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MANUAL DE BOAS PRÁTICAS PARA A RECUPERAÇÃO DE PASTAGENS DEGRADADAS

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MANUAL DE BOAS PRÁTICAS PARA A RECUPERAÇÃO DE PASTAGENS DEGRADADAS

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SUMÁRIO

Apresentação 4

Sobre esta publicação 4

O que são pastagens degradadas? 5

Áreas degradadas e pecuária 6

Principais benefícios da integração lavoura pecuária 8

Principais problemas da integração lavoura pecuária 9

Por onde começar 9

Passo a passo 9

Planeje 9

Tome nota 11

Custo de implantação e recuperação de pastagens degradadas 12

Modalidades 14

Legislação ambiental 17

Medir os resultados 19

Fazer a gestão 20

Fontes de informação 21

Expediente 23

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Solidaridad

Solidaridad é uma organização internacional sem fins lucrativos com

mais de 40 anos de experiência no desenvolvimento de cadeias de pro-

dução sustentáveis. Com nove Centros Regionais e atuação em mais de

50 países, realiza parcerias e soluções inovadoras em cada segmento

com empresas, governos e comércio para apoiar agricultores e pecua-

ristas a produzir mais e melhor, promovendo a transição para uma pro-

dução agropecuária que respeita as pessoas e o planeta, pautada em

relações comerciais justas que garantam a boa qualidade de vida dos

produtores e das comunidades rurais.

Trabalha as principais cadeias que impulsionam a indústria e o comér-

cio a nível mundial: algodão, aquicultura, cacau, café, cana de açúcar,

chá, frutas, leiteria, ouro, palma, pecuária, soja e têxtil. É uma instituição

líder na criação e disseminação de padrões de certificação (Max Have-

laar, FLO, UTZ Certified) e membro fundador e ativo das mesas redon-

das RTRS (soja), RSPO (óleo de palma), Bonsucro (cana de açúcar),

GRSB (pecuária) e BCI (algodão).

solidaridadnetwork.org

APRESENTAÇÃO

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05

CerqualityFundada em julho de 2015, a CerQuality promove a geração de valor

para os produtores de soja de todo território nacional com foco na im-

plementação da certificação e comercialização de Créditos da RTRS.

Atua como um agente implementador dos Padrões RTRS na gestão,

na documentação e na estrutura física de seus clientes, oferecendo

conhecimento técnico, treinamento e orientação ao produtor rural.

Assim, a CerQuality fica responsável por todo processo enquanto

o produtor segue focado na gestão de seu negócio, sem preocupa-

ções, com a garantia do melhor custo-benefício, dentro da lei e das

obrigações sociais.

cerquality.com.b r

Via VerdeA ViaVerde Consultoria Agropecuária em Sistemas Tropicais atua no

mercado agropecuário há 16 anos. Desenvolve projetos com o objetivo

de levar conhecimento, tecnologia e inovação para produtores rurais.

Opera em diversos setores da cadeia produtiva, principalmente nas cul-

turas de pecuária de corte e leite, produção de grãos, fruticultura, café,

bioenergia e também em parcerias com ONGs e com o poder público.

Possui experiência em distintos projetos em 17 Estados brasileiros e tem

trabalhos realizados em todos os biomas.

viaverde.agr.br

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Esta publicação é parte de uma inciativa da Solidaridad, que

visa a aumentar a produtividade em áreas degradadas utilizan-

do tecnologias como a Integração Lavoura Pecuária (ILP) e a

Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF) para a melhoria do

manejo de pastagens e do uso da terra.

Para que ocorra essa migração do modelo tradicional, geralmen-

te caracterizado pela pecuária extensiva e extrativista, para uma

produção agropecuária integrada e sustentável, é preciso que

haja uma mudança na mentalidade dos produtores, amparada

por conhecimento técnico e processos inovadores.

Nesse sentido, o presente manual tem por objetivo explicar de for-

ma simples e direta de que maneira essa transição pode ser feita,

quais as etapas devem ser respeitadas, como fazer a gestão das

propriedades durante o processo e como medir seus resultados.

Traz ainda uma série de dicas práticas para ajudar no dia a dia des-

sa transição, além de ferramentas disponíveis e fontes de infor-

mação para ampliar o conhecimento sobre o tema.

Esperamos assim contribuir para a consolidação de modelos de uso

da terra que privilegiem a abordagem da sustentabilidade na produ-

ção agropecuária, gerando mais renda aos produtores, ao mesmo

tempo em que valoriza as pessoas e respeita o meio ambiente.

Boa leitura!

SOBRE ESTA PUBLICAÇÃO

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07

“Degradação das pastagens é um processo evolutivo

da perda do vigor, de produtividade, da capacidade

de recuperação natural das pastagens para sustentar

os níveis de produção e a qualidade exigida pelos ani-

mais, bem como o de superar os efeitos nocivos de

pragas, doenças e invasoras, culminando com a de-

gradação avançada dos recursos naturais em razão

de manejos inadequados” (Macedo e Zimmer, 1993)

O QUE SÃO PASTAGENS DEGRADADAS?

• Baixa produtividade por área: menor de 7arrobas por hectare/ano

• Baixa lotação animal: inferior á 0,8 U.A./hectare

• Alto custo gerencial por unidade de área

• Alta emissão de CO2 por unidade produzida

• Baixa fertilidade e baixo teor de matéria orgânica.

• Alto custo para recuperação

• Altas produtividade e renda, produções acima

de 20 arrobas por hectare/ano

• Alta lotação animal, que pode chegar à 8 U.A/hectare

na época de chuvas

• Baixo custo fixo por unidade produtiva

• Baixa emissão de CO2 por unidade produzida

• Aumento da fertilidade e matéria orgânica do solo

PASTAGENS DEGRADADAS

PASTAGENS COM BOAS PRÁTICAS

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ÁREAS DEGRADADAS E PECUÁRIA

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09

Desde a época do Brasil Colonial e até alguns anos atrás, na maior

parte das regiões de fronteira agrícola do país, dava-se mais valor

à possibilidade de lucros imobiliários que o gado proporcionava

com a ocupação de novas áreas do que o negócio de produção de

carne em si. Nessas regiões de “fronteira agrícola” o gado gordo

ou o bezerro era um subproduto na formação e abertura de fazen-

das. Esse modelo permaneceu nos diferentes ciclos de ocupação

territorial desde a ocupação do centro oeste, até os recentes des-

matamentos na região Norte do País.

De acordo com levantamento publicado pela Embrapa em 2015,

apenas no cerrado, região responsável por 55% da produção de

carne bovina no Brasil, existe cerca de 12,5 milhões de hectares

com pastagens degradadas.

Na última década, porém, com publicação do Código Florestal e

a proibição de desmatamento, os produtores se viram obrigados

a converter áreas não produtivas em projetos de agricultura in-

tensiva e empresarial. Por isso é importante, além de intensificar a

produção, adotar boas práticas de produção para aliar intensifica-

ção com sustentabilidade.

USO DE TERRA NO BRASIL (2011)*

554 milhões de hectares de vegetação nativa• 107 milhões de hectares em unidades de conservação

• 72 milhões de hectares em terras indígenas

• 110 milhões de hectares em terras devolutas, relevos, águas interiores

• 214 milhões de hectares de vegetação nativa em propriedade privada

• 60 milhões de hectares em propriedades rurais

198 milhões /ha de pastagens

38 milhões /ha urbanização e outros

60 milhões /ha de área produtiva• Grãos, frutas e florestas plantadas

*Fon

tes:

Em

brap

a, IB

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DN

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e M

POG

.

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REFORMAR OU RECUPERAR A PASTAGEM DEGRADADA?ENTENDA A DIFERENÇA

Recuperação

• Pastagem com número razoável de plantas > acima de 2 brachiarias ou panicum por m2

• Estado de degradação não muito avançado > permite

a recuperação

• É necessário realizar as divisões dos pastos, respeitar o período de repouso e realizar a correção e adubação do solo pode ser necessária a aplicação de herbicida para realizar a capina/roçagem nas ervas daninhas

• Custo: entre R$ 1 mil e R$ 2,5 mil por hectare para implantar um módulo intensivo

Reforma

• Pastagem com baixo número de plantas por m2 ou hectare

• Estado de degradação avançado > não permite a recuperação

• É feito o preparo do solo completo (gradagem subsolagem, curvas de nível e niveladora) seguidos pela semeação da gramínea desejada

• Entre essas operações, faz-se a calagem e a adubação para melhorar a fertilidade do solo

• Custo: entre R$ 3 mil e R$ 4 mil por hectare para i mplantar um sistema rotacionado, com aguada, área de lazer e correção de calcário e adubação padrão de NPK (nitrogênio, fósforo e potássio)

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Converter pastagem degradada em pastagem produtiva• Para recuperar a área com pastagem produtiva é preciso verificar:

• A forrageira que existe é compatível ao potencial de produção do solo?

• Existe pelo menos 2 plantas forrageiras por m2 de Brachiaria ou Panicum?

• Existem área com mais de 2m2 de solo exposto ou presença de daninhas?

• Existem diversas áreas de 1m2 de solo exposto?

• Eu possuo capital para realizar uma reforma correta, com adubação,

correção de solo e preparo do solo?

• Possuo capital para comprar os animais excedentes que poderei inserir

com o aumento de produtividade do sistema

Converter pastagem degradada em agriculturaA conversão para agricultura exige

o investimento na recuperação da

fertilidade e microbiologia do solo.

As pastagens intensivas que praticam BPA são caracterizadas por diversas técnicas. Algumas delas são:• Áreas de diversos tamanhos (piqueteamento) com lotação animal

superior a 2 U.A. por hectare podendo chegar até 15 U.A. por hectare;

• Pastejo rotativo: é respeitado o período de descanso necessário para

regeneração da gramínea;

• Pastagens bem manejadas e produtivas: realiza calagem e correção de

solos;

• Adubação de manutenção e reposição de nutrientes e

• Acesso com bebedores artificiais dos animais á água ou represas de

fácil acesso.

• Integração lavoura pecuária e utilização de técnicas que promova a

vida do solo. O solo precisa de

pelo menos 3 anos de bom manejo

para melhorar sua produtividade.

Dica: Áreas produtivas de pecuária produz pelo menos 20@s por hectare/ano. Porque você sabe quantas sacas de soja colheu por hectare e não sabe quantas @ produziu por hectare?

Dica

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PRINCIPAIS BENEFÍCIOS DA INTEGRAÇÃO LAVOURA PECUÁRIA

Diversificação de atividades/produção > maior estabilidade de renda;

Capacidade de adaptação às mudanças climáticas;

Amplia o uso da área produtiva e aumenta a produtividade sem precisar desmatar;

Utiliza-se da produção da lavoura (grãos, fibras etc) para cobrir os custos da recuperação;

Otimiza o uso de máquinas, equipamentos, insumos e mão-de-obra na entressafra;

Reduz a incidência de pragas, doenças e plantas daninhas;

Utilização mais eficiente de corretivos e fertilizantes ;

A introdução de capins permite a produção de excelente palhada (em quantidade e qualidade), além de gerar maior retenção de água.

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PRINCIPAIS PROBLEMAS DA INTEGRAÇÃO

LAVOURA PECUÁRIA

Diversificação de atividades/produção > maior estabilidade de renda;

Capacidade de adaptação às mudanças climáticas;

Amplia o uso da área produtiva e aumenta a produtividade sem precisar desmatar;

Utiliza-se da produção da lavoura (grãos, fibras etc) para cobrir os custos da recuperação;

Otimiza o uso de máquinas, equipamentos, insumos e mão-de-obra na entressafra;

Reduz a incidência de pragas, doenças e plantas daninhas;

Utilização mais eficiente de corretivos e fertilizantes ;

A introdução de capins permite a produção de excelente palhada (em quantidade e qualidade), além de gerar maior retenção de água.

Pouco conhecimento de pecuaristas e agricultores sobre técnicas e práticas de recuperação de pastagens;

Falta de financiamentos aliado à assistência técnica de qualidade;

Maquinário disponível na propriedade nem sempre atende as necessidades do novo sistema;

A área a ser convertida deve estar apta à produção agrícola e ter declividade inferior a 12%;

Deve disponibilidade de capital para o pecuarista suportar os dois primeiros anos de agricultura.

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POR ONDE COMEÇAR

1º: fazer o diagnóstico da área com

• Mapa e área útil• Características e análise de solo• Fertilidade e topografia• Recursos disponíveis: humanos, mecânicos e estruturais

2º: fazer o planejamento operacional e financeiro

• Planejar os recursos disponíveis no curto, médio e longo prazo• Preparar e corrigir o solo• Plantio de cobertura verde (fazer a segunda correção, se necessário)• Plantio de capim ou grãos, de acordo com a finalidade e planejamento

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PASSO A PASSO

Fazer a limpeza da área

Gradagem profunda 1 vez

Aplicação de corretivos, calcário e se necessário gesso

Fazer 2a grade profunda

Construir curvas de nível ou terraços

Nivelar área

Plantar: cobertura verde para lavoura e forrageira para pecuária

Dessecação de cobertura verde - para agricultura e, plantio de soja

2.1.

3.4.5.6.7.8.

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PLANEJE

ABRIL, MAIO E JUNHO

Limpeza e destoca da área: Exige equipe pesado e bom planejamento.

Feita nos Calcário:

Necessário fazer a análise de solo para orientação técnica específica.

Em geral aplica-se de 2 ton a 5 ton por hectare

Gradagem pesada: de 2 a 3 gradagem pesada AGOSTO

E SETEMBRO

Niveladora:Passar niveladora e plantio de braquiária ou milheto

DEZEMBRO

Plantio:Plantio da soja no início

de dezembro

OUTUBRO E NOVEMBRO

Dessecar:Dessecar a forrageira plantada

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DEZEMBRO

Plantio:Plantio da soja no início

de dezembro

VOCÊ SABIA?

Na pecuária, a prática de calagem e correção de solos

bom manejo de pastagem

adubação

aumento na longevida de das pastagens e na produção de carne ou leite por hectare em até mais de 10X

Anteslotação média de 0,8 U.A./ha

Depois lotação de

até 12 U.A./ha

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TOME NOTA

√ ADUBAÇÃOÉ importante manter uma adubação equilibrada e corrigir as deficiências

do solo, que devem ser identificadas em análises periódicas

- Análise: é importante respeitar a lei do mínimo para realizar as correções

e adubações – que podem ser feitas com fontes orgânicas ou químicas

- O principal nutriente para aumentar a produção de forragens é o

nitrogênio (N)

- Para um uso eficiente de N, é preciso que os demais nutrientes estejam

em níveis adequados do solo

- A pastagem também precisa ser manejada adequadamente (para os

animais aproveitarem a forragem produzida)

√ APLICANDO CORRETAMENTEEficiência: a eficiência, em média, do uso do N-fertilizante na produção

animal é de 1,45 kg de ganho de peso vivo (GPV) por kg de N aplicado,

para um potencial estimado em 3,5 a 4,0 kg de GPV por kg de N aplicado

Para efeito de manejo: deve-se observar que 48% dos resultados

concentram-se na faixa de 1,2 a 2,4 de GPV por kg de N e que em

apenas 30% e 13% dos casos, a eficiência do N-fertilizante pode ser

considerada boa (> 1,8 de GPV por kg de N) e excelente (> 2,4 kg de

GPV por kg de N), respectivamente (MARTHA JUNIOR et. al., 2004).

Viabilidade econômica: no caso da dubação nitrogenada de

pastagens é preciso avaliar o preço do Kg de N pelo preço do peso

vivo. Hoje, o preço do peso vivo de um bovino (R$ 150,00/@) está

em torno de R$10,00/kg, e o Kg de N da Uréia em torno de R$ 4,00.

Então, para cada R$ 4,00 reais gastos com adubação de uréia, em

média conseguimos produzir R$ 14,15 reais em peso vivo.

É claro que esta relação pode variar de acordo com a eficiência

de manejo, e os preços dos insumos e produtos do mercado.

√ CALAGEMEm pastagens degradadas – geralmente necessita de mais de 3 ton/ha

- Não aplicar mais de 2 ton/ha sem incorporar calcário

- Acima de 2 ton/ha apenas se houver reforma de pastagens e

incorporação de calcário

- No caso de recuperação, deve-se diluir a dose em mais de um ano

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ANO 1 Pasto Degradado Xingu (MT)

Operação Unidade Valor Final Valor Final Valor Final

Arrancar tocos ha R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 200,00Correntão 1 ha R$ 150,00 R$ 25,00 R$ 25,00Enleiramento ha R$ 180,00 R$ 100,00 R$ 100,00Queima e desmanche ha R$ 50,00 R$ 50,00 R$ 50,00Corte 1 de grade 28” ha R$ 110,00 R$ 110,00 R$ 110,00Catação de Garrancho ha R$ 80,00 R$ 80,00 R$ 80,00Cálcareo 1 - 3,5 ton ha R$ 470,00 R$ 470,00 R$ 350,00Corte 1 de grade 34” ha R$ 160,00 R$ 160,00 R$ 160,00Catação de raiz 1 ha R$ 120,00 R$ 120,00 R$ 120,00Cálcareo 2 - 3,5 ton ha R$ 470,00 R$ 470,00 R$ 350,00Corte 2 de grade 28” ha R$ 100,00 R$ 100,00 R$ 100,00Catação de raiz 2 ha R$ 80,00 R$ 80,00 R$ 80,00Super simples 0,5 ton ha R$ 478,00 R$ 478,00 R$ 478,00Corte 3 de grade 28” ha R$ 100,00 R$ 100,00 R$ 100,00Correntão 2 ha R$ 12,00 R$ 70,00 R$ 0,00Catação de raiz 3 ha R$ 60,00 R$ 0,00 R$ 0,00Niveladora ha R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 70,00TOTAL R$ 2.620,00 R$ 2.413,00 R$ 2.173,00

Pato Degradado Cerrado (GO, TO)

Área Nova Cerrado (GO, TO)

CUSTO DE IMPLANTAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE PASTAGENS DEGRADADAS

O alto custo demonstrado em áreas onde ocorreu a conversão de

pastos degradados em lavoura quando comparado com a conversão de

cerrado virgem, se dá pelo fato de que o aumento de produtividade na

comparação das duas situações ao longo dos primeiros 5 anos, não se dá

com a mesma equação, ou seja, onde a lavoura foi implantada no cerrado

virgem, existe uma melhora linear ano após ano da produtividade, ao

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PRODUTIVIDADE (SACOS/HECTARES)

Área Nova

Cerrado

Pasto Degradado

Cerrado

Pasto Degradado

Xingu (MT)

Sc/há Sc/há Sc/háAno 1 38 25 38Ano 2 47 35 42Ano 3 50 42 48Ano 4 52 45 55Ano 5 55 48 58Ano 6 58 52 58

Nota: Nas áreas de cerrado, a fertilidade natural é melhor do que um

pasto degradado. Com isso, muitas vezes, as áreas de abertura produzem

mais nos primeiros anos do que áreas de pastagem degradada. Essa é a

importância de serem criados mecanismos de incentivos econômicos para

recuperação de pastagens degradadas, além de serem mantidas as políticas

para coibir a abertura de novas áreas.

Esse fato se deve principalmente aos solos de pastagens degradas estarem

exauridos por vários anos de exploração praticada pela pecuária extensiva,

que retira nutrientes do solo sem se preocupar com a manutenção de sua

fertilidade. Portanto, ao instalar uma lavoura, o agricultor precisa investir

em recuperar a fertilidade do solo.

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FAZENDA TERRANZA

Ano 2005 2010 2014

Área (hec.) 1500 1500 1500Pecuária (Hectares) 1500 25 38Agricultura (hec.) 1000 35 42 N° Animais 1450 2100 2500

U.A 1015 1470 1750U.A/hectare 1,015 1,63 2,50GMD/diario (Quilos/dia) 0,4 0,50 0,65

@´s Produzidas/hec/Ano. 7,06 14,19 28,24Preço @ R$ 58,00 R$ 74,00 R$ 115,00Faturamento/Hec/ano R$ 409,29 R$ 1.050,39 R$ 3.248,07

EXPERIÊNCIA NA FAZENDA TERRANZA

A tabela abaixo demonstra a evolução de rebanho e produtividade em

uma fazenda acompanhada pela equipe da ViaVerde de 2005 à2014.

Os dados mostram a evolução do rebanho passando de 1,015 U.A./ha para

2,5 U.A./ha em 2014. Sendo o fato mais importante a observar foi o aumento

de produtividade que passou de 7,06@/ha/ano para 28,24 @/ha/ano.

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MODALIDADES

Uma das dificuldades em ganhar escala na

implantação desses sistemas de integração

lavoura-pecuária é a dificuldade de estabe-

lecer uma receita ou cronograma único de

implantação.

O sistema adotado vai depender de variáveis

como época de plantio, espécies integradas e

tempo de permanência, e que são diferentes

em cada região do País e de acordo com o ob-

jetivo final de cada proprietário.

Opção 1 • Atividade da pecuária ==> condu-

zida pelo proprietário da terra (pecuarista) +

lavoura ==> conduzida pelo produtor de grãos

(agricultor). O agricultor paga ao pecuarista,

como arrendamento, o valor correspondente

a uma % da produção agrícola. Esse modelo ini-

cia com um pagamento próximo a zero quando

a pastagem está degradada e cresce escalona-

damente até 8 sc/ha após 4 anos de agricultura.

Opção 2 • O proprietário (pecuarista) ==>

conduz a atividade da pecuária.

Na lavoura, são sócios com divisão das despe-

sas e das receitas. Nos três primeiros anos da

parceria, o agricultor não paga arrendamento,

e no quarto ano inicia o pagamento de aproi-

madamente. 8 sacas de soja por hectare de

renda para a fazenda.

Opção 3 • O pecuarista, dono da terra ==>

conduz a atividade pecuária de 2 a 3 anos

+ agricultor (arrendatário) ==> conduz a

atividade agrícola por 3 anos

Partindo do pecuarista

NotaNeste formato a integração é mais um rodizio de culturas no planejamento de uso da terra. Esta pode ser melhor explorada ao fazer “safrinha de boi” em área também de agricultura.

O proprietário ==> conduz a atividade pecuária em 50% da área + parceiro agri-cultor ==> conduz a atividade agrícola nos outros 50%

A cada três anos de uso é feita a rotação das áreas.

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A terra é de propriedade do pecuarista

- o parceiro agricultor paga arrendamento nas

áreas fixas em sacas de soja

- 50% deste arrendamento são convertidos

em grãos de milho, que serão utilizados na su-

plementação alimentar dos animais

- os custos com cercas, aguadas e sementes

para implantação do pasto são por conta do pe-

cuarista. Se necessária, a aplicação de insetici-

das é realizada pelo agricultor, mas o pecuarista

fornece o produto.

- o plantio das pastagens pode ser feito por am-

bos ou pelo agricultor, dependendo da disponi-

bilidade de tempo para a execução da atividade

- o proprietário fornece casa com água e ener-

gia para os funcionários do parceiro

- de acordo com a necessidade de melhoria do

solo, o parceiro indica as áreas para plantio de

braquiária, e de acordo com a necessidade de

reforma das pastagens, o proprietário indica

as áreas a serem cultivadas com soja.

Opção 4 • O agricultor é o dono e cultiva a

terra com soja na safra de verão e milho safri-

nha consorciado com Brachiaria ruziziensis no

outono/inverno

- no inverno, a pastagem é arrendada para o

pecuarista, que faz a engorda de bovinos por

um período de 75 dias.

Nota

Nota

O ganho financeiro para quem consegue planejar e colocar animais próprios é bem superior e vantajoso na implantação da ILP “safrinha de boi”, em 75 conseguimos um GMPV de 0,750 quilos por animal, sendo 2,5 animais por hectare um GPV de 1,87/ha. Em 75 dias ganhamos 140,62 kg que são 4,68@. Um faturamento por hectare de R$ 703,12 ( R$ 150,00 a @). Este calculo demostra a grande viabilidade que o sistema têm e a possibilidade dos agricultores fazerem parcerias de “engorda a meia”.

Nota: Está é uma modalidade pouco explorada e apensar de ser menos vantajosa financeiramente para quem tem gado próprio, ela pode ser utilizada para quem não tem recursos financeiros para comprar animais, pensando que o arrendamento hoje de um pasto bem manejado gira ao redor de R$ 25,00 por animal/mês, em 75 dias, o dono da área faz R$ 62,50 por animail, sendo que consegui-mos colocar 2,5 animais por hectare, conseguimos uma receita de R$ 156,25/hectare.

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É comum ter produtores agrícolas com siste-

mas produtivos bem estruturados, mas com

pouca experiência em compra de gado e mane-

jo de pastagens.

Ao optar por um sistema de ILP, os agriculto-

res conseguem melhor produtividade e dimi-

nuem os riscos da safrinha. Isso acontece por-

que, ao adotarem “safrinha de boi”, os riscos

de seca diminuem, já que é possível manejar

melhor os animais se houver alguma intempé-

rie climática.

No caso da safra de verão, há também uma me-

nor susceptibilidade aos veranicos, pois solos a

adoção de ILP tende a aumentar a MOS e me-

lhorar a retenção de água.

Pontos de atenção na hora

de optar pela integração:

A fazenda ou equipe possui conhecimento e

condições financeiras para comprar animais

(bovinos) para colocar e engordar nas áreas de

integração?

Muitos sistemas têm se inviabilizado devido

à dificuldade de encontrar animais nas cate-

gorias necessárias para serem engordados

na palhada da soja e o alto valor neste inves-

timento .Este é um período de 3 a 4 meses,

com boas possibilidades de ganhos de ga-

nhos financeiros.

A fazenda possui estrutura para manejar es-

ses animais na palhada?

Muitas vezes, não é apenas soltar os animais na

palhada de forragem da soja. É preciso mane-

jar estes animais. A fazenda deve ter estruturas

de cochos, cercas e currais para este manejo.

Existe disponibilidade de animais de categorias

desejadas no mercado a preços acessíveis?

Existe conhecimento para fazer o manejo dos

animais?

Partindo do agricultor

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A legislação ambiental brasileira aplicada à ati-

vidade agrícola tem características próprias

de acordo com cada Estado. Porém, no caso

de conversão de pastagens degradadas em

lavoura, a maioria dos Estados pede uma (1)

licença de limpeza de área, que é aquela onde

o nível de regeneração do cerrado se encontra

no estágio inicial.

No Novo Código Florestal foi criado o (2) Ca-

dastro Ambiental Rural (CAR), que não é uma

licença, mas sim um documento declaratório,

que indica as áreas consolidadas, as de uso alter-

nativo, as de preservação permanente (APPs) e

as de reserva legal (ARL). As áreas consolidadas

que são aquelas que estão sendo utilizadas com

agricultura e pecuária.

Licenças ambiental

O processo de licenciamento para áreas com pastagens degradadas é mais simples e rápido do que a conversão de cerrado virgem em lavoura ou pecuária. Isso acontece porque existem algumas limitações de abertura em áreas de cerrado.

Dica

LICENÇA DE LIMPEZA• Áreas de pecuária: se bem conduzidas não precisam da licença• Áreas de pastagem degradada com regeneração inicial do cerrado: precisam da licença• Áreas de pecuária: se bem conduzidas não precisa da licença

LICENÇA PRÉVIA (LP), LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI), EIA/RIMA• Áreas de cerrado virgem, cadastradas como área de uso alternativo no CAR – PRECISAM da LP e da LI, e são emitidas pelo órgão ambiental que irá solicitar o inventário florestal• Áreas maiores de 1000 hectares – PRECISA de Estudo de impacto ambiental e relatório de impacto ambiental (EIA/RIMA)

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LICENÇA DE OPERAÇÃO (LO) OU LICENÇA DE FUNCIONAMENTO• Áreas de cerrado virgem, cadastradas como área de uso alternativo no CAR – PRECISAM da LP e da LI, e são emitidas pelo órgão ambiental que irá solicitar o inventário florestal• Áreas maiores de 1000 hectares – PRECISA de Estudo de impacto ambiental e relatório de impacto ambiental (EIA/RIMA)• Área de agricultura de sequeiro – PRECISA para a maior parte dos Estados (alguns dispensam)

ÁGUA• para uso de água (superficial ou subterrânea) é PRECISO a outorga do uso – seja para consumo humano, pulverização ou irrigação.

PROGRAMA DE REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL (PRA)• Exigido a partir do CAR, quando é identificado que a propriedade não está adequada ao Novo Código Florestal• O PRA é um documento técnico que orienta e registra as adequações que devem ser feitas na propriedade

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 1, DE 31 DE JANEIRO DE 1994Para converter pastagem degradada em lavoura: é OBRIGATÓRIO que a regeneração do cerrado esteja no estágio inicial de regeneração. Identifique os estágios:

1. Estágio inicial: as plantas lenhosas apresentam altura entre 1,5m e 8,0m e o diâmetro médio dos troncos à altura do peito é de até 10cm, com alturas variadas. Possui uma diversidade biológica baixa, podendo ocorrer ao redor de 10 espécies arbóreas e sua distribuição diamétrica das formas lenhosas apresentam pequena amplitude.2. Estágio médio: a altura das plantas pode variar entre 4,0m e 12,0m e o com diâmetro médio pode atingir até 20cm. Apresenta camadas de diferentes alturas e com cobertura variando de aberta à fechada, podendo a superfície da camada ser uniforme e aparecer árvores emergentes. A diversidade biológica é significativa e a distribuição diamétrica das árvores apresenta amplitude moderada, podendo gerar razoável produto lenhoso.3. Estágio avançado: com altura máxima superior da 10m e diâmetro acima de 20cm, apresenta fisionomia florestal fechada e copas superiores horizontalmente amplas. A diversidade biológica é muito grande devido à complexidade estrutural e a grande variedade de espécies.

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MEDIR OS RESULTADOS

Abaixo, alguns guias e normas que podem ser consultados para medir re-

sultados:

• Horizonte Rural

Desenvolvido pela Fundação Solidaridad é uma ferramenta para promover

a melhoria contínua da produção agrícola. Trata-se de uma plataforma di-

gital que auxilia o produtor a mapear, por meio de um questionário de auto

avaliação, suas práticas e processos, identificando aqueles que precisam

ser melhorados.

https://ruralhorizon.org/

• Guia de Indicadores de Pecuária Sustentavel (GIPS)

Elaborado pelo Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS), o guia

auxilia pecuaristas e empresas que trabalham na cadeia a avaliarem

como estão em relação a sustentabilidade.

www.pecuariasustentavel.org.br/wp-content/uploads/2014/05/Guia-

de-Indicadores-de-Pecu%C3%A1ria-Sustent%C3%A1vel.pdf

• BPA – Embrapa

O manual de Boas Práticas Agrícolas da Empresa Brasileira de Pesquisa

Agropecuária (Emprapa) começou no Mato Grosso do Sul e hoje con-

ta com 200 fazendas participantes do programa. A publicação, além de

questões produtivas, aborda questões sociais e ambientais e é conside-

rado um primeiro passo para a produção com sustentabilidade.

http://old.cnpgc.embrapa.br/mkt/manual-digital/

• Rain Forest Alliance

A rede de agricultura sustentável RAS, além do protocolo para culturas

agrícolas, criou uma norma de sustentabilidade para pecuária. A adoção

desta norma ainda é baixa no país, mas conta reconhecimento inter-

nacional e pode ser um importante fator de acesso a mercados. Para

avaliação da sustentabilidade, a norma contempla quesitos ambientais,

sociais e de melhoria de gestão da propriedade.

http://www.imaflora.org/certificacao-socioambiental_pecuaria.php

Na adoção de normas e protocolos, fique atendo aos principais pontos de cada norma e identifique aqueles que podem gerar melhor resultado.

Por exemplo, produtores que possuem baixa produtividade de quilos de carne por hectare e focam em melhores práticas de manejo e fertilidade de pastagens, como correção de solo e divisão de piquetes. Esses produtores conseguem obter em um curto espaço de tempo, expressivos resultados econômicos e produtivos.

Dica

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FAZER A GESTÃO

Uma propriedade com boa gestão em certos

termos pode ser considerada uma proprieda-

de sustentável, pois usa de forma eficiente e

eficaz seus principais recursos naturais.

Alguns pontos importantes no dia-a-dia:

Anote diariamente os gastos e ativida-

des. Deixar acumular não funciona em

gestão, pois produtor se perde.

Não é necessário software ou um sistema de

gestão informatizado. Pequenos e médios

produtores fazem uma boa gestão em cader-

nos e pastas

Os levantamento e registros de informações

deve adotar o “princípio de pareto”, isto é con-

centrar em 20% das ações que são responsá-

veis por 80% dos resultados.

No começo, focar em ações mais importantes,

como preparo de solo, plantio e colheita. Dedi-

car toda energia em execução e controle pois es-

sas ações responderão por 80% dos resultados

Após as áreas prioritárias estarem com bom

desempenho, é hora de evoluir a gestão e con-

trole para outras áreas

Timing (tempo) é fundamental na agropecuá-

ria. O tempo correto de execução é fundamen-

tal no sucesso das atividades. Por isso, é muito

fundamental o planejamento, afinal, se anteci-

par aos problemas evita que haja atraso em um

plantio ou adubação, ou ainda a perda de algu-

mas chuvas, que são muito importantes para o

desenvolvimento de lavouras ou pastagens.

Um guia mais detalhado sobre gestão em pro-

priedades rurais pode ser consultado no link:

w w w . p e c u a r i a s u s t e n t a v e l . o r g . b r / p d f /

gtps_manual_capitulo2.pdf.

Lembre-se- Gestão se faz no

dia-a-dia

- Anotação e controle de dados

é um hábito

- Hábitos são possíveis de

serem adquiridos

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FONTES DE INFORMAÇÃO

www.embrapa.br/web/portal/busca-de-noticias/-/noticia/2361250/embrapa-mapeia-degradacao-das-pastagens-do-cerrado

w w w.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/milho/arvore/ CONTAG01_4_168200511157.html

Agrosatélite Geotecnologia Aplicada Ltda. Análise Geoespacial da Dinâmica das Culturas Anuais no Bioma Cerrado: 2000 a 2014 / Rudorff, B.; Risso, J. et al., 2015 Florianópolis, Santa Cata-rina, Brasil, 2015.

www.embrapa.br/tema-integracao-lavoura-pecuaria-floresta-ilpf

Alceu Luiz Assmann, André Brugnara Soares, Tangriani Simioni Assmann, editores. – Londrina: IAPAR, 2008. 49 p. : il. ISBN 978-85-88184-26-8 1. Desenvolvimento sustentável. 2. Agricultura familiar 3. Pastagem. I. Assmann , Alceu Luiz. II. Soares, André Brugnara, III. Assmann, Tangriani Simioni. IV. Instituto Agronô-mico do Paraná. V.Título. VI. Série.

www.iapar.br/arquivos/File/zip_pdf/integracao_lavpecuaria.pdf

www.forragicultura.com.br/arquivos/OestadodaarteemInte-gracaoLavouraPecuaria.pdf

www.ipni.net/PUBLICATION/IA-BRASIL.NSF/0/37D541B90C-DB2E1685257A84005C6490/$FILE/Jornal1-18-138.pdf

www.seeg.eco.br/analise-do-panorama-atual-de-emissoes--brasileiras-tendencias-e-desafios/

MARTHA JUNIOR, G. B.; VILELA, L.; BARIONI, L. G.; SOUSA, D. M. G.;BARCELLOS, A. O. Manejo da adubação nitrogenada em pastagem. In: Simpósio sobre manejo de pastagem, 21, 2004, Piracicaba. Anais...Piracicaba: FEALQ, 2004. p. 155-215.CORRÊA, L. de A. Pastejo rotacionado para produção de bovinos de corte. In: Simpósio de Forragilcultura e Pastagens, n.1., 2000, Lavras. Temas em evidência. Lavras: UFLA, 2000. p. 149-177

BARRY, P.J.; ELLINGER, P.N.; HOPKIN, J.A.; BAKER, C.B. Financial ma-nagement in agriculture. 6th ed. Danville: Interstate, 2000. 678p.

DENT, J.B.; HARRISON, S.R.; WOODFORD, K.B. Farm planning with linear programming: concept and practice. Sydney: Butte-rworth-Heinemann, 1986. 209p.

Graziella Galinari (MTb 3863 / PR) Embrapa Monitoramento por Satélite [email protected] . Telefone: (19) 3211-6214

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REALIZAÇÃO

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