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abcdefghijklmnopqrstuvwxyyz Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” - Ano 7 - nº 57 - Julho/2006 Distribuição Gratuita Maria Máximo Maria Máximo Cédula de luz Cédula de luz Filhos mandam, pais obedecem Filhos mandam, pais obedecem Nossos pensamentos não são fantasias Nossos pensamentos não são fantasias Nosso mundo atual Nosso mundo atual Escolha de provas Escolha de provas O imaginário O imaginário Este mês: Este mês:

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Page 1: MariaMaria Máximo Máximo - espiritismoeluzespiritismoeluz.org.br/seareiro/seareiro_07_2006.pdf · 2017. 6. 28. · o Culto do Evangelho no Lar, com todos participando com os comentários

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Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” - Ano 7 - nº 57 - Julho/2006Distribuição Gratuita

Maria MáximoMaria Máximo

Cédula de luzCédula de luz

Filhos mandam, pais obedecemFilhos mandam, pais obedecemNossos pensamentos não são fantasiasNossos pensamentos não são fantasias

Nosso mundo atualNosso mundo atual

Escolha de provasEscolha de provasO imaginárioO imaginário

Este mês:Este mês:

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EditorialSeareiroeditorial

Publicação MensalDoutrinária-espírita

Direção e Redação

Endereço para correspondência

Conselho Editorial

Revisão

Jornalista Responsável

Diagramação e Arte

Impressão

Tiragem

Ano VII - n 57 - Julho/2006Órgão divulgador do Núcleo de

Estudos Espíritas Amor e EsperançaCNPJ: 03.880.975/0001-40

CCM: 39.737

Seareiro é uma publicação mensal,destinada a expandir a divulgação dadoutrina espírita e manter o intercâmbioentre os interessados em âmbito mundial.Ninguém está autorizado a arrecadarmateriais em nosso nome e qualquertítulo. Conceitos emitidos nos artigosassinados refletem a opinião de seurespectivo autor. Todas as matériaspodem ser reproduzidas desde que citadaa fonte.

Rua das Turmalinas, 56Jardim Donini

Diadema - SP - BrasilCEP: 09910-500

Caixa Postal, 42Diadema - SP

CEP: 09910-500Tel: (11) 4044-5889 com Eloisa

E-mail: [email protected]

Ana Daguimar de Paula AmadoFátima Maria Gambaroni

Geni Maria da SilvaJose Roberto Amado

Marcelo Russo LouresReinaldo Gimenez

Rosangela Neves de AraújoRuth Correia Souza Soares

Silvana S.F.X. GimenezVanda NovickasWilson Adolpho

Rosane de Sá Amado

Eliana Baptista do NorteMtb 27.433

Reinaldo GimenezSilvana S.F.X. Gimenez

Van Moorsel, Andrade & Cia LtdaRua Souza Caldas, 343 - Brás

São Paulo - SPCNPJ: 61.089.868/0001-02

Tel.: (11) 6764-5700

12.000 exemplaresDistribuição Gratuita

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SeareiroSeareiro2

Estamos passando por um período de muita conturbação social.A violência começa a ser tema freqüente de conversas entre as pessoas. Sempre

aparece alguém para contar um caso novo de assalto, morte ou agressão. Os meios decomunicação ocupam grande espaço e tempo comentando tudo o que acontece demais violento.

Realmente passamos por períodos de muita instabilidade nas relações humanas,mas, ficar com o foco permanente somente no que acontece de ruim é querer se ligarmentalmente somente a esta faixa vibratória de violência.

E de tanto ficar prestando atenção nos efeitos, esquecemos de buscar as causas detudo isto.

Esquecemos que, se o Evangelho fosse mais difundido e chegasse até as famílias,teríamos crianças crescendo com uma base moral cristã mais sólida.

Sabemos que grande parte dos antigos exércitos que barbarizaram no passadoencontram-se reencarnada hoje e ainda não sufocaram os impulsos de violência e odesrespeito aos direitos e às propriedades de seus semelhantes.

Mas como sufocar estes instintos, se não recebem uma orientação cristã?“Dê-lhes, pois, o alimento religioso, a partir do berço, para que, a tempo oportuno,

esqueçam a violência que exercitaram em suas vidas passadas.” (“Filhos, comoeducá-los” - Roque Jacintho - Editora Luz no Lar)

Aos pais cabe a importante tarefa de reeducar estes espíritos que chegam pedindouma nova chance.

Quando muitos falam em vingança, devemos pensar em reeducação.Examinemos a quantas anda a nossa própria família!Conversamos com os familiares sobre como se portam perante os seus

semelhantes? Sabemos o que os nossos filhos fazem quando estão fora de casa?Sigamos o exemplo de Jesus, que reunia a família de Pedro, o apóstolo, e realizava

o Culto do Evangelho no Lar, com todos participando com os comentários sobre osensinamentos que o Mestre passava.

Quanto esta simples reunião pode ajudar a sufocar a violência que está latentedentro dos corações das pessoas.

Refletindo melhor sobre nosso próprio comportamento, mudemos o modo deagir. Ao ver ou ouvir algum relato de violência, ao invés de comentar e condenar,oremos pelas pessoas envolvidas. Esta será a nossa colaboração para que a nuvem deemissões mentais de baixo padrão vibratório se dissipe e a Luz do Evangelho possabrilhar.

Confiemos em Deus, que vê tudo e sabe de tudo.Sigamos os exemplos de Jesus.Façamos a nossa parte.

Equipe Seareiro

GRANDES PIONEIROS: Allan Kardec - Pág. 3HOMENAGEM

KARDEC EM ESTUDO

ATUALIDADE

CLUBE DO LIVRO

LIVRO EM FOCO

ACONTECEU

SONHOS

TERCEIRA IDADE

FAM LIA

CANTINHO DO VERSO EM PROSA

CALEND RIO

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oque Jacintho - Pág. 8Benefícios Pagos com a

Ingratidão - Pág. 10Vergonha de Ser Bom - Pág. 11

Carlos Magno - Pág. 12;Napoleão Bonaparte - Pág. 12

iagem Espírita em 1862 -Pág. 12

Entrevistando Kardec em “OCéu e o Inferno” - Pág. 13

Sono e Sonhos - Pág. 16Nossos Queridos Idosos -

Pág. 16Futuro de um Filho - Pág. 17

EmHomenagem a Kardec - Pág. 18

Março - Pág. 18

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Í N D I C E

GRANDES PIONEIROS

TERCEIRA IDADE

FAM LIA

KARDEC EM ESTUDO

SONHOS

LIVRO EM FOCO

MENSAGEM

TEMA LIVRE

ATUALIDADE

EVANGELHO

CONTOS

CLUBE DO LIVRO

CANAL ABERTO

CANTINHO DO VERSO EM PROSA

CALEND RIO

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aria Máximo - Pág. 3Em um Minuto - Pág. 6

Filhos Mandam, Pais Obedecem - Pág. 7Os que têm os Olhos Fechados - Pág. 7

O Imaginário - Pág. 8Renúncia - Pág. 9

Doenças Escolhidas - Pág. 9;Diante da Multidão - Pág. 10

ossos Pensamentos não são Fantasias - Pág 10;Algumas Definições - Pág. 11Ai de Nós... - Pág. 13;Nosso Mundo Atual - Pág. 14O Grande Mandamento - Pág. 15

Vovô Romão - Pág. 15Rastros de Dor - Pág. 17

Escolha de Provas - Pág. 17Cédula de Luz - Pág. 18

Julho - Pág. 18

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Grandes Pioneirosgrandes pioneiros

No dia 14 de dezembro de 1884, nascia em Portugal,mais precisamente na localidade de Rio Dades, a meninarobusta de traços marcantes, que recebia de seus pais, Dr.Aurélio Augusto Mesquita de Azevedo e Dona Ismênia deJesus, o nome de Maria da Piedade.

Maria da Piedade reencarnava com grandes tarefaspara desenvolver no correr de sua existência no campo daassistência social e nas tarefas mediúnicas, pois suacaminhada nesse campo também iria trazê-la para umtrabalho importante perante as criaturas do povo.

Ela cresceu como toda adolescente, empenhada emseus sonhos de ser artista teatral.

Sua vocação era de brilhar nas glórias da ribalta.Passado alguns anos, Maria da Piedade veio conhecer

um belo rapaz de sorriso fácil que a cativou imensamente,principalmente porque ele já era artista teatral, conhecidonos palcos de Portugal.

Ambos começaram a entender-se através da arte, maslogo o amor nasceu em seus corações e eles casaram-se.Maria da Piedade realizou seu grande desejo, pois passou atrabalhar com o esposo no teatro. Breve tornava-se umagrande atriz teatral.

Agora seu nome seria Maria Máximo, adotando dessaforma o nome de seu companheiro que era Miguel Máximo,porém, artisticamente eram conhecidos como "Duo Max".

A fama colheu-os não só em Portugal como em váriospaíses europeus. Eram aplaudidos por onde passavam mas,apesar do sucesso artístico, Maria Máximo não se sentiafeliz. Tinha alcançado seu desejo de ser artista teatral, eramuito feliz com seu marido, mas algo faltava. Parecia-lheque um vazio tomava conta de sua vida, mesmo com tantoscompromissos assumidos. Que seria? Era o aviso do mundoespiritual. Maria Máximo começou a perceber odesabrochar de sua tarefa mediúnica. Ela sempre fora dotadade bons princípios. Seus pais, principalmente o pai, instruía-lhe na parte religiosa, lembrando que as leis do Pai são sábias

e indispensáveis à vida.O marido Miguel também

tinha seu interior voltado paraDeus. Ambos, com isto,viviam alimentando oscarentes e procurandoorientar-lhes no roteiroda vida.

E essa procura dec o n f o r t o m o r a l eespiritual começou a setornar constante na vida de Maria Máximo a tal ponto que elae o esposo resolveram abandonar as artes cênicas paraviverem o verdadeiro papel que a reencarnação lhespropusera: serem os servos de Deus e de Jesus.

Com a parte mediúnica aflorada, ela começou a recebermensagens psicografadas que consolavam aos que sofriamos desequilíbrios pelos acontecimentos da vida. Ela sempreouvia a todos com paciência e os resignava, consolando-os.

Tornou-se uma excepcional oradora. Inspiradíssima,falava das lições do Evangelho com simplicidade e firmezaem sua fé. Comovia a todos que a ouviam. Sua capacidade decura fazia com que inúmeras pessoas a procurassem para sevirem livres do mal que os afligia.

Também as faculdades mediúnicas de clarividência,audiência, desdobramento e psicofonia muito a ajudavampara a continuidade das tarefas que havia se comprometido arealizar.

Com seu amoroso caráter e grande sentimento pela doralheia, amadureceu a idéia de socorrer as criançasabandonadas em um local onde todos pudessem ouvir ereceber as bênçãos do Alto. Com o auxílio do esposo, MariaMáximo fundou em janeiro de 1937 o "Centro EspíritaIsmênia de Jesus", no bairro do Macuco, em Santos, SãoPaulo, prestando uma justa homenagem a sua queridamãezinha, pelo reconhecimento em ter-lhe dado o direito deviver.

Seu trabalho estava apenas começando dizia ela eagora, contando com a ajuda de muitos companheiros que sejuntaram ao grupo de estudos, ela conseguiu, em dezembrode 1939, inaugurar em sua sede própria, mais uma obra, umsalão com a capacidade de atender mais de 600 pessoas e umberçário para mais de 20 crianças abandonadas seremrecolhidas e assistidas por muitos adeptos da doutrina,

Maria MáximoMaria Máximo

Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 3

Miguel Máximo e Maria Máximo, tambémconhecidos como “Duo Max”

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esclarecidos pelos exemplos dessa digna figura de mulherque era Maria Máximo.

Continuando sua tarefa enobrecedora, em 1941 erainaugurada uma ampla cozinha e um refeitório que passarama atender a distribuição de sopa e alimentos para mais de 200pessoas diariamente. No dia 7 de setembro de 1944, umanova obra. Esta agora era para o atendimento às mãessolteiras, tanto no aspecto social como espiritual.

Com tudo isto, o Centro Espírita Ismênia de Jesusp a s s o u a s e rconhecido como a"Casa dos Pobres" eesse cognome émantido até nos diasde hoje, gravado nocimento em suafachada.

Apesar de tudoisto, Maria Máximoainda não estavas a t i s f e i t a .Preocupava-se coma parte educacional das crianças desamparadas, dosadolescentes sem futuro, pois não tinham nenhumainstrução, uns pela idade já fora dos limites escolares paramatrículas primárias, outros porque tinham que ajudar ospais executando algum trabalho ou até mesmo pedindoesmolas pelas ruas. E o próximo passo seria uma escola onde

um grande númerod e c r i a n ç a s ejovens pudessemaprender a ler eescrever. Dessaforma, no mesmoprédio onde jáf u n c i o n a v a oatendimento àsmães solteiras,v i e r a m a sampliações para osu rg imen to da" E s c o l a

Espiritualista Ordem e Progresso".Maria Máximo encontrava muito apoio e orientações

para tudo o que realizava. Era seu pai, o Dr. Aurélio, que nasmensagens costumava assinar PaiAurélio, que a incentivavacom palavras e conselhos como: "Minha filha, sigaconfiante, pois o "Banco da Misericórdia Divina" nunca adeixará sem recursos para as obras do Bem Maior. Elesaparecerão na hora exata. PaiAurélio."

Esse espírito empreendedor e caritativo, atuou pormuitos e muitos anos na cidade de Santos. Até hoje seusfeitos ali estão sendo conduzidos por muitos espíritas detodas as classes sociais, que tudo fazem para continuarem asobras ali edificadas.

A Escola Espiritualista Ordem e Progresso continua aatuar no campo educativo com seus cursos, hoje muito maisampliados. Já recebeu diplomas de mérito, como naCampanha de Defesa das Utilidades Públicas e Privadas,ocorrida em dezembro de 1967.

Maria Máximo administrou tudo enquanto suas forçasresistiam. Médicos espirituais e encarnados pediam para queela diminuísse o ritmo de trabalho, mas ela não obedecia.Chegaram a enviar cartas a Chico Xavier, para queEmmanuel lhe orientasse, mas de nada adiantou, pois emvisitas que Maria Máximo fazia a Chico, ela confidenciavaao médium: "Todos pedem para que eu diminua o trabalho,mas enquanto puder vou arrastando esse corpo já velho ecansado, pois o meu espírito ainda está ágil. Vou desencarnartrabalhando." Então dizia Chico: “Como ela poderia ouvirconselho ou orientação diferente?”

E foi no dia 10 de agosto de 1949 que o coração dessavalorosa mulher parou. Foram muitas lutas, foram muitosdissabores, principalmente com a dor enorme sentida por elana partida de seu companheiro e cúmplice, como ela dizia,de todas as horas. Isto foi em 24 de agosto de 1940. MariaMáximo suportou ainda nove anos de lutas sem o apoiodesse que a espiritualidade lhe concedeu como refrigério dosatritos já mencionados, pois sabemos que todos aqueles quedefendem o cristianismo, contam com as incompreensões eas barreiras que são formadas pelas sombras, paraimpedirem a luz trazida pelos missionários do Cristo aomundo material.

Contam os companheiros espíritas que assistiram aosúltimos momentos de Maria Máximo, que enquanto osmédicos terrenos tudo faziam para reanimá-la, os amigosespirituais preparavam-na para que ela pudesse dar aprimeira comunicação logo após seu desenlace, pois era oseu grande desejo.

E, ainda não fazia duas horas que seu coração haviaparado e ela, servindo-se de um grande amigo e médiumpraticante na casa de trabalho, e que também lá seencontrava para prantear esse espírito guerreiro, deu aseguinte mensagem: "amigos, minha carta de alforriachegou". Despediu-se confortando e encorajando-os paracontinuarem a zelar pela obra que era do Mestre.

Essa grandiosa obra continua em Santos a produzirmuitos frutos, com certeza sob a égide desse espíritobatalhador que foi Maria Máximo.

Para ilustrar ainda mais a sua mediunidade, dentremuitos fatos ocorridos, um ficou marcante. Teve elanecessidade de ausentar-se de suas tarefas no Centro EspíritaIsmênia de Jesus, deixando-as para que os companheirosficassem a frente do movimento diário. Ao retornar,encontrou na mesa do escritório um cheque de alto valor.Diante dessa quantia, ela ficou assustada, porque emboraestivesse acostumada a doações, estas eram nunca de valorestão altos. Isso nunca havia acontecido. Foi informada queum senhor da Capital lá estivera a sua procura, mas não aencontrando, deixou a doação assim mesmo.

Maria Máximo, antes de descontar o cheque,investigou e localizou o portador. Queria conhecê-lo.

Foi recebida na bela mansão do Coronel ArlindoRibeiro, que ficou contentíssimo em conhecê-la também.

Após as primeiras conversas, Maria Máximo disse desua preocupação com o valor do cheque, por isso antesmesmo de descontá-lo, ela queria saber se não houvenenhum engano na emissão do mesmo. O Coronel Arlindo,revendo o cheque, devolveu-o às mãos de Maria e, rindo,disse que não havia engano algum. "Leve-o e use-o como

SeareiroSeareiro4

Casa dos Pobres

Escola Espiritualista Ordem e Progresso

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quiser. Sei que a obra é grande e tem muito gasto. Vá em paz.Fico feliz por saber de outra qualidade sua, a honestidade!"

Maria Máximo, agora tranqüila e feliz, já estava sedespedindo quando seu guia, Pai Aurélio, lhe transmitiu umrecado: "O cheque foi só uma desculpa que encontramospara que você pudesse vir a esta mansão. Aqui há um jovempreso a uma camisa de força. Ele terá que ser socorrido pelasua mediunidade."

Ela de imediato transmitiu ao Coronel Arlindo o queouvira de seu pai e guia que, espantado, pensou: "Como elasoube do meu segredo?"

Realmente ele tinha um filho louco. Encontrava-sepreso num dos quartos da mansão, confinado a doisenfermeiros em camisa de força, pela sua agressividade.Porém, esse era segredo de família, pois ele não podia exporessa chaga familiar, por ser um político influente e homempúblico. Esse fato pode ser estranho e cruel, masantigamente no Brasil, os manicômios eram muito raros, porisso os familiares tinham que manter os doentes em casa.

Maria Máximo foi conduzida ao quarto do rapaz,depois de muito insistir. Diante daquele ser agitado eprofundamente agressivo, ela pediu para que o libertassemda camisa de força. O coronel achou arriscado, mas ela disseque seu Pai Aurélio e outros espíritos da área médicaestavam ali para o tratamento solicitado por ela, e compermissão de Jesus, a cura se faria. Ela aproximou-sevagarosamente do moço, sem a camisa de força, mas quecontinuava com os olhos arregalados parecendo uma fera

enjaulada. Ela não se deteve, orando e confiando no Alto,ergueu as mãos sobre a cabeça do jovem. A princípio ele seestrebuchou e disse palavras desconexas, mas aos poucos foise asserenando até que ela conseguiu conversar com ele.Passado algum tempo, o rapaz falava tranqüilamente comMaria, como se nada tivesse acontecido, pois agora ele eradono do seu corpo. Maria beijou-lhe as mãos e despediu-se,pois sua tarefa fora cumprida, em nome de Jesus e dosamigos espirituais, entre eles, seu pai Dr.Aurélio.

O Coronel Arlindo ficou impressionadíssimo, nuncahavia presenciado algo parecido, mas aquele passeabençoado trouxe a cura do filho que ele consideravaperdido. Tornou-se com isto mais um grande adepto dadoutrina, passou a colaborar ativamente no Centro EspíritaIsmênia de Jesus, juntamente com o filho recuperado.

Segundo o senhorC a m i l o L o u r e n ç o ,presidente da InstituiçãoEspírita Ismênia deJesus, existem nosarquivos da instituiçãoinformações mediúnicasseguras e de grandeimportância para o meioespírita de que MariaM á x i m o , e m v i d apassada, fora DonaDomitila de CastroC a n t o e M e l o , aMarquesa de Santos(1797 - 1867) e que omédico Aurélio AugustoMesquita de Azevedo,g e n i t o r d e M a r i aMáximo (Pai Aurélio)fora a reencarnação de Dom Pedro I e, ainda mais, que DonaIsmênia de Jesus, mãe de Maria Máximo, fora areencarnação da Imperatriz Leopoldina.

O Coronel Arlindo Ribeiro do Amaral, reencarnado namesma época que a Marquesa de Santos, nesta reencarnaçãocomo Maria Máximo, reviu o seu passado criminoso, ejustificando-se perante a lei de Deus, devolveu a MariaMáximo tudo o que roubara da Marquesa de Santos nopassado.

Como vemos, há muito sobre a vida desta valorosamulher, não só pela sua vida dedicada ao semelhante, masainda pelo exemplo de responsabilidade e fidelidade aosprincípios cristãos. Com sua mediunidade curadora, quantoscorações tiveram a oportunidade de rever valores e mudar oroteiro da reencarnação, tornando-a mais aproveitada nosensinamentos evangélicos.

A obra de Maria Máximo merece ser visitada pelosespíritas e sua vida, quando em sua última reencarnação,precisa ser mais divulgada, pois são esses exemplos queprecisam ser seguidos. Foram poucos os aspectos queabordamos, porque a vida dela foi repleta de belosacontecimentos, porém, cremos que na Instituição Ismêniade Jesus haja documentações mais completas.

Abaixo segue uma mensagem recebida por FranciscoCândido Xavier, em Pedro Leopoldo, em 1943.

Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 5

Marquesa de Santos

Complexo Ismênia de Jesus

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Minha irmã:Que as bênçãos de Jesus te felicitem o coração consagrado à verdade.Refaze tuas forças, multiplica energias, mantém aceso o fogo sagrado de tua confiança e continua servindo Aquele

Mestre amoroso e sábio que nos dirige os destinos. Não te doa o espinho da incompreensão ou a pedra da malícia no campoimenso da semeadura evangélica. Não poderíamos seguir entre flores Àquele que demandou a ressurreição coroada desofrimentos nem poderíamos percorrer, por encontrá-lo outra senda que não seja a via-sagrada de supremas renunciações.A cruz do Senhor Jesus não é símbolo mudo. O discípulo fiel não se esquivará ao seu peso, porque o madeiro dotestemunho individual é passaporte para a Redenção.

Na mediunidade, encontraste a cruz repleta de espinhos e rosas, de sombras e luzes, de alegrias e padecimentos, que éindispensável não menosprezar. Quantas vezes hão ouvido a observação injusta, a ironia dos que te não podemcompreender? Não importa.Auxilia a todos, entende-lhes as necessidades, espera-os no caminho com a lâmpada fraternale, seguindo o Senhor, com a tua cruz, faze que os espinhos floresçam, que as sombras se dissipem na claridade divina, queos sofrimentos se transformem cada dia em hinos de esperança.

Acusam em torno de teus passos, caluniam em derredor de ti? Continua a marcha para frente. Cada homem colherá oque houver plantado, cada trabalhador viverá na edificação que construir. Quem ajunte sombras conhecerá nevoeiro,quem carregue pedras lhes sentirá o peso na estrada, pois, se vivem esquecidos do próprio Pai, se lhe não entendem a obradivina, que possuirão por nos oferecer senão as sombras que lhes amortalham o coração? É preciso cuidar do trabalho deJesus, renovando a nós mesmos, no vasto programa da redenção espiritual.

Não te perturbem os ecos do passado em outras expressões da existência, pois, não somente tu, minha irmã, e simtodos nós, somos endividados a quem o Senhor concedeu grande material de misericórdia e possibilidades, a fim de quenão faltemos aos resgates justos. A prova e o trabalho constituem a nossa grande oportunidade. Louva sempre o DivinoAmigo que te conferiu a tarefa da distribuição de seus recursos amorosos, junto aos que têm fome de pão do corpo e sede deluz espiritual.

Prossegue em teu serviço da irmã dos infortunados. Lembra que os encarnecedores são grandes desventurados noscaminhos terrestres. Plante as sementes da caridade para colheres os frutos de iluminação eterna e espalha a luz de Cristopara que todos aprendam a semear.

Continua, pois, vigilante na fé e devotada ao bem, amando e confiando, acima de tudo, no Senhor.Emmanuel

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Maria Máximo, Deus a abençoe eternamente, pois nóssabemos que seu retorno em reencarnações futuras serásempre para orientar e servir a Jesus.

Eloisa

Órgãos de divulgação da Doutrina EspíritaCentro Espírita “Ismênia de Jesus”Suplemento Literário de SantosRevista do Centro Espírita “Ismênia de Jesus” -1997Bi

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Em Um Minutoterceira idade

Terceira Idade

O que pensam aqueles que estão vivendo a terceiraidade hoje? Em um tempo tão oposto ao que viveram.Muitos dirão: “na minha época se tinha uma religiãodefinida onde os princípios morais e as virtudes erampresentes em todos e em tudo.”

Olhando para atrás é que muitos que estão na terceiraidade dizem que o mundo está perdido.

Aos companheiros que vivem a terceira idade e têmessa visão do mundo, o Espiritismo nos ensina que não é omundo que mudou, são os valores da humanidade que estãomudando, e a moral e a virtude, para alguns, fazem parte deum passado. O ser humano, usando o livre-arbítrio de formaequivocada, ao invés de fazer o que deve, faz com ele o quequer.

É por essa razão que quem está vivendo a terceiraidade, com a moral voltada para os ensinamentos do Cristo,

tem muito a ensinar para nossas crianças e para os nossosjovens.

Todos nós somos espíritos eternos com váriasreencarnações, e em cada uma delas temos uma novaexperiência, sempre buscando a elevação moral e espiritual.

É um bom momento para agradecermos ao nosso Paipelos longos anos de vida no plano físico. É uma grandeoportunidade de trabalharmos no campo do bembeneficiando assim a nós e aos nossos companheiros decaminhada.

Não importa a idade que temos, o importante é quemuito podemos fazer. Pensando bem, em apenas um minuto,podemos servir, aprender, ensinar, ouvir e também mudarnossas atitudes, sendo trabalhadores na seara do Cristo.

Geni

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Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 7

Filhos Mandam, Pais Obedecemfamilia

Parece estranho o título deste texto, mas é o que aconteceem muitos lares.

Há lares em que a vida doméstica gira somente em voltadas vontades do filho. Tudo o que se faz é pensando no que ofilho gosta ou não gosta e os filhos, por sua vez, exigem cadavez mais que as suas vontades prevaleçam sobre a dos pais.

Em alguns lares, esta atitude dos filhos gera conflitos,mas os pais lutam e não aceitam as exigências impostas poreles; contudo, nos tempos atuais, vemos que a maioria dospais cedem e se deixam comandar pelos filhos.

É uma inversão de papéis e valores muito perigosa, poisos pais foram colocados nesta posição para poderem educaros filhos, inclusive ensinando a importante lição daobediência.

Eles recebem a benção da reencarnação para poderem,com a ajuda dos pais, reeducarem-se e modificarem-se, mas,quando os pais se tornam escravos das vontades dos filhos,estes não se modificam.

E por que isto acontece? Como uma criança consegueimpor-se e dominar dois adultos, ou seja, pai e mãe?

Começamos lembrando que a criança tem a aparênciafrágil para despertar o amor e os cuidados dos pais, mas o seuespírito não é de criança, podendo ser muito mais experientee ter muito mais “esperteza” que nós, adultos. Reencarnamcom um orgulho latente, que se manifesta desde os temposdo berço, quando não aceitam as ordens dos pais.

Lembramos também que a criança pode ser aquelecredor dos pais de dívidas de amor não vivido. Explicandomelhor, os pais podem ser os responsáveis pelas quedasmorais do passado daquele espírito que hoje reencarna,oferecendo a oportunidade para que os pais o conduzam parao caminho correto. Quando isto acontece, os pais guardamno seu subconsciente aquela posição de culpa pelos erros

cometidos no passado, mas ao invés de educar o filho paraque ele possa modificar o que está errado, os pais acabamcedendo a todos os caprichos e vontades dele, terminandopor não ajudá-lo a evoluir, superar conflitos e ajustar-se aoninho doméstico.

“Longe, pois, de deslumbrar-se diante do recém-nato,lembre-se de orientá-lo, desde já, para que ele se autocorrijade seus desmandos e desajustes de caráter. Vigie-o e dê-lhecarinho.” (Filhos, como educá-los - Roque Jacintho -Editora Luz no Lar)

Os pais devem buscar, desde cedo, colocar o amor deDeus nessa alma. Não devem esperar que a criança cresçasem a orientação religiosa. Isto é muito perigoso.

Desde o berço deve ser lido e comentado o Evangelho deJesus, ensinando à criança virtudes cristãs.

Realizar, como um compromisso sério, o Culto doEvangelho no Lar é o antídoto para muitos dissabores.

Nesta hora em que a família se reúne, Deus manda osseus mensageiros, os Espíritos amigos, para atender àsnossas necessidades espirituais.

Aqueles pais que realizam o Culto do Evangelho no Larrelatam que as crianças são mais dóceis e obedientes e queouvem as orientações paternas com mais atenção.

Outra boa atitude é levar as crianças para freqüentarem aEvangelização Infantil de algum agrupamento espírita.

Aresponsabilidade dos pais é muito grande perante Deuse, seja qual for a situação, não se deve ceder na tarefa dereeducação moral daqueles cuja guarda nos foi confiada.

Os filhos devem entender que obediência é uma lição quecomeça no lar, pratica-se em todos os campos da sociedade ecarrega-se para a eternidade.

Wilson

Família

kardec em estudoKardec em Estudo

Os que têm os olhos fechados

Todas as criaturas que têm a falta da visão físicabuscam desesperadamente a cura, tanto na medicina daTerra, quanto no auxílio dos nossos amigos espirituais, quequase sempre não encontram soluções imediatas para oproblema.

Buscando tanto a visão do corpo, não vemos que anecessidade da sua falta nos faz voltarmos para dentro de nós

mesmos, pois essa busca nos leva a Deus, nosso Pai maior,que nos proporciona essa deficiência, que julgamos tãopenosa, mas às vezes tão necessária para que despertemospara os valores maiores da vida espiritual. Quantos maldirãoum dia quando estiverem nas trevas pelo mau uso quefizeram da visão quando encarnados.

Isto porque os olhos abertos às vezes nos levam a

O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo VIII - Item 20 - Amai os Vossos Inimigos

...Creiam-me, meus bons e queridos amigos, a cegueira dos olhos é, muitas vezes, a verdadeira luzdo coração, enquanto que a vista é, com freqüência, o anjo da sombra que conduz à morte espiritual...

(Vianney, Cura de Ars, Paris, 1863)

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SeareiroSeareiro8

quedas morais. Quando nos falta a visão do corpo, ficamosmais suscetíveis às coisas do espírito, desenvolvemos maisnossos sentimentos, nossos valores.

Há cegos de corpo e cegos de espírito.Imaginemos um “cego de espírito”, um materialista ao

chegar no mundo espiritual; este homem não procurouinformar-se através do estudo sobre este mundo que muitosdesconhecem, mas é para lá que um dia todos iremos. Estacriatura nem sequer acredita que este mundo existe, nãoacredita em vida após a morte.

O que acontecerá a este cego de espírito ao passar pelasbarreiras do túmulo?

O que acontecerá a este espírito ao ver-se num mundocompletamente estranho?

Imaginemos este cego de espírito conduzindo alguémcego da mesma maneira? Como disse Jesus cego que guiacego ambos caem no barranco.

Este barranco é o desconhecido que encontramos apósnosso desencarne.

Como se comportarão estes cegos num mundo que nãoacreditavam existir? Por estarem tão presos ao mundomaterial, não buscaram maiores conhecimentos espirituais.

Ninguém pode saber sem aprender, ninguém podeaprender sem estudar, assim como ninguém pode ver sendocego.

Busquemos enquanto é tempo maiores informações

sobre este mundo.Quando vamos viajar para algum lugar que não

conhecemos, nós buscamos toda informação sobre estelugar, quais os costumes, se é muito frio, ou muito quente,para sabermos que tipo de roupa levarmos e outrasinformações necessárias. Por que não fazemos isso tambémcom a nossa viagem espiritual? Pois com certeza emboramuitos não acreditem, temos passagem marcada com datacerta para esta viagem; não sabemos o dia e a hora certa, masaproveitemos a espera para buscarmos conhecimentos euma visão mais ampla sobre o assunto.

E aqueles que são privados da visão do corpo nas horasde aflição voltem os olhos ao céu e digam do fundo do seucoração:

Se é horrível a cegueira do corpo, mil vezes pior é acegueira do espírito.

Por isso às vezes é preferível ser cego do corpo que“cego do espírito”.

Que Jesus nos dê a verdadeira luz, que é a “LuzEspiritual”.

Ruth

“Meu Pai curai-me! Mas faça que minha almaenferma se cure antes que as enfermidades do meu corpo.”(O Evangelho Segundo o Espiritismo)

“Quantos maldirão um dia, nas trevas, oterem visto a luz.” (O Evangelho Segundo o Espiritismo)

Material Consultado: O Evangelho Segundo o Espiritismo -Allan Kardec - Tradução Roque Jacintho - Luz no Lar - 2004

Temos como uma das características dos sonhos oschamados imaginários, criados fluidicamente pelos nossospensamentos. E o que seria essa criação fluídica? Parafacilitar o nosso entendimento a respeito, comparemos a açãodo homem operando sobre os gases em um laboratórioquímico, só que os fluidos, em vez de serem manipuladoscom as mãos, reagem e se transformam por meio dopensamento.

Essas transformações fluídicas, tanto podem ocorrerconscientemente para a prática de um ato (como por exemplona ação dos Espíritos do Bem em passes e tratamentos), comopode acontecer de forma inconsciente, quando temosconceitos ou imagens fortemente fixadas na mente.

Daí que a imaginação pode influenciar de formadecisiva no que sonhamos. Ela advém muito de nossa partemoral.Assim, se temos crenças a respeito de coisas, podemoscriar as respectivas imagens em sonho e ir ao encontro do quedesejamos ou acreditamos. Por exemplo, um religiosopreocupado com o inferno, o vê em sonho de acordo com ascaracterísticas que lhe foram descritas, tais como, tridentes,fornalhas, labaredas, chifres.

Podemos criar imagens fantásticas, mas que seapresentam de modo tão real, a ponto de repercutir no nossocorpo físico por meio das emoções, assim como ocorrequanto estamos acordados, podendo causar um despertar

cansado, tenso ou extasiante.As criações fluídicas do pensamento podem ocorrer nos

sonhos, de acordo com Allan Kardec , pelos seguintesfatores: exaltação das crenças, lembranças retrospectivas,gostos, desejos, paixões, temores, remorsos, preocupaçõeshabituais, necessidades do corpo ou um embaraço nasfunções do organismo, ou, pela influência benéfica oumaléfica de outros espíritos.

Cabe-nos a reflexão: Como saber o que é real? Temosque ter critérios, não acreditar em tudo nos sonhos. Ora,podemos ter várias espécies de sonho e não conseguirmosdistinguir o real do imaginário! A resposta é estudar as leisque regem o mundo espiritual, ou seja, estudar o que Kardecnos deixou. É o que se pode denominar de fé raciocinada,saber em que e o porquê de acreditar.

Agindo assim, não haverá tanta fantasia. Quandoacordados e lembrando vivamente daquele determinadosonho, poderemos ter bases para ponderar se foi apenas frutode nossa fértil imaginação.

Rosangela

(1)

Material consultado:

A Gênese - Allan Kardec, capítulo XIV, item 28 FEB - 33ª edição•• -

O Livro dos Espíritos - Allan Kardec FEB - 84ª edição(1)

O Imagináriosonhos

Sonhos

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Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 9

Mensagemmensagem

Doenças EscolhidasConvictos de que o Espírito escolhe as provações que

experimentará na Terra, quando se mostre na posição moralde resolver quanto ao próprio destino, é justo recordar que acriatura, durante a reencarnação, elege, automaticamente,para si mesma, grande parte das doenças que se lheincorporam às preocupações.

Não precisamos lembrar, nesse capítulo, as grandescalamidades particulares, quais sejam o homicídio, de que oautor arrasta as conseqüências na forma de extremaperturbação espiritual, ou o suicídio frustrado, que assinala ocorpo daquele que o perpetra com dolorosos e aflitivosremanescentes.

Deter-nos-emos, de modo ligeiro, no exame dasdecisões lamentáveis, que assumimos quando enleados nocarro físico, sem saber que lhe martelamos ou desagregamosas peças.

Sempre que já tenhamos deixado as constrições doprimitivismo, todos sabemos que a prática do bem é simplesdever e que a prática do bem é o único antídoto eficientecontra o império do mal em nós próprios.

Entretanto, rendemo-nos, habitualmente, às sugestõesdo mal, criando em nós não apenas condições favoráveis àinstalação de determinadas moléstias no cosmo orgânico,mas também ligações fluídicas aptas a funcionarem comopontos de apoio para as influências perniciosas interessadasem vampirizar-nos a vida.

Seja na ingestão de alimento inadequado, porextravagâncias à mesa, seja no uso de entorpecentes, no

alcoolismo mesmo brando, no aborto criminoso e nosabusos sexuais, estabelecemos em nosso prejuízo assíndromes abdominais de caráter urgente, as úlcerasgastrintestinais, as afecções hepáticas, as dispepsiascrônicas, as pancreatites, as desordens renais, as irritaçõesdo cólon, os desastres circulatórios, as moléstiasneoplásicas, a neurastenia, o traumatismo do cérebro, asenfermidades degenerativas do sistema nervoso, além detodo um largo cortejo de sintomas outros, enquanto que nacrítica inveterada, na inconformação, na inveja, no ciúme,no despeito, na desesperação e na avareza, engendramosvariados tipos de crueldade silenciosa com que, viciando opróprio pensamento, atraímos o pensamento viciado dasInteligências menos felizes, encarnadas ou desencarnadas,que nos rodeiam.

Exteriorizando idéias conturbadas, assimilamos asidéias conturbadas que se agitam em torno de nosso passo,elementos esses que se nos ajustam ao desequilíbrioemotivo, agravando-nos as potencialidades alérgicas oupesando nas estruturas nervosas que conduzem a dor.

Mantidas tais conexões, surgem freqüentemente osprocessos obsessivos que, muitas vezes, sem afetarem arazão, nos mantêm no domínio das enfermidades —fantasmas que nos esterilizam as forças e, pouco a pouco,nos corroem a existência.

Guardemo-nos, assim, contra a perturbação,procurando o equilíbrio e compreendendo no bem —expressando bondade e educação — a mais alta fórmula para

RenúnciaTemos nesta obra

ditada pelo espírito deE m m a n u e l ,psicografada por ChicoXavier, uma históriareal, passada em plenaInquisição, no séculoX I V, n a F r a n ç a ,Espanha, Irlanda eAmérica.

Conta-nos e ensina-n o s d e m a n e i r amarcante a renúncia,através de exemplovivo de verdadeiroamor, perdão, heroísmo

e martírio.Alcione, personagem principal deste romance, nos toca

no mais profundo de nossos sentimentos, o que noEvangelho nos orienta que é dando que se recebe, que é maisgratificante servir que ser servido, porém, isto requer de cadaum, persistência, sacrifício e renúncia.

Alcione, que já não tinha mais necessidade de resgate,estando em plano superior na estrela Sirius, quis voltar aonosso planeta para contribuir na regeneração de um grupo deseres impenitentes, demonstrando verdadeiros sacrifícios deamor.

Esta obra nos prova que nunca estamos sós eabandonados, há sempre alguém vibrando e trabalhando pornós, para que jamais percamos a esperança e a fé.

Família Amado

livro em foco

Editora FEBFrancisco Cândido Xavier / Emmanuel464 páginas

Livro em Foco

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SeareiroSeareiro10

Diante da Multidão

a solução de nossos problemas.E ainda mesmo em nos sentindo enfermos, arrastando-

nos embora, aperfeiçoemo-nos ajudando aos outros, nacerteza de que, servindo ao próximo, serviremos a nósmesmos, esquecendo, por fim, o mercado da invigilância

onde cada um adquire as doenças que deseja para tormentopróprio.

EmmanuelLivro Religião dos Espíritos, psicografado

por Francisco Cândido Xavier

“E Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte...”(MATEUS, 5:1.)

O procedimento dos homens cultos para com o povoexperimentará elevação crescente à medida que oEvangelho se estenda nos corações.

Infelizmente, até agora, raramente a multidão temencontrado, por parte das grandes personalidades humanas,o tratamento a que faz jus.

Muitos sobem ao monte da autoridade e da fortuna, dainteligência e do poder, mas simplesmente para humilhá-laou esquecê-la depois.

Sacerdotes inúmeros enriquecem-se de saber e buscamsubjugá-la a seu talante. Políticos astuciosos exploram-lheas paixões em proveito próprio.

Tiranos disfarçados em condutores envenenam-lhe aalma e arrojam-na ao despenhadeiro da destruição, àmaneira dos algozes de rebanho que apartam as reses para omatadouro.

Juízes menos preparados para a dignidade das funçõesque exercem confundem-lhe o raciocínio.

Administradores menos escrupulosos arregimentam-lhe as expressões numéricas para a criação de efeitoscontrários ao progresso.

Em todos os tempos, vemos o trabalho dos legítimosmissionários do bem prejudicado pela ignorância que

estabelece perturbações e espantalhos para a massa popular.Entretanto, para a comunidade dos aprendizes do

Evangelho, em qualquer clima de fé, o padrão de Jesus brilhasoberano.

Vendo a multidão, o Mestre sobe a um monte e começaa ensinar... É imprescindível empenhar as nossas energias, aserviço da educação.Ajudemos o povo a pensar, a crescer e aaprimorar-se.

Auxiliar a todos para que todos se beneficiem e seelevem, tanto quanto nós desejamos melhoria eprosperidade para nós mesmos, constitui para nós afelicidade real e indiscutível.

Ao leste e ao oeste, ao norte e ao sul da nossaindividualidade, movimentam-se milhares de criaturas, emposição inferior à nossa.

Estendamos os braços, alonguemos o coração eirradiemos entendimento, fraternidade e simpatia,ajudando-as sem condições.

Quando o cristão pronuncia as sagradas palavras “PaiNosso”, está reconhecendo não somente a Paternidade deDeus, mas aceitando também por sua família a Humanidadeinteira.

Emmanuel

Livro Fonte Viva, psicografadopor Francisco Cândido Xavierl

Tema Livretema livre

Nossos pensamentos não são fantasiasNós ainda temos tudo para sermos felizes, mas não essa

felicidade ilusória que criamos, material e passageira que osbens materiais nos oferecem, - é nossa obrigação aquiressaltar que os bens materiais não são as causas de nossoserros, pois tudo que o mundo nos oferece é Divino e para onosso aprimoramento. O que ocorre então é que no nossoegoísmo não sabemos discernir entre o certo e o errado, entre

o necessário e o supérfluo, utilizando-os equivocadamente;isto porque abandonamos os conhecimentos morais e,assim, temos viciado nossa mente num clima delamentações perniciosas e doentias não fazendo idéia do malque praticamos.

Vivendo neste clima de puro egoísmo, onde nosachamos sempre vítimas de todas as dificuldades e

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Temos os 414 livros psicografados por Chico

Xavier, romances de diversos autores, revistas e

jornais espíritas. Distribuição permanente de

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Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 11

situações, não contribuímos em nada pelo nosso progressoindividual e coletivo e, o que é pior, criamos obstáculos entreaqueles com os quais convivemos e mantemos contato.Criamos muitas vezes a antipatia, provocamos oafastamento de pessoas do nosso convívio, as quaispoderíamos auxiliar ou que nos auxiliariam mutuamente eassim vamos nos isolando sem disso nos darmos conta. Isto,apenas do ponto de vista de nós, encarnados, já é uma grandefalta que cometemos perante a Lei do Amor e, por issoresponderemos por tais atitudes. Observando, porém,esclarecimentos da Espiritualidade Superior, contidos noslivros da Doutrina Espírita, temos informações de que paracada encarnado existe uma proporção de seis desencarnadossendo constituída assim a humanidade terrestre dedesencarnados e encarnados. Nesse clima espiritual delamentações e revoltas, como já dissemos, afastamos as boasoportunidades da nossa encarnação e atraímos para nossoconvívio espíritos deste mesmo estado mental inferior emvirtude da lei de afinidades.

Através da emissão vibratória dos pensamentosinferiores conjugados de todos nós, encarnados edesencarnados, colaboramos na construção de regiões

invisíveis aos nossos olhos, repletas deresíduos escuros de matéria mental que envolve a nossaatmosfera, constituindo assim verdadeiras barreiras quedificultam a passagem de energias auxiliadoras e o própriotrabalho da Espiritualidade Superior. Tudo isso nos passadesapercebido porque Deus é misericordioso e, mesmodiante de nossa irreflexão e teimosia, Ele nos abençoa econtinuamos a nossa caminhada recebendo sempre novasoportunidades de auxílio.

E para mudarmos essa situação, esse clima mental emque nos envolvemos, o que podemos fazer? É necessárioalgum sacrifício descomunal? Algum ato de heroísmo?Construir alguma grande obra? Sermos um Allan Kardec,Francisco Cândido Xavier, Francisco de Assis, Irmã Dulceou Madre Teresa de Calcutá? Não, um dia chegaremos lá,por ora basta nos analisarmos com o que está a nossa volta.

Nós que temos a saúde, um corpo com que podemosrealizar todos os movimentos, que temos os cinco sentidosem perfeita ordem, que temos a mente livre e que podemosainda raciocinar, refletir e tomar nossas próprias decisões,que podemos trabalhar e progredir, olhemos para fora de nóse saibamos agradecer a Deus por esse verdadeiro patrimôniode uma vida saudável e orar, pedindo ao Pai que intercedapor aqueles que estão habitando corpos defeituosos,impossibilitados de realizar seus movimentos, com a visão,e fala ou a audição prejudicada, por aqueles que estão com amente em total desequilíbrio sem condições nenhuma deraciocinar, os quais estão às nossas vistas em todos osmomentos em plena via pública, sem contar aqueles quevivem em clausura que, com certeza, muitos de nós nãoteríamos condições de suportar em simplesmente observá-los. Nós, que podemos sentir o ar, ver o nascer e o pôr do sol,sentir o perfume das flores, sentir a chuva necessária à nossasobrevivência, o mar, os rios, os animais, enfim, toda anatureza que nos envolve e que Deus nos concedeininterruptamente, devemos mudar nossos pensamentosdoentios de toda espécie para sairmos desse marasmo evivermos dignamente, fazendo algo de útil pelo menos nascoisas mínimas e lutando contra nossas imperfeiçõesmorais. Esse é o nosso grande sacrifício, nossa reformaíntima.

André Luiz, no livro Os Mensageiros, nos deixou umacurta advertência mas de muito significado, por intermédiode um Espírito de escol denominadoAniceto que diz: “quemnão sabe agradecer, não sabe receber e muito menos pedir”.Então antes de iniciarmos um processo de lamentaçõesdoentias, recorramos a esta advertência e oremos ao Pai,agradecendo por tudo que temos e solicitando forças parasuperarmos as nossas próprias fraquezas e assim deixaremosde ser um obstáculo ao progresso da humanidade, tanto noplano dos encarnados quanto dos desencarnados e assimtambém deixaremos de praticar o mal e começaremos avislumbrar o Bem.

Roberto Cunha

dedor e sofrimento

DEUS - Rompendo o hábito de querer humanizar o PaiCelestial, quando se indagava: “Quem é Deus?”, à vista daslimitações de nossa capacidade de analisar o abstrato, aDoutrina Espírita torna claro que há total despreocupação dequerer dar ao Criador as roupagens ou forma humanas.

JUSTIÇA DIVINA - Por milênios confundíamosJustiça Divina com um tribunal de julgamento, onde todas asnossas menores faltas eram anotadas e, depois, cobradassem comiseração pelas potências espirituais. Com isso,criamos lugares de punição para os faltosos. Céu, inferno,limbo, purgatório são expressões do que julgávamos fossemos tribunais divinos ou os recantos construídos para aliquidação de nossos débitos espirituais.

O Espiritismo, porém, esclarece que a ProvidênciaDivina é manifestação de amor sem limites e que aEspiritualidade (ou Deus) não é constituida de juízesempenhados em catalogar nossas falhas e omissões e nemserá entregue ao afã de sentenciar-nos ou castigar-nos.

AJustiça é expressão de misericórdia.Os mais avançados tribunais humanos porfiando pela

reeducação de deliqüentes ou transgressores das leis estãomuito longe de exprimir toda a caridade com que somosenvoltos pelos Maiores da Espiritualidade.

O estado de consciência é que exprime a autopena.Justiça não é sinônimo de pena de resgate.

REENCARNAÇÃO - O nosso retorno às lidesterrenas, por revestir-nos de um outro corpo, não é castigo enem poderá ser confundido de imediato e sem ressalvas commanifestação da Justiça Divina.

É justiça a reencarnação, no sentido de esquecimentodo passado e, consequentemente, a nossa incapacidade deidentificar com clareza os amigos e os inimigos.

Graças ao olvido temporário, reingressamos em laresque já destruímos. Conseguimos ter por pais aqueles a quempodemos, quiçá, ter ofendido e maltratado. Poderemosamamentar naquela que ferimos e vilipendiamos.

Algumas Definições

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SeareiroSeareiro12

Recebemos oportunidade de rearmonização, semhumilhação, com nossos desafetos.

Os sofrimentos, no curso de uma romagem terrena, sãoefeitos imediatos da nossa falta de evolução espiritual. Asdores não nos são impostas; nós as tomamos do acervo denossa própria inexperiência.

As frustações, os traumas, as decepções, as desilusões,a insatisfação exprimem a nossa condição evolutiva e nãorepresentam a cobrança imposta, o resgate planificado peloMundo Maior.

A CARIDADE É A SALVAÇÃO - Quebrando com oespírito de seita que sempre nos caracterizou nas maisdiferentes épocas e nos mais diversos graus civilizatórios, oEspiritismo não aponta a si mesmo como o salvo-condutopara um mundo melhor.

Ser espírita é tornar-se consciente das leis divinas. Maso que efetivamente nos coloca acima de nossas paixõesmenos felizes é a vivência do amor fraternal, uma expressãode caridade moral. Poderemos ou não ser espíritas, sem quetal titulação religiosa, por si só, seja salvaguarda de impulsosgrosseiros.

Por outro lado, estamos sendo conclamados a nãoconfundir caridade com esmola ou beneficência. Estaspoderão ser uma das facetas da caridade. O seu princípio, umprimeiro passo. Mas a caridade que nos liberta do egoísmo edo orgulho é aquele movimento espontâneo de integraçãocom nosso semelhante, com o nosso companheiro de lutasredentoras, acima de qualquer expressão monetária.

É imensamente significativo, num mundo subdivididopor grupos que se defendem de outros grupos, um conceitotão universal e anti-sectário como este esposado e difundidobasilarmente pela Doutrina Espírita.

EVANGELHO - A Boa Nova do Senhor Jesus,enfeixada em expressões verbais no Evangelho, não é umlivro de poderes mágicos, capaz de afastar o mal tão-somente por ser compulsado. Não é, igualmente, um tornode obrigações religiosas, que leremos com mais ou menosfervor, desejando cumprir um ritual.

Se não tem poderes especiais em si mesmo, não é fontede controvérsias infindáveis, onde as expressões literaistenham mais força que o gênio que contenham.

É roteiro de luz aos que já se conscientizaram de que,sem vida espiritual, ainda não tomamos distância das ferasde que nós sabemos uma ramificação biológica. São as leis

espirituais dinamizadas...

A consciência coletiva de quem é Deus vem semodificando, século a século, retirando Dele, pouco apouco, a sua forma e a sua roupagem humana.

Nosso entendimento vai se clareando à medida em quevamos entendendo um pouco mais o mundo em quevivemos, graças aos ensinamentos da Doutrina Espírita, emais noção vamos adquirindo da grandeza de Deus, quecada vez mais ganha maior dimensão aos nossos olhos.

A nossa vaidade e o nosso orgulho não têm permitidoque entendamos melhor quem seja Deus, pois não gostamosde nos ver tão pequenos o quanto na verdade somos, o queacontece na medida em que vamos enxergando um poucomais a grandeza de nosso Pai, a grandeza do Universo.

Nestas suas linhas, Roque Jacintho comenta a respostados Espíritos à primeira pergunta de Kardec em “O Livrodos Espíritos”, onde eles respondem que: “Deus é ainteligência suprema, causa primária de todas as coisas”.

Esta resposta deixa claro o quanto ainda deixamos deentender quem é Deus, sua grandeza, sua forma, se possuiralguma. Nossas mentes primitivas, ainda ligadas eescravizadas aos conceitos e entendimentos da matéria ondevivemos, não têm a mínima condição de conseguir entendera imaterialidade do Pai, apesar de muitas linhas filosóficas,além da própria Doutrina Espírita, difundirem a condiçãoenergética de Deus, a sua onipresença, sua onisciência,condição de estar em todos os lugares ao mesmo tempo e detudo conhecer, tudo saber. O nosso entendimento não passadas palavras novas que tentam identificá-Lo, não Oenxergamos e não O entendemos o mínimo que seja.

Ela também nos mostra o quanto estamos no início daevolução pela qual Ele espera que trilhemos, pois Ele criouessa trilha para que nós cresçamos em sua direção. Ficamuito claro que precisamos trabalhar, estudar e meditarmuito e muito, nos esforçar para crescer em entendimento,crescer em nossa reforma íntima, lutar para desenvolverdentro de nós as qualidades que Jesus veio nos ensinar; oamor, a humildade, a caridade, a piedade,..., para, um dia,começarmos a entender, um pouquinho que seja, quem éDeus.

Reinaldo

(Trechos do capítulo “Algumas Definições” - livroConvite - Roque Jacintho)

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“Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas!”Jesus (MATEUS, 23:13.)—

Profligando escribas e fariseus, o Mestre Nazarenonão estava fazendo referência apenas aos sectários de umaordem religiosa que, setenta anos após a sua vinda a Terra,seria tragada por circunstâncias e por força de fatores queEle mesmo prenunciara como conseqüentes da evoluçãonatural a que todos estamos submetidos.

Escribas e fariseus eram intérpretes das Leis Divinaspara o povo. Porém, sempre e em toda parte, mesmo semnos filiarmos à sua escola doutrinária, também seremosconvocados a revelar-nos porta-vozes da Espiritualidade,intermediários das Leis Sublimes, representando-as noscírculos familiares onde nos situamos nas experiênciasreencarnatórias ou nos agrupamentos sócio-religiosos ondeexercitamos e desenvolvemos nosso senso moral. É que aVerdade há de manifestar-se a todos e se serve dos lábioshumanos para exprimir-se aos homens e repetidamente osnossos serão igualmente seus instrumentos.

Na enunciação do Rabi da Galiléia, por conseguinte, ofarisaísmo representa um estado mental mórbido, própriode almas enceguecidas pelo egoísmo e pelo orgulho,conscientes ou não, que arrogam para si a posição decondutores de homens e, ao invés de guiá-los a páramoscelestiais, conduzem-nos à escravatura de sua vontadeditatorial. Tais usurpadores da evolução, contudo, não seapresentam possuídos de violência, o que os faria seremrepelidos; são insinuantes e cordatos, solapando aresistência de seus semelhantes com amostras de brandura ede bons propósitos, para mais facilmente conquistar-lhes aconfiança e para deles tomar, sem repulsão, as rédeas de seudestino. Bem por essa razão Jesus os classificou: hipócritas.

Mesmo no Espiritismo-cristão, manancial inesgotávelde luzes esclarecedoras, o farisaísmo pode medrar emvolume epidêmico, já que entre os próprios Apóstolos, quese alimentavam diretamente no Celeiro Sublime do Mestre,esse fermento por vezes levedava. É que a viciação mentalem que nos sustentamos por séculos incontáveis tem o seuprolongamento natural nas ulteriores encarnações,despontando como tendências que, se não foremprontamente corrigidas e compensadas, sufocam a virtudeque esteja nascendo no coração, tal como a erva daninhaafoga a tenra plantazinha que germina. Assim poderemos,em certas ocasiões, iniciar um trabalho doutrinário sob aégide do Cristo e, pouco a pouco, deixar-nos possuir pelosanseios farisaicos que nos alcançam das existênciaspassadas e, então, vestimo-nos de virtudes aparentes ebatalhamos por um fim egoísta, ditado pelo orgulho.

Anotemos, pois, alguns sinais prenunciadores quepoderemos surpreender em nosso comportamento,apresentando de um lado a virtude real, e do outro a sutilezafarisaica em que poderemos enovelar-nos:

Empenhar-se no estudo das Leis Divinas, paradescortinar mais amplos horizontes na Espiritualidade

e retificar a própria caminhada, é um imperativo daprópria evolução. — Mas, apaixonar-se pela busca deinterpretações inusitadas e por minudências de poucamonta, promovendo formidáveis e estéreis disputasem torno de palavras e diminutas questões,transformando o Ministério Divino em palco verboso,é patrocinar a deserção do trabalho construtivo,incrementar a ausência da solidariedade nosmomentos de testemunhos e provocar a morte datolerância, deixando conduzir-se pelas mãos de umraciocínio impado de orgulho;Pautar-se e procurar fazer que outros se pautem pelaVerdade, vivendo-lhe os princípios enobrecedores, écontingência das almas que crescem em direção doAlto. — Contudo, olvidar-se que ela é um patrimôniocomum e não um privilégio especial e passar a ironizaro conhecimento dos demais jornadeiros, rir-se dasimplicidade, presumir-se o único capaz de solucionarproblemas ocorridos, menosprezar as soluções ondenão identifique o sinete de sua paternidade, é abraçar-se a venenosos espinheiros, intentando o monopólioda Verdade;Cuidar em que se preserve a pureza original dasrevelações espirituais, sobrepondo-se às convençõessociais transitórias, até as do estreito círculo das maiscaras afetividades, é um dos sacrifícios admiráveis dequem ama a Jesus. — Porém, adorar as controvérsias eem tudo rebuscar adulteração e contradição,desencadeando retumbantes polêmicas e criandointerpretações divergentes, o mais das vezesfundamentadas apenas nas formas de um mesmoprincípio, é fazer dos Códigos Revelados um roteirode discussões inócuas, um mapa artificioso de teoriasbrilhantes que não se aplicam no cotidiano, no ensaioda Lei doAmor;Aceitar plenamente os princípios regenerativos, etrazer o Céu à Terra pela renovação do comportamentoindividual, é uma confissão pública e íntima dehumildade e acatamento à Sabedoria Superior. — Noentanto, materializá-los em rituais e liturgias, emelementos de temores e superstições, em bentinhos epatuás, em arrudas e guinés, embaraçando a quantosurgem por encontrar-se a si mesmos nos meandros desua consciência, é consagrar o culto exterior em quemilenarmente o homem se adormece, olvidando acarência da transformação íntima na conquista da paze da felicidade perenes;Aspirar a levar a todos os benefícios que florescem doconhecimento da Doutrina Espírita é um impulsonatural e generoso que caracteriza os grandesespíritos. — Todavia, adulterar a Codificação paraacomodá-la aos rogos da maioria, falsear a realidadeespiritual para torná-la ajustada a pendores menosnobres, transmudar-se em oráculo e adivinho, render-

Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 13

Atualidadeatualidade

Ai de Nós...

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SeareiroSeareiro14

Nosso mundo atual atravessa momentos difíceis,dando-nos até a impressão de que o mal se amplia por todosos lados.

As agressões das sombras estão cada vez mais agindo,

se à mistificação que se rebaixa aos mínimos desejos,omitir-se nos testemunhos cruciais no empenho de nãodescontentar a quem chega ou se aproxima, é sustentarzelo ao proselitismo, confundindo o reino dos homenscom o Reino de Deus entre os homens;

nflar-se de ânimo, dando-se a si mesmo na difusão dosbens que o Espiritismo proporciona às criaturas eservindo aos homens em todos os segundos de sua vida,sem estabelecer condições ou exigir retribuição oureconhecimento, é próprio de quem passou a viver navibração mental de Planos Elevados. Todavia, fazerdos circunstantes e companheiros, dos amigos e dosinimigos simples apêndices de seus programasparticularistas, colocando a religião a serviço de seusinteresses e jamais se dando a serviço da TerceiraRevelação, é tomá-la por meio para atingir seuspróprios objetivos, conspurcando-lhe as messesconsoladoras;

rientar os que venham após os seus passos, na estradada evolução, já que todos somos orientados e

orientadores em relação à posição em que nos situemosfrente aos demais, é tornar-se um valoroso medianeiroda Caridade Divina para os que se desequilibram e retribulações e dores. No entanto, porfiar para tornar-se guia de movimentos e criaturas, urdindo intrigas edissensões, armando ciladas e preparando golpestraiçoeiros, revelando-se imperador absoluto, episotear o livre-arbítrio dos demais seareiros, étransformar-se em opositor da evolução individual egrupal, pelos enganos de um coração sufocado nodesejo de liderança;Iniciar obras de socorro aos necessitados, e prossegui-las, amparando corpo-alma, desdobrando-se em favordaqueles que mais requerem amor e atendimento, énatural em almas cristianizadas. Contudo, criardispendiosos e caros sistemas de trabalhos, visando asalvar-se a si mesmo na prática da benemerência, e terque transigir com os postulados doutrinários a fim dealiciar os abastados do mundo para garantir a própriaobra em curso, e mal acolher os colaboradoresdesprotegidos da fortuna e de posições sociais, que nãotenham rótulo de prestígio mundano ou nãorepresentem moeda circulante, é sustentar viciosocomércio de coisas santas com os dinheirosos queplaneiam recanto tranqüilo nos Céus, usando osofrimento por degrau de elevação.

***Quando, pois, invigilantemente estendermos, por sobre

esse abismo que medeia entre o Bem e o Mal, a ponte doorgulho e do egoísmo, não nos surpreendamos pelo retornoque experimentarmos aos campos das Sombras, emborasustentando o lábaro de luzes do Espiritismo-cristão. Osmilênios em que sustentamos a mente nas ondas dofarisaísmo solicitam outros milênios de embates íntimos, deempenho auto-redentor, no decorrer dos quais, muitas emuitas vezes, acordaremos com os joelhos tocando o soloenegrecido das paixões, dobrados às vozes da impiedade queainda trouxermos enjaulada no reduto de nossossentimentos.

Eis, pois, que Jesus, Eterno Apiedado de nossasaflições e desatinos, lamenta-nos, enternecido e carinhoso:"Ai de vós..." — Ai de nós, que deitaremos lágrimas aolongo de nossa jornada de enganos, até que nos deixemospossuir de mansuetude e humildade e atendamos aos apelosdo Senhor, que nos conclamam à renovação íntima, que nosalertam à vigilância no serviço do Bem, que nos ofertam aoração enobrecedora como vínculo de equilíbrio, para que oVale de Sofrimento que criamos, e no qual nós movemos, setorne o Plano de Luzes dos Evangelhos do Senhor!

Roque Jacintho

Combater as Sombras que instilam inovaçõesfantasiosas e sugerem a adoção de utopias, evitandopráticas estranhas e exóticas, para manter despertos osque já se liberaram do auto-hipnotismo das fantasias ecultos estacionários, é uma característica de todos osque guardam consciência do Mundo Maior. —Entretanto, arquitetar a antipatia e a maledicência, asperseguições e as calúnias aos que pugnam pelarenovação de hábitos que se apresentam viciosos naprática doutrinária, tecer a intriga e salientar ofingimento contra os que se empenham pelos planoseducativos da evangelização no Espiritismo-cristão, étornar-se um inimigo dos inovadores da alma,secundando as organizações de oposição aoCristianismo Redivivo;Ter severidade consigo mesmo, reexaminandocontinuamente os próprios atos para afastar-se dareincidência no erro, é conseqüência de ter-se rendidototalmente à verdade que nos liberta dos abismos domal. — Mas, procurar mostrar-se ao Mundo,propositadamente, com uma crosta açucarada deatitudes e afastar de si os incursos em errosdistribuindo-lhes os dardos envenenados das críticasmordazes, das calúnias impiedosas, das referênciasmaledicentes para não lhes respirar o clima deletério, éaparentar falsa severidade de princípios, porquanto aboca e o coração estão fartos de fel e de maldade;I

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nt—

Núcleo de Estudos Espíritas“Amor e Esperança”

Núcleo de Estudos Espíritas“Amor e Esperança”

Rua das Turmalinas, 56

Jardim Donini - Diadema - SP

Tratamento Espiritual: 2ª às 19h45; 4 às 19h45 e 6ª às 14h45ª

Artesanato: Sábado das 9 às 16 horasAtendimento às Gestantes: 2ª às 15 horasEvangelização Infantil: ocorre em paralelo as reuniões

Reuniões: 2ª, 4 e 5 às 20 horas; 3 e 6 às 15 horas e Domingoàs 10 horas

ª ª ª ª

Nosso MundoAtual

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Núcleo de EstudosEspíritas Amor

e Esperança“

Núcleo de EstudosEspíritas Amor

e Esperança“

”Rua das Turmalinas, 56

Diadema - SP - (11) 4044-5889

I Semana deI Semana deKARDECKARDEC

19h30 - Passe20 horas - Palestra

2 a d6 e

Outubro 20062 a d6 e

Outubro 2006

Apresentação deCorais e Palestrassobre Allan Kardece suas obras

Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 15

enquanto houver ressonância nos corações descuidadosdistante de Deus.

As mistificações, os embustes, as corrupções, ascalúnias e injúrias confundem os raciocínios dostrabalhadores e fiéis aos princípios que adotam.

As guerras induzem mortes prematuras. Trazemepidemias e muitas dores aos corações de familiares queveem partir, de forma violenta, filhos e esposos queridos queenlutam não só esses lares como o mundo todo.

As drogas, patrimônio de perversão e loucura,modificam e anulam os sentimentos das criaturas, que setransformam em verdadeiras feras irracionais, perdendo aabençoada oportunidade de regeneração na presentereencarnação, complicando ainda mais o futuro.

O terrorismo é o assunto do momento.As lutas das classes operosas se alastram em confrontos

políticos e diferem da realidade.E o mundo materialista se distancia do Pai Eterno.Não há pessimismo nesta pequena reflexão da

atualidade. Há o desejo enorme em encontrar solução parapaz. E Paulo de Tarso, o apóstolo dos gentios, tem a fórmulasagrada para tudo isto.

Ele lembra a todos que não esqueçam de orar. Orarjunto da companhia de Jesus e seus seguidores.

Jesus ensinava a luta para o bem de todos. Faziaexcursões nas localidades da Palestina, mas sempreretornava a Cafarnaum, em casa de Pedro, para orar entre opequeno círculo de seus discípulos para continuar sua

caminhada revigorada pela oração de fé e confortoespirituais.

Assim também deveríamos fazer uso desse exemplo.Todos caminham pela luta do ganha-pão diário.

Enfrentam mil dificuldades para organizar vanguardascalorosas, mas é importante não esquecer a fortaleza moralda retaguarda. E esta é o retorno no final de cada dia aoconforto do lar, ao aconchego dos familiares, que em preces,pedem a Jesus que retornem sadios e prontos para o diaseguinte.

Quem portanto age desta forma, tenta fazer comoJesus, retornando sempre ao ponto de partida.

Se o cultivo da fé não ficasse apenas nos lábios dascriaturas, certamente nosso mundo seria outro.

Se combatêssemos os infortúnios, lembrando Jesus etentando cada um fazer o seu dever, organizando frentesregenerativas através do Evangelho, criando mais grupos decooperadores do bem, em assistência aos necessitados, nãosó na parte material, mas na parte espiritual e moral dascriaturas distantes das leis divinas, por certo tudo seriadiferente.

Graças a Deus, contamos com grande número depessoas dedicadas às tarefas redentoras, mas é precisoperseverar com o Cristo, pois em tempo tão grave quantoeste, não poderemos duvidar do esforço cristão, para que avitória total do Evangelho se faça sobre a Terra.

Eloisa

Contoscontos

Vovô Romão era um senhor de seus oitentas e cincoanos bem vividos, e muito querido em sua cidade natal.

Nunca se afastara dali. Mesmo tendo seus filhoscasados e moradores em outros locais, ele jamais seausentara de suas tarefas no campo doutrinário.

Dizia ele que se os filhos e netos quisessem vê-lo, queviessem, pois ele já havia completado a sua obrigação paracom a família consangüínea.

Agora seus deveres eram para com a Doutrina, razãomaior de sua existência na Terra.

"Amar o próximocomo a si mesmo; fazerpara os outros o quequeremos que os outrosfaçam por nós", esta é aexpressão da maiscompleta caridade. Elaresume todos os deverespara com o próximo.Não se pode ter umorientador mais seguro,do que tomar pormedida do que se deve

fazer aos outros, o que se deseja para si mesmo.Com que direito exigiríamos de nossos semelhantes

melhor conduta, mais indulgência, mais benevolência emais perseverança, do que nós mesmos damos para eles?

A prática dessas máximas tende à destruição doegoísmo. Quando os homens as tomarem por regra deconduta e por base de suas instituições, eles compreenderãoa verdadeira fraternidade. Farão, então, reinar entre si a paz ea justiça. Não mais haverá ódios, nem desentendimentos,mas união, concórdia e benevolência entre os homens.

Allan Kardec(Trecho do Livro O Evangelho Segundo o Espiritismo -Capítulo XI “Amar o Próximo como a si mesmo” - Item 4 - TraduçãoRoque Jacintho - Editora Luz No Lar - 2004)

Evangelhoevangelho

Vovô Romão

O Grande Mandamento

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SeareiroSeareiro16

Anos atrás, fundara juntamente com sua amadacompanheira, com quem convivera quarenta e cinco anos,um centro espírita, único na pequenina cidade interiorana.Ela já partira de retorno à verdadeira vida. Ele, porém,continuava seu trabalho com amor e alegria.

Conseguira formar uma equipe de trabalhadores, quesob sua orientação, esforçavam-se para “servir ao Cristo”,como afirmava Vovô Romão.

Dizia ele que, para ter-se a orientação do Plano Maior,era necessário a união, o estudo, a fidelidade e a realizaçãodas tarefas com empenho e responsabilidade.

Era preciso saber receber aqueles que chegavam aflitose desconsolados. Seria como afagá-los num abraço fraterno,lembrando a figura do Mestre. Que ninguém se preocupasseem dizer frases bonitas, seria ouvir e orar mentalmente.

“-Se temos a fé que apregoamos, o Cristo não nosfaltará”.— Afirmava categoricamente. Portanto, todos osdias às dezenove horas, a porta do pequenino salão do“Centro Espírita Paz” era aberta, para todos que quisessemouvir o Evangelho de Jesus.

As pessoas, já habituadas ao Culto, chegavam sempretrazendo outras criaturas doentes, enfraquecidas,desequilibradas, etc. Para todos, Vovô Romão tinha umapalavra confortadora. Sabia como consolar, como reergueras criaturas.

Muitas até faziam questão em transformarem-se emtrabalhadores da casa.

Vovô Romão, porém, sempre salientava: o seureconhecimento deve se voltar ao Cristo. Se o seu coração jáestá preparado para desempenhar tarefas, venha! Mas nãoqueira demonstrar sua gratidão com trocas de favores. OCristo não precisa disso. Ele quer transformações sincerasdos sentimentos das criaturas. Isto porque a doença e osdesequilíbrios se manifestam por nossa falta decompreensão, por sermos egoístas e possessivos.

Havia entre os tarefeiros uma senhora de nome Clarita.Muito esforçada, porém vaidosa na sua posição decoordenadora de estudos.

Várias pessoas já haviam reclamado de sua pretensaautoridade. Ele procurava amenizar a situação chamando-apara usar humildade e solidariedade para com oscompanheiros de tarefa.

E numa dessas noites de estudo, Vovô Romão estavasendo esperado por vários componentes da equipe. Sorrindoe brincando, ele falou:

— Que acontece? Por acaso há alguma comemoraçãoque não estou lembrando?

— Não gostaríamos, vovô, de aborrecê-lo, masestamos descontentes com o procedimento de dona Clarita.Ela está extrapolando com sua autoridade sobre nós,tarefeiros, e para com os que chegam e querem trabalhar.

— Vamos com calma — disse ele docemente. Jáprocuramos conversar com ela e cremos que, com paciência,ela reconhecerá que não está agindo certo.

— Mas isto é porque o senhor não sabe dosacontecimentos de ontem. Ela simplesmente pediu para umacompanheira nossa afastar-se da casa, só porque esta foivisitar um lar de crianças, juntamente com outras pessoas deoutro agrupamento. — E a confusão se formou porque todosqueriam falar ao mesmo tempo.

Vovô Romão, sempre paciente, pediu que antes de

qualquer decisão era preciso orar e buscar dona Clarita, paraque a maledicência não proliferasse.

Dona Clarita procurou desculpar-se, mas oscompanheiros, inclusive a pessoa defendida pelo grupo,queriam uma retratação.

Vovô Romão mais uma vez pediu calma e pronunciou:— Meus queridos. Errar é natural ao ser humano. Mas

quando pregamos as palavras do Cristo, ela deve servirprimeiramente para nós. E isto tudo está acontecendo porqueo egoísmo e a vaidade estão falando mais alto do que a união.Repito que trabalhamos para o Mestre, portanto, todos têmseu livre arbítrio. Não é porque fazemos parte de umagrupamento que não devemos visitar outros ou auxiliarmosonde pudermos.Achamos que os deveres a serem cumpridosdentro da equipe são de fundamental importância, mas sehouver solidariedade entre os componentes, nenhumtrabalho sofrerá alteração, pois um pode substituir o outro.

Dona Clarita ouvia calada até esse momento, mas nesseponto ela interferiu e falou:

— Tudo bem, Vovô Romão, compreendo que meexcedi, porém, essa companheira era responsável por umavisita a um doente. Ele precisava da assistência do passe e doEvangelho, e ela simplesmente não o fez. Disse que deixoupara outro companheiro fazê-lo. Achei falta deresponsabilidade, por isso minha atitude, talvez exagerada.

— Sim, Clarita, muito exagerada e com um agravante:nunca se deve visitar um doente sozinho. O evangelho deveser feito por mais de uma pessoa. Sabemos que o Cristo estápresente e que Ele disse que estaria mesmo que se estivessesó, mas a visita ao doente precisa sim de acompanhantes,pois há necessidade de sustentação na hora sagrada do passe.Isto porque você não sabe se quem foi prestar socorro estáapto a desempenhar a tarefa sozinha. Será que seuspensamentos estão bem preparados e ajustados à tarefa? Nãonos esqueçamos que ainda estamos longe da perfeição ecarecemos de mais ajuda. E para terminarmos com essedesentendimento, lembremos de que se o Cristo enviasseseus orientadores para escolher quem ficaria na casa paradesenvolver qualquer tarefa, creia, companheira Clarita, quenenhum de nós seria escolhido, portanto, consultemos nossocoração e usemos a Lei do Amor através da humildade e doperdão. Que esta seja uma lição para todos. Procuremos serconfidentes uns dos outros, sem vaidades e superioridades,sem apontar erros uns dos outros, pois a primeira direção doerro apontado, volta-se sempre contra nós próprios.Voltemos às nossas tarefas, com o pensamento de fazer-se omelhor para o semelhante que aqui chegar. Ele sim éimportante, pois busca consolo e o caminho certo paramelhorar a reencarnação.

Dona Clarita olhou para a companheira discriminadapor ela, e meio sem graça, depois da lição recebida falou:

— Peço que me compreenda. Vou procurar ser maiscompanheira de todos.

Vovô Romão fez questão que pelo menos as mãosfossem dadas, num sinal de que procurariam trabalhar empaz.

E, finalizando, falou ao grupo de trabalho:— Não se esqueçam de que precisamos de harmonia e

compreensão para que o Cristo aqui permaneça.Elielce

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Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 17

Aos leitores que recebem através do Clube do Livro asobras selecionadas, esta é mais uma oportunidade de nosesclarecermos cada vez mais e, diante da Doutrina,exemplos de vida que nos mostram o caminho a seguir emnossa trajetória.

Obra de nosso amigo e companheiro, Roque Jacintho,considerada por ele como "Novela Espírita", vem nos abrir opensamento e esclarecer diante da Doutrina , em seu papelde auxílio e base para a busca de uma conduta moral e,conseqüentemente, espiritual mais elevada, por meio derelatos sobre experiências de vida, que sempre virão a nosservir de exemplo no caminho da busca de nossa evoluçãoespiritual.

Em linguagem simples, clara e objetiva, relata diversasfases da existência de vários espíritos; experiências entreuma encarnação que se inicia no século XVI, passa o períodode desencarne e reinicia-se no Brasil, durante o século XX.

Um exemplo claro de uma das principais leis Divinas,colocadas pela doutrina: "Causa e Efeito". E,conseqüentemente, já complementando a idéia principal,Reencarnação, uma nova oportunidade dada, para o

refazimento emnova existência. É aM i s e r i c ó r d i aDivina.

De maneirai m p o r t a n t e ,automaticamente,nos faz refletirs o b r e o n o s s o"hoje", nosso modode se r e ag i r,conhecendo umpouco mais do quevem a ser umaexistência e suacon t inu idade en o s s aresponsabilidade na busca da reforma, visando estarmosmais próximos dos ensinamentos de Deus, deixados porJesus.

Marcelo e Rosangela

Rastros de DorClube do Livro

clube do livroEditora Luz No LarRoque Jacintho210 páginas

Escolha de Provas

Canal Abertocanal aberto

Este espaço é reservado para respondermos às dúvidas que nos são enviadas e para publicações dos leitores.

Deus, quando nos criou, nos concedeu o “livrearbítrio”, a liberdade de escolhermos o que quisermos. Esselivre arbítrio nós podemos utilizá-lo em todos os momentosde nossa vida, desde as pequenas coisas do dia-a-dia, até osgrandes acontecimentos que nos envolvem, e a nossosfamiliares e terceiros.

Por nos conceder o livre arbítrio, Deus nos concedeutambém a responsabilidade. Temos a liberdade de escolher oque queremos, mas também temos a obrigação de arcar comas conseqüências da escolha feita. Se no passado fomosinfelizes em nossas escolhas, hoje sofremos asconseqüências dessas escolhas erradas.

ADoutrina Espírita ensina que nosso livre arbítrio é tãogrande, que Deus chega a nos permitir a escolha das provaspelas quais devamos passar em novas encarnações,considerando que somos capazes de planejar nossa vida deforma a termos os melhores e mais eficientes resultados paranosso aperfeiçoamento e crescimento.

Como somos imperfeitos e muito falhos, muitas vezespodemos escolher o caminho correto, mas podemos nãoestar à altura de nossa própria expectativa e falharmos nas

provações que nos impusemos, resultando daí em novasquedas ou em piora e não melhora de nossa situaçãoespiritual.

Como as questões 258 e 258a de “O Livro dosEspíritos” esclarecem, mesmo nas falências resta sempre aconsolação de que nem tudo acabou, pois Deus sempreconcede a liberdade de recomeçar o que foi mal feito.

A grande lição é que Deus, nos dando a liberdade deescolha, nos deixa a inteira responsabilidade pela escolhafeita e pelas conseqüências resultantes.

Estas lições de “O Livro dos Espíritos” devem servircomo alerta para nos conscientizarmos de que as provaçõesem nossos caminhos podem ter sido colocadas por nóspróprios, pensadamente, pois imaginamos na época sermoscapazes de superá-las, por serem muito importantes paranosso progresso espiritual. Agora, na carne, esquecendo oque é necessário esquecer, é preciso muita e muita força devontade, e ainda muita fé em Deus, e continuar lutando paraalcançar, o que podemos dizer, nossos próprios objetivos.

Sr. Américo Cavalheiro - RJ

“Observe o cinema, o rádio, a televisão e as outras formas da arte, buscandoconhecer. Mas atenda o livro espírita que ensina discernir.” Emmanuel

“Observe o cinema, o rádio, a televisão e as outras formas da arte, buscandoconhecer. Mas atenda o livro espírita que ensina discernir.” Emmanuel

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Afim de realizar singelo estudoSobre alívio nas lágrimas terrenas,Durante algumas horasAcompanhei de pensamento mudoDez cruzeiros apenas.

Acédula sai primeiramenteDas mãos de um sapateiroPobre, alegre, risonho,Parecendo uma estrela vinda em sonhoPara trazer apoioAum menino doente...

Dessa criança humilde prosseguiuNa bela caminhadaE sustentou dois pratos de socorroAcompanheiros tristesQue faziam febris em antiga calçada...

Logo depois, das mãos de um balconistaSem maiores recursos,Ei-la a seguir sem pretensões de esmola,De modo a socorrerUm pequerrucho acidentadoQuando vinha da escola...

Maria Dolores

No automatismo de nossas vidas durante o cotidiano,nunca paramos para imaginar o trajeto feito pelo dinheiro,que de minuto a minuto, circula de mãos em mãos por rumosdesconhecidos!

Observemos. Inicio da trajetória de uma cédula de dezreais.

Está ela saindo das mãos de um sapateiro. Com seuhumilde trabalho, porém, honrado, consegue com essa

pouca quantia atender a uma criança doente.Após esse fato, a cédula já em outras mãos, é

transformada em alimento; são dois pratos de sopa queaplacam a fome de andarilhos à beira da sarjeta.

Repentinamente, um pequeno é acidentado. O socorrovem de imediato. Levado a farmácia próxima, a cédula já emmãos de outra pessoa, alivia as dores do pequeno peloanalgésico e curativos pagos por ela.

Conseguimos acompanhar a nossa amiga cédula evimos que recebida de troco por uma senhora, vai esta aomercado mais próximo e compra ligeira refeição, que serviraaos seus familiares ao final de um dia de trabalho.

A noite chega e lá está a cédula de dez reais sendolevada em meio a outro grupo de cédulas para o carro-forteonde será depositada para no dia seguinte, ela, a nossa cédulade dez reais recomeçar tudo novamente.

Mas está feliz. Fizera a alegria de muitos!Bendita Providência Divina!A nossa cédula de dez reais, de pouco valor, fora, para

muitos, de grande valor. Pagou, socorreu e pôde transmitirpaz por onde passou.

Muitas mãos por onde esteve talvez tivessem sentidoque ela sempre se transformava em Cédula de Luz.

ElielceLogo após, garantiuLigeira refeiçãoDe modesta família em provação...

Ao terminar o diaAcédula fizeraTanta luz, tanto amor, tanta alegria,Que levantei o coraçãoE ensaiando exprimir o meu louvorSó consegui dizer:— “Oh! Providência Eterna!Pela bendita possibilidadeCom que simples moeda,Obedecendo ao teu amor,Pode criar no mundo,Tantos samaritanos e tantos cirineus;Pelo dinheiro que nos dás,No trabalho e na paz,Sê louvado, meu Deus!”

Psicografia de Francisco Candido Xavier -Livro Amanhece - GEEM - 5ª edição - 1976

DIA011898 - Publicado em São Paulo o primeiro número da

Revista de Estudos Psíquicos da Sociedade de EstudosPsíquicos.

DIA021843 - Desencarna em Paris Christian Friedrich Samuel

Hahnemann. Foi o criador da homeopatia em 1789.DIA04

1948 - Desencarna em São Paulo José Bento MonteiroLobato, conhecido por Monteiro Lobato. Foi escritormuito famoso e espírita.

DIA051849 - Nasce em Embleton, Inglaterra, William Thomas

Stead. Jornalista, escritor, publicista e grande amigo deRuy Barbosa. Sempre se empenhou em divulgar asgrandes verdades que havia constatado em seus trabalhosde pesquisa no campo da fenomenologia mediúnica.Desencarnou em 1912 no acidente do transatlânticoTitanic, noAtlântico Norte.

DIA061932 - Lançada a primeira edição do livro “Parnaso de Além

Túmulo”, psicografado por Francisco Cândido Xavier,

Julho

Calendáriocalendario

SeareiroSeareiro18

Cantinho do Verso em Prosacantinho do verso em prosa

Cédula de Luz

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reunindo poetas luso-brasileiros.DIA07

1930 - Desencarna em Crowborough, Sussex, Inglaterra, oescritor espírita Arthur Conan Doyle. Criador dopersonagem Sherlock Holmes e Presidente Honorário daFederação Espírita Internacional. Entre suas obrasescreveu “AHistória do Espiritismo”.

1855 - Nasce em São Luís, MA, Artur Nabantino Gonçalvesde Azevedo, conhecido por Artur Azevedo. Foi DiretorGeral de Contabilidade do Ministério da Viação, poeta,comediógrafo, jornalista e crítico. Membro e fundador daAcademia Brasileira de Letras, onde ocupou a cadeira deMartins Pena. Após o seu desencarne, através do médiumFrancisco Cândido Xavier, sua obra poética continuou.

DIA081927 - Chico Xavier participa de sua primeira reunião

espírita, tendo nessa ocasião psicografado sua primeiramensagem.

DIA091918 - Desencarna na Itália a famosa médium Eusápia

Paladino. Foi a primeira médium de efeitos físicos a sersubmetida a experiências pelos cientistas da época, taiscomo César Lombroso, Alexandre Aksakof, CharlesRichet e muitos outros.

1925 - Desencarna Aristides de Souza Spínola, político etrabalhador espírita, que ocupou a presidência daFederação Espírita Brasileira.

DIA101857 - Nasce na Inglaterra, William Egliton, conhecido

médium de efeitos físicos. Foi biografado por J. E.Farmer, e foi estudado na Universidade de Cambridge,em 1880, sob os auspícios da Sociedade de Psicologia.

1911 - Nasce em São Paulo Joaquim Alves, mais conhecidono meio espírita por "Jô". Espírita sincero e esclarecido,talvez mais conhecido por alguns como autor de capas delivros espíritas. E em 31/7/1985 retorna à Pátriaespiritual.

DIA121891 - Nasce em Minas Gerais, Ismael Gomes Braga.

Jornalista, professor, poliglota, escritor. Durante mais demeio século dedicou-se, com acendrado idealismo, àtarefa de propagar a Doutrina Espírita e o Esperanto.

1902 - Nasce Jésus Gonçalves. Hanseniano, internado nacolônia de Pirapitingui, dirigiu um Centro Espírita nestelocal.

1936 - Fundada a Federação Espírita do Estado de São Paulo.DIA13

1884 - Nasce em São Paulo Cornélio Pires. Foi poeta,folclorista, conferencista, cinegrafista, radialista,jornalista e contista. Dedicou-se ao estudo de obrasespíritas principalmente as de Allan Kardec, Leon Denis,Albert de Rochas e alguns livros psicografados porFrancisco Cândido Xavier. Interessou-se por fenômenosde efeitos físicos, escreveu livros espíritas e desencarnouquando escrevia “Coletânea Espírita”.

DIA141865 - Nasce Gustav Geley. Estudioso da fenomenologia

espírita e fundador do Instituto MetapsíquicoInternacional de Paris. Fez inúmeras experiências sobrematerializações, notadamente na obtenção de moldagensem gesso de mãos ectoplásmaticas. Desencarna em 1924em virtude de um desastre de avião, quando viajava deVarsóvia a Paris.

1942 - Desencarna Manoel Philomeno Batista da Miranda,

destacado divulgador espírita no estado da Bahia.DIA15

1876 - Realizada na Inglaterra uma reunião de efeitosfísicos, com o médium Henry Slade, em plena luz do dia,quando um espírito se materializou à vista de todos ospresentes.

DIA191966 - Instituído pelo Decreto-lei nº 5063, de 04.07.1966,

assinado pelo presidente Humberto Castelo Branco, o dia19 de julho como sendo o “Dia da Caridade”.

DIA201918 - Desencarna em Boston, EUA, a médium Elizabeth

d'Espérance, conhecida, entre outros fenômenos, pelamaterialização de plantas.

DIA211964 - Desencarna Porto Carreiro Neto. Foi esperantista

renomado e, como médium, recebeu a obra CiênciaDivina.

DIA251928 - Nasce Newton Boechat, médium, orador e escritor

espírita. Escreveu, entre outros, o livro “O Espinho daInsatisfação”.

DIA261969 - Lançado pelo Departamento de Correios e Telégrafos,

por solicitação da FEB, o selo comemorativo do 1ºCentenário da Imprensa Espírita no Brasil.

1982 - No VIII Congresso Brasileiro de Jornalistas eEscritores Espíritas foi considerado o dia 26 de julhocomo o “Dia da Imprensa Espírita”, em homenagem aopioneiro Luiz Olímpio Telles de Menezes.

DIA271958 - Desencarna Maria de Carvalho Leite, conhecida

como Maria Dolores. Dedicou-se à poesia, ao jornalismoe ao amparo das crianças de várias instituições, além deestender sua obra benemérita abrigando em seu própriolar crianças desvalidas, orientando-as e assistindo-as.Após o seu desencarne, através do médium FranciscoCândido Xavier, sua obra poética continuou,presenteando-nos com a ternura dos seus ensinamentostransbordantes de amor e fé.

DIA281890 - Ocorre na Inglaterra a reunião de efeitos físicos, com

a médium Elizabeth d'Espérance que materializa um líriodourado, com 7 pés de altura, estando presentes várioscientistas, entre os quais o prof.AlexandreAksakof.

DIA301930 - Desencarna em Londres, Inglaterra, o Dr. W. J.

Crawford. Foi pesquisador dos fenômenos mediúnicos,catedrático de Engenharia Mecânica na Queen'sUniversity, em Belfast, conduzindo longos e meticulososestudos sobre o ectoplasma.

1952 - Solicitado ao Parlamento da Inglaterra, peloMarechal do Ar Hugth Dowding, estudioso e divulgadordo Espiritismo, o reconhecimento do Espiritismo comoreligião naquele país, o que foi aceito.

DIA311859 - Nasce em Washington, EUA, a médium Leonora E.

Pipper, mais conhecida como Madame Pipper. Foisubmetida a uma série de investigações científicas eaceitou todo gênero de vigilância, apesar dos receios e dasafrontas. Desencarna em 3/7/1950.

1943 - Desencarna no Rio de Janeiro João Pinto de Souza,um dos pioneiros de programas espíritas radiofônicos, em1937, no Rio de Janeiro.

Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 19

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