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Glicóis - Funções diversas para aprimorar o lubifricante / Tensoativos - Evolução para sistemas a base água amplia utilização.

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2ª CAPA

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Revista LUBGRAX • janeiro/fevereiro 2010 • 3

EDITORIAL

NÃO HÁ MAL QUE SEMPRE DURE

EXPEDIENTE

REVISTA LUBGRAX Ano I Nº 2 – Janeiro/ Fevereiro 2010

Capa: Imagem: Shutterstock

Produção: Sérgio Rodrigues

DiretorSérgio Ávila

Editoras responsáveis Maristela Rizzo – MTB 25.781

[email protected]

Miriam Mazzi – MTB [email protected]

Edição de arte e Editoração Alex Andrade

[email protected]

Editora de fotografiaIara Morselli

[email protected]

Marketing e eventos [email protected]

Gerente comercialFernando Mila

[email protected]

Circulação e assinaturasMilene P. Camargo

[email protected]

TraduçãoMarcio Mendonça

[email protected]

Pré-impressão e Impressão Van Moorsel

Lubgrax é uma publicação da Sergio Avila Editora e Eventos, dirigida

a profissionais e executivos de toda a cadeia produtiva de lubrificantes, óleos, fluidos e

graxas, associações, entidades, universidades entre outros.

Circulação: Nacional Tiragem: 5 mil exemplares

Rua da Consolação, 359 – conjunto 1401301-000 – São Paulo, SP, Brasil

Tel (11) 3151-5140 [email protected]

Começo de ano certamente não é das melho-res épocas para as revistas especializadas, de uma forma geral, que amargam quedas significativas - e às vezes até bruscas - em seus faturamentos publicitários. Esta não é

uma situação incomum ou mesmo inusitada para os que atuam em segmentos de comunicação dirigida. Com Lubgrax não foi diferente, embora o cenário se esboce distinto já para o curto prazo da publicação. Justificativa: a primeira edição superou toda e qualquer expectativa positiva, surpreendendo até mesmo a direção, que sele-cionou algumas das muitas correspondências que até à redação chegaram e que estão publicadas nesta edição. São profusões de cumprimentos e apoio e, principalmen-te, de apostas em Lubgrax, que começa a trilhar uma jornada embasada em informação, comunicação e prestação de serviços de qualidade.

Já que as primeiras páginas de uma bela história de sucesso junto ao mercado de lu-brificantes, fluidos, óleos e graxas foram iniciadas, queremos, em nome de toda a equipe de Lubgrax, agradecer os votos, sempre sinceros e carinhosos, de incentivo e de confiança que temos recebido de todas as partes do País e de vários segmentos do setor.

Voltamos a reiterar que a proposta de Lubgrax não é oportunista nem tão pouco pas-sageira, mas, ao contrário, visa o futuro e o desenvolvimento do setor no País que, con-forme nos revelou Eduardo Polati - profissional com longa experiência e entrevistado nesta edição - carece de formação de mão-de-obra especializada e de eficiência nos projetos de pesquisa e desenvolvimento.

Por isso, Lubgrax vai se manter fiel à sua proposta inicial de ser o veículo de comu-nicação do setor de lubrificantes, fluidos, óleos e graxas, trazendo para seus leitores o que de mais relevante acontece, aconteceu ou mereceu registro neste setor pujante e de crescimento inegável.

Baseados em informações de praticamente todos os entrevistados, só temos motivos para acreditar que, se houve alguma crise, ela se aquietou no ano passado, para perder totalmente a força neste que se inicia. Apostamos num período de crescimento intenso e, forçosamente, sustentável, com grandes avanços de tecnologias amigáveis à natureza e ao homem.

Se não há bem que perdure, certamente não há mal que sempre dure. Que venha 2010!!!

Boa leitura e um excelente ano para todos.Miriam Mazzi

ASSINATURAS [email protected] ou ligue (11) 3151-5140

Assinatura anual R$ 95,00Subscription other countries US$ 150.00

Air mail: US$ 200.00

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4 • Revista Lubrificantes • janeiro/fevereiro 2010

SUMÁRIO

34

50

24

Editorial 3

Cartas 6

Lube News 8

Entrevista 14

Tensoativos para lubrificantes 24

Perfil do fabricante – Houghton 30

Glicóis 34

Notícias & Produtos 40

Guia de Produtos 57

Editorialista Convidada 58

CADERNO GRAXOS – VEGETAIS E ANIMAIS

Distribuição - Carbono 46

Artigo 48

Serviços – Silubrin 50

Perfil do Fornecedor – Chemigal 54

Agenda 56

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Revista Lubrificantes • janeiro/fevereiro 2010 • 5

RELAÇÃO DE ANUNCIANTES

EMPRESA PÁGINA

Aboissa - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 3ª capa

Agecom - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 21

Arch Biocides - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 57

Arinos - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 57

Bandeirante Brazmo - - - - - - - - - - - - - - - - -9 e 57

Byk - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 49

Lubgrax Meeting - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 53

D’Altomare - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 57

Ebdiquim - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 27

Lanxess/RheinChemie - - - - - - - - - - - - - - 17 e 57

Lwart - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 55

EMPRESA PÁGINA

M.Cassab - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 23

Metachem - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 35

Munzing/Trayan - - - - - - - - - - - - - - - - - - 4ª capa

Oxiteno - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 29

quantiQ - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 13 e 57

Química Anastácio - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 57

Quimica&Petroquímica - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 37

Resitec/Miracema - - - - - - - - - - - - - - - - - 2ª capa

Solven - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 11

Uniamérica - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 57

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6 • Revista LUBGRAX • janeiro/fevereiro 2010

CARTAS

VOTOS DE SUCESSOAcabo de receber a Lubgrax Nº 1 e gostaria de parabenizá-los pela edição e dizer de antemão que acreditamos no( já) grande sucesso. Antonio Fornereto Química Industrial Grupo M.Cassab

Acabei de receber o exemplar da revista Lubgrax e, como era de esperar, está excelente, altíssimo padrão de qualidade e conteúdo, típico de vossas histórias e competências.Recebam meus sinceros parabéns por mais esse sucesso editorial, que seguramente serão vossas publicações. Gilmar O. PinheiroEPT Technologies

Gostaria de parabenizá-los pela qualidade da publicação e dizer que nos colocamos à disposição da redação.Sucesso para toda a equipe.Cristina CarolaAssessora de comunicação Bardahl

Sucesso com a nova revista. Abraços a todos da equipe. Contem comigo se precisarem de alguma coisa, até um simples café de amigo.José Roberto Signorini

Gostaria de agradecê-lo pelo exemplar, número 1, que me foi enviado, e gostaria também de parabenizá-los pelo excelente conteúdo. Com certeza será uma revista de grande sucesso.Alex CastellaniBusiness CoordinatorBASF

Fiquei muito feliz em receber o número 1 da revista Lubgrax, esse novo e grande desafio que essa equipe, minha velha conhecida, não no sentido da idade, mas do tempo em que nos relacionamos, começa a trilhar. Não tenho a menor dúvida de que pela competência de seus profissionais, pela experiência acumulada anos a fio em outra empresa de comunicação e eventos, fará com que esse novo desafio, como disse, tenha o mesmo sucesso que o anterior.Torço para que tenhamos uma revista de muita qualidade (isso é fácil para vocês) num segmento muito importante da nossa economia, com uma cadeia enorme de empresas atuando no setor. As informações, as entrevistas nessa primeira edição, nos dão essa garantia. Carecemos de muitas informações e tenho certeza que vocês nos cobrirão com todas elas.Mais uma vez sucesso para a Lubgrax e que contem sempre com um amigo.José Carlos Thompson

Renovamos nossos votos de sucesso neste novo projeto, desejando que o mesmo possa contribuir para o fortalecimento dos nossos laços comerciais.Paulo AmorimM. Cassab

Parabéns pelo lançamento da revista. Faço votos de muito sucesso. Naveguei também pelo site e o achei muito bom. Fatma Menezello Thorlay GomesABM Brasil

Gostaria de parabenizar pelo primeiro exemplar da revista Lubgrax. Leitura agradável e matérias interessantes.Roberto SarulsCastrol Industrial Lubrificantes e Serviços

Todos parecem empolgados com a chegada de uma revista especializada em lubrificantes. Espero que dê certo de veicularmos nossos clientes na revista.Rafael RamosTRV Comunicação

Fico muito feliz com o início do teu novo projeto e tenho certeza que será mais um sucesso na tua carreira. Nilo Martire Neto

Fue un placer reencontarlo.Hice llegar sus saludos a mi esposo quien se los retribuye gentilmente. La deseamos mucho êxito en este nuevo reto laboral y quedamos a las ordenes por cualquier información que precise de Uruguay.Rosario Klinger

Sergio, você foi muito importante frente à Paint & Pintura. Mas procurar novos desafios também é importante para o homem. Tudo de bom para você e muito sucesso.Dr. Manoel de Andrade

Parabéns, Sergio, você é e sempre será um vencedor. Seja onde estiver, estarei sempre ao seu dispor quando necessitar. Aqui também tem um amigo de coração grande por você. Sucesso!Júlio Andrade Premium Auditores e Consultores

Fiquei surpreso com sua saída da Paint & Pintura. Acho que grande parte do mercado deve ter tido a mesma reação que eu. Desejo a você muito sucesso nessa nova fase de sua vida.Sérgio Luiz Zegaib

Não tenho dúvidas que você terá sucesso em novas empreitadas profissionais. Seu trabalho frente à Ávila-Agnelo é a prova de sua capacidade. Boa sorte nessa nova área de atuação. Pena não ser um mercado de nossa área de TIO2. Conte com meu apoio!Carlos PiergalliniCristal Global

Admirei muito seu ato de coragem em enfrentar as mudanças e suas consequências. Desejo que você tenha o máximo de êxito nas suas decisões, sejam elas quais forem, e por favor não deixe de manter contato conosco. Fátima FernandesAdexim-Comexim

Bola para frente... Deus fecha uma porta e abre uma janela maior que a porta. Torço por você e conte com o amigo sempre que precisar. Galdino Machado

Certamente o seu novo caminho será repleto de realizações e sucesso. Você tem construído muitas coisas boas, por isso, somente coisas boas deverão acontecer-lhe.Grande abraço.Ricardo Provedel

Bom receber notícias suas! Espero que esteja tudo bem, e que em breve possamos saber de seus novos desafios.Antonio Carlos Ferracioli

Desejo a você muitas felicidades na nova caminhada. Você é um grande empreendedor, por isso o sucesso estará sempre ao seu lado. Hevila HarbexPetrobras

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Revista LUBGRAX • janeiro/fevereiro 2010 • 7

CARTAS

Você é como: - a água; sempre acha o caminho- a carpa; se adapta ao tamanho do tanque da águaSucesso a você. Saiba que estou sempre por aqui.Richard Dall’AcquaAltero Design

Desejo a você e à editora boa sorte e um bom trabalho nessa nova empreitada.Francisco D. DinizConsultor

Tenho certeza de seu sucesso, pois com sua experiência acumulada, talento e criatividade, não há o que dar errado.Luiza MorikawaMC Tecnologia Química e Consultoria

Apesar de não ser nossa área, boa sorte na nova empreitada.Amadeu de PaivaMetoKote Brasil

Desejo muito sucesso a vocês. É um grande mercado. Lembro bem da minha época à frente da Valvoline do Brasil no final dos anos 90. Você vai ter bastante trabalho.Sigo na torcida por você.Paul Edward Platt

Parabéns por esta nova iniciativa. Tenho certeza que partindo de você a revista será um sucesso. Você sabe que tem um amigo e que sempre ajudarei no que for possível. Carlos Tomassini

A Sérgio Ávila Editora acertou ao resolver criar um veículo de comunicação para este setor. Trabalhamos com lubrificantes desde o final da década de 50 e até hoje no Brasil não existia nada específico.Anselmo FrançaD’Altomare Química

Sergio Ávila e Fernando Mila, parabéns pela nova iniciativa. Desejo todo o sucesso do mundo e que o novo desafio logo traga muitos frutos.Abraços aos amigos.Paulo NorciaStardur Tintas Especiais

Gostaria de parabenizá-los pela nova editora e pela edição da revista Lubgrax, e enviar meus sinceros votos de sucesso neste novo empreendimento.Paulo SuhorebriWacker Química

A revista ficou ótima, parabéns, principalmente pelo Caderno Graxos. Maurício MöllerBiopetro

Agradeço pelo envio da revista. Parabéns pela revista.Paulo Sérgio da SilvaCadium

Parabéns pelo estilo de sua revista.José Antonio Santos RodriguesVictochem

CORREÇÕES

CarbonoGostei da matéria “Em busca de um lugar ao sol”, páginas 64 e

65, mas identifiquei um engano. No último parágrafo vocês fazem referência sobre a mudança de nome de Dipel para Carbono. A Dipel é uma outra empresa do grupo (TRR – Transportador e revendedor retalhista, que também vende lubrificantes), que ainda está ativa e funcionando. A Carbono sempre teve este nome, apenas foi adquirida pelo grupo em 1989.Rodrigo GabrielDiretorCarbono Química

LubrizolInicialmente parabenizo-o pelo lançamento da revista Lubgrax e agradeço a exposição dada à Lubrizol em algumas matérias publicadas nesta edição inicial. Por meio do exemplar gentilmente enviado, observei alguns pontos que merecem esclarecimentos e possivelmente, a seu critério, retificações em edições futuras.Na matéria “Um perfil otimista”, mostra-se um gráfico do market share das maiores empresas, assumindo que este representa o mercado total de lubrificantes. Como imagino que esta informação tenha sido extraída da apresentação que fizemos no evento Sinergia, informo que este não é o market share do mercado total, mas somente do segmento PCMO (passenger car motor oil) das empresas Sindicom, ou seja, é uma visão específica do segmento PCMO mostrado no gráfico da página 15. Vale lembrar que o evento Sinergia foi dedicado ao segmento automotivo, e ainda que o gráfico apresentado no evento não destaque este detalhe, o esclarecimento foi passado verbalmente aos presentes.Ainda na mesma matéria, na parte denominada “Migração”, sou citado como fonte das informações publicadas relativas ao mercado de óleos básicos. Ainda que eu aprecie a menção feita a mim, não creio ser justo beneficiar-me de trabalhos apresentados por outros profissionais do mercado. Como não posso precisar se tais informações foram obtidas no evento Sinergia e/ou no Simpósio de Lubrificantes, informo que o tema óleos básicos foi tratado no primeiro evento pela sra. Annik Varela, da quantiQ, e no segundo pelo sr. Bernardo Lemos, da Petrobras.Agradeço a atenção dispensada a esta mensagem e ofereço meus votos de sucesso para a revista Lubgrax.Marcelo Hipolito Sales Manager Lubrizol do Brasil

QUE VENHA 2010!Recebemos e retribuímos os votos de um próspero ano novo aos seguintes profissionais e empresas:

Altino Afonso, Anilton Ribeiro (Arinos), Carlos Abreu (Bandeirante Brazmo), Cintia Oliveira (Arinos), Edmir Bevilacqua (Resinar), Edson P. Castro (3M Industrial Business), Eliana Calixto (advogada), Elisabete Ponzetto (Oxiteno/Venezuela), Elvira Chagas (Makeni), Fábio Rosa (Oxiteno), Fabio Humberg (Editora CLA), Fátima Fernandes (Adexim-Comexim), Fatma Thorlay (ABM Brasil), Galdino Machado (Chemigal), Gilmar Pinheiro, JC Thompson, João Roberto TRayan (Trayan), João Rodrigues (quantiQ), João Vizagre (Itatex), José Roberto Signorini (consultor), Luiza Morikawa (MC Química), Manuel Mota (consultor), Marli Romanini (Burson Marsteller), MGA Comunicações, Nayara Cardoso (Agecom), Nilo Martire, Oscar Osawa (Jornal Metro), Paul Edward Platt & Família, Press & Mídia Comunicação, Roberto Saruls (Castrol), Sandra Libório (Oxiteno), Tania Salim, Ubiratan Leobe Gentil (consultor), Vanessa Coelho (RheinChemie/Lanxess), Victor Maluf e Vilage Marcas e Patentes.

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8 • Revista LUBGRAX • janeiro/fevereiro 2010

LUBE NEWS

NO HARM CAN LAST FOREVERThe beginning of year is certain-

ly not one of the best periods for in-dustry magazines in general, in that they suffer significant —and some-times even abrupt— falls in adver-tising revenues. This situation is nei-ther unusual nor surprising to those who work in any targeted com-munication segments. Lubgrax was no exception, although the scenario already seems special for a publi-cation so recently launched. The justification: the first issue exceeded any and all positive expectations, catching even our management by surprise, which selected some of the many letters that reached the news office to publish in this issue. It’s been a profusion of greetings, sup-port, and especially messages bet-ting on Lubgrax, which has set off on a journey based on information, communication and the provision of quality services.

Now that the first pages of a beauti-ful story of success with the market in lu-bricants, fluids, oils and grease products have been written, we wish to thank you, on behalf of the entire Lubgrax team, for the thoughtful, heartfelt best wishes, encouragement and trust which we have received from all parts of Brazil and several segments of the industry.

We reiterate that Lubgrax is meant to be neither an opportunistic nor an ephemeral publication; quite the oppos-ite, it aims at the future and the develop-ment of the industry in Brazil, which, according to Eduardo Polati, a very ex-perienced professional interviewed for this issue, needs education for a skilled workforce and efficiency in research and development projects.

For this reason, Lubgrax will faith-fully stick to its original purpose, which

is to be the publication of the lubricants, fluids, oils and grease industry, bringing its readers news on the most relevant things that are happening or have hap-pened or been worthy of a note in this powerful, undeniably growing industry.

Based on information from virtually all of those we have interviewed, we can only believe that if there was a crises, then it calmed down last year and com-pletely lost momentum this year. We bet that a period of massive and necessar-ily sustainable growth lies ahead, with major advances in environment-friendly and human-friendly technologies.

If no good thing can last forever, then neither can any harm. Let 2010 commence!!!

Enjoy reading and have an excellent year.

Miriam Mazzi

MAKENI CHEMICALS CLARI-ANT BECOMES EXCLUSIVE DISTRIBUTOR FOR MULTI-NATIONAL CLARIANT

After a bid, world leader in specialty chemicals Clariant entrusted Makeni Chemicals with the exclusive distribution of its end products and industrial process-es in the Metalworking, Biocides, Paint Additives and Construction industries.

This new distribution deal is part of Makeni’s strategy of expanding its product range with specialty chemicals for the coatings and surface treatment industries. Operations began in 2009, with specific sales services divided into management, coordination and internal support, covering São Paulo and other states through sales representatives.

Multinational Clariant is a global

leader in the field of specialty chemicals which pursues the goal of being closer to its customers, combining cutting-edge technology and innovation with high-quality applications in the services it pro-vides through distributors like Makeni.

SPECIALTY CHEMICALS TO RESULT FROM PARTNERSHIP BETWEEN SÃO MARTINHO AND AMYRIS

The São Martinho sugar and etha-nol mills, US-based Amyris Biotechnolo-gies and its Brazilian subsidiary Amyris Pesquisa e Desenvolvimento de Bio-combustíveis announced in December a partnership whose main goal is to produce higher value-added chemicals from sugar-cane.

Through the joint venture, the two companies will invest in a new plant to produce specialty chemicals for cosmetics, perfumes, detergents and cutting-edge synthetic lubricants.

As part of the deal, the São Mar-tinho group has sold to Amyris a 40-percent stake in the Boa Vista mill for R$ 140 million. Part of that money will be paid a transfer of 6 percent of the US-based company’s capital to the Bra-zilian group. The remaining 60 percent will remain with São Martinho.

VOMM BRAZIL SUBMITS PRO-POSAL TO ENHANCE SLUDGE

Vomm Brazil has developed a patented, continuous, low energy-consuming process that fully separates sludge from water (recovering it for water reuse) and prepares it for several business applications. It is known as a waste-enhancing process.

RIO GRANDE DO SUL-BASED LUVEX ACQUIRED BY ITW

Luvex, a manufacturer of personal

A essência da nossa química:

a sustentabilidade

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mar

ketin

g

O crescimento sustentável faz parte do nosso negócio. Através do profundo conhecimento de nossas distribuídas e desenvolvimento de nossas pessoas, oferecemos as melhores soluções químicas para nossos clientes, com total respeito ao ser humano e ao meio ambiente, criando hoje as condições para um futuro melhor.

www.bbquimica.com.br

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A essência da nossa química:

a sustentabilidade

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O crescimento sustentável faz parte do nosso negócio. Através do profundo conhecimento de nossas distribuídas e desenvolvimento de nossas pessoas, oferecemos as melhores soluções químicas para nossos clientes, com total respeito ao ser humano e ao meio ambiente, criando hoje as condições para um futuro melhor.

www.bbquimica.com.br

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10 • Revista LUBGRAX • janeiro/fevereiro 2010

LUBE NEWS

protection products located in Porto Ale-gre, Rio Grande do Sul, has just been acquired by ITW Chemical, part of a US-based group by the same name. In Brazil, the company has a location in Embu, São Paulo.

Luvex manufactures skin cleaning and protection creams, lotions and gels for workers exposed to high tem-peratures and the action of chemicals.

ITW Chemicals provides a wide range of products, including metalwork-ing lubricants, anticorrosive materials, anti-spatter products for welding, and materials for non-destructive trials.

FOR FAMILY FARMINGPetrobras Biocombustível and Banco

do Brasil have signed an agreement to fund a family farming program in the amount of R$ 90 million. The program is focused on the growing of oil seeds, such as castor oil plant and sunflowers, to produce biodiesel at the Quixadá, Mon-tes Claros and Cadeias plants, located in the states of Ceará, Minas Gerais and Bahia, respectively. The partnership en-sures both the access to credit and the sale of all oil seeds produced.

PRESIDENT OF COSAN COM-BUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES TO TAKE CARE OF NEW BUSI-NESS SUPPORT CENTER

Cosan will centralize the supporting activities of all of its business units and customer service centers by creating the Business Support Center. Located in Piracicaba, São Paulo and employing around 800 people, the Business Support Center will work on the stan-dardization of all supporting activities performed by Cosan S.A., Cosa C.L., Radar, and Rumo Logística.

Unprecedented in the industry, the project has received investments of

R$ 30 million and will be opened this year. The Business Support Center will be run by its vice president Carlos Al-berto Piotrowsky, currently president of Cosan Combustíveis e Lubrificantes.

HILUB ACQUIRES PREDITIVAHilub, a Brazilian company special-

izing in lubrication management, has acquired the Preditiva Group, which provides predictive maintenance man-agement services for industrial business-es. The deal has made Hilub one of the first companies in the world to provide comprehensive maintenance services by enabling an integrated management of predictive maintenance and lubrica-tion management techniques and tech-nologies, thus allowing the company to make more ambitious commitments to customers in terms of results.

With the acquisition, the organization will also add 35 new professionals to its current staff of 400 employees, including specialized engineers and technicians, and will close 205 new contracts, pro-jecting sales of R$ 25 million for 2010, against last year’s R$ 18 million.

API APPROVES NEW GF-5 CATEGORY

The American Petroleum Institute (API) has concluded and passed the specifica-tions for a new passenger car engine oil category, the ILSAC GF-5. Products meeting GF-5 will be licensed begin-ning on October 1st. The API’s Lubricants Committee now must quickly hammer out the wording for the API SN engine oil categories, which will include the viscos-ity grades not covered under the ILSAC specification, such as SAE 10W-40.

Provided that the API SN and API SN Resource Conserving categor-ies are balloted successfully, they will begin licensing on October 1st, 2010.

However, oils which already meet the requirements of SN or SN Resource Conserving may be labeled as API SM or API SM Energy Conserving as of January 1st, since the new category is backward compatible.

LUBRICATING THE MACHINESRecognized as a pioneer in the indus-

trial lubrication and maintenance market, São Paulo-based Silubrin has revolution-ized the industry in Brazil by entering into international partnerships whereby the company has received knowledge from experts all over the world, including US-based Noria, one of the world’s largest lubrication training and consulting firms. Using the know-how that it has gained, Silubrin has been providing over 200 customers with more cost-effective solu-tions and, most importantly, strengthening its relationships with them.

The company has a range of lubri-cation solutions in its portfolio, from a complete lubricant analysis laboratory, through cutting-edge equipment to per-form lubricant filtration and decontam-ination services, up to experienced centralized lubrication specialists. In addition to its services, Silubrin provides several products as exclusive distributor in Brazil, as well as products which the company itself has developed, such as OilBox, a environmentally compli-ant and safe way of storing lubricants and keeping them free of contamin-ants, iCan, a comprehensive range of products that help to store and apply lubricants fast and ergonomically, a comprehensive range of filters to assist in removing liquids or solid contamin-ants, a line of movable filtration units, and field test cases for contamination level detection.

Headquartered in São Paulo, Silu-brin has 800 employees spread over the

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national territory, from the State of Ama-zonas to Rio Grande do Sul. In addition to its São Paulo headquarters, Silubrin has offices in Recife, Rio de Janeiro, Santa Catarina and Rio Grande do Sul.

CARBONO AND BRACOL STRIKE “GREEN” PARTNER-SHIP

Carbono has recently sealed a deal with Bracol, part of the Bertin Group, to produce dimeric acid from renewable sources. It is now launching an unpreced-ented line in Brazil, based on the concept of “green oleochemistry”. The products arising out of the partnership will be used to produce lubricants, greases, house-hold cleaning items, etc. Bracol will be responsible for the production infrastruc-ture and raw materials. Carbono will sell on an exclusive basis, and the technol-ogy transfer will take place through Car-bono Engenharia, a Carbono company focused on this field.

For now, the new product will be directed at manufacturers of lubricants, epoxy (polyamides) and adhesives, and no figures are anticipated as to what the share of which will be. Initial-ly, the production of dimeric acid will range from 30 to 40 tons per month.

WOMEN & POWERWho dares say we have not? Yes,

we have! We have come into power. It was back in the 19th century when women started climbing up to the high-er levels of power. It took two world wars for women to be finally appreci-ated in the 20th century. There were many men blocking the way, shutting the doors, and even daughters of Asian couples would be killed after birth for being considered too weak to work. The only role women would play would be that of procreating, preferably giv-

ing birth to men. Nevertheless, women have reached the top in both politics and corporations.

With this shift in the world scenario, women need to build their own finan-cial future, and more and more people depend on them at home and at work. Women currently represent 41 percent of Brazil’s workforce. In the United States, they have reached a half of the entire workforce, boosting accountabil-ity and competitiveness.

In Brazil, 35 percent of all women heads of household while doing jobs that require a higher education. How-ever, notwithstanding that they are com-peting with men for jobs, they are paid statistically lower salaries compared to men in equal positions.

LACK OF QUALIFICATION STILL CREATES CONFLICT IN THE INDUSTRY

Eduardo Polati, with degree in Mechanical Engineering from FEI São Bernardo do Campo, São Paulo, is one of those professionals who has an enviable career, especially in the fuel industry, a field taken up by only a few experts. Polati is currently lead-ing PowerBurst, a service and technol-ogy company focused on research and development of products for the auto-motive industry. A pioneer in the market segment in Brazil, PowerBurst develops technologies and products and creates solutions in special formulations for fuels, lubricants and additives.

Long before flying solo, Polati took the path of academic improvement: he got a master’s degree in power and propulsion at FEI, and then special-ized in fuels and distillates in Oxford, England. He took the early steps of his career at Shell in England, which he joined as a trainee and where he

wound up building a solid 20 years’ career in research and development. “Half that time in lubricants, and half in energy,” he says.

During his three years working at Shell’s research center in England, he was given the opportunity to coordin-ate the product and service develop-ment team for Ferrari. In that period, he worked on strategy, techniques and logistics. When he left Shell and returned to Brazil, he was hired by Valvoline International, where he was responsible for lubrication technologies for Latin America for four years, which included five plants in South America and Central America.

In the full version of this interview, available in Portuguese only, Polati talks about the universe of lubricants and makes a few warnings about things like the need for more qualification among Brazilian professionals working in the industry, especially in technical roles.

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LUBE NEWS

An advocate of a holistic approach, he questions the partnership model used by the government through the CNPq (National Council on Scientific and Technological Development) with pub-lic universities, which in his view should have more valuable practical results in relation to their cost. “As far as I’m concerned, it’s put to inefficient use. It results in a merely academic project the developers of which, i.e. the professor plus three students at best, have no business vision,” he provokes.

YESTERDAY, TODAY AND AL-WAYS

It was just thinking exactly about its new customer profile that Houghton, a company with global activity in industrial lubricants and chemicals, developed its FluidCare, a broad-spectrum chemical management process designed for cus-tomers who are looking to reduce costs while improving both process control and end product quality.

Carried out by Houghton Inter-national for two decades, the program is underpinned by the company’s 144 years of proficiency in the development of product and process technologies. “We’ve incorporated into the Fluid-Care program all of Houghton exper-tise for the benefit of our customers in all market segment covered by our product range, which includes allocat-ing resident Houghton personnel to em-ploy and control the management tools needed to optimize processes,” says Pedro Luiz Pioli, manager at Houghton Brazil’s FluidCare.

According to him, the company understands that customers want more than just products. Accordingly, not only does the company select the initial product, it also provides the application technology and control service during

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the entire process. In other words, in addition to the product itself, Houghton provides full technical support, setting physicochemical parameters for each product used in the operation and, where necessary, introducing continu-ous technical support through its own specialized laboratories.

MIXING TO LUBRICATE

“Water and oil don’t mix,” as the saying goes. But when it comes to chemicals, especially lubricants, it shouldn’t be taken literally. This is be-cause two substances which don’t mix can nonetheless become a mixture when linked by a third element —tenso-active agents in this case.

Technically speaking, tenso-active agents act on the interface with differ-ent surfaces, such as oil-water or water-oil systems, micro-emulsions, milky emulsions, liquid-air systems, etc. Tenso-active agents are used to link non-polar systems (mineral oil) with polar systems (water), which have different charges and therefore would never mix without the presence of a tenso-active agent, which actually organizes and joins the two charges together.

Also known as surfactants, these raw materials modify tensions in dif-ferent fluids. In the lubricant industry, tenso-active agents are primarily used in oil-in-water systems to make the oil soluble in water.

The steel, metalworking and textile in-dustries are some of the leading users of tenso-active agents. In the steel and metal-working industries, they are part of lubri-cant formulations, which are oil-based.

A PROMISING FUTUREAlso known as poly glycols or poly-

propylene glycols, glycols play a variety of roles thanks to the fact that they are

raw materials made from polymers which vary in size. In other words, they can be either short or long-chain, and therefore it is the specified poly glycol classes that will determine the applications, which are various from a segment to another.

In the lubricant industry, among other things, they are used as second-ary agents for brake fluid formulations, where they can also control intumes-cence in rubber seals on oil lines, as antifreeze additives for fluids used at low temperatures, in metalworking oil formulations and fire-resistant hydraulic fluids, often to impart heat resistance to lubricants in general, and as high-performance lubricant agents for syn-thetic lubricant formulations, for having properties like variable solubility in waterborne systems, reverse solubility, low toxicity and irritation, outstanding oxidation and heat stability, low min-imum flow rates, a broad, high viscos-ity range, and the fact that they can be easily removed from any surfaces, leav-ing no waste.

CHEMIGAL AND BRASPAIN ON THE VEGETABLE OIL TRACK

Chemical company Chemigal, in conjunction with its associated company Braspain Eco Diesel, both of whom be-ing the proprietors of the “Biossônico”, or Biosonic system, which is used to produce biodiesel in an economical, environmentally compliant manner, an-nounced that its research on the produc-tion of vegetable oil-based additives and lubricants is at an advanced stage.

In addition to its utilization in biodiesel production, Chemigal’s patented system is now also used in liquid waste treat-ment, in brackish water and seawater desalination, to produce resins, plasticiz-ers and polymers, and to recover dirty solvents and contaminated oils.

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ENTREVISTA – EDUARDO POLATI

Por Maristela Rizzo e Miriam Mazzi

FALTA DE QUALIFICAÇÃO AINDA GERA ATRITO NO SETOR

O engenheiro mecânico Eduar-do Polati, formado pela FEI de São Bernardo do Campo (SP), é desses profissionais com tra-jetória invejável, notadamente

no setor de combustíveis, um terreno habitado por poucos especialistas. Atualmente Polati é o comandante da PowerBurst, empresa de ser-viços e tecnologia voltada para a pesquisa e o desenvolvimento de produtos na área auto-mobilística. Pioneira no Brasil neste segmento, a PowerBurst desenvolve tecnologia, produtos

e cria soluções em formulações especiais para combustíveis, lubrificantes e aditivos.

Muito antes de se dedicar à carreira solo, Polati incursionou pelo aperfeiçoamento catedrá-tico: fez mestrado em energia e propulsão pela própria FEI e especializou-se na área de combus-tíveis e destilados em Oxford, na Inglaterra . Seus primeiros passos profissionais aconteceram na Shell inglesa, onde ingressou como estagiário e acabou construindo uma sólida carreira de 20 anos na área de pesquisa e desenvolvimento. “Metade desse tempo em lubrificantes e metade em energia”, interfere.

Durante os três anos em que atuou no centro de pesquisas da Shell na Inglaterra teve a opor-tunidade de coordenar o time de desenvolvimen-to de produtos e serviços para a Ferrari. Nesse período, experimentou as áreas de estratégia, técnica e logística. Ao sair da Shell e regressar ao Brasil, foi contratado pela Valvoline Interna-cional, onde, por quatro anos, foi o responsável por tecnologia em lubrificação para a América Latina, tendo sob sua responsabilidade cinco fá-bricas na América do Sul e América Central.

Nesta entrevista, Polati aborda o universo de lu-brificantes e faz alguns alertas, como a necessidade de maior e melhor capacitação profissional dos pro-fissionais brasileiros que atuam no setor, principal-mente na área técnica. Defensor do conhecimento holístico, questiona o modelo de parceria praticado pelo governo por intermédio da CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecno-lógico junto às universidades públicas, o qual, em sua opinião, deve ter seus resultados práticos me-lhor avaliados em relação ao custo que representa. “Para mim, trata-se de dinheiro mal empregado. Fez-se um projeto meramente acadêmico, pois quem o desenvolveu, no máximo o professor e mais três alu-nos, não tem a visão de negócio”, dispara.

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ENTREVISTA – EDUARDO POLATI

Lubgrax: Que análise pode ser feita do per-fil do profissional da área de lubrificantes no Brasil?Eduardo Polati: Por ser um setor carente de infor-

mações, o mercado de lubrificantes demanda muita atenção, principalmente na área técnica. Já na área de negócios, qualquer profissional com formação acadêmica em administração pode entrar. Esse segmento tem particularida-des como qualquer segmento de negócios. A verdade é que existe pouca disponibilidade desse know-how no mercado. A maioria das pessoas que está atuante o faz em empresas ligadas ao ramo de petróleo e afins.

Lubgrax: Em todos esses anos no setor, você chegou a realizar algum trabalho para a Petro-bras ou ANP (Agência Nacional do Petróleo)?Polati: Tenho participação em muitos temas

que são discutidos na ANP, no sentido de referência. Por exemplo, na legislação bra-sileira, para registro de aditivos para com-bustível, existe um procedimento que eu de-senvolvi na Inglaterra. Aqui, na PowerBurst, meu principal cliente é a Shell, que veio em busca da inteligência que adquiri nos meus 20 anos de atuação lá. Na área de petró-leo já tive clientes como STP, ITW, Petrobras, Ipiranga, Esso Mobil, entre outros.Uma das atividades que me fizeram trilhar a carreira solo foi a área de competição. Fui responsável pelo desenvolvimento do business plan racing da Shell no mundo. Quando voltei ao Brasil, notei que havia um buraco, uma lacuna muito grande nesse ne-gócio, principalmente na área de combus-tíveis e lubrificantes especiais, e uma das primeiras atividades que realizei foi desen-volver combustíveis e lubrificantes para o segmento de competição e acabei criando especificidades para algumas equipes.

Lubgrax: Você falou sobre a falta de acesso ao pleno conhecimento desse mercado. Como está a disponibilidade de ensino para os inte-ressados nesta área?

Polati: Há universidades que têm cursos espe-cíficos há 10 ou 15 anos e que, por con-ta da necessidade de desenvolvimento de profissionais foram patrocinadas por empre-sas, como a Petrobras. Um deles é o curso superior de engenharia e petróleo da Uni-camp, em Campinas, que tem respeito in-ternacional e já conta com pós-graduação, mestrado e doutorado. Na USP há cursos de especialização e mestrado nas áreas de ciência em atrito e de tribologia, que fazem parte da engenharia mecânica. A Univer-sidade Federal do Rio de Janeiro, também patrocinada pela Petrobras, oferece cursos de engenharia de petróleo. Existem cursos também na área de engenharia de energia, na Bahia, Pernambuco e no Rio Grande do Sul e, talvez, no Ceará, pois a Petrobras é muito atuante em Fortaleza.Na minha época, ou você se formava como engenheiro químico ou engenheiro mecâni-co e dentro da própria indústria adquiria o conhecimento necessário por meio do de-senvolvimento e testes de produtos. Hoje em dia já existem cursos específicos para esta segmentação de mercado. Por um lado, há especialistas com boa formação, por outro não há pessoas com visão holística, ou seja, profissionais que enxerguem o contexto como um todo, que foi o meu caso. Não tive a oportunidade de aprender na faculdade; acabei adquirindo uma visão de negócio, de estratégia, de ad-ministração, de tecnologia, produto e tudo o mais. Lógico que seria melhor se naquela época já tivesse um curso específico, mas o que vejo é que hoje as pessoas são muito mais focadas em nível específico, o que por um lado é bom. Mas devem ser poucos os que têm a oportunidade de ir para a USP.

Lubgrax: O governo e a iniciativa privada estão conseguindo se unir em torno do proje-to de capacitação da mão de obra?Polati: A universidade não se movimenta se

não houver uma perspectiva de parceria,

“Por um lado, há especialistas com boa forma-ção, por outro não há pessoas com visão holística, ou seja, profissionais que enxerguem o contexto como

um todo”

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o que acabou acontecendo em função da movimentação da Petrobras.

Lubgrax: Ainda há uma grande carência na área técnica no Brasil?Polati: Sim, e sempre haverá.

Lubgrax: E, neste caso, o Brasil vai ter que acabar recorrendo para o mercado interna-cional na busca por profissionais?Polati: Isso já está acontecendo. Não há

como ser diferente. A engenharia como um todo está deficitária. Há poucas universida-des públicas, que geralmente têm limitação de vagas e, nas privadas, o custo de forma-ção de um engenheiro é tão alto que ele leva mais de dez anos para ter um retorno do investimento. Ele sai da universidade ganhando muito pouco, pois o salário de engenheiro é marginal quando comparado a outras profissões, o que o leva a optar por outra carreira.Não existe nenhum reitor de universidade que não fale a mesma coisa: se nos próxi-

mos 20 anos o mercado não mudar o perfil do engenheiro no País, vamos acabar im-portando 50% dessa demanda profissional, o que ficará muito caro.

Lubgrax: Levando em conta que as universi-dades públicas não têm vagas, não seria uma bandeira a ser levantada pelas particulares?Polati: Sim, mas está acontecendo um cená-

rio muito ruim: as faculdades privadas estão oferecendo cursos a preços mais baixos para viabilizar a engenharia, só que cus-tos mais baixos significam deficiência no ensino. Qual é a consequência disso? Uma quantidade muito grande de engenheiros totalmente despreparados, sem experiência e sem visão.

Lubgrax: Ou seja, estão mais para tecnó-logos?Polati: Eu diria que nem para tecnólogos,

pois o tecnólogo tem a prática aplicada. O engenheiro mal formado não sabe nada, nem escrever.

Lubgrax: E no aspecto de tecnologia? Como analisa o mercado brasileiro atual?Polati: O mercado brasileiro mudou muito nos

últimos 15 anos, quando Fernando Henri-que Cardoso assumiu a presidência da República. Houve uma mudança de inves-timentos, de perfil, de incentivos e fomentos na área de ciências e tecnologia. Com o governo Lula esse fomento cresceu, houve progresso. Hoje, o Brasil é muito mais de-senvolvedor de conhecimento e tecnologia que no passado. Quando estava na Inglaterra, observei uma situação que me chamou muito a atenção: o país deixou de ser voltado à produção para ser um prestador de serviço com mui-to mais valor agregado. Hoje, a Inglaterra é um dos países mais ricos do mundo em função exatamente disso: vende tecnologia como prestação de serviço e, eventual-mente, possui facilidades internas que lhe

“A engenharia como um todo está deficitária. Há poucas univer-sidades públicas, que geralmente têm limitação de vagas e, nas privadas, o custo de formação de um engenheiro é tão alto que ele leva mais de dez anos para ter um retorno do

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proporcionam a condição de produzir essa tecnologia com qualidade. Quando voltei ao Brasil, observei esse mesmo comporta-mento na área acadêmica, que começava a ter mais interação com a indústria, com o mercado, desenvolvendo projetos com ob-jetivos finais bem mais delineados, graças, também, ao dinheiro do governo incentivan-do esse perfil de desenvolvimento da tecno-logia. Ao mesmo tempo, o governo passou a dar a oportunidade à indústria de investir em pesquisas e desenvolvimento de tecno-logia em troca de incentivos fiscais. Então, começou a existir muita interação entre a indústria e a universidade, uma vez que a indústria não quer ter o ativo da pesquisa e desenvolvimento, mas a terceirização desse trabalho. Num determinado momento, pas-saram a ser firmados os convênios para ab-sorção, pelas indústrias, da tecnologia que é desenvolvida dentro da universidade. Ou seja, a indústria patrocina por um determina-do momento a implantação do laboratório de pesquisa, a formação dos profissionais e depois simplesmente absorve essa tecnolo-gia com as parcerias tecnológicas.

Lubgrax: O que é mais barato: a indústria ter seus centros de pesquisa e desenvolvimen-to ou bancar as áreas de pesquisa das univer-sidades?Polati: Mesmo as empresas que possuem os

próprios centros de pesquisa acabam tam-bém por fazer parcerias com universidades. Acredito que a resposta será dada nos pró-ximos 20 anos, e também que, se ninguém cortar essa visão estratégica do governo, o País vai crescer muito em tecnologia, pois temos uma competência estupenda em de-senvolver novas tecnologias, muito maior do que qualquer outro país. A única coisa que nos falta é disciplina. Às vezes somos mais lentos nesse desenvolvimento, pois acaba-mos assumindo muito do todo e pouco do específico e daí não dá tempo, pois o espe-cífico fica esgotado e diluído no todo e não

dá certo. Nesse aspecto nós precisamos mudar um pouco nossa cultura de como ad-ministrar o desenvolvimento da tecnologia.

Lubgrax: Especificamente no setor de lubri-ficantes, quais as perspectivas que você vê em curto prazo?Polati: Falar em curto prazo é meio complica-

do quando se trata do mercado de lubrifi-cantes, pois leva muito tempo para desen-volver tecnologia nesse segmento. Primeiro porque as tecnologias em nível de molécula são muito complexas e a avaliação é mais complexa ainda. Quando você termina toda a avaliação de laboratório e vai a campo e lá nada se concretiza é preciso voltar atrás. O ciclo de desenvolvimento de produtos nesse segmento é de no mínimo dois anos e, em média, de três anos para maturação. Isso não mudou nos 30 anos em que estou no segmento. Mas existem produtos que são desenvolvidos com ci-clo de vida muito curto, principalmente no segmento automotivo, que é a área onde existe maior parcela de investimentos no desenvolvimento, mas, estranhamente, é o mercado menos rentável. A única exceção é o segmento de especialidades, de nichos de mercado, que apesar de ser muito rentá-vel é consumido em volumes pequenos. Já no segmento indústria, os desenvolvimentos são mais ligeiros, pois existe um ‘empurrão’ da indústria para que essas tecnologias se desenvolvam, pois se trata de um setor que assimila rapidamente essas novidades. Eu diria que uma área que, nos próximos dez anos, estará invertida em termos de market share são os lubrificantes biodegradáveis.

Lubgrax: Este é um segmento bem desen-volvido no Brasil?Polati: Falta muito conhecimento de pesquisa

sobre aplicação do produto, sobre equipa-mento. São encontradas coisas fantásticas no laboratório, mas na hora de ir para o campo bate-se com a cabeça e não se sabe

“Se ninguém cortar essa visão estratégica do governo, o País vai crescer muito em tecnologia, pois temos uma competência estupenda em desenvolver novas tecnologias, muito maior do que qualquer outro país. A única coisa que nos fal-

ta é disciplina”

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para onde vai. Esse tipo de pesquisa tem um aspecto multidisciplinar, ou seja, é preci-so reunir especialistas de várias áreas para conseguir desenvolver a pesquisa de forma competente, e isso não faz parte da nossa cultura, não costumamos trabalhar assim. O inglês já faz isso. Ele coloca em uma mesa o matemático, o administrador, o engenheiro químico, o engenheiro mecânico, o formu-lador, o técnico, o laboratorista, o pessoal de marketing, entre outros. Ele coloca todo mundo na mesa, define qual é o objetivo do projeto, qual é o produto que vai ser desen-volvido, além da responsabilidade de cada um e o cronograma do trabalho. O trabalho é entregue na data certa, funcionando e com o cronograma fechado. Vida de produto na Inglaterra é de seis meses. O produto nas-ce, vive e morre em apenas seis meses. Se você não é ágil no seu projeto não vence o mercado, estará sempre atrás. Aqui não. Há produto que está há 40 anos no mercado.

Lubgrax: Na sua visão, o segmento de sin-téticos tende a crescer?Polati: Isso é uma consequência natural, pois

os lubrificantes derivados de petróleo que não sejam sintéticos tendem a gradativa-mente desaparecer do mercado. Primeiro porque se pensarmos em termos de corte de refino, quanto mais clara a refinaria, mais rentável é o negócio. Mais claro significa pegar aquelas cadeias de moléculas imen-sas, quebrar e formar cadeias de produtos de geração de energia. Lubrificante é uma parte do resíduo de processo, que é sofisti-cado. Mas aquele resíduo que fica no fun-do do tacho da refinaria é transformado em óleo básico. Processos caros para fazer um Grupo II ou Grupo III.

Lubgrax: Quer dizer que vender óleo bási-co não é um bom negócio?Polati: Acontece que essa complexidade de

processo não pode ser repassada ao cus-to do produto. Então, a margem de lucro

para vender óleo básico não é tão atrativa, a não ser em produtos mais complexos, os quais a refinaria trabalha em nichos de ne-gócios, que são o Grupo IV, formado pelas polialfaolefina e, eventualmente alguns deri-vados do Grupo IV. Só que no momento em que se começa a criar escala de produção de óleos básicos a partir de fontes renováveis reduz-se o custo desse processo. Além disso, eles são mais simples de produzir do que os derivados de petróleo. Por exemplo, para fazer um processo de hidrogenação de Grupo II ou I para produ-zir Grupo III é um gasto de energia muito grande, pois é preciso produzir hidrogênio e essa produção consome uma quantida-de de energia elétrica muito grande, que encarece o produto, tornando seu preço incompatível com o custo, por isso a mar-gem é pequena. Quando se aumenta o vo-lume produzido, reduz-se o custo unitário, pois o processo é mais simples para produ-zir ésteres, compostos polimerizados, plás-tico, com uma diferença: trata-se de fonte renovável.

Lubgrax: Ou seja, os produtos feitos a par-tir de fontes renováveis só têm boas perspec-tivas pela frente?Polati: Haverá, no curto prazo, uma competi-

ção entre produtos de fonte renovável com produtos de fonte não renovável. O que eu acho que fará uma diferença muito grande é a opinião pública, que é muito dirigida pela mídia. As pessoas estão mais preocupadas com o ambiente e com os impactos produzi-dos. As empresas que querem consistência na imagem vão ter que caminhar para este tipo de tecnologia e, aí, começam a dar mais força para o segmento, não só para os investimentos de desenvolvimento de no-vas tecnologias, mas também para a viabi-lização comercial deles. Óbvio que ainda vão continuar as commodities na área de petróleo até ele se esgotar. O que eu acho pouco provável.

“Vida de pro-duto na Inglaterra é de seis meses. O produto nas-ce, vive e morre em apenas seis meses. Se você não é ágil no seu projeto não vence o mercado e estará sempre atrás. Aqui não: há produto que está há 40 anos

no mercado”

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Lubgrax: É pouco provável que o petróleo se esgote?Polati: Sim, simplesmente porque vai haver

uma grande queda na demanda de petró-leo e derivados. A exploração vai cair e os preços vão, eventualmente, aumentar, mantendo ainda o ciclo vivo. É sempre uma questão econômica; é a matemática financeira que leva a esses balanceamentos de tecnologias. Na área de desenvolvimen-to de produto para lubrificantes derivados de petróleo já estamos atingindo o limite do limite. Acredito que outros compostos vão incrementar o desenvolvimento dessas tec-nologias, além de produção de aditivos e compostos para lubrificantes também origi-nários de fontes alternativas.Tenho lido muitas matérias sobre trabalhos que estão sendo feitos nas universidades liga-dos à produção de aditivos para lubrifican-tes a partir de fontes renováveis. Eu estava lendo uma reportagem sobre uma pesquisa que está sendo feita em uma universidade no Nordeste de um professor que está desenvol-vendo um aditivo a partir de fonte vegetal, acredito que seja soja, que é um aumentador de octanagem de gasolina.

Lubgrax: Na sua avaliação, é uma bobagem?Polati: É uma bobagem do tamanho da por-

centagem de álcool que tenho que colocar na gasolina para aumentar a octanagem! É exatamente a mesma coisa. Que ele faça um composto metálico a partir de uma fon-te vegetal posso até concordar, pois ele pegou uma molécula orgânica de longa cadeia, colocou um metal na ponta, com-binou de alguma forma e aquilo passou a ter uma propriedade de combustão especí-fica; depois ele utiliza PPM desse compo-nente para produzir o efeito. Agora, para ele desenvolver uma cadeia orgânica que tem propriedade de alto índice de octana para misturar na gasolina vai precisar colo-car 20% do produto para aumentar 1,5 na gasolina. Não adianta nada! Então, temos

que ler nas entrelinhas o que efetivamente está sendo feito. Neste caso, por exemplo, a informação não é clara, pois ele também não quer entregar o ouro.

Lubgrax: E quem investe neste tipo de de-senvolvimento?Polati: Essa questão conduz a outra que pre-

cisa ser analisada: o uso do dinheiro do governo. Certamente esse professor tem um projeto CNPq aprovado pelo governo, pois se trata de uma universidade federal, com verba pública para desenvolver essa tecno-logia. Só que ele vai desenvolver, vai gastar o dinheiro e vai ter um produto que funciona para aquilo que se propõe, mas vai ter que botar 20% de componente no combustível para ter o efeito que precisa, o que invia-biliza comercialmente qualquer tentativa de produzir isso em escala. Para mim, trata-se de dinheiro mal empregado. Fez-se um pro-jeto meramente acadêmico, pois quem o desenvolveu, no máximo o professor e mais três alunos, não tem a visão de negócio. Isso é o que eu me preocuparia muito em analisar: a qualidade dos projetos na área de pesquisa e desenvolvimento.

Lubgrax: Nota-se a entrada de muitas em-presas asiáticas no mercado de lubrificantes. Como você vê essa concorrência?

Polati: Acho que é um movimento natural, pois quando a ANP liberou a abertura do mercado brasileiro na área de petróleo e desregulamentou o setor, abriu a porta para coisas boas e coisas ruins. A coisa boa é que empresas que não queriam entrar no mercado brasileiro de petróleo começaram a entrar. Foi o caso da Repsol e da Elf, que são empresas de renome. E agora, mais recentemente, vimos a compra da Fiat Lu-brificantes, em Betim, pela Petronas, uma multinacional poderosíssima. O lado bom dessa entrada é que esse pessoal traz di-nheiro para o mercado brasileiro. Mandam dividendos para suas matrizes? Mandam,

“Haverá, no curto prazo, uma competição de produtos de fon-tes renováveis e os de fontes não renováveis (...) As empresas que querem consistên-cia na imagem vão ter que ca-minhar para esse tipo de tecnologia (renovável) e, aí, começam a dar mais força para o

segmento”

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mas gastam muito dinheiro aqui para manu-tenção de mercado. Mas para o consumidor é muito positivo, pois significa mais opções de escolha. A compe-titividade é saudável no sentido de que che-gam produtos com mais qualidade, melhor desempenho e a preço mais competitivo. Por outro lado, a competitividade é ruim por-que desestabiliza o setor. A desregulamen-tação sem controle cria crocodilos, ou seja, empresas que não seguem regras, não têm responsabilidade técnica nem ética acabam detonando o mercado. Esse negócio não é pequeno; eu diria que responde por algo en-tre 10% e 15% do mercado brasileiro.

Lubgrax: E o restante do mercado, é con-fiável?Polati: Oitenta por cento do negócio está na

mão do Sindicom (Sindicato Nacional da Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes), inclusive o lubrificante. Isso é muito bom porque transmite confiança. Já os restantes 10% a 15% são empresas que colocam produto reciclado no mercado, de baixa qualidade. Eventualmente nem reci-clado é. É óleo usado com etiqueta da em-presa. Portanto, quando se desregulamenta precisa estar estruturado para não deixar isso acontecer.

Lubgrax: Pelo que observamos existe certa confusão no que diz respeito a Grupo III e Grupo IV. Por que isso acontece?Polati: Na verdade, não existe confusão sobre

isso. As próprias fabricantes de lubrificantes já tomaram um rumo nessa história. Em um posto de gasolina, é só ver as prateleiras cheias de produtos coloridos e observar que o lubrificante é de tecnologia sintética ou semi-sintética. A embalagem distingue que grupo está sendo utilizado. Se ele utiliza a palavra tecnologia sintética significa que a empresa usa Grupo III, porque ele não é considerado sintético pela API, mas mineral Grupo III. Só que esse lubrificante passa por

um processo de hidrotratamento complexo, pois tem propriedades tanto em alta como em baixa temperatura, a estabilidade térmi-ca e química, e uma série de características que se assemelham ao Grupo IV, mas com uma diferença: o Grupo III tem mais lubrici-dade do que a polialfaolefina. Há algumas particularidades que oferecem vantagens em utilizar o Grupo III, para determinadas aplicações, incluindo custo. São R$ 4,90 contra R$ 30,00! A diferença é estúpida!

Lubgrax: Ou seja, o lubrificante do Grupo III não poder ser sintético, mas pode utilizar a tecnologia sintética?Polati: Na verdade, o fabricante utiliza o ter-

mo tecnologia sintética para não correr o risco de ser acusado de falar que o produto dele é sintético, mas que utiliza Grupo III. Se considerarmos, por exemplo, o aditivo mais o óleo sintético, teremos uma parcela da for-mulação que é sintética, pois o aditivo é um composto sintético, não é natural, foi trans-formado. Sintético é um processo de síntese e síntese é uma transformação química atra-vés de um processo de reação. Não se faz Grupo III com síntese; pega-se o óleo bási-co, parafínico, que tem uma determinada característica. É um tipo de óleo básico que vem de uma determinada região do plane-ta. Não adianta fazer Grupo III com básico nacional. Hidrogena-se a mistura, quebra-se a cadeia onde há compostos, duplas liga-ções, ou elementos de impurezas na própria estrutura orgânica. Quebra-se isso e joga-se hidrogênio no meio, fazendo ramificações específicas, mas sem quebrar a cadeia, e sim reagindo com outra para formar um ter-ceiro componente. Resumindo, não se trata de sintético, mas pode ser usado o termo tecnologia sintética, pois coloca-se aditivo em 20% da formulação.Esta polêmica aconteceu quando a Shell lançou o Grupo III, há cerca de 20 anos. Durante dez anos a companhia usou o termo sintético, pois não existia classifica-

“A desregu-lamentação sem controle cria crocodilos, ou seja, empresas que não seguem regras, não têm responsabilidade técnica nem ética e acabam detonando o

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ção API, que é recente. Naquela época, a Shell colocou no mercado um produto que era superior à polialfaolefina em al-guns aspectos de formulação, a um terço do custo. A Shell ganhou muito dinhei-ro até que o mercado começou a chiar, principalmente a Mobil, que detinha a tecnologia do Grupo IV.Iniciou-se, assim, uma briga com a API para regulamentar a classificação de óleo, que existe até hoje: Grupos I, II e III são formados por óleos minerais; Grupo IV, formado pelas polialfaolefinas, que têm estruturas mole-culares diferentes para cada viscosidade; e Grupo V compreende tudo aquilo que não está nos outros grupos, como glicóis,

ésteres, estireno glicol, éteres, óleos vege-tais, entre outros.Agora também inventaram o Grupo VI, que são os biodegradáveis, produtos com proprie-dades específicas. Ainda existe muita polêmi-ca sobre os biodegradáveis. Hoje em dia, a legislação diz que qualquer produto que te-nha mais de 60% de biodegradabilidade é considerado um produto dessa categoria.

Lubgrax: Você acha a legislação questionável?Polati: Sim, algo bem discutível! Afinal 60%

ou 50% é a mesma coisa. Quer dizer, me-tade fica no solo por mil, 10 mil anos, e o outro não, pois é biodegradável. Acredito que mesmo 10% seja muita coisa.

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TENSOATIVOS PARA LUBRIFICANTESTENSOATIVOS PARA LUBRIFICANTESTENSOATIVOS PARA LUBRIFICANTESTENSOATIVOS PARA LUBRIFICANTES

Por Miriam Mazzi

MISCIGENAR PARA LUBRIFICAROs tensoativos têm aumentado seu poder no mercado de lubrifi cantes à medida que começa a se intensifi car a substituição de sistemas de lubrifi cação convencionais pelos sistemas base água. Mas sua utilização também vem sendo ampliada em função de propriedades que agregam características específi cas às novas gerações de lubrifi cantes.

Usado como provérbio da cultura popular, o dito “água e óleo não se misturam”, quando se trata do mercado químico, notadamente o de lubrifi cantes, não pode ser

levado ao pé da letra. Explica-se: as duas substâncias, não miscíveis, ao serem unidas por um terceiro elemento – no caso o tensoa-tivo – tornam-se uma mistura.

Tecnicamente, o tensoativo age na interfa-ce de diferentes superfícies, como, por exem-plo, nos sistemas óleo/ água, água/óleo, microemulsões, emulsões leitosas, líquido/ar etc. O tensoativo é usado para acoplar sistemas apolares (óleo mineral) com polares (água), que têm cargas diferentes e que, por isso, jamais se misturariam sem a presença do tensoativo, que, na prática, organiza e junta as duas carga.

Também conhecida por surfactante, essa matéria-prima é um modifi cador de tensões de fl uidos diferentes. No mercado de lubrifi -cantes, a principal utilização dos tensoativos é nos sistemas óleo em água, tendo a função de tornar o óleo solúvel em água.

Entre os setores que mais empregam os tensoativos estão siderurgia, metalmecânica e têxtil. Na indústria siderúrgica metalmecâ-nica ele faz parte da composição dos lubrifi -cantes, que são de bases oleosas.

De acordo com defi nição de Márcia Re-gina Rios, gerente para a América Latina da

linha de aplicação industrial, pertencente à divisão BU Industrial & Consumer Specialties (ICS) da Clariant, o tensoativo é um aditivo que será usado em uma base de óleo mine-ral, cuja função é permitir a miscigenação do óleo com a água, que é a substância respon-sável pela refrigeração do sistema. “Por isso é muito usado em laminação, pois o material vem quente e tem que ser lubrifi cado para esticar, retirando-se o calor, processo neces-sário à laminação”, informa, reiterando que o uso desse surfactante assegura o uso de ambos simultaneamente.

Márcia ainda explica que o tensoativo também é usado para acoplar, por exemplo, sistemas apolares (óleo mineral) com polares (água), que são sistemas de cargas diferentes e que nunca se misturariam.

CORE BUSINESSOs surfactantes são um dos negócios es-

tratégicos da Clariant. A empresa, conforme Márcia, oferece todos os tipos dessa matéria-prima, de todas as cadeias, com todas as quantidades de óxido de propileno e óxido de etileno. “Produzimos tensoativos para pou-ca espuma, baixa ou média espuma, para to-das as aplicações. A nossa vantagem, para o mercado de lubrifi cantes, é que produzimos localmente a linha de surfactantes de baixa espuma”, diz, justifi cando que a água do Brasil não é dura, “é uma água mole, diga-

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Márcia Regina Rios, gerente para a América Latina da linha de aplicação indus-trial, pertencente à divisão BU Industrial & Consumer Specialties (ICS) da Clariant

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mos assim, e por isso faz muita espuma, dife-rentemente da Europa”. Além disso, conforme a gerente de BU da Clariant, hoje em dia as máquinas estão cada vez mais velozes, com mais pressão, e a tendência, quando se usa um surfactante convencional, é que se pro-duza espuma em excesso. “E espuma é um problema, pois você perde eficiência de lu-brificação e de troca de calor, por isso quan-to menos espuma no sistema mais eficiente ele será”, justifica.

A Clariant produz no Brasil e no México surfactantes de baixa espuma, sendo as li-nhas Emulsogen e Genapol voltadas ao mer-cado de lubrificantes. Na avaliação de Már-cia, a companhia se destaca no Brasil por ser o único fornecedor “que tem tudo” para os segmentos de metalmecânica e lubrifican-te. São bases (poliglicóis e ésteres), todos os tipos de surfactantes, anticorrosivos, aditivos de extrema pressão, biocidas, fungicidas e antiespumantes, todos com produção local. “Sabemos o quê dentro do nosso portfólio combina com o quê e o que vai ser mais eficiente. Nossos competidores têm surfactan-tes, mas não têm anticorrosivos; têm base, mas não têm surfactantes. Temos toda a ca-deia e crescemos ano a ano”, comenta.

Sobre o mercado, Márcia conta que o crescimento é constante. “O que impulsiona é que as empresas que usavam lubrificantes integrais agora passam para sistemas aquo-sos”, argumenta, acrescentando que enquan-to as máquinas vão se aperfeiçoando os siste-mas se modificam. Antes, conforme a gerente para a América Latina da Clariant, existiam equipamentos que só trabalhavam com óleo, enquanto hoje há equipamentos que operam com óleo e água. “À medida que a tecnolo-gia vai se modificando, ficando mais comple-xa, com vários contornos da operação, vai viabilizando cada vez mais a venda desses sistemas. Essa substituição de tecnologia já é realidade no mercado brasileiro, que está bastante modernizado em função de abrigar 13 montadoras”, conclui.

Apesar do crescimento, para 2010 as previsões de Márcia são cautelosas. “Não acredito nesse boom de crescimento entre 5% e 6% que tem sido divulgado. Primeiro, se crescer tudo isso não temos como suprir, pois as fábricas já estão lotadas. O Brasil não tem infraestrutura para esse crescimento, não tem porto, não tem estrada. O mercado de metal-mecânica, em 2009, não foi ruim. Foi mais susto, pois acho que o Brasil não passou por grandes problemas. Tanto que batemos re-corde de vendas no último trimestre do ano e janeiro continua do mesmo jeito”, analisa, acreditando ainda que haverá um ajuste glo-bal, pois o aquecimento da economia está fundamentado em intervenções do governo, como a isenção de IPI.

Para assegurar um bom ano, a Clariant está dando continuidade às pesquisas de desenvolvimento de surfactantes de fontes re-nováveis. “Sempre seguindo a legislação e propondo produtos mais verdes e linhas com menos espuma”, revela. Eco Tain, lançado no final de 2009, é um desses desenvolvimentos que segue o conceito de produto amigável, econômico e sustentável. Trata-se de uma li-nha de itens biodegradáveis, com baixa to-xicidade, baixo VOC (compostos orgânicos voláteis) e livre de APEO (alquilfenoxiacéticos etoxilados).

ESCOLHA ADEQUADAA quantiQ também participa do forne-

cimento de tensoativos para lubrificantes. A empresa distribui uma completa linha de aditivos emulsificantes em conjunto com a Lubrizol, com foco nos mercados de óleos industrias, como os solúveis convencionais, sintéticos e semissintéticos, com aplicações específicas em metalworking.

“A escolha adequada desses aditivos pro-porcionará ótima estabilidade em macro ou microemulsões de materiais que são insolúveis em água, tais como óleos minerais, ésteres, óleos vegetais e bases sintéticas”, explica Marcelo Giacomelli, gestor de marketing.

Marcelo Giacomelli, gestor de marketing da quantiQ

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Dentro dessa linha, a quantiQ disponibi-liza as alcanolaminas, que funcionam como emulsionantes secundários e contribuem para proteção contra corrosão; os derivados de succionatos, produtos oferecidos em formu-lações que requerem neutralização com ma-teriais alcalinos para atingirem propriedades de emulsificação; e os emulsificantes à base de sulfonatos (sulfonatos de sódio sintéticos).

Conforme Giacomelli, dentre os mais de 50 segmentos de mercados atendidos pela quantiQ, o segmento de lubrificantes tem uma importante participação, ao redor de 4%, com sólidas perspectivas de crescimen-to. Uma das justificativas da empresa para esse otimismo é que “o mercado brasileiro de lubrificantes tem demonstrado um cresci-mento importante nos últimos anos, seguin-do tanto o crescimento da frota automotiva quanto o crescimento industrial, em um par-que industrial sofisticado e diversificado”, avalia Fernando Rafael Abrantes, diretor presidente da quantiQ.

Ainda de acordo com ele, nos grandes mercados globais, a tecnologia dos lubrifi-cantes mostra clara tendência de novas exi-gências de performance e sustentabilidade ao mesmo tempo, com novas aditivações e diferentes óleos básicos. “Essa tendência irá também chegar ao mercado brasileiro em fu-turo próximo”, prevê.

Nesse sentido, a quantiQ também está se preparando com linhas de produtos que aten-dam às novas exigências, no momento em que forem demandadas por nossa indústria. Abrantes revela que a companhia investirá em treinamento e aprimoramento tecnológi-co em sinergia com a parceira Lubrizol, o que certamente resultará em produtividade e excelência no atendimento a clientes”, ante-cipa, ressaltando que a estratégia mercado-lógica será voltada à agilidade de inovação e lançamentos de produtos.

ESPECIALIDADES COMO PRIORIDADEA distribuidora de produtos químicos

Bandeirante Brazmo oferece, por meio de suas representadas, uma extensa linha de produtos, que inclui surfactantes, solventes aromáticos e alifáticos, ceras protetivas, gli-cóis e propileno glicóis, direcionados para o mercado de lubrificantes para indústria de corte, para lubrificante têxtil, alimentícia e automotiva, sendo o setor industrial o carro-chefe da empresa.

Conforme cálculos do diretor comercial Carlos Fernando de Abreu, o negócio de lubrificantes representa 6% do total comer-cializado pela Bandeirante Brazmo que, por sua vez, detém 1% de market share do mercado brasileiro. “A participação nesse setor no País sempre será pequena, mas fun-damental, pois nossa estratégia é dedicar muita atenção às especialidades”, informa o diretor comercial.

As expectativas de crescimento do PIB en-tre 6% e 7% para 2010 e não menor para 2011 garantem grande atividade industrial no período, conforme Abreu. “Consequente-mente, as demandas na área de lubrificantes estarão diretamente ligadas a esses poten-ciais de crescimento”, analisa, completando que outra evidência que garante os bons momentos para o setor são os dados sobre a importação de máquinas e equipamentos, que voltaram a crescer.

Abreu lembra, entretanto, que, como em toda economia a participação do governo é fundamental para desonerar a produção, financiar a pesquisa e desenvolvimento e es-tabelecer programas que favoreçam o comér-cio exterior sem, contudo, favorecer a evasão de empregos.

Obstáculos também terão de ser venci-dos. “As reformas tributárias, redução dos encargos trabalhistas e capacitação da infra-estrutura, como geração de energia, portos e transportes em geral, deverão ser equacio-nadas para que o crescimento do setor seja sustentável”, pondera.

Para acompanhar o crescimento, a BB Química vem fortalecendo a sua equipe

Fernando Rafael Abrantes, diretor-presidente da quantiQ

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com treinamentos específicos para o setor, estabelecendo novos acordos de distribui-ção para oferecer soluções químicas mais completas. Entre elas estão as linhas de pro-dutos Dieck Peters, produtos específicos da linha da Dow Química, entre outros.

A VISÃO DO USUÁRIODo outro lado do fornecimento de matérias-primas estão os

usuários de tensoativos, que são, na prática, as empresas que uti-lizam a substância para assegurar características específicas aos produtos que comercializam. A DuPont é uma delas. A compa-nhia oferece uma linha de lubrificantes sintéticos (óleos e graxas) chamada Krytox. De acordo com Camila Gatti Sanches, repre-sentante de vendas da DuPont Chemical Fluoroproducts no Brasil, trata-se de produtos à base de perfluoropoliéter (PFPE), que se diferenciam por oferecer total inflamabilidade, compatibilidade com oxigênio, ampla faixa de operação (entre -70ºC até 500ºC) e resistência a produtos químicos agressivos. “Essas vantagens são importantes para aplicações diferenciadas, como, por exem-plo, equipamentos de alta temperatura, serviços em presença de oxigênio e cloro, entre outros”, lista.

Krytox também atende condições severas de várias aplicações, como mercado aeroespacial, mercado alimentício (possui aprovação do FDA), como por exemplo, fornos submetidos a altas temperaturas, indústria de fundição, transportadores aéreos, geradores de energia eó-lica, indústria automotiva, bombas de vácuo e bombas de oxigênio.

Tendo nos mercados automotivo e alimentício e indústrias de pa-pelão suas principais aplicações, a DuPont vem registrando partici-pação positiva e gradativa ano a ano no Brasil, “acompanhando as tendências dos principais segmentos atendidos”, conforme Camila.

Uma das apostas de crescimento da Du-Pont está direcionada para o mercado de energia eólica. “Existe no Brasil um grande potencial de cresci-mento desse mercado, que pode ser estimu-lado com ações do governo apoiando a geração de energia por meio de fontes sustentáveis e alternati-vas”, condiciona.

CORREÇÃO PREVENTIVA Para a indústria, de forma geral, o crescimento do mercado de

lubrificantes, de acordo com a representante de vendas da DuPont, está atrelado à consolidação do conceito de manutenção preventiva e aos ganhos diretamente relacionados, como ganho de produtivida-de e menor tempo de máquinas paradas durante a manutenção.

Ainda segundo a profissional, o mercado nacional mantém características diferenciadas, se comparado com o mercado in-ternacional, em relação à manutenção de equipamentos. “Isso ocorre, pois temos ainda conceitos mais antigos de manutenção corretiva em vez da manutenção preventiva”, constata, incluindo que a linha de lubrificantes Krytox permite melhor desempenho dos equipamentos, aumento da vida útil e também um tempo maior de utilização entre as manutenções, reduzindo o tempo de parada e aumentando a produtividade de cada máquina.

Os principais lançamentos da multinacional estão direcionados para atender o mercado de energia eólica. No Brasil, já existem em-presas que atendem a essa grande demanda, algumas com foco em exportações. “Existe uma grande oportunidade de crescimento nessa indústria para o mercado local e as empresas estão se estruturando para atender essa demanda futura”, adianta.

Embora o início de 2009 tenha apresentado uma pequena retra-ção, o segundo semestre permitiu recuperar os resultados estimados pela DuPont devido ao reaquecimento do setor. “Para 2010, todas as indústrias estão mais otimistas e com investimentos previstos para atender a uma demanda maior do mercado, portanto, as estimativas são bem positivas”, finaliza Camila.

Camila Gatti Sanches, representante de vendas da DuPont Chemical Fluoroproducts no Brasil

Para 2010, Abreu espera que esse setor consiga acompanhar e ainda ser um agente de alavancagem de todo crescimento que está sendo esperado para o País, principalmente nos setores de cosmético, construção civil, bens de consumo e até os preparativos para o pré- sal.

O compromisso da Oxiteno com seus clientes se re�ete na constante busca por inovações.

Na agilidade para desenvolver novos produtos em diversos segmentos.

Nos investimentos em fontes renováveis de matéria-prima.

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PERFIL DO FABRICANTE – HOUGHTON

ONTEM, HOJE E SEMPRE

Utilizando como base a proeficiência adquirida

em 144 anos de atuação, a Houghton desponta no

mercado com programas, produtos e serviços

que visam o controle e sustentabilidade total do

cliente no processo de utilização

Na planilha de necessidades dos clientes há muito tempo que a qualidade do produto deixou de ser o item mais analisado na hora de fechar qualquer tipo de

acordo com o fornecedor. A idoneidade do mesmo e os serviços pré e pós-venda são cri-térios levados cada vez mais em conta pelos consumidores, sem falar em mercados como o

Por Maristela Rizzo

Houghton: 144 anos de atuação na área de lubrificantes industriais e produtos químicos

de lubrificantes, onde um simples erro pode sig-nificar perdas irreparáveis.

Foi pensando exatamente nesse novo perfil de cliente que a Houghton, empresa de atua-ção mundial na área de lubrificantes industriais e produtos químicos, desenvolveu o programa FluidCare, um processo de gerenciamento quí-mico de amplo espectro, destinado aos clientes que desejam reduzir custos, melhorar o controle de processo e aperfeiçoar a qualidade do pro-duto acabado.

Implantado há duas décadas pela Hou-ghton International, o programa utiliza como base a proficiência de 144 anos da empresa no desenvolvimento de tecnologias em produ-tos e processos. “Consolidamos no programa FluidCare toda a expertise da Houghton a ser-viço de nossos clientes com atuação em todos os segmentos de participação de nossa linha de produtos, incluindo a alocação de profissio-nais da Houghton residentes nos clientes para aplicação e controle de ferramentas de gestão necessárias para a otimização de processos”,

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PERFIL DO FABRICANTE – HOUGHTON

esclarece Pedro Luiz Pioli, gerente FluidCare da Houghton Brasil.

Segundo ele, a empresa compreende que seus clientes desejam mais do que simplesmen-te produtos. Devido a isso, a companhia dispo-nibilizou, além da seleção do produto inicial, a tecnologia de aplicação e o controle durante todo o processo de utilização. Ou seja, além do produto, a Houghton presta toda a assistência téc-nica, estabelecendo os parâmetros físico-químicos de cada produto aplicado na operação e, caso necessário, a introdução de suporte contínuo da assistência técnica através de seus laboratórios es-pecializados. “Esta prestação de serviço é funda-mental para o desempenho bem-sucedido e cons-titui uma parte de vital importância na nossa oferta de produto”, complementa Pioli, acrescentando que seja qual for a operação – desengraxamen-to, corte, conformação, laminação ou proteção, inclusos nos processos, manutenção ou utilidades industriais – o sistema de análise, seleção de produto e serviço de aplicação, compreendidos pelos programa FluidCare, são rigorosamente executados. “A Houghton, atualmente, é uma das

principais gerenciadoras do setor, com mais de 150 unidades operando mundialmente sob esse regime”, completa Eduardo Favassa, gerente nacional de vendas da divisão Metalworking & Metal Finishing da Houghton Brasil.

Para o gerente, o amplo sucesso da compa-nhia se deve ao extenso portfólio de produtos e à equipe técnica e de vendas, com larga experiência adquirida em campo. Dessa ma-neira, a Houghton encontra diversas soluções para o atendimento das necessidades de seus clientes. “Em termos de pós-venda, as análises periódicas, seja em nosso laboratório como em campo, têm sido sistematicamente efetuadas de forma a garantir a manutenção do desem-penho dos produtos em uso”, salienta.

ATUAÇÃO GERALExpertise e pioneirismo não faltam para a

Houghton. Fundada em 1865, sua sede está situada em Valley Forge (EUA) e hoje está pre-sente em 35 países. Seus principais centros de pesquisa e desenvolvimento estão situados nos EUA, Reino Unido e Alemanha.

Laboratórios especializados prestam toda a assistência técnica, estabelecendo os parâmetros físico-químicos de cada produto aplicado na operação

“A prestação de serviço é fun-damental para o

desempenho bem-sucedido e cons-titui uma parte de vital importância na nossa oferta

de produto ”Pedro Luiz Pioli, gerente FluidCare da

Houghton Brasil

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Em 2007 a empresa foi adquirida pela AEA Investors e, em 2008, adquiriu uma empresa congênere, a DA Stuart, que chegou a operar no Brasil até o ano de 2007.

Entre seus grandes feitos, a Houghton In-ternational (como é conhecida nos EUA) se or-gulha de ter introduzido centenas de soluções para a indústria, desde o desenvolvimento da tecnologia base água, conferindo à mesma excelente poder lubrificante, até os fluidos sintéticos anídricos, que promovem significati-vas reduções de custo. Foi precursora dos flui-dos hidráulicos resistentes ao fogo, iniciando sua comercialização a partir de 1950 com a introdução dos fluidos hidráulicos à base de água e glicóis, que foram desenvolvidos originalmente para as Forças Armadas ame-ricanas e encontraram, posteriormente, vasto campo de aplicação no segmento industrial.

Atualmente, como empresa global a Hou-ghton lidera ou possui expressiva participa-ção no mercado de óleos de laminação de metais, fluidos hidráulicos resistentes a fogo, óleos e polímeros para têmpera de metais, óleos integrais e solúveis sintéticos e semissin-téticos para usinagem de metais, desengra-xantes, óleos e pastas para conformação de metais, óleos protetivos e tratamento de su-perfícies com produtos que se fazem presen-tes no processo de fosfatização e anodiza-ção, além da fabricação e desenvolvimento de diversos outros fluidos industriais.

Por segmento industrial a Houghton forne-ce produtos para a indústria aeroespacial, de transformação do alumínio, automotivo, rola-mentos, defesa, alimentos e bebidas, fabrica-ção de máquinas e equipamentos, offshore, tratamento de superfície, usinas de açúcar e álcool e siderúrgica. Por oportunidade de mer-cado, além dos itens anteriores, a Houghton, no Brasil, atua também em outros segmentos, desenvolvendo, produzindo e comercializando produtos para tratamento de águas e lavan-derias industriais, além de equipamentos de aplicação para esses produtos. Também possui atuação no mercado institucional (limpeza e

conservação de hospitais, hotéis, restaurantes, cozinhas industriais, entre outros).

PRODUTOS SUSTENTÁVEISDentro do mercado brasileiro a linha de lu-

brificantes da Houghton Brasil representa algo em torno de 65% do total de seus negócios. Essa participação deve-se em grande parte à amplitude e diferenciação dos produtos desti-nados ao setor de lubrificantes industriais (veja box nesta matéria). “Dentro desse portfólio o que possui maior destaque dentro dos negócios da empresa é, sem dúvida alguma, a linha de óleos solúveis biorresistentes, que obtiveram maior re-percussão em função da extensão do mercado e da elevada demanda por produtos com esse de-sempenho”, esclarece Favassa, acrescentando ainda que, somado a esses fatores, o produto se tornou uma ótima solução para o mercado devi-do ao baixo nível de reposição e pela extensa vida útil, fatores que, atualmente são considera-dos fundamentais para o mercado, pois causam baixo impacto no meio ambiente devido a sua longa utilização e o baixo descarte.

“Dentro de nosso portfólio o

maior destaque é a linha de óleos

solúveis bior-resistentes, que

obtiveram maior repercussão em

função da exten-são do mercado

e da elevada demanda por pro-

dutos com esse

desempenho”Eduardo Favassa, gerente nacional de vendas

da divisão Metalworking & Metal Finishing da

Houghton Brasil

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PERFIL DO FABRICANTE – HOUGHTON

LINHA DE PRODUTOSPara o mercado de lubrificantes industriais a Houghton possui

produtos diferenciados, dependendo da linha de produtos, consu-midos por todo o segmento metal-mecânico, incluindo o mercado automotivo, de autopeças, fabricação de máquinas e equipamentos, entre outros. Entre eles, os destaques são:• LaminaçãodeMetais–comaaquisiçãodaDAStuartaHoughton

está introduzindo no mercado nacional sua tecnologia reconheci-da mundialmente pelo seu elevado padrão de qualidade.

• FluidosHidráulicosResistentesaoFogo–durantemuitosanosa Houghton tem sido a única empresa que possui um portfólio completo de produtos de qualidade, envolvendo tanto fluidos hidráulicos à base de água, glicol, como fluidos hidráulicos à base de poliol éster.

• TêmperadeMetais–aHoughtonéumadasmaisrespeitadasem-presas deste setor e lidera mundialmente o fornecimento de polí-meros para têmpera de metais, possuindo um vasto portfólio de produtos que visa a cobrir a maioria das necessidades das opera-ções. Nesta linha a tecnologia aquosa faz a diferença, reduzindo o risco de incêndio e garantindo a eficiência do processo. Destaque também para os óleos de têmpera, que possuem reconhecimento internacional em função da versatilidade da empresa em oferecer soluções que atendam às necessidades dos clientes.

• Óleosintegraissolúveissintéticosesemissintéticos–comaintroduçãoda linha de óleos solúveis biorresistentes, originária do produto Hocut 795, lançado em 1997, a Houghton se tornou líder no mercado americano com essa linha tem obtido também excelente receptivida-de no mercado local em função do seu desempenho e extensa vida útil. Produtos de base semissintética, sintética e vegetal compõem essa linha, atendendo, assim, todas as necessidades do mercado.

• Desengraxantes–umalinhaextensadeprodutoséoferecidaaomercado, cobrindo quase a totalidade das necessidades dos clientes.

• Óleosepastasparaconformaçãodemetais–novastecnologiasestão sendo incorporadas a essa linha de produtos e, brevemen-te, serão apresentadas ao mercado.

• Óleosprotetivos–osóleosprotetivossolúveis,delongavidaútilnos reservatórios, são uma das novidades da Houghton para essa aplicação, sendo a água, uma vez mais, a base para o desenvolvimento destes produtos.

• Tratamentodesuperfícies–aHoughtondesenvolveuoHoughtonPrep ZP, apresentando assim a melhor alternativa disponível para processos de tratamento superficial pré-pintura. Além de operar em temperatura ambiente, o produto é isento de metais pesados, gerando baixa formação de borras oriundas do processo e não necessitando ser utilizado com água deionizada.

Ele salienta também que, através do desen-volvimento de produtos solúveis em água, o óleo, na sua forma integral, pode ser conserva-do para as aplicações em que é absolutamen-te necessário. Devido a isso, a Houghton está direcionada a operar com mais recursos natu-rais, renováveis e aditivos de alta performance. “Temos nos preocupado com o prolongamento da vida útil dos fluidos em uso, reduzindo assim a quantidade de resíduos despejados no meio ambiente. Fluidos biorresistentes e com menor agressividade ao meio ambiente são aborda-gens complementares a esse problema. O pro-cesso de manutenção e controle torna-se peça chave, portanto, para uma longa vida útil dos fluidos nos reservatórios, gerando menor impac-to ambiental”, comenta o gerente.

A sustentabilidade, com toda a certeza, é

um dos grandes pilares da companhia, que dentro da ótica do grupo de investimentos AEA mantém contínuos investimentos em novas tec-nologias, dando ênfase especial em seguran-ça, saúde e meio ambiente. Ao mesmo tem-po a Houghton Brasil está constantemente em busca de sinergias dentro de suas atividades, com o objetivo de garantir a sustentabilidade de seus negócios a fim de manter-se sempre competitiva visando atender às expectativas do mercado onde atua. “A Houghton deverá continuar investindo nas suas atuais atividades, sendo que algumas são recentes e necessitam ainda de consolidação. Acreditamos, tanto no que diz respeito à expansão como em investi-mentos, que sempre existem novas possibilida-des em função da política agressiva de atua-ção do grupo AEA.”

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GLICÓIS

FUTURO PROMISSORCom uma ampla gama de tipos e aplicabilidade, o setor de fornecimento de glicóis mantém-se aquecido e com boas perspectivas de aumento de demanda, provocando, inclusive, a entrada de novos fornecedores. Do outro lado, os consumidores de glicóis se benefi ciam cada vez mais com a entrada de nova tecnologia e atendimento, suprindo assim todas as suas exigências.

Também conhecidos como poliglicóis ou polipropilenoglicóis, os glicóis possuem diversas funções graças ao fato de essa matéria-prima ser feita de vários tamanhos de polímeros. Ou

seja, ele pode ser de cadeia curta, ou longa e, dessa forma, será a classe do poliglicol que

Por Maristela Rizzo

determinará sua aplicação, que são várias, se diferenciando em cada segmento.

Dentro do mercado de lubrificantes, eles podem, entre várias outras funções: atuar como agentes secundários para formulações de fluidos de freio, podendo também contro-lar o intumescimento das borrachas em siste-

“Nossa espe-cialidade não é

nem produto, é a aplicação. Nós podemos encon-trar um produto

para a aplicação que o cliente

quer” Márcia Regina Rios, gerente da área de

aplicação industrial perten-cente à divisão de BU Indus-trial & Consumer Specialties

(ICS) da Clariant

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mas hidráulicos; agir como aditivos anticongelantes para fluidos utiliza-dos em baixas temperaturas; serem utilizados em formulações de óleos para usinagem e formulações de fluidos hidráulicos resistentes ao fogo; empregados, comumente, como provedores de resistência térmica aos lubrificantes em geral; ou ainda serem utilizados como agentes lubrifi-cantes de alto desempenho para formulações de lubrificantes sintéticos, devido às suas características como solubilidade variável em sistemas aquosos, solubilidade inversa, baixa toxicidade/irritação, excelente estabilidade oxidativa e térmica, baixo ponto de mínima fluidez, ampla e alta faixa de viscosidade e pelo fato de não serem residuais, poden-do ser removidos de quaisquer superfícies facilmente.

“Sem a utilização desses produtos, já aplicados na grande maioria das formulações atuais de lubrificantes, essas podem não atender aos pré-re-quisitos estabelecidos para cada função e aplicação dentro do universo de lubrificantes disponíveis em nosso mercado”, ressalta Alexandre Leone, gerente de mercado da Carbono Química.

Mesmo tendo ciência dessa importância, o mercado de lubrificantes ainda esbarra com um obstáculo velho conhecido de todos: o custo. De acordo com Márcia Regina Rios, gerente de linha para a América Latina da área de aplicação industrial pertencente à divisão de BU Industrial & Consumer Specialties (ICS) da Clariant, o poliglicol costuma ser cerca de cinco a seis vezes mais caro do que um lubrificante convencional. “Nesse caso, se a empresa colocar poliglicol em uma formulação que tem pretensão de ser barata, isso não vai ocorrer. Mas dentro da aplica-ção onde ele pode ser utilizado é realmente muito bom e seu custo paga o benefício.”

O MERCADOApesar de serem apresentados em vários tipos, os glicóis mais utiliza-

dos no mercado de lubrificantes são os etilenoglicóis (MEG/DEG), polie-tilenoglicóis (PEG) e os polialquilenoglicóis (PAG), sendo que dentro dos lubrificantes minerais podem ser empregados s etilenoglicóis e polietileno-glicóis e para os sintéticos, os polialquilenoglicóis, além dos etileno/pole-tilenoglicóis, embora este último esteja na prioridade dos mais consumidos dentro desse setor.

Como Reginaldo Almeida, vendedor técnico da divisão de Lubrifi-cante e Metalworking da D’Altomare, explica, os polialquilenoglicóis atuam como agente de lubricidade principal ou exclusivo nas formula-ções dos lubrificantes de alto desempenho, como, por exemplo, graxas, fluidos para metalworking e óleos lubrificantes em geral. Dependendo da aplicação do lubrificante, a ausência do PAG fará que o mesmo reduza drasticamente a qualidade de acabamento da peça, vida útil da ferramenta, entre outras complicações. “Basicamente eles são utilizados em formulações de fluidos sintéticos ou semissintéticos, destinados ao trabalho com metais (metalworking). Quando o cliente deseja obter um fluido com alto desempenho e concepção tecnológica avançada, certa-

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mente a utilização de um PAG adequado é imprescindível”, informa.

Anilton Flávio Ribeiro, gerente da área Industrial da Arinos, completa que, dentro da parte de glicóis para uso em lubrifican-tes sintéticos, as principais características dessa matéria-prima é sua aplicação em formulações que exigem alta performance sem que ocorra o processo de calcinação (resíduos).

A empresa, que oferece em sua linha os tipos monoetileglicol, dietileglicol, butilgli-col, butildiglicol, metildiglicol e os poliglicóis identifica esse segmento de forma positiva, o que faz com que a Arinos aumente a cada dia o foco de seus negócios nesse mercado, principalmente nas áreas automotiva, indus-trial, de motores e equipamentos. “Evoluímos da linha dos lubrificantes minerais, passamos para os semissintéticos e hoje atuamos com a linha dos lubrificantes sintéticos”, informa o gerente, identificando que no futuro as pers-pectivas de evolução caminham para o lado da nanotecnologia, estudo que traz boas possibilidades de novas propriedades confe-ridas aos novos lubrificantes. “Já no presente, o mercado de glicóis vem apresentando uma retomada de consumo, pois está diretamente relacionado com a atividade industrial, onde os motores, equipamentos e indústria volta-ram às atividades normais”, afirma ele.

Outra participante dentro do mercado de glicóis, a Carbono também vê esse merca-do com boas perspectivas justamente pela versatilidade dessa linha de produtos. “Esse fator nos mostra que ainda há muito campo a ser explorado, já que esse segmento vem se desenvolvendo por meio de novas tecno-logias e de forma constante”, observa Leone, acrescentando que esta é uma área que vem apresentando crescimento anual positivo, com fortes possibilidades de incremento dian-te das novas reservas petrolíferas descober-tas recentemente no Brasil, além de alianças internacionais que serão fortalecidas natural-mente. “Cremos que, para produtos de alto

desempenho, o único obstáculo pode ser o tempo. O domínio de tais tecnologias já é uma realidade, entretanto requer investimen-to contínuo, o que pode representar um alto custo, por algumas vezes, e resultar em um avanço não tão rápido como se espera.”

A companhia iniciou recentemente um projeto de fornecimento com produtos de alto desempenho, PAG (polialquilenogli-cóis), para os produtores de lubrificantes sin-téticos. Trata-se de um mercado que começa a ter presença significativa dentro do fatu-ramento da Carbono, que tem por diretriz maximizá-lo. “Em cerca de dois anos temos como meta dobrar a participação dele den-tro do faturamento global da empresa. Para isso estamos, inclusive, contratando profis-sionais técnico-comerciais especializados”, informa Leone.

Com essa atuação a Carbono passou a oferecer para o setor de lubrificantes produtos que oferecem alto desempenho e tecnologia de ponta, permitindo que ela disponha de supor-te técnico adequado tanto para otimização de fórmulas e sistemas como para desenvolvimento de novos produtos.

DIFERENCIAISEmpresa de especialidades, a multinacio-

nal Clariant tem como diferencial o seu por-tfólio completo de poliglicóis destinado aos mais variados tipos de aplicação. “Nossa especialidade não é nem produto, é a apli-cação. Nós podemos encontrar um produto para a aplicação que o cliente quer. É essa expertise de aplicação que é o nosso diferen-cial, pois o formulador nem precisa indicar qual o produto que ele quer, pois nós encon-tramos o produto indicado para a necessida-de dele”, garante Márcia.

Com o nome de Polyglycol, a linha de pro-dutos da companhia abrange tanto os poligli-cóis solúveis como insolúveis de baixo e alto peso molecular e para várias aplicações. “Só que não produzimos aqui, porque não é eco-nomicamente viável, embora tenhamos capaci-

“Quando o cliente deseja obter um fluido com alto desempenho e concepção tecnoló-gica avançada, certa-mente a utilização de um PAG adequado é

imprescindível” Reginaldo Almeida, vendedor técnico da divisão de Lubrificante e

Metalworking da D’Altomare

“Sem a utilização dos glicóis, já aplica-

dos na grande maioria das formulações atuais de lubrificantes, estas podem não atender

aos pré-requisitos esta-belecidos para cada

função e aplicação”Alexandre Leone, gerente de merca-do da Carbono Química

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dade e estrutura para isso. A produção é feita no México, Estados Unidos, Europa e, em bre-ve, na Ásia”, explica a gerente.

Dentro dessa extensa linha da empresa, os produtos que mais se destacam são os poligli-cóis solúveis em água, com várias viscosidades e vários pesos moleculares.

Já a BASF, apesar de ainda não atuar na América do Sul com seus componentes e pa-cotes de aditivos e fluidos básicos à base de polialquileno glicol (PAG), tem grande interes-se nesse mercado. “Nossa linha de aditivos possui ampla aplicação, onde podemos citar a linha de lubrificantes industriais, tais como hidráulicos, compressores, turbinas e engre-nagens; automotivos, tais como óleos para motores, fluidos de arrefecimento e transforma-ção de metais (metalworking fluids); e combus-tíveis, como, por exemplo, biodiesel”, relata André Rodrigues, gerente de vendas para lu-brificantes da BASF.

Segundo ele, a companhia possui como característica a busca pela inovação e para isso está continuamente investindo em desen-volvimento de novos produtos e novas tecno-logias, participando das novas tendências tecnológicas na área de lubrificantes, que serão os direcionadores do mercado de aditi-vos no futuro, podendo contribuir, assim, para que os lubrificantes no futuro possam ter cada vez mais uma melhor performance e com me-nor impacto ao meio ambiente. “Temos uma visão do mercado de lubrificantes com um potencial considerável de crescimento. Esse fato deve-se, principalmente, a fatores como estabilidade econômica, aumento da frota de veículos automotores, crescimento da deman-da para lubrificantes com novas tecnologias, dentre outros”, visualiza.

Na opinião de Rodrigues o governo bra-sileiro já está tendo uma boa contribuição no sentido da consolidação do mercado de lubri-ficantes, pois a contínua melhora da situação econômica do Brasil, assim como a atuação da Agência Nacional de Petróleo (ANP) como órgão regulador, tem contribuído fortemente

para que o mercado de lubrificantes e combus-tíveis continue crescendo.

Também atuante no fornecimento de glicóis para o mercado de lubrificantes a D’Altomare produz os PAG solúveis em água, destinados para a formulação de fluidos para têmpera base polímero/água e os fluidos sin-téticos para metalworking. “É uma linha de produtos-chave dentro deste segmento, logo, muito importante para nós, representando 70% do nosso faturamento neste segmento”, ressalta Almeida

Para o profissional, esse mercado apre-senta uma forte tendência de aumento, como tem sido nos últimos anos, já que se trata de um agente de lubricidade de alto desempe-nho, propriedades únicas e diferenciadas, ecologicamente correta e, o mais importan-te, com custo adequado. “Na utilização de qualquer lubrificante de alta performance, o usuário final do lubrificante precisa entender que a utilização de um produto que siga essa característica deve ser considerado investi-mento, e não custo, para a empresa”, ponde-ra ele, apresentando como prova dessa afir-mação um dado que revela que, geralmente, 2% do orçamento da área de manutenção produtiva de uma empresa é gasto com a aquisição de um lubrificante, e 14% deste mesmo orçamento é utilizado no reparo/re-posição de materiais devido à utilização de um lubrificante inadequado. “Penso que toda tecnologia seja constantemente trabalhada para sua difusão, melhor adequação e redu-ção de custos e impacto ambiental. E, com essa, não seria diferente.”

Distribuidora da Oxiteno, a M.Cassab tem em seu portfólio de produtos uma gama de itens muito grande para o segmento de lubrificantes, onde aparecem todos os grades de glicóis, além de aminas (MEA, DEA, TEA) e polietileno-glicois (PEGs), permitindo atender o mercado de lubrificantes com muita competitividade.

O CONSUMOComo se trata de um segmento de espe-

“O mercado de glicóis vem apresen-tando uma retomada

de consumo, pois está diretamente relaciona-

do com a atividade

industrial” Anilton Flávio Ribeiro, gerente da área Industrial da Arinos

“Apesar de ainda não atuarmos na Amé-rica do Sul com nossos componentes e pacotes

de aditivos e fluidos básicos à base de po-

lialquileno glicol (PAG), temos grande interesse

nesse mercado” André Rodrigues, gerente de vendas para lubrificantes da BASF

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cialidades, na hora da compra desses produ-tos a lista de exigências por parte dos clien-tes não se atém unicamente na característica técnica da matéria-prima. Este é o caso da Miracema-Nuodex, que utiliza glicóis em vá-rias formulações de aditivos de lubrificantes, como fluidos para trabalho com metais, prote-tivos, biocidas, antiespumantes, além de ou-tros segmentos. Os requisitos tradicionalmen-te avaliados são qualidade, pontualidade, satisfação nos requisitos técnicos propostos, assistência técnica pré e pós venda. Compro-metimento e dedicação também são fatores determinantes para a escolha e, é claro que o preço tem influência forte em razão da con-corrência acirrada.

“Sempre optamos em utilizarmos produto de qualidade garantida, seja nacional ou im-portado. A Miracema garante a qualidade as-segurada de todos os produtos que fabrica e, consequentemente, só adquire de fornecedores qualificados e aprovados em todos os requisi-tos”, salienta Antonio Carlos Coral, gerente de suprimentos da empresa.

Do ponto de vista técnico, a Miracema, ini-cialmente, tem observado como necessidades mais prementes na hora de selecionar o glicol que mais atenda sua formulação a questão da qualidade assegurada dentro das especifica-ções propostas pelo fornecedor. Como Coral aponta, todas as formulações produzidas pela Miracema-Nuodex apresentam características técnicas que foram criadas a partir das espe-cificações de todos os insumos utilizados nas respectivas especificações. “Sendo assim, a uniformidade dos lotes fornecidos é muito im-portante”, declara.

Para a Fuchs do Brasil o atendimento de suas especificações é a prioridade número um na lista de exigências, embora o preço possa ser um diferencial no caso de existir mais de um fornecedor. A empresa utiliza componen-tes oriundos da família dos glicóis para os fluidos de usinagem, protetivos, desengraxan-tes, além de graxas e óleos sintéticos. “As funções dos glicóis são as mais variadas,

pois podem assumir o papel de agente emul-sionante, surfactante, agente de lubricida-de, controlador de evaporação, agente de umectação, desmoldante, hidrótopo (altera a polaridade do meio) e base sintética para lubrificantes especiais, entre outras”, explica Edílson Luiz Guaratto, gerente técnico e de qualidade da Fuchs do Brasil.

Embora a empresa possua uma gran-de diversidade de produtos que empregam glicóis, poliglicóis e polialquilenos glicóis, cada um atendendo segmentos e aplicações diferentes, o gerente aponta como necessida-de mais premente na hora de selecionar um determinado tipo de glicol a relação entre moles EO e moles PO, ponto de turvação e solubilidade.

Para ele, os glicóis podem ser tanto com-modities como especialidade, pois certamen-te haverá a incidência dessas duas versões devido ao diferenciado emprego dos glicóis. “Ocorrerão casos em que serão emprega-dos em larga escala, como, por exemplo, quando forem empregados como veículos em formulações (fluidos de arrefecimento). E também existirão outras situações onde eles terão função específica de um aditivo (lubrici-dade, surfactação, etc.) tendo realmente um caráter de especialidade. O que deve ficar ressaltado é que especialidade nem sempre deve ser atrelada a demasiados custos e pre-ços”, ressalta.

Na opinião de Guaratto, a opção entre nacional e importado está atrelada exatamen-te ao aspecto de commodity e especialidade, pois para os glicóis denominados como com-modity os produtos nacionais são viáveis tec-nicamente e comercialmente. Porém, no caso das especialidades, o material importado do-mina as negociações. “Certamente a disponi-bilidade da mesma gama de glicóis que são ofertados em outros mercados – como, por exemplo, o europeu – alavancaria rapidamen-te nosso desenvolvimento de formulações e o crescimento do mercado local de lubrificantes e produtos afins”, aponta ele.

“A Miracema garante a qualidade assegurada de todos os produtos que fabrica e, conse-quentemente, só adquire de fornecedores qualifi-cados e aprovados em

todos os requisitos”Antonio Carlos Coral, gerente de suprimentos da empresa

“Certamente a dis-ponibilidade da mesma gama de glicóis que são ofertados em outros mer-cados alavancaria rapi-damente nosso desenvol-vimento de formulações e o crescimento do merca-do local de lubrificantes e

produtos afins”Edílson Luiz Guaratto, gerente técnico e de qualidade da Fuchs do Brasil

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NOTÍCIAS & PRODUTOS

ESPECIALIDADES QUÍMICAS SERÃO FRUTOS DA PARCERIA ENTRE SÃO MARTINHO E AMYRIS

A usina sucroalcooleira São Marti-nho, a americana Amyris Biotechnolo-gies e sua subsidiária brasileira Amyris Pesquisa e Desenvolvimento de Bio-combustíveis anunciaram em dezembro uma parceria cujo objetivo principal é, a partir da cana-de-açúcar, oferecer ao mercado produtos químicos com mais valor agregado.

As duas companhias, por meio de uma joint venture, vão investir em uma nova fábrica para a elaboração de especialidades químicas utilizadas em produtos cosméticos, realçadores de fra-

grância, detergente para sabão e lubrifi-cantes sintéticos de última geração para veículos.

Para viabilizar a joint venture, o Grupo São Martinho vendeu 40% da Usina Boa Vista – onde a tecnologia será aplicada – para a Amyris, no valor de R$ 140 mi-lhões. Parte desse pagamento virá com a participação de 6% do grupo brasileiro no capital da americana. Os restantes 60% ficarão com a São Martinho. “Será o primeiro projeto industrial focado em especialidades químicas com maior valor agregado”, diz Fábio Venturelli, presiden-te do Grupo São Martinho.

De acordo com o executivo, a in-tenção é que as duas empresas unam, nessa nova unidade industrial que de-verá iniciar as operações em 2012, a tecnologia da Amyris e a experiência da São Martinho.

A tecnologia da Amyris prevê a pro-dução de farneseno, um componente

químico produzido a partir da fermenta-ção do caldo da cana. O farneseno é utilizado pelas indústrias como matéria-prima para a produção de lubrificantes, entre outros, conforme explicação do CEO da Amyris, John Melo (foto).

A nova unidade consumirá investi-mentos de US$ 50 milhões, efetuados pela Usina Boa Vista, e será localizada em Quirinópolis (GO). A usina fará, ain-da, investimentos de R$ 90 milhões em equipamentos para elevar a capacidade de processamento da unidade industrial de moagem para 3,4 milhões de tonela-das por ano. Atualmente, está em 2,25 milhões de toneladas.

A São Martinho, uma das principais usinas do País, processará 13 milhões de toneladas de cana neste ano. Já a Amyris Biotechnologies é especializa-da em pesquisa e desenvolvimento de combustíveis e de materiais químicos renováveis.

John Melo

VOMM BRASIL APRESENTA PROPOSTA PARA TURBINAR BORRA OLEOSA

Turbo móvel Vomm evita investimentos

Muitas indústrias metalúrgicas ou de laminação de me-tais e outras do gênero geram uma razoável quantidade de borra oleosa, cuja destinação é bastante problemática e normalmente cara.

A Vomm Brasil desenvolveu um processo patenteado contínuo e de baixo consumo energético que permite separar por completo a água (recuperando-a na forma de água de reúso) e revalorizar as borras para várias aplicações econômicas. A esse processo foi denominado turbinar um resíduo.

A solução proposta pela Vomm pode ser adquirida na forma de serviços “in house”, evitando investimento. O valor do resíduo ultraconcentrado normalmente paga o custo da operação.

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NOTÍCIAS & PRODUTOS

GAÚCHA LUVEX É ADQUIRIDA PELA ITWA porto-alegrense Luvex, fabricante de produtos para proteção individual,

acaba de ser adquirida pela ITW Chemical, do grupo americano homônimo. No Brasil, a companhia está localizada em Embu (SP).

A Luvex fabrica cremes, loções e géis para limpeza e proteção da pele dos trabalhadores expostos a altas temperaturas e à ação química.

Já a ITW Chemical possui uma vasta gama de produtos, entre os quais lubri-ficantes para usinagem e estampagem de metais, anticorrosivos, antirrespingos para soldagem e insumos para ensaios não destrutivos.

PRESIDENTE DA COSAN COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES CUIDARÁ DO NOVO CENTRO DE APOIO AO NEGÓCIO

A Cosan centralizará as atividades de apoio a todas as suas unidades de negócios e de serviço de atendimento aos clientes com a criação do Centro de Apoio ao Negócio (CAN).

Instalado em Piracicaba (SP) e em-pregando cerca de 800 funcionários,

o CAN atuará na padronização das atividades de apoio da Cosan SA, Cosa CL, Radar e Rumo Logística.

Pioneiro no setor, o projeto contou com investimentos de R$ 30 milhões e será inaugurado neste ano.

O CAN será comandado por uma vice-presidência, que terá à frente Carlos Alberto Piotrowski, atual presidente da Cosan Combustíveis e Lubrificantes (foto).

Entre as áreas atendidas pelo novo centro estão suprimento e logística in-terna, desenvolvimento organizacional, serviços ao cliente, tecnologia da infor-mação, projetos especiais, recursos hu-manos e transações financeiras.

EM PROL DA AGRICULTURA FAMILIAR

A Petrobras Biocombustível e o Banco do Brasil assinaram um con-vênio para financiar a agricultura familiar que perfaz um montante de R$ 90 milhões. O valor foca o cultivo de oleaginosas, como mamona e gi-rassol, para a produção de biodiesel nas usinas de Quixadá (CE), Montes Claros (MG) e Candeias (BA). A par-ceria viabiliza condições de acesso ao crédito e assegura a venda da produção das oleaginosas.

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NOTÍCIAS & PRODUTOS

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A Sergio Ávila Editora está formando o Banco de Logotipos das empresas fornecedoras e fabricantes do mercado de lubri�cantes, �uidos, óleos e graxas. Os logotipos serão utilizados para ilustrar matérias e Guia de Produtos. Envie o logo da sua empresa no formato PDF, JPEG, TIFF ou Adobe Ilustrator, com 300 dpis de resolução e, no mínimo,

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Envie o logotipo da sua empresa o quanto antes!

10cm de largura, aos cuidados de Miriam Mazzi, pelo e-mail [email protected]

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API APROVA NOVA CATEGORIA GF-5O Instituto Americano do Petróleo

– API concluiu e aprovou as especifica-ções para a nova categoria de óleo lu-brificante para veículos de passageiros, ILSAC GF-5, e iniciará o licenciamento desses óleos a partir de 1º de outubro de 2010. O Comitê de Lubrificantes do API está agora preparando a cate-goria API-SN, que incluirá os graus de viscosidade não contemplados pelo ILSAC, como o SAE 10W-40.

A nova categoria API SN seguirá o mesmo padrão de evolução das cate-gorias para veículos de passageiros e manterá os mesmos parâmetros da nova

categoria ILSAC GF-5, com exceção dos testes de economia de combustível, pela sequência VID, e de desgaste medido pela sequência IIIGA. Também alguns testes de bancada foram retirados ou tiveram seus limites relaxados. Não há, por exemplo, limite máximo para o teor de fósforo (embora haja um mínimo de 0,06%), e nenhum limite para enxofre.

Há uma proposta de se criar uma categoria chamada API SN Resource Conserving, que substituirá o termos Fuel Economy para óleos que favore-çam uma maior durabilidade do motor e maior proteção ao sistema de emis-

sões. Essa categoria incluirá todos os requisitos da ILSAC GF-5, com exce-ção do teste TEOST 33 para depósitos a alta temperatura e o Índice de Gelifi-cação para baixa temperatura.

Considerando que as novas cate-gorias API SN e SN Resource Conser-ving sejam aprovadas rapidamente, o API já iniciará seus licenciamentos também em outubro de 2010. En-tretanto, os óleos que já atendem à SN passaram a ser considerados SM desde 1º de janeiro, uma vez que a nova categoria é compatível com os requerimentos da anterior.

A Hilub, empresa brasileira especia-lizada em gestão de lubrificação, adqui-riu o Grupo Preditiva, que realiza gestão da manutenção preditiva no segmento industrial. O negócio possibilitou à Hilub tornar-se uma das primeiras empresas no mundo a oferecer a forma mais completa de serviços de manutenção, viabilizando ao mercado a gestão integrada das téc-nicas e tecnologias de manutenção pre-ditiva e gerenciamento da lubrificação, o que permitirá ampliar os compromissos de resultados com seus clientes.

“Não somos um fornecedor de servi-ços de manutenção, mas de resultados para a produtividade industrial. Na reali-dade, não queremos ser conhecidos pelo

HILUB ADQUIRE PREDITIVAnosso faturamento, porém pelo quanto reduzimos o custo da manutenção de má-quinas de nossos clientes e pelo quanto ajudamos no aumento de produtividade”, diz Miguel Pardo Jr., diretor de desenvolvi-mento e aquisições da Hilub (foto).

Com a aquisição, a organização que atualmente conta com 400 colabo-radores, também soma à sua estrutura 35 novos profissionais, entre engenhei-ros e técnicos especializados, 205 no-vos contratos e projeta um faturamento de R$ 25 milhões para 2010, contra os R$ 18 milhões do ano passado.

O principal benefício proveniente dessa operação será gerado para as companhias que utilizarem esses servi-ços. Essas empresas poderão ter um au-mento de até 10% em sua produtividade fabril, reduzir ou eliminar custos de esto-ques de consumíveis e otimizar os custos de paradas. Considerando que tanto as técnicas e as mais avançadas tecnolo-gias para disponibilidade de máquinas e os indicadores de performance estão em uma única empresa, o resultado é o

melhor desempenho dos equipamentos e a maior produtividade.

Até então, no mercado brasileiro, as indústrias e organizações que necessita-vam desses serviços precisavam buscá-los no mercado de forma separada, o que muda a partir de agora graças à união dessas duas marcas fortes. “Será possível, por um custo muito mais com-petitivo, conseguir o serviço completo para efetivamente obter disponibilidade de máquinas e evoluir na logística de su-primentos dos negócios, já que o cliente não precisará recorrer a vários fornece-dores”, explica Pardo Jr.

“Assim, a empresa que contratar es-ses serviços saberá com antecedência quando, como e por quê suas linhas poderão sofrer danos, eliminando assim eventuais prejuízos com uma parada programada. A indústria nacional, que tem um parque fabril com média de ida-de aproximada de 20 anos, ganha uma alternativa importante para produzir de forma competitiva perante outros concor-rentes globais. Este grupo é um presente

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A Sergio Ávila Editora está formando o Banco de Logotipos das empresas fornecedoras e fabricantes do mercado de lubri�cantes, �uidos, óleos e graxas. Os logotipos serão utilizados para ilustrar matérias e Guia de Produtos. Envie o logo da sua empresa no formato PDF, JPEG, TIFF ou Adobe Ilustrator, com 300 dpis de resolução e, no mínimo,

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para a produtividade brasileira, que sem dúvida projetará o Brasil como um ícone mundial no cenário da manutenção in-dustrial”, diz o executivo.

Expansão de atividadesO Grupo Hilub estima um expressi-

vo crescimento para o setor a curto e médio prazo, o que deve gerar uma importante quantidade de novos postos de trabalho nesse segmento de ocupa-ção. Esses profissionais em processo de seleção e contratação receberão treina-mento dentro e fora do País, tendo em conta que nos planos para 2010 a or-ganização contempla a expansão das atividades tanto no mercado interno como no exterior, onde serão necessá-rios recursos para implementar o novo conceito e modelo em regiões e países carentes dessa especialização.

A Hilub atua nos segmentos indus-triais e de transporte fora de estrada, atendendo clientes que necessitem de gerenciamentos de lubrificação e abas-tecimento. Desde sua inauguração, em 1992, em São Paulo, vem experimen-tando um crescente processo de melho-rias e desenvolvimento, aumentando sua clientela a cada ano, contando com um corpo profissional de 400 funcionários. A Hilub é uma multinacional brasileira, atende a todo o mercado nacional e tem contratos com marcas fortes, como Petrobras, Vale, Samarco, Du Pont e Ar-celorMittal, entre outras. Entre as priori-dades da empresa, estão a segurança e o meio ambiente. Atualmente a Hilub também está em processo de internacio-nalização e conta com unidades no Chi-le e na Espanha.

Criada em 1994 por ex-funcionários

da equipe de engenheiros responsáveis pela manutenção preditiva da Votorantim Cimentos, a Preditiva levou de forma pio-neira, inicialmente ao mercado industrial da Região Sul, toda sua experiência. Em 1998 tornou-se a maior empresa regional de manutenção preditiva. Em 2002 começou sua ampliação para o mercado fora da Região Sul. Possui uni-dades de negócio nas cidades de Porto Alegre, Joinville, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro e Vitória. Atendendo a várias empresas nacionais e multinacionais, a Preditiva realiza serviços de análise de vibração, termografia, manutenção cor-retiva e de alinhamento e balanceamen-to de dinâmico de campo, consultoria em manutenção preditiva, integração entre a manutenção preditiva e a lubrifi-cação, atuando diretamente no segmen-to industrial.

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NOTÍCIAS & PRODUTOS

MAKENI CHEMICALS CONQUISTA DISTRIBUIÇÃO EXCLUSIVA DA MULTINACIONAL CLARIANT

Após concorrência, a Clariant, líder global em especialidades químicas, confiou à Makeni Chemicals sua dis-tribuição exclusiva de matérias-primas para produtos finais e processos indus-triais nos segmentos de metalworking, biocidas, e construção civil.

Essa nova distribuição faz parte das estratégias da Makeni em am-pliar o portfólio com especialidades químicas para o setor de coatings e tratamento de superfícies. As ope-

DEPOIS DOS BIOCOMBUSTÍVEIS, VÊM AÍ OS BIOLUBRIFICANTES

Aditivos biodegradáveis, feitos a partir de plantas em vez de derivados de petróleo, melhoram o desempenho de graxas e outros lubrificantes

Todas as máquinas que têm peças móveis, do motor do seu carro ao seu barbeador elétrico, exigem lubrificantes

rações começaram em 2009, com atendimentos de vendas específicos divididos entre gerência, coordena-ção e assistência interna, oferecen-do suporte para São Paulo e demais Estados por intermédio dos represen-tantes de vendas.

A multinacional Clariant é hoje uma das maiores corporações interna-cionais químicas e seu objetivo é estar próxima de seus clientes combinando tecnologia de vanguarda e inovações

com aplicações de alta qualidade no atendimento aos clientes por intermé-dio de distribuídas, como a Makeni.

para funcionar de forma suave e duradoura. Hoje, a maioria dos lubrificantes é feita com o chamado “óleo base”, acres-cido com aditivos para melho-rar o desempenho em cada uso em particular. A demanda mundial por esses aditivos está na cifra das centenas de milhões de toneladas anuais. Bioaditivos Pesquisadores do Serviço de Pesquisas Agríco-las dos Estados Unidos anun-ciaram um método que pode libertar a fabricação desses aditivos da dependência dos derivados de petróleo. Os novos bioaditivos são adequa-dos para uso na formulação de graxas, óleos de motor e fluidos hidráulicos, de trans-

missão e para perfuração, de acordo com Sevim Erhan, coordenadora da pesquisa. Os aditivos renováveis podem

ser produzidos a partir das moléculas de gordura - triglicérides - presentes em óleos naturais de soja, milho ou canola, além de óleos extraídos de outras variedades vegetais menos conhecidas. Excede as especificações Além de serem totalmen-te biodegradáveis, o que facilitará seu descarte pós-uso, os bioaditivos pode-rão ser utilizados tanto em lubrificantes tradicionais, à base de petróleo, como em lubrificantes também de origem ve-getal. Os aditivos atenderam a todos os critérios-padrão exigidos dos aditivos, incluindo as capacidades antifricção, antidesgaste, viscosidade, liquidez, ponto de inflamação elevado e estabi-lidade sob temperaturas extremas. Em testes de laboratório de pequena escala, feitos para avaliar o desgaste e o atrito mediante o uso dos bioaditivos, os pes-quisadores verificaram que sua formula-ção à base de plantas tem desempenho igual ou superior aos aditivos à base de petróleo disponíveis comercialmente.

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Silubrin se especializa na oferta de soluções em lubrifi cação

Carbono fecha contrato com a Bracol para produzir ácido dimérico proveniente de fonte renovável

Chemigal, em conjunto com a Braspain Eco Diesel, anuncia fabricação de aditivos e lubrifi cantes à base de óleos vegetais

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DISTRIBUIÇÃO – CARBONO

Por Miriam Mazzi

CARBONO E BRACOL ESTABELECEM PARCERIA “VERDE”Parte da estratégia de acentuar sua presença no mercado de lubrificantes, a Carbono fecha contrato com a Bracol para a produção de ácido dimérico, inaugurando o conceito de oleoquímica verde.

Ineditismo. Assim pode ser definido o caminho pelo qual a Carbono vem trilhando sua tra-jetória rumo à consolidação no mercado de lubrificantes, eleito como prioritário em 2010. Recentemente, fechou contrato com a Bracol,

empresa do Grupo Bertin, para produzir ácido dimérico proveniente de fonte renovável. Com isso, inaugura a produção de uma linha inédita no País, baseada no conceito de “oleoquímica verde”. Os produtos gerados a partir da parce-ria serão utilizados na fabricação de lubrificantes, graxas, itens de limpeza doméstica etc.

De acordo com o diretor da Carbono, Ro-drigo Gabriel, a união entre as duas empresas nasceu da intenção de ambas de agregar valor à cadeia da óleoquímica brasileira, por meio da produção de derivados dessa cadeia. A Bracol será responsável pela infraestrutura de produ-

ção e matérias-primas. Já a Carbono terá como atribuição a venda exclusiva e a transferência da tecnologia por intermédio da Carbono Enge-nharia, empresa do grupo voltada a esse setor. “A fabricação de ácido dimérico é o primeiro passo”, antecipa Gabriel.

Para que a parceria fosse viabilizada, am-bas as companhias efetivaram investimentos: em infraestrutura, por conta da Bracol, e em tec-nologia, a cargo da Carbono. “Por política esta-belecida no acordo não haverá divulgação de números”, justifica Gabriel, argumentando que as empresas negociavam o fechamento deste acordo há cerca de dois anos.

OLEOQUÍMICA VERDEUm conceito inovador, adequado às novas

exigências do mercado, será uma das principais ferramentas que a Carbono terá à disposição para explorar o potencial do ácido dimérico. De acordo com Gabriel, não há insumos petroquími-cos envolvidos no seu processo de fabricação, o que permite seu posicionamento “verde”. “E, a partir dele, há uma série de subprodutos que hoje não são oferecidos localmente ao mercado brasileiro, como os ácidos monoméricos, que também têm um grande potencial”, acrescenta o diretor da Carbono, completando que ainda será possível, a partir dessas matérias-primas, gerar alcoóis, por exemplo, usados no mercado de higiene e beleza. “Não estamos falando de uma química nova, mas de processos novos que a tornem competitiva frente à petroquímica. O seu potencial é muito grande”, assegura.

Tecnicamente, o ácido dimérico é um dímero

“Não estamos falando de uma

química nova, mas de proces-

sos novos que a tornem competiti-va frente à petro-química. O seu

potencial é muito

grande”Rodrigo Gabriel, diretor da Carbono

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DISTRIBUIÇÃO – CARBONO

de ácido graxo de 18 carbonos. Ele tem uma grande amplitude de aplicações, podendo ser utilizado desde como inibidor de corrosão e redutor de viscosidade no mercado lubrificante a matéria-prima para poliamidas aceleradoras de cura epóxi. Conforme Gabriel, atualmente há novos desenvolvimentos em relação a essa molécula que permitem a existência de outros radicais já acoplados ao dimérico, o que dá ori-gem a produtos com baixíssima viscosidade, au-mentando a gama de aplicações disponíveis.

PERSPECTIVASPor enquanto, de acordo com o diretor da

Carbono, o novo produto será direcionado aos mercados de lubrificantes, de epóxi (poliamidas) e de adesivos, não havendo previsão de quanto cada qual terá de participação na produção. “O percentual de cada mercado será modifica-do de acordo com parâmetros de disponibilida-de e econômicos”, argumenta.

A produção inicial do ácido dimérico fica-rá entre 30 e 40 toneladas por mês, segundo cálculos de Gabriel. “Elevações de carga serão avaliadas conforme a demanda do mercado”, condiciona, esclarecendo, entretanto, que exis-te a possibilidade para aumento de produção e que o ácido dimérico pode ocupar espaço de outros produtos“, dependendo do panorama econômico que ele estiver exibindo.

Além do ácido dimérico, a união com a Bra-col resultará em outros produtos. “Estou autoriza-do a comentar sobre os subprodutos da própria produção do dimérico, como os monômeros, mas posso adiantar que dessa parceria ainda nascerão muitos produtos”, antecipa, reforçando que este é mais um passo da Carbono, entre vá-rios programados, para acentuar sua presença no segmento de lubrificantes.

O mercado interno será o consumidor inicial da nova linha produzida por Carbono e Bracol, porque está “demandando bastante produto”, conforme avaliação de Gabriel. “Estamos com grande procura local e nossa produção deverá ser 100% absorvida localmente”, diz, explican-do que há a intenção de exportar, principalmente

os diméricos com maior valor agregado, o que “naturalmente ocorrerá”. O diretor da Carbono reforça que é intenção da empresa diversificar os mercados nos quais atua e que o equilíbrio da balança comercial, com base em exporta-ções, é parte deste objetivo.

LUBRIFICANTESPara o diretor da Carbono, o mercado na-

cional de lubrificantes tem ótimas perspectivas, já que o País assumiu a premissa de crescimento para 2010. “Esse crescimento demandará avan-ços logísticos, e o Brasil é muito dependente do modal terrestre. Isso acarretará maior taxa de ocupação de frota e provavelmente aumento da mesma”, analisa.

Para aproveitar os bons ventos a Carbono intensificará sua presença no mercado, mas sempre por meio de aumento de performance do cliente final, ou seja, por intermédio dos adi-tivos. Não atuaremos no segmento de óleos bá-sicos”, revela.

A Bracol, empresa do Grupo Bertin, produz equipamentos de proteção individual, sempre garantindo segurança e conforto. Para isso, in-veste em tecnologia, pesquisa e desenvolvimen-to, otimizando a performance e a durabilidade de seus produtos, protegendo as pessoas nas mais diversas situações.

Sediado no Estado de São Paulo, o Grupo Bertin possui 30 unidades produtivas distribuídas pelo Brasil, onde operam 30 mil colaboradores.

Com marcas fortes que propiciam ao consu-midor avanço em produtos e serviços, a corpo-ração atende o mercado interno e mais de 80 países, nos cinco continentes.

Na agroindústria, o Grupo Bertin apostou no aproveitamento total da cadeia bovina. Se-guindo a estratégia de verticalização, a empre-sa mantém um conglomerado industrial focado em nove divisões de negócios: agropecuária, alimentos, biodiesel, cosméticos, couros, equi-pamentos de proteção individual, higiene e limpeza e higienização industrial, produtos Pet, construção civil, saneamento básico, energia e transporte, contando ainda com um resort.

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ARTIGO

PRESERVAÇÃO EM FOCO

Por Marcos Guerra*

Em feiras, encontros e eventos realiza-dos em 2009 no setor petroquímico, pode-se observar uma tendência e busca por produtos que gerem o míni-mo de resíduos, com menor toxidade

e menor impacto ambiental durante a produção e o consumo.

Com a implantação de legislações cada vez mais restritivas e punições severas frente aos da-nos provocados à natureza, os fabricantes estão investindo em tecnologias para criar soluções efi-cientes, sustentáveis e com preços competitivos.

O Grupo Agecom do Brasil se inseriu neste contexto e aproveitou o momento para lançar sua linha de solventes ecológicos, que possuem baixo teor de aromáticos, ou seja, são menos tóxicos e menos agressivos ao meio ambiente.

A iniciativa trouxe mais opções e gerou competitividade em um mercado que tende a

crescer muito nos próximos anos, seguindo uma tendência “verde” presente no mundo todo.

Com visão no futuro e acreditando em res-ponsabilidade socioambiental, iniciamos a co-mercialização deste tipo de substância no Brasil. Os solventes apresentam um custo compatível com os benefícios que podem trazer dentro da proposta de minimizar o impacto ambiental e a toxidez na elaboração de novos itens.

Já podemos perceber nos consumidores uma mudança na atitude de compra, com a busca por itens ecologicamente corretos. Para 2010, esta tendência deve ser ampliada, afetando os mais di-versos segmentos e aumentando a oferta desse tipo de produto nas prateleiras. Independente de serem de áreas químicas, têxteis, etc, a preocupação com o meio ambiente está se tornando, cada vez mais, uma necessidade. A natureza agradece. (*) Marcos Guerra é CEO do grupo Agecom do Brasil

The Innovation Principle.Innovation is the most important formula for success. At BYK we know that innovation demands forward thinking about new products and processes, effective services and strong partnerships. It takes imaginative applications of state-of-the-art technologies. Ultimately, innovation requires knowledge, experience and the drive to discover new solutions. That’s BYK’s Innovation Principle – . Put it to work for you. Together, we can help you achieve a decisive competitive advantage.

www.byk.com/innovation

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The Innovation Principle.Innovation is the most important formula for success. At BYK we know that innovation demands forward thinking about new products and processes, effective services and strong partnerships. It takes imaginative applications of state-of-the-art technologies. Ultimately, innovation requires knowledge, experience and the drive to discover new solutions. That’s BYK’s Innovation Principle – . Put it to work for you. Together, we can help you achieve a decisive competitive advantage.

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SERVIÇOS-SILUBRIN

janeiro/fevereiro 2010

Por Miriam Mazzi

LUBRIFICANDO AS MÁQUINAS

Foto

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Em tempos de competição acirrada, a Silubrin, empresa com 20 anos de experiência, oferece ao mercado soluções em lubrifi cação industrial, ambientalmente corretas, confi áveis e com custo competitivo.

Pioneira e hoje líder nacional, a Si-lubrin Inteligência em Lubrifi cação atua prestando serviços e fornecendo produtos de alto desempenho para lubrifi cação. Sediada em São Paulo,

revolucionou o setor no Brasil ao efetivar parce-rias internacionais que viabilizaram à empresa transferência de conhecimento de experts de todo o mundo. “Essas iniciativas também nos permitiram ampliar a estrutura e a visão técni-ca necessária para contribuir com a confi abili-dade operacional de nossos clientes de forma a agregar valor ao produto fi nal de cada um deles”, atesta Maurício Preto, diretor comercial com mais de 20 anos de experiência no setor.

Conforme Maurício Preto, a Silubrin, gra-ças aos acordos com empresas detentoras de tecnologias inovadoras e de conhecimento, se tornou a única no País a estabelecer parceria com a americana Noria, uma das maiores companhias do mundo em treinamento e con-sultoria em lubrifi cação. “Essa relação facilitou incrivelmente a transferência de tecnologia, o que tem ajudado imensamente nossos serviços prestados”, ratifi ca, completando que, além disso, na América Latina, a Silubrin é hoje a empresa com o maior número de colaborado-res certifi cados pelo ICML – Conselho Interna-cional para Lubrifi cação de Máquinas.

O know-how adquirido pela Silubrin vem propiciando, de acordo com Maurício Preto, oferecer aos mais de 200 clientes soluções com melhor custo/benefício e, o mais impor-tante, fortalecer sua relação com eles. “Uma empresa não é feita somente de recursos e processos, mas, acima de tudo, de relações humanas e valores éticos”, reforça.

Para que a contribuição relacionada à con-fi abilidade operacional dos equipamentos de nossos clientes fosse mais intensa, a Silubrin in-vestiu e inaugurou uma divisão para a comer-cialização de produtos de alto desempenho. “O sucesso foi tão grande que recentemente expandimos a operação para um galpão na região de Suzano”, afi rma Mauricio Preto.

DIVERSIFICAÇÃO“Essencialmente, a Silubrin é uma prestado-

ra de serviços”, defi ne Maurício Preto. Porém, seus serviços estão longe de serem “engessa-dos”. Estando presente nos principais pólos industriais do país, atua em mais de 200 sites fabris em dos mais variados segmentos. Ao lon-go dos últimos dez anos, a Silubrin tem conquis-tado contratos corporativos atendendo grupos como: Suzano, Pirelli, Braskem, Bunge, Sansuy, Cargill, entre outros.

Os clientes da Silubrin hoje se benefi ciam encontrando em uma única empresa todas as soluções relacionadas à produtos e serviços do segmento de lubrifi cação: extensa lista de en-saios laboratoriais para óleos novos e usados; fi ltragem e descontaminação de lubrifi cantes; projeto, instalação e manutenção de sistemas centralizados; fornecimento de produtos de alto desempenho (fi ltros absolutos, lubrifi cantes es-peciais, acessórios para blindagem de máqui-nas, lubrifi cadores automáticos, etc.)

“Todas essas soluções visam o aumento da disponibilidade dos equipamentos e o conse-quente aumento da produtividade”, explica o diretor da Silubrin.

Além dos serviços, a Silubrin também oferece diversos produtos por intermédio de

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SERVIÇOS-SILUBRIN

distribuições exclusivas no País ou de desen-volvimento próprio, caso do OilBox, uma maneira ecologicamente correta e segura de armazenar lubrificantes e mantê-los livre de contaminantes; o iCan, uma linha completa de produtos que ajudam a armazenar e aplicar lubrificantes de forma rápida e ergonômica; uma linha completa de filtros que auxiliam na remoção de líquidos ou contaminantes sóli-dos; linha de unidades de filtragem móveis; e maletas para ensaios em campo para detectar níveis de contaminação.

PROCESSO ECOLÓGICOTendo como missão oferecer inteligência

na lubrificação, o que aumenta a confiabili-dade operacional e disponibilidade dos equi-pamentos de seus clientes, a Silubrin opera da seguinte maneira: redefine intervalos de aplicação, garante a aplicação e realiza es-

tudos de engenharia a fim de implantar solu-ções tecnologicamente viáveis que agreguem disponibilidade ao equipamento. “Com isso, conseguimos alavancar rapidamente os resul-tados de confiabilidade operacional de nos-sos clientes”, destaca Maurício Preto.

Entre esses objetivos certamente estão práticas ambientalmente corretas, as quais são parte da filosofia de atuação da Silubrin. “Cada um dos programas da Silubrin preza pela aderência permanente das normas de proteção ambiental, como produtos biode-gradáveis, eliminação de vazamentos e con-trole de desgaste”, explica, argumentando que a empresa utiliza métodos que permitem que seus serviços sejam ecologicamente cor-retos, como o manuseio correto de lubrifican-tes, descontaminação de fluidos, filtragem para o reúso dos lubrificantes e o descarte apropriado dos mesmos.

“Uma empresa não é feita so-

mente de recursos e processos, mas,

acima de tudo, de relações hu-

manas e valores

éticos ”Maurício Preto, diretor

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SERVIÇOS-SILUBRIN

PREVENÇÃOOs experts da Silubrin dedicam tempo

não somente para assegurar o funcionamen-to apropriado das máquinas de seus clientes hoje, mas também para o funcionamento apro-priado no futuro. Este processo começa pela análise do óleo. Os profissionais analisam as condições do lubrificante, com o objetivo de identificar a situação do equipamento, o que é feito por meio dos mais diversos ensaios, tais como contagem de partículas, ferrografia, espectrometria de emissão atômica e outros.

A contagem de partículas presentes no lu-brificante também é de extrema importância. Conforme Maurício Preto, 80% dos problemas em sistemas hidráulicos acontecem pela pre-sença de contaminantes no óleo lubrificante. “Saber a condição do óleo em uso é funda-mental para a decisão de ações corretivas fo-cadas em evitar falhas operacionais”, revela

o diretor, esclarecendo que o laboratório da Silubrin conta com uma gama de equipamen-tos laboratoriais de ponta oferecendo uma extensa lista de ensaios. Vale destacar que o laboratório é certificado ISO 9001:2008.

“A Silubrin se orgulha de oferecer uma abordagem proativa no que tange lubrifica-ção e manutenção de máquinas, pois sa-bemos que custa dez vezes mais remover a sujeira de um lubrificante do que permitir que ele entre”, destaca, lembrando que a Silubrin trouxe ao Brasil soluções exclusivas (removi o resto da frase aqui!).

Com sede em São Paulo, a Silubrin possui em seu quadro mais de 1.000 colaborado-res diretos que atuam por todo o território na-cional , desde o Amazonas até o Rio Grande do Sul. Além da sede em São Paulo, existem escritórios em Recife, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

˜˜INFORMAÇOES

I N S C R I Ç O E S

W W W .LUBGRAXMEETING

. C O M . B R

2 e 3dias

Setembro

Fórum científico e de negócios globais em lubrificantes, fluídos, óleos e graxas.

Hotel

São Paulo

Century Paulista

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˜˜INFORMAÇOES

I N S C R I Ç O E S

W W W .LUBGRAXMEETING

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2 e 3dias

Setembro

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Century Paulista

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PERFIL DO FORNECEDOR

CHEMIGAL E BRASPAIN NA ROTA DOS ÓLEOS VEGETAISCom a patente do Sistema Biossônico, a Chemigal e sua coligada Braspain Eco Diesel preparam-se para atingir o mercado de aditivos e lubrificantes à base de óleos vegetais após conquistar setor de biodiesel

Por Maristela Rizzo

Empresa do ramo químico, a Chemi-gal, em conjunto com sua coligada Braspain Eco Diesel, detentoras das patentes do Sistema Biossônico, equipamento utilizado para a pro-

dução de biodiesel de forma econômica e ecologicamente correta, anunciou que já se encontra em fase adiantada nas pesquisas para a fabricação de aditivos e lubrificantes à base de óleos vegetais.

O Sistema Biossônico se consiste em um processo de transesterificação ou esterificação sem o uso de reator e caldeira, onde a reação química é feita em poucos minutos através da

Bomba Biossônica, além de oferecer também su-per rapidez na separação do glicerol, lavagem a seco e secagem a frio. Essas características permitem a produção diária de mil a 300 mil litros diários de biodiesel de qualidade superior às especificadas pelas normas europeias ASTM e ANP. “A transesterificação pelo processo con-vencional, usando reatores, é o processo mais utilizado atualmente para a produção de bio-diesel. Consiste em uma reação química dos óleos vegetais ou gorduras animais com etanol ou metanol, em presença de um catalisador, da qual também se extrai a glicerina. O Sistema Biossônico, desenvolvido pela Chemigal, che-

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PERFIL DO FORNECEDOR

gou para modernizar a fabricação de biodiesel, com melhor qualidade e alta produtividade”, ga-rante Galdino Sarabion Vieira Machado, diretor técnico da Chemigal/Braspain.

Além de poder ser utilizado para a produ-ção de biodiesel, hoje o sistema patenteado da Chemigal também é utilizado para o tratamento de efluentes líquidos, dessalinização de água salobra e água do mar e fabricação de resinas, plastificantes, polímeros e recuperação de sol-ventes sujos e óleos contaminados. “Em breve estaremos entrando com nossos equipamentos e nossa tecnologia no mercado de lubrificantes, utilizando nosso sistema tanto para a produção de óleos como de seus aditivos, sempre usando os óleos vegetais que, entre outras vantagens, são biodegradáveis”, informa o diretor.

Essa nova atuação foi decidida após inten-

sa pesquisa durante o ano de 2009, período no qual a Chemigal/Braspain investiu em pes-quisas dos bioaditivos e óleos lubrificantes fei-tos a partir de óleos vegetais à base de soja e milho na forma de ésteres que, além da já citada característica de biodegradabilidade, atendem todas as especificações exigidas, como capacidade de antifricção, antidesgas-te, viscosidade e estabilidade térmica, “tudo isso acrescido de desempenho superior aos aditivos e óleos feitos à base de petróleo. Em 2010 pretendemos colher os frutos destes in-vestimentos”, prevê Machado, acrescentando que o objetivo principal da Chemigal/Bras-pain é apresentar um processo ecologicamente correto, sem a geração de efluentes líquidos, colaborando para a redução da contaminação dos lençóis freáticos.

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AGENDA

Evento Data Local Informações

Intertech 2010 – XI Conferência Internacional de Educação em

Engenharia e Tecnologia7 a 10/3 Ilhéus, BA

Copec – Conselho de Pesquisas em Educação e Ciê[email protected] e

www.copec.org.br/intertech2010

5º EBDQIM – Encontro Brasileiro dos Distribuidores de Produtos

Químicos e Petroquímicos18 e 19/3 São Paulo, SP

Associquim/Sincoquim Tel. (11) 3665.3211

www.associquim.org.br

4º Seminário de Automação, Instrumentação e Sistemas 13 a 16/4 Joinville, SC Euro Feiras e Negócios e Senai/Joinville

Tel. (47) 3028.0002 e [email protected] / www.eurofeiras.com.br

Expobor 2010 – 9ª Feira Internacional de Tecnologia,

Máquinas e Artefatos de Borracha13 a 16/4 São Paulo, SP

Francal FeirasTel. (11) 2226.3100www.expobro.com.br

Congresso Brasileiro do Aço 14 a 16/4 São Paulo, SP Instituto Aço Brasil

Tel. (21) [email protected] / www.acobrasil.org.br/congresso2010

AKL’10 – International Laser Technology Congress 5 a 7/5 Aachen,

Alemanha

Fraunhofer-Institut für Lasertechnik (ILT)Tel. +49 241 8906-288

[email protected] / www.lasercongress.org

AOCS 101st Annual Meeting & Expo 16 a 19/5 Phoenix, EUA AOCS Meetings

Tel. +1 217-359-2344 / [email protected]

IV Congresso Internacional do Alumínio 18 a 20/5 São Paulo, SP

Abal/Reed AlcântaraTel. (11) 3060.5023

[email protected] / www.expoaluminio.com.br

41º Seminário de Aciaria 23 a 26/5 Não definido ABM Brasil

Tel. (27) 5534.4333www.abmbrasil.com.br/seminarios/aciaria/2010

Conbrascorr – Congresso Brasileiro de Corrosão 24 a 28/5 Fortaleza, CE

Abraco – Associação Brasileira de Corrosão Tel. (21) 2516.1962

www.abraco.org.br/intercorr2010

Conaend – XXVIII Congresso Nacional de Ensaios Não

Destrutivos e Inspeção22 a 25/6 Santos, SP

Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção – AbendiTel. (11) 5586.3197

[email protected] / www.abendi.org.br/conaend201

65º Congresso da ABM 26 a 30/7 Rio de Janeiro, RJ

ABM BrasilTel. (11) 5534.4333

patrí[email protected] / www.abmbrasil.com.br/seminarios

Conferência Navalshore 2010 11 a 13/8 Rio de Janeiro, RJ

Portos e Navios Tel. (21) 2283.1407

[email protected] / www.navalshore.com.br

CONEN 2010 – VI Congresso Nacional de Engenharia Mecânica 18 a 21/8 Campina

Grande, PB

Universidade Federal de Campina Grande – UFCGTel. (83) 3310.1039

[email protected] / www.conem2010.ufcg.edu.br

Construmetal 2010 – Congresso Latinoamericano da Construção

Metálica31/8 a 2/9 São Paulo, SP

ABCEM – Associação Brasileira de Construção MetálicaTel. (11) [email protected]

www.construmetal.com.br

Congresso Metalurgia 2010 – Con-gresso Internacional para Fundição,

Forjaria, Alumínio & Serviços 14 a 17/9 Joinville, SC

Messe BrasilTel. (47) 3451.3000

[email protected]

Química & Petroquímica – Feira Internacional dos Fornecedores da Indústria Química e Petroquímica

21 a 24/06 São Paulo, SP

Alcântara MachadoTel. (11) 3060-4954

quimica-petroquimica@reedalcantara.com.brwww.quimica-petroquimica.com.br

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GUIA

ÁCIDO OLÉICO BI-DESTILADO

ADITIVOS

Arinos IndustrialFone: (11) 3602.7222Fax: (11) [email protected]

Bandeirante BrazmoFone: (11) 3612.5600Fax: (11) 3612.5650

[email protected]

Lanxess / RheinChemieFone: ( 11) 3741.3333/2500

Fax: (11)3741.2899 Vanessa Coelho

[email protected] www.rheinchemie.com

www.lanxess.com

BASES LUBRIFICANTES

D’AltomareFone: (11) 3523.8600Fax: (11) 3523.8649Anselmo França Silva

[email protected] www.daltomare.com.br

BIOCIDAS

Arch Quimica Brasil LtdaFone: (11) 4028-8036/ Fax: (11) 4028-8109

www.archbiocides.com Sebastian Gili Canto - [email protected] Rezende - [email protected]

www.archbiocides.com

MONOETILENOGLICOL (MEG)

UniAmericaFone: (11) 2142-8100Fax: (11) 2142-8133

[email protected]

quantiQFone: (11) 2195-9056João Roberto Rodrigueswww.quantiq.com.br

Indústria Química Anastácio Fone: (11) 2133.6600Fax: (11) 2133.6699

[email protected] www.quimicanastacio.com.br

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EDITORIALISTA CONVIDADA

MULHERES & PODER(*) Vanessa Coelho

E quem se atreve dizer que não che-gamos? Chegamos, sim! Chegamos ao poder. As mulheres começaram a escalar degraus mais altos do poder quando o mundo ainda estava no

século XIX. Precisaram de duas guerras mun-diais para que o século XX reconhecesse seu valor. Havia muitos homens barrando o cami-nho, fechando as portas, até filhas de casais orientais eram mortas ao nascer por serem consideradas frágeis para o trabalho; serviam apenas para procriar e, de preferência, “ ho-mens”. Mesmo assim, alcançaram o topo das carreiras na política e nas empresas.

Com toda esta mudança no cenário mun-dial, a mulher precisa definir por si só seu pró-prio futuro financeiro e cada vez mais depen-dem dela as famílias e o trabalho.

As mulheres representam 41 % da força de trabalho no Brasil; nos Estados Unidos, se tornaram a metade da população economica-mente ativa e aí começam as exigências e a competitividade.

No Brasil, 35% delas chefiam os lares e ao mesmo tempo ocupam cargos que exigem nível superior. Contudo, as mulheres, mesmo disputando cargos com os homens, ainda es-tatisticamente possuem os menores salários em comparação a um homem num mesmo cargo.

O espírito desse tempo de encarar as di-ferenças fez com que elas defendessem seu próprio território para conseguir jornadas mais flexíveis, e incentivar o trabalho à distância estaria entre as prioridades.

Apesar de incomodar, o papel dos hormô-nios no momento das decisões relacionadas a dinheiro é um fator cultural que vem sendo estudado desde anos 90. De acordo com essas pesquisas, os homens tendem a buscar

carreiras com mais risco e remuneração poten-cialmente alta, já que as mulheres são mais avessas aos riscos que os homens.

Se as mulheres agem com toda essa cautela e pensam mais no grupo (a família), têm uma chance maior de sofrerem pelos hábitos financei-ros dos companheiros mais ousados e individu-alistas, ou seja, se o marido não coopera com a independência e saúde financeira da mulher, talvez seja a hora de encerrar o casamento.

Há quem diga que as mulheres brasileiras possuem um perfil caracterizado pelo bom senso, o que determinaria o fato de elas não estarem em relacionamentos estáveis e acredi-tarem que um futuro parceiro teria pouca ou nenhuma influência em suas decisões de in-vestimento. Por outro lado, entre as casadas, isso parece se cumprir, pois tomam decisões de investimento em conjunto com o marido. Existem, ainda, as que preferem viver o “amor à moda antiga”, no qual o parceiro toma as decisões da saúde financeira.

E por falar em “amor à moda antiga”, com toda esta independência feminina, há mulheres que esqueceram de ser “MULHER”, colocando seus parceiros em segundo plano ou não querendo parceiros, tomando a frente de muitas atitudes, como abrir um pote de azeitonas.

O homem ainda tem o seu papel importan-te e a mulher precisa se conscientizar que nem tudo precisa disputar.

Mesmo no poder, seja chefiando a casa ou a empresa, mulher deve ser sempre MULHER.

Vanessa Coelho é Technical-Sales da Lanxess Indústria de Produtos Químicos e Plásticos/RheinChemie - Lu-bricants Division

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3ª CAPA

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4ª CAPA

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