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Maria Amélia Figueiredo – Pmavdrec3 Sessão 7 - Tarefa 2
O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de
operacionalização (Conclusão)
Referências às Bibliotecas Escolares nos Relatórios de Avaliação Externa
(IGE)
Análise e comentário crítico
Nota introdutória
Abrindo o sítio da Inspecção Geral de Ensino (www.ige.min-edu.pt)
constatámos que o número de escolas em que se procedeu à avaliação externa foi de
100 no ano lectivo de 2006/2007, de 273 no ano lectivo de 2007/2008 e de 287 no ano
seguinte.
Face a estes dados, decidimos dirigir a nossa atenção apenas para a avaliação
efectuada pela Delegação Regional do Norte, cujos dados são: 33, 104 e 102 relatórios
nos anos considerados. Neste universo ainda demasiado extenso, limitámos a nossa
análise aos dez primeiros de cada ano. Nestes, pesquisámos todas as referências a
Bibliotecas Escolares (bibliotecas próprias, não considerando a palavra quando
aparecia em expressões como Rede de Bibliotecas Escolares ou Biblioteca Municipal)
e, de seguida, analisámos com algum pormenor dois relatórios por ano.
A amostra não será significativa, mas, completando as nossas conclusões com
as dos colegas de formação, poderemos ter um panorama significativo do actual
estado da avaliação das BEs no contexto da avaliação dos agrupamentos/escolas.
Referências à BE nos dez primeiros relatórios de cada ano
Ano lectivo de 2006/2007 Ano lectivo de 2007/2008 Ano lectivo de 2008/2009
Agrup/Esc IGE - DRN
N.º de referências
Agrup/Esc N.º de referências
Agrup/Esc N.º de referências
1.º 1 1.º 2 1.º 4
2.º 3 2.º 7 2.º 4
3.º 3 3.º 1 3.º 3
4.º 8 4.º 4 4.º 1
5.º 3 5.º 8 5.º 5
6.º 8 6.º 2 6.º 3
7.º 6 7.º 3 7.º 0 (1 X RBE)
8.º 2 8.º 2 8.º 3
9.º 3 9.º 2 9.º 3
10.º 3 10.º 1 10.º 7
Nota: Um breve resumo dos conteúdos está incluído na conclusão.
Maria Amélia Figueiredo – Pmavdrec3 Sessão 7 - Tarefa 2
Análise de dois relatórios por ano
Os dois relatórios foram seleccionados aleatoriamente, estando alguns na
relação anterior e outros não.
Ano lectivo de 2006/2007
1. Relatório do Agrupamento de Escolas Bento Carqueja (Oliveira de Azeméis)
Há três referências, nas páginas 5, 6 e 7.
a) Na primeira, aparece numa lista de locais onde existem caixas para recolha
de sugestões.
b) Na segunda é caracterizada como um dos serviços relevantes da escola
sede, entre outros, que os alunos apreciam.
c) Na terceira, há uma breve referência à valorização da BE como pólo
promotor e aglutinador das actividades culturais.
2. Relatório do Agrupamento Vertical de Escolas de Eiriz-Ancede (Baião)
Há seis referências, nas páginas 3, 7 (duas), 8, 9, e 11.
a) Na primeira, a BE está inserida na enumeração das estruturas da escola
sede.
b) Na p. 7 consta nos lugares para onde são encaminhados os alunos mal
comportados e é destacada a circulação da “maleta pedagógica” com livros
da BE, assumindo papel importante na dinamização da leitura e escrita.
c) Na promoção da LP é considerado importante investir na BE e na sua
dinamização.
d) A BE é referida como estrutura do centro de recursos.
e) O apoio à leitura e pesquisa na BE está incluída nas medidas do CE para melhorar os resultados escolares.
Ano lectivo de 2007/2008 1. Agrupamento de Escolas de Escariz (Arouca)
Há seis referências, nas páginas 6, 7, 8 (duas), 9 (duas) e 11. a) A primeira referência aponta o papel dinamizador da coordenadora da BE
nas actividades de incentivo à leitura. b) O projecto”Sacos andantes” é considerado uma biblioteca itinerante, mas
não o identifica como sendo da BE. c) Na p. 8 o relatório refere a dinamização de diversas actividades culturais
pela BE e consideram-na um “lugar aprazível” e, por isso, muito procurado pelos alunos e que, no início do ano lectivo, colabora nas actividades de recepção.
d) É registado que está bem equipada, é bem organizada e dinâmica e destaca-a como promotora de projectos.
e) Na última referência é indicada como local, entre outros, onde existe uma caixa de sugestões.
Maria Amélia Figueiredo – Pmavdrec3 Sessão 7 - Tarefa 2
2. Agrupamento de Escolas de Airães (Felgueiras) Há, apenas, uma referência, na página 9, que nos dá conta que a BE tem um
acervo bibliográfico pouco diversificado.
Ano lectivo de 2008/2009 1. Agrupamento de Escolas da Corga do Lobão (SM Feira)
Não há qualquer referência às BEs, só marginalmente ficamos a saber que o agrupamento tem “duas escolas na Rede de Bibliotecas Escolares”.
2. Agrupamento de Escolas de Agrela e Vale do Leça (Santo Tirso) Há uma referência, na página 10. Aparece na enumeração dos espaços escolares, embora haja uma pequena descrição da mesma - apetrechamento, organização do espaço, horário, actividades e acesso a serviços.
Conclusão
Nos relatórios analisados, as referências à BE vão de um mínimo de 0 a um
máximo de 8 e diminuem com o passar dos anos lectivos. Em nenhum dos casos há um
tratamento destacado e individualizado da BE ou uma ligação do conteúdo do relatório
aos domínios da acção da BE, papel no agrupamento, funções, ou qualquer referência
específica ao seu plano de actividade e respectiva inclusão no PAA. A maioria das
vezes, a referência surge integrada na enumeração de serviços, rol de actividades
desenvolvidas na escola, nomeadamente ligadas à promoção da leitura, incluída em
conjuntos de projectos ou porque está integrada na RBE.
Podemos, assim, concluir que a avaliação da BE não é alvo das preocupações da
IGE, não a considerando esta, até agora, mais-valia para a melhoria das aprendizagens
dos alunos e do sucesso educativo, nem o seu impacto na performance académica,
desenvolvimento de atitudes e valores positivos ou um contributo imprescindível para
a consecução do perfil ideal dos alunos à saída do Ensino Básico ou do Ensino
Secundário.
Cabe-nos a nós, ME, RBE, coordenadores interconcelhios, PBs e docentes em
geral, inverter a situação e mostrar que, além de existirmos, temos um papel relevante
nos aspectos referidos no parágrafo anterior.