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LIGHT S.A. Relatório da Administração – Exercício de 2006 Demonstrações Financeiras Referentes aos Exercícios Findos em 31 de dezembro de 2006 e de 2005 Parecer dos Auditores Independentes

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LIGHT S.A.

� Relatório da Administração – Exercício de 2006

� Demonstrações Financeiras Referentes aos Exercícios Findos em 31 dedezembro de 2006 e de 2005

� Parecer dos Auditores Independentes

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Relatório da Administração

26 de fevereiro de 2007

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Perfil Corporativo

A Light S.A. (Light), é uma Companhia centenária cuja história está associada àindustrialização do Rio de Janeiro e de São Paulo. Ela participa em sociedades prestadoras deserviços de geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica, bem comoatividades correlatas.

A Companhia possui 3,8 milhões de consumidores e é responsável por 72,0% da energiaelétrica consumida no Estado do Rio de Janeiro, num mercado denso e predominantementeresidencial e comercial.

Seu parque gerador de energia elétrica possui excelente nível de desempenho e a qualidadeglobal do fornecimento de energia da Light, medida pelos índices DEC e FEC, situa aCompanhia entre as seis melhores distribuidoras do seu porte no Brasil.

A área de concessão do serviço de distribuição da Light possui singularidades que impõem àCompanhia grandes desafios relacionados principalmente à perdas não-técnicas e àinadimplência.

Em 10 de agosto de 2006, a Rio Minas Energia Participações S.A. (RME) assumiu o controleda Light após adquirir 79,4% das ações ordinárias da EDF International S.A. (EDFI), trazendonovos gestores e promovendo a renovação da cultura empresarial da Companhia.

Os acionistas controladores da Light têm notória competência e conhecimento do setor elétricobrasileiro e assumiram os compromissos estabelecidos pelo Novo Mercado da Bovespa, ondeCompanhia é negociada sob o código LIGT3.

Mapa da Concessão

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Mensagem da Administração

Prezados Senhores:

Submetemos à apreciação dos senhores clientes, acionistas, fornecedores de serviços,comunidade financeira e à sociedade em geral o Relatório da Administração e asDemonstrações Financeiras da Light S.A. (Light) referentes ao Exercício encerrado em 31 dedezembro de 2006 acompanhado do parecer dos auditores independentes.

Em 10 de agosto de 2006, a Rio Minas Energia Participações S.A. (RME) assumiu o controleda Light após adquirir 79,4% das ações ordinárias da EDF International S.A. (EDFI). A RME écomandada por quatro grupos - a Companhia de Energia de Minas Gerais (CEMIG), a AGConcessões, a Pactual Energia e a Luce Brasil FIP - que detém participação igualitária de25,0% na empresa. Esse grupo controlador tem credibilidade e experiência reconhecidas enotória competência e conhecimento do setor elétrico brasileiro.

A mudança de controle da Light trouxe não só um novo grupo de acionistas e gestores, mastambém um programa para a transformação da Companhia e um planejamento estratégico comdetalhamento de ações até o ano de 2010. Neste relatório, apresentamos estas ações, que seamparam nas históricas capacitações da Light e têm foco em oportunidades já identificadas decaptura de valor, explorando as forças da Light e prestando especial atenção a aspectos quepodem ser melhorados.

Nossa missão é tornar a Light uma empresa respeitada e admirada pela excelência do serviçoprestado, pela criação de valor para seus acionistas e por constituir um ótimo lugar para setrabalhar. Para isso, fortaleceremos os negócios tradicionais da Companhia e iremos prepará-la para lançar um agressivo plano de expansão de suas atividades.

Para atingirmos esses objetivos, valorizamos a estrutura de Governança Corporativaimplantada pelos acionistas controladores, alinhada com as melhores práticas do mercado eapresentamos aos nossos colaboradores um Plano de Transformação que mereceu totaladesão, fortalecendo o conceito de que pessoas com valores, motivadas e com clareza de suamissão conseguem superar enormes desafios.

Esse Plano de Transformação é composto de duas linhas de atuação: A primeira reconheceexistir na Companhia organização e trabalhos bem conduzidos que devem ser apoiados eeventualmente aprimorados. A essa linha denominamos “Continuidade com Renovação”. Asegunda diz respeito a 14 projetos que transformarão a forma de condução do negócio ecriarão condições de avançar rumo ao futuro da Light, conforme previsto em nossoplanejamento. Os projetos de transformação são classificados sob quatro dimensões: ClienteLeal (mercado), Máquina Eficiente (produto), Resultados (valor para os acionistas) eCompromisso com o Futuro (perpetuidade). Com eles, pretendemos atuar em todas asdimensões necessárias para transformar nossa cultura empresarial, promovendo os nossosvalores e tornando a Companhia um ótimo lugar para se trabalhar.

Sabemos que os nossos colaboradores são os grandes agentes nesse processo detransformação e desde o primeiro dia, quando detalhamos um sumário do Plano para os 12 milcolaboradores, empregados ou terceirizados, temos nos dedicado a conquistar o respeito e acooperação irrestrita de todos.

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Apesar do curto tempo corrido desde o início de sua implementação, podemos destacaralgumas realizações do Plano de Transformação já em 2006.

Desde o primeiro dia nos concentramos em ações e atitudes que conduzam ao uso mais eficazdos recursos da Companhia. A Diretoria se instalou num salão comum, tornandoextremamente expedita a interação entre seus membros e a tomada de decisões.Concentramo-nos em eliminar os “estouros” orçamentários, os benefícios indevidos e focar asequipes na adição de valor. Reduzimos a frota de veículos em 8% e renegociamos 20% dovalor total dos contratos de fornecimento de materiais e serviços. Além disso, implantamos umaMesa de Compras para garantir eficiência progressiva no controle de custos.

Procedemos à emissão de R$1 bilhão em debêntures, finalizada em janeiro último, que teveimportância fundamental para nos permitir pré-pagar outras dívidas, reduzindo nossos custosfinanceiros, exposição a riscos cambiais e dando maior autonomia operacional para aCompanhia. Ainda na vertente de conquistas que contribuirão para melhores resultados, valedestacar o reajuste tarifário satisfatório em novembro de 2006.

Com vistas ao envolvimento global da empresa no processo de transformação cultural, demosinício ao Programa Face a Face, promovendo encontros trimestrais entre os gestores e todosos seus subordinados, criando um fórum de relacionamento entre os empregados daCompanhia e seus líderes gestores para a discussão dos resultados e andamento dos projetose abrindo a linha direta de contatos entre empregados e o Presidente.

Nossos resultados melhoraram em 2006. A Receita Líquida foi de R$5,4 bilhões aumentando11% em relação a 2005. O EBITDA, que atingiu o valor de R$738 milhões decrescendo 3,7%em relação ao ano anterior, e o prejuízo de R$150 milhões no ano, sofreram o impacto deprovisões não-recorrentes de R$444 milhões, realizadas quando da tomada de controle pelogrupo controlador. Não fossem esses ajustes, o EBITDA teria crescido 40,5% e o lucro líquido20,5% em relação ao ano anterior.

O comportamento do preço de nossas ações no período, que ultrapassaram significativamenteos índices globais e setoriais de energia elétrica da Bovespa, traduzem o reconhecimento domercado às ações empreendidas.

Temos grandes desafios pela frente. A situação sócio-econômica da área de concessão daCompanhia tem aspectos críticos como estagnação econômica e uma cultura de informalidadeque impõe à Light elevado grau de perdas não-técnicas e de inadimplência. A violência urbanadificulta o combate a esses problemas. Outros desafios são as questões de suprimento deenergia elétrica no longo prazo, e a necessidade de automação e atualização tecnológica dealguns aspectos da rede de distribuição.

Por outro lado, a Light conta com importantes forças e oportunidades. Nossos colaboradorestêm grande orgulho da Companhia. Temos uma extensa rede subterrânea e, agora, umpoderoso sistema de gestão comercial. O ambiente financeiro melhorou e a inflação continuabaixa. Temos oportunidades com a carência de investimentos em infra-estrutura no Brasil e aampliação da produção no Rio de Janeiro. É importante realçar que grandes investimentospúblicos ou privados tais como o novo pólo petroquímico em Itaboraí, a Siderúrgica do Atlânticoem Itaguaí, a realização dos jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro e o novo arco rodoviárioda cidade, deverão ser positivos para o nosso mercado.

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Para enfrentarmos os desafios e aproveitar as oportunidades que se apresentam,desenvolvemos um Plano Estratégico para o Período 2007-2010 que inclui ações que visamatender às necessidades do negócio e às expectativas das partes interessadas na Companhia.Trabalhamos as questões da Light de forma integrada e detalhamos projetos com planos deação, prazos de implementação e resultados esperados.

Acreditamos que a condução que eu, meu Vice-Presidente Ronnie Vaz Moreira e meus colegasde Diretoria Roberto Alcoforado, Leonardo Lins de Albuquerque, Paulo Born, Paulo RobertoRibeiro Pinto, Ana Silvia Matte, Mozart Vitor Serra e Luiz Cláudio Cristófaro estamos dando àsdiversas questões, aliada às competências complementares dos acionistas controladores e àdedicação de nossos colaboradores, farão com que a Companhia supere suas ambiciosasmetas.

Quero também manifestar a nossa confiança e esperança de que as administrações federal eestadual que tomaram posse dos respectivos governos em 1º de janeiro de 2007, trabalhandoarticuladamente com as administrações municipais, alcancem suas metas de retomada docrescimento nacional e regional com a preservação da estabilidade econômica.

Confiamos que um novo ciclo de desenvolvimento e de respeito ao bem público está tendoinício no Rio de Janeiro, onde se concentra nossa área de concessão.

Agradecemos aos nossos clientes, ao órgão regulador ANEEL, à Assembléia Legislativa, aoGoverno do Estado do Rio de Janeiro e aos prefeitos e câmaras dos municípios da nossa áreade concessão, aos nossos acionistas, aos jornalistas que cobrem nossas atividades e aosnossos colaboradores pelo apoio que nos deram ao longo desse ano.

Cordialmente,José Luiz AlquéresDiretor-Presidente

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Governança Corporativa e Gestão

O modelo de gestão da Light incorpora os mais recentes avanços no sentido do alinhamento deinteresses dos acionistas controladores entre si e com o nível executivo - todos com o interessemaior de valorização da empresa. Além do controle e supervisão adequados, o modelo degovernança permite que a Companhia ganhe agilidade tanto na tomada de decisões como naimplementação das mesmas.

O modelo dá clareza ao papel de cada órgão e utiliza três instâncias:

1. Fórum de acionistas - inclui o Fórum dos Controladores, a Assembléia Geral e oConselho Fiscal. Destaca-se aqui, o Fórum dos Controladores que mantém reuniõesperiódicas para promover o entendimento, a harmonização das relações e oalinhamento das decisões dentro do grupo controlador. Tem como objetivo articular avisão de longo prazo da Companhia.

Governança

2. Fóruns de interface - compreendem o Conselho de Administração, e os Comitês deAuditoria, Finanças, Recursos Humanos, Governança Corporativa e de Gestão. OConselho de Administração é composto por 11 membros com mandato de dois anos.Oito membros são representantes dos acionistas, dois são conselheiros independentese um conselheiro representa os colaboradores. O Conselho reúne-se pelo menos umavez por mês e as decisões são tomadas em princípio, por consenso ou, na falta desse,por maioria simples. Os membros do Conselho de Administração participam doscomitês especializados.

3. Diretoria Executiva – composta pelo Diretor-Presidente, pelas Diretorias e pelo InstitutoLight para o Desenvolvimento Urbano e Social. A Diretoria é integrada pela Vice-Presidência de Finanças e Relações com Investidores e pelas diretorias de Clientes,Desenvolvimento da Concessão, Gente, Energia e Meio Ambiente, Gestão Corporativa,

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Instituto Light e pela Superintendência Geral Jurídica. Ainda em linha direta de reporteà presidência estão as Superintendências de Comunicação e a Auditoria Interna.

4. Conselho dos Consumidores - É um fórum definido pelas normas da ANEEL, que visagarantir o alinhamento das atividades da Companhia às necessidades dos clientes.

Diretoria

Composição do Conselho de Administração

Conselho de Administração Membros Suplentes

Wilson Nélio Brumer Presidente Flávio Decat MouraDjalma Bastos Morais Membro João Batista Zollini CarneiroEduardo Borges Andrade Membro Celso Fernandez QuintellaRicardo Coutinho Sena Membro Paulo Roberto Reckziegel GuedesGilberto Sayão da Silva Vice Presidente Ana Marta Horta VelosoAlessandro Monteiro Morgado Horta Membro Bruno Constantino Alexandre dos SantosAldo Floris Membro Lauro Alberto de LucaSérgio Landau Membro Alfredo Salomão NetoJosé Luiz Silva Membro Carmen Lucia Claussen KanterRaphael Hermeto de Almeida Magalhães Independente Rui Flaks SchneiderLuiz Aníbal de Lima Fernandes Independente Almir José dos Santos

Conselho Fiscal

Conselho Fiscal Membros SuplentesBeatriz Oliveira Fortunato Eduardo Gomes SantosAri Barcelos da Silva Ricardo Genton PeixotoEduardo Grande BittencourtIsabel da Silvia Ramos KemmelmeierAristóteles Luiz Menezes Vasconcellos Drumond

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Diretoria

Diretoria Executiva José Luiz Alquéres Diretor PresidenteRonnie Vaz Moreira Diretor Vice - Presidente de Finanças e Relações com InvestidoresPaulo Roberto Ribeiro Pinto Diretor de Gestão CorporativaAna Silvia Corso Matte Diretora de GentePaulo Henrique Siqueira Born Diretor de Desenvolvimento da ConcessãoLeonardo Lins de Albuquerque Diretor de Energia e Meio AmbienteRoberto Manoel Guedes Alcoforado Diretor de ClientesMozart Vitor Serra Diretor do Instituto LightLuiz Claudio Salles Cristofaro Superintendente Geral Jurídico

Código de Ética

Em sintonia com o processo de transformação da empresa, a Light atualizou o seu Código deÉtica, consolidando os valores e conceitos fundamentais ao aprimoramento da relação comclientes, acionistas, fornecedores, governo e sociedade. A nova versão do Código de Ética daCompanhia está disponível no site www.light.com.br.

Plano de Transformação

O Plano de Transformação parte do reconhecimento que existem organização e trabalhos bemconduzidos, que devem ser apoiados e, eventualmente, aprimorados por ações específicas.Aos trabalhos realizados nessa etapa, a Companhia deu o nome de “Continuidade comRenovação”.

Em uma segunda etapa, chamada de “Transformação”, a Companhia criou 14 ProjetosEspeciais que abordam as quatro dimensões do Balanced Scorecard:

• mercado (Cliente Leal),• produto (Máquina Eficiente),• Resultados (Valor para os Acionistas), e• perpetuidade (Compromisso com o Futuro).

Esses projetos foram elaborados no período de agosto a dezembro de 2006, a partir de umdetalhado diagnóstico das atividades da Companhia. Tais projetos produzirão uma melhoriasubstancial no desempenho, modernizarão os métodos de trabalho, criarão grande confiançanas equipes e ampliarão o reconhecimento da sociedade à atuação da Light.

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Plano de Transformação

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Contexto Operacional

Ambiente Econômico

Durante 2006, o real valorizou-se frente ao dólar sem grande volatilidade. O dólar comercialfechou o ano cotado a R$2,14 com uma desvalorização de 8,66% em relação ao real, tendo,portanto, impacto favorável na parte da dívida da Companhia exposta à variação cambial. Ainflação medida pelo IGP-M, índice utilizado no reajuste de tarifas da Companhia foi de 3,9%no ano.

O comportamento controlado da inflação possibilitou que o Banco Central fosse gradativamentereduzindo a taxa de juros. Em dezembro de 2006, a taxa básica SELIC era de 13,3%a.a.,índice inferior aos 18,0% a.a. verificados ao final de 2005. Essa redução beneficiou aCompanhia na medida em que ela reduz o custo de sua dívida.

Por outro lado, em 2006, a Companhia continuou a ser afetada pelas singularidades de suaárea de concessão. O Estado do Rio de Janeiro, o segundo maior PIB estadual do país, vemcrescendo a taxas superiores ao Brasil, porém esse desempenho está fortemente associado àindústria do petróleo. A área de concessão da Light, composta pela região Metropolitana e oMunicípio do Rio de Janeiro, pouco se beneficia com o crescimento da atividade econômica emoutras partes do Estado. Ao contrário, o Município e sua Região Metropolitana têmapresentado queda em seus respectivos produtos internos, com forte impacto no negócio daLight, tais como:

� Ausência de novos consumidores de alta demanda;� Crescimento da taxa de desemprego;� Aumento do trabalho sem carteira assinada e por conta própria;� Altos percentuais de furto de energia e inadimplência;� Crescimento da violência urbana, dificultando o combate aos desvios de energia.

Adicionalmente, a Light enfrentava uma grande inadimplência do setor público, pois aregulamentação inibe que as distribuidoras de energia cortem o fornecimento para instalaçõesque prestam serviço público essencial. Os governos federal, estadual e municipal, incluindo osaldo devedor de concessionárias de serviços públicos, deviam à Light R$578 milhões em 31de dezembro de 2006.

Diante desse quadro, a Light optou por uma atuação pró-ativa em relação às questões queafetam seu negócio. Essa postura pode ser resumida em alguns pontos:

� Restabelecer o relacionamento comercial com as comunidades inadimplentes buscandoequacionar valores devidos e não pagos desde que o fluxo mensal de recebimento sejapreservado;

� Colaborar para o aprimoramento da regulamentação do setor elétrico e para um maiorconhecimento dos poderes públicos sobre as questões e problemáticas da área deconcessão.

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� Atuar de forma incisiva em prol de uma mudança na mentalidade, participando de açõeseducativas e comunitárias e intensificando o contato direto com os administradorespúblicos.

� Trabalhar para a melhoria dos processos internos maximizando o retorno da operação.Como resultado dessa atuação, parcela significativa do saldo da inadimplência foirepactuado entre 1º de agosto e 31 de dezembro de 2006, processo que se acelerou noinício de 2007.

� Buscar a expansão e diversificação dos seus negócios.

Desempenho Operacional

A apreciação do desempenho operacional da Light deve levar em consideração o contexto desua área de concessão.

O Grupo Light tem três linhas de negócio: distribuição, operado pela Light Serviços deEletricidade S.A. (Light SESA); geração, realizado pela Light Energia S.A. (Light Energia); ecomercialização de energia e serviços de infra-estrutura, objeto de negócio da Light Esco –Prestação de Serviços Ltda. (Light Esco). Desde o início de 2006, em decorrência do processode “desverticalização” exigido pela Lei 10.848/2004, que proíbe empresas distribuidoras deenergia elétrica de desenvolver atividades de geração bem como participar de outrassociedades, cada uma dessas atividades é exercida por uma subsidiária.

Serviço de Distribuição de Energia

A Light SESA é a companhia que presta o serviço de distribuição de energia e é responsávelpela principal fonte de receita do grupo. As receitas de fornecimento de energia são oriundasdo mercado cativo, que é formado por consumidores cuja unidade consumidora tem demandacontratada inferior a 3MW. Na sua área de concessão, há forte predominância de clientes daclasse residencial e comercial.

Em 2006, a Light faturou 18.260 GWh com venda de energia para o mercado cativorepresentando uma redução de 4,6% em relação a 2005. Essa queda decorreu da migraçãode clientes industriais da classe de consumo A2 e A4 (que são os consumidores atendidos emalta tensão – 88 kV a 138 kV e 2,3 kV a 25 kV, respectivamente) para o mercado livre, bemcomo pelo efeito da redução do número de dias de faturamento e a temperatura menor que amédia histórica.

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Em 31 de dezembro de 2006 a Light possuía 3.801.692 unidades de consumidoras em suarede, um aumento de 0,7% em relação ao ano anterior.

O Projeto P2 – Vendendo Mais e Melhor – um dos projetos especiais do Plano deTransformação, foi iniciado com o objetivo de aumentar as receitas da Companhia tanto nosmercados regulados como no não-regulado. Ele mapeou iniciativas que serão implementadasao longo de 2007. Entre elas podemos mencionar a oferta de produtos tarifários direcionadosa grandes clientes, e a venda de espaço publicitário em faturas, frota, portal e outdoors, aintensificação da comercialização de energia fora da área de concessão e a consultoria técnicaa grandes clientes. Podemos destacar como quickwins deste projeto, os primeiros contratos decomercialização realizados pela Light Esco para clientes livres, fora de sua área de concessão,totalizando 20MW por 5 anos de prazo.

Tarifas

As tarifas praticadas pela Light para clientes finais são reajustadas anualmente em novembro.O reajuste de tarifa tem um componente incorporado permanentemente às tarifas que reflete avariação dos custos não gerenciáveis (compra de energia, transmissão e encargos setoriais) eatualização dos custos gerenciáveis pelo IGP-M deduzido do Fator X. A esse reajuste pode seracrescentado outro componente, não incorporado às tarifas que corresponde eventuaisadicionais financeiros relacionados a outras questões. A participação ativa nesse processo temcomo objetivo assegurar que o reajuste incorpore a plena variação daqueles custos que nãosão gerenciáveis pela Companhia.Em novembro de 2005 a Light, após a validação da Base de Remuneração Regulatória (BRR)definitiva referente à Revisão Tarifária de 2003, obteve um reajuste médio de 10,81%. Talpercentual foi composto por:• -1,06% de reajuste econômico incorporado permanentemente às tarifas, negativodevido à retirada do PIS e da COFINS da base tarifária;• 11,86% referente a adicionais financeiros, cuja origem principal foi a validação da BRRdefinitiva. Este montante de adicionais financeiros, teve vigência na tarifa apenas no períodoentre novembro de 2005 e outubro de 2006.

Consumo de Energia Elétrica(GWh)

6.61

0

3.44

5

5.23

5

2.85

8

7.22

5

3.14

3

5.66

5

3.10

5

7.24

3

2.27

8

5.62

2

3.11

6

0

2.000

4.000

6.000

8.000

Residencial Industrial Comercial Demais

2004 2005 2006

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Portanto, para o reajuste de novembro de 2006, as tarifas da Light partiram de um patamar11,86% inferior às tarifas vigentes até então.

Em 07 de novembro de 2006 as tarifas da Light SESA foram reajustadas, conforme ResoluçãoANEEL nº 391, em 11,69%. Tal reajuste foi composto da seguinte forma:

� 6,29% => incorporados permanentemente às tarifas, refletindo a variação dos custosnão-gerenciáveis (compra de energia, transmissão e encargos setoriais) e atualizaçãodos custos gerenciáveis pelo IGP-M deduzido do Fator X;

� 5,4% => referentes a adicionais financeiros relacionados, essencialmente, a questõespassadas, ainda não incorporados às tarifas.

Reajuste de Tarifas

Devido à amortização integral dos adicionais financeiros de 11,86% do reajuste de 2005, oefeito médio nas tarifas aplicadas aos consumidores finais foi de -0,1%.

O reajuste de 2006 ficou dentro dos limites previstos pela Companhia, tendo em vista o cenáriomacroeconômico estável (a variação do IGPM no período foi de 3% e a do dólar de –5%).

Inadimplência

Ao longo dos últimos anos, a Light vem enfrentando taxas de inadimplência elevadas. Emparte, isso se deve às questões econômicas e sociais de sua área de concessão jámencionadas anteriormente. Porém, a Companhia também é prejudicada pela inadimplência dopoder público e de concessionárias de serviços públicos. Seu maior devedor é a Superviacom uma dívida de R$159 milhões, representado por faturas em aberto desde 2002. A Cedaerenegociou sua dívida em dezembro, deixando de figurar entre os devedores da Companhiacom a dívida não composta.

O risco de inadimplência da Companhia – medido pela provisão para devedores duvidosos(PDD) sobre a receita bruta – foi de 4,2% em 2006.

A Companhia vem continuamente aprimorando sua condição de combate à inadimplência. Aentrada em operação, em outubro de 2006, do novo sistema de faturamento e de gestão declientes, CCS - SAP, não só melhora o controle de qualidade do faturamento, mas permite umamaior eficiência no processo de cobrança, sendo um importante instrumento para odesenvolvimento de ações mais efetivas.

6,29%

2,42%2,98%

Total 11,69%Nota: IRT = Índice de Reajuste Tarifário CVA = Conta de Valores a Compensar da Parcela A

Reajuste Tarifário - 2006IRT Estrutural

Outros

Adicionais FinanceirosCVA

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O projeto especial do Plano de Transformação P3 – Recebimento 100% - tem o objetivo deaumentar a adimplência. Esse projeto revisou os processos, as estratégias de cobrança e aspolíticas de negociação das faturas em aberto. Em decorrência dessa revisão, o Projeto foidesdobrado num plano de ação que será implementado ao longo de 2007.

As principais medidas que a Companhia adotará ao longo do ano são:

(i) negativação no SPC de clientes baixa tensão;(ii) centralização do esforço de cobrança, antes descentralizado, em uma célula do

contact center que exercerá ação de cobrança diferenciada sobre os 30.000maiores clientes de baixa tensão;

(iii) alteração no cronograma de ações de cobrança;(iv) alteração nas regras de parcelamento;(v) otimização dos cortes de fornecimento de energia;(vi) uso de cobrança externa de forma mais incentivada.

Além das iniciativas envolvendo processos internos da Companhia, a Light atuará junto aoórgão regulador para sensibilizá-los quanto à necessidade adequar a regulamentação do setorpara que as distribuidoras tenham condições de agir mais rapidamente contra inadimplentes.Em paralelo, a Companhia buscará o apoio dos segmentos político e jurídico, conscientizando-os quanto à necessidade de ter condições de aplicar instrumentos eficazes para combater ainadimplência e incentivar o poder público para que ele seja um exemplo para a sociedade,mantendo suas contas em dia. Fará visitas regulares para estreitar o relacionamento com osclientes de maior porte e introduzirá novas tecnologias para que seus processos fiquem maiságeis, eficazes e menos custosos.

Os diretores e superintendentes estão conscientizados a cobrar e a convencer os clientes daimportância de cumprir sua parte no pacto: honrar tempestivamente os pagamentos devidos.

Perdas

O negócio de distribuição de energia elétrica envolve perdas de energia. Essas perdas são denatureza técnica e não-técnica. Existe, na área de concessão da Companhia, uma cultura deinformalidade que se traduz em comportamentos de evasão fiscal, não pagamento de contasde concessionárias de serviço público e de redes de TV a cabo, e há também uma amplaprática de furto de energia.

O índice de perdas totais, média móvel de 12 meses findos em dezembro de 2006, foi de25,5% em relação à carga própria (isto é, em relação à energia distribuída aos clientes cativos)e 19,8% em relação à carga fio (em relação ao total de energia transportada em sua rede). Ocrescimento verificado nas perdas sobre a carga própria em relação a dezembro de 2005(23,6% média móvel 12 meses) foi fortemente impactado pelos seguintes aspectos:

• menor número de dias de faturamento em 2006, em comparação a 2005 (2 dias amenos no faturamento da alta tensão e 3 dias a menos no faturamento de baixatensão);

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• migração de clientes do mercado cativo para o mercado livre, campo de atuação daLight Esco;

• redução, a partir de setembro, do ritmo das ações de recuperação de energia por forçada implantação e estabilização do novo sistema de gestão comercial.

O Projeto P4 do Plano de Transformação– Sem “gatos” – diz respeito ao conjunto de açõesdesenvolvidas em três planos: conscientização dos públicos externo e interno com apoio decampanhas de comunicação; a articulação institucional de órgãos e entidades públicasenvolvidas (judiciário, polícia, e outras concessionárias) e nas atividades técnicas – comomudança de padrões - e operacionais. Em relação às perdas administrativas, o objetivo é quesejam eliminadas ao máximo pelo aprimoramento dos processos.

O trabalho realizado no âmbito desse projeto em 2006 delineou um conjunto de ações queserão implantadas em 2007. Essas ações visam atuar sobre as ligações informais em váriasfrentes, de maneira simultânea. As frentes de atuação são:

• mapeamento regular de perdas;• práticas de inspeção (forma de uso de mão-de-obra própria versus terceirizada,

tratamento de ligações clandestinas);• questões relacionadas à normalização (equipamentos de medição, políticas de lacre e

uso de selos, acompanhamento sistemático);• negociação da cobrança em casos de fraude.

Além disso, a Companhia usará diversas ações de comunicação, como a veiculação decampanhas com a proposta de parceria com o cliente, a divulgação das ações de cidadaniaatravés dos projetos de voluntariado, empreendedorismo e eficiência energética, e aaproximação do Judiciário através de palestras sobre a recuperação de energia, inadimplênciae outros pontos relevantes.

Balanço Energético

O diagrama abaixo identifica as quantidades em GWh e os correspondentes percentuais dofluxo de energia entre as fontes e os destinatários finais supridos pela Light.

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Balanço Energético

Destacamos, no quadro acima:

(i) o contrato de suprimento com a Termelétrica Norte Fluminense da qual a Companhiaadquiriu 25,4% da sua energia;(ii) as escalas atuais das perdas de energia ( 6.251,1 GWh);(iii) a grande preponderância dos segmentos de consumos residencial e comercial, onde atarifa praticada é mais elevada do que nos demais segmentos.

Energia Faturada

Em 2006, o mercado de energia elétrica cativo faturado pela Light consumiu 18.260 GWh, 4,6%inferior ao ano anterior (-879 GWh). Essa queda foi motivada particularmente pela migraçãodos clientes livres (7 industriais e 3 comerciais), pela redução do número de dias defaturamento e pela temperatura média da região.

Fatores climáticos, como as baixas temperaturas registradas em certos períodos do ano, emrelação ao ano de 2005, como no 2º trimestre (-1,9 ºC), contribuíram negativamente noresultado deste ano.

Carga Própria

No ano de 2006, a carga da Light alcançou 24.511 GWh, uma redução de 2,1% comparado aoano de 2005.

0,3% Residencial 39,7%83,0 7.243,0

CCEAR 1,3% 74,5% Energia Industrial 12,5%Light Energia Faturada 2.278,4

313,8 97,9% Carga Própria 18.259,6Light Comercial 30,8%

33,1% 24.510,7 5.622,3Perdas de

8.287,5 Energia Demais 17,1%25.028,5 25,5% 6.251,1 3.115,9

45,0%

11.251,7 Perdas Rede Básica

25,4% 2,1% Ajuste (0,0)

6.351,0

-5,0%

-1.258,4

(*) Outros = Compra no Spot - Venda no Spot.

OBS: Na Light S.A existe eliminação de venda/compra de Energia Elétrica entre as empresas

PROINFA

OUTROS(*)(CCEE)

BALANÇO ENERGÉTICO DE DISTRIBUIÇÃO - GWh

NORTE FLU(CCEE)

E.Requerida(CCEE)

LEILÕES(CCEE)

517,9

ITAIPU(CCEE)

Posição: janeiro a dezembro de 2006

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Atendimento ao Cliente

Uma das ações mais importantes realizações em 2006, foi a entrada em operação de umsistema de gestão comercial de clientes – incluindo o módulo SAP de Faturamento, o deCustomer Relationship Management System (CRM) e de Data Warehouse (DW) - onde foraminvestidos R$105 milhões de 2004 a 2006. Foi a maior migração de base de consumidores járealizada no setor elétrico no Brasil.

O sistema de gestão de clientes possui ferramentas modernas de relacionamento com clientes.Ele permite personalizar produtos além de aumentar a precisão e a agilidade dos serviços,através de uma maior disponibilidade das informações. Especificamente, ele possibilita:

� Maior controle e rapidez na execução dos serviços de campo (novas ligações, religações,mudança de medidor, comando das inspeções de anormalidades, etc);

� Consolidação dos canais de comunicação (agências, teleatendimento, agência virtual eouvidoria);

� Melhor conhecimento do perfil do cliente visando o seu atendimento (histórico de consumo,faturamento, contatos e da qualidade do fornecimento);

� Maior oferta de outros serviços.

Em 2006, a Light deu prosseguimento ao projeto de modernização e padronização dasagências comerciais, iniciado em 2004. As novas agências propiciam um ambiente muito maisprático, moderno e inovador. As agências de Itaguaí, Volta Redonda, Copacabana e BelfordRoxo foram totalmente modernizadas e novas agências foram inauguradas na Ilha doGovernador, Carmo e Paty do Alferes. Estas inaugurações refletem a política da empresaquanto à ampliação dos seus pontos de atendimento presenciais. De 2004 a 2006, a Lightampliou o número de agências disponíveis à população de 24 para 33, espalhadas nos 31municípios da área de concessão, investindo mais de R$3 milhões no projeto.

Além das melhorias do atendimento nas agências comerciais, a Light investiu em outros canaispara atender os clientes com agilidade e comodidade: a Agência Virtual, o Disque-Light e aEmergência, todas com funcionamento 24 horas. Esses canais podem atender aos clientescom todo conforto, segurança e facilidade, sem que eles tenham que se deslocar de suasresidências e do município em que residem.

Os resultados de todas essas ações são acompanhados por meio das pesquisas de satisfaçãorealizadas pela ABRADEE (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica) e pelaprópria Light.

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Pesquisa ABRADEE

Pesquisa Indicador Resultado

Pesquisa ABRADEE* Atendimento ao Cliente 74,7% em 2006 contra 70,6% em

2005

Pesquisa ABRADEE Facilidade para entrar em contato 74,3% em 2006 contra 66,9% em

2005

Pesquisa ABRADEE Rapidez dos Funcionários no

atendimento ao cliente

71,5% em 2006 contra 66,6% em

2005

Pesquisa ABRADEE Qualidade Percebida (ISQP) 74,1% em 2006 contra 74,5% em

2005

Pesquisa Light Satisfação dos Clientes que

Solicitaram algum serviço

83,8%, superando a meta interna

* Realizada pelo Instituto Vox Populi

O Projeto P1 do Plano de Transformação – Clientes – Conhecer para Servir Melhor,desenvolveu um modelo de relacionamento com clientes, que além de garantir um aumento dasatisfação, suporta as iniciativas de aumento de vendas. Esse projeto redesenhou osprincipais processos comerciais (novas ligações, atendimento ao cliente, leitura e faturamento earrecadação, atendimento à interrupções e cobrança); identificou oportunidades de rápidaimplementação e ganho (quickwins); estabeleceu um painel de indicadores deacompanhamento de desempenho; e desenvolveu uma nova política de atendimento, queserão implementados ao longo de 2007.

Qualidade dos Serviços

Em 2006, a Light implementou uma nova política de manutenção das redes elétrica através daaplicação de ações mais direcionadas e de um melhor gerenciamento de ativos. Foraminvestidos R$116 milhões em 2006 para melhorar a qualidade dos serviços prestados.Destacamos os recursos aplicados no atendimento às novas ligações; na reposição deequipamentos e redes elétricas; e na modernização tecnológica do Sistema de Gestão eDistribuição (SGD). As novas funcionalidades do SGD permitiram a obtenção de dados deforma mais ágil e melhoraram a qualidade das informações.

As ações de manutenção combinadas a uma maior agilidade no tratamento de problemasocorridos na rede, contribuíram para que os indicadores de qualidade da Light melhorassem.

Ao final do ano, os indicadores que medem a qualidade do fornecimento – DEC, duração dasinterrupções, e FEC, freqüência média das interrupções foram de 8,0 horas e 6,3 interrupções,respectivamente, confirmando o decréscimo que vem sendo verificado ao longo dos últimosanos, e demonstrando a evolução da qualidade do fornecimento da Light.

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DEC e FEC

Assim, se compararmos os resultados de 2006 com os registrados em 1997, quando aCompanhia foi privatizada, constatamos uma redução de 52% no DEC e 57% no FEC. Emcomparação com 2005, a redução foi de 9% no DEC e 18% no FEC, resultados estes quecertamente manterão a Light muito bem posicionada no ranking ANEEL das maioresdistribuidoras do país, com relação aos indicadores de qualidade. Entre as distribuidoras commais de 1 milhão de clientes, a Light é a terceira melhor no índice de duração de interrupções(DEC) e a sexta melhor no índice de freqüência das interrupções (FEC).

Geração

Através de sua subsidiária Light Energia, a Light gera energia aproveitando a força hidráulicados Rios Paraíba do Sul e Ribeirão das Lages, contando com usinas localizadas nos estadosdo Rio de Janeiro e de São Paulo. A potência máxima total do Sistema Gerador da Light é de855 MW, com uma energia assegurada de 537 MW médios. Esse sistema é composto porcinco usinas geradoras e duas usinas elevatórias, além de outras estruturas hidráulicas comoreservatórios, barragens, canais, diques, vertedouros, túneis, condutos forçados e tomadasd’água, que também são objeto dos investimentos feitos em geração pela Companhia.

Comercialização e Serviços Infra-estrutura

A comercialização de energia é realizada pela Light Esco, que é uma empresa integradora desoluções energéticas e atua em parceria com o cliente para encontrar as melhores alternativaspara a aquisição e otimização do uso de energia. Sua atividade está subdividida em doissegmentos de atuação: comercialização de energia no mercado livre e de fontes energéticasalternativas/incentivadas; e serviços de infra-estrutura.

Na comercialização de energia, a Light Esco atua como: negociador intermediário (trader),corretor (broker), consultor e como representante de clientes na negociação da compra deenergia. Enquanto prestadora de serviços de infra-estrutura, a Light Esco oferece consultoriana área de energia, projetos e montagem para eficiência energética, água gelada e infra-estrutura.

Duração das Interrupções - DEC (Duração Média das Interrupções - em horas)

16,515,1

10,5

6,8 7,4

10,18,7 8,3 8,8 8,0

0

5

10

15

20

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Freqüência das Interrupções - FEC (Número Médio de Interrupções)

14,7 14,3

9,9

6,6 6,5 7,0 6,2 6,37,7

6,3

0

5

10

15

20

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

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A Light Esco tem grande importância na dinâmica competitiva da Companhia, uma vez quepode concorrer pelas vendas a clientes do mercado livre, inclusive fora de sua área deconcessão. A perda de receita da Light SESA com a migração de 10 clientes para o mercadolivre, foi parcialmente recuperada pela Light Esco, já que suas vendas no mercado livreexpandiram 11,7% em 2006, um acréscimo de 485 GWh. Além disso, a Light Esco conquistou2 clientes fora da área de concessão da Light SESA.

Como parte do desenvolvimento do projeto P2 do Plano de Transformação – Vendendo Mais eMelhor, ela pretende expandir sua gama de serviços para incluir a locação de geradores,aquecimento solar e segurança patrimonial.

No ano de 2006, os clientes para os quais a Light Esco presta serviços no mercado livredemandaram um volume total de 880 GWh, chegando a 128 MW médios em dez/06.

Investimentos

Em 2006 a Light investiu R$322 milhões distribuídos conforme o quadro abaixo:

Investimentos

Distribuição - Os principais investimentos em distribuição foram: o programa de combate àsperdas (R$85 milhões), novas ligações de clientes (R$71 milhões) e a manutenção da rede etransformadores (R$28 milhões).

Administração - O principal investimento feito pela Companhia em 2006 foi a continuação daimplementação, iniciada em 2004 do sistema de gestão comercial de clientes – o módulo SAPde gestão de clientes que absorveu em 2006 investimentos de R$40 milhões, do total deR$105 milhões investidos no processo nos últimos três anos.

Investimento em Aquisições e Benfeitorias do Imobilizado

74,5 66,0

196,1 230,0

5,6 7,1

19,1

322,2

276,2

2005 2006

Administração Comercialização Distribuição Produção

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Segurança no Trabalho

No desempenho de suas atividades empresariais, que envolvem periculosidade, a Light vemobtendo importante evolução no que concerne à preservação da vida e integridade física dosseus empregados, dos empregados de parceiros de negócio e de pessoas da sociedade. Paraatingir esse objetivo a Companhia realizou diversas ações em 2006.

1) Realizou Auditorias de Gestão de Segurança do Trabalho, que é um programa específico decontrole e monitoramento metodológico e sistêmico do grau de conformidade das práticasprevencionistas, tanto de equipes próprias quanto de empresas contratadas.� Foram realizadas 6 (seis) auditorias em equipes próprias dos órgãos operacionais,

abrangendo 32 equipes de Atendimento de Emergência.� Foram realizadas 24 (vinte e quatro) auditorias em empresas contratadas, envolvendo 114

equipes.

2) Formou um Comitê para a implantação de ações objetivando atender a nova NormaRegulamentadora n.º 10 - Segurança em Instalações e Serviços de Eletricidade. Este Comitêtem como representantes profissionais dos seguintes órgãos:� Superintendência de Operação e Manutenção do Sistema de Alta Tensão;� Superintendência de Usinas;� Superintendência Técnica;� Gerência de Segurança e Medicina Ocupacional.

3) Realizou 382 inspeções de segurança, abrangendo equipes operacionais e edificações. OPrograma de Inspeção de Segurança do Trabalho tem como objetivo identificar previamenteeventuais não-conformidades em relação às legislações, normas e práticas de Gestão deSegurança do Trabalho, propondo as ações corretivas necessárias e contribuindo, assim, paramanutenção da cultura prevencionista da Empresa, reduzindo os riscos de acidentes.

Em 2006, a Light apresentou uma taxa de freqüência de acidentes com afastamento de 2,93,inferior aos 3,75 apurados no ano anterior. Vale ressaltar que este indicador, vem se situandoabaixo da média do setor, conforme ilustra o gráfico abaixo.

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Fronteira Regulatória

Inserida em um setor fortemente regulado, onde diversas decisões por parte do órgãoregulador podem ter impactos relevantes no desempenho do seu negócio, a Light tem que teratuação pró-ativa em relação à regulamentação do setor.

O P11 – Valorização da Concessão, um dos projetos do Plano de Transformação, tem comoobjetivo garantir a sustentabilidade e o fortalecimento da concessão e obter melhoresresultados (risco e retorno) para os acionistas. Ele transformará a Light numa das principaisreferências para o aperfeiçoamento do arcabouço legal e regulatório do setor elétrico brasileiroe deverá garantir pleno aproveitamento pela Companhia das condições estabelecidas naregulamentação setorial e no contrato de concessão. Nesse sentido, nos próximos anos, aCompanhia dará foco ao Segundo Ciclo de Revisões Tarifárias, ao processo de ReajusteTarifário Anual e a diversos assuntos críticos relacionados ao aperfeiçoamento regulatório.

A Revisão Tarifária Periódica da Light acontece de cinco em cinco anos, conforme estabelecidono contrato de concessão, e visa garantir a modicidade tarifária, bem como incorporarincentivos à eficiência. O processo resulta na definição da tarifa base para os próximos 5 anos,onde um novo valor é fixado, após uma análise de todos os custos eficientes, investimentosprudentes (Base de Remuneração Regulatória) e mercado da Companhia. Além dessadefinição tarifária, o processo de Revisão também determina o Fator X, que visa compartilharcom os consumidores os ganhos de produtividade da distribuidora.

A próxima Revisão Tarifária da Light ocorrerá em novembro de 2008, sendo que o processo deintercâmbio de informações com a ANEEL começará em janeiro do mesmo ano. A empresaencontra-se mobilizada para este processo, visando garantir o equilíbrio financeiro daconcessão através do reconhecimento tarifário de suas especificidades, bem como amodicidade tarifária aos seus consumidores finais.

5,12

2,93

3,75

1,98

4,78

3,71

5,36

4,52

6,04

7,47

9,48

4,34

5,115,045,265,42

3,45

6,77

6,00

5,425,82

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

LIGHT MÉDIA DO SETOR ELÉTRICO

ACIDENTE TÍPICO COM AFASTAMENTOTaxa de Freqüência - TF

5,12

2,93

3,75

1,98

4,78

3,71

5,36

4,52

6,04

7,47

9,48

4,34

5,115,045,265,42

3,45

6,77

6,00

5,425,82

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

LIGHT MÉDIA DO SETOR ELÉTRICO

ACIDENTE TÍPICO COM AFASTAMENTOTaxa de Freqüência - TF

Fonte: Abradee

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As tarifas – conforme explicado na seção “Tarifas” - praticadas pela Light para clientes finaissão reajustadas anualmente em novembro. O reajuste de tarifa tem um componenteincorporado permanentemente às tarifas que reflete a variação dos custos não gerenciáveis(compra de energia, transmissão e encargos setoriais) e atualização dos custos gerenciáveispelo IGP-M deduzido do Fator X. A esse reajuste pode ser acrescentado outro componente,não incorporado às tarifas que corresponde a eventuais adicionais financeiros relacionados aoutras questões. A participação ativa nesse processo tem como objetivo assegurar que oreajuste incorpore a plena variação daqueles custos que não são gerenciáveis pelaCompanhia.

Em relação ao aperfeiçoamento regulatório, a Companhia pretende atuar junto ao reguladorpara sensibilizá-lo na adoção de critérios diferenciados que atendam às característicasespecíficas da área de concessão.

Por outro lado, a Empresa irá analisar, de forma mais sistemática, os procedimentosoperacionais adotados, mantendo-os sempre adequados à regulamentação e suas alterações,de modo a minimizar problemas nas fiscalizações do Órgão Regulador às quais érotineiramente submetida.

Adicionalmente, destaca-se que apesar do Governo Federal requerer a participação daCompanhia no Programa Luz para Todos, o número de ligações decorrente não é significativoem relação ao universo atual de seus consumidores, uma vez que a área de concessão daLight já possui um alto índice de penetração de energia elétrica. Ainda assim, em 2006, aEmpresa ligou mil novos clientes no interior do estado e na baixada fluminense, investindo paraisso aproximadamente R$6,5 milhões, contribuindo para o desenvolvimento social e econômicodestas regiões.

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Comentário Financeiro e de Mercado de Capitais

Desempenho Financeiro

Em 2006, o desempenho econômico-financeiro da Light melhorou em relação ao ano anterior,principalmente em decorrência do reajuste tarifário implementado no final de 2005. No entanto,a Companhia realizou provisões não recorrentes no montante de R$444 milhões no terceirotrimestre do ano, que não só reduziram o EBITDA, mas também causaram um prejuízo deR$150 milhões. Excluindo essas provisões, o EBITDA da Companhia teria sido de R$1.076milhões, 40,5% maior do que em 2005. Além disso, a Companhia teria apresentado um lucrolíquido de R$293 milhões, 20,5% superior ao resultado líquido de 2005.

Receitas

A receita líquida da Light aumentou 11,0% em 2006 chegando a R$5,4 bilhões. A Companhiaapresentou crescimento em todas as suas linhas de receita, destacando-se entre elas, a receitacom a energia vendida, que representa 85,5% do total das receitas, e que foi responsável pelamelhoria do seu desempenho operacional.

Receita Líquida

Receitas por Serviço

A receita de energia vendida foi de R$4,6 bilhões no ano de 2006, tendo crescido 6,9% emrelação ao mesmo período do ano anterior. Esse aumento foi ocasionado principalmente peloreajuste tarifário médio de 10,8% (incluindo o repasse das CVAs) autorizado em 6 de novembro

2006 2005 Var. % 2006 2005 Var. %

Energia vendida 1.194,4 1.139,1 4,9% 4.638,4 4.340,8 6,9%Curto Prazo (Spot) 46,6 10,7 335,7% 106,3 17,9 493,9%Venda Leilão Geração 64,7 38,6 67,7% 236,6 153,4 54,2%Uso da rede 102,2 83,5 22,4% 383,7 315,2 21,7%Diversos 11,6 15,4 -24,9% 58,1 58,4 -0,5%Total 1.419,5 1.287,3 10,3% 5.423,1 4.885,7 11,0%

Receita Líquida - R$ MM 4º trimestre Acumulado

Receita Líquida(R$ milhões)

4.0844.886

5.423

0

2.000

4.000

6.000

8.000

2004 2005 2006

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de 2005, que compensou a queda de 4,6% para 18.260 GWh no consumo de energia domercado cativo. O consumo de energia permaneceu relativamente estável nos segmentosresidencial, comercial e demais clientes, porém houve um decréscimo no consumo dosegmento industrial com a migração de clientes (A2 e A4 – clientes atendidos na tensão desuprimento entre 88 kV e 138 kV e 2,3 kV a 25 kV, respectivamente) para o mercado livre.Outros fatores que também contribuíram para este patamar de consumo, foram as baixastemperaturas registradas em determinados períodos do ano, além do efeito da redução donúmero de dias de faturamento.

A receita de uso da rede (7,1% da receita líquida) foi de R$384 milhões crescendo 21,7% emrelação ao ano anterior e a receita de energia de geração própria vendida em leilão foi deR$237 milhões aumentando 54,2% em 2006. As vendas de energia no mercado spot subiram493,9% para R$107 milhões em decorrência de um menor consumo no mercado cativo o quelevou a Companhia a direcionar o excedente de energia contratado para o mercado spot. Asvendas físicas no mercado spot aumentaram de 640GWh para 1.610GWh.

Lucros e Perdas

Custos e despesas

Os custos não-gerenciáveis, que incluem a energia comprada e as contas de CCC-CDE(encargos setoriais), foram de R$3,3 bilhões no ano. O aumento de 5,2% nos custos nãogerenciáveis foi inferior ao crescimento da receita possibilitando um ganho de 3,4 pontospercentuais de margem EBITDA.

As despesas gerenciáveis mantiveram-se estáveis como percentuais da receita líquida, emboraas despesas com pessoal tenham aumentado 20,0% devido à provisão da participação dos

R$ Milhões

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empregados nos lucros e resultados (PLR), e ao aumento salarial concedido em maio de 2006.As despesas com terceiros aumentaram 11,4% por causa de reajustes nos contratos. Por outrolado, as despesas com provisões aumentaram para 13,6% da receita líquida em 2006,comparado a 9,8% no ano anterior, principalmente por causa de provisões não-recorrentesrealizadas em 31 de julho de 2006 (Fato Relevante de 10/8/07). Entre essas, a maior provisãocom impacto no EBITDA refere-se ao déficit atuarial da Braslight de R$150 milhões.

Ao todo, a Companhia constituiu provisão de R$444 milhões no terceiro trimestre de 2006 dosquais R$338 milhões foram reconhecidos nas contas operacionais, reduzindo o EBITDA daCompanhia. O EBITDA de 2006 foi de R$738 milhões, 3,6% inferior a 2005 e representandouma margem EBITDA de 13,6%. Excluindo o efeito dessas provisões, o EBITDA teriaaumentado 40,5% para R$1.076 milhões e alcançado uma margem EBITDA de 19,8%.

EBITDA (2005 e 2006)

A Companhia terminou o ano com um prejuízo líquido de R$150 milhões causadoprincipalmente pelas provisões acima mencionadas que impactaram tanto o EBITDA como asdespesas financeiras e superaram o ganho de receita decorrente do aumento das tarifas.Excluindo o impacto das provisões a Companhia teria tido um lucro líquido de R$293 milhões.

EBITDA(R$ milhões)

738

766838 338

1.076

0

200

400

600

800

1.000

1.200

2004 2005 2006

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Situação Financeira

Dívida Bruta

Em 31 de dezembro de 2006, a Light tinha uma dívida total de R$3,2 bilhões representandouma redução de R$326 milhões quando comparada ao ano anterior.

A Light SESA é patrocinadora instituidora da Fundação de Seguridade Social – Braslight,entidade fechada de previdência complementar sem fins lucrativos. O valor do déficit técnicoatualizado em 31 de dezembro de 2006 correspondia a R$861 milhões.

Em 22 de janeiro de 2007, a subsidiária da Companhia – Light S.E.S.A. completou a emissãode R$1,0 bilhão de debêntures com o objetivo de quitar antecipadamente e simultaneamente atotalidade das dívidas financeiras contraídas no âmbito do seu processo de renegociação dedívidas concluído no exercício social de 2005.

Essa emissão permitiu a Companhia reduzir o custo total da sua dívida, minimizar a exposiçãocambial e eliminar restrições financeiras que a impossibilitavam de ter mais flexibilidade parainvestir no seu negócio. Adicionalmente, a Companhia utilizará aproximadamente R$466milhões de recursos próprios para a completa antecipação do pagamento dessas dívidas,reduzindo o total de sua dívida por esse montante.

Também em Janeiro de 2007, o Conselho de Administração aprovou a redução de capital daLight S.A. em R$288 milhões, e da sua subsidiária Light SESA em R$3,0 bilhões em razão daabsorção de prejuízos acumulados até 30 de setembro de 2006. Não houve em decorrênciadessa emissão, alteração do número de ações de ambas as companhias.

Dívida Bruta (R$ milhões)

4.560

3.5613.235

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

2004 2005 2006

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Fluxo de Caixa

LIGHT S.A - CONSOLIDADODEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA'EXERCICIO FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006

Acumulado31/12/2006

(150.491)

Provisão para devedores duvidosos 296.769 Provisão (reversão) de perdas na recuperação dos valores na Recomposição Tarifária Extraordinária Longo Prazo 82.221 Provisão para devedores duvidosos - Energia Livrre 88.742 Atualização de ativos e passivos regulatórios (145.617)Ajuste a valor presente de recebíveis 55.153 Depreciação e amortização 321.081 Juros e variações monetárias de longo prazo – líquidas 329.014 Resultado de equivalência patrimonial 1.516 Resultado na baixa de bens do imobilizado 5.661 Baixas do diferido 21.298 Imposto de renda e contribuições social diferidos 4.298 Encargos e variação monetária de obrigações pós-emprego 229.949 Provisões no exigível a longo prazo - contingências 343.092 Outras (14.259)

1.468.427

Consumidores e revendedores (199.773) Tributos a compensar 19.722 Serviços prestados 48.786 Programa de redução de consumo 47 Estoques (672)Ativos regulatórios (CVA e Bolhas) 365.389 Depósitos vinculados a litígios (48.006)Outros (35.785)

149.708

Fornecedores (23.274)Fornecedores de energia (244.081)Salários e contribuições sociais (5.070)Tributos e Contribuições Sociais 20.968 Encargos regulatórios 48.805 Contingências (30.194)Obrigações pós-emprego (65.656)Outros (21.406)

(319.909)

1.298.226

Participações societárias - Aplicações no imobilizado (312.616)Contribuições do consumidor 11.001 Aplicações no diferido (64.122)

(365.737)

Aumento de CapitalEmpréstimos e financiamentos obtidos 9.126 Amortização de empréstimos e financiamentos (660.060)

(650.935)

281.555

No inicio do período 1 Reorganização societária - Desverticalização 413.552 No final do período 695.108

281.555

Das operações

Lucro líquido (prejuízo) do exercício

Caixa gerado (absorvido) pelas operações

Aumento (Redução) de passivos

(Aumento) Redução de ativos

Despesas (receitas) que não afetam o caixa:

R$ Mil

Variação no caixa

Atividades de investimento

Atividades de financiamento

Variação líquida do caixa

Demonstração da variação líquida de caixa

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Demonstração de Valor Adicionado

A Light contribui para o bem estar do desenvolvimento da sociedade como um todo através dovalor adicionado pelo seu negócio.

ACUMULADO2006

1- RIQUEZA PRODUZIDA 8.005.794 Vendas de mercadorias, produtos e serviços 7.997.196 Não operacionais 8.598

2- RIQUEZA CONSUMIDA 3.820.189 Matérias-primas consumidas 2.851.592 Materiais, serviços de terceiros e outros 589.609 Perda contas a receber 378.988

3- VALOR ADICIONADO BRUTO (1 - 2 ) 4.185.605

4- DEPRECIAÇÃO / AMORTIZAÇÃO / EXAUSTÃO 321.081

5- VALOR ADIC. LÍQ. PRODUZIDO PELA ENTIDADE ( 3 - 4 ) 3.864.524

6- CAPITALIZAÇÃO DE DESPESAS 39.352 Pessoal 38.492 Encargos financeiros 860

7- VALOR ADIC. RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA 414.280 Resultado de equivalência patrimonial (1.517) Receitas financeiras 415.797

8- VALOR ADICIONADO LÍQUIDO - VAL ( 5 + 6 +7) 4.318.157

DESTINAÇÃO DO VAL 4.318.157 REMUNERAÇÃO DO TRABALHO 295.815 GOVERNO (TRIBUTOS) 3.352.085 ENCARGOS FINANCEIROS E ALUGUÉIS 820.748 LUCROS (PREJUÍZOS) RETIDOS (150.491)

DESCRIÇÃO

DVA - DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO R$ Mil

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Mercado de Capitais

A Light é uma Companhia listada no Novo Mercado desde 28 de julho de 2005 e como talsegue as melhores práticas de governança corporativa do país. Além das devidas adaptaçõesno seu estatuto, a Light assumiu diversos compromissos: 1) fornecer informações periódicas nopadrão exigido pelo Novo Mercado; 2) oferecer condições de compra às ações dosminoritários, em caso de venda de controle, nas mesmas condições negociadas pelocontrolador (tag along de 100%); e 3) adesão à Câmara de Arbitragem do Mercado.

Seus novos controladores, bem como seus administradores comprometeram-secontratualmente a adotar um conjunto de práticas de governança corporativa e de direitosadicionais aos acionistas minoritários. O Novo Mercado exige que 25,0% do capital daCompanhia esteja em circulação no mercado em até três anos após o ingresso neste nível degovernança (no caso da Light, julho de 2008). Hoje, aproximadamente 20,6% do capital daLight estão em circulação, sendo que 10,0% pertencem a EDFI.

Participação Acionária

As ações da Light são negociadas sob o código LIGT3. O preço de fechamento de suas açõesem 2006 foi de R$23,01 por lote de mil, apreciando 49,9% no ano. No mesmo período oIBOVESPA apreciou 32,9%. Este crescimento deu-se após a troca de controle e é atribuída à

Participação Acionária

79,39%

9,97%10,64%

RME EDF¹ PúblicoLight ON - LIGT3

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

40.000

jan/

06

fev/

06

mar

/06

abr/

06

mai

/06

jun/

06

jul/0

6

ago/

06

set/0

6

out/0

6

nov/

06

dez/

06

Vol

ume

R$

mil

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

Pre

ço (

1.00

0 aç

ões)

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confiança que o mercado deposita na qualidade da administração do novo grupo controlador daCompanhia.

Bovespa Mercado a vista

Bovespa (mercado a vista) Acumulado 2005 2006Quantidade negociada (milhões) 14.959,57 84.644,26N˚ de negócios 47.513,00 130.361,00Volume negociado (R$ milhões) R$ 317,92 R$ 1.472,86Cotação por lote de mil ações R$ 15,35 R$ 23,01Valorização das ações -45,3% 49,9%Valorização do Ibovespa 127,7% 32,9%

Light x Ibovespa

O volume médio negociado por dia das ações da Light foi de aproximadamente R$6milhões/dia em 2006. A quantidade média de ações negociadas por dia (ADTV) foi de 344milhões no ano.

As ações da Light fazem parte do IBOVESPA e dos índices: IBrX50, IBrX, IVBX-2, IEE, IGC eITAC.

O Conselho de Administração da Light irá deliberar sobre a política de dividendos que seráadotada nos próximos exercícios. Nos últimos anos, a Companhia não distribuiu dividendos.

A atividade de Relações com Investidores da Companhia foi valorizada e conta com umaequipe própria com o objetivo de montar um programa completo de Relações com acomunidade investidora.

Light x Ibovespa x IEEBase 100 = jan/06

80

90

100

110

120

130

140

150

160

jan/

06

fev/

06

mar

/06

abr/

06

mai

/06

jun/

06

jul/0

6

ago/

06

set/0

6

out/0

6

nov/

06

dez/

06

Light Ibovespa IEE

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Compromisso com o Futuro

Gestão de Gente

A Light sabe que a participação e o comprometimento de seus colaboradores é fundamentalpara que ela atinja seus objetivos e cumpra sua missão. No ambiente de renovação etransformação que a Companhia vive, o papel das lideranças é - ademais - extremamenteimportante.

A pesquisa “A Great Place to Work”, realizada poucos dias antes da RME tornar-secontroladora da Light mostrou que a Companhia conta com um corpo de colaboradores quepossui muito orgulho de trabalhar para a Light e tem um forte espírito de camaradagem, fatoresque, sem dúvida, serão importantes aliados no seu projeto. Por outro lado, a pesquisa tambémdemonstrou que as lideranças da Companhia necessitam aumentar sua credibilidade.

O Plano de Transformação, no seu Projeto 12 – “Um ótimo lugar para se trabalhar” - definiusete eixos de atuação, que são:

1) Liderança: Capacitar os gestores como líderes e valorizar as atitudes exemplares;2) Gestão do Conhecimento: Criar a Academia Light - um centro promotor da gestão doconhecimento para empregados, parceiros de trabalho e clientes;3) Segurança do Trabalho: Incrementar a cultura prevencionista na Light, tendo apreservação da vida como um compromisso empresarial;4) Qualidade de Vida: Proporcionar instalações estimulantes, gerando bem estar aosempregados e promovendo o senso de propriedade e de boa manutenção;5) Correção de Distorções: Implementar ações imediatas e exemplares, visando corrigirsituações pontuais que comprometem o clima organizacional;6) Realização Profissional: Ampliar perspectivas de crescimento, mobilidade,desenvolver talentos e compensar os empregados com base no mercado e nosresultados;7) Transparência: Promover um maior envolvimento e participação das pessoasatravés da comunicação ampla e conversa direta entre líderes e colaboradores.

Vale mencionar que algumas ações desse projeto tiveram início em 2006. Dentre essas, cabedestacar o eixo “Transparência”. Foram criados três programas institucionais, paralelos aoPlano de Transformação:

� Programa Face a Face - Trata-se de encontros trimestrais entre os Gestores e seussubordinados onde se cria um fórum de relacionamento entre os trabalhadores e seuslíderes para a discussão dos resultados e andamento dos projetos e decisões ligados àAdministração da Companhia. O Face a Face oferece a possibilidade da comunicação emdois sentidos, dando aos colaboradores a oportunidade de expressar a forma como vêema Companhia e as decisões que os afetam.

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� Programa Encontros Gerenciais - Refere-se a um programa de encontros entre osGestores e a Diretoria com o objetivo de comunicação e participação do corpo gerencial nodesenvolvimento dos projetos e programas relacionados à mudança.

� Programa Encontros com o Diretor-Presidente - Visa à redução das “pontes” hierárquicasna comunicação com os empregados e uma maior aproximação dos empregados decampo, que fazem a imagem da empresa, com o Diretor-Presidente e a alta administração.

Outro projeto a merecer registro é o da criação da Academia Light, dentro do eixo “Gestão doConhecimento”, para a qual a Companhia aprovou o estatuto e definiu ações para seulançamento ainda no primeiro trimestre de 2007. A Academia Light é um centro dedesenvolvimento humano e de gestão do conhecimento e integra as bases para o crescimentosustentável da empresa e a visão de compromisso com o futuro da Light.

Ainda como parte de seu programa de renovação do quadro de pessoal, a Light mantém umprograma de estagiários para identificar, atrair e desenvolver jovens talentos, ensejar amelhoria de formação de novos profissionais para o mercado de trabalho.

Benefícios e Previdência Privada

A Light mantém um programa de benefícios que inclui plano de saúde, auxílio-creche, valesalimentação, refeição e lanche e bolsas de estudo. Em 2006, foram empregadosaproximadamente R$ 29 milhões com esses benefícios.

O programa de medicina ocupacional realiza diagnósticos das atividades ocupacionaisdesenvolvidas no ambiente do trabalhador com o objetivo de gerenciar e controlar riscos àsaúde, de acordo com os parâmetros estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde,OHSAS, Organização Internacional do Trabalho e Normas Regulamentadoras do Ministério doTrabalho e Emprego - MTE.

A Companhia criou um documento-base para nortear as ações destinadas à preservação dasaúde dos empregados, que possibilitou a realização dos exames médicos preventivos,considerando-se os riscos específicos da ocupação profissional. Ao Exame Periódico de Saúdecompareceram 97,1 % dos empregados.

Além do atendimento à legislação sobre medicina do trabalho, a Light patrocina anualmente,para todos os empregados, algumas campanhas de valiosa repercussão social ligadas àsáreas de saúde pública e qualidade de vida, com destaque para:� 9ª Campanha de Prevenção à Gripe e Demais Doenças Respiratórias;� Programa de Conservação Auditiva;� Programa Check-up dos Executivos;� Medicina Preventiva.

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O Plano de Saúde/Dental é um dos benefícios sociais mais importantes da Light. É gratuitopara 100,0% de seus 4.147 empregados e respectivos dependentes, na modalidade básica,com opção de adesão a outros planos com participação financeira dos beneficiários.

Plano de Saúde

Planos Beneficiados

Plano de Saúde Ativos 12.426

Plano de Saúde Aposentados 3.632

Plano de Saúde Agregados 560

Plano Dental Ativos 9.307

Plano Dental Aposentados 764

Visando identificar as situações sociofuncionais que proporcionem um maior bem-estar,integração e desenvolvimento dos seus empregados, a Light investe em importantesprogramas sociais, tais como o programa de Qualidade de Vida “Energia Vital”, que visa àpromoção da saúde e integração dos empregados e seus familiares, através de açõesdirecionadas à melhoria da Qualidade de Vida. As ações do Energia Vital são realizadas combase em avaliações periódicas e indicadores de saúde e constituem-se em ações permanentese eventuais.

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Programas de Saúde

A Light é patrocinadora instituidora da Fundação de Seguridade Social – Braslight, entidadefechada de previdência complementar com a finalidade de garantir renda de aposentadoria aosempregados da Companhia vinculados à Fundação e pensão aos seus dependentes. ABraslight possui três planos: A e B (benefício definido) e C (é misto) e recebeu por migração96,0% dos participantes ativos dos demais planos. Em 2006 a Light fez contribuições de R$11milhões para a Braslight.

Treinamento - Em 2006 investiu R$3 milhões em 288.713 horas de treinamentocorrespondendo a 69 homens-hora de treinamento per capita. Aproximadamente 74% dos20.083 colaboradores treinados no ano, receberam treinamento em sistemas e segurança. Otreinamento de maior ênfase em 2006 foi o capacitação dos usuários para a operação dosistema de gestão de clientes (CCS SAP) cuja implementação foi finalizada em 2006. Oscursos de segurança no trabalho também tiveram grande relevância pois qualificaram,sistematicamente, os colaboradores para o exercício de suas funções de maneira segura,evitando acidentes e melhorando a produtividade.

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Em 2006, a Companhia realizou a segunda turma do programa MBA in-company em parceriacom o Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais - IBMEC formando 38 colaboradores detalento.

Remuneração - A Companhia mantém programa de participação nos resultados (PLR) para oqual foram destinados aproximadamente R$17 milhões em 2006. A distribuição do PLR ébaseada no mérito individual e no cumprimento das metas corporativas.

Perfil dos Colaboradores - A Light tem 4.152 colaboradores com um tempo médio de 15,6anos de empresa. A Light tem 4.152 colaboradores com um tempo médio de 15,6 anos deempresa. A companhia vem fazendo um esforço para rejuvenescer seu quadro e a quantidadede profissionais com menos de 30 anos aumentou 32,2%, porém a maior parte do seu quadrode colaboradores é madura com aproximadamente 38,9% tendo entre 31 e 45 anos e 40,0%tendo mais que 46 anos. Companhia tem 266 cargos de chefia.

Em 2006 foram feitos 256 desligamentos e 236 contratações mantendo a quantidade total decolaboradores estável.

Colaboradores Terceirizados - Em dezembro de 2006, o Grupo Light possuía 5.858prestadores de serviços terceirizados, com cerca de 60 empresas contratadas, atuando emdiversas atividades, a saber: manutenção, expansão, operação das redes de distribuição,atendimento à cliente (ligação, desligamento, corte, religação, call-center), recuperação deenergia, leitura e entrega de contas, manutenção, operação do sistema (parte de geração deenergia), suporte à TI, limpeza e manutenção predial, segurança e suporte administrativo.

A Light acredita que seus objetivos estratégicos serão alcançados através de uma açãoconjunta de sua força de trabalho, onde diversas áreas internas e prestadores de serviçosestejam focados na busca de uma maior produtividade e eficácia no atendimento aos seusclientes.

A empresa procura manter uma relação de parceria que requer confiança entre as partesenvolvidas, transparência e princípios éticos.

Pesquisa e Desenvolvimento (P&D)

O Programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) tem por objetivos garantir à Light ocontínuo acesso ao desenvolvimento tecnológico do setor elétrico e buscar inovações parafazer frente aos desafios tecnológicos e de mercado da Companhia. Para tanto, identificam-see desenvolvem-se projetos para melhorar a qualidade dos serviços, ampliar os ganhos deprodutividade e fortalecer a imagem da Companhia. Estão entre as principais metas capacitaros profissionais que estão focados na obtenção de resultados econômicos, promover reduçõesde custos, a modicidade tarifária e o registro de patentes de processos e equipamentosinovadores.

Em 2006, a Light desenvolveu projetos nas áreas de:� meio ambiente;

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� combate às perdas de energia e à inadimplência;� atendimento e satisfação de clientes;� mercado de energia;� aspectos regulatórios;� comunidades carentes;� melhoria nas condições operacionais do sistema de geração, transmissão e distribuição de

energia.

Ao longo de 2006 a Light investiu cerca de R$8 milhões em projetos de P&D e, no final domesmo ano, foram assinados novos contratos, a serem desenvolvidos em 2007, no valor deR$13 milhões.

Meio Ambiente

A Política Ambiental da Light é fundamentada na NBR ISO 14001 e está alinhada com adeclaração de intenções e princípios da Companhia em relação ao seu desempenho ambientalglobal. Foi criada, em 2001, na ocasião da implantação do Projeto Piloto do Sistema de GestãoAmbiental Corporativo – SGA, que consiste num programa de certificação de unidadesconforme os parâmetros do NBR ISO 14001.

Desde então, o projeto SGA certificou 59 unidades. Este ano, 64 unidades estão com aimplantação do SGA em desenvolvimento, e deverão ser certificadas até o final de 2007. ALight deverá estar totalmente adequada aos requisitos da ISO 14001 em 2010, com 423instalações certificadas.

Em 2006, a auditoria externa realizada manteve as certificações dos sites recebidas há trêsanos, na implantação do Projeto Piloto do SGA. Foi mantida, também, por auditoria, a triplacertificação das instalações do parque gerador nas normas NBR ISO 9001 (qualidade), NBRISO 14001 (meio ambiente) e OHSAS 18001 (segurança e saúde ocupacional).

A Light mantém um convênio com a Fundação SOS Mata Atlântica, a maior organização nãogovernamental (ONG) ambientalista brasileira. Essa ONG assumiu o compromisso de doar umtotal de 500 mil mudas de árvores para o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas(PRAD) ou de Reflorestamento da Light. Ao longo de 5 anos, mais 440 hectares de MataAtlântica foram tratados com o plantio de aproximadamente 100 mil mudas. Desde o início doPRAD, cerca de 3 milhões de mudas foram plantadas, trazendo benefícios diretos para osdemais usos que são feitos das águas dos reservatórios das hidrelétricas da Companhia. Outraação do PRAD, foi o início da recuperação de uma área na ombreira direita da barragem dePonte Coberta, no município sul fluminense de Piraí, com o uso de recursos da bio-engenharia,que permitirão a incorporação da biomanta utilizada à vegetação.

Registra-se, ainda, a continuidade dos projetos ambientais de pesquisa e desenvolvimento(P&D) em parcerias com três universidades brasileiras voltados especialmente para aqualidade ambiental dos reservatórios.

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Ação Social

Com a mudança do controle acionário, a atuação social da Light passará a se efetuar deacordo com as diretrizes do Instituto Light para o Desenvolvimento Urbano e Social.

No âmbito do Instituto Light, o objetivo é definir formas de atuação nos campos urbano,ambiental, social e institucional, com a missão de contribuir para melhorar as condiçõeseconômicas e sociais da área de concessão da Light. A idéia é conciliar os conceitos de lucroe bem público, ação que uma vigorosa programação irá suportar.

A atuação nestes quatro campos se dará diretamente através dos diretores da Light(especialmente os de Clientes, Gente e Meio-Ambiente e Energia), por meio do Centro Culturalou no apoio a instituições e empresas contratadas ou conveniadas.

Entre os projetos em pauta, em desenvolvimento articulado com a Prefeitura do Rio de Janeiro,está a criação de uma área de lazer e a construção de moradias no bairro de Madureira, umdos mais importantes da Zona Norte do Rio de Janeiro. A Light, usando tecnologias, reduziria oespaço utilizado para as faixas das linhas de transmissão de 100 para 20 metros, liberandouma grande área para a construção de parque público no local.

Fica também sob a responsabilidade do Instituto Light o patrocínio de eventos culturais, algunsdos quais beneficiados pela Lei Rouanet e pela Lei do ICMS-RJ. Em 2006, os projetos que oInstituto optou por patrocinar foram escolhidos por terem dimensões compatíveis com a própriaLight e serem do seu interesse, estarem vinculados à área social e serem conduzidos pelainiciativa privada e individual. Os principais patrocínios foram para a Orquestra SinfônicaBrasileira (R$750 mil), a Bienal do Livro (R$750 mil) o Festival de Cinema do Rio de Janeiro(R$300 mil); o Museu da Casa do Pontal (R$210 mil) e a Feira da Providência (R$260 mil), esteúltimo foi contemplado por sua relevante importância social.

Instituto Light

Projetos Permanentes do Instituto Light

Projeto Centro Cultural Light

para Estudantes

Projeto Educacional gratuito, direcionado aos estudantes da rede pública

de ensino. Consiste em um Circuito onde os estudantes monitorados por 9

estagiários realizam conhecem a história da eletricidade e da Light. As

diversas atividades, permanentes e temporárias (Planeta Energia, Peça

teatral “A Grande Viagem no Bonde do Tempo”, Espaço Memória, Espaço

Rio Antigo, Espaço Rua Larga, totem de multimídia, Espaço de Vídeo,

exposições temporárias e lanche) que compõem o Circuito, foram abertas

ao público em julho de 2002. Em 2006, o Projeto atendeu 39.710

estudantes e professores de 416 instituições de ensino do Estado do Rio

de Janeiro, além do público avulso, contribuindo para a disseminação do

conhecimento da eletricidade (sua história e formas de produção) e do

importante papel da Light no desenvolvimento do Rio de Janeiro. É a Light

contribuindo para a formação das novas gerações.

Serviços para

pesquisadores

A Light disponibiliza seus arquivos históricos, incluindo o acervo fotográfico

para pesquisadores

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As demais ações sociais realizadas pela Light, têm como foco a melhoria do seurelacionamento com os clientes de baixa renda. Estas iniciativas contribuem fortemente para aimagem da Companhia, criando um clima de confiança e respeito para os seus funcionáriosque atuam no campo. Em 2006, foram investidos R$ 730 mil nas seguintes atividades:

� Financiamento pré-vestibular nas comunidades Caju e Maré - 200 alunos/ano;� Manutenção de 104 Escolas de Informática e Cidadania – EIC’s do Comitê de

Democratização de Informática (CDI), beneficiando 4.500 alunos/ano;� Patrocínio para a criação de 4 novas EIC’s, com a expectativa de beneficiar em torno de

200 alunos ao ano;

Ação Social

Outras ações sociais

Atendimento a Clientes

de Baixa Renda em

Comunidades

Ações com objetivo de criar um Consumo Ético entre esses consumidores, isto

é, que paguem pelo serviço de energia que usam. A Companhia acredita que,

ajudando essas pessoas que vivem em comunidades a utilizar a energia e

equipamentos econômicos, eles retribuíram pagando pelo serviço usado. Foram

investidos R$5.8 milhões em 2006.

Inclui a implantação de pontos e postos de atendimento, doação de padrão de

entrada, ações de eficiência energética para este perfil de clientes, doação de

luminárias eficientes e lâmpadas para o micro comércio, reforma das

instalações elétricas de casas miseráveis nas comunidades, doação de

lâmpadas, e ações nas escolas.

Programa Iluminar Desenvolvido em parceria com a APAEL - Associação de Pais, Amigos e

Pessoas Portadoras de Necessidades Especiais da Light e a ANDEF -

Associação Niteroiense de Deficientes Físicos, inclui jovens deficientes no

mercado de trabalho, dá visibilidade à sua existência e criar um ambiente

instrutivo e seguro para sua inclusão. Desperta entre os colaboradores a

solidariedade, a ética, o respeito à diversidade e a cooperação através da

convivência diária com portadores de deficiências. Os participantes desse

programa realizam atividades com o apoio e acompanhamento de tutores por

quatro horas por dia.

Meninos do Rio A Light mantém um programa voltado para adolescentes de comunidades

carentes em áreas de risco, objetivando sua inserção no mercado de trabalho,

através da Associação Beneficente São Martinho. Em 2006 foram atendidos,

em média 98 adolescentes por mês. Foram gastos neste período

R$1.037.545,27 com salários, benefícios e treinamento aos jovens

participantes.

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Balanço Social Anual / 2006Empresa: CONSOLIDADO1 - Base de CálculoReceita líquida (RL)Resultado operacional (RO)Folha de pagamento bruta (FPB)2 - Indicadores Sociais Internos Valor (mil % sobre FPB % sobre RLAlimentação 16.713 7% 0%Encargos sociais compulsórios 49.286 19% 1%Previdência privada 10.871 4% 0%Saúde 11.966 5% 0%Segurança e saúde no trabalho 707 0% 0%Educação 3.639 1% 0%Cultura 0 0% 0%Capacitação e desenvolvimento profissional 3.270 1% 0%Creches ou auxílio-creche 440 0% 0%Participação nos lucros ou resultados 17.753 7% 0%Outros 6.006 2% 0%Total - Indicadores sociais internos 120.652 47% 2%3 - Indicadores Sociais Externos Valor (mil % sobre RO % sobre RLEducação 1.055 1% 0%Cultura 2.557 3% 0%Saúde e saneamento 278 0% 0%Esporte 0 0% 0%Combate à fome e segurança alimentar 0 0% 0%Outros 10.825 12% 0%Total das contribuições para a sociedade 14.715 16% 0%Tributos (excluídos encargos sociais) 2.746.610 3054% 51%Total - Indicadores sociais externos 2.761.325 3070% 51%4 - Indicadores Ambientais Valor (mil % sobre RO % sobre RL

Empresa 6.610 7% 0%

Investimentos em programas e/ou projetos externos 0 0% 0%

Total dos investimentos em meio ambiente 6.610 7% 0%

Quanto ao estabelecimento de “metas anuais” para minimizar resíduos, o consumo em geral na produção/ operação e aumentar a eficácia na utilização de recursos naturais, a empresa

5 - Indicadores do Corpo FuncionalNº de empregados(as) ao final do períodoNº de admissões durante o períodoNº de empregados(as) terceirizados(as)Nº de estagiários(as)Nº de empregados(as) acima de 45 anosNº de mulheres que trabalham na empresa% de cargos de chefia ocupados por mulheresNº de negros(as) que trabalham na empresa% de cargos de chefia ocupados por negros(as)

Nº de portadores(as) de deficiência ou necessidades especiais6 - Informações relevantes quanto ao exercício da cidadania empresarial

Relação entre a maior e a menor remuneração na empresa

Número total de acidentes de trabalho

Os projetos sociais e ambientais desenvolvidos pela empresa foram definidos por:

( ) direção ( ) direção e gerências

( X ) todos(as) empregados(as)

Os pradrões de segurança e salubridade no ambiente de trabalho foram definidos por:

( ) direção e gerências

( ) todos(as) empregados(as)

( X ) todos(as) + Cipa

Quanto à liberdade sindical, ao direito de negociação coletiva e à representação interna dos(as) trabalhadores(as), a empresa:

( ) não se envolve

(X ) segue as normas da OIT

( ) incentiva e segue a OIT

A previdência privada contempla:( ) direção ( ) direção e

gerências( X ) todos(as)

empregados(as)

A participação dos lucros ou resultados contempla:( ) direção ( ) direção e

gerências( X ) todos(as)

empregados(as)

Na seleção dos fornecedores, os mesmos padrões éticos e de responsabilidade social e ambiental adotados pela empresa:

( ) não são considerados

( ) são sugeridos ( X ) são exigidos

Quanto à participação de empregados(as) em programas de trabalho voluntário, a empresa:

( ) não se envolve

( ) apóia ( x ) organiza e incentiva

Número total de reclamações e críticas de consumidores(as): na empresa 12.802

no Procon 1.512

na Justiça 28.073

% de reclamações e críticas solucionadas: na empresa 98%

no Procon 98%

na Justiça 64%

Valor adicionado total a distribuir (em mil R$):

Distribuição do Valor Adicionado (DVA):

4.152261

143

2006

N/A

Em 2006: 4.318.157

1.660828

24,00%N/A

2006 Valor (mil reais)

24

33,08

6,9 % governo 77,6 % colaboradores(as) 0 % acionistas 19,0 % terceiros -3,5 % retido

5.423.107 89.938

256.851

( ) não possui metas ( ) cumpre de 51 a 75% ( ) cumpre de 0 a 50% (X) cumpre de 76 a 100%

117

5.858

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Outras Informações

Auditoria Externa

Em cumprimento à Instrução CVM nº 381/03, informamos que a Deloitte Touche TohmatsuAuditores Independentes não possui com a Light S.A. outro contrato que não o de serviçosrelacionados à auditoria externa.

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PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

AosAcionistas e Conselho de Administração daLight S.A.Rio de Janeiro – RJ

1. Examinamos os balanços patrimoniais da Light S.A. e controladas (controladora econsolidado), levantados em 31 de dezembro de 2006, e as respectivas demonstrações dosresultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursoscorrespondentes ao exercício findo naquela data, elaborados sob a responsabilidade de suaAdministração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essasdemonstrações financeiras.

2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas brasileiras de auditoria ecompreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, ovolume de transações e os sistemas contábeis e de controles internos da Companhia e desuas controladas; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros quesuportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas edas estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração da Companhia ede suas controladas, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas emconjunto.

3. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 representamadequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da LightS.A. e controladas (controladora e consolidado) em 31 de dezembro de 2006, e os resultadosde suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seusrecursos correspondentes ao exercício findo naquela data, de acordo com as práticascontábeis adotadas no Brasil.

4. Nossos exames foram conduzidos com o objetivo de emitir parecer sobre as demonstraçõesfinanceiras básicas referidas no parágrafo 1, tomadas em conjunto. As demonstrações dofluxo de caixa (controladora e consolidado), que estão sendo apresentadas para propiciarinformações suplementares sobre a Companhia e suas controladas, não são requeridas comoparte integrante das demonstrações financeiras básicas, de acordo com as práticas contábeisadotadas no Brasil. Essas demonstrações suplementares do fluxo de caixa foram submetidasaos mesmos procedimentos de auditoria descritos no parágrafo 2, e em nossa opinião, essasdemonstrações suplementares estão adequadamente apresentadas, em todos os aspectosrelevantes, em relação às demonstrações financeiras básicas referentes ao exercício findo em31 de dezembro de 2006, tomadas em conjunto.

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Light S.A. 2

5. As demonstrações financeiras referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2005foram examinadas por outros auditores independentes, os quais emitiram parecer, semressalvas, datado de 25 de janeiro de 2006.

Rio de Janeiro, 23 de fevereiro de 2007

DELOITTE TOUCHE TOHMATSU Celso de Almeida MoraesAuditores Independentes ContadorCRC 2SP 011.609/O-8 “F” RJ CRC 1SP 124.669/O-9 “S” RJ

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ITR - INFORMAÇÕES TRIMESTRAIS Data-Base - 31/12/2006 Legislação Societária01.01. - IDENTIFICAÇÃO1 - Código CVM 2 - Denominação Social 3 - CNPJ01987-9 LIGHT S.A . 03.378.521/0001-75

Notas 31/12/2006 31/12/2005 31/12/2006 31/12/2005

CIRCULANTEDisponibilidades 4 206 1 695.108 1 Consumidores, concessionárias e permissionárias 5 2.349.471 Provisão para créditos de liquidação duvidosa 5 (579.060) Tributos a compensar 6 150 - 276.021 - Estoques 11.409 Serviços prestados 30.294 Despesas pagas antecipadamente 7 56 247.730 Outros créditos 8 256 54.950 Total 668 1 3.085.923 1

ATIVO NÃO CIRCULANTE 1.508.756 - 5.472.813 -

REALIZÁVEL A LONGO PRAZOConsumidores, concessionárias e permissionárias 5 182.913 Tributos a compensar 6 715.322 Depósitos vinculados a litígios 133.790 Despesas pagas antecipadamente 7 315.959 Outros créditos 8 112.210 Total - - 1.460.194 -

PERMANENTEInvestimentos 9 1.508.756 34.825 Imobilizado, líquido 10 3.696.771 Intangível líquido 10 183.113 Diferido 97.910 Total 1.508.756 - 4.012.619 -

1.509.424 1 8.558.736 1

A T I V O

Controladora Consolidado

LIGHT S. A.BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO

(Em milhares de reais)

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ITR - INFORMAÇÕES TRIMESTRAIS Data-Base - 31/12/2006 Legislação Societária01.01. - IDENTIFICAÇÃO1 - Código CVM 2 - Denominação Social 3 - CNPJ01987-9 LIGHT S.A . 03.378.521/0001-75

Notas 31/12/2006 31/12/2005 31/12/2006 31/12/2005

CIRCULANTEFornecedores 11 231 464.972 Folha de pagamento 6 1.133 Tributos 6 16 257.087 Encargos financeiros 12 126.706 Empréstimos, financiamentos e debêntures 12 368.530 Obrigações estimadas 139 36.273 Encagos regulatórios 13 335.306 Provisão para contingências 14 3.302 Plano previdenciário e outros benefícios aos empregados 16 74.084 Outros débitos 15 522 75.391 Total 914 - 1.742.784 -

PASSIVO NÃO CIRCULANTE - - 5.307.442 -

EXIGÍVEL A LONGO PRAZOFornecedores 10 29.769 Encargos financeiros 12 68.132 Empréstimos, financiamentos e debêntures 12 2.671.406 Tributos 6 279.182 Encagos regulatórios 13 109.259 Provisão para contingências 14 1.241.322 Plano previdenciário e outros benefícios aos empregados 16 786.863 Outros débitos 16 118.777 Total - - 5.304.710 -

RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS - - 2.732 -

PATRIMÔNIO LÍQUIDOCapital social 18 1.704.618 1 1.704.618 1 Prejuízos acumulados (196.108) (196.108) Sub-total 1.508.510 1 1.508.510 1 Recursos destinados a aumento de capitalTotal 1.508.510 1 1.508.510 1

1.509.424 1 8.558.736 1

Controladora Consolidado

BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBROLIGHT S. A.

(Em milhares de reais)

P A S S I V O

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ITR - INFORMAÇÕES TRIMESTRAIS Data-Base - 31/12/2006 Legislação Societária01.01. - IDENTIFICAÇÃO1 - Código CVM 2 - Denominação Social 3 - CNPJ01987-9 LIGHT S.A . 03.378.521/0001-75

Controladora ConsolidadoNotas 31/12/2006 31/12/2006

RECEITA OPERACIONALFornecimento de energia elétrica 20 7.067.976 Suprimento de energia elétrica 20 361.655 Outras receitas 20 567.565 Total - 7.997.196

Deduções à receita operacionalICMS (1.892.362) Quota para reserva global de reversão (76.506) PIS/ COFINS (603.245) Outros (1.976)

Total - (2.574.089)

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA - 5.423.107

CUSTO DO SERVIÇO DE ENERGIA ELÉTRICA CUSTO COM ENERGIA ELÉTRICA

Energia comprada para revenda 25 (2.862.552)

- (2.862.552)

CUSTO DE OPERAÇÃOPessoal 23 (160.162) Materiais 23 (15.758) Serviços de terceiros 23 (95.693) Quota para conta de consumo de combustivel - CCC/CDE 23 (425.625) Provisões para contingências 23 (247.142) Depreciações e amortizações 23 (277.942) Outras 23 (35.447)

Total - (1.257.769)

CUSTO DO SERVIÇO PRESTADO A TERCEIROS

LUCRO OPERACIONAL BRUTO - 1.302.786

DESPESAS OPERACIONAIS

Com vendas 23 (446.949) Gerais e administrativas 23 (10.143) (439.036) Total (10.143) (885.985)

RESULTADO DO SERVIÇO (10.143) 416.801

RESULTADO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL (186.536) (1.516)

RECEITA ( DESPESA ) FINANCEIRA

Receita 26 691 415.797 Despesa 26 (120) (741.144) Total 571 (325.347)

RESULTADO OPERACIONAL (196.108) 89.938

Receita não operacional 27 4.942 Despesa não operacional 27 3.656

RESULTADO NÃO OPERACIONAL - 8.598

RESULTADO ANTES DOS TRIBUTOSE PARTICIPAÇÃO MINORITÁRIA (196.108) 98.536

Imposto de renda e contribuição social 5 (249.027)

LUCRO/(PREJUÍZO) ANTES DA PARTICIPAÇÃO MINORITÁRIA (196.108) (150.491)

Participação minoritária

LUCRO/(PREJUÍZO) LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (196.108) (150.491)

Lucro/(Prejuízo) por lote de 1.000 ações - R$ (0,00146) (0,00112)

Nº ações ( lote 1.000) 133.907.046 133.907.046

(Em milhares de reais)

LIGHT S.A.DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO

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ITR - INFORMAÇÕES TRIMESTRAIS Data-Base - 31/12/2006 Legislação Societária01.01. - IDENTIFICAÇÃO1 - Código CVM 2 - Denominação Social 3 - CNPJ01987-9 LIGHT S.A . 03.378.521/0001-75

CAPITAL SOCIAL

AÇÕES EM TESOURARIA

PREJUÍZOS ACUMULADOS

TOTAL

SALDOS EM 31/12/03 1 1

Lucro (Prejuízo) do Exercício -

SALDOS EM 31/12/04 1 - - 1

Lucro (Prejuízo) do Exercício

SALDOS EM 31/12/05 1 - - 1

Incorporação de empresas 1.704.563 1.704.563 Aumento de Capital 54 54 Lucro (Prejuízo) do Exercício (196.108) (196.108)

SALDOS EM 31/12/06 1.704.618 - (196.108) 1.508.510

LIGHT S.A.DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - CONTROLADORA

( Em milhares de reais )

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ITR - INFORMAÇÕES TRIMESTRAIS Data-Base - 31/12/2006 Legislação Societária01.01. - IDENTIFICAÇÃO1 - Código CVM 2 - Denominação Social 3 - CNPJ01987-9 LIGHT S.A . 03.378.521/0001-75

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(Em milhares de reais)

LIGHT S.A.DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS

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SERVIÇO PÚBLICO FEDERALCVM - COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOSDFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas Legislação SocietáriaEMPRESA COMERCIAL, INDUSTRIAL E OUTRAS Data-Base - 31/12/2006Reapresentação Espontânea

01987-9 LIGHT S.A. 03.378.521/0001-75

11.01 - NOTAS EXPLICATIVAS

11/04/2007 11:08:37 Pág: 1

ÍNDICE

NOTA 1 – HISTÓRICO E CONTEXTO OPERACIONALNOTA 2 – APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEISNOTA 3 - SUMÁRIO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEISNOTA 4 – DISPONIBILIDADESNOTA 5 - CONSUMIDORES, CONCESSIONÁRIAS E PERMISSIONÁRIAS (CLIENTES)NOTA 6 - TRIBUTOSNOTA 7 - DESPESAS PAGAS ANTECIPADAMENTENOTA 8 - OUTROS CRÉDITOSNOTA 9 – INVESTIMENTOSNOTA 10 - ATIVO IMOBILIZADO E INTANGÍVELNOTA 11 - FORNECEDORESNOTA 12– EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOSNOTA 13 – ENCARGOS REGULATÓRIOSNOTA 14 - PROVISÃO PARA CONTINGÊNCIASNOTA 15 – OUTROS DÉBITOSNOTA 16 - PLANO PREVIDENCIÁRIO E OUTROS BENEFÍCIOS AOS EMPREGADOSNOTA 17 – TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADASNOTA 18 - CAPITAL SOCIAL E RESERVASNOTA 19 – REMUNERAÇÃO AOS ADMINISTRADORESNOTA 20– FORNECIMENTO E SUPRIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICANOTA 21 – OUTRAS RECEITAS OPERACIONAISNOTA 22 – OPERAÇÕES DE COMPRA E VENDA DE ENERGIA REALIZADAS NO ÂMBITO DA CCEENOTA 23 – CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAISNOTA 24 – PARTICIPAÇÃO NOS RESULTADOSNOTA 25 - ENERGIA ELÉTRICA COMPRADA PARA REVENDANOTA 26 - RESULTADO FINANCEIRONOTA 27 - RESULTADO NÃO OPERACIONALNOTA 28 - INSTRUMENTOS FINANCEIROSNOTA 29– SEGUROSNOTA 30 – ACORDO GERAL DO SETOR ELÉTRICONOTA 31 – DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR ATIVIDADENOTA 32 – NOVOS CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DE UNIDADES CONSUMIDORAS NA SUBCLASSE RESIDENCIALBAIXA RENDANOTA 33 – DESVERTICALIZAÇÃO - ALTERAÇÕES NO MODELO DO SETOR ELÉTRICO – LEI Nº 10.848, DE 15 DEMARÇO DE 2004.NOTA 34– LEILÃO DE ENERGIANOTA 35– REAJUSTE TARIFÁRIONOTA 36 - SISTEMA DE ATENDIMENTO E GESTÃO COMERCIALNOTA 37 – FATO RELEVANTENOTA 38 - EVENTOS SUBSEQUENTESNOTA 39 – FLUXO DE CAIXANOTA 40 – INFORMAÇÕES ADICIONAIS

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SERVIÇO PÚBLICO FEDERALCVM - COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOSDFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas Legislação SocietáriaEMPRESA COMERCIAL, INDUSTRIAL E OUTRAS Data-Base - 31/12/2006Reapresentação Espontânea

01987-9 LIGHT S.A. 03.378.521/0001-75

11.01 - NOTAS EXPLICATIVAS

11/04/2007 11:08:37 Pág: 2

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASEM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 E DE 2005

(Valores expressos em milhares de reais)

NOTA 1 - CONTEXTO OPERACIONAL

A Light S.A., (atual denominação social da Trial Participações S.A.), foi constituída como controlada daLIGHT – Serviços de Eletricidade S.A.(“Light SESA”), em 27 de julho de 1999 permanecendo até 12 desetembro de 2005, quando teve suas ações alienadas à LIDIL Comercial Ltda.

A Light S.A. tem por objeto social a participação em outras sociedades, como sócia-quotista ou acionistae a exploração, direta ou indiretamente, conforme o caso, de serviços de energia elétrica,compreendendo os sistemas de geração, transmissão, comercialização e distribuição de energia elétrica,bem como de outros serviços correlatos.”

Em 05 de setembro de 2005, em atendimento a Lei 10.848/2004, foi aprovado pela ANEEL, através daResolução Autorizativa n°. 307/2005, o projeto de reorganização societária, onde a Light S.A passa a sera Companhia controladora do Grupo Light, sendo aprovada na Assembléia Geral Extraordináriarealizada em 13 de janeiro de 2006.

Em 14 de janeiro de 2006, a Light S.A. realizou AGE para redução do capital social da Light SESA emcontrapartida ao recebimento de: (i) totalidade das ações representativas do capital social da LightEnergia S.A.; (ii) participações societárias detidas pela Light SESA nas empresas Lightger Ltda.,Lighthidro Ltda., Light Esco – Prestação de Serviços Ltda., Itaocara Energia Ltda., HIE Brasil Rio SulLtda. e Instituto Light Para o Desenvolvimento Urbano e Social; e (iii) recursos financeiros.

Após a redução de capital ora referida, a Light S.A. passa a ser a Companhia controladora de todas asempresas operacionais do Grupo Light, entre as quais a ex-controladora Light SESA. Conformedemonstrado a seguir:

LIGHT - Serviços de Eletricidade S.A - Sociedade por ações de capital aberto que tem comoatividade principal a distribuição de energia elétrica;

Light Energia S.A - O objetivo é estudar, planejar, construir, operar e explorarsistemas de geração, transmissão e comercialização deenergia elétrica e serviços correlatos;

Light Esco Prestação De Serviços Ltda - O objetivo é atuar no mercado de prestação de serviços deco-geração, projetos, administração e soluções tais comoeficientização e definições de matrizes energéticas;

Itaocara Energia Ltda - Em fase pré-operacional, que tem como atividadeprincipal a exploração e produção de energia elétrica;

Lightger Ltda. e Lighthidro Ltda - Em fase pré operacional, ambas para participação emleilões de concessões, autorizações e permissões em novasusinas;

Instituto Light - O objetivo de ampliar sua participação em projetos sociaise culturais, interesse no futuro das cidades e seudesenvolvimento econômico e social, reafirmando suavocação para o social como empresa cidadã.

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11.01 - NOTAS EXPLICATIVAS

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Concessões, permissões e autorizações do Grupo Light:

Concessões / autorizações Data do ato Vencimento

Geração e distribuição (direta) Julho 1996 Junho 2026PCH Paracambi (indireta) Fevereiro 2001 Fevereiro 2031Hidroelétrica de Itaocara (indireta) Março 2001 Março 2036

NOTA 2 – APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

As notas explicativas da Light S.A não estão apresentadas comparativamente com o exercício de 2005, tendoem vista a entrada em operação como controladora, em 14 de janeiro de 2006, após a conclusão do processode desverticalização (vide nota 33).

Em 31 de dezembro de 2005 os saldos que compõem o balanço patrimonial eram:

Ativo R$ Passivo R$ Disponibilidade 1 Patrimônio Líquido 1

NOTA 3 - SUMÁRIO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS

As demonstrações financeiras da controladora e consolidada estão apresentadas em milhares de reais e foramelaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil previstas nas Leis nº 6.404 de 15.12.1976,9.457 de 05.05.1997 e 10.303 de 01.11.2001, segundo o Manual de Contabilidade do Serviço Público deEnergia Elétrica, normas definidas pela ANEEL, e complementadas pelas normas e procedimentos contábeisestabelecidos pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM .

Informações adicionais estão sendo apresentadas, em notas explicativas, em atendimento às instruçõescontidas no Ofício Circular no 2.396/2006-SFF/ANEEL, de 28 de dezembro de 2006 e em consonância com oOfício-Circular CVM/SNC/SEP no 01/2007, de 14 de fevereiro de 2007 e disposições complementares daComissão de Valores Mobiliários – CVM e normas aplicáveis às concessionárias de serviço público deenergia elétrica.

Através da Resolução ANEEL no 444, de 26 de outubro de 2001, foi instituído o Manual de Contabilidade,cujas normas inseridas através do Plano de Contas, Instruções Contábeis e do Roteiro de Divulgação deInformações Econômicas e Financeiras, estão sendo aplicadas compulsoriamente pelas concessionárias epermissionárias desde 1o de janeiro de 2002.

Práticas contábeis:

Ativo circulante e realizável a longo prazo:

� Disponibilidades – incluem aplicações financeiras registradas ao custo acrescido das receitas auferidasaté a data do balanço, e não excedem o seu valor de mercado.

� Consumidores, concessionárias e permissionárias (Clientes) – incluem o fornecimento da energiaelétrica faturado e a faturar, acréscimos moratórios, juros oriundos de atraso no pagamento erenegociação de dívidas de consumidores e energia comercializada a outras concessionárias pelosuprimento de energia elétrica conforme montantes disponibilizados no âmbito da Câmara deComercialização de Energia Elétrica (“CCEE”) e créditos relacionados a ativos regulatórios de diversasnaturezas.

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11.01 - NOTAS EXPLICATIVAS

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� Provisão para créditos de liquidação duvidosa – está constituída com base em análise dos valores areceber dos clientes da classe residencial vencidos há mais de 90 dias, da classe comercial vencidos hámais de 180 dias e das classes industrial, rural, poder público, iluminação e serviço público vencidos hámais de 360 dias. No intuito de uma melhor avaliação e julgamento dos créditos considerados de difícilrecebimento, considera também uma análise individual do saldo dos maiores clientes, incluindoparcelamentos de débito e histórico de arrecadação.

� Registro das operações de compra e venda de energia na Câmara de Comercialização de EnergiaElétrica - CCEE – o custo da energia comprada e as receitas de suprimento estão reconhecidas peloregime de competência baseadas em informações divulgadas pela Câmara de Comercialização de EnergiaElétrica (CCEE) responsável pela apuração dos valores e quantidades de compras e vendas realizadas noâmbito do CCEE.

� Estoques – estão registrados ao custo médio, o qual não ultrapassa seu valor de mercado e ajustados, porprovisão para perdas, quando aplicável. Os materiais em estoque destinados a construções, expansão esubstituição da rede estão classificados no imobilizado.

� Despesas pagas antecipadamente – são compostas por valores efetivamente desembolsados e ainda nãoincorridos e incluem a Conta de Compensação da Variação de Valores de Itens da Parcela A - CVA erespectivos encargos que serão apropriados ao resultado à medida em que a receita correspondente forfaturada aos consumidores segundo rege a Portaria no. 296 e 116 de 25.10.2001 e 4.04.2003, Lei 10.448de 26.04.02 e resoluções complementares da ANEEL (vide nota 7).

� Demais ativos – estão demonstrados ao valor provável de realização incluindo, quando aplicável, asvariações monetárias e os rendimentos auferidos até a data do balanço.

Permanente:

� Investimento – as participações societárias permanentes relevantes, são avaliadas pelo método deequivalência patrimonial. Os demais investimentos são avaliados ao custo de aquisição corrigidomonetariamente até 31 de dezembro de 1995 reduzidos de provisão para perdas, quando aplicável.

� Ativo imobilizado – está composto pelo custo de aquisição ou construção, corrigidos monetariamente até31 de dezembro de 1995, incluindo juros e variações monetárias de financiamentos vinculados àexpansão dos serviços de energia elétrica, que são capitalizados nas imobilizações em curso, adicionadosainda dos gastos da administração central e deduzidos da depreciação acumulada calculada pelo métodolinear.

� Encargos financeiros e variações monetárias e cambiais – em função do disposto nas instruçõescontábeis n.º 6.3.10, item 4, do Manual de Contabilidade do Serviço Público de Energia Elétrica, os jurose demais encargos financeiros e variações monetárias e cambiais, relativamente aos financiamentosobtidos de terceiros, efetivamente aplicados no imobilizado em curso são capitalizados, compondo ocusto de construção e formação do ativo imobilizado. O mesmo procedimento foi adotado, até 31 dedezembro de 1997, para os juros sobre obras em andamento (JOA), conforme previsto na legislaçãoespecífica do Serviço Público de Energia Elétrica.

� Custos indiretos de obras em andamento – mensalmente, parte dos gastos da administração central sãoapropriados às imobilizações em curso, mediante rateio, com base em critérios adequadamentefundamentados.

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� Obrigações especiais vinculadas à concessão – são registradas pelos valores recebidos de consumidorese órgãos públicos para realização de obras necessárias ao atendimento de fornecimento ou alteração nofornecimento de energia elétrica e apresentadas como redutora do ativo imobilizado.

� Passivos circulante e exigível a longo prazo – são demonstrados pelos valores conhecidos oucalculáveis, acrescidos, quando aplicáveis, dos correspondentes encargos e variações monetáriasincorridos até a data do balanço.

� Imposto de renda e contribuição social – são calculados e registrados com base nas alíquotas vigentesna data de elaboração das demonstrações financeiras de acordo com o regime de competência. Osimpostos diferidos atribuíveis a diferenças temporárias, prejuízos fiscais e base negativa de contribuiçãosocial são registrados no ativo e ajustadas ao seu valor provável de recuperação com base nas projeçõesde resultados operacionais suficientes para a utilização daqueles ativos.

� Plano previdenciário e outros benefícios aos empregados – foram calculados por atuáriosindependentes, na data do balanço, com relação a custos, contribuições e passivo atuarial, adotando-se ométodo de crédito unitário projetado, de acordo com previsão regulamentar estabelecida na DeliberaçãoCVM n.º 371/2000, e contabilizados em 2001 a débito de lucros acumulados. As atualizações dosreferidos saldos estão sendo registradas a débito do resultado do exercício e a provisão no passivocontempla o passivo da CVM n.º 371/2000 ou o contrato de equalização, dos dois o maior.

� Provisão para contingências – são constituídas mediante a avaliação e quantificação das ações, cujaprobabilidade de perda é considerado provável na opinião da administração de seus assessores legais.

Resultado do exercício:

É apurado em conformidade com o regime contábil da competência de exercícios:

� Reconhecimento de receitas – as receitas de todos os serviços prestados são reconhecidas quandoauferidas. O faturamento de energia elétrica para todos os consumidores é efetuado mensalmente deacordo com o calendário de leitura. A receita não faturada, correspondente ao período decorrido entre adata da última leitura e o encerramento do mês, é estimada e reconhecida como receita no mês em que aenergia foi consumida.

� Estimativas – a preparação das demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadasno Brasil, requer que a administração do Grupo se baseie em estimativas para o registro de certastransações que afetam os ativos e passivos, receitas e despesas, bem como a divulgação de informaçõessobre dados das suas demonstrações financeiras. Os resultados finais dessas transações e informações,quando de sua efetiva realização em períodos subseqüentes, podem diferir dessas estimativas.

� Receitas e despesas financeiras – incluem os juros, variações monetárias e cambiais incidentes sobre osdireitos e obrigações sujeitos à atualização monetária até a data do balanço, e os resultados de operaçõesde “hedge”, os quais são apropriados no prazo de vigência dos contratos e o resultado temporárioreconhecido nas demonstrações financeiras na medida da permanência até seus vencimentos. Os ativos epassivos em moeda estrangeira são convertidos para reais em função da taxa de câmbio reportada peloBanco Central do Brasil. O efeito líquido dessas atualizações está refletido no resultado do exercício.

� Lucro (prejuízo) por ação – é determinado considerando-se a quantidade de ações em circulação na datado balanço.

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Consolidação

As demonstrações financeiras consolidadas incluem a Light S.A. e suas controladas e coligadas, conformenota 9. Tais demonstrações financeiras foram elaboradas em consonância com as normas de consolidação daLei n.º 6.404/76 e da Instrução CVM n° 247/96. Assim, foram eliminadas as participações entre as empresasconsolidadas, os saldos de contas a receber e a pagar, as receitas e as despesas entre as empresas. Devido àinexistência de lucros não realizados em operações intercompanhias, o patrimônio líquido da controladora éigual ao consolidado.

Segue a reconciliação do resultado entre a controladora e o consolidado em 31 de dezembro de 2006:

Prejuízo controladora em 31 de dezembro de 2006 (196.108)

Ajuste exercício anterior (1) 45.617

Prejuízo consolidado em 31 de dezembro de 2006 (150.491)

(1) Ajuste referente ao novo critério de contabilização dos programas de eficiência energética e pesquisa edesenvolvimento (vide nota 13(c)).

Reclassificação de Saldos Contábeis

As demonstrações financeiras da Light S.A e suas controladas estão sendo apresentadas de acordo com aDeliberação CVM n° 488, de 3 de outubro de 2005.

NOTA 4 – DISPONIBILIDADES

Controladora Consolidado31/12/2006 31/12/2006

Numerário disponível 124 78.169Aplicações financeiras 82 616.939Total 206 695.108

Controladora Consolidado31/12/2006 31/12/2006

Aplicações financeiras Taxa Vencimento Overnight (controladas LIR e LOI) - Diário 1.475 Fundos de investimento financeiro CDI Diário 82 594.039 Outros CDI Diário 21.425Total 82 616.939

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11.01 - NOTAS EXPLICATIVAS

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NOTA 5 – CONSUMIDORES, CONCESSIONÁRIAS E PERMISSIONÁRIAS (CLIENTES)

Consolidado31/12/2006

CIRCULANTE Fornecimento faturado 1.406.770 Fornecimento não faturado 249.409 Parcelamento de débitos 382.390

2.038.569

Comercialização no âmbito do CCEE (vide nota 22) 13.177 Suprimento e encargos de uso da rede elétrica 49.600 Créditos a recuperar na tarifa 27.951 Energia livre – ressarcimento a geradoras 67.914 Recomposição tarifária extraordinária (vide nota 30) 152.260

310.902

2.349.471 (-) Provisão para créditos de liquidação duvidosa (579.060)

1.770.411LONGO PRAZO Parcelamento de débitos 88.974 Energia livre – ressarcimento a geradoras 214.965 Encargo energia livre – PIS/COFINS 28.310 Recomposição tarifária extraordinária (vide nota 30) 253.768 (-) Provisão para energia livre (nota 11 e 30) (185.196) (-) Provisão para créditos de liquidação duvidosa - RTE (34.148) (-) Provisão para perdas na recomposição tarifáriaextraordinária (vide nota 30) (183.760)

182.913

Os parcelamentos de débitos com vencimentos superiores a um ano, em geral incluem encargos financeirosnegociados individualmente com os consumidores.

Os saldos vencidos e a vencer relativos ao fornecimento faturado de energia elétrica e ao parcelamento dedébitos em 31 de dezembro de 2006 estão distribuídos da seguinte forma:

Consolidado31/12/2006

Saldos Saldos Vencidosa vencer até 90 dias + 90 dias Total

Residencial 139.257 148.180 401.423 688.860Industrial 27.950 25.395 173.378 226.723Comércio, serviços e outras 126.062 66.311 167.100 359.473Rural 605 380 419 1.404Poder público 56.143 51.507 97.419 205.069Iluminação pública 14.102 25.198 51.034 90.334Serviço público 74.001 2.010 230.260 306.271

438.120 318.981 1.121.033 1.878.134

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11.01 - NOTAS EXPLICATIVAS

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A administração da Light SESA concluiu com êxito, em dezembro de 2006, o acordo entre a Light SESA, oEstado do RJ e a CEDAE, com conversão de parte do débito em Créditos de ICMS e o saldo remanescenteparcelado com garantias da conta de arrecadação da CEDAE, em banco de primeira linha, de forma a garantiro recebimento dos débitos vencidos e o fluxo corrente de faturamentos do fornecimento de energia elétrica. Osaldo do contas a receber Curto e Longo Prazo estão demonstrados a seguir:

Posição do Contas a Receber da CEDAE em 31 de dezembro de 2005Contas a receber da CEDAE em Dezembro de 2005 254.180Parte da dívida compensável em créditos de ICMS (1) (vide nota 6(f)) (158.995)Saldo da dívida negociado para parcelamento em 31 de dezembro de 2005 95.185

Posição do Contas a Receber da CEDAE em 31 de dezembro de 2006Saldo da dívida negociado para parcelamento em Dezembro de 2005 95.185Montante pago em 2006 - correspondente a 11 parcelas (22.000)Saldo do parcelamento em 31 de dezembro de 2006 - negociados em dezembro de 2005 73.185

Fornecimento de energia elétrica do período de jan a jun e agosto de 2006 61.660Total do contas a receber com a CEDAE - faturas vencidas até 31 de dezembro de 2006 134.845

Contas a receber convertido em crédito de ICMS - aditamento dezembro de 2006 (2) (vide nota 6(f)) (43.319)Saldo do novo parcelamento celebrado em dezembro de 2006 91.526

(-) Ajuste a Valor Presente (19.980)Valor Presente dos créditos vencidos a receber da CEDAE em 31 de dezembro de 2006 71.546

(1) Projeto de Lei Estadual n° 4.584, de 26 de julho de 2005, e valores ratificados pela Auditoria Geral doEstado do Rio de Janeiro e pelo TCE-RJ, a ser compensado em 60 parcelas iguais e consecutivas.

(2) Restituição na forma de crédito tributário, deferido pela Secretária de Estado da Receita do Rio deJaneiro.

NOTA 6 -TRIBUTOS

Controladora ConsolidadoAtivo Passivo Ativo Passivo

31/12/2006 31/12/2006 31/12/2006 31/12/2006CIRCULANTE Créditos fiscais – IRPJ e CSL (b) 150 36.411 Adicional estadual sobre IRPJ (b) 4.162 IRRF 12.279 1.174 ICMS 24.194 7.855 PIS/COFINS 19.726 44.449 PIS/COFINS – parcelamento (d) 5.133 INSS – parcelamento (d) 6.022 Antecipação de IRPJ / CSL 169.146 182.960 Outros 16 10.103 9.494TOTAL 150 16 276.021 257.087

LONGO PRAZO IRPJ e CSL diferidos (c) 568.176 IRPJ e CSL diferidos – ganhos de capital 2.187 ICMS (f) 147.146 IRPJ e CSL – 2004 e 2005 (e) 194.956 PIS/COFINS – parcelamento (d) 38.983 INSS – parcelamento (d) 43.056TOTAL 715.322 279.182

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a) Reconciliação das taxas efetivas e nominais da provisão para o imposto de renda e contribuição social:

����������������������������������2006

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b) Referem-se a créditos fiscais a compensar, provenientes de restituições de aplicações financeiras e órgãospúblicos, além de decisão transitada em julgado, aguardando liberação de pagamento através deprecatório.

c) IRPJ e CSL diferidos ativos oriundos de prejuízos fiscais e base negativa da CSL, e despesas/receitasreconhecidas no resultado, as quais serão deduzidas/adicionadas ao lucro real e à base da CSL, emperíodos futuros para cálculo dos impostos. A composição dos ativos diferidos em 31 de dezembro é:

Consolidado2006

ATIVO E PASSIVO – CURTO E LONGO PRAZO IRPJ e CSL base negativa 898.971 Provisão para créditos de liquidação duvidosa 234.207 Provisão para participação nos lucros e resultados 5.123 Provisões para contingências trabalhistas 46.037 Provisões para contingências fiscais 225.491 Provisões para contingências cíveis 82.917 Outras provisões 29.625

1522.371 (-) Provisão para recuperação (957.886)Total – Light SESA 564.485

IRPJ e CSL base negativa – Light Energia e Light Esco 3.691Total – Consolidado 568.176

Reversão da Provisão para recuperação – não contabilizada (1) 294.915

Atendendo as normas da Instrução CVM n.º 371 de 25 de junho de 2002, as controladas do grupo, combase em expectativas de lucro tributável futuro, vem demonstrar as parcelas de realização do ativo fiscaldiferido para o período de 12 anos como segue:

2007 335.953 2008 173.284 2009 129.832 2010 138.132 2011 90.271 2012 a 2014 298.677 2015 a 2017 334.818 2018 21.404

1.522.371 (-) Provisão para recuperação (957.886)Total – Light SESA 564.485

2007 – Light Energia e Light Esco 3.691Total - Consolidado 568.176

Reversão da Provisão para recuperação – não contabilizada (1) 294.915

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11.01 - NOTAS EXPLICATIVAS

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Baseado em estudo técnico de viabilidade, com projeção de resultados tributáveis futuros da subsidiáriaLight SESA, a administração estima absorver a totalidade dos créditos fiscais de R$ 1.522.371 em umprazo máximo de 12 anos. Vale enfatizar que estes créditos fiscais diferidos não prescrevem. Uma vezque a Light SESA apresentava em 2002, expectativa de geração de lucros tributáveis futuros pararealização do ativo fiscal diferido em um prazo superior a 10 anos, decidiu por ajustar o montante dessescréditos fiscais diferidos tomando por base o seu valor presente em 31 de dezembro de 2002.

Com isto, existe contabilizado uma provisão para recuperação a valor presente no montante de R$957.886, resultando em ativo fiscal diferido de R$ 564.485. A administração considerou como premissaso retorno esperado face às decisões de investimentos, ajustes administrativos e financeiros,reorganizações societárias e, ainda, a característica da atividade de distribuidor de energia elétrica.(1) Com base nas projeções de lucros tributáveis futuros e evolução das adições/exclusões temporárias,parte deste ativo fiscal diferido, ajustado a valor de recuperação, poderia ser novamente reconhecido,através de reversão parcial desta provisão, em montante estimado de R$ 294.915, mas por ainda nãoapresentar, nesta data, histórico de lucro tributável nos últimos 3 anos, optou-se por não proceder areversão parcial da provisão, em atendimento à instrução CVM 371/02.

d) Programa de Parcelamento Especial – PAES (REFIS II) – A Lei n.º 10.684, de 31 de maio de 2003,instituiu o Programa de Parcelamento Especial – PAES, destinado à regularização de créditos da Uniãodecorrentes de débitos de pessoas jurídicas, relativos a tributos e contribuições administrados pelaSecretaria da Receita Federal, Procuradoria Geral da Fazenda Nacional e Instituto Nacional de SeguroSocial – INSS. O prazo para opção ao parcelamento foi estabelecido originalmente para 31 de julho de2003, e posteriormente prorrogado para 29 de agosto de 2003.

Em 31 de julho de 2003 a controlada Light SESA protocolou o seu “pedido de parcelamento”, conformeprotocolo 200300003672, confirmado pela Secretaria da Receita Federal, tendo efetuado o pagamento daprimeira parcela nessa mesma data. O montante da dívida incluída no PAES foi de R$51.344 (líquido daredução de multa de 50%), que encontrava-se em discussão administrativa quanto à legalidade daexclusão da RGR e CCC da base de cálculo do PIS e da COFINS. O pagamento será efetuado em 120parcelas, sendo que a consolidação do valor devido, ainda não foi homologada pela Secretaria da ReceitaFederal. Até 31 de dezembro de 2006, 45 parcelas foram quitadas pela controlada. O valor das parcelasfoi calculado a partir do total da dívida pelo prazo de parcelamento sendo atualizado com base navariação da Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP. O saldo em 31 de dezembro de 2006 é de R$ 44.116.

Com relação ao Instituto Nacional de Seguro Social – INSS, a controlada protocolou “pedido deparcelamento” em 31 de julho de 2003, conforme protocolo n.º 60.213.452-8. O montante da dívidaincluída no PAES foi de R$59.975 (líquido da redução de multa de 50%), que encontrava-se emdiscussão judicial buscando a recuperação dos valores recolhidos a título de SAT – Seguro de Acidentede Trabalho. O pagamento será efetuado em 120 parcelas, sendo que a consolidação do valor devido, jáfoi homologada pelo INSS. Até 31 de dezembro de 2006, 45 parcelas foram quitadas pela controlada. Ovalor das parcelas foi calculado a partir do total da dívida pelo prazo de parcelamento sendo atualizadocom base na variação da Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP. O saldo em 31 de dezembro de 2006 éde R$ 49.078.

Em 31 de julho de 2006 foi efetuado um ajuste referente a atualização monetária do saldo das parcelasremanescentes do Programa de Parcelamento Especial – PAES no montante de R$20,2 milhõesconforme mencionado na Nota 37.

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e) Em 20.02.2003, foi impetrado Mandado de Segurança com pedido de liminar, a fim de que a Light SESAnão fosse compelida ao recolhimento do IRPJ e da CSL incidentes sobre:

(i) os lucros auferidos pelas empresas LIR e LOI antes de sua efetiva disponibilização,afastando a aplicação da regra prevista no parágrafo único do artigo 74 da MedidaProvisória nº 2.158-35, de 24.08.2001 (MP 2.158-35), relativamente aos períodos de 1996 a2001;

(ii) os lucros auferidos pelas empresas LIR e LOI antes de sua efetiva disponibilização, não seaplicando a regra prevista no artigo 74, caput, da MP 2.158-35/01, relativamente ao ano-calendário de 2002 e seguintes;

Atualmente, sob os efeitos da decisão proferida liminarmente nos autos do Mandado de Segurança nº2003.51.01.005514-8, que suspendeu a cobrança do IRPJ e da CSL, aguarda-se o julgamento, peloTribunal Regional Federal da 2ª Região, do recurso interposto pela Fazenda Nacional.

Com base nesta decisão judicial, a Light SESA suspendeu o pagamento do Imposto de Renda e daContribuição Social, incidente sobre o lucro tributável de 2004, 2005 e 2006, apurado em virtude daadição, à base de cálculo destes tributos, dos lucros auferidos pelas empresas situadas no exterior. Omontante provisionado é de R$ 194.956.

f) Em 31 de julho de 2006 foi efetuada uma provisão para ajuste a valor presente de recuperação de créditotributário de ICMS, convertidos e homologados pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro. Em 31 dedezembro de 2006 o saldo desta provisão era:

Posição do Créditos de ICMS provenientes da dívida da CEDAE em 31 de dezembro de 2006Créditos de ICMS provenientes da Negociação de dívidas da CEDAE (vide nota 5) 158.995 (1)Montante compensado em 2006 (correspondente a 13 parcelas) (34.449)Créditos de ICMS em 31 de dezembro de 2006 - negociados em dezembro de 2005 124.546

Contas a receber convertido em crédito de ICMS - aditamento dezembro de 2006 (vide nota 5) 43.319 (2)Atualização do crédito de ICMS de 2006 1.952Crédito de ICMS em Dezembro de 2006 169.817

(-) Ajuste a Valor Presente (35.172)Valor Presente dos créditos de ICMS provenientes da dívida da CEDAE em 31/12/06 134.645

(1) Valores ratificados pela Auditoria Geral do Estado do Rio de Janeiro e pelo TCE-RJ, a ser compensadoem 60 parcelas iguais e consecutivas.

(2) Deferido o pedido de restituição do crédito tributário pela Secretária de Estado da Receita do Rio deJaneiro

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NOTA 7 – DESPESAS PAGAS ANTECIPADAMENTE

Controladora Consolidado31/12/2006 31/12/2006

CIRCULANTE Contas de compensação – CVA – período de novembro de 2001 a outubro de 2005 (a) 105.022 PIS e COFINS – IRT (vide nota 8 item a) 68.618 Prêmio de opções Swap 11.059 Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica – PROINFA 22.540 Componentes financeiros – IRT (d) 38.118 Outros 56 2.373 Total 56 247.730

LONGO PRAZO Contas de compensação – CVA – período de novembro de 2005 a outubro de 2006 (a) 6.504 Acordo geral do setor elétrico – Parcela A (b) (nota 30) 303.344 Encargos do serviço do sistema (c) 4.112 Custo de Aquisição de Energia (CVA Energia) 1.999Total 315.959

a) A Conta de Compensação de Variação de Valores de Itens da Parcela A – CVA registra as variaçõesocorridas no período e juros SELIC entre reajustes tarifários anuais dos valores de tarifa de repasse depotência proveniente de Itaipu; tarifa de transporte de energia elétrica proveniente de Itaipu; quota derecolhimento à Conta de Consumo de Combustíveis – CCC; conta de desenvolvimento econômico –CDE; encargos de serviço do sistema – ESS; tarifa de uso das instalações de transmissão integrantes darede básica e compensação financeira pela utilização de recursos hídricos – CFURH.

CVA Energia

Através da Resolução Normativa nº 153, de 14 de março de 2005, originada da Portaria Interministerialnº 361, de 26 de novembro de 2004, a ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica estabeleceu oscritérios e procedimentos para cálculo e repasse, às tarifas de fornecimento de energia elétrica dasconcessionárias de distribuição, do saldo da conta de Compensação de variação dos Custos de aquisiçãode energia elétrica – CVA Energia.

A parcela referente ao período de novembro de 2002 a outubro de 2003, assim como uma pequenaparcela remanescente do período de novembro de 2001 a outubro de 2002, que foi diferida em 4 de abrilde 2003, através da PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 116/03, estão sendo recuperadas em 24meses a partir do reajuste tarifário de novembro de 2004.

Em dezembro de 2003, a controlada Light SESA assinou contrato de financiamento com o BNDES noâmbito do Programa Emergencial e Excepcional de Apoio às Concessionárias de Serviços Públicos deDistribuição de Energia Elétrica, destinado a suprir a insuficiência de recursos decorrente do diferimento,acima referido, da CVA referente ao período de novembro de 2002 a outubro de 2003, no valor total deR$157.663, como segue:

31/12/2006CIRCULANTEPeríodo de novembro de 2001 a outubro de 2002 – ATIVO 20.155Período de novembro de 2001 a outubro de 2002 – PASSIVO (10.961)

9.194LONGO PRAZOPeríodo de novembro de 2002 a outubro de 2003 – ATIVO 175.211Período de novembro de 2002 a outubro de 2003 – PASSIVO (26.742)

148.469

TOTAL 157.663

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b) Parcela A referente ao período de 1o de janeiro a 25 de outubro de 2001 a ser recuperada através darecomposição tarifária extraordinária prevista na medida provisória n.º 14 de 21 de dezembro de 2001,conforme descrito na nota 30.

c) Encargos do serviço do sistema, pagos à CCEE pela geração despachada e não utilizada, a serem

recuperadas nos próximos reajustes tarifários anuais.

d) Componentes financeiros homologados no reajuste tarifário anual de 2006 da controlada Light SESA,através da Resolução Homologatória nº 391, de 6 de novembro de 2006. A ANEEL considerou o valordo componente financeiro de R$45.484. Após as amortizações até a data, remanesce o saldo deR$38.118, a ser amortizado até outubro de 2007.

NOTA 8 – OUTROS CRÉDITOS

Controladora Consolidado31/12/2006 31/12/2006

CIRCULANTE Crédito baixa renda 7.743 Adiantamento a fornecedor e empregados 6 13.375 Empregados cedidos 1.324 Contribuição Iluminação Pública 26.654 Alugueis de imóveis 1.511 Outros 250 4.343Total 256 54.950

LONGO PRAZO PIS e COFINS – Compensar (a) 100.033 Bens e direitos destinados a alienação 11.534 Outros 643Total 112.210

(a) O saldo da conta outros créditos contempla o ativo regulatório para recomposição das tarifas de energia,no valor de R$100.033, em função da majoração de alíquotas e mudança no critério de apuração do PIS eCOFINS à não-cumulatividade, conforme Lei 10.637/02 e Lei 10.833/03, alteradas pela Lei 10.865/04,ainda não homologado pela ANEEL, mas a ser recuperado em prazo não superior à 3 anos, conformeofício circular da ANEEL nº 1.333/04, nos próximos reajustes tarifários anuais, de acordo com o ofícion.º 1.333/2004 – SFF/SRE/ANEEL. A partir de 07 de novembro de 2005, a ANEEL passou a divulgar atarifa líquida de PIS/COFINS, igualmente ao ICMS, possibilitando à empresa, a partir de então, oreconhecimento da alíquota efetiva destes tributos.

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NOTA 9 – INVESTIMENTOS

Controladora Consolidado31/12/2006 31/12/2006

Avaliadas por equivalência patrimonial: Light SESA. 1.347.958 Light Energia S.A. 147.132 Light Esco Prestação de Serviços Ltda. 8.803 Lightger Ltda. 3.289 Lighthidro Ltda. 50 Itaocara Energia. 849 Instituto Light 4 Subtotal 1.508.085

Avaliado por custo corrigido até 31 de dezembro de 1995 3.796 Bens de Renda 29.796 Outros 671 1.233 Total 1.508.756 34.825

INFORMAÇÕES SOBRE AS COMPANHIAS CONTROLADAS E COLIGADAS

2006 Light SESA Light Energia Light Esco Light Ger Light Hidro Instituto Light ItaocaraEnergia

Participação no capital (%) 100 100 100 100 100 100 100Capital social integralizado 4.315.556 77.422 9.427 2.000 50 300 2.697Patrimônio líquido 1.347.958 147.132 8.803 3.289 50 4 849Lucro (prejuízo) do exercício (210.323) 75.254 1.272Adiantamentos e empréstimos – Light SESA 7 7.102

MOVIMENTAÇÃO DOS INVESTIMENTOS NAS CONTROLADAS E COLIGADAS

Light SESA Light Energia Light Esco Light Ger Light Hidro Instituto Light ItaocaraEnergia :���

Incorporação de ações 1.601.825 77.422 7.584 3.289 50 4 849 1.691.023Ajuste de exercício anterior (1) (45.617) (45.617)Ajuste equivalência(2) 2.072 (5.544) (53) (3.525)Lucro (prejuízo) do exercício (210.323) 75.254 1.272 (133.797)

������������������ ������������������ ������������������ ������������������ ������������������ ������������������ ������������������ �����������������

-���������171*7*&&8 1.347.957 147.132 8.803 3.289 50 4 849 1.508.084

(1) Ajuste referente ao novo critério de contabilização dos programas de eficiência energética e pesquisa edesenvolvimento (vide nota 13(c)).

(2) Resíduo do Projeto de desverticalização concluído em Janeiro de 2006 (vide Nota 33)

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NOTA 10 – ATIVO IMOBILIZADO E INTANGÍVEL

Consolidado31/12/2006

Taxa médiaDepreciação Custo Histórico

DepreciaçãoAcumulada Valor Líquido

IMOBILIZADOEm Serviço 6.730.996 (3.046.540) 3.684.456 Distribuição 4,62 5.268.001 (2.354.124) 2.913.877

Terrenos 59.135 59.135Edificações, Obras Civis e Benfeitorias 246.586 (115.351) 131.235Máquinas e Equipamentos 4.908.168 (2.209.964) 2.698.204Veículos 23.605 (13.743) 9.862Móveis e Utensílios 30.507 (15.066) 15.441

Geração 2,86 935.176 (381.901) 553.275Terrenos 15.519 15.519Reservatórios, Barragens e Adutoras 426.354 (220.642) 205.712Edificações, Obras Civis e Benfeitorias 58.890 (27.230) 31.660Máquinas e Equipamentos 426.606 (128.093) 298.513Veículos 4.750 (4.186) 564Móveis e Utensílios 3.057 (1.750) 1.307

Transmissão 1,75 17.299 (7.236) 10.063Terrenos 203 203Máquinas e Equipamentos 17.096 (7.236) 9.860

Administração 7,83 292.629 (145.799) 146.830Terrenos 7.455 7.455Edificações, Obras Civis e Benfeitorias 73.832 (27.989) 45.843Máquinas e Equipamentos 118.511 (68.047) 50.464Veículos 5.084 (3.037) 2.047Móveis e Utensílios 87.747 (46.726) 41.021

Comercialização 6,39 217.891 (157.480) 60.411Terrenos 28 28Edificações, Obras Civis e Benfeitorias 2.925 (1.369) 1.556Máquinas e Equipamentos 202.487 (148.417) 54.070Veículos 788 (643) 145Móveis e Utensílios 11.663 (7.051) 4.612

Em Curso 235.815 235.815 Distribuição 135.845 135.845 Geração 66.406 66.406 Administração 29.471 29.471 Comercialização 4.093 4.093

4.

Total do Imobilizado 6.966.811 (3.046.540) 3.920.271Obrigações Especiais Vinculadas à Concessão (a) (223.500)Total Imobilizado Líquido 3.696.771

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Consolidado31/12/2006

TaxaDepreciação Custo Histórico

DepreciaçãoAcumulada Valor Líquido

INTANGÍVELEm Serviço 272.425 (211.665) 60.760 Distribuição 20,0% 171.621 (127.565) 44.056 Geração 20,0% 5.799 (4.674) 1.125 Administração 20,0% 50.697 (41.907) 8.790 Comercialização 20,0% 44.308 (37.519) 6.789

Em Curso 122.353 122.353 Distribuição 3.784 3.784 Administração 112.303 112.303 Comercialização 6.266 6.266

Total Intangível Líquido 394.778 (211.665) 183.113

O Grupo Light registra em seu intangível Softwares, depreciando a uma taxa de 20% a.a e Servidão dePassagem, que não possui depreciação por se tratar do direito de uso de uma faixa de terreno, normalmenteassociado a uma Linha de Transmissão e Distribuição.

a) O saldo de obrigações especiais é proveniente da “Reserva para Reversão”, constituída até 1971, e foiaplicado, até aquela data, na expansão do serviço público de energia elétrica, bem como de contribuiçõesrecebidas de diversos consumidores para possibilitar a execução de empreendimentos necessários aoatendimento de pedidos de fornecimento de energia elétrica.

Consolidado31/12/2006

Reserva para reversão 69.934Contribuição do consumidor 114.438Doações/subvenções destinadas a investimentos 37.478Pesquisa e Desenvolvimento 1.650Total 223.500

O prazo de vencimento das obrigações é estabelecido pelo Órgão Regulador, Aneel, e ocorrerá ao finaldo período da concessão, mediante redução do valor residual do ativo imobilizado para fins dedeterminação do valor da indenização que o Poder Concedente pagará à concessionária Light SESA.

De acordo com os artigos 63 e 64 do Decreto n.º 41.019, de 26 de fevereiro de 1957, os bens einstalações utilizados na produção, transmissão, distribuição, inclusive comercialização, são vinculados aesses serviços, não podendo ser retirados, alienados, cedidos ou dados em garantia hipotecária sem aprévia e expressa autorização do Órgão Regulador. A Resolução ANEEL n.º 20/99, regulamenta adesvinculação de bens das concessões do serviço público de energia elétrica, concedendo autorizaçãoprévia para desvinculação de bens inservíveis à Concessão, quando destinados à alienação, determinandoque este produto seja depositado em conta bancária vinculada, sendo aplicado na concessão.

b) A concessionária não possui em seu acervo, bens e direitos em uso de propriedade da União.

c) O imobilizado em curso inclui os estoques de materiais destinados a projetos, cujo montante em 31 dedezembro de 2006 totalizava R$33.902 e uma provisão para desvalorização de estoque de R$5.333.

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NOTA 11 - FORNECEDORESControladora Consolidado31/12/2006 31/12/2006

CIRCULANTESuprimento e transmissão de energia

Moeda estrangeira – repasse Itaipu 130.889UTE Norte Fluminense (b) 67.841Encargos de uso da rede elétrica 44.643Comercialização no âmbito do CCEE (vide nota 22) 1.572Encargos do serviço do sistema (vide nota 22) 2.216Energia livre – ressarcimento a geradoras (vide nota 30) 67.914Leilões de energia 97.420Outros 4.291

416.786Materiais e serviços 231 48.186Total 231 464.972

LONGO PRAZOEnergia livre – ressarcimento a geradoras (vide nota 30) 214.965

(-) Provisão energia livre (vide nota 5 e 30) (185.196)29.769

(a) As faturas do Leilão de Energia, Contrato de Compra de Energia no Ambiente Regulado - CCEAR eMecanismo de Compensação de Sobras de Déficit - MCSD são emitidas em Reais e pagáveis em 3parcelas com vencimentos para 15, 25 e 35 dias, gerando um prazo médio de pagamento de 25 dias.

(b) Até 10 de agosto de 2006 a UTE Norte Fluminense era parte relacionada, por ser controlada da EDFInternational S.A.

NOTA 12 – EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS��� ��/��� 5#�����

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(a) Em 2000, a controlada LIR ENERGY obteve empréstimo junto ao Deutsche Bank, no montante deUS$175 milhões; US$15 milhões com vencimento em 2003, taxa de juros libor + 4,35% ao ano, pagáveissemestralmente, com garantia da Light SESA; e US$ 160 milhões com vencimento em 7 anos, taxa dejuros libor + 4,35% ao ano, com garantia da EDF International S.A.. Esta dívida tem vencimento em2010, porém a mesma poderá ser objeto de pagamento antecipado a critério do Deutsche Bank emout/2007 e, posteriormente, em determinados períodos até seu vencimento final.

A operação consistia na troca de recebíveis no valor de US$875 milhões da LIR ENERGY (Fixed ratenotes) e títulos de crédito no valor de US$700 milhões do Deutsche Bank.

Os títulos não poderão ser negociados pelas partes e, qualquer operação com os mesmos, deverá ter oaval do Deutsche Bank e da LIR ENERGY.

Durante o processo de readequação do perfil da dívida da Light SESA, ficou acordado que esseempréstimo, embora não faça parte da dívida renegociada, terá seu vencimento final postergado de modoque não haja qualquer pagamento de principal antes do vencimento final das tranches A, B e C (vide item(f) abaixo).

(b) Em 7 de fevereiro de 2002, a Light SESA assinou um contrato de financiamento mediante abertura decrédito com o BNDES, conforme autorização da Medida Provisória n.º 14, de 21 de dezembro de 2001.Este crédito refere-se a 90% do montante devido da recuperação da perda de margem ocorrida durante oracionamento, homologado pela ANEEL. Em 19 de fevereiro de 2002, foi liberada a primeira tranche, nomontante de R$172.344, em 30 de agosto de 2002, a segunda tranche no valor R$444.198 e em 5 denovembro de 2002, a terceira tranche no valor de R$146.349, com atualização pela taxa SELIC + 1%a.a., garantido pela receita de fornecimento de energia elétrica e com amortização em 69 pagamentosmensais e sucessivos a partir de 15 de março de 2002.

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(c) Debêntures:

� Debêntures I – Foram subscritos em 1998, 10.500 títulos emitidos pelo BNDES no valor deR$105.000, não conversíveis, e garantidas na forma de receita de fornecimento de energia elétrica;

� Debêntures IV – 4a. Emissão – São títulos conversíveis e garantidos na forma de receita defornecimento de energia elétrica. Em jul/05, o BNDESPAR subscreveu 727.268 títulos, no valor deR$734.929; em 31 de dezembro de 2006 a posição dos minoritários era de 15.737 títulos subscritos.

(d) O total do principal devido em moeda estrangeira ao Tesouro Nacional pela controlada está composto comosegue:

Vencimento Início da Taxa de juros (a.a.) PrincipalModalidade (anos) amortização Amortizações % R$

Debt conversion bond 18 2004 17 semestrais Libor + 7/8 43.571New money bond 15 2001 17 semestrais Libor + 7/8 5.223FLIRB bond 15 2003 13 semestrais Libor + 13/16 5.301Capitalization bond 20 2004 21 semestrais 8,00 49.867Discount bond 30 2024 No vencimento Libor + 13/16 58.061Par bond 30 2024 No vencimento 6,00 83.210B.I.B 15 1999 30 semestrais 6,00 1.800Cauções (1) (55.427)

191.606

(1) As modalidades discount bond e par bond estão garantidas parcialmente através de cauções, no valor total de R$55.427,depositadas em instituições financeiras.

(e) Processo de readequação do perfil da dívida da Light SESA:

� 2007 - a 5ª Emissão de Debêntures de R$ 1 bilhão foi concluída em janeiro de 2007, conformedescrito na nota de evento subseqüente (nota 38), sendo utilizada para liquidar a totalidade dasTranches A, B e C renegociadas em 2005.

� 2005 - os credores cujas dívidas foram renegociadas puderam optar por dois pacotes de tranches:pacote (i) Tranches A e B; pacote (ii) Tranche C. As principais condições de cada tranche estãolistadas a seguir:

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Tranche A Tranche B Tranche C

Taxa de Juros Em R$: CDI+2%aaEm US$: Libor(3m) + 3%aa

Em R$: CDI+2%aaEm US$: Libor(3m) + 3%aa

Em US$: Libor(6m) + 3%aaLibor(3m) + 5%aa (1)Libor(3m) + 7%aa (2)

Pagamento de Juros Trimestral (após o término dacarência)

Trimestral (após o término dacarência)

Trimestral (após o término dacarência)

Carência de Juros 12 meses 33 meses 21 meses

Carência de Principal 12 meses 12 meses 12 meses

Prazo Total 7 anos 7 anos 8 anos

Juros Capitalizados 100% dos juros contabilizados até adata de fechamento

100% dos juros contabilizados até adata de fechamento

33% dos juros contabilizados até adata de fechamento (3)

Percentual da Dívida 60% da dívida dos credores queoptaram pelo pacote (i)

40% da dívida dos credores queoptaram pelo pacote (i)

100% da dívida dos credores queoptaram pelo pacote (ii)

R$338,1 Milhões R$225,4 MilhõesMontante da Dívida:

US$43,0 Milhões US$28,7 Milhões US$277,1 Milhões

(1) A partir de 01/04/2007.(2) A partir de 01/01/2008.(3) O restante foi perdoado pelos credores.

Cronograma de Amortização (% do Principal):

Meses Tranche A Tranche B Tranche C

12 meses 2% 2% 2%

30 meses 6% 0% 0%

36 meses 3% 0% 0%

42 meses 3% 3% 3%

48 meses 10% 10% 10%

54 meses 10% 10% 10%

60 meses 8% 8% 8%

66 meses 8% 8% 8%

72 meses 5% 5% 5%

78 meses 5% 5% 5%

84 meses 40% 49% 17%

90 meses 0% 0% 17%

96 meses 0% 0% 15%

Total 100% 100% 100%

Em 31 de dezembro de 2006, as parcelas relativas ao principal dos empréstimos e financiamentos a longoprazo tinham os seguintes vencimentos

ConsolidadoMoeda

nacionalMoeda

estrangeira Total2008 50.235 35.290 85.5252009 159.717 121.479 281.1962010 244.519 493.527 738.0462011 208.089 111.716 319.805Após 2011 746.039 500.795 1.246.834Total 1.408.599 1.262.807 2.671.406

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O principal dos empréstimos e financiamentos em 31 de dezembro de 2006 apresentava a seguintecomposição:

Moeda Estrangeira ConsolidadoR$ %

USD 1.286.206 99,6%Cesta Moedas BNDES 5.359 0,4%

1.291.565 100,0%

Moeda Nacional ConsolidadoR$ %

SELIC 309.155 17,7%CDI 552.274 31,6%TJLP 871.957 49,9%Outros 14.985 0,8%

1.748.371 100,0%

A variação percentual das principais moedas estrangeiras e dos principais indicadores, base deatualização de empréstimos, financiamentos e debêntures, tiveram o seguinte comportamento:

31/12/2006 - %USD (8,66)EUR 1,85UMBNDES (8,52)IGP-M 3,85CDI 15,03SELIC 15,07

NOTA 13 – ENCARGOS REGULATÓRIOS Consolidado

31/12/2006CIRCULANTE Quota da conta de consumo de combustível – CCC (a) 38.578 Quota de recolhimento à conta de desenvolvimento energético – CDE (b) 15.483 Programa de Eficiência Energética – PEE (c) 73.456 Programa de Pesquisa e Desenvolvimento – P&D (c) 43.541 Empresa de Pesquisa Energética – EPE (c) 22.055 Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FNDCT (c) 23.358 Compensação financeira pela utilização de recursos hídricos 2.840 Transporte de Energia para Rede Básica 25.084 Quota de reserva global de reversão – RGR 6.103 Outros Encargos tarifários 84.808

335.306LONGO PRAZO Uso do bem público – UBP (d) 99.137 Transporte Energia para Rede Básica 7.223 Provisão CVA - CCC 408 Outros 2.491

109.259

(a) A Conta de Consumo de Combustível – CCC foi criada para promover a geração de energia elétrica porTermelétricas na Região Norte. A Resolução ANEEL n. º 208 de 31 de janeiro de 2006, fixou a quotaanual de R$303.337 de Conta de Consumo de Combustível – CCC para o exercício de 2006, que deveráser paga em 12 parcelas mensais. Os valores não liquidados até o momento encontram-se devidamenteprovisionados.

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(b) A Conta de Desenvolvimento Energético – CDE foi criada pela Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002,para promover a competitividade da energia produzida a partir de fontes eólica, fio d’água, biomassa, gásnatural e carvão mineral nacional, nas áreas atendidas pelos sistemas elétricos interligados e também auniversalização do serviço de energia elétrica em todo o território nacional. A Resolução ANEEL n. º 217de 6 de abril de 2006, fixou a quota anual de R$185.793 da Conta de Desenvolvimento Energético – CDEpara o exercício de 2006, a ser paga em 12 parcelas mensais. Os valores não liquidados até o momentoencontram-se devidamente provisionados.

(c) Programa de Eficiência Energética, Pesquisa e Desenvolvimento, EPE e FNDCT

Em 15 de dezembro de 2005 a Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL publicou no DiárioOficial da União a Resolução Normativa n°. 176, de 28 de novembro de 2005, esclarecendo os critériospara aplicação de recursos no Programa de Eficiência Energética - PEE, bem como, aprovando o Manualdo Programa de Eficiência Energética. Em 11 de abril de 2006, aprovou também o novo Manual doPrograma de Pesquisa e Desenvolvimento, o qual definiu o mesmo critério de reconhecimento contábildo PEE, ou seja, pela competência da receita operacional líquida (ROL). Esta alteração de critérioresultou num ajuste de exercício anterior na Light SESA no montante de R$45.617 (vide nota 9).

Desde então os registros dos custos dos programas vem sendo contabilizados com base no regime decompetência, como segue:

31/12/2006Programa de Eficiência Energética - PEECiclo 2003/2004 1.705Ciclo 2004/2005 24.100Ciclo 2005/2006 27.947Ciclo 2006/2007 15.706Ciclo 2007/2008 3.998

73.456

Programa de Pesquisa e Desenvolvimento – P&DCiclo 2003/2004 1.313Ciclo 2004/2005 7.170Ciclo 2005/2006 10.872Ciclo 2006/2007 19.030Ciclo 2007/2008 5.156

43.541

Empresa de Pesquisa Energética – EPECiclo 2004/2005 4.627Ciclo 2005/2006 5.186Ciclo 2006/2007 9.663Ciclo 2007/2008 2.579

22.055

Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - FNDCTCiclo 2005/2006 152Ciclo 2006/2007 18.050Ciclo 2007/2008 5.156

23.358

(d) De acordo com o contrato de concessão n.º 12/2001, de 15 de março de 2001, que regula a exploração dopotencial de energia hidráulica localizado no rio Paraíba do Sul, nos Municípios de Itaocara e Aperibé, acontrolada Itaocara Energia Ltda. deverá recolher a União, como pagamento do uso do bem público, do8º ao 35º ano de concessão, inclusive, contados da assinatura do referido contrato, ou enquanto estiver naexploração do aproveitamento hidrelétrico, parcelas mensais equivalentes a 1/12 (um doze avos) dopagamento anual proposto de R$2.017, atualizado pela variação do IGP-M, ou por outro índice que vier asucedê-lo, em caso de extinção do mesmo.

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NOTA 14 - PROVISÃO PARA CONTINGÊNCIAS

A Light S.A. e suas controladas respondem ou são demandantes em processos judiciais de natureza tributária,trabalhista e cível em diversos tribunais. A administração reavalia periodicamente os riscos de contingênciasrelacionados a esses processos judiciais e, baseada na opinião de seus assessores legais vem constituindoprovisão para os riscos cujas chances de um desfecho desfavorável é considerada provável. Além disso, nãoregistram os ativos das demandas com possibilidade de ganho, por serem considerados incertos. Para aquelesonde teve tutela antecipada para compensação, a Light S.A. e suas controladas constituem provisão paracobrir eventuais perdas relativas às parcelas compensadas.

Em julho de 2006, a administração, em conformidade com a Deliberação CVM nº 489/05, que trata deprovisões ativas e passivas e obrigações, constituiu, na Light SESA, provisões adicionais, não recorrentes,para contingências avaliados como prováveis, de processos judiciais de natureza cível, tributário,previdenciário e regulatório, assim como de procedimentos administrativos na área trabalhista, no montantede R$157,8 milhões (vide nota 37).

ConsolidadoC. Prazo L. Prazo

31/12/2006 31/12/2006Trabalhistas (a) 597 134.807PIS/COFINS (b) 587.114PIS/COFINS – RGR e CCC (c) 4.738INSS – SAT 1.753INSS – auto de infração (d) 33.620INSS – trimestralidade (e) 79.326Lei n.º 8.200 (f) 17.959ICMS (g) 76.392Contribuição Social (h) 25.154Plano Cruzado (i) 83.795Ações cíveis / Juizado Especial Cível (j) (l) 139.414CIDE (m) 4.111INSS – Abono ACT 14.715Outras 2.705 38.424TOTAL 3.302 1.241.322

a) A Light SESA possui depósitos judiciais determinados para suas causas trabalhistas da ordem deR$16.901, contabilizados na conta Depósitos Vinculados a Litígios, no ativo.

b) A Light SESA questiona as alterações perpetradas pela Lei 9.718/98 na sistemática de apuração do PIS eda COFINS, referente a ampliação da base de cálculo dos referidos tributos e majoração de alíquota daCOFINS de 2% para 3%. Foram obtidas liminares e sentença favorável. Em 04/10/05 o TRF julgouprocedente a apelação interposta pela União Federal, tendo a Light SESA interposto petição de embargosde declaração, ainda não julgados.

Os valores não recolhidos são provisionados e vem sendo atualizados pela SELIC. A Light SESA, apartir de dezembro de 2002, passou a recolher o PIS sobre a totalidade das receitas auferidas, em funçãoda Lei 10.637/02. A partir de fevereiro de 2004, a Light SESA passou a recolher também a COFINSsobre a totalidade das receitas auferidas, em função da Lei 10.833/03 e alteração da Lei 10.865/04.

Em 09 de novembro de 2005, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) considerou inconstitucionala ampliação da base de cálculo da COFINS, instituída pelo parágrafo 1º do artigo 3º da Lei 9.718/98, comseis votos a favor e quatro contra os contribuintes, no julgamento do "leading case". A mesma tese éaplicada ao PIS.

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O dispositivo declarado inconstitucional definia a receita bruta sobre a qual incidiam as contribuições,entendendo-se por receita bruta a totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica, sendo irrelevanteso tipo de atividade exercida e a classificação contábil. O relator do processo RE 357950, entendeu que alei não poderia criar uma nova fonte de custeio da seguridade em desrespeito ao estabelecido pelaConstituição Federal antes da Emenda Constitucional nº 20/98.

O valor provisionado até dezembro de 2006 representa:

1. R$395,0 milhões em relação à expansão da base de cálculo, objeto de julgamento, em açãosimilar (“leading case”) o STF favorável aos contribuintes; e

2. R$192,0 milhões referente ao aumento da alíquota da Cofins de 2% para 3%, que ainda nãoteve o julgamento do mérito.

A Light SESA está aguardando o julgamento do processo ou uma resolução do Senado Federal, baseadona decisão do STF, declarando a inconstitucionalidade desta Lei, o que possibilitará a todas as empresas areversão da referida provisão relativa à expansão da base, conforme entendimento do IBRACON emComunicado Técnico nº 02/06 e deliberação CVM nº 489/05.

c) Conforme mencionado na nota 6 item “d”, em 31 de julho de 2003 a Light SESA protocolou o seu“pedido de parcelamento” ao Programa de Parcelamento Especial – PAES, com conseqüente inclusão domontante de R$45.219 no parcelamento de obrigações fiscais estabelecido no programa. O saldoprovisionado como contingências corresponde à parcela não incluída no PAES.

d) Em dezembro de 1999 o INSS lavrou autos de infração cujas teses são as de responsabilidade subsidiáriade retenções na fonte sobre serviços de empreiteiras e de incidência da contribuição sobre a participaçãodos empregados nos lucros. A administração da Light S.A e de suas controladas, baseada na opinião deseus advogados, decidiu pela constituição da provisão.

e) A Light SESA questiona a legalidade da Lei 7.787/89 que majorou a alíquota de contribuiçãoprevidenciária incidente sobre a folha de salários, entendendo que também alterou a base de cálculo dascontribuições previdenciárias durante o período de julho a setembro de 1989. A partir de tutelaantecipada conseguida, foram compensados os valores a recolher a título de contribuição previdenciáriapor parte da empresa. Baseado na opinião dos advogados, a administração da empresa, resolveu constituira provisão da totalidade do valor constante do auto de infração lavrado pela fiscalização do INSS.

f) Em junho de 1992 a Light SESA propôs ação ordinária contra a União Federal objetivando a declaraçãode inexistência de obrigatoriedade de efetuar a correção monetária prevista no artigo 3º da Lei 8.200/91,registrando contabilmente a diferença ocorrida durante o ano-calendário de 1990, entre o IPC e o BTNF.O pedido foi julgado procedente, por sentença publicada em janeiro de 1994. A União Federal interpôsrecurso de apelação que aguarda inclusão da pauta para julgamento.

Em dezembro de 1992 a Light SESA impetrou mandado de segurança com o objetivo do aproveitamentointegral das despesas de depreciação relativas aos exercícios de 1991 e 1992, deixando de aplicar oinciso I do artigo 3º da Lei n.º 8.200/91. A liminar pleiteada foi concedida. Em sentença prolatada emabril de 1997, foi julgado extinto o processo em parte sem julgamento do mérito. Foi interposto recursode apelação que aguarda julgamento.

Em novembro de 1994 a Light SESA foi autuada, para prevenir a decadência, com relação ao IRPJ,IRRF e CSL no montante equivalente a 34.385.484,36 UFIR’s, tendo sido estes autos impugnados e queaguardam julgamento definitivo da ação judicial. A administração da Light SESA, baseada na opiniãode seus advogados e no levantamento dos valores envolvidos nos autos de infração, entende que somenteparte destes valores representa risco para a constituição da provisão.

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11.01 - NOTAS EXPLICATIVAS

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g) Desde o exercício de 1999 e até a presente data, a Light SESA tem sofrido diversas fiscalizações porparte da Secretaria de Estado do Rio de Janeiro em relação ao ICMS. Os autos recebidos até o momento enão recolhidos, estão sendo objeto de contestação no âmbito administrativo e judicial. A administração daLight SESA, baseada na opinião de seus advogados e no levantamento dos valores envolvidos nos autosde infração, entende que somente parte destes valores representa risco, para os quais foi constituídaprovisão.

h) A Light SESA em fevereiro de 2000, ajuizou Mandado de Segurança Preventivo, visando impedir aglosa dos créditos oriundos dos ajustes feitos na DIPJ referente ao ano-calendário 1996, garantindoassim, a dedução da base de cálculo da CSL do valor pago a título de juros sobre o capital próprio aosacionistas no ano-calendário de 1996, da mesma forma realizada para o IRPJ. A liminar requerida foiconcedida. Em setembro de 2002 foi prolatada sentença favorável em parte a empresa, no sentido depermitir a compensação dos valores recolhidos a maior, a título de CSL. A União Federal interpôsrecurso de apelação ainda não julgado.

Em julho de 2001 a Light SESA foi autuada, para prevenir a decadência, erroneamente no montante deR$17.284, já que a fiscalização da Receita Federal considerou a multa de 75% sendo correto na ocasião omontante de R$12.382, que atualizado até 31 de dezembro de 2006 é de R$18.855. Este auto de infraçãofoi impugnado e teve decisão parcialmente favorável, em relação a não incidência da multa de 75%.

Em julho de 2001 a Light SESA foi autuada por não adicionar na base de cálculo da CSL, os valoresrelativos a provisão de COFINS (processo Lei 9718/98) que estavam com exigibilidade suspensa. Aimpugnação foi julgada improcedente e atualmente aguarda-se o julgamento do recurso voluntáriointerposto em julho de 2005. A provisão foi constituída em julho de 2006 pelo valor de R$6.595, sendoatualizada pela SELIC. O saldo da provisão atualizada em 31 de dezembro de 2006 é de R$6.699.

i) Alguns consumidores industriais estão questionando na esfera judicial o reajuste de tarifas de energiaelétrica aprovado em 1986 pelo DNAEE (Plano Cruzado). Na opinião dos advogados, o montanteprovisionado é suficiente para cobrir prováveis perdas. Existe, ainda, a possibilidade de recuperaçãodestas perdas nas revisões tarifárias.

j) Existe uma ação interposta contra a Light SESA, na qual o reclamante questiona a rescisão de contrato deprestação de serviços. A referida rescisão decorre do descumprimento reiterado de diversas cláusulascontratuais. A administração da Light SESA, baseada na opinião de seus advogados, decidiu pelaconstituição de provisão no montante de R$6.304 .

l) As contingências cíveis englobam processos nos quais a Light SESA é ré, sendo grande parte relacionadaa pleitos de danos materiais e morais, além de questionamentos de valores pagos por consumidores.

m) A Light SESA em setembro de 2002 ajuizou Mandado de Segurança visando suspender a exigibilidadedo crédito relativo a CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), incidentes sobre ospagamentos efetuados ao exterior pela prestação de serviços.

A Liminar foi negada e os julgamentos em 1ª e 2ª Instâncias foram também desfavoráveis. A LightSESA interpôs recurso de apelação que aguarda julgamento. A partir de dezembro de 2003 passamos aefetuar os pagamentos sobre os valores devidos.

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11.01 - NOTAS EXPLICATIVAS

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n) Atualmente há quatro Autos de Infração lavrados pela ANEEL e em andamento contra a Light SESA (AInº 024/2003, AI nº 009/2005, AI n. º 017/2006 e AI n. º 022/2006). Cumpre esclarecer que, no caso depagamento de multa imposta pela ANEEL, o valor atribuído à multa sofrerá, conforme regulamento daAgência, atualização pela taxa SELIC ou por qualquer outro indicador que o venha substituir.

I) O Auto de Infração n. º 024/2003 foi lavrado em 18/09/2003 e diz respeito à violação das metasde DEC e FEC nos anos de 2001 e 2002, de 9 (nove) e de 26 (vinte e seis) conjuntos de unidadesconsumidoras, respectivamente, sendo 6 (seis) deles reincidentes. O valor da multa aplicadaatravés desse Auto de Infração corresponde a R$ 1.514. A Light SESA, não concordando com alavratura do Auto, apresentou defesa, a qual foi objeto de manifestação da Procuradoria daAgência, que opinou pelo provimento parcial do pedido, por concluir que não teve a Light SESAqualquer responsabilidade em relação a uma das causas de ditas violações. Em que pese essefato, a ANEEL manteve na integralidade as multas aplicadas, tendo a Light SESA, em razãodisso e de não terem sido suas demais alegações acolhidas, interposto Recurso, sendo que nomomento aguarda novo posicionamento da Agência a respeito.

II) Auto de Infração nº 009/2005 foi lavrado em 15/03/2005 sob o argumento de que a Light SESAconstituiu as empresas controladas LIR Energy Limited e Light Overseas Investments sem aanuência prévia da ANEEL. O valor da multa aplicada através desse Auto de Infraçãocorresponde a R$ 6.862. A Light SESA, não concordando com a alegação da ANEEL,apresentou suas contra-razões, sendo que no momento aguarda novo posicionamento da Agênciaa respeito.

III) Auto de Infração n.º 017/2006 foi lavrado em 16/06/2006 sob o fundamento de que a LightSESA transgrediu no ano de 2003 as metas dos indicadores de DEC e FEC de 18 (dezoito) deseus conjuntos de unidades consumidoras. O valor da multa aplicada através desse Auto deInfração corresponde a R$ 1.426. A Light SESA, não concordando com a lavratura do auto,apresentou recurso protocolado na ANEEL em 29/06/2006, sendo que no momento aguarda oposicionamento da Agência a respeito.

IV) Auto de Infração n.º 022/2006 foi lavrado em 15/08/2006 sob o argumento de que a Light SESAviolou no ano de 2004 as metas dos indicadores de continuidade DEC e FEC de 16 (dezesseis)de seus conjuntos de unidades consumidoras. O valor da multa aplicada através desse Auto deInfração corresponde a R$ 1.386. A Light SESA, discordando da autuação imposta, apresentourecurso protocolado na ANEEL em 28/08/2006, sendo que no momento aguarda posicionamentoda Agência a respeito.

o) Existem outros processos para os quais a administração e seus advogados avaliam como provável oupossível a probabilidade de êxito, a saber:

I) O Banco Central, conforme procedimento de praxe, e baseado em suas conclusões preliminares sobreoperações financeiras realizadas pela Light SESA entre 1997 e 1998, para fins de aquisição daEletropaulo Metropolitana S.A., operações estas realizadas em estrita obediência aos princípios legais econtábeis da legislação brasileira, oficiou a Secretaria da Receita Federal e a Procuradoria da Repúblicado Estado do Rio de Janeiro, tendo cada um iniciado seus respectivos procedimentos administrativos,conforme descrição constante nos itens II e III abaixo.

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Importante esclarecer que após a apresentação dos devidos esclarecimentos pela Light SESA ao BancoCentral, o referido órgão restaurou integralmente os Certificados de Registro referentes aos títulosemitidos no exterior, em razão das operações acima citadas, e considerou que as mesmas foramrealizadas de acordo com as regras cambiais brasileiras.

II) No tocante a investigação criminal, a mesma encontra-se no MPF (Procuradoria Regional da 2ªRegião) desde 18.05.2005, com relatório final da autoridade policial de 15.04.2005, descaracterizando ademonstração de ilícito financeiro (art. 22 da Lei 7492/86). A Light SESA espera que o MPF, e tudoindica que assim deva ser o procedimento, aguarde o resultado final do processo administrativo fiscal,conforme parágrafo abaixo, em consonância com a orientação expressa pelo Supremo Tribunal Federalno julgamento do HC 85299/RJ.

III) Já no tocante ao ofício encaminhado a Secretaria da Receita Federal, esta, em 14.12.2004, lavrouauto de infração contra a Light SESA no valor total de R$481.833 referente ao recolhimento do impostode renda incidente sobre os juros pagos às suas subsidiárias Light Overseas Investment Limited (LOI) eLIR Energy Limited (LIR), decorrentes de títulos emitidos com benefício de redução a zero da alíquotado imposto de renda na fonte. Em 12.01.2005, a Light SESA apresentou sua Impugnação ao Auto deInfração. A decisão de Primeira Instância Administrativa, proferida em 15.07.2005 pela 1ª Turma daDelegacia da Receita Federal do Rio de Janeiro, no Acórdão 7810, foi pela manutenção do lançamento.Em 11.08.2005, a Light SESA interpôs, no Conselho de Contribuintes do Ministério da Fazenda,Recurso Voluntário, que teve seu julgamento realizado em 19 de outubro de 2006 com ganho de causapara a Light SESA.

NOTA 15– OUTROS DÉBITOS

Controladora Consolidado31/12/2006 31/12/2006

CIRCULANTETaxa de Iluminação Pública 28.877Outros 522 46.514Total 522 75.391

LONGO PRAZODéfict BrasLight – Provisão complementar CVM 371/2000 (a) 118.138Outros 639Total 118.777

(a) Provisão constituída em 31 de julho de 2006 na Light SESA e ajustada em dezembro de 2006, com baseno relatório atuarial (vide notas 16 e 37).

NOTA 16– PLANO PREVIDENCIÁRIO E OUTROS BENEFÍCIOS AOS EMPREGADOS

A Light SESA é patrocinadora instituidora da Fundação de Seguridade Social – BRASLIGHT, entidadefechada de previdência complementar, sem fins lucrativos, cuja finalidade é garantir renda de aposentadoriaaos empregados do Grupo Light vinculados à Fundação e de pensão aos seus dependentes.

A BRASLIGHT foi instituída em abril de 1974, e possui três planos - A, B e C – implantados em 1975, 1984e 1998 respectivamente, tendo o plano C recebido migração de cerca de 96% dos participantes ativos dosdemais planos.

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Nos planos A e B, os benefícios são do tipo benefício definido. No plano C, que é do tipo misto, os benefíciosprogramáveis (aposentadoria não decorrente de invalidez e respectiva reversão em pensão), durante a fase decapitalização, são do tipo contribuição definida, sem qualquer vinculação ao INSS, e os benefícios de risco(auxílio doença, aposentadoria por invalidez e pensão por morte de participante ativo, inválido e em auxíliodoença), bem como os de renda continuada, uma vez concedidos, são do tipo benefício definido.

As taxas de custeio anuais dos participantes e da patrocinadora para a cobertura dos benefícios estruturadossob a forma de benefício definido, são determinadas com base em estudos atuariais, utilizando o regimefinanceiro de capitalização. Para a formação dos fundos de custeio dos benefícios do tipo contribuiçãodefinida, o participante escolhe o nível de contribuição desejado e sobre este valor cabe a Light SESAcontribuir de acordo com o Regulamento do Plano C.

Em 02 de outubro de 2001 a Secretaria de Previdência Complementar aprovou contrato para oequacionamento do déficit técnico e refinanciamento das reservas a amortizar relativamente aos planos depensão da BRASLIGHT.

O equacionamento financeiro de R$346.724 relativos aos Planos A e B e de R$188.329 relativos ao Plano C,referentes ao refinanciamento de compromissos anteriores realizados com a Light SESA, e de déficit técnicosregistrados até 30 de junho de 2001, está sendo pago em 300 parcelas mensais a partir de julho de 2001,atualizadas pela variação do IGP-DI (com um mês de defasagem) e juros atuariais de 6% ao ano.

O contrato atualizado para 31 de dezembro de 2006, compõe-se de R$557.877 referente aos planos A e B e deR$303.070 referente ao plano C, ambos deduzidos das amortizações no montante de R$65.656 ocorridas noexercício de 2006 acrescidos de atualização de R$80.035, correspondente à variação do IGP-DI e dos juros de6% ao ano, totalizando R$860.947 em 31 de dezembro de 2006 (R$74.084 no Circulante e R$786.863 no NãoCirculante).

A seguir, é demonstrada a composição da provisão em 31 de dezembro de 2006 para os planos deaposentadoria de benefícios definidos, e ainda compromissos adicionais de aposentadoria e/ou pensão pormorte provenientes de acordos ou decisões judiciais com empregados acidentados considerados ao valorpresente da obrigação atuarial, bem como de provisões relativas a incentivos em plano de demissãovoluntária, e demais informações requeridas na Deliberação:

Conciliação dos ativos e passivos atuariais 2006Valor justo dos ativos do plano 976.942Valor presente da obrigação atuarial com direitos já vencidos (1.551.542)Valor presente da obrigação atuarial com direitos a vencer (404.485)Ativo líquido (passivo descoberto) (979.085)Passivo líquido, CVM 371/2000 (979.085)Saldo ajustado e contabilizado, conforme contrato de equalização do déficit (860.947)

Custos esperados 2007Custo do serviço corrente 1.738Custo dos juros 185.034Retorno dos investimentos (102.452)Contribuição esperada dos empregados (124)Custo esperado estimado 84.196

Movimentação do passivo atuarial 2006Passivo líquido, CVM 371/2000 inicial (706.632)Contribuições da patrocinadora 64.432Ganhos e perdas relativos à déficit atuarial (252.689)Custo esperado (84.196)Passivo líquido, CVM 371/2000 final (979.085)

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Premissas atuarias 2006Taxa de juros nominal (desconto) a valor presente do passivo atuarial 10,59%Taxa de rendimento esperada sobre os ativos do plano nominal 12,68%Taxa anual de inflação 4,33%Taxa de crescimento salarial 4,96%Índice de reajuste de benefícios concedidos de prestação continuada 4,33%Fator de capacidade 98,0%Taxa de rotatividade Baseado na

idadeTábua geral de mortalidade (a) AT-83 (1)

Tábua de entrada em invalidez (planos A/B) LIGHT – ForteTábua de entrada em invalidez (plano C saldado) LIGHT – ForteTábua de mortalidade de inválidos IAPB-57Participantes ativos 3.989Participantes aposentados e pensionistas 5.626

(1) Tábua sem agravamento

A Light SESA é administradora de um plano de saúde em favor de seus ex-empregados, que é auto-sustentável pela contribuição de seus interessados, do ponto de vista financeiro-atuarial, e com oconhecimento e acompanhamento de seus representantes da associação de aposentados e do sindicatoprofissional. Não há, portanto, compromisso financeiro relativo a este benefício a ser reconhecido pela LightSESA na forma da deliberação CVM 371/00.

a) Em 31 de julho de 2006 a Light SESA constituiu uma provisão adicional no montante de R$149.914referente ao provável Déficit a ser apurado no Plano Previdenciário (BrasLight) da qual é patrocinadora,quando for adotada a tábua geral de mortalidade AT-83, em conformidade com a Resolução CGPC nº 18de 28 março de 2006, sendo que esta considera uma expectativa de vida superior às resultantes da tábuaUP-94, utilizada em 30 de junho de 2006, e reconhecendo a totalidade das perdas atuariais (vide nota 37).Em 31 de dezembro de 2006 o montante da provisão constituída reduziu para R$ 118.138, considerandoo ajuste positivo no passivo atuarial da Braslight.

NOTA 17 – TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS

As transações relevantes realizadas entre partes relacionadas referem-se substancialmente às operações deempréstimos com controladores, controladas e coligadas (vide notas 9 e 12), transações com Fundações deSeguridade Social (vide nota 16) e compra e venda energia elétrica com Companhia Energética de MinasGerais - CEMIG (vide nota 11), que são pactuados em condições normais de mercado.

Contratos com o mesmo grupoVínculo com aLight SESA. Valor Original Saldo remanescenteItem

(Objetivos e características do contrato) (1) Mil Data

Data deVencimento

ou prazo

Condiçõesde rescisão

ou detérmino mil Data

1 Contrato estratégico

Contrato de compromisso de compra evenda energia elétrica com a CEMIG

CEMIG (Participado grupo

controlador)R$ 399.029 Jan/2006 Dez/2013

Até otérmino do

contratoR$ 405.439 31/12/2006

2Assunção de dívida x Compra evenda de ativos (a)Pagamento de parte dos empréstimosregistrados na Light SESA (17,61%) emcontrapartida da aquisição dos bens edireitos transferidos à Light Energia deacordo com o Projeto deDesverticalização (Lei nº 10.848 de15.03.2004). A taxa de juros equivale amix de dívidas com terceiros (vide nota12)

Light Energia S.A(Coligada) R$ 524.736 Dez/2005 Jun/2015 R$ 500.941 31/12/2006

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Contratos com o mesmo grupoVínculo com aLight SESA. Valor Original Saldo remanescenteItem

(Objetivos e características do contrato) (1) Mil Data

Data deVencimento ou

prazo

Condições derescisão oude término mil Data

3 Assunção do benefício pós-emprego (b)No contexto do projeto dedesverticalização, dentro das obrigaçõesassumidas perante a Light SESA, e comocontrapartida à aquisição de bens edireitos vinculados às atividades degeração e transmissão de energia elétrica,a Light Energia S.A. assumiu, também,uma parcela do contrato deequacionamento do déficit atuarial,pactuado entre a Distribuidora e aBRASLIGHT.

Light EnergiaS.A (Coligada)

R$ 836.019

Este valor estáregistrado na Light

SESA

Dez/2005 Jun/2026 R$ 17.174 31/12/2006

4 Aluguel

Aluguel de parte do edifício pertencente aLight SESA à Light Energia. O valor atualmês do aluguel mensal é de R$22 mil . Ocontrato é resultante da Desverticalização(Lei nº10.848 de 15.03.2004) e prevêreajuste anual de acordo com o IGPM.

Light EnergiaS.A (Coligada) R$ 1.276 Dez/2005 Set/2010

Até otérmino do

contratoR$ 990 31/12/2006

5 Mútuo/empréstimos

Contrato firmado entre Light SESA eLight Overseas, cujo saldo devedor seráreajustado pela taxa de 10,5% ao ano.

Light Overseas(Controlada) US$130 MM Set/1998 Mar/2008 No prazo de

vencimento R$ 288.042 31/12/2006

Contrato firmado entre Light SESA e LirEnergy, cujo saldo devedor seráreajustado pela taxa de 11,85% ao ano.

Lir Energy(Controlada) US$875 MMs Nov/1998 Abr/2010 No prazo de

vencimento R$ 1.912.711 31/12/2006

(a) No contexto do projeto de desverticalização, em contrapartida à aquisição de bens e direitos vinculados aatividade de geração e transmissão de energia elétrica, a Light Energia S.A. se obrigou a liquidar, até olimite do valor dos bens e direitos adquiridos da Light SESA, nos mesmos prazos e com os mesmosencargos, dívidas que incumbem a Light SESA. Portanto, a Light SESA permanece obrigada pelopagamento de todas as dívidas que hoje a ela incumbem, inclusive as estabelecidas nos contratoscelebrados no âmbito da recente renegociação havida com os bancos privados.

(b) A Light SESA é patrocinadora instituidora da Fundação de Seguridade Social – BRASLIGHT, entidadefechada de previdência complementar, sem fins lucrativos, cuja finalidade é garantir renda deaposentadoria aos empregados do Grupo Light, vinculados à Fundação e de pensão aos seus dependentes.No contexto do projeto de desverticalização, dentro das obrigações assumidas perante a Light SESA, ecomo contrapartida à aquisição de bens e direitos vinculados às atividades de geração e transmissão deenergia elétrica, a Ligth Energia S.A. assumiu, também, uma parcela do contrato de equacionamento dodéficit atuarial, pactuado entre a Distribuidora e a BRASLIGHT, tendo como base a proporção dosbenefícios a serem pagos aos funcionários ativos, de acordo com a destinação dos funcionários poratividade. Foram mantidos na Light SESA, os benefícios referentes aos funcionários inativos.

(c) Até 10 de agosto de 2006 a UTE Norte Fluminense era parte relacionada, por ser controlada da EDFInternational S.A (vide nota 11).

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NOTA 18- CAPITAL SOCIAL E RESERVAS

Em 31 de Dezembro de 2006, o capital social da Light S.A. está representado por 133.907.046.402 açõesordinárias escriturais sem valor nominal, sendo o seu Capital Social de R$ 1.704.618, conforme a seguir:

31/12/2006 31/12/2005QUANTIDADE % QUANTIDADE %

ACIONISTAS DE AÇÕES PARTICIPAÇÃO DE AÇÕES PARTICIPAÇÃO Grupo ControladorRME Rio Minas Energia Participações S.A. 100.719.912.441 75,22%Lidil Comercial Ltda 5.584.685.448 4,17% 986 98.60%

OutrosEDF International S.A. 13.359.172.999 9,98%Público 14.243.275.514 10,63%Pessoa Física 14 1,40%

133.907.046.402 100,00% 1.000 100,00

A Light SA está autorizada a aumentar o seu capital mediante deliberação do Conselho de Administração eindependentemente de reforma estatutária até o limite de R$ 203.959, destinado exclusivamente a atender oexercício dos bônus de subscrição emitidos, observando estritamente as condições previstas nos bônus desubscrição (Estatuto Social art. 5o parágrafo 2).

a) Incorporação de ações e redução de capital – Desverticalização

Em 05 de setembro de 2005, em atendimento a Lei 10.848/2004, foi aprovado pela ANEEL, através daResolução Autorizativa n°. 307/2005, o projeto de reorganização societária, onde a Light S.A passa a ser aCompanhia controladora do Grupo Light, sendo aprovada na Assembléia Geral Extraordinária realizadaem 13 de janeiro de 2006.

Assim, a Light SESA implementou o Projeto de Desverticalização de modo que, em fiel cumprimento àlegislação acima referida, a Light SESA passou a exercer tão somente a atividade de distribuição deenergia elétrica.

Concluído o Projeto de Desverticalização a Light S.A. tornou-se, então, a empresa controladora do GrupoLight, e passou a ter suas ações negociadas no Novo Mercado da BOVESPA, a partir de 22.02.2006, como código LIGT3, em substituição às ações da ex-controladora, Light SESA, que deixaram de sernegociadas naquele segmento.

b) Mudança de controle

Em 10 de agosto de 2006 foi realizada a transferência de ações de emissão da Light S.A. e de quotasrepresentativas do capital social da Lidil Comercial Ltda. (“Lidil”) de titularidade da EDF InternationalS.A. (“EDFI”) para a RME - Rio Minas Energia Participações S.A (“RME”).

A operação envolveu a compra de 100.719.912.441 ações ordinárias de emissão da Light e a totalidade dasquotas representativas do capital social da Lidil, sociedade que detém 5.584.685.448 ações ordinárias deemissão da Light, resultando na transferência de um total de 106.304.597.889 ações ordinárias de emissãoda Light, representativas, naquela data, de 79,39% do capital social total e votante da Light.

O Contrato de Compra e Venda de Ações foi celebrado em 28 de março de 2006. A aprovação datransferência ocorreu em julho pela ANEEL e em 2 de agosto pelo governo francês. O preço total decompra das ações foi de US$319.810 por 106.304.597.889 ações ordinárias de emissão da Light, o querepresenta um preço de US$3,01 por lote de 1.000 ações de emissão da Light. O preço foi integralmentepago pela RME em dinheiro, em 10 de agosto de 2006, concomitantemente à efetiva transferência dasações e quotas.

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A RME, sociedade por ações, é uma sociedade de gestão de participações societárias (holding), cujoobjeto é investir em sociedades que atuem no setor elétrico. Seus acionistas são: Companhia Energética deMinas Gerais – CEMIG, Andrade Gutierrez Concessões S.A., Pactual Energia Participações S.A. e LuceBrasil Fundo de Investimento em Participações (“Luce”), que adquiriu as ações da RME até então detidaspela JLA Participações S.A.(“JLA”). Registre-se que Luce tem como principal quotista o controlador daJLA.

NOTA 19 – REMUNERAÇÃO AOS ADMINISTRADORES

A remuneração aos administradores da controladora no ano de 2006 foi de R$7.387 e consolidado R$8.096.

NOTA 20 – FORNECIMENTO E SUPRIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA Consolidado

N º deConsumidores(1) MWh(1) R$

2006 2006 2006Fornecimento faturado:Residencial 3.495.597 7.241.956 2.417.945Industrial 13.380 2.278.417 399.372Comércio, serviços e outras 271.568 5.622.310 1.748.399Rural 10.641 45.882 9.741Poder público 8.844 1.238.841 277.925Iluminação pública 148 743.095 122.047Serviço público 1.187 1.021.147 198.035Consumo próprio 328 66.908

3.801.693 18.258.556 5.173.464ICMS 1.892.362Fornecimento não faturado 2.150TOTAL FORNECIMENTO 3.801.693 18.258.556 7.067.976

Suprimento 1Venda no leilão da energia gerada 4.507.462 245.559Energia de curto prazo 1.622.471 116.096TOTAL SUPRIMENTO 1 6.129.933 361.655

3.801.694 24.388.489 7.429.631

(1) Não passível de exame pelos auditores independentes.

NOTA 21 – OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS Consolidado

2006Serviço taxado 6.711Renda de Prestação de Serviço 25.033Arrendamentos e Alugueis 28.364Receita de Uso da Rede 507.457

567.565

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NOTA 22 – OPERAÇÕES DE COMPRA E VENDA DE ENERGIA REALIZADAS NO ÂMBITO DACCEE

Os saldos das transações de compra e venda de energia de curto prazo realizadas no âmbito da CCEE (antigoMAE) são conforme segue:

01/01/2006 a31/12/2006

Venda de energia de curto prazo:Saldo a receber – inicio do período/exercício 3.448Saldo a receber – fim do período (nota 5) 13.117

Encargos do serviço do sistema:Saldo a pagar – inicio do período (2.262)Saldo a pagar – fim do período/exercício (nota 11) (1.572)

Operações de venda e compra de energia - Os valores referentes ao ano de 2006, foram registrados combase na contabilização oficial disponibilizada pela CCEE - Câmara de Comercialização de EnergiaElétrica (instituição que sucedeu o MAE). Esses valores foram liquidados regularmente nas datas previstaspela CCEE. A CCEE obteve de Auditores Independentes os certificados de conformidade dos valoresdecorrentes da liquidação financeira, que consistem em verificar a regularidade do processo quanto àcorreção dos valores efetivamente liquidados entre os agentes de mercado no âmbito da CCEE e quanto àadequação dos procedimentos empregados na liquidação financeiras às disposições legais, regulamentarese determinações judiciais aplicáveis na data da liquidação.

A Light SESA não conhece a existência de qualquer processo judicial, nesta data, questionando os valorescorrespondentes às transações de energia no âmbito da CCEE.

NOTA 23 – CUSTO E DESPESAS OPERACIONAIS

ConsolidadoCusto do Serviço Despesas Operacionais

Com De Prestado Com GeraisNatureza do Gasto Energia Operação a Terceiros Vendas e Admin. Outras

2006

Energia Elétrica Comprada para Revenda 2.862.552 2.862.552Pessoal e Administradores 160.162 17.143 79.546 256.851Material 15.758 876 1.821 18.455Serviço de Terceiro 95.693 48590 94.016 238.299Provisão p/Crédito de Liq. Duvidosa 378.988 378.988Provisão para Contingências 247.142 111.987 359.129Quotas de CCC/CDE 425.625 425.625Outras 35.447 347 109.532 145.326

2.862.552 979.827 445.944 396.902 4.685.225

Depreciação e amortização 277.942 1.005 42.134 321.081

Total 2.862.552 1.257.769 446.949 439.036 5.006.306

NOTA 24 - PARTICIPAÇÃO NOS RESULTADOS

Em 1997, a Light implantou o programa de participação dos empregados nos lucros ou resultados, baseadoem acordo de metas operacionais e financeiras previamente estabelecido. Em 31 de dezembro de 2006 osaldo provisionado de participação nos lucros ou resultados, para o Grupo Light era de R$16.495, pagávelaté abril de 2007.

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NOTA 25 - ENERGIA ELÉTRICA COMPRADA PARA REVENDA Consolidado

2006

GWh(1) R$Itaipu 8.293 730.166UTE Norte Fluminense 6.351 773.901Outros contatos e Leilão de Energia 11.648 755.042CVA 242.030Encargos Uso da Rede 335.776Encargos de conexão 13.190O.N.S. 12.447

26.292 2.862.552(1) Não passível de exame pelos auditores independentes.

NOTA 26 - RESULTADO FINANCEIRO2006

Controladora ConsolidadoRECEITA Rendimento sobre aplicações financeiras 691 64.140 Operações de swap 21.848 Juros e variação monetária sobre parcelamentos de débitos 31.960 Acréscimo moratório s/ contas de energia 69.012 Atualização monetária das contas de CVA e Parcela A 71.909 Atualização monetária da recuperação de margem tarifária 75.207 Atualização monetária das transações de energia livre 58.739 Outras 22.982

691 415.797DESPESA Encargos sobre empréstimos e financiamentos - MN (265.556) Encargos sobre empréstimos e financiamentos – ME (129.313) Variação monetária – MN (14.762) Variação cambial – ME 126.890 Capitalização de juros e variações monetária e cambial – imobilizado 867 Operações de swap (70.696) Encargos e variação monetária sobre passivo atuarial BrasLight (80.035) Provisão PIS/COFINS sobre receita financeira (186) Atualização de provisões para contingências (120.974) Ajuste a valor presente CEDAE (55.153) Atualização monetária pela SELIC de energia livre (49.391) Atualização monetária da provisão IR/CSL (16.073) Outras (a) (120) (66.762)

(119) (741.144)

RESULTADO FINANCEIRO 571 (325.347)

(a) Atualização pela SELIC de passivos regulatórios

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NOTA 27 – RESULTADO NÃO OPERACIONAL

Consolidado2006

RECEITA Ganho na alienação de bens e direitos 3.456 Outras 1.486

4.942DESPESA Perda na alienação de bens e direitos (299) Recuperação de despesas na alienação de ações 1.286 Recuperação de perdas em garantias contratuais 5.039 Outras (2.370)

3.656

RESULTADO NÃO OPERACIONAL 8.598

NOTA 28 - INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Os valores contábeis de instrumentos financeiros ativos e passivos em relação aos seus valores de mercado,são como segue:

2006Controladora Consolidado

Contabilizado Mercado Contabilizado MercadoATIVO Aplicações financeiras (vide nota 4) 82 82 616.939 616.939

PASSIVO Empréstimos e financiamentos (vide nota 12) 3.071.127 3.084.038

Aplicações financeiras – O valor contabilizado é uma estimativa razoável de seu valor de mercado.

Empréstimos e financiamentos – O valor de mercado foi determinado utilizando-se taxas de juros correntesdisponíveis para financiamentos quando da existência de termos e vencimentos remanescentes similares,obtidas junto a instituições financeiras.

A Light SESA tem como atividade principal a distribuição de energia elétrica na área de concessão queabrange 31 municípios do Estado do Rio de Janeiro. No que se refere aos fatores de risco que podem incidirsobre as operações ativas e passivas no negócio da Light SESA, tem-se o seguinte:

Risco de crédito

A Light SESA está obrigada, por força de regulamentação do setor de energia elétrica e por cláusula incluídano contrato de concessão, a fornecer energia elétrica para todos os consumidores localizados na área deconcessão. De acordo com a regulamentação do setor de energia elétrica, a Light SESA tem o direito de cortarseu fornecimento dos consumidores que deixem de efetuar o pagamento das faturas.

Risco de taxa de câmbio

O endividamento e o resultado das operações da Light SESA são afetados significativamente pelo fator derisco de mercado de taxa de câmbio sobre contratos em moeda estrangeira.Considerando que parte dos empréstimos e financiamentos da Light SESA são denominados em moedaestrangeira, esta se utiliza instrumentos financeiros derivativos (operações de “swap”) para redução dos riscosda variação cambial, os quais apresentaram um ajuste negativo de R$48.848 em 2006, compensado pelaredução no saldo da dívida em moeda estrangeira. O resultado das operações de swap, vigentes em 31 dedezembro de 2006 é negativo em R$31.189.

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Risco de preço

Anualmente as empresas distribuidoras de energia elaboram os pleitos para reajuste das tarifas de energiaelétrica com base nas variações dos custos não gerenciáveis (denominados Parcela A) e pela variação do IGP-M para os custos gerenciáveis (denominados Parcela B). Esses pleitos são revisados e homologados pelaANEEL. Periodicamente, a ANEEL efetua a denominada “revisão tarifária ordinária” com a finalidade deadequar as tarifas das concessionárias, mantendo o equilíbrio econômico-financeiro e a modicidade tarifáriada concessão, através da determinação do índice denominado “Fator X”, que reduzirá o índice do IGP-Maplicado sobre a Parcela B. As tarifas de acordo com o contrato de concessão devem garantir o equilíbrioeconômico-financeiro da Light SESA.

NOTA 29– SEGUROS – Não Auditado

Todos os ativos do Grupo Light estão segurados na modalidade de Riscos Operacionais, com cobertura “AllRisks”, com exceção das linhas de transmissão e distribuição.

Em 31 de dezembro de 2006, a cobertura de seguros, considerada suficiente pela Administração para cobrireventuais sinistros e responsabilidade civil, é resumida como segue:

Data de vigência ImportânciaRisco De Até segurada Prêmio

Riscos Operacionais 31/10/06 31/10/07 U$1 bilhão U$824 milResponsabilidade Civil Geral 25/09/06 25/09/07 U$10 milhões U$345 milDirectors & Officers (D&O) 10/08/06 10/08/07 U$30 milhões U$195 mil

NOTA 30– ACORDO GERAL DO SETOR ELÉTRICO

Pela Medida Provisória n.º 2.198, de 24 de agosto de 2001, foi criado o Programa Emergencial de Redução doConsumo de Energia Elétrica. Esse programa teve por objetivo compatibilizar a demanda de energia com aoferta, a fim de evitar interrupções intempestivas ou imprevistas do suprimento de energia. Em média, aredução de consumo prevista por esse programa foi de 20% em relação ao consumo verificado nos meses demaio, junho e julho de 2000. Esse programa vigorou de junho de 2001 até fevereiro de 2002, mês em que ogoverno considerou normalizada a situação hidrológica. Na região norte o programa foi suspenso a partir dejaneiro de 2002.

Em conseqüência dessa redução forçada da demanda pela intervenção do Estado, as empresas concessionáriasde energia elétrica, tanto geradoras como distribuidoras, tiveram redução de suas margens de lucro, pois asestruturas físicas dessas empresas, bem como a de pessoal, não puderam ser reduzidas na proporção daredução de consumo prevista naquele programa. Assim, ficaram mantidos os custos fixos e encargos definanciamentos sem a correspondente receita.

Além do programa de redução de consumo, as empresas distribuidoras tinham vários pleitos com a AgênciaNacional de Energia Elétrica - ANEEL, visando à recomposição do denominado “equilíbrio econômico-financeiro dos contratos de concessão”, pois ocorreram vários eventos que no entender das empresasresultaram no desequilíbrio econômico-financeiro desses contratos, principalmente as variações mensais decustos denominados como Parcela A, os quais não são gerenciáveis pelas distribuidoras.

Em dezembro de 2001 para solucionar a questão, o governo e as empresas de energia elétrica firmaram oAcordo Geral do Setor Elétrico com as concessionárias distribuidoras e as geradoras de energia elétrica pararetomada do equilíbrio econômico-financeiro dos contratos existentes e a recomposição de receitas relativasao período de vigência do Programa Emergencial de Redução do Consumo de Energia Elétrica – PERCEE.

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Esse acordo abrangeu as perdas de margem incorridas pelas distribuidoras e geradoras no período de vigênciado citado Programa Emergencial, os custos adicionais da denominada Parcela A para o período de 01.01.2001a 25.10.2001, a parcela dos custos com a compra de energia no âmbito do CCEE, devida aos geradores nãocomprometidos com “Contratos Iniciais” de energia, denominada “energia livre”, realizadas até dezembro de2001 e a substituição do direito contratual previsto no Anexo V dos Contratos Iniciais (compra e venda deenergia) relativo ao período de racionamento.

O Acordo Geral do Setor Elétrico também abrange o período pós racionamento, março a dezembro de 2002,para tratar da comercialização das sobras dos Contratos Iniciais, atribuindo às mesmas o valor de R$73,39 porMWh.

As receitas das distribuidoras e geradoras (energia livre) de energia elétrica no período de racionamento estãosendo recuperadas por meio da “recomposição tarifária extraordinária - RTE” na forma de aumento nas tarifasde 2,9% para os consumidores residenciais e 7,9% para os demais consumidores, exceto baixa renda, rurais eiluminação pública.

As demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2006 contemplaram os seguintes ajustes decorrentes doacordo:

1 - Composição da RTE homologada pela ANEEL, representativa da Perda de Receita (Instrumento dehomologação - Resoluções ns° 480/02, 481/02 e 01/04) e Energia Livre (Instrumento de homologação -Resoluções ns° 01/04 e 45/04):

VALORHOMOLOGADO

REMUNERAÇÃOACUMULADA

VALORAMORTIZADO

SALDO AAMORTIZAR

PROVISÃOPARA PERDA

(PRAZO >74M)

SALDO AAMORTIZAR

LÍQUIDO

2006ATIVO

( 1 ) ( 2 ) ( 3 ) (4) = (1 + 2 –3) (5) (6) = (4 – 5)

Perda de Receita - Distribuidora 722.455 590.499 906.926 406.028 (183.760) 222.268Energia Livre - Geradora 289.426 230.742 237.289 282.879 (185.196) 97.683Totais 1.011.881 821.241 1.144.213 688.909 (368.956) 319.953

2 - Composição da Variação de Itens da “Parcela A” (período de 01/01/2001 a 25/10/2001) homologado pelaANEEL, a ser recuperado no prazo necessário para atingir o montante homologado:

HOMOLOGAÇÃO:RESOLUÇÕES Nº482/02 E 001/04

REMUNERAÇÃOACUMULADA

TOTALACUMULADO

VALORAMORTIZADO

SALDO AAMORTIZAR EM

2006

ATIVO

( 1 ) ( 2 ) (3) = (1) + (2) ( 4 ) (5) = (3) - (4)“Parcela A” (período de 01/01 a25/10/2001). 125.695 177.649 303.344 - 303.344

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11.01 - NOTAS EXPLICATIVAS

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3 - Composição dos saldos dos valores homologados pela ANEEL, representativos do Repasse da EnergiaLivre, que se referem à compra de energia elétrica no âmbito do Mercado Atacadista de Energia Elétrica -MAE durante a vigência do Programa Emergencial de Redução do Consumo de Energia Elétrica. O repassecorresponde a 1/3 da arrecadação das tarifas extraordinárias.

HOMOLOGAÇÃO:RESOLUÇÕES Nº001/04 E 045/04

REMUNERAÇÃOACUMULADA

TOTALACUMULADO

VALORAMORTIZADO

SALDO AREPASSAR

PROVISÃOPARA PERDA

SALDO AREPASSAR

LÍQUIDO

2006

PASSIVO

( 1 ) ( 2 ) (3) = (1) + (2) (4) (5) = (3) - (4) (6) (7) = (5) - (6)Repasse da Energia

Livre - Geradora 289.426 230.742 520.168 237.289 282.879 (185.196) 97.683

A subsidiária Light SESA revisou suas projeções de receita e com base no novo mercado projetado, nãoconsiderando a cobrança da RTE sobre os Clientes Livres, devido à não aprovação pela ANEEL após aaudiência pública, demonstraram a não recuperação no prazo de 74 meses, resultando numa provisão paraperda mensurada, antes dos efeitos de créditos tributários diferidos, de R$183.760. Além disso, para o saldo“a faturar” (a amortizar) da RTE, mantém no longo prazo uma provisão estimada para créditos de liquidaçãoduvidosa (PCLD) de R$34.148.

A migração de consumidores potencialmente livres para o ambiente de contratação livre impacta, de formasignificativa, o recolhimento da RTE, uma vez que este adicional tarifário não está incluído nas tarifas dosconsumidores livres, através da TUSD. Entendemos que todos os consumidores cativos durante oracionamento, incluindo aqueles que atualmente são livres, deveriam participar do rateio dos custosdecorrente do PERCEE. No entanto, a ANEEL promoveu Audiência Pública (AP044/05), em 10 de abril de2006, para tratar da extensão do recolhimento da RTE a esses consumidores livres, mas não aprovou, atéentão, a cobrança destes consumidores. Neste sentido, a provisão foi revisada e mantida, até que tenha adecisão final e irrevogável dos prazos e valores para recomposição das perdas com o racionamento de energia.

Foram observados o disposto no Ofícios Circulares nº2.212/05 e nº 074/06-SFF/SER/ANEEL, para o cálculoda remuneração do saldo da recomposição tarifária extraordinária, atualizados pela taxa Selic+1% a.a., namesma forma do cálculo dos custos financeiros incorridos em função da captação vinculada de recursos juntoao BNDES.

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NOTA 31 – DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR EMPRESA2006

Light SESA Light Energia Light SA Outros Eliminações Consolidado

RECEITA OPERACIONAL 7.766.172 271.607 5.074 (45.657) 7.997.196 Fornecimento Faturado 7.067.976 7.067.976 Suprimento – Energia Elétrica 111.652 268.232 (18.229) 361.655 Outras 586.544 3.375 5.074 (27.428) 567.565

DEDUÇÕES A RECEITA (2.554.503) (18.954) (632) (2.574.089) Fornecimento Faturado -ICMS (1.892.362) (1.892.362) Encargos do Consumidor - RGR (67.465) (9.041) (76.506) PIS/COFINS (89.889) (1.766) (70) (91.725) PIS - CVA - Amortização (11.020) (11.020) COFINS (413.332) (8.147) (322) (421.801) COFINS - CVA - Amortização (78.699) (78.699) Outros (1.736) (240) (1.976)

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 5.211.669 252.653 4.442 (45.657) 5.423.107

DESPESA OPERACIONAL (4.907.648) (131.122) (10.143) (3.050) 45.657 (5.006.306) Pessoal (223.391) (23.405) (8.915) (1.140) (256.851) Material (17.087) (1.275) (83) (10) (18.455) Serviço de Terceiro (224.414) (11.933) (1.032) (920) (238.299) Energia Comprada (2.866.914) (41.007) 45.369 (2.862.552) Depreciação (295.176) (25.137) (768) (321.081) Encargos do Consumidor - CCC/CDE (425.625) (425.625) Provisões (732.110) (6.007) (738.117) Outras (122.931) (22.358) (113) (212) 288 (145.326)

RESULTADO OPERACIONAL 304.021 121.531 (10.143) 1.392 416.801

EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL 5.592 (186.536) 179.428 (1.516)

RESULTADO FINANCEIRO (290.279) (35.928) 571 289 (325.347) Receita Financeira 447.638 6.321 691 314 (39.167) 415.797 Despesa Financeira (737.917) (42.249) (120) (25) 39.167 (741.144)

RESULTADO NÃO OPERACIONAL 8.375 223 8.598 Receita não Operacional 4.719 223 4.942 Despesa não Operacional 3.656 3.656

RESULTADO ANTES DOS JUROS (TJLP) 27.709 85.826 (196.108) 1.681 98.536

RESULTADO ANTES DOS IMPOSTOS 27.709 85.826 (196.108) 1.681 98.536

Contribuição Social (66.497) (3.523) (118) (70.138) Imposto de Renda (171.535) (7.049) (305) (178.889)

RESULTADO LÍQUIDO (210.323) 75.254 (196.108) 1.258 179.428 (150.491)

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NOTA 32 – NOVOS CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DE UNIDADES CONSUMIDORAS NASUBCLASSE RESIDENCIAL BAIXA RENDA

A Lei n.º10.438, de 26 de abril de 2002, estabeleceu novos critérios de classificação de unidadesconsumidoras na subclasse residencial baixa renda e a Resolução ANEEL n.º 514, de 16 de setembro de 2002,estabeleceu os procedimentos contábeis e os critérios de compensação nas tarifas de fornecimento de energiaelétrica das concessionárias ou permissionárias de distribuição de energia elétrica.

A estimativa dos efeitos da aplicação dos novos critérios de classificação até 31 de dezembro de 2006referente a perda de receita é de R$261.364. A obrigação para restituição aos consumidores é estimada emR$16.055. A ANEEL homologou, através de vários Despachos, sendo o último de n.º 3, de 03 de janeiro de2007, resultando em 31 de dezembro de 2006 no montante homologado de R$245.310, referente à perda dereceita no período de maio de 2002 a novembro de 2006. Em 31 de dezembro de 2006, a Light SESA haviasido ressarcida em R$240.740, tendo como origem recursos dos encargos setoriais embutidos nas tarifas dasconcessionárias, tais como RGR (Reserva Global de Reversão).

NOTA 33 – DESVERTICALIZAÇÃO - ALTERAÇÕES NO MODELO DO SETOR ELÉTRICO – LEI N. º10.848, DE 15 DE MARÇO DE 2004.

A Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004, estabelece que as concessionárias, as permissionárias e asautorizadas de serviço público de distribuição de energia elétrica que atuam no Sistema InterligadoNacional – SIN, tal como é o caso da Light SESA, não podem desenvolver, dentre outras, atividades degeração e transmissão de energia elétrica nem de participação em outras sociedades.

Assim, a Light SESA implementou o Projeto de Desverticalização de modo que, em fiel cumprimento àlegislação acima referida, a Light SESA passou a exercer tão somente a atividade de distribuição deenergia elétrica.

O Projeto de Desverticalização resultou na criação da sociedade controladora Light S.A.. Dessa forma,esta é titular: (a) da totalidade das ações representativas do capital social da Light SESA, que continuaexplorando as atividades de distribuição de energia elétrica; (b) da totalidade das ações representativas docapital social da Light Energia, que explora as atividades de geração e transmissão de energia elétrica; e(c) das demais participações societárias antes detidas pela Light SESA, com exceção de participação naLight Overseas Investments Limited e LIR Energy Limited, sociedades com sede no exterior.

Concluído o Projeto de Desverticalização a Light S.A. tornou-se, então, a empresa controladora do GrupoLight, e passou a ter suas ações negociadas no Novo Mercado da BOVESPA, a partir de 22.02.2006, como código LIGT3, em substituição às ações da ex-controladora, Light SESA, que deixaram de sernegociadas naquele segmento.

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A estrutura do Grupo Light, após a conclusão do projeto de desverticalização, foi a seguinte:

EEDDFFII

LLiigghhttggeerr

LLIIGGHHTT SSEESSAA

LLiigghhtt EEssccoo IIttaaooccaarraa

DDeemmaaiiss

LLIIGGHHTT EENNEERRGGIIAA

MMiinnoorriittáárriiooss LLiiddiill CCoommeerrcciiaall

LLIIGGHHTT SS..AA..

LLiigghhtt OOvveerrsseeaass

LLIIRR EEnneerrggyy

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A estrutura do Grupo Light, após a conclusão do projeto de desverticalização e a venda para RME passoua ser a seguinte:

NOTA 34 – LEILÃO DE ENERGIA

Em face do novo modelo setorial instituído com a edição da Lei nº 10.848, de 15.03.2004, e do Decreto nº5.163, de 30.07.2004, as empresas distribuidoras não poderão mais utilizar-se de sua geração própria paraatendimento a seu mercado, devendo adquirir toda a energia de que necessitam nos leilões que serealizarão à intervalos regulares. Assim, a Light SESA viu-se na obrigação de participar do 1º Leilão deEnergia Existente, realizado pelo Ministério de Minas e Energia, como vendedora da energia de suasusinas.

Nesse leilão, realizado em 07.12.2004, foram negociados através de contratos com maturidade de 8 anos,os montantes de 380 MW médios e 130 MW médios, com início de suprimento em janeiro dos anos de2005 e de 2006, respectivamente. Esses montantes perfazem 95% da energia passível de sercomercializada pela Light SESA (energia assegurada).

LightOverseas

LIREnergy

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Em 11.10.2005, a subsidiária Light Energia S.A participou do 3º Leilão de Energia Existente, tendovendido 12 MW médios através de contratos com 3 anos de duração e início de suprimento em janeiro de2006. O montante de energia vendido nesse Leilão corresponde ao volume do 1º Leilão descontratadoatravés do MCSD - Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits. Este mecanismo foi instituído pelonovo modelo setorial e visa possibilitar a redução do nível de contratação das distribuidoras a partir dasaída de consumidores livres e da redução do seu mercado cativo.

NOTA 35 – REAJUSTE TARIFÁRIO

Em novembro de 2005 a Light SESA, após a validação da Base de Remuneração Regulatória (BRR)definitiva referente à Revisão Tarifária de 2003, obteve um reajuste médio de 10,81%. Tal percentual foicomposto por:

• -1,06% de reajuste econômico incorporado permanentemente às tarifas, negativo devido à retirada doPIS e da COFINS da base tarifária; e

• 11,86% referente a adicionais financeiros, cuja origem principal foi a validação da BRR definitiva.Este montante de adicionais financeiros teve vigência na tarifa apenas no período entre novembro de 2005 eoutubro de 2006.

Portanto, para o reajuste de novembro de 2006, as tarifas da Light SESA partiram de um patamar 11,86%inferior às tarifas vigentes até então.

Em 07 de novembro de 2006 as tarifas da Light SESA foram reajustadas, conforme Resolução ANEEL nº391, em 11,69%. Tal reajuste foi composto da seguinte forma:

• 6,29% incorporados permanentemente às tarifas, refletindo a variação dos custos não gerenciáveis(compra de energia, transmissão e encargos setoriais) e atualização dos custos gerenciáveis pelo IGP-Mdeduzido do Fator X; e

• 5,4% referentes a novos adicionais financeiros, relacionados essencialmente a custos passados queainda não haviam sido incorporados às tarifas.

Devido à amortização integral dos adicionais financeiros de 11,86% do reajuste de 2005, o efeito médio nastarifas aplicadas aos consumidores finais foi de -0,1%.

O reajuste de 2006 ficou dentro dos limites previstos pela Light SESA, tendo em vista o cenário macroeconômico estável (a variação do IGPM no período foi de 3% e a do dólar de –5%). Cabe ressaltar que oefeito dos novos adicionais financeiros impactou positivamente o lucro antes de impostos de 2006 em R$ 45milhões, por não terem sido contabilizados até a efetiva homologação pela ANEEL, seguindo as normascontábeis para reconhecimento de ativos.

6,29%

2,42%2,98%

Total 11,69%Nota: IRT = Índice de Reajuste Tarifário CVA = Conta de Valores a Compensar da Parcela A

Reajuste Tarifário - 2006IRT Estrutural

Outros

Adicionais FinanceirosCVA

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NOTA 36 - SISTEMA DE ATENDIMENTO E GESTÃO COMERCIAL

Dentro do compromisso de prestar um serviço de qualidade, para superar as expectativas do mercado e deseus clientes, a Light SESA fez investimento superior a R$ 100 milhões em um novo Sistema deAtendimento e Gestão Comercial (CCS-SAP). O sistema entrou em operação em março de 2006, em uma1ª fase, abrangendo a totalidade dos clientes de média e alta tensão (industrial, comercial, poder público eserviço público) e uma área piloto de baixa tensão, na localidade de Itaguaí. Em setembro de 2006 foiiniciada a 2ª fase da transição abrangendo os clientes de baixa tensão totalizando 100% dos clientesatendidos pela Light SESA. A migração foi concluída no inicio do mês de outubro de 2006, e o sistema jáestá operando em produção.

Integrado às demais ações realizadas, esse sistema trará um novo conceito, permitindo maior agilidade,segurança e praticidade no atendimento aos clientes e no combate à inadimplência e perdas de energia.

NOTA 37– FATO RELEVANTE

Fatos relevantes publicados em 10 de agosto de 2006

a) Mudança de controle

A administração da Light S.A.e da Light SESA, em atendimento ao disposto na Instrução CVM n° 358, de3 de janeiro de 2002, comunicou aos acionistas de tais companhias, à Comissão de Valores Mobiliários –CVM, à Bolsa de Valores de São Paulo – Bovespa e ao mercado em geral que foi realizada, nesta data, atransferência de ações de emissão da Light e de quotas representativas do capital social da Lidil ComercialLtda. de titularidade da EDF International S.A. para a RME - Rio Minas Energia Participações S.A.

A operação envolveu a compra de 100.719.912.442 ações ordinárias de emissão da Light e a totalidade dasquotas representativas do capital social da Lidil, sociedade que detém 5.584.685.447 ações ordinárias deemissão da Light, resultando na transferência de um total de 106.304.597.889 ações ordinárias de emissãoda Light, representativas, nesta data, de 79,39% do capital social total e votante da Light.

O preço total de compra das ações foi de US$319.809.871,91 por 106.304.597.889 ações ordinárias deemissão da Light, o que representa um preço de US$3,01 por lote de 1.000 ações de emissão da Light. Opreço foi integralmente pago pela RME em dinheiro, nesta data, concomitantemente à efetiva transferênciadas ações e quotas.

O Contrato de Compra e Venda de Ações (Stock Purchase Agreement) foi celebrado em 28 de março de2006 sob a condição de que a RME se obrigaria a realizar uma oferta pública de aquisição das ações emcirculação de emissão da Light, nos termos da Lei nº 6.404/76, da Instrução CVM n° 361/2002 e doRegulamento do Novo Mercado, com finalidade de assegurar aos outros acionistas da Light tratamentoigualitário àquele dado à EDFI.

Ainda, nesta data, foi celebrado um aditivo ao Contrato de Compra e Venda de Ações que dispõe que casoa RME aliene as ações de emissão da Light adquiridas, direta ou indiretamente, da EDFI no prazo de 1ano, a contar desta data, a RME terá que pagar à EDFI 50% do valor do lucro obtido com a venda destasações, de acordo com os termos do aditivo ao Contrato.

Em cumprimento a Instrução CVM n° 358, a Light declara que não há intenção de promover, no prazo de1 ano, o cancelamento do registro de companhia aberta, bem como foi arquivado na sede da companhiaum acordo de acionistas celebrado entre os sócios da RME.

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A RME, sociedade por ações, com sede na cidade e Estado do Rio de Janeiro, na Avenida Rio Branco,123, sala 1901 (parte), inscrita no CNPJ/MF sob o n° 07.925.628/0001-47 é uma sociedade de gestão departicipações societárias (holding), cujo objeto é investir em sociedades que atuem no setor elétrico. Seusacionistas são: Companhia Energética de Minas Gerais – CEMIG, Andrade Gutierrez Concessões S.A.,Pactual Energia Participações S.A. e Luce Brasil Fundo de Investimento em Participações (“Luce”), queadquiriu as ações da RME até então detidas pela JLA Participações S.A.(“JLA”). Registre-se que Lucetem como principal quotista o controlador da JLA.

A Light S.A. é uma sociedade holding que atua, indiretamente, no segmento de geração, transmissão edistribuição de energia elétrica em parte do Estado do Rio de Janeiro. Desta forma, para a RME, aoperação de compra da Light S.A. representa uma oportunidade de investimento em um mercado comgrande potencial de crescimento e que, atualmente, é o terceiro maior mercado de distribuição de energiaelétrica no país.

b) Constituição da Provisão na mudança de controle

A administração da Light S.A. e da Light SESA, em atendimento ao disposto na Instrução CVM n° 358,de 3 de janeiro de 2002, comunica aos seus acionistas, à Comissão de Valores Mobiliários – CVM, àBolsa de Valores de São Paulo – Bovespa e ao mercado em geral que o Conselho de Administração daLight SESA, cuja deliberação foi ratificada pelo Conselho de Administração da Light, eleito nesta data,deliberou a constituição de provisões de aproximadamente R$443,7 Milhões no resultado do período(31.07.2006) da Light SESA, com conseqüente impacto na Light.

Segue abaixo a descrição dos pontos que compõem o total de provisões realizadas no resultado doperíodo:

R$Milhões

1. Constituição adicional de provisões para contingências avaliadas como “prováveis”, em conformidade com a Deliberação CVM nº489/05, deprocessos judiciais de natureza cível, tributário, previdenciário e regulatório, assim como de procedimentos administrativos na área trabalhista.

157,8

2. Adequação na forma de contabilização das parcelas remanescentes do Programa de Parcelamento Especial – PAES, de 31 de julho de 2003. 20,23. Provisionamento do déficit atuarial, refletindo basicamente os efeitos da adoção da tábua de mortalidade AT-83, em conformidade com aResolução CGPC nº18, de 28 de março de 2006.

149,9

4. Ajuste ao valor de recuperação a valor presente de créditos parcelados em mais de 24 meses, sem juros e atualização monetária, de cliente deserviço público.

14,2

5. Ajuste ao valor de recuperação a valor presente de crédito tributário parcelado em mais de 24 meses, sem juros e atualização monetária,convertidos e homologados pelo Governo do Estado do RJ.

45,5

6. Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa 35,47. Reconhecimento de gastos diferidos 20,7

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NOTA 38 - EVENTOS SUBSEQUENTES

a) 5ª Emissão de Debêntures - R$ 1 bilhão

A Light SESA concluiu a captação em janeiro de 2007 de R$ 1 bilhão com a 5ª emissão de debênturessimples junto ao mercado, com o vencimento final em 2014. O banco que coordenou a operação foi o ItaúBBA, com a participação do Bradesco, Unibanco, Citibank e BNP Paribas. A emissão visou reduzir aexposição cambial, reduzir custos, flexibilizar o pacote de “covenants” e garantias das operaçõesanteriores melhorando o perfil de endividamento da Light SESA. Deste total captado, R$ 633 milhõesforam utilizados para pagamento integral da dívida representada pelo “Contrato de Créditos em Reais”celebrado com o Banco Itaú S.A., na qualidade de agente do empréstimo em Reais, Bradesco, Itaú BBA, eUnibanco em 12 julho de 2005; R$ 367 milhões foram utilizados para pagamento parcial da dívidarepresentado pelo “Amended and Restated Indenture” celebrado entre a Emissora, a Light S.A., o JPMorgan Chase Bank NA e o JP Morgan Trust Bank Ltd em 15 de março de 2006.

O saldo remanescente da dívida representada pelo “Amended and Restated Indenture”, no montante deaproximadamente R$ 466 milhões, foi objeto de pagamento pela Emissora mediante a utilização derecursos próprios.

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b) Redução de Capital

� Light S.A.

Os Acionistas da LIGHT S.A., em assembléia geral extraordinária ("AGE") de 16 de fevereiro de 2007,aprovaram a proposta de "Redução de Capital Social, com base nos prejuízos acumulados até o período findoem 30 de setembro de 2006", no montante de R$288.323, passando o Capital Social a ser representado pelomontante de R$1.416.369 (133.913.456.422 ações ordinárias, escriturais e sem valor nominal).

Após a AGE de redução de capital de 16 de fevereiro de 2007, remanesce um lucro, nesta data, no montantede R$92.215.

� Light SESA.

Os Acionistas da LIGHT S.E.S.A., em assembléia geral extraordinária ("AGE") de 16 de fevereiro de 2007,aprovaram a proposta de "Redução de Capital Social, com base nos prejuízos acumulados até o período findoem 30 de setembro de 2006", no montante de R$3.042.717, passando o Capital Social a ser representado pelomontante de R$1.272.912 (133.913.456.421 ações ordinárias, escriturais e sem valor nominal).

Após a AGE de redução de capital de 16 de fevereiro de 2007, remanesce um lucro, nesta data, no montantede R$67.842.

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NOTA 39 – FLUXO DE CAIXA

31/12/2006 31/12/2005 31/12/2006 31/12/2005

(196.108) (150.491)

Provisão para devedores duvidosos 296.769 Provisão (reversão) de perdas na recuperação dos valores na Recomposição Tarifária Extraordinária Longo Prazo 82.221 Provisão para devedores duvidosos - Energia Livrre 88.742 Atualização de ativos e passivos regulatórios (145.617)Ajuste a valor presente de recebíveis 55.153 Depreciação e amortização 321.081 Juros e variações monetárias de longo prazo – líquidas 329.014 Resultado de equivalência patrimonial 186.536 1.516 Resultado na baixa de bens do imobilizado 5.661 Baixas do diferido 21.298 Imposto de renda e contribuições social diferidos 4.298 Encargos e variação monetária de obrigações pós-emprego 229.949 Provisões no exigível a longo prazo - contingências 343.092 Outras (14.259)

(9.572) - 1.468.427 -

Consumidores e revendedores (199.773) Tributos a compensar (146) 19.722 Serviços prestados 48.786 Programa de redução de consumo 47 Estoques (672)Ativos regulatórios (CVA e Bolhas) 365.389 Depósitos vinculados a litígios (48.006)Outros (361) (35.785)

(507) - 149.708 -

Fornecedores 231 (23.274)Fornecedores de energia (244.081)Salários e contribuições sociais 145 (5.070)Tributos e Contribuições Sociais 16 20.968 Encargos regulatórios 48.805 Contingências (30.194)Obrigações pós-emprego (65.656)Outros 567 (26) (21.406) (26)

959 (26) (319.909) (26)

(9.120) (26) 1.298.226 (26)

Participações societárias (1.695.292) - Aplicações no imobilizado (312.616)Contribuições do consumidor 11.001 Aplicações no diferido 27 (64.122) 27

(1.695.292) 27 (365.737) 27

Aumento de Capital 1.704.617 Empréstimos e financiamentos obtidos 9.126 Amortização de empréstimos e financiamentos (660.060)

1.704.617 - (650.935) -

205 1 281.555 1

No inicio do período 1 - 1 - Reorganização societária - Desverticalização 413.552 No final do período 206 1 695.108 1

205 1 281.555 1 Variação no caixa

Atividades de investimento

Atividades de financiamento

Variação líquida do caixa

Demonstração da variação líquidaa de caixa

Despesas (receitas) que não afetam o caixa:

(Aumento) Redução de ativos

Aumento (Redução) de passivos

Caixa gerado (absorvido) pelas operações

Controladora Consolidado

Das operaçõesLucro líquido (prejuízo) do exercício

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NOTA 40 – INFORMAÇÕES ADICIONAIS

Notas 31/12/2006 31/12/2005 31/12/2006 31/12/2005

CIRCULANTEDisponibilidades 4 206 1 695.108 1 Consumidores, concessionárias e permissionárias 5 2.349.471 Provisão para créditos de liquidação duvidosa 5 (579.060) Tributos a compensar 6 150 - 276.021 - Estoques 11.409 Serviços prestados 30.294 Despesas pagas antecipadamente 7 56 247.730 Outros créditos 8 256 54.950 Total 668 1 3.085.923 1

ATIVO NÃO CIRCULANTE 1.508.756 - 5.472.813 -

REALIZÁVEL A LONGO PRAZOConsumidores, concessionárias e permissionárias 5 182.913 Tributos a compensar 6 715.322 Depósitos vinculados a litígios 133.790 Despesas pagas antecipadamente 7 315.959 Outros créditos 8 112.210 Total - - 1.460.194 -

PERMANENTEInvestimentos 9 1.508.756 34.825 Imobilizado, líquido 10 3.696.771 Intangível líquido 10 183.113 Diferido 97.910 Total 1.508.756 - 4.012.619 -

1.509.424 1 8.558.736 1

A T I V O

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Notas 31/12/2006 31/12/2005 31/12/2006 31/12/2005

CIRCULANTEFornecedores 11 231 464.972 Folha de pagamento 6 1.133 Tributos 6 16 257.087 Encargos financeiros 12 126.706 Empréstimos, financiamentos e debêntures 12 368.530 Obrigações estimadas 139 36.273 Encagos regulatórios 13 335.306 Provisão para contingências 14 3.302 Plano previdenciário e outros benefícios aos empregados 16 74.084 Outros débitos 15 522 75.391 Total 914 - 1.742.784 -

PASSIVO NÃO CIRCULANTE - - 5.307.442 -

EXIGÍVEL A LONGO PRAZOFornecedores 11 29.769 Encargos financeiros 12 68.132 Empréstimos, financiamentos e debêntures 12 2.671.406 Tributos 6 279.182 Encagos regulatórios 13 109.259 Provisão para contingências 14 1.241.322 Plano previdenciário e outros benefícios aos empregados 16 786.863 Outros débitos 15 118.777 Total - - 5.304.710 -

RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS - - 2.732 -

PATRIMÔNIO LÍQUIDOCapital social 18 1.704.618 1 1.704.618 1 Prejuízos acumulados (196.108) (196.108) Sub-total 1.508.510 1 1.508.510 1 Recursos destinados a aumento de capitalTotal 1.508.510 1 1.508.510 1

1.509.424 1 8.558.736 1

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P A S S I V O

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Controladora ConsolidadoNotas 31/12/2006 31/12/2006

RECEITA OPERACIONALFornecimento de energia elétrica 20 7.067.976 Suprimento de energia elétrica 20 361.655 Outras receitas 21 567.565 Total - 7.997.196

Deduções à receita operacionalICMS (1.892.362) Quota para reserva global de reversão (76.506) PIS/ COFINS (603.245) Outros (1.976)

Total - (2.574.089)

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA - 5.423.107

CUSTO DO SERVIÇO DE ENERGIA ELÉTRICA CUSTO COM ENERGIA ELÉTRICA

Energia comprada para revenda 25 (2.862.552)

- (2.862.552)

CUSTO DE OPERAÇÃOPessoal 23 (160.162) Materiais 23 (15.758) Serviços de terceiros 23 (95.693) Quota para conta de consumo de combustivel - CCC/CDE 23 (425.625) Provisões para contingências 23 (247.142) Depreciações e amortizações 23 (277.942) Outras 23 (35.447)

Total - (1.257.769)

CUSTO DO SERVIÇO PRESTADO A TERCEIROS

LUCRO OPERACIONAL BRUTO - 1.302.786

DESPESAS OPERACIONAIS

Com vendas 23 (446.949) Gerais e administrativas 23 (10.143) (439.036) Total (10.143) (885.985)

RESULTADO DO SERVIÇO (10.143) 416.801

RESULTADO DE EQUIVALÊNCIA PATRIM ONIAL (186.536) (1.516)

RECEITA ( DESPESA ) FINANCEIRA

Receita 26 691 415.797 Despesa 26 (120) (741.144) Total 571 (325.347)

RESULTADO OPERACIONAL (196.108) 89.938

Receita não operacional 27 4.942 Despesa não operacional 27 3.656

RESULTADO NÃO OPERACIONAL - 8.598

RESULTADO ANTES DOS TRIBUTOSE PARTICIPAÇÃO MINORITÁRIA (196.108) 98.536

Imposto de renda e contribuição social 6 (249.027)

LUCRO/(PREJUÍZO) ANTES DA PARTICIPAÇÃO MINORITÁRIA (196.108) (150.491)

Participação minoritária

LUCRO/(PREJUÍZO) LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (196.108) (150.491)

Lucro/(Prejuízo) por lote de 1.000 ações - R$ (0,00146) (0,00112)

(Em milhares de reais)DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO

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PARECER DO CONSELHO FISCAL

O Conselho Fiscal da LIGHT S.A., em cumprimento às disposições legais e estatutárias,examinou o Relatório Anual da Administração e as Demonstrações Financeiras referentes aoexercício encerrado em 31 de dezembro de 2006. Com base nos exames efetuados,considerando, ainda, o Parecer dos Auditores Independentes Deloitte Touche Tohmatsu, datadode 23 de fevereiro de 2007, bem como as informações e esclarecimentos recebidos no decorrerdo exercício, opina que os referidos documentos estão em condições de serem apreciados pelaAssembléia Geral Ordinária de Acionistas.

Rio de Janeiro, 26 de fevereiro de 2007.

Eduardo Grande Bittencourt

Ari Barcelos da Silva

Aristóteles Luiz Menezes Vasconcellos Drummond

Beatriz Oliveira Fortunato

Isabel da Silva Ramos Kemmelmeier

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CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

EFETIVOS SUPLENTES

Wilson Nélio Brumer Flavio Decat de MouraDjalma Bastos de Morais João Batista Zolini Carneiro

Eduardo Borges de Andrade Celso Fernandez QuintellaRicardo Coutinho de Sena Paulo Roberto Reckziegel Guedes

Gilberto Sayão da Silva Ana Marta Horta VelosoAlessandro Monteiro Morgado Horta Bruno Constantino Alexandre Dos Santos

Aldo Floris Lauro Alberto de LucaSergio Landau Alfredo Salomão Neto

Raphael Hermeto de Almeida Magalhães Ruy Flaks SchneiderLuiz Aníbal de Lima Fernandes Almir José dos Santos

José Luiz Silva Carmen Lúcia Claussen Kanter

DIRETORIA EXECUTIVA

José Luiz AlquéresDiretor Presidente

Ronnie Vaz MoreiraDiretor Vice-Presidente de Finanças

Roberto Manoel Guedes AlcoforadoDiretor

Ana Silvia Corso MatteDiretor

Leonardo Lins de AlbuquerqueDiretor

Paulo Henrique Siqueira BornDiretor

Paulo Roberto Ribeiro PintoDiretor

SUPERINTENDENCIA ECONÔMICA

Marcos Amin Telles Luciana Maximino MaiaCONTADOR - Superintendente Econômico CONTADOR - Gerente de Contabilidade

CRC-SE 004884/O-9T/RJ CRC-RJ 091476/O-0CPF 869.006.507-59 CPF 144.021.098-50