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CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL Autorização nº 47 da DN PSP MANUAL DE FORMAÇÃO UFCD: ARD05 Planos de Contingência e de Emergência, Evacuação de Recintos Desportivos Edição: setembro 2020

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Page 1: MANUAL DE FORMAÇÃO - PSG

CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL Autorização nº 47 da DN PSP

MANUAL DE FORMAÇÃO

UFCD: ARD05 Planos de Contingência e de Emergência, Evacuação de

Recintos Desportivos

Edição: setembro 2020

Page 2: MANUAL DE FORMAÇÃO - PSG

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Nota de Direitos de Autor

• O presente manual encontra-se protegido por direitos de autor pela PSG – Serviços Integrados, Lda.

• Destina-se a uso exclusivo dos formandos da PSG – Serviços Integrados, Lda, não sendo permitido a sua reprodução e/ou difusão sem autorização expressa do autor.

Page 3: MANUAL DE FORMAÇÃO - PSG

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Conteúdo

Planos de Contingência e de Emergência. ................................................................................. 5

Evacuação de recintos desportivos ............................................................................................ 5

Características dos Planos de Contingência e de Emergência ................................................... 6

Localização Geográfica .................................................................................................. 7

Meios Externos de Apoio e Socorro .............................................................................. 7

Edifício ............................................................................................................................. 8

Caracterização dos Riscos ......................................................................................................... 8

Riscos Tecnológicos....................................................................................................... 8

Riscos Naturais ............................................................................................................... 8

Riscos Sociais ................................................................................................................. 8

Pontos Perigosos ............................................................................................................ 9

Pontos Nevrálgicos ......................................................................................................... 9

Cenários de Acidentes .................................................................................................... 9

Situação Anormal ............................................................................................................. 9

Situação de Perigo ......................................................................................................... 10

Situação de Emergência ............................................................................................... 10

Missão ............................................................................................................................ 10

Execução........................................................................................................................ 10

Conceito de Actuação ................................................................................................... 10

Os objectivos da Central de Segurança: .................................................................... 12

Rotinas de Alarme e Alerta ........................................................................................... 12

Logística ........................................................................................................................... 13

PLANOS DE SEGURANÇA ...................................................................................................... 14

MEDIDAS DE AUTOPROTECÇÃO ................................................................................ 14

➢ PLANO DE SEGURANÇA tipo I ................................................................................ 16

➢ PLANO DE SEGURANÇA tipo II ............................................................................... 16

➢ PLANO DE SEGURANÇA tipo III .............................................................................. 16

➢ PLANO DE SEGURANÇA tipo IV ............................................................................. 16

Medidas de Prevenção .................................................................................................. 17

Procedimentos de Prevenção ......................................................................................... 17

Planos de Prevenção .................................................................................................... 21

• Procedimentos de prevenção ............................................................................... 22

Outras Medidas do Plano de Prevenção ........................................................................ 23

PROCEDIMENTOS E PLANOS DE EMERGÊNCIA ....................................................... 25

MEDIDAS DE EMERGÊNCIA ......................................................................................... 26

Page 4: MANUAL DE FORMAÇÃO - PSG

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PLANO DE EMERGÊNCIA ............................................................................................. 26

MEDIDAS DE EMERGÊNCIA/INTERVENÇÃO ................................................................ 27

PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA ............................................................................ 27

UTILIZAÇÃO DE EQUIPAS DE 1ª INTERVENÇÃO NO COMBATE A INCÊNDIOS ..... 35

PROCEDIMENTOS GERAIS DE EVACUAÇÃO A EFECTUAR .................................... 35

EVACUAÇÃO DE RECINTOS DESPORTIVOS ............................................................. 38

Rotas de Acesso ............................................................................................................ 38

PERCURSOS DE EVACUAÇÃO E VÃOS DE SAÍDA ................................................... 39

LARGURA DAS SAÍDAS E DOS CAMINHOS DE EVACUAÇÃO ..................................... 39

Procedimentos Globais de Evacuações em Recintos Desportivos ...................... 42

Exemplos de Procedimentos de Evacuação em recinto desportivos ....................... 43

INCÊNDIO ......................................................................................................................... 45

AMEAÇA DE BOMBA ...................................................................................................... 46

DISTÚRBIOS NAS BANCADAS ....................................................................................... 47

AGLOMERAÇÃO ANORMAL DE PESSOAS NOS TORNIQUETES ................................ 48

SAÍDAS PRECIPITADAS .................................................................................................. 49

PACOTES SUSPEITOS .................................................................................................... 50

AMEAÇAS Á TRIBUNA VIP ............................................................................................. 51

INVASÃO DE CAMPO ...................................................................................................... 52

ACIDENTES NAS BANCADAS ........................................................................................ 53

DANOS NAS ESTRUTURAS ............................................................................................ 54

FALHAS DE ENERGIA E FUGAS DE GÁS ...................................................................... 55

AVARIAS NOS ELEVADORES ........................................................................................ 56

SITUAÇÕES METEROLÓGICAS ..................................................................................... 57

Bibliografia: .................................................................................................................. 58

Page 5: MANUAL DE FORMAÇÃO - PSG

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Planos de Contingência e de Emergência. Evacuação de recintos desportivos

Objectivos:

Dotar o formando de conhecimentos e procedimentos relacionados com as

políticas de segurança a implementar e respectivos Planos de Contingência e

de resposta a emergências, evacuação de Recintos Desportivos.

Competências a adquirir:

• Interpretar e implementar um plano de Segurança em situação de

Contingência / Emergência.

• Capacidade para responder e orientar a evacuação de pessoas em

condições de segurança.

Page 6: MANUAL DE FORMAÇÃO - PSG

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Características dos Planos de

Contingência e de Emergência

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Características dos Planos de Contingência

e de Emergência

Localização Geográfica

Existência da planta do local onde está implantado o recinto desportivo

identificando claramente as vias de acesso.

Meios Externos de Apoio e Socorro

Deve estar representada na planta, a localização do recinto desportivo, dos

meios de apoio e de socorro existentes, nomeadamente o Serviço

Municipal/Distrital de Protecção Civil, o os Bombeiros da área, a Esquadra da

PSP ou o Posto da GNR e as Unidades de Saúde mais próximas, EDP. Cª. Água

e Gás e outros serviços úteis.

Existência de lista telefónica distinta de diversos meios que poderão ou não

estar no local do evento e devem ser solicitados em caso de emergência:

✓ Número Nacional de Socorro - 112

✓ Serviço Municipal de Protecção Civil - n.º Telefone

✓ Protecção Civil — ANEPC

✓ INEM -

✓ PSP - n.º telefone ou GNR - n.º Telefone Bombeiros - n.º Telefone

✓ Hospitais - n.º telefone de todos do concelho

✓ Cª. das Águas, Gás e Energia/EDP - n.º Telefone

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Edifício

O Recinto desportivo poderá ser uma edificação com diversos pisos, com a

seguinte caracterização geral (exemplo):

✓ Parque de Estacionamento, Balneários, Zonas Técnicas, Armazéns e

demais infra-estruturas de armazenamento.

✓ Entradas para as Bancadas, Torniquetes, Corredores de circulação

interna, Vomitórios para as Bancadas, Bares, Instalações Sanitárias,

Primeiros Socorros.

✓ Camarotes, Tribuna VIP, Restaurantes, Lugares de Deficientes,

✓ Snack-bares.

✓ Central de Segurança, Régie, Estúdios de Rádio e TV.

Caracterização dos Riscos Os riscos mais significativos, com probabilidade de ocorrência de acidentes

graves, são os seguintes:

Riscos Tecnológicos

Incêndio, Fugas de gás, Falhas de energia eléctrica, Danos de estruturas,

Quebra de Vidros, Avarias nos elevadores.

Riscos Naturais

Sismos, Chuvas, trovoadas, ventos, Inundações.

Riscos Sociais

Ameaça de bomba, Pacotes suspeitos, Atentados terroristas, Ataques a

Entidades, Controlo de multidões, Saídas precipitadas, Ajuntamento de

pessoas nos torniquetes, Distúrbios, Invasão de Campo, Acidente nas

bancadas com vítimas, Intrusão / Roubo.

Page 9: MANUAL DE FORMAÇÃO - PSG

9 | P á g i n a

Pontos Perigosos

Existe também pontos Perigosos num recinto desportivo e, consideram-se

como Ponto Perigosos os pontos que apresentam riscos potenciais que, por si

só, possam desencadear um sinistro:

✓ Quadros Gerais de Electricidade, Depósitos de combustíveis,

Entrada Geral de água, Deposito de resíduos, Cozinhas,

Estacionamentos inferiores.

Pontos Nevrálgicos

Consideram-se como Pontos Nevrálgicos os pontos que apresentam riscos

associados ou que são essenciais do ponto de vista de manutenção das

condições de segurança e cuja a protecção de ser associada como prioritária:

✓ Sala da Segurança de vigilância permanente; Central de Segurança

de Eventos, Régie, Estúdios de Rádio e TV.

Cenários de Acidentes

Os acidentes considerados num recinto desportivo são agrupados em três

níveis, em função da situação ou ameaça:

Nível 1 – Situação Anormal

Nível 2 – Situação de Perigo

Nível 3 – Situação de Emergência

Situação Anormal

Corresponde à existência de um acidente, anomalia ou suspeita que, por ter

dimensões reduzidas ou por estar confinada, não constitui ameaça para além

do local onde se produziu.

Page 10: MANUAL DE FORMAÇÃO - PSG

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Situação de Perigo

Corresponde à existência de um acidente que pode evoluir para uma situação

de emergência se não for tomada uma adequada acção imediata, mantendo-

se, todavia, o normal funcionamento do recinto desportivo.

Situação de Emergência

Corresponde à existência de acidente grave ou de características catastróficas

descontrolado ou de difícil controlo, que originou ou pode originar danos

pessoais, materiais ou ambientais, requerendo uma acção imediata para

recuperação do controlo e minimização das suas consequências. Verifica-se

alteração ao funcionamento normal do recinto desportivo.

Missão

A missão do Plano de Emergência, é o de assegurar a direcção e coordenação

das operações segurança e de protecção civil e das medidas excepcionais de

emergência, com vista a reduzir os danos humanos e materiais, bem como

concorrer para a reposição das condições mínimas de normalidade.

Execução

Conceito de Actuação

O objectivo é, em situação anormal, de perigo e de emergência, é minimizar

as eventuais consequências sobre as pessoas, os bens e o ambiente, através de

uma adequada difusão do alarme e do alerta, de uma 1.ª intervenção rápida

para eventual controlo do sinistro, de um eficiente apoio à evacuação das

pessoas das áreas sinistradas ou em risco, e da preparação das condições de

intervenção dos meios de socorro externo.

Page 11: MANUAL DE FORMAÇÃO - PSG

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Antes da emergência

Promover, com a regularidade que for entendida como necessária, reuniões

com os coordenadores das entidades e organismos de apoio, especialmente

com os que integram a Central de Segurança e os ARD´s;

✓ Elaborar e divulgar o mapa das medidas a adoptar em situação de

emergência;

✓ Comunicar/informar os espectadores sobre os riscos, as vulnerabilidades e

as medidas de autoprotecção a adoptar (sinalética...);

✓ Preparar e realizar exercícios de treinos e simulacros de forma a conseguir a

sua optimização.

Durante a emergência

Manter a Central de Segurança activa para acompanhamento e gestão da

situação, com a seguinte constituição:

✓ Director de Segurança do recinto desportivo, coordenadores de

segurança, operacionais da segurança (ARD´s) e ligação às forças de

segurança;

✓ Comandante da Força Policial;

✓ Comandante dos Bombeiros;

✓ Operadores da Central de Segurança;

✓ Operador do Som;

✓ Porta voz para a Comunicação Social.

Page 12: MANUAL DE FORMAÇÃO - PSG

12 | P á g i n a

Os objectivos da Central de Segurança:

✓ Accionar o plano, procedendo a ajustamentos em conformidade

com a informação disponível;

✓ Promover a avaliação objectiva da situação criada junto dos locais

atingidos;

✓ Promover a pesquisa permanente da informação;

✓ Promover, nos ritmos apropriados, os avisos, conselhos e medida

auto- protecção aos espectadores;

✓ Manter informada a Direcção do recinto desportivo sobre o

desenrolar das operações de emergência, solicitando o seu apoio

ou intervenção sempre que a situação o obrigue.

Após a emergência

✓ Promover as medidas adequadas ao desenvolvimento de planos gerais

recuperação e reabilitação das estruturas físicas, de modo a

restabelecer as condições normais de vida.

Rotinas de Alarme e Alerta

Perante a ocorrência de um sinistro terão de ser desenvolvidas determinadas

acções de actuação, desde o momento em que é dado o alarme até à

Page 13: MANUAL DE FORMAÇÃO - PSG

13 | P á g i n a

decisão tomada na Central de Segurança. Com o esquema a seguir

representado pretende-se uma actuação sequencial da estrutura

operacional.

Logística

Meios Humanos

✓ Assistentes de Recinto Desportivo (ARD`s)

✓ Força e Serviços de Segurança Pública (FSS)

✓ Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNB e ANEPC)

✓ Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM)

Meios e Recursos Materiais

Central/Sala de Segurança/Controlo, CCTV, Sistema Interno Vídeo, Sistema de Som;

Sistema de Comunicações;

Sistemas de Iluminação de Emergência, Sistema de Sinalização de Emergência;

Detecção de Incêndio, Extinção Automática de Incêndio, Portas Corta-Fogo,

Extintores, Bocas de Incêndio, Carreteis.

Pontos de Encontro

No relvado, no exterior do recinto desportivo

Zonas de Triagem

No local do incidente, no relvado, postos de socorros e no exterior do recinto

desportivo.

Page 14: MANUAL DE FORMAÇÃO - PSG

14 | P á g i n a

PLANOS DE SEGURANÇA

MEDIDAS DE AUTOPROTECÇÃO

As Condições Gerais de Autoprotecção SCIE estão definidos os seguintes

documentos organizativos fazendo parte das medidas de autoprotecção:

• Registos de segurança;

• Procedimentos de prevenção;

• Plano de prevenção;

• Procedimentos em caso de emergência;

• Plano de emergência.

Page 15: MANUAL DE FORMAÇÃO - PSG

15 | P á g i n a

IX

Page 16: MANUAL DE FORMAÇÃO - PSG

16 | P á g i n a

A designação PLANO DE SEGURANÇA divide-se em quatro tipologias

de PLANOS DE SEGURANÇA, a saber:

➢ PLANO DE SEGURANÇA tipo I

– Registos de Segurança + Procedimentos de Prevenção;

➢ PLANO DE SEGURANÇA tipo II

– Registos de Segurança + Procedimentos de Prevenção +

Procedimentos em caso de Emergência;

➢ PLANO DE SEGURANÇA tipo III

– Registos de Segurança + Plano de Prevenção + Procedimentos em caso

de emergência;

➢ PLANO DE SEGURANÇA tipo IV

– Registos de Segurança + Plano de Prevenção + Plano de Emergência.

UT- IX

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Medidas de Prevenção

Entende-se por Medidas de Prevenção os Procedimentos de Prevenção e o Plano de

Prevenção, sendo o que os primeiros são exigíveis em estruturas de menor categoria

de risco e o Plano de prevenção é obrigatório para infra-estruturas / eventos com

categoria de risco mais agravada.

Procedimentos de Prevenção

É conjunto de procedimentos de prevenção a adoptar pelos ocupantes,

destinados a garantir a manutenção das condições de segurança. Devem ser do

conhecimento geral de todos os colaboradores da organização em geral e

especialmente da equipa de segurança.

Dizem sobretudo respeito a:

Page 18: MANUAL DE FORMAÇÃO - PSG

18 | P á g i n a

• Regras de exploração e de comportamento destinadas a garantir a manutenção

das condições de segurança, nomeadamente no que se refere à acessibilidade

de meios de socorro, desimpedimento de vias de evacuação, vigilância dos

espaços de maior risco, segurança nos trabalhos de maior risco ou de

manutenção, etc.

• Procedimentos de exploração e de utilização das instalações técnicas,

equipamentos e sistemas de alarme, os quais devem incluir as respectivas

instruções de funcionamento, os procedimentos de segurança, a descrição dos

comandos e de eventuais alarmes, bem como dos indicadores de avaria que os

caracterizam.

• Programas de manutenção das instalações técnicas, dispositivos, equipamentos

e sistemas existentes.

Os procedimentos de exploração e de utilização referidos são, em regra, os

recomendados pelos respectivos fabricantes e devem ser fornecidos ao responsável

de segurança pelos responsáveis pela instalação, consoante o caso, aquando da

recepção da obra ou da instalação.

No caso de sistemas de segurança relacionados com incêndios, SADI’s configuráveis – por exemplo, sistemas Híbridos / Endereçáveis – os procedimentos de exploração

mencionados deverão incluir também a forma como o sistema está configurado –

por exemplo, a organização do alarme, respectivas temporizações e matriz de

comando.

Os procedimentos de verificação referidos podem ser de vários tipos, consoante a

instalação técnica, o dispositivo, o equipamento ou o sistema: os recomendados

pelos respectivos fabricantes, pelas Normas Portuguesas ou harmonizadas, pelas

regras ou recomendações técnicas. Das Normas aplicáveis destacam-se as

seguintes:

• NP 4413: Segurança contra incêndio. Manutenção de extintores.

• NP EN 671-3: Instalações fixas de combate a incêndio – Sistemas armados com

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19 | P á g i n a

mangueiras. Parte 3: Manutenção das bocas-de-incêndio armadas com mangueiras

semi-rígidas e das bocas-de-incêndio armadas com mangueiras flexíveis.

• DNP CEN/TS 54-14: Sistemas de detecção e de alarme de incêndio. Parte 14:

Especificações técnicas para planeamento, projecto, instalação, colocação em

serviço, exploração e manutenção.

• NP EN 529: Aparelhos de protecção respiratória. Recomendações para selecção,

utilização, precauções e manutenção.

Os procedimentos de prevenção têm como finalidade garantir permanentemente

a:

• Acessibilidade dos meios de socorro aos espaços da estrutura;

• Acessibilidade dos veículos de socorro dos bombeiros aos meios de

abastecimento de água, designadamente hidrantes exteriores (Colunas seca

ou húmidas);

Page 20: MANUAL DE FORMAÇÃO - PSG

20 | P á g i n a

• Praticabilidade dos caminhos de evacuação;

• Eficácia da estabilidade ao fogo e dos meios de compartimentação,

isolamento e protecção;

• Acessibilidade aos meios de alarme e de intervenção em caso de emergência;

• Vigilância dos espaços, em especial os de maior risco de incêndio e os

que estão normalmente desocupados;

• Conservação dos espaços em condições de limpeza e arrumação

adequadas;

• Segurança na produção, na manipulação e no armazenamento de matérias e

substâncias perigosas;

• Segurança em todos os trabalhos de manutenção, recuperação,

beneficiação, alteração ou remodelação de sistemas ou das

instalações, que impliquem um risco agravado de incêndio,

introduzam limitações em sistemas de segurança instalados ou que

possam afectar a evacuação dos ocupantes.

Segurança em eventos que impliquem risco agravado de incêndio

É recomendável que as alterações das medidas de autoprotecção para fazer

face a eventos a que se refere este ponto sejam devidamente planeadas com a

antecedência necessária à preparação da resposta adequada a esses possíveis

incidentes.

Se agravarem o risco de eclosão de incêndios, é recomendável o reforço das

medidas preventivas e o aumento da vigilância, quer durante a execução, quer

nos períodos de interrupção dos eventos.

Page 21: MANUAL DE FORMAÇÃO - PSG

21 | P á g i n a

Se os trabalhos em questão introduzirem limitações nos sistemas de segurança,

é recomendável que os instaladores ou as empresas encarregues das acções de

instalação e manutenção desses sistemas sejam envolvidos no planeamento

atrás referido e, se necessário, efectuem as alterações nos sistemas,

necessárias a minimizarem o impacto das limitações previsíveis.

Se afectarem a evacuação é recomendável reforçar os procedimentos de

prevenção e de emergência nos espaços afectados para minimizar os efeitos

negativos dos trabalhos nas condições de evacuação.

Planos de Prevenção

Deve conter os seguintes elementos:

✓ Caracterização da estrutura (implantação, construção, dimensão do recinto

etc.), data da sua entrada em funcionamento;

✓ Organograma de segurança (identificação do responsável de segurança,

identificação de eventuais delegados de segurança);

✓ Plantas, à escala de 1:100 ou 1:200 com a representação inequívoca,

recorrendo à simbologia constante das normas portuguesas, da classificação

de risco e efectivo previsto para cada local, vias horizontais e verticais de

evacuação, incluindo os eventuais percursos em comunicações comuns e

localização de todos os dispositivos e equipamentos ligados à segurança contra

Incêndio.

Page 22: MANUAL DE FORMAÇÃO - PSG

22 | P á g i n a

Nota: Pelo facto de as plantas serem um dos elementos constituintes do sistema

de segurança e apesar das estruturas existentes serem obrigados a ter projecto,

a exigência de plano obriga, vinculativamente a ter:

• Procedimentos de prevenção

• Programa de simulacros

• Programa de formação de sensibilização

De referir que os planos de prevenção devem ser actualizados sempre que as

modificações ou alterações efectuadas na estrutura o justifiquem. Estes planos

estão sujeitos a verificação durante as inspecções regulares e extraordinárias,

devendo existir, no Ponto de Segurança, um exemplar do Plano de Prevenção.

Page 23: MANUAL DE FORMAÇÃO - PSG

23 | P á g i n a

Outras Medidas do Plano de Prevenção

Apresenta a organização e procedimentos a implementar por uma entidade para

prevenir a ocorrência de incêndios, manter o nível de segurança relacionado com as

medidas de autoprotecção adoptadas e garantir a preparação para saber reagir em

situações de emergência.

Este Plano é actualizado sempre que mudanças realizadas na estrutura o justifiquem

e é passível de ser verificado durante as inspecções regulares e extraordinárias,

devendo estar no posto de segurança um exemplar. Um Plano de Prevenção tem

também de incluir:

1 - Informações sobre:

• Identificação da Utilização Tipo

• Data do início de funcionamento

• Identificação do Responsável de Segurança

• Identificação (caso existam) dos delegados de segurança

As Plantas, à escala de 1:100 ou 1:200 representando claramente, devem usar

simbologia de acordo com as normas portuguesas, os seguintes pontos:

✓ Classificação de risco e número de efectivos expectáveis para cada local;

✓ Classificação de risco e número de efectivos expectáveis para cada local;

✓ Vias horizontais e verticais de evacuação, não esquecendo possíveis percursos

em comunicações comuns;

✓ Localização dos equipamentos e dispositivos relacionados com a segurança

contra incêndio.

Também deve conter outros Procedimentos de Prevenção:

Page 24: MANUAL DE FORMAÇÃO - PSG

24 | P á g i n a

✓ Procedimentos de utilização e exploração dos espaços para que existam

as condições adequadas de:

• Acessos de meios de socorro às áreas da estrutura;

• Acessibilidades para os veículos de bombeiros se abastecerem,

nomeadamente nos hidrantes exteriores;

• Acesso aos caminhos de evacuação;

• Eficácia da estabilidade ao fogo e dos meios de compartimentação,

protecção e isolamento;

• Acesso aos sistemas de alarme e de intervenção na eventualidade

de emergência;

• Vigilância dos espaços, principalmente aqueles com maior risco de incêndio

e os que habitualmente estão desocupados;

• Conservação adequada dos espaços a nível de arrumação e limpeza;

• Segurança na manipulação, produção e armazenamento de substâncias e

matérias;

• Segurança nos serviços de recuperação, manutenção ou alteração de

sistemas ou das instalações, que tenham um maior risco de incêndio, que

limitem sistemas de segurança instalados ou que afectem a evacuação dos

ocupantes.

✓ Procedimentos de utilização e exploração das instalações técnicas, sistemas e

equipamentos devem ter:

• Instruções de funcionamento;

• Descrição acerca dos comandos e os possíveis alarmes;

• Procedimentos de segurança;

• Características dos sintomas e indicadores de avaria.

Page 25: MANUAL DE FORMAÇÃO - PSG

25 | P á g i n a

✓ Procedimentos de manutenção e conservação das instalações técnicas,

equipamentos, dispositivos e sistemas existentes nas estruturas

baseadas em programas com definição de:

• Calendários

• Listagem de verificações periódicas

• Verificação de Instalações técnicas: energia eléctrica, sistemas de

aquecimento, evacuação de efluentes de combustão, ventilação e

condicionamento de ar, ascensores, líquidos e gases combustíveis.

• Verificação de Sistemas e equipamentos de segurança: iluminação de

emergência, sinalização, detecção alarme e alerta, controlo de fumos, meios

de intervenção, sistemas fixos de extinção de incêndios, sistemas de cortina

de água, controlo de poluição do ar, detecção automática de gás

combustível, drenagem de água, Central de Segurança, instalações

acessórias.

PROCEDIMENTOS E PLANOS DE EMERGÊNCIA

As medidas de emergência para estruturas ou recintos devem estabelecer como

evacuar os ocupantes em risco, limitar os danos resultantes dos incidentes, mas

prevendo o uso inicial de meios próprios.

Situações de Contingência que podem originar Emergências

As situações de risco e ameaça de incidente que possam afectar as pessoas parcial

ou totalmente, devido a fenómenos naturais ou tecnológicos próprios da respectiva

região geográfica e em Recintos em particular.

Dentro destes fenómenos temos alguns mais emergentes:

➢ Sismos;

➢ Incêndios;

➢ Inundações;

➢ Desmoronamentos e Derrocadas;

➢ Atentados terroristas, sequestros, etc.;

Page 26: MANUAL DE FORMAÇÃO - PSG

26 | P á g i n a

➢ Contaminação e/ou Poluição (gases tóxicos, etc.).

No estudo de implementação de medidas de emergência devem constar:

✓ Definição da organização a seguir em caso de emergências;

✓ Informação sobre as entidades internas e externas a serem contactadas em

caso de emergência;

MEDIDAS DE EMERGÊNCIA

1. Procedimentos de alarme a seguir em caso de detecção de incêndio;

2. Procedimentos de alerta;

3. Procedimentos de evacuação segura e rápida dos espaços em risco;

4. Técnicas sobre como usar os meios de primeira intervenção e outros meios de

actuação, no caso de incêndio, presentes nos espaços da estrutura;

5. Modo de actuação na recepção e encaminhamento dos bombeiros.

PLANO DE EMERGÊNCIA

Um plano de emergência é um documento que deverá descrever todas as

possíveis situações de emergência que requerem uma actuação imediata e

organizada de um grupo de pessoas com formação e informação específica

para o efeito.

Page 27: MANUAL DE FORMAÇÃO - PSG

27 | P á g i n a

NATUREZA DOS LOCAIS DE RISCO

MEDIDAS DE EMERGÊNCIA/INTERVENÇÃO

Consoante a categoria de risco do recinto, as Medidas de Intervenção

assumem a forma de Procedimentos de Emergência ou de Plano de

Emergência Interno, pressupondo a realização prévia de uma análise de risco,

de forma a poder organizar as respostas adequadas aos cenários de

emergência previsíveis no recinto.

PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA

Constituem o conjunto de procedimentos e técnicas de actuação a adoptar pelos

ocupantes em caso de emergência, designadamente:

✓ Os procedimentos de alarme a cumprir em caso de detecção ou percepção de

um alarme

✓ Os procedimentos de alerta

Page 28: MANUAL DE FORMAÇÃO - PSG

28 | P á g i n a

✓ Os procedimentos a adoptar de modo a garantir a evacuação rápida

e segura dos espaços em risco

O QUE SÃO PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA?

• Atribuição de responsabilidades das equipas de segurança responsáveis

pela Evacuação

• As técnicas de utilização dos meios de primeira intervenção e de outros

meios de actuação em caso de incêndio (no mínimo, dos extintores

portáteis)

• Os procedimentos de recepção e encaminhamento dos bombeiros e/ou

emergência médica.

O QUE É O PLANO DE EMERGÊNCIA INTERNO PARA INCÊNDIOS?

Tem como objectivo sistematizar a evacuação dos espectadores e limitar a

propagação e as consequências dos incêndios, recorrendo a meios próprios.

São constituídos por:

a) Definição da Organização a adoptar em caso de emergência, que deve

contemplar:

• Os organogramas hierárquicos e funcionais do Serviço de Segurança

contra Incêndio (SSI), cobrindo as várias fases do desenvolvimento de

uma situação de emergência;

• A identificação dos Delegados e Agentes de Segurança e respectivas

missões e responsabilidades, a concretizar em situações de emergência.

b) Pela indicação das entidades internas e externas a contactar em

situação de emergência.

Page 29: MANUAL DE FORMAÇÃO - PSG

29 | P á g i n a

c) Plano de Actuação, contemplando a organização das operações a

desencadear pelos Delegados e Agentes de Segurança em caso de

ocorrência de uma situação de emergência, designadamente:

• O conhecimento prévio dos riscos presentes nos espaços afectos à

utilização-tipo, nomeadamente nos locais de risco C, D e F;

• Os procedimentos a adoptar em caso de detecção ou percepção

de um alarme de incêndio;

• A planificação da difusão dos alarmes restrito e geral e a

transmissão do alerta.

Para definir os procedimentos e a planificação a que se referem as medidas

anteriores é essencial conhecer a forma como está configurado o sistema

automático de detecção.

Ao elaborar o plano de actuação, no caso de estruturas existentes, poderá ser

necessário avaliar as capacidades de configuração do sistema automático de

detecção e adaptá-la às necessidades de segurança do recinto:

• A coordenação das operações previstas no plano de evacuação;

• A activação dos meios de primeira intervenção que sirvam os

espaços da utilização-tipo, apropriados a cada circunstância,

incluindo as técnicas de utilização desses meios;

• A execução da manobra dos dispositivos de segurança,

designadamente de corte da alimentação de energia eléctrica e de

combustíveis, de fecho de portas resistentes ao fogo e das

instalações de controlo de fumo;

• A prestação de primeiros socorros (suporte básico de vida);

• A protecção de locais de risco e de pontos nevrálgicos da utilização-

tipo;

• O acolhimento, informação, orientação e apoio dos bombeiros;

• A reposição das condições de segurança após uma situação de

emergência.

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d) Plano de Evacuação, o qual deve contemplar as instruções e os

procedimentos, a observar por todos os ocupantes da Utilização- Tipo,

relativos à articulação das operações destinadas a garantir a

evacuação ordenada, total ou parcial, dos espaços considerados em

risco pelo responsável de segurança. O Plano de Evacuação deve

abranger:

• O encaminhamento rápido e seguro dos ocupantes para o exterior

ou para uma zona segura, mediante referenciação de vias de

evacuação, zonas de refúgio e pontos de encontro;

• O auxílio a pessoas com capacidades limitadas ou em dificuldade,

de forma a assegurar que ninguém fique bloqueado;

• A confirmação da evacuação total dos espaços e garantia de que

ninguém a eles regressa.

Deve conter a indicação dos elementos que compõem a equipa de evacuação

e das suas responsabilidades específicas aquando de uma evacuação.

De referir também que o plano de evacuação assume muitas especificidades

conforme a utilização-tipo neste caso a UT-IX.

e) Anexo com as instruções de segurança

As instruções de segurança são indicações precisas como actuar perante uma

situação de emergência. Podem ser gerais, particulares (para locais de risco

específicos) ou especiais (para os agentes de segurança).

✓ De referir ainda que, quando solicitado, devem ser disponibilizadas cópias

das plantas de emergência ao corpo de bombeiros da área.

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✓ Também será de relevar que o plano de emergência interno e os seus

anexos devem ser actualizados sempre que as modificações ou alterações

efectuadas na utilização-tipo o justifiquem e estão sujeitos a verificação

durante as inspecções regulares e extraordinárias.

✓ O plano de emergência interno deve estar permanentemente disponível

na Sala controlo / Central de Segurança.

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Considerações Finais:

O plano de emergência visa:

✓ Circunscrever os sinistros e limitar os seus danos

✓ Sistematizar a evacuação enquadrada dos ocupantes

✓ Facilitar a intervenção das autoridades (polícias, bombeiros e

emergência médica)

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A principal medida a ser adoptada em situação de emergência é a evacuação total ou

parcial do local, com a adopção de um plano de evacuação, de forma rápida e discreta,

sem causar pânico.

A evacuação deve ser decidida pelo responsável pela segurança / emergência e será

consequência de um sinal de alerta, pelo que este deve ser conhecido por todos os

profissionais no recinto.

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UTILIZAÇÃO DE EQUIPAS DE 1ª INTERVENÇÃO NO COMBATE A INCÊNDIOS

➢ Uma Equipa de Primeira Intervenção (EPI) em Incêndios é uma equipa

especialmente constituída para intervir no controle da situação de emergência

e, portanto, os seus elementos são indivíduos com formação em técnicas de uso

e manuseamento de extintores e bocas-de-incêndio armadas, bem como nos

aspectos gerais de intervenção no controle das situações de emergência.

➢ Se ocorrer um incêndio algumas das funções da EPI são actuar sobre o foco de

incêndio com o meio de extinção adequado, cumprir as instruções especiais

relativas ao alarme; dar o alerta aos bombeiros; proceder à evacuação; dar apoio

ao arranque de equipamentos de desenfumagem e grupo gerador de

emergência e a recepção e encaminhamento dos bombeiros.

PROCEDIMENTOS GERAIS DE EVACUAÇÃO A EFECTUAR

1. Ao soar o alarme, todos devem começar imediatamente a executar a sua

parte do Plano a implementar.

2. A coordenação da evacuação é feita pelo respectivo responsável/chefia

com a ajuda de um elemento previamente escolhido.

3. Compete ao elemento mais próximo da porta de evacuação abrir

automaticamente a mesma quando soar o sinal de alarme. Todos os

elementos se deverão dirigir para os locais de concentração

determinados.

4. Sempre que no edifício existam alguns elementos com dificuldades

motoras, caberá ao responsável definir anteriormente os ARD’s com a

tarefa de auxiliarem no processo de evacuação.

5. A saída do edifício processar-se-á segundo o percurso assinalado no

interior do edifício e seguindo as placas de sinalização até à porta de saída

respectiva.

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6. Todas as movimentações de pessoas dentro e fora do edifício deverão ser

executadas em passo rápido, mas sem correr e evitando empurrar.

7. Ao sair do edifício dever-se-á ter sempre bem presente que o importante é

evacuar as pessoas e não bens.

8. Todos os elementos deverão permanecer no ponto de reunião até novas

indicações.

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EVACUAÇÃO DE RECINTOS DESPORTIVOS

Rotas de Acesso

Caminhos/trajectos definidos como seguros para deslocação das pessoas até aos

pontos de encontro estabelecidos.

Pontos de Encontro

Locais seguros situados no exterior, para onde

devem convergir e permanecer as pessoas

evacuadas.

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PERCURSOS DE EVACUAÇÃO E VÃOS DE SAÍDA

➢ Em todos os locais de um recinto desportivo acessíveis à circulação e à

permanência de pessoas, em particular naqueles reservados às pessoas com

deficiência que se desloquem em cadeira de rodas, devem ser tomadas em

consideração todas as medidas que permitam facilitar a saída e a evacuação dos

ocupantes a todo o instante, e pelos seus próprios meios.

➢ Designadamente pela eliminação de todos os eventuais obstáculos construídos

ou móveis que, de alguma forma, possam dificultar ou inviabilizar a utilização

dos percursos integrados nos percursos de evacuação.

➢ Os vãos de acesso e de saída do recinto desportivo, as escadarias, as rampas e os

corredores que façam parte dos percursos de evacuação dos locais destinados à

circulação e permanência de espectadores, devem ser independentes do sistema

de acessos e circulações destinados a servir o terreno desportivo e zonas de

actividades conexas.

LARGURA DAS SAÍDAS E DOS CAMINHOS DE EVACUAÇÃO

• A largura útil das saídas e dos caminhos de evacuação é medida em unidades de

passagem (UP) e deve ser assegurada desde o pavimento, ou dos degraus das

escadas, até à altura de 2 m.

• A largura mínima das Saídas deve ser de 2 UP:

a) Nos locais em edifícios cujo efectivo seja igual ou superior a 200 pessoas;

b) Nos recintos ao ar livre cujo efectivo seja igual ou superior a 600 pessoas.

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As circulações e os vãos de passagem integrados nos percursos de evacuação

definidos anteriormente devem satisfazer os seguintes requisitos:

➢ A largura útil de passagem deve ser calculada na base de 1 up/250 pessoas,

com a dimensão mínima de 2 up, com as excepções previstas para os sectores

de permanência dos espectadores;

➢ A distância real máxima a percorrer a partir de um “vomitório” (corredor, passagem), da saída de um sector ou de qualquer local de permanência

acessível ao público, até atingir a saída do recinto desportivo ou uma área do

percurso de evacuação situada ao ar livre ou com condições de

desenfumagem, não poderá ser superior a 80 m, ou a 20 m nos percursos;

➢ As distâncias referidas na alínea anterior são reduzidas a metade quando o

percurso se desenvolva em espaços interiores ou sem condições de

desenfumagem.

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• As portas que se situem nos locais e percursos referidos no número

anterior não poderão possuir fechaduras accionáveis por chave ou

qualquer dispositivo de trancamento e serão dotadas de batentes que

permitam a sua pronta abertura, sempre que pressionadas no sentido da

saída, devendo ser munidas de barras antipânico, quando sirvam locais ou

sectores utilizáveis por mais de 200 pessoas.

• Exceptuam-se do disposto nos números anteriores as portas e os

gradeamentos articuláveis ou de deslizamento lateral destinados a

protecção exterior do recinto desportivo contra intrusão, desde que sejam

mantidos abertos, em posição fixa, durante os períodos de abertura do

recinto ao público.

• As escadas devem possuir corrimãos laterais, solidamente fixados à altura

de 0,9 m a 1,1 m do pavimento ou do focinho dos degraus, de modo a que

as suas extremidades rematem nas paredes ou nos pavimentos e não

constituam elemento de bloqueio do vestuário dos utilizadores, e com

dimensões que não reduzam a largura útil de passagem em mais de 0,1 m

em percursos com largura igual ou inferior a 2 up, ou a 0,2 m nos restantes

casos.

• As escadas e rampas com largura útil superior a 3 m serão divididas por

corrimãos em passagens com larguras mínimas de 2 up.

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Procedimentos Globais de Evacuações em

Recintos Desportivos

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Os espectadores dirigem-se para os pontos de encontro

Exemplos de Procedimentos de Evacuação em recinto desportivos

Em caso de haver necessidade de se proceder à evacuação de parte ou

de todo o recinto desportivo haverá que levar a cabo os seguintes

procedimentos:

➢ Através do Sistema Central de Som avisar o que se passa e fornecer as indicações necessárias para evitar o pânico;

➢ Após dada a ordem de evacuação, pela Sala de Segurança, os

assistentes e elementos da força de segurança pública, deverão

encaminhar os espectadores para as saídas de evacuação, através dos

itinerários de evacuação, previamente definidos e permanentemente

sinalizados;

➢ O supervisor dos assistentes responsável pela respectiva área dirige os

procedimentos para que a evacuação se processe de forma ordenada em

coordenação com elementos da força de segurança pública, caso

estejam no local;

➢ Após a saída da área de evacuação os espectadores serão dirigidos

para locais de concentração, igualmente pré-estabelecidos, no exterior do

recinto desportivo ou no interior (relvado);

➢ Durante a evacuação, deve ser mantida uma adequada ligação com a

Central de Segurança, pelos diferentes responsáveis/supervisores de

área;

➢ Não utilizar elevadores e não correr;

➢ Informar os espectadores para obedecer às instruções transmitidas

pelos assistentes e força policial.

ARD`s – Assistentes de

Recinto Desportivo

FSS – Forças e Serviços de Segurança Pública

Evacuação

ARD`s e FSS procedem à evacuação

Central de Segurança dá ordem de evacuação

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Os recintos desportivos possuem uma planta de itinerários de evacuação e pontos de encontro

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INCÊNDIO

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AMEAÇA DE BOMBA

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DISTÚRBIOS NAS BANCADAS

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AGLOMERAÇÃO ANORMAL DE PESSOAS NOS TORNIQUETES

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SAÍDAS PRECIPITADAS

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PACOTES SUSPEITOS

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AMEAÇAS Á TRIBUNA VIP

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INVASÃO DE CAMPO

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ACIDENTES NAS BANCADAS

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DANOS NAS ESTRUTURAS

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FALHAS DE ENERGIA E FUGAS DE GÁS

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AVARIAS NOS ELEVADORES

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SITUAÇÕES METEROLÓGICAS

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Bibliografia:

• Lei n.º 123/2019, de 18 de Outubro, que procede à terceira alteração ao Regime Jurídico de Segurança Contra Incêndios em Edifícios, estabelecido pelo Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de Novembro

• Security and Sport Mega Events: A complex relation (Sport in the Global Society - Contemporary Perspectives) by Diamantis Mastrogiannakis (Editor), Christian Dorville (Editor);

• Security Management for Sports and Special Events by Stacey A. Hall (Author), Walter E. Cooper (Author), Lou Marciani (Author), James A. McGee (Author);