração ambiental e ações judiciais (trabalhista, civil e tributária) são reconhecidas quando: (i) a Companhia tem uma obrigação presente ou não formalizada (constructive obligation) como resultado de eventos passados e (ii) é provável que uma saída de recursos seja necessária para liquidar a obrigação.Quando houver uma série de obrigações similares, a probabilidade de liquidá-las é determinada levando-se em consideração a classe de obrigações como um todo. Uma provisão é reconhecida mesmo que a probabilidade de liquidação relacionada com qualquer item individual incluído na mesma classe de obrigações seja pequena.As provisões são mensuradas pelo valor presente dos gastos que devem ser necessários para liquidar a obrigação, usando uma taxa antes dos efeitos tributários, a qual reflita as avaliações atuais de mercado do valor do dinheiro no tempo e dos riscos específicos da obrigação. O aumento da obrigação em decorrência da passagem do tempo é reconhecido como despesa financeira.(p) Participação nos lucrosA Companhia reconhece um passivo e uma despesa de participação nos resultados com base em uma fórmula que leva em conta o lucro atribuível aos acionistas da Companhia após certos ajustes. O reconhecimento dessa participação é usualmente efetuado quando do encerramento do exercício, momento em que o valor pode ser mensurado de maneira confiável pela Companhia.(q) Distribuição de dividendosA Companhia reconhece um passivo e uma despesa de participação nos resultados com base em uma fórmula que leva em conta o lucro atribuível aos acionistas da Companhia após certos ajustes. O reconhecimento dessa participação é usualmente efetuado quando do encerramento do exercício, momento em que o valor pode ser mensurado de maneira confiável pela Companhia.(r) Demonstração do valor adicionado (DVA)Essa demonstração tem por finalidade evidenciar a riqueza criada pela Companhia e sua distribuição durante determinado período e é apresentada pela Companhia, como parte de suas demonstrações financeiras individuais como informação suplementar pois não é uma demonstração prevista nem obrigatória para Companhias de capital fechado.

A DVA foi preparada com base em informações obtidas dos registros contábeis que servem de base de preparação das demonstrações financeiras e seguindo as disposições contidas no CPC 09 - “Demonstração do Valor Adicionado”. Em sua primeira parte apresenta a riqueza criada pela Companhia, representada pelas receitas (receita bruta das vendas, incluindo os tributos incidentes sobre a mesma, as outras receitas e os efeitos da provisão para créditos de liquidação duvidosa), pelos insumos adquiridos de terceiros (custo das vendas e aquisições de materiais, energia e serviços de terceiros, incluindo os tributos existentes no momento da aquisição, os efeitos das perdas e recuperação de valores ativos, e a depreciação e amortização) e o valor adicionado recebido de terceiros (receitas financeiras e outras receitas). A segunda parte da DVA apresenta a distribuição da riqueza entre pessoal, impostos, taxas e contribuições, remuneração de capitais de terceiros e remuneração de capitais próprios.

4.4 Estimativas e julgamentos contábeis

Estimativas contábeis são aquelas decorrentes da aplicação de julgamentos subjetivos e complexos, por parte da administração da Companhia, frequentemente como decorrentes da necessidade de reconhecer impactos importantes para demonstrar adequadamente a posição patrimonial e de resultado da Companhia. As estimativas contábeis tornam-se críticas à medida que aumenta o número de variáveis e premissas que afetam a condição futura dessas incertezas, tornando os julgamentos ainda mais subjetivos e complexos.

Na preparação das presentes demonstrações financeiras da Companhia, a administração adotou estimativas e premissas baseadas na experiência histórica e outros fatores que entende como razoáveis e relevantes para a sua adequada apresentação. Ainda que estas estimativas e premissas sejam permanentemente monitoradas e revistas pela administração da Companhia, a materialização sobre os valores contábeis de ativos e passivos e de resultado das operações são inerentemente incertos, por decorrer do uso de julgamento.5 Caixa e equivalentes de caixa

31/12/2017 31/12/2016

Caixa e depósitos bancários à vista 7.477 16.155 Aplicações financeiras 52.507 39.852

Total 59.984 56.007

6 ClientesA Companhia comercializa em leilões a energia elétrica produzida. O saldo a receber em 31 de dezembro de 2017 foi o seguinte:

31/12/2017 31/12/20164º Leilão CCEAR Energia existente - 2009/2016 - 4.804 1º Leilão CCEAR Energia nova - 2010/2024 3.690 5.222 Previsão energia de curto prazo 52.807 40.719 Previsão receita 1º leilão 11.638 43.591 Receita no ACL 30.189 - Renegociações 64 525 Outros 648 640 (-) PDD (648) - Total 98.388 95.501

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MINISTÉRIO DEMINAS E ENERGIA

A Companhia efetua lançamento de previsão de receita de energia nas operações de curto prazo (quando há), para adequação ao regime de competência do saldo a receber de clientes. A composição, por vencimento, está demonstrada a seguir:

Vincendos Vencidos até 90 dias

Vencidos há mais de 90 dias 31/12/2017

Suprimento de energia 98.388 - 648 99.036 (-) PDD - - (648) (648)Total 98.388 - - 98.388

O saldo de clientes é o valor justo por representar o valor pelo qual a geração de energia da Companhia foi negociada via leilões e dentro dos regramentos contratuais da CCEE, e será liquidado entre partes interessadas com ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória. O saldo não teve ajuste a valor presente por representar efetivamente o montante a ser recebido, e não contém índices ou taxas de desconto para pagamentos antecipados. Os contratos de suprimento de energia são dados em garantia para as operações de empréstimos e financiamentos tomadas junto à Eletrobras.7 Tributos a recuperar

31/12/2017 31/12/2016

IRPJ/CSLL a recuperar 208 962IR retido na fonte 1.027 1.520PIS/PASEP /COFINS retido na fonte - Lei 10833/03 art. 34 388 1.608Antecipações de IRPJ e CSLLIPI a Recuperar 81 81Outros 186 -Total Circulante 1.890 4.171

ICMS a recuperar (i) 24.495 24.780

Total Não Circulante 24.495 24.780Total 26.385 28.951

(i) PIS-PASEP/COFINS - Lei no 10.833/2003 art. 3º - regime não cumulativoA Companhia poderá descontar créditos calculados em relação a:- Bens e serviços utilizados como insumo na prestação de serviços e na produção ou fabricação de bens ou produtos;- Energia elétrica consumida nos estabelecimentos da pessoa jurídica;- Aluguéis de prédios máquinas e equipamentos, utilizados nas atividades da empresa;- Encargos de depreciação e amortização.

A Companhia está, mensalmente, tomando crédito dessas despesas no momento da apuração do PIS/COFINS.

(ii) ICMS a recuperarOs créditos fiscais de ICMS, no ativo não circulante, no valor de R$ 24.495 em 31 de dezembro de 2017 (R$ 24.780 em 31 de dezembro de 2016), originaram-se, principalmente, das operações de compra de cal e outros insumos utilizados no processo produtivo. Atualmente, o ICMS sobre as saídas por venda de energia elétrica para as concessionárias é diferido, conforme Livro III, art. 1º do regulamento do ICMS do Estado do Rio Grande do Sul.

A Companhia espera utilizar esses créditos através da compensação com pagamentos devidos pela importação de materiais, insumos (como a cal), equipamentos em novos projetos e no projeto de manutenção de grande porte (overhaul) da UTE Candiota III – Fase C com a CITIC, que consiste na manutenção de grande porte que ocorrerá durante o ano de 2018, objetivando a recuperação da Unidade Geradora, conforme descrito na nota explicativa 2.

Com base na legislação aduaneira, incidem sobre o valor dos produtos impostos (II, IPI, PIS e COFINS), seguro e frete que são tributáveis para o ICMS. Levando em conta a incidência do ICMS na importação, a Companhia prevê a realização dos créditos em R$ 24.495, salientando que são dados preliminares que poderão sofrer reajustes.

Cabe destacar que a integralidade dos créditos registrados nesta rubrica está validada junto à Secretaria da Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul para futura compensação, sendo procedida mensalmente esta validação.

8 Direito de ressarcimento – CCC / CDEEsta rubrica é composta pelos valores a receber da Eletrobras decorrente de subvenção para aquisições de combustíveis fósseis com recursos da Conta de Consumo de Combustível – CCC, e também, da Conta de Desenvolvimento Energético - CDE, de acordo com a Resolução Normativa ANEEL nº 129/2004.

O saldo tem a seguinte composição:

31/12/2017 31/12/2016

CDE UTE Candiota III - Fase C 12.476 26.168CDE UTE Candiota II – Fases A e B 783 13.056Total Circulante 13.279 39.224

CDE UTE Candiota III - Fase C 6.875 -CDE UTE Candiota II – Fases A e B 25.838 -Total Não Circulante 32.713 -

Total 45.992 39.224

9 Almoxarifado

31/12/2017 31/12/2016

Material de consumo 19.809 24.616 Combustíveis - óleo 1.005 6.449 Total Circulante 20.814 31.065

Combustíveis - carvão 205.688 178.707 (-) provisão para perda (8.320) - Total Não Circulante 197.368 178.707 Total 218.182 209.772

O estoque de combustíveis da Companhia é constituído, em sua grande maioria, por carvão mineral. Em 31 de dezembro de 2017, a Companhia prevê que haverá prioritariamente o consumo do estoque de carvão mineral consignado à CCC/CDE em 2018, que corresponde a 921.230 t, perfazendo o valor de R$ 50.140. Assim, o estoque de carvão mineral de propriedade da Companhia, está registrado como ativo não circulante. O estoque de total de carvão mineral está apresentado no quadro abaixo:

31/12/2017

Descrição Quantidade (Toneladas)

Valor (R$ mil)

Carvão Mineral CGTEE 4.909.520 205.688

(-) provisão para perda (8.320)

4.909.520 197.368

Carvão Mineral Consignado 921.230 50.140

TOTAL 5.830.750 247.508

Os demais estoques da Companhia são de peças, componentes, materiais de consumo e insumos utilizados no processo de geração de energia tendo características de não obsolescência em função de que os equipamentos ou processos em que serão utilizados continuam em operação e estando valorados pelos custo médio de aquisição.

10 Imobilizado

O saldo foi assim movimentado em 31 de dezembro de 2017:

31/12/2016 Adições Transferências curso/serviço Baixas 31/12/2017

Em serviço 3.482.924 - 38.281 (99) 3.521.107Depreciação (2.071.460) (62.762) - 93 (2.134.129)Em curso 79.910 14.439 (38.446) - 55.912Total Geração 1.491.374 (48.323) (165) (6) 1.442.890Em serviço 22.518 - 165 (83) 22.600Depreciação (9.922) (986) - 74 (10.828)Em curso - - - - -Total Administração 12.596 (49.309) - (15) 11.772

ImpairmentFase C - (362.631) - - (362.631)

ImpairmentFase B (356.066) (10.242) - - (366.308)Impairmentoutras unidades (21.698) - - - (21.698)Total Provisões (377.764) (372.873) - - (750.637)

Total 1.126.206 (422.182) - (15) 704.025

No exercício de 2016, o saldo foi assim movimentado:

31/12/2015 Adições Transferências curso/serviço Baixas 31/12/2016

Em serviço 3.473.576 9.560 (212) 3.482.924Depreciação (1.995.426) (76.242) - 208 (2.071.460)Em curso 90.373 6.618 (17.081) - 79.910Total Geração 1.568.523 (69.624) (7.521) (4) 1.491.374Em serviço 14.301 - 8.457 (240) 22.518Depreciação (9.101) (1.051) - 230 (9.922)Em curso 800 136 (936) - -Total Administração 6.000 (915) 7.521 (10) 12.596

ImpairmentFase B (119.940) (236.126) - - (356.066)Impairmentoutras unidades (21.698) - - - (21.698)Total Provisões (141.638) (236.126) - - (377.764)

Total 1.432.885 (306.665) 0 (14) 1.126.206

O saldo do imobilizado, por unidade, sem a provisão para impairment, em 31 de dezembro de 2017, está assim composto:

Unidade 31/12/2017 31/12/2016

UTE Presidente Médici (Fase A) 13.041 13.041 UTE Presidente Médici (Fase B) 354.375 356.067 UTE Candiota III (Fase C) 1.076.898 1.119.579 UTE Nutepa 3.331 3.507 UTE São Jerônimo 4.228 4.564 Oficina São Leopoldo 509 540 Sede administrativa 2.280 6.672 Total 1.454.662 1.503.970

Atendendo orientação da ANEEL, contida no Ofício no 965/2002-SFF/ANEEL, de 7 de outubro de 2002, a Companhia tem sob sua guarda bens (materiais e equipamentos) recebidos da União destinados a empreendimentos da Companhia, em regime especial de utilização, sem ônus para a Companhia, no valor de R$ 189.292, tendo como base a data de 30 de abril de 2000, conforme avaliação constante do Relatório do Grupo de Trabalho instituído pela Portaria Interministerial no 19, de 28 de janeiro de 2000. Este valor não será incorporado ao ativo imobilizado da Companhia e, portanto, não está sujeito à indenização quando do término do prazo de concessão.

Sobre os ativos operacionais das usinas da Companhia não pairam garantias fiduciárias ou judiciais em 31 de dezembro de 2017.

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MINISTÉRIO DEMINAS E ENERGIA

As taxas de depreciação aplicadas em 31 de dezembro de 2017 são as definidas pela resolução normativa ANEEL nº 674/2015, e estão demonstradas no quadro a seguir:

2017 e 2016Geração Caldeira 4,00% Chaminé 4,00% Equipamento ciclo térmico 4,55% Equipamentos da tomada d'água 3,70% Edificações - casa de força 2,00%Edificações – outras 3,33% Máquinas e equipamentos 2,00 a 6,67% Reservatórios, barragens e adutoras 2,00% Turbina a vapor 4,00% Veículos 14,29%Administração Máquinas e equipamentos 6,25% Móveis e utensílios 6,25% Veículos 14,29%

Complemento impairment Fase B e Fase C

Em atendimento ao § 3º, da Cláusula Nona, do Primeiro Aditamento ao Termo de Ajustamento de Conduta de 16/08/2013 firmado entre a Eletrobras CGTEE, Eletrobras Holding, IBAMA, MME, MMA e AGU, a Eletrobras CGTEE procedeu ao desligamento da UTE Presidente Médici (Fase B) a partir de 01/03/2017, mantendo-a em operação até 28/02/2017, conforme Ofício n. 07/2016 – DILIC/IBAMA, de 30/12/2016, que autorizou em caráter excepcional, no período de manutenção da UTE Candiota III, a continuidade operacional da UTE Presidente Médici (Fase B) nos meses de janeiro e fevereiro de 2017. Em decorrência da falta de geração de receita e de aspectos vinculados a renovação das concessões, a Companhia provisionou como complemento de impairment das unidades 3 e 4 da UTE Presidente Médici ( Fase B), o valor de R$ 10.242, perfazendo o valor total de R$ 388.066, e UTE Candiota III (Fase C) o valor de R$ 362.631 perfazendo o total em 31 de dezembro de 2017 de R$ 750.637.

11 Intangível

Em 31 de dezembro de 2017, o ativo intangível apresentou a seguinte movimentação:

31/12/2016 Adições Transferências 31/12/2017

Em serviço Custo 14.095 (659) - 14.095 Amortização (12.704) - (13.363)Em curso Custo 902 332 - 1.235

Total 2.293 327 0 1.967

No exercício de 2016, o saldo foi assim movimentado:

31/12/2015 Adições Transferências 31/12/2016

Em serviço Custo 13.818 - 277 14.095 Amortização (12.073) (631) - (12.704)Em curso Custo 4 1.175 (277) 902

Total 1.749 544 - 2.293

O saldo de ativos intangíveis em serviço, bem como o das adições do período, refere-se a aquisições de direito de uso de softwares. A taxa anual de amortização utilizada pela Companhia é a prevista no MCPSE, aprovada pela Resolução ANEEL nº 674/2015, relativa ao Tipo de Bem - TIB 205, item 205.01 (Direito), 205.02 (Marca) e 205.03 (Patente) - 20% ao ano.12 Fornecedores

(a) Suprimento de energia elétrica

O saldo é composto das aquisições de energia elétrica para revenda a liquidar, das estimativas de exposição da Companhia na CCEE, e da provisão para ressarcimento às distribuidoras quando a geração de energia, da Companhia, não for suficiente para cumprimento dos contratos. A redução do saldo em 2017 ocorreu em função da amortização de faturas de compra de energia pendentes com a Eletronorte.

(b) Aquisição de combustíveis

A redução do saldo de fornecedor com a aquisição de combustíveis deu-se principalmente pela renegociação, em 2016, da quantidade de carvão para a UTE Presidente Médici – Fases A e B, que passou de 1,6 milhões de toneladas para 800 mil toneladas no ano de 2016. A partir de 01 de janeiro de 2017, a quota mínima das Fases A e B foi reduzida a zero e a da Fase C foi reduzida de 1,7 milhões para 1,2 milhões de toneladas, prevendo-se também a utilização do estoque hoje existente, junto à fornecedora de carvão mineral Companhia Riograndense de Mineração – CRM.

13 Financiamentos e empréstimos

13.1 Composição

31/12/2017Encargos Circulante Total

circulanteNão

circulante TotalMoeda estrangeiraEletrobras - - - -Total Moeda estrangeira - - - -Moeda nacionalEletrobras 232.749 735.024 967.773 2.054.865 3.022.638Total Moeda nacional 232.749 735.024 967.773 2.054.865 3.022.638Total 232.749 735.024 967.773 2.054.865 3.022.638

31/12/2016 Encargos Circulante Total

circulanteNão

circulante TotalMoeda estrangeira Eletrobras - - - - Total Moeda estrangeira - - - - Moeda nacional Eletrobras 6.818 371.145 377.963 2.302.480 2.680.443 Total Moeda nacional 6.818 371.145 377.963 2.302.480 2.680.443 Total 6.818 371.145 377.963 2.302.480 2.680.443

Os financiamentos e empréstimos existentes foram tomados, em sua totalidade, junto à Eletrobras, e se destinaram a viabilizar a construção da UTE Candiota III (Fase C) e, também, para viabilizar as compras de energia que a Companhia necessitou nos últimos exercícios.Os financiamentos e empréstimos não geram gravames sobre os bens patrimoniais da Companhia. As garantias oferecidas são constituídas sobre os contratos de suprimento de energia mantidos com as distribuidoras.13.2 Composição dos saldos por indexador

Indexadores 31/12/2017 31/12/2016

Selic 1.206.868 1.079.356IPCA 604.340 560.158CDI 1.208.945 -Juros contratuais 2.484 1.040.929

Total 3.022.637 2.680.443

13.3 Vencimentos das parcelas do passivo não circulante

31/12/2017 31/12/2016

2018 - 313.2902019 354.988 324.1482020 318.487 324.1312021 318.472 282.222 2022 276.102 212.3382023 252.740 211.138Após 2023 534.076 635.213Total Não Circulante 2.054.865 2.302.480

13.4 Movimentação dos financiamentos e empréstimos

Movimentação empréstimos Circulante Não circulante Total

Saldo em 31/12/2016 377.963 2.302.480 2.680.443Ingressos 8.576 - 8.576Encargos 226.563 116.036 342.599Transferências 363.652 (363.652) -(-) Amortizações do principal (8.981) - (8.981)(-) Amortizações dos encargos - - -Saldo em 31/12/2017 967.773 2.054.864 3.022.637

Movimentação empréstimos Circulante Não circulante Total

Saldo em 31/12/2015 339.120 2.074.115 2.413.235Ingressos - - -Encargos 60.060 310.088 370.148Renegociações (158.566) 158.566 -Transferências 240.289 (240.289) -(-) Amortizações do principal (74.804) - (74.804)(-) Amortizações dos encargos (28.136) - (28.136)Saldo em 31/12/2016 377.963 2.302.480 2.680.443

As liquidações de empréstimos ocasionadas por renegociações de contratos não foram consideradas atividades de financiamento na Demonstração dos Fluxos de Caixa, por não representarem movimentos de caixa.14 Tributos e contribuições sociais a recolher

TRIBUTOS A RECOLHER 31/12/2017 31/12/2016

PIS/PASEP 282 604 COFINS 1.307 2.800 ISS de terceiros 128 304 IRPJ, CSLL, PIS/PASEP/COFINS de terceiros 61.014 11.292 INSS 1.673 2.320 SENAI/SESI 70 15 FGTS 473 157 Outros 19 -Total 64.966 17.492

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MINISTÉRIO DEMINAS E ENERGIA

15 Encargos setoriais

31/12/2017 31/12/2016

RGR 28.781 -TFSEE 135 167Total circulante 28.916 167RGR - 19.777Total não circulante - 19.777Total 28.916 19.944

A Companhia recolhe, por determinação da ANEEL, cotas da Reserva Global de Reversão (RGR) e da Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica (TFSEE). A TFSEE é apropriada e recolhida mensalmente, com valores estipulados pela ANEEL. A RGR é apropriada mensalmente pela competência e recolhida conforme despacho ANEEL de cálculo da projeção da taxa RGR para o ciclo corrente e encontro de contas de dois exercícios anteriores. Para o ciclo 2017/2018, que compreende o período entre Julho/2017 a Junho/2018, a ANEEL publicou o Despacho n. 2927 de 13 de setembro de 2017, onde efetuou o cálculo da projeção do ciclo 2017/2018 e a conciliação de ajustes do exercício de 2015. 16 Obrigações estimadas

31/12/2017 31/12/2016

Folha de pagamento 2.404 4.252Encargos - Folha de pagamento 1.976 2.296Provisão de férias 2.319 4.288Provisão gratificação de férias 167 691Provisão de 13º salário 416 15INSS s/ provisão de férias e 13º salário 1.195 2.059FGTS s/ provisão de férias e 13º salário 286 504Outras obrigações estimadas 560 -

Total 9.323 14.105

17 Provisão para contingências Em 31 de dezembro de 2017, o passivo contingente teve a seguinte movimentação:

31/12/2016 Constituições/ Atualizações 31/12/2017

Trabalhistas (a) 49.534 20.497 70.031Cíveis (b) 283.826 60.980 344.806Tributárias (d) 4.415 2.611 7.026Ambientais (e) - 40.840 40.840Subtotal 337.775 124.928 462.703

(-) Depósitos recursais compensáveis (11.411) 11.411 -

Total 326.364 136.339 462.703

Os depósitos recursais referem-se aos valores exigidos para dar continuidade à discussão judicial dos processos trabalhistas, inclusive de reclamatórias ajuizadas por empregados da Companhia Estadual de Energia Elétrica - CEEE. (a) Contingências trabalhistasContingências prováveisCom base na opinião do escritório Dutra Villa & Dutra Villa Advogados Associados, a Companhia possui provisão no valor de R$ 70.031 em 31 de dezembro de 2017 (R$ 49.534 em 31 de dezembro de 2016) para cobrir as causas judiciais com risco de perdas prováveis. Depósitos judiciaisA Companhia efetuou depósitos judiciais em diversos processos trabalhistas, para garantir a continuidade da discussão dos litígios. Demonstramos estes valores no quadro abaixo:

31/12/2017 31/12/2016

Depósitos judiciais 15.444 10.061Total 15.444 10.061

Contingências possíveisCom base na opinião do escritório Dutra Villa & Dutra Villa Advogados Associados, existem processos trabalhistas classificados como de perda possível no valor de R$ 83.947 em 31 de dezembro de 2017 (R$ 57.267 em 31 de dezembro de 2016). Deste total, R$ 27.280 referem-se a ações de empregados terceirizados dispensados da empresa EMS Eletromecânica Silvestrini LTDA., em função do término do contrato entre essa empresa e a Companhia. A EMS encontra-se em recuperação judicial, e a Companhia pode ter que responder solidariamente à EMS nas indenizações desses empregados. Assim, a Companhia reclassificou, em 2016, a probabilidade de perda das ações movidas por esses empregados de remota para possível.(b) Contingências cíveisContingências prováveisNos processos judiciais nos quais a Eletrobras CGTEE figura no pólo passivo, a assessoria jurídica e os escritórios contratados da Companhia estimam, como perda provável, o saldo de R$ 343.797 em 31 de dezembro de 2017 (R$ 283.826 em 31 de dezembro de 2016).Processo nº. 0026448-59.2002.4.01.3400 Trata-se de ação ordinária que busca anular despacho da ANEEL que determinou que a AES-SUL retificasse valores definidos como lucro referentes à venda da energia de Itaipu. Sobreveio sentença de improcedência da ação e extinção do processo com resolução do mérito. Em síntese, a sentença apontou que, considerando o contexto legislativo que permeia o quadro fático, reforçado pelo entendimento tardio da própria agência reguladora, corroborado pelo entendimento de mais de 30 concessionárias, a correta interpretação das regras de mercado homologadas pela Resolução 290/00 é a de que o item 2.11.2 das regras de mercado trazia a obrigação do registro das quantidades de energia de Itaipu contratadas pelas concessionárias quotistas, em compatibilidade plena com o art.10 da Resolução 290/00, pelo que não havia a possibilidade ou não da opção pela contratação do “alívio de exposição”. Irresignada, a AES-SUL interpôs apelação que foi julgada procedente, reformando-se a sentença como segue: por unanimidade, rejeitar as preliminares de ilegitimidade passiva ad causam da ANEEL, de impossibilidade jurídica do pedido e de falta de interesse de agir, nos termos do voto da Relatora e, por maioria, rejeitar as prejudiciais de prescrição e decadência; e no mérito, por maioria, dar provimento à apelação da AES Sul Distribuidora Gaúcha de Energia S.A. e declarar prejudicadas

as apelações e recursos adesivos interpostos pelas demais empresas. Os réus apresentaram embargos de declaração que foram julgados improcedentes. Interpostos embargos infringentes que aguardam julgamento. O valor provisionado foi de R$ 3.171 em 31 de dezembro de 2017 R$ 3.237 (R$ 3.171 em 31 de dezembro de 2016).Processo 2143521-58.2010.8.21.0001Trata-se de ação visando à condenação da CGTEE a compor prejuízos causados ao KfW por suposto danos decorrentes de garantias supostamente prestadas pela CGTEE. Requer o KfW a condenação da CGTEE ao pagamento de (i) dano patrimonial no valor de R$ 2.853; e (ii) dano moral a ser arbitrado em fase de liquidação.Em 17 de agosto de 2010, foi distribuída a ação. Em 05 de dezembro de 2016, foi proferida sentença que julgou (i) procedente a ação indenizatória ajuizada pelo KfW, tendo condenado a CGTEE ao pagamento de indenização por danos patrimoniais no valor histórico de R$ 2.853 e danos morais no valor histórico de R$ 4.544; e (ii) extinta sem resolução de mérito a reconvenção proposta pela CGTEE. Em 13 de dezembro de 2016, a CGTEE opôs embargos de declaração em face da referida sentença. No momento, aguarda-se o julgamento dos embargos de declaração opostos pela CGTEE. De acordo com o Escritório Demarest Advogados Associados, responsável pelo processo, a probabilidade de perda é provável, sendo provisionado o valor de R$ 24.102 em 31 de dezembro de 2017 (R$ 22.761 em 31 de dezembro de 2016).Processo 2-12 0 236/12Postula o Banco KfW a cobrança das obrigações oriundas dos empréstimos em desfavor da CGTEE, a qual figurava como avalista do referido empréstimo, considerando as amortizações vencidas (contabilizadas as multas contratuais), juros de empréstimo vencidos, juros de mora sobre amortizações vencidas e indenização por danos. A CGTEE não reconhece os avais, havendo, inclusive, ação em trâmite com provas da falsidade dos avais. A CGTEE recebeu o Ofício nº 2677/2013/CGCI-DRCI-SNJ-MJ, de 12/04/2013, do Ministério da Justiça, que encaminha Carta Rogatória de notificação de ação de cobrança do KfW junto ao Tribunal Regional de Frankfurt. A Carta Rogatória tomou o nº 7988/DE (2013/0109413-6) junto ao STJ. Refere-se a cobrança da garantia de 4 (quatro) contratos da Usina Termelétrica Winimport S/A. Já foram realizadas 3 audiências na Alemanha. O Escritório NOER LLP comunicou a sentença condenatória de 20/05/2016 da Eletrobras CGTEE em favor de KfW no valor estimado de EUR 74.330. Apelação interposta em 23/06/2016. As razões da apelação foram apresentadas em 27/09/2016. A etapa seguinte será a manifestação do KfW acerca do recurso. De acordo com o Escritório NOER LLP, a probabilidade de perda é provável e o valor de R$ 314.470 foi provisionado em 31 de dezembro de 2017 (R$ 255.502 em 31 de dezembro de 2016). Processo 001/1.13.0273514-5Thorga Engenharia Industrial SA ingressou com ação de cobrança na qual requer o pagamento de valores a título de Hora-Extra da CGTEE, alegando que teve que pagar tal rubrica a seus empregados, mas que, quando apresentados tais valores à empresa ré, esta não teria os reconhecido. Através de sentença, o Juízo Ad Quo julgou procedente a ação nos seguintes termos do dispositivo: JULGO PROCEDENTE o pedido promovido por THORGA ENGENHARIA INDUSTRIAL S.A. contra COMPANHIA DE GERAÇÃO TÉRMICA DE ENERGIA ELÉTRICA – CGTEE ELETROBRAS, CONDENADA a requerida ao pagamento de R$ 699.585,98 (seiscentos e noventa e nove mil, quinhentos e oitenta e cinco reais, com noventa e oito centavos de real), corrigidos, segundo variações do IGPM, a partir do ingresso, mais juros de 1% a.m., estes, da citação, além de custas e honorários advocatícios, que fixo em 15% sobre o valor da condenação, atendidas as diretrizes dos incisos I a IV do §2º do art. 85 do NCPC6. A Eletrobras CGTEE interpôs apelação que aguarda julgamento. De acordo com a Assessoria Jurídica da Companhia, a probabilidade de perda é provável em 31 de dezembro de 2017, e o valor de R$ 1.422 foi provisionado (R$ 1393 em 31 de dezembro de 2016).Contingências possíveisCom possibilidade de perda possível, a Companha identificou processos cíveis no valor de R$ 57.115 em 31 de dezembro de 2017 (R$ 54.738 em 31 de dezembro de 2016), não provisionados.Processo 001/1.13.0298211-8

Trata-se de ação de indenizatória ajuizada pela empresa EMS Eletromecânica Silvestrini LTDA, através da qual a autora busca o valor de R$ 28.952, sob a alegação de enriquecimento sem causa da ré, ocorrência de danos materiais e danos morais em virtude do contrato de prestação de serviços de apoio técnico. Alega a autora que houve erro de cálculo do BDI no Edital. Após sucessivos desdobramentos processuais, o processo encontra-se na fase probatória. Em decorrência dos prejuízos alegados, solicita danos materiais e danos morais, atribuindo à causa o valor de R$ 29.560, não provisionados.

Processo 001/1.14.0039179-3

Ajuizado pela empresa EMS Eletromecânica Silvestrini Ltda., através da qual reclama valores glosados decorrentes de penalidades por descumprimentos parciais do contrato e valores que foram penhorados na Justiça Trabalhista. A Companhia apresentou defesa no sentido de sustentar a legalidade das penalidades aplicadas, decorrentes de cláusulas contratuais, bem como o cumprimento de decisão judicial para depósito de valores penhorados pela Justiça Trabalhista. Atualmente, o processo está na fase probatória. O valor estimado do processo é de R$ 3.674 não provisionados.

Processo 001/1.14.0060829-6

Ajuizado pela empresa EMS Eletromecânica Silvestrini Ltda., através da qual solicita a nulidade de penalidade aplicada decorrente de inexecução total do contrato, com a liberação da garantia contratual oferecida. A Companhia está elaborando defesa sustentando a legalidade da penalidade aplicada. Atualmente, o processo está na fase probatória. O valor estimado do processo é de R$ 4.735, não provisionados.

Processo 001/1.16.0051361-2

Trata-se de ação indenizatória visando à condenação da CGTEE a compor prejuízos causados ao KfW por suposto danos decorrentes de garantias supostamente prestadas pela CGTEE. Requer o KfW a condenação da CGTEE ao pagamento de (i) dano patrimonial no valor de R$ 8.945. Processo na fase probatória. De acordo com a assessoria jurídica da Companhia, a probabilidade de perda é possível.

Processo 001/1.14.0325853-9

A Fundação CEEE ingressou com ação ordinária contra a Eletrobras CGTEE na qual requer a condenação desta ao pagamento das contribuições previdenciárias privadas devidas nos termos do Artigo 42 do Regulamento do Plano Único de Benefícios Previdenciários. Também requer a condenação da Eletrobras CGTEE ao pagamento do valor integral da reserva matemática constante do Mapa de Cobrança nos termos do Artigo 42 do Regulamento do Plano. O processo está na fase probatória. Valor histórico da causa R$ 5.164. De acordo com a assessoria jurídica da Companhia, a probabilidade de perda é possível.

(c) Ativos contingentes

Processo nº.5069345-68.2014.4.04.7100

A Eletrobras CGTEE interpôs ação ordinária contra a ANEEL objetivando a cobrança de valores exigidos pelo ressarcimento por geração abaixo da disponibilidade decorrentes da aplicação da cláusula 14 dos contratos (CCEAR) celebrados pela CGTEE tendo em vista o empreendimento Candiota III – Fase C. Julgado procedente em primeiro grau, com a revogação da cláusula 14 retroativamente a 11/03/2013 e condenação da ANEEL a restituir os valores pagos de 13/03/2013 a 07/10/2013, atualizados pela TR, mais juros de mora

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de 0,5% ao mês a partir da citação. A ANEEL interpôs apelação, distribuída à 4ª Turma do TRF, sem previsão de julgamento. Segundo o escritório responsável, CURVELO ADVOGADOS ASSOCIADOS, a probabilidade de êxito é possível. Valor atribuído à causa R$ 85.689.Processo 0031902-29.2016.4.01.3400A Eletrobras CGTEE interpôs ação ordinária contra a ANEEL perante a Justiça Federal em Brasília, a fim de que seja declarado ilegal o cálculo da taxa de indisponibilidade efetuado pela ANEEL na base horária, com a consequente declaração do direito da Eletrobras CGTEE ao cálculo da taxa de indisponibilidade aplicando-se a média dos últimos sessenta meses nos termos do Edital de Leilão 002-2005, do Artigo 5, Parágrafo Único, Inciso II da Resolução 169 de 2005 e das Portarias de Autorização do MME 181-2006 e 304-2008. Também foi requerido que seja condenada a ANEEL à realização dos cálculos da taxa de indisponibilidade com base na média dos últimos sessenta meses de forma retroativa desde a entrada em operação comercial da UTE Candiota III, ressarcindo à Eletrobras CGTEE os valores indevidamente cobrados. O pedido liminar foi indeferido. Interposto agravo de instrumento que aguarda julgamento. O processo principal está na fase decisória. O valor da causa são R$ 585.022. A probabilidade de êxito é possível.Processo 5033160-60.2016.4.04.7100A Eletrobras CGTEE interpôs ação ordinária contra a ANEEL e a CCEE perante a Justiça Federal do Rio Grande do Sul, a fim de que as Rés sejam compelidas a não transferirem para a AUTORA o ônus financeiro de quaisquer decisões judiciais, das quais não façam parte, relativas aos efeitos dos atuais valores de GSF sobre geradores hidrelétricos, em todas as liquidações realizadas pela CCEE no curso desta ação, bem como se abstenham de lhes aplicar qualquer sanção daí decorrente, até o julgamento da lide. A liminar foi deferida, sendo que a Eletrobras CGTEE voltou a receber recursos nas liquidações financeiras da CCEE. O valor histórico da causa são R$ 154.459. A probabilidade de êxito é possível.(d) Contingências tributárias na esfera administrativa (Secretaria da Receita Federal)Contingências prováveisCom possibilidade de perda provável, a Companhia é parte em processos administrativos fiscais perante a Secretaria da Receita Federal que totalizam R$ 6.882 em 31 de dezembro de 2017, provisionados (R$ 4.415 em 31 de dezembro de 2016).Em relação aos autos de infração em trâmite na Receita Federal abaixo referidos, oriundos do desembaraço aduaneiro de peças e equipamentos para a construção da Candiota III (Fase C), conforme informado pelo escritório Franceschini Oliveira Advogados Associados, os processos são assim classificados:Auto de Infração 11050.720343/2011-86, valor histórico R$ 2.824. A probabilidade de perda é provável em 31 de dezembro de 2017, e o valor de R$ 5.172 foi provisionado (R$ 13.277 em 31 de dezembro de 2016);Auto de Infração 11050.720909/2011-70, valor histórico R$ 933. A probabilidade de perda é provável em 31 de dezembro de 2017, e o valor de R$ 1.709 foi provisionado (R$ 1.138 em 31 de dezembro de 2016).Contingências possíveisCom possibilidade de perda possível, a Companhia é parte em processos administrativos fiscais perante a Secretaria da Receita Federal que totalizam R$ 24.686 em 31 de dezembro de 2017 (R$ 7.004 em 31 de dezembro de 2016), não provisionados.Em relação aos autos de infração em trâmite na Receita Federal abaixo referidos, oriundos do desembaraço aduaneiro de peças e equipamentos para a construção da Candiota III (Fase C), conforme informado pelo escritório Franceschini Oliveira Advogados Associados, os processos são assim classificados:Auto de Infração 11050.720150/2011-25, valor atualizado R$ 4.505, probabilidade de perda possível;Auto de Infração 11050.720435/2011-66, valor atualizado R$ 3.699, probabilidade de perda possível.Auto de Infração 11080.903518/2017-27, valor histórico R$ 16.876, probabilidade de perda possível.

(e) Contingências ambientais na esfera administrativa (IBAMA)A Companhia atualmente é parte em ações ambientais com classificação provável de R$ 41.861, já provisionadas. Em causas possíveis a ações apresentam o valor de R$ 104.007 e pela classificação apresentada não se encontram provisionadas.

Autos de infração nºs: 1160, 9076519, 9089069, 9089070 e 16701Em Setembro de 2016, o IBAMA notificou a Eletrobras CGTEE mediante os autos de infração acima, referente à aplicação de multas que totalizam R$ 121.811. Os objetos dos autos de infração consistem em penalidades decorrentes de violação dos padrões de emissões atmosféricas e efluentes líquidos no Complexo Termelétrico de Candiota. A Eletrobras CGTEE apresentou defesa. Classifica-se a probabilidade de perda como possível. Para acompanhar esses processos, foi contratado o escritório especializado Milaré Advogados.

(f) Outras questões ambientaisUsina Termelétrica Presidente MédiciEm 13 de abril de 2011, foi celebrado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), entre a Eletrobras CGTEE, IBAMA, Eletrobras, Ministério de Minas e Energia, Ministério do Meio Ambiente e União, por intermédio da Advocacia Geral da União, para a adequação ambiental das Fases A e B da Usina Presidente Médici, localizada em Candiota - RS. O TAC inicialmente previa uma série de obrigações para a Eletrobras CGTEE até 31 de agosto de 2014. Em 16 de agosto de 2013, foi celebrado o Primeiro Aditamento ao TAC, que prevê obrigações para a Eletrobras CGTEE até 31 de dezembro de 2017.

18 Benefícios pós-emprego18.1 Plano de previdência complementarA Companhia mantém um programa de benefícios previdenciários pós-emprego, complementar ao programa da Previdência Social, administrado pela Fundação CEEE de Seguridade Social – ELETROCEEE, da qual é patrocinadora por contrato de adesão não solidário.

A Fundação ELETROCEEE é uma entidade fechada de previdência complementar de característica multipatrocinada, sem fins lucrativos, voltada exclusivamente para administração de planos de benefícios previdenciários.

O plano de suplementação (Plano Único) é do tipo “benefício definido”, com regime financeiro de capitalização, em que contribuem a Companhia e o empregado. Participam do programa os empregados admitidos na Companhia. Os benefícios garantidos pelo programa são os seguintes: suplementação de aposentadoria por tempo de contribuição, por idade e por invalidez, pecúlio, suplementação de pensão, auxílio reclusão, auxílio doença e complementação do abono anual.

Os ativos do plano são mantidos separadamente dos da Companhia e são contabilizados e controlados pela Fundação ELETROCEEE.

Para o atendimento do CPC 33 - “Benefícios a Empregados”, a Companhia recebeu parecer do atuário independente contratado, Gama Consultores Associados, datado de 23 de fevereiro de 2017.

Em 31 de dezembro de 2017, do total de 406 funcionários (626 em 31 de dezembro de 2016), (304 em 31 de dezembro de 2017) (328 em 31 de dezembro de 2016) participam do Plano, tendo contribuído com um total - incluindo contribuição normal e despesa administrativa – (R$ 4.490 em 31 de dezembro de 2017) (R$ 4.277 em 31 de dezembro de 2016), sendo que a Companhia contribuiu com( R$ 5.101 em 31 de dezembro de 2017) (R$ 4.517 em 31 de dezembro de 2016).

Em 2016 a Fundação ELETROCEEE comunicou a Eletrobras CGTEE déficit no plano referente aos exercícios de 2014 e 2015 resultando em contribuição extraordinária, que está em processo de análise atuarial e de governança.

O perfil populacional dos participantes do Plano BD está abaixo demonstrado:

DADOS POPULACIONAIS 31/12/2017 31/12/2016Participantes Número de empregados vinculados ao plano 304 328Idade média (anos) 46,43 44,45Valor do Salário Médio (R$) 8.420,19 8.189,77Aposentados Número de aposentados 282 283Idade média (anos) 64,66 62,74Benefício médio em R$ 5.233,22 4.844,78Assistidos (Pensionistas) Número de pensões 55 53Benefício médio em R$ 2.113,30 1.853,51

18.1.1 Efeitos do Plano BD

Em atendimento ao CPC 33 - “Benefícios a Empregados”, a Companhia reconheceu integralmente em 31 de dezembro de 2016 o ajuste do passivo atuarial decorrente dos benefícios a que os empregados farão jus após o tempo de serviço.

Os ganhos e perdas atuariais dos programas de benefícios pós-emprego são reconhecidos no próprio exercício em que ocorreram, em “Outros resultados abrangentes”, de acordo com as orientações CPC-33 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis e IAS-19 do InternationalAccountingStandards.

Os valores reconhecidos no resultado do exercício e em outros resultados abrangentes são os seguintes:

31/12/2017 31/12/2016

Custo de serviçoCusto de serviço corrente líquido 121 476Custo de juros líquido (7.379) (296)Custo de juros sobre a obrigação atuarial (37.628) (31.206)Receita de juros sobre o ativo 30.249 30.910Juros sobre o efeito do teto do ativo - -Receita (despesa) atuarial reconhecida no exercício (7.258) 180

31/12/2017 31/12/2016Remensurações do plano de benefício definidoGanhos (perdas) sobre o ativo justo 18.078 25.812Ganhos (perdas) sobre a obrigação atuarial do benefício definido (17.982) (95.096)Ganhos (perdas) resultantes de alterações de pressupostos demográficos (27.653)Ganhos (perdas) resultantes de alterações de pressupostos financeiros (16.501) (54.583)Ganhos (perdas) atuariais decorrentes de ajuste de experiência (1.481) (12.860)Efeito do teto do ativo - -Total registrado sobre outros resultados abrangentes 96 (69.284)

Total do custo do plano de benefícios (7.162) (69.104)

A conciliação dos ativos e passivos reconhecidos no balanço está abaixo demonstrada:

Status do plano de benefícios 31/12/2017 31/12/2016

Valor presente obrigação atuarial 352.057 243.364(-) Efeito da restrição sobre a obrigação atuarial - -Valor presente da obrigação atuarial líquida 352.057 243.364Valor justo dos ativos do plano no final do exercício 314.374 280.358(Passivo) ativo líquido: status do plano: (déficit) superávit (74.002) (71.699)Efeito da restrição sobre o ativo - -Responsabilidade líquida decorrente da obrigação do plano (74.002) (71.699)

Movimentação do passivo líquido reconhecido no balanço 31/12/2017 31/12/2016

Passivo reconhecido no início do exercício (71.699) (7.112)Contribuições da patrocinadora 5.101 4.517Provisão para plano de benefícios 7.500 180Valor reconhecido em outros resultados abrangentes (96) (69.284)Passivo reconhecido no final do exercício (59.194) (71.699)

18.1.2 Hipótese financeiras e demográficas

Hipóteses Financeiras 2017 2016Taxa de juros de desconto atuarial anual 9,65% 11,00%Taxa de juros real de desconto atuarial anual 5,37% 5,75%Projeção de aumento médio dos salários 6,27% 7,07%Projeção de aumento médio dos benefícios 4,06% 4,97%Taxa média de inflação anual 4,06% 4,97%Expectativa de retorno dos ativos do plano 13,69% 11,00%

Hipóteses Demográficas 2017 2016Taxa de rotatividade 0,00% 0,00%Tábua de mortalidade/sobrevivência de ativos AT-2000 BASIC M AT-2000 BASIC MTábua de mortalidade/sobrevivência de aposentados AT-2000 BASIC M AT-2000 BASIC MTábua de mortalidade/sobrevivência de inválidos AT-83 M AT-83 MTábua de entrada em invalidez Light média Light média

(i) Taxa de juros de longo prazo

A definição dessa taxa considerou a prática de mercado dos títulos do Governo Federal, conforme critério recomendado pelas normas nacionais e internacionais, para prazos similares aos dos fluxos das obrigações do programa de benefícios, no chamado conceito de Duration.

A taxa de juros de desconto atuarial foi definida considerando a duration do plano apurada para fins da avaliação atuarial, em atendimento a deliberação CVM 695/12, posicionada em 31 de dezembro de 2017, no valor de 11,64 anos, ocasionando, na definição da taxa de juros, o percentual de 5,37%.

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18.1.3 Conciliação dos saldos do valor presente da obrigação atuarialA movimentação do valor presente das obrigações e do valor presente do ativo dos planos de benefícios no exercício corrente estão apresentadas a seguir:

31/12/2017 31/12/2016

Valor presente da obrigação atuarial no início do exercício (352.057) (243.364)Custo de juros (37.628) (31.206)Custo de serviço corrente (4.611) (3.802)Benefícios pagos pelo plano 23.902 21.411Remensurações de (perdas) ganhos atuariais (17.982) (95.096)Decorrentes de ajuste de experiência (1.481) (12.860)Decorrentes de alterações em premissas biométricas (27.653)Decorrentes de alterações em premissas financeiras (16.501) (54.583)Valor presente da obrigação atuarial no final do exercício (388.376) (352.057)

18.1.4 Conciliação dos saldos do valor justo dos ativos

31/12/2017 31/12/2016

Valor justo dos ativos do plano no início do exercício 280.358 236.252 Receita de juros 30.249 30.910 Contribuições da patrocinadora 5.101 4.517 Contribuições dos participantes 4.490 4.278 Benefícios pagos pelo plano (23.902) (21.411)Ganhos (perdas) sobre os ativos do plano 18.078 25.812 Valor justo dos ativos do plano no final do exercício 314.374 280.358

18.1.5 Contribuições patronais esperadas para o próximo exercícioA Companhia espera contribuir com R$ 5.593 com os planos de benefícios definidos durante o próximo exercício.A duração média ponderada da obrigação de benefício definido é de11,64 anos.Análise dos valores dos benefícios esperados a serem pagos sem descontar a valor presente:

31/12/2017 Até 1 ano Entre 1-2 anos

Entre 2-5 anos

Mais de 5 anos Total

Pagamentos esperados pelo Plano 22.607 23.322 77.636 570.377 693.942

18.1.6 Composição carteira de investimentos do plano de benefício definidoOs ativos garantidores da ELETROCEEE estão assim distribuídos, em 31 de dezembro de 2017, a valores de mercado, em conformidade com as normas aplicáveis:

31/12/2017

Disponível 0,00%Realizável 5,41%Títulos públicos 65,31%Crédito de depósitos privados 6,78%Ações 13,28%Quota de fundo de investimentos - Renda fixa 1,53%Quota de fundo de investimentos - Ações 3,10%Quota de fundo de investimentos - Direitos creditórios 0,03%Quota de fundo de investimentos - Participações 0,51%Quota de fundo de investimentos - Imobiliário 0,66%Quota de fundo de investimentos - Multimercado 0,61%Investimentos imobiliários 0,62%Empréstimos e financiamentos 2,16%Depósitos 0,00%Total em percentual dos ativos do plano 100,00%

Os valores justos dos instrumentos de capital e de dívida são determinados com base em preços de mercado cotados em mercados ativos enquanto os valores justos investimentos imobiliários não são baseados em preços de mercado cotados em mercados ativos.

18.1.7 Riscos atuariais

O plano de benefício definido normalmente expõe a Companhia a riscos atuariais, tais como risco de investimento, risco de taxa de juros, risco de longevidade e risco de salário.

(a) Risco de investimento

O valor presente do passivo do plano de benefício definido é calculado usando uma taxa de desconto determinada em virtude da remuneração de títulos privados de alta qualidade. Se o retorno sobre o ativo do plano for abaixo dessa taxa, haverá um déficit no plano. Atualmente, o plano tem um investimento relativamente equilibrado em títulos públicos, crédito de depósitos privados e ações, considerando os limites por segmento de aplicação, de acordo com as diretrizes da Resolução nº 3.792 do Conselho Monetário nacional e as suas alterações, além dos critérios de segurança, liquidez, rentabilidade e maturidade do plano.

(b) Risco de taxas de juros

Uma redução na taxa de juros dos títulos aumentará o passivo do plano. Entretanto, isso será parcialmente compensado por um aumento do retorno sobre os títulos de dívida do plano.

(c) Risco de longevidade

O valor presente do passivo do plano de benefício definido é calculado por referência à melhor estimativa da mortalidade dos participantes do plano durante e após a sua permanência no trabalho. Um aumento na expectativa de vida dos participantes do plano aumentará o passivo do plano.

(d) Risco de salário

O valor presente do passivo do plano de benefício definido é calculado por referência aos salários futuros dos participantes do plano. Portanto, um aumento do salário dos participantes do plano aumentará o passivo do plano.

18.1.8 Análise de sensibilidade das principais hipóteses

As premissas atuariais significativas para a determinação da obrigação definida são: taxa de desconto e mortalidade. As análises de sensibilidade a seguir foram determinadas com base em mudanças razoavelmente possíveis das respectivas premissas ocorridas no fim do período de relatório, mantendo-se todas as outras premissas constantes.

Tábua biométrica Taxa de jurosParâmetro

Idade - 1 Idade +1 + 0,25% - 0,25%Valor presente da obrigação atuarial do plano 357.284 346.659 342.483 362.095 352.057

Valor justo dos ativos do plano 280.358 280.358 280.358 280.358 280.358Superávit (déficit) técnico do plano (76.926) (66.301) (62.125) (81.737) (71.699)

VariaçõesAumento (redução) da obrigação atuarial 1,5% (1,5%) (2,7%) 2,9% -

Aumento (redução) dos ativos do plano - - - - -Aumento (redução) do superávit/déficit técnico do plano 7,3% (7,5%) (13,4%) 14,0% -

18.2 Programas de incentivo ao desligamento de pessoal

A Companhia, em conjunto com a Eletrobras, implementou em 2017 planos de enxugamento de pessoal: o PAE – Plano de Aposentadoria Extraordinária e o PDVE – Plano de Desligamento Voluntário Especial, e, em 2013, foi aplicado um programa de incentivo ao desligamento de pessoal – PID para o conjunto dos seus colaboradores, dos quais resta quitar as seguintes obrigações:

31/12/2017 31/12/2016

Provisão indenizações - PAE /PDVE2017 11.344 - Provisão indenizações - PDVE 2017 - - Plano de Saúde para empregados - PAE 2017 - - Plano de Saúde para empregados - PDVE 2017 - - Plano de Saúde para empregados - PID 2013 921 676 Total Circulante 12.265 676 Plano de Saúde para empregados - PAE 2017 - - Plano de Saúde para empregados - PDVE 2017 - - Plano de Saúde para empregados - PID 2013 4.231 818 Total Não Circulante 4.231 818

Total 16.496 1.494

19 Remuneração aos acionistas

A Companhia tem o seguinte saldo de dividendos a distribuir, relativos aos resultados dos exercícios de 2010 e de 2011:

31/12/2017 31/12/2016Dividendos a distribuirEletrobras 93.868 85.408Outros 26 24Total 93.894 85.432

Segue movimentação em 31 de dezembro de 2017:

Saldo em 31/12/2016 85.432(+/-) Variação monetária sobre dividendos não distribuídos 8.462Saldo em 31/12/2017 93.894

Segue movimentação no exercício de 2016:

Saldo em 31/12/2015 74.928(+/-) Variação monetária sobre dividendos não distribuídos 10.504Saldo em 31/12/2016 85.432

20 Adiantamento para futuro aumento de capitalA Companhia tomou recursos junto a sua controladora para futuro aumento de capital. As obrigações advindas destas origens de recursos estão registradas no passivo não circulante.A movimentação dos adiantamentos está demonstrada a seguir:

Movimentos de DEZEMBRO/17Contratos Saldo em

31/12/2016 Ingressos Amortizações Variação monetáriaSaldo em 31/12/2017

ECF 2941/2011 5.938 589 6.527ECF 2941/2011-A 18.818 1.867 20.685ECF 3219/2014 64.774 6.426 71.200RES 0123/2015 40.306 3.998 44.304RES 0123/2015-A 16.291 1.616 17.907RES 0069/2016-A 165.442 35.388 200.830RES 0069/2016 3.667 785 4.452RES 0680/2015 52.555 11.244 63.799RES 0069/2016-B 50.000 9.399 59.399RES 0069/2016-C 1.377 240 1.617RES 0069/2016-D 25.005 4.360 29.365RES 0069/2016-E 5.509 961 6.470RES 0136/2016 8.714 1.638 10.352RES 0177/2016 8.092 1.521 9.613RES 0357/2016 8.870 1.330 10.200RES 0370/2016 8.499 1.276 9.775RES 0490/2016 - 9.141 9.141RES 0605/2016 - 18.525 18.525RES 0711/2016 - 28.384 28.384RES 0711/2016 55.166 55.166RES 0711/2016 9.226 9.226RES 0711/2016 8.929 8.929AFAC PAE/PDVE 38.900 38.900RES 0170/2017 46.890 46.890Total 483.857 215.160 82.638 781.655

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Do saldo referente ao ingresso de AFAC, no exercício de 2017, R$ 176.260 foram utilizados diretamente para abatimento de passivo com fornecedor e pagamento de rescisões de PAE/PDVE no valor de R$ 38.900. Assim, a Companhia incluiu esse saldo como atividade de financiamento na Demonstração dos Fluxos de Caixa. Os reflexos dessa movimentação compõem a variação dos saldos das atividades operacionais, na Demonstração dos Fluxos de Caixa.21 Outros passivos

31/12/2017 31/12/2016

Pesquisa e desenvolvimento (i) 28.005 24.046 Credores diversos (ii) 14.133 12.572

Total 42.138 36.618

(i) Pesquisa e desenvolvimento

A Lei nº 9.991 de 24 de julho de 2000 dispõe sobre a realização de investimentos em pesquisa e desenvolvimento em eficiência energética por parte das empresas concessionárias, permissionárias e autorizadas do setor de energia elétrica, estabelecendo em seu artigo 2º que “as concessionárias de geração e empresas autorizadas à produção independente ficam obrigadas a aplicar, anualmente, o montante de, no mínimo, 1% (um por cento) de sua receita operacional líquida em pesquisa e desenvolvimento”.

A Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004 alterou a Lei nº 9.991, estabelecendo em seu artigo 12, que do total aplicado anualmente em pesquisa e desenvolvimento devem ser destinados 40% ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - FNDCT, 20% para o Ministério de Minas e Energia - MME, a fim de custear os estudos e pesquisas de planejamento da expansão do sistema energético, bem como os de inventário e de viabilidade necessários ao aproveitamento dos potenciais hidrelétricos e 40% em projetos desenvolvidos pela própria empresa.

Alinhado com as novas orientações para a realização de projetos de P&D, a Companhia está procurando investir no desenvolvimento de tecnologias para inovação do sistema de combustão do carvão e biomassa, mitigação ambiental e eficiência energética.

(ii) Credores diversos

A Companhia registra neste grupo apropriações de contas a pagar pelo reconhecimento de obrigações para fins operacionais diversos.

22 Imposto de renda e contribuição social

(a) Imposto de renda

O imposto de renda pessoa jurídica e a contribuição social estão sendo calculados pelo regime de apuração do lucro real anual, de acordo com o artigo 2º da Lei nº 9.430/1996.

(b) Prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social

Em 31 de dezembro de 2017, a Companhia acumula prejuízos fiscais de imposto de renda e base negativa de contribuição social sobre o lucro, de caráter imprescritível, nos valores de R$ 3.496.667 (R$2.836.598 em 31 de dezembro de 2016) e R$ 3.496.903 (R$ 2.836.835 em 31 de dezembro de 2016) respectivamente. O CPC 32 - Tributos sobre os Lucros estabelecem condições para o registro contábil do ativo fiscal diferido decorrente de diferenças temporárias e de prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social. Essas condições incluem expectativa de geração de lucros tributáveis futuros, fundamentada em estudo técnico de viabilidade, que comprovam a realização do ativo fiscal diferido. O ativo fiscal diferido sobre tais prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social não foi reconhecido nas demonstrações financeiras considerando que as condições para registro não estão asseguradas. Tal ativo representaria, em 31 de dezembro de 2017, respectivamente, R$ 865.509 (R$ 709.126 em 31 de dezembro de 2016) e R$ 311.613 (R$ 255.315 em 31 de dezembro de 2016).

(c) Reconciliação da despesa do imposto de renda e da contribuição social

A reconciliação entre a despesa de imposto de renda e de contribuição social pela alíquota nominal e pela efetiva está demonstrada a seguir:

31/12/2017 31/12/2016IRPJ CSLL IRPJ CSLL

Prejuízo antes do IRPJ e da CSLL (1.170.463) (1.170.463) (1.073.209) (1.073.209)Efeitos líquido de provisões temporariamente não dedutíveis - constituídas/(realizadas)

- -

(1.170.463) (1.170.463) (1.073.209) (1.073.209)Despesas não dedutíveis 507.462 507.462 536.555 536.555Lucro real e base da CSLL antes das compensações (663.001) (663.001) (536.654) (536.654)

Compensações (prejuízos fiscais e Base negativa da CSLL) - 2.819 2.819

Base de cálculo do IRPJ e CSLL apôs compensações (660.068) (660.068) (533.835) (533.835)

Alíquota aplicável ( Considerando Adicional 10% Luc. Superior a R$ 240 mil) - - - -

IRPJ e CSLL às alíquotas da legislação (660.069) (660.069) (533.835) (533.835)PAT e adicional 10% lucro superior a R$ 240 mil 25% 9% 25% 9%

- - - -IRPJ e CSLL do período - - - -

- - - -

23 Patrimônio líquido23.1 Capital socialO capital social, totalmente integralizado, é composto por ações ordinárias nominativas, sem valores nominais, pertencentes a acionistas domiciliados no país.As ações estão distribuídas conforme segue:

Quantidade de ações em 31/12/2017 e em 31/12/2016Ordinárias Total Saldo em R$ mil Percentual

Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – Eletrobras 8.161.020.279 8.161.020.279 845.461 99,993%

Outros 592.355 592.355 77 0,007%Subtotal 8.161.612.634 8.161.612.634 845.538 100,000%( - ) Ações em tesouraria (224.279) (224.279) (28) - Total 8.161.388.355 8.161.388.355 845.510 100,000%

24 Receita operacional líquida

31/12/2017 4º trimestre de 2017 31/12/2016 4º trimestre

de 2016

Suprimento de energia elétrica 589.043 169.778 714.389 186.295Venda de cinzas 2.571 740 3.670 768Aluguéis 24 6 22 6Total receita operacional bruta 591.638 170.524 718.081 187.069

ICMS (267) (75) (410) (89)PIS/PASEP (8.542) (2.349) (9.703) (2.395)COFINS (39.352) (10.821) (44.707) (11.037)Total impostos e contribuições (48.161) (13.245) (54.820) (13.521)

RGR (19.191) (3.903) (22.153) (12.725)P&D (5.242) (1.558) (6.758) (1.707)Total encargos setoriais (24.432) (5.461) (28.911) (14.432)

Total deduções à receita operacional (72.593) (18.706) (83.731) (27.953)

Total 519.045 151.818 634.350 159.116

Os contratos de comercialização de energia elétrica no ambiente regulado (CCEAR’s) do 1º leilão de energia nova preveem ressarcimento às concessionárias clientes, por parte da Companhia, nos casos de indisponibilidade na geração das usinas da Companhia. A Companhia contabiliza sua receita com base no valor líquido a receber, já considerando eventuais ressarcimentos, conforme regras de comercialização da CCEE.25 Custos e despesas operacionais

31/12/2017 31/12/2016Custo

operacionalDespesa

operacional Total Custo operacional

Despesa operacional Total

Energia comprada para revenda (214.007) (214.007) (223.785) - (223.785)

Encargos de uso da rede (47.129) (47.129) (43.875) - (43.875)Pessoal (113.557) (44.170) (157.727) (91.226) (29.900) (121.126)Materiais (77.706) (25) (77.731) (82.529) (514) (83.043)Serviços de Terceiros (39.705) (9.886) (49.591) (52.830) (10.630) (63.460)Depreciação e Amortização (58.704) (1.642) (60.346) (71.805) (1.178) (72.983)

Provisões para contingências (69.084) (53.653) (122.737) - (303.451) (303.451)

Matéria-Prima e Insumos Prod. Energia Elétrica (143.868) - (143.868) (180.722) - (180.722)

(-) Recup.Despesas Subvenção Combustiveis 114.170 - 114.170 116.783 - 116.783

Outras (56.749) - (56.749) (31.002) (37.183) (68.185)Total (706.339) (109.376) (815.715) (660.991) (382.856) 1.043.817

25.1 Energia comprada para revendaEm 2017, assim como em 2016, a Companhia precisou adquirir energia elétrica para não ser penalizada por insuficiência de lastro físico, conforme regras de mercado.A Companhia mantém contratos de compra de energia junto à Eletronorte, que totalizam 135 MW médios mensais até dezembro de 2019, e 109 MW médios entre janeiro de 2020 e dezembro de 2023. Para demandas adicionais, a Companhia recorre ao Mercado de Curto Prazo da CCEE.25.2 Outras despesas operacionaisO acréscimo nas despesas operacionais em 2017 ocorreu principalmente pelo aumento nos gastos em processos judiciais trabalhistas, movidos por empregados terceirizados, e pela constituição, em 2016, de provisão em processo judicial cível movido pelo banco alemão KfW.26 Resultado financeiro

31/12/2017 31/12/2016

Rendimento de aplicações financeiras 4.392 7.547Variações monetárias e cambiais ativas 23 2.821Outras receitas financeiras 828 1.439Total receitas 5.243 11.807

Encargos da dívida (i) (444.648) (416.970)Variações cambiais passivas - (93)Outras despesas financeiras (55.314) (20.540)Total despesas (499.962) (437.603)

Total (494.719) (425.796)

(i) Encargos da dívidaO saldo crescente de empréstimos da Companhia ocasionou o aumento verificado nas despesas com encargos da dívida entre o exercício de 2017 e o de 2016.27 Remuneração do pessoal-chave da administraçãoO pessoal-chave da administração inclui os conselheiros, diretores e o chefe da auditoria interna.

31/12/2017 4º trimestre de 2017 31/12/2016 4º trimestre

de 2016

Remuneração (1.774) (259) (3.810) (1.065)Encargos sociais (465) (52) (784) (399)Benefícios (174) (33) (136) (120)Total (2.413) (344) (4.730) (1.584)

28 Instrumentos financeiros

A Companhia opera com diversos instrumentos financeiros, dentre os quais se destacam: contas a receber de clientes, direito de ressarcimento, contas a pagar a fornecedores e empréstimos e financiamentos que se encontram registrados em contas patrimoniais, por valores compatíveis de mercado.

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MINISTÉRIO DEMINAS E ENERGIA

31/12/2017 31/12/2016

RecebíveisClientes 98.388 95.501 Direito de ressarcimento - CCC/CDE 13.279 39.224

Mensurados ao valor justo por meio do resultadoCaixa e equivalentes de caixa 59.984 56.007

Total ativos financeiros 176.545 190.732

Mensurados ao custo amortizado Empréstimos e financiamentos 3.022.638 2.680.443 Fornecedores 101.136 186.571

Total passivos financeiros 3.123.774 2.867.014

A Companhia não efetuou em 31 de dezembro de 2017, operações com características de derivativos, definidos no CPC 38 - “Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração”.A Companhia mantém contratos de fornecimentos de Carvão com a CRM - Companhia Rio-grandense de Mineração, para atender suas unidades de produção em Candiota/RS. Em relação a estes contratos, a Companhia detém direitos de recebimento de subvenção para aquisição de combustíveis para produção de energia através da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), administrada pela CCEE desde maio de 2017. Desta forma, a maior parcela dos gastos com combustíveis destinados à geração é subsidiada.29 Estimativa do valor justoA Companhia pressupõe que os saldos das contas a receber de clientes e contas a pagar aos fornecedores pelo valor contábil, menos a eventual estimativa de perda com créditos de liquidação duvidosa, esteja próxima de seus valores justos. O valor justo dos passivos financeiros, para fins de divulgação, é estimado mediante o desconto dos fluxos de caixa contratuais futuros pela taxa de juros vigente no mercado.A Companhia aplica o CPC 40 para instrumentos financeiros mensurados no balanço patrimonial pelo valor justo, o que requer divulgação das mensurações do valor justo pelo nível da seguinte hierarquia de mensuração:i) Preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos e passivos idênticos (Nível 1);ii) Informações, além dos preços cotados, incluídas no Nível 1 que são adotadas pelo mercado para o ativo ou passivo, seja diretamente (ou seja, como preços) ou indiretamente (ou seja, derivados dos preços) (Nível 2);iii) Inserções para os ativos ou passivos que não são baseadas nos dados adotados pelo mercado (ou seja, inserções não observáveis) (Nível 3).Abaixo, a Companhia apresenta o saldo dos instrumentos financeiros mensurados a valor justo por meio do resultado:

31/12/2017Nível 1 Total

Caixa e equivalentes de caixa 59.984 59.984Total 59.984 59.984

31/12/2016Nível 1 Total

Caixa e equivalentes de caixa 56.007 56.007 Total 56.007 56.007

O valor justo dos instrumentos financeiros negociados em mercados ativos (como títulos mantidos para negociação e disponíveis para venda) é baseado nos preços de mercado, cotados na data do balanço. Um mercado é visto como ativo se os preços cotados estiverem pronta e regularmente disponíveis a partir de uma Bolsa, distribuidor, corretor, grupo de indústrias, serviço de precificação, ou agência reguladora, e aqueles preços representam transações de mercado reais e que ocorrem regularmente em bases puramente comerciais. O preço de mercado cotado utilizado para os ativos financeiros mantidos pela Companhia é o preço de concorrência atual. Esses instrumentos, quando mantidos pela Companhia, são incluídos no Nível 1.A Companhia não mantém instrumentos financeiros que não são negociados em mercados ativos (por exemplo, derivativos de balcão), tais instrumentos, quando existem, têm seus valores determinados mediante o uso de técnicas de avaliação. Essas técnicas de avaliação maximizam o uso dos dados adotados pelo mercado onde está disponível e confiam o menos possível nas estimativas específicas da entidade. Se todas as informações relevantes exigidas para o valor justo de um instrumento forem adotadas pelo mercado, o instrumento estará incluído no Nível 2.Acrescenta-se, também, que a Companhia não detém instrumentos financeiros classificáveis no Nível 3. Os instrumentos financeiros são classificáveis neste nível quando uma ou mais informações relevantes não estiver baseada em dados adotados pelo mercado.O CPC 38 - “Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração” estabeleceu mecanismos para a divulgação do valor de mercado dos instrumentos financeiros reconhecidos, ou não, nas demonstrações financeiras. Todos os ativos e passivos enquadrados como instrumentos financeiros (empréstimos, aplicações financeiras e outros), incluídos nas presentes demonstrações financeiras intermediárias, não apresentam diferenças entre o valor de mercado e o contábil.30 Gestão de capitalOs objetivos da Companhia ao administrar sua estrutura de capital são os de salvaguardar a capacidade de continuidade para oferecer retorno aos acionistas e qualidade nas obrigações previstas no contrato de concessão, além de perseguir uma estrutura de capital ideal para a redução dos seus custos.Os índices de alavancagem financeira podem ser sumariados conforme a seguir:

31/12/2017 31/12/2016Financiamentos e empréstimos 3.022.638 2.680.443Fornecedores 101.136 186.571( - ) Caixa e equivalentes de caixa (59.984) (56.007)( - ) Conta de consumo de combustíveis - CCC/CDE (45.992) (39.224)Dívida líquida 3.017.798 2.771.783Passivo a descoberto (3.523.480) (2.353.121)Total do capital (801.854) 418.662Índice de alavancagem financeira -376,3% 662,1%

31 Gestão de risco financeiroNo exercício de suas atividades a Companhia é impactada por eventos de riscos que podem comprometer os seus objetivos estratégicos. O gerenciamento de riscos tem como principal objetivo antecipar e minimizar os efeitos adversos de tais eventos nos negócios e resultados econômico/financeiros da Companhia.Para a gestão de riscos financeiros, a Companhia definiu políticas e estratégias operacionais e financeiras, aprovadas por comitês internos e pela administração, que visam conferir liquidez, segurança e rentabilidade a seus ativos e manter os níveis de endividamento e perfil da dívida definidos para os fluxos econômico-financeiros.Os principais riscos financeiros identificados no processo de gerenciamento de riscos são:a) Risco com taxa de câmbioEsse risco decorre da possibilidade da Companhia ter seus demonstrativos econômico-financeiros impactados

por flutuações nas taxas de câmbio. A Companhia apresentou, em 31 de dezembro de 2017, passivos em moeda estrangeira, conforme demonstrado abaixo:

31/12/2017 31/12/2016Passivos Dólar norte-americano - 547 Total - 547

b) Risco com taxa de jurosEsse risco está associado à possibilidade da Companhia contabilizar perdas em razão de oscilações das taxas de juros de mercado, impactando seus demonstrativos pela elevação das despesas financeiras, relativas a contratos de captação externa.

31/12/2017 31/12/2016Passivos Selic 1.206.868 1.563.213 IPCA 604.340 560.158

Juros contratuais (CDI) 1.211.429 1.040.929 Total 3.022.637 3.164.300

c) Risco de liquidezA Companhia atua no monitoramento permanente dos fluxos de caixa de curto, médio e longo prazo, previstos e realizados, buscando evitar possíveis descasamentos e consequentes perdas financeiras e garantir as exigências de liquidez para as necessidades operacionais.A tabela abaixo analisa os passivos financeiros não derivativos da Companhia por faixas de vencimento, correspondentes ao período remanescente no balanço patrimonial até a data contratual do vencimento. Os valores divulgados na tabela são os fluxos de caixa não descontados contratados.

Passivos31/12/2017

Menos de 1 ano Entre 1 e 2 anos Entre 2 a 5 anos Acima de 5 anos

Fornecedores 84.581 2.365 7.095 7.095

Empréstimos e financiamentos 967.773 673.475 594.574 786.816

Obrigações estimadas 9.329 - - -

Adiantamento para futuro aumento de capital - 781.654 - -

Total 1.061.683 1.457.494 601.669 793.911

Passivos31/12/2016

Menos de 1 ano Entre 1 e 2 anos Entre 2 a 5 anos Acima de 5 anos

Fornecedores 170.016 2.365 9.460 4.730

Empréstimos e financiamentos 377.963 313.290 930.501 1.058.689

Obrigações estimadas 14.105 - - -

Adiantamento para futuro aumento de capital - 483.857 - -

Total 562.084 799.512 939.961 1.063.419

A gestão do risco de liquidez tem como principal objetivo monitorar os prazos de liquidação dos direitos e obrigações permitindo que a Companhia identifique se irá encontrar dificuldades que possam afetar a capacidade de pagamento da empresa, levando-se em consideração as diferentes moedas e prazos de liquidação de seus direitos e obrigações, que são liquidados com pagamentos à vista ou com outro ativo financeiro. A abordagem da Companhia na administração de liquidez é de garantir liquidez suficiente para cumprir com suas obrigações ao vencerem, sob condições normais, sem causar perdas ou risco de prejudicar a reputação da Companhia.d) Risco de preçoCom a Lei nº 12.783/2013, a remuneração das concessionárias geradoras hídricas passa a ser por tarifa determinada pela ANEEL. Já os contratos da Companhia se manterão inalterados até a divulgação, pela ANEEL, das regras de renovação das concessões térmicas.Nas situações em que a Companhia precisa adquirir energia para complementar sua geração própria, ela o faz no mercado de curto prazo na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), ficando, assim, exposta à variação do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD).e) Risco quanto à escassez de energia no mercadoRisco decorrente de possível período de escassez de chuvas reduz o volume de água dos reservatórios das usinas e resulta em aumento dos custos da energia elétrica. Para honrar os contratos, eventualmente, poderá haver exposições no mercado, suscetíveis ao risco acima.f) Risco de não atendimento ao despachoQuando as usinas térmicas são despachadas pelo ONS (despacho por mérito) para otimização do sistema, o despacho por mérito é limitado à disponibilidade da usina (índices de indisponibilidades - TEIP e TEIF), e estes índices entram no cálculo da garantia física.(i) Os índices de indisponibilidades (TEIP e TEIF) ajustam a garantia física da usina.(ii) Quando a soma dos 12 meses das garantias físicas for menor que a soma dos 12 meses dos contratos (lastro de venda) o agente é penalizado.Pelas regras de mercado, o agente pode firmar contrato de compra de energia para constituir sua garantia física e assim reduzir sua exposição ao Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) e reduzir a penalidade por insuficiência de lastro.A exposição ao mercado de curto prazo é calculada com base no PLD.A penalidade será determinada com base no montante de insuficiência de lastro multiplicado pela média ponderada mensal dos PLD’s dos períodos de apuração em que se verificou a insuficiência de lastro ou o Valor Anual de Referência (VR), o que for maior.Em 2017, o valor do VR foi (R$ 104,03/MWh em 2016) - conforme despacho SEM/ANEEL no 289/2014.32 Análise de sensibilidade32.1 Moeda estrangeiraForam realizadas análises de sensibilidade dos passivos expostos à variação cambial em quatro cenários: dois com elevação das taxas de câmbio e dois com diminuição ao final de 2017:

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MINISTÉRIO DEMINAS E ENERGIA

a) Depreciação dos índices

Ativos

Saldo em moeda

estrangeira em milhares

em 31/12/2017

Saldo em milhares de R$ em 31/12/2017

Cotação em R$ Valor em milhares de R$

Cenário provável em 2018

Cenário I (-25%)

Cenário II (-50%)

Cenário provável em 2018

Cenário I (-25%)

Cenário II (-50%)

Dólar - - 3,2600 2,4450 1,6300 - - -

Total - - - - - - - -

b) Apreciação dos índices

Passivos

Saldo em moeda

estrangeira em milhares

em 31/12/2017

Saldo em milhares de R$ em 31/12/2017

Cotação em R$ Valor em milhares de R$

Cenário provável em 2018

Cenário I (-25%)

Cenário II (-50%)

Cenário provável em 2018

Cenário I (-25%)

Cenário II (-50%)

Dólar 168 547 3,4500 4,3125 5,1750 580 725 869

Total 168 547 - - - 580 725 869

32.2 Taxa de jurosForam realizadas análises de sensibilidade dos ativos e passivos indexados à taxa de juros pós-fixada em quatro diferentes cenários: dois com elevação das taxas do saldo devedor e dois com diminuição dessas taxas, ao final de 2017. As análises limitaram-se aos contratos concedidos que apresentem exposição à taxa de juros variável.a) Depreciação dos índices

Passivos Saldo em 31/12/2017

Índice (%) Valor

Cenário provável em 2018

Cenário I (-25%)

Cenário II (-50%)

Cenário provável em 2018

Cenário I (-25%)

Cenário II (-50%)

Selic 1.206.868 0,0667 0,0500 0,0334 1.207.472 1.207.321 1.207.170

IPCA 604.340 0,0305 0,0229 0,0153 604.478 604.444 604.409

CDI 1.211.429 0,0661 0,0496 0,0331 1.212.030 1.211.879 1.211.729

Total 3.022.637 - - - 3.023.980 3.023.644 3.023.308

b) Apreciação dos índices

Passivos Saldo em 31/12/2017

Índice (%) Valor

Cenário provável em 2018

Cenário I (+25%)

Cenário II (+50%)

Cenário provável em 2018

Cenário I (+25%)

Cenário II (+50%)

Selic 1.206.868 7,17% 8,96% 3,59% 1.207.517 1.207.679 1.207.192

IPCA 604.340 3,05% 3,81% 1,53% 604.478 604.513 604.409

CDI 1.211.429 7,17% 8,96% 3,59% 1.212.080 1.212.243 1.211.755

Total 3.022.637 - - - 3.024.076 3.024.435 3.023.356

33 Saldos e transações com partes relacionadasA Companhia é controlada integral da Eletrobras. Até 31 de dezembro de 2017, a Companhia realizou transações com empresas do grupo Eletrobras conforme demonstrado abaixo:

Ativos Clientes Direito de ressarcimento - CCC/CDE 31/12/2017 31/12/2016

CEAL 179 - 179 141CEPISA 293 - 293 172ELETROACRE - - - -CELG-D* - - - 441ELETROBRAS - - - 45.398Total do ativo 472 - 472 46.152

Passivos Fornecedores Empréstimos e financiamentos

Dividendos a distribuir

Adiantamento para futuro aumento de capital 31/12/2017 31/12/2016

FURNAS 105 - - - 105 375

CHESF 170 - - - 170 301

ELETROSUL 166 - - - 166 302

ELETRONORTE 95 - - - 95 85.425

ELETROBRAS 36 3.080.703 93.894 781.655 3.956.288 3.249.708

Total do passivo 402 3.080.703 93.894 781.655 3.956.824 3.336.111

Receitas Venda de energia Ressarcimento de combustíveis 31/12/2017 31/12/2016

CEAL 1.796 - 1.796 3.426

CEPISA 5.370 - 5.370 7.524

ELETROACRE - - - -

CELG-D* - - - 28.711

ELETROBRAS - - - 116.783

Total da receita 7.139 - 7.139 156.844

Despesas Compra de energia

Uso da rede elétrica

Encargos sobre empréstimos e fornecedores

Atualização de dividendos a

distribuir31/12/2017 31/12/2016

FURNAS - (5.152) - - (5.152) (3.545)

CHESF - (4.383) - - (4.383) (2.966)

ELETROSUL - (2.833) - - (2.833) (3.791)

ELETRONORTE (206.425) (3.232) - - (209.657) (215.948)

ELETROBRAS - - (490.762) (8.462) (499.224) (402.450)

Total da despesa (206.425) (15.600) (490.762) (8.462) (720.799) (628.698)

34 Compromissos operacionais de longo prazoOs principais compromissos operacionais de longo prazo da Companhia são os seguintes:a) Venda de energiaA Companhia fornece energia de acordo com contratos firmados através de leilões de energia.Como compromisso de longo prazo, está apenas o 1º leilão de energia de novos empreendimentos, com contratos vigentes até o ano de 2024.Os saldos estimados relativos à venda de energia para os próximos anos estão mostrados a seguir:

Venda de energia 1º leilão

R$ mil MWh

2018 474.699 1.988.520

2019/2020 949.398 3.977.040

2021/2022 949.398 3.977.040

Após 2022 949.398 3.977.040

Total 3.322.893 13.919.640

b) Aquisição de combustíveisA Companhia adquire carvão mineral da Companhia Rio-grandense de Mineração (CRM), com a seguinte previsão para os próximos exercícios:

Aquisição de carvão R$ mil Toneladas2018 89.496 1.200.000 2019/2020 179.892 2.400.000 2021/2022 179.892 2.400.000 Após 2022 (quota bianual) 179.892 2.400.000 Total 629.172 8.400.000 c) Aquisição de insumosA Companhia adquire cal para o processo de dessulfurização dos gases de combustão da UTE Candiota III (Fase C), com a seguinte previsão para os próximos exercícios:

Aquisição de cal R$ mil Toneladas2018 29.352 40.552 2019/2020 58.704 81.104 2021/2022 58.704 81.104 Após 2022 (quota bianual) 58.704 81.104 Total 205.464 283.864

d) Compra de energiaA Companhia mantém contratos de compra de energia com a Eletronorte. Abaixo, segue previsão de desembolso para os próximos exercícios:

Compra de energia R$ mil MWh2018 228.948 1.205.280 2019/2020 449.643 2.178.432 2021/2022 441.391 1.946.304 Após 2022 220.695 973.152 Total 1.340.677 6.303.168

ASSINATURAS

Ricardo Luiz de Souza LicksDiretor-Presidente Interino

Felipe Ferreira RodriguesDiretor de Operação Interino

Tomé Aumary GregorioDiretor de Finanças e de Gestão Corporativa Nelson Batista Prestes

Contador CRC-RS 46.431

Page 19: MINISTÉRIO DE - Eletrobrascgtee.gov.br/files/demonstracoesfinanceiras2017.pdf · 2018-04-27 · 2017-2021, elaborado em 2016, com a implementação de ações propostas para o cenário

MINISTÉRIO DEMINAS E ENERGIA

Aos Conselheiros e Diretores da Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica

Candiota - RS

Opinião

Examinamos as demonstrações financeiras da Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (“Companhia”), que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2017 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as correspondentes notas explicativas, compreendendo as políticas contábeis significativas e outras informações elucidativas.

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica em 31 de dezembro de 2017, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

Base para opinião

Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir intitulada “Responsabilidades dos auditores pela auditoria das demonstrações financeiras”. Somos independentes em relação à Companhia, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.

Incerteza relevante sobre a continuidade operacional

Chamamos a atenção para a nota explicativa 2 às demonstrações financeiras, que indica que a Companhia incorreu no prejuízo de R$ 1.170.462 mil durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2017 e, nessa data, o passivo circulante da Companhia excedeu o total do ativo em R$ 1.568.185 mil e, possui patrimônio líquido negativo em R$ 3.523.481 mil. Conforme apresentado na nota explicativa 2, esses eventos ou condições, juntamente com outros assuntos descritos na referida nota explicativa, indicam a existência de incerteza relevante que pode levantar dúvida significativa quanto à capacidade de continuidade operacional da Companhia. Nossa opinião não está ressalvada em relação a esse assunto.

Outros assuntos – Demonstração do valor adicionado

A demonstração do valor adicionado (DVA) referente ao exercício findo em 31 de dezembro de 2017, elaborada sob a responsabilidade da administração da Companhia, cuja apresentação não é requerida às companhias fechadas, foi submetida a procedimentos de auditoria executados em conjunto com a auditoria das demonstrações financeiras da Companhia. Para a formação de nossa opinião, avaliamos se essa demonstração está conciliada com as demonstrações financeiras e registros contábeis, conforme aplicável, e se a sua forma e conteúdo estão de acordo com os critérios definidos no Pronunciamento Técnico CPC 09 - Demonstração do Valor Adicionado. Em nossa opinião, essa demonstração do valor adicionado foi adequadamente elaborada, em todos os aspectos relevantes, segundo os critérios definidos nesse Pronunciamento Técnico e é consistente em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

Outrasinformaçõesqueacompanhamasdemonstraçõesfinanceiraseorelatóriodosauditores

A administração da Companhia é responsável por essas outras informações que compreendem o Relatório da Administração.

Nossa opinião sobre as demonstrações financeiras não abrange o Relatório da Administração e não expressamos qualquer forma de conclusão de auditoria sobre esse relatório.

Em conexão com a auditoria das demonstrações financeiras, nossa responsabilidade é a de ler o Relatório da Administração e, ao fazê-lo, considerar se esse relatório está, de forma relevante, inconsistente com as demonstrações financeiras ou com nosso conhecimento obtido na auditoria ou, de outra forma, aparenta estar distorcido de forma relevante. Se, com base no trabalho realizado, concluirmos que há distorção relevante no Relatório da Administração, somos requeridos a comunicar esse fato. Não temos nada a relatar a este respeito.

Responsabilidadesdaadministraçãoedagovernançapelasdemonstraçõesfinanceiras

A administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.

Na elaboração das demonstrações financeiras, a administração é responsável pela avaliação da capacidade de a Companhia continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações financeiras, a não ser que a administração pretenda liquidar a Companhia ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações.

Os responsáveis pela governança da Companhia são aqueles com responsabilidade pela supervisão do processo de elaboração das demonstrações financeiras.

Responsabilidadesdosauditorespelaauditoriadasdemonstraçõesfinanceiras

Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações financeiras.

Como parte da auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso:

– Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior do que o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão ou representações falsas intencionais.

– Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas, não, com o objetivo de expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos da Companhia.

– Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis e respectivas divulgações feitas pela administração.

– Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contábil de continuidade operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe incerteza relevante em relação a eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa em relação à capacidade de continuidade operacional da Companhia. Se concluirmos que existe incerteza relevante, devemos chamar atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas divulgações nas demonstrações financeiras ou incluir modificação em nossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou condições futuras podem levar a Companhia a não mais se manter em continuidade operacional.

– Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações financeiras, inclusive as divulgações e se as demonstrações financeiras representam as correspondentes transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada.

Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, do alcance planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive as eventuais deficiências significativas nos controles internos que identificamos durante nossos trabalhos.

Porto Alegre, 21 de março de 2018

KPMG Auditores Independentes CRC SP-014428/F-7

Wladimir OmiechukContador CRC RS-041241/O-2

Danilo Siman SimõesContador CRC 1MG058180/O-2 T-SP-

RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

PARECER DO CONSELHO FISCAL

O Conselho Fiscal, no âmbito das suas atribuições legais e estatutárias, conheceu o Relatório Anual da Administração e procedeu ao exame das Demonstrações Financeiras da Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica - CGTEE que compreendem o Balanço Patrimonial em 31 de dezembro de 2017 e as respectivas Demonstrações do Resultado, do Resultado Abrangente, das Mutações do Patrimônio Líquido, dos Fluxos de Caixa, Demonstração do Valor Adicionado – DVA e das Notas Explicativas, para o exercício findo nessa data.

Com base nos exames efetuados nas reuniões realizadas ao longo do exercício, nas informações e esclare-cimentos prestados pela Administração da Companhia, pelo Departamento de Contabilidade da Companhia e considerando o Parecer da KPMG Auditores Independentes, apresentado com o destaque quanto a “Incerteza significativa relacionada com a continuidade operacional”, o Conselho Fiscal da CGTEE, por unanimidade, opina no sentido de que os referidos documentos estão em condições de serem submetidos à deliberação da Assembleia Geral Ordinária de Acionistas da Companhia.

Porto Alegre, 23 de março de 2018.

EDUARDO DA COSTA RAMOSConselheiro - Presidente

KRISJANIS FIGUEIROA BAKUZISConselheiro

EVANDRO CÉSAR DIAS GOMESConselheiro

PARECER DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

O Conselho de Administração da Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica – CGTEE, tendo examinado o Relatório Anual da Administração, o Balanço Patrimonial, Demonstrativo Financeiro e respectivas Notas Explicativas referentes ao exercício de 2017, encerrado em 31 de dezembro de 2017, documentos esses aprovados pelos administradores responsáveis pela Companhia, considerando o Parecer dos Auditores Independentes é de parecer pela aprovação dos referidos documentos e submete as matérias à apreciação dos Senhores Acionistas. Não há resultado a destinar, haja vista o mesmo ter sido negativo.

Porto Alegre, 23 de março de 2018.

Antonio Varejão de GodoyPresidente do Conselho

Manoel Renato Machado FilhoConselheiro

Eneas Fernandes de AguiarConselheiro

Giovani Gasso BriãoConselheiro

Armando Casado de AraújoConselheiro

Ricardo Luiz de Souza LicksConselheiro

Alexandre Rocha PetineliSecretário Geral

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