minha gramática2

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Gramática da Língua Portuguesa Colocação Pronominal (próclise, mesóclise, ênclise) Concordância Nominal Concordância Verbal Conectivos Particípio Substantivos O Substantivos coletivos O Substantivos concretos e abstratos Tempos Verbais Verbos Regulares e Irregulares O Verbos Abundantes O Verbos Anômalos O Verbos Defectivo S Vozes do Verbo pg.36 Sintaxe A sintaxe é a parte da gramática responsável pelo estudo das funções dos vocábulos em uma frase ou período. Adjunto Adnominal pg 37 Adjunto Adverbial pg39 Agente da Passiva pg 40 Análise Sintática pg 42 Aposto pg42 Frase, oração e período pg44 Complemento Nominal pg 46 Complemento Verbal 1

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Page 1: minha gramática2

Gramática da Língua Portuguesa Colocação Pronominal (próclise, mesóclise, ênclise) Concordância Nominal

Concordância Verbal

Conectivos

Particípio

Substantivos

o Substantivos coletivos

o Substantivos concretos e abstratos

Tempos Verbais

Verbos Regulares e Irregulares

o Verbos Abundantes

o Verbos Anômalos

O Verbos Defectivo S

Vozes do Verbo pg.36

Sintaxe

A sintaxe é a parte da gramática responsável pelo estudo das funções dos vocábulos em uma frase ou período.

Adjunto Adnominal pg 37 Adjunto Adverbial pg39

Agente da Passiva pg 40

Análise Sintática pg 42

Aposto pg42

Frase, oração e período pg44

Complemento Nominal pg 46

Complemento Verbal

Complemento Verbo-Nominal

Objeto Direto

Objeto Direto Preposicionado (veja as diferenças em relação ao objeto indireto)

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Page 2: minha gramática2

Objeto Direto e Indireto Pleonásticos

Objeto Indireto (veja as diferenças em relação ao objeto direto preposicionado)

Objetos constituídos por Pronome Oblíquo

Oração sem Sujeito

Orações Reduzidas

Orações Coordenadas Assindéticas e Sindéticas

Orações Subordinadas Adjetivas e Adverbiais

Orações Subordinadas Substantivas

Partícula “se”

Período Simples e Composto

Predicado (leia também: Tipos de Predicado)

Predicação Verbal (verbos intransitivos)

Predicação Verbal (verbos transitivos diretos e indiretos)

Predicativos

o Predicativo do Objeto

o Predicativo do Sujeito

Regência Nominal

Regência Verbal

Se (partícula apassivadora ou índice de indeterminação do sujeito)

Sujeito (leia também: Tipos de Sujeito)

Sujeito e Predicado (leia também: Tipos de Sujeito e Tipos de Predicado)

Termos Integrantes da Oração

Vocativo

Colocação Pronominal (próclise, mesóclise, ênclise)

Por Cristiana GomesÉ o estudo da colocação dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes) em relação ao verbo.

Os pronomes átonos podem ocupar 3 posições: antes do verbo (próclise), no meio do verbo (mesóclise) e depois do verbo (ênclise).

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Page 3: minha gramática2

Esses pronomes se unem aos verbos porque são “fracos” na pronúncia.

PRÓCLISE

Usamos a próclise nos seguintes casos:

(1) Com palavras ou expressões negativas: não, nunca, jamais, nada, ninguém, nem, de modo algum.

- Nada me perturba.- Ninguém se mexeu.- De modo algum me afastarei daqui.- Ela nem se importou com meus problemas.

(2) Com conjunções subordinativas: quando, se, porque, que, conforme, embora, logo, que.

- Quando se trata de comida, ele é um “expert”.- É necessário que a deixe na escola.- Fazia a lista de convidados, conforme me lembrava dos amigos sinceros.

(3) Advérbios

- Aqui se tem paz.- Sempre me dediquei aos estudos.- Talvez o veja na escola.

OBS: Se houver vírgula depois do advérbio, este (o advérbio) deixa de atrair o pronome.

- Aqui, trabalha-se.

(4) Pronomes relativos, demonstrativos e indefinidos.

- Alguém me ligou? (indefinido)- A pessoa que me ligou era minha amiga. (relativo)- Isso me traz muita felicidade. (demonstrativo)

(5) Em frases interrogativas.

- Quanto me cobrará pela tradução?

(6) Em frases exclamativas ou optativas (que exprimem desejo).

- Deus o abençoe!- Macacos me mordam!- Deus te abençoe, meu filho!

(7) Com verbo no gerúndio antecedido de preposição EM.

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Page 4: minha gramática2

- Em se plantando tudo dá.- Em se tratando de beleza, ele é campeão.

(8) Com formas verbais proparoxítonas

- Nós o censurávamos.

MESÓCLISE

Usada quando o verbo estiver no futuro do presente (vai acontecer – amarei, amarás, …) ou no futuro do pretérito (ia acontecer mas não aconteceu – amaria, amarias, …)

- Convidar-me-ão para a festa.- Convidar-me-iam para a festa.

Se houver uma palavra atrativa, a próclise será obrigatória.

- Não (palavra atrativa) me convidarão para a festa.

ÊNCLISE

Ênclise de verbo no futuro e particípio está sempre errada.

- Tornarei-me……. (errada)- Tinha entregado-nos……….(errada)

Ênclise de verbo no infinitivo está sempre certa.

- Entregar-lhe (correta)- Não posso recebê-lo. (correta)

Outros casos:- Com o verbo no início da frase: Entregaram-me as camisas.- Com o verbo no imperativo afirmativo: Alunos, comportem-se.- Com o verbo no gerúndio: Saiu deixando-nos por instantes.- Com o verbo no infinitivo impessoal: Convém contar-lhe tudo.

OBS: se o gerúndio vier precedido de preposição ou de palavra atrativa, ocorrerá a próclise:

- Em se tratando de cinema, prefiro o suspense.- Saiu do escritório, não nos revelando os motivos.

COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕES VERBAIS

Locuções verbais são formadas por um verbo auxiliar + infinitivo, gerúndio ou particípio.

AUX + PARTICÍPIO: o pronome deve ficar depois do verbo auxiliar. Se houver palavra atrativa, o pronome deverá ficar antes do verbo auxiliar.

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Page 5: minha gramática2

- Havia-lhe contado a verdade.- Não (palavra atrativa) lhe havia contado a verdade.

AUX + GERÚNDIO OU INFINITIVO: se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar ou do verbo principal.

Infinitivo- Quero-lhe dizer o que aconteceu.- Quero dizer-lhe o que aconteceu.

Gerúndio- Ia-lhe dizendo o que aconteceu.- Ia dizendo-lhe o que aconteceu.

Se houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá antes do verbo auxiliar ou depois do verbo principal.

Infinitivo- Não lhe quero dizer o que aconteceu.- Não quero dizer-lhe o que aconteceu.

Gerúndio- Não lhe ia dizendo a verdade.- Não ia dizendo-lhe a verdade.

Concordância Nominal

Por Araújo, A. Ana Paula deConcordância nominal nada mais é que o ajuste que fazemos aos demais termos da oração para que concordem em gênero e número com o substantivo.

Teremos que alterar, portanto, o artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome.

Além disso, temos também o verbo, que se flexionará à sua maneira, merecendo um estudo separado de concordância verbal.

REGRA GERAL: O artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome, concordam em gênero e número com o substantivo.

- A pequena criança é uma gracinha.- O garoto que encontrei era muito gentil e simpático.

CASOS ESPECIAIS: Veremos alguns casos que fogem à regra geral, mostrada acima.

a) Um adjetivo após vários substantivos

1 – Substantivos de mesmo gênero: adjetivo vai para o plural ou concorda com o substantivo mais próximo.

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Page 6: minha gramática2

- Irmão e primo recém-chegado estiveram aqui.- Irmão e primo recém-chegados estiveram aqui.

2 – Substantivos de gêneros diferentes: vai para o plural masculino ou concorda com o substantivo mais próximo.

- Ela tem pai e mãe louros.- Ela tem pai e mãe loura.

3 – Adjetivo funciona como predicativo: vai obrigatoriamente para o plural.

- O homem e o menino estavam perdidos.- O homem e sua esposa estiveram hospedados aqui.

b) Um adjetivo anteposto a vários substantivos

1 – Adjetivo anteposto normalmente: concorda com o mais próximo.

Comi delicioso almoço e sobremesa.Provei deliciosa fruta e suco.

2 – Adjetivo anteposto funcionando como predicativo: concorda com o mais próximo ou vai para o plural.

Estavam feridos o pai e os filhos.Estava ferido o pai e os filhos.

c) Um substantivo e mais de um adjetivo

1- antecede todos os adjetivos com um artigo.

Falava fluentemente a língua inglesa e a espanhola.

2- coloca o substantivo no plural.

Falava fluentemente as línguas inglesa e espanhola.

d) Pronomes de tratamento

1 – sempre concordam com a 3ª pessoa.

Vossa santidade esteve no Brasil.

e) Anexo, incluso, próprio, obrigado

1 – Concordam com o substantivo a que se referem.

As cartas estão anexas.A bebida está inclusa.

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Page 7: minha gramática2

Precisamos de nomes próprios.Obrigado, disse o rapaz.

f) Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a)

1 – Após essas expressões o substantivo fica sempre no singular e o adjetivo no plural.

Renato advogou um e outro caso fáceis.Pusemos numa e noutra bandeja rasas o peixe.

g) É bom, é necessário, é proibido

1- Essas expressões não variam se o sujeito não vier precedido de artigo ou outro determinante.

Canja é bom. / A canja é boa.É necessário sua presença. / É necessária a sua presença.É proibido entrada de pessoas não autorizadas. / A entrada é proibida.

h) Muito, pouco, caro

1- Como adjetivos: seguem a regra geral.

Comi muitas frutas durante a viagem.Pouco arroz é suficiente para mim.Os sapatos estavam caros.

2- Como advérbios: são invariáveis.

Comi muito durante a viagem.Pouco lutei, por isso perdi a batalha.Comprei caro os sapatos.

i) Mesmo, bastante

1- Como advérbios: invariáveis

Preciso mesmo da sua ajuda.Fiquei bastante contente com a proposta de emprego.

2- Como pronomes: seguem a regra geral.

Seus argumentos foram bastantes para me convencer.Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou.

j) Menos, alerta

1- Em todas as ocasiões são invariáveis.

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Page 8: minha gramática2

Preciso de menos comida para perder peso.Estamos alerta para com suas chamadas.

k) Tal Qual

1- “Tal” concorda com o antecedente, “qual” concorda com o conseqüente.

As garotas são vaidosas tais qual a tia.Os pais vieram fantasiados tais quais os filhos.

l) Possível

1- Quando vem acompanhado de “mais”, “menos”, “melhor” ou “pior”, acompanha o artigo que precede as expressões.

A mais possível das alternativas é a que você expôs.Os melhores cargos possíveis estão neste setor da empresa.As piores situações possíveis são encontradas nas favelas da cidade.

m) Meio

1- Como advérbio: invariável.

Estou meio insegura.

2- Como numeral: segue a regra geral.

Comi meia laranja pela manhã.

n) Só

1- apenas, somente (advérbio): invariável.

Só consegui comprar uma passagem.

2- sozinho (adjetivo): variável.

Estiveram sós durante horas.

Concordância Verbal

Por Cristiana GomesSUJEITO CONSTITUÍDO PELOS PRONOMES QUE & QUEM

QUE: se o sujeito for o pronome relativo que, o verbo concorda com o antecedente do pronome relativo.

- Fui eu que falei. (eu falei)- Fomos nós que falamos. (nós falamos)

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QUEM: se o sujeito for o pronome relativo quem, o verbo ficará na terceira pessoa do singular ou concordará com o antecedente do pronome (pouco usado).

- Fui eu quem falou. (ele (3ª pessoa) falou)

Obs: nas expressões “um dos que”, “uma das que”, o verbo deve ir para o plural. Porém, alguns estudiosos e escritores aceitam ou usam a concordância no singular.

- João foi um dos que saíram.

PRONOME DE TRATAMENTOO verbo fica sempre na 3ª pessoa (ele – eles).

- Vossa Alteza deve viajar.- Vossas Altezas devem viajar.

DAR – BATER – SOAR (indicando horas)Quando houver sujeito (relógio, sino) os verbos concordam normalmente com ele.

- O relógio deu onze horas.- O Relógio: sujeitoDeu: concorda com o sujeito.

Quando não houver sujeito, o verbo concorda com as horas que passam a ser o sujeito da oração.

- Deram onze horas.- Deram três horas no meu relógio.

SUJEITO COLETIVO (SUJEITO SIMPLES)

- O cardum- e escapou da rede.- Os cardumes escaparam da rede.

Nesses dois exemplos o verbo concordou com o coletivo (sujeito simples).

Quando o sujeito é formado de um coletivo singular seguido de complemento no plural, admitem-se duas concordâncias:

1ª) verbo no singular.

- O bando de passarinhos cantava no jardim.- Um grupo de professores acompanhou os estudantes.

2ª) o verbo pode ficar no plural, nesse caso o verbo no plural dará ênfase ao complemento.

- O bando de passarinhos cantavam no jardim.- Um grupo de professores acompanharam os estudantes

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SE Verbos transitivos diretos e verbos transitivos diretos e indiretos + – se:

Se o termo que recebe a ação estiver no plural, o verbo deve ir para o plural, se estiver no singular, o verbo deve ir para o singular.

- Alugam-se cavalos.

“Alugar” é verbo transitivo direto.“Cavalos” recebe a ação e está no plural, logo o verbo vai para o plural.

Aqui o “se” é chamado de partícula apassivadora (Cavalos são alugados).

Outros exemplos:

- Vendem-se casas.- Alugam-se apartamentos.- Exigem-se referências.- Consertam-se pianos.- Plastificam-se documentos.- Entregou-se uma flor à mulher. (verbo transitivo direto e indireto)

OBS: Somente os verbos transitivos diretos têm voz passiva.

Qualquer outro tipo de verbo (transitivo indireto ou intransitivo) fica no singular.

- Precisa-se de professores. (Precisar é verbo transitivo indireto)- Trabalha-se muito aqui. (trabalhar é verbo intransitivo)

Nesse caso, o “se” é chamado de índice de indeterminação do sujeito ou partícula indeterminadora do sujeito.

HAVER – FAZER

“Haver” no sentido de “existir”, indicando “tempo” ou no sentido de “ocorrer” ficará na terceira pessoa do singular. É impessoal, ou seja, não admite sujeito.

“Fazer” quando indica “tempo” ou “fenômenos da natureza”, também é impessoal e deverá ficar na terceira pessoa do singular.

- Nesta sala há bons e maus alunos. (= existe)- Já houve muitos acidentes aqui. (= ocorrer)- Faz 10 anos que me formei. (= tempo decorrido)

SUJEITO COMPOSTO RESUMIDO POR UM INDEFINIDO O verbo concordará com o indefinido.

- Tudo, jornais, revistas, TV, só trazia boas noticias.- Ninguém, amigos, primos, irmãos veio visitá-lo.- Amigos, irmãos, primos, todos foram viajar.

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PESSOAS DIFERENTES

O verbo flexiona-se no plural na pessoa que prevalece (a 1ª sobre a 2ª e a 2ª sobre a 3ª).

Eu e tu: nósEu e você: nósEla e eu: nósTu e ele: vós

- Eu, tu e ele resolvemos o mistério. (1ª pessoa prevalece)- O diretor, tu e eu saímos apressados. (1ª pessoa prevalece)- O professor e eu fomos à reunião. (1ª pessoa prevalece)- Tu e ele deveis fazer a tarefa. (2ª pessoa prevalece)

Obs: como a 2ª pessoa do plural (vós) é muito pouco usado na língua contemporânea , é preferível usar a 3ª pessoa quando ocorre a 2ª com a 3ª.

- Tu e ele riam à beça.- Em que língua tu e ele falavam?

Podemos também substituir o “tu” por “você”.

- Você e ele: vocês

NOMES PRÓPRIOS NO PLURAL Se o nome vier antecedido de artigo no plural, o verbo deverá concordar no plural.

- Os Andes ficam na América do Sul.

Se não houver artigo no plural, o verbo deverá concordar no singular.

- Santos fica em São Paulo.- “Memórias Póstumas de Brás Cubas” consagrou Machado de Assis.

Obs 1: Com nome de obras artísticas, admite-se a concordância ideológica com a palavra “obra”, que está implícita na frase.

- “Os Lusíadas” imortalizou Camões.

Obs 2: Com o verbo “ser” e o predicativo no singular, o verbo fica no singular.

“Os Lusíadas” é a maior obra da Literatura Portuguesa.

- Os EUA já foi o primeiro mercado consumidor.

SER

O verbo “ser” concordará com o predicativo quando o sujeito for o pronome interrogativo “que” ou “quem”.

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Page 12: minha gramática2

- Quem são os eleitos?- Que seriam aqueles ruídos estranhos?- Que são dois meses?- Que são células?- Quem foram os responsáveis?

Quando o verbo “ser” indicar tempo, data, dias ou distância, deve concordar com a apalavra seguinte.

- É uma hora.- São duas horas.- São nove e quinze da noite.- É um minuto para as três.- Já são dez para uma.- Da praia até a nossa casa, são cinco minutos.- Hoje é ou são 14 de julho?

Em relação às datas, quando a palavra “dia” não está expressa, a concordância é facultativa.

Se um dos elementos (sujeito ou predicativo) for pronome pessoal, o verbo concordará com ele.

- Eu sou o chefe.- Nós somos os responsáveis.- Eu sou a diretora.

Quando o sujeito é um dos pronomes isto, isso, aquilo, o, tudo, o verbo “ser” concordará com o predicativo.

- Tudo são flores.- Isso são lembranças de viagens.

Pode ocorrer também o verbo no singular concordando com o pronome (raro).

- Tudo é flores.

Quando o verbo “ser” aparece nas expressões “é muito”, “é bastante”, “é pouco”, “é suficiente” denotando quantidade, distância, peso, etc ele ficará no singular.

- Oitocentos reais é muito.- Cinco quilos é suficiente.

Conectivos

Por Sandra MacedoConectivos são conjunções que ligam as orações, estabelecem a conexão entre as orações nos períodos compostos e também as preposições, que ligam um vocábulo a outro.

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Page 13: minha gramática2

O período composto é formado de duas ou mais orações. Quando essas orações são independentes umas das outras, chamamos de período composto por coordenação. Essas orações podem estar justapostas (sem conectivos) ou ligadas por conjunções (= conectivos).

CONECTIVOS coordenativos são as seguintes conjunções coordenadas: ADITIVAS (adicionam, acrescentam): e, nem (e não),também, que; e as locuções: mas também, senão também, como também…Ela estuda e trabalha.

ADVERSATIVAS (oposição, contraste): mas, porém, todavia, contudo, entretanto, senão, que. Também as locuções: no entanto, não obstante, ainda assim, apesar disso.Ela estuda, no entanto não trabalha.

ALTERNATIVAS (alternância): ou. Também as locuções ou…ou, ora…ora, já…já, quer…quer…Ou ela estuda ou trabalha.

CONCLUSIVAS (sentido de conclusão em relação à oração anterior): logo, portanto, pois (posposto ao verbo).Também as locuções: por isso, por conseguinte, pelo que…Ela estudou com dedicação, logo deverá ser aprovada.

EXPLICATIVAS (justificam a proposição da oração anterior): que, porque, porquanto…Vamos estudar, que as provas começam amanhã.

Quando as orações dependem sintaticamente umas das outras, chamamos período composto por subordinação. Esses períodos compõem-se de uma ou mais orações principais e uma ou mais orações subordinadas.

CONECTIVOS subordinativos são as seguintes conjunções e locuções subordinadas:

CAUSAIS (iniciam a oração subordinada denotando causa.): que, como, pois, porque, porquanto. Também as locuções: por isso que, pois que, já que, visto que…Ela deverá ser aprovada, pois estudou com dedicação.

COMPARATIVAS (estabelecem comparação): que, do que (depois de mais, maior, melhor ou menos, menor, pior), como…Também as locuções: tão…como, tanto…como, mais…do que, menos…do que, assim como, bem como, que nem…Ela é mais estudiosa do que a maioria dos alunos.

CONCESSIVAS (iniciam oração que contraria a oração principal, sem impedir a ação declarada): que, embora, conquanto. Também as locuções: ainda que, mesmo que, bem que, se bem que, nem que, apesar de que, por mais que, por menos que…Ela não foi aprovada, embora tenha estudado com dedicação.

CONDICIONAIS (indicam condição): se, caso. Também as locuções: contanto que, desde que, dado que, a menos que, a não ser que, exceto se…Ela pode ser aprovada, se estudar com dedicação.

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Page 14: minha gramática2

Finais (indicam finalidade): As locuções para que, a fim de que, por que…É necessário estudar com dedicação,para que se obtenha aprovação.

TEMPORAIS (indicam circunstância de tempo): quando, apenas, enquanto…Também as locuções: antes que, depois que, logo que, assim que, desde que, sempre que…Ela deixou de estudar com dedicação,quando foi aprovada.

CONSECUTIVAS (indicam conseqüência): que (precedido de tão, tanto, tal) e também as locuções: de modo que, de forma que, de sorte que, de maneira que…Ela estudava tanto, que pouco tempo tinha para dedicar-se à família.

INTEGRANTES (introduzem uma oração):se, que.Ela sabe que é importante estudar com dedicação.

ParticípioPor Araújo, A. Ana Paula de

O particípio, juntamente com o infinitivo e o gerúndio, é uma das chamadas formas nominais do verbo. É chamado assim por não apresentar nenhuma desinência modo-temporal ou número-pessoal. É  uma forma mais fixa, usada para todas as pessoas, e flexionando-se em gênero e número, assemelhando-se mais com um adjetivo do que com uma forma verbal. Mais um motivo para ser chamado de forma nominal.

Nas suas formas regulares, o particípio termina em ADO(A) ou IDO(a).

FALAR – FALADO

A garota havia falado besteira no discurso.

CAMINHAR – CAMINHADO

Nós já  tínhamos caminhado pela manhã.

MORRER – MORRIDO

A sua mãe havia morrido há três meses.

COMER – COMIDO

O rapaz tinha comido tudo que restara.

PARTIR – PARTIDO

Ele tinha partido pela manhã, cedinho, antes que todos acordassem.

SORRIR – SORRIDO

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Page 15: minha gramática2

Embora estivesse triste, havia sorrido para mim com muita confiança.

Como podemos observar nos exemplos, a principal função do particípio é  expressar uma ação concluída, terminada. Porém, há muitos casos em que ele se assemelha com o adjetivo:

O rapaz chegou em casa todo molhado.

Aquela moça é falada em toda a vizinhança.

Os sapatos estavam jogados no canto da sala.

Aquelas mulheres não eram amadas, mas maltratadas pelos maridos.

PARTICÍPIO IRREGULAR – VERBOS ABUNDANTES

Verbos abundantes são aqueles que apresentam mais de uma forma verbal para expressar a mesma flexão. Há muitos verbos que possuem duas formas de particípio: uma em ADO ou IDO – regular, portanto; e outra reduzida, irregular.

1ª  conjugação

Aceitar – aceitado, aceito Entregar – entregado, entregue

Expressar – expressado, expresso

Expulsar – expulsado, expulso

Matar – matado, morto

Salvar – salvado, salvo

Soltar – soltado, solto

2ª  conjugação

Acender – acendido, aceso Benzer – benzido, bento

Eleger – elegido, eleito

Morrer – morrido, morto

Prender – prendido, preso

Romper – rompido, roto

Suspender – suspendido, suspenso

3ª  conjugação

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Emergir – emergido, imerso Exprimir – exprimido, expresso

Extinguir – extinguido, extinto

Frigir – frigido, frito

Imergir – imergido, imerso

Imprimir – imprimido, impresso

Inserir – inserido, inserto

Submergir – submergido, submerso

Tingir – tingido, tinto

VERBOS DE UM ÚNICO PARTICÍPIO IRREGULAR

Abrir – aberto Cobrir – coberto

Dizer – dito

Escrever – escrito

Fazer – feito

Pôr – posto

Ver – visto

Vir – vindo.

Obs: estes exemplos foram listados pelo gramático Rocha Lima, com referência abaixo.

SubstantivosPor Sandra Macedo

Os substantivos são palavras que usamos para nomear os seres e as coisas. Possuem classificação e flexionam-se em gênero, número e grau.

Quanto à classificação podem ser:

Concretos

Quando tratam de coisas reais, ou tidas como reais.homem, menino, lobisomem, fada.

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Abstratos

Quando tratam de estados e qualidades, sentimentos e ações.

vida (estado), beleza (qualidade), felicidade (sentimento), esforço (ação).

Simples

Quando formados por um só radical.flor, tempo, chuva…

Compostos

Quando possuem mais de um radical.couve-flor, passatempo, guarda-chuva…

Primitivos

Quando não derivam de outra palavra da língua portuguesa.pedra, ferro, porta…

Derivados

Quando derivam de outra palavra da língua portuguesa.pedreira, pedreiro, ferreiro, portaria…

Comuns

Quando se referem a seres da mesma espécie, sem especificá-los.país, cidade, pessoa…

Próprios

Quando se referem a seres, pessoas, entidades determinados. São escritos sempre com inicial maiúscula.Brasil, Santos, João, Deus…

Coletivos

Quando se referem a um conjunto de seres da mesma espécie.álbum (fotografias, selos), biblioteca (livros), código (leis)…

Flexionam-se em gênero para indicar o sexo dos seres vivos. (quanto aos seres inanimados a classificação é convencional).

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Masculino

Quando podem ser precedidos dos artigos o ou os.

Feminino

Quando podem ser precedidos dos artigos a ou as.

Existem ainda substantivos que são uniformes em gênero:

Epicenos

Quando um só gênero se refere a animais macho e fêmea.jacaré (macho ou fêmea)…

Sobrecomuns

Quando um só gênero se refere a homem ou mulher.a criança (tanto menino quanto menina)

Comuns de dois gêneros

Quando uma só forma existe para se referir a indivíduos dos dois sexos.o artista, a artista, o dentista, a dentista…

Flexionam-se em número para indicar a quantidade (um ou mais seres).

Singular

Quando se refere a um único ser ou grupo de seres.homem, povo, flor…

Plural

Quando se refere a mais de um ser ou grupo de seres.homens, povos, flores…

Existem ainda substantivos que só se empregam no plural.férias, pêsames, núpcias…

Flexionam-se em grau para se referir ao tamanho e também emprestar significado pejorativo, afetivo, etc.

Normal: gente, povo…Aumentativo: gentalha, povão (com sentido pejorativo)Diminutivo: gentinha, povinho (com sentido pejorativo)

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Substantivos Coletivos

Por Araújo, A. Ana Paula deO substantivo coletivo é um substantivo comum que, mesmo no singular indica um agrupamento, multiplicidade de seres de uma mesma espécie.

Vejamos alguns substantivos coletivos:

Substantivos Coletivos

Alcatéia De lobos

Arquipélago De ilhas

Banca De examinadores

Bando De aves, de ciganos, de malfeitores

Cáfila De camelos

Cancioneiro Conjunto de canções, de poesias líricas

Cardume De peixes

Chusma De gente, de pessoas

Corja De vadios, de tratantes, de velhacos, de ladrões

Elenco De Atores

Farândola De ladrões, de desordeiros, de assassinos, de maltrapilhos, de vadios

Feixe De lenha, de capim

Girândola De foguetes

Junta De bois, de médicos, de credores, de examinadores

Magote De pessoas, de coisas

Manada De bois, de búfalos, de elefantes

Matula De vadios, de desordeiros

Molho De chaves, de verdura

Ninhada De pintos

Quadrilha De ladrões, de bandidos

Ramalhete De flores

Récua De bestas de carga

Roda De pessoas

Talha De lenha

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Page 20: minha gramática2

Vara De porcos

Armento De gado grande: bois, búfalos

Atilho De espigas

Banda De músicos

Cacho (de bananas, de uvas)

Cambada De malandros

Caravana De viajantes, de peregrinos, de estudantes

Choldra De assassinos, de malandros, de malfeitores

Constelação De estrelas

Coro De anjos, de cantores

Falange De soldados, de anjos

Fato De cabras

Frota De navios mercantes, de autocarros

Horda De povos selvagens nômades, de desordeiros, de aventureiros, de bandidos, de invasores

Legião De soldados, de demônios

Malta De desordeiros

Matilha De cães de caça

Mó De gente

Multidão De pessoas

Plêiade De poetas, de artistas

Romanceiro Conjunto de poesias narrativas

Rebanho De ovelhas

Réstia De cebolas, de alhos

Súcia De velhacos, de desonestos

Tropa De muares

Fonte: www . priberam . pt

Um substantivo coletivo designa, gramaticalmente, um conjunto de objetos da mesma espécie. Em muitos casos, pode haver mais de um coletivo, dependendo da condição dos objetos.

Definição. O substantivo coletivo é a palavra que define o conjunto de seres ou coisas de uma mesma espécie.

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Page 21: minha gramática2

Sinonímia: 1. Coleção. 2. Reunião de coisas ou seres.

Antonímia: 1. Componente único. 2. Indivíduo. 3. Particularidade.

Etimologística. O termo substantivo vem do idioma latim, substantivus, e surgiu em 1540. O termo coletivo também vem do idioma latim, collectivus, e surgiu em 1671.

Intrafisicologia. Segundo a Intrafisicologia, existem vários exemplos de subtantivos coletivos que merecem reflexão.

Relação dos Coletivos mais conhecidos:

Abecedário ou alfabeto – de letras distintas que representam fonemas em um determinado idioma.

Abelha – enxame, cortiço, colméia

Abelhas – colméia / enxame / cortiço

Abotoadura – botão de qualquer peça de vestuário

Abutre – bando

Abutres – bando

Acervo – de quadros

Acompanhante – comitiva, cortejo, séqüito

Acompanhantes – comitiva / cortejo / séqüito

Alameda – árvore em linha

Álbum – de fotografias, de figurinhas

Alcatéia – de lobos

Alho – (quando entrelaçados) réstia, enfiada, cambada

Alhos / cebolas – réstia

Aluno – classe

Alunos – classe

Amigo – (quando em assembléia) tertúlia

Amigos – (em assembléia) tertúlia

Andecamestre – onze meses

Animais (de corte) – gado

Animais (de raça, para reprodução) – plantel

Animais (de uma região) – fauna

Animais (em geral) – piara / pandilha

Animais de carga tropa (se inferior a 10) – lote

Animais ferozes – alcatéia

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Page 22: minha gramática2

Animal – (em geral) piara, pandilha, (todos de uma região) fauna, (manada de cavalgaduras) récua, récova, (de carga) tropa, (de carga, menos de 10) lote, (de raça, para reprodução) plantel, (ferozes ou selvagens) alcatéia

Anjo – chusma, coro, falange, legião, teoria

Anjos – chusma / coro / falange / legião / teoria

Apetrecho – (quando de profissionais) ferramenta, instrumental

Apetrechos profissionais – ferramenta / instrumental

Aplaudidor – (quando pagos) claque

Aplaudidores pagos – fauna

Arcabuzeiro – batalhão, manga, regimento

Arcabuzeiros – batalhão / manga / regimento

Argumento – carrada, monte, montão, multidão

Arma – (quando tomadas dos inimigos) troféu

Navios de Guerra – Armada, esquadra, frota

Armas tomadas do inimigo – troféu

Arquipélagos – de ilhas agrupadas em uma mesma região

Arroz – batelada

Artigo – (quando heterogêneo) mixórdia

Artista – (quando trabalham juntos) companhia, elenco

Artistas cênicos (atores / atrizes) – elenco / grupo

Árvore – (quando em linha) alameda, carreira, rua, souto, (quando constituem maciço) arvoredo, bosque, (quando altas, de troncos retos a aparentar parque artificial) malhada

Arvoredo – árvore quando constituem maciço

Árvores – aléia / alameda / arvoredo / fileira / renque

Asneira – acervo, chorrilho, enfiada, monte

Asneiras – chorrilho / enfiada

Asno – manada, récova, récua

Asnos – manada / récova / récua

Assassino – choldra

Assassinos – choldra / choldraboldra

Assistente – assistência

Assistentes – assistência

Astro – (quando reunidos a outros do mesmo grupo) constelação

Astros constelação

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Page 23: minha gramática2

Atlas – de mapas

Ator – elenco

Autógrafo – (quando em lista especial de coleção) álbum

Ave – (quando em grande quantidade) bando, nuvem

Aves bando / revoada

Avião – esquadrão, esquadria, flotilha

Aviões esquadrilha / esquadrão / flotilha

Baixela – de utensílios de mesa

Bala – saraiva, saraivada

Balas – saraiva / saraivada

Bambus -  moita

Bananas – penca

Banda – de instrumentistas tocando a mesma peça, desde que não haja instrumentos de cordas.

Bandeira – (de marinha) mariato

Bandidos – malta / choldra

Bando – de pássaros ou aves

Bandoleiro – caterva, corja, horda, malta, súcia, turba

Bandoleiros – caterva / corja / horda / malta / súcia / turba

Batalhão – legião, pelotão, tropa – de soldados de uma determinada repartição.

Bêbado – corja, súcia, farândola

Bêbados – corja / súcia / farândola

Biblioteca – de livros organizados em prateleiras

Biênio – dois anos

Bimestre – dois meses

Bispos – sínodo / concílio

Boi – boiada, abesana, armento, cingel, jugada, jugo, junta, manada, rebanho, tropa

Boiada – de bois

Bois / vacas manada / abesana / armento / cingel / horda / jugada / jugo / junta / ponta de gado / rebanho

Bomba – bateria

Bombas – bateria

Borboleta – boana, panapaná

Borboletas – panapaná / boana

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Page 24: minha gramática2

Bosque – floresta, mata – de árvores

Botão – (de qualquer peça de vestuário) abotoadura, (quando em fileira) carreira

Botões de vestuários – abotoadura / carreira (quando enfileirados)

Brinquedo – choldra

Brinquedos choldra

Bruxas – conciliábulo

Bugio – capela

Bugios capela

Burro – (em geral) lote, manada, récua, tropa, (quando carregado) comboio

Burros / jumentos tropa / grupo / lote / manada / récova / récua / comboio (quando carregados)

Busto – (quando em coleção) galeria

Bustos de uma coleção – galeria

Cabelo – (em geral) chumaço, guedelha, madeixa, (conforme a separação) marrafa, trança

Cabelos (de acordo com a separação) trança / marrafa

Cabelos (em geral) chumaço / madeixa

Cabo – cordame, cordoalha, enxárcia

Cabos – cordoalha / cordame / enxárcia

Cabra – fato, malhada, rebanho

Cabras – fato

Cacho – de frutas, quando reunidas sob um mesmo talo.

Cadeira – (quando dispostas em linha) carreira, fileira, linha, renque

Cadeiras (alinhadas) fila / carreira / linha / renque

Cães – adua / cainçalha / canzoada / matilha

Cáfila – de Camelos (quando enfileirados)

Cálice – baixela

Câmaras – congresso / assembléia

Cameleiro – caravana

Cameleiros – caravana

Camelo – (quando em comboio) cáfila

Camelos – cáfila / récua

Caminhão – frota

Caminhôes – frota

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Page 25: minha gramática2

Camundongo – (quando nascidos de uma só vez) ninhada

Camundongos – ninhada

Canção – (quando reunidas em livro) cancioneiro, (quando populares de uma região) folclore

Canhão – bateria

Canhões – bateria

Cantilena – salsada

Cantilenas-  salsada

Cantores – coro

Canzoada – de cães

Cão – adua, cainçalha, canzoada, chusma, matilha

Capim – feixe, braçada, paveia

Caranguejos – cambada

Caravana – de viajantes em uma mesma viagem

Cardeais (em geral) – sacro colégio

Cardeais (reunidos para eleger o papa) – conclave

Cardeais (reunidos sob a direção do Papa) – consistório

Cardeal – (em geral) sacro colégio, (quando reunidos para a eleição do papa) conclave, (quando reunidos sob a direção do papa) consistório

Cardume – de peixes

Carneiro – chafardel, grei, malhada, oviário, rebanho

Carro – (quando unidos para o mesmo destino) comboio, composição, (quando em desfile), corso .

Carta – (em geral) correspondência, (quando manuscritas em forma de livro) cartapácio, (quando geográficas) atlas

Cartas – escrínio

Casa – (quando unidas em forma de quadrados) quarteirão, quadra.

Castanha – (quando assadas em fogueira) magusto

Cavalariano – (de cavalaria militar) piquete

Cavaleiro – cavalgada, cavalhada, tropel

Cavalgadura – cáfila, manada, piara, récova, récua, tropa, tropilha

Cavalgaduras – récua

Cavalo – manada, tropa

Cavalos – tropa

Cebola – (quando entrelaçadas pelas hastes) cambada, enfiada, réstia

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Page 26: minha gramática2

Cédula – bolada, bolaço

Célula – (quando diferenciadas igualmente) tecido

Cereais – batelada

Cereal – (em geral) fartadela, fartão, fartura, (quando em feixes) meda, moréia

Chave – (quando num cordel ou argola) molho penca

Chaves – molho

Choldra – de malandros

Cigano – bando, cabilda, pandilha

Cliente – clientela, freguesia

Coisa – (em geral) coisada, coisarada, ajuntamento, chusma, coleção, cópia, enfiada, (quando antigas e em coleção ordenada) museu, (quando em lista de anotação) rol, relação, (em quantidade que se pode abranger com os braços) braçada, (quando em série) seqüência, série, seqüela, coleção, (quando reunidas e sobrepostas) monte, montão, cúmulo

Coluna – colunata, renque

Conclave – de cardeais reunidos para eleger o papa

Cônego – cabido

Cónegos cabido

Congregação – professores de faculdade

Consistório – de cardeais reunidos para prestar assistência ao papa

Constelação – de estrelas em uma mesma região, às quais se associa uma figura mitológica.

Conta – (quando miúdas) conta, miçanga

Copo – baixela

Corda – (em geral) cordoalha, (quando no mesmo liame) maço, (de navio) enxárcia, cordame, massame, cordagem

Cordilheira, serra – de montanhas enfileiradas (dependendo do tamanho das montanhas e da extensão)

Corpo docente – professores de estabelecimento primário e secundário

Correia – (em geral) correame, (de montaria) apeiragem

Credor – junta, assembléia

Crença – (quando populares) folclore

Crente – grei, rebanho

Década – dez anos

Decamestre – dez meses

Demónios – legião

Depredador – horda

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Page 27: minha gramática2

Deputado – (quando oficialmente reunidos) câmara, assembléia

Desordeiro – caterva, corja, malta, pandilha, súcia, troça, turba

Desordeiros – caterva

Diabo – legião

Dinheiro – bolada, bolaço, disparate

Disco – discoteca

Discoteca – de disco

Disparate – apontoado

Doze – (coisas ou animais) dúzia

Ébrio – v bêbado

Égua – v cavalo

Elefante – manada

Elefantes – armento

Elenco – de atores, de artistas

Empregado – (quando de firma ou repartição) pessoal

Enxame – de abelhas

Erro – barda

Escola – (quando de curso superior) universidade

Escola – de cetáceos

Escravo – (quando da mesma morada) senzala, (quando para o mesmo destino) comboio, (quando aglomerados) bando

Escrito – (quando em homenagem a homem ilustre) poliantéia, (quando literários) analectos, antologia, coletânea, crestomatia, espicilégio, florilégio, seleta

Espectador – (em geral) assistência, auditório, concorrência, (quando contratados para aplaudir) claque

Espectadores – auditório

Espiga – (quando atadas) amarrilho, arregaçada, atado, atilho, braçada, fascal, feixe, gavela, lio, molho, paveia

Esquadrilha – de aviões

Estaca – (quando fincadas em forma de cerca) paliçada

Estado – (quando unidos em nação) federação, confederação, república

Estampa – (quando selecionadas) iconoteca, (quando explicativas) atlas

Estátua – (quando selecionadas) galeria

Estátua – galeria

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Page 28: minha gramática2

Estrela – (quando cientificamente agrupadas) constelação, (quando em quantidade) acervo, (quando em grande quantidade) miríade

Estrelas – constelação / plêiade

Estudante – (quando da mesma escola) classe, turma, (quando em grupo cantam ou tocam) estudantina, (quando em excursão dão concertos) tuna, (quando vivem na mesma casa) república

Estudantes – turma

Examinadores – banca

Exemplos – exemplário

Exército – de soldados

Exploradores – bandeira

Facínora – caterva, horda, leva, súcia

Família – parentes em geral

Farandula – mendigos

Fato – de cabras

Fauna – de animais de uma região

Fazenda – (quando comerciáveis) sortimento

Feijão – (quando comerciáveis) batelada, partida

Feiticeiro – (quando em assembléia secreta) conciliábulo

Feno – braçada, braçado

Filhote – (quando nascidos de uma só vez) ninhada

Filme – filmoteca, cinemoteca

Fio – (quando dobrado) meada, mecha, (quando metálicos e reunidos em feixe) cabo

Flecha – (quando caem do ar, em porção) saraiva, saraivada

Flor – (quando atadas) antologia, arregaçada, braçada, fascículo, feixe, festão, capela, grinalda, ramalhete, buquê, (quando no mesmo pedúnculo) cacho

Flora – de plantas de uma região

Flores ramalhete / braçada / ramo

Foguete – (quando agrupados em roda ou num travessão) girândola

Força naval – armada

Força terrestre – exército

Formiga – cordão, correição, formigueiro

Formigas – correição

Frade – (quando ao local em que moram) comunidade, convento, (quanto ao fundador ou quanto às regras que obedecem) ordem

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Page 29: minha gramática2

Frase – (quando desconexas) apontoado

Freguês – clientela, freguesia

Fruta – (quando ligadas ao mesmo pedúnculo) cacho, (quanto à totalidade das colhidas num ano) colheita, safra

Fumo – malhada

Gafanhoto – nuvem, praga

Gafanhotos – nuvem

Garoto – cambada, bando, chusma

Gato – cambada, gatarrada, gataria

Gente – (em geral) chusma, grupo, multidão, (quando indivíduos reles) magote, patuléia, poviléu

Girândola – de fogos de artifício

Grão – manípulo, manelo, manhuço, manojo, manolho, maunça, mão, punhado

Graveto – (quando amarrados) feixe

Gravura – (quando selecionadas) iconoteca

Habitante – (em geral) povo, população, (quando de aldeia, de lugarejo) povoação

Herói – falange

Heróis falange

Hiena – alcatéia

Hino – hinário

Ilha – arquipélago

Ilhas – arquipélago

Imigrante – (quando em trânsito) leva, (quando radicados) colônia

Índio – (quando formam bando) maloca, (quando em nação) tribo

Inseto – (quando nocivos) praga, (quando em grande quantidade) miríade, nuvem, (quando se deslocam em sucessão) correição

Instrumento – (quando em coleção ou série) jogo, ( quando cirúrgicos) aparelho, (quando de artes e ofícios) ferramenta, (quando de trabalho grosseiro, modesto) tralha

Javali – alcatéia, malhada, vara

Jornal – hemeroteca

Jumento – récova, récua

Jurado – júri, conselho de sentença, corpo de jurados

Jurados – corpo

Ladrão – bando, cáfila, malta, quadrilha, tropa, pandilha

Ladrões – quadrilha

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Page 30: minha gramática2

Lâmpada – (quando em fileira) carreira, (quando dispostas numa espécie de lustre) lampadário

Leão – alcatéia

Lei – (quando reunidas cientificamente) código, consolidação, corpo, (quando colhidas aqui e ali) compilação

Leis – legislação

Leitão – (quando nascidos de um só parto) leitegada

Lenha – talha

Livro – (quando amontoados) chusma, pilha, ruma, (quando heterogêneos) choldraboldra, salgalhada, (quando reunidos para consulta) biblioteca, (quando reunidos para venda) livraria, (quando em lista metódica) catálogo

Livros biblioteca

Lobo – alcatéia, caterva

Lobos alcatéia

Lustro – cinco anos

Macaco – bando, capela

Malfeitor – (em geral) bando, canalha, choldra, corja, hoste, joldra, malta, matilha, matula, pandilha, (quando organizados) quadrilha, seqüela, súcia, tropa

Maltrapilho – farândola, grupo

Manada – de bovideos ou vacatória (victória)outros animais selvagens

Mantimento – (em geral) sortimento, provisão, (quando em saco, em alforge) matula, farnel, (quando em cômodo especial) despensa

Mapa – (quando ordenados num volume) atlas, (quando selecionados) mapoteca

Máquina – maquinaria, maquinismo

Marinheiro – maruja, marinhagem, companha, equipagem, tripulação, chusma

Matilha – de canídeos

Médico – (quando em conferência sobre o estado de um enfermo) junta

Médicos – junta

Menino – (em geral) grupo, bando, (depreciativamente) chusma, cambada

Mentira – (quando em seqüência) enfiada

Mercadoria – sortimento, provisão

Mercenário – mesnada

Metal – (quando entra na construção de uma obra ou artefato) ferragem

Milênio – mil anos

Ministro – (quando de um mesmo governo) ministério, (quando reunidos oficialmente) conselho

Mó – de pessoas

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Page 31: minha gramática2

Moças rancho

Molho – de chaves

Montanha – cordilheira, serra, serrania

Mosca – moscaria, mosquedo

Móvel – mobília, aparelho, trem

Mulas – ponta

Multidão – de pessoas reunidas em um lugar

Música – (quanto a quem a conhece) repertório

Músico – (quando com instrumento) banda, charanga, filarmônica, orquestra

Músicos banda

Nação – (quando unidas para o mesmo fim) aliança, coligação, confederação, federação, liga, união

Navio – (em geral) frota, (quando de guerra) frota, flotilha, esquadra, armada, marinha, (quando reunidos para o mesmo destino) comboio

Navios – flotilha / armada / esquadra

Ninhada – de filhotes, de pintos

Nome – lista, rol

Nonamestre – nove meses

Nota – (na acepção de dinheiro) bolada, bolaço, maço, pacote, (na acepção de produção literária, científica) comentário

Novena-nove dias

Nuvem – de gafanhotos, de mosquitos, de gatos

Objeto -coisa

Octamestre – oito meses

Onda – (quando grandes e encapeladas) marouço

Órgão – (quando concorrem para uma mesma função) aparelho, sistema

Orquestra ou Camerata – de instrumentistas de quaisquer instrumentos tocando a mesma peça (a camerata é uma orquestra de pequeno porte).

Orquídea – (quando em viveiro) orquidário

Osso – (em geral) ossada, ossaria, ossama, (quando de um cadáver) esqueleto

Ouvinte – auditório

Ovelha – (em geral) rebanho, grei, chafardel, malhada, oviário, (quando ainda não deram cria e nem estão prenhes) alfeire

Ovelhas – rebanho

Ovo – (os postos por uma ave durante certo tempo) postura, (quando no ninho) ninhada

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Page 32: minha gramática2

Padre – clero, clerezia

Palavra – (em geral) vocabulário, (quando em ordem alfabética e seguida de significação) dicionário, léxico, (quando proferidas sem nexo) palavrório

Panapaná – de borboletas

Pancada – data

Pantera – alcatéia

Papel – (quando no mesmo liame) bloco, maço, (em sentido lato, de folhas ligadas e em sentido estrito, de 5 folhas) caderno, (5 cadernos) mão, (20 mãos) resma, (10 resmas) bala

Papel resma

Parente – (em geral) família, (em reunião) tertúlia

Partidário – facção, partido, torcida

Partido (político) – (quando unidos para um mesmo fim) coligação, aliança, coalização, liga

Passarinho – nuvem, bando

Pássaro – passaredo, passarada

Pássaros revoada / bando

Pau – (quando amarrados) feixe, (quando amontoados) pilha, (quando fincados ou unidos em cerca) bastida, paliçada

Peça – (quando devem aparecer juntas na mesa) baixela, serviço, (quando artigos comerciáveis, em volume para transporte) fardo, (em grande quantidade) magote, (quando pertencentes à artilharia) bateria, (de roupas, quando enroladas) trouxa, (quando pequenas e cosidas umas às outras para não se extraviarem na lavagem) apontoado, (quando literárias) antologia, florilégio, seleta, silva, crestomatia, coletânea, miscelânea.

Peixe – (em geral e quando na água) cardume, (quando miúdos) boana, (quando em viveiro) aquário, (quando em fileira) cambada, espicha, enfiada, (quando à tona) banco, manta

Peixes cardume

Pena – (quando de ave) plumagem

Penca – de frutas, quaisquer.

Peregrino – caravana, romaria, romagem

Pérola – (quando enfiadas em série) colar, ramal

Pérolas – fio

Pessoa – (em geral) aglomeração, banda, bando, chusma, colméia, gente, legião, leva, maré, massa, mó, mole, multidão, pessoal, roda, rolo, troço, tropel, turba, turma, (quando reles) corja, caterva,choldra, farândola, récua, súcia, (quando em serviço, em navio ou avião) tripulação, (quando em acompanhamento solene) comitiva, cortejo, préstito, procissão, séqüito, teoria, (quando ilustres) plêiade, pugilo, punhado, (quando em promiscuidade) cortiço, (quando em passeio) caravana, (quando em assembléia popular) comício, (quando reunidas para tratar de um assunto) comissão, conselho, congresso, conclave, convênio, corporação, seminário, (quando sujeitas ao mesmo estatuto) agremiação, associação, centro, clube, grêmio, liga, sindicato, sociedade

Pessoas -  multidão / roda

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Page 33: minha gramática2

Pilha – (quando elétricas) bateria

Pilha – de objetos colocados um em cima do outro

Pinacoteca – de pinturas

Pintinhos ninhada

Pinto – (quando nascidos de uma só vez) ninhada

Planta – (quando frutíferas) pomar, (quando hortaliças, legumes) horta, (quando novas, para replanta) viveiro, alfobre, tabuleiro, (quando de uma região) flora, (quando secas, para classificação) herbário.

Plantas – flora

Plêiade – de artistas correlacionados

Pó – nuvem

Pomar – de angiospermas em um determinado local.

Ponto – (de costura) apontoado

População, povo – de pessoas de uma determinada entidade geográfica

Porco – (em geral) manada, persigal, piara, vara, (quando do pasto) vezeira

Porcos – vara

Povo – (nação) aliança, coligação, confederação, liga

Prato – baixela, serviço, prataria

Prelado – (quando em reunião oficial) sínodo

Prelatura – de bispos

Prisioneiro – (quando em conjunto) leva, (quando a caminho para o mesmo destino) comboio

Prisioneiros – leva

Professor – (quando de estabelecimento primário ou secundário) corpo docente, (quando de faculdade) congregação

Professores / religiosos – congregação

Programa – de projetos

Quadriênio – quatro anos

Quadrilha – de bandidos

Quadrimestre – quatro meses

Quadro – (quando em exposição) pinacoteca, galeria

Quadros – acervo

Querubim – coro, falange, legião

Quinquimestre – cinco meses

Ramalhete – de flores separadas da árvore.

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Page 34: minha gramática2

Rebanho – de gado, de ovelhas ,de cabras

Recipiente – vasilhame

Recruta – leva, magote

Religioso – clero regular

Réstia – de alhos, de cebolas

Revoada – de aves em vôo: pardais, pombos, etc.

Roupa – (quando de cama, mesa e uso pessoal) enxoval, (quando envoltas para lavagem) trouxa

Roupas – rol

Salteador – caterva, corja, horda, quadrilha

Saudade – arregaçada

Século – cem anos

Selo – coleção

Semestre – seis meses

Septuamestre – sete meses

Serra – (acidente geográfico) cordilheira

Serras / montes cordilheira

Servical – queira

Soldado – tropa, legião

Soldados – batalhão / troço / exército

Tecidos – fardo

Tertúlia – parentes em reunião

Time – de jogadores de uma modalidade esportiva, de um determinado

Trabalhador – (quando reunidos para um trabalho braçal) rancho, (quando em trânsito) leva

Trechos literários – antologia

Triênio – três anos

Trimestre – três meses

Tripulante – equipagem, guarnição, tripulação

Trompa – de Lhamas

Tropa – de burros, de cavalos

Turma (ou classe) – de alunos assistindo à mesma aula, de clube ou federação.trabalhadores da mesma organização

Utensílio – (quando de cozinha) bateria, trem, (quando de mesa) aparelho, baixela

Vadio – cambada, caterva, corja, mamparra, matula, súcia

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Page 35: minha gramática2

Vagabundos caterva / matula / malta

Vara – (quando amarradas) feixe, ruma

Vara – de porcos

Veículos – frota

Velhaco – súcia, velhacada

Velhacos – súcia

Vespas – enxame

Viajantes caravana

Vídeo – videoteca

Vozes – coro

Os tempos verbais podem ser caracterizados como primitivos ou derivados. Os tempos verbais primitivos pertencem ao modo indicativo. São eles:

1. Presente

1ª Conjugação: Falar 2ª Conjugação: Comer

3ª Conjugação: Cumprir

Desinência Pessoal

Eu falo Eu como Eu cumpro O

Tu falas Tu comes Tu cumpres S

Ele Fala Ele come Ele cumpre -

Nós falamos Nós comemos Nós cumprimos MOS

Vós Falais Vós comeis Vós Cumpris IS

Eles Falam Eles comem Eles Cumprem M

2. Pretérito Perfeito

1ª Conjugação: Falar 2ª Conjugação: Comer

3ª Conjugação: Cumprir

Desinência Pessoal

Eu falei Eu comi Eu cumpri I

Tu falaste Tu comeste Tu cumpriste STE

Ele Falou Ele comeu Ele cumpriu U

Nós falamos Nós comemos Nós cumprimos MOS

Vós Falastes Vós comestes Vós Cumpristes STES

Eles Falaram Eles comeram Eles Cumpriram RAM

3. Infinitivo Impessoal

1ª Conjugação: Falar 2ª Conjugação: 3ª Conjugação: Desinência Pessoal

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Page 36: minha gramática2

Comer Cumprir

Os tempos verbais derivados dividem-se em

1. Derivados do Presente

Presente do Subjuntivo

1ª Conjugação: Falar

2ª Conjugação: Comer

3ª Conjugação: Cumprir

Des. Temp. 1ª conj.

Des. Temp. 2ª e 3ª conj.

Desinência pessoal

Eu Fale Eu coma Eu cumpra E A Ø

Tu Fales Tu comas Tu cumpras E A S

Ele Fale Ele coma Ele cumpra E A Ø

Nós falemos Nós comamos Nós cumpramos E A MOS

Vós Faleis Vós comais Vós Cumprais E A IS

Eles Falem Eles comam Eles Cumpram E A M

Imperativo Afirmativo

Imperativo Negativo

2. Derivados do Pretérito Perfeito do Indicativo

 

Pretérito mais-que-perfeito do indicativo

1ª Conjugação: Falar

2ª Conjugação: Comer

3ª Conjugação: Cumprir

Desinência temporal

Desinência Pessoal

Eu falara Eu comera Eu cumprira RA Ø

Tu falaras Tu comeras Tu cumpriras RA s

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Page 37: minha gramática2

Ele Falara Ele comera Ele cumprira RA Ø

Nós faláramos Nós comêramos Nós cumpríramos RA mos

Vós Falareis Vós comereis Vós Cumprireis RE is

Eles Falaram Eles comeram Eles Cumpriram RA m

Pretérito imperfeito do subjuntivo

1ª Conjugação: Falar

2ª Conjugação: Comer

3ª Conjugação: Cumprir

Desinência Temporal

Desinência Pessoal

Eu falasse Eu comesse Eu cumprisse SSE Ø

Tu falasses Tu comesses Tu cumprisses SSE s

Ele Falasse Ele comesse Ele cumprisse SSE Ø

Nós falássemos Nós comêssemos Nós cumpríssemos SSE mos

Vós Falásseis Vós comêsseis Vós Cumprísseis SSE is

Eles Falassem Eles comessem Eles Cumprissem SSE m

Futuro do Subjuntivo

1ª Conjugação: Falar

2ª Conjugação: Comer

3ª Conjugação: Cumprir

Desinência Temporal

Desinência Pessoal

Eu falar Eu comer Eu cumprir R Ø

Tu falares Tu comeres Tu cumprires R es

Ele Falar Ele comer Ele cumprir R Ø

Nós falarmos Nós comermos Nós cumprirmos R mos

Vós Falardes Vós comerdes Vós Cumprirdes R des

Eles Falarem Eles comerem Eles Cumprirem R em

3. Derivados do Infinitivo Impessoal

 

Futuro do presente do indicativo

1ª Conjugação: Falar

2ª Conjugação: Comer

3ª Conjugação: Cumprir

Desinência Temporal

Desinência Pessoal

Eu falarei Eu comerei Eu cumprirei RE i

Tu falarás Tu comerás Tu cumprirás RA s

Ele Falará Ele comerá Ele cumprirá RA Ø

Nós falaremos Nós comeremos Nós cumpriremos RE mos

Vós Falareis Vós comereis Vós Cumprireis RE is

Eles Falarão Eles comerão Eles Cumprirão RA o

Futuro do pretérito do indicativo

1ª Conjugação: Falar

2ª Conjugação: Comer

3ª Conjugação: Cumprir

Desinência Temporal

Desinência Pessoal

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Page 38: minha gramática2

Eu falaria Eu comeria Eu cumpriria RIA Ø

Tu falarias Tu comerias Tu cumpririas RIA s

Ele Falaria Ele comeria Ele cumpriria RIA Ø

Nós falaríamos Nós comeríamos Nós cumpriríamos RIA mos

Vós Falaríeis Vós comeríeis Vós Cumpriríeis RIE is

Eles Falariam Eles comeriam Eles Cumpririam RIA m

Pretérito Imperfeito do indicativo

1ª Conjugação: Falar

2ª Conjugação: Comer

3ª Conjugação: Cumprir

Des. Temp 1ª conj.

Des.Temp2ª conj.

Desinência Pessoal

Eu falava Eu comia Eu cumpria VA IA Ø

Tu falavas Tu comias Tu cumprias VA IA s

Ele Falava Ele comia Ele cumpria VA IA Ø

Nós falávamos Nós comíamos Nós cumpríamos VA IA mos

Vós Faláveis Vós comíeis Vós Cumpríeis VE IE is

Eles Falavam Eles comiam Eles Cumpriam VA IA m

Gerúndio

1ª Conjugação: Falando

2ª Conjugação: Comendo

3ª Conjugação: Cumprindo

Desinência Pessoal

Particípio

1ª Conjugação: Falado

2ª Conjugação: Comido

3ª Conjugação: Cumprido

Desinência Pessoal

Dica: Para a formação dos tempos derivados dos verbos, observar o tempo primitivo correspondente.

Verbos Regulares e IrregularesPor Araújo, A. Ana Paula de

Cada verbo da língua portuguesa possui sua conjugação, ou seja, cada verbo se flexiona utilizando as desinências, que são os morfemas que, associados aos verbos, nos dizem em que tempo, pessoa, número e modo eles estão. Um verbo regular utiliza sempre os mesmos morfemas para indicar que está em determinada pessoa, número, tempo e modo, vejamos:

Verbos regulares da 1ª  conjugação:

Eu canto

Tu cantas

Eu amo

Tu amas

Eu falo

Tu falas

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Page 39: minha gramática2

Ele canta

Nós cantamos

Vós Cantais

Eles Cantam

Ele ama

Nós amamos

Vós amais

Eles amam

Ele fala

Nós falamos

Vós falais

Eles falam

Observemos que o radical se repete sem alterações e que as desinências também se repetem. Na primeira pessoa do plural (nós), no presente do indicativo, sempre utiliza-se o morfema –amos.

Vejamos o mesmo com verbos regulares da 2ª conjugação:

Eu conheci

Tu conheceste

Ele conheceu

Nós conhecemos

Vós conhecestes

Eles conheceram

Eu vivi

Tu viveste

Ele viveu

Nós vivemos

Vós vivestes

Eles viveram

Eu comi

Tu comeste

Ele comeu

Nós comemos

Vós comestes

Eles comeram

Da mesma maneira, observamos que no caso dos verbos regulares, repetem-se os radicais e são acrescentados sempre os mesmos morfemas para marcar as flexões do verbo.

E os verbos irregulares, o que seriam? Fica fácil de deduzir, não  é verdade? São aqueles que não correspondem a esta regularidade mostrada acima, que sofrem alguns acidentes e que tem os seus morfemas modificados, de modo que não podemos estabelecer um paradigma entre eles, nem prever que forma as desinências tomarão, pois vieram sendo modificadas ao longo do tempo, por conta da evolução da nossa língua.

Vejamos alguns verbos irregulares listados por Rocha Lima¹ em cada conjugação:

1ª  conjugação

ESTAR

Nem todas as suas formas verbais são irregulares. O pretérito imperfeito do indicativo, por exemplo, é regular (estava).

Estou, estaremos, estivemos, etc.

DAR

Presente do indicativo: dou, dás, dá, dão.

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Page 40: minha gramática2

Pretérito perfeito: deste, deu, demos, dei, deram.

VERBOS TERMINADOS EM –EAR E –IAR.

Passear, Principiar, Mobiliar, Apiedar-se, Aguar, Desaguar, Enxaguar, Minguar, Magoar, Obviar, etc.

2ª  conjugação

CABER

Presente do indicativo: caibo.

Pretérito perfeito: coube, coubeste, coube, coubemos, coubestes, couberam.

CRER

Presente do indicativo: creio, crês, crê, cremos, credes, crêem.

OUTROS:

Dizer, Fazer, Ler, Perder, Poder, Querer, Saber, Trazer, Valer, Ver.

3ª  conjugação

MEDIR, PEDIR, OUVIR

Apresentam irregularidade do radical na primeira pessoa do singular do presente do indicativo; no presente do subjuntivo; e nas pessoas do imperativo que são tiradas do presente do subjuntivo.

Presente do indicativo: peço, meço, ouço.

IR, VIR

Ambos apresentam violenta irregularidade.

Presente do indicativo: vou, vais, venho, vens, ides, vindes.

Pretérito imperfeito: ia, vinha, ias, vinhas, íeis, vínheis.

RIR

Presente do indicativo: rio, ris, ri, rimos, rides, riem.

Futuro do presente: rirei, rirás, rirá, riremos, rireis, rirão.

Verbos Abundantes

Por Araújo, A. Ana Paula de

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Page 41: minha gramática2

Os VERBOS ABUNDANTES são um dos tipos de verbos irregulares existentes na língua portuguesa. Como o próprio nome já diz, os verbos irregulares são aqueles que se diferenciam dos demais verbos pois não seguem regularmente as conjugações a que pertencem. Ou se diferenciam nas terminações, como é o caso dos verbos anômalos, ou não apresentam alguma forma verbal como é o caso dos verbos defectivos, ou podem ser, ainda, VERBOS ABUNDANTES, ou seja, apresentam mais de uma palavra correspondente à mesma forma verbal.

DEFINIÇÃO:

VERBOS ABUNDANTES são aqueles verbos irregulares que apresentam mais de uma forma de conjugação, ou seja, apresentam duas ou mais formas equivalentes para o mesmo tempo e pessoa.

A incidência de verbos abundantes se dá especialmente na forma do particípio do verbo, pois temos dois tipos de particípio, um com a forma regular, ou seja, com as terminações ADO, IDO, ADA e IDA, e um com a forma irregular, ou seja, com terminações diferentes destas previstas.

Vejamos alguns exemplos de verbos que possuem duas formas no particípio, ou seja, VERBOS ABUNDANTES:

ENCHER – enchido, cheioFIXAR – fixado, fixoFAZER – faz, façaDIZER – diz, digaTRAZER – traz, tragaCORRIGIR – corrigido, corretoACENDER – acendido, acesoACEITAR – aceitado, aceitoELEGER – elegido, eleitoENTREGAR – entregado, entregueEXTINGUIR – extinguido, extintoFRITAR – fritado, fritoEXPELIR – expelido, expulsoLIMPAR – limpado, limpoMATAR – matado, morto

VERBOS ANÔMALOS

São verbos que possuem mais de um radical, é o caso dos verbos ser e ir.

Eu  fui, vou, irei

Tu  foste, vais, irás

Ele  foi, vai, irá

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Page 42: minha gramática2

Nós  fomos, vamos, iremos

Vós  fostes, vades, ireis

Eles  foram, vão, irão

Eu  sou, fui, serei

Tu  és, foste, serás

Ele  é, foi, será

Nós  somos, fomos, seremos

Vós  sedes, fostes, sereis

Eles  são, foram, serão

VERBOS DEFECTIVOS

São verbos que não têm conjugação completa. Por algum motivo específico, ou mesmo pelo simples desuso de alguns tempos, modos ou pessoas, não aparece uma ou mais das formas conjugadas. Vejamos alguns exemplos:

CHOVER, NEVAR, TROVEJAR – por serem impessoais, não aparecem na primeira pessoa: “trovejo”, “nevo”, “chovemos”.

ABOLIR, FALIR – não apresentam a primeira pessoa do singular do presente do indicativo. Não há nenhum motivo específico, mas supõe-se que é pelo fato de o primeiro causar um som não muito agradável (eufonia) e de o segundo coincidir com a mesma forma do verbo falar.

Vozes do VerboPor Araújo, A. Ana Paula de

Os verbos podem se encontrar na voz ativa, na voz passiva ou na voz reflexiva.

A distinção destas vozes se dará basicamente através da observação do comportamento do sujeito.

Voz Ativa: Nela o sujeito é o agente, ou seja, pratica a ação.

- Marta fez todo o trabalho em apenas um dia.- João necessitava de uma babá urgentemente.

Estrutura da voz ativa: Sujeito Agente + Verbo + Complemento Verbal .

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Page 43: minha gramática2

Voz Passiva: Nela o sujeito sofre a ação e por isso é chamado de sujeito paciente.

- Todo o trabalho foi feito em apenas um dia.- A criança foi levada pela mãe.

A voz passiva divide-se em:

1. Voz Passiva Sintética

- Fazem-se unhas.- Cumpria-se a profecia.- Falavam-se bobagens.- Finalizaram-se as provas.

Estrutura da Voz Passiva Sintética: Verbo + se (pronome apassivador) + sujeito (+ agente da passiva )

2. Voz Passiva Analítica

- A profecia foi cumprida.- A janela foi molhada pela chuva.- A cama foi feita pelo meu filho.- A criança foi encontrada.

Estrutura da Voz Passiva Analítica: Sujeito paciente + verbo ser (aux.) + verbo particípio + preposição + Agente da passiva.

Voz Reflexiva: Nela o sujeito pratica e sofre a ação ao mesmo tempo, seja sozinho ou reciprocamente com outro indivíduo.

- As crianças deram-se as mãos.- As manequins maquiavam-se uma de cada vez.- Olhei-me no espelho e vi como estava cansado.- Os dois falaram-se rapidamente.

Estrutura da Voz Reflexiva: Sujeito + Verbo + se (+ complemento verbal).

Adjunto AdnominalPor Cristiana Gomes

É o termo da oração que sempre se refere a um substantivo. Vem representado por artigos, adjetivos, locuções adjetivas, pronomes adjetivos e numerais. Os adjuntos

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Page 44: minha gramática2

adnominais modificam o substantivo, qualquer que seja a função que ele exerça na oração. Exemplos

1) Adjetivos

- O alegre espetáculo começou tarde.

Alegre: Adjunto AdnominalEspetáculo: Substantivos

- Meninos tristes chegaram.

Tristes: Adjunto AdnominalMeninos: Substantivos

- As construções antigas eram mais trabalhadas artisticamente.

Antigas: Adjunto AdnominalConstruções: Substantivos

2) LOCUÇÕES ADJETIVAS

Era uma noite de inverno.

De inverno: hibernal

Noite: subst.De inverno: AA (Loc. Adj.)

3)PRONOMES ADJETIVOS

Você pegou meu livro.

Meu: AALivro: Subst.

4) NUMERAIS

Conheço aqueles dois alunos.

Dois: AA

5) ARTIGO

Onde estão os alunos?

Os: AAAlunos: Subst.

Os fogos iluminavam a noite.

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Page 45: minha gramática2

Os: AAA: AA

Conheci umas pessoas maravilhosas

Umas: AA

O meu estimado vizinho comprou dois papagaios.

O/ meu/ estimado/ dois: adjuntos adnominaisVizinho/ papagaio: substantivos

As pipas coloridas contrastavam com o céu azul.

As/ coloridas/ o/ azul: AAPipas/ céu: subst.

RELEMBRANDO

LOCUÇÃO ADJETIVA

Lembrando: Locução adjetiva é a expressão que exerce a função de um adjetivo.

Noite de tempestade: noite tempestuosaPessoa com fome: pessoa faminta

PRONOME ADJETIVO

Lembrando: O pronome adj. acompanha o subst. com o qual se relaciona.

Trouxe o meu livro.

Meu:Pron. Adj.Livro: subst.

Alguns alunos estudam o suficiente.

Adjunto Adverbial

Por Roberta Laisa Dantas de SousaAdjunto adverbial é o termo da oração que se refere ao adjetivo, verbo ou outro advérbio. Tem a mesma função de advérbio.

Exemplos:- Não serei substituído por um trapaceiro.Não -> refere-se ao verbo

- O avião decolou bem rapidamente.Bem -> refere-se a outro advérbio

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Page 46: minha gramática2

- Paulo é muito vagaroso.Muito -> refere-se ao adjetivo

ADJUNTO ADVERBIAL

De afirmação Sim, com certeza, deveras etc.

De assunto Sobre política, sobre time, etc.

De causa Por necessidade etc.

De companhia Com meus irmãos etc.

De concessão Apesar etc.

De dúvida Talvez, porventura, quiçá, acaso etc.

De lugar Aqui, ali, acolá, abaixo, atrás, dentro, lá etc.

De instrumento

Com a pá etc.

De intensidade Muito, pouco, *bastante, mais, tão, quão etc.

De matéria Com mármore etc.

De meio De ônibus, de carro etc.

De modoBem, mal, devagar, depressa, palavra + mente: carinhosamente, educadamente etc.

De negação Não, em hipótese alguma etc.

De tempo Ontem, hoje, agora, cedo, tarde, breve etc.

(*) “bastante” pode ou não ser advérbio depende da frase.Exemplos:- Têm bastantes homens. (adjetivo)- Corri bastante. (advérbio)

Agente da Passiva

Por Paula Perin dos SantosPara se compreender o que é agente da passiva, vamos entender o que seria voz ativa e voz passiva observando esses exemplos.

1. Voz ativa: O homem derrubou a casa.2. Voz passiva: A casa foi derrubada pelo homem.

Basicamente, uma oração apresenta o sujeito (o homem), que pratica a ação e o objeto (a casa), que sofre essa ação. Dizemos então que essa oração está na voz ativa. Quando o sujeito é paciente, ou seja, quando ele sofre a ação em vez de praticar (a casa, exemplo 2), dizemos que a oração está na voz passiva, nesse caso, quem está praticando a ação é denominado de agente da passiva (pelo homem). Como você pode observar, o agente da passiva é o sujeito da oração, quando o verbo se encontra na voz ativa (exemplo 01). Percebemos isso fazendo a conversão das vozes.

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Page 47: minha gramática2

Assim, podemos afirmar que agente da passiva é o termo da oração que pratica a ação verbal, quando o verbo se apresenta na voz passiva. Geralmente o agente da passiva vem acompanhado da preposição por (e suas variações: pelo(s) e pela(s)) e raramente da preposição de. Vamos ver esses exemplos abaixo:

Voz passiva – o termo em destaque é o agente da passiva.

“Agora a casa está cercada de leões de fogo”. (Cecília Meireles)

“A carta foi entregue à moça pelo carteiro”.

Voz ativa, o termo em destaque tornou-se sujeito agente da oração, já que ele é quem pratica a ação verbal.

“Agora os leões de fogo cercaram a casa”.

“O carteiro entregou a carta à moça”.

Tanto na oração de voz passiva quanto na ativa, o agente e o paciente continuam sendo os mesmos termos. Só a função sintática é diferente. Veja que na voz passiva, “de leões de fogo” é agente (função sintática=agente da passiva). Já na voz ativa, “leões de fogo” também é agente, pois age, atua com a função sintática de sujeito da oração.

O agente da passiva pode ser assim classificado quanto:

à relação: sempre está associado ao verbo transitivo na voz passiva. à forma: sempre se liga ao verbo através de uma preposição, normalmente a

preposição por e suas variações.

ao valor: indica o elemento que pratica a ação verbal.

Vamos analisar mais um exemplo:

Os reféns foram libertados pelos sequestradores.

No exemplo acima, o complemento grifado está associado a um verbo transitivo na voz passiva (foram libertados); ele também está ligado ao verbo por meio de uma preposição (pelos); bem como também indica o elemento que pratica a ação verbal (os sequestradores). Desta forma, o termo em destaque exerce a função de agente da passiva. Logo, “os reféns” exercem a função de sujeito paciente, pois sofrem a ação verbal.

Com a voz passiva sintética (simplificada), no português moderno, geralmente o agente da passiva fica indeterminado. Por exemplo:

Voz passiva sintética: Vendem-se apartamentos.

Voz passiva: Apartamentos são vendidos (por quem? Não é possível determinar).

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Page 48: minha gramática2

Não é possível permutar a oração para a voz ativa, pois não sabemos quem pratica a ação, ou seja, não existe agente da passiva.

O agente da passiva só aparece como complemento de verbos transitivos diretos e bitransitivos (direto e indireto ao mesmo tempo), pois admitem a voz passiva do verbo. Fazendo a permutação do verbo da voz ativa para a passiva, e vice-versa, como fizemos nos exemplos de 1 a 4, ficará mais fácil identificar o agente da passiva numa oração.

Análise Sintática e Análise MorfológicaPor Cristiana Gomes

Todos nós já estudamos a gramática da língua portuguesa nas escolas, logo sabemos que uma gramática é dividida em várias partes: fonética, morfologia, sintaxe, etc.

A divisão foi feita para nos ajudar a compreender como funcionam as palvras na oração: sozinhas ou em relação às outras.

Porém tal divisão, às vezes, confunde os alunos, principalmente quando o assunto é morfologia e sintaxe. Muitos confundem as duas partes e acabam por misturá-las em uma análise.

A morfologia é a parte da gramática que considera a palavra em si (sozinha), já a sintaxe estuda a palavra em relação às outras que se acham na mesma oração.

Em resumo, uma palavra exerce na oração duas funções: a morfológica que é a que a palavra exerce quanto à classe a que pertence (substantivo, adjetivo, pronome, etc) e a sintática, que vem a ser a que a palavra exerce em relação a outros termos da oração. Nesse caso, a palavra poderá desempenhar vários papéis (sujeito, objeto, etc).

EXEMPLO:

“Maria comprou um carro”.

Se analisarmos a palavra “Maria” no sentido morfológico, temos um substantivo próprio, já na sintaxe “Maria” é sujeito simples da oração.

ANÁLISE MORFOLÓGICA

Maria: substantivo própriocomprou: verboum: artigocarro: substantivo comum

ANÁLISE SINTÁTICA

Maria: sujeitocomprou: núcleo do predicado verbal (comprou um carro)

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Page 49: minha gramática2

um: adjunto adnominalcarro: núcleo do objeto direto (um carro)

Não é difícil, basta o aluno prestar atenção e saber qual tipo de análise o professor está pedindo (a morfológica ou a sintática). Porém, às vezes, as duas são pedidas na chamada análise morfo-sintática.

Aposto

Por Cristiana GomesObserve os exemplos

1- Joana, filha de D. Maria, comprou uma casa de praia.

A expressão em destaque identifica/explica quem é Joana. Ela é filha de D. Maria. Portanto, “filha de D. Maria” é um aposto.

2- Machado de Assis, autor de “A mão e a luva”, é considerado o maior escritor brasileiro.

A expressão em negrito também é um aposto.

3- Curitiba, capital do Paraná, é famosa por sua beleza.

“Capital do Paraná” é um aposto.

Em todos os exemplos acima, podemos notar que o aposto está identificando/explicando/esclarecendo algum termo da oração.

Observe os exemplos- Vestidos, blusas, camisas, saias, tudo naquela loja é caro.

O termo “tudo”, resume o que foi dito antes. “Tudo” é um aposto.

- Maria, João, Diva, ninguém viu o filme.

“Ninguém” é um aposto, pois também está resumindo o que foi dito antes.

Observe os exemplos

1-Tenho três coisas para fazer: varrer a casa, limpar o pó e fazer almoço.

2-Nicolas terá que comprar três coisas no pet shop: remédio, ração e brinquedos.

Nas duas orações os termos em negrito são apostos.

O aposto nestes exemplos está enumerando tudo que as pessoas terão fazer. Aqui o aposto tem valor enumerativo.

Observe os exemplos

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Page 50: minha gramática2

1-A cidade de Manaus tem um teatro lindo.

2-Durante o carnaval a cidade de Salvador fica cheia de gente.

3- A professora Vera trará mais execícios.

Os termos em destaque são apostos, pois estão especificando ou individualizando as cidades.Várias cidades possuem um teatro lindo, mas aqui especifica que é a cidade de Manaus. Não é outra cidade que fica cheia de gente, várias cidades ficam cheia de gente, mas a cidade escolhida para o exemplo foi Salvador e não outra. O mesmo ocorre com Vera.

Observe os exemplos:Toda mulher deseja uma coisa: ser feliz no casamento.

O aposto poderá vir em forma de oração. Quando isso acontecer será chamado: Oração subordinada substantiva apositiva.

A expressão em destaque explica o termo “coisa”, logo, é um aposto que está em forma de oração.

Observe o exemplo:

Único mamífero que voa, o morcego é temido por muita gente.

Note que nesta frase o aposto aparece antes do termo a que se refere.

Há duas atitudes que você pode tomar: uma é estudar; a outra é ficar reprovado.

Este tipo de aposto recebe o nome de aposto distributivo.

MAIS EXEMPLOS

Ele, Pedro, será o anfitrião da festa.

Vou comprar duas coisas no mercado: bala e chocolate.

Minha amiga Andréa comprou uma casa de praia.

Cláudia, Ana, Márcia, Michele, todas se formaram comigo.

As duas – Nicole e Maria – foram comprar livros.

Eles todos foram para Portugal.

No mês de fevereiro faz muito calor.

Depois de um tempo – 10 ou 15 minutos – ele encontrou a chave de casa.

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Page 51: minha gramática2

O ônibus estava com poucos passageiros: duas crianças, quatro adultos e uma senhora

Frase, oração e períodoPor Roberta Laisa Dantas de Sousa

Aqui temos um trecho do livro de Machado de Assis, A mão e a luva.

“Elegantíssimo, pelo contrário.

- O senhor tem sempre um cumprimento de reserva: vejo que não perdeu o tempo na academia, Vou-me embora. São horas da baronesa dar o seu passeio pela chácara.

- Será aquela senhora que ali está no alto da escada? Perguntou Estevão.”

No enunciado as palavras vão se intercalando e formando uma mensagem. Ao analisar cada uma dessas mensagens, percebe-se um emaranhado de palavras com sentido.

“Elegantíssimo, pelo contrário.”, o enunciado fornece uma mensagem sem utilizar verbo é o que chamamos de frase.

Frase

É o enunciado com sentido completo, capaz de fazer uma comunicação.

Na frase é facultativo o uso do verbo.Exemplos:- Atenção!- Que frio!- A China passa por dificuldades.

As frases classificam-se em:

Declarativa: faz uma declaração. “Os olhos luziam de muita vida…” (Machado de Assis)

Interrogativa: utiliza uma pergunta. “Entro num drama ou saio de uma comédia?” (Machado de Assis)

Exclamativa: expressa sentimento. “Que imenso poeta, D. Guiomar!” (Machado de Assis)

Imperativa: dá uma ordem ou pedido. “Chegue-se mais perto…” (Machado de Assis)

Optativa: expressa um desejo. “Tomara que você passe na prova”.“Vou-me embora.”, o enunciado fornece uma mensagem, porém usou verbo é o que chamamos de oração.

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Page 52: minha gramática2

Oração

É o enunciado com sentido que se estrutura com base em um verbo.

Na oração é preciso usar verbo ou locução verbal.Exemplos:- A fábrica, hoje, produziu bem.- Homens e mulheres são iguais perante a lei.

“- O senhor tem sempre um cumprimento de reserva: vejo que não perdeu o tempo na academia, Vou-me embora.”, o enunciado apresenta uma mensagem em que se utilizou vários verbos é o que chamamos de período.

Período

É a oração composta por um ou mais verbos.

O período classifica-se em:

Simples: tem apenas uma oração.- “As senhoras como se chamam?” (Machado de Assis)

Composto: tem duas ou mais orações.- “Um deles perguntou-lhes familiarmente se iam consultar a adivinha”. (Machado de Assis)

Complemento Nominal

Por Cristiana GomesCOMPLEMENTO NOMINAL

Termo da oração que completa o sentido de um substantivo, adjetivo ou advérbio. Sempre através de uma preposição.

EXEMPLOS

O povo tinha necessidade de alimentos.

Necessidade:substantivoDe alimentos:complemento nominal

Tenho saudades de Luísa.

Saudades:substantivoDe Luísa:CN

Estou desgostoso com vocês.

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Desgostoso:adjetivoCom vocês:CN

Ela estava consciente de tudo.

Consciente:adjetivoDe tudo:CN

A lembrança do passado martelava-lhe na cabeça.

Lembrança:substantivoDo passado:CN

O porão da casa estava cheio de brinquedos.

Cheio:adjetivoDe brinquedos:CN

Nada faremos relativamente a esse caso.

Relativamente:advérbioA esse caso:CN

OBS:

Um grande número de nomes que pedem complemento nominal são substantivos abstratos derivados de verbos significativos.

A queima de fogos.

Queima: do verbo queimarDe fogos: CN

A necessidade de amor.

Necessidade: do verbo necessitarDe amor:CN

O complemento nominal pode ainda ser representado por um pronome oblíquo.Nesse caso, a preposição está implícita no pronome.

EXEMPLOS:Caminhar a pé lhe era saudável.

Lhe:CN

Caminhar a pé era saudável a ele/a.

Saudável: adjetivoA ele/a:CN

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