mafsessao3tarefa2parte1

3

Click here to load reader

Upload: ameliafig

Post on 09-Jul-2015

99 views

Category:

Education


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: MAFSessao3tarefa2parte1

Sessão 3 - Tarefa 2 - 1.ª parte

Análise ao Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares

A - Bibliotecas Escolares (BEs) – o acesso de todos à informação

Ao longo de mais de uma dezena de anos de implantação, a Rede de Bibliotecas

Escolares conseguiu, com uma nova filosofia, o objectivo essencial e básico – o da

transformação das pequenas bibliotecas (quando existiam) das escolas, repositório de

informação, fechada, muitas vezes, em centros de recursos multimédia, com informação em

suportes diversos, equipamentos variados e recursos humanos qualificados.

O grande propósito de alargamento da rede a todas as escolas secundárias e de 2.º e

3.º ciclo, e com os Agrupamentos grande parte do 1.º CEB e pré-escolar, está também atingido.

B – BEs - novos conteúdos funcionais, mais competências

Paralelamente, com a abrangência de acesso, foram-se impondo novos conteúdos

funcionais e as competências dos responsáveis pelos serviços das BEs foram-se precisando e

novos desafios apareceram.

Há muito que “A ideia correspondia já à necessidade da biblioteca responder às

questões emergentes da sociedade da informação e num primeiro momento a escola vê a

biblioteca como um recurso disponibilizador de meios e equipamentos […]” mas, no séc. XXI, o

conceito de BE vai evoluindo, é ainda mais exigente ainda e “[…] no seio da própria escola vem

estimular a introdução de novas práticas, mais coerentes com as exigências curriculares,

valorizando o papel do aluno no processo da aprendizagem e a articulação com os professores

das diferentes áreas, na transversalidade do papel da biblioteca para o cumprimento dos

respectivos objectivos, agora mais centrados no desenvolvimento das literacias com especial

relevância para a formação de leitores e para a aquisição das competências de informação.”

(RBE - 10 anos: balanço e análise prospectiva. [on line]. [Disponível em www.rbe.min-edu.pt].

Acedido em 13 Nov. 2009].

Ao percurso já feito, juntam-se agora novos contextos e os conceitos de aprender e

ensinar evoluem, passando o papel das BEs, dos PB e das equipas educativas a ser mais

interventivo, nomeadamente em aspectos como o apoio ao desenvolvimento curricular.

Maria Amélia Figueiredo – Pmavdrec3

Sessão 3 - Tarefa 2 – 1.ª parte 1

Page 2: MAFSessao3tarefa2parte1

C – BE – Avaliar para aferir, reajustar, melhorar

Se no decorrer destes treze anos, o alargamento da rede chegou a todo o país, é de

toda a relevância que, agora, se estabeleçam metas e se proceda à monitorização e à avaliação

sistemática e periódica dos serviços, de modo a perceber se as estratégias são adequadas aos

objectivos propostos e a auxiliar o planeamento das actividades ou o seu reajustamento.

A avaliação permanente da actividade, que se expressará, depois, anualmente no

modelo de auto-avaliação, deve basear-se na recolha sistemática de evidências e abranger os

domínios definidos como essenciais para que a BE cumpra os objectivos estabelecidos,

considerados nos documentos orientadores (IFLA, IASL, RBE) como os necessários para o

sucesso educativo e em que assenta o modelo proposto para a auto-avaliação.

D – Modelo de Auto-avaliação das BEs

O modelo proposto para a auto-avaliação das BEs, assenta na avliação de quatro

domínios, subdivididos alguns, a saber: A - Apoio ao Desenvolvimento Curricular, subdividido

nos subdomínios A1 – Articulação Curricular da BE com as estruturas pedagógicas e os

docentes e A2 - Desenvolvimento da literacia da informação; B – Leitura e Literacias; C-

projectos, parcerias e actividades livres e de abertura à comunidade, subdividido nos domínios

C1 – Apoio a actividades livres, extra-curriculares e de enriquecimento curricular e C2 –

Projectos e parcerias; D – Gestão da Biblioteca Escolar, subdividido em D1 – Articulação da BE

com a Escola/Agrupamento. Acesso e serviços prestados pela BE, D2 – Condições humanas e

materiais para a prestação dos serviços e D3 – Gestão da colecção/da informação.

O documento está, estruturalmente, organizado em grelha – o que facilita a selecção de

informação e o preenchimento por parte de quem organiza a auto-avaliação – na qual, para cada

um dos domínios, ou subdomínios, já citados acima, apresenta os indicadores julgados

relevantes, solicitando para cada um o registo de Factores críticos de sucesso, Evidências,

Acções para melhoria/Exemplos.

Enquanto instrumento pedagógico que visa, por um lado a reflexão dos implicados no

processo – responsáveis pelas Escolas/Agrupamento, conselho pedagógico, professor

bibliotecário, equipa, etc. – e, por outro, a aferição da situação da mesma ,face aos objectivos da

RBE e a avaliação da mesma, permite a apreensão da situação e, pelos pressupostos na sua

organização e conteúdos, permitirá avaliar o trabalho da BE e o seu impacto na

Escola/Agrupamento e nas aprendizagens dos alunos, curriculares ou não. Permite igualmente

Maria Amélia Figueiredo – Pmavdrec3

Sessão 3 - Tarefa 2 – 1.ª parte 2

Page 3: MAFSessao3tarefa2parte1

perceber que áreas necessitam de mais atenção ou investimento e a proposta de reflexão sobre

o seu funcionamento em geral.

Na sua concepção e aplicação estão presentes ideias-chave como a noção de valor -

não basta o apetrechamento, organização e boa gestão, além estes aspectos, é necessário

avaliar os resultados, o contributo para a melhoria das aprendizagens, e de que forma os

mesmos têm impacto na consecução dos objectivos da organização de que faz parte; a auto-

avaliação deve ser encarada como processo pedagógico, em que se analisam os factores de

sucesso, se verificam resultados através de evidências recolhidas nas actividades do dia-a-dia;

se planeia tendo em conta áreas essenciais consideradas determinantes e com impacto positivo

no ensino e na aprendizagem e se propõem acções para a melhoria.

Outro conceito subjacente ao documento é o de avaliação no contexto da organização

de que está inserida, escola ou agrupamento, apelando desde o planeamento à auto-avaliação a

todas as estruturas da organização: direcção, departamentos, conselho pedagógico e, assim,

sendo participantes, estão implicados, também, no processo regulador inerente à gestão de uma

estrutura como a BE.

Para avaliar um serviço como a BE têm de se desenvolver práticas sistemáticas de

recolha de evidências das actividades e trabalho do todos os dias. “A quantidade e qualidade

das evidências recolhidas deverão informar a prática diária ou fornecer informação acerca de

determinada questão chave para a qual procuramos melhoria ou solução.” (Texto de apoio à

sessão 3), dando-se, hoje ênfase, além dos aspectos positivos aportados pelos recursos e

processos, ao impacto positivo que trazem à escola/agrupamento e à aprendizagem, podendo

referir-se que a avaliação da BE se centra no impacto qualitativo da mesma nas modificações

positivas que o seu funcionamento tem nas atitudes, valores e aquisição de conhecimentos.

Maria Amélia Figueiredo – Pmavdrec3

Sessão 3 - Tarefa 2 – 1.ª parte 3