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Professoras da EBM Santa Maria Goretti INTRODUÇÃO Este trabalho apresenta uma reflexão sobre algumas realidades existentes em nossas escolas. Como a informática vem ganhando dia após dia o seu espaço dentro do espaço escolar e na vida de nossos alunos no contorno social sob todas as dimensões e, de certa forma até descontrolada, e que para os professores está sendo um desafio muito grande "apegar-se" a esta nova realidade, não pelo meio tecnológico em si, mas pela acomodação e principalmente pelo medo de perder o "controle" da turma ou ainda, pela maior de

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Professoras da EBM Santa Maria Goretti INTRODUÇÃO

Este trabalho apresenta uma reflexão sobre algumas realidades existentes em nossas escolas. Como a informática vem ganhando dia após dia o seu espaço dentro do espaço escolar e na vida de nossos alunos no contorno social sob todas as dimensões e, de certa forma até descontrolada, e que para os professores está sendo um desafio muito grande "apegar-se" a esta nova realidade, não pelo meio tecnológico em si, mas pela acomodação e principalmente pelo medo de perder o "controle" da turma ou ainda, pela maior de todas as questões: de repente, aprender com o aluno.

Para uma melhor compreensão de como se apresenta este trabalho, tem-se o primeiro capítulo que fala da gestão democrática que é o termo de nossa especialização, por isso, fundamental. No segundo capítulo apresenta-se alguns elementos que definem o processo da

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aprendizagem, e no terceiro capítulo relata-se a importância do professor e gestor na mediação da aprendizagem por meio da informática.

Assim, o que se pretende através deste trabalho, é de que o professor tenha clareza de que a aprendizagem acontece quando nos propomos a pensar no nosso aluno como um todo, um ser capaz de aprender pelos fatores internos e externos, principalmente pelo fator motivador proporcionado pela informática, que hoje é com certeza esta máquina que mais concentra e capta o que os alunos desejam a nível interação e informação.

REFERENCIAL TEÓRICO

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TICs, tecnologias da informação. Cada vez mais, parece impossível imaginar a vida sem essas letrinhas.

Entre os professores, a disseminação de computadores, internet, celulares, câmeras digitais, e-mails, mensagens instantâneas, banda larga e uma infinidade de engenhocas da modernidade provoca reações variadas.

Diante de tudo isso nós professores devemos levar a tecnologia para a classe se ela estiver a serviço dos conteúdos, pois da soma entre tecnologia e conteúdos, nascem oportunidades de ensino. Mas é preciso avaliar se as oportunidades são significativas, isso acontece quando os TICs cooperam para enfrentar desafios atuais, como encontrar informações na internet e se localizar em um mapa virtual.

Sabemos que a tecnologia tem um papel importante no desenvolvimento de habilidades para atuar no mundo de hoje. Mas

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é essencial investigar o potencial das ferramentas digitais, uma boa estratégia é apoiar-se nas experiências bem sucedidas dos colegas, além de ter um conhecimento básico do computador e da internet.

Antes de iniciar a atividade em sala, certifique de que você compreende as funções elementares dos aparelhos e aplicativos que pretende usar em sala. Nós como professores também temos a responsabilidade de fazer com que a turma reflita sobre os conteúdos de blogs e fotoblogs e o que esta exposição pode lhe causar. Discutir com os alunos através de debates sobre o uso da internet e da comunicação online é essencial, para que o aluno saiba usar o computador como um recurso que lhe ajudará e não para prejudicá-lo.

A parceria entre professor e alunos sobre o uso das tecnologias é importante e sabemos que muitas vezes teremos que recorrer a ajuda deles, só que isso não é sinal

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de fraqueza do professor mas, sim uma troca de aprendizado, e já que estamos em um mercado competitivo a escola que desenvolver uma proposta eficiente e de resultados com o uso das tecnologias, certamente terá um referencial que lhe fará a diferença.

Certamente não é utopia afirmar que a educação tenha passado por grandes mudanças, também não é preciso fazer apologias para perceber que na educação existem muitas diversidades, tanto quanto políticas, sociais e econômicas. Mas é preciso reconhecer que é na gestão democrática, dentro do espaço escolar, a nível educacional, que se abre um campo maior de oportunidades para um fazer pedagógico mais consciente, participativo, cooperativo e informativo.

A gestão democrática nem sempre foi compreendida em sua essência, muitas vezes, subordinada nas entrelinhas dos currículos escolares e ou ainda, subjacente aos princípios étnicos, estruturais e

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profissionais que permearam por muito tempo a educação brasileira em sua forma mais ineficaz e deplorável, pensando-se em estar fazendo educação de qualidade.

Se pararmos então, para pensar e analisar a rapidez da evolução sincrônica, humana e tecnológica e como estas tomam suas formas e atingem povos influenciando e provocando mudanças significativas, é preciso reconhecer que a década de 90 foi de fundamental importância para a educação como um todo, em sua legalidade, com a aprovação da LDB que em seu aspecto político democrático, deu abertura para que as escolas fossem agentes da construção do seu Projeto Político Pedagógico, principalmente conceituando-o de como, com quem e para quem gestar. Reforçando dessa forma o pensamento de AFONSO (2001 pag.20), " precisamos de políticas que transformam para dar novas visões ao mundo".

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Todavia, esta nova forma de administrar, estar a frente de uma instituição escolar deve-se a um processo não demagógico, nem tão pouco vulnerável e imediatista, mas com base pensante, com projetos bem definidos, com conceitos bem estruturados e assimilados, com regras claras e principalmente com vistas a um ensino e uma aprendizagem mais eficazes, que considera ( VEIGA 1996, pag. 11), sendo "... a própria organização do trabalho pedagógico da escola como um todo".

Dentro da gestão democrática, há quem pense que a eleição para diretores seria a primazia de toda democracia existente. Mas o que hoje, eleva o pensamento e a ação de um gestor realmente democrático nas unidades escolares, elencados aos grandes avanços, são os financiamentos para a Educação Básica. Muitos objetivos foram alcançados e que tem melhorado a

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qualidade da educação e por sua vez tem exigido por parte dos gestores muito planejamento e transparência na aplicação de seus recursos e ainda, nomear a presença e a participação dos Conselhos Escolares frente ao processo bem amplo na melhoria da educação.

Por tanto, não se pode mais desvincular os recursos financeiros da gestão, enquanto educação, pois esta área é por sua vez a mais complexa e desafiadora aos olhos da sociedade que requer informação, formação e transformação. Para tanto é preciso nos conscientizarmos de que temos em nossas mãos, no cotidiano, material humano.

Percebe-se que não há dicotomia entre gestão escolar e Projeto Político Pedagógico. Há sim uma consonância para um trabalho em conjunto, pois, enquanto o gestor escolar articula, planeja com os professores, prepara o ambiente

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escolar, busca interagir na aprendizagem e garante a educação aos educandos, o PPP é o marco que traz todo o aparato teórico e prático da vida escolar.

"um Projeto Político Pedagógico é o plano global da instituição (...) que se aperfeiçoa e se concretiza na caminhada, que define claramente o tipo de ação educativa que se quer realizar. É um instrumento teórico metodológico para intervenção e mudança da realidade. É um elemento de organização e integração da atividade prática da instituição neste processo de transformação". (VASCONCELOS 2000, pag. 169)

Assim, perceber num ambiente escolar as reais necessidades dos alunos e trabalhar para diminuir as diferenças

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existentes do jeito de aprender, de melhorar cada vez mais o ensino e aprendizagem utilizando os recursos disponíveis , principalmente na informática, e fazer da informática um meio de aprendizagem, é compromisso para melhorar a educação, por parte de todos os envolvidos no campo educacional, e principalmente como fonte de conhecimento, por parte dos gestores dentro de uma situação democrática. Faremos um estudo maior no próximo item sobre este tema.

A informática como fonte de aprendizagem

As decorrentes mudanças políticas, econômicas, sociais e tecnológicas dos últimos tempos, nos levam a pensar e estudar duas grandes apologias: a inserção das tecnologias nas escolas e, a interação que as mesmas oferecem aos alunos nas relações inter-pessoais, como fonte de comunicação e aprendizagem,

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colaborando para obtenção de uma educação com mais qualidade.

Os recursos tecnológicos invadem o campo educacional para redefinir seus meios, e serem usados de forma prática para atender diversas funcionalidades das atividades existentes. Como então usá-los para desenvolver as potencialidades nas diferentes áreas do conhecimento do aluno?

Com esta preocupação de integrar a informática ao processo ensino aprendizagem, onde percebemos que os professores sentem mais dificuldade de atuar, é necessário, revermos alguns conceitos de aprendizagem e refletir posteriormente sobre a importância da aprendizagem e, sua disponibilidade para então sim, falarmos da mediação do professor e gestor escolar com informática e aprendizagem.

Conceitos de aprendizagem

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Segundo o dicionário (LUFT, 1991p.45) “ação ou efeito de aprender". Tempo durante o qual se aprende”.

“Um processo de associação entre uma situação estimuladora e a resposta, como se verifica na teoria Conexionista da Aprendizagem”, ou ainda “ o ajustamento ou adaptação do individuo ao ambiente, conforme a teoria funcionalista”, e também, “(...) a aquisição de conhecimentos ou do conteúdo dos livros, como pode ser compreendida para uma concepção estreita e acadêmica”. (CAMPOS, 1987p.32).

Assim, podemos perceber que, há diferentes conceitos sobre o que é aprendizagem, variando de acordo com autores e suas teorias. Mas, o mais

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importante é que, todos definem a aprendizagem como sendo algo advindo do individuo, seja por estímulos, seja por motivação ou mesmo, como reação que obtenha sobre algum objeto.

Entretanto, quando se fala em aprendizagem têm-se que entender que, a aprendizagem envolve o uso e o desenvolvimento de todas as capacidades, e potencialidades do indivíduo, para que este não somente memorize mas sim, obtenha uma aprendizagem significativa.

A aprendizagem não é somente um processo interior do indivíduo, é sim, um processo que envolve o seu aprender interior com o exterior, ou seja, para que a aprendizagem aconteça é necessário que haja mediação entre o que ele sabe e o que existe no seu meio.

Para (VYGOSTSKY,1993 p.150) “ esse processo de mediação é fundamental para absorção e transformação do conteúdo proposto”. Desse modo VYGOSTKY

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explicita que, o individuo já tem um conhecimento advindo de seu meio, e que através da mediação com o outro indivíduo (adulto ou criança) ele reconstruirá o seu conhecimento a partir de suas observações, complementações e conclusões obtidas, através desse processo de interação social e histórico.

Assim, a aprendizagem, para ele, é uma ação ou interação com a história e a sociedade em que está inserido, ou seja, a partir do momento em que nasce a criança começa a fazer parte de um meio social, vai construindo sua história, vai aprendendo com os outros indivíduos ao seu redor, e não sozinho, pois ele não é um ser isolado. Esta fonte teórica constrói meus conceitos como educadora e gestora democrática.

Importância da aprendizagem

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A aprendizagem tem uma importância definitiva no desenvolvimento do ser humano, pois o distingue dos demais seres e promove entre os povos, por meio da linguagem ( informatizada ou não ), um elo comunicativo e informativo sobre todos os aspectos.

Assim, no processo do desenvolvimento do ser humano, aprendizagem se torna mais evoluída, apurada e indispensável para que ele se torne um ser social e histórico, ou seja, que consiga conviver com os outros indivíduos e consiga construir sua própria história e, dessa forma, reelaborar o conhecimento que poderá torná-lo um ser histórico e social.

O ato de aprender não é um processo estanque ou acabado, pois, é antes de tudo um processo contínuo, cumulativo, integrativo e individual, pois, o conhecimento é construído na mediação com o outro. Não é estático porque é

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reorganizado a cada instante. Não pode ser isolado porque é construído coletivamente, a partir das experiências com os outros. É um processo individual porque depende de fatores pessoais para que haja a aprendizagem, e, conforme a importância que ele dará a um determinado assunto, ele aprenderá mais e melhor, assim, o indivíduo aprende aquilo que lhe motiva mais.

Desenvolvimento da aprendizagem

A aprendizagem será desenvolvida a partir do momento em que o indivíduo fizer a apropriação do objeto apresentado.

Assim, desde que nasce o indivíduo desenvolve sua aprendizagem, apropriando-se da linguagem, dos costumes, dos conceitos e idéias que já existem, que são acumulados e depois serão incorporados ao seu comportamento lingüístico.

Nesta perspectiva, o desenvolvimento

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do pensamento ocorre através dessa interação social, formando seus próprios conceitos.

Sendo assim para VYGOTSKY ( 1987 pag. 126 ):

"(...) o processo de formação de conceitos surge e desenvolve-se nas condições reais da vida humana, culturalmente construídas. No momento em que a criança descobre que cada coisa tem um nome, o desenvolvimento do significado da palavra apenas começou. A palavra funciona como meio para formação do conceito e, posteriormente, torna-se seu símbolo".

E dessa forma, o indivíduo desenvolve sua aprendizagem através da linguagem, oral ou escrita, para depois conseguir fazer a interação ( pressuposto da

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aprendizagem), entre o seu conhecimento e o meio social em que vive. Nesse processo acontecerá a apropriação do conhecimento, necessário para que haja aprendizagem, ou seja, a apropriação de signos para dominar suas experiências.

Disponibilidade de aprendizagem

Para que a aprendizagem seja efetivada, seja pelos métodos adotados, pelas formas como aprende e mesmo pelo desenvolvimento, é necessário que haja a disponibilidade de aprender, ou seja, o indivíduo tem que estar motivado para que esta aprendizagem aconteça e para que haja a apropriação desses conhecimentos, e ainda que se levar em conta o que ele já conhece.

Assim para AUSUBEL (1980) diz: "Se eu tivesse que reduzir toda psicologia educacional à um único princípio, diria isto: O fator isolado mais importante que influencia a aprendizagem é aquilo que o aprendiz já conhece. Descubra o que ele

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sabe e baseie nisso os seus ensinamentos".

Em síntese, para que o indivíduo aproprie-se de conhecimentos ou saberes , é necessário antes que o mediador desses saberes tenha consciência se estes lhe trarão motivação ao aprender, ou seja, se serão agregados ao seu dia-a-dia e ao seu meio social.

Dessa forma, ao se planejar a prática docente, o educador deverá antes pesquisar o que é mais inerente aos anseios de seus educandos, para que eles tenham motivação em aprender, e, o educador tenha clareza nos seus objetivos ao efetivar essa prática, para que mais tarde, não culpe ou mesmos rotule seus educandos pelo fracasso em sua ação pedagógica.

Professor como mediador na informatização

Sendo a informática uma grande

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atração para nossos alunos, podendo-se até afirmar que são as aulas que estes mais gostam, é oportuno e de consciência apontar que a inserção das tecnologias à educação, requer dos educadores e gestores, uma reflexão muito maior para entender todo processo evolutivo das TICs e que, se possa usá-los de maneira coerente e de forma que estas nos permitem uma interação maior com o mundo, com o conhecimento e com os outros. Para FREIRE, é nas relações dialéticas que o conhecimento se legitima, por via da comunicação e educação.

Nesta perspectiva de interagir mais intensamente entre a informática, o aluno e os conteúdos de forma que a aprendizagem aconteça no processo educativo, fluidos e motivados pelo que os programas proporcionam, garante-se um desenvolvimento intelectual do aluno, articulando e fornecendo a interação das áreas específicas, através de conceitos,

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seguidos de análise de sua importância no espaço educativo como propulsora de aprendizagem, advindas da atividade direta: a " opção metodológica" que para MORAN (2000, pag. 137) são " possibilidades de organizar sua comunicação com os alunos".

O professor motiva e incentiva, dá os primeiros passos para a sensibilizar o aluno para o valor do que vamos fazer para a importância da participação do aluno neste processo. Aluno motivado e com participação ativa avança mais ( MORAN 2000, pag. 138).

Pensar então sobre os meios tecnológicos, significa pensar no aluno e na relação exercida entre este, a informática, os programas, professor, gestor e toda comunidade escolar, para a eficácia do seu desenvolvimento subjacente ao fator regras, para a concretização da aprendizagem.

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O aluno traz interiorizado o estímulo da descoberta e, da curiosidade ao querer aprender, por isso pesquisa, descobre procura através da ferramenta reconhecer o meio virtual que o cerca, criando-o e recriando-o de acordo com suas necessidades e possibilidades. Por tanto, o aluno não se contenta com qualquer coisa, com qualquer atividade, por isso é necessário, segundo (MORAN 2000, pag. 138) "estarmos atentos aos vários ritmos, às descobertas, servirá de elo entre todos... será o incentivador". Estejamos, nós professores bem atentos para agir e interagir em momento adequado " fazendo a síntese do que encontraram" para que a aprendizagem aconteça.

Entretanto há uma diferença muito grande do aluno que se quer do aluno que se tem em suas especificidades, pois o aluno da nossa realidade aspira por sentimentos sócio-afetivos, sócios culturais e sócio- econômicos, buscando através da

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interação com as ferramentas tecnológicas ocupar um espaço e, por via deste, configurar suas experiências como inserção de sua cidadania.

Entendemos ser a informática um meio que oportunizará o aluno a interagir de forma direta e intensa com as atividades propostas pelo professor, articulando dessa forma, o prazer de estar envolvido e a construção do conhecimento, nas interações e mediações que os professores estarão possibilitando ao aluno de forma direta ou indireta.

Desta forma, o papel do professor torna-se relevante na construção do conhecimento do aluno. Compreendendo, conhecendo e reconhecendo o jeito particular do aluno aprender, que é o grande desafio dos profissionais. Assim toda ação docente esta vinculada na forma de como o professor incorpora a seriedade de seu trabalho e o que este propicia ao aluno para que este possa explorar

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diferentes conceitos para obtenção de novos significados, contemplando o pensamento de ( ROHDEN 1997, pag. 37), "teu pensamento é certo quando se harmoniza com teu ser". A ação do professor é então eficaz, quando assegura ao aluno a possibilidade de usufruir do mundo informatizado para uma convivência interativa, comunicativa, usando-se de uma linguagem própria.

Vendo o professor no papel de mediador, é preciso analisar o sentido mediar e com que finalidade este acontece entre o aluno e as atividades pedagógicas existentes ( procedimental). Mediar é "ajudar", logo o professor se propõe a ajudar o aluno a realizar atividades por meio do computador, através de seus programas oferecidos, utilizando-se de seus conhecimentos formais e informais. Proporciona ao aluno um pensar e repensar sobre o que está fazendo e para que está fazendo, para que ele possa

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também compreender e ter um sentido crítico destas atividades que realiza. É importante ressaltar que, as organizações dos conteúdos abordados e as atividades realizadas no laboratório de informática, estejam sempre voltadas às necessidades do aluno em função de aprendizagem.

Tem então, o professor como premissa, dar significado, ajuda e importância às atividades pedagógicas realizadas, bem como aos acontecimentos e interações enquanto grupos, pois estes dão condição plena para que o aluno aprenda, considerando então os estudos de WALLON apud GRAIDY ( 2001 pag. 28), " (...) o desenvolvimento da inteligência depende das experiências oferecidas pelo meio e do grau de apropriação que o sujeito faz delas". Neste sentido, o meio, a linguagem, a relação de troca (conhecimento) entre os alunos, colaboram para o desenvolvimento. Então, podemos perceber a importância da mediação do

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professor em quaisquer atividades informatizadas desenvolvidas, pois este faz os contrapontos do saber empírico do aluno com o saber científico do professor, efetuando-se no aluno em aprendizagem.

Percebe-se claramente a responsabilidade do professor como propulsor da aprendizagem, ambos os professores e alunos precisam se permitir este momento, conforme relata o texto anteriormente. Mas precisa-se registrar da importância do professor em saber usar a informática e, a partir disso, verificar o que PPP da escola tem a oferecer. Ao professor cabe ainda ter um planejamento eloqüente e condizente ao currículo escolar e as necessidades do aluno e o que é mais relevante neste processo: levar os alunos no laboratório de informática para trabalhar os diversos conteúdos em suas áreas específicas, articulando o prazer ao fazer.

Para VYGOTSKY, a aprendizagem

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acontece nas interações, trocas de experiências e informações. Desta forma, a informática (através de seus programas), pode estruturar-se, pois tem todos os mecanismos necessários em propiciar a aprendizagem, sendo que este tem reciprocidade, através da informática professor e aluno poderão buscar novas metodologias de interação como: digitação de textos,uso de softwweres, aprendizagem interativa ( rede social e multimeios), Internet/Google Não ficando dúvidas, segundo a teoria sócio- interacionista, de que o aluno aprende significativamente, usando as TICs. Verifica-se que a interação com o ambiente, o professor e o meio informativo, refletem-se num sentido educativo: A mediação como importante troca dos conhecimentos que são reorganizados, resultando em saber científico.

Assim sendo, a política educacional tem-se configurado para cada vez mais,

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garantir o direito à educação através dos gestores escolares e, assim construir-se a qualidade no ensino, objetivando aprendizagem mediante planos e ações eficazes, sendo o professor e o gestor escolar, protagonistas deste movimento dialético via informatização.

JUSTIFICATIVA

O campo das tecnologias, é hoje, um campo muito instigado por parte de pesquisadores, das indústrias e principalmente por seus consumidores que se apropriam destes meios para uma melhor e maior interação com o mundo. Entretenimento é a busca constante de

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nossos jovens, dos nossos alunos. Então, é imprescindível que estes sejam usados em nossas escolas como meios para qualificar a educação e promover em nossas instituições, ações eficazes que contribuem na construção do conhecimento.

Com o reflexo destes meios informatizados diretamente na escola, é preciso perguntar: nossos professores sabem usar estas ferramentas tecnológicas? Possibilitam uma aprendizagem integrando a informática aos conteúdos curriculares?

Não raro, deparamo-nos com professores que muito pouco conhecem as ferramentas tecnológicas que a própria escola disponibiliza. Solicitam, com freqüência a ajuda dos gestores para instalar aparelhos, imprimir trabalhos e ainda não se desafiam a aprender a utilizá-los e ainda, não integram a informatização ao processo ensino aprendizagem.

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Diante desta problemática encontrada na Escola Básica Municipal Santa Maria Goretti, a partir do levantamento teórico que embasará esta pesquisa, procura-se identificar e definir alguns conceitos de aprendizagem, verificando como o professor e o gestor escolar podem interagir democraticamente neste processo e ainda, deixar-se bem explicitado de como nossos professores podem integrar os conteúdos por meio da informática, disponibilizando aos alunos atividades diferenciadas e bem significativas para a elaboração do conhecimento.

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OBJETIVOS: Reconhecer a informática como instrumento viável e eficaz para o desenvolvimento da aprendizagem.

ESPECÍFICOS:

* Verificar a estrutura e a importância da gestão escolar na aprendizagem; através dos meios tecnológicos

* Identificar conceitos de aprendizagem e sua importância; para a compreensão da importância das TICs.

* Salientar a participação do professor como mediador no processo ensino aprendizagem, por meio das TICs.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Com o uso de pesquisas virtuais de aprendizagem redefine-se o papel do professor que finalmente pode compreender a importância de ser parceiro de seus alunos. Ensinar e aprender estão sendo desafiados como nunca antes. Educar hoje é mais complexo porque a sociedade também é mais complexa e também o são as competências necessárias. As tecnologias começam há estar um pouco mais ao alcance do estudante e do professor. Precisamos repensar todo o processo, reaprender a ensinar, a estar com os alunos, a orientar as atividades, a definir o que vale a pena fazer para aprender, juntos ou separados. É preciso que nós educadores, continuemos nos apropriando cada vez mais de conhecimentos para a ampla

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utilização das ferramentas tecnológicas disponíveis nos dias atuais, criando possibilidades de uso dessas tecnologias que aguce no aluno o interesse pela pesquisa dentro e fora da escola, desenvolvendo no educando, as capacidades de interpretação, uma vez que, a escola é o espaço apropriado para ensinar como as pessoas devem se portar diante das tecnologias.