linguagens e códigos e suas tecnologias - língua portuguesa, literatura e artes

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  • 7/23/2019 Linguagens e Cdigos e Suas Tecnologias - Lngua Portuguesa, Literatura e Artes

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    LINGUAGENS, CDIGOSE SUAS TECNOLOGIAS

    Lngua PortuguesaLiteraturaArtes

    caderno

    de questes

    Yeso Osawa Ribeiro

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    2009 IESDE Brasil S.A. proibida a reproduo, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorizao por escrito dos autores e do detentordos direitos autorais.

    Todos os direitos reservados.

    IESDE Brasil S.A.

    Al. Dr. Carlos de Carvalho, 1.482 Batel

    80730-200 Curitiba PR

    www.iesde.com.br

    Capa: IESDE Brasil S.A.

    Imagem da capa: Comstock Complete Corel Image Bank Creative Sute Digital Juice Estdio Portflio Getty Images Istock Photo Jpiter Images/DPI Images

    R367c

    Ribeiro, Yeso Osawa

    Curso preparatrio para o novo ENEM : caderno de questes : linguagens, cdi-gos e suas tecnologias : lngua portuguesa, literatura e artes / Yeso Osawa Robeiro.

    - Curitiba, PR : IESDE Brasil, 2009.

    il.58 p.

    Inclui bibliograa

    ISBN 978-85-387-0230-6

    1. Exame Nacional de Ensino Mdio. 2. Ensino mdio - Estudo e ensino. 3.Lngua portuguesa (Ensino mdio) - Problemas, questes, exerccios. 4. Literatura

    brasileira - (Ensino mdio) - Problemas, questes, exerccios. 5. Arte (Ensino m-dio) - Problemas, questes, exerccios. I. Ttulo.

    CDD: 373CDU: 373.5

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    Lngua PortuguesaYeso Osawa Ribeiro

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    Sum rio

    Aula 1 .........................................................................................5

    Gabarito ........................................................................................ 10

    Aula 2 .......................................................................................13

    Gabarito ........................................................................................18

    Aula 3 .......................................................................................21

    Gabarito ........................................................................................ 27

    Aula 4 ......................................................................................29

    Gabarito ........................................................................................33

    Aula 5 .......................................................................................35Gabarito ........................................................................................39

    Aula 6 .......................................................................................41

    Gabarito ........................................................................................45

    Aula 7 .......................................................................................47

    Gabarito ........................................................................................ 51

    Aula 8 .......................................................................................53Diferena entretemaeassunto...................................................... 53

    Tese .............................................................................................. 54

    Argumentos ................................................................................... 54

    Coletnea de textos ....................................................................... 55

    A redao no ENEM ........................................................................ 55

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    QUESTO 1

    Leia os dois trechos a seguir e em seguidaavalie as afirmaes feitas sobre eles.

    Texto A

    A revista semanal Ana Maria dedicadaao pblico feminino na sua edio de n-mero 391 enfocava em artigo o sucesso de

    uma apresentadora de tev da RBS, emisso-ra de tev do Rio Grande do Sul. A chamadado artigo trazia as seguintes frases:

    A GORDINHA QUE A GALERA CURTE

    Mauren Motta comanda com sucesso um

    programa de tev no Sul do pasmesmo comquilos a mais.

    Texto B

    A revista Mundo Estranho, publicao decuriosidades e entretenimento, na edio de

    junho de 2004 apresentou uma matria intitu-lada as dez maiores gatas dos cartoons.

    Na 7.a posio figurava She-Ra, irmgmea de um outro heri dos desenhos ani-mados, He-Man.

    O texto sobre a personagem, a certa al-tura, afirmava:

    (...) She-Ra tinha o corpo de uma Barbie,metida num modelito branco muito fashion, e

    aparecia sempre cavalgando um unicrnio bran-

    co. O desenho era to afetado que at virou

    um cone GLS*, verdade. Mas tudo bem, as

    formas da herona eram perfeitas, dignas de

    um stimo lugar no ranking.

    *Sigla, poca, para designao degays, lsbicas e simpatizantes.

    Aula 1

    Nos dois trechos em negrito, possvelI.subentender um discurso preconceituoso.

    Na passagem destacada no texto A, ocor-II.re, ao final, uma ressalva.

    Na passagem destacada no texto B, hIII.uma relao explcita de causa e conse-quncia.

    correto o que se afirma em:

    I, II e III.a)

    I e II, apenas.b)

    I e III, apenas.c)

    II e III, apenas.d)

    I, apenas.e)

    QUESTO 2

    Saber ler de forma competente significa,antes de tudo, entender aquilo que se l.Para isso, reconhecer os sentidos assumi-dos por palavras e expresses do enunciadonos propicia uma abordagem mais precisa,menos impressionista, sobre as relaesestabelecidas dentro das frases.

    Leia as frases abaixo e responda ao que sepede.

    O vazio e a fragilidade do discurso empre-I.sarial so percebidos por pessoas maisargutas.

    Um discurso artificial e cheio de clichsII. en-gana apenas os ingnuos ou ignorantes.

    Estudo revela que executivos at domi-III.nam algo do ingls, mas no sabem por-tugus.

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    Desempenham o mesmo papel semntico os termos grifados em:

    Nenhum autor brasileiro consagrado figu-I.ra entre os dez livros mais vendidos.

    A lista apresenta uma distribuio irre-II.gular entre os autores citados como osmais lidos.

    O Pequeno PrncipeIII. o livro que est hmais tempo na lista dos mais vendidos.

    No figura nesta lista o livro que apareciaIV.na terceira colocao no levantamento re-alizado entre os dias 07 e 14 de junho.

    Assim:

    todos os itens so corretos.a)

    apenas I, II e III so corretos.b)

    apenas I, II e IV so corretos.c)

    QUESTO 3

    Leia com ateno o quadro abaixo e os itens a seguir.

    OS MAIS VENDIDOSINFANTO-JUVENIL

    1.oHarry Potter e as Relquias da Morte, J. K. Rowling (21/1)

    2.o

    Harry Potter e o Enigma do Prncipe, J. K. Rowling (108/2)3.oHarry Potter e o Clice de Fogo, J. K. Rowling (135/4)

    4.oHarry Potter e o Prisioneiro de Azkaban, J. K. Rowling (123/5)

    5.oHarry Potter II e a Cmara Secreta, J. K. Rowling (91/6)

    6.oHarry Potter e a Pedra Filosofal, J. K. Rowling (102/7)

    7.oDirio de um Banana, V. 2, Jeff Kinney (1/*)

    8.oO Menino do Pijama Listrado, John Boyne (61/10)

    9.oFormaturas Infernais, M. Cabot, K. Harrison, S. Meyer e M. Faffe (8/9)

    10.oO Pequeno Prncipe, Antoine de Saint-Exupry (290/*)

    * Levantamento realizado entre 15 e 23 de junho de 2009, em algumas das principaislivrarias do Brasil, em diversas cidades. O nmero esquerda indica h quantas semanas olivro figura na lista; direita, sua posio na semana anterior.

    (Revista poca, ed. 580, jun. 2009.)

    apenas I, III e IV so corretos.d)

    apenas II, III e IV so corretos.e)

    QUESTO 4

    A variao lingustica uma caractersticainerente s lnguas, expressando vriosaspectos das potencialidades do idioma.Discutir o que certo ouerrado, sob aperspectiva das variantes, pode significaruma viso conservadora e limitada sobre osfatos lingusticos. Nesse sentido, afirmar queseja errado pronunciar tauba significadesconhecer as possibilidades de variao

    em uma lngua como um sistema de amplosmatizes.

    I, II e III.a)

    I e II, apenas.b)

    I e III, apenas.c)

    II e III, apenas.d)

    nenhum caso.e)

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    Aponte, dentre os enunciados a seguir, aque-le que apresenta um problema de mesmanatureza ao mencionado anteriormente,sendo comumente considerado um erro

    grosseiro notado por aqueles que desconsi-deram a lngua como um sistema amplo deopes e escolhas.

    um absurdo falar pet quando natural-a)mente podemos utilizar animal de esti-mao.

    Pra mim fazer no existe, pois mimb)no faz nada.

    Obedecer s pode serc) obedecera, pois

    quem obedece, obedece a algum.Subir pra cima impossvel, pois quemd)sobe s pode subir para cima.

    Ningum consegue acender um fogoe)usando fosfro.

    QUESTO 5

    Ditados populares, provrbios ou mximas

    so enunciados portadores de uma sabedoriapopular, de contedo transmitido de geraoa gerao. Ouvimos essas expresses denossos pais e avs e certamente as repassa-remos s geraes seguintes como espelhoe reflexo de condutas, aes ou situaes.

    Diante disso, por exemplo, o fato de tentarconvencer oupersuadir algum sobre algu-ma coisapode ser expresso por variadosenunciados de um mesmo ou muito prxi-

    mo sentido. Aponte, dentre as alternativasabaixo, aquela cujo sentido foge ideia deconvencimento ou persuaso.

    a) Vender o peixe.

    b) Falar pelos cotovelos.

    c) Ensinar o padre a rezar missa.

    d) Fazer a cabea.

    e) Passar a lbia.

    QUESTO 6

    Vamos ter o apoio de mais de 90% da

    sociedade para fazer o que precisa ser feitopara que o Brasil deixe de ser um pas emer-

    gente e passe a ser um pas efetivamente

    grande, competitivo.

    (Lus Incio Lula da Silva. O Estado de S. Paulo,03/05/2003.)

    Os pressupostos so informaes implcitasque decorrem de certas palavras ou expres-ses contidas na frase (verbos, advrbiosetc.). Entre as alternativas abaixo, assinale

    aquela que representa contedo pressupostona fala de Lula.

    o Brasil no um pas verdadeiramentea)grande e competitivo.

    a maior parte da sociedade apoia as re-b)formas.

    o Brasil no um pas emergente.c)

    o presidente espera fazer grandes mu-d)danas em seu governo.

    h uma minoria descontente que no see)importa com o destino do pas.

    QUESTO 7

    Observe:

    Divulgao.

    O texto acima combina elementos verbais e

    no verbais para:

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    condenar a violncia contra animais do-a)msticos.

    criticar o abate de animais para consumob)de carne.

    valorizar a supremacia do homem sobrec)as demais espcies.

    desestimular a compra de acessriosd)para ces.

    caracterizar o preconceito contra as ins-e)tituies que defendem os direitos dosanimais.

    QUESTO 8

    Leia a seguir dois poemas representativosde algumas das tendncias da produopotica brasileira das ltimas dcadas. Otexto I faz parte do Concretismo, movimentopotico que surgiu na dcada de 1950, e otexto II exemplo da Poesia Marginal dosanos 1970.

    Texto I

    Mart.CollezioneDen

    za.

    (PIGNATARI, Dcio. Poesia pois Poesia: 1950-2000.Cotia: Ateli Editorial, 2004.)

    Texto II

    PARKER

    TEXACO

    ESSO

    FORD ADAMS

    FABER

    MELHORAL

    SONRISAL

    RINSO

    LEVER

    GESSYRCE

    GE MOBILOIL

    KOLYNOS

    ELECTRIC

    COLGATE

    MOTORS

    GENERAL

    casas pernambucanas

    (LEMINSKI, Paulo. In: Fred Ges e lvaro Marins (Orgs.).Melhores Poemas de Paulo Leminski. 4. ed.

    So Paulo: Global, 1999. p. 87.)

    Considerando a leitura dos textos, julgue asalternativas a seguir:

    No texto de Paulo Leminski, a expressoI.casas pernambucanasdestoa do conjun-to, uma vez que todas as outras palavras

    representam marcas de produtos ou deempresas multinacionais.

    O poema concreto de Dcio Pignatari temII.um carter propagandstico.

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    Apesar de ser posterior ao Concretismo,III.o segundo poema apresenta uma dispo-sio visual que o aproxima do movimen-to concretista.

    Est correto apenas o que se afirma em:

    I.a)

    III.b)

    I e II.c)

    I e III.d)

    II e III.e)

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    Gabarito

    QUESTO 1Alternativa A.

    Comentrio:

    Texto A: I. Mesmo com uns quilos a maispode ser traduzido como ainda que comuns quilos a mais/embora com uns qui-los a mais, dando a entender que noseria algo natural uma pessoa com unsquilos a mais poder comandar, com su-

    cesso, um programa de tev.

    Texto B: Mas tudo bem uma espciede oposio que atenua o fato de a per-sonagem merecer o stimo lugar pelassuas formas perfeitas, mesmo tendo vi-rado um cone GLS.

    Os dois trechos revelam, portanto, pre-conceito.

    O trecho final do primeiro texto, com oII.

    conector mesmo indica uma oposioargumentativa fraca, concessiva, que cha-mamos de ressalva, compreendendo umaideia contrria a outra, mas incapaz devenc-la argumentativamente.

    H uma relao explcita de causa e con-III.sequncia:

    Ser muito afetado Virar um cone GLS

    (causa) (consequncia)

    QUESTO 2

    Alternativa B.

    Comentrio:

    Pessoas mais argutas eum discurso artificiale cheio de clichsrepresentam, nos itens Ie II, os termos que desempenham o papelsemntico de agente, aquele que pratica a

    ao expressa pelo verbal. O termo portugusrepresenta o pacienteda ao verbal.

    QUESTO 3Alternativa A.

    Comentrio:

    De fato no h nenhum autor brasileiro, con-sagrado ou no, na lista. Basta verificar osnomes aps os ttulos dos livros.

    Realmente ocorre uma distribuio irregularentre os nomes citados, pois s uma au-tora, J. K. Rowling, concentra seis das dezposies.

    O Pequeno Prncipeest h 290 semanasna lista dos mais vendidos. o que est hmais tempo na lista.

    Verificando-se os nmeros direita, comoindica a prpria lista, nota-se que o terceirocolocado da semana anterior realmente per-deu o posto na semana do dia 15 de junho.

    QUESTO 4

    Alternativa E.

    Comentrio:

    O ponto central desta questo notar a varia-o na pronncia das palavras, que constituium dos casos mais evidentes de variaolingustica. Assim, o mesmo fato se repetena alternativa e, com a palavra fosfronolugar de fsforo, assim como taubafigura nolugar de tbua.

    Pet um caso de uso de estrangeirismo, eno de pronncia. Pra mim fazereobedecerailustram regncias usadas muito mais nafala do que a gramtica normativa recomen-da. Subir pra cimaexemplifica o chamadopleonasmo vicioso, espcie de redundncia

    que se pode evitar.

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    QUESTO 5

    Alternativa B.

    Comentrio:

    Falar pelos cotovelos no se relaciona aoato ou tentativa de convencer algum; umcaso de, simplesmente, se falar demais, demaneira desmedida.

    QUESTO 6

    Alternativa A.

    Comentrio:

    Se o desejo o de que o Brasil passe a serum pas efetivamente grande, competitivo,como diz o presidente Lula, isso significaque est pressuposta a ideia de que o Brasilainda no o .

    A maior parte da populao apoia a aogovernamental, isso explcito no texto.

    O Brasil um pas emergente, o que contrariaa ideia da alternativa c.

    Alm de haver uma ambiguidade na fraseem d, no h, no texto, marca alguma deque as mudanas sejam grandes. Grande o apoio, segundo o presidente.

    No se menciona, em momento algum, odescontentamento de uma minoria que nose importa com o destino do pas.

    QUESTO 7

    Alternativa B.

    Comentrio:

    A expresso ama uns apresenta relaocom a figura do co, enquanto come outrosapresenta relao com a fantasia usadapelo co, representativa de animais de cor-

    te destinados ao consumo humano. O tom

    crtico expresso em b se d na tentativade estabelecer a incoerncia de nossasatitudes em relao a um mesmo grupo, odos animais.

    QUESTO 8

    Alternativa D.

    Comentrio:

    Correta. Esta expresso tambm se con-IV.trape s demais por ser a nica grafadacom letras minsculas, significando tal-vez a pequenez do comrcio brasileiro se

    comparado s multinacionais.Incorreta. Um carter antipropagandsticoV. comprovado pelas palavras nascidasdas combinaes caco, cola, cloaca.

    Correta. Assim como o texto I, o texto IIVI.traz uma concepo potica baseada navisualizao da linguagem.

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    Aula 2

    QUESTO 1

    Nos itens abaixo, encontramos a descriode Botelho, criado por Alusio Azevedo naobra O Cortio. Assinale a opo que apre-senta as caractersticas psicolgicas dopersonagem.

    era um pobre-diabo caminhando para osa)setenta anos, antiptico, cabelo branco,

    curto e duro como escova, barba e bigo-de do mesmo teor; muito macilento, comuns culos redondos que lhe aumenta-vam o tamanho da pupila e davam-lhe cara uma expresso de abutre, perfeita-mente de acordo com o seu nariz aduncoe com a sua boca sem lbios: viam-se-lheainda todos os dentes, mas, to gastos,que pareciam limados at ao meio. An-dava sempre de preto, com um guarda-

    -chuva debaixo do brao e um chapu deBraga enterrado nas orelhas.

    fora em seu tempo empregado do comr-b)cio, depois corretor de escravos; contavamesmo que estivera mais de uma vez nafrica negociando negros por sua conta.Atirou-se muito s especulaes; durantea guerra do Paraguai ainda ganhara forte,chegando a ser bem rico; mas a roda de-sandou e, de malogro em malogro, foi-lhe

    escapando tudo por entre as suas garrasde ave de rapina.

    e agora, coitado, j velho, comido de de-c)siluses, cheio de hemorroidas, via-setotalmente sem recursos e vegetava sombra do Miranda, com quem por mui-tos anos trabalhou em rapaz, sob as or-dens do mesmo patro, e de quem seconservara amigo, a princpio por acasoe mais tarde por necessidade.

    devorava-o, noite e dia, uma implacveld)amargura, uma surda tristeza de vencido,um desespero impotente, contra tudo econtra todos, por no lhe ter sido poss-vel empolgar o mundo com as suas moshoje inteis e trmulas. E, como o seuatual estado de misria no lhe permitiaabrir contra ningum o bico, desabafavavituperando as ideias da poca.

    assim, eram s vezes muito quentes ase) sobremesas do Miranda, quando, entreoutros assuntos palpitantes, vinha dis-cusso o movimento abolicionista queprincipiava a formar-se em torno da leiRio Branco. Ento o Botelho ficava pos-sesso e vomitava frases terrveis, paraa direita e para a esquerda, como quemdispara tiros sem fazer alvo, e vociferavaimprecaes, aproveitando aquela vlvu-la para desafogar o velho dio acumula-

    do dentro dele.

    Texto para as questes 2e3.

    Tadinhos

    Marcos Caetano

    Hoje pretendo fazer uma anlise sobre amaneira como a imprensa, sobretudo da TVaberta, vem tratando o desempenho poucodestacado dos brasileiros em Pequim. Pre-

    ciso confessar que estou um tanto cansadode frases como Temos que considerar queele teve uma infncia pobre, como se ainfncia dos atletas chineses ou quenianostenha sido particularmente abastada. Ouesta: Gente, a trave muito difcil! Tem sdez centmetros de largura!, como se notivesse a mesma largura para as demais atle-tas. Ou ainda: Participar da final da natao,mesmo com o oitavo tempo, j vale ouro,

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    mesmo que as marcas anteriores do atletaem questo tenham sido bem melhores doque a da hora da verdade.

    O limite entre patriotismo e patriotada muito tnue. Da mesma forma, a anliserespeitosa muitas vezes perde da condes-cendncia exagerada por uma batida de mo.Sendo assim, importante separar o joio dotrigo. Dizer que o bronze da judoca KetleynQuadros foi um triunfo acertado, uma vezque seu currculo no trazia conquistas desemelhante envergadura. Por outro, erradodizer que o 8.olugar por equipes da ginsticaartstica feminina ou o 10.olugar individual

    por aparelhos de Jade Barbosa foram resulta-dos extraordinrios. Ao contrrio de Ketleyn,Jade e as atletas da ginstica j haviam con-quistado vrias medalhas em campeonatosmundiais. No ltimo deles, ficamos em 5.olugar por equipes. Sendo assim, o 8.olugarfoi mesmo um mau resultado.

    No sei se o amigo leitor enxerga domesmo jeito essa questo, mas eu ando umpouco cansado de ouvir comentrios do tipo:

    Erro grave da russa! Ela ser penalizada eperder muitos pontos. Para, em seguida,quando uma brasileira comete a mesma fa-lha, ouvir isto: Tadinha... Sofreu um peque-no desequilbrio, mas nem sempre os juradosso to rigorosos com falhas assim.

    Enquanto esse tadinho no desapa-recer da anlise dos nossos especialistas;enquanto as nossas mulheres continuaremsendo condescendentemente chamadasde meninas; enquanto uma derrota para

    competidor mais fraco no for tratada comoderrota de verdade; enquanto um atletaque piore suas marcas prvias na hora daverdade no for tratado como algum quedecepcionou; e enquanto um bronze no va-ler nada mais do que um bronze, continuare-mos atrs de Azerbaijo, Etipia, Zimbbue,Quirguisto e Vietn no quadro de medalhas.Estamos crescidinhos. Esse complexo devira-latas deveria ter sido enterrado.

    (O Estado de S.Paulo, 16 ago. 2008.)

    QUESTO 2

    Avalie as seguintes afirmaes:

    Nos termosI. patriotismoepatriotadaosmorfemas -ismo e -ada, formadores desubstantivos, apresentam cargas semn-ticas diferentes.

    O sufixo -II. inho, na palavra tadinho, funcio-na como um elemento a mais no reforo crtica do articulista participao bra-sileira nas Olimpadas de Pequim.

    O conectorIII. enquanto, repetido no ltimopargrafo, apresenta valor condicional.

    apenas I e II esto corretas.a)

    apenas I e III esto corretas.b)

    apenas II e III esto corretas.c)

    todas esto corretas.d)

    nenhuma est correta.e)

    QUESTO 3

    Assinale a alternativa correta sobre asrelaes gramaticais verificadas no textoTadinhos.

    na passagema) Participar da final da nata-o, mesmo com o oitavo tempo, j vale

    ouro, mesmo que as marcas anteriores

    do atleta em questo tenham sido bem

    melhores do que a da hora da verdade oautor defende a ideia de que o importan-te competir.

    h a mesma motivao para o uso dasb)aspas no terceiro e no quarto pargrafos.

    na analogia feita comc) trigoejoio, Ketleynseria o joio, enquanto a nossa equipe fe-minina de ginstica seria o trigo.

    o articulista desvaloriza a conquista dad)medalha de bronze da judoca KetleynQuadros.

    a ltima frase expressa um desejo do au-e)tor do texto.

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    QUESTO 4

    A maioria dos norte-americanos acredita

    que est contribuindo com o ambiente quan-do recicla seus computadores antigos, tele-visores e telefones celulares. Mas quandofazem isso, mesmo com as melhores dasintenes, esto contribuindo para uma ten-dncia global relacionada ao lixo eletrnico(tambm chamado de e-waste) que poluioutros pases. Isso porque, afirmam ativis-tas, os EUA enviam grande parte desse tipode lixo a outros pases. [...] Apesar de no

    haver dados especficos sobre essa prticados Estados Unidos, ativistas estimam quede 50% a 80% das at 400 mil toneladas deeletrnicos colocados para reciclagem anual-mente nos EUA acabem indo parar em outrospases. Com isso, trabalhadores de pasescomo a ndia, China e Nigria tm de extrairmetais, vidros e outros itens reciclveis, seexpondo e tambm ao ambiente a umamistura de elementos qumicos txicos.[...] Para muitos ativistas, a resposta para

    esse problema pode ser a criao de leisque obriguem os fabricantes de eletrnicosa reciclar seus prprios produtos, depoisde usados.

    (Disponvel em: . Adaptado.)

    De acordo com o texto:

    a questo dos problemas associados aoa)e-wasteleva concluso de que os pa-ses que se encontram em processo de

    industrializao necessitam de matrias--primas recicladas oriundas dos pasesmais ricos.

    o objetivo dos pases ricos, ao envia-b)rem mercadorias recondicionadas paraos pases em desenvolvimento, o deconquistar mercados consumidores paraseus produtos.

    o avano rpido do desenvolvimento tec-c)

    nolgico, que torna os produtos obso-

    letos em pouco tempo, um fator quedeve ser considerado em polticas am-bientais.

    o excesso de mercadorias recondicio-d)nadas enviadas para os pases em de-senvolvimento armazenado em lixesapropriados.

    as mercadorias recondicionadas oriun-e)das de pases ricos melhoram muito opadro de vida da populao dos pasesem desenvolvimento.

    QUESTO 5

    Asanas so exerccios que compem aparte fsica do Yoga. As diversas posturastrabalham msculos e articulaes, ativamglndulas e rgos. Assinale a alternativaque traz a imagem correspondente ao asanadescrito:

    Deitados de costas, com os braos es-tendidos ao lado do corpo, as palmas dasmos apoiadas no cho.

    Inspiramos lentamente enquanto ele-vamos as pernas estendidas verticalmenteacima da cabea. Expirar e elevar o troncodo cho com o auxlio das mos que ficamcolocadas na altura dos rins. Na posiocorreta final, ficam em contato com o soloa cabea, o pescoo, os ombros e a parteposterior dos braos.

    As pernas ficam estendidas sem estaremcontradas. A respirao ritmada, abdomi-nal e profunda. Fique na posio enquantoestiver confortvel. Para desfazer, abaixelentamente o tronco, encostando vrtebrapor vrtebra no solo; desa o quadril e fi-nalmente as pernas. Fique relaxado com ocorpo estendido no solo. Nunca se levantebruscamente. Deixe a respirao e a circu-lao sangunea voltarem ao normal.

    (Disponvel em: .)

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    JosephRenger.a)

    JosephRenger.b)

    JosephRenger.c)

    JosephRenger.d)

    JosephRenger.e)

    QUESTO 6

    Observe:

    Domniopblico.

    Tantalus, 1565. Giulio Samuto. Illustrations to Ovids Me-tamorphoses.

    Temos acima a representao de um mitogrego. Assinale a transcrio de parte dessemito que pode ser associado imagem.

    Tntalo, o prspero e abenoado rei dea)Corinto, justo e benquisto, torna-se o ni-

    co mortal admitido mesa dos olmpicos.A conscincia dessa distintiva predileoacaba por enred-lo numa vaidosa e des-vairada grandiosidade imaginativa.

    presunoso, no af de confirmar seu es-b)tatuto de igual entre os deuses, Tnta-lo convida os deuses para um banquetee, pondo em teste a oniscincia divina,oferece-lhes o alimento terrestre sob aforma mais abjeta: a carne de seu pr-

    prio filho, Plops.

    servir essa funesta iguaria, fruto de suac)obsesso doentia, simboliza a maior per-verso empreendida por um mortal. Eisque os deuses so mesmo oniscientes,reconhecem a blasfmia e, horrorizados,repudiam a ofensiva ddiva.

    sem sucesso, Tntalo nem se igualoud)aos deuses, nem os rebaixou a seu nvel.

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    Zeus, o soberano do Olimpo, restauradorda ordem, ressuscita Plops e reconstituio pedao faltante do ombro por mrmo-re, para logo aps deliberar sobre qual

    seria o pior castigo para o herege.foi lanado ao Trtaro, onde, num valee)abundante em vegetao e gua, foi sen-tenciado a no poder saciar sua fome esede. Ao se aproximar da gua, esta esco-ava. Ao se erguer para colher os frutos dasrvores, os ramos moviam-se para longede seu alcance, sob a fora do vento.

    O texto a seguir serve de base para as ques-

    tes 7e8.

    Adeus, ignaro. No contes a ningum oque te acabo de confiar, se no queres per-der as orelhas. Cala-te, guarda, e agradecea boa fortuna de ter por amigo um grandehomem, como eu, embora no me compre-endas. Hs de compreender-me. Logo quetornar a Barbacena, dar-te-ei em termosexplicados, simples, adequados ao enten-

    dimento de um asno, a verdadeira noo dogrande homem. Adeus; lembranas ao meupobre Quincas Borba. No esqueas de lhedar leite; leite e banhos; adeus, adeus... teudo corao.

    (ASSIS. Machado de. Quincas Borba. So Paulo: tica, 1988.)

    QUESTO 7

    Em Adeus, ignaro, o trecho destacadodesempenha a mesma funo que o trechodestacado em:

    Ns,a) os meninos, queramos encontraros estragos da cheia. (Jos Lins doRego)

    Ns j tnhamos imaginado,b) mamee eu, fazer uma grande peregrinao.(Graa Aranha)

    Mira-te naquele espelho,c) tentao dodiabo! (Alusio Azevedo)

    Amanh,d) s oito horas, atrs da igreja.(Antnio de Alcntara Machado)

    Misael,e) funcionrio da Fazenda, com 63anos de idade. (Manuel Bandeira)

    QUESTO 8

    No trecho Cala-te, guarda, e agradece a boafortuna de ter por amigo um grande homem,como eu, embora no me compreendas, otermo em destaque pode ser substitudo,

    sem prejuzo de sentido, por:visto que no me compreendes.a)

    ainda que no me compreendas.b)

    porque no me compreendes.c)

    para que no me compreendas.d)

    porm no me compreendes.e)

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    Gabarito

    Em III, basta, por exemplo, trocar o conectorenquantopela condicionalsepara verificara correo do item.

    QUESTO 3

    Alternativa E.

    Comentrio:

    H problemas nas quatro primeiras alter-nativas.

    O texto uma crtica condescendncia comque vemos o fraco desempenho de algunsdos nossos atletas nas Olimpadas. Assim,de antemo se descarta a ideia de que oautor defende o ideal de que o importante competir,o que invalida a alternativa a.

    No terceiro pargrafo, as aspas so usadas

    para indicar a citao da fala de algum.No quarto pargrafo, as palavras marcadaspelas aspas esto fora de seu uso habitual,indiciando ironia.

    A analogia prope o inverso: Ketleyn seria otrigo; a equipe de ginstica, o joio.

    J que trata Ketleyn como trigo, o autor, defato, no desvaloriza sua conquista; pelocontrrio, enaltece o feito da atleta.

    QUESTO 4

    Alternativa C.

    Comentrio:

    O texto claramente crtico com relao postura norte-americana de enviar seu lixoeletrnico fsico para outros pases, expondotrabalhadores e meio ambiente de tais luga-

    res ao de elementos txicos oriundosdaquele lixo.

    QUESTO 1

    Alternativa D.

    Comentrio:

    Em a, a descrio claramente fsica.

    Em b, tem-se muito mais uma rpida des-crio de fatos, como num flashback, que

    espelham a vida pregressa da personagem.Em c, constri-se a imagem da condiomaterial a que chegara Botelho depois deanos de trabalho, vencido pelo tempo e pelascircunstncias.

    Em e, descrevem-se os momentos em quea personagem exasperava-se, por causa deassuntos polticos, aps os jantares.

    Em d, as palavras amargura, tristezae

    desesperodo a medida do estado psicol-gico a que se reduzira Botelho, apequenadodiante dos novos tempos, acovardado frentes mudanas.

    QUESTO 2

    Alternativa D.

    Comentrio:

    Em I, realmente h o mesmo tipo de sufixo,formador de substantivos, mas no caso depatriotadah uma carga semntica negativa,depreciativa.

    Em II, o sufixo -inhono indica propriamen-te de dimenses reduzidas, mas apontapara um valor tambm depreciativo, expres-sando um olhar de comiserao, de d, aosatletas brasileiros, o que desprezado pelo

    articulista.

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    Em a, falso afirmar que os pases emprocesso de industrializao precisam dematria-prima vinda de pases ricos. O textoem momento algum afirma isso.

    Os pases ricos no precisam de mercadoconsumidor para o que consideram lixo. Naverdade, ao descartarem os produtos obsole-tos, os pases ricos encontram uma espciede lixeira nos pases pobres.

    O texto nega claramente a alternativa dquando afirma que os trabalhadores e o meioambiente dos pases pobres esto expostos ao nociva dos produtos que chegam at

    eles. Por extenso de sentido, conclui-se quea alternativa e errada.

    QUESTO 5

    Alternativa A.

    Comentrio:

    A passagem a seguir, retirada do texto, res-ponde cabalmente questo:

    Expirar e elevar o tronco do cho com o au-

    xlio das mos que ficam colocadas na altura

    dos rins. Na posio correta final, ficam em

    contato com o solo a cabea, o pescoo,

    os ombros e a parte posterior dos braos.

    As pernas ficam estendidas sem estarem

    contradas.

    QUESTO 6

    Alternativa E.

    Comentrio:

    Observe que nas quatro primeiras alternati-vas aparecem os deuses e o seu espao, oOlimpo, como componentes de cada texto. Aimagem no apresenta nada disso; ao con-trrio, descrita com clareza pela alternativae, em que se observa Tntalo em meio

    natureza, numa paisagem ampla e rica.

    QUESTO 7

    Alternativa C.

    Comentrio:

    Ignaro, que significa ignorante, inculto, a maneira como o narrador se refere ao seuinterlocutor, uma vez que est numa espciede conversa com ele. Na lngua escrita,toda vez que h uma situao de contato comalgum, como se estivssemos falando comesse algum, isola-se com vrgula o nome aque nos referimos. Isso o que a gramticatradicional chama de vocativo, a mesmafuno de ignaroe detentaododiabo, naalternativa c.

    Nas alternativas a, be e, os termosgrifados so equivalentes aos nomes a quese referem, especificando o sentido de cadaum deles. Na alternativa d, h apenas aintercalao de uma informao adverbialreferente a tempo.

    QUESTO 8Alternativa B.

    Comentrio:

    Emborasignificaapesar de, ainda que, mes-mo que, tendo valor concessivo, ou seja, deoposio fraca, representando o argumentomais fraco de uma ideia.

    Vistoqueeporqueso equivalentes, tendovalor de causa.

    Paraqueencerra ideia de finalidade, meta,objetivo.

    Pormindica oposio, mas no a mes-ma oposio que se verifica na concesso,pois porm tem o mesmo valor demas,no entanto, entretanto, contudo, indicadouma oposio de valor forte, sempre en-cerrando o argumento mais forte do enun-ciado.

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    Aula 3

    Leia o texto abaixo para responder s ques-tes 1 e 2.

    Muitos pais, por estarem ausentes epara se sentirem aliviados de suas culpas,do-lhes tudo o que pedem. E se eles exi-gem, tm ainda com maior facilidade aquiloque desejam.

    Livres de maiores responsabilidades e

    atingidos por uma grotesca miopia de valo-res, imaginam um mundo a seu dispor, emque os outros, por eles julgados diferentes einferiores, so apenas seus empregados.

    Por favor, obrigado, posso nofazem parte de seu vocabulrio.

    A certa altura, como caminho natural desua vida escolar, uma vaga na universidade obtida ainda que no seja l grande coisa,pois isso pouco importa. E vem o carro ou a

    viagem ao exterior como prmio pela con-quista esta ltima, uma forma a mais a cor-roborar a negativa imagem estereotipada dobrasileiro no exterior. Basta ver os barulhentose animados grupos de nossos conterrneosa espantar, pelo mundo, atnitos visitantesde museus ou plateias de teatros...

    A, um dia espancam uma empregadadomstica que ia para o trabalho, pem fogonum ndio porque o julgavam apenas um

    mendigo, espancam-se em brigas de gan-gues nas mais badaladas casas noturnas,assassinam no trnsito.

    E s nesse momento que algunsdaqueles mesmos pais, desolados,questionando-se com um previsvel ondefoi que eu errei? descobrem, num horrorestupidamente ignorante, como so os maisculpados pelas culpas de seus filhos.

    QUESTO 1

    Avalie as afirmaes a seguir.

    O pronomeI. lhes no apresenta, no pri-meiro pargrafo, um referente explcito,mas o texto nos permite identific-lo.

    No incio do quarto pargrafo, a substitui-II.o do conector ainda quepormasou po-

    rmno alteraria o sentido do perodo.

    A palavraIII. desolados, no ltimo pargra-fo, indicadora de uma qualidade prpriados pais que negligenciam ateno ver-dadeira e educao aos filhos.

    correto o que se afirma em:

    I, II e III.a)

    I, apenas.b)

    I e II, apenas.c)II e III, apenas.d)

    II, apenas.e)

    QUESTO 2

    Assinale a alternativa correta sobre o texto.

    o verboa) exigir, no primeiro pargrafo,tem como referncia a expresso muitospais.

    no trecho b) Muitos pais, por estarem au-sentes e para se sentirem aliviados de

    suas culpas, do-lhes tudo o que pedemh ideias de causa e finalidade.

    o termoc) corroborar, no quarto pargrafo,poderia ser substitudo, sem prejuzo desentido, por manchar, prejudicar.

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    pelo uso do termod) apenasentre aspas,subentende-se que o autor do texto com-partilha do julgamento feito por aquelesque puseram fogo no ndio.

    a formae) espancam-se, no penltimo par-grafo, expressa a noo de reflexividadepresente no sujeito da ao.

    QUESTO 3

    Lnguas no so institutos que servemsomente para a troca de informao; noso redutveis a cdigos. Como so bens

    culturais, as lnguas tambm se empre-gam com valores simblicos, so tambmo territrio em que os sujeitos procuramdefinir-se recproca e reflexivamente. Aoempregar um lxico de origem africana, umescravo no apenas transmitiria, em cdigotalvez secreto, informaes a outro escravo,mas tambm, e em muitas vezes principal-mente, afirmaria a identidade africana dosinterlocutores, de modo a lhes conferir um

    estatuto de unidade interna e diferenciaoexterna.

    (FILHO, Paulo B. Formao Lingustica do BrasilNova Didtica, 2002.)

    Ao empregar a lngua, o indivduo se afir-I.ma como tal numa comunidade e emrelao aos outros usurios do mesmocdigo.

    A troca de informaes uma das fun-II.es da lngua.

    A lngua fundamentalmente um cdigo.III.

    O uso de um lxico africano por parte dosIV.escravos lhes garantia coeso internacomo grupo social, distinguindo-os exter-namente de outras comunidades.

    Assim,

    todos os itens so corretos.a)

    apenas I, II e III so corretos.b)

    apenas I, II e IV so corretos.c)apenas I, III e IV so corretos.d)

    apenas II, III e IV so corretos.e)

    Textos referentes s questes 4e5.

    Texto I

    Samba do AvioTom Jobim

    Minha alma canta / Vejo o Rio de Janeiro /

    Estou morrendo de saudade.Rio, teu mar, praias sem fim, / Rio, voc foifeito pra mim.

    Cristo Redentor / Braos abertos sobre aGuanabara.

    Este samba s porque, Rio, eu gosto devoc, A morena vai sambar / Seu corpo todobalanar.

    Texto II

    C.D.M.P.Clera

    Aqui na cidade voc pode ver

    Um monte de lixo, um monte de lixo

    E pelas esquinas vai encontrar

    Muitos mendigos, muitos mendigos

    Aah! Aah! Sem futuro, sem futuro!

    Aah! Aah! Sem futuro, sem futuro,

    Sem futuro, sem futuro;

    Dia e noite pode escutarTiros e gritos, tiros e gritos

    E no asfalto voc vai olhar

    Sangue cuspido, sangue cuspido

    Aah! Aah! Sem futuro, sem futuro!

    Aah! Aah! Sem futuro, sem futuro,

    Sem futuro, sem futuro!

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    Texto III

    SampaCaetano Veloso

    Alguma coisa acontece no meu corao

    Que s quando cruzo a Ipiranga e a avenidaSo Joo

    que quando eu cheguei por aqui eu nadaentendi

    Da dura poesia concreta de tuas esquinas

    Da deselegncia discreta de tuas meninas

    Texto IV

    Ego City

    O Furto

    Carros prova de bala, com vidros provade gente, cor fum da indiferena

    E vo lambendo os cartes de crdito

    Comprando de quase tudo; do orgulho cocana; de dlares a meninas

    Passando em frente rplica da Esttuada Liberdade

    que nos prende ao consumo siliconizado efarpado urgente

    que diz: Bem-vindo a Ego City.Lutadores sem filosofia, crianas semesquinas

    Realidade da portaria, mas s se for pelaporta dos fundos

    De frente pro mar, de costas pro mundo

    QUESTO 4

    A cidade, como espao de convivncia epalco de experincias, sempre foi motivode enfoque nas mais diversas expressesartsticas. Um pas imenso como o Brasil,com uma rica msica popular, acaba por

    fornecer matria-prima para que muitosartistas usem a cidade e o espao urbanocomo temas de seus trabalhos. Logicamente,as vises sobre o tema so as mais variadas

    possveis, inclusive respeitando circunstn-cias histricas, de poca.

    Assim, da leitura dos excertos acima, produ-es de diferentes pocas, pode se inferir:

    o nico texto que enfoca positivamente oa)espao urbano o I.

    em II, III e IV, o espao urbano vistob)como palco de tenses e conflitos.

    segundo a tica sobre o espao urbano,c)

    I e II se aproximam.

    o texto I explicita o nome do espao ad)que se refere; em IV, no se pode suben-tender a cidade enfocada.

    todos os textos relacionam o espao urba-e)no a algum tipo humano que o compe.

    QUESTO 5

    Aponte a alternativa que relaciona correta-mente cada um dos textos com as imagensa seguir.

    Imagem A

    IstockPhoto.

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    Imagem B

    Walla

    ceHenrique.

    Imagem C

    JpiterImages/DPIImages.

    Imagem D

    AquiEsto.

    I-A ; II-D ; III-C ; IV-B.a)

    I-A ; II-B ; III-D ; IV-C.b)

    I-A ; II-C ; III-B ; IV-D.c)

    I-A ; II-C ; III-D ; IV-B.d)

    I-A ; II-D ; III-B ; IV-C.e)

    H, pelo menos, dois fatores que jus-tificam a popularidade de uma ferramentacomo o Bloggerna produo dos escritospessoais: (1) a ferramenta popular porqueno demanda o conhecimento do especialis-ta em informtica para sua utilizao e (2) aferramenta popular porque gratuita, no sepaga (ainda...) por seu uso ou pela hospeda-gem do blognositeque oferece o servio.Existem, certamente, custos para o usurio.Da aquisio do computador assinatura doprovedor, dos gastos com pulsos telefnicos

    ao consumo, infindvel, de programas quegarantem o upgradeda mquina, visto quea rpida obsolescncia caracterstica dosmeios em informtica.

    Sob essas condies de acesso, a parce-la da populao que usufrui de computadore internet pode utilizar o softwarepara a ex-presso de seus sentimentos, principalmen-te, na atividade de escrita e por meio deoutras semioses, como a imagem e o som.

    No se trata da exibio da vida particularde celebridades, mas do cotidiano e dashistrias de pessoas consideradas comunsporque no exercem quaisquer atividadesque lhes deem destaque social, a no ser ofato de possurem um blogna rede.

    (FC Komesu - Hipertexto e Gneros Textuais. Rio de Janeiro:Editora, 2004. Disponvel em:. Acesso em: 5 jul. 2009.)

    Analise as afirmativas que se seguem:

    Como gratuito, oI. blog acessvel a to-das as pessoas.

    A popularidade de umII. blogqualquer semede pelo fato de ele ser gratuito e noexigir conhecimento especializado.

    UpgradeIII. e obsolescnciapodem ser con-siderados antnimos dentro do contextoda informtica, pois aquele se refere necessidade de se atualizar de tempos

    em tempos os componentes de um com-

    QUESTO 6

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    putador, enquanto esta se refere redu-o da vida til de um aparelho ou com-ponente por causa da apario de novosprodutos.

    correto o que se afirma em:

    I, apenas.a)

    I e II, apenas.b)

    I e III, apenas.c)

    II e III, apenas.d)

    III, apenas.e)

    QUESTO 7Da mesma forma que a literatura, a pinturasimbolista expressou as mudanas ocorridasno final do sculo XIX e a reao, na arte, aocientificismo da poca. Os quadros a seguirpertencem a dois dos maiores pintores doSimbolismo.

    Domniopblico.

    Pgaso, 1900. Odilon Redon.

    Domniopblico.

    O Poeta Viajante, 1868. Gustave Moreau.

    A respeito das obras acima, julgue as alter-nativas:

    Os dois quadros apresentam semelhanaI.entre si, pois ambos retratam um pgaso.

    O quadroII. Pgaso apresenta acentuadainclinao para o elemento material epermanente, pois nele as cores, o cava-lo e o cenrio correspondem realidade,alm de haver ntida definio de tempoe de espao.

    O quadro de Odilon Redon se identificaIII.com a pintura simbolista mais voltadapara experincias de cor e de formas, quebuscam sugerir realidades inimaginveis,ao passo que o quadro de Gustave More-au mostra-se influenciado pela linha gti-ca dos romnticos, buscando ambientesnoturnos, sombrios e misteriosos.

    Est correto apenas o que se afirma em:

    I.a)

    II.b)

    I e II.c)

    I e III.d)

    II e III.e)

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    QUESTO 8

    Abaixo voc tem cinco frases que formamo pargrafo inicial de um texto. Ordene-asde maneira a obter um pargrafo coeso ecoerente.

    num espao de oito meses, o site)(dobrou seu tamanho de cadastradose atingiu a marca de 200 milhes depessoas.

    desde que surgiram e se populariza- )(ram, redes sociais como Orkut, Flickr eMySpace deram um novo e vertiginoso

    significado ao verbo compartilhar emotivos a mais para repensar o direitode propriedade intelectual.

    para se ter uma ideia, a populao da)(Terra s atingiu esse contingente porvolta do ano 1 d.C.

    a exploso do Facebook o caso mais)(impressionante.

    duzentos milhes de pessoas so mais)(

    do que a populao de pases como oBrasil (190 milhes) e da Rssia (155milhes).

    3 2 5 4 1.a)

    3 1 4 2 5.b)

    2 1 4 3 5.c)

    2 4 3 5 1.d)

    4 3 1 2 5.e)

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    Gabarito

    QUESTO 3

    Alternativa C.

    Comentrio:

    O ltimo perodo do texto, iniciado em Aoempregar um lxico de origem africanavalidaos itens I e IV. Em II, h correo, pois o textoafirma que a lngua no se presta apenas

    troca de informaes. Assim, esse j umatributo de um idioma.

    O trecho no so redutveis a cdigosnegaclaramente o que menciona o item III.

    QUESTO 4

    Alternativa E.

    Comentrio:

    Em I, menciona-se a morenacomo compo-nente da paisagem carioca idealizada. EmII, mendigospelas esquinas. Em IIImeninasdiscretamente deselegantes caracterizam apaisagem paulistana. Lutadoresecrianascaracterizam a paisagem em IV.

    Os textos I e III valorizam o espao a que sereferem Rio de Janeiro e So Paulo res-pectivamente. Isso j invalida, tambm, as

    alternativas b e c. Em d, falso afirmarque no se pode subentender o nome dacidade: o Rio de Janeiro.

    QUESTO 1

    Alternativa B.

    Comentrio:

    No item II, originalmente se tem um conectivoconcessivo, que imprime menos fora argu-mentativa ideia no ser grande coisa. Coma mudana proposta, o sentido no ficaria o

    mesmo, pois as adversativas como masoupormtornariam a ideia mais forte.

    No item III, o adjetivo desolados, indica umaqualidade atribuda circunstancialmente aonome a que se refere. Isso facilmenteverificado pela questo sinttica: h vrgulaseparando o nome do seu adjetivo.

    QUESTO 2

    Alternativa B.

    Comentrio:

    No item b, o conector por indicador decausa (porque esto ausentes, por exemplo)e paraindica finalidade (a fim de se sentiremaliviados de suas culpas).

    Em a, a referncia do verbo exigir no a expresso muitos pais, mas sim os filhos

    desses pais. Em c, corroborarsignificaconfirmar, ratificar. Em d, o uso das aspasaponta para um juzo de valor negativo queo enunciador faz sobre o julgamento feitopor quem considerava o ndio um mendigo;portanto, no h concordncia com os auto-res da ao. Em e, a forma verbal com opronome no indica noo de reflexividade,mas de reciprocidade.

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    QUESTO 5

    Alternativa D.

    Comentrio:

    O Rio de Janeiro explicitado na imagem A ereconhecido em B por causa da citao es-ttua da Liberdade (que se localiza na Barrada Tijuca, bairro da zona sul carioca). A ima-gem em C explicita o que o texto II enuncia.Por fim, a esquina citada em Sampa, textoIII, retratada fielmente pela imagem D.

    QUESTO 6Alternativa E.

    Comentrio:

    A passagem Existem, certamente, custospara o usurio.j indica que a generalizaodo item I est incorreta.

    No item II, o problema est em citar blogquando a informao no texto se refere ao

    instrumento Blogger,que possibilita a cria-o de um blog. Mais: a popularidade de umblogest ligada a outros fatores, que noos mencionados na alternativa; o contedo,por exemplo, deve funcionar como o motivomais relevante.

    QUESTO 7

    Altermativa D.

    Comentrio:

    A alternativa II expressa o oposto do queapresenta o quadro Pgaso. Nesta obra, huma completa impreciso quanto ao tempoe ao espao; as cores, o cavalo e o cenriono correspondem em nada realidade.

    QUESTO 8

    Alternativa B.

    Comentrio:

    Desde que surgiram... apresentao doproblema e do tema, com meno a algumasdas redes sociais.

    A exploso do Facebook... exemplificaode um dos casos mencionados anteriormen-te.

    Num espao de oito meses, o site... rei-

    terao do foco no Facebook com o uso daexpresso o site.

    Para se ter uma ideia... comentrio sobreos dados citados anteriormente.

    Duzentos milhes... concluso com outrocomentrio.

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    Aula 4

    Texto para as questes 1e2.

    Transforma-se o amador na cousa amada

    Cames

    Transforma-se o amador na cousa amada,

    por virtude do muito imaginar;

    no tenho, logo, mais que desejar,

    pois em mim tenho a parte desejada.

    Se nela est minha alma transformada,

    que mais deseja o corpo de alcanar?

    em si smente pode descansar,

    pois consigo tal alma est liada.

    Mas esta linda e pura semideia,

    que, como um acidente em seu sujeito,

    assi coa alma minha se conforma,

    Est no pensamento como idia;[e] o vivo e puro amor de que sou feito,

    como a matria simples, busca a forma.

    QUESTO 1

    Mesmo que voc no soubesse que estetexto tenha sido escrito por Cames no

    sculo XVI, h no poema dois termos queinegavelmente o apontam como produzidonum estgio anterior ao atual da LnguaPortuguesa. Indique quais so estas duaspalavras.

    liada e cousa.a)

    cousa e assi.b)

    semideia e conforme.c)

    cousa e semideia.d)

    amador e liada.e)

    QUESTO 2

    Qual dos trechos abaixo expressa uma re-lao de causa e consequncia dentro doraciocnio do eu-lrico?

    no tenho, logo, mais que desejar, / Poisa)em mim tenho a parte desejada.

    Se nela est minha alma transformada, /b)

    Que mais deseja o corpo de alcanar?Mas esta linda e pura semideia, / Que,c)como um acidente em seu sujeito, / Assico a alma minha se conforma,

    [e] o vivo e puro amor de que sou feito, /d)Como a matria simples

    Mas esta linda e pura semideia, / Este)no pensamento como idia

    Leia para responder s questes de 3a5.

    Luz dos Olhos

    Nando Reis

    Ponho os meus olhos em vocSe voc estDona dos meus olhos vocAvio no arUm dia pra esses olhos sem te ver como o cho do marLiga o rdio pilha, a TVS pra voc escutarA nova msica que eu fiz agoraL fora a rua vazia chora...

    Pois meus olhos vidram ao te verSo dois fs, um parPus nos olhos vidros pra poderMelhor te enxergarLuz dos olhos para anoitecer

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    QUESTO 4

    Assinale a alternativa em que a linguagem denotativa.

    L fora a rua vazia chora.a)

    Pus nos olhos vidros pra poder / Melhorb)te enxergar.

    Pinta os lbios para escrever / A suac)boca em minha

    Fao as pazes lembrando / Passo asd)tardes tentando / Lhe telefonar

    Siga onde vo meus ps / Que eu tee)

    sigo tambm.

    QUESTO 5

    No trecho: Um dia pra esses olhos sem tever / como o cho do mar, a figura delinguagem presente :

    sinestesia.a)

    prosopopeia.b)

    gradaoc)

    polissndeto.d)

    comparao.e)

    QUESTO 6

    Ser valento foi em algum tempo ofciono Rio de Janeiro; havia homens que viviam

    disso: davam pancada por dinheiro, e iam aqualquer parte armar de propsito uma de-sordem, contanto que se lhes pagasse, fos-se qual fosse o resultado. Entre os honestoscidados que nisto se ocupavam, havia, napoca desta histria, um certo Chico-Juca,afamadssimo e temvel.

    (ALMEIDA, Manuel Antonio de. Memrias de um Sargento deMilcias, 1854.)

    Nesta obra, o autor utiliza dilogos que retra-tam a linguagem dos personagens. Esse tipo

    s voc se afastarPinta os lbios para escreverA sua boca em minha...

    Que a nossa msica eu fiz agoraL fora a lua irradia a glriaE eu te chamo, eu te peo: Vem!Diga que voc me querPorque eu te quero tambm!

    Fao as pazes lembrandoPasso as tardes tentandoLhe telefonar

    Cartazes te procurando

    Aeronaves seguem pousandoSem voc desembarcarPra eu te dar a mo nessa horaLevar as malas pro carro l fora...

    E eu vou guiandoEu te espero, vem...Siga onde vo meus psQue eu te sigo tambm.Porque eu te amo!E eu berro: Vem!

    Grita que voc me querPorque eu te quero tambm!

    QUESTO 3

    Esse texto possui caractersticas predomi-nantemente:

    narrativas, pois o texto relata uma trans-a)formao, ou seja, a passagem de um

    estado inicial para um estado final.dissertativas, uma vez que h a intenob)implcita de mostrar a natureza controver-sa do ser humano.

    descritivas, uma vez que aes habituaisc)so formas de caracterizar pessoas.

    descritivas, porque a sequncia tempo-d)ral do texto tem a inteno de mostraraes habituais.

    narrativas, uma vez que h uma tese ex-e)plcita a ser defendida pelo narrador.

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    de narrativa faz com que o texto fique maisinteressante, pois evidencia as intenes donarrador. Com base na leitura do trecho, po-demos afirmar que o narrador demonstra:

    crtica ao lirismo exacerbado do movi-a)mento parnasiano.

    alienao em relao realidade socialb)da poca.

    tristeza na constatao da realidade dosc)personagens.

    ironia na descrio dos personagens.d)

    uma viso romntica acerca da socieda-e)de da poca.

    QUESTO 7

    alimentos e matrias-primas de pases comoa Argentina e os Estados Unidos, que jcultivam e comercializam os transgnicosh alguns anos.

    (PROCON. Cartilha Novas Tecnologias.Belo Horizonte.)

    O que so alimentos transgnicos?

    Os alimentos transgnicos so aquelescujas sementes foram alteradas com o DNA(material gentico localizado no interior dasclulas) de outro ser vivo (como uma bactria

    ou fungo) para funcionarem como inseticidasnaturais ou resistirem a um determinado tipode herbicida. Surgiram no incio dos anos 80,quando cientistas conseguiram transferir ge-nes especficos de um ser vivo para outro.

    A comercializao de transgnicos ainda polmica. Empresas, produtores e cientistasque defendem a nova tecnologia dizem queela vai aumentar a produtividade e baratear opreo do produto, alm de permitir a reduo

    dos agrotxicos utilizados. Os que a atacam,como os ambientalistas e outra parcela depesquisadores, afirmam que o produto pe-rigoso: ainda no se conhecem nem os seusefeitos sobre a sade humana nem o impactoque pode causar ao meio ambiente.

    Apesar de proibida a produo destesalimentos no Brasil, nada garante que oconsumidor j no esteja comendo produ-tos transgnicos sem saber. Eles podemestar chegando a partir da importao de

    Sobre o texto, correto afirmar:

    o primeiro perodo do texto apresentaa)uma hiptese.

    na ltima frase do texto vem formuladab)uma tese.

    a preocupao dos ambientalistas se re-c)sume exclusivamente aos impactos daproduo de transgnicos sobre o meioambiente.

    o primeiro perodo do segundo pargrafod) desdobrado de maneira explcita comargumentos que validam o que se afirmano incio daquele trecho.

    a expresso apesar de, no inicio do 3.e) opargrafo, instaura uma ideia conclusivaao texto.

    QUESTO 8

    Relacione os textos a seguir a seus respec-tivos tipos de linguagem.

    1. Linguagem culta

    2. Linguagem regional

    3. Linguagem de gria

    4. Linguagem popular

    5. Linguagem tcnica

    Eu, Vandergleisson Olmpio dos Santos,)(pode ser mano Vander nas intimao (como meus truta me chama, t ligado?),se fazendo representar pelo meu chega-do, Dr. Mano Clayton, adva dos bom eestelionatrio da hora, venho peranteVossa Magnitude interpor CAUTELAR INO-MINADA c/c PEDIDO ELIMINAR Contra a

    polcia que invadiu o Bingo. Certo?

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    Em clulas vegetais, encontramos ape- )(nas fragmentos do complexo de Golgi;fragmentos estes que recebem a denomi-nao de dictiossomos.

    Eu tropeava, nesse tempo. Duma feita)(que viajava de escoteiro, com a guaiacaempanzinada de onas de ouro, vim va-rar aqui neste mesmo passo, por me fi-car mais perto da estncia da Coronilha,onde devia pousar.

    Uma das mais frteis tendncias do)(romance brasileiro tem sido o que sechamou de regionalismo. Esta tendnciasurgiu no sculo XIX e deve ter algumarelao com o fato de ser o Brasil um pasmuito grande, ocupando mais da metadeda Amrica do Sul.

    Nis matemo tanto sordado numa bataia)(uma vez, mas tanto sordado, que urubus comia de sargento pra cima.

    4 2 5 3 1.a)

    3 1 4 2 5.b)

    3 5 2 1 4.c)5 2 3 4 1.d)

    4 5 2 1 3.e)

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    Gabarito

    QUESTO 1Alternativa B.

    Comentrio:

    Cousaeassiso formas arcaicas das pa-lavras coisaeassim. Liadasignifica atada,presa. Semideia, neologismo criado porCames, significa semideusa.Amador, lite-ralmente, significa aquele que ama.

    QUESTO 2

    Alternativa A.

    Comentrio:

    O conectivo poisaponta a causa pela qual oeu-lrico no precisa, mas deseja. Parafrase-ando a ideia, teramos: como, porquetenhoem mim a parte amada (causa), no preciso

    mais desej-la (consequncia).

    Em b, temos uma ideia de condio. Emc, uma ideia de oposio seguida de com-parao. Comparaes tambm so as ideiasque caracterizam os versos mencionados emd e e.

    QUESTO 3

    Alternativa C.Comentrio:

    Na letra de Nando Reis, a descrio com-posta a partir da citao de vrios momentosvividos pelo enunciador e a pessoa a quemele ama. Esta enumerao de fatos vivencia-dos ao lado de algum acaba por caracterizaras personagens em foco e a prpria relaoamorosa.

    QUESTO 4Alternativa D.

    Comentrio:

    Linguagem denotativa aquela que empregaas palavras em enunciados que no se valemde figuras, restringindo-se ao sentido literaldos vocbulos. Esse procedimento o queocorre na alternativa d.

    Em todas as outras, observa-se o uso depalavras e construes que no podem serlidas literalmente, ao p da letra. A esse pro-cedimento, enriquecedor das possibilidadeslingusticas, chamamos conotao, recursomuito comum na linguagem potica.

    QUESTO 5

    Alternativa E.Comentrio:

    A figura conhecida como comparao secaracteriza pela apario explcita de um co-nector que aponte para esse tipo de ideia. Notrecho da alternativa, seria a palavra como.Outros conectores comparativos podem sertalqual,feito, que nem.

    QUESTO 6Alternativa D.

    Comentrio:

    Note que Chico-Juca citado em meio aoshonestos cidadosque se ocupavam dasarruaas e desordem no Rio de Janeiro deantigamente. Naturalmente essa umaexpresso que significa justamente o con-

    trrio daquilo que pensa o narrador sobre

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    Texto para as questes 1e2.

    Aula 5

    condio.c)

    causa.d)

    compe) arao.

    QUEST O 3

    Em nossa literatura, a descrio da figuraindgena sempre foi uma tentativa de seexpor a identidade nacional por meio doprimeiro habitante destas terras. Nas pas-sagens abaixo, extradas de diversos textos,de diferentes momentos de nossa histria,enfoca-se a imagem do ndio. Leia os trechose depois responda ao que se pede.

    Texto I

    Mas apesar de tudo isso andam bem cura-

    dos, e muito limpos. E naquilo ainda mais me

    conveno que so como aves, ou alimriasmontezinhas, as quais o ar faz melhores pe-

    nas e melhor cabelo que s mansas, porque

    os seus corpos so to limpos e to gordos

    e to formosos que no pode ser mais.

    (Carta de Pero Vaz de Caminha, 1500)

    Texto II

    Eu sou Jaguar, filho de Camac, chefe da

    valente nao dos araguaias, que vem de longeem busca da terra de seus pais. Minha fama

    corre as tabas e tu j deves conhecer o maior

    caador das florestas. Mas Jaguar despreza a

    fama do caador; ele quer um nome de guerra,

    que diga das naes a fora de seu brao e

    faa tremer aos mais bravos. Se tua nao te

    aclamou forte entre os fortes, prepara-te para

    morrer; se no, passa teu caminho, guerreiro

    vil, para que o sangue do fraco no manche o

    tacape virgem de Jaguar.

    (ALENCAR, Jos de. Ubirajara, 1874)

    Tiro ao lvaro

    Adoniran Barbosa

    De tanto levar

    Frechada do teu olhar

    Meu peito at parece, sabe o qu?,

    Tuba de tiro ao lvaro

    No tem mais onde fur

    Teu olhar mata mais do que bala de carabina

    Que veneno estricnina

    Que peixeira de baiano

    Teu olhar mata mais que atropelamento deautomver

    Mata mais

    Que bala de revrver

    QUEST O 1

    Vises mais conservadoras sobre o uso dalngua e, portanto, mais limitadas sobre oentendimento do fato lingustico, certamenteapontariam, nessa pequena joia de AdoniranBarbosa, problemas de:

    escolha lexical (de palavras) comprome-a)tendo o sentido da mensagem.

    escrita e pronncia das palavras.b)

    concordncia verbal.c)

    preconceito com relao a um grupod)(baiano).

    estmulo violncia (bala de carabina/e)bala de revrver).

    QUEST O 2

    A segunda e terceira estrofes so marcadasbasicamente por relaes de

    tempo.a)conformidade.b)

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    Texto III

    Meu canto de morte,

    Guerreiros, ouvi:

    Sou filho das selvas,

    Nas selvas cresci;

    Guerreiros, descendo

    Da tribo tupi.

    Da tribo pujante,

    Que agora anda errante

    Por fado inconstante,

    Guerreiros, nasci;

    Sou bravo, sou forte,

    Sou filho do Norte;

    Meu canto de morte,

    Guerreiros, ouvi.

    (DIAS, Gonalves, I-Juca Pirama, 1851)

    Texto IV

    J na meninice fez coisa de sarapantar.

    De primeiro passou mais de seis anos no

    falando. Si o incitavam a falar exclamava:

    Ai! Que preguia!

    E no dizia mais nada. Ficava no canto da

    maloca, trepado no jirau de paxiba, espian-

    do o trabalho dos outros [...] No mucambo

    si alguma cunhat se aproximava dele pra

    fazer festinha, Macunama punha a mo

    nas graas dela, cunhat se afastava. Nos

    machos, guspia na cara.

    (ANDRADE, Mrio de. Macunama, 1928)

    Correspondem ao mesmo tipo de viso sobreo ndio brasileiro:

    todos os itens.a)

    apenas os itens I e II.b)

    apenas os itens II e IV.c)

    apenas os itens I, II e III.d)

    apenas os itens II, III e IV.e)

    QUEST O 4

    Todavia um deles fitou o colar do Capi-

    to, e comeou a fazer acenos com a moem direo terra, e depois para o colar,como se quisesse dizer-nos que havia ourona terra. E tambm olhou para um castialde prata e assim mesmo acenava para aterra e novamente para o castial, como sel tambm houvesse prata!

    []

    Viu um deles umas contas de rosrio,brancas; fez sinal que lhas dessem, e folgoumuito com elas, e lanou-as ao pescoo; edepois tirou-as e meteu-as em volta do bra-o, e acenava para a terra e novamente paraas contas e para o colar do Capito, comose dariam ouro por aquilo. Isto tomvamosns nesse sentido, por assim o desejarmos!Mas se ele queria dizer que levaria as contase mais o colar, isto no queramos ns en-tender, por que lho no havamos de dar! Edepois tornou as contas a quem lhas dera.

    (Carta de Pero Vaz de Caminha)

    O trecho acima de 1500 e j aponta, pelacena descrita, um tipo de relao que seperpetuaria entre brancos e ndios no Brasil.Passados mais de 500 anos, a questo ind-gena a todo momento manchete na mdiabrasileira. Identifique, entre as alternativasabaixo, a manchete que depois de cincosculos da Carta de Pero Vaz de Caminha

    expressa, ainda e infelizmente, o mesmotipo de situao descrita na cena.

    Desnutrio e alcoolismo assolam al-a) deias em MS 04/03/2007.

    Assassinatos de ndios crescem 61% emb)2007 11/04/2008.

    Polcia entra em confronto com ndios noc)AM 12/03/2008.

    Famlias indgenas dependem de cestasd)bsicas oferecidas por governos estadual

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    e federal; MS suspendeu distribuio emjaneiro 03/07/2006.

    No AM, 3 jovens indgenas se enforcam ee)4 tentam suicdio 13/11/2005.

    QUEST O 5

    QUEST O 6

    De um tempo em que as crianas aprendiamos verbos que indicavam as vozes dos ani-mais, o poema abaixo, de Cndido Teixeirados Santos, faz parte da Antologia Ilustradade Cantadores, organizada por FranciscoLinhares e Otaclio Batista (Fortaleza: s.n.,1976. p. 296). Leia-o atentamente.

    Canrio trina e pipila;

    Silva a cobra, inseto adeja,

    Berra o sapo, anum voeja,

    Bala a marr, o ar sibila;

    Ladra o co, pato desfila,

    Frango cisca e cacareja,

    A mosca espalha a vareja;

    Rincha o poldro, brota a planta;

    Todo mundo vibra e canta,

    No serto quando troveja.

    Sobre o poema, correto afirmar que

    trata-se de um soneto, pois apresentaa)dois quartetos e dois tercetos.

    no verso 8,b) rinchaebrotaindicam vozesde animais.

    alm das rimas no final dos versos, ac)sonoridade do texto marcada pela re-petio de sons parecidos no interior dopoema.

    a ideia de conformismo e misria apre-d)sentada no verso 9.

    o carter harmnico da vida e da nature-e)za d lugar s agruras do serto.

    O texto abaixo refere-se s questes 7e8.

    Se o cinema a stima arte, quais so asoutras?

    As outras artes so arquitetura, pintura,escultura, msica, literatura e teatro (incluin-do a dana). So as chamadas Belas Artes,

    conceito que surgiu na Europa no final dosculo XVIII, junto com a proliferao dasAcademias de Arte, e que designa atividadespreocupadas com a criao do belo, indepen-dente da sua utilidade prtica. Quando, umsculo depois, as academias se transforma-ram em Escolas de Belas Artes, a expresso

    j estava consolidada ento com apenasseis artes. O cinema, inventado pelos irmosAuguste e Louis Lumire no final do sculoXIX, o lanterninha da lista. No incio, osfilmes eram mais documentais, mas nodemorou para que mostrassem que eramuma nova forma de arte, diz o historiadore cineasta Flvio Brito, da UniversidadeFederal da Bahia (UFBA). Foram os crticose tericos franceses, no comeo do sculoXX, os primeiros a chamar o cinema destima arte.

    (Disponvel em: .)

    O texto acima tem o objetivo principal de

    relatar experincias vividas.a)

    narrar uma histria fictcia.b)

    persuadir o leitor sobre um ponto de vista.c)

    instruir sobre como proceder para obterd)um resultado.

    expor, transmitir um conhecimento.e)

    O que eu quero, meu caro SenhorCastelo, cumprir um juramento de famlia.No sei se o senhor sabe que eu sou netodo Conselheiro Albernaz, aquele que acom-panhou Pedro I, quando abdicou. Voltando de

    Londres, trouxe para aqui um livro em lngua

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    esquisita, a que tinha grande estimao.Fora um hindu ou siams que lho dera, emLondres, em agradecimento a no sei queservio prestado por meu av. Ao morrer meuav, chamou meu pai e lhe disse: Filho,tenho este livro aqui, escrito em javans. Dis-se-me quem mo deu que ele evita desgraase traz felicidades para quem o tem. Eu nosei nada ao certo. Em todo o caso, guarda-o;mas, se queres que o fado que me deitou osbio oriental se cumpra, faze com que teufilho o entenda, para que sempre a nossaraa seja feliz. Meu pai, continuou o velhobaro, no acreditou muito na histria; con-

    tudo, guardou o livro. s portas da morte, elemo deu e disse-me o que prometera ao pai.Em comeo, pouco caso fiz da histria dolivro. Deitei-o a um canto e fabriquei minhavida. Cheguei at a esquecer-me dele; mas,de uns tempos a esta parte, tenho passadopor tanto desgosto, tantas desgraas tmcado sobre a minha velhice que me lembreido talism da famlia. Tenho que o ler, queo compreender, se no quero que os meus

    ltimos dias anunciem o desastre da minhaposteridade; e, para entend-lo, claro, quepreciso entender o javans. Eis a.

    (BARRETO, Lima. O Homem que Sabia Javans e Outros Con-

    tos. Curitiba: Polo Editorial do Paran, 1997.)

    QUEST O 7

    Observe que em ...faze com que teu filho oentenda, para que sempre a nossa raa seja

    feliz., a locuo sublinhada expressa umarelao de finalidade.

    Assinale, nas alternativas abaixo, aquela quecontm a correta relao semntica expres-sada pelo termo destacado.

    No sei se o senhor sabe que eu soua)neto do Conselheiro Albernaz, aqueleque acompanhou Pedro I, quando abdi-cou. (relao de causalidade).

    Chegueib) at a esquecer-me dele. (rela-o de tempo).

    Em todo o caso, guarda-o;c) mas, se que-res que o fado que me deitou o sbio

    oriental se cumpra... (dvida em relao possibilidade de realizao do que foiafirmado).

    Meu pai, continuou o velho baro, nod)acreditou muito na histria; contudo, guar-dou o livro. (relao de adversidade).

    Tenho que o ler, que o compreender,e) seno quero que os meus ltimos diasanunciem o desastre da minha posteri-dade. (relao de finalidade).

    QUEST O 8

    Acerca dessa obra de Lima Barreto, publicadaem 1911, pode-se afirmar que:

    adota uma linguagem despreocupadaa)com os cnones gramaticais e retricosde sua poca.

    o caso criado na narrativa manifesta ab)ideia do autor acerca da igualdade ima-nente dos seres, iguais em desgraa efrustrao.

    apresenta um tom irnico, uma crtica c)falsa sabedoria, aquela que dominadae cultivada por uma meia dzia de s-bios que no partilham com mais nin-gum, comunicando-se em uma lnguaque somente eles dominam.

    faz uma crtica contundente contra osd)casamentos arranjados, por mera e puraconvenincia, e destinados a solucionarproblemas econmicos e alavancar so-cialmente as pessoas.

    traz marcas de religiosidade, evocao doe)mistrio e da surpresa, descrio objeti-va dos subrbios cariocas, as periferiasurbanas, a diviso de classes, a exclu-so social, os pobres e os enjeitados.

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    QUEST O 1

    Alternativa B.

    Comentrio:

    A mensagem no fica comprometida, quantoao sentido, em momento algum, ainda quese use uma linguagem francamente popular.No h problemas de concordncia verbal.A citao ao baiano no uma meno pre-

    conceituosa, mas apenas uma referncia deorigem do instrumento. Em momento algumse v qualquer estmulo violncia no texto,mesmo porque ele expresso de um lirismoat certo ponto ingnuo.

    QUEST O 2

    Alternativa E.

    Comentrio:

    Nos trechos em questo s existem compa-raes: a fora do olhar se compara numarelao de superioridade ao poder da balade carabina, do veneno, da peixeira, do atro-pelamento, da bala de revlver.

    QUEST O 3

    Alternativa D.

    Comentrio:

    Os trs primeiros trechos apresentam umaviso heroica, muitas vezes idealizada, do

    ndio brasileiro. No item IV, trecho modernis-ta, a figura j vista com traos muito maishumanos, dotado de vcios e virtudes quecaracterizam as pessoas comuns, perdendoa aura que certos autores aplicavam ima-gem do indgena.

    QUEST O 4

    Alternativa D.

    Comentrio:

    Lamentavelmente, todas as alternativas apre-sentam manchetes de jornais que mostrama situao de desprezo a que fica relegadaa populao indgena no Brasil. Para se per-ceber a correlao com o trecho da Carta

    de Pero Vaz de Caminha, necessrio notarque no texto do portugus j se anteviauma relao de explorao e descaso, porparte de algum mais poderoso e forte, paracom o ndio. O item d nos apresenta essemesmo tipo de relao ocorrendo ainda hoje,pois se espera da autoridade pblica outraatitude que no a mencionada pela chamadado jornal.

    QUEST O 5

    Alternativa E.

    Comentrio:

    Questo que aborda o gnero textual. preci-so notar as situaes, contextos e finalidadesda produo. O texto busca informar a respeitodas artes o leitor de uma revista eletrnica.

    QUEST O 6

    Alternativa C.

    Comentrio:

    Trata-se de um poema de apenas umaa)estrofe uma dcima.

    Brota refere-se planta e no indica ru-b)do.

    Correta: rimam os versos 2, 3, 6, 7 e 10;c)1, 4 e 5; 8 e 9. Exemplos de sons que se

    Gabarito

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    repetem no interior do poema: S de silva,sibila, serto; B de berra, bala, brota; Pde pato, poldro, planta.

    No verso 9, com os verbosd) vibraecanta,

    apresenta-se a ideia de celebrao.Trata-se, como j vimos, de uma cele-e)brao. A experincia do nordestino e apercepo dessa harmonia entre vida enatureza, num mundo que a todos per-tence, do as bases para a construodo poema.

    QUEST O 7

    Alternativa D.

    Comentrio:

    Quandoa) indica tempo.

    Atb) , neste caso, indica relao de incluso.

    Masc) indica oposio, adversidade.

    Correta.d) Contudo, equivalente a mas, in-dica oposio.

    See) indica condio.

    QUEST O 8

    Alternativa C.

    Comentrio:

    A ideia da falsa sabedoria, representada pelodomnio dos segredos do livro em javans a base para a crtica irnica que Lima Barretoveicula em O Homem que Sabia Javans.

    Ainda que haja certo tom coloquial em muitasobras do autor carioca, ele no descuidavatotalmente dos aspectos gramaticais da po-ca, o que invalida a alternativa a. Tampoucoanalisa o autor, principalmente no trechocitado, uma natural condio de desgraa efrustrao a igualar os homens. O texto bem claro em mostrar o baro, narrador noexcerto, como vtima de desgostos e percal-os na vida. Isso invalida a alternativa b.

    No h nenhuma meno a relaes arran-jadas poca, como casamentos, conforme

    enuncia a alternativa d, assim como noocorre toda a descrio mencionada pela

    alternativa e.

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    ROTAO movimento executado pelab)terra em torno da linha dos polos de oes-te para leste, em 23 horas, 56 minutos e4 segundos, ou um dia.

    SUCO lquido com propriedades nutriti-c)vas contido nas substncias animais ouvegetais; sumo.

    ACENTUAR colocar acento nas slabasd)de uma palavra.

    PONTO pequena mancha arredondada.e)

    QUEST O 3

    Texto I

    As Sem-Razes do Amor

    Eu te amo porque te amo.

    No precisas ser amante,

    e nem sempre sabes s-lo.

    Eu te amo porque te amo.

    Amor estado de graa

    e com amor no se paga.

    Amor dado de graa, semeado no vento,

    na cachoeira, no eclipse.

    Amor foge a dicionrios

    e a regulamentos vrios.

    Eu te amo porque no amo

    bastante ou demais a mim.

    Porque amor no se troca,

    no se conjuga nem se ama.

    Porque amor amor a nada,feliz e forte em si mesmo.

    Amor primo da morte,

    e da morte vencedor,

    por mais que o matem (e matam)

    a cada instante de amor.

    (DRUMMOND DE ANDRADE, Carlos. Corpo. Rio de Janeiro:

    Record, 1984. p.35-36.)

    Texto II

    Sabers que no te amo e que te amo.

    Porquanto de dois modos a vida,

    a palavra uma asa do silncio,o fogo tem sua metade fria.

    Eu te amo para comear a te amar,

    para recomear o infinito

    e para no deixar de te amar nunca:

    por isso mesmo que ainda no te amo.

    Te amo e no te amo como se tivesse

    em minhas mos as chaves da ventura

    e um incerto destino desditado.

    Meu amor tem duas vidas para amar-te.

    Por isso te amo quando no te amo

    e por isso te amo quando te amo.

    (NERUDA, Pablo. Presente de um Poeta. Traduo de:

    MELLO, Thiago de. 3 ed. So Paulo: Ver, 2003. p. 26-27.)

    Aps a leitura dos poemas e a comparaoentre eles, correto afirmar:

    o eu lrico do poema de Pablo Nerudaa)tem uma viso diferente da do eu lricodo poema de Drummond quanto corres-pondncia amorosa.

    nos dois poemas o amor algo que seb)pode regular, controlar e explicar lgica ecoerentemente.

    as oposies no poema de Neruda reve-c)lam incertezas, dvidas e conflitos entresentimentos do eu lrico.

    no poema de Drummond, o eu lrico de-d)

    seja ser correspondido, o que representaum trao comum dos poemas de amor.

    o ltimo verso do poema de Neruda apre-e)senta dois elementos em oposio.

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    Vav! Vem depressa. Tem preso!

    Velho Petelo se virou e interrogou comseus olhos pequenos, piscando na luz do

    sol da manh coado nas folhas da mandio-queira:

    Menino disse tem preso? Viste comteus olhos?

    Arrastando a perna esquerda e seguidopor mido Zito, atravessou na sala e saiupara o areal vermelho. Rodearam na _____de s Miguel, e, em frente, onde j se aglo-meravam algumas mulheres com seus _____escondidos nos panos, viram o homem que

    fazia esforos para descer da _____, debaixodas pancadas de dois _____.

    QUEST O 4

    [...] se algum compuser em verso um

    tratado de Medicina ou de Fsica, esse servulgarmente chamado poeta; na verdade,porm, nada h de comum entre Homero eEmpdocles, a no ser a metrificao: aque-le merece o nome de poeta, e este, o defisilogo, mais que o de poeta.

    (ARISTTELES. Potica. Traduo de: SOUZA, Eudoro de.

    Porto Alegre: Globo, 1966. p. 69.)

    Com relao ao trecho visto, marque a alter-

    nativa correta.o autor reconhece que a poesia deve sera)identificada por uma evidncia exterioro verso.

    Aristteles afirma que um texto de medi-b)cina escrito em versos deve ser conside-rado poesia.

    segundo o texto, Empdocles mereceriac)o nome de poeta e Homero o de fisi-logo.

    para o autor, um texto sem mtrica poded)ser considerado poesia, desde que tratede fsica ou de medicina.

    Aristteles defende que a poesia noe)deve ser entendida superficialmentecomo o simples conjunto das composi-es em verso.

    QUEST O 5

    O trecho abaixo, do romance A vida verdadei-ra de Domingos Xavier, do escritor angolanoJos Luandino Vieira, mostra um pouco doportugus usado em Angola.

    _____ Zito entrou a correr no pequenocompartimento que servia de sala e, atra-vessando no quintal, viu o av, ao fundo,

    junto s _____. Parou, ofegante, e depoischamou:

    Glossrio:

    aduelas1. s.f. tbuas de barril usadas paraformar cercas delimitando o quintal.

    carrinha2. s.f. caminhonete aberta, tipopick-up.

    cipaios3. s.m. policiais africanos, encarre-gados de policiar a populao africana.

    cubata4. s.f. habitao feita de restosde materiais de construo; barraco,casebre.

    mido5. s.m. garoto.

    monas6. s.m. crianas.

    No texto foram suprimidas as palavras queconstam no glossrio. Preenchendo as lacu-nas com os nmeros correspondentes a cadauma das palavras, de modo coerente e sem

    utilizar flexes, obteramos a sequncia:5 1 4 6 2 3.a)

    1 2 3 4 5 6.b)

    4 1 5 3 2 6.c)

    5 1 4 3 2 6.d)

    6 5 4 3 2 1.e)

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    Texto referente s questes 6e7. o termob) vistas, no ltimo pargrafo, deveser substitudo por vistos, j que estabe-lece coeso com os termos pirmidesdo Egitoeaeroportos.

    o trechoc) O orgulho da China pode ter fi-cado atingidotem valor hipottico.

    a expressod) no fato de que pode sersubstituda por porque, sem prejuzo desentido.

    a locuoe) pode ter ficado, se substitu-da por ficouno apresenta diferena

    no sentido da frase.

    QUEST O 8

    Jornal chins diz ter prova de que GrandeMuralha vista do espao

    Fotografias confirmam que a GrandeMuralha da China pode ser vista a olho nudo espao, segundo reportagem publicadano jornal oficial China Daily.

    O jornal oficial publicou fotos tiradas peloastronauta americano de origem chinesaLeroy Chiao que mostram a Grande Muralha.Chiao disse que vai tentar tirar outra foto naprxima vez em que passar sobre a China,mas ele ter que ser rpido, porque est

    orbitando a 8km por segundo.O orgulho da China pode ter ficado atin-

    gido, porque muitas outras coisas, como aspirmides do Egito e at mesmo diversos ae-roportos, podem ser vistas do espao. Maseles podem se consolar no fato de que essasuposta prova foi feita por um astronauta deorigem chinesa.

    (MAKUS, Francis. BBC Brasil. 2005. Em Shanghai.)

    QUEST O 6

    Segundo o texto, o astronauta estava orbitan-do a 8km por segundo. Isso equivale a:

    2,8km/h.a)

    28km/h.b)

    280km/h.c)

    2 800km/h.d)

    28 000km/h.e)

    QUEST O 7

    Levando em conta alguns aspectos gramati-cais do texto, pode-se afirmar que:

    a expressoa) de origem chinesa se re-laciona sintaticamente com a expressoas fotos tiradas.

    Classe B Mercedes em nova dimenso

    Designdinmico de um esportivo, dimen-ses externas de um compacto, conforto deum touringe variabilidade de um monovolu-me. Mercedes-Benz Classe B. Nele, at cincopessoas viajam com um nvel de confortoindito para um automvel dessa dimenso.Esta nova classe foi concebida para atender

    aos desejos de quem faz do seu automveluma extenso de seu estilo pessoal e fami-liar. Por isso, trata-se de um Mercedes-Benzpara todos os momentos.

    (Disponvel em: .)

    A preposio para, em para atender aosdesejos de quem faz do seu automvel [...]

    seu estilo pessoal e familiarencerra a ideiade:

    causa.a)

    finalidade.b)

    concesso.c)

    consequncia.d)

    comparao.e)

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    QUEST O 1

    Alternativa A.

    Comentrio:

    Correta: O jovem que ia ao cinematgra-a)fo no o mesmo jovem que manda umcutback.

    Assim como mudou o vocabulrio, mudoub)tambm o universo cultural do jovem.

    H presena de vocbulos do ingls:c) cut-back, backsideetc.

    Ao contrrio. Os trechos demonstram ad)estreita relao entre lngua e cultura.O conjunto de vocbulos de que dispeuma determinada lngua integra-se nacultura de seu povo, servindo de veculotransmissor dessa cultura.

    As expresses as moas eram muitoe)prendadas, verdadeiros cromos, umas

    teteias pertencem a outro momento his-trico, como j era indicado no incio dacrnica: Antigamente...

    QUEST O 2

    Alternativa C.

    Comentrio:

    Pequena grade de ferro sobre a qual sea)

    assam ou torram alimentos.Ato ou efeito de rotar; movimento girat-b)rio; giro em voltas sucessivas em tornode um eixo.

    Correta.c)

    Tornar mais intenso, aumentar, realar.d)

    Ao ponto (culinria) diz-se de carne me-e)dianamente assada.

    QUEST O 3

    Alternativa C.

    Comentrio:

    A viso semelhante. No h refernciaa) correspondncia amorosa.

    O amor nasce espontaneamente e nob)obedece a regras.

    Correta. So exemplos de oposies:c)amar/no amar; palavra/silncio; fogo/frio.

    Para o eu lrico desse poema, o amor nod) uma troca.

    Em e por isso te amo quando te amoe)no h relao de oposio.

    QUEST O 4

    Alternativa E.

    Comentrio:

    Aristteles defende que a poesia deve seridentificada por propriedades mais sutis eprofundas do que o simples revestimentode metrificao.

    Em c trabalha-se o uso dos pronomes este/aquele para se referir a dois elementos jcitados (anfora). Aquele deve recuperar o

    primeiro elemento citado Homero e estedeve recuperar o ltimo Empdocles.

    QUEST O 5

    Alternativa A.

    Comentrio:

    O texto, escrito no portugus de Angola,apresenta, entre outras distines, vocbulos

    diferentes dos nossos ou usados com outro

    Gabarito

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    sentido. O item que poderia causar algumadvida o de nmero 6. Apesar de suaterminao, o vocbulo se apresenta comosubstantivo masculino, o que indicado, no

    glossrio, por s.m. Preenchido, o texto ficaassim:

    Mido Zito entrou a correr no pequenocompartimento que servia de sala e, atra-vessando no quintal, viu o av, ao fundo,

    junto s aduelas. Parou, ofegante, e depoischamou:

    Vav! Vem depressa. Tem preso!

    Velho Petelo se virou e interrogou com

    seus olhos pequenos, piscando na luz dosol da manh coado nas folhas da mandio-queira:

    Menino disse tem preso? Viste comteus olhos?

    Arrastando a perna esquerda e seguidopor mido Zito, atravessou na sala e saiupara o areal vermelho. Rodearam na cubatade s Miguel, e, em frente, onde j se aglo-meravam algumas mulheres com seus mo-

    nas escondidos nos panos, viram o homemque fazia esforos para descer da carrinha,debaixo das pancadas de dois cipaios.

    QUEST O 6

    Alternativa E.

    Comentrio:

    Uma hora = 3 600 segundos. Bastava mul-tiplicar esse nmero por oito para se chegarao resultado.

    QUEST O 7

    Alternativa C.

    Comentrio:

    De origem chinesaa) no uma expressoque caracteriza as fotos, mas sim o as-

    tronauta americano.

    A coeso do termob) vistas, no ltimo par-grafo se d com a expresso muitas ou-tras coisas, com a qual deve concordarem gnero.

    Na locuo figura um verbo que indica ac)noo de possibilidade: poder.

    No fato de qued) indica uma situao con-creta de consolo para os chineses,no apresentando o valor explicativo eportanto hipottico que apresentaria oconectivo porque.

    Ficoue) , no pretrito perfeito, indicaria umaao terminada, finalizada, o que contra-ria a noo de hiptese expressada pela

    locuo pode ter ficado.

    QUEST O 8

    Alternativa B.

    Comentrio:

    Parafraseando o trecho em questo, pode-se ter: Esta nova classe foi concebida coma finalidade [a meta, o fim, o objetivo] de

    atender aos desejos de quem faz do seu au-tomvel uma extenso de seu estilo pessoal

    e familiar.

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    Observe o grfico abaixo:

    (POCA,16out.2006.Adaptado.)

    Atividades poluidoras

    Cerca de 60% do metano lanado na atmosfera fruto de atividades humanas. Quais so elas:

    5% Queima dematerial vegetal

    1% Postosde gasolina

    10% Esgoto

    4% Esterco

    13% Aterrose lixes

    1% Produode petrleo

    4% Queima degasolina e diesel

    28% Criaode ruminantes

    11% Campos dearroz inundados

    15% Queimade gs natural

    8% Queimade carvo

    QUEST O 1

    Analise as afirmativas.