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PREÇOS: $600 Off(*! """ "•*ff f( )iNo Rio $300 _ \^~z? \g-^y\>-s^ ^^=^yNos estados.... ANNO XXIX O Tico-Tico publica os retratos de todos os seus leitores RIO DE JANEIRO, 12 DE OUTUBRO DE 1932 N. 1.410 ir-^a„^^ m, j

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PREÇOS:

$600Off (*! """ "•* ff f( )i No Rio $300

_ \^~z? \g-^y \>-s^ ^^=^y Nos estados....

ANNO XXIX

O Tico-Tico publica os retratos de todos os seus leitores

RIO DE JANEIRO, 12 DE OUTUBRO DE 1932 N. 1.410

ir -^a„^^ m, j

Page 2: m, ir-^a„^^ jmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1932_01410.pdf · Rio Pardo e Caçapava. Em Caçapava a guarniçáo se rendeu, cahindo prisioneiro o gene-rai Anthero de Brito, commandan-te

-5sftLIMftNACH DO

D iTIC® *TIC©JP A K, A ioaa

Está em preparo, em luxuosa e magnífica confecção, este encantador r-rálbum de recreio e cultura da infância. Contos moraes, historias ia- J_Jstructivas, monólogos, versos, notas de sciencia, historia, arte, brinque- j~7dos de armar, uma multidão de coisas interessantes para as creanças jT

ALMANACH D"0 TICO-TICO" PARA 1933 0

V. a sahir nos primeiros dias de Dezembro. [_: _yS]"Ns. yr / Preço para todo o Brasil 6$000 ^^]T

FAÇAM OS SEUS PEDIDOS COM ANTECEDÊNCIA para recebel-o antes que a aua edição seexgote, como tem acontecido em annos anteriores. Todos os pedidos devem vir acompanhados da im-portando, de 6$000, em carta registrada, vale postal ou cheque para GERENCIA D'"0 TICO-TICO"— Trav. do Ouvidor, 34 — Caixa Postal 880 — Rio de Janeieo.

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1_ — Outubro -. 1932 — 3 — O TICO

G íí c _ _ a dos FarraposV

A guerra dos Farrapos foi in-conlestavelmeme a mais sériaquestão do Brasil, durante o pe-riodo de regências que abrangeu anicnoredade de D. Pedro II. Eraentão regente o padre Diogo Anto-nio Feijó, quando aos 20 de Setem-bro de 1835, elementos republica-nos do Rio Grande do Sul procla-maram a independência dessa pro-vincia.

Além dos excessivos impostos queo governo fazia pesar sobre a pro-vincia, estavam os re-voltosos i n f luenciadospelas idéas republicanasque lhes chegavam dospaizes limitrophes.

A denominação de"Farrapos" veio-lhes de-vido á sua escassez derecursos pecuniários.

Eram os revoluciona-rios commandados pelocoronel Bento Gonçal-ves da Silva.

Um trahidor, chama-do Bento Ribeiro, fezcom que o chefe rebel-de cahisse nas mãos doslegalistas, no combatede Fanja, travado emOutubro de 1836.

O chefe rebelde pri-sioneiro foi enviado pa-ra o Rio de Janeiro.

Os revoltosos reuni-ram-se na serra de Ta-pes, proclamamram a Republica dePiratini e acclamaram presidente aBento Gonçalves da Silva, que porestar prisioneiro, foi interinamentesubstituído por José Gomes deVasconcellos Jardim.

Bento Manoel Ribeiro que tra-hira os rebeldes, como já vimos,homem dotado de uma volubilida-de sem precedentes, voltou nova-mente para junto delles, que sob seücommando alcançam formidáveisvictorias sobre os legalistas, emRio Pardo e Caçapava.

Em Caçapava a guarniçáo serendeu, cahindo prisioneiro o gene-rai Anthero de Brito, commandan-te das forças legaes. No entretanto,Bento Gonçalves que havia sido

transferido do Rio de Janeiro pa-ra a Bahia, onde ficara preso noforte do Mar, conseguindo fugir e.logrando chegar ao Rio Grande doSul, assumiu a presidência da Re-publica do Piratini. Este facto cau-sou tal escândalo e levantou tantaceleuma entre a opposição ao go-verno, que o padre Feijó foi obri-gado a renunciar ao cargo de re-gente, passando-o ao ministro doImpério, senador Pedro de Arau-

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Meias, Lenços, Gravatas, Collarinhos

O GAMIZEJRO28, 30 e 32, RUA DA ASSEMBLÊA

jo Lima, que tomou posse aos 19de Setembro de 1837.

A guerra dos Farrapos conti-nuava victoriosa, não obstanteAraújo Lima ter feito substituir na

presidência do Rio Grande do Sulo presidente Nunes Pires por umhomem mais enérgico, que foi omarechal Miranda e Brito.

Mostrando-se a opinião publicadescontente com esse novo presi-dente, Araújo Lima fel-o aindasubstituir pelo dr. Saturnino deSouza Oliveira. Ao mesmo tempo,Araújo Lima nomeou para com-mandante das armas o tenente-ge-neral Manoel Jorge Rodrigues,continuando no commando da es-

quadra o vice-almirante João Pas-coe Grenfell.

Em Agosto de 1841, d. Pedro IIque já havia assumido o governoem virtude da proclamação de suamaioredade, aos 23 de Julho de1840, concedeu amnistia geral atodos 03 criminosos políticos, ten-tando assim sem mais lutas, paei-ficar o paiz.

Não conseguiu, porém, o bondo-so monarcha o seu intento, pois os

revolucionários achan-do-se fortes, não ac-ceitaram a amnistia,preferindo continuar aluta.

Enviou, então, d.Pedro II contra os re-beldes o general LuizAlves de Lima e Silva,suecessivamente barão,conde, marquez e du-que de Caxias, legitimagloria do Brasil impe-rio, e que já pacificaraanteriormente as pro-vindas de S. Paulo eMinas Geraes.

Em fins de Outubrode 1842 partiu Caxiasdo Rio de Janeiro paraassumir a presidência.Tomou posse do gover-no em começo de No-<vembro e venceu em De-zembro, nos combates

dc Triumpho e Cacuan. Taes com-bates foram ganhos graças á in-constância do famoso Bento Ribei-ro, que novamente se passou paraas fileiras legaes.

Em ^843, os revoltosos foram

derrotados tres vezes suecessivamen-te, o que muito contribuiu para lhesenfraquecer o animo e fazer com

que acceitassem a amnistia geral,decretada aos 28 de Fevereiro d-1845.

Depostas as armas rebeldes, ter-minava a guerra dos Farrapos, quedurante dez annos ensangüentara osolo glorioso do Rio Grande doSul.

JAYME AUGUSTO

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O O - T I C O 4 — 12 — Outubro -

AS PROEZAS (JO 6AT0 FELIX(Desenho de Pai Sullivan — Exclusividade do "O TICO-TICO" pata o Brasil)

(~*- -^^cj- «wv^iA-**

/1—¦ -A \^JM'M fia7—"

— Nada tenciso procuracom fome!Felix.

ho para comer. Pre- E Gato Felix sahiu ...que D. Fulustréca ia atirar aor alimento. Estou a farejar pelo chão chão um pouco de leite gelado,

monologava Gato nem siquer perccben- Gato Felix procurava no chão ai-do... guma...

1

-•-•f--***---***^*--"*' VYnT .--.Q j_ UI Vi--sN>-

«-..cousa solida que lhe enchesseo estômago faminto. De repen-te, Gato Felix deixa escapar umgrito... -

...de alegria. Tinha encontrado um trevode quatro folhas, — Vou trocar csic tio\o de...

_-,..quatro folhas por um pouco de aii- ...Cão, quer trocar um pouco da suamento! — declarou Gato Felix. — Sc- sopa por um trevo? — Não quero, não,,nhor,», ¦ Senhorül,cxir^'

— Senhor Cão, quer trocar um peda- Gato Felix, repellido com tamanha violência, sahiu triste, a .-..para arranjar um pouco(o de gallinha por um trevo! — Não chorar a sua desdita e a sua grande fome. — Que hei de de comida? — Vou ajudarquero, não] E suma-se daqui! fazer... aquelle...

1. ..vetrevoslhas!!!

hote a procurar —Muita gente no— Desculpe, cavalheiro estou tam-de quatro fo- mundo procura trevos bem ajudando-o a procurar... — Se

de quatro folhas, encontrar...

m'ol

\ Continua)

.o tostão qtíe eu perdi, dê-

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.'WVVWv^/VVV^A«<VAArt^A^^AAAAAAAAAA^ ««VWWVWM /ww^s/v-

O TICO-TICORcdactor-Chefe: Carlos Manhães — Director-Gcrcnte A. de Souza e Silva

Assignatura — Brasil: 1 anno 25$000; 6 mezes. 13$0U0; — Estrangeiro: 1 anno. 60$000: 6 mezes, 35Í0OO.As assignaturas começam sempre no dia 1 do mez em que forem tomadas e seráo acceitas annual ou semes-tralmente. TODA A CORRESPONDÊNCIA, como toda a remessa de dinheiro, (que pôde ser feita por vale pos-tal ou carta com valor declarado), deve ser dirigida á Rua Sachet, 34 — Rio. Telephone n. 3-4422.Succursal, em São Paulo dirigida pelo Dr. Plínio Cavalcanti — Rua Senador Feijo, 27, 8o andar, salas 85 e 87.

CiCOQfí>%

A DESCOBERTA

Meus netinhos:

No dia de amanhã haverá innu-meras solemnidades commemorati-vas da descoberta da America e doDia da Creança. Esse acontecimenito histórico, que foi a descobertado Novo Mundo, e essa festa dehomenagem á creança têm, feliz-mente, no nosso paiz, algum realcecivico.

A America, meus netinhos, é orecanto maravilhoso da Terra on-de nascem e prosperam todos osccmmettimentos de progresso dahumanidade e a creança é o valor,é a esperança do homem culto, dili-

gente e forte que ha de construir,com intelligencia, o mundo glorio-so do futuro.

* *Foi a 12 de Outubro de 1492,

como vocês devem saber, que o ge-novez Christovão Colombo, comsuas caravellas "Santa Maria","Pinta" e "Nina" descobriu as ter-ras do Novo Mundo, o éden de queé parte privilegiada o Brasil.

* *A.mesma data do calendário ei-

viço do Brasil que festeja o Dia da

DA AMERICA — O DIA DA CREANÇA

¦lembrança feliz dos homens dehoje.

Os meninos de hoje, que vão sero» homens de amanhã, devem co-nhecer, amar, respeitar as figuras

• veneradas do passado. Os feitosdessas figuras devem constituir pa-?ra o joven de hoje exemplo a imi-

CHRISTOVÃO COLOMBOtar.

America celebra o Dia da Creança por essa r^zâo meus neíjnll0SjA alliança da America á Creança, no mesmo dja em qUfi ge comme_em commemorações cívicas, é uma mora o feito do descobrimento do

continente americano, também serende um culto de grande homena-

gem á creança — o varão valorosode amanhã. Todos vocês, que se hãode associar ás festas de culto áAmerica e de veneração á creança,não se descuidem da tarefa de estu-dar a vida e cultuar a memória dosgrandes homens de todos os tem-pos. Imitando as boas acções, rcali-zando o trabalho nobre de estudar,de crear, de ser útil á familia e ápátria é que se formam as grandesindividualidades.

VÔVO

0 TICO TICOCom o presente numero completa O

Tico-Tico o seu 27' anno de existência.Foi a 11 de Outubro de 1V05 que surgiuo primeiro numero d'0 Tico-Tico —jornal para creanças que apresentavaum programma difficil. aliás, de rcali-sar — recrear c instruir a infância. Ofavor do publico, a carinhosa amizadede milhares de leitores souberam imen-iivar a tarefa dos assignantes d'ü T:co-Tico. Cada anno vencida, novos traba-Ihos, novos sacrifícios — minorados pelagrande estima das creanças do Brasil.E O Tico-Tico, com o amparo dessaaffeiçâo — seu maior estimn'o — vemrealizando uma verdadeira obra de edu-cação nacional, impossível de ser con-testada.

Pela passagem de seu anniversario,O Tico-Tico saúda os seus milhares deleitores, agradecendo-lhes a estima e ocarinho com que sempre souberam hon-ral-o.

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O T I C TICO — 6 12 — Outubro 19«2

"O TICO-TICO" MUNDANONASCIMENTOS* * Nasceu a

2 deste mez a lin-da Maria Carolina,filhinha do casalDr. Savio Barreto-D. Carolina Medeiros Barreto.

* O lar do Sr. Amadeu Pereira e de suaesposa D. Consuelo Pereira acha-se enriquecido pelonascimento de um robusto menino que recebeu onome de Paulo.

ANNIVERSARIOS

* Faz annos hoje a menina Iracy, filha doDr. Álvaro Guimarães.

* Humberto, intelligente fiihinho do Sr. Ar-naldo Pacheco, completou hontem seis annos de idade.

• Mario Barreto de Castro, nosso prezadoamiguinho, festeja hoje a passagem de seu anni-yersario natalicio.

» Festeja amanhã a passagem de sua datanatalicia a graciosa amiguinhaEvangelina de Toledo. ^^^>.ç> <$,<$><$<$¦¦$

NA BERLINDA...

* * Estão na berlinda osseguintes magéenses : Carocha,por ser sympathica; Luiz, pov sermuito elegante; Ondina, por serquerida; Dirceu, por ser instrui-do; Gloria A., por gostar de Ma-gé; David, por ser delicado;Odette, por gostar de nadar; Ce-sar, por asdar muito chie; Ro-mildo, por ter lindos olhos; Sen*jamin, por usar calças curtas;Agostinho, por gostar muito depinturas-; Noemia Q., por sermagrinha; Barroso, por ser bon-doso; Dina, por ser estudiosa; Al-mir, por ser amável, c eu, metto-me com essa gente porque sou —Vagalume & Comp.EM LEILÃO...

'

.--¦¦

¦¦'. '"'¦.-

'%¦ èíjís! Bps /

Sampaio ? pelaamabilida-de do Sylla? pelaaltura d o Max?pela indifferençado Allemão ? peto

jogo technico do Pedrinho? pelas brigas do JoséAmérico? pela sympathia do Raui? pela magreza doAgnaldo? pelo comportamento exemplar do Albery ?peios olhares do Segadas Vianna? pela plástica úoPaulo Reis? pela timidez do Wantuil? pelas paixõesdo J. Lancelotti? pelo sorriso do Marcilio? pela vozde barytono do Russo? pela linda cabeileira do Ray-mundo? pelo sorriso do Humberto? pelo terno brancodo Pacheco? pelo aprumo do Américo? pela graçaáo D. FedulaV pelas risadas do Abreu? pela elegânciado Moacyr? pelo andar do A. Thomé? pela beliezado do Franklin? pelo modo gentil do Ingiez? e pebilíngua da "Trindade bemdita"? — X. Y. Z.

« • Estão em leilão as seguintes meninas e me-ninos da Escola Pereira Passso, 4o anno B.: Quantodão pelas graças do Fernando? pela bocea do Jorge

C? pela fala do José Costa?pelo modo caipira do João Pio?pela côr morena do Wilson?pela pinta do Luiz Eduardo?pela delicadeza do Lernes? pelosdesenhos do José Eduardo? pelaelegância da Célia? pela franji-nha da Margaridinha ? pelos ca-beilos louros da Iracema? pelo"filet" da Edith? pelos cabelloslisos da Elza? pelas historias daAngelina? pelos dentes da Ma-ria Mattos? pelos mappas daLeda? pelo appeliido da Yolan-da? pelos olhos da Nair? pekwversos da Maria de Lourdes?e pelas redacções da Guiomar?

NO JARDIM

Lourdinha, nossa graciosa ami-guinha, que completou, cinco an-nos no dia 28 do mez ultimo.

Lourdinha é neta do capitãoRocha Silveira.

• * Estão em leilão as se-guintes meninos e meninas da RuaSanta Alexandrina: Quanto dão pela belieza da Li-linha? pelos lindos cabellos da Odette? pelos den-gos da Osires? pela carinha de boneca do Walter?pela altura da Olguinha? pela pallidez ôo Juquinha?pelos passeios a cavallo do Waldemar? pela bondadede Nena? pela meiguice da Vilminha? e pela minhaIingua? — Zóca.

* Leilão dos rapazes de Villa Isabel: Quantodão pelos olhos do Maninho? pelo tamanho do Zézé?pelo cabello de Raul? pelo sorriso do Jorge M.? pelosocego do Joãozinho? pela gordura do Durval? pelotamanho do Albertinho L.? pelo andar do Amaury?pela farda do Olympio? pela graça do Daniel? pelodesapparecimento do Pacheco? pelo nariz do Hen-rique? pelo bigodinho do Moraes? pelas faces doHenriqumho? pela elegância do Lancelotte? pelosorriso do Octavio? pela bondade do Alberto Per-digao? pela pose do Sylvestre? pelo olhar do Ma-riho? pelos olhos de Paulo Segadas? pelas conversasdo João Moraes? pela força do Oswaldo? nelas +e-lephonemas do Dr. Stefanine? pelo terno do Caio?pela "magreza" do Luiz? e pela voz do Walde-miro? — Madame Satan.

* Estão em leilão os seguintes leitores deVilla Isabel: Quanto dão pela elegância do F.

^^^^^^?^?^

* • Foram vistas no jar-dim da estrada da Lagoinha asseguintes flores: Thomé, umcravo; Jurandyr, um amor-per-feito; Osires, uma aecaiüa;Odethinha, uma perfumada ro-sa; Lilinha, uma humilde viole-ta; Walter, um suspiro: Nena,

uma rosa-chá; Sussuca, uma hortencia; Olguinha,uma branca camelia; Waldemar, um lyrio; Juquinha,um brinco de princeza, e eu, uma flor de maracujá.NO JARDIM ZOOLÓGICO...

• Estão no jardim zoológico os seguintesmeninos e meninas: Zulmira, uma onça; Angela,uma gorilla; Dulce, uma leoa; Diva, uma raposa;Dirce, uma giboia; Deméa, uma girafa; Mario, umleopardo; Aníbal, um elephante; xllfredo. um leão;Adalberto, um jacaré; Delmar, um lobo; Odette, umacotia: Guilherme, um urso; Horacio, um javali; Ar-mando, um tamanduá; Fernando, um macaco; An-tonio, um tigre, e eu, o — Principe Amoroso.NO CINEMA...

• Para organizar um film cantado, synchro-nizado e musicado contractei os seguintes artistas deMage: Flavina, a sympathica Helen Wright; Um-berto, o galante William Colher; Carmelia, a encan-tadora Dorothy Mac Nulty; Dirceu, o sincero Ra-mon Novarro; Ondina, a gosadissima Winnie Light-ner; Carlos, o elegante Alexander Gray; Leny C,a insinuante Leila Hiams; David, o valente DouglasFairbanks; Gloria A., a graciosa Sally O' Neil, e eu,o conhecido amiguinho dos magéense— Vagalume

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22 — Outubro — 1932 — z — O TICO-TICO

V-rfV-C-,r^_A_rwv Um lado opposío ao outro«-'>-'>*>^S-^^^--N-^»_'\_'%/*w>_-Sji^*-rf-*-_f-_<-_'

»."WVW*WW<i

%*s-«N*»\e>**y/W,wv

l^A/^vl/wvvvvvvvvvvvA^%^^s^vvvv^^>v^

Quem olhasse para aquelle bello e elegante palacete,quem lhe visse as grades altas, os canteiros crivados deflores, as lindas alamedas cobertas de seixos, os pomaresonde não faltava uma fruta: desde as mais raras ás maiscommuns, quem, emfim, lhe transpuzesse os humbraesveria uma enorme sala riquíssima, onde existia grandetapete rubro, vindo do Oriente; commnas de mármoretão brancas como a neve; vasos de todos os tamanhos efeitios, e, se olhasse para o alto, veria um grande lustrorepresentado por enorme aranha, tendo em cada tenta-culo uma lâmpada.

Quem, emfim, subisse a escadaria de mármore, ondeos próprios passos eram abafados pelo fofo tapete, che-garia ao quarto de uma criança de uns 10 annos presu-raiveis, e vel-a-ia olhando distrahidamente, como se nãoo visse um montão de brinquedos, que mais se pareciacom um bazar.

Ali havia de tudo. Um trem electrico que occupavaquasi o quarto inteiro, com trilhos, estações, tunneis, ecasas da cidade... trem que com toda a valeria, masque uma humilde cabana de pobre...

Aeroplanos, vapores, patinette, patim, bolas de todosos tamanhos e cores; soldadinhos de chumbo, automo-veis, emfim, todos os brinquedos que uma criança ricapossa desejar, e cuja mãe, — anjo de bondade — malo filho pronunciava um desejo, corria a satisfazel-o.

Se pedia um brinquedo, vinham dois, tres, cinco.E quem o visse assim distrahido a contemplar esse

bazar, murmuraria: é feliz.Feliz! palavra tão pequenina, cujo significado é tão

grande!Feliz! quantos pronunciam essa palavra julgando-*o-se illusoriamente pelo seu dom mágico privilegiado?Feliz! muitos dizem selo somente para occultar ao

mundo, a sua dor suprema.Diz uma lenda: O homem feliz, não tinha camisa.Quem pronunciasse essa palavra vendo aquelle me-

nino, enganava-se sem duvida. Elle tinha '-do que de-sejava, mas faltava-lhe uma coisa: a vida. Sim, a vida!Vivia isolado naquelle casarão, sem ter um amigo coraquem partilhasse os seus brinquedos; um collega quecorresse com elle pelas alamedas, atraz das borboletas,a jogar a bola, a brincar de "tempo", a soltar "papa-

gaios", e fazer balões e outras infantilidades que fa-zem a alegria das crianças, e ajudam o seu desenvolvi-mento.

Por isso aquelle menino era magrinho, amareninhocomo a cera...

Muito anêmico, diziam os médicos...

Pobre vida!...Triste humanidade!.

Quem olhasse agora para aquella humilde choupanalevantada entre mil á beira do velho mar profundo, eexaminasse a sua rústica construcção, a choupana quesó por um milagre a borrasca não derrubava! — e pas-sasse o humbral que só um homem esguio poderia pas-sar e examinasse o seu interior, deparava a um canto,encostada á parede uma velha e tosca mesa de pinho, jádesmantelada e bamba; duas cadeiras desengoçadas, umcaiote de kerozene servindo de berço, e, no canto maisescuro, uma cama que a cortina de chitão tão usada quejá não se distinguia a estamparia que a embellezara tapaescrupulosamente.

Em frente á choupana,^ um menino de 9 annos, fi-lho do dono desta pobre casa, brincava alegrementecom mais tres crianças jogando com uma pequena bolade meia. Corriam os meninos, alveraçados, lépidos, nadisputa daquelia preciosidade, — para a pobreza emque viviam.

E nesse divertimento, os seus cabellinhos de ourose desmanchavam, o rosto ficava afogueado, e elle pa-recia então, um diabinho, a correr de um lado paraoutro.

Quando o cansaço o invadia, jogava-se na areia, eali se deixava ficar...

Era esse o seu divertimento predilecto.A pobre criança, com roupas remendadas mas as-

seadas, considerava-se verdadeiramente feliz.Não tinha os bellos brinquedos dos meninos ricos,

mas tinha a vida, a liberdade de correr e pular pelapraia, de ter amigos que o acompanhavam nas suas dia-bruras inoffensivas.

De que lhe valeria a riqueza, se elle não tivesse oque mais amava: a liberdade?

Sim! A primeira coisa nesse mundo, é a nossa II-berdadé.

Quando crescer, o garoto forte, corado, graças ávida livre da praia e do mar, será o mesmo que seupae: pescador.

Rumando a canoa para a immensidão do mar que oviu nascer, irá cantando, as melodias dos pescadores, nagrande felicidade dos simples em busca do pão decada., dia...

José Maria de Azevedo

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O TICO-TICO — H — 12 — Outubro — 1D32

r — Eu Já lhes disse que não ^KHB ^BP^^ .-.39 ameaçou Jujuba e Lamparina. E a res-'.quero casca3 de laranjas debai- -^JB Wk^' mungar coisas cheias dc mau humor, lá se foi[xo de minha janella. 6e isso aconte- a.^^^. o velho para a sua casa Lamparina, então, ar*cer outra vez, cada um de vocês leva J ^'V «nada de um pedaço de carvão e trepada.. ..

nhar umas garatujas na parede da casa do vo» | I y _

Mais tarde o velho veiu á sua janella examinar o passeio e. sem perceber o 1uc haviam feito os dois garotos, olhava adml-fado as pessoas que paravam a' rir, deante daquella figura ridícula com cabeça de gente e pernas de traços de carvão.

sendo confeccionado çqoi todo o esmero o Aímnanach d'Q Tico'Tico para. 1933, a apparçcer nos primeâros dias de

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12 — Outubro 1932 9 — O TICO-TICO

¦ tf iffUTlmX i"/-/ lili ,ts*ss*mn*sm*w**1*fm^r^^m^^ JrUàiíaimmWstWf^^^ii' _-r___C?\\l I \J^ff\^l*/ f .AW& WÉÈjj—^. ^t*vJI"i

05 SE^EAPORES PE GELOROMANCE DE AVENTURAS

Não digo o contrario; masaqui O calor é tambem tamanho queeu desejaria estar já rico para po-der voltar á Europa.

Paciência.. . Paciência —disse o inglez. A fortuna ha de vir.

O italiano ergueu os hombroscom desprezo e disse, com ar triste:

Verdade seja que a fortunajá não me interessa, agora que ellanão poderá mais aproveitar ao nos-so rapaz.

Crabb estremeceu:. — Como? perguntou elle. — Eh-

tão imagina que a fortuna que ga-nharmos aqui de nada servirá a i.i...-ter Júlio? Pois eu cá tudo quantodesejo ganhar é para elle.

Caudi ergueu de novo os hom-bros, interrompendo o amigo.

Elle não acceitará.Ora essa! Onde já se viu re-1

cusar uma fortuna?E' o que lhe digo — affirmou

Condi. — Eu bem conheço o nosso

Júlio. Elle agora nada mais accci-.tara de nós porque sabe de que mo- .do nós ganhamos dinheiro.

Elle, com a bôa educação quetem, ganhou uma coisa, que nós nãotemos, mio caro: — o sentimentoda honra. Olhe, quem me explicoutudo isso foi o padre cura de Ypu-ro a quem eu contei tudo da ultima

. vez que me confessei.Crabb deu sobre a mesa um soe-

co formidável.By Cod! — exclamou elle — U

padre é um estúpido e você é ou- '

tro. Lord Olivio de Avarca tam-liem foi bem educado, tambem é cn -

genheiro; entretanto acceita per-feitamente o dinheiro e as pedraspreciosas, mesmo roubadas... Eunão comprehendo. ..

Mas o inglez não poude concluirsua phrase. Apparecera á porta datala um homem, que, apesar de tra-zer a cabeça coberta por um véo es-pesso, como é costume naquella re-

gião, afim de evitar os mosquitos,foi logo reconhecido pelos doisaventureiros..

Ergueram-se immediatamente ecurvaram-se respeitosamente, nnir-murando cada qual a seu modo;

I.ord Olivio!11 signor Olivio!

O senhor de Avarca approxi-mou-se, perguntando:

Estão sós?Sim. senhor — respondeu

Condi.•— Esperam alguém?

Os indios dizem, mas não seise é certo, porque elles todos men-tem muito. Mas dizem elles quevem por ahi um balanceito trazendoum passageiro que vem das terrasdiaman inas do Brasil.

Os olhos de Olivio bnlliaram.—-E' um europeu?

Dizem que é; e vem por aquipara alcançar o mar e embarcar pa-ra a Europa.,

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o t i c: TICO — 10 — 12 — Outubro — Í932

Trazendo de certo grandequantidade de diamantes —i disseOlivio.

O italiano abriu os braços, emsignal de que nada sabia a seu res-peito.

—> Mas c o niab provável —disse Olivio. — Ainda bem queesse idiota vem por aqui. Vamosnos colher o resultado do seu tra-balho.

Os bandidos puzeram-se a rir eCandi disse com ar ambicioso:

Vossa Excellencia fala co*mo S. João Bocea de Ouro.

Olivio perguntou ainda:Meu quarto?Está preparado.Vou para lá. Avisem-me

quando chegar a embarcação.Sim, senhor.

Olivio bateu na bolsa que traziaa tira collo.

Tenho aqui — disse elle, rin-do — com que garantir a esse illus-tre viajante uma vida melhor juntoá corte celeste.

Nesse momento os carregadoresíndios começaram a gritar:'—

Balanceito! Balanceito'Os tres homens correram á porta

e olharam para fora.Uma longa canoa tripulada por

seis indios vinha-se approximandoe manobrava para encostar ao cáa*9de madeira,

Immediatamente o passageiro,que vinha á popa, saltou para terrae dirigiu-se para o hotel, mau-cando.

Era evidentemente europeu. Re-presentava cerca de quarenta annos.mas parecia muito enfraçuecido pelopaludismo do Alto Amazonas.

Olivio examinava-o detidamente.Quando o homem chegou perto,

Candi foi ao seu encontro, pergun-tando:

O senhor de certo deseja re-pousar um pouco?Sim — respondeu o viajante.Então, permitia que o condu-za ao nosso melhor quarto.Quero tambem comer algumacoisa.

Será servido immediatamente.Está bem. E dê-me do que

tiver de melhor. Quando se temcom que pagar quer-se ser bem ser-!vido — disse o viajante, batendo

11| U i |i\|| IlHIl^llllllíl!!1!!!1,1! Jljí

um homem e duas mulheres.tatuado com os signaes d

no cinto ile couro, que produziusom mctalüco.

Candi curvou-se profundamente.Queira ter a bondade de me

seguir — (Esse elle. — E dirigiu-separa uma escada que conduzia aoprimeiro andar.

O viajante acompanhou-o.Ficando só com Olivio, Crabb

disse-lhe:—¦ Eüe vem das terras diamati-

tinas e parece trazer o cinto bemvolumoso.

Sim — respondeu lacônica-"mente o chefe.

O homem era alto, tinha o rostoa tribu dos Gv.aranys....

Dahi a pouco Candi voltava di-zendo:

Deixei-o no quarto u. 6 e voutervir-lhe o jantar.

Olivio riu de modo zombeteiro:Pois sim. O pateta entrou con»

as próprias pernas; mas ha de sahircom as nossas.

O sentido dessas palavras erasem duvida claro para seus interlo-cutores, porque esses riram tam-bem e Candi precipitou-se para *cozinha.

(Continua,

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12 — Outubro — lí»;,_ — 11 O T I C fe - 1' 1 li fe

Üaadro de honrados deseifistasJosé Guimarães Santa Cruz

do Rio Pardo. — MargaridaVieira da. Costa Brito, Reci-fe. —- Jonas Ziro,- Bahia. —

Odette de Castro Pinto, São\'ic-nte. — Augusto Pinheiro deAlmeida, Porto Alegre. — Mari-na Lopes, Manáos. — ^TarioCasranheira, Curityba, — Cori-na Yidigal de Castro. Rio. —

Olga Salles, Rio. — Oscar Co-imbra dc Mattos, Florianópolis.

Maria Lúcia Ferreira, S.Luiz do Maranhão. — José Can-¦dido Marques Cavalcante, Cea-rã. —- Célia Araujo, Bahia. —

Sylvia Araujo, Bahia. — New-ton Morelli Rio. — Sü-ly Sper-le, Torto Alegre. <— CândidaMaria Leite Fontes, Sergipe. —

José Claudia Alves dos Santos,Maranhão. — Maria Sefton de

Azevedo, Porto Alegre. — JoséSilverio Leite Fontes. Sergipe.

Maria Luiza Coelho de Bar-ros, Rio — ÍTildêa Leal Reinert,

Joinville. —¦ Luiz Gonzaga daSilva, Recife. :— Lúcia Alves daCunha, João Pessoa. — Adeval-

do Cardoso Botto de Barros.

Sergipe. — José Ritóro Lins,Maceió. — -Benigno .RibeiroLins, iNlaceió.:

/ __^ //-( -l#fv--

Exercicio escolarDesenhos para colorir

Depois de coloridos a lápis de Os autores dos melhores traha-côr ou áqttarella, os desenho, desta ilios verão seus nomes figurar «<>pagina devem ser enviados á redac- "Quadro de honra dos. dese. his-yto d'0 TICO-TICO. •« ta?'.

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O TICO-TICO — 12 12 — Outubro 1932

Havia um rei de um paiz daÁsia, que era viuvo e tinha doisfilhos: Darcio e Claudia. Darcio,o mais velho, era muito corajoso,valente, em fim era possuidor dt;todos os dons que um lapaz possater, menos um: não era caridoso.Claudia, ao contrario do irmão, ti-nha em seu coração esse formososentimento; um pobre que lhe esten-desse a mão pedindo uma esmola,recebia o obulo acompanhado demeigo sorriso. No tempo em que se

passou esta historia o rei Felisbcr-to, assim se chamava o velho mo-nareba, tinha partido á frente deuma columna de seu exercito paracombater os mouros.

Passaram-se dias, semanas, me-zes, annos, ignorando-se o que erafeito do monarcha. Darcio entãoresolveu ir procurar seu pae e reie urmta Mia manhã, ao despontaro astro rei, o joven principe, donode tão duro coração, partia á íren-te de outra columna do exercitode seu progenitor com o intuito de3ibcrtal-o dos mouros..

. ¦ 7 1 ,/ N__Js * ¦ - TQL

'

R caridadeNo caminho encontrou uma vc-

lhinha que lhe pediu uma esmola e

o principe. dando expansão á suaindignação, mandou espancal-a.

A velhinha, que era uma fadadisfarçada, transformou o principe tornou-se muito caritativo.com sua comitiva numa estatua de Fiquem, pois, sabendo caros col-mármore. leguinhas d'0 TICO-TICO, que a

•Mo • . • 1- „n ™i,,• ,i„ caridade c a mais bella flor que bre-Nesse ínterim lá no palácio dc '

pae qu estava.prisioneiro dos mon-ros, tinha que matar um terríveldragão que morava numa caverna<lo rochedo Plenulo-,

Esse dragão tinha sete cabeças esete pés. Depois dc morto o dragãoteria que aparar o sangue num vasode esmeraldas e derramar sobre aestatua de seu irmão.

Assim fez a princeza, c depois dederramar o sangue do monstro so-bre a estatua, teve a felicidade deabraçar Darcio. No dia seguinteDarcio, á frente de suas forças, des-baratou por completo os mouros. Econseguiu libertar seu pae.

O rei, então muito velho, passouo throno ao seu filho e Claudia, co-mo prêmio de suas virtudes, casou-se com um rei muito rico de um paizvizinho.

E' excusado dizer que üariio

seu pae a princeza Claudia sonhou Ia no coração humano.

que se qttizesse ver seu irmão e seu PEDRO GOMES

ttMMKI lUKIIIIlUillllillílilllUIKKWIMM

NOSSOS OU.ÊR1 S AMIOUI o sWÊ

J!K__ íBii. jypj viM JL.m3W ¦'<''-mWSF:>^fcí £e* -_3fiSf? m\\

flB Wmmft *\\i%\*\y*+* _¦! we ' __igy;T3y ''7'ijj ™*'*S~_^_b!—_ —ta Jlmmti v_ B

lr__l-r «I Hf t''V: _c9___BP Bf il ____[ __¦''-HH i li \ mmmWmm w»¦ _P^*BS___t ^^ ^_Bfl__B_j! Em (____ fmmm MmmT *¦_¦

HH§ H f-, .- im ¦ Hb>

O interessante amiguinho JoséVieira da Motta.

O lindo Américo, filho do Dr,Arthur Paiva.

O gorducho Mario, filho do Sr,Alberto Marquctti.

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i2 — Outubro — 11)32 13 — O TICO-TICO

HISTORIADO

RATINHOCURIOSO

(Desenhos de Walt Disney *(J. _?. inertes exclusividadepara O TICO-TICO, em

.._.¦> o Brasil),

<2V?ÇítVV X^x. ".' \J»^Vi^^V_____7\.

i"' ^^l___#^^l i>í'sflC-> *V. "-vN^ c~~-- --i-^V'**.l— Chegamos! Que maravilha! Qu2 .. nossos olhos!— Nós todos sentimos

paisagem formidável! Que cousa estu- um cheiro forte de matto a nos invadirpenda para os... os'pulmões.r. '¦¦ ¦ ¦¦ -.N4r|k?V-^

J4i\py- | "-— _ç ^—

— Que região admirável para um esta- __ Vamos atravessando uma aldeia dagio de repouso! Jndiosl Precisamos ter cautela!

— Alerta! A frigideira acaba de dar o.signal de alarma! Que haverá?

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v^_M\£i- "*"vi>i I Vv) ~>snjv^i ..

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fcicT^wei,-._,-.? g, /— Procuremos o que ha de anormal! — Um-homem a se afogar! Joguemos ...infeliz" era apenas um cio que seDeve ser algum perigo grande! Olhem um salva-vidas ao pobre infeliz! O "po- banhava nas águas dc uma plácida la-Jum bre... g<_a.

re^mÉ&mkw— Que floresta bellissima! Vamos agora passarpor baixo daquella grande arvore! E o automóvel co de arvore secular! Mas aPassou... bagagem...

.pelo túnel cavado tio_tron- ...resolveu não passar. Cahiu toda na floresta!

(Continua)

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O TICO-TICO- — 14 12 — Outubro — Í932

Minha terra...Minha terra tem palmeirasOnde canta o sabiá.

Disse assim, o poeta brasileiro Gonçal-

ves Dias, fazendo da palmeira e do sabiá,

dois symbolos brasileiros. Casemiro d e

Abreu tambem fala no sabiá na sua poe-

sia intitulada "Minha terra" num idylio

de Dirceu e Marilia:

...O sabiá namorado

Na laranjeira pousadoSoltava ternos gorgeios.

E' o sabiá, portanto, um pássaro cano-

jo genuinamente brasileiro e que deveria

ser consagrado.

Entretanto, é um dos que mais soffrem

na sua terra natal.

Vive seqüestrado nas gaiolas onde

succumbe de nostalgia. E' nelle que se

adestra o caçador principiante.O sabiá- laranjeira é assim denomina-

do porque vive nos laranjaes é' persegui-do pelos garotos a pedradas e roubando-

lhe os ninhos. Além da sua belleza, a de

plumagem, ha o encanto suave de seus

gorgeios.Não escapam á maldade dos homens

nem as aves de feio aspecto. Os socos, gar-

ças e outros pernaltas de aspecto tacitur-

no, sem canto e sem encantos, habitantes

de lagos e águas lodacentas, tambem não

escapam á crueldade humana.

A. ROCHA

A T^OCMAkiMMR» i i i ¦ n-ariMWMwMMM*. • --T- ¦¦^iiMnir ifm_ ,ir^

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12 — Ouíufíro — 1932 15 - 0 TICO-TICO

O NUMERO ZÉ MACACO

FAZEMOS UM NUMERO SENSACIONALI

0 PAS50 DA MARIPOSA1 A V/RAVOLTADO TATU'

Sob a denominação: Os Maça*cos, o casal Zé Macaco se apre-sentou...

.. .num theatro para .. .original. O empresário quisrepresentar um numero ver e elles começaram! Fizeramde dansa... todos...

OPULO ^j§ffi?$%-^ 0 PASSO DO 11 ^y..l

"çÇ®"

...oo passos e dansa; quo ha-viam inventado, até...

... terminarem com opasso do viramundo!

Foi um successo. Elles julgaramassim. O emDresario foi lá dentro!...

àmVP íl --r q Ji?__\ óW ^?â y?^ s - -^V77TT>v __m^r^^B^S^_l^^TT,^y/,

Quando voltou atirou tudo quanto tinha d. ovos podres, batatas e verduras que havia em casa.

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GRANDE PRESEPE DENAT ML D ' íf O TICO- TICO "- Pag i n a

.«hí^o ^*>*""'

I!

Aqui têm a primeira parte do fundo que deve ser superposta sobre a 2- e essa sobre a.3% q«e e ii^u^ números a seguir. O chão deve ser collado sobre uma madeira lisa ou papelão bem grosso epouco mais alto -u para Q lado do £undo

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O TICO-TICO — 18 — 12 — Outubro — 1932

"' mWÊTiíV*- f

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^^mB^t^SS^mW^Fr^T > ffmW m\m^^^&A\ *^^^s"\*íiJH ES1-

fl PRED1ÇÃ0 PA CIQAH/1¦— birás então ao primeiro que vier;

Posso cr:sar-me comtigo, uma vez que oMocho dcsappareça; liquida-o. e terás aminha mão; para os outros -quevierem, direis: Fulano está encarregado deliquidar o Mocho e, se tu queres ser o pre-ferido, mataráü o assassino; ,e assim íaráscom Iodos até chegar ao chefe; dessemodo cada urn pensará que, matando ocompanheiro, ficará senhor da situação, enão calculará que a sua vida estará tambémpor momentos; faça todos prestarem jura-mento de guardar segredo e cumprir òijtie fór combinado. Como és muito linda,facilmente dominarás esses bandidos; pois

a gente, o quanto tem de feroz quandoenfrenta o seu adversário, tem de dócil esubmisso aos caprichos de uma mulher

•In.; por-esse motivo conseguirás tuJo oque desejares.

Logo que aqui chegaste te reconheciminha princeza; pois muitas vezes enxu-gaste minhas lagrimas; c agora queroenxugar as tuas; a fatalidade nos colíoco-jnma em frente da 'outra; vamos nos unire auxiliar-nos mutuamente.

Quero te contar o motivo pelo qualme encontro no meio desta gente; eu sousó no inundo; perdi meu marido e os fi-Jhos; fiquei sem recursos e, para me man-ter, andava pelos campos e mattos colhendolicrvas e plantas medicinaes que vendia e,obtendo assim algum recurso, ia vivendomodestamente.

Andava por toda parte, á procura dehervas e fiquei conhecendo quasi todosestes logares; e um dia sem esperar,cheguei aqui e descobri este esconderijo«los bandidos. Fizeram-me prisioneira,para que não os denunciasse; não pos-so fugir porque, como vês, trago estesganchos na cabeça, que sc enroscarão emquaiquer ramo, se eu tentar embrenhar-menestas paragens; á noite me põem grilhetas,para que eu não possa chegar aonde cos-tumam dormir, com medo de serem assas-sínadbs; faço a comida, mas sou obrigaiúia servir-me primeiro para que comam semreceio de serem envenenados.

Tenha coragem, podes confiar cmmim. Eu agirei sozinha para tentar nossafuga; não sc prcoccnpe commigo. Estouno fim da vida; para mim é indifferentemorrer hoje ou amanhã, mas para tu, que ésuma princeza, moça e bella, a vida é tudo,e não deves desprezal-a, pois ainda podesgozaf-a e vir a ser rainha do nosso bompovo que tanto te adora.

Vamos tentar mandar noticias a teupae; escreverás com a ponta de um cani-vete em umas cabaças, e soltaremos noribeirão, sendo possivel que alguém as en-centre e vá dar noticias ao rei.

Assim fizeram.

(Ccnlúiuação)

Emquanto isto se passava no cevil dosbandidos, um rapaz que gostava de pescar,foi a uni rio, írue passava perto <Ie suamorada, e collocou umas redes que atra-vessavam-no de margem a margem.

No dia seguinte foi rctiral-as, e notouque algumas cabaças estavam ali retidas.Por curiosidade pegou uma deltas c viuque trazia uma inscripção em que se lia:

Meu pae! Venha cm soecorro de tuafilha Beatriz; outra trazia o seguinte:Estou em poder dos bandidos; siga rioacima, transponha as cachoeiras e subadepois pelo primeiro ribeirão á margemesquerda; uma outra: Cuidado I esperesignal para agir.

Satisfeito com esta descoberta c saben-do da grande recompensa offereeida pelorei, tomou uma canoa, muniu-se de umrevólver ç uma carabina, munições de fogoe de bocea, c stm dizer palavra a quemquer que fosse, tocou rio acima, viajouuns dias, conseguia chegar ao logarindicado, oceultou-sc cm' um ponto ondepodia observar todos os movimentos dosbandido-, e ali ficou esperando com pa-ciência a oceasião.

Pensou levar muitos dias naquella situa-ção, mas a felicidade começou a bafejal-o;pois fazia poucas horas que ali chegara,quando viu que a velha se dirigia ao ri-beirão lavar umas roupas. Pegou uma pe-drinha, jogou e a velha, levantando acabeça, viu uma pessoa que se oceultavapor entre os rochedos; fez alguns signaesexplicativos, voltando logo ao covil pr.radar a bóa nova á princeza, que muito sealegrou com o que acabava de ouvir.

Bem instruída pela sua companheira deinfortúnio, a princeza, logo que voltou obando sinistro que fora passar um contra-bando, propoz que se fizesse um almoçono dia. seguinte para festejarem o seu noi-vado com o Mocho, pois, segundo o quedissera o chefe, ella o escolhera e esperavaque todos estivessem de accordo.

Isto encheu de ciúme e rancor todos osoutros do bando inclusive o chefe; e cadaum pensava um meio de liquidar, se fossepossível os seus companheiros, afim detornar-se esposo da linda princeza.

Dominados pelo ciúme, cada tini por suavez foi com ordem do chefe, tentar con-vencet-a a desdizer-se do que havia decla-rado, e que o melhor seria tirar por sorteaquelle que deveria ser seu esposo; porultimo foi o chefe, e a todos ella fez apromessa de accordo com o que indicaraa sua companheira, e cada um delíes ficouconvencido que seria o venturoso, pois nãocalculava que pela combinação que fizera,uns iriam liquidando os outros.

No dia seguinte, reuniram-se no terreiro,e para darem começo ao festini emquantoesperavam o almoço, esvaziaram muitasgarrafas de bebidas.

Alterados pelos vaports do álcool, come-çarani as provocações, e um dos preten-dentes disse por escárneo:

— Vejam bem! A melhor espiga demilho é para o pcor porco! O Mocho éo mais horrendo do bando e, no emtanto,c o preferido pela princeza! Essa asa negrapor força ha de ser feiticeiro!...

Uma bofetada do Mocho no seu provo-cador foi a resposta; e este saccando deum punhal cravou-lhe no peito, prostrando-omorto.

Em represália, outro puxou da garruchae abateu o assassino, dizendo que vingavaa morte do seu amigo o Mocho. Um outroabate aquelle, allegando que, não podiatolerar que seu companheiro fosse tão vil-mente massacrado. Mais um, erguendo-sede um salto, usou sua arma dizendo: Quemmata deve morrer também!

Aquelle outro gritou: Se a lei é matar,,eu não quero ser o ultimo a cumpril-a. Ederruba o seu comparsa com uma terrivelcacetada.

E assim continuou a luta. até que sóficou um dos bandidos e o chefe; e este,querendo toniar-se esposo da princeza, se-gundo a combinação, liquidou seu auxiliar,julgando ficar senhor da situação, e diri-gindo-se a ella disse:

Estudaste um plano maravilhoso quedeu o melhor resultado; estamos livresdesses tratantes; tinha a certeza que ha-vias de preferir-me a qualquer outro,temos muito ouro; vamos atravessar afronteira, e gozaremos a vida em outrospaizes...

Snn! respondeu a princeza; espereaqu» tim pouco, que eu quero ir buscaruma garrafa daquelle vinho velho; e, tendoo céo, este bosque e a serra por testemu-nlias, beberemos em regosijo do nossoamor e de nossa felicidade futura!.,.Muito bem! respondeu o bandido.

Mal a princeza se retirou, ma tiro de 'carabina, que ecoou pela serra, e o baquede um corpo no chão foi o final da tra-gedia.

Com a morte do chefe extingiu-se obando dos Invencíveis do bosque, e o rapaz,sahindo do seu esconderijo, veiu saudara princeza que tão commovida ficou que,ajoelhando-se aos pes de seu libertador,beijou-lhe as mãos, dizendo:

Meu pae te recompensará como me-reces; arrisc3ste a vida para me salvar;portanto de minha parte declaro que

. estou prompta a dar a minha tambem porti; e, assim sendo, se estiveres de accordo.

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12 — outubro — ítwa — 19 O TICO-TICO

HÍ||||pP5^K ALDEIA DOS

ANDES

O PONCHO

O Poncho é uma espécie decapa de que se usa no México ena America do Sul, apresentandounia cavidade central, por ondese mette a cabeça.

Em Quito, capital do Equador,vêem-se centenas de indios usan-

INDIOS QU1CHUAS

do ponchos azues, amarello**,brancos com calças de algodão echapéos de pallia enormes. Os in-dios provêm de differentes ai-

CMAPE'OS DOS IN-

DIOS

deías do interior e o cortedo cabello indica em que lo-

cal idade vivem.Embora esteja pratimeníe si-

tuada no Equador, o clima da ei-dade de Quito é a primavera éter-na, devido á sua altitude.

logo oue regressarmos á corte, um padrenos unirá para sempre.

Um aperto de mão confirmou o accordo.Dahi a pouco as tres personagens puze-

ram-se a caminho; pois a velha ex-prisio-neira, conhecia bem aquellas paragens; ccomo os bandidos dispunham de boas ca-valgaduras que elles aproveitaram, íacillhes foi depois de muitas horas de viagem,chegarem ás portas da cidade, e ahi fica-rem esperando, emquanto um mensageirofoi a toda a pressa levar um bilhete daprinceza ao rei seu pae que dizia:

Estou sã e salva! Mande roupas euma carruagem'.

Quando o rei recebeu o papel e reco-nheceu a letra de sua filha, de tão satisfeito que ficou, começou a pular pela sala •a cantar, pelo que todos pensaram que tinhaperdido o juizo; a rainha veiu correndoe, lendo o bilhete, passou o braço na cm-tura do rei, e começaram a dansar c ospresentes ficaram patetas, julgando queambos estivessem loucos, até que um dosÍntimos do palácio, puxando o papel da mãodelles, Icu-o e gritou:

A chegada de Sua Altcza, a princezasanta!

Essa agradável noticia em pouco tempocorreu a cidade toda; os sinos das igrejasrepica\ am festivamente; imujediatamerrtese formou o cortejo que deveria ir rece-bel-a á entrada da cidade e conduzil-a apalácio; o povo em peso tomou parte nasmanifestações e por onde passava o séquitocra a princeza coberta de flores.

O rei e a rainha, que estavam na janellado palácio á espera do cortej«:>, quandoviram aquella multidão que acompanhavaa filha, na maior demonstração de alegria,ficaram comniovidos profundamente e nãopuderam conter as lagrimas.

Depois de abraçarem e beijarem porlongo tempo a princeza, esta, depois decontar tudo quanto se havia passado duran-te o seu captiveíro, disse:

Papae e mamãe! Este rapaz é o meusalvador e... e... e...

E que? diga logo! estamos curiosos.Meu noivo! Já deviam ter adivinha-

do! Não viram gaguejando? a minha pro-tectora será de hoje cm diante minha con-fidente; quero mais, meu pae, que parao futuro me deixe viver para o nosso bompovo e auxilial-o como merece.

ÍÈFm»

Bem! respondeu o rei, tudo será rea-lizado de accordo com a tua vontade;reconheço que tenho sido por demais se-vero com o nosso povo; porém vejo queelle te adora immensamente, devido uni-caijíente ao teu bondoso coração.

De ora em diante serei mais berevclo,e tudo farei para que elle viva satisfeito;pois com a tua bondade, conseguiumuito maior estima e respeito do que eucom a severidade e a força das armas.

O ouro que existe no covil dos ban-didos será destinado á manutenção deasylos e casas de caridade; em regosijo átua volta sã e salva, perdoarei aos re-beldes que estão refugiados no estrangeiro,para que possam voltar so nosso paiz <*trabalhar para seu engrar.decimento.

A predição da cigana foi ama ver-dade que muito me fez soffrer; porém meserviu de lição que nunca hei de me esçpie-ccr.

O rei cumpriu tudo o que havia promet-tido; a paz e a tranquillidade voltaram nopaiz; o povo, satisfeito pela transformaçãode seu soberano, não mais pensou em rc-vo!uç«3es e em pouco tempo esqueceu-se do<*ue havia soffrido, estimando-o muito, eassim o rei governou o resto de sua vidacercado de todo o respeito, dizendo sempreque o maior thesouro que possuia era umafilha bondosa que fizera a felicidade Stíae a de seu povo.

Líc Pas»)

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O TICO-TICO — 20 — 12 — Outubro — 1932

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O lagarto commum não é vene-noso, excepto o "Gila" dos EstadosUnidos e o "Holoderme", do Me-xico.

No mundo existem cerca de2.500 espécies de lagartos, aiffe-rentes cm tamanho, côr, formato,hábitos, etc. Ha-os anões c gigantes.

Os gigantes medem 7 a 8 pés decomprimento. Ha lagartos de ar-vores, de chão, subterrâneos e aqua-

ticos. Alguns têm 4 pernas, outrosduas, outros não têm pernas. O la-garlo voador das ilhas Malaias vôade arvore a arvore.

Legendas: — A' esquerda, ve-mos um lagarto ""Moloch", nativoda Austrália; no centro o lagartaverde "Amolis" e, á direita, o "Ta-raguina", da America do Norte

Desde pequeno que eu souNesvoso 'de admirar;Eis o motivo por queNão posso me amofinar.

Quando, com um anno de idade,Comecei a balbuciar,Disse assim, em meia língua:

Non póto me amofiná...

Depois entrei pra o cohegio;Obrigaram-me a estudarE eu preveni logo ao mestre:

Não posso me amofinar.

Na oceasião dos examesQuizeram me reprovar,E eu disse logo: — Olhem lá!Não posso me amofinar!

Quero o repouso, o socego,Não me venham "amolar",Porque eu, já sabem, não quero,Nem posso me amofinar.

Uma pequna atrevidaVeiu commigo teimar,E eu disse: — Sabe que mais?Não posso me amofinar!

Encontrei um camarada,Com o meu systema sem par,

NAO -POSSO ME' AMOFINAR •

(MONÓLOGO)(Aos pequenos do "Bloco do

mesmo nome)

E que me disse tambem:(Pala fanhamente):>— Não posso me amofinar.

Pensou que me amofinavaCom o seu modo de falar,Mas eu repliquei depressa:(Fala com rapidez)Não posso me amofinar.

Outro a quem eu pergunteiSe queria me imitar,Respondeu com toda a calma.(Pala vagarosamente)'— Não posso me a-mo-fi-nar.

Um sujeito me contouUm "caso" de arripiar.Eu fiquei firme e lhe disse;Não posso me amofinar.,

Outro, vendo a minha calma,Commigo até quiz brigar,Eu, sorrindo, lhe expliquei:Não posso me amofinar.

Levo esta vida "na flauta",Não saiba, embora, a tocar,Porque, eu assim, no flauteio,Não posso me amofinar.

Quando tne pedem que eu canteErgo a voz a gargantear,E meu estribilho é este:(Canta):Não posso me amofinar.

Não amo fino ninguémE, assim, vou me retirar,P'ra dizer tambem lá dentroNão posso me amofinar.'(Salte c volta pouco depois).Obrigado pelas palmas.Isso-vae me incommodar,Estou zangado porqueTerei de n_e amofinar.

- E. WANDERLEY

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12 — Outubro — 1932

170' "1 TO.E ESTOU DE FbtG-A

— 21 — O TICO-TICO

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QUAfE , MALHO, PAt?ATODOS .TiCO-TiC-*»

1 "1 TO.E ESTOU DE rAOLG-A OLHA ° .!¦*-.-> CRIADO " '.'1 IVOU BANCAR O «.'ANOTA I CÒHO ANDA F-JAdO-A

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WEA QUAL xAÕEJASEU _ PE. S A*-DEVO SERVii-Í^C*O CAPE'

QUEM ME VE PENSA QUESOU UM M1LL10NARI0. M_\,_>•ÔO' TENHO UM NIKEt-1 DEQ.OO REie> <¦

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VAMOS -PRe_.i_v.F2. OMA 1PEÇ_A AO TEU CRIADO? J

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DEPOISDISTO VOUBUSCAR,0 Gr ATO

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NAO AMOLLt."SEU" "PALETA.]

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va'saindo')COMT.GrO P*N&O MG *':

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A.

I HOITESSA. NÃ05E1 _ PODE SER.

^gWV ALMOFADINHA( CÍMo * N£-»T___

ESPERA AHI,DESGRAÇADO

^...^^aT1.1^

JOv.

l?.v**"A

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O T I ('< O - T I t O ?2 12 _ Outubro — 1932

COSTURAE

BORDADO

Fig. 1 — Vestido de cre]>ede lã — ou seda — azul ml-tier, collete branco com bo-toes vermelho lacre, cintovermelho e fivela branca;

Fig. 3 —Vestido de fia-nella marinho soutachado dcbranco;

Fig. 4 — Diagonal casta-nho, cinto de camurça mar-ron, blusa de crepe branco;

Fig. 5 — Vestido de po-pelina vermelho vivo, blu-sa branca com bolas côr desangue;

8219 — Vestido de vollcestampado, golía e pttnh03de cambraia branca;

8218 — Phimetis de algodão,;- fita que faz laço no vértice dagolla de organdy plissado; referida golla;

8221 — Vestidinho de crepe 8223 — Blusa de crepe de se-setim branco, golla de renda de da ou voüe de algodão, api*opria-seda rebordada da mesma cor da da ás mamas das lindas leitora-

r^Ü_>~>a : v* W

, íffc gs mw/w I

_inhas d'0 Tico-Tico.De Marceline Belitt, no

primeiro quadro; ensew-ble de drap ou flanell*beige, blusa de linon bran-co, plissada;

De Irmone — Costumede fianella vermelha, W*sa de plv.metis, manv&it*

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12 — Outubro — 1932 O 1 I C O - T I (1 O

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,>imzwMawm.mmmmmmmm\mmmm\immi

de panno couro azul brilhante. Do¦

Poum et Zette —¦ Ensemble de lãzinhai

azul íto céo guarhecido de lapin, golla

e vestidinko de Geor^ette branco;

De Mousseau-Lebègue — Vestido,¦

touca e manteau de trepe da China

rosa forrado de panno tricot.

B O R D A D O

Peças de lin§erie para creança:? de

dois, de quatro e de seis anno:?. todas

confeccionaveis em seda como em aí-

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godão, enfeitadas de recortes, de bor-

dado em plumetis e pontos d<3 alinha-

vo, debruadas tambem dè re.icla de

ponta e ainda gtiarnecidas de 'fciilnhas

abertas.

Hsi fc.- /. r - r 4 ^ssssfc^.**f-------L-B«ss! f Wy' fl BllBs--***slI

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O TICO- 1 í CO .- 24 12 — Uulubro — 19,12

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DATO/ >

SABIDO •

0 rato comeu.íanto doce que sahiucambaleando e cahiu dentro de umcopo de chopp. Q copo foi servido a...

Conclusão

do

numero anterior

""* ^j*5bW

gÊLUfSmmm l^'! (#V^

— Que cerveja deliciosa! — diziao bebedor, esvasiando, devagar o gran-de copo de bebida.

E verificou que era o rato que ha-via se afogado no chopp. O ratinhopensara em lavar a cauda...

.. .um freguez, que gostava muitode cerveja e começou a beber o choppa largos tragos.

Mas, quasi ao acabar de beber.', ofreguez notou alguma cousa no fun-do do copo.

'mmmmWwr lf/' BB! ,lÉPlíi?ví^^v ?s ¦~--*55'i*S'**fcfc'-^*'--' E-t^-wj

,. .na cerveja e se afogara. Quan-to ao bebedor, zangado e enjoado, sa-hiu furioso e se maldizer.

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J2 — Outubro — 1932 — 25 O TICO-TICO

B(?t30°(S(Í(kXEXCLUSIVIDADE PARA

OTTDCOoUnCOpon

Domingo passado os nossos três amigos resolveram passearnos morros da Tijuca Bastante enthusiasmados, começaram aescalada.

Na volta, ao descerem umaladeira. Bolão escorregou e des-pencou-se lá de cima Sem mal-dade Réco-Réco e Azeitona go-savam.

¦ - k»-*». D° a't0 de uma das pedras, osjiL endiabrados .garotos apreciavam.

~~^v~v^_ Wk cheios de orgulho, o bello panora-jT ^s I ma que se descortinava.

i—ni ~\_\_\~JÊ J SLí^É^ /Ímf^>

De repente uma enormegiboia, enlaçou Azeitona. Opreto ficou de todas as côrcsRéco-Réco e Bolão, horron-zados, não sabiam o que fa-zer.

Mas um caçador que passava, vendo aquillo, com um tiro cer-feiro na cabeça da cobra, matou-a. Azeitona não se agüentavamais...

A' noite, «\zeitona teve pesadellos horríveis. Sonhava que acobra havia entrado no seu quarto para devora!-o. Accoraou aosgritos, assustando a todos de casa.

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O T I C TECO — 2. — 12 — Outubro — 1932

0 sabiá e o urubti RomanceEra tardinha. Morria o sol no horizonte, emquanto as

sombras se alongavam na terra. Um sabiá cantava, um cantoamoroso tão lindo, que até os animaes que passavam po?ali pareciam absortos ao escutar. Chega-se o urubu, eo sabiá termina seu canto, sendo delirantemente applaudidopor numerosos animaes, que se achavam debaixo da ar-vorc. O urubu, com um olhar fingido de enthusiasmo.apresenta-se aos numerosos bichos, e começa a dizer malde todo o mundo. Os bichos, raivosos com a attkude dourubu, o vaiam incessantemente. Porém, dc súbito, vio-lento, este avança sobre o pobrezinho do sabá, arrebenta-osobre o seu horrendo bico, e íoge em seguida. O coelho,que tudo presenciara, montou em um veado, e em uniacorrida louca alcançou o urubu e disse-lhe: "Maldito! Ma-taste o nosso maior cantor, serás de hoje em diante omais infeliz de todos os animaes dos ares". No outro diarealizou-se o enterro do pobre sabiá, e ao baixar o corpoá sepultura o macaco terminando o seu discurso disse:¦— Coitado! Martyr de sua própria sabedoria.

Francisco de Paula Junior

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clinica o ELIXIR DE NOGUEIRA do Pbarm.-Chim. João da Silva Silveira, tendo sempre ob-tido optimos resultados nas infecções sypbiüticas,cm todas as suas manifesta.Ges.

Victoria (Pernambuco), 31 de Março de 1917DR. JOSÉ' DE BARROS ANDRADE LULA

Senador Estadual

SYPHILIS?ELIXIR DB NOGUEIRA

GRANDE DEPURATIVO DO SANGUE

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ALIMENTAÇÃO E SAUDEdo_ Profs. Mc Colluni e Simmonds

(Traducção do Dr. Arnaldo de Moraes)Como se alimentar para ter saude, bons dentes,

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Para o amigo e mestre Carlos Manhães

Era uma leoa brava, sedenta de vingança, sanguína-ria, que em certa noite de verão vagava famelica pelasruas da Florença magestosa...

Fugia a população espavorida." A cidade exquisita,cheia de horror, era um inferno dc Dante... Gentearmada de espingarda corria de lado a lado em busca dalouca e prepotente leca.

E eila na cidade — arrastando de quando em \cz,em cada lance expedido, dois ou tres que tentavam ti-rar-lhe a vida — topa em frente a uma mulher quasisem vida, uma mulher débil e paralytica, uma pobremãe que nos seus seios mirrades escondia o thesouro deum filhinho.

Tremia a pobre enferma. Cegava-a o pranto bemditoe sacrosanto. Enrouquecia-a o choro fugido. Amortc-cia-a o horror...

E o bello fiihinho ao calor dos seios seus não cho-_ava,sorria... sorria... sonia...

E assim sorrindo, o olhar illuminando a face fame-lica da leoa fel-a parar...

Ella pára e hesita...Seu olhar vingativo vae-se pcuco a pouco amortc-

cendo, suas forças vão desapparecendo, pouco a pouco,e ella cahe inerte... E como sentindo uma dór de mãe,porque era ella mãe tambem, grita... urra... urra... emorre...

• ••¦•••••••••••••¦a • ••-_•--••¦«•••¦#_¦_¦•••••_¦•#«_•.

Sob o calor daquelle corpo por vezes bemdito a cre-«mça ainda sorria... sonia... sorria...

Carlos Leite Maia

J^oâa e J_>oi_a_o3$00ü

O EXEMPLARO NUMERO DESTE MEZ

— A' VENDA-__„ ..i.,,, ,„,,„,. ii,,, n , | -

S^mmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmãmmlmmmmmUmmmmmmmmmmmlmm^K^^mmme^

Acaba de apparecer

CANTIGAS DB QUANDO EUERA PEQUENINA

p- DK -.

CEIÇÃO DE BARROS BARRETOEM TODAS AS BOAS LIVRARIAS

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12 — Outubro — 1932 — 27 — O TICO-TICO

RESULTADO DO CONCURSO NU-MERO N. 3.689

A solução exacta do concurso — IN-DEPENDÊNCIA OU MORTE.

Solucionistas: José M. Monteiro deLarros. José Carlos de M. Horta B.Heitor Alves Vianna, Anatha MaltaLootens, Francisco das Chagas Lima,José Benevenuto Abreu Founanz, Fran-cisco Fehppe. Jordê Amador, UchidaimaPeçanha de Oliveira, José Mar,ano Du-tra. Adelia Peçanha de Oliveira, Mariade Lourdes de Medeiros M.tchell, SérgioFelicio dos Santos, Heloisa Franco t'ir-mento, Jupycirema Monteiro, OsmanCarneiro Victoria. Juril C. de Plácido eSi>ira, Irene Sovinahy, Nilson de SouzaBeirão, Lourdes André de Mello, Hum-berto Duarte, Everton R. Castro Visco,Ney Rocha, Airton Secundinop Léa daCunha Mendes, Nicola Francisco Nico-lau, José Augusto Borkmann, SylvioWanick Ribeiro, Milton Scaler. Luiz Vi-ctorino da Silva Carneiro, Thomaz Soria-no de Souza, Erasmo Martins Pedro,Floriano Pereira da Fonseca, Maria Me-rope «Mendes de Aguiar, Fernando deSeixas Barros, Américo do Carmo Pinto,Nelson Firme, Murillo Mendes de Azeve-do. Yolanda Regina Ferro, Walter Or-lando Pereira de Mello. Maria Celeste deSá Almeida, Ayrton Sá dos Santos, Epi-tacio Alexandre das Neves, Heliton Mot-Ia Haydt, Maria Sefton de Azevedo, Wa-lisca de Andrade. Haroldo Coimbra Vel-loso, Newton Coelho, Mario Campos Por-ccllo, Eduardo de Oliveira Vidal, AntônioFarah. Alberto Farah, Edegard Hennm-ger Steweus, Carlos de Menezes Granha.Manoel D. Rodrigues, Bertholina Leitede Castro, Ivo P- Santos, Oswaldo Can-dido de Souza, Beatriz de Mesquita Bar-ros. Danilo Moura. Neusa da Cruz Ran-gel. Maria Wanda Spinelli Rosaly Tader,Enio S • Falzom Sênior R. Falzoni, VeraWerneck, Armanda Pinto, Hamilton dosReis, José Altino do Amaral. RamonLlort. Braccinin Braccini. Maria Normade Oliveira- Getulio Oliveira, Maria Limada Silva, 'Talitha Sampaio da Fonseca,Vannio Mario Collaço de Oliveira, Wal-ter dos Santos Paiva. Clara Selser. AidaAugusta Moreira, Myro Magalhães Vian-na. Idalina Guimarães Madeira, Lucy deMacedo Silva, Jorge de Barros Pimentel,Maria Stella do Amaral Faria, Dulce deMiranda Cordilha, Magdalena da CruzBarbosa, Archimedes Barbosa Sobrinho,

fininho Lima Câmara, Máximo JoséAzevedo do Amaral, Evandro EmersonPinheiro da Silva, Gastão de Aquino Al-meida, Nahum Zeccer, Dirce Braga,Jrene Pomes de Figueiredo, Maria Lin-denberg Amora. Eliete de Carvalho, Lu-cia Ribeiro Gonçalves, Olavo PiquetMoscoso, Rubens Costa, Vinicio d'An-

BSTHfflflO REMÉDIO REYNGATE para otratamento radical da Asthma, Dys-pnéas, Influenza, Defluxos, Bron-chltes, Catnrrliaes, Tosses rebeldes.Cansaço, Chiados rio Peito, Suffoca-ções, ó um MEDICAMENTO devalor, composto exclusivamente devegetaea.

E' liquido e tomam-se trinta got-tas em água assucarada pela ma-nha. ao meio-dia e á noite ao dei-tar-se. VIDE os attestados e prospe-ctoa que acompanham cada frasco.

Encontra-se á venda nas princi-pães PHARMACIAS B DROGA-

RIAS DO BRASIL.*g-*p AVISO — Freço de um

vidro 1 ¦ 100; pelo Correio, registra-do, réft iõ$0ü0. En via-se para qual-quer parte do Brasil, mediante aremessa da importância em cartaeom o VALOR DECLARADO aoAgente Geral J. DE CARVALHO —Caixa Postal n. 17-4 — Rio deJaneiroli

gelo Castanheira, Livio Hime, Leda Fer*»ret, Francisco Costa Accioly, MariaGoulart Nunes, Moacyr da Costa Car-valho, Zulmira de Freitas Salvador, Ze-no Borba Campos, Octavio Ferreira dosSantos, Olatvo Ferreira dos Santos, Au-gusto Pinto Nogueira Filho, Washingtonda Cunha, Anta Islã Coimbra Velloso,Mana Iria Pereira, José do PatrocínioMartins da Costa, Alfredo AugustoMendes Franco, Justino Mendes, Cacil-da Pamplcna, Rosevaldo Gomes Alves,Antônio Portella Netto, Galüea Morelli,Sebastião Azevedo, Mana da GraçaMachado Vidal de Araujo. MathildeEugenia Monteiro de Barros, Nelson P-do Amaral, Waldir Lopes, Bella Grin-glas. Lisete Azevedo da Silva, José Van-devaldo Hora, Anny Bittencourt daLuz. Cletisa Lutzow, Fernando T. Sa-bino, Abílio Henrique Marques Freitas.Yára Salgueiro, Jorge Jurkietvitz, Da-nilo Guerra, Boleslau Sadicoff, Orosim-bo Fulgencio. Raphael Paz, HaydeéCarneiro da Cunha, Rubens SanfAnnada Fonseca, Carlos Casemiro do Ama-ral, Antônio dos Santos, Carlos Augustode Araujo Franco. Luiza de Oliveira,Maria Theresa de Moraes, José Hcho-doro de Moraes, Luiz de Souza Lima»José Gerardo Lucas Potier, ítalo de Al-meida Berolatti, Mario de Oliveira, Sil-vio Grandinetti. Haroldo Carvalho Ro-cha. José Ferreira de Carvalho, Veroni-ca dos Santos Varella, Rodolf Singer,Lúcia Moraes Xavier, Hélio Arocira, Na-buco Duarte, Wanda Carvalho. HyderJúlio do Carmo, Luiz Jacvon de Figuei-redo, Norma Ferreira. Nelson RunucciPires, João Bosco Lemos Faria, RubemDias Leal. Moacyr Custodio Varejão,Walkyria Isabel Tavares da Silva, Ce-lestino da Silva Prata, Lindolpho Mar-tins F. Júnior. Yvanüdo de CarvalhoBarretto, Severino Jordão Ayrú CamposTar/ares, Neli Sant'Anna, Antenor Win-ckler. José Silveiro Leite Fontes, Eme-ly Saraiva. Aldo Karnos, Marcos Grin-berg, Lelia de Bulhões Pedreira, ElgsonRibeiro Gomes. Diva Braga Ramalho,Jeny Cony, Aluysio de Moraes Suckow,Alceu Souza Picanço, Haroldo Carva-lho R.

Foi premiada, com um lindo livro dehistorias infantis, o concurrente:

Aldo Karwasde 9 annos de idade e residente á ruaCoronel Travassos n° 663, em PortoAlegre, Estado do Rio Grande do Sul.

ÁS PROFESSORA _5> PARA FESTAS ESCOLARES

- i

Na orf-ani a.;ãc dos programm hs para as festas escclares lutam as senhoras professorascorn a falta de monolnj-os. cançonetas, duetos, coros, poesias e d alogos p.oprios ^ura ascreanças. E' que não é grande o números de livros escnptos sobre o assurr.pto. Ha, no em-tanfe um repenor.c de tude o q ie e necessário para oigitiizaçâo dos pro^raititnas de festasescolares. E' o Theutro d'O Tico lico, de Eustorgio VVanderley, o apreciado escriptor epoeia que todo o Brasil conhece.

No theatro d'0 Tico-Tno -ip a Livraria Pimenta de Mello & C., Rja Sache', 34 —Rio. vende pelo preço de _$IJO0 t leio Correio, registrado, 6$(H)0) ha a mais compièta col-lecçáo de CANÇONETAS DUETOS, COROS, COME-TlAS, FAKCAS SA1NETES SCE-NAS CÔMICAS DIÁLOGOS. POt.SlAS. MONÓLOGOS, etc. A's senhoras professorasrecummendamos tão utd e in eres^ante collectanea de theatro infantil.

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O TICO-TICO — 28 — 12 — Outubro — 1932

DRAGÕESPrincezas adormecidas, heróes meni-

nos, viagens miraculosas, castellis en-

cantados, peixes de escamas d» curo,

meninos perdidos, velhos rabujentos,

reis maus e rei*, bons:

São historietas de successo dolivro de Yantock

Uj ml mmú Ii"

Preço 5$D0O — Pelo correio 6S40O

Pedidos á casa BRAZ LAURIA.

Ives Dias,78 == Rio.

RESULTADO DO CONCURSO NU-MERO 3.690

Respostas certas:

1* — Anno — Anna.2a — Escuridão.3* —Fado — Fada._4l — Chave.5* — Condessa.

Solucionistas: Anta Islã Coimbra Vel-loso, Paulo Neves, Tininho de Lima Ca-mara, Elza Tertuliano dos Santos, Ma-ria Lindenberg Amóra, Eliete de Car-valho, Musa de Ângelo Castanheira, Se-bastião d'Angelo Castanheira, MariaTheresa Castanheira, Livio Hime, Al-varo Golart Nunes, Dirce Braga, ZenoBorba Campos, Maria Iria Pereira, Au-gusto Pinto Nogueira Filho, MariaAdalgisa Rodrigues Alves, Yára Sal-gueiro. Cacilda Pamplona, Dalva Couti-nho Carneiro, José F. Cordeiro, MarioGóes Tavares Honorato, Mariam No-brega. João Bcrgman, Darcy de Oli-neira, Walter Kalim Salomão. Hum-berto da Silva Pcçanha, Luciano Jo-sé Cabral Duarte, Luiz Silva Leal,Adewaldo Cardoso Botto de Bar-rros, Luiza de Seixas Barros. Elza Boe-chat, José Mauricio Cardoso Bottocie Barros. Walter Neves, José GlaucioMoraes. Newton Cerqucira de Carvalho,Dulcidio Ficher, Luiz Maria OrtigãoSampaio, Maria de Lourdes Rocha. Jo-

vem C- José Gomes, Waldemar Mette-gassi, João Maurico Cardoso, Nestorde Hollanda Netto, Branca Corrêa deOliveira, Oswaldo Costa Lima Filho,Vidal Dutra, Marcelo da Motta Azevedo,Isolina Rj/as, Luiz Guilherme de Frei-tas Coutinho, Diva Marque Leão Ar-

jnindo Ferreira Barros, João BaptistaBezerra. ílilberto Garcia Garrido, HildaVolclian, Waldyr Nascimento, Luiz Gon-zaga da Siiva, Helena Fontana Paolucci.Cleber Zoneckcr, Consuelo Maia de Oli-veira, Yvan Duarte, Carlos José CabralDuarte, Luiza de Seixas Barros, JoãoMauricio Cardoso Botto de Barros.Nclly Gagliardo, Segio Felicio dosSantos, Luiz Gonzaga da SiV'a, Ju-lieta Maron, Adelia Pcçanha de OH-veira Barros. Heitor Alves Vianna,Francisco das Chagas Lima Jardê Ama-c.or, Lila Rosa de Oliveira, HeloisaFranco Firmento. Jupycirema Montei-io, Fernando Tavares Sabino, Juril C.de Plácido c Siiva, Lucia Moraes Xavi-er, Paulo Gastão Leão, Luiz Victorino daSilva Carneiro', Hélio Bittencourt, Eras-:no Martins Pedro, Fernando de SeixasBarros, Nilo Alexandre das Neves, AlaydeSá dos Santos, Heliton Motta Haydt.Ncide Coelho, Ivo P- dos Santos, Maxi-mo José Azevedo do Amaral, Manoel D.Rodrigues, Hamilton dos Reis, OswaldoCândido de Souza, Bcrtholina Leite deCastro, Maria Lecticia Frota, ValentinaM. Breves, Edgard da Cruz Rangel Ju-nior,' Aluysio de Moraes Suckow, CeüaTorres da Cunha, Braccinin Braccini,Jorge dc Barros Pimentel, Talita S. da

PÍLULAS

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Director do Instituto i^sieur doRio de Janeiro, Medico da Creche daCasa dos Expostos. Do consultóriode Hygiene Iníantil (D. N. S- P.)Consultório: Kua Rodrigo Silva, 14-5*andar. 2", 4" e 6" de 4 ás 6 horas. —'¦>! 2-2604 — Residência: Kua Al-iredo Chaves, 46 (Uotatogo) — Tei.

6-0327.

Fonseca. Vannio Mario Collaço de Oli-veira, Maria Stella do Amaral Faria,Argeu Lemos Pelosi, Dulce de MirandaCordilha, Alceu Souza Picanço, HaroldoCanvalho R., Gastão de Aquino Almei-tia, Murillo Gonçalves Botelho. LauroMartins, Helena de Araujo Franco, Luizade Oliveira, José Hcliodoro de Moraes,José Luiz dc Oliveira, Maria dos Son-tos, José Freire de Carvalho, NelsonRanucci Peres. João Bosco Lemos Fer-reira, Rubem Dias Leal, Moacyr Custo-dio Varejão, Verônica dos Santos Va-rella, José Gerardo Lucas Potier, JoséSi.Veiro Leite Fontes, Ayni Campos Ta-vares. Y-yanildo Carvalho Barrctto, Car-los Hugo Winctekler, Francisco diíPaulo Collega,.

Foi premiada, com um lindo livro dehistorias infantis, a concurrente:

Helena de Araujo Francode 10 annos dc idade e moradora á Praiatias Flexas n. 169, em Nicthcroy. Esta-do do Rio de Janeiro.

Page 28: m, ir-^a„^^ jmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1932_01410.pdf · Rio Pardo e Caçapava. Em Caçapava a guarniçáo se rendeu, cahindo prisioneiro o gene-rai Anthero de Brito, commandan-te

12 — Outubro <—. 1932 O TICO-TICO

CONCURSO N. 3.699

PARA flS._LEITORES DESTA CAPITAI^ E DOS ESTADOS

ÔU5TVÀ_lU_t

\3_.e0jÇAíVD

Um concurso de composição, fácil

e interessante é o que hoje apresen-

tamos aos nossos leitores. A solução

do concurso é um provérbio. Para

encontral-a basta que os nossos ami-

guinhos completem as letras que fal-

tam na sentença acima.

As soluções devem ser enviadas á

redacção d'0 TICO-TICO, separadas

das de outros quaesquer concursos e

acompanhadas não só do vale quetem o n. 3.C99, como tambem da as-

Eignatura, idade e residência do con-

currente.

Para este concurso, que será encer-

rado no dia 8 de Novembro vindou-

ro, daremos como premio, por sor>

um lindo livro de historias infantis.

tiâes... faltenção l

_^^r9I v^£>-_«r-s/. \-^__\t^=^\ r&^VJ. \M Bü^tivt lis?

\ l ssi-iliiül * + *<*, _J |T . , __

fe_^9r__àa WS^ÍTSV l>y__JPtA. ®

f^"_» 3.699

CONCURSO N. 3.700

I'ARA OS LEITORES DESTA CAPITAL E DOS

ESTADOS PRÓXIMOS

Perguntas:

1» __ Qual é o planeta que é me-tal?

(4 syllabas)Paulo Cleto

2* — Qual é o beneficio que dizestar sempre correndo?

(3 syllabas).Arnaldo Pinto

3» — Qual é o nome de homemque lido ás avessas é embarcação?

(2 syllabas).Nestor de Hollanda Neto

4» — Qual é o peixe que o militarusa?

(3 syllabas).Nelson P. do Amaral

5" — Elle é jogoElla está nos sana tos.

(2 syllabas).Do mesmo

As soluções devem ser enviadas áredacção d'0 TICO-TICO, separadasdas de outros quaesquer concursos eacompanhadas não só do vale quetem o n. 3.700 como das declaraçõesde nome, idade e residência do con-'currente.

, Para este concurso, que será en-cerrado no dia 3 de Novembro dare-mos como premio, por sorte, entre assoluções certas, um rico livro de his-torias infantis.

Dae a vossos filhos o BONBONLAXO-PURGATIVO -- o purgativQ

ideal, efficaz e gostoso,

ft*»__v o \m1COttCllfc_0

Wí 3.700

SENHORA:üesde o seu apparecimento vem a revista n__.

»al de figurinos e bordados MODA E BORDA»DO conquistando a preferencia das senhoras bra*fileiras.

A Empresa editora deste mensario jubilosameii-»te animada com essa justa preferencia, resolve»melhoral-o em todas as suas secções e -especial-mente em sua feitura material. Assim é que doavários centros mundiaes de onde se irradia a me»da feminina, foram contractados serviços especiaesdos artistas em evidencia, dos mais notáveis crea»dores da elegância.

Com o ultimo numero que está ã venda, terãoss nossas patrícias occasião de verificar que MO-DA E BORDADO, revista editada em nosso paie,se iguala ou é muitas vezes melhor que as me-lhores publicações de figurinos feitas no estra__-geiro. Pode-se affirmar, sem receio de contesta*ção, que, embora seja 3$000 o seu preço paratodo o Brasil, MODA E BORDADO se equipa-ra a qualquer dos jornaes de modas procedente!do exterior e que aqui são vendidos a S500O.l.$000 e 12.000.

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DIATHESE EXSUDATIVA

Em certas creanças, por maiscuidadosas que sejam as mães, ap-!parece muitas vezes na cabeça umacaspa grossa que se chama seborréaIdo couro cabelludo.

Estas creanças, além disso, sãomuito sujeitas a processos irritatHvos da pelle, taes como: assadurasnas virilhas, na axilla, atraz da ore-lha. No rosto costuma apparecerum eczema que se chama crosta'láctea.

Freqüentemente estas creançassão também predispostas a res fria-dos acompanhados de coriza, rino->pharyngite, bronchite, etc.

Em medicina dá-se a denomina-ção de diathese exsudativa á pre-disposição especial do organismopara esses estados.

Devemos ter com taes creanças omáximo cuidado, a maior hygien.possível, pois, as menores irrita-ções da pelle provocadas pela uri-na ou pelo suor determinam comfreqüência extraordinária o appa-recimento de macerações da pelle ede piodernites — inflammaçõespurulentas da pelle. —

O que devemos fazer para com-"bater a diathese exsudativa?

E' hoje sabido que esta affecçãoé devida ás desordens provacadas,em grande parte, pela gordura daalimentação. Assim sendo, deve-mos fazer a creança ingerir a me-nor quantidade de goçdura possi-vel.

Nas creanças que são amammen-tadas no peito (o leite maternocontém mais gordura que o leitede vacca) devemos ou reduzir aquota de leite, dando á creança me-nos vezes o seio ou" então dandoo mesmo numero de vezes, porémmenos tempo de cada vez.

Podemos taml-.ni, principalmen-te se a creança já completou o se-gundo mez, instituir a alimentaçãomixta, por exemplo: 4 vezes leitematerno e 2 vezes leite de vaccadesengordurado ou então leitelho(Nutrida).

Outro factor importante è dimi-ruir a quantidade total do leite, oque podíamos fazer do quinto mezem diante, dando ao petiz uma so-

pa de legumes (feita sem gordu-ra).

Aos seis mezes receberá duas so*pas e assim aos poucos vamos ti-rando completamente o seio fazen-do entrar na alimentação as fru-tas, os legumes e leite de vacca omais desengordurado possive!.Desengordura-se o leite por meiode um apparelho chamado centri-fugador ou derramando-o variasvezes em panellas de fundo chato,deixando-o repousar e em seguidacuidadosamente retiramos comuma colher a gordura superior edamos a creança a parte restante

nas diluições que o medico aconse-lhar.

OCTAVIO DA VEIGA

AVISO — As consultas sobre regimesalimentares e doenças das creanças¦podem ser dirigidas ou para o con-stiltorio ou para a residência do

DR. OCTAVIO DA VEIGADoenças das Creanças — Regimes

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Direetor do Instituto Pasteur do Riode Janeiro. Medico da Creche da Casados Expostos. Do consultório de Hy-eienc Infantil (D. N. S. P.). Cônsul-torio Rua Rodrigues Silva, 14 — 5o an-dar 2*. 3* e 6* de 4 ás 6 horas. Tcle-phone 2-2604 — Residência: Rua Alfre-do Cha-vcs, 46 (Botafogo) — Tclcpho-

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12 — Outubro — 1932 .- 31 -. 0 TICO-TICO

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SENHORA

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Desde o seu appareclmento vem a revista mensal «Je figurinos c bordados MODAE BORDADO conquistando dia a dia a preferencia das senhoras brasileiras.

A Empresa edilora deste mensario jubilosamente animada com essa justa pre-ferencia, resolveu melhoral-o e ampllal-o em todas as suas secções e especialmenteem sua feitura material. Assim ó que dos vários centros mundiaes de onde se irradiaa moda feminina foram contractados serviços especiaes dos artistas mais em eviden-cia, dos maip notáveis creadores da elegância.

Com o numero de Outubro que está á venda, terão as nossas patricias oceasião deverificar que MODA E BORDADO, revisLa editada em nosso paiz, S9 iguala ou émuitas vezes melhor que as melhores publicações de figurinos feilas no estrangeiro.Póde-se affirmar sem receio de contestação que, embora seja 3$000 o seu preço paratodu o Brasil, MODA E BORDADO se equipara a qualquer dos jornaes de modasprocedentes do exterior e que aqui são vendidos a 8$000, 10$000 e 12$000.

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8 cores, 8 paginas a 2 cores.FIGURINOS

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creanças em geral, de fácil execução.MOLDES

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BORDADOSNos dois grandes supplementos soltos que vôm em todos os números de MODA E

BORDADO, encontrarão nossas leitoras 03 mais atl.rahentes, minuciosos e •artísticosriscos de bordados em tamanho de execução, para Almofadas. Stores, Sombrinhas, liou-pas brancas, Monograminas, Toalhas. Pannos e Crochet em geral, com as explicaçõesnecessárias para facilitar a execução.

CONSELHOS E ENSINAMENTOSVarias e utilissimas secções bem desenvolvidas sobre belleza. esthettca, elegância

e adornos para o lar, são tratadas com proficiência em MODA E BORDADO.

ARTE CULINÁRIAEm todos os números de MODA E BORDADO, profissional competente na arte

culinária receita innumeros dos mais deliciosos doces, bolos, manjares e outros deli-cados pratos.

|TJ|

Unlca no seu gênero no Brasil, Impressa pelos wals aperfeiçoados processos graphl-cos do mundo, é MODA E BORDADO a revista preferida de todas as famílias bra-slleiras, que nella encontrarão a verdadeira publicação para a casa.

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AS AVENTURAS DO CHIQUINHO

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Chiquinho estava á margem do Parahyba e viu uns homensatravessarem o rio embarcados numa balça. Esse meio de trans-porte é feito num tablado de madeira, collocado sobre tres ouquatro canoas.

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fl rorça nagua e o governo peias correntes cie terro e que ir.-zem a balça navegar de uma a outra margem do rio. E' navega-çào perigosa. Chiquinho logo que os homens desembarcaram, su-biu para a balça com...

SfSf%_J<

ss_s_)^;

Nas extremidades de uma das canoas, acha-se uma correnteque vêm de um rodízio. Esse, escorrega num fio de ferro, cujaspontas estão presas em pilastras de madeiras nas mareens do rio,em sentido transversal.

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..SiL? "

ATtCCHA

;..Benjamim e Jagunço. A embarcação poz-se a andar. Nomeio do rio e por falta de governo, a balça parou. Os meninosperceberam o perigo e puzeram-se a gritar, a pedir sDceorro. Ja-gunço comprehendeu a situação...

...aurou-se n agua e íoi á casa. A familia, vendo o cão todomolhado e afflicto, sahiu á procura dos .meninos, salvando-os da-quella perigosa situação.

Os garotos foram ««veramente reprenenaidos.