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Série – 2016 SISTEMA EQUIPE DE ENSINO GABARITO 2 1 LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 01 a 45 1) Se, pela pronúncia, você está desconfiado de que a nossa palavra xará surgiu de alguma expressão indígena, acertou. "Ela tem origem em sa rara, um derivado de se rera, que significa aquele que tem o mesmo nome, em tupi". Diz o etimologista Cláudio Moreno. No sul do Brasil, usa-se também a palavra tocaio com o mesmo significado. Vem do espanhol tocayo que, por sua vez, tem origem na frase ritual latina que a noiva dizia ao noivo quando a comitiva nupcial vinha buscá-Ia em casa: "Ubi'tu Caius, ibi ego Caia" (Onde fores chamado Caio, ali eu serei Caia). Por transmitir a ideia de que a noiva, ao se casar, passava a ter o mesmo nome do noivo, a palavra passou a ser usada como sinônimo de xará. Rodrigo Cavalcante Depreende-se do texto que a) palavras ou expressões de origem diferenciada devem apresentar significados diferentes. b) o vocabulário do português do Brasil contém palavras de diversas origens, entre as quais, a espanhola e a tupi. c) palavras de uma língua incorporadas ao vocabulário de outra mantêm a forma original inalterada. d) o vocabulário do português do Brasil foi formado entre os tupis que incorporaram alguns termos espanhóis e latinos. e) no sul do Brasil, o termo xará é desconhecido, porque naquela região existe o equivalente tocaio. 2) Leia: Soneto de separação De repente do riso fez-se o pranto Silencioso e branco como a bruma E das bocas unidas fez-se a espuma E das mãos espalmadas fez-se o espanto. De repente da calma fez-se o vento Que dos olhos desfez a última chama E da paixão fez-se o pressentimento E do momento imóvel fez-se o drama. De repente, não mais que de repente Fez-se de triste o que se fez amante E de sozinho o que se fez contente Fez-se do amigo próximo o distante Fez-se da vida uma aventura errante De repente, não mais que de repente. Vinicius de Moraes

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3ª Série – 2016

SISTEMA EQUIPE DE ENSINO GABARITO 2 1

LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS – Questões de 01 a 45 1) Se, pela pronúncia, você está desconfiado de que a nossa palavra xará surgiu

de alguma expressão indígena, acertou. "Ela tem origem em sa rara, um derivado de se rera, que significa aquele que tem o mesmo nome, em tupi". Diz o etimologista Cláudio Moreno. No sul do Brasil, usa-se também a palavra tocaio com o mesmo significado. Vem do espanhol tocayo que, por sua vez, tem origem na frase ritual latina que a noiva dizia ao noivo quando a comitiva nupcial vinha buscá-Ia em casa: "Ubi'tu Caius, ibi ego Caia" (Onde fores chamado Caio, ali eu serei Caia). Por transmitir a ideia de que a noiva, ao se casar, passava a ter o mesmo nome do noivo, a palavra passou a ser usada como sinônimo de xará.

Rodrigo Cavalcante

Depreende-se do texto que a) palavras ou expressões de origem diferenciada devem apresentar

significados diferentes. b) o vocabulário do português do Brasil contém palavras de diversas origens,

entre as quais, a espanhola e a tupi. c) palavras de uma língua incorporadas ao vocabulário de outra mantêm a

forma original inalterada. d) o vocabulário do português do Brasil foi formado entre os tupis que

incorporaram alguns termos espanhóis e latinos. e) no sul do Brasil, o termo xará é desconhecido, porque naquela região existe

o equivalente tocaio. 2) Leia:

Soneto de separação

De repente do riso fez-se o pranto Silencioso e branco como a bruma E das bocas unidas fez-se a espuma E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento Que dos olhos desfez a última chama E da paixão fez-se o pressentimento E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente Fez-se de triste o que se fez amante E de sozinho o que se fez contente

Fez-se do amigo próximo o distante Fez-se da vida uma aventura errante De repente, não mais que de repente.

Vinicius de Moraes

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Ao primeiro nível de entendimento, depreendemos do texto que

a) trata-se da separação repentina entre dois seres que se amam. b) a vida começa todos os dias: o mundo seria insuportável se as criaturas

tivessem boa memória. c) a ditadura tornou este país, dócil e ameno, insuportável. d) a vida nada mais é senão pressentimento e drama. e) não há mais condições, neste mundo, de riso e amor.

3) Leia:

O acendedor de lampiões

Lá vem o acendedor de lampiões da rua! Este mesmo que vem, infatigavelmente, Parodiar o sol e associar-se à lua Quando a sombra da noite enegrece o poente!

Um, dois, três lampiões, acende e continua Outros mais a acender imperturbavelmente, À medida que a noite aos poucos se acentua E a palidez da lua apenas se pressente.

Triste ironia atroz o senso humano irrita: Ele que doira a noite ilumina a cidade, Talvez não tenha luz na choupana em que habita.

Tanta gente também nos outros insinua Crenças, religiões, amor, felicidade, Como este acendedor de lampiões da rua!

Jorge de Lima

Do primeiro terceto do poema, pode-se inferir que, em relação ao acendedor de lampiões, o eu lírico mostra-se a) confiante. b) solidário. c) sarcástico. d) impaciente. e) religioso.

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4) Não era e não podia o pequeno reino lusitano ser uma potência colonizadora à feição da antiga Grécia. O surto marítimo que enche sua história do século XV não resultara do extravasamento de nenhum excesso de população, mas fora apenas provocado por uma burguesia comercial sedenta de lucros, e que não encontrava no reduzido território pátrio satisfação à sua desmedida ambição. A ascensão do fundador da Casa de Avis ao trono português trouxe esta burguesia para um primeiro plano. Fora ela quem, para se livrar da ameaça castelhana e do poder da nobreza, representado pela rainha Leonor Teles, cingira o Mestre de Avis com a coroa lusitana. Era ela, portanto, quem devia merecer do novo rei o melhor das suas atenções. Esgotadas as possibilidades do reino com as pródigas dádivas reais, restou apenas o recurso da expansão externa para contentar os insaciáveis companheiros de D. João I.

Evolução política do Brasil, de Caio Prado Júnior. (adaptado)

Infere-se da leitura do texto anterior que Portugal não foi uma potência colonizadora como a antiga Grécia, porque seu a) peso político-econômico, apesar de grande para o século, não era

comparável ao dela. b) interesse, diferentemente do dela, não era conquistar o mundo. c) aparato bélico, embora considerável para a época, não era comparável ao

dos gregos. d) objetivo não era povoar novas terras, mas comercializar produtos nelas

obtidos. e) projeto principal era consolidar o próprio reino, libertando-se do domínio

espanhol. 5) Leia:

Os cinco sentidos

Os sentidos são dispositivos para a interação com o mundo externo que têm por função receber informação necessária à sobrevivência. É necessário ver o que há em volta para poder evitar perigos. O tato ajuda a obter conhecimentos sobre como são os objetos. O olfato e o paladar ajudam a catalogar elementos que podem servir ou não como alimento. O movimento dos objetos gera ondas na atmosfera que são sentidas como sons.

As informações, baseadas em diferentes fenômenos físicos e químicos, se apresentam na natureza de formas muito diversas. Os sentidos são sensores cujo desígnio é perceber, de modo preciso, cada tipo distinto de informação. A luz é parte da radiação magnética de que estamos rodeados. Essa radiação é percebida através dos olhos. O tato e o ouvido se baseiam em fenômenos que dependem de deformações mecânicas. O ouvido registra ondas sonoras que se formam por variações na densidade do ar, variações que podem ser captadas pelas deformações que produzem em certas membranas. Ouvido e tato são sentidos mecânicos. Outro tipo de informação nos chega por meio de moléculas químicas distintas que se desprendem das substâncias. Elas são captadas por meio dos sentidos químicos, o paladar e o olfato. Esses se constituem nos tradicionais cinco sentidos que foram estabelecidos já por Aristóteles.

SANTAELLA, Lucia. Matrizes da linguagem e pensamento. São Paulo: l1uminuras, 2001.

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A leitura atenta do texto permite afirmar que

a) a classificação dos sentidos estabelecida por Aristóteles é rejeitada pela autora que propõe novas categorias.

b) O tópico frasal do 12 parágrafo apresenta uma definição de sentidos, enquanto o desenvolvimento do parágrafo retoma e amplia três deles: o tato, o olfato e o paladar.

c) os sentidos são sensores que têm a função específica de perceber cada tipo distinto de informação, seja ela baseada em fenômeno físico ou químico.

d) tanto o ouvido quanto o olfato podem captar as informações trazidas pelas moléculas químicas.

e) o paladar e o olfato são sensores que percebem informações baseadas em fenômenos físicos e químicos.

6) Leia:

Grupo escolar

Sonhei com um general de ombros largos que fedia e que no sonho me apontava a poesia enquanto um pássaro pensava suas penas e já sem resistência resistia.

O general acordou e eu que sonhava face a face deslizei à dura via vi seus olhos que tremiam, ombros largos, vi seu queixo modelado a esquadria vi que o tempo galopando evaporava (deu para ver qual a sua dinastia) mas em tempo fixei no firmamento esta imagem que rebenta em ponta fria: poesia, esta química perversa, este arco que desvela e me repõe nestes tempos de alquimia.

BRITO, Antônio Carlos de. ln: HOLLANDA, Heloísa 8uarque de. (Org.). 26 Poetas Hoje: antologia. Rio de Janeiro: Aeroplano, 1998.

O poema de Antônio Carlos Brito está historicamente inserido no período da ditadura militar no Brasil. A forma encontrada pelo eu lírico para expressar poeticamente esse momento demonstra que a) a ênfase na força dos militares não é afetada por aspectos negativos, como

o mau cheiro atribuído ao general. b) a descrição quase geométrica da aparência física do general expõe a

rigidez e a racional idade do governo. c) a constituição de dinastias ao longo da história parece não fazer diferença

no presente em que o tempo evapora. d) a possibilidade de resistir está dada na renovação e transformação

proposta pela poesia, química que desvela e repôe. e) a resistência não seria possível, uma vez que as vítimas, representadas

pelos pássaros, pensavam apenas nas próprias penas

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Texto para as questões de 7 a 10

Nós, escravocratas

Há exatos cem anos, saía da vida para a história um dos maiores brasileiros de todos os tempos: o pernambucano Joaquim Nabuco. 1Político que ousou pensar, intelectual que não se omitiu em agir, pensador e ativista com causa, principal artífice da abolição do regime escravocrata no Brasil.

Apesar da vitória conquistada, Joaquim Nabuco reconhecia: “2Acabar com a escravidão não basta. É preciso acabar com a obra da escravidão”, como lembrou na semana passada Marcos Vinícios Vilaça, em solenidade na Academia Brasileira de Letras. Mas a obra da escravidão continua viva, sob a forma da exclusão social: pobres, especialmente negros, sem-terra, sem emprego, sem casa, sem água, sem esgoto, muitos ainda sem comida; sobretudo sem acesso à educação de qualidade.

Cem anos depois da morte de Joaquim Nabuco, a obra da escravidão se mantém e continuamos escravocratas.

3Somos escravocratas ao deixarmos que a escola seja tão diferenciada, conforme a renda da família de uma criança, quanto eram diferenciadas as vidas na Casa Grande ou na Senzala. Somos escravocratas porque, até hoje, não fizemos a distribuição do conhecimento: instrumento decisivo para a liberdade nos dias atuais. Somos escravocratas porque todos nós, que estudamos, escrevemos, lemos e obtemos empregos graças aos diplomas, beneficiamo-nos da exclusão dos que não estudaram. Como antes, os brasileiros livres se beneficiavam do trabalho dos escravos.

Somos escravocratas ao jogarmos, sobre os analfabetos, a culpa por não saberem ler, em vez de assumirmos nossa própria culpa pelas decisões tomadas ao longo de décadas. Privilegiamos investimentos econômicos no lugar de escolas e professores. Somos escravocratas, porque construímos universidades para nossos filhos, mas negamos a mesma chance aos jovens que foram deserdados do Ensino Médio completo com qualidade. Somos escravocratas de um novo tipo: a negação da educação é parte da obra deixada pelos séculos de escravidão.

A exclusão da educação substituiu o sequestro na África, o transporte até o Brasil, a prisão e o trabalho forçado. Somos escravocratas que não pagamos para ter escravos: nossa escravidão ficou mais barata, e o dinheiro para comprar os escravos pode ser usado em benefício dos novos escravocratas. Como na escravidão, o trabalho braçal fica reservado para os novos escravos: os sem educação.

Negamo-nos a eliminar a obra da escravidão. Somos escravocratas porque ainda achamos naturais as novas formas de

escravidão; e nossos intelectuais e economistas comemoram minúscula distribuição de renda, como antes os senhores se vangloriavam da melhoria na alimentação de seus escravos, nos anos de alta no preço do açúcar. Continuamos escravocratas, comemorando gestos parciais. 4Antes, com a proibição do tráfico, a lei do ventre livre, a alforria dos sexagenários. Agora, com o bolsa família, o voto do analfabeto ou a aposentadoria rural. Medidas generosas, para inglês ver e sem a ousadia da abolição plena.

Somos escravocratas porque, como no século XIX, não percebemos a estupidez de não abolirmos a escravidão. 5Ficamos na mesquinhez dos nossos interesses imediatos negando fazer a revolução educacional que poderia completar a quase-abolição de 1888. Não ousamos romper as amarras que envergonham e impedem nosso salto para uma sociedade civilizada, como, por 350 anos, a escravidão nos envergonhava e amarrava nosso avanço.

Cem anos depois da morte de Joaquim Nabuco, a obra criada pela escravidão continua, porque continuamos escravocratas. E, ao continuarmos escravocratas, não libertamos os escravos condenados à falta de educação.

(BUARQUE, Cristovam. Somos escravocratas Disponível em: <httpJloglobo.globo.com>.Acessoem: 14 jan. 2015.)

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7) Político que ousou pensar, intelectual que não se omitiu em agir, pensador e ativista com causa, principal artífice da abolição do regime escravocrata no Brasil. (ref. 1) Na frase, Cristovam Buarque define Joaquim Nabuco de quatro maneiras. As três primeiras definições partem de determinadas pressuposições. Uma pressuposição que se pode deduzir da leitura do fragmento é: a) ativistas têm abraçado muitas causas. b) intelectuais costumam resistir à ação. c) políticos ousam pensar a respeito de tudo. d) pensadores tem lutado pelo fim da escrevidão. e) Intelectuais se subordinam as ações.

8) A expressão "somos escravocratas" é repetida quatro vezes no texto que,

embora assinado pelo autor Cristovam Buarque, é todo enunciado na primeira pessoa do plural. O uso dessa primeira pessoa do plural, relacionado à escravidão, reforça principalmente o objetivo de:

a) situar a desigualdade social. b) apontar o aumento da exclusão social. c) responsabilizar a sociedade brasileira. d) demonstrar a importância da educação e) explicitar a irrelevância do assunto abordado.

9) "Acabar com a escravidão não basta. É preciso acabar com a obra da

escravidão" (ref. 2) No início do texto, o autor cita entre aspas as frases de Joaquim Nabuco para, em seguida, se posicionar pessoalmente perante seu conteúdo. Para o autor, a obra da escravidão caracteriza-se fundamentalmente por: a) manter-se através da educação excludente. b) Atenuar-se em função da distribuição de renda. c) Aumentar por causa do índice de analfabetismo. d) Enfraquecer-se gracas ao acesso à escolarização. e) Amenizar-se em função da exclusão digital.

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10) No desenvolvimento da argumentação, o autor enumera razões específicas, facilmente constatadas no cotidiano, para sustentar sua opinião, anunciada no título, de que todos nós seríamos ainda escravocratas. Esse método argumentativo, que apresenta elementos específicos da experiência social cotidiana, para deles extrair uma conclusão geral, é conhecido como: a) direto b) dialético c) dedutivo. d) indutivo. e) repetitivo

11) Leia o texto e responda:

Porque ler?

Certas coisas não basta anunciar, como uma verdade que deve ser aceita por si só. Precisamos dizer o porquê. Se queremos fazer os brasileiros lerem mais de um livro por ano, essa trágica média nacional, precisamos de fato conquistar o seu interesse.

Listo os três benefícios fundamentais que a leitura pode trazer. O primeiro: 1ler nos faz mais felizes. É um caminho para o

autoconhecimento, e o exercício constante de autoconhecimento é um caminho para a felicidade. A vida, também no plano individual, é mais intensa na busca. Os personagens de um livro de ficção, os fatos de um livro-reportagem, as ideias de um livro científico, interagem com os nossos sentimentos, ora refletindo-os, ora agredindo-os, e, portanto, servindo de parâmetro para sabermos quem somos, seja por identidade ou oposição.

O segundo benefício: ler nos torna amantes melhores. Treina nossa sensibilidade para o contato com o outro. Amores românticos, amores carnais, amores perigosos, amores casuais, amores culpados, todos estão nos livros. A sensibilidade do leitor encontra seu caminho. E quanto mais o nosso imaginário estiver arejado pelas infinitas opções que as histórias escritas nos oferecem, sejam elas factuais ou ficcionais, com mais delícia aproveitamos os bons momentos do amor, e com mais calma enfrentamos os maus.

Por fim: ler nos torna cidadãos melhores. Os livros propiciam ao leitor um ponto de vista privilegiado, de onde observa conflitos de interesses. No processo, sua consciência é estimulada a se posicionar com equilíbrio. Tendem a ganhar forma, então, princípios de "honestidade", "honra", "justiça" e "generosidade". Guiado por estes valores, o leitor pode enfim ultrapassar as fronteiras sociais, e ver a humanidade presente em todos os tipos, em todas as classes.

Teríamos menos escândalos de corrupção, se lêssemos mais; construiríamos uma sociedade menos injusta, se educássemos melhor os nossos espíritos; eu acredito nisso.

(LACERDA, Roberto. Por que ler? Disponível em: <www.tumblr.com/search/ rodriqo+Iacerda>. Acesso em: 14 jan. 2015. Adaptado)

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[...] ler nos faz mais felizes. É um caminho para o autoconhecimento, e o exercício constante de autoconhecimento é um caminho para a felicidade.(ref. 1) Neste argumento, Rodrigo Lacerda formula uma premissa geral e uma premissa particular, para relacioná-Ias na conclusão. Essa estrutura caracteriza o argumento como: a) indutivo. b) dialético. c) dedutivo. d) comparativo. e) arrogante.

12) Leia o texto:

A hora e a vez do WhatsApp

O WhatsApp, além de oferecer a opção de bate-papo via mensagem de texto com os contatos da sua agenda, permite a quem o utiliza uma variedade de possibilidades. O TechTudo lista dicas e truques para que você otimize o uso do serviço.

Criação de conversas em grupo O WhatsApp para Android oferece uma variedade de comandos acessíveis por meio de um simples toque no botão de menu do seu celular. No Galaxy 53, por exemplo, o toque no botão do lado esquerdo do smartphone abre uma guia com diversas opções, dentre as quais se tem a criação de um bate-papo em grupo. Basta tocar em "novo grupo" e as alternativas de dar um nome e adicionar um ícone a ele serão exibidas. Clique em avançar e depois adicione as pessoas que você deseja incluir no grupo. Depois, envie uma mensagem para elas e o chat será exibido normalmente na página principal do seu aplicativo.

Thiago Barros Disponível em: <http://www.techtudo.com.br>. Acesso em: 2 set. 2013. (adaptado)

Considerando-se a função do WhatsApp, pode-se inferir que o objetivo do autor do texto é

a) mostrar como o usuário dessa nova tecnologia pode comandar a vida de

seus amigos. b) ampliar os conhecimentos do leitor sobre as novas possiqilidades de

interação geradas por essa nova tecnologia. c) divulgar um produto redutor da funcionalidade de um recurso comunicativo. d) viabilizar a aquisição de conhecimento especializado sobre o uso de tablets

pelo usuário. e) permitir ao usuário da nova tecnologia um controle mais impreciso sobre as

mensagens veiculadas.

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13) Leia o texto:

Evocação do Recife

Recife Não a Veneza americana Não a Mauritsstad dos armadores das índias Ocidentais Não o Recife dos Mascates Nem mesmo o Recife que aprendi a amar depois - Recife das revoluções libertá rias Mas o Recife sem história nem literatura Recife sem mais nada Recife da minha infância A rua da União onde eu brincava de chicote-queimado e partia as vidraças da casa de dona Aninha Viegas Totônio Rodrigues era muito velho e botava o pincenê na ponta do nariz Depois do jantar as famílias tomavam a calçada com cadeiras mexericos namoros risadas A gente brincava no meio da rua Os meninos gritavam: Coelho sai! Não sai! [ ... ]

Manuel Bandeira

A lírica de Manuel Bandeira é pautada na apreensão de significados profundos a partir de elementos do cotidiano. No poema "Evocação do Recife", o lirismo do poeta revela a) uma atitude reverencial, a partir do título, a um espaço que só lhe traz

infelicidades. b) um olhar mitificador sobre lugares, objetos, paisagens e afetos

experimentados pelo interlocutor do poeta. c) um Recife distinto do factual, envolto em uma ficção derivada do processo

de reconstituição memorialística. d) um poeta que parece forçado a reinventar-se a cada instante, na busca de

si mesmo, do poema e de uma poesia devinculada da memória. e) Um recife recriado e mitificado pelo dizer poético, mas desvinculado de

suas lembrancas pessoais.

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Para responder as questões de 14 a 16, tome por base dois trechos de um artigo texto de Alexandre Oliva sobre a importância do uso de software na educação.

Software livre, isto é, software que respeita as liberdades dos usuários de

executar o software para qualquer propósito, de estudar o código fonte do software e adaptá-lo para que faça o que o usuário deseje, de fazer e distribuir cópias do software, e de melhorá-Io e distribuir as melhorias, permite que pessoas usem computadores sem abrir mão de serem livres e independentes, sem aceitar condições que os impeçam de obter ou criar conhecimento desejado.

Software que priva o usuário de qualquer dessas liberdades não é livre, é privativo, e mantém usuários divididos, dependentes e impotentes. Não é uma questão técnica, não tem nada a ver com preço nem com a tarefa prática desempenhada pelo software. Um mesmo programa de computador pode ser livre para alguns usuários e não livre para outros, e tanto os livres quanto os privativos podem ser grátis ou não. Mas além do conhecimento que foram projetados para transmitir, um deles ensinará liberdade, enquanto o outro ensinará servidão.

[...] Se o usuário depender de permissão do desenvolvedor do software para

instalá-Io ou utilizá-Io num computador qualquer, o desenvolvedor que decida negá-Ia, ou exija contrapartida para permiti-a, efetivamente terá controle sobre o usuário. Pior ainda se o software armazenar informação do usuário de maneira secreta, que somente o fornecedor do software saiba decodificar: ou o usuário paga o resgate imposto pelo fornecedor, ou perde o próprio conhecimento que confiou ao seu controle. Seja qual for a escolha, restarão menos recursos para utilizar na educação.

Ter acesso negado ao código fonte do programa impede o educando de aprender como o software funciona. Pode parecer pouco, para alguém já acostumado com essa prática que pretende também controlar e, por vezes, enganar o usuário: de posse do código fonte, qualquer interessado poderia perceber e evitar comportamento indesejável, inadequado ou incorreto do software. Através dessa imposição de impotência, o fornecedor cria um monopólio sobre eventuais adaptações ao software: só poderão ser desenvolvidas sob seu controle. Pior ainda: cerceia a curiosidade e a criatividade do educando. Crianças têm uma curiosidade natural para saber como as coisas funcionam. Assim como desmontam um brinquedo para ver suas entranhas, poderiam querer entender o software que utilizam na escola. Mas se uma criança pedir ao professor, mesmo o de informática, que lhe ensine como funciona um determinado programa privativo, o professor só poderá confessar que é um segredo guardado pelo fornecedor do software, que a escola aceitou não poder ensinar ao aluno. Limites artificiais ao que os alunos poderão almejar descobrir ou aprender são a antítese da educação, e a escolha de modelos de negócio de software baseados numa suposta necessidade de privação e controle desse conhecimento não deve ser incentivada por ninguém, muito menos pelo setor educacional.

(OLlVA. Alexandre. Software privativo é falta de educação. Disponível em: <revista.espiritoJivre.org>. Acesso em: 15 jan. 201 5.)

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14) De acordo com a argumentação do especialista Alexandre Oliva, a principal característica de um software livre consiste em:

a) não permitir que o usuário o copie para outro computador ou para terceiros. b) apresentar grande facilidade de instalação e uso. c) revelar qualidade superior e maior velocidade de desempenho. d) ser sempre muitíssimo mais barato que o software privativo. e) dar liberdade de acesso e manipulação do código-fonte ao usuário

15) “Crianças têm uma curiosidade natural para saber como as coisas funcionam. ”

No contexto em que surge, no último parágrafo, esta frase aponta um fato que reforça o argumento de Alexandre Oliva, segundo o qual a) seria altamente educativo que as escolas utilizassem programas sem

limitações de acesso a seu funcionamento. b) a educação brasileira necessita, urgentemente, de teorias que estimulem

ainda mais a curiosidade infantil. c) tanto faz usar um tipo de programa como outro, desde que as crianças

sejam consultadas primeiro. d) tanto faz usar software privativo como livre, que as crianças sempre dão um

jeito de desmontá-lo. e) os programas privativos, apesar dos problemas que apresentam, são mais

indicados para a educação. 16) No fragmento do artigo apresentado, em todas as referências a software, a

palavra “Livre” aparece com inicial maiúscula e a palavra “privativo” com inicial minúscula. Aponte a alternativa que explica essa diferença em função do próprio contexto do artigo: a) Foi seguido o preceito segundo o qual todos os nomes próprios do idioma

devem ser escritos sempre com inicial maiúscula. b) A maiúscula foi necessária no contexto para ressaltar o fato de que as

palavras “livre” e “privativo” pertencem a classes gramaticais diferentes. c) O autor escreveu a inicial maiúscula na palavra “livre” sem nenhum motivo

justificável em função do texto do artigo. d) A inicial maiúscula em “livre” foi empregada como recurso estilístico para

enfatizar a grande importância que o autor atribui a tal tipo de software. e) Trata-se de um recurso que o autor utilizou, ao rascunhar o artigo, para

localizar a palavra “livre” e depois esqueceu de apagar.

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17) Leia o texto e responda:

Síndrome do excesso de informação

O eterno sentimento humano de ansiedade diante do desconhecido começa a tomar uma forma óbvia nestes tempos em que a informação vale mais que qualquer outra coisa. As pessoas hoje parecem estar sofrendo porque não conseguem assimilar tudo que é produzido para aplacar a sede da humanidade por mais conhecimento. Com toda ansiedade, a angústia típica de nosso tempo machuca. Seu componente de irracionalidade é irrelevante para quem se sente mal. O escritório de estatísticas da Inglaterra divulgou recentemente uma pesquisa que é ao mesmo tempo um diagnóstico. Cerca de um sexto dos ingleses entre 16 e 74 anos se sente incapaz de absorver todo o conhecimento com que esbarra no cotidiano. Isso provoca tal desconforto que muitos apresentam desordens neurológicas. O problema é mais sério entre os jovens e as mulheres. Quem foi diagnosticado com a síndrome do excesso de informação tem dificuldade até para adormecer. O sono não vem, espantado por uma atitude de alerta anormal da pessoa que sofre. Ela simplesmente não quer dormir para não perder tempo e continuar consumindo informações. Os médicos ingleses descobriram que as pessoas com quadro agudo dessa síndrome são assoladas por um sentimento constante de obsolescência, a sensação de que estão se tornando inúteis, imprestáveis, ultrapassadas. A maioria não expressa sintomas tão sérios. O que as persegue é uma sensação de desconforto – o que já é bastante ruim. O ambulatório de Ansiedade da USP ainda não pesquisa a ansiedade de informação especificamente. Mas tem atendido um número crescente de ansiosos que mencionam como causa das suas apreensões a incapacidade de absorver informações ao ritmo que consideram ideal. “Ler e aprender sempre foi tido como algo bom, algo que devíamos fazer cada vez mais. Não sabíamos que haveria um limite para isso. Está acontecendo com a informação o mesmo que já acontece com o hábito alimentar. Em vez de ficarmos bem nutridos, estamos ficando obesos de informação”, diz Anna Verônica Mautner, psicanalista em São Paulo.

BAPTISTA, Cristina. Veja. São Paulo: Abril. Set. 2001. Fragmento

Pela composição do texto apresentado, podemos chegar à conclusão de que se trata, tipicamente,

a) de uma notícia jornalística – um texto narrativo, portanto. b) de um manifesto popular – assim, um texto descritivo – apelativo. c) de um relato pessoal – logo, um texto levemente informativo. d) de uma exposição – um texto de divulgação, com informações objetivas. e) de uma crônica – assim, um texto de caráter literário.

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18) "Podia-se levar tombo, que a terra-vermelha é escorregadia, e sujar a roupa lavada em tanque e secada em varal quando a poeira deixava." No período acima, estabelecem-se relações de:

a) explicação e proporcional idade b) concessão e temporalidade c) conclusão e causalidade d) explicação e temporal idade e) concessão e condicionalidade

19) No período: "D. Tonica tinha fé em sua madrinha, Nossa Senhora da Conceição,

e investiu a fortaleza com muita arte e valor", a expressão colocada entre vírgulas desempenha a função sintática de: a) predicativo do sujeito b) sujeito c) adjunto adnominal d) objeto direto e) aposto

20) Considere estas frases:

I. Desde que ele era criança, sempre quis ter um sítio cheio de bichos. II. Ele conseguirá superar os problemas, desde que lute com disposição. III. Como havia chovido na véspera, os caminhões não conseguiram chegar à

fazenda. IV. Tudo aconteceu como os cientistas haviam previsto.

As conjunções em destaque exprimem, respectivamente, relação de:

a) condição - condição - causa - causa b) tempo - condição - comparação - causa c) condição - tempo - conformidade - comparação d) tempo - condição - causa - conformidade e) tempo - tempo - comparação - conformidade.

21) “... sendo compreensível que as descrevessem como canções bobas e

ingênuas, não obstante a sofisticação harmônica e rítmica. ”

Nesta passagem, a sequência, não obstante a poderia ser substituída, sem prejuízo do sentido, por a) em função da. b) apesar da. c) graças à. d) por causa da. e) em relação à.

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22) Leia o texto e responda:

O HOMEM: O SER E O FAZER

[...] Veio o Filho de Deus do céu à terra a salvar o mundo; e sempre andava

acompanhado, e seguido dos mesmos homens a quem veio salvar. Seguiam-no os apóstolos, que eram doze; seguiam-no os Discípulos, que eram setenta e dois; seguiam-no as turbas, que eram muitos milhares: e quem era aqui o que servia, ou era servido? O mesmo Senhor o disse: [...]. Eu não vim a ser servido, senão a servir. E todos estes que me seguem e me assistem, todos estes que eu vim buscar, e me buscam, eu sou o que os sirvo a eles, e não eles a mim. Era Cristo mestre, era médico, era pastor, como ele disse muitas vezes. E estes mesmos são os ofícios em que servem aos gentios e cristãos aqueles ministros do Evangelho. São mestres porque catequizam e ensinam a grandes e pequenos, e não uma, senão duas vezes no dia; e quando o mestre está na aula ou na escola, não são os discípulos os que servem ao mestre, senão o mestre aos discípulos. São médicos porque não só lhes curam as almas, senão também os corpos, fazendo-o lhes o comer e os medicamentos e aplicando-lhos por suas próprias mãos às chagas, ou às doenças, por asquerosas que sejam, e quando o médico cura os enfermos, ou cura deles, não são os enfermos os que servem o médico, senão o médico, senão aos enfermos. São pastores porque têm cuidado de dar o pasto às ovelhas e a criação aos cordeiros, vigiando sobre todo o rebanho de dia e de noite: e quando o pastor assim o faz, e nisso se desvela, não são as ovelhas as que servem ao pastor, senão o pastor às ovelhas. Mas porque isto não serve aos lobos, por isso dizem que os pastores se servem.

[...] (VIEIRA, Padre Antônio. Sermões Escolhidos. Sermão da Epifania ou do Evangelho

– VI. Org. e Coord. José Verdasca. São Paulo: Martin Claret, 2006, p. 171-172.)

O texto faz referência ao Filho de Deus cuja missão:

a) restringia-se à atividade de pastor, uma vez que, vivendo no campo,

precisava alimentar ovelhas e cordeiros. b) voltava-se apenas para a cura de enfermos que lhe pediam socorro. c) limitava-se ao ensino de crianças, de jovens e de adultos. d) resumia-se à cura das almas, catequizando os cristãos. e) direcionava-se para a salvação do mundo, exercendo, por vezes, o papel

de catequizador, de médico e de vigia dos homens.

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23) O texto a seguir servirá de base para a questão.

Pero Vaz de Caminha, referindo-se aos indígenas escreveu: “E naquilo sempre mais me convenço que são como aves ou animais

montesinhos, aos quais faz o ar melhor pena e melhor cabelo que aos mansos, porque os seus corpos são tão limpos, tão gordos e formosos, a não mais poder.” […]

“Parece-me gente de tal inocência que, se nós entendêssemos a sua fala e eles a nossa, seriam logo cristãos, visto que não têm nem entendem crença alguma, segundo as aparências. E, portanto, se os degredados que aqui hão de ficar aprenderem bem a sua fala e eles a nossa, não duvido que eles, segundo a santa tenção de Vossa Alteza, se farão cristãos e hão de crer na nossa santa fé, à qual praza a Nosso Senhor que os traga, porque certamente esta gente é boa e de bela simplicidade. E imprimir-se-á facilmente neles todo e qualquer cunho que lhes quiserem dar, uma vez que Nosso Senhor lhes deu bons corpos e bons rostos, como a homens bons. E o fato de Ele nos haver até aqui trazido, creio que não o foi sem causa. E portanto, Vossa Alteza, que tanto deseja acrescentar à santa fé católica, deve cuidar da salvação deles. E aprazerá Deus que com pouco trabalho seja assim.” […]

“Eles não lavram nem criam. Não há aqui boi ou vaca, cabra, ovelha ou galinha, ou qualquer outro animal que esteja acostumado ao convívio com o homem. E não comem senão deste inhame, de que aqui há muito, e dessas sementes e frutos que a terra e as árvores de si deitam. E com isto andam tais e tão rijos e tão nédios que o não somos nós tanto, com quanto trigo e legumes comemos.”

CASTRO, Silvio. A carta de Pero Vaz de Caminha. Porto Alegre: L&PM, 1996.

De acordo com o texto e seus conhecimentos, marque a alternativa correta:

a) Caminha, numa visão eurocentrista, exalta a cultura do “descobridor”,

menosprezando todos os aspectos referentes ao modo de vida dos nativos, por exemplo, a não exploração daqueles mamíferos placentários exóticos, citados na carta, introduzidos no Brasil quando da colonização.

b) Caminha realiza, através de farta adjetivação, descrições botânicas minuciosas acerca da flora da nova terra, destacando o tipo de alimentação do europeu — rica em vitaminas e sais minerais — em contraposição à indígena, que é rica em lipídios.

c) A religiosidade está presente ao longo do texto, quando se constata que o emissor, tendo em mente a conversão dos índios à “santa fé católica” — pretensão dos europeus conquistadores —, ressalta positivamente a existência de crenças animistas entre os nativos.

d) Na carta de Pero Vaz de Caminha, que apresenta linguagem formal, por ser o rei português o destinatário, há forte preocupação com aspectos da necessária conversão dos índios ao catolicismo, no contexto de crise religiosa na Europa.

e) Ao realizar concomitantemente a narração e a descrição dos hábitos dos nativos, o remetente destaca informações não só do habitat como dos usos e costumes indígenas, exaltando o cultivo das plantas de lavouras e dos pomares.

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24) Leia o texto:

Torno a ver-vos, ó montes; o destino Aqui me torna a pôr nestes outeiros, Onde um tempo os gabões deixei grosseiros Pelo traje da Corte, rico e fino.

Aqui estou entre Almendro, entre Corino, Os meus fiéis, meus doces companheiros, Vendo correr os míseros vaqueiros Atrás de seu cansado desatino.

Se o bem desta choupana pode tanto, Que chega a ter mais preço, e mais valia Que, da Cidade, o lisonjeiro encanto,

Aqui descanse a louca fantasia, E o que até agora se tornava em pranto Se converta em afetos de alegria.

(Cláudio Manoel da Costa. In: Domício Proença Filho. A poesia dos inconfidentes. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002, p. 78-9.)

Considerando o soneto de Cláudio Manoel da Costa e os elementos constitutivos do Arcadismo brasileiro, assinale a opção correta acerca da relação entre o poema e o momento histórico de sua produção.

a) Os “montes” e “outeiros”, mencionados na primeira estrofe, são imagens

relacionadas à Metrópole, ou seja, ao lugar onde o poeta se vestiu com traje “rico e fino”.

b) A oposição entre a Colônia e a Metrópole, como núcleo do poema, revela uma contradição vivenciada pelo poeta, dividido entre a civilidade do mundo urbano da Metrópole e a rusticidade da terra da Colônia.

c) O bucolismo presente nas imagens do poema é elemento estético do Arcadismo que evidencia a preocupação do poeta árcade em realizar uma representação literária realista da vida nacional.

d) A relação de vantagem da “choupana” sobre a “Cidade”, na terceira estrofe, é formulação literária que reproduz a condição histórica paradoxalmente vantajosa da Colônia sobre a Metrópole.

e) A realidade de atraso social, político e econômico do Brasil Colônia está representada esteticamente no poema pela referência, na última estrofe, à transformação do pranto em alegria.

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25) Leia o seguinte trecho da Carta de Pero Vaz de Caminha:

Essa terra, Senhor, me parece que da ponta que mais contra o norte vem, que nós deste ponto temos vistas, será tamanha que haverá nela bem vinte ou vinte e cinco léguas de costa. Tem, ao longo do mar, em algumas partes, grandes barreiras, umas vermelhas, e outras brancas; e a terra por cima é toda chã e muito cheia de grandes arvoredos. De ponta a ponta é tudo praia redonda, muito chã e muito formosa.

Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande, porque a estender os olhos, não podíamos ver senão terra e arvoredos – terra que nos parecia muito extensa.

Até agora não podemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal, ou ferro; nem o vimos.

Contudo, a terra em si é de muitos bons ares, frescos e temperados como os de Entre Douro e Minho, porque neste tempo de agora os achávamos como de lá.

As águas são muitas; infinitas. Em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa das águas que tem!

Porém, o melhor fruto que dela se pode tirar parece-me que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza nela deve lançar.

(CAMINHA, Pero Vaz de. A carta de Pero Vaz de Caminha a El-Rei D. Manuel sobre o achamento do Brasil. São Paulo: Martim Claret, 2002, p. 118.)

Leia, agora, as seguintes afirmativas:

I. O descobridor português entra em contato com um mundo novo e diferente.

Esse novo mundo aparece aos seus olhos como um paraíso, rico de cores, árvores, recursos hídricos e fertilidade.

II. O escritor revela a sua repugnância diante do caráter animalesco e rude da gente que habitava a terra recém-descoberta.

III. Pero Vaz de Caminha manifesta uma forte religiosidade, identificada no texto pela possibilidade de conversão dos primitivos habitantes à fé cristã.

IV. O escritor demonstra que a conquista da nova terra estava baseada no desejo econômico de encontrar metais preciosos.

É CORRETO o que se afirma em:

a) I e II, apenas. b) I, III e IV, apenas. c) II, III e IV, apenas. d) III e IV, apenas. e) I, II, III e IV.

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26) Textos para a questão:

Texto I

“É a vaidade, Fábio, nesta vida, Rosa, que da manhã lisonjeada, Púrpuras mil, com ambição dourada, Airosa rompe, arrasta presumida.”

Texto II

“Depois que nos ferir a mão da morte, ou seja neste monte, ou noutra serra, nossos corpos terão, terão a sorte de consumir os dous a mesma terra.”

O texto I é barroco; o texto II é arcádico. Comparando-os, é possível afirmar que os árcades optaram por uma expressão:

a) impessoal e, portanto, diferenciada do sentimentalismo barroco, em que o

mundo exterior era projeção do caos interior do poeta. b) despojada das ousadias sintáticas da estética anterior, com predomínio da

ordem direta e de vocábulos de uso corrente. c) que aprofunda o naturalismo da expressão barroca, fazendo que o poeta

assuma posição eminentemente impessoal. d) em que predominam, diferentemente do Barroco, a antítese, a hipérbole, a

conotação poderosa. e) em que a quantidade de metáforas e de torneios de linguagem supera a

tendência denotativa do Barroco. 27) Leia os seguintes fragmentos.

Texto I

Viu, um deles, umas contas de rosário, brancas, e acenou que lhas dessem; folgou muito com elas e lançou-as ao pescoço; depois tirou-as e enrolou-as no braço e acenava para a terra e então para as contas e para o colar do Capitão, como [a dizer] que dariam ouro por aquilo. Isso entendíamos nós, por assim desejarmos; mas se ele queria dizer que levaria as contas e mais o colar , isto não queríamos nós, por assim desejarmos, mas se ele queria dizer que levaria as contas e mais o colar isto não queríamos nós entender porque não havíamos de dar.

Extraído de : Pero Vaz de Caminha, Carta ao Rei D.Manuel, século XVI.

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Texto II

Velas baixaram. E desembarcaram. - Terra, como é teu nome? Cortaram pau. Saiu sangue. - Isso é Brasil! No outro dia O sol do lado de fora assistiu missa. Terra em que Deus anda de pé no chão! Outros chegaram depois. Outros. Mais outros. - Queremos ouro! A floresta não respondeu. Então Eles marcharam por uma geografia-do-sem-Ihe-achar-fim. Rios enigmáticos apontavam o Oeste. A água obediente conduziu o homem. Começou daí um Brasil sem-história-certa. A terra acordou-se com o alarido de caça De animais e de homens. Mato-grande foi cúmplice de novas plantações de sangue.

Extraído de: Raul Bopp, História, parte de Poemas brasileiros,

Sobre os fragmentos, pode-se considerar que

a) o eu-lírico do poema de Bopp denuncia a forma violenta como se deu a

colonização no Brasil, o que pode ser evidenciado nas duas ocorrências da palavra”sangue”.

b) o fragmento da carta de caminha expõe a intenção dos portugueses de trocar colares por metais preciosos existentes na nova terra.

c) o texto de Bopp, ao referir que começou “um Brasil sem-história-certa”, exemplifica a perspectiva romântica de releitura crítica do passado nacional.

d) ambos os fragmentos, embora pertencentes a épocas distintas, reafirmam a supremacia do interesse religioso da conquista ao referirem, respectivamente, “contas do rosário” e “missa”.

e) os autores dos textos, correspondem a uma mesma época literária, mas distanciam-se rigorosamente no aspecto temático.

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28) Leia: “Alguém há de cuidar que é frase inchada Daquela que lá se usa entre essa gente Que julga, que diz muito, e não diz nada.

O nosso humilde gênio não consente, Que outra coisa se diga mais, que aquilo, Que só convém ao espírito inocente.”

A frase pastoril, o fraco estilo. Da flauta, e da sanfona, antes que tudo, Será digno, que Albano chegue a ouvi-lo.

Se Alcino lá tem feito o seu estudo Nesses versos, que traz nós cá cantemos, Ao nosso modo; inda que seja rudo.

(Fragmentos – Cláudio Manuel da Costa)

Os versos de Cláudio Manuel da Costa lembram o fato de que:

a) a expressão exata, contida, que busca os limites do essencial, é traço da

literatura colonial brasileira e dos primeiros movimentos estéticos pós-Independência.

b) o Barroco se esforçou por alcançar uma expressão rigorosa e comedida, a fim de espelhar os grandes conflitos do homem.

c) o Arcadismo, buscando simplicidade, se opôs à expressão intrincada a aos excessos do cultismo do Barroco.

d) o Romantismo, embora tenha refugado os rigores do formalismo neo-clássico, tomou por base o sentimentalismo originário desse movimento estético.

e) o Romantismo negou os rigores da expressão clássica e lusitana, mas incorporou a tradição literária da poesia colonial.

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29) Em carta ao rei D. Manuel, Pero Vaz de Caminha narrou os primeiros contatos entre os indígenas e os portugueses no Brasil: "Quando eles vieram, o capitão estava com um colar de ouro muito grande ao pescoço. Um deles fitou o colar do Capitão, e começou a fazer acenos com a mão em direção à terra, e depois para o colar, como se quisesse dizer-nos que havia ouro na terra. Outro viu umas contas de rosário, brancas, e acenava para a terra e novamente para as contas e para o colar do Capitão, como se dissesse que dariam ouro por aquilo. Isto nós tomávamos nesse sentido, por assim o desejarmos! Mas se ele queria dizer que levaria as contas e o colar, isto nós não queríamos entender, porque não havíamos de dar-lhe!"

(Adaptado de Leonardo Arroyo, A carta de Pero Vaz de Caminha. São Paulo: Melhoramentos; Rio de Janeiro: INL, 1971, p. 72-74.)

Esse trecho da carta de Caminha nos permite concluir que o contato entre as culturas indígena e europeia foi

a) favorecido pelo interesse que ambas as partes demonstravam em realizar

transações comerciais: os indígenas se integrariam ao sistema de colonização, abastecendo as feitorias, voltadas ao comércio do pau-brasil, e se miscigenando com os colonizadores.

b) guiado pelo interesse dos descobridores em explorar a nova terra, principalmente por meio da extração de riquezas, interesse que se colocava acima da compreensão da cultura dos indígenas, que seria quase dizimada junto com essa população.

c) facilitado pela docilidade dos indígenas, que se associaram aos descobridores na exploração da nova terra, viabilizando um sistema colonial cuja base era a escravização dos povos nativos, o que levaria à destruição da sua cultura.

d) marcado pela necessidade dos colonizadores de obterem matéria-prima para suas indústrias e ampliarem o mercado consumidor para sua produção industrial, o que levou à busca por colônias e à integração cultural das populações nativas.

e) A carta de Pero Vaz de Caminha apresenta uma visão natural e comum dos indígenas aos europeus, fazendo com que os portugueses em nada estranhassem seus hábitos.

30) Leia a estrofe de Tomás Antônio Gonzaga e faça o que se pede:

Os teus olhos espalham a luz divina, A quem a luz do sol em vão se atreve; Papoila ou rosa delicada e fina Te cobre as faces, que são cor da neve. Os teus cabelos são uns fios de ouro; Teu lindo corpo bálsamo vapora. Ah! não, não fez o Céu, gentil Pastora, Para glória de amor igual Tesouro.

(TAG, MD, Parte I, Lira I)

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Sobre a personagem central feminina, podemos afirmar que: a) Marília é mostrada, ao mesmo tempo, como pessoa e como encarnação do

Amor, como categoria absoluta. b) Apesar da beleza deslumbrante da amada, não se verifica, na construção

dessa personagem, qualquer idealização clássica da mulher. c) O poeta dirige-se a Marília unicamente como sua noiva e futura esposa. d) A beleza luxuriante de Marília contrasta com o ideal de serena fruição dos

prazeres sadios da vida. e) Marília, pela sua intensa sensualidade, representa o ideal de amante e não

o de noiva ou esposa. 31) Até agora não pudemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal

ou ferro; nem lhe vimos. Contudo a terra em si é de muito bons ares frascos e temperados como os de Entre-Douro e Minho, porque neste tempo dagora assim os achávamos como os de lá. (As) águas são muitas: infinitas. Em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa das águas que tem! Contudo, o melhor fruto que dela se pode tirar parace-me que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que vossa Alteza em ela deve lançar. E que não houvesse mais do que Ter Vossa Alteza aqui nesta pousada para navegação de Calicute (isso) bastava. Quanto mais, disposição para se nela cumprir e fazer o que Vossa Alteza tanto deseja, a saber, acrescentamento da nossa fé! ”

Carta de Pero Vaz de Caminha ao rei de Portugal em 1º/ 05/ 1500

Seguindo a evidente preocupação de descrever ao Rei de Portugal tudo o que fora observado durante a curta estadia na terra denominada de Vera Cruz, o escrivão da frota cabralina menciona, na citada carta, possibilidades oferecidas pela terra recém – conhecida aos portugueses.

Dentre essas possibilidades estão:

a) a extração de metais e pedras preciosas no interior do território, área não

explorada então pelos portugueses. b) a pesca e a caça pela quantidade das águas e terras onde aportaram os

navios portugueses. c) a extração do pau-brasil e a pecuária, de grande valor econômico naquela

virada de século. d) a conversão dos indígenas ao catolicismo e a utilização da nova terra como

escala nas viagens ao Oriente. e) a conquista da Calicute a partir das terras brasileiras a cura de doenças

pelos bons ares aqui encontrados.

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32) Leia o trecho a seguir.

Por isto são maus ouvintes os de entendimentos agudos. Mas os de vontades endurecidas ainda são piores, porque um entendimento agudo pode-se ferir pelos mesmos fios e vencer-se uma agudeza com outra maior; mas contra vontades endurecidas nenhuma coisa aproveita a agudeza, antes dana mais, porque quando as setas são mais agudas, tanto mais facilmente se despontam na pedra. Oh! Deus nos livre de vontades endurecidas, que ainda são piores que as pedras.

(Sermão da Sexagésima, de Pe. Antônio Vieira.)

Pelo trecho reproduzido, pode-se concluir que o Sermão da Sexagésima trata da

a) problemática da pregação religiosa, considerando as figuras dos

pregadores e dos fiéis. b) necessidade do engajamento dos fiéis nas batalhas contra os holandeses. c) perseguição sofrida pelo pregador em função do apoio que emprestava a

índios e negros. d) exortação que o pregador fazia em favor de seu projeto de criar a

Campanha das Índias Ocidentais. e) condenação aos governantes locais que desobedeciam aos princípios do

mercantilismo seiscentista. 33) Leia o poema abaixo para responder à questão.

Anjo no nome, Angélica na cara, Isso é ser flor, e Anjo juntamente, Ser Angélica flor, e anjo florente, Em quem, se não em vós se uniformara?

Quem veria uma flor, que a não cortara De verde pé, de rama florescente? E quem um anjo vira tão luzente, Que por seu Deus, o não idolatrara?

Se como anjo sois dos meus altares, Fôreis o meu custódio, e minha guarda, Livrara eu de diabólicos azares,

Mas vejo, que tão bela, e tão galharda, Posto que os anjos nunca dão pesares, Sois anjo, que me tenta, e não me guarde

Gregório de Matos

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No poema acima, o jogo de palavras:

a) é recurso de que se serve o poeta para satirizar os desmandos dos governantes de seu tempo;

b) retrata o conflito vivido pelo homem barroco, dividido entre o senso do pecado e o desejo de perdão;

c) expressa a consciência de que o poeta tem do efêmero da existência e o horror pela morte;

d) revela a busca da unidade, por um espírito dividido entre o idealismo e o apelo dos sentidos;

e) permite a manifestação do erotismo do homem, provocado pela crença na efemeridade dos predicados físicos da natureza humana.

34) Leia o poema abaixo.

Que és terra Homem, e em terra hás de tornar-te, Te lembra hoje Deus por sua Igreja, De pó te faz espelho, em que se veja A vil matéria, de que quis formar-te.

Lembra-te Deus, que és pó para humilhar-te, E como o teu baixel sempre fraqueja Nos mares da vaidade, onde peleja, Te põe à vista a terra, onde salvar-te.

Alerta, alerta pois, que o vento berra, E se assopra a vaidade, e incha o pano, Na proa a terra tens, amaina, e ferra.

Todo o lenho mortal, baixel humano Se busca a salvação, tome hoje terra, Que a terra de hoje é porto soberano.

Gregório de Matos Guerra

Conforme sugere o excerto acima, o poeta barroco não raro expressa:

a) medo de ser infeliz; uma imensa angústia em face da vida, a que não

consegue dar sentido; a desilusão diante da falência de valores terrenos e divinos.

b) a consciência de que o mundo terreno é efêmero e vão; o sentimento de nulidade diante do poder divino.

c) a percepção de que não há saídas para o homem; a certeza de que o aguardam o inferno e a desgraça espiritual.

d) a necessidade de ser piedoso e caritativo, paralela à vontade de fruir até as últimas consequências o lado material da vida.

e) a revolta contra os aspectos fatais que os deuses imprimem a seu destino e à vida na terra.

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35) Leia o texto:

“Goza, goza da flor da mocidade, que o tempo trota a toda ligeireza, e imprime em toda flor sua pisada.

Ó não aguardes que a madura idade te converta essa flor, essa beleza, em terra, em cinza, em pó, em sombra, em nada.”

(Gregório de Matos)

Os tercetos acima ilustram:

a) caráter de jogo verbal próprio da poesia lírica do séc. XVI, sustentando uma

crítica à preocupação feminina com a beleza. b) jogo metafórico do Barroco, a respeito da fugacidade da vida, exaltando

gozo do momento. c) estilo pedagógico da poesia neoclássica, ratificando as reflexões do poeta

sobre as mulheres maduras. d) as características de um romântico, porque fala de flores, terra, sombras. e) uma poesia que fala de uma existência mais materialista do que espiritual,

própria da visão de mundo nostálgico-cultista. 36) Leia os textos:

Texto 1

Eu quero uma casa no campo do tamanho ideal pau-a-pique e sapê Onde eu possa plantar meus amigos meus discos meus livros e nada mais

(Zé Rodrix e Tavito)

Texto 2

Se o bem desta choupana pode tanto, Que chega a ter mais preço, e mais valia, Que da cidade o lisonjeiro encanto; Aqui descanse a louca fantasia; E o que té agora se tornava em pranto, Se converta em afetos de alegria.

(Cláudio Manuel da Costa)

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Embora muito distantes entre si na linha do tempo, os textos aproximam-se, pois o ideal que defendem é

a) o uso da emoção em detrimento da razão, pois esta retira do homem seus

melhores sentimentos. b) o desejo de enriquecer no campo, aproveitando as riquezas naturais. c) a dedicação à produção poética junto à natureza, fonte de inspiração dos

poetas. d) o aproveitamento do dia presente - o carpe diem, pois o tempo passa

rapidamente. e) o sonho de uma vida mais simples e natural, distante dos centros urbanos.

37) Atente-se para o texto abaixo. Ornemos nossas testas com as flores, e façamos de feno um brando leito; prendamo-nos, Marília, em laço estreito, gozemos do prazer de sãos amores (...) (...) aproveite-se o tempo, antes que faça o estrago de roubar ao corpo as forças e ao semblante a graça.

Tomás Antônio Gonzaga

Nos versos acima,

a) o eu-lírico, ao lamentar as transformações notadas em seu corpo e alma pela passagem do tempo, revela-se amoroso homem de meia-idade.

b) que retomam tema e estrutura de uma “canção de amigo”, está expresso o estado de alma de quem sente a ausência do ser amado.

c) nomeia-se diretamente a figura ironizada pelo eu-lírico, a mulher a quem se poderiam fazer convites amorosos mais ousados.

d) em que se notam diálogo e estrutura paralelística, o ponto de vista dominante é o do amante que vê seus sentimentos antagônicos refletidos na natureza.

e) a natureza é o espaço onde o amado se sente à vontade para expressar diretamente à amada suas inclinações sensuais.

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38) No Romanceiro da Inconfidência, Cecília Meireles recria poeticamente os acontecimentos históricos de Minas Gerais, ocorridos no final do século XVIII. Nesta mesma época, circulavam, em Vila Rica, as Cartas Chilenas, atribuídas a Tomás Antônio Gonzaga. O fragmento a seguir foi extraído da Carta 2 em que Critilo (Gonzaga), dirigindo-se ao seu amigo Doroteu (Cláudio Manuel da Costa), narra o comportamento do Fanfarrão Minésio (Luís da Cunha Meneses, governador de Minas).

Aquele, Doroteu, que não é Santo Mas quer fingir-se Santo aos outros homens, Pratica muito mais, do que pratica, Quem segue os sãos caminhos da verdade. Mal se põe nas Igrejas, de joelhos, Abre os braços em cruz, a terra beija, Entorta o seu pescoço, fecha os olhos, Faz que chora, suspira, fere o peito; E executa outras muitas macaquices, Estando em parte, onde o mundo as veja.

Projeto Medicina – www.projetomedicina.com.br (GONZAGA, Tomás Antônio. Cartas Chilenas. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 68-69).

Considerando as informações apresentadas e esse fragmento poético, é CORRETO afirmar:

a) O autor descreve as atitudes do governador de Minas sem fazer uso de um

tom irônico. b) O autor critica algumas atitudes do governador de Minas, julgando-as

dissimuladas. c) O autor descreve, com humor, o comportamento do governador de Minas,

sem apresentar um posicionamento crítico. d) O tom satírico, presente nas Cartas Chilenas, não é observado nesse

fragmento, pois, aqui, há apenas a descrição das práticas religiosas do Fanfarrão Minésio.

e) O autor chama a atenção para o fato de que o governador de Minas age com fervor, longe dos olhos dos fiéis.

3ª Série – 2016

28 GABARITO 2 SISTEMA EQUIPE DE ENSINO

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39) Leia: Oh! ter vinte anos sem gozar de leve A ventura de uma alma de donzela! E sem na vida ter sentido nunca Na suave atração de um róseo corpo Meus olhos turvos se fechar de gozo! Oh! nos meus sonhos, pelas noites minhas Passam tantas visões sobre meu peito! Palor de febre meu semblante cobre, Bate meu coração com tanto fogo! Um doce nome os lábios meus suspiram, Um nome de mulher... e vejo lânguida No véu suave de amorosas sombras Seminua, abatida, a mão no seio, Perfumada visão romper a nuvem, Sentar-se junto a mim, nas minhas pálpebras O alento fresco e leve como a vida Passar delicioso... Que delírios! Acordo palpitante... inda a procuro; Embalde a chamo, embalde as minhas lágrimas Banham meus olhos, e suspiro e gemo... Imploro uma ilusão... tudo é silêncio! Só o leito deserto, a sala muda! Amorosa visão, mulher dos sonhos, Eu sou tão infeliz, eu sofro tanto! Nunca virás iluminar meu peito Com um raio de luz desses teus olhos?

Os versos acima integram a obra Lira dos Vinte Anos, de Álvares de Azevedo. Da leitura deles podemos depreender que o poema:

a) ilustra a dificuldade de conciliar a ideia de amor com a de posse física. b) manisfesta o desejo de amar e a realização amorosa se dá concretamente

em imagens de sonho. c) concilia sonho e realidade e ambos se alimentam da presença sensual da

mulher amada. d) espiritualiza a mulher e a apresenta em recatado pudor sob “véu suave de

amorosas sombras”. e) revela sentimento de frustração provocado pelo medo de amar e pela

recusa doentia e deliberada à entrega amorosa.

3ª Série – 2016

SISTEMA EQUIPE DE ENSINO GABARITO 2 29

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40) Leia:

“É bela a noite, quando grave estende Sobre a terra dormente o negro manto De brilhantes estrelas recamado; Mas nessa escuridão, nesse silêncio Que ele consigo traz, há um quê de horrível Que espanta e desespera e geme n'alma; Um quê de triste que nos lembra a morte!”

Gonçalves Dias

Os versos acima:

a) ilustram a característica romântica da projeção do estado de espírito do

poeta nos elementos da natureza. b) exemplificam a característica romântica do pessimismo, mal-do-século, que

vê na natureza algo nefando, capaz de matar o poeta. c) exploram a característica romântica do sentimentalismo amoroso, que vê

em tudo a tragédia do amor não correspondido. d) apontam a característica romântica do nacionalismo, que valoriza a

paisagem de nossa terra. e) apresentam a característica romântica do descritivismo, capaz de

valorização exagerada da natureza.

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Texto para as questões 41 e 42

UMBERTO ECO 5 January 1932 – 19 February 2016

He was an Italian novelist, essayist, literary critic, philosopher, and semiotician. He is best known for his groundbreaking 1980 historical mystery novel Il nome della rosa (The Name of the Rose), an intellectual mystery

combining semiotics in fiction, biblical analysis, medieval studies and literary theory. He later wrote other novels, including Il pendolo di Foucault (Foucault's Pendulum) and L'isola del giorno prima (The Island of the Day Before). His novel Il cimitero di Praga (The Prague Cemetery), released in 2010, was a best-seller.

Eco also wrote academic texts, children's books and essays. He was founder of the Dipartimento di Comunicazione (Department of Media Studies) at the University of the Republic of San Marino, President of the Scuola Superiore di Studi Umanistici (Graduate School for the Study of the Humanities), University of Bologna, member of the Accademia dei Lincei and an Honorary Fellow ofKellogg College, Oxford. 41) Provavelmente o único contato direto que a maioria das pessoas tenham tido

com uma obra (e filme) do recém falecido escritor italiano seja “O Nome da Rosa”. A ideia principal abordada pelo texto é apresentar a) as principais obras de Eco. b) uma pequena biografia sobre um intelectual italiano. c) uma breve homenagem ao Umberto Eco. d) sua forte participação em tramas para o cinema. e) sua importância em seu país natal.

42) O pronome relativo que se encaixa nesta fase é “The Prague Cemetery”, ____ is a Eco’s novel, was a best seller in 2010.

a) that b) which c) whose d) where e) who

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Texto para as questões 43 e 44

Tokyo Film Festival: Brazilian Drama 'Nise' Wins Grand Prix

by Patrick Brzeski

The Tokyo International Film Festival wrapped up its 28th edition in the Japanese capital Saturday evening, awarding the Grand Prix to Brazilian director Roberto Berliner's stirring social drama Nise — The Heart of Madness.

Nise tells the true story of Dr. Nise da Silveira, a female psychiatrist who

overcame the prejudices of the 1940s Brazilian medical system to reform mental healthcare in the country. Gloria Pires received the best actress award for her performance as the film's heroine. Singer noted that he had once worked as a bus driver for mentally challenged children, so he was especially happy to pay tribute to the "masterful" film.

Nise made its international premiere in Tokyo, having bowed earlier in October at the Rio de Janeiro Film Festival, where it won the audience award.

43) Sobre o drama social, “Nise, o Coração da Loucura”, sabe-se que a) uma médica enfrenta desafios rotineiros em um centro psiquiátrico. b) uma psiquiatra luta contra o sistema médico da época usado no tratamento

de doentes mentais. c) relata os preconceitos sofridos por uma médica na década de 40. d) aconteceram importantes reformas no sistema de saúde da época por

acreditarem que os métodos estavam ultrapassados. e) uma psiquiatra lutou por melhores tratamentos destinados a um demente.

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32 GABARITO 2 SISTEMA EQUIPE DE ENSINO

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44) “Glória Pires received the best actress award...” Marque a alternativa em que o adjetivo usado deu sentido oposto ao apresentado no fragmento acima. a) “Glória Pires received bad actress award...” b) “Glória Pires received worse than actress award...” c) “Glória Pires received the most beautiful actress award...” d) “Glória Pires received the better actress award...” e) “Glória Pires received the worst actress award...”

45) O único pronome que poderia substituir o “me” neste texto seria o

a) him b) she c) mine d) your e) hers

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MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS – Questões de 46 a 90

46) Na figura seguinte, 𝑂𝑀̅̅ ̅̅ ̅ é bissetriz do ângulo 𝐴�̂�𝐵. Nessas condições, a expressão x + y vale, em graus,

a) 40º b) 60º c) 50º d) 70º e) 80º

47) Na figura a seguir, temos as retas r e s, paralelas entre si, e os ângulos assinalados, em graus. Nessas condições, 𝛼 + 𝛽 é igual a

a) 50º b) 70º c) 100º d) 110º e) 130º

48) As retas r e s são paralelas. Então, o valor da expressão 3𝛼 + 𝛽 é igual a

a) 225º b) 195º c) 215º d) 175º e) 185º

A

2y

M

O C

B

y – 10º

x + 30º

𝛼

𝛽

30º

70º

r

s

r

s

15º

120º 𝛽

𝛼

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34 GABARITO 2 SISTEMA EQUIPE DE ENSINO

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49) Qual é o polígono regular cuja a soma das medidas de todos os seus ângulos internos é igual ao triplo da soma das medidas de todos os seus ângulos externos?

a) Octógono. b) Enágono. c) Decágono. d) Undecágono. e) Dodecágono.

50) A professora desenhou um triângulo, como o que se apresenta a seguir. Em seguida, fez a seguinte pergunta: ─ “Se eu ampliar esse triângulo três vezes, como ficarão as medidas de seus lados e de seus ângulos?”

Alguns alunos responderam:

Fernando: –– “Os lados terão 3 cm a mais cada um. Já os ângulos serão os mesmos.” Gisele: –– “Os lados e ângulos terão suas medidas multiplicadas por 3.” Marina: –– “A medida dos lados eu multiplico por 3 e a medida dos ângulos eu mantenho as mesmas.” Roberto: –– “A medida da base será a mesma (5 cm), os outros lados eu multiplico por 3 e mantenho a medida dos ângulos.”

Qual dos alunos acertou a pergunta da professora?

a) Fernando b) Gisele c) Marina d) Roberto e) Fernando e Giseli

8 cm 8 cm

5 cm

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SISTEMA EQUIPE DE ENSINO GABARITO 2 35

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51) A medida x do ângulo assinalado é:

a) 90º b) 85º c) 80º d) 75º e) 70º

52) O polígono regular convexo em que o número de lados é igual ao número de

diagonais é o:

a) dodecágono b) pentágono c) decágono d) hexágono e) heptágono

53) Quatro ângulos internos de um polígono convexo medem 150º cada, e os demais ângulos internos medem 100º cada um. O número de diagonais desse polígono é:

a) 27 b) 35 c) 9 d) 14 e) 65

54) A sombra de uma pessoa que tem 1,80 m de altura mede 60 cm. No momento, a seu lado, a sombra projetada de um poste mede 2 m. Se, mais tarde, a sombra do poste diminuir 50 cm, a sombra da pessoa passará a medir:

a) 30 cm b) 45 cm c) 50 cm d) 80 cm e) 90 cm

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36 GABARITO 2 SISTEMA EQUIPE DE ENSINO

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55) Observe a figura a seguir:

Se nos triângulos retângulos da figura, AB = 1, BC = 2, AD = 3, então:

a) AB + CD < AC b) AB + BC = AC c) AB + BC < CD d) CD = BC e) CD + BC < AB + AD

56) O triângulo da figura a seguir é isósceles, de base 𝐵𝐶̅̅ ̅̅ .

Então a medida do segmento 𝐴𝐵̅̅ ̅̅ vale:

a) 24 b) 43 c) 53 d) 60 e) 65

A

B C

D 3

1

2

A

C

B

x + 29

2x + 5

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SISTEMA EQUIPE DE ENSINO GABARITO 2 37

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57) Um terreno tem forma de triângulo escaleno. Nele se deseja construir uma praça de forma circular, de modo a haver máximo aproveitamento do terreno, ou seja, a praça deve tangenciar todos os lados do triângulo. Com base nessas informações, podemos afirmar que o centro dessa praça deve ser o ponto de encontro das:

a) bissetrizes dos ângulos internos do triângulo b) medianas do triângulo c) mediatrizes dos lados do triângulo d) alturas do triângulo e) bissetrizes dos ângulos externos do triângulo

58) Na construção civil, é muito comum a utilização de ladrilhos ou azulejos com a forma de polígonos para o revestimento de pisos ou paredes. Entretanto não são todas as combinações de polígonos que se prestam a pavimentar uma superfície plana, sem que haja falhas ou superposições de ladrilhos, como ilustram as figuras:

A tabela traz uma relação de alguns polígonos retangulares, com as respectivas medidas de seus ângulos internos.

Se um arquiteto deseja utilizar uma combinação de dois tipos diferentes de ladrilhos entre os polígonos da tabela, sendo um deles octogonal, o outro tipo escolhido deverá ter a forma de um:

a) triângulo b) quadrado c) pentágono d) hexágono e) eneágono

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38 GABARITO 2 SISTEMA EQUIPE DE ENSINO

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59) Na figura a seguir, as retas a, b e c são paralelas.

Podemos afirmar, corretamente, que:

a) x – y = 30 b) y – x = 30 c) x + y = 52 d) y = 5x e) x = 4y

60) No intervalo [0; 2𝜋], o número de soluções distintas da equação 𝑠𝑒𝑛2(𝑥) =1+𝑐𝑜𝑠(𝑥)

2 é:

a) 0 b) 1 c) 2 d) 3 e) 4

61) O valor da expressão (1

𝑡𝑔(𝑥))

2−

1

1−𝑐𝑜𝑠2(𝑥)+ 1 é de:

a) 𝑠𝑒𝑛2(𝑥)

b) 𝑐𝑜𝑠2(𝑥)

c) 0 d) 1

e) 1

𝑐𝑜𝑠(𝑥)

a

b

c

x 2 9

24 8 y

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SISTEMA EQUIPE DE ENSINO GABARITO 2 39

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62) Se x é um número real, então o menor valor da expressão 2

2−𝑠𝑒𝑛(𝑥) é:

a) – 1 b) – 2/3 c) 2/3 d) 1 e) 2

63) Dois homens – H1 e H2 –, com 2 m e 1,5 m de altura, respectivamente, estão em pé numa calçada, em lados opostos de um poste de 5 m de comprimento, iluminados por uma lâmpada desse poste, como mostra a figura.

A distância entre os dois homens, em metros, é igual a:

a) 5√3 + 10 b) 14

c) 3√3 + 7

d) 8√3 − 3

e) 6√3

64) Do alto de sua casa, uma pessoa avista o topo de um edifício sob um ângulo 𝛼.

Sabendo-se que a distância entre a casa e o edifício é AB = 8,4 m, que

𝑠𝑒𝑛(𝛼) =4

5 e que a altura dessa casa é AM = 4,8 m, pode-se estimar que a

medida da altura 𝐵𝑁̅̅ ̅̅ do edifício, em metros, é:

a) 12 b) 16 c) 20 d) 24 e) 30

3ª Série – 2016

40 GABARITO 2 SISTEMA EQUIPE DE ENSINO

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65) Os valores de x e y na figura a seguir são, respectivamente:

a) 3√3

2 𝑒 3

b) 3√3 𝑒 3

c) 3 𝑒 3√3

2

d) 6√3 𝑒 3

e) 3√2 𝑒 3

66) Em uma roda-gigante, as 12 cadeirinhas estão uniformemente espaçadas na circunferência de 20 m de raio. Considere o solo como origem (altura = 0,00 m) e observe que as cadeirinhas são identificadas pelas letras do alfabeto.

Em que altura estará a cadeirinha A, quando estiver no solo (ponto de acesso ao brinquedo) a cadeirinha k? a) 20 m

b) 10√3 𝑚 c) 10 m d) 30 m

e) (20 + 10√3)𝑚

6

3ª Série – 2016

SISTEMA EQUIPE DE ENSINO GABARITO 2 41

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67) Um barco está preso por uma corda (𝐴𝐶̅̅ ̅̅ ) ao cais, por meio de um mastro (𝐴𝐵̅̅ ̅̅ ) de comprimento 3 m, como mostra a figura.

A distância, em m, da proa do barco até o cais 𝐵𝐶̅̅ ̅̅ é igual a:

a) 3√2+√6

2

b) 3√2+√6

4

c) √2+√6

2

d) √2+√6

4

e) √6

68) Uma bola foi chutada do ponto M, subiu a rampa e foi até o ponto N, conforme a figura a seguir.

A distância entre M e N é aproximadamente:

a) 4,2 m b) 4,5 m c) 5,9 m d) 6,5 m e) 8,5 m

75º

135º

3ª Série – 2016

42 GABARITO 2 SISTEMA EQUIPE DE ENSINO

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69) Uma rampa lisa de 20 m de comprimento faz 30º com o plano horizontal. Uma pessoa que sobe essa rampa inteira eleva-se verticalmente:

a) 17 m b) 10 m c) 15 m d) 5 m e) 8 m

70) Qual é o valor de x na figura seguinte?

a) √2

3

b) 5√3

3

c) 10√3

3

d) 15√3

4

e) 20√3

3

71) Uma mercadoria que custava R$180,00 teve, em dois meses consecutivos, aumentos de 20% e, no terceiro mês, uma redução de preço de 50%. Ao final do trimestre, a mercadoria estava custando:

a) R$ 162,00 b) R$ 169,60 c) R$ 129,60 d) R$ 124,40 e) R$ 160,20

3ª Série – 2016

SISTEMA EQUIPE DE ENSINO GABARITO 2 43

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72) Um país possui um milhão de eleitores, divididos igualmente entre doze estados. A tabela a seguir mostra o resultado final da votação para a escolha do novo presidente, quando todos os eleitores votaram.

Candidato Percentual de eleitores

X 52%

Y 25%

Z 20%

Votos brancos e nulos 3%

Analisando o percentual de votos recebidos pelo candidato X na eleição, é CORRETO afirmar que:

a) Os votos recebidos por ele foram dados em pelo menos seis estados

diferentes. b) Ele foi necessariamente o mais votado em todos os estados do país. c) Ele necessariamente recebeu votos em todos os estados do país. d) É possível que ele não tenha sido o primeiro colocado em nenhum dos doze

estados. e) É possível que ele não tenha recebido votos em cinco estados diferentes.

73) Uma empresa possui um sistema de controle de qualidade que classifica o seu desempenho financeiro anual, tendo como base o do ano anterior. Os conceitos são: insuficiente, quando o crescimento é menor que 1%; regular, quando o crescimento é maior ou igual a 1% e menor que 5%; bom, quando o crescimento é maior ou igual a 5% e menor que 10%; ótimo, quando é maior ou igual a 10% e menor que 20%; e excelente, quando é maior ou igual a 20%. Essa empresa apresentou lucro de R$132000,00 em 2008 e de R$145000,00 em 2009.De acordo com esse sistema de qualidade, o desempenho financeiro dessa empresa no ano de 2009 deve ser considerado:

a) Insuficiente b) Regular c) Bom d) Ótimo e) Excelente

3ª Série – 2016

44 GABARITO 2 SISTEMA EQUIPE DE ENSINO

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74) Num supermercado, são vendidas duas marcas de sabão em pó, Limpinho, a mais barata, e Cheiroso, 30% mais cara do que a primeira. Dona Nina tem em sua carteira uma quantia que é suficiente para comprar 10 caixas de 1 kg do sabão Limpinho, mas não pode comprar as mesmas 10 caixas de 1 kg do sabão Cheiroso. Seja M o maior número de caixas de 1 kg do sabão Cheiroso que dona Nina pode comprar com a quantia que tem em sua carteira. Nessas condições, M vale, no mínimo:

a) 9 b) 8 c) 7 d) 6 e) 5

75) Um professor dividiu a lousa da sala de aula em quatro partes iguais. Em seguida, preencheu 75% dela com conceitos e explicações, conforme a figura seguinte:

Algum tempo depois, o professor apagou a lousa por completo e, adotando um procedimento semelhante ao anterior, voltou a preenchê-la, mas, dessa vez, utilizando 40% do espaço dela. Uma representação possível para essa segunda situação é:

a)

b)

c)

d)

e)

3ª Série – 2016

SISTEMA EQUIPE DE ENSINO GABARITO 2 45

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76) Os dados do gráfico foram coletados por meio de Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.

Supondo-se que, no Sudeste, 14.900 estudantes foram entrevistados nessa pesquisa, quantos deles possuíam telefone móvel celular?

a) 5.513 b) 6.556 c) 7.450 d) 8.344 e) 9.536

77) O giz é feito, entre outras coisas, com gesso e calcário retirado de rochas sedimentares. O calcário – chamado de carbonato de cálcio (CaCO3) – também é usado na indústria para se obter a cal viva. Ao se colocar um pedaço de giz mergulhado em água, pode-se observar um pó fino que se desprende: são o gesso e o calcário. A cada 25g de carbonato de cálcio correspondem 3 g de carbono. Podemos afirmar, corretamente, que a porcentagem de carbono no carbonato de cálcio é igual a:

a) 3% b) 6% c) 12% d) 18% e) 24%

78) Descontos sucessivos de 20% e 30% são equivalentes a um único desconto de:

a) 25% b) 26% c) 44% d) 45% e) 50%

3ª Série – 2016

46 GABARITO 2 SISTEMA EQUIPE DE ENSINO

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79) Os dados do gráfico seguinte foram gerados a partir de dados colhidos no conjunto de seis regiões metropolitanas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Supondo que o total de pessoas pesquisadas na região metropolitana de Porto Alegre equivale a 250.000, o número de desempregados em março de 2010, nessa região foi de:

a) 24.500 b) 25.000 c) 220.500 d) 223.000 e) 227.500

80) Um grupo de alunos de uma escola deveria visitar o Museu de Ciência e o Museu de História da cidade. Quarenta e oito alunos foram visitar pelo menos um desses museus. 20% dos que foram ao de Ciências visitaram o de História e 25% dos que foram ao de História visitaram também o de Ciências. Calcule o número de alunos que visitaram os dois museus.

a) 24 b) 18 c) 12 d) 6 e) 3

3ª Série – 2016

SISTEMA EQUIPE DE ENSINO GABARITO 2 47

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81) Na figura, os ângulos 𝐵�̂�𝐶 𝑒 𝐵�̂�𝐷 são iguais. Pode-se afirmar que o valor de x + y é igual a

a) 24,6 b) 25,6 c) 24 d) 25 e) 20

82) Na figura, o segmento AD passa pelo ponto P, incentro do triângulo ABC, cujo perímetro é 21 cm. Se BD = 3 cm e DC = 4 cm, AB e AC medem, respectivamente,

a) 6 cm e 7 cm b) 7 cm e 8 cm c) 6 cm e 8 cm d) 5 cm e 8 cm e) 5 cm e 7 cm

83) NA figura, AD, BE e CF são retas paralelas, o segmento EM é paralelo à reta AC e os dois ângulos assinalados são congruentes. Calcule o perímetro do triângulo EFM.

a) 18 b) 19 c) 20 d) 21 e) 22

A

B C

D

x

y

16

16

9

A

B C D

P

A

B

C

6

3 4

E

D

M F

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48 GABARITO 2 SISTEMA EQUIPE DE ENSINO

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84) Um fabricante de televisores fez uma pesquisa sobre a qualidade de seus aparelhos. Para tal, foram examinados 10000 televisores, após dois anos de uso. Constatou-se que 4000 deles apresentavam problemas de imagem, 2800 tinham problemas de som e 3500 estavam em perfeitas condições de uso. Nessa pesquisa, quantos televisores apresentaram somente problemas de imagem?

a) 4000 b) 3700 c) 3500 d) 2800 e) 2000

85) Os números e cifras envolvidos, quando lidamos com dados sobre produção e consumo de energia em nosso país, são sempre muito grandes. Apenas no setor residencial, em um único dia, o consumo de energia elétrica é da ordem de 200 mil MWh. Para avaliar esse consumo, imagine uma situação em que o Brasil não dispusesse de hidrelétricas e tivesse de depender somente de termoelétricas, onde cada kg de carvão, ao ser queimado, permite obter uma quantidade de energia da ordem de 10 kWh. Considerando que um caminhão transporta, em média, 10 toneladas de carvão, a quantidade de caminhões de carvão necessária para abastecer as termoelétricas, a cada dia, seria da ordem de

a) 20 b) 200 c) 1000 d) 2000 e) 10000

86) Quantos são os números inteiros x que satisfazem a inequação 3 < √𝑥 < 7?

a) 13 b) 26 c) 38 d) 39 e) 40

3ª Série – 2016

SISTEMA EQUIPE DE ENSINO GABARITO 2 49

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87) Numa indústria, 120 operários trabalham de manhã, 130 trabalham à tarde, 80 trabalham à noite, 60 trabalham de manhã e à tarde, 50 trabalham de manhã e à noite, 40 trabalham à tarde e à noite e 20 trabalham nos três períodos. Assim,

a) 150 operários trabalham em 2 períodos. b) Há 500 operários na indústria. c) 300 operários não trabalham à tarde. d) 600 operarios trabalham à tarde. e) Há 30 operários que trabalham só de manhã.

88) Um fabricante de cosméticos decide produzir três diferentes catálogos de seus produtos, visando a públicos distintos. Como alguns produtos estarão presentes em mais de um catálogo e ocupam uma página inteira, ele resolve fazer uma contagem para diminuir os gastos com originais de impressão. Os catálogos C1, C2 e C3 terão, respectivamente, 50, 45 e 40 páginas. Comparando os projetos de cada catálogo, ele verifica que C1 e C2 terão 10 páginas em comum; C1 e C3 terão 6 páginas em comum; C2 e C3 terão 5 páginas em comum, das quais 4 também estarão em C1. Efetuando os cálculos correspondentes, o fabricante concluiu que, para a montagem dos três catálogos, necessitará de um total de originais de impressão igual a

a) 135 b) 126 c) 118 d) 114 e) 110

89) Considerando-se os conjuntos Z, dos números inteiros, e Q, dos números racionais, qual dos números seguintes não pertencem ao conjunto (𝑍 ∪ 𝑄) −(𝑍 ∩ 𝑄)?

a) 2,0123

b) −2

3

c) − 0,777...

d) 3

5

e) 0

3ª Série – 2016

50 GABARITO 2 SISTEMA EQUIPE DE ENSINO

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MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

90) Na figura, R é um retângulo, T, um triângulo e C, um círculo. A região sombreada é

a) 𝑅 ∪ 𝐶 − 𝑇

b) 𝑇 ∪ 𝐶 − 𝑅

c) 𝑅 ∩ 𝐶 − 𝑇

d) 𝑇 ∩ 𝐶 − 𝑅

e) 𝐶 − 𝑅 ∩ 𝑇

C T

R

3ª Série – 2016

SISTEMA EQUIPE DE ENSINO GABARITO 2 51

LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

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3ª Série – 2016

52 GABARITO 2 SISTEMA EQUIPE DE ENSINO

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