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EDIÇÃO ESPECIAL DE

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EDIÇÕES INSTRUTIVASDIFUNDINDO CONHECIMENTOS

A VENDA NAS LIVRARIAS, AGENCIAS DE REVISTAS E JORNALEIROS:

ÁLBUM COROGRÁFICODO BRASIL

(Janeiro — Fevereiro — 1959)

RIQUEZAS DENOSSA TERRA

(Março — Abril — 1959)

HISTÓRIA E ORIGEMDAS COISAS

(Maio — Junho — 1959)

NAÇÕES AMERICANAS(Julho — Agosto — 1959)

TEATR I N HO NAESCOLA

(Setembro — Outubro—1959)

NOÇÕES DE BOTÂNICA

(Novembro—Dezembro—1959)

Excelente para o estudo da geografia do Brasil, com os mapasdos Estados, Territórios e do Distrito Federal, e dados atualiza-

dos. Grande formato e inteiramente colorido. Mapas de grandenitidez

Útil para exato conhecimento do que o Brasil possui e produz.Zonas de produção e dados numéricos. Páginas ilustradas ecoloridas. Uma síntese das possibilidades atuais e futuras denossa terra.

Pequena enciclopédia colorida e ilustrada, narrando a origemdos principais inventos e descobertas, tradições, costumes.

Autêntico compêndio de Lições de Coisas, atraente pela origi-nalidade e grandemente útil.

Harmonioso conjunto focalizando as 21 Repúblicas do Conti-nente, suas bandeiras, .escudos, mapas, síntese histórica, divi-

são política, datas magnas, moedas, religião. Um álbum como nãohá igual ainda editado.

Comédias, diálogos, dramatizações, monólogos, recitativos es-colares e próprios para festividades de caráter cívico, encerra-

mento de aulas, dias comemorativos, etc. Conjunto devido a auto-res especializados nesse gênero, com ilustrações elucidativas sobretrajes e apresentação dos intérpretes. Todo colorido.

Em linguagem simples e accessível à infância, precioso ca-bedal de conhecimentos acompanhados das devidas ilustraçõescoloridas, obedecendo à sistemática do ensino da Botânica nasEscolas Primárias. Trabalho de especialista, satisfazendo as ne-cessidades dos estudantes e dos professores. Um bonito álbum,além disso.

A APARECER:

IMAGENS DO BRASIL(Janeiro — Fevereiro — 1960)

NOÇÕES DE HISTÓRIANATURAL

(Março — Abril — 1960)

Uma seqüência de quadros que sintetizam as principais fasesda nossa História, no seu desenvolvimento, do descobrimento

até à emancipação política. Precioso cabedal para o estudo daHistória Pátria. Belíssimas ilustrações a bico de pena devidas aconsagrado artista. Magnífico material para o professorado.

Um volume em que se estuda de maneira singela mas comple-ta o reino animal, em suas classes, divisões, espécies, classifi-

cações gerais e particulares, com desenhos coloridos. Síntese per-feita do estudo da História Natural, proporcionando um conjuntonão encontrado nos compêndios, onde há dispersão. Trabalhode especialista.

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T I C O-T I C OPublicação da S. A. "O MALHO" — Fundado em 1905

DIRETOR: Antônio A. de Souza e SilvaRua Afonso Cavalcanti, 33 — Telefone: 22-0745 — Caixa Postal, 880 — Rio — D. F.

ACEITAMOS ENCOMENDAS PELO SERVIÇO DE REEMBOLSO POSTAL

PREÇO DE CADA EDIÇÃOCRS 25,00

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A O TEMPO em que "O TICO-TICO" publicou, periodicamente, estas

^^ NOÇÕES DE BOTÂNICA, foi bem grande o interesse que a série

logrou despertar entre seus leitores e, notadamente, no seio do pro-

fessorado. E, uma vez concluída a sua divulgação, muitas foram as

sugestões, e constantes os apelos, para que a reeditássemos.

Realmente, as instrutivas páginas da Professora Anny Bellagam-

ba, com ilustrações da própria autora, têm sido, em todos os tempos,

um dos assuntos de maior sucesso entre os muitos apresentados em

"O TICO-TICO", não só pela sua alta valia como pela clara exposição,

poder de síntese e permanente oportunidade.

Oferecendo-se, agora, com o lançamento desta já vitoriosa série

de EDIÇÕES INSTRUTIVAS, o ensejo de reunir aquelas páginas num

só caderno, não hesitámos em recorrer aos nossos arquivos para lan-

çar "NOÇÕES DE BOTÂNICA" como uma das que a integram.

Estamos certos de que o trabalho da Professora Bellagamba será

cordialmente recebido nos meios escolares, pois que a sua apresen-

tação sob a presente forma vai ao encontro do desejo do professo-

rado, facilitando aos leitores de "O TICO-TICO" a posse de um pre-

cioso estudo de Botânica, bem explanado, carinhosamente ilustrado

e acessível a todos.

E é com prazer que anunciamos para breve, após a publicação

de "IMAGENS DO BRASIL", o lançamento de "NOÇÕES DE HISTÓRIA

NATURAL", também de autoria da nossa ilustre colaboradora.

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Hoçoes de Botânica

SEM as plantas, não teríamos alimentos, nem vestidos, nem pousadas,nem medicamentos, nem fogo, nem navegação, nem artes; numa

palavra, nada seríamos. O ar careceria de frágrâncias; o estío, desombras; a primavera, de grinalda; o inverno, de lareira; o outono, defestas. Suprimidas as plantas, o solo, deixando de ser regado pelas chu-vas, se desataria em pó; a eletricidade, não atraída por estes amiudadoscondutores frondosos, a cada passo dispararia em raios; os terrenos, nãosustidos pelo enredamento das raízes, se descarnariam com as torrentesaté aos ossos; a superfície sólida do globo, que hoje forma com o seuverde uma harmonia tão simpática para os olhos, com o anilado doscéus, e com o verde-azul auri-prateado dos mares, não seria senão sir-tes e gândaras, escuras, sáfaras, horrendas, eternamente mudas opasmadas. — A. F. DE CASTILHOS.

O0 VEGETAL

jvegetal é um ser vivo: nasce, cresce e morre.p

vegetal completo apresenta: raiz, caule, folha, flor e fruto.RAIZ — é a parte destinada à fixação do vegetal ao solo, donde retira os ali-mentos necessários.

CAULE — é a parte destinada à sustentação das folhas, flores e fru-tos e a condução da seiva.FOLHA — é a parte destinada à respiração do vegetal.FLOR — é a parte destinada a transformar-se, após a fecundação, em

fruto.

FRUTO — é a parte que guarda as sementes que, plantadas, reprodu-zem o vegetal.

De acordo com a diferença de porte, isto é, de tamanho, os vegetaisse dividem em: árvores, arbustos e ervas.

ARVORES — são os vegetais que crescem muito e engrossam o caule, a -sim como a mangueira, a jaqueira, a macieira, o ipê, o pinheiro, etc.

ARBUSTOS — são os que não alcançam grande altura e têm os caulesnão muitos grossos. Exemplos: cafèeiro, algodoeiro, pé de mate, azaléa, etc.

ERVAS — são plantas que apresentam o caule verde, tenro e pequeno, as-sim como a couve, o craveiro, a trançagem, a acelga, a alface, o agrião, oscapins etc.

4 O TICO-TICO

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O VEGETAL COMPLETO

FOLHA

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_.11IC II FRUTOCAULE ^\

RAIZ ^__^jék^

TIPOS DE VEGETAIS

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ERVA ARBUSTO ARVORE

NOVEMBRO — DEZEMBRO DE 19S9

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PARTES PRINCIPAIS DO VEGETAL

RAIZ — é a parte da planta destinada a fixá-la ao solo e dele tirar as subs-

tâncias minerais indispensáveis à vida do vegetal.

As raízes podem ser:

SUBTERRÂNEAS — existem debaixo da terra; exemplos: abacateiro,mangueira, abieiro, roseira, couve, etc.

AQUÁTICAS — raizes das plantas que vivem em água; exemplo:vitória regia.

AÉREAS — que se subdividem em sugadoras e de grampo:SUGADORAS — são as raizes das plantas parasitas (por exemplo:

as orquídeas); elas penetram em outro vegetal, sugando-lhe a seiva.

DE GRAMPO — são as raizes que nascem dos ramos ou das folhase servem para a fixação do vegetal exemplo: a baunilha.

AS RAIZES SUBTERRÂNEAS podem-se apresentar:

AXIAIS — têm uma raiz principal que penetra no solo em eixovertical e dela partem as raizes secundárias, em todos os sentidos como porexemplo a roseira, o feijão, etc

FASCICULADAS — no ponto de separação do caule e raiz, parteum feixe de prolongamentos muitos finos, iguais e em todas as direções, man-tendo-se mais ou menos à flor da terra; exemplo: o milho.

TUBEROSAS — são espessas, grossas e têm quantidade de alimentoacumulado; exemplo: mandioca, cenoura, dália, etc. ...

EXISTE na raiz a parte principal, na direção do eixo do caule, apro-fundando-se na terra; dela partem as raizes secundárias que se dividem e sesubdividem, espalhando-se assim a raiz por toda parte.

A raiz apresenta em sua extremidade a coifa e os pêlos absorventes.A COIFA — envolve a ponta da raiz tornando-a resistente e prote-

gendo-a contra as asperezas da terra.

OS PÊLOS ABSORVENTES - sugam a água embebida na terraonde se encontram dissolvidas as substâncias necessárias à vida do vegetal.

O TICO-TICO

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PARTES PRINCIPAIS DO VEGETALRAIZ

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SUBTERRÂNEA AQUÁTICA AÉREA

FORMAS DE RAIZES SUBTERRÂNEAS

AXIAL FASCICULADA TUBEROSA

RAIZ AMPLIADA

RAIZES SECUNDARIAS

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-RAIZ PRINCIPAL

-«*PELOS ABSORVENTES

COIFA

NOVEMBRO — DEZEMBRO DE 1959

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PRINCIPAIS PARTES DO VEGETAL:

CAULE —é a parte da planta que sustenta as folhas, flores e frutos.

Cresce geralmente para cima, na posiçãão vertical, e sua principal fun-ção é conduzir a seiva, o alimento da planta, levando a seiva bruta da raizpara as folhas e a seiva elaborada das folhas para todas as outras portes dovegetal.

Os caules podem ser: aéreos e subterrâneos.AÉREOS — são os caules de quasi todos os vegetais; exemplo: manguei-

ra, roseira, etc.

TIPOS DE CAULES AÉREOS:

TRONCO — Caule duro, resistente, lenhoso, suportando muitos galhose ramos. E' o caule das árvores em geral. Exemplos: mangueira, jaboticabeiraaba ca feiro, etc. '

ESTIPE OU ESPIQUE - caule cilíndrico, não tendo galhos nem ramospossuindo folhas muito desenvolvidas e que saem de sua extremidade, comopor exemplo: a bananeira, o coqueiro, as palmeiras, etc....

HASTE — caule mole, flexível, verde, delicado, como: margarida, cravei-ro, couve, etc....

COLMO — o caule é liso e tem, de espaço a espaço, um nó, como se vêna cana de açúcar, no bambu, etc....

TIPOS DE CAULE SUBTERRÂNEOS:

RISOMA — cresce em sentido horizontal; exemplos: grama.TUBÉRCULOS — são caules onde se encontram reservas nutritivas, como

por exemplo: batata, mandioca, inhame, etc.BOLBO — é o caule apresentado pela cebola, pelo alho, pela palma de

Santa Rita, pela açucena.Existem plantas de caule rasteiro, como o da abóbora, da ba-

tata doce, melão, melancia, etc... que não se afastam do chão, sobre êle crês-cendo e se desenvolvendo em zig-zagues.

Existem também as plantas de caules trepadores, que não podendo, sò-zinhos, crescer em posição vertical, apoiam-se em outros vegetais ou em su-portes especiais, como por exemplo: a videira, o chuchuzeiro, o feijoeiro, jasmi-neiro, etc.... Existem ainda plantas que não têm caule: são as chamadas

acaules", como a alface, chicória, serralho; as folhas e flores saem direta-mente da raiz, ao nível do solo.

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O TICO-TICO

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PRINCIPAIS PARTES DO VEGETALCAULE

TIPOS DE CAULES AÉREOS

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**. __4^_ ."- «^ »TRONCO ESTIPE COLMO

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HASTE

TIPOS DE CAULES SUBTERRÂNEOS

RIZOMA

CAULE RASTEIRO

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PRINCIPAIS PARTES DO VEGETAL

Tn-ÔLHA — é a parte da planta destinada à respiração do vegetal.¦*• As folhas são geralmente verdes, por causa da clorofila.

PARTES E FOLHA COMPLETA:

LIMBO — é a lâmina que forma o que chamamos geralmente defolha.

PECIOLO — é a haste que liga o limbo ao caule.

Existem folhas que não têm pecíolo, como o milho; outras não têm baí-nha como o loureiro; outras não apresentam pecíolo nem bainha, o limbo se

fixa diretamente no caule, como por exemplo o tabaco; e ainda outras que só

apresentam a bainha, tal como o junco. São chamadas de folhas incompletas.As folhas podem ser "simples" ou "compostas".

SIMPLES — apresentam o pecíolo simples, singelo, e o limbo mais ou

menos recortado.

COMPOSTAS — têm o pecíolo ramificado sustentando vários limbos.

De acordo com a disposição das folhas no caule, ou nos ramos, elas po-dem ser "alternas", "opostas" e "verticiladas".

ALTERNAS — são as colocadas nos dois lados do caule, cada uma em

posição superior ou inferior à sua correspondente do lado oposto; exemplo:

a roseira.

OPOSTAS — são as que nascem aos pares, uma de cada lado do caule;

exemplo: a goiabeira.

VERTICILADAS — são as que nascem em grupos de três ou mais, na

mesma altura, formando um círculo em volta do caule; exemplo: a espirra-

deira.Notam-se ainda nas folhas saliências muito finas e alongadas, parecidas

com fios de cabelo: — são as "nervuras".

As nervuras são canais por onde circula a seiva, o sangue do vegetal.

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10 O TICO-TICO

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PRINCIPAIS PARTES DO VEGETALFOLHA

FOLHA COMPLETA FOLHAS INCOMPLETAS ümbo

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FOLHAS SIMPLES FOLHAS COMPOSTAS

DISPOSIÇÃO DAS FOLHAS NO CAULEFOLHA SALIENTANDO

AS NERVURAS

ALTERNAS OPOSTAS VERTICILADAS

NOVEMBRO — DEZEMBRO DE 1959

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PRINCIPAIS PARTES DO VEGETAL

p L0R//~" é ° ór9õ° de «produção dos vegetais completos.

As "flores completas" são constituídas de quatro partes: cálice, corolagineceu e androceu. '

Encontram-se, porém, flores que não possuem cálice: são as chamadas as-sépalas; outras que não apresentam corola, e são chamadas apétalas.O gineceu e o androceu, geralmente, estão juntos na mesma flor, como é ocaso da rosa, )asmim, etc, mas em algumas flores como as do milho, mamãoabóbora, pep.no e outras, estão em flores diferentes. Então a flor que só tem o'

gineceu e a flor feminina e a que só possui o androceu é a masculina As floresmasculinas e femininas podem ser encontradas no mesmo vegetal (a baunilha)ou em pes diferentes também (pinheiro). Em todos esses casos, as flores sãochamadas de incompletas.CÁLICE — É formado por folhas modificadas, geralmente verdes envol-vendo a parte inferior da flor, como no cravo, na rosa, no crisantemo, etc.rode apresentar-se de dois tipos:gamossépalo — quando as sépalas estão reunidas;dialissépalo — quando estão separadas as sépalas.COROLA — É constituída por pecas de côr variada, aue têm o nome de

pétalas e que emprestam beleza à flor. Podem ser:gamossépalas — quando as pétalas se ligam aparentando uma só, comona for da aboboreira;dialissépalas — quando as pétalas estão separadas, como no cravo, narosa e outras. O cálice e a corola formam o perianto, que protege os órgãosmais importantes da flor, o aineceu e o androceu, que são órgãos de reprodu-

ção realmente.ANDROCEU — É o conjunto de estames, que são os órgãos masculinos daflor. Na parte superior do androceu se encontra o polen, que é um pó amarelo.

Quando a flor chega ao seu completo desenvolvimento, o polen cai livrementee vai aos carpelos. Ou é levodo pelo vento ou pelos insetos e aves, de uma plantapara outra, indo fecundar os carpelos das flores femininas muitas vezes a gran-des distâncias.

GINECEU, ou PISTILO — É formado pelos carpelos, os órgãos femininosda planta, colocados na parte mais central da flor. Na parte inferior do gine-ceu encontra-se o ovário, que contém os óvulos.

O polen, na mesma planta ou em outra (caso em que é levado pelo vento,insetos, etc.,), coi no gineceu e vai fecundar os óvulos. Depois da fecundação'as pétalas murcham e caem, o ovário se desenvolve, formando o fruto; os óvu-los se desenvolvem também, formando as sementes que, plantadas, darão ou-tro vegetal igual àquele do qual provieram.

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PRINCIPAIS PARTES DO VEGETALFLOR

FLOR COMPLETA FLORES INCOMPLETAS

Cálice Corola

Androceu eGineceu

APÉTALA ASSÉPALA FLOR MASCULINA EFEMININA

TIPOS DE CÁLICES TIPOS DE COROLAS

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UTILIDADE DO VEGEUL na alimentação

BaTafli DoceMandioca

Alface

Uva

Palmito

NaboRabanete Cenoura Caju

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Repolho Mate

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Laranja

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Abacax

Cebola Cana

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Tomate CouveBanana

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Couve-flor

R^ZES ALIMENTÍCIAS — Alguns apresentam raízes com reservas de substâncias * madas "legumes": abóbora, tomate, xuxú, giló, maxixe, pimentão, pepino, etc

nnf rif i\//ic min *-•«. «--__._>_ J. . _. _.-• _,_ ... ..±L nutritivas que são aproveitadas como alimento, sendo as principais: mandioca, batatadoce# cenoura, nabo. beterraba, rabanete, aipim, etc.FOLHAS — Grande é o número de vegetais cujas folhas são usadas como alimento:

couve. alface, repolho, agrião, espinafre, celga, bertalha, chicória, taioba, mostarda, na- cana de açúcar, cebola, alho, etc.

SEMENTES — Milho, feijão, arroz, ervilha, lentilha, guando, sementes de girassol, fava,9rão de bico, amendoim, etc.

CAULE — Pouco são os caules usados como alimento. Podem ser lembrados: palmito,

bica. etc.FLOR — Entre as flores usadas na alimentação, a mais comum é a couve-flor.FRUTAS — As principais são: banana, laranja, mamão, abio, caju, jaca, abacate,

Também os vegetais são usados sob a forma de bebidas: mate, chá, cacau, café, gua-raná, etc.

Os vegetais têm largo emprego na alimentação do gado em geral e das aves. Destacam-.- :IL- _!____ .__._.__ __._._____, :_____. ^_i «»._.manga, caja, jabuticaba, abacaxi, uva; podem-se incluir nesta relação algumas plantas cha- se nesse particular: milho, feno, alfafa, capim, mandioca, inhame, oró, etc.

14 15

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PRINCIPAIS PARTES DO VEGETALFRUTO

O FRUTO é o ovário da flor depois de fecundado e desenvolvido.O fruto é formado de duas partes:

"pericarpo" e "semente".

O "pericarpo" — resulta do desenvolvimento das paredes do ovário da flor. Di-vide-se em três partes."epicarpo" — é a chamada casca do fruto.

"mesocarpo" — a parte média do fruto."endocarpo" — membrana que protege o lugar onde estão colocadas as

sementes. Tomemos a manga como exemplo: o epicarpo é a casca; a porçãoque comemos constitue o mesocarpo; e a que chamamos de caroço é o endo-corpo.

Geralmente o mesocarpo se desenvolve tornando-se comestível, como porexemplo: maçã, pêra, manga, pêssego, abio, mamão, tomate, sapotí, etc.

O epicarpo pode se apresentar liso e brilhante (tomate, kakí), com rugas,(oití), aculeado, isto é, com espinhos (maxixe).

De acordo com a apresentação do mesocarpo, os frutos se apresentam"secos" e "carnudos".

"Carnudos" — abacate, ameixa, manga, tâmara, uva, melão, noz, etc."Secos" — quiabo, feijão, cereais em geral.SEMENTES — São os óvulos da flor depois de fecundadaos e desenvolvi-

dos. A "semente" é formada por duas partes: "tegumento" e "amêndoas".

"Tegumento" — é a camada protetora da semente. No feijão preto, porexemplo, tegumento é a casca preta que envolve o grão. Não é raro encon-trarmos o tegumento coberto de pêlos, como no algodoeiro.

"Amêndoa" — é formada de duas partes: "albumem" e o "embrião".

"AlBumem" — serve de alimento ao embrião, provendo-o com as reservas alimentícias que guarda em si;

"Embrião" — é a parte mais importante da semente. E' a plantinha queexiste dentro de cada semente. Uma vez que esta germine, produzirá umnovo vegetal igual àquele do qual provém.

O embrião compõe-se de:radícula — que dará origem à raiz;caulícula — que formará o caule na nova planta;gêmula — que dará o caule e as folhas.Encontramos ainda os "cotilcdones"

que alimentam o embrião durante agerminação.

Existem sementes que possuem somente um cotilédone, como o milho, eoutras que têm dois cotilédones, como o feijão.

—II16 O TICO-TICO

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PRINCIPAIS PARTES DO VEGETALFRUTO

TRANSFORMAÇÃO DA FLOR EM FRUTO

Sépala

"Óvulos Sementes

1^tò /

PARTES DO FRUTO FRUTO CARNUDO FRUTO SECO

/*

-Epicarco ^

Mesocarpo > PericarpoEndocarpoJ

Semenre fc

SEMENTE

SEMENTE AMÊNDOA EMBRIÃO

Tegumenfo

Amêndoa v *—/

Embrião Gêmula.

«Albumen

//yy/1/ >s\

—*v

Caulículo

Radícula*

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FUNÇÃO DE NUTRIÇÃO

O vegetal, sendo um ser vivo, nasce, desenvolve-se, reproduz-se e morre.Tem, portanto, necessidade de rretirar do meio em que vive as substân-

cias de que se nutre.Vamos, então, encontrar a "função de nutrição" do vegetal, que é de-

sempenhada pelas folhas, caules e raízes, seus órgãos de nutrição.FUNÇÃO DA RAIZ — Sustentar a planta e absorver do solo o alimento

necessário, formado de água e sais minerais (fosfatos, nitratos, carbonatos,sulfatos, etc).

FUNÇÃO DO CAULE — Sustentar as folhas, flores e frutos, e conduzira seiva.

FUNÇÃO DA FOLHA — Ela é o órgão de respiração, transpiração, suda-ção e função clorofílica.

Em todas as partes do vegetal existem os "vasos lenhosos e liberianos"por onde circula a seiva, que é o alimento da planta.

TRANSPIRAÇÃO — Os alimentos absorvidos pela raiz têm o nome de"seiva bruta" e sobem até as folhas pelos vasos lenhosos. A seiva bruta con-tendo excesso de água não mais necessária, espalha-se na folha e elimina esseexcesso de água pelo

"estornas" (poros da folha), sob a forma de vapor deágua. E' a transpiração do vegetal. Verifica-se esse fenômeno, cobrindo-se qualquer planta com campânula de vidro; depois de algum tempo, notam-se pequenas gotas de água do lado de dentro do vidro; é o vapor dágua elimi-nado pela planta, que se condensou ao contato do vidro frio. A planta tam-bém pode eliminar a água sob a forma líquida, dando-se a esse fenômeno onome de "sudação"

que pode ser comprovada pelas gotas de água que apa-recém nas folhas; observa-se o fato principalmente pela manhã, pois a suda-ção é mais intensa durante a noite.

FUNÇÃO CLOROFÍLICA — Existe no vegetal uma substância verdeque lhe dá a côr e é chamada de "clorofila". A função clorofílica só se efe-tua com o auxílio da luz solar, de modo que durante o dia a clorofila apresen-ta uma propriedade extraordinária: ela decompõe o "gás carbônico", encon-trado na atmosfera, em dois elementos: o "oxigênio" e o "carbono". O oxigê-nio é posto em liberdade e o carbono é fixado pela clorofila e vai transfor-mar a seiva bruta, que é matéria mineral (água e sais minerais), em seiva ela-borada, que é matéria viva, o alimento que a planta utiliza. E' nas folhas, prin-cipalmente, que essa função se processa, pois é a parte do vegetal que possuemaior quantidade de clorofila. Após a transformação, a seiva elaborada vol-ta das folhas até a raiz, pelos vasos liberianos e, em passagem, vai se infil-trando por toda a planta, nutrindo todas as suas partes.

RESPIRAÇÃO — Apezar de constituírem as folhas o principal órgão derespiração da planta, esta respira por todos os seus órgãos. Como os demaisseres vivos, a planta, durante a respiração, prende

"oxigênio" e solta o "gás

carbônico". Durante o dia isso é feito simultaneamente; à noite se opera ape-nas a respiração, o que dá motivo a que não se deva dormir em quarto fecha-do com plantas, sabido como é venenoso o gás carbônico.

18 O TICO-TICO

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IX»

FUNÇÃO DE NUTRIÇÃO-«a.ORGAOS DE NUTRIÇÃO

FUNÇÕES DOSORGAOS

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Funpao^Clgr^offlicaudaçao

Transpirapão

CAULE FOLHA

ESQUEMA DA NUTRIÇÃOCloro.ila

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RESPIRAÇÃO FUNÇÃO TRANSPIRAÇÃO SUDAÇÃOCLOROFlllCA

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NOVEMBRO — III7. M1WO DE 1.59 19

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FUNÇÃO DE REPRODUÇÃO

REPRODUÇÃO NATURAL — GERMINAÇÃO

DE várias maneiras o vegetal se reproduz. Naqueles que tem flores, são es-

tas os órgãos especiais para a sua reprodução. Como já vimos, a flortransforma-se em fruto, no qual encontramos as sementes, possuidorasr!e embrião.

Se plantarmos essas sementes veremos o embrião se desenvolver, forman-do uma nova planta igual àquela de que proveio o fruto.

desenvolvimento do embrião, transformando-se em nova planta, cha-ma-se "germinação".

A germinação é a reprodução natural do vegetal; quasi todas as plan-tas se reproduzem por meio de suas sementes, embora existam outros meiosde reprodução, os artificiais, isto é, provocados pelo homem.

Para que a semente germine, não basta só enterrá-la; existem elemen-tos indispensáveis à germinação.

São êies: ar, água, calor.Ar — E' necessário que a terra em que se plantou a semente esteja

arejada, isto é, bem revolvida e aplainada.Ãgua — São raras as sementes que germinam em terreno seco; é ne-

cessário regar-se regularmente as sementes plantadas.Calor — O calor é fornecido pelo sol; não devemos plantar as sêmen-

tes em lugares onde o sol nunca penetra, pois assim não germinará a sêmen-te, ou, se germinar, nascerá um vegetal fraco, doentio.

Podemos verificar a necessidade do calor e da luz do sol para uma boagerminação, plantando sementes num vaso que será conservado dentro deuma caixa, com alguns furos para entrada de ar.

As plantas que aí nascerem, terão as folhas amareladas e a planta seráraquítica.

Podemos observar perfeitamente a germinação, em todas as suas fases,se colocarmos uns grãos de feijão ou milho dentro de um pires com aJgodãobem molhado em água, esperando alguns dias pelo resultado.

Fases da germinação:— Absorvendo a água, a semente incha e arrebenta o tegumento;— a radícufa aponta;— a radícula se alonga e logo se provém de pêlos absorventes;— o caulício cresce em sentido oposto ao da radícula;— surge a gêmula;— a gêmula cresce e se altera para formar o caule e as folhas;— os cotilédones murcham e caem, depois de cumprida a sua fun-

ção de alimentar o embrião em desenvolvimento;— a nova planta, provida de todos os seus órgãos necessários, está

apta a viver sozinha, pelo trabalho de suas raízes e suas folhas.

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jo o nco-Tico

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FUNÇÃO DE REPRODUÇÃOREPRODUÇÃO NATURAL- GERMINAÇÃO

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ELEMENTOS NECESSÁRIOS

Plante desenvolvida

sem a luz e

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mFASES DA GERMINAÇÃO

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FUNÇÃO DE REPRODUÇÃOREPRODUÇÃO ARTIFICIAL — ENXERTOS

/""\ modo de reprodução natural dos vegetais é a germinação da semente.^-^ O enxerto é o meio artificial de reprodução, pois é feito pelo homem,como recurso para obter melhores frutos, e mais rapidamente.

— PROCESSO DE ESTACA

Consiste em plantar um simples ramo que cria raizes próprias, transfor-mando-se em nova árvore ou arbusto, em tudo semelhante às de origem.

II — DE MERGULHO

Consiste em enterrar, ou cobrir de terra um ramo de árvore para quecrie raizes próprias, quando então será separado ou cortado da árvore mãe,reproduzindo-se planta igual à de origem.

Pratica-se na mangueira, na roseira e em quasi todas as plantas que pe-gam de galho.. E' processo muito vagaroso.

III — PROCESSOS DE ENXERTIA PROPRIAMENTE DITA

São processos mais delicados, pedindo por isso mais cuidado da parte dohomem e também material mais adequado.

Apezar de mais complicados, por meio deles se obtêm mais resultados:frutas maiores, mais saborosas e de modo mais rápido.

Por exemplo: tomar um gomo, borbulha ou olho de uma planta, ou mes-mo um pequeno ramo ou broto, que terá o nome de "cavaleiro", e encostá-lono "cavalo", ou planta que servirá de mãe, procedendo-se a ligação dos doiselementos, sem que se alterem as características de ambas e obtendo-se me-lhoras na nova planta."Cavalo" e "cavaleiro" devem, porém, pertencer à mesma família bota-nica, como por exemplo a laranja e o limão, plantas cítricas.

Material necessário:Um "cavalo" e um "cavaleiro",

já citados acima; tesoura de podar —

para cortar os ramos a enxertar e para decepar o "cavalo", etc.O escôpro — que é usado para tender os caules grandes nas garfagens.

Ataduras — que são de grande utilidade e servem para ligar bem o "cavalei-

ro" ao "cavalo". As fibras das bananeiras, piteiras e outras plantasexistentes em nossas matas e campos, são excelentes ataduras. Essas embirasdevem ser umedecidas antes do seu emprego para que não fiquem duros e«liichradiças.

O TICO-TICO

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FUNÇÃO DE REPRODUÇÃOREPRODUÇÃO ARTIFICIAL-ENXERTOS

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I-PROCESSO DE ESTACA

H-PROCESSO DE MERGULHO

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NOVEMBRO — DEZEMBRO DE 1959 23

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FUNÇÃO DE REPRODUÇÃOREPRODUÇÃO ARTIFICIAL — ENXERTOS

PASSEMOS a tratar dos diferentes processos de enxertia. Grande é o nume-

ro de processos mas apenas estudaremos os principais, que podem ser re-duzidos a três classes, a saber:

I — enxerto de borbulha, olho ou gema;II — enxerto de ramo aderente, ou de encosto;

III — enxerto de ramos, ou rebentos, ou de garfo.

— ENXERTO DE BORBULHA

E' o tipo de enxerto mais comum, mais fácil e por essa razão o mais co-nhecido e aplicado.

E' o enxerto feito de uma "gema" ou "olho" destacado do ramo com cer-ta porção de casca. O pedaço de casca retirado para o enxerto pode ter qual-quer forma: triangular, quadrangular ou irregular, embora se use mais a for-ma aproximada de um triângulo.

Toma-se depois o "cavalo" que deve estar em perfeito estado; o ramo de

onde se vai retirar a gema ou olho também deve estar em perfeito estado.Escolhida e retirada a gema e escolhido também o "cavalo",

pratica-seum corte neste último com canivete bem afiado. De acordo com a forma, ocorte dado no "cavalo" toma o nome de "corte em T, corte em cruz, corte emjanela, etc, como tudo pode ser apreciado na página ao lado.

Depois de dado o corte, introduz-se o olho sob a casca do "cavalo" pas-

sando-se em seguida as ataduras, de modo a deixar o olho a descoberto.

II — ENXERTOS DE ENCOSTO

E' o processo de enxerto mais antigo.Como a encostia tem de ser feita entre dois ramos, é necessário que es-

tejam próximos o "cavalo" e o encosto. Geralmente é o "cavalo" que se leva

para perto da planta de que se quer tirar um enxerto.Consiste em, depois de estarem próximos os ramos, cortar a casca num e

noutro; esse corte deve ficar bem liso, para que a união seja perfeita.Procedidos os cortes, faz-se a união dos dois ramos e passa-se a atadura

bem apertada e com voltas bem juntas para proteger os cortes, do sol e dachuva.

Como se vê na página ao lado vários são os meios de fazer os cortes,dando todos eles bons resultados.

III — ENXERTOS DE GARFO

Consiste na colocação de um ramo sobre o "cavalo", o que pode ser feitode várias maneiras, conforme se verifica nas ilustrações.

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24 O TICO-TICO

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FUNÇÃO DE REPRODUÇÃOREPRODUÇÃO ARTIFICIAL-ENXERTOS

BORBULHA

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CORTE EM T

n- ENCOSTOCORTE EM JANELA CORTE EM CRUZ

PLACA INCRUSTAÇAO

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LATERAL

LATERAL ENCOSTADO

SOB A CASCA DE TOPO JUSTAPOSIÇÃO

NOVEMBRO — DEZEMBRO DE 195925

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UTILIDADE DO VEGETAL1- NA INDÚSTRIA

Borracha

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Fumo

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Madeira

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26 O TICO-TICO

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UTILIDADE DOS VÍGEUISQuase todos os vegetais são úteis ao homem. No Brasil existe grandenúmero de plantas de muita utilidade na indústria, alimentação, medicina e

ornamentação. Na página central já vimos sua utilidade na alimentação.Vejamos, agora:

NA INDÚSTRIA

BORRACHA — Extraída principalmente da seringueira, é empregada nasformas as mais variadas, como por exemplo em: pneumáticcs, chupetas, ca-pas, solas de sapatos, tubos, bolas, borracha para papel, galochas, tapetes, etc.

ALGODÃO — O algodoeiro é uma planta têxtil, isto é, que fornece ma-teria para a fabricação de tecidos. De suas sementes extrai-se óleo excelen-te muito usado nas indústrias.

FUMO — Apezar dos malefícios que causa ao organismo humano, ofumo é consumido em alta escala no mundo inteiro. E' usado sob a forma decigarros, charutos, rape, etc.

MADEIRA — E' de grande utilidade na indústria. A madeira, como a bor-racha, é usada de inúmeras maneiras: na construção, na manufatura de mó-veis, portas, janelas, tamancos, brinquedos, barcos, etc. Encontram-se ainda,embora em menor escala, as indústrias de: óleo de babaçu, cera e fibra de'carnaúba, linho e caroá para a fabricação de tecidos, celulose para o fabricode papel, tintas e vernizes, fibra de bananeira para a confecção de seda vege-tal, gomas, cortiça, etc.

NA ORNAMENTAÇÃO

As partes do vegetal usadas na ornamentação são as flores e folhas.Todos nós sabemos como fica mais agradável o ambiente enfeitado com

flores naturais, e mais atraente o jardim onde crescem flores variadas nas cô-res e aspectos.Em nossos campos de cultura de flores encontramos: cravo, rosa, hortên-

cia, acácia, saudade, margarida, azaléa, girassol, violeta, beijo de frade, amor-perfeito, boca de leão, jasmim, lírio, camelia, dália, manacá, etc.

Entre as plantas cujas folhas servem de ornamentação, destacam-se asamambaia, avenca, hera, ficus, bambus, palmeiras, gramas, tinhorões e di-versas pequenas folhagens de cores variegadas que vicejam em nossos jardins.NA MEDICINA

Nossa flora é muito rica em plantas medicinais, isto é, plantas usadas namanufatura de remédios para combater doenças. Entre a grande variedadeexistente, devem ser apontadas: quina, guaco, caroba, mamona, coca, jolapa,salsaparnlha, ipecacuanha, bálsamo, cambará, erva cidreira, mastruço copai-ba, jurubeba, alcachofra, etc.

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