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LIGHT Serviços de Eletricidade S.A. Relatório da Administração Demonstrações Financeiras referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2016 Relatório dos Auditores Independentes Declaração dos Diretores de que reviram, discutiram e concordaram com as Demonstrações Financeiras de 31 de dezembro de 2016 e Relatório dos Auditores Independentes Proposta de Orçamento de Capital preparada pela Administração

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LIGHT Serviços de Eletricidade S.A.

Relatório da Administração

Demonstrações Financeiras referentes ao exercício findo em 31 de

dezembro de 2016

Relatório dos Auditores Independentes

Declaração dos Diretores de que reviram, discutiram e concordaram com

as Demonstrações Financeiras de 31 de dezembro de 2016 e Relatório dos

Auditores Independentes

Proposta de Orçamento de Capital preparada pela Administração

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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO – LIGHT SESA - 2016

Mensagem da Administração

O primeiro ano da nova gestão da Light trouxe mudanças importantes na estratégia do negócio que já se refletiram em resultados positivos ao longo de 2016.

A partir de um novo diagnóstico das causas e da localização das perdas de energia, intensificou-se o combate nas regiões com clientes de médio e alto poder aquisitivo. Tais regiões representam 90% da carga da distribuidora e 51% do volume de energia furtada. Com isso, foi possível aumentar consideravelmente o volume de energia recuperada, fazendo com que as perdas totais sobre a carga fio (período de 12 meses) terminassem o ano de 2016 no patamar de 22,54%.

O êxito obtido pela Companhia na execução deste programa ganha maior dimensão quando levamos em conta o momento tão adverso do cenário socioeconômico do país e, em particular, do estado do Rio de Janeiro, onde estão os 31 municípios que fazem parte de sua concessão. Conseguimos não só reduzir o nível de perdas, como também evitamos que a mesma degradasse a taxa de arrecadação que, inclusive, aumentou em comparação a 2015.

Aliada ao programa de combate ao furto de energia está a busca pela eficiência por meio do aprimoramento da qualidade dos serviços prestados e de uma melhor gestão dos recursos empregados pela Distribuidora. Ao longo do ano, foram investidos cerca de R$ 170 milhões na implantação de ações para a melhoria da qualidade nos serviços, que tiveram como resultado a redução no indicador de duração da interrupção de energia (DEC) para 11,70 horas.

E o ano de 2017 já se inicia com uma excelente notícia para o grupo Light. Com a assinatura do 5º termo aditivo do contrato de concessão, a Light foi a primeira empresa a aderir voluntariamente às novas cláusulas de qualidade e de sustentabilidade econômico-financeira, o que se refletirá em melhoria dos serviços prestados aos consumidores. Esse novo aditamento também possibilitará a antecipação do processo de revisão tarifária da distribuidora, que garantirá seu reequilíbrio econômico-financeiro.

O reequilíbrio econômico-financeiro da distribuidora, aliado às perspectivas de melhora no cenário econômico do país, com queda na taxa básica de juros, comporão um cenário que permitirá ao grupo Light reduzir os custos com endividamento e fortalecer seu fluxo de caixa.

É fundamental ainda para a Companhia otimizar seu programa de investimentos focando em seu core business que é a distribuição, revendo seu portfólio de ativos à luz dos potenciais retornos e das disponibilidades de curto prazo.

Por fim, reforçamos nosso compromisso com a busca da eficiência na gestão e implantação das melhores práticas em todas as diversas áreas da Light. Nossa atuação terá como foco os resultados sustentáveis, privilegiando a competência e a ética de nossos colaboradores e nossa transparência na relação com nossos acionistas, parceiros, clientes e demais stakeholders.

Perfil Corporativo

A Light SESA tem uma área de concessão que abrange 31 municípios do Estado do Rio de

Janeiro, com área total de 10.970 Km², abrangendo uma região com mais de 11 milhões de pessoas e

com mais de 4 milhões de clientes.

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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO – LIGHT SESA - 2016

Contexto Operacional

Desempenho Operacional

Tarifas

As tarifas da Light SESA são determinadas de acordo com o Contrato de Concessão, regulamentação e decisões da Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel, que possui discricionariedade no exercício de suas atividades regulatórias. Os contratos de concessão das Distribuidoras e a lei brasileira determinam um mecanismo de teto tarifário que permite três tipos de ajustes tarifários: (1) reajuste periódico o qual ocorre anualmente; (2) revisão periódica a qual ocorre a cada cinco anos; e (3) revisão extraordinária. Neste ano foi realizado o Reajuste Periódico em 07 de novembro. A partir de 2017, com a assinatura do 5º termo aditivo ao contrato de concessão, a data do reajuste periódico será alterada para 15 de março.

Reajuste Periódico

A Aneel aprovou no dia 01 de novembro de 2016, o índice de reajuste tarifário para a Light Serviços de Eletricidade S.A., constituído de dois componentes: o estrutural, que passa a integrar a tarifa, de -1,24%; e o financeiro, aplicado exclusivamente aos 12 meses seguintes a data do reajuste, de -4,23%.

O processo de reajuste tarifário anual consiste no repasse aos consumidores dos custos não-gerenciáveis da concessão (Parcela A - compra de energia, encargos setoriais e encargos de transmissão), e na atualização dos custos gerenciáveis (Parcela B - distribuição) pela variação do IGP-M subtraída do Fator X, que repassa aos consumidores os ganhos de produtividade anuais da concessionária.

O reajuste da Parcela A foi de -3,84%, explicado principalmente pela (i) redução da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), em 16%; e pela (ii) variação no custo com a compra de energia, em - 6,31%, influenciada principalmente pela desvalorização do real frente ao dólar, que impactou a tarifa de energia proveniente de Itaipu. O preço médio de repasse dos contratos de compra de energia (Pmix) foi definido em 173,78 R$/MWh.

O reajuste da Parcela B (que efetivamente fica com a Light SESA para cobrir seus custos e remunerar seus investimentos) reflete a variação acumulada do IGP-M no período de novembro de 2015 a outubro de 2016 (8,78%), deduzida do Fator X (1,22%), resultando em um percentual final de 7,56%.

O efeito médio para o consumidor foi uma redução de 12,25%, onde a Parcela A foi responsável por uma redução de 13,98% e a Parcela B por um aumento de 1,72%. As novas tarifas entraram em vigor em 07 de novembro de 2016.

Aditivo ao Contrato de Concessão e Quarta Revisão Tarifária

Em fevereiro de 2016, a Light SESA protocolou na Aneel um pedido formal para o início do Processo de Revisão Tarifária Extraordinária. Em agosto de 2016, por meio do Despacho no 2.194, a Aneel estabeleceu que as distribuidoras inicialmente não abarcadas pela Lei no 12.783 também poderiam aderir aos termos do novo contrato de concessão, com possibilidade de alterar a data de

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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO – LIGHT SESA - 2016

Revisão Tarifária. Nesse sentido, a Light solicitou à ANEEL em outubro de 2016 a assinatura de aditivo contratual e antecipação da Revisão Tarifária de novembro de 2018 para novembro de 2016. Com isso, a ANEEL convocou em dezembro de 2016 a Audiência Pública nº 89 para obtenção de subsídios para eventual assinatura de termo aditivo contratual e antecipação da Revisão Tarifária da Light para março de 2017. Em 15 de março de 2017, foi concluído o processo da 4ª Revisão Tarifária Periódica, homologando um reajuste médio das tarifas de 10,45%.

Este processo - assinatura de aditivo contratual, juntamente com a antecipação da 4ª Revisão Tarifária - é vantajoso ao interesse público por trazer os seguintes benefícios:

À Light, que terá seu contrato reequilibrado como prevê a legislação e os contratos vigentes;

Aos consumidores, que contarão com um compromisso ainda maior dos acionistas e gestores da Companhia perante a sustentabilidade da concessão, tanto em termos econômico-financeiros quanto da qualidade dos serviços prestados; e

À economia do Rio de Janeiro e do país pois, estando a Light em reequilíbrio econômico-

financeiro, a Companhia poderá realizar mais investimentos e gerar empregos.

Ademais, a Empresa também terá que honrar os novos compromissos que a assinatura do

novo aditivo ao contrato de concessão traz, tais como:

Eficiência com relação a qualidade – Métrica objetiva para melhora dos indicadores DECi e FECi nos primeiros cinco anos:

DECi (horas) FECi (interrupções)

2018 2019 2020 2021 2022 2018 2019 2020 2021 2022

9,80 8,23 8,14 8,02 7,84 6,01 5,72 5,43 5,15 4,86

Eficiência com relação aos parâmetros econômicos – Trajetória objetiva durante os primeiros anos para que a distribuidora, por meio do cumprimento dos indicadores1 estabelecidos contratualmente, atinja situação de sustentabilidade econômico-financeira:

2018: {Dívida Líquida / [LAJIDA2 (-) QRR23]} ≤ 1 / (0,8 * SELIC) 2019 em diante: {Dívida Líquida / [LAJIDA (-) QRR]} ≤ 1 / (1,11 * SELIC)

Governança Corporativa e Transparência – A distribuidora se compromete a manter seus níveis de governança e transparência alinhados às melhores práticas e à sua condição de prestadora de serviço público.

Compromisso dos sócios controladores – Os sócios controladores assinam o contrato de concessão como intervenientes e garantidores das obrigações e encargos estabelecidos.

Vale ressaltar também que, com a assinatura do aditivo contratual, os processos tarifários

ordinários da Light SESA passarão a ocorrer no dia 15 de março de cada ano, sendo que a próxima

1 Limites menos restritivos do que os atuais covenants financeiros da empresa 2 Calculado conforme metodologia da ANEEL 3 Reflete Depreciação Regulatória

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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO – LIGHT SESA - 2016

Revisão Tarifária Períódica (“RTP”) ocorrerá em 15 de março de 2022. O prazo final da concessão da Light SESA permanece em 4 de junho de 2026.

Como resultado da 4ª RTP, os itens associados ao serviço de distribuição de energia elétrica que compõem as tarifas da Light SESA (destinados a cobrir custos operacionais eficientes, remuneração e depreciação dos investimentos, anuidades dos ativos não elétricos e receitas irrecuperáveis, descontados das outras receitas) homologados pela ANEEL somam R$ 2.911 milhões.

Esses mesmos itens, que compuseram a Parcela B repassada no último Reajuste Tarifário da Light SESA, ocorrido em 7 de novembro de 2016, somavam R$ 2.535 milhões na referida data.

No caso do repasse das perdas de energia, o percentual de perdas não técnicas passa a representar 36,06% do mercado de baixa tensão e o das perdas técnicas, 6,34% da Carga Fio regulatória. Ambos os percentuais ficarão fixos até a próxima RTP, que ocorrerá em março de 2022, independentemente dos níveis reais de perdas praticados pela concessionária no período.

Além do recálculo dos itens associados ao serviço de distribuição e da redefinição dos percentuais de perdas regulatórias, as novas tarifas da Light SESA refletem também uma atualização dos itens da Parcela A (associados à compra de energia, aos encargos setoriais e aos custos de transmissão), bem como dos componentes financeiros.

-2,86%

4,26%

1,43%

2,81%

4,81% 10,45 %

Efeito Médio para o Consumidor

Encargos Setoriais

Custos de Transmissão

Custos de Aquisição de

Energia

Distribuição e Receitas

Irrecuperáveis de Energia

Componentes Financeiros

Total

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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO – LIGHT SESA - 2016

Evolução do Mercado

Em 2016, houve retração de 2,3% no Mercado Faturado Total em relação ao mesmo período

do ano anterior devido, principalmente, às temperaturas mais amenas e à conjuntura econômica desfavorável. Porém, é importante destacar a energia recuperada em todas as classes, sendo, 683 GWh em 2016 frente a 256 GWh em 2015 refletindo a nova estratégia de combate às perdas implementada na companhia.

Na classe residencial houve aumento de 0,8% em comparação com o ano anterior, a despeito da queda na temperatura média, resultado da intensificação dos esforços da Empresa no combate às perdas causando um significativo faturamento de energia recuperada na baixa tensão. Dos 683 GWh recuperados em 2016, 600 GWh foram somente nesta classe. Sem o efeito da recuperação de energia, o segmento residencial teria apresentado queda de 6,0% em relação ao ano anterior.

Na classe comercial houve um decréscimo de 2,2% em relação ao ano de 2015, apresentando ao final de 2016 um total de 8.271 GWh. Esta queda é explicada pela migração de clientes da alta tensão para o mercado livre e pelo declínio em 4,4% do setor comercial mais representativo - varejista - refletindo o desaquecimento da economia no consumo de energia.

O consumo industrial de eletricidade da área de concessão da Light recuou 6,7%, em linha com as demais concessionárias do Sudeste, que vem registrando quedas. Em 2016, foram consumidos 4.901 GWh, 350 GWh a menos que no ano anterior. Em 2016, foram 22 migrações de clientes desta classe para o ambiente de contratação livre.

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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO – LIGHT SESA - 2016

Perdas de Energia Elétrica4

As perdas totais encerraram o ano de 2016 em tendência de queda, atingindo o patamar de

8.353 Gwh, representando 22,54% sobre a carga fio, queda de 0,68 p.p. em relação a dezembro de 2015.

O quadro apontado acima é reflexo do redirecionamento estratégico da Companhia no primeiro trimestre de 2016 quando o programa de perdas foi remodelado pela nova administração da Light, com revisão de processos e reformulação das ações já praticadas pela Empresa. A Diretoria de Distribuição da Light foi dividida em duas diretorias: Diretoria Comercial e Diretoria de Engenharia. Na Diretoria Comercial ingressaram um novo Diretor e novos executivos com expertise no combate às perdas, o que contribuiu para os resultados alcançados ao longo do ano de 2016.

Especificamente no combate às perdas não-técnicas, outras metodologias foram adotadas a partir de estudos e diagnósticos dos “furtos” e suas causas, resultando em novas ações de combate. Dentro da sua nova estratégia, a Companhia optou por intensificar o combate às perdas nas áreas denominadas “possíveis” ou seja, áreas onde é possível a atuação da Light e onde há maior concentração de consumidores de médio e alto poder aquisitivo. Nas localidades denominadas “áreas de risco”, o combate também continuou, porém, em ritmo menos intenso e com ações que demandam menos investimentos.

Revisão de Processos

Trabalho de reavaliação dos procedimentos de perdas e inserção de novas tecnologias para dificultar o acesso dos fraudadores ao medidor eletrônico, tais como: (i) aumento do número de blindagens do padrão coletivo de prédios residenciais, e (ii) treinamento dos leituristas e agentes de relacionamento para auxílio na identificação de fraudes.

4 A partir do 4T15, a Companhia passa a apresentar os dados de perdas desconsiderando a variação da energia não-faturada e os clientes de baixa tensão no mercado livre, a fim de aproximar-se da metodologia utilizada pela Aneel para apuração dos dados. As informações históricas foram reapresentadas a fim de refletir esta alteração.

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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO – LIGHT SESA - 2016

Ações Publicitárias

A Companhia lançou uma campanha publicitária contra o furto de energia voltada para as classes A, B e C, veiculada em TV, rádio e outdoor. A ação deu oportunidade para o fraudador se autorregularizar, oferecendo condições especiais. Adicionalmente, foi reformulado o canal interno para que colaboradores possam denunciar irregularidades que provocam perdas de energia.

Programa de Perdas

Em 2016, o Programa de Perdas combateu 957,50 GWh e superou em 31,8% o resultado de 2015. Deste montante, 683,01 GWh referem-se à recuperação de energia (REN), 189,55 GWh à incorporação de energia (IEN) e 84,94 GWh à redução de carga. Especificamente no 4T16, o Programa de Perdas combateu 497,6 GWh – sendo 382,9 GWh referentes à recuperação de energia (REN), 78,7 GWh à incorporação de energia (IEN) e 36,0 GWh à redução de carga – superando a perda incremental de 151,6 GWh. É importante mencionar o expressivo aumento do volume de energia recuperada (+166% vs. 2015), fruto da nova estratégia de combate às perdas com foco nas Áreas Possíveis, onde a Light consegue atuar, que representam 90% da carga fio e 51% das perdas. A tendência, a partir de agora, é que com a evolução do programa de combate às perdas, o volume de REN seja gradualmente substituído pelo consumo incremental incorporado à base de faturamento (ou seja, a Energia Incorporada – IEN).

A nova atuação no combate ao furto de energia ao longo de 2016, proporcionou a recuperação

e incorporação de maiores volumes de energia por cliente aliado a um menor gasto por MWh combatido, observando-se uma redução de 36,2% em relação a 2015. Também é possível identificar a trajetória contínua de queda nos indicadores de perdas nas “Áreas Possíveis”, enquanto, nas “Áreas de Risco” percebe-se uma pequena queda em função da deterioração do cenário socioeconômico do Rio de Janeiro.

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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO – LIGHT SESA - 2016

Dentre as principais ações do Programa de Perdas Não-Técnicas, destacam-se:

Operativos

Também chamados de “blitzes”, estão concentrados nas Áreas Possíveis e em clientes selecionados pelo Centro de Inteligência da Light mobilizando aproximadamente 700 profissionais, sendo equipes de campo, advogados, Polícias Civil e Militar e delegacias de bairro, ocorrendo mais de uma vez por semana. Barra da Tijuca, Vargem Grande, Copacabana, Duque de Caxias, Ilha do Governador, Centro e Lapa são exemplos de bairros onde a Companhia intensificou sua atuação ao longo do ano. Tal estratégia tem tido elevado índice de detecção de irregularidades, não só em residências destas regiões, mas, também em restaurantes, academias e sorveterias, entre outros, confirmando a eficácia dessas ações como instrumento disciplinador de mercado. Quando detectados indícios de irregularidade de consumo de energia elétrica é aplicado o Termo de Ocorrência e Inspeção (TOI) e providenciada a abertura do Registro de Ocorrência (RO) ocasionando a prisão dos responsáveis em determinados casos. Com os resultados dessas ações é possível calcular e faturar o período em que a unidade consumidora permaneceu com o consumo de energia elétrica irregular garantindo a recuperação de energia – REN. Estes Operativos têm tido repercussão nas áreas em que são realizados e também na mídia local como parte da estratégia de recuperação da autoridade da concessão.

Área de Perda Zero (APZ)

Atualmente, o projeto de APZs abrange 850 mil clientes, com 39 APZs em operação. Nas APZs em que a atuação da Light é regular, a média das perdas não-técnicas/carga fio em 2016 foi de 13,7%, comparado a 49,0% antes do início da atuação da Light.

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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO – LIGHT SESA - 2016

Além dessas ações, a Light continua investindo, nas ações de normalização - regularização do fornecimento de energia elétrica com eliminação de irregularidades na unidade consumidora ou na rede elétrica da Light – e, em menor ritmo, na instalação de medidores eletrônicos.

Arrecadação

Em 2016 o índice de arrecadação atingiu 96,3% representando um avanço de 1,6 p.p em relação a 2015 (94,7%). Ao final do ano, podemos observar que houve queda apenas na taxa de arrecadação do setor de Varejo. Esse fato reflete o aumento do faturamento de REN. O aumento do faturamento de REN, por um lado, impacta negativamente o índice de arrecadação global, já que grande parte deste pagamento é parcelado, porém, em contrapartida, aumenta o faturamento e a arrecadação bruta global. Desconsiderando o efeito da REN, a taxa de arrecadação do segmento do Varejo seria de 99,2% no ano. No total da Light, seria de 99,1% no ano.

Destacam-se os crescimentos de 13,2 p.p. e 2,4 p.p. nos segmentos de Poder Público e Grandes Clientes em 2016, quando comparado ao ano anterior, evidenciando as ações de cobrança e negociações feitas com clientes envolvendo todos os segmentos.

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Qualidade dos Serviços

O ano de 2016 foi marcado pela finalização das obras de transformação do Rio de Janeiro e pela operacionalização da estrutura requerida para a realização dos Jogos Rio 2016. Mesmo diante deste cenário desafiador, a Light continuou a buscar a melhoria dos seus processos e esteve cada vez mais focada na sua gestão operacional e na assertividade da aplicação dos recursos nas redes.

O DEC acumulado de 2016 foi de 11,70 horas, representando uma melhora de 7,2% com relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto o FEC alcançou 6,48 vezes, em linha com o nível de 2015.

Vale destacar que, em função da assertividade na definição de estratégias de atuação, aliadas à melhoria das ações de gestão em campo, os indicadores continuam melhorando, reafirmando o compromisso da Light no cumprimento das metas do Plano de Resultados pactuado com a ANEEL em 2016. O Plano de Resultados é um compromisso assumido pela Light com o Regulador para a adequação dos indicadores de qualidade do fornecimento, atendimento comercial e segurança do trabalho.

O resultado do DEC de 11,70 para o ano de 2016 já está abaixo do limite superior pactuado com a Aneel no âmbito do Plano de Resultados (11,99 horas), que também serviu de base para definição das novas metas referentes ao período de 2018 a 2022, apresentadas no 5º Termo Aditivo do Contrato de Concessão. Tal resultado reforça a confiança no cumprimento dessas metas através do plano de investimentos dimensionado para tal desafio, aliado à um gerenciamento eficiente dos recursos e coerência com o novo equilíbrio econômico-financeiro pós revisão tarifária.

Atendimento ao Cliente

Em 2016, os canais de atendimento da Light receberam investimentos da ordem de R$ 2,7 milhões. A estratégia foi reduzir o custo de atendimento sem impacto para o cliente, aumentando sua satisfação e a qualidade da prestação de serviço. Como principal resultado, a Light foi a distribuidora de energia da região Sudeste com maior crescimento no Índice Aneel de Satisfação do Consumidor (IASC).

A empresa ampliou ainda mais o share dos canais virtuais de atendimento e garantiu seu pleno funcionamento, respondendo de forma imediata a qualquer anormalidade, promovendo melhorias nos processos e procedimentos, focando na qualidade de acesso e facilidade para entrar em contato com a Light.

A melhoria no atendimento, a presença nas ruas no combate às perdas e os investimentos realizados na rede elétrica deixam evidente para o cliente o constante empenho da Companhia em prestar um serviço de qualidade.

Investimentos

No ano de 2016, o maior volume de investimentos do grupo Light foi concentrado no segmento de Distribuição – R$ 659,0 milhões – principalmente em reforços da rede e expansão (incluindo os investimentos relacionados às Olímpiadas no montante de R$ 100,1 milhões) e nas ações de combate às perdas. Destaca-se a redução na rubrica de Perdas em R$ 108 milhões (30,1%) em comparação com 2015, decorrente da nova estratégia de combate ao furto de energia, que é mais intensiva em custeio.

INDICADOR META

REGULATÓRIA APURADO

GLOBAL

DEC Global 11,99 11,70

FEC Global 6,36 6,48

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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO – LIGHT SESA - 2016

O segmento de distribuição apresentou redução de 14,8% nos investimentos realizados em 2016 na comparação com 2015.

Comentário Financeiro

Desempenho Financeiro

Obs.: Não considera Receita/Custo de Construção Obs2: Resultado não Operacional = Outras receitas e Despesas Operacionais

Receita Líquida

No ano, a receita líquida da distribuidora, desconsiderando a receita de construção, totalizou R$ 7.768,0, uma redução de 14,4% em comparação a 2015, fato que pode ser justificado, entre outros motivos, pela queda no volume de energia vendida pela distribuidora no 4T16, impactado pelo reajuste tarifário de -12,25% (em média), homologado em 7 de novembro de 2016. Esse efeito da queda foi amenizado pela recuperação de energia que adicionou a esta rubrica R$ 164 milhões também no último trimestre do ano.

Além disso, ainda podemos observar outros desvios que estão relacionados à atividade da distribuidora, tais como: (i) redução da energia não faturada, (ii) Receita de Curto Prazo Spot de R$ 91,9 milhões, que não ocorreu em 2015; e (iii) piora no valor justo do ativo indenizável da concessão, que contempla um efeito negativo de R$ 155,6 milhões realizado no 4T16. Esse efeito refere-se à diferença entre o valor novo de reposição (VNR) homologado pela ANEEL e o saldo atualizado do ativo financeiro da concessão, devido à nova base de remuneração regulatória homologada na revisão tarifária.

Custos e despesas

Em 2016, os custos e despesas, já desconsiderando os custos de construção, totalizaram R$ 7.380,1 milhões, 12,0% inferior ao apurado em 2015. Tal variação é reflexo das reduções nas perdas, nas provisões e nos custos com compra de energia. Em 2016, os custos e despesas não gerenciáveis foram de R$ 5.875,9 milhões, apresentando uma redução de 14% em relação a 2015 em razão da redução dos custos com compra de energia. Em relação aos custos e despesas gerenciáveis, que totalizaram R$ 1.504,2 milhões, houve redução de 3% em relação a 2015, quando totalizaram R$ 1.551,3 milhões. A diferença deve-se principalmente à uma provisão realizada em 2015 referente às perdas de adiantamento a fornecedor. Vale ressaltar que houve uma reclassificação da receita de

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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO – LIGHT SESA - 2016

multas cobradas por atraso no pagamento de contas de energia, que agora está incluída na rubrica “Outros”.

EBITDA Ajustado5

Em 2016, o EBITDA Ajustado foi de R$ 874,6 milhões, uma redução de 23,7% em relação aos R$ 1.146,3 milhões apurados no ano passado, principalmente em razão da queda no volume de energia vendida no 4T16.

Resultado Líquido

A Light SESA registrou no seu resultado um prejuízo de R$ 184,8 milhões em 2016, 372,0% superior ao o prejuízo de R$ 39,2 milhões registrado em 2015. Esse resultado deve-se principalmente ao aumento na formação líquida da CVA negativa de R$ 1,048 bilhão e à piora na rubrica “Diversos”. Esta rubrica contempla um ajuste negativo de R$ 155,6 milhões, realizado no 4T16, referente à diferença entre o valor novo de reposição (VNR) homologado pela Aneel e o valor justo do ativo financeiro da concessão, devido a nova Base de Remuneração Regulatória homologada na Revisão Tarifária.

Endividamento

A dívida líquida totalizou R$ 5.427,6 milhões, redução de 4,5% em relação a 2015, em razão da significativa melhora de geração de caixa da Companhia. Ao longo de 2016, podemos destacar as seguintes operações: (i) 11ª emissão de debêntures com o Bradesco e Itaú no valor de R$ 175 milhões, (ii) emissão de CCB com a Caixa Econômica Federal no valor de R$ 100 milhões, tendo sido ambas as captações – (i) e (ii) – com objetivo de rolagem da 3ª emissão de notas promissórias; (iii) contratação de swap para a 9ª emissão de debêntures através da troca do indexador da dívida de CDI para IPCA, com a finalidade de reforço de capital de giro e redução da exposição ao CDI; (iv) R$ 74,4 milhões referente à operação 4131 com o China Construction Bank; (v) contrato CCB com o Bradesco no montante de R$ 180 milhões e (vi) liberação de R$ 342,3 milhões referente a subcréditos do Financiamento BNDES para CAPEX 2015/2016.

O prazo médio de vencimento da dívida é de 2,62 anos e o custo médio nominal da dívida ficou em 15,85% a.a.

Outras Informações:

Auditores independentes

Em atendimento à instrução CVM nº 381/2003, informamos que a Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes presta serviços de auditoria externa das demonstrações financeiras individuais e consolidadas para o Grupo Light e que não realizou nenhum outro serviço não relacionado à auditoria para a Companhia no exercício findo em 31 de dezembro de 2016. O relatório da administração inclui informações relacionadas a investimentos projetados e dados não-financeiros os quais não fazem parte do escopo de auditoria das demonstrações financeiras e não foram examinados pelos auditores independentes.

5 O EBITDA Ajustado é calculado a partir do lucro líquido antes do imposto de renda e contribuição social, equivalência patrimonial, resultado não operacional, despesas

financeiras líquidas, depreciação e amortização.

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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO – LIGHT SESA - 2016

Balanço Social Anual / 2016Empresa: LIGHT SESA1 - Base de Cálculo

Receita líquida (RL)

Resultado operacional (RO)

Folha de pagamento bruta (FPB)

2 - Indicadores Sociais Internos Valor (mil R$) % sobre FPB % sobre RL Valor (mil R$) % sobre FPB % sobre RL

Alimentação 29.604 9% 0% 27.354 9% 0%

Encargos sociais compulsórios 66.939 20% 1% 59.918 20% 1%

Previdência privada 8.211 2% 0% 8.337 3% 0%

Saúde 17.438 5% 0% 15.642 5% 0%

Segurança e saúde no trabalho 646 0% 0% 832 0% 0%

Educação 812 0% 0% 862 0% 0%

Cultura 0 0% 0% 0 0% 0%

Capacitação e desenvolvimento profissional 2.750 1% 0% 5.151 2% 0%

Creches ou auxílio-creche 1.284 0% 0% 1.166 0% 0%

Participação nos lucros ou resultados 23.739 7% 0% 22.151 7% 0%

Outros 5.964 2% 0% 4.503 1% 0%

Total - Indicadores sociais internos 157.387 47% 2% 145.916 48% 1%

3 - Indicadores Sociais Externos Valor (mil R$) % sobre RO % sobre RL Valor (mil R$) % sobre RO % sobre RL

Educação 5.136 1% 0% 6.579 1% 0%

Cultura 9.578 2% 0% 19.299 3% 0%

Saúde e saneamento 0 0% 0% 0 0% 0%

Esporte 8.924 2% 0% 29.432 4% 0%

Combate à fome e segurança alimentar 0 0% 0% 0 0% 0%

Outros 19.803 5% 0% 64.275 9% 1%

Total das contribuições para a sociedade 43.441 11% 1% 119.585 17% 1%

Tributos (excluídos encargos sociais) 5.144.698 1326% 59% 4.878.854 700% 49%

Total - Indicadores sociais externos 5.188.139 1337% 60% 4.998.439 717% 50%

4 - Indicadores Ambientais Valor (mil R$) % sobre RO % sobre RL Valor (mil R$) % sobre RO % sobre RL

Investimentos relacionados com a produção/ operação da empresa 39.542 10% 0% 35.362 5% 0%

Investimentos em programas e/ou projetos externos 0 0% 0% 0 0% 0%

Total dos investimentos em meio ambiente 39.542 10% 0% 35.362 5% 0%

Quanto ao estabelecimento de “metas anuais” para minimizar

resíduos, o consumo em geral na produção/ operação e aumentar

a eficácia na utilização de recursos naturais, a empresa5 - Indicadores do Corpo Funcional 2016 2015

Nº de empregados(as) ao f inal do período

Nº de admissões durante o período

Nº de empregados(as) terceirizados(as)

Nº de estagiários(as)

Nº de empregados(as) acima de 45 anos

Nº de mulheres que trabalham na empresa

% de cargos de chefia ocupados por mulheres

Nº de negros(as) que trabalham na empresa

% de cargos de chefia ocupados por negros(as)

Nº de pessoas com deficiência ou necessidades especiais

6 - Informações relevantes quanto ao exercício da

cidadania empresarial

Relação entre a maior e a menor remuneração na empresa

Número total de acidentes de trabalho

Os projetos sociais e ambientais desenvolvidos pela empresa

foram definidos por:

( ) direção ( X ) direção e

gerências

( ) todos(as)

empregados(as)

( ) direção ( X ) direção e

gerências

( ) todos(as)

empregados(as)

Os pradrões de segurança e salubridade no ambiente de trabalho

foram definidos por:

( ) direção e

gerências

( ) todos(as)

empregados(as)

( X ) todos(as) +

Cipa

( ) direção e

gerências

( ) todos(as)

empregados(as)

( X ) todos(as) +

Cipa

Quanto à liberdade sindical, ao direito de negociação coletiva e à

representação interna dos(as) trabalhadores(as), a empresa:

( ) não se envolve ( X ) segue as

normas da OIT

( ) incentiva e

segue a OIT

( ) não se

envolverá

( X ) seguirá as

normas da OIT

( ) incentivará e

seguirá a OIT

A previdência privada contempla:( ) direção ( ) direção e

gerências

( X ) todos(as)

empregados(as)

( ) direção ( ) direção e

gerências

( X ) todos(as)

empregados(as)

A participação dos lucros ou resultados contempla:( ) direção ( ) direção e

gerências

( X ) todos(as)

empregados(as)

( ) direção ( ) direção e

gerências

( X ) todos(as)

empregados(as)Na seleção dos fornecedores, os mesmos padrões éticos e de

responsabilidade social e ambiental adotados pela empresa:

( ) não são

considerados

( ) são

sugeridos

( X ) são

exigidos

( ) não serão

considerados

( ) serão

sugeridos

( X ) serão

exigidos

Quanto à participação de empregados(as) em programas de

trabalho voluntário, a empresa:

( ) não se envolve ( ) apóia ( x ) organiza e

incentiva

( ) não se

envolverá

( ) apoiará ( X ) organizará e

incentivará

Número total de reclamações e críticas de consumidores(as): na empresa

251.158

no Procon

3.941

na Justiça

42.256

na empresa

Reduzir 10%

no Procon

Reduzir 10%

na Justiça

Reduzir 10%

% de reclamações e críticas atendidas ou solucionadas: na empresa

85%

no Procon

85%

na Justiça

57%

na empresa

100%

no Procon

100%

na Justiça

100%

Valor adicionado total a distribuir (em mil R$):

Distribuição do Valor Adicionado (DVA):

7 - Outras Informações

Em 2016: 8.231.432 Em 2015: 8.593.327

87,40% governo 4,41% colaboradores(as) 0,00%

acionistas 10,44% terceiros -2,25% retido

73,65% governo 5,58% colaboradores(as) 1,50%

acionistas 14,45% terceiros 4,82% retido

0

2016 Metas 2017

67,9 ND

34 0

1.847 1.887

21,94% 21,57%

178 201

896 1.062

965 1.013

24,49% 23,53%

314 361

6.832 7.916

44 125

338.355 304.617

( ) não possui metas ( ) cumpre de 51 a 75%

( ) cumpre de 0 a 50% (X) cumpre de 76 a 100%

( ) não possui metas ( ) cumpre de 51 a 75%

( ) cumpre de 0 a 50% (X) cumpre de 76 a 100%

3.852 4.055

2016Valor (mil reais) 2015Valor (mil reais)

8.657.674 10.016.227

387.955 697.070

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ATIVO Notas 31.12.2016 31.12.2015

Caixa e equivalentes de caixa 3 561.804 257.570

Títulos e valores mobiliários 4 7.806 8.097

Consumidores, concessionárias, permissionárias e clientes 5 2.099.547 2.052.578

Tributos e contribuições 6 113.372 82.608

Imposto de renda e contribuição social 6 78.646 60.522

Ativos financeiros do setor 8 - 568.675

Estoques 33.628 32.212

Rendas a receber swap 33 56.688 85.298

Serviços prestados a receber 89.064 23.223

Despesas pagas antecipadamente 27.563 24.283

Outros créditos 10 208.317 224.062

TOTAL DO ATIVO CIRCULANTE 3.276.435 3.419.128

Consumidores, concessionárias, permissionárias e clientes 5 343.904 163.942

Tributos e contribuições 6 72.883 81.963

Tributos diferidos 7 577.041 483.460

Ativos financeiros do setor 8 - 43.001

Ativo financeiro de concessões 9 3.234.339 2.932.833

Rendas a receber swap 33 81.673 288.292

Depósitos vinculados a litígios 18 257.179 238.493

Outros créditos 10 - 2.147

Investimentos 11 24.323 19.264

Imobilizado 12 248.497 269.331

Intangível 13 3.725.571 4.054.457

TOTAL DO ATIVO NÃO CIRCULANTE 8.565.410 8.577.183

TOTAL DO ATIVO 11.841.845 11.996.311

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E DE 2015

(Em milhares de reais)

BALANÇOS PATRIMONIAISLIGHT SERVIÇOS DE ELETRICIDADE S.A.

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PASSIVO Notas 31.12.2016 31.12.2015

Fornecedores 14 1.139.704 1.333.953

Tributos e contribuições 15 288.735 340.462

Imposto de renda e contribuição social 15 828 752

Empréstimos e financiamentos 16 1.151.236 1.198.695

Debêntures 17 163.760 83.874

Passivos financeiros do setor 8 440.533 -

Rendas a pagar swap 33 43.312 -

Obrigações estimadas 52.165 46.622

Outros débitos 21 568.223 610.199

TOTAL DO PASSIVO CIRCULANTE 3.848.496 3.614.557

Empréstimos e financiamentos 16 1.792.889 2.170.766

Debêntures 17 2.893.922 2.840.857

Rendas a pagar swap 34 44.588 720

Tributos e contribuições 15 169.789 183.183

Passivos financeiros do setor 8 84.168 -

Provisões 18 414.699 537.471

Benefícios pós-emprego 20 45.859 35.305

Outros débitos 21 61.409 64.017

TOTAL DO PASSIVO NÃO CIRCULANTE 5.507.323 5.832.319

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Capital social 23 2.314.365 2.189.365

Reservas de capital 23 7.277 7.277

Reservas de lucro 23 261.506 446.331

Outros resultados abrangentes 23 (97.122) (93.538)

TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.486.026 2.549.435

TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 11.841.845 11.996.311

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E DE 2015

LIGHT SERVIÇOS DE ELETRICIDADE S.A.BALANÇOS PATRIMONIAIS

(Em milhares de reais)

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Notas 2016 2015 Reapresentado

RECEITA LÍQUIDA 27 8.657.674 10.016.227

CUSTO DA OPERAÇÃO 29 (7.595.565) (8.560.117)

Energia comprada para revenda 30 (5.875.922) (6.830.996)

Pessoal (207.097) (171.632)

Materiais (15.760) (13.119)

Serviços de terceiros (331.233) (283.888)

Depreciações e amortizações (391.417) (356.382)

Custo de construção (889.632) (936.829)

Outras receitas e despesas/ custos 115.496 32.729

LUCRO BRUTO 1.062.109 1.456.110

DESPESAS OPERACIONAIS 29 (674.154) (759.040)

Despesas gerais e administrativas (621.080) (708.193)

Outras receitas 2.126 343

Outras despesas (55.200) (51.190)

LUCRO ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO E IMPOSTOS 387.955 697.070

RESULTADO FINANCEIRO 31 (664.515) (757.359)

Receita 104.154 545.411

Despesa (768.669) (1.302.770)

PREJUÍZO ANTES DO IR E CSLL (276.560) (60.289)

Imposto de renda e contribuição social corrente 32 - 1.393

Imposto de renda e contribuição social diferido 32 91.735 19.738

PREJUÍZO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (184.825) (39.158)

PREJUÍZO BÁSICO E DILUÍDO POR AÇÃO (R$ / Ação) 26 (0,00086) (0,00019)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

LIGHT SERVIÇOS DE ELETRICIDADE S.A.

DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E DE 2015

(Em milhares de reais, exceto prejuízo por ação)

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Notas 2016 2015

Prejuízo líquido do exercício 26 (184.825) (39.158)

Outros resultados abrangentes não reclassificados para o resultado em períodos subsequentes

Ganhos (perdas) sobre passivos atuariais, líquido dos efeitos fiscais 20 (3.584) -

RESULTADO ABRANGENTE TOTAL (188.409) (39.158)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

LIGHT SERVIÇOS DE ELETRICIDADE S.A

DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS ABRANGENTES

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E DE 2015

(Em milhares de reais)

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RETENÇÃO

Notas CAPITAL SOCIAL RESERVAS DE CAPITAL RESERVA

LEGAL

RETENÇÃO DE

LUCROSLUCROS

DIVIDENDOS

ADICIONAIS

PROPOSTOS

OUTROS RESULTADOS

ABRANGENTES

LUCROS (PREJUÍZOS)

ACUMULADOSTOTAL

SALDOS EM 01 DE JANEIRO DE 2015 2.082.365 7.277 135.946 349.543 - - (93.538) - 2.481.593

Transações de Capital com os Sócios

Aumento de Capital 107.000 - - - - - - 107.000

Resultado abrangente total:

Prejuízo líquido do exercício 26 - - - - - - (39.158) (39.158)

Absorção de prejuízos do exercício - - - (39.158) - - 39.158 -

SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 2.189.365 7.277 135.946 310.385 - - (93.538) - 2.549.435

Transações de Capital com os Sócios

Aumento de Capital 23 125.000 - - - - - - 125.000

Resultado abrangente total:

Prejuízo líquido do exercício 26 - - - - - - (184.825) (184.825)

Outros resultados abrangentes não reclassificados para o resultado em períodos subsequentes

Perda de passivo atuarial, líquido dos efeitos fiscais 20 - - - - - (3.584) - (3.584)

Absorção de prejuízos do exercício - - - (184.825) - - - - 184.825 -

SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 2.314.365 - 7.277 - 135.946 - 125.560 - - - - - (97.122) - - - 2.486.026

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

RESERVAS DE LUCROS

LIGHT SERVIÇOS DE ELETRICIDADE S.A.

DEMONSTRAÇÃO DA MUTAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E DE 2014

(Em milhares de reais)

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Notas 2016 2015

Caixa Líquido gerado das Atividades Operacionais 664.082 618.286

Caixa Gerado nas Operações 1.698.285 53.979

Prejuízo líquido antes do imposto de renda e da contribuição social (276.560) (60.289)

Provisão para créditos de liquidação duvidosa 29 205.573 152.931

Depreciação e amortização 29 433.603 398.371

Perda na venda ou baixa de intangível / imobilizado 25.596 36.616

Perdas (ganhos) cambiais e monetárias de atividades financeiras 31 (163.910) 578.672

Provisões para contingências, depósitos judiciais e atualizações (26.364) 110.799

Ajuste a valor presente e antecipações de recebíveis (18.615) 30.840

Despesa de juros sobre empréstimos, financiamentos e debêntures 16/17 593.656 560.005

Valor justo do ativo indenizável da concessão 27 20.285 (265.369)

Variação swap 31 327.188 (359.059)

Ganho em investimentos avaliadas ao custo de aquisição (6.065) -

Encargos e variação monetária de obrigações pós-emprego 20 5.124 4.950

Constituição e atualização de ativos e passivos financeiros do setor 8 578.774 (1.134.488)

Variações nos Ativos e Passivos (1.034.203) 564.307

Títulos e valores mobiliários 291 84.604

Consumidores, concessionárias e permissionárias (413.889) (1.012.916)

Tributos, contribuições e impostos a compensar (39.808) (33.143)

Ativos e passivos financeiros do setor 557.603 1.636.982

Estoques (1.416) (759)

Serviços prestados a receber (65.841) 11.998

Despesas pagas antecipadamente (3.280) (9.842)

Depósitos vinculados a litígios (27.165) (7.051)

Outros ativos 253.121 201.535

Fornecedores (241.477) (89.710)

Obrigações estimadas 5.543 927

Tributos, contribuições e impostos a pagar (31.079) 56.869

Provisões (87.929) (83.890)

Outros passivos (278.011) 365.202

Juros pagos 16/17 (626.900) (556.499)

Imposto de renda e contribuição social pagos (33.966) -

Caixa Líquido aplicado nas Atividades de Investimento (353.503) (810.185)

Aquisições de bens do ativo imobilizado (3.121) (26.443)

Aquisições de bens do ativo intangível (350.382) (783.753)

Resgate de aplicações financeiras - 131.114

Aplicações financeiras - (131.103)

Caixa Líquido gerado pelas (aplicado nas) Atividades de Financiamento (6.345) 197.396

Aumento de capital 125.000 107.000

Dividendos e juros sobre o capital próprio pagos - (82.906)

Captação de empréstimos, financiamentos e debêntures 16/17 1.232.593 916.303

Amortização de empréstimos, financiamentos e debêntures 16/17 (1.363.938) (743.001)

Aumento (redução) de Caixa e Equivalentes de Caixa 304.234 5.497

Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 257.570 252.073

Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício 561.804 257.570

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

LIGHT SERVIÇOS DE ELETRICIDADE S.A.

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E DE 2015

(Em milhares de reais)

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Notas 2016 2015 Reapresentado

Receitas 15.652.483 16.706.267

Vendas mercadorias, produtos e serviços 14.968.425 15.922.369

Receitas referente a construção de ativos próprios 889.632 936.829

Provisão/reversão de créditos de liquidação duvidosa 29 (205.574) (152.931)

Insumos adquiridos de terceiros (7.091.602) (8.259.980)

Custos produtos, mercadorias e serviços vendidos 30 (5.875.922) (6.830.996)

Materiais, energia, serviços de terceiros e outros (1.215.680) (1.428.984)

Valor adicionado bruto 8.560.881 8.446.287

Retenções (433.603) (398.371)

Depreciação e amortização 29 (433.603) (398.371)

Valor adicionado líquido produzido 8.127.278 8.047.916

Valor adicionado recebido em transferência 104.154 545.411

Receitas financeiras 31 104.154 545.411

Valor adicionado total a distribuir 8.231.432 8.593.327

Distribuição do valor adicionado 8.231.432 8.593.327

Pessoal 362.631 329.813

Remuneração direta 257.836 245.554

Benefícios 62.097 57.610

FGTS 36.563 21.498

Outros 6.135 5.151

Impostos, taxas e contribuições 7.194.320 6.899.549

Federais 3.321.782 3.267.296

Estaduais 3.859.138 3.622.531

Municipais 13.400 9.722

Remuneração de capitais de terceiros 859.306 1.403.123

Juros 785.543 1.330.294

Aluguéis 73.763 72.829

Remuneração de capitais próprios (184.825) (39.158)

Prejuízos retidos 26 (184.825) (39.158)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

DEMONSTRAÇÕES DOS VALORES ADICIONADOS

(Em milhares de reais)

LIGHT SERVIÇOS DE ELETRICIDADE S.A

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E DE 2015

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016

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2

INDÍCE

1. CONTEXTO OPERACIONAL ......................................................................................................................................................... 10

2. APROVAÇÃO E SUMÁRIO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS ADOTADAS NA PREPARAÇÃO DAS DEMOSTRAÇÕES FINANCEIRAS ......................................................................................................................................................................................... 14

3. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA ............................................................................................................................................. 35

4. TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS ............................................................................................................................................ 35

5. CONSUMIDORES, CONCESSIONÁRIAS, PERMISSIONÁRIAS E CLIENTES ...................................................................................... 36

6. TRIBUTOS A RECUPERAR ........................................................................................................................................................... 38

7. TRIBUTOS DIFERIDOS ................................................................................................................................................................ 38

8. ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS DO SETOR ............................................................................................................................ 39

9. ATIVO FINANCEIRO DE CONCESSÕES ......................................................................................................................................... 41

10. OUTROS CRÉDITOS .................................................................................................................................................................... 42

11. INVESTIMENTOS ........................................................................................................................................................................ 43

12. IMOBILIZADO ............................................................................................................................................................................ 43

13. INTANGÍVEL ............................................................................................................................................................................... 46

14. FORNECEDORES ........................................................................................................................................................................ 49

15. TRIBUTOS A PAGAR ................................................................................................................................................................... 50

16. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS ......................................................................................................................................... 51

17. DEBÊNTURES ............................................................................................................................................................................. 56

18. PROVISÕES ................................................................................................................................................................................ 58

19. CONTINGÊNCIAS ........................................................................................................................................................................ 64

20. BENEFÍCIOS PÓS-EMPREGO ....................................................................................................................................................... 70

21. OUTROS DÉBITOS ...................................................................................................................................................................... 77

22. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS.............................................................................................................................. 77

23. PATRIMÔNIO LÍQUIDO .............................................................................................................................................................. 79

24. DIVIDENDOS .............................................................................................................................................................................. 80

25. PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS ............................................................................................................................. 81

26. RESULTADO POR AÇÃO ............................................................................................................................................................. 81

27. RECEITA LÍQUIDA ....................................................................................................................................................................... 82

28. FORNECIMENTO E SUPRIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA........................................................................................................... 84

29. CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS ......................................................................................................................................... 84

30. ENERGIA ELÉTRICA COMPRADA PARA REVENDA ...................................................................................................................... 85

31. RESULTADO FINANCEIRO .......................................................................................................................................................... 86

32. CONCILIAÇÃO DOS TRIBUTOS NO RESULTADO .......................................................................................................................... 87

33. INSTRUMENTOS FINANCEIROS E GERENCIAMENTO DE RISCOS ................................................................................................ 87

34. SEGUROS ................................................................................................................................................................................. 103

35. REAJUSTE TARIFÁRIO ............................................................................................................................................................... 104

36. CONTRATOS DE LONGO PRAZO ............................................................................................................................................... 104

37. TRANSAÇÕES QUE NÃO ENVOLVEM CAIXA ............................................................................................................................. 105

38. EVENTOS SUBSEQUENTES ....................................................................................................................................................... 105

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vsvcsva

3

ATIVO Notas 31.12.2016 31.12.2015

Caixa e equivalentes de caixa 3 561.804 257.570

Títulos e valores mobiliários 4 7.806 8.097

Consumidores, concessionárias, permissionárias e clientes 5 2.099.547 2.052.578

Tributos e contribuições 6 113.372 82.608

Imposto de renda e contribuição social 6 78.646 60.522

Ativos financeiros do setor 8 - 568.675

Estoques 33.628 32.212

Rendas a receber swap 33 56.688 85.298

Serviços prestados a receber 89.064 23.223

Despesas pagas antecipadamente 27.563 24.283

Outros créditos 10 208.317 224.062

TOTAL DO ATIVO CIRCULANTE 3.276.435 3.419.128

Consumidores, concessionárias, permissionárias e clientes 5 343.904 163.942

Tributos e contribuições 6 72.883 81.963

Tributos diferidos 7 577.041 483.460

Ativos financeiros do setor 8 - 43.001

Ativo financeiro de concessões 9 3.234.339 2.932.833

Rendas a receber swap 33 81.673 288.292

Depósitos vinculados a litígios 18 257.179 238.493

Outros créditos 10 - 2.147

Investimentos 11 24.323 19.264

Imobilizado 12 248.497 269.331

Intangível 13 3.725.571 4.054.457

TOTAL DO ATIVO NÃO CIRCULANTE 8.565.410 8.577.183

TOTAL DO ATIVO 11.841.845 11.996.311

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E DE 2015

(Em milhares de reais)

BALANÇOS PATRIMONIAISLIGHT SERVIÇOS DE ELETRICIDADE S.A.

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vsvcsva

4

PASSIVO Notas 31.12.2016 31.12.2015

Fornecedores 14 1.139.704 1.333.953

Tributos e contribuições 15 288.735 340.462

Imposto de renda e contribuição social 15 828 752

Empréstimos e financiamentos 16 1.151.236 1.198.695

Debêntures 17 163.760 83.874

Passivos financeiros do setor 8 440.533 -

Rendas a pagar swap 33 43.312 -

Obrigações estimadas 52.165 46.622

Outros débitos 21 568.223 610.199

TOTAL DO PASSIVO CIRCULANTE 3.848.496 3.614.557

Empréstimos e financiamentos 16 1.792.889 2.170.766

Debêntures 17 2.893.922 2.840.857

Rendas a pagar swap 34 44.588 720

Tributos e contribuições 15 169.789 183.183

Passivos financeiros do setor 8 84.168 -

Provisões 18 414.699 537.471

Benefícios pós-emprego 20 45.859 35.305

Outros débitos 21 61.409 64.017

TOTAL DO PASSIVO NÃO CIRCULANTE 5.507.323 5.832.319

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Capital social 23 2.314.365 2.189.365

Reservas de capital 23 7.277 7.277

Reservas de lucro 23 261.506 446.331

Outros resultados abrangentes 23 (97.122) (93.538)

TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.486.026 2.549.435

TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 11.841.845 11.996.311

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E DE 2015

LIGHT SERVIÇOS DE ELETRICIDADE S.A.

BALANÇOS PATRIMONIAIS

(Em milhares de reais)

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vsvcsva

5

Notas 20162015

Reapresentado

RECEITA LÍQUIDA 27 8.657.674 10.016.227

CUSTO DA OPERAÇÃO 29 (7.595.565) (8.560.117)

Energia comprada para revenda 30 (5.875.922) (6.830.996)

Pessoal (207.097) (171.632)

Materiais (15.760) (13.119)

Serviços de terceiros (331.233) (283.888)

Depreciações e amortizações (391.417) (356.382)

Custo de construção (889.632) (936.829)

Outras receitas e despesas/ custos 115.496 32.729

LUCRO BRUTO 1.062.109 1.456.110

DESPESAS OPERACIONAIS 29 (674.154) (759.040)

Despesas gerais e administrativas (621.080) (708.193)

Outras receitas 2.126 343

Outras despesas (55.200) (51.190)

LUCRO ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO E IMPOSTOS 387.955 697.070

RESULTADO FINANCEIRO 31 (664.515) (757.359)

Receita 104.154 545.411

Despesa (768.669) (1.302.770)

PREJUÍZO ANTES DO IR E CSLL (276.560) (60.289)

Imposto de renda e contribuição social corrente 32 - 1.393

Imposto de renda e contribuição social diferido 32 91.735 19.738

PREJUÍZO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (184.825) (39.158)

PREJUÍZO BÁSICO E DILUÍDO POR AÇÃO (R$ / Ação) 26 (0,00086) (0,00019)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

LIGHT SERVIÇOS DE ELETRICIDADE S.A.

DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E DE 2015

(Em milhares de reais, exceto prejuízo por ação)

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vsvcsva

6

Notas 2016 2015

Prejuízo líquido do exercício 26 (184.825) (39.158)

Outros resultados abrangentes não reclassificados para o resultado em períodos subsequentes

Ganhos (perdas) sobre passivos atuariais, líquido dos efeitos fiscais 20 (3.584) -

RESULTADO ABRANGENTE TOTAL (188.409) (39.158)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

LIGHT SERVIÇOS DE ELETRICIDADE S.A

DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS ABRANGENTES

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E DE 2015

(Em milhares de reais)

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7

NotasCAPITAL

SOCIAL

RESERVAS DE

CAPITAL

RESERVA

LEGAL

RETENÇÃO DE

LUCROS

OUTROS

RESULTADOS

ABRANGENTES

LUCROS

(PREJUÍZOS)

ACUMULADOS

TOTAL

SALDOS EM 01 DE JANEIRO DE 2015 2.082.365 7.277 135.946 349.543 (93.538) - 2.481.593

Transações de Capital com os Sócios

Aumento de Capital 107.000 - - - - - 107.000

Resultado abrangente total:

Prejuízo líquido do exercício 26 - - - - - (39.158) (39.158)

Absorção de prejuízos do exercício - - - (39.158) - 39.158 -

SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 2.189.365 7.277 135.946 310.385 (93.538) - 2.549.435

Transações de Capital com os Sócios

Aumento de Capital 125.000 - - - - - 125.000

Resultado abrangente total:

Prejuízo líquido do exercício 26 - - - - - (184.825) (184.825)

Outros resultados abrangentes não reclassificados para o resultado em períodos subsequentes

Perda de passivo atuarial, líquido dos efeitos fiscais 20 - - - - (3.584) - (3.584)

Absorção de prejuízos do exercício - - - (184.825) - 184.825 -

SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 2.314.365 7.277 135.946 125.560 (97.122) - 2.486.026

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

RESERVAS DE LUCROS

LIGHT SERVIÇOS DE ELETRICIDADE S.A.

DEMONSTRAÇÃO DA MUTAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E DE 2014

(Em milhares de reais)

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8

Notas 2016 2015

Caixa Líquido gerado das Atividades Operacionais 664.082 618.286

Caixa Gerado nas Operações 1.698.285 53.979

Prejuízo líquido antes do imposto de renda e da contribuição social (276.560) (60.289)

Provisão para créditos de liquidação duvidosa 29 205.573 152.931

Depreciação e amortização 29 433.603 398.371

Perda na venda ou baixa de intangível / imobilizado 25.596 36.616

Perdas (ganhos) cambiais e monetárias de atividades financeiras 31 (163.910) 578.672

Provisões para contingências, depósitos judiciais e atualizações (26.364) 110.799

Ajuste a valor presente e antecipações de recebíveis (18.615) 30.840

Despesa de juros sobre empréstimos, financiamentos e debêntures 16/17 593.656 560.005

Valor justo do ativo indenizável da concessão 27 20.285 (265.369)

Variação swap 31 327.188 (359.059)

Ganho em investimentos avaliadas ao custo de aquisição (6.065) -

Encargos e variação monetária de obrigações pós-emprego 20 5.124 4.950

Constituição e atualização de ativos e passivos financeiros do setor 8 578.774 (1.134.488)

Variações nos Ativos e Passivos (1.034.203) 564.307

Títulos e valores mobiliários 291 84.604

Consumidores, concessionárias e permissionárias (413.889) (1.012.916)

Tributos, contribuições e impostos a compensar (39.808) (33.143)

Ativos e passivos financeiros do setor 557.603 1.636.982

Estoques (1.416) (759)

Serviços prestados a receber (65.841) 11.998

Despesas pagas antecipadamente (3.280) (9.842)

Depósitos vinculados a litígios (27.165) (7.051)

Outros ativos 253.121 201.535

Fornecedores (241.477) (89.710)

Obrigações estimadas 5.543 927

Tributos, contribuições e impostos a pagar (31.079) 56.869

Provisões (87.929) (83.890)

Outros passivos (278.011) 365.202

Juros pagos 16/17 (626.900) (556.499)

Imposto de renda e contribuição social pagos (33.966) -

Caixa Líquido aplicado nas Atividades de Investimento (353.503) (810.185)

Aquisições de bens do ativo imobilizado (3.121) (26.443)

Aquisições de bens do ativo intangível (350.382) (783.753)

Resgate de aplicações financeiras - 131.114

Aplicações financeiras - (131.103)

Caixa Líquido gerado pelas (aplicado nas) Atividades de Financiamento (6.345) 197.396

Aumento de capital 125.000 107.000

Dividendos e juros sobre o capital próprio pagos - (82.906)

Captação de empréstimos, financiamentos e debêntures 16/17 1.232.593 916.303

Amortização de empréstimos, financiamentos e debêntures 16/17 (1.363.938) (743.001)

Aumento (redução) de Caixa e Equivalentes de Caixa 304.234 5.497

Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 257.570 252.073

Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício 561.804 257.570

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

LIGHT SERVIÇOS DE ELETRICIDADE S.A.

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E DE 2015

(Em milhares de reais)

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vsvcsva

9

Notas 20162015

Reapresentado

Receitas 15.652.483 16.706.267

Vendas mercadorias, produtos e serviços 14.968.425 15.922.369

Receitas referente a construção de ativos próprios 889.632 936.829

Provisão/reversão de créditos de liquidação duvidosa 29 (205.574) (152.931)

Insumos adquiridos de terceiros (7.091.602) (8.259.980)

Custos produtos, mercadorias e serviços vendidos 30 (5.875.922) (6.830.996)

Materiais, energia, serviços de terceiros e outros (1.215.680) (1.428.984)

Valor adicionado bruto 8.560.881 8.446.287

Retenções (433.603) (398.371)

Depreciação e amortização 29 (433.603) (398.371)

Valor adicionado líquido produzido 8.127.278 8.047.916

Valor adicionado recebido em transferência 104.154 545.411

Receitas financeiras 31 104.154 545.411

Valor adicionado total a distribuir 8.231.432 8.593.327

Distribuição do valor adicionado 8.231.432 8.593.327

Pessoal 362.631 329.813

Remuneração direta 257.836 245.554

Benefícios 62.097 57.610

FGTS 36.563 21.498

Outros 6.135 5.151

Impostos, taxas e contribuições 7.194.320 6.899.549

Federais 3.321.782 3.267.296

Estaduais 3.859.138 3.622.531

Municipais 13.400 9.722

Remuneração de capitais de terceiros 859.306 1.403.123

Juros 785.543 1.330.294

Aluguéis 73.763 72.829

Remuneração de capitais próprios (184.825) (39.158)

Prejuízos retidos 26 (184.825) (39.158)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

DEMONSTRAÇÕES DOS VALORES ADICIONADOS

(Em milhares de reais)

LIGHT SERVIÇOS DE ELETRICIDADE S.A

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E DE 2015

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vsvcsva

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Em milhares de Reais – R$ exceto quando indicado de outra forma

1. CONTEXTO OPERACIONAL A Light Serviços de Eletricidade S.A. (Companhia ou “Light SESA”) é uma sociedade por ações de capital aberto, com sede na cidade do Rio de Janeiro/RJ – Brasil. A Companhia tem como objeto social a distribuição de energia elétrica, cuja concessão foi efetivada em julho de 1996 e o vencimento será em julho de 2026. Sua área de concessão abrange 31 municípios do Estado do Rio de Janeiro, incluindo a capital, atendendo a cerca de 4,3 milhões de unidades consumidoras faturadas, correspondentes a uma população de cerca de 10 milhões de pessoas (dados não revisados pelos auditores independentes). A energia elétrica requerida para atendimento a seu mercado é adquirida da Eletrobrás (Itaipu Binacional), em Leilões de Energia Existente, da UTE Norte Fluminense, da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) e do PROINFA. Em 05 de setembro de 2005, em atendimento à Lei nº 10.848/04, foi aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel, através da Resolução Autorizativa nº 307/05, o projeto de reorganização societária em que a Light S.A. passou a ser a controladora da Companhia. Em 31 de dezembro de 2016, a Companhia apresentava capital circulante negativo em R$572.061 (R$195.429 em 31 de dezembro de 2015). A Companhia apresentou uma melhora na geração operacional de caixa durante o exercício de 2016 em função dos ajustes tarifários obtidos durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2015 e da performance operacional apresentada em 2016, conjuntamente com a redução de investimentos e com a melhora no cenário hidrológico. Adicionalmente, a Companhia vem negociando a renovação dos empréstimos e financiamentos de curto prazo e alongamento do seu perfil de dívida, conforme descrito na nota explicativa 16, assim como espera uma maior geração operacional de caixa a partir da revisão tarifária, como descrito na nota explicativa 38. A Administração entende que o sucesso nessas etapas reverterá o cenário atual de capital circulante líquido negativo. Cabe destacar, também, que a Companhia apresentou fluxo de caixa operacional positivo nas suas operações de R$664.082 no exercício findo em 31 de dezembro de 2016 (R$618.286 positivo no exercício findo em 31 de dezembro de 2015), o que permitiu uma amortização de empréstimos, financiamentos e debêntures superior à captação no exercício de 2016 no montante de R$131.345 (captação de R$173.302 no exercício findo em 31 de dezembro de 2015). Além disso, conforme divulgado na nota explicativa 38, em 14 de março de 2017, a Aneel aprovou o resultado da 4ª Revisão Tarifária Periódica (RTP) da Companhia, que resultou em um aumento médio das contas de energia elétrica de 10,45%, a partir de 15 de março de 2017, o que assegurará um reequilíbrio econômico-financeiro para a distribuidora. Diante deste cenário, a Companhia entende que não existe incerteza material que coloque em dúvida a continuidade operacional.

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a) Concessões

Em 4 de junho de 1996 foi celebrado o Contrato de Concessão nº 001/96 entre a União (poder concedente, por intermédio da Aneel) e a Companhia, regulando a exploração do serviço público de energia elétrica no território do Estado do Rio de Janeiro, compreendendo a geração e a distribuição de energia elétrica. O referido contrato tem prazo de vigência de 30 anos, podendo ser prorrogado, mediante requerimento da concessionária e a critério exclusivo do poder concedente. Conforme determina o contrato de concessão, todos os bens e instalações que estejam vinculados à prestação do serviço de distribuição de energia elétrica e que tenham sido realizados pela concessionária são considerados reversíveis e integram o acervo da respectiva concessão. Esses bens serão revertidos automaticamente ao poder concedente ao término do contrato, procedendo-se às avaliações e determinação do montante da indenização devida à concessionária, observados os valores e as datas de incorporação ao sistema elétrico. As principais obrigações da concessionária, previstas no contrato de concessão, consistem em:

i. Fornecer energia elétrica a consumidores localizados em sua área de concessão, pelas tarifas homologadas pelo poder concedente, nos níveis de qualidade e continuidade estipulados na legislação.

ii. Realizar as obras necessárias à prestação dos serviços concedidos, de modo a assegurar a continuidade, a regularidade, a qualidade e a eficiência dos serviços.

iii. Manter registro e inventário dos bens vinculados à concessão e zelar pela sua

integridade. A venda, cessão ou doação em garantia hipotecária dos bens imóveis ou de partes essenciais das instalações depende de prévia e expressa autorização do poder concedente.

iv. Cumprir e fazer cumprir as normas legais e regulamentares do serviço,

respondendo perante o poder concedente, os usuários e terceiros, pelas eventuais consequências danosas da exploração dos serviços.

v. Atender a todas as obrigações de natureza fiscal, trabalhista e previdenciária,

aos encargos oriundos de normas regulamentares estabelecidos pelo poder concedente.

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vi. Permitir aos encarregados da fiscalização do poder concedente, livre acesso, em qualquer época, às obras, equipamentos e instalações utilizados na prestação dos serviços, bem como aos seus registros contábeis.

vii. Prestar contas ao poder concedente e aos usuários, segundo as prescrições

legais e regulamentares específicas, da gestão dos serviços concedidos.

viii. Manter as reservas de água e de energia elétrica necessárias ao atendimento dos serviços de utilidade pública.

ix. Observar a legislação de proteção ambiental, respondendo pelas eventuais

consequências de seu descumprimento.

x. Realizar programas de treinamento, de modo a assegurar, permanentemente, a melhoria da qualidade e maior eficiência na prestação dos serviços concedidos.

xi. Participar do planejamento setorial e da elaboração dos planos de expansão do

Sistema Elétrico Nacional, implementando e fazendo cumprir, em sua área de concessão, as recomendações técnicas e administrativas deles decorrentes.

xii. Aderir ao Sistema Nacional de Transmissão de Energia Elétrica e assegurar livre acesso aos seus sistemas de transmissão e distribuição.

xiii. Operar suas instalações de acordo com as regras vigentes, devendo a concessionária acatar e aplicar quaisquer novas resoluções, recomendações e instruções emitidas pela Aneel, Operador Nacional do Sistema (ONS) e Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

xiv. Respeitar, nos termos da legislação em vigor, os limites das vazões de restrição,

máxima e mínima, a jusante de seus aproveitamentos hidrelétricos, devendo considerar, nas regras operativas, a alocação de volume de espera nos reservatórios de suas usinas, de modo a minimizar os efeitos adversos das cheias.

xv. Efetuar, quando determinado pelo poder concedente, consoante o

planejamento para o atendimento do mercado, os suprimentos de energia elétrica a outras concessionárias e às interligações que forem necessárias.

Pela execução dos serviços, a concessionária tem o direito de cobrar dos consumidores as tarifas determinadas e homologadas pelo poder concedente. Os valores das tarifas serão reajustados em periodicidade anual e a receita da concessionária será dividida em duas parcelas: Parcela A (composta pelos custos não gerenciáveis) e Parcela B (custos operacionais eficientes e custos de capital). O reajuste tarifário anual tem o objetivo de repassar os custos não gerenciáveis e atualizar monetariamente os custos gerenciáveis.

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A revisão tarifária periódica ocorre a cada cinco anos e tem por objetivo restabelecer o equilíbrio econômico-financeiro da concessão. Neste processo, a Aneel procede ao recálculo das tarifas, considerando as alterações na estrutura de custos e mercado da concessionária, estimulando a eficiência e a modicidade das tarifas. Os reajustes e as revisões são mecanismos de atualização tarifária, ambos previstos no contrato de concessão. A concessionária também pode solicitar uma revisão extraordinária sempre que algum evento provoque significativo desequilíbrio econômico-financeiro da concessão. A concessão poderá ser extinta pelo término do contrato, encampação do serviço, caducidade, rescisão, irregularidades ou falência da concessionária. Não poderá ocorrer transferência de controle acionário majoritário da concessionária sem anuência prévia do poder concedente. Na hipótese de transferência de ações representativas do controle acionário, o novo controlador deverá assinar termo de anuência e submissão às cláusulas do contrato de concessão e às normas legais e regulamentares da concessão. Em março de 2017, a Companhia assinou um aditivo ao contrato de concessão que assumiu novas obrigações relacionadas a indicadores de qualidade de serviço, aderiu às cláusulas de monitoramento econômico-financeiro, de neutralidade da Parcela A e permitiu alterar a data de reajuste para março de 2017. Este aditamento traz alterações relevantes no contrato de concessão, com destaque para um novo detalhamento do cálculo tarifário, no qual a parcela que fica com a Companhia - Parcela B - passa a ser calculada a cada Reajuste Tarifário através de um componente específico, menos suscetível a variações da Parcela A (que engloba os Encargos Setoriais, os custos de Transmissão e a Compra de Energia). Outros aspectos importantes são:

i. Extensão do conceito de neutralidade para todos os itens da Parcela A

ii. Consideração do custo com Receitas Irrecuperáveis na Parcela A, com atualização anual do mesmo

iii. Mitigação de riscos com Outras Receitas, que passam a ser calculadas anualmente

iv. Possibilidade de consideração das projeções de itens da Parcela A no cálculo tarifário, reduzindo o risco de formação relevante de CVA

v. Ampliação e flexibilização da sistemática de aplicação do Fator X

Vale ressaltar também que através desse aditamento, a Companhia compromete-se com o atendimento de indicadores de sustentabilidade econômico-financeira e qualidade do serviço prestado. Esses indicadores têm como objetivo monitorar a saúde econômico-financeira da Distribuidora, bem como garantir uma prestação de serviço com qualidade adequada ao consumidor final.

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2. APROVAÇÃO E SUMÁRIO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS ADOTADAS NA

PREPARAÇÃO DAS DEMOSTRAÇÕES FINANCEIRAS A autorização para conclusão das demonstrações financeiras foi dada pela Administração da Companhia em 23 de março de 2017. As demonstrações financeiras da Companhia, foram preparadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e as Normas Internacionais de Relatório Financeiro (“IFRSs”) emitidas pelo International Accounting Standards Board -IASB.

As práticas contábeis adotadas no Brasil compreendem aquelas incluídas na legislação societária brasileira e os pronunciamentos, as orientações e as interpretações técnicas emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC e aprovadas pelo Conselho Federal de Contabilidade - CFC e pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM. A Administração da Companhia entende que todas as informações relevantes das demonstrações financeiras, e somente elas, estão sendo evidenciadas, e que correspondem às informações utilizadas na sua gestão. Essas demonstrações financeiras são apresentadas em Real, que é a moeda funcional da Companhia. Todas as informações financeiras apresentadas em Real foram arredondadas para milhares, exceto quando indicado de outra forma. a) Instrumentos financeiros

i. Ativos financeiros não derivativos

A Companhia reconhece os ativos financeiros inicialmente na data em que foram originados. Todos os outros ativos financeiros (incluindo os ativos designados ao valor justo por meio do resultado) são reconhecidos inicialmente na data da negociação na qual a Companhia se torna uma das partes das disposições contratuais do instrumento.

A Companhia deixa de reconhecer um ativo financeiro quando os direitos contratuais aos fluxos de caixa do ativo expiram, ou quando a Companhia transfere os direitos ao recebimento dos fluxos de caixa contratuais sobre um ativo financeiro em uma transação na qual, essencialmente, todos os riscos e benefícios da titularidade do ativo financeiro são transferidos. Eventual participação que seja criada ou retida pela Companhia nos ativos financeiros é reconhecida como um ativo ou passivo individual. A Companhia classifica os ativos financeiros não derivativos nas seguintes categorias: ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado,

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empréstimos e recebíveis e ativos financeiros disponíveis para venda.

Ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado Um ativo financeiro é classificado ao valor justo por meio do resultado caso seja classificado como mantido para negociação, ou seja, designado como tal no momento do reconhecimento inicial. Os ativos financeiros são designados ao valor justo por meio do resultado se a Companhia gerencia tais investimentos e toma decisões de compra e venda baseadas em seus valores justos, de acordo com a sua gestão de riscos e sua estratégia de investimentos. Os custos da transação são reconhecidos no resultado quando incorridos. Ativos financeiros registrados pelo valor justo por meio do resultado são medidos pelo valor justo, e mudanças no valor justo desses ativos são reconhecidas no resultado do exercício. Ativos financeiros designados como ao valor justo por meio do resultado compreendem títulos e valores mobiliários.

Empréstimos e recebíveis São ativos financeiros com pagamentos fixos ou calculáveis que não são cotados no mercado ativo. Tais ativos são reconhecidos inicialmente pelo valor justo, acrescido de quaisquer custos de transação atribuíveis. Após o reconhecimento inicial, os empréstimos e recebíveis são medidos pelo custo amortizado através do método dos juros efetivos, decrescidos de qualquer perda por redução ao valor recuperável. Os empréstimos e recebíveis abrangem caixa e equivalentes de caixa, contas a receber de clientes, serviços prestados a receber, ativos financeiros do setor e outros créditos. Ativos financeiros disponíveis para venda São ativos financeiros não derivativos e que não são classificados como empréstimos e recebíveis, mantidos até o vencimento ou pelo valor justo por meio do resultado. Após o reconhecimento inicial, os juros calculados pelo método da taxa efetiva de juros e ajuste de expectativas de fluxos de caixa são reconhecidos na demonstração de resultado, enquanto as demais variações a valor justo são reconhecidas em outros resultados abrangentes. O resultado acumulado em outros resultados abrangentes é transferido para o resultado do exercício no momento da realização do ativo.

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Ativos financeiros disponíveis para venda compreendem o ativo financeiro de concessões. A opção pela designação deste instrumento como disponível para venda deve-se à sua não classificação nas demais categorias descritas. Pelo fato de a Administração acreditar que a indenização se dará conforme modelo atual de precificação de tarifas, o registro deste instrumento como empréstimos e recebíveis não seria possível, uma vez que a indenização não será fixa ou determinável e pelo fato do valor de sua recuperação não ser conhecido nesta data, dadas outras razões que não a deterioração do crédito. Isto se deve principalmente ao risco de não reconhecimento de parte destes ativos pelo órgão regulador e de seus respectivos preços de reposição no término da concessão, conforme critério do Valor Novo de Reposição (VNR). Vide nota explicativa 9.

ii. Passivos financeiros não derivativos

A Companhia reconhece títulos de dívida emitidos e passivos subordinados inicialmente na data em que são originados. Todos os outros passivos financeiros são reconhecidos inicialmente na data de negociação na qual a Companhia se torna uma parte das disposições contratuais do instrumento. A Companhia baixa um passivo financeiro quando tem suas obrigações contratuais retiradas, canceladas ou extintas. A Companhia classifica os passivos financeiros não derivativos na categoria de outros passivos financeiros. Tais passivos financeiros são reconhecidos inicialmente pelo valor justo, acrescido de quaisquer custos de transação atribuíveis. Após o reconhecimento inicial, esses passivos financeiros são medidos pelo custo amortizado através do método dos juros efetivos A Companhia tem os seguintes passivos financeiros não derivativos: empréstimos e financiamentos, debêntures, fornecedores, passivos financeiros do setor e outros débitos.

iii. Instrumentos financeiros derivativos

A Companhia opera com instrumentos financeiros derivativos para proteger-se de riscos relativos à variação de moeda estrangeira e taxa de juros. Os derivativos são reconhecidos inicialmente pelo seu valor justo e custos de transação atribuíveis são reconhecidos no resultado quando incorridos. Posteriormente ao reconhecimento inicial, os derivativos são mensurados pelo valor justo e as variações no valor justo são contabilizadas imediatamente no resultado.

Os derivativos compreendem as operações de swap.

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b) Caixa e equivalentes de caixa

Incluem saldos de caixa, depósitos bancários à vista e as aplicações financeiras com liquidez imediata, com vencimento original de até três meses a partir da data da contratação ou sujeitos a um insignificante risco de mudança de valor, e são mantidos com a finalidade de atender a compromissos de caixa de curto prazo e não para investimento ou outros propósitos.

c) Ativo financeiro de concessões

A Companhia reconhece um ativo financeiro decorrente de contratos de concessão quando possui um direito incondicional de receber caixa ou outro ativo financeiro do Poder Concedente ou da parte por ele indicada ao final da concessão, conforme previsto em contrato, a título de indenização pelos serviços de construção efetuados e não recebidos por meio da prestação de serviços relacionados à concessão. Tais ativos financeiros são mensurados ao valor justo no reconhecimento inicial (VNR) e classificados como disponíveis para venda. A Companhia adotou o modelo bifurcado para reconhecimento do ativo financeiro decorrente da indenização pelo Poder Concedente e o direito de exploração da concessão, que é classificado no intangível.

d) Ativos e passivos financeiros do setor

A partir da assinatura do aditivo ao contrato de concessão de distribuição ocorrida em dezembro de 2014, que garantiu que os saldos de ativos e passivos financeiros do setor não recuperados ou ressarcidos pela tarifa serão incorporados no cálculo da indenização ao término da concessão, a Companhia efetuou o reconhecimento do montante desses saldos que deverão ser incluídos nos próximos reajustes tarifários em contrapartida à receita. Ativos e passivos financeiros do setor são mensurados ao valor justo no reconhecimento inicial e classificados como empréstimos e recebíveis e outros passivos. Após o reconhecimento inicial, a atualização dos ativos ou passivos relacionados a este item é reconhecida no resultado financeiro. Quando o montante é faturado aos consumidores, a parcela correspondente é amortizada do saldo de ativo ou passivo em contrapartida à receita.

e) Julgamentos e estimativas

A preparação das demonstrações financeiras de acordo com as normas internacionais de Relatório Financeiro (“IFRSs”) e as práticas contábeis adotadas no Brasil (“BR GAAP”) requer que a Administração faça julgamentos, estimativas e premissas que afetam a aplicação de políticas contábeis e os valores reportados de ativos, passivos, receitas e despesas. Os resultados reais podem divergir dessas estimativas. Estimativas e premissas são revistas de forma contínua. Revisões com relação a

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estimativas contábeis são reconhecidas no exercício em que as estimativas são revisadas e em quaisquer exercícios futuros afetados. As informações sobre premissas e estimativas que possuam um risco significativo de resultar em um ajuste material dentro do próximo exercício financeiro estão incluídas nas seguintes notas explicativas:

Nota 05 - Consumidores, concessionárias, permissionárias e clientes (provisão para créditos de liquidação duvidosa e rendas a faturar) Nota 07 - Tributos diferidos Nota 08 – Ativos e passivos financeiros do setor Nota 09 - Ativo financeiro de concessões Nota 18 – Provisões Nota 19 – Contingências Nota 20 - Benefícios pós-emprego Nota 27 - Receita líquida (Receita não faturada) Nota 30 – Energia elétrica comprada para revenda

f) Consumidores, concessionárias, permissionárias e clientes

Incluem o fornecimento e suprimento da energia elétrica, faturado e a faturar, acréscimos moratórios, juros oriundos de atraso no pagamento e energia comercializada a outras concessionárias pelo suprimento de energia elétrica conforme montantes disponibilizados no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). A provisão para créditos de liquidação duvidosa é registrada com base em estimativas da Administração em valor suficiente para cobrir prováveis perdas. Os principais critérios definidos pela Companhia para os consumidores são: (i) consumidores com valores significativos, uma análise é feita do saldo a receber levando em conta o histórico de recuperação da Companhia, as negociações em andamento e as garantias reais; (ii) para os outros consumidores, os débitos vencidos há mais de 90 dias para consumidores residenciais, mais de 180 dias para os consumidores comerciais, ou mais de 360 dias para os demais consumidores, 100% do saldo é provisionado. Tais critérios definidos pela Administração estão alinhados com aqueles estabelecidos pela Aneel. A Companhia realiza cálculo do valor presente para os saldos com prazos de pagamentos superiores a 180 dias, conforme detalhado na nota 3.

g) Estoques

Os estoques estão registrados ao custo médio de aquisição, deduzido de provisões para perdas, quando aplicável, e não excedem os seus custos de reposição ou valores

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de realização. Os materiais em estoque são classificados no Ativo Circulante (almoxarifado de manutenção e administrativo) e aqueles destinados a investimentos, classificados no Ativo Não Circulante – Imobilizado ou Intangível (depósito de obras).

h) Imobilizado

i. Reconhecimento e mensuração

É mensurado ao custo de aquisição, formação ou construção, deduzido da depreciação acumulada.

O custo inclui gastos que são diretamente atribuíveis à aquisição de um ativo. O custo de ativos construídos pela própria Companhia inclui:

O custo de materiais e mão de obra direta;

Quaisquer outros custos e condição necessária para colocar o ativo no local e condição necessária para que este seja capaz de operar da forma pretendida pela Administração;

Custos de empréstimos sobre ativos qualificáveis. Quando partes de um item do imobilizado têm diferentes vidas úteis, elas são registradas como itens individuais (componentes principais) de imobilizado.

Ganhos e perdas na alienação de um item do imobilizado, são reconhecidos em outras receitas/despesas operacionais no resultado.

ii. Custos subsequentes

Gastos subsequentes são capitalizados na medida em que seja provável que benefícios futuros associados com estes serão auferidos pela Companhia. Gastos de manutenção e reparos recorrentes são registrados no resultado.

iii. Depreciação

Itens do ativo imobilizado são depreciados pelo método linear, em contrapartida ao resultado do exercício, baseado na vida útil econômica estimada de cada componente. Para a maior parte do imobilizado, a vida útil econômica estimada dos ativos está alinhada com aquelas estabelecidas pela Aneel, e os terrenos não são depreciados. Para os ativos imobilizados que não possuem garantia de indenização, os itens são depreciados pelo método linear até o limite da autorização ou concessão ou depreciados pela vida útil do bem, dos dois, o menor.

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Itens do ativo imobilizado são depreciados a partir da data em que são instalados e estão disponíveis para uso, ou em caso de ativos construídos internamente, do dia em que a construção é finalizada e o ativo está disponível para utilização. As vidas úteis estimadas para o exercício corrente e comparativo estão demonstradas na nota explicativa 12. Eventuais ajustes nos métodos de depreciação, nas vidas úteis ou nos valores residuais são reconhecidos como mudança de estimativas contábeis.

i) Ativo intangível

i. Contratos de concessão e ativos de infraestrutura vinculados à concessão

A Companhia reconhece um ativo intangível decorrente de um contrato de concessão quando ela tem direito de cobrar pelo uso da infraestrutura da concessão ou explorá-la. Um ativo intangível, recebido como contraprestação por serviços de construção fornecidos em um contrato de concessão, é mensurado ao valor justo no reconhecimento inicial. Subsequente ao reconhecimento inicial, o ativo intangível é mensurado ao custo, o qual inclui custo de empréstimos capitalizados, menos amortização acumulada. A estimativa de vida útil de um ativo intangível em um contrato de concessão é o período contado a partir de quando a Companhia torna-se apta a cobrar os usuários pelo uso da infraestrutura até o final do período de concessão.

ii. Pesquisa e Desenvolvimento

Gastos em atividades de pesquisa, realizados com a possibilidade de ganho de conhecimento e entendimento científico ou tecnológico, são reconhecidos no resultado conforme incorridos.

Atividades de desenvolvimento envolvem um plano ou projeto visando à produção de produtos novos ou substancialmente aprimorados. Os gastos de desenvolvimento são capitalizados somente se os custos de desenvolvimento puderem ser mensurados de maneira confiável, se o produto ou processo forem técnica e comercialmente viáveis, se os benefícios econômicos futuros forem prováveis, e se a Companhia tiver a intenção e os recursos suficientes para concluir o desenvolvimento e usar ou vender o ativo. Os gastos capitalizados incluem o custo de materiais, mão de obra direta, custos de fabricação que são diretamente atribuíveis à preparação do ativo para seu uso proposto e custos de empréstimo. Outros gastos de desenvolvimento são reconhecidos no resultado conforme incorridos.

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Os gastos de desenvolvimento capitalizados são mensurados pelo custo, deduzido da amortização acumulada e perdas por redução ao valor recuperável, quando aplicável.

iii. Outros ativos intangíveis

Outros ativos intangíveis que têm vidas úteis definidas são mensurados pelo custo, deduzido da amortização acumulada e das perdas por redução ao valor recuperável, quando aplicável.

iv. Gastos subsequentes

Os gastos subsequentes são capitalizados somente quando aumentam os futuros benefícios econômicos incorporados no ativo intangível específico aos quais se relacionam. Todos os outros gastos são reconhecidos no resultado conforme incorridos.

v. Amortização

A amortização é reconhecida no resultado baseando-se no método linear em função das vidas úteis estimadas de ativos intangíveis, a partir da data em que estes estão disponíveis para uso ou para geração dos benefícios econômicos associados. As vidas úteis estimadas para o exercício corrente estão demonstradas na nota explicativa 13.

Métodos de amortização, vidas úteis e valores residuais são revistos a cada encerramento de exercício financeiro e ajustados caso seja adequado como mudança de estimativas contábeis.

j) Redução ao valor recuperável (Impairment)

i. Ativos financeiros (incluindo recebíveis)

Um ativo financeiro não mensurado pelo valor justo é avaliado a cada data de apresentação para apurar se há evidência objetiva de que tenha ocorrido perda no seu valor recuperável. Um ativo tem perda no seu valor recuperável se uma evidência objetiva indica que um evento de perda ocorreu após o reconhecimento inicial do ativo, e que aquele evento de perda teve um efeito negativo nos fluxos de caixa futuros projetados, que podem ser estimados de uma maneira confiável.

A evidência objetiva de que os ativos financeiros perderam valor pode incluir o não-pagamento ou atraso no pagamento por parte do devedor, a reestruturação do valor devido à Companhia sobre condições de que a Companhia não

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consideraria em outras transações, indicações de que o devedor ou emissor entrará em processo de falência, ou o desaparecimento de um mercado ativo para um título. Além disso, para um instrumento patrimonial, um declínio significativo ou prolongado em seu valor justo abaixo do seu custo é evidência objetiva de perda por redução ao valor recuperável.

Ativos financeiros mensurados pelo custo amortizado

A Companhia considera evidência de perda de valor de ativos mensurados pelo custo amortizado tanto no nível individualizado como no nível coletivo. Ativos individualmente significativos são avaliados quanto à perda de valor específico. Todos os recebíveis individualmente significativos identificados como não tendo sofrido perda de valor individualmente são então avaliados coletivamente quanto a qualquer perda de valor que tenha ocorrido, mas não tenha sido ainda identificada. Ativos que não são individualmente importantes são avaliados coletivamente quanto à perda de valor por agrupamento conjunto desses títulos com características de risco similar. Ao avaliar a perda de valor recuperável de forma coletiva, a Companhia utiliza tendências históricas da probabilidade de inadimplência, do prazo de recuperação e dos valores de perda incorridos, ajustados para refletir o julgamento da Administração quanto às premissas, face às condições econômicas e de crédito atuais são tais que as perdas reais provavelmente serão maiores ou menores que as sugeridas pelas tendências históricas.

Uma redução do valor recuperável com relação a um ativo financeiro mensurado pelo custo amortizado é calculada como a diferença entre o valor contábil e o valor presente dos futuros fluxos de caixa estimados descontados à taxa de juros efetiva original do ativo. As perdas são reconhecidas no resultado e refletidas em uma conta de provisão contra recebíveis. Os juros sobre o ativo que perdeu valor continuam sendo reconhecidos. Quando um evento subsequente indica reversão da perda de valor, a diminuição na perda de valor é revertida e registrada no resultado.

A Administração não identificou qualquer evidência que justificasse a necessidade de redução dos ativos financeiros ao valor recuperável em 31 de dezembro de 2016 e de 2015, além da provisão para créditos de liquidação duvidosa e do ajuste a valor presente de recebíveis.

ii. Ativos não financeiros

Os valores contábeis dos ativos não financeiros da Companhia, que não os estoques e imposto de renda e contribuição social diferidos, são revistos a cada

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data de apresentação para apurar se há indicação de perda no valor recuperável. Caso ocorra tal indicação, então o valor recuperável do ativo é estimado. No caso de ativos intangíveis com vida útil indefinida, o valor recuperável é estimado todo ano.

Uma perda por redução no valor recuperável é reconhecida se o valor contábil do ativo ou unidade geradora de caixa (UGC) exceder o seu valor recuperável.

O valor recuperável de um ativo ou UGC é o maior entre o valor em uso e o valor justo menos despesas de venda. Ao avaliar o valor em uso, os fluxos de caixa futuros estimados são descontados aos seus valores presentes através da taxa de desconto antes de impostos que reflita as condições vigentes de mercado quanto ao período de recuperabilidade do capital e os riscos específicos do ativo ou UGC. Para a finalidade de testar o valor recuperável, os ativos que não podem ser testados individualmente são agrupados ao menor grupo de ativos que gera entrada de caixa de uso contínuo que são em grande parte independentes dos fluxos de caixa de outros ativos ou grupos de ativos (UGC).

Perdas por redução no valor recuperável são reconhecidas no resultado. As perdas de valor recuperável são revertidas somente na condição em que o valor contábil do ativo não exceda o valor contábil que teria sido apurado, líquido de depreciação ou amortização, caso a perda de valor não tivesse sido reconhecida.

k) Benefícios a empregados

i. Planos de contribuição definida

Um plano de contribuição definida é um plano de benefícios pós-emprego, sob o qual uma entidade paga contribuições fixas para uma entidade separada (fundo de previdência) e não tem nenhuma obrigação legal ou construtiva de pagar valores adicionais. As obrigações por contribuições aos planos de pensão de contribuição definida são reconhecidas como despesas de benefícios a empregados no resultado nos exercícios durante os quais serviços são prestados pelos empregados. Contribuições pagas antecipadamente são reconhecidas como um ativo mediante a condição de que haja o ressarcimento de caixa ou a redução em futuros pagamentos esteja disponível.

ii. Planos de benefício definido

A obrigação líquida da Companhia quanto aos planos de pensão de benefício definido é calculada individualmente, para cada plano, através da estimativa do valor do benefício futuro que os empregados auferirão como retorno pelos serviços prestados no exercício atual e em exercícios anteriores; aquele benefício é descontado ao seu valor presente. Quaisquer custos de serviços passados não

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reconhecidos e os valores justos de quaisquer ativos do plano são deduzidos. A taxa de desconto é o rendimento apresentado na data das demonstrações financeiras, para os títulos de dívida de primeira linha e cujas datas de vencimento se aproximem das condições das obrigações da Companhia e que sejam denominadas na mesma moeda na qual os benefícios têm expectativa de serem pagos.

O cálculo é realizado anualmente por um atuário qualificado, através do método de crédito unitário projetado. Quando o cálculo resulta em um benefício para a Companhia, o ativo a ser reconhecido é limitado ao total de quaisquer custos de serviços passados não reconhecidos e o valor presente dos benefícios econômicos disponíveis na forma de reembolsos futuros do plano ou redução nas futuras contribuições ao plano. Para calcular o valor presente dos benefícios econômicos, consideração é dada para quaisquer exigências de custeio mínimas que se aplicam a qualquer plano na Companhia. Um benefício econômico está disponível à Companhia se for realizável durante a vida do plano, ou na liquidação dos passivos do plano.

O passivo reconhecido no balanço patrimonial é o maior valor entre a dívida pactuada com a Fundação de Seguridade Social Braslight para a amortização das obrigações atuariais e o valor presente da obrigação atuarial líquida, conforme detalhado na nota explicativa 20.

Os custos de patrocínio do plano de pensão e eventuais superávits ou déficits do plano são reconhecidos imediatamente no patrimônio líquido, em outros resultados abrangentes.

Os ganhos e perdas atuariais gerados por ajustes e alterações nas premissas atuariais dos planos de benefícios de pensão e aposentadoria são reconhecidos imediatamente no patrimônio líquido, em outros resultados abrangentes e não são transferidos para lucros ou prejuízos acumulados.

iii. Benefícios de curto prazo a empregados

Obrigações de benefícios de curto prazo a empregados são mensuradas em uma base não descontada e são registradas em contrapartida a despesas conforme o serviço relacionado seja prestado. O passivo é reconhecido pelo valor esperado a ser pago sob os planos de bonificação em dinheiro ou participação nos lucros de curto prazo se a Companhia tem uma obrigação legal ou construtiva de pagar esse valor em função de serviço passado prestado pelo empregado e a obrigação possa ser estimada de maneira confiável.

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l) Provisões

Uma provisão é reconhecida quando a Companhia possui uma obrigação legal ou presumida que possa ser estimada de maneira confiável como resultado de um evento passado, e é provável que um recurso econômico seja requerido para liquidar a obrigação. As provisões são registradas tendo como base as melhores estimativas do risco envolvido e dos fluxos de caixa futuros esperados. Uma provisão para riscos é constituída mediante avaliação e quantificação das ações, cuja probabilidade de perda é considerada provável na opinião da Administração e de seus assessores legais.

m) Capital social

As ações ordinárias são classificadas como patrimônio líquido. Custos adicionais diretamente atribuíveis à emissão de ações e opções de ações são reconhecidos como dedução do patrimônio líquido, líquidos de quaisquer efeitos tributários.

Os dividendos mínimos obrigatórios, conforme definido em estatuto, são reconhecidos como passivo.

n) Reconhecimento de receitas

A receita é mensurada pelo valor justo da contrapartida recebida ou a receber, deduzida dos impostos e dos eventuais descontos incidentes sobre a receita.

i. Receita de venda de energia

É reconhecida quando existe evidência convincente de que os riscos e benefícios mais significativos inerentes à propriedade dos bens foram transferidos para o comprador, for provável que os benefícios econômicos associados às transações fluirão para a Companhia e o valor da receita puder ser mensurado com confiabilidade. O faturamento de energia comercializada é efetuado mensalmente pelo suprimento de energia elétrica, conforme montantes disponibilizados no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

ii. Receita de serviços

A receita de serviços prestados é reconhecida no resultado com base no estágio de conclusão do serviço na data de apresentação das demonstrações financeiras. O estágio de conclusão é avaliado por referência a pesquisas de trabalhos realizados.

iii. Receita de Construção

A receita do contrato compreende o valor inicial, acordado no contrato, acrescido

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de variações decorrentes de solicitações adicionais, as reclamações e os pagamentos de incentivos contratuais, na condição em que seja provável que elas resultem em receita e possam ser mensuradas de forma confiável. Tão logo o resultado de um contrato de construção possa ser estimado de maneira confiável, a receita do contrato é reconhecida no resultado na medida do estágio de conclusão do contrato. Despesas de contrato são reconhecidas quando incorridas, a menos que elas criem um ativo relacionado à atividade do contrato futuro.

O estágio de conclusão é avaliado pela referência do levantamento dos trabalhos realizados. Quando o resultado de um contrato de construção não pode ser medido de maneira confiável, a receita do contrato é reconhecida até o limite dos custos reconhecidos na condição de que os custos incorridos possam ser recuperados. Perdas em um contrato são reconhecidas imediatamente no resultado.

A receita relacionada a serviços de construção e melhoria de contratos de concessão é reconhecida baseada no estágio de conclusão do trabalho executado, consistente com as políticas contábeis da Companhia para o reconhecimento de receitas de contratos de construção. Receita de operação ou serviço é reconhecida no exercício em que os serviços são prestados pela Companhia. Quando a Companhia presta mais do que um serviço no contrato de concessão, a contraprestação recebida é alocada por referência ao valor justo dos serviços entregues quando os valores são identificáveis separadamente.

Para as receitas e custos relativos a serviços de construção ou melhoria da infraestrutura utilizada na prestação dos serviços de distribuição de energia elétrica, a margem de construção adotada foi estabelecida como sendo igual a zero, considerando que: (i) a atividade fim é a distribuição de energia elétrica; (ii) toda receita de construção está relacionada com a construção de infraestrutura para o alcance da sua atividade fim; e (iii) a Companhia terceiriza a construção da infraestrutura com partes não relacionadas. Mensalmente, a totalidade das adições efetuadas ao ativo intangível da concessão em curso é registrada no resultado, como custo de construção.

iv. Ativos e passivos financeiros do setor – Receita não faturada

A receita de ativos e passivos financeiros do setor é reconhecida no resultado quando os custos efetivamente incorridos forem diferentes daqueles incorporados à tarifa de distribuição de energia. Para maiores detalhes, vide nota explicativa 3.d.

o) Receitas e despesas financeiras

As receitas financeiras abrangem receitas de juros sobre as aplicações financeiras, juros sobre atraso no recebimento de cliente, variações no valor justo de ativos

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financeiros mensurados pelo valor justo por meio do resultado e variações de swaps. A receita de juros é reconhecida no resultado, através do método dos juros efetivos. As despesas financeiras abrangem despesas com juros sobre empréstimos, ajustes de desconto a valor presente e variações no valor justo de ativos financeiros mensurados pelo valor justo por meio do resultado. Custos de empréstimo que não são diretamente atribuíveis à aquisição, construção ou produção de um ativo qualificável são reconhecidos no resultado através do método de juros efetivos. Os ganhos e perdas cambiais são reportados em uma base líquida.

p) Imposto de renda e contribuição social

O imposto de renda e a contribuição social do exercício, corrente e diferido, são calculados com base nas alíquotas de 15%, acrescidas do adicional de 10% sobre o lucro tributável, excedente de R$240, para imposto de renda e 9% sobre o lucro tributável para contribuição social sobre o lucro líquido, e consideram a compensação de prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social, limitada a 30% do lucro real. A despesa com imposto de renda e contribuição social compreende os impostos de renda correntes e diferidos. O imposto corrente e o imposto diferido são reconhecidos no resultado a menos que estejam relacionados a itens diretamente reconhecidos no patrimônio líquido, em outros resultados abrangentes. O imposto corrente é o imposto a pagar sobre o lucro ou a receber esperado no caso de antecipações que excedam o lucro tributável do exercício, a taxas de impostos decretadas ou substantivamente decretadas na data de apresentação das demonstrações financeiras e qualquer ajuste aos impostos a pagar com relação aos exercícios anteriores. O imposto diferido é reconhecido com relação às diferenças temporárias entre os valores contábeis de ativos e passivos para fins contábeis e os correspondentes valores usados para fins de tributação, assim como em relação a saldos existentes e recuperáveis de prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social. O imposto diferido é mensurado pelas alíquotas que se espera serem aplicadas às diferenças temporárias quando elas revertem, baseando-se nas leis que foram decretadas ou substantivamente decretadas até a data de apresentação das demonstrações financeiras. Na determinação do imposto de renda corrente e diferido a Companhia leva em consideração o impacto de incertezas relativas a posições fiscais tomadas e se o pagamento adicional de imposto de renda e juros tenha que ser realizado. A Companhia acredita que a provisão para imposto de renda no passivo está adequada

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com relação a todos os períodos fiscais em aberto, baseada em sua avaliação de diversos fatores, incluindo interpretações das leis fiscais e experiência passada. Essa avaliação é baseada em estimativas e premissas que podem envolver uma série de julgamentos sobre eventos futuros. Novas informações podem ser disponibilizadas, o que levaria a Companhia a mudar o seu julgamento quanto à adequação da provisão existente; tais alterações impactarão a despesa com imposto de renda no ano em que forem realizadas. Os ativos e passivos fiscais correntes e diferidos são compensados caso haja um direito legal de compensar passivos e ativos fiscais correntes, e eles se relacionam a impostos de renda lançados pela mesma autoridade tributária sobre a mesma entidade sujeita à tributação.

Um ativo de imposto de renda e contribuição social diferido é reconhecido por perdas fiscais, créditos fiscais e diferenças temporárias dedutíveis, não utilizadas quando é provável que lucros futuros sujeitos à tributação estarão disponíveis e contra os quais serão utilizados. Ativos de imposto de renda e contribuição social diferidos são revisados a cada data de fechamento e são reduzidos na medida em que sua realização não seja mais provável.

q) Resultado por ação

O resultado por ação básico é calculado por meio do resultado do exercício atribuível aos acionistas controladores da Companhia e a média ponderada das ações em circulação no respectivo exercício. O resultado por ação diluído é calculado por meio da referida média das ações, ajustada pelos instrumentos potencialmente conversíveis em ações, com efeito diluidor, nos exercícios apresentados.

r) Moeda estrangeira Transações em moeda estrangeira são convertidas para a moeda funcional da Companhia pelas taxas de câmbio nas datas das transações. Ativos e passivos monetários denominados e apurados em moedas estrangeiras são convertidos para a moeda funcional pela taxa de câmbio da data de apresentação. Os ganhos e as perdas resultantes da atualização desses ativos e passivos verificados entre a taxa de câmbio vigente na data da transação ou início dos exercícios e os encerramentos dos exercícios são reconhecidos como receitas ou despesas financeiras no resultado.

s) Determinação do ajuste a valor presente

Os itens sujeitos ao desconto a valor presente são consumidores, concessionárias, permissionárias e clientes. A Companhia realizou cálculo do valor presente para os

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saldos com prazos de pagamento superiores a 180 dias. A taxa de desconto utilizada pela Administração para o desconto a valor presente para esses itens é de aproximadamente 14,0% a.a., semelhante ao custo médio de captação da Companhia nos últimos anos e ao encargo financeiro cobrado de seus clientes. A taxa de juros imputada em uma transação de venda é determinada no momento do registro inicial da transação e não é ajustada posteriormente.

t) Demonstração do valor adicionado

A Companhia elaborou demonstrações do valor adicionado (DVA), as quais são apresentadas como parte integrante das demonstrações financeiras conforme requerido pela legislação societária brasileira, aplicáveis às companhias abertas, enquanto que para IFRS representam informação financeira adicional.

u) Mudanças de políticas contábeis e reclassificações dos saldos comparativos

A Administração da Companhia, visando melhorar apresentação da sua posição patrimonial e do seu desempenho operacional e financeiro, reavaliou algumas práticas adotadas e procedeu algumas alterações de políticas contábeis e reclassificações com base nas orientações emanadas pelo CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro, destacadas a seguir: (i) Valor justo do ativo indenizável da concessão registrado como receita

operacional, sendo anteriormente reconhecido como resultado financeiro

A Administração da Companhia revisou suas práticas contábeis e concluiu pela alteração no reconhecimento do valor justo do ativo indenizável da concessão. Anteriormente o valor justo era reconhecido como resultado financeiro. No entanto, pelo fato de se tratar de um efeito intrínseco à atividade fim do negócio de distribuição de energia e para proporcionar uma melhor apresentação de seu desempenho, a Companhia passou a apresentar o valor justo do ativo indenizável da concessão como receita operacional, em uma rubrica específica. O valor justo do ativo indenizável da concessão abrange parte da remuneração da infraestrutura do negócio de distribuição, sendo que integra a base de remuneração regulatória e é devidamente atualizado com base nos índices determinados pela Aneel. Dessa forma, o valor justo indenizável da concessão passa a ser reconhecido no mesmo grupo de receita operacional onde já são reconhecidas as demais receitas da atividade de distribuição. O impacto deste assunto no exercício findo em 31 de dezembro de 2015 é uma reclassificação de R$265.369 da receita financeira para a receita operacional.

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(ii) Receita de multas cobradas por inadimplência dos consumidores classificadas como custo operacional, anteriormente apresentada como resultado financeiro

A Administração da Companhia revisou suas práticas contábeis e concluiu pela alteração de sua política contábil quanto à classificação de multas cobradas por inadimplência dos consumidores, com o objetivo de refletir de forma mais fidedigna o desempenho operacional da Companhia e melhor a divulgação das informações financeiras. A inadimplência dos consumidores de energia elétrica da área de concessão da Companhia, localizada em 31 municípios do Estado do Rio de Janeiro, geram custos significativos para a distribuidora em função do percentual de consumidores que não pagam as faturas em seu vencimento. A complexidade da área de concessão da Light para perdas e arrecadação é reconhecida inclusive pela Aneel. Para obter o efetivo recebimento da fatura, são realizados diversos procedimentos de cobrança em volumes significativos, tais como avisos de corte, tele cobrança, inscrição em serviços de proteção ao crédito, cobrança domiciliar, agências de cobrança, equipes de cobrança, equipes de corte e religação de energia, protesto de duplicatas, agências móveis, dentre outros processos internos e externos. Todos estes gastos são reconhecidos pela Companhia no seu resultado operacional. Para contrapor ao registro destes gastos operacionais, a Companhia passou a apresentar a multa compensatória de 2% incidente sobre as faturas pagas após a data de vencimento, prevista como penalidade e de caráter punitivo pelo descumprimento da obrigação dos consumidores, como resultado operacional. As multas compensatórias incorridas pela Companhia em atrasos nos seus pagamentos também foram reclassificadas para o resultado operacional. Para os consumidores inadimplentes, também são cobrados acréscimos moratórios sobre as faturas em atraso. Esses acréscimos moratórios permanecem sendo apresentados no resultado financeiro, e, portanto, não sofreram alteração na apresentação. O impacto liquido dessa nova política contábil no exercício findo em 31 de dezembro de 2015 é uma reclassificação de R$77.383 do resultado financeiro para outras receitas/despesas operacionais.

Para fins de comparabilidade, foram realizadas reclassificações nas demonstrações do resultado consolidado e na demonstração do valor adicionado do exercício findo em 31 de dezembro de 2015. Essas mudanças de práticas não alteraram o resultado findo em 31 de dezembro de 2015

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i. Demonstração do resultado consolidado referente ao exercício findo em 31 de

dezembro de 2015.

2015

PublicadoReclassificações

2015

Reapresentado

RECEITA LÍQUIDA 9.750.858 265.369 10.016.227

CUSTO DA OPERAÇÃO (8.637.500) 77.383 (8.560.117)

Energia comprada para revenda (6.830.996) - (6.830.996)

Pessoal (171.632) - (171.632)

Materiais (13.119) - (13.119)

Serviços de terceiros (283.888) - (283.888)

Depreciações e amortizações (356.382) - (356.382)

Custo de construção (936.829) - (936.829)

Outras receitas / custos (44.654) 77.383 32.729

LUCRO BRUTO 1.113.358 342.752 1.456.110

DESPESAS OPERACIONAIS (759.040) - (759.040)

Despesas gerais e administrativas (708.193) - (708.193)

Outras receitas 343 - 343

Outras despesas (51.190) - (51.190)

LUCRO ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO E IMPOSTOS 354.318 342.752 697.070

RESULTADO FINANCEIRO (414.607) (342.752) (757.359)

Receita 896.763 (351.352) 545.411

Despesa (1.311.370) 8.600 (1.302.770)

PREJUÍZO ANTES DO IR E CSLL (60.289) - (60.289)

Imposto de renda e contribuição social correntes 1.393 - 1.393

Imposto de renda e contribuição social diferidos 19.738 - 19.738

PREJUÍZO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (39.158) - (39.158)

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ii. Demonstração do valor adicionado consolidado referente ao exercício findo em 31 de dezembro de 2015.

2015

PublicadoReclassificações

2015

Reapresentado

Receitas 16.440.898 265.369 16.706.267

Venda de mercadorias, produtos e serviços 15.657.000 265.369 15.922.369

Receitas referentes à construção de ativos próprios 936.829 - 936.829

Provisão/reversão créditos de liquidação duvidosa (152.931) - (152.931)

Insumos adquiridos de terceiros (8.337.363) 77.383 (8.259.980)

Custo dos produtos, mercadorias e serviços vendidos (6.830.996) - (6.830.996)

Materiais, energia, serviços de terceiros e outros (1.506.367) 77.383 (1.428.984)

Valor adicionado bruto 8.103.535 342.752 8.446.287

Retenções (398.371) - (398.371)

Depreciação e amortização (398.371) - (398.371)

Valor adicionado líquido produzido 7.705.164 342.752 8.047.916

Valor adicionado recebido em transferência 896.763 (351.352) 545.411

Receitas financeiras 896.763 (351.352) 545.411

Valor adicionado total a distribuir 8.601.927 (8.600) 8.593.327

Distribuição do valor adicionado 8.601.927 (8.600) 8.593.327

Pessoal 329.813 - 329.813

Remuneração direta 245.554 - 245.554

Benefícios 57.610 - 57.610

FGTS 21.498 - 21.498

Outros 5.151 - 5.151

Impostos, taxas e contribuições 6.899.549 - 6.899.549

Federais 3.267.296 - 3.267.296

Estaduais 3.622.531 - 3.622.531

Municipais 9.722 - 9.722

Remuneração de capitais de terceiros 1.411.723 (8.600) 1.403.123

Juros 1.338.894 (8.600) 1.330.294

Aluguéis 72.829 - 72.829

Remuneração de capitais próprios (39.158) - (39.158)

Prejuízos retidos (39.158) - (39.158) v) Aplicação das normas novas e revisadas, a partir de 1º de janeiro de 2016, que não

tiveram efeito ou não tiveram efeito material sobre os montantes divulgados no

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período atual e em períodos anteriores Em vigor a partir de 1º de janeiro de 2016:

IAS 1 (CPC 26) - Esclarecimentos sobre o processo julgamental de divulgações das Demonstrações Financeiras.

IAS 16 (CPC 27) e IAS 38 (CPC 04) - Esclarecimentos sobre os métodos aceitos de depreciação e amortização.

IFRS 11 (CPC 19) - Contabilizações de Aquisições de Participações em Operações Conjuntas (“Joint Operation”).

IFRS 10 (CPC 36), IFRS 12 (CPC 45) e IAS 28 (CPC 18) - Aplicação de exceções de consolidação de entidades de investimento.

Modificações às IFRS - Ciclos de Melhorias Anuais 2012-2014. Em vigor para períodos anuais iniciados após 1º de janeiro de 2017:

Modificações à IAS 7 (CPC 03) – Necessidade de inclusão de divulgação de mudanças nos passivos oriundos de atividades de financiamento.

Modificação à IAS 12 (CPC 32) - Reconhecimento de ativos fiscais diferidos para perdas não realizadas.

Em vigor para períodos anuais iniciados após 1º de janeiro de 2018:

IFRS 9 (CPC 48) - Instrumentos Financeiros.

IFRS 15 (CPC 47) - Receita de Contratos com Clientes.

Modificações à IFRS 10 (CPC 36) e IAS 28 (CPC 18) - Venda ou contribuição de ativos entre investidor e seu associado ou “Joint Venture”.

Modificações à IFRS 2 (CPC 10) – Classificação e mensuração de transações de pagamentos baseados em ações.

Em vigor para períodos anuais iniciados após 1º de janeiro de 2019:

IFRS 16 – Arrendamento mercantil. O CPC ainda não emitiu pronunciamentos equivalentes para determinadas IFRS anteriormente citadas, com data efetiva de adoção para 2018 e 2019, mas existe expectativa de que o faça antes da data requerida de sua entrada em vigor. A adoção

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antecipada das IFRS está condicionada à aprovação prévia em ato normativo do CFC e CVM. A Companhia não adotou de forma antecipada tais alterações em suas demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2016. É esperado que nenhuma dessas novas normas tenha efeito material sobre as demonstrações financeiras, exceto pela IFRS 9, que pode modificar a classificação e mensuração de ativos financeiros, mas que neste momento está em avaliação pela Companhia. 3. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

31.12.2016 31.12.2015

Numerário disponível 35.135 22.951

Aplicações Financeiras de liquidez imediata

Certificado de Depósito Bancário (CDB) 526.669 234.619

TOTAL 561.804 257.570

As aplicações financeiras de liquidez imediata são pós-fixadas e correspondem a operações realizadas com instituições que atuam no mercado financeiro nacional, tendo como características alta liquidez, garantia de recompra diária pela instituição financeira, a uma taxa previamente estabelecida pelas partes, e remuneração, em sua maioria, pela variação do Certificado de Depósito Interbancário (CDI), com perda insignificante de valor em caso de resgate antecipado. A remuneração média das aplicações é de 51,8% do CDI em 31 de dezembro de 2016 (99,72% do CDI em 31 de dezembro de 2015). A exposição da Companhia a riscos de taxa de juros e uma análise de sensibilidade de ativos e passivos financeiros são divulgadas na nota explicativa 33. 4. TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS

31.12.2016 31.12.2015

Certificado de Depósito Bancário (CDB) 7.806 8.097

TOTAL 7.806 8.097

São representados por: (i) garantias oferecidas para participação em leilões de energia, (ii) valores provenientes de venda de ativos que ficam retidos para reinvestimentos na rede elétrica e (iii) aplicações que têm seus vencimentos superiores a três meses da data de

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aplicação, com perda de valor em caso de resgate antecipado. A remuneração média dessas aplicações é de 97,2% do CDI em 31 de dezembro de 2016 (102,79% do CDI em 31 de dezembro de 2015). 5. CONSUMIDORES, CONCESSIONÁRIAS, PERMISSIONÁRIAS E CLIENTES

CirculanteNão

CirculanteTotal Circulante

Não

CirculanteTotal

Fornecimento faturado 1.718.268 - 1.718.268 1.990.156 - 1.990.156

Fornecimento não faturado 514.118 - 514.118 646.318 - 646.318

Parcelamento de débitos 616.553 343.904 960.457 100.050 163.942 263.992

Suprimento e encargos de uso da rede elétrica 23.761 - 23.761 18.796 - 18.796

2.872.700 343.904 3.216.604 2.755.320 163.942 2.919.262

(-) Provisão para créditos de liquidação duvidosa (773.153) - (773.153) (702.742) - (702.742)

TOTAL 2.099.547 343.904 2.443.451 2.052.578 163.942 2.216.520

31.12.2016 31.12.2015

A provisão para créditos de liquidação duvidosa foi constituída em bases consideradas suficientes pela Administração para fazer face a eventuais perdas na realização dos créditos. No exercício findo em 31 de dezembro de 2016, foram realizadas baixas de clientes incobráveis no montante de R$135.163 (R$604 no exercício findo em 31 de dezembro de 2015). As baixas foram realizadas contra a provisão para créditos de liquidação duvidosa já constituída, não gerando, assim, impacto no resultado do exercício. Os saldos de parcelamentos de débitos encontram-se ajustados a valor presente, quando aplicável. A taxa de desconto utilizada pela Administração para o desconto a valor presente para esses itens é de aproximadamente 14,0% a.a., semelhante ao custo médio de captação da Companhia nos últimos anos e ao encargo financeiro cobrado de seus clientes. Os saldos vencidos e a vencer relativos ao fornecimento faturado de energia elétrica e ao parcelamento de débitos estão distribuídos da seguinte forma:

FORNECIMENTO FATURADO E PARCELAMENTOAté 90 dias

Entre 90 e

180 dias

Entre 180 e

360 dias

Mais de 360

dias31.12.2016 31.12.2015 31.12.2016 31.12.2015

Residencial 443.395 418.606 100.644 102.467 103.262 1.168.374 790.655 (305.500) (274.940)

Industrial 70.384 10.191 1.777 3.919 63.935 150.206 130.986 (59.372) (84.411)

Comercial 94.722 77.513 19.747 33.334 275.602 500.918 591.963 (298.813) (271.581)

Rural 1.503 1.284 300 179 1.627 4.893 4.601 (1.627) (581)

Poder Público Federal 103.939 24.599 732 2.518 1.787 133.575 102.959 (1.632) (251)

Poder Público Estadual 198.260 29.614 27.089 1.400 41.471 297.834 228.001 (41.809) (45.387)

Poder Público Municipal 49.799 36.676 15.908 27.850 44.576 174.809 147.001 (43.851) (14.133)

Iluminação Pública 24.470 12.280 9.071 30.146 14.970 90.937 97.378 (14.559) (6.218)

Serviço Público 106.190 24.113 9.165 5.582 12.129 157.179 160.604 (5.990) (5.240)

TOTAL 1.092.662 634.876 184.433 207.395 559.359 2.678.725 2.254.148 (773.153) (702.742)

Saldos a vencer

Saldos vencidos TOTAL PCLD

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37

Em relação aos recebíveis em aberto de janeiro de 2015 a abril de 2016, referente ao Poder Público Estadual, no montante de R$153.140, foi publicado o decreto no dia 01 de julho de 2016, que foi devidamente regulamentado pela Secretaria da Fazenda do Rio de Janeiro. Este decreto permitiu a compensação integral do saldo acima com valores a pagar de ICMS em até 29 parcelas. A compensação teve início na apuração do ICMS referente ao mês de agosto de 2016. No segmento de Serviço Público, parte das faturas de um grande cliente foi assumida pelo Governo Estadual por meio de compensação de ICMS, no montante de R$38.979, em 12 meses. O decreto para regulamentar a lei foi publicado em 30 de junho de 2016 e orientou a assinatura de um “Termo de Acordo”, que foi assinado em 29 de setembro de 2016 e permitiu o início da compensação do imposto. O restante da dívida deste cliente, no montante de R$48.661, foi parcelado em 36 vezes, a partir de junho de 2016. Os saldos dos parcelamentos estão distribuídos pelos vencimentos originais das faturas, sendo que não existem Provisões para Crédito de Liquidação Duvidosa – PCLD para aqueles parcelamentos que não apresentem atrasos superiores a 90 dias. Seguem abaixo as movimentações da Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa - PCLD nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e de 2015:

SALDO EM 01.01.2015 (552.597)

(Adições) / Reversões (Nota 29) (150.749)

Baixas 604

SALDO EM 31.12.2015 (702.742)

(Adições) / Reversões (Nota 29) (205.574)

Baixas 135.163

SALDO EM 31.12.2016 (773.153) A exposição da Companhia a riscos de crédito relacionados a consumidores, concessionárias, permissionárias e clientes é divulgada na nota explicativa 33.

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6. TRIBUTOS A RECUPERAR

Circulante Não Circulante Total Circulante Não Circulante Total

TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES 113.372 72.883 186.255 82.608 81.963 164.571

ICMS a compensar 59.681 65.757 125.438 65.716 81.963 147.679

PIS e COFINS diferido (a) 37.299 7.126 44.425 - - -

INSS - - - 2.025 - 2.025

Outros 16.392 - 16.392 14.867 - 14.867 -

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 78.646 - 78.646 60.522 - 60.522

Imposto de renda retido na fonte 28.246 - 28.246 60.522 - 60.522

Antecipações 50.400 - 50.400 - - -

TOTAL 192.018 72.883 264.901 143.130 81.963 225.093

31.12.2016 31.12.2015

(a) Refere-se a PIS e COFINS oriundos da receita não faturada de ativos e passivos financeiros do setor, vide nota explicativa 8.

7. TRIBUTOS DIFERIDOS

Ativo

Diferido

Passivo

Diferido

Líquido

Diferido

Ativo

Diferido

Passivo

Diferido

Líquido

Diferido

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL DIFERIDOS 926.842 (349.801) 577.041 922.134 (438.674) 483.460

Provisão para créditos de liquidação duvidosa 262.872 - 262.872 238.932 - 238.932

Provisão para participação nos lucros e resultados 7.818 - 7.818 8.587 - 8.587

Provisões para riscos 140.998 - 140.998 182.740 - 182.740

Complemento plano de pensão - CVM 695/12 12.167 - 12.167 10.321 - 10.321

Outros 35.735 - 35.735 45.262 (1.998) 43.264

Prejuízos Fiscais 319.367 - 319.367 318.397 - 318.397

Base Negativa 117.999 - 117.999 117.650 - 117.650

Remuneração do Ativo Financeiro - (302.758) (302.758) - (309.655) (309.655)

Instrumentos financeiros derivativos 29.886 (47.043) (17.157) 245 (127.021) (126.776)

ATIVO/(PASSIVO) TRIBUTÁRIO DIFERIDO BRUTO 926.842 (349.801) 577.041 922.134 (438.674) 483.460

Apresentação pelo líquido (349.801) 349.801 - (438.674) 438.674 -

ATIVO/(PASSIVO) TRIBUTÁRIO DIFERIDO LÍQUIDO 577.041 - 577.041 483.460 - 483.460

31.12.2016 31.12.2015

Segue abaixo a movimentação do imposto de renda e da contribuição social diferidos para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e de 2015:

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ATIVO

Saldo em

01.01.2015

Reconhecido no

Resultado

Saldo em

31.12.2015

Reconhecido no

Resultado

Reconhecido no

Patrimonio

Líquido

Saldo em

31.12.2016

Provisão para créditos de liquidação duvidosa 182.743 56.189 238.932 23.940 - 262.872

Provisão para participação nos lucros e resultados 7.703 884 8.587 (769) - 7.818

Provisões para riscos 163.049 19.691 182.740 (41.742) - 140.998

Complemento plano de pensão - CVM 695/12 10.321 - 10.321 - 1.846 12.167

Instrumentos financeiros derivativos - 245 245 29.641 - 29.886

Outros 59.108 (13.846) 45.262 (9.527) - 35.735

Prejuízo fiscal 230.257 88.140 318.397 970 - 319.367

Base negativa de contribuição social 85.919 31.731 117.650 349 - 117.999

TOTAL DO ATIVO 739.100 183.034 922.134 2.862 1.846 926.842

PASSIVO

Outros - (1.998) (1.998) 1.998 -

Remuneração do Ativo Financeiro (217.787) (91.868) (309.655) 6.897 - (302.758)

Instrumentos financeiros derivativos (57.591) (69.430) (127.021) 79.978 - (47.043)

TOTAL DO PASSIVO (275.378) (163.296) (438.674) 88.873 - (349.801) Com base em estudos técnicos, a Administração da Companhia elaborou a projeção de resultados tributáveis futuros, demonstrando a capacidade de realização desses créditos tributários nos exercícios indicados e conforme requerido pela Instrução CVM nº 371, de 27 de junho de 2002. O referido estudo é examinado pelo Conselho Fiscal e aprovado pelo Conselho de Administração no fim de cada exercício. Este indica a recuperação dos créditos fiscais diferidos registrados em 31 de dezembro de 2016 em até seis anos, conforme cronograma anual de realização a seguir:

2017 218.994

2018 259.920

2019 125.183

2020 158.336

2021 141.845

2022 22.564

TOTAL BRUTO 926.842

A Companhia estima que a realização dos créditos fiscais diferidos ao longo do ano de 2017 será concentrada nos itens de provisão para créditos de liquidação duvidosa, instrumentos financeiro derivativos e outros.

8. ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS DO SETOR A rubrica representa os saldos a receber e/ou a pagar relativos a ativos e passivos financeiros do setor incorridos e ainda não realizados pela tarifa da Companhia.

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40

Segue abaixo a composição do saldo de ativos e passivos financeiros do setor em 31 de dezembro de 2016 e de 2015:

ATIVO PASSIVO ATIVO PASSIVO ATIVO PASSIVO ATIVO PASSIVO

Itens da Parcela A 534.284 (59.124) 19.017 (31.134) 95.083 (155.669) 648.384 (245.927)

Conta de Desenvolvimento Energético - CDE 59.034 - - (15.450) - (78.419) 59.034 (93.869)

Custo de aquisição de energia 426.699 - 17.030 - 85.148 - 528.877 -

Encargo do Serviço do Sistema - ESS - (59.124) - (15.684) - (77.250) - (152.058)

PROINFA 42.160 - 166 - 831 - 43.157 -

Transporte de energia elétrica - Itaipu 3.030 - 162 - 811 - 4.003 -

Transporte de energia pela rede básica 3.361 - 1.659 - 8.293 - 13.313 -

Itens Financeiros 112.006 (974.991) 2.612 (5.904) 13.064 (29.520) 127.682 (1.010.415)

Outros itens financeiros 33.091 (949.077) 173 - 870 - 34.134 (949.077)

Sobrecontratação de energia / exposição involuntária - (25.914) 2.439 - 12.194 - 14.633 (25.914)

Neutralidade da Parcela A 78.915 - - (5.904) - (29.520) 78.915 (35.424)

ATIVOS / (PASSIVOS) financeiros do setor bruto 646.290 (1.034.115) 21.629 (37.038) 108.147 (185.189) 776.066 (1.256.342)

Apresentação pelo líquido (646.290) 646.290 (21.629) 21.629 (108.147) 108.147 (776.066) 776.066

TOTAL LÍQUIDO (Sem majoração de PIS/COFINS) - (387.825) - (15.409) - (77.042) - (480.276)

Majoração de Alíquotas de PIS/COFINS (Nota 6) - (35.874) - (1.425) - (7.126) - (44.425)

PASSIVOS financeiros do setor líquido - (423.699) - (16.834) - (84.168) - (524.701)

31.12.2016

Circulante Não circulanteTotal

Valores Homologados Próximos Reajustes Próximos Reajustes

ATIVO PASSIVO ATIVO PASSIVO ATIVO PASSIVO ATIVO PASSIVO

Itens da Parcela A 1.615.518 (155.434) 16.096 (6.536) 80.485 (32.684) 1.712.099 (194.654)

Conta de Desenvolvimento Energético - CDE 750.819 - 15.817 - 79.089 - 845.725 -

Custo de aquisição de energia 836.608 - - (478) - (2.389) 836.608 (2.867)

Encargo do Serviço do Sistema - ESS - (148.712) - (5.340) - (26.697) - (180.749)

PROINFA - (6.722) - (26) - (131) - (6.879)

Transporte de energia elétrica - Itaipu 5.131 - 279 - 1.396 - 6.806 -

Transporte de energia pela rede básica 22.960 - - (692) - (3.467) 22.960 (4.159)

Itens Financeiros 49.046 (996.476) 1.283 (2.971) 6.412 (14.853) 56.741 (1.014.300)

Outros itens financeiros 49.046 (767.745) - - 49.046 (767.745)

Sobrecontratação de energia / exposição involuntária - (222.831) 685 (2.971) 3.424 (14.853) 4.109 (240.655)

Neutralidade da Parcela A - (5.900) 598 - 2.988 - 3.586 (5.900)

ATIVOS / (PASSIVOS) financeiros do setor bruto 1.664.564 (1.151.910) 17.379 (9.507) 86.897 (47.537) 1.768.840 (1.208.954)

Apresentação pelo líquido (1.151.910) 1.151.910 (9.507) 9.507 (47.537) 47.537 (1.208.954) 1.208.954

TOTAL LÍQUIDO (Sem majoração de PIS/COFINS) 512.654 - 7.872 - 39.360 - 559.886 -

Majoração de Alíquotas de PIS/COFINS (Nota 15) 47.421 - 728 - 3.641 - 51.790 -

ATIVOS / (PASSIVOS) financeiros do setor líquido 560.075 - 8.600 - 43.001 - 611.676 -

31.12.2015

Circulante Circulante Não circulanteTotal

Valores Homologados Próximos Reajustes Próximos Reajustes

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41

Segue abaixo a movimentação dos saldos de ativos e passivos financeiros do setor nos exercícios findos e 31 de dezembro de 2016 e de 2015:

SALDO EM 01.01.2015 1.114.170

(+) Constituição (a) 1.040.450

(-) Amortização (a) (587.719)

(-) Recebimento de recursos de conta ACR e CCRBT (a) (1.049.263)

(+) Atualização Selic (Nota 31) 94.038

SALDO EM 31.12.2015 611.676

(+) Constituição (a) (587.346)

(-) Amortização (a) (538.530)

(-) Recebimento de recursos de conta CCRBT (a) (19.073)

(+) Atualização Selic (Nota 31) 8.572

SALDO EM 31.12.2016 (524.701)

(a) Saldos reconhecidos no resultado em Receita Líquida, na rubrica ativos e passivos financeiros do setor – receita não faturada (vide nota 27), que incluíram os recursos da Conta Ambiente de Contratação Regulada (Conta-ACR) e Conta Centralizadora dos Recursos de Bandeiras Tarifárias (CCRBT).

Segue abaixo a movimentação do saldo de ativos e passivos financeiros do setor líquido e sem o efeito da majoração de PIS/COFINS por ciclo tarifário:

Homologado pela

Aneel no reajuste

de 01.11.2016

Próximos

Reajustes

Tarifários

Total

Saldo homologado pela Aneel no reajuste de 01.11.2016 (473.775) - (473.775)

Ativos e passivos financeiros do setor (Amortização/Constituição) 85.950 (92.451) (6.501)

SALDO EM 31.12.2016 (387.825) (92.451) (480.276)

9. ATIVO FINANCEIRO DE CONCESSÕES Representa os valores a serem recebidos ao final da concessão do poder concedente, ou para quem este delegar, a título de indenizações pelos investimentos efetuados e não recuperados por meio da prestação de serviços relacionados à concessão da Companhia. Em março de 2017, a Companhia assinou um aditivo ao contrato de concessão que assumiu novas obrigações relacionadas a indicadores de qualidade de serviço, aderiu às cláusulas de monitoramento econômico-financeiro, de neutralidade da Parcela A e permitiu alterar a data de reajuste para março de 2017. Neste contexto, foi homologada uma nova Base de Remuneração Regulatória para a Companhia pela Aneel.

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42

Em 31 de dezembro de 2016, a Companhia registrou como valor justo o valor negativo referente à diferença entre o valor novo de reposição homologado pela Aneel e o saldo atualizado do ativo financeiro da concessão, no montante de R$155.604, em contrapartida a receita operacional. Movimentação dos saldos, referentes ao ativo indenizável, ao final da concessão, nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e de 2015:

Ativo Financeiro

Bruto

Obrigações

Especiais

Ativo Financeiro

Líquido

SALDO EM 01.01.2015 2.593.528 (147.085) 2.446.443

Adições (a) 461.584 (229.085) 232.499

Valor justo – atualização VNR (Nota 27) (b) 286.448 (21.079) 265.369

Baixas (11.478) - (11.478)

SALDO EM 31.12.2015 3.330.082 (397.249) 2.932.833

Adições (a) 661.020 (332.420) 328.600

Valor justo – atualização VNR (Nota 27) (b) 145.808 (10.489) 135.319

Valor justo do ativo indenizável da concessão – BRR (Nota 27) (65.903) (89.701) (155.604)

Baixas (6.809) - (6.809)

SALDO EM 31.12.2016 4.064.198 (829.859) 3.234.339 (a) Transferência proveniente da bifurcação dos ativos quando da entrada em serviço, conforme IFRIC 12/ICPC 01 (vide nota explicativa

13). (b) A Resolução Normativa da Aneel 686/2015 alterou o Procedimento de Regulação Tarifária (PRORET), modificando o índice de

atualização do ativo financeiro indenizável homologado desde o último processo de revisão tarifária, de IGPM para IPCA (vide nota explicativa 31.

10. OUTROS CRÉDITOS

CirculanteNão

CirculanteTotal Circulante

Não

CirculanteTotal

Adiantamento a fornecedores 4.339 - 4.339 22.168 - 22.168

Contribuição iluminação pública 64.742 - 64.742 45.010 - 45.010

Dispêndios a reembolsar 58.876 - 58.876 74.118 - 74.118

Desativações e alienações em curso 68.054 - 68.054 48.529 - 48.529

Subvenção baixa renda 7.848 - 7.848 4.453 - 4.453

Subvenção CDE (a) - - - 29.328 - 29.328

Aporte bandeiras tarifárias (b) - - - 456 - 456

Bens e direitos destinados a alienação - - - - 2.147 2.147

Outros (c) 4.458 - 4.458 - - -

TOTAL 208.317 - 208.317 224.062 2.147 226.209

31.12.2016 31.12.2015

(a) Inclui subvenção decorrente dos Decretos no 7.945/13 e 8.221/14. (b) Resolução Normativa da Aneel 649/2015 (Conta Centralizadora dos Recursos de Bandeira Tarifária – CCRBT). (c) Referente a outros créditos de naturezas diversas.

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11. INVESTIMENTOS

31.12.2016 31.12.2015

Avaliado a valor justo (a) 12.926 6.862

Bens de renda (b) 9.923 11.121

Outros 1.474 1.281

TOTAL 24.323 19.264

(a) Investimentos avaliados a valor justo são algumas participações societárias em outras empresas, avaliadas pelo valor de mercado, que a Companhia detém. (b) Bens de renda é composto por terreno que se encontra disponível para locação. Mensalmente esse terreno vem sendo depreciado.

12. IMOBILIZADO

31.12.2015

Taxa Média

Anual

Custo

Histórico

Depreciação

AcumuladaValor Líquido Valor Líquido

Distribuição (a) 9,68 24.790 (23.821) 969 1.137

Administração 9,68 411.969 (209.425) 202.544 161.966

Comercialização 9,16 10.811 (8.347) 2.464 2.474

EM SERVIÇO 447.570 (241.593) 205.977 165.577

Administração 42.520 - 42.520 103.754

EM CURSO 42.520 - 42.520 103.754

TOTAL DO IMOBILIZADO 490.090 (241.593) 248.497 269.331

31.12.2016

(a) Imobilizado da distribuição refere-se a equipamentos não elétricos

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Segue abaixo a mutação do imobilizado nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e de 2015:

Saldos em

31.12.2015Adições Baixas

Transferências

para Serviço

Saldos em

31.12.2016

IMOBILIZAÇÕES EM SERVIÇO

Custo

Terrenos 3.840 - - - 3.840

Edificações, obras civis e benfeitorias 74.548 - (72) 6.670 81.146

Máquinas e equipamentos 203.601 - (3.767) 57.675 257.509

Veículos 7.832 - (1.784) - 6.048

Móveis e utensílios 117.268 - (20.309) 2.466 99.425

Obrigações Especiais (398) - - - (398)

TOTAL DA IMOBILIZAÇÃO EM SERVIÇO - CUSTO 406.691 - (25.932) 66.811 447.570

(-) Depreciação

Edificações, obras civis e benfeitorias (28.496) (2.436) 59 - (30.873)

Máquinas e equipamentos (101.597) (21.897) 3.767 - (119.727)

Veículos (5.950) (352) 1.720 - (4.582)

Móveis e utensílios (105.090) (1.664) 20.309 - (86.445)

Obrigações Especiais 19 15 - - 34

TOTAL DA IMOBILIZAÇÃO EM SERVIÇO - DEPRECIAÇÃO (241.114) (26.334) 25.855 - (241.593)

IMOBILIZAÇÕES EM CURSO

Edificações, obras civis e benfeitorias 22.572 1.735 (675) (19.231) 4.401

Máquinas e equipamentos 77.517 5.258 (764) (44.135) 37.876

Veículos 142 4 - - 146

Móveis e utensílios 3.523 19 - (3.445) 97

TOTAL DA IMOBILIZAÇÃO EM CURSO 103.754 7.016 (1.439) (66.811) 42.520

TOTAL DO IMOBILIZADO 269.331 (19.318) (1.516) - 248.497

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Saldos em

01.01.2015Adições Baixas

Transferências

para Serviço

Saldos em

31.12.2015

IMOBILIZAÇÕES EM SERVIÇO

Terrenos 3.840 - - - 3.840

Edificações, obras civis e benfeitorias 69.271 - - 5.277 74.548

Máquinas e equipamentos 184.765 - (209) 19.045 203.601

Veículos 7.694 - - 138 7.832

Móveis e utensílios 123.621 - (6.384) 31 117.268

Obrigações Especiais (398) - - - (398)

TOTAL DA IMOBILIZAÇÃO EM SERVIÇO - CUSTO 388.793 - (6.593) 24.491 406.691

(-) Depreciação

Edificações, obras civis e benfeitorias (26.153) (2.343) - - (28.496)

Máquinas e equipamentos (82.345) (19.459) 207 - (101.597)

Veículos (5.574) (376) - - (5.950)

Móveis e utensílios (108.362) (3.112) 6.384 - (105.090)

Obrigações Especiais 4 15 - - 19

TOTAL DA IMOBILIZAÇÃO EM SERVIÇO - DEPRECIAÇÃO (222.430) (25.275) 6.591 - (241.114)

IMOBILIZAÇÕES EM CURSO

Edificações, obras civis e benfeitorias 25.334 5.835 (2.589) (6.008) 22.572

Máquinas e equipamentos 71.381 24.619 - (18.483) 77.517

Móveis e utensílios 3.185 361 (23) - 3.523

TOTAL DA IMOBILIZAÇÃO EM CURSO 99.900 30.957 (2.612) (24.491) 103.754

TOTAL DO IMOBILIZADO 266.263 5.682 (2.614) - 269.331

No exercício findo em 31 de dezembro de 2016, foi incorporado ao ativo imobilizado, a título de capitalização de juros, o montante de R$3.895 (R$4.513 no exercício findo em 31 de dezembro de 2015), cuja taxa média de capitalização foi de 10,0% ao ano. i. Taxas anuais de depreciação:

As principais taxas de depreciação, com base na estimativa da vida útil dos bens e de acordo com a Resolução Aneel nº 674 de 11 de agosto de 2015, são as seguintes:

COMERCIALIZAÇÃO % ADMINISTRAÇÃO %

Edificações 3,33 Edificações 3,33

Equipamento geral 6,25 Equipamento geral 6,25

Veículos 14,29 Veículos 14,29

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13. INTANGÍVEL

31.12.2015

Custo HistóricoAmortização

AcumuladaValor Líquido Valor Líquido

Direito de uso da concessão 7.301.009 (4.225.886) 3.075.123 3.149.786

Outros (a) 680.298 (574.759) 105.539 171.372

EM SERVIÇO 7.981.307 (4.800.645) 3.180.662 3.321.158

Direito de uso da concessão 387.112 - 387.112 581.551

Outros (a) 157.797 - 157.797 151.748

EM CURSO 544.909 - 544.909 733.299

TOTAL DO INTANGÍVEL 8.526.216 (4.800.645) 3.725.571 4.054.457

31.12.2016

(a) Inclui basicamente softwares

O Intangível está líquido de obrigações especiais, que representam as contribuições da União, dos Estados, dos Municípios e dos Consumidores, bem como as doações não condicionadas a qualquer retorno em favor do doador e as subvenções destinadas a investimentos na concessão do serviço público de energia elétrica na atividade de distribuição. Os investimentos na rede de distribuição são inicialmente registrados no intangível em curso, durante o período de construção. Quando finalizados, os investimentos são bifurcados e parte do valor é registrado no intangível em serviço, referente ao valor que será amortizado durante o prazo de concessão, e a outra parte é transferida para o ativo financeiro da concessão e será recebido como indenização ao final da concessão. O intangível em curso inclui os estoques de materiais destinados a projetos, cujo montante em 31 de dezembro de 2016 totalizava R$121.655 (R$126.882 em 31 de dezembro de 2015) e respectiva provisão para desvalorização de R$5.131 (R$4.880 em 31 de dezembro de 2015). A Companhia não identificou indícios de perda do valor recuperável nos demais ativos intangíveis. No exercício findo em 31 de dezembro de 2016, foi incorporado ao ativo intangível, a título de capitalização de juros, o montante de R$32.219 (R$29.959 no exercício findo em 31 de dezembro de 2015), cuja taxa média de capitalização foi de 10,0% ao ano.

A infraestrutura, utilizada pela Companhia, é vinculada ao serviço de distribuição, não podendo ser retirada, alienada, cedida ou dada em garantia hipotecária sem a prévia e expressa autorização do órgão regulador, sendo que, se ocorrer, deve atender à Resolução Aneel nº 20/99.

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Segue abaixo a mutação do intangível nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e de 2015:

Saldos em

31.12.2015Adições Baixas

Transferências

entre contas (a)

Saldos em

31.12.2016

EM SERVIÇO

Direito de uso da concessão 7.582.836 - (203.310) 434.771 7.814.297

Obrigações Especiais - Direito de uso da concessão (376.756) - - (136.532) (513.288)

7.206.080 - (203.310) 298.239 7.301.009

Outros 702.745 - (10.714) 70.753 762.784

Obrigações Especiais - Outros - - - (82.486) (82.486)

702.745 - (10.714) (11.733) 680.298

TOTAL DO INTANGÍVEL EM SERVIÇO 7.908.825 - (214.024) 286.506 7.981.307

(-) Amortização

Direito de uso da concessão (4.119.785) (380.943) 182.879 - (4.317.849)

Obrigações Especiais - Direito de uso da concessão 63.491 28.472 - - 91.963

(4.056.294) (352.471) 182.879 - (4.225.886)

Outros (531.373) (61.267) 10.178 - (582.462)

Obrigações Especiais - Outros - 7.703 - 7.703

(531.373) (53.564) 10.178 - (574.759)

TOTAL DO INTANGÍVEL EM SERVIÇO/AMORTIZAÇÃO (4.587.667) (406.035) 193.057 - (4.800.645)

EM CURSO

Direito de uso da concessão 868.844 917.003 (948) (1.100.940) 683.959

Obrigações Especiais - Direito de uso da concessão (287.293) (549.293) - 539.739 (296.847)

581.551 367.710 (948) (561.201) 387.112

Outros 151.748 73.818 (2.165) (65.604) 157.797

Obrigações Especiais - Outros - (11.699) - 11.699 -

151.748 62.119 (2.165) (53.905) 157.797

TOTAL DO INTANGÍVEL EM CURSO 733.299 429.829 (3.113) (615.106) 544.909

TOTAL 4.054.457 23.794 (24.080) (328.600) 3.725.571 (a) Transferência para o Ativo Financeiro da Concessão proveniente da bifurcação dos ativos quando da entrada em serviço, conforme IFRIC 12/ICPC 01 e transferência do Ativo Financeiro da Concessão referente as Obrigações Especiais, vide nota explicativa 9.

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Saldos em

01.01.2015Adições Baixas

Transferências

entre contas (a)

Saldos em

31.12.2015

EM SERVIÇO

Direito de uso da concessão 7.136.894 - (27.725) 473.667 7.582.836

Obrigações Especiais - Direito de uso da concessão (133.276) - - (243.480) (376.756)

7.003.618 - (27.725) 230.187 7.206.080

Outros 651.168 - - 51.577 702.745

Obrigações Especiais - Outros (17.933) - - 17.933 -

633.235 - - 69.510 702.745

TOTAL DO INTANGÍVEL EM SERVIÇO 7.636.853 - (27.725) 299.697 7.908.825

(-) Amortização

Direito de uso da concessão (3.784.939) (346.197) 11.351 - (4.119.785)

Obrigações Especiais - Direito de uso da concessão 37.721 25.770 - - 63.491

(3.747.218) (320.427) 11.351 - (4.056.294)

Outros (482.473) (48.900) - - (531.373)

Obrigações Especiais - Outros 3.615 (3.615) - - -

(478.858) (52.515) - - (531.373)

TOTAL DO INTANGÍVEL EM SERVIÇO/AMORTIZAÇÃO (4.226.076) (372.942) 11.351 - (4.587.667)

EM CURSO

Direito de uso da concessão 801.475 996.294 - (928.925) 868.844

Obrigações Especiais - Direito de uso da concessão (379.321) (309.750) - 401.778 (287.293)

422.154 686.544 - (527.147) 581.551

Outros 107.627 119.652 (17.628) (57.903) 151.748

Obrigações Especiais - Outros - (52.854) - 52.854 -

107.627 66.798 (17.628) (5.049) 151.748

TOTAL DO INTANGÍVEL EM CURSO 529.781 753.342 (17.628) (532.196) 733.299

TOTAL 3.940.558 380.400 (34.002) (232.499) 4.054.457 (a) Transferência para o Ativo Financeiro da Concessão proveniente da bifurcação dos ativos quando da entrada em serviço, conforme IFRIC 12/ICPC 01, vide nota explicativa 9.

A Aneel é responsável por estabelecer a vida útil-econômica estimada de cada bem integrante da infraestrutura de distribuição, para efeitos de determinação da tarifa, bem como para apuração do valor da indenização no vencimento da concessão. Essa estimativa é revisada periodicamente, sendo utilizada para efeitos contábeis e regulatórios, e que representa a melhor estimativa de vida útil dos bens. A Administração entende que a amortização do direito de uso da concessão deve respeitar o retorno esperado de cada bem da infraestrutura, via tarifa. Assim sendo, o intangível é amortizado pelo prazo esperado desse retorno, limitado ao prazo de vencimento da concessão.

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As principais taxas de amortização, de acordo com a Resolução Aneel nº 674 de 11 de agosto de 2015, são as seguintes:

DISTRIBUIÇÃO %

Banco de capacitores 6,67

Chave de distribuição 6,67

Condutor do sistema 3,57

Disjuntor 3,03

Edificações 3,33

Estrutura do sistema 3,57

Medidor 7,69

Regulador de tensão 4,35

Religador 4,00

Transformador 4,00 14. FORNECEDORES

CIRCULANTE 31.12.2016 31.12.2015

Comercialização no mercado de curto prazo 99.192 312.372

Encargos de uso da rede elétrica 40.047 32.448

Energia livre – ressarcimento a geradoras 89.578 78.564

Leilões de energia 276.662 227.971

Itaipu binacional 280.280 357.112

UTE Norte Fluminense 132.136 155.622

Materiais e serviços 221.809 169.864

TOTAL 1.139.704 1.333.953

A exposição da Companhia a riscos de crédito relacionados a fornecedores é divulgada na nota explicativa 33.

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15. TRIBUTOS A PAGAR

CirculanteNão

CirculanteTotal Circulante

Não

CirculanteTotal

TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES 288.735 169.789 458.524 340.462 183.183 523.645

ICMS 107.262 - 107.262 83.566 - 83.566

Parcelamento - Lei 11.941/09 22.939 169.789 192.728 21.485 179.542 201.027

PIS e COFINS a pagar 148.732 - 148.732 176.049 - 176.049

PIS e COFINS diferido (a) - - - 48.149 3.641 51.790

INSS 1.266 - 1.266 4.038 - 4.038

Outros 8.536 - 8.536 7.175 - 7.175 - -

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 828 - 828 752 - 752

IR retido na fonte 828 - 828 752 - 752

TOTAL 289.563 169.789 459.352 341.214 183.183 524.397

31.12.2016 31.12.2015

(a) Refere-se a PIS e COFINS oriundos da receita não faturada de ativos e passivos financeiros do setor, vide nota explicativa 8.

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16. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS

Não Circulante

Principal Encargos Total Principal 31.12.2016 31.12.2015

TN - Par Bond - 1.025 1.025 131.094 132.119 153.936

TN - Caução - Par Bond - - - (111.112) (111.112) (125.313)

TN - Discount Bond - 230 230 92.203 92.433 106.357

TN - Caução - Discount Bond - - - (77.523) (77.523) (87.639)

4131 Bank Merril Lynch 2011 - - - - - 52.878

4131 BNP 79.904 683 80.587 - 80.587 96.130

4131 Citibank 2012 217.273 875 218.148 108.637 326.785 391.321

4131 Citibank 2014 - 761 761 325.910 326.671 391.198

4131 Bank Tokyo 2013 - - - - - 234.567

4131 Bank Tokyo 2014 65.182 188 65.370 - 65.370 78.332

4131 Bank Tokyo 2016 20.369 17 20.386 - 20.386 -

4131 Itaú 2015 8.211 8 8.219 - 8.219 68.926

4131 Santander 2015 - - - - - 176.730

4131 Santander 2016 98.136 4.620 102.756 - 102.756 -

4131 China Construction Bank 41.717 1.414 43.131 83.434 126.565 -

MOEDA ESTRANGEIRA - TOTAL 530.792 9.821 540.613 552.643 1.093.256 1.537.423

ELETROBRAS - Luz para todos 172 - 172 - 172 379

ELETROBRAS - Reluz 1.084 - 1.084 2.069 3.153 4.337

CCB Bradesco - - - - - 150.731

CCB Banco do Brasil 150.000 7.160 157.160 - 157.160 158.035

CCB - CEF 2016 50.000 760 50.760 25.000 75.760 -

CCB Bradesco 2016 59.931 3.792 63.723 119.858 183.581 -

BNDES - CAPEX 2009/10 SUB A 9.417 31 9.448 - 9.448 37.791

BNDES - CAPEX 2009/10 SUB B 9.417 35 9.452 - 9.452 37.806

BNDES - CAPEX 2009/10 SUB C 11.962 64 12.026 20.933 32.959 44.944

BNDES - CAPEX 2009/10 SUB D 8 - 8 - 8 33

BNDES - CAPEX 2009/10 SUB E 8 - 8 - 8 33

BNDES - CAPEX 2009/10 SUB N 17 - 17 - 17 69

BNDES - CAPEX 2009/10 SUB O 17 - 17 - 17 69

BNDES - CAPEX 2009/10 SUB P 60 - 60 - 60 241

BNDES - CAPEX 2009/10 SUB Q 60 - 60 - 60 241

BNDES - CAPEX 2011/12 SUB 1 717 4 721 896 1.617 2.336

BNDES - CAPEX 2011/12 SUB 2 34.989 231 35.220 43.736 78.956 114.048

BNDES - CAPEX 2011/12 SUB 3 42.070 301 42.371 52.587 94.958 137.160

BNDES - CAPEX 2011/12 SUB 4 42.070 325 42.395 52.587 94.982 137.196

BNDES - CAPEX 2011/12 SUB 13 - - - - - 1

BNDES - CAPEX 2011/12 SUB 14 - - - - - 1

BNDES - CAPEX 2011/12 SUB 17 4 - 4 5 9 14

BNDES - CAPEX 2011/12 SUB 18 4 - 4 5 9 14

BNDES - CAPEX 2013/14 SUB A 31.977 455 32.432 103.927 136.359 168.443

BNDES - CAPEX 2013/14 SUB B 17.760 484 18.244 57.719 75.963 82.298

BNDES - CAPEX 2013/14 SUB C 13.936 273 14.209 92.907 107.116 121.088

BNDES - CAPEX 2013/14 SUB D 654 9 663 2.125 2.788 3.444

BNDES - CAPEX 2013/14 SUB E 364 10 374 1.183 1.557 1.687

BNDES - CAPEX 2015/16 SUB A 25.519 362 25.881 113.583 139.464 -

BNDES - CAPEX 2015/16 SUB B 25.552 362 25.914 113.583 139.497 -

BNDES - CAPEX 2015/16 SUB C 15.652 186 15.838 48.966 64.804 -

BNDES - OLIMPÍADAS 2013/16 SUB A 3.992 54 4.046 11.977 16.023 20.029

BNDES - OLIMPÍADAS 2013/16 SUB B 3.992 61 4.053 11.977 16.030 20.037

BNDES - OLIMPÍADAS 2013/16 SUB C 3.195 75 3.270 9.584 12.854 16.068

BNDES - OLIMPÍADAS 2013/16 SUB D 2.328 47 2.375 9.312 11.687 9.220

BNDES - OLIMPÍADAS 2013/16 SUB E 2.340 51 2.391 9.360 11.751 9.224

BNDES - OLIMPÍADAS 2013/16 SUB F 1.874 60 1.934 7.497 9.431 7.409

BNDES - OLIMPÍADAS 2013/16 SUB G 1.607 17 1.624 9.642 11.266 9.752

FINEP - Inovação e pesquisa 23.193 219 23.412 102.434 125.846 141.334

Conta garantida - CEF 2015 - 1.437 1.437 99.846 101.283 100.294

Mútuo - Light Energia - 10.856 10.856 120.000 130.856 -

Nota promissória - 3ª em 2015 - - - - - 298.220

RGR - 246 246 - 246 246

Fianças bancárias diversas - 206 206 - 206 538

Custo de captação (61) - (61) (2.582) (2.643) (593)

Custo Fee de covenants (3.431) - (3.431) (470) (3.901) (2.179)

MOEDA NACIONAL - TOTAL 582.450 28.173 610.623 1.240.246 1.850.869 1.832.038

TOTAL 1.113.242 37.994 1.151.236 1.792.889 2.944.125 3.369.461

Circulante Total

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Segue quadro abaixo com condições contratuais dos empréstimos e financiamentos em 31 de dezembro de 2016:

FinanciadorData de

AssinaturaMoeda Taxa de Juros a.a Taxa Efetiva (a) Início Forma de pagamento Término

TN - Par Bond 29.04.1996 US$ 69,80% CDI 9,64% 2024 Única 2024

TN - Caução - Par Bond 29.04.1996 US$ U$ Treasury - 2024 Única 2024

TN - Discount Bond 29.04.1996 US$ 69,80% CDI 9,64% 2024 Única 2024

TN - Caução - Discount Bond 29.04.1996 US$ U$ Treasury - 2024 Única 2024

4131 Bank Merril Lynch 2011 07.11.2011 US$ CDI + 0,65% 14,88% 2014 Semestral 2016

4131 Citibank 2012 23.08.2012 US$ CDI + 1,00% 15,28% 2017 Semestral 2018

4131 Citibank 2014 21.02.2014 US$ CDI + 1,15% 15,45% 2018 Única 2018

4131 Bank Tokyo 2013 11.03.2013 US$ CDI + 0,90% 15,05% 2016 Única 2016

4131 Bank Tokyo 2014 19.11.2014 US$ CDI + 0,88% 15,14% 2017 Única 2017

4131 Bank Tokyo 2016 11.03.2016 US$ CDI + 4,28% 18,71% 2017 Única 2017

4131 Itaú 2015 11.12.2015 US$ CDI + 3,50% 17,64% 2016 Mensal 2017

4131 Santander 2015 03.02.2015 US$ CDI + 2,0% 16,42% 2016 Única 2016

4131 Santander 2016 02.02.2016 US$ CDI + 4,01% 18,15% 2017 Única 2017

4131 Bank BNP 2015 01.04.2015 US$ CDI + 1,90% 16,31% 2017 Única 2017

4131 China Construction Bank 30.09.2016 US$ CDI + 5,42% 19,16% 2017 Anual 2019

Eletrobras - Luz para Todos 30.06.2008 R$ 5,00% 5,00% 2008 Mensal 2017

Eletrobras - Reluz 22.03.2010 R$ 5,00% 5,00% 2014 Mensal 2019

CCB Bradesco 18.10.2007 R$ CDI + 0,85% 15,11% 2012 Anual 2017

CCB Banco do Brasil 25.02.2013 R$ 109,3% do CDI 15,55% 2017 Única 2017

CCB - CEF 2016 10.06.2016 R$ CDI + 4,05% 18,19% 2016 Trimestral 2018

CCB Bradesco 2016 16.11.2016 R$ CDI + 3,50% 17,64% 2017 Trimestral 2019

BNDES - Capex 2009/10 Sub A 30.11.2009 URTJLP TJLP + 2,58% 10,08% 2011 Mensal 2017

BNDES - Capex 2009/10 Sub B 30.11.2009 URTJLP TJLP + 3,58% 11,08% 2011 Mensal 2017

BNDES - Capex 2009/10 Sub C 30.11.2009 R$ 4,50% 4,50% 2011 Mensal 2019

BNDES - Capex 2009/10 Sub D 30.11.2009 URTJLP TJLP + 2,58% 10,08% 2011 Mensal 2017

BNDES - Capex 2009/10 Sub E 30.11.2009 URTJLP TJLP + 3,58% 11,08% 2011 Mensal 2017

BNDES - Capex 2009/10 Sub N 30.11.2009 URTJLP TJLP + 2,58% 10,08% 2011 Mensal 2017

BNDES - Capex 2009/10 Sub O 30.11.2009 URTJLP TJLP + 3,58% 11,08% 2011 Mensal 2017

BNDES - Capex 2009/10 Sub P 30.11.2009 URTJLP TJLP + 2,58% 10,08% 2011 Mensal 2017

BNDES - Capex 2009/10 Sub Q 30.11.2009 URTJLP TJLP + 3,58% 11,08% 2011 Mensal 2017

BNDES - Capex 2011/12 Sub 1 06.12.2011 URTJLP TJLP 7,50% 2013 Mensal 2019

BNDES - Capex 2011/12 Sub 2 06.12.2011 URTJLP TJLP + 1,81% 9,31% 2013 Mensal 2019

BNDES - Capex 2011/12 Sub 3 06.12.2011 URTJLP TJLP + 2,21% 9,71% 2013 Mensal 2019

BNDES - Capex 2011/12 Sub 4 06.12.2011 URTJLP TJLP + 3,21% 10,71% 2013 Mensal 2019

BNDES - Capex 2011/12 Sub 13 06.12.2011 URTJLP TJLP + 2,21% 9,71% 2013 Mensal 2019

BNDES - Capex 2011/12 Sub 14 06.12.2011 URTJLP TJLP + 3,21% 10,71% 2013 Mensal 2019

BNDES - Capex 2011/12 Sub 17 06.12.2011 URTJLP TJLP + 2,21% 9,71% 2013 Mensal 2019

BNDES - Capex 2011/12 Sub 18 06.12.2011 URTJLP TJLP + 3,21% 10,71% 2013 Mensal 2019

BNDES - Capex 2013/14 Sub A 28.11.2014 URTJLP TJLP + 2,78% 10,28% 2015 Mensal 2021

BNDES - Capex 2013/14 Sub B 28.11.2014 R$ SELIC + 2,78% 15,58% 2015 Mensal 2021

BNDES - Capex 2013/14 Sub C 28.11.2014 R$ 6,00% 6,00% 2015 Mensal 2024

BNDES - Capex 2013/14 Sub D 28.11.2014 URTJLP TJLP + 2,78% 10,28% 2015 Mensal 2021

BNDES - Capex 2013/14 Sub E 28.11.2014 R$ SELIC + 2,78% 15,58% 2015 Mensal 2021

BNDES - CAPEX 2015/16 SUB A 26.12.2016 URTJLP TJLP + 3,74% 11,24% 2017 Mensal 2023

BNDES - CAPEX 2015/16 SUB B 26.12.2016 URTJLP SELIC + 4,08% 11,58% 2017 Mensal 2023

BNDES - CAPEX 2015/16 SUB C 26.12.2016 URTJLP TJLP + 3,74% 11,24% 2017 Mensal 2023

BNDES - Olimpíadas 2013/16 Sub A 16.12.2013 URTJLP TJLP + 2,58% 10,08% 2015 Mensal 2020

BNDES - Olimpíadas 2013/16 Sub B 16.12.2013 URTJLP TJLP + 3,58% 15,56% 2015 Mensal 2020

BNDES - Olimpíadas 2013/16 Sub C 16.12.2013 R$ SELIC + 2,58% 15,58% 2015 Mensal 2020

BNDES - Olimpíadas 2013/16 Sub D 16.12.2013 URTJLP TJLP + 2,58% 10,08% 2016 Mensal 2020

BNDES - Olimpíadas 2013/16 Sub E 16.12.2013 URTJLP TJLP + 3,58% 11,08% 2016 Mensal 2020

BNDES - Olimpíadas 2013/16 Sub F 16.12.2013 R$ SELIC + 2,58% 15,58% 2016 Mensal 2020

BNDES - Olimpíadas 2013/16 Sub G 16.12.2013 R$ 3,50% 3,50% 2016 Mensal 2023

FINEP - Inovação e Pesquisa 16.04.2014 R$ 4,00% 4,00% 2016 Mensal 2022

Nota Promissória - 3ª NP 18.06.2015 R$ CDI + 1,63% 16,06% 2016 Única 2016

Mútuo - Light Energia 18.07.2016 R$ CDI + 3,50% 18,25% 2016 Mensal 2018

Conta Garantida - CEF 2015 30.12.2014 R$ CDI + 3,66% 18,32% 2015 Mensal 2017

Amortização do Principal

(a) As taxas de juros divulgadas representam o custo efetivo da dívida, uma vez que a Companhia contratou instrumentos financeiros

derivativos.

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As principais operações financeiras no exercício findo em 31 de dezembro de 2016 foram:

Em 02 de fevereiro de 2016, foi realizada a rolagem da Operação 4131 da Companhia com o Santander, no montante de R$120.000. A dívida vence no dia 1º de fevereiro de 2017 e tem taxa de juros de CDI + 4,01% a.a.

Em 11 de março de 2016, foi realizada a rolagem parcial da Operação 4131 da Companhia com o Tokyo, no montante de R$109.000. A dívida vence no dia 11 de março de 2017 e tem taxa de juros de CDI + 4,28% a.a.

Em 10 de junho de 2016, foi realizada a rolagem integral da 3ª emissão da nota promissária da Companhia. A rolagem ocorreu através dos recursos da 11ª emissão de debêntures e da contratação de Cédula de Crédito Bancário no valor de R$100.000 com a Caixa Econômica Federal. A dívida com a Caixa Econômica vence no dia 10 de junho de 2018 e tem taxa de juros de CDI + 4,05% a.a.

Em 18 de julho de 2016, foi realizada a operação de mútuo entre a Light Energia e a Companhia no valor de R$150.000 com taxa de juros de CDI + 3,50% a.a. e vencimento em até dois anos. Em 03 de outubro de 2016, a Companhia amortizou o montante de R$30.000 dessa dívida.

Em 30 de setembro e 03 de outubro de 2016, foram realizadas captações de recursos entre a Companhia e o China Construction Bank por meio de operações 4131 nos valores de R$50.000 e R$74.425, respectivamente. As operações foram realizadas ao custo de USD + libor de 6 meses + 3,50% a.a., com vencimento no dia 16 de setembro de 2019. Paralelamente, foram contratados swaps com o Banco BMG e com o Banco Fibra transferindo o risco em dólar para reais, ao custo de CDI + 4,5% a.a.

Em 16 de novembro de 2016, foi realizada captação entre a Companhia e o Banco Bradesco, no valor de R$180.000, por meio de Cédula de Crédito Bancário. A operação tem taxa de juros de CDI + 3,50% a.a., com vencimento em 01 de novembro de 2019. Também, em 16 de outubro de 2016, ocorreu pagamento no montante de R$75.000, junto ao Bradesco, quitando o empréstimo que tinha vencimento em outubro de 2017.

Em 26 de dezembro de 2016, a Companhia realizou a captação de recursos referente ao contrato de financiamento do Capex 2015-2016 com o BNDES no montante de R$342.323, com vencimento em 2023, com pagamentos mensais, ao custo de TJLP + 3,74% a.a..

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Além das cauções destacadas no quadro acima, os empréstimos estão garantidos por avais da controladora Light S.A., e existem recebíveis da Companhia dados em garantia no montante de R$1.079.188 (R$980.105 em 31 de dezembro de 2015). As parcelas relativas ao principal dos empréstimos e financiamentos, classificadas no passivo não circulante, têm os seguintes vencimentos em 31 de dezembro de 2016:

Moeda

Nacional

Moeda

EstrangeiraTotal

2018 415.012 280.735 695.747

2019 402.123 224.862 626.985

2020 171.560 - 171.560

2021 82.833 - 82.833

2022 83.984 - 83.984

após 2022 84.734 47.046 131.780

TOTAL 1.240.246 552.643 1.792.889

A variação percentual das principais moedas estrangeiras e os percentuais dos principais indicadores, base de atualização dos empréstimos, financiamentos e debêntures, teve o seguinte comportamento para os exercícios:

31.12.2016 31.12.2015

Variação do exercício

USD - Dólar Americano -16,5% 47,0%

EUR -19,1% 31,7%

IGP-M 7,2% 10,5%

IPCA 6,3% 10,7%

Taxa no fim do exercício

SELIC 13,8% 14,3%

CDI 14,1% 14,1%

TJLP 7,5% 7,0%

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Seguem abaixo as movimentações dos empréstimos e financiamentos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e de 2015:

Principal Encargos Total

SALDO EM 01.01.2015 2.586.186 20.340 2.606.526

Empréstimos e financiamentos obtidos 933.991 - 933.991

Variação monetária e cambial 508.374 - 508.374

Encargos financeiros provisionados - 232.824 232.824

Encargos financeiros pagos - (207.186) (207.186)

Amortização de financiamentos (703.840) - (703.840)

Custo de captação (3.030) - (3.030)

Amortização custo captação 1.100 - 1.100

Encargos capitalizados ao intangível/imobilizado - 702 702

SALDO EM 31.12.2015 3.322.781 46.680 3.369.461

Empréstimos e financiamentos obtidos 1.081.893 - 1.081.893

Variação monetária e cambial (213.733) - (213.733)

Encargos financeiros provisionados - 263.531 263.531

Encargos financeiros pagos - (272.643) (272.643)

Amortização de financiamentos (1.281.038) - (1.281.038)

Custo de captação (8.598) - (8.598)

Amortização custo captação 4.826 - 4.826

Encargos capitalizados ao intangível - 426 426

SALDO EM 31.12.2016 2.906.131 37.994 2.944.125

O montante total do principal está apresentado líquido dos custos com a captação dos empréstimos. Estes custos estão detalhados no quadro abaixo:

Financiador Custo Total

Saldo a

amortizar em

01.01.2015

Custo de

captação

Amortização do

custo de

captação

Saldo a

amortizar em

31.12.2015

Custo de

captação

Amortização do

custo de

captação

Saldo a

amortizar em

31.12.2016

BNDES - Capex 1.878 843 - (248) 595 - (250) 345

4131 Bank BNP 2015 496 - 496 (56) 440 354 (221) 573

4131 Itaú 2014 383 - 383 (383) - 434 (238) 196

CCB Bradesco 752 - 752 (63) 689 449 (827) 311

CCB CEF 2.300 - - - - 2.300 - 2.300

Nota Promissória - 3ª NP 1.399 - 1.399 (349) 1.050 610 (1.752) (92)

4131 Citibank 2014 4.451 - - - - 4.451 (1.538) 2.913

TOTAL 11.659 843 3.030 (1.099) 2.774 8.598 (4.826) 6.546

MOVIMENTAÇÃO DOS CUSTOS DE CAPTAÇÃO

A exposição da Companhia a riscos de taxa de juros, moeda estrangeira e liquidez relacionados a empréstimos e financiamentos é divulgada na nota explicativa 33.

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Covenants A Companhia possui cláusulas que podem gerar antecipação do vencimento de dívidas em determinados contratos de empréstimos e financiamentos, inclusive vencimento cruzado (cross default). O vencimento antecipado só ocorre quando do não atendimento a um dos indicadores em dois trimestres consecutivos ou quatro trimestres intercalados. As cédulas de crédito bancário do Bradesco, Caixa e do Banco do Brasil, os empréstimos com o BNP, Citibank, Bank Tokyo, Itaú, Santander, China Construction Bank e com o BNDES preveem a manutenção de indicadores de dívida líquida/ebitda e cobertura de juros (covenants). Em 31 de dezembro de 2016, a Companhia atendeu a todos os indicadores requeridos contratualmente. 17. DEBÊNTURES

Principal Encargos Total Principal Encargos Total 31.12.2016 31.12.2015

Debêntures 8ª Emissão 39.198 4.142 43.340 352.500 - 352.500 395.840 435.303

Debêntures 9ª Emissão - Série A - 17.932 17.932 1.000.000 - 1.000.000 1.017.932 1.018.414

Debêntures 9ª Emissão - Série B - 5.477 5.477 600.000 173.251 773.251 778.728 728.573

Debêntures 10ª Emissão - 16.025 16.025 750.000 - 750.000 766.025 766.936

Debêntures 11ª Emissão 87.500 1.139 88.639 43.750 - 43.750 132.389 -

Custo de captação (3.273) - (3.273) (7.565) - (7.565) (10.838) (10.200)

Custo Fee de covenants (4.380) - (4.380) (18.014) - (18.014) (22.394) (14.295)

MOEDA NACIONAL - TOTAL 119.045 44.715 163.760 2.720.671 173.251 2.893.922 3.057.682 2.924.731

Circulante Não Circulante Total

Segue abaixo quadro com as condições contratuais das debêntures em 31 de dezembro de 2016:

Financiador Data de Assinatura Moeda Taxa de Juros a.a Taxa efetiva Início Forma de pagamento Término

Debêntures 8ª Emissão 24.08.2012 R$ CDI + 1,18% 15,49% 2015 Anual 2026

Debêntures 9ª Emissão Série A 15.06.2013 R$ CDI + 1,15% 15,45% 2018 Anual 2021

Debêntures 9ª Emissão Série B 15.06.2013 R$ IPCA + 5,74% 12,39% 2018 Anual 2023

Debêntures 10ª Emissão 30.04.2014 R$ 115% CDI 16,43% 2018 Anual 2020

Debêntures 11ª Emissão 10.06.2016 R$ CDI + 4,05% 18,19% 2016 Trimestral 2018

Amortização do Principal

Em 10 de junho de 2016, ocorreu a 11ª emissão de debêntures da Companhia, no valor de R$175.000, sendo R$100.000 com o Bradesco e R$75.000 com o Itaú. A dívida vence no dia 13 de junho de 2018 e tem taxa de juros de CDI + 4,05% a.a.

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As parcelas relativas ao principal das debêntures classificadas no passivo não circulante têm os seguintes vencimentos em 31 de dezembro de 2016:

Total

2018 590.554

2019 537.854

2020 603.173

2021 478.280

2022 411.456

após 2022 99.354

TOTAL 2.720.671

Seguem abaixo as movimentações das debêntures ocorridas nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e de 2015:

Principal Encargos Total

SALDO EM 01.01.2015 2.820.850 76.865 2.897.715

Encargos financeiros provisionados - 323.790 323.790

Encargos financeiros pagos - (349.314) (349.314)

Variação monetária - 70.298 70.298

Amortização de debêntures (39.161) - (39.161)

Custo de captação (14.658) - (14.658)

Amortização custo de emissão 2.291 - 2.291

Encargos capitalizados ao intangível/imobilizado - 33.770 33.770

SALDO EM 31.12.2015 2.769.322 155.409 2.924.731

Debêntures emitidas 175.000 - 175.000

Encargos financeiros provisionados - 318.336 318.336

Encargos financeiros pagos - (354.257) (354.257)

Variação monetária - 49.823 49.823

Amortização de debêntures (82.900) - (82.900)

Transferência para Encargos (12.967) 12.967 -

Custo de captação (15.702) - (15.702)

Amortização custo de emissão 6.963 - 6.963

Encargos capitalizados ao intangível/imobilizado - 35.688 35.688

SALDO EM 31.12.2016 2.839.716 217.966 3.057.682

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O montante total do principal está apresentado líquido dos custos com a emissão das debêntures. Estes custos estão detalhados no quadro abaixo:

Emissão Custo Total

Saldo a

amortizar em

01.01.2015

Custo de

captação

Amortização

do custo de

captação

Saldo a

amortizar em

31.12.2015

Custo de

captação

Amortização

do custo de

captação

Saldo a

amortizar em

31.12.2016

Debêntures 4ª Emissão 7.468 2 - (2) - - - -

Debêntures 8ª Emissão 423 352 2.063 (47) 2.368 975 (282) 3.061

Debêntures 9ª Emissão A 4.986 4.025 5.328 (783) 8.570 3.775 (1.929) 10.416

Debêntures 9ª Emissão B 2.991 2.530 3.630 (379) 5.781 3.371 (972) 8.180

Debêntures 10ª Emissão 5.830 5.217 3.638 (1.081) 7.774 2.980 (1.881) 8.873

Debêntures 11ª Emissão 4.601 - - - - 4.601 (1.899) 2.702

TOTAL 26.299 12.126 14.659 (2.292) 24.493 15.702 (6.963) 33.232

MOVIMENTAÇÃO DOS CUSTOS DE EMISSÃO

A exposição da Companhia a riscos de taxa de juros e liquidez relacionados a debêntures é divulgada na nota explicativa 33. Covenants A Companhia possui cláusulas que podem gerar antecipação do vencimento de dívidas em determinados contratos de debêntures, inclusive vencimento cruzado (cross default). O vencimento antecipado só ocorre quando do não atendimento a um dos indicadores em dois trimestres consecutivos ou quatro trimestres intercalados. As debêntures da Companhia preveem a manutenção de indicadores de dívida líquida/ebitda e cobertura de juros (covenants). Em 31 de dezembro de 2016, a Companhia atendeu a todos os indicadores requeridos contratualmente. 18. PROVISÕES A Companhia possui processos judiciais e administrativos de natureza tributária, trabalhista e cível em diversas instâncias processuais. A Administração reavalia periodicamente os riscos de contingências relacionados a esses processos e, baseada na opinião de seus assessores legais, constitui provisão para os riscos cujas chances de um desfecho desfavorável são consideradas prováveis e cujos valores são quantificáveis.

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Segue abaixo o saldo das provisões, que compreendem as provisões para riscos e as provisões para honorários de êxito:

TOTAL PROVISÕES ProvisãoHonorários

de êxitoTotal Provisão

Honorários

de êxitoTotal

Trabalhistas 121.987 354 122.341 124.927 - 124.927

Cíveis 145.446 50.028 195.474 133.392 36.142 169.534

Fiscais 51.036 24.259 75.295 197.047 25.488 222.535

Outras 21.297 292 21.589 20.475 - 20.475

TOTAL 339.766 74.933 414.699 475.841 61.630 537.471

31.12.2016 31.12.2015

Provisões para riscos: As provisões para riscos, bem como as movimentações para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e de 2015, estão compostas da seguinte forma:

PROVISÕES PARA PERDAS PROVÁVEIS Trabalhistas Cíveis Fiscais Outras Total

SALDO EM 01.01.2015 125.874 153.317 174.709 8.318 462.218

Adições 23.099 67.691 49.463 11.997 152.250

Atualizações - 6.277 835 2.498 9.610

Baixas por pagamentos (13.709) (68.767) - (1.414) (83.890)

Baixas por reversões (10.337) (25.126) (27.960) (924) (64.347)

SALDO EM 31.12.2015 124.927 133.392 197.047 20.475 475.841

Adições 22.717 73.450 - 1.844 98.011

Atualizações - 4.122 (605) 2.697 6.214

Baixas por pagamentos (6.486) (65.356) (1) (3.719) (75.562)

Baixas por reversões (19.171) (162) (145.405) - (164.738)

SALDO EM 31.12.2016 121.987 145.446 51.036 21.297 339.766

Depósitos Judiciais em 31.12.2016 25.626 7.364 3.554 - 36.544

Em 31 de dezembro de 2016, está registrado em Depósitos vinculados a litígios o total de R$257.179 (R$238.493 em 31 de dezembro de 2015), dos quais R$36.544 (R$33.749 em 31 de dezembro de 2015) referem-se às causas com provisão constituída. Os demais depósitos referem-se a processos cujas probabilidades de perda são possíveis ou remotas.

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Segue abaixo o saldo dos depósitos judiciais por natureza:

31.12.2016 31.12.2015

Trabalhistas 60.473 63.742

Cíveis 106.244 91.475

Fiscais 90.462 83.276

Total 257.179 238.493

Segue abaixo detalhamento das provisões para riscos: Provisões Trabalhistas:

31.12.2016 31.12.2015

Funcionários próprios 65.954 79.419

Funcionários terceirizados 56.033 45.508

TOTAL 121.987 124.927

A provisão para os riscos trabalhistas é feita com base na avaliação dos respectivos advogados patronos, avaliando o risco de perda no decorrer do processo. O valor de provisão referente a empregados próprios é maior em razão do vínculo direto com a Companhia e seus consequentes direitos. No que se refere aos terceirizados, o risco envolve em sua maioria a responsabilidade subsidiária, o que significa que a Companhia só arcará com o pagamento no caso da ausência deste por parte da real empregadora, a empresa terceirizada. Provisões Cíveis:

31.12.2016 31.12.2015

Ações cíveis (a)

108.442 98.035

Juizado especial cível (b)

12.025 14.027

Plano cruzado (c)

24.979 21.330

TOTAL 145.446 133.392

(a) A provisão para as Ações Cíveis engloba processos quantificáveis, nos quais a

Companhia é ré, e que possuem prognóstico de perda provável na avaliação dos respectivos advogados patronos. Grande parte das causas é relacionada a pleitos

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de danos materiais e morais pela postura ostensiva da empresa no combate às irregularidades na rede, além de questionamentos de valores pagos por consumidores.

(b) As ações de Juizado Especial Cível referem-se, em grande parte, a discussões quanto a relações de consumo, tais como cobrança indevida, corte indevido, corte por inadimplência, problemas na rede, irregularidades diversas, reclamação de conta, reclamação de medidor e problemas na transferência de titularidade. Há um limite de 40 salários mínimos para as causas em trâmite perante o Juizado Especial Cível. O provisionamento é feito a partir da separação dos oito principais motivos ofensores para a Companhia – que representam 66,3% do estoque de processos – um bloco com todos os motivos relacionados a acidentes; bem como um bloco para os demais motivos. Para os seis principais ofensores e o bloco de Demais Motivos é utilizada uma média ajustada – considerando 95% da amostra, ou seja, desconsiderando os 2,5% dos valores mais altos e mais baixos – do valor de condenação nos últimos 12 meses. No caso do bloco de acidentes é considerada a média do valor de condenação nos últimos 12 meses.

(c) São ações movidas contra a Companhia relativas ao aumento da tarifa de energia elétrica aprovado pelas Portarias n.º 38, de 27 de fevereiro de 1986 e n.º 45, de 04 de março de 1986, publicadas pelo extinto DNAEE - Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica, que contrariavam o Decreto-lei n.º 2.283/86 (decreto do Plano Cruzado), o qual previa que todos os preços ficariam congelados. Os autores dessas ações buscam a restituição dos valores supostamente pagos a maior nas faturas de energia elétrica quando da majoração das tarifas da Companhia no período em que houve o congelamento dos preços.

Provisões Fiscais:

31.12.2016 31.12.2015

ICMS – Limitação de Crédito (a) - 139.249

ICMS – Créditos homologados (b) 46.232 46.232

Outros 4.804 11.566

TOTAL 51.036 197.047

(a) A Companhia, com base em pareceres de seus assessores jurídicos e de tributaristas,

reavaliou o prognóstico de perda com base nas últimas jurisprudências sobre o assunto e, considerando o prognóstico em 31 de dezembro de 2016 como possível, efetuou a reversão da provisão de R$144.802 relativa à discussão judicial sobre a aplicabilidade da Lei Estadual nº 3.188/99, que restringiu a apropriação dos créditos de ICMS incidentes nas aquisições de bens destinados ao ativo imobilizado, exigindo que o

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creditamento fosse diferido em parcelas, enquanto que tal restrição não era prevista na Lei Complementar nº 87/96. A discussão envolve a possibilidade, ou não, de lei ordinária estadual disciplinar o creditamento de ICMS nas operações de aquisição de bens para integração do ativo permanente quando a Lei Complementar nº 87/96 e a Constituição Federal de 1988 dispõem de forma diferente. Por meio da ação judicial em comento, busca-se o reconhecimento do direito líquido e certo da Light de creditar-se sem as restrições trazidas pela Lei nº 3.188/99, com base nos seguintes fundamentos constitucionais: (i) Reserva de lei complementar para dispor sobre a matéria (art. 146, inciso III, alínea “b”, e art. 155, inciso I, alínea “b”, §2º, inciso XII, alínea “c”, da Constituição). Em resumo, argumenta-se que, no caso específico do direito de crédito do imposto pago por ocasião da aquisição de bens do ativo imobilizado, tem-se que a mecânica de seu exercício teria sido estabelecida pela Lei Complementar 87/96, cuja competência seria exclusiva para tratar da questão. Desse modo, a limitação ao direito de crédito dos contribuintes em questão seria inconstitucional, pois introduzida por lei estadual, o que revela usurpação da competência da lei complementar. (ii) Afronta ao princípio da não-cumulatividade (art. 155, inciso I, §2º, inciso I, da Constituição), pois a lei estadual criou uma limitação ao direito de crédito do ICMS incidente sobre as aquisições de bens do ativo fixo incompatível com a sistemática não cumulativa prevista pela Constituição Federal. Assim, no entendimento do escritório que patrocina o caso e de nosso assessor jurídico especializado em atuar nos Tribunais Superiores, a alegação da reserva de Lei Complementar é bastante robusta e terá o condão de afastar a cobrança do crédito desde a edição da Lei Estadual 3.188/99

(b) A Companhia provisionou, no último trimestre de 2015, o montante de R$46.232,

relativo a parte do valor autuado em processo por meio do qual o Estado do Rio de Janeiro pretende cobrar ICMS decorrente da utilização supostamente indevida de créditos do imposto, adquiridos pela Companhia de terceiros, e que haviam sido previamente homologados pela Secretaria Estadual de Fazenda. O débito remonta atualmente a R$572.800. Após reavaliação, os assessores jurídicos internos e externos classificaram o valor de R$42.029, relativo ao principal (imposto), assim como o valor a ele proporcional, relativo aos honorários advocatícios da Procuradoria, no montante de R$4.203, como sendo perda provável e, todo o restante do valor autuado, relativo a juros, correção monetária e honorários advocatícios proporcionais, como perda remota. O processo administrativo encerrou-se em junho de 2015, com decisão desfavorável à Companhia, que por sua vez impetrou Mandado de Segurança com vistas a afastar a inscrição de parte do débito em Dívida Ativa do Estado relativa aos

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juros e correção monetária. A liminar foi deferida, mas posteriormente foi cassada por decisão proferida em sede de Agravo de Instrumento interposto pelo Estado do Rio de Janeiro. Foi ajuizada a Execução Fiscal, tendo a Companhia apresentado apólice de seguro em garantia e, na sequência, oposto Embargos à Execução Fiscal os quais aguardam por julgamento.

Outras Provisões:

Neste tópico, a Companhia ressalta as contingências regulatórias decorrentes de discussões administrativas com a Aneel:

Auto de Infração ANEEL nº 084/2015 – SFE - O Auto de Infração foi recebido pela Companhia em 06 de agosto de 2015. A SFE/Aneel fiscalizou o cumprimento dos Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional (“PRODIST”) no que se refere aos níveis de tensão de atendimento das unidades consumidoras com medições amostrais por parte da Companhia, nos anos de 2012 e 2013, aplicou a penalidade de multa no valor de R$4.475 por três não conformidades identificadas. O recurso foi protocolado pela Companhia na Aneel em 17 de agosto de 2015. Em 09 de setembro de 2015, foi publicado o despacho nº 3.117/2015, que reduziu a multa de R$4.475 para R$4.375. Em 08 de junho de 2016, a Companhia apresentou manifestação complementar ao recurso. A Companhia tem provisionado R$3.355, que é a melhor estimativa da Companhia para perda, e aguarda decisão da Aneel.

Provisões de honorários de êxito:

A Administração reavalia periodicamente os processos que possuem honorários de êxito previstos para os assessores jurídicos e, baseada na opinião de seus assessores legais, para o prognóstico de resolução dos processos, constitui provisão para os compromissos de honorários de êxito das causas com prognósticos de perdas possíveis e remotas. Segue abaixo quadro com a posição e a movimentação nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e de 2015:

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PROVISÕES PARA HONORÁRIOS DE ÊXITO Trabahistas Cíveis Fiscais Outras Total

SALDO EM 01.01.2015 - 22.341 26.003 - 48.344

Adições - 11.403 1.724 - 13.127

Atualizações - 3.451 1.703 - 5.154

Baixas por pagamentos - (166) (1.076) - (1.242)

Baixas por reversões - (887) (2.866) - (3.753)

SALDO EM 31.12.2015 - 36.142 25.488 - 61.630

Adições 440 23.173 3.308 292 27.213

Atualizações - 2.333 1.343 - 3.676

Baixas por pagamentos (51) (8.287) (4.029) - (12.367)

Baixas por reversões (35) (3.333) (1.851) - (5.219)

SALDO EM 31.12.2016 354 50.028 24.259 292 74.933

19. CONTINGÊNCIAS

A Companhia possui processos judiciais, nos quais a Administração, baseada na opinião de seus assessores legais, acredita que os riscos de perda são possíveis, e por este motivo, nenhuma provisão foi constituída. As principais contingências com probabilidade de perda possível estão compostas da seguinte forma:

Natureza Saldo

Quantidade

de ProcessosSaldo

Quantidade

de Processos

Cíveis 553.588 18.203 279.329 15.371

Trabalhistas 251.516 827 300.405 915

Fiscais 3.325.625 427 4.252.900 449

Total 4.130.729 19.457 4.832.634 16.735

31.12.2016 31.12.2015

Estão destacados a seguir os principais motivos das discussões judiciais: a) Cíveis

Irregularidades – A Companhia possui diversas ações cíveis onde se discutem irregularidades, decorrentes de perdas comerciais (não técnicas) ocorridas em razão de alteração de medidores, furto de equipamentos, ligações irregulares e ligações clandestinas. As discussões, em sua grande maioria, pautam-se na comprovação da irregularidade e nos valores cobrados pela concessionária em

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razão da constatação da mesma. O montante, atualmente quantificável, referente às ações é de R$35.733 (R$29.664 em 31 de dezembro de 2015).

Valores cobrados e faturas – Diversas discussões judiciais tramitam atualmente onde se discutem os valores cobrados pela Companhia para a prestação do serviço, como valores de demanda, valores de consumo, encargos financeiros, taxas, seguros, entre outros. O montante atualmente quantificável para estas ações é de R$71.557 (R$60.880 em 31 de dezembro de 2015).

Acidentes - A Companhia figura como ré em ações propostas por vítimas e/ou por sucessores de vítimas de acidentes envolvendo a sua rede de eletricidade e/ou a prestação do serviço, pelas mais diversas causas. O montante atualmente quantificável referente às ações é de R$33.336 (R$31.717 em 31 de dezembro de 2015).

Interrupção e suspensão – Existem em trâmite diversas ações discutindo a interrupção do serviço, quer seja motivada por caso fortuito ou de força maior, quer seja para fins de intervenção no sistema elétrico, entre outros motivos e, também, suspensão do serviço, quer seja em razão de inadimplência, impedimento de acesso ou substituição do medidor, entre outros fatos ensejadores da suspensão. O montante atualmente quantificável referente às ações é de R$40.258 (R$39.025 em 31 de dezembro de 2015).

Equipamentos e redes – A Companhia possui discussões judiciais em razão dos medidores eletrônicos utilizados pela concessionária para aferir o consumo de energia. As discussões versam sobre os mais diversos temas, como funcionalidade dos medidores, aprovação pelo órgão metrológico, entre outros e, também, discussões acerca de sua rede, em razão de extensão, remoção ou ainda participação financeira do cliente para instalação da rede. O montante atualmente quantificável referente às ações é de R$6.197 (R$7.261 em 31 de dezembro de 2015).

Em relação às discussões cíveis, ressaltamos as ações propostas pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN): no primeiro trimestre de 2012, a CSN ajuizou ação pleiteando, aproximadamente, R$100.000 a título de indenização em razão de interrupções ocorridas na sua Unidade Consumidora de Volta Redonda. Destaca-se que, do valor total requerido, R$88.700 são relativos somente à interrupção ocorrida em 10 de novembro de 2009, que atingiu 40% do território brasileiro e mais de 90% do território paraguaio, o que, por si só, demonstra que suas causas fogem ao âmbito de atuação da Companhia, como distribuidora de energia elétrica. Ademais, o relatório da ONS concluiu que a origem e causa da referida interrupção foi de responsabilidade de Furnas. Assim, a exposição do risco para a Companhia é de R$53.247 (R$35.531 em 31 de dezembro de 2015).

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A Companhia também litiga em face da Companhia Siderúrgica Nacional numa ação rescisória movida pela CSN, através da qual a siderúrgica visa desconstituir o acórdão proferido nos autos da ação de repetição de indébito nº 1995.001.073862-2, cuja discussão era acerca da legalidade das Portarias nos 38, de 27 de fevereiro de 1986, e 45, de 04 de março de 1986, editadas pelo Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica – DNAEE, que promoveram o reajuste de tarifas de energia elétrica de determinada classe de unidade consumidora e que a Companhia saiu vencedora. A exposição do risco para a Companhia é de R$158.872 (R$136.039 em 31 de dezembro de 2015, cujo prognóstico era de perda remota).

A Companhia possui discussão judicial com a Valesul S.A. Trata-se de ação declaratória, movida pela Valesul, motivada pelo contrato de transporte de energia elétrica firmado em 1991, que visa o pagamento pela utilização do sistema de transporte de energia das PCHs da autora em Minas Gerais até a fábrica no Rio de Janeiro. As decisões de 1º e 2ª grau foram favoráveis à Companhia. O Recurso Especial da Valesul havia sido inadmitido mas a Valesul reverteu a inadmissão em sede de Agravo. Já o Recurso Extraordinário foi julgado deserto e também é objeto de Agravo pela Valesul. Em 2014, em sede de execução provisória, após a Companhia apresentar Carta de Fiança, que foi substituída por Seguro Garantia, levantamos os valores que estavam depositados em juízo que somavam R$84.350. Atualmente aguardamos o julgamento dos recursos da Valesul e, neste momento, entendemos que a exposição de risco da Companhia é de R$102.191 (R$135.581 em 31 de dezembro de 2015, cujo prognóstico era de perda remota).

No primeiro trimestre de 2016, a Companhia foi notificada sobre uma ação movida por um escritório de advocacia, através do qual o referido escritório pleiteia incidência de honorários de êxito, em razão da celebração de um acordo administrativo firmado entre a Companhia e a Companhia Estadual de Águas e Esgotos. A Companhia entende que estes honorários não são devidos e o montante atualmente quantificável é de R$37.899.

A Companhia celebrou acordo com um reclamante em determinado processo relacionado a IPTU, em que o advogado da contraparte está pleiteando o pagamento de honorários de sucumbência. A Companhia entende que estes honorários não são devidos. O montante atualmente quantificável é de R$14.000 (R$11.800 em 31 de dezembro de 2015).

b) Fiscais

ICMS Perdas Comerciais (Autos de Infração nº 03326780-8, 04011949-7, 03.326.784-0, 04.028.752-6, 03.380329-7, 03.380330-5 e 601367), lavrados para cobrar ICMS, Fundo Estadual de Combate à Pobreza (FECP) e multa (relativos aos

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períodos de jan/1992 a jun/1993, jan/1999 a dez/2003 e jan/2006 a dez/2013) supostamente incidentes sobre valores relativos às perdas de energia elétrica em operações anteriores à sua distribuição, realizadas entre as empresas geradoras e a Companhia. Nos autos de infração nos 03.326.784-0 e 04.028.752-6, foi dado parcial provimento ao Recurso Voluntário da Companhia para reconhecer que as perdas incorporadas na tarifa devem ser excluídas da base de cálculo autuada. Em razão disso, já houve a redução em definitivo dessas autuações. O valor do débito envolvido passou de R$1.507.960 para R$290.498. A Companhia recorreu ao Pleno do remanescente. No auto de infração nº 601367 houve decisão definitiva que excluiu da base de cálculo elementos estranhos às perdas comerciais. Contra esta decisão, a Companhia interpôs recurso voluntário para questionar o valor remanescente, o qual aguarda julgamento. Nos autos 03326780-8, 04011949-7 e 03.380329-7 também houve o reconhecimento pela fiscalização das perdas incorporadas na tarifa. Aguarda-se julgamento dos Recursos acerca dos remanescentes. No auto 03.380330-5 foi dado parcial provimento ao Recurso Voluntário da Companhia excluindo em definitivo as perdas incorporadas na tarifa. A Companhia aguarda a retificação do valor do auto pela SEFAZ para que possa dar baixa parcial na contingência, sendo que irá recorrer do remanescente. O montante atualmente quantificável destes autos é de R$1.228.100 (R$2.290.600 em 31 de dezembro de 2015).

LIR/LOI - IRPJ/CSLL – (Processos 16682.720216/2010-83, 15374-001.757/2008-13, 16682.721091/2011-90 e 16682.720203/2014-38) - A Companhia possuía Mandado de Segurança em que se discutia, especialmente, a forma de tributação dos lucros das subsidiárias LIR e LOI no exterior, mais especificamente defendia que o IRPJ e CSLL deveriam incidir apenas sobre os lucros, e não sobre os resultados positivos de equivalência patrimonial (conceito mais amplo que inclui variações cambiais e previsto na IN 213/02). Para se valer dos benefícios do programa REFIS, a Companhia desistiu integralmente do mandado de segurança que, em razão deste fato, transitou em julgado com decisão desfavorável à Companhia. Diante disto, alterou-se o procedimento para passar a tributar os resultados pelo método de equivalência patrimonial, em consonância com o que fora decidido no Mandado de Segurança. O Fisco discordou de tal procedimento e autuou a Companhia quanto aos exercícios de 2004 a 2008 passando a exigir a tributação apenas sobre os lucros. Para 2004, foi ajuizada Execução Fiscal, na qual apresentamos fiança para garantia do juízo e opusemos Embargos à Execução, que aguarda julgamento. Para 2005, houve o encerramento da esfera administrativa desfavoravelmente à Companhia. Impetramos Mandado de Segurança visando anular o acórdão proferido pelo CARF e obtivemos liminar para suspender a exigibilidade do débito. Já para 2006 a 2008, foi dado provimento ao Recurso Voluntário da Companhia. A Fazenda interpôs Recurso Especial que aguarda julgamento. Em abril de 2014, a Companhia foi autuada com relação ao ano de 2009, tendo apresentado impugnação, a qual foi julgada improcedente. Aguarda-se julgamento do Recurso Voluntário. O prognóstico de perda é considerado

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possível pelos assessores jurídicos e o montante atualmente quantificável é de R$638.900 (R$600.800 em 31 de dezembro de 2015).

IN 86 - 2003 a 2005 (Processo 10707000751/2007-15) - Auto de infração lavrado para cobrança de multa pelo suposto descumprimento de obrigação acessória, relacionada à entrega dos arquivos eletrônicos, no formato previsto na IN nº 86/2001, referentes aos anos-calendário de 2003 a 2005. O processo administrativo encerrou-se em julho de 2015, com decisão desfavorável à Companhia, que impetrou Mandado de Segurança com vistas a afastar a inscrição em Dívida Ativa da União do débito objeto desta cobrança. Proferida sentença julgando procedente o pleito da Companhia. A União interpôs Recurso de Apelação que aguarda julgamento. O montante atualmente quantificável, é de R$377.800 (R$352.900 em 31 de dezembro de 2015).

ICMS sobre subvenções do programa federal denominado “Baixa Renda” Processos 0342346-60.2015.8.19.0001, 0354511-42.2015.8.19.0001 e 0031148-65.2016.8.19.0001) - Autos de Infração lavrados para cobrança de ICMS incidente sobre os valores recebidos pela Companhia a título de subvenção econômica relativa aos consumidores de energia da subclasse baixa-renda, oriundos do Fundo de Reserva Global de Reversão. Os processos nos E-04/059.150/2004 e E-04/054.753/2011 se encerraram na esfera administrativa desfavoravelmente à Companhia e geraram inscrições em Dívida Ativa, contra as quais foram ajuizadas Ações Anulatórias, nas quais houve o deferimento de liminar para suspensão da exigibilidade dos aludidos créditos. Os demais processos administrativos, encerraram-se na esfera administrativa com decisão desfavorável à Companhia. Ajuizada Ação Anulatória, tendo sido indeferido o pedido de liminar. Apresentado seguro para garantia do juízo. O montante atualmente quantificável em todos esses processos é de R$181.500 (R$169.100 em 31 de dezembro de 2015).

Despachos Decisórios (76 processos) proferidos pela Receita Federal para negar homologação a diversos pedidos de compensação realizados pela Companhia, para a utilização de créditos de PIS, COFINS, IRPJ e CSLL à alegação de que tais créditos seriam indevidos ou insuficientes para abarcar os débitos contra aos quais foram opostos. A Companhia apresentou Manifestações de Inconformidade em face aos aludidos Despachos Decisórios. Em alguns casos já houve transito em julgado favorável à Companhia e em outros casos houve decisões desfavoráveis, contra as quais recorremos. O montante atualmente quantificável é de R$244.600 (R$203.200 em 31 de dezembro de 2015).

c) Trabalhistas Os principais pedidos objeto das ações trabalhistas envolvem as seguintes matérias: equiparação salarial e reflexos, horas extras e reflexos, acidente de trabalho, diferença de adicional de periculosidade e dano moral.

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Destacamos abaixo cada um destes pedidos:

Equiparação salarial e reflexos – com este pedido os reclamantes pretendem receber diferenças salariais alegando que exercem ou exerceram atividades idênticas a outro empregado ou ex-empregado, com a mesma produtividade e perfeição técnica, e que, no entanto, recebiam salários diferentes. O montante, atualmente quantificável, referente a esses pedidos é de R$13.917 (R$14.901 em 31 de dezembro de 2015).

Horas extras e reflexos – pretendem os reclamantes o pagamento de horas extras alegando que teriam realizado suas atividades em jornada extraordinária, e que essas horas não teriam sido pagas e nem compensadas. O montante, atualmente quantificável, referente a esses pedidos é de R$62.239 (R$64.418 em 31 de dezembro de 2015).

Acidente de trabalho - Acidentes de trabalho de empregados/ex-empregados ou prestadores de serviço alegando responsabilidade da Companhia, pretendendo indenizações e pensões vitalícias. O montante, atualmente quantificável, referente a esses pedidos é de R$13.129 (R$15.007 em 31 de dezembro de 2015).

Diferença de adicional de periculosidade – a Companhia, no passado, praticou o pagamento do referido adicional de 30% do salário base até abril de 2012, conforme disposto em Acordo Coletivo 2011/2012. O montante, atualmente quantificável, referente a esses pedidos é de R$55.054 (R$58.981 em 31 de dezembro de 2015).

Dano moral – pedido feito com diferentes fundamentações: perseguição; assédio moral; falta de segurança (atuação em área de risco) e outros. O montante, atualmente quantificável, referente a esses pedidos é de R$26.942 (R$52.725 em 31 de dezembro de 2015).

O Tribunal Superior do Trabalho (TST), considerando posição adotada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em duas ações diretas de inconstitucionalidade que tratavam do índice de correção monetária de precatórios federais, decidiu, em 04 de agosto de 2015, que os créditos trabalhistas deveriam ser atualizados com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E), em substituição à Taxa Referencial (TR), para as ações trabalhistas que discutissem dívidas posteriores a 30 de junho de 2009 nos processos em aberto. Em 16 de outubro de 2015, foi publicada liminar concedida pelo STF que suspendeu os efeitos da decisão do TST, por entender que é competência exclusiva do STF apreciar a existência de repercussão geral da matéria constitucional. O valor estimado da diferença entre os índices de correção monetária dos processos trabalhistas é de R$14.637 (R$16.573 em 31 de dezembro de 2015), e nenhuma provisão

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adicional foi constituída, em decorrência da Companhia, com base na avaliação de seus assessores jurídicos, ter avaliado a probabilidade de perda como possível, em decorrência da decisão do STF e da inexistência de posicionamento jurisprudencial consolidado ou análise da doutrina acerca do tema, após a liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal. A seguir destacamos os processos em andamento, cujo prognóstico de perda é remoto, com valores significativos em discussão, os quais, em caso de decisão desfavorável, podem impactar a Companhia: a) Fiscais

PASEP/PIS (Processo 15374002130/2006-18) – Glosa de Compensação efetuada pela Companhia de créditos de PASEP com débitos de PIS. Julgada improcedente a impugnação da Companhia. Interposto Recurso Voluntário, o qual aguarda julgamento. O montante atualmente quantificável é de R$301.900 (R$291.200 em 31 de dezembro de 2015).

IRRF Glosa de Compensação LIR/LOI (Processo 10768.002.435/2004-11) - Não homologação das compensações relativas a créditos de IRRF sobre aplicações financeiras e IRRF sobre pagamentos de contas de energia feitos por órgãos públicos, compensados em função de saldo negativo de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica no ano-base 2002. Julgada improcedente a manifestação de inconformidade apresentada pela Companhia. Aguarda-se julgamento do Recurso Voluntário interposto. Considerando a decisão favorável obtida, em agosto de 2012, do processo 18471002113/2004-09, que impacta diretamente neste caso, o prognóstico de perda é remoto. O montante atualmente quantificável, é de R$242.400 (R$231.700 em 31 de dezembro de 2015).

A Companhia não considera os demais processos individualmente relevantes para divulgação. Conforme Comunicados ao Mercado, divulgados em 30 de março de 2015 e 14 de abril de 2015, a Companhia informou, no âmbito das notícias veiculadas na imprensa sobre a “Operação Zelotes”, que não tem conhecimento das supostas irregularidades, não foi notificada até o momento e que todos os julgamentos de processos nos quais a Companhia obteve êxito foram baseados em teses jurídicas de conhecimento geral, fundamentadas em pareceres de personalidades renomadas no meio jurídico, bem como por meio da apresentação de documentos idôneos que comprovaram a improcedência das autuações fiscais. 20. BENEFÍCIOS PÓS-EMPREGO

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As empresas do Grupo Light são patrocinadoras instituidoras da Fundação de Seguridade Social Braslight (Braslight), entidade fechada de previdência complementar, sem fins lucrativos, cuja finalidade é garantir renda de aposentadoria aos empregados do Grupo Light vinculados à Fundação e de pensão aos seus dependentes. A Braslight foi instituída em abril de 1974 e possui quatro planos – A, B, C e D – implantados em 1975, 1984, 1998 e 2010, respectivamente, tendo o plano C recebido migração de aproximadamente 96% dos participantes ativos dos planos A e B. Atualmente estão em vigor os Planos A e B do tipo Benefício Definido, C do tipo Benefício Misto e D do tipo Contribuição Definida. Seguem abaixo as obrigações registradas no Balanço Patrimonial da Companhia com benefícios de plano de pensão:

CirculanteNão

CirculanteTotal Circulante

Não

CirculanteTotal

Dívida contratual com fundo de pensão - 45.859 45.859 - 35.305 35.305

TOTAL - 45.859 45.859 - 35.305 35.305

31.12.201531.12.2016

Em 31 de dezembro de 2014, a Companhia assumiu uma dívida de R$30.355 em decorrência do déficit técnico acumulado pelo plano C saldado, oriundo de alteração da tábua de mortalidade mediante teste anual de aderência da tábua, conforme estabelecido nos contratos de Assunção de Obrigação sujeita à Condição e a Termo, assinado em 31 de dezembro de 2013. Em 31 de março de 2016, foi assinado o primeiro termo aditivo aos contratos de Assunção de Obrigação sujeita à Condição e a Termo, em que os termos dos contratos foram atualizados após as edições das Resoluções do Conselho Nacional de Previdência Complementar n° 15 e 16, ambas de 19 de novembro de 2014. Além disso, foi alterado o prazo dos contratos para 2026 e assumido o déficit técnico acumulado de 2015 do plano C Saldado, o que fez com que a Companhia assumisse, em 31 de março de 2016, uma dívida de R$5.430 (reconhecido líquido de impostos em outros resultados abrangentes no montante de R$3.584). No termo aditivo, ficou definido que os montantes reconhecidos em 31 de dezembro de 2014 e em 31 de março de 2016, em decorrência dos déficits técnicos, serão quitados em 2019, sendo atualizados por IPCA mais 5,58%. Abaixo, a movimentação ocorrida no passivo contratual nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e de 2015:

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Não Circulante Total

SALDO EM 01.01.2015 30.355 30.355

Atualizações no resultado do exercício 4.950 4.950

SALDO EM 31.12.2015 35.305 35.305

Atualizações no resultado do exercício 5.124 5.124

Atualização no resultado abrangente 5.430 5.430

SALDO EM 31.12.2016 45.859 45.859

a) Descrição dos planos

Plano A/B - os benefícios são do tipo "benefício definido" e correspondem à diferença entre um percentual, variável de 80% a 100%, do maior valor entre a média dos últimos 12 e dos últimos 36 salários, atualizados para a data de início do benefício, e o valor do benefício concedido pelo INSS. Plano C - os benefícios programáveis, durante a fase de capitalização, são do tipo "contribuição definida", sem vinculação com o INSS, e os benefícios de risco (auxílio doença, aposentadoria por invalidez e pensão por morte de participante ativo, inválido e em auxílio doença), bem como os de renda continuada, estes uma vez concedidos, são do tipo "benefício definido". As duas parcelas têm seus patrimônios apurados em quotas. Ao participante que migrou do Plano A/B para o Plano C foi concedido um benefício saldado de renda vitalícia, com reversão em pensão, proporcional ao tempo de contribuição à Braslight na ocasião de migração, contado de sua última inscrição na Fundação, diferido para recebimento após o mesmo ter completado um conjunto de condições de habilitação. Esta parcela é denominada Subplano de Benefício Definido Saldado do Plano C. Plano D - aprovado pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar do Ministério da Previdência Social - PREVIC/MPS, em 22 de março de 2010, e teve sua primeira contribuição no mês de abril de 2010. Neste plano, os benefícios são do tipo "contribuição definida" antes e após a sua concessão. No exercício findo em 31 de dezembro de 2016, foi pago pela Companhia, referente à parcela do plano de contribuição definida, o montante de R$1.642.

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As informações atuariais são conforme abaixo:

31.12.2016 31.12.2015

Valor presente das obrigações atuariais (2.759.073) (2.347.823)

Valor justo dos ativos do plano 2.787.271 2.506.114

Efeito do limite máximo de reconhecimento de ativo (63.503) (188.646)

Complemento referente a dívida com a Braslight (10.554) (4.950)

PASSIVO LÍQUIDO (45.859) (35.305)

Passivo líquido, CVM nº 695/12 (29.912) -

Saldo do contrato ajustado com a Braslight (45.859) (35.305) As mudanças no valor justo dos ativos do plano são as seguintes:

31.12.2016 31.12.2015

Valor justo dos ativos no início do ano 2.506.114 2.482.776

Juros sobre o valor justo do ativo do plano 314.937 284.608

Ganho (perda) atuariais nos ativos do plano 215.876 (16.560)

Contribuições da patrocinadora 565 596

Contribuições dos participantes 45 44

Benefícios pagos pelo plano/empresa (250.266) (245.350)

Valor justo dos ativos no final do ano 2.787.271 2.506.114 As mudanças no valor presente da obrigação de benefício definido são as seguintes:

31.12.2016 31.12.2015

Valor das obrigações no inicio do ano 2.347.823 2.191.101

Custo do serviço corrente 243 268

Juros sobre a obrigação atuarial 293.973 249.592

Contribuições de participantes 45 44

(Ganho)/perda atuariais reconhecidas 367.255 152.168

Benefícios pagos (250.266) (245.350)

Valor justo das obrigações no final do ano 2.759.073 2.347.823

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Os valores reconhecidos na demonstração do resultado, nos grupos de custos e despesas operacionais e resultado financeiro, são como segue:

31.12.2016 31.12.2015

Custo do serviço corrente 243 268

Juros sobre as obrigações atuariais 293.973 249.592

Juros sobre o valor justo do ativo do plano (314.937) (284.608)

Ajuste de atualização de dívida Braslight 25.845 39.698

Custo esperado estimado 5.124 4.950

As movimentações ocorridas no passivo líquido são as seguintes:

31.12.2016 31.12.2015

Passivo líquido no início do ano 35.305 30.355

Despesa reconhecida no resultado 5.124 4.950

Montantes reconhecidos no OCI 5.430 -

Passivo Líquido no final do ano 45.859 35.305 A estimativa do atuário externo para a despesa a ser reconhecida para o exercício findo em 31 de dezembro de 2017 é como segue:

2017

Custo do serviço corrente 164

Juros sobre as obrigações atuariais 305.621

Rendimento esperado dos ativos do plano (308.978)

(3.193)

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As principais categorias de ativos do plano, como porcentagem do total de ativos do plano, são as seguintes:

31.12.2016 31.12.2015

Renda fixa 93,52% 92,09%

Renda variável 0,71% 1,30%

Investimentos estruturados 0,65% 1,15%

Imóveis 4,58% 4,63%

Empréstimos e financiamentos 0,47% 0,91%

Outros realizáveis 0,06% 0,06%

Provisões contigenciais 0,01% -0,14%

100,00% 100,00%

O resultado real sobre os ativos dos planos foi um ganho de R$215.876 no exercício findo em 31 de dezembro de 2015 (perda de R$17.181 no exercício findo em 31 de dezembro de 2015). A Braslight realiza periodicamente estudos de Asset Liability Management (ALM) dos planos de benefícios no intuito de reavaliar a estratégia de alocação dos investimentos frente às obrigações atuariais, com vistas a se proteger das alterações nos preços dos instrumentos financeiros, bem como evitar o descasamento dos fluxos de ativos e passivos, de forma que os recursos estejam disponíveis na data de pagamento dos benefícios e demais obrigações dos planos. Premissas Atuariais:

31.12.2016 31.12.2015

Taxa de juros nominal (desconto) a valor presente do passivo atuarial 11,63%(A/B) e 11,59%(C ) 13,21%(A/B) e 13,18%(C )

Taxa de rendimento nominal esperada sobre os ativos do plano 11,63%(A/B) e 11,59%(C ) 13,21%(A/B) e 13,18%(C )

Taxa anual de inflação 5,50% 5,50%

Taxa de crescimento salarial nominal 8,14% 8,14%

Índice de reajuste nominal de benefícios concedidos de prestação continuada 5,50% 5,50%

Fator de capacidade 98,00% 98,00%

Taxa rotativa Baseado na idade Baseado na idade

Tábua geral de mortalidade (a) AT - 83/ BR(A/B) e EMS 2010 (C ) AT - 83/ BR(A/B) e EMS 2010 (C )

Tábua de entrada em invalidez (planos A/B) LIGHT - Média LIGHT - Média

Tábua de entrada em invalidez (plano C saldado) LIGHT - Média LIGHT - Média

Tábua de mortalidade de inválidos 1/2(IAPB55+AT83Masculina)*0,70 1/2(IAPB55+AT83Masculina)*0,70

Participantes ativos 1.795 2.051

Participantes aposentados e pensionistas 5.516 5.525

(a) Tábua sem agravamento

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b) Análise de sensibilidade

As premissas atuariais significativas para a determinação da obrigação definida são a taxa de desconto e a tábua de mortalidade. As análises de sensibilidade a seguir foram determinadas com base em mudanças razoavelmente possíveis das respectivas premissas ocorridas no fim do período de relatório, mantendo-se todas as outras premissas constantes. Na apresentação da análise de sensibilidade, o valor presente da obrigação de benefício definido foi calculado pelo método da unidade de crédito projetada no fim do período de relatório, que é igual ao aplicado no cálculo do passivo da obrigação de benefício definido. Abaixo temos demonstrados os efeitos na obrigação de benefício definido caso a taxa de desconto fosse 0,25% mais baixa e caso a tábua de mortalidade fosse alterada para a tábua seguinte mais restritiva:

Taxa de desconto nominal (a.a.)

Premissa

laudo

Redução de taxa

de desconto

Impacto na

obrigação do plano

Plano A/B 5,50% -0,25% (27.560)

Plano C 5,58% -0,25% (39.645)

Tabua de mortadilidade

Premissa laudo Alteração de tábua

Impacto na

obrigação do

plano

Plano A/B AT-83 AT-2000 (23.204)

Plano C EMS 2010EMS 2010 Segregada por sexo

Desagravada em 2 anos(62.553)

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21. OUTROS DÉBITOS

CirculanteNão

CirculanteTotal Circulante

Não

CirculanteTotal

Encargos Regulatórios 413.764 - 413.764 458.717 - 458.717

Empresa de Pesquisa Energética – EPE 1.838 - 1.838 1.458 - 1.458

Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FNDCT 3.854 - 3.854 1.756 - 1.756

Programa de Eficiência Energética – PEE 95.607 - 95.607 60.628 - 60.628

Programa de Pesquisa e Desenvolvimento – P&D 49.485 - 49.485 35.667 - 35.667

Quota de recolhimento à conta de desenvolvimento energético – CDE 262.980 - 262.980 331.345 - 331.345

Encargos de capacidade e aquisição emergencial - - - 27.863 - 27.863

Outros 154.459 61.409 215.868 151.482 64.017 215.499

Adiantamento de Clientes 6.879 - 6.879 36.078 - 36.078

Taxa de iluminação pública 88.776 - 88.776 69.862 - 69.862

Reserva para reversão - RGR - 59.141 59.141 - 59.141 59.141

Provisão Para Demissão Voluntária 6.839 - 6.839 - - -

Outros (a) 51.965 2.268 54.233 45.542 4.876 50.418

TOTAL 568.223 61.409 629.632 610.199 64.017 674.216

31.12.2016 31.12.2015

(a) Referente a outros débitos de naturezas diversas.

Programa de demissão voluntária

Em 04 de abril de 2016, a Companhia divulgou um Programa de Demissão Voluntário (PDV) para os empregados. As principais condições para a adesão ao PDV era ter mais de 10 anos de empresa, mais de 55 anos de idade até a rescisão e reunir condições legais de se aposentar. Os benefícios são, além das verbas rescisórias legais, de 2,5 a 5 salários base e a prorrogação no plano de saúde por um período de 12 meses. A adesão ao programa foi autorizada até o dia 20 de abril de 2016, sendo que as rescisões do contrato de trabalho ocorrerão até o dia 02 de maio de 2017. Dos 199 empregados que aderiram ao Programa, 150 empregados tiveram seus contratos de trabalho rescindidos até 31 de dezembro de 2016, incorrendo em custos de R$18.552. O montante ainda devido de indenização compensatória é de aproximadamente R$6.839. 22. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS A Companhia faz parte do Grupo Light, que inclui as empresas: Light Energia S.A. (Light Energia), Renova Energia S.A. (Renova Energia), Guanhães Energia S.A. (Guanhães Energia), Lajes Energia S.A. (Lajes Energia), Light Esco Prestação de Serviços S.A. (Light Esco), Itaocara Energia Ltda. (Itaocara Energia), Lightger S.A. (Lightger), Light Soluções Ltda. (Light Soluções), Instituto Light para o Desenvolvimento Urbano e Social (Instituto Light), Lightcom Comercializadora de Energia S.A. (Lightcom), Axxiom Soluções Tecnológicas S.A. (Axxiom), Energia Olímpica S.A. (Energia Olímpica), Amazônia Energia Participações S.A. (Amazônia Energia) e a Light S.A. tem como Grupo Controlador os principais acionistas indiretos: Companhia Energética de Minas Gerais – CEMIG, Luce Empreendimentos e Participações S.A. e Rio Minas Energia Participações S.A. (RME).

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Segue resumo das transações com partes relacionadas ocorridas nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e de 2015:

a) Ativos e receitas

31.12.2016 31.12.2015 2016 2015

Cliente - Cobrança do encargo de uso de sistema de

distribuição da Light SESA com a CEMIG - Participa do

grupo controladorN/A

(1) 61

A partir de nov/2003.

Vencimento

indeterminado

Preço praticado no

mercado reguladoN/A 61 58 702 737

Cliente - Cobrança do encargo de uso de sistema de

distribuição da Light SESA com a Light Energia - Está

sob controle comumN/A

(1) 1.613

A partir de nov/2003.

Vencimento

indeterminado

Preço praticado no

mercado reguladoN/A 1.613 1.553 17.841 18.806

Cliente - Cobrança do encargo de uso da rede básica

da Light SESA com a Lightger - Está sob controle

comumN/A (1) 31

A partir de dez/2010.

Vencimento

indeterminado

Termos e condições

acordados entre as

partes

N/A 31 29 356 327

Outros créditos - Aluguel de parte do edifício

pertencente a Light SESA à Light Energia e plano de

pensão em virtude da desverticalização (Lei nº

10.848 de 15.03.04. O valor atual por mês do aluguel

é de R$37 - Está sob controle comum

22 37

A partir de jan/2006.

Vencimento

indeterminado

IGP-M N/A 37 33 458 405

Outros créditos - Aluguel de parte do edifício

pertencente à Light SESA à Light Esco - Está sob

controle comum

15 29

A partir de out/2007.

Vencimento

indeterminado

IGP-M N/A 29 25 326 304

ReceitaContratos com o mesmo grupo

(Grupo do balanço, características do contrato e

vínculo)

Valor originalSaldo

remanescentePeríodo de vigência Condições contratuais

Condições de

rescisão ou

término

Ativo

(1) Os contratos de encargo de uso de sistema de distribuição e encargo de uso da rede básica são faturados de acordo com a demanda

de energia circulada na rede.

b) Passivos e despesas

31.12.2016 31.12.2015 2016 2015

Fornecedor - Compromisso de compra de energia

elétrica da Light SESA com a CEMIG - Participa do

grupo controlador

614.049 - jan/2006 a dez/2038Preço praticado no

mercado regulado

30% do saldo

remanescente- 177 (597) (27.334)

Fornecedor - Compromisso de compra de energia

elétrica da Light SESA com a CEMIG - Participa do

grupo controlador

61.830 54.081 jan/2010 a dez/2039Preço praticado no

mercado regulado

30% do saldo

remanescente5.754 4.872 (72.362) (19.134)

Fornecedor - Compromisso com encargos de uso da

rede básica da Light SESA com a CEMIG - Participa do

grupo controladorN/A (1) 708

A partir de dez/2002.

Vencimento

indeterminado

Preço praticado no

mercado reguladoN/A 708 636 (5.965) (6.060)

Fornecedor - Compromisso com encargos de uso da

rede básica da Light SESA com a Light Energia- Está

sob controle comumN/A (1) 95

A partir de dez/2002.

Vencimento

indeterminado

Preço praticado no

mercado reguladoN/A 95 282 (2.962) (2.082)

Fornecedor - Compromisso com encargo de conexão

da Light SESA com a Light Energia- Está sob controle

comumN/A (1) 276

A partir de dez/2005.

Vencimento

indeterminado

Preço praticado no

mercado reguladoN/A 276 56 (2.701) (2.447)

Outros débitos - Compromisso com serviços de

consultoria da Light SESA com a Axxiom - Está sob

controle comumN/A (2) 6.491

A partir de dez/2010.

Vencimento

indeterminado

IGP-M N/A 6.491 6.856 (22.754) (24.525)

Plano Previdenciário - Compromisso da Light SESA

com a Fundação de Seguridade Social – Braslight -

Patrocinadora da fundação

30.355 45.859

A partir de jun/2001.

Vencimento

indeterminado

IPCA+ 5,58% a.a N/A 45.859 35.305 (5.124) (4.950)

Empréstimos e Financiamentos - Referente a contrato

de mútuo celebrado com a Light Energia - Está sob

controle comum

104.844 - jun/2015 a jun/2016 CDI + 1,90 a.a N/A - - - (8.748)

Empréstimos e Financiamentos - Referente a contrato

de mútuo celebrado com a Light Energia - Está sob

controle comum

150.000 130.856 jul/2016 a jul/2018 CDI + 3,50 a.a N/A 130.856 - (10.856) -

Contratos com o mesmo grupo

(Grupo do balanço, características do contrato e

vínculo)

Valor originalSaldo

remanescentePeríodo de vigência Condições contratuais

Condições de

rescisão ou

término

Passivo Despesa

(1) Os contratos de encargo de conexão e encargo de uso da rede básica são faturados de acordo com a demanda de energia circulada na

rede. (2) O contrato de serviço é faturado de acordo com a necessidade de horas despendidas no serviço contratado.

As transações com partes relacionadas foram efetuadas de acordo com os contratos entres as partes.

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i. Remuneração dos administradores

Os montantes apresentados a seguir referem-se à remuneração do Conselho de Administração e Diretoria, reconhecidos pelo regime de competência, relativos aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e de 2015:

2016 2015

Honorários e benefícios de curto prazo 7.187 7.321

Bônus 4.685 5.381

Encargos sociais 3.957 2.811

Benefícios pós-emprego 448 263

Benefícios assistenciais 552 475

Benefícios motivados pela cessação do exercício do cargo 1.645 3.945

VALOR TOTAL DA REMUNERAÇÃO 18.474 20.196

23. PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Capital Social Em 31 de dezembro de 2016, o capital social da Light Serviços de Eletricidade S.A. está representado por 223.647.509.244 ações ordinárias escriturais sem valor nominal (212.854.480.688 em 31 de dezembro de 2015), sendo o seu capital social de R$2.314.365 (R$2.189.365 em 31 de dezembro de 2015), conforme a seguir:

Quantidade de

Ações% Participação

Quantidade de

Ações% Participação

GRUPO CONTROLADOR 223.647.509.244 100 212.854.480.688 100

Light S.A 223.647.509.244 100 212.854.480.688 100

TOTAL 223.647.509.244 100 212.854.480.688 100

ACIONISTAS

31.12.2016 31.12.2015

Em 28 de setembro de 2016, a controladora Light S.A efetuou aporte na Companhia no montante de R$125.000, através da emissão de 10.793.028.556 (Dez bilhões, setecentos e noventa e três milhões, vinte e oito mil e quinhentos e cinquenta e seis) ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal, com preço de emissão de R$0,0116 cada. b) Reserva de Lucros

A Companhia possui duas reservas de lucro, destacadas abaixo:

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- Reserva Legal – Constituída à base de 5% do Lucro Líquido de cada exercício, conforme legislação em vigor. - Reserva de Retenção de Lucros – Constituída com o Lucro Líquido de exercícios anteriores remanescente após as destinações com base em orçamento de capital aprovado pelo Conselho de Administração e pelas Assembleias Gerais Ordinárias dos anos anteriores. c) Outros Resultados Abrangentes

São reconhecidos a equivalência patrimonial sobre outros resultados abrangentes e ganhos ou perdas os ganhos ou perdas atuariais decorrentes de alterações de premissas atuariais, como tábua de mortalidade, taxa de desconto das obrigações e também pelas variações no rendimento dos investimentos dos planos de benefício pós-emprego categorizado como de benefícios definidos. Os montantes apresentados estão líquidos de Imposto de Renda e Contribuição Social, quando aplicável, a uma alíquota de 34%. As variações em outros resultados abrangentes relacionadas a ganhos ou perdas atuariais não são reclassificadas para o resultado em períodos subsequentes. 24. DIVIDENDOS

O Estatuto Social da Companhia determina a distribuição de um dividendo mínimo obrigatório de 25% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos do artigo nº 202 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. O artigo 9º da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, permite a dedutibilidade, para fins de imposto de renda e da contribuição social, dos juros sobre capital próprio pagos aos acionistas, calculados com base na variação da Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP, limitados a 50% do resultado do exercício. Os dividendos propostos originalmente no encerramento de cada um dos exercícios foram calculados como se segue:

CÁLCULO DOS DIVIDENDOS MÍNIMOS OBRIGATÓRIOS 2016 2015

Prejuízo líquido do exercício (184.825) (39.158)

BASE DE CÁLCULO DOS DIVIDENDOS MÍNIMOS OBRIGATÓRIOS (184.825) (39.158)

Absorção de prejuízos acumulados com retenção de lucros 184.825 39.158

LUCROS RETIDOS - -

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A formação dos saldos de dividendos a pagar, é como segue:

SALDO EM 01.01.2015 82.906

Pagos no exercício (82.906)

SALDO EM 31.12.2015 -

Pagos no exercício -

SALDO EM 31.12.2016 -

25. PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS O Programa de Participação nos Lucros e Resultados, implantado em 1997, é corporativo e está atrelado principalmente ao resultado de Lucro Líquido e EBITDA da Companhia. O pagamento é composto por duas partes, sendo uma fixa e outra variável. O Programa vem evoluindo ao longo dos anos de forma a propiciar um maior engajamento dos empregados na melhoria dos resultados operacionais da Companhia. Em 31 de dezembro de 2016, o saldo provisionado de participação nos lucros ou resultados da Companhia, na rubrica de obrigações estimadas, era de R$22.995 (R$25.257 em 31 de dezembro de 2015), com pagamento previsto para abril de 2017. 26. RESULTADO POR AÇÃO

A tabela a seguir concilia o resultado líquido dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e de 2015 com os montantes usados para calcular o lucro por ação básico e diluído.

2016 2015

NUMERADOR

Prejuízo líquido do exercício (184.825) (39.158)

DENOMINADOR

Média ponderada do número de ações ordinárias 215.552.737.827 204.677.428.401

PREJUÍZO BÁSICO E DILUÍDO POR AÇÃO ORDINÁRIA EM REAIS (0,00086) (0,00019) Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e de 2015 não existiam diferenças entre o resultado por ação básico e diluído, uma vez que a Companhia não possuía nenhum instrumento dilutivo.

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27. RECEITA LÍQUIDA

20162015

Reapresentado

Fornecimento/suprimento (nota 28) 14.983.565 14.172.671

Arrendamentos, aluguéis e outras 86.252 62.797

Receita de uso da rede 861.627 835.302

Receita de construção 889.631 936.829

Renda de prestação de serviço 47.270 10.213

Subvenção CDE 130.052 117.859

Serviço taxado 5.821 5.427

Valor justo do ativo indenizável da concessão (Nota 9) (20.285) 265.369

Receita não faturada - Aportes da conta ACR e CCRBT (nota 8) 19.073 1.049.263

Ativos e pasivos financeiros do setor - Receita não faturada (Nota 8) (1.144.949) (596.532)

RECEITA BRUTA 15.858.057 16.859.198

ICMS (3.859.082) (3.621.793)

PIS / COFINS (1.377.351) (1.278.192)

Outros (7.050) (5.382)

IMPOSTOS SOBRE RECEITA (5.243.483) (4.905.367)

Conta de Desenvolvimento Energético - CDE (1.526.525) (1.584.212)

Empresa de Pesquisa Energética -EPE (8.267) (7.590)

Fundo Nacional de Desenvolvimento - FNDCT (16.535) (15.182)

Eficiência Energética - PEE (41.342) (37.954)

Pesquisa e Desenvolvimento - P&D (16.535) (15.182)

Obrigações especiais (321.509) (246.786)

Outros encargos - Proinfa (17.167) (20.829)

Outros encargos (9.020) (9.869)

ENCARGOS DO CONSUMIDOR (1.956.900) (1.937.604)

TOTAL DAS DEDUÇÕES (7.200.383) (6.842.971)

RECEITA LÍQUIDA 8.657.674 10.016.227

A receita é reconhecida na extensão em que for provável que benefícios econômicos serão gerados para a Companhia, podendo ser confiavelmente mensurados. A receita é mensurada pelo valor justo da contraprestação recebida ou a receber. A receita bruta é composta pela receita de fornecimento de energia elétrica (faturada ou não faturada), receita de uso da rede, receita de construção e outras receitas relacionadas a outros serviços prestados pelas controladas da Companhia.

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A receita da Companhia é composta por mais de 4 milhões de consumidores, sendo que é bastante pulverizada e não possui concentração em poucos consumidores. As tarifas são determinadas pela Aneel e é aplicada para cada classe de consumidor.

A receita da Companhia possui certo grau de sazonalidade em função da variação da temperatura na sua área de concessão. O faturamento aumenta nos períodos que apresentam maiores temperaturas.

As obrigações especiais referem-se a receitas auferidas com ultrapassagem de demanda e excedente de reativos cobrada dos consumidores, no montante de R$58.850 no exercício findo em 31 de dezembro de 2016 (R$58.010 no exercício findo em 31 de dezembro de 2015), e ao diferencial tarifário relativo ao tratamento especial das perdas não técnicas da área de concessão da Companhia, no montante de R$262.659 no exercício findo em 31 de dezembro de 2016 (R$188.776 no exercício findo em 31 de dezembro de 2015), que, embora sejam faturados aos consumidores, não impactam a receita líquida da Companhia desde a última revisão tarifária da Companhia, ocorrida em novembro de 2013. Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2015, a Companhia conduziu discussões com a Aneel com o objetivo de manter a neutralidade tarifária do PIS/COFINS para a concessionária, cujos créditos de aquisição de imobilizado e intangível vem sendo repassados aos consumidores por meio da alíquota efetiva. Após a concordância do regulador, por meio da emissão do Ofício 591/2015 – SFF/Aneel em 05 de outubro de 2015, a Companhia reconstituiu o custo do ativo imobilizado e intangível, em contrapartida com a despesa de PIS/COFINS, uma vez que o custo do PIS/COFINS é recuperado efetivamente pela Companhia por meio da base de remuneração regulatória, quando do processo de revisão tarifária.

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28. FORNECIMENTO E SUPRIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA

2016 2015 2016 2015 2016 2015

Residencial 4.058.527 3.942.220 8.850 8.778 5.227.166 4.660.012

Industrial 7.060 7.366 1.060 1.274 488.941 484.795

Comércio, serviços e outras 326.839 325.873 7.149 7.567 3.891.290 3.735.070

Rural 12.160 12.054 67 73 7.112 6.987

Poder público 12.361 11.857 1.488 1.521 864.176 794.265

Iluminação pública 659 741 746 860 209.201 224.467

Serviço público 1.991 1.603 1.185 1.170 467.210 420.651

Consumo próprio 460 465 116 119 - -

FORNECIMENTO FATURADO 4.420.057 4.302.179 20.661 21.362 11.155.096 10.326.247

ICMS - - - - 3.859.082 3.621.793

Fornecimento não faturado (líquido de ICMS) - - - - (132.200) 224.631

TOTAL FORNECIMENTO 4.420.057 4.302.179 20.661 21.362 14.881.978 14.172.671

Energia de curto prazo - - 2.845 - 101.587 -

TOTAL SUPRIMENTO - - 2.845 - 101.587 -

TOTAL GERAL 4.420.057 4.302.179 23.506 21.362 14.983.565 14.172.671

N º de Contas faturadas (a) (b) GWh (a) R$

(a) Não examinado pelos auditores independentes (b) Número de contas faturadas em dezembro de 2016, com e sem consumo

29. CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS

2016 2015 20162015

Reapresentado2016 2015

Pessoal e administradores - - (207.097) (171.632) (132.403) (127.255)

Materiais - - (15.760) (13.119) 226 (385)

Serviços de terceiros - - (331.233) (283.888) (140.761) (155.389)

Energia elétrica comprada para revenda (nota 30) (5.875.922) (6.830.996) - - - -

Depreciação e amortização - - (391.417) (356.382) (42.186) (41.989)

Provisão p/crédito de liq. duvidosa - - - - (205.574) (152.931)

Provisão para riscos trabalhistas, cíveis e fiscais / êxito/ depósitos judiciais - - - - (5.679) (137.210)

Custo de construção - - (889.632) (936.829) - -

Multa por violação de indicadores - - - - (46.080) (41.164)

Outras receitas e despesas/ custos - - 115.496 32.729 (48.623) (51.870)

TOTAL (5.875.922) (6.830.996) (1.719.643) (1.729.121) (621.080) (708.193)

CUSTOS DESPESAS

Custos com energia Custos de operação Despesas gerais e administrativas

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30. ENERGIA ELÉTRICA COMPRADA PARA REVENDA

2016 2015 2016 2015

Encargos de conexão - - (14.634) (13.458)

Energia de curto prazo (Spot) 775 1.645 (38.756) (1.013.854)

Encargos uso da rede - - (320.618) (313.291)

UTE Norte Fluminense 6.368 6.351 (1.676.846) (1.301.208)

Itaipu - Binacional 5.113 5.099 (987.489) (1.427.757)

Transporte de energia - Itaipu - - (25.908) (22.801)

O.N.S. - - (22.085) (20.713)

PROINFA 534 525 (188.957) (127.191)

ESS - - (302.064) (253.280)

Outros contratos e leilão de energia 19.597 17.438 (2.869.563) (2.872.629)

Crédito de PIS/COFINS sobre compra - - 570.998 535.186

TOTAL 32.387 31.058 (5.875.922) (6.830.996)

GWh (a) R$

(a) Não examinado pelos auditores independentes

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31. RESULTADO FINANCEIRO

20162015

Reapresentado

RECEITA

Juros sobre parcelamento de débitos 44.262 32.088

Rendimento sobre equivalentes de caixa e títulos e valores mobiliários 25.706 33.863

Operações de swap - 359.059

Receita de contratos de mútuo - 28

Atualização de depósitos judiciais 17.393 18.003

Atualização de ativos e passivos financeiros do setor (Nota 8) 8.572 94.038

Outras receitas financeiras (a) 8.221 8.332

TOTAL DA RECEITA FINANCEIRA 104.154 545.411

DESPESA

Atualização de provisão para contingências (9.890) (9.610)

Despesas com passivos tributários (36.033) (19.777)

Encargos de dívida (598.780) (564.954)

Variação cambial e monetária 163.910 (578.672)

Operações de swap (327.188) -

Variação cambial sobre faturas de energia 73.415 (65.796)

Outras despesas financeiras (a) (34.103) (63.961)

TOTAL DA DESPESA FINANCEIRA (768.669) (1.302.770)

RESULTADO FINANCEIRO (664.515) (757.359) (a) Referente a outras receitas e outras despesas de naturezas diversas

Em 1º de abril de 2015, foi publicado o Decreto nº 8.426/15, que revogou o Decreto nº 5.442/05 e majorou a alíquota do PIS/COFINS sobre as receitas financeiras para 4,65% a partir de 1º de julho de 2015. Posteriormente, foi publicado o Decreto nº 8.451, de 19 de maio de 2015, o qual, entre outras medidas, manteve em zero a alíquota especificamente para as receitas registradas em razão da variação monetária sobre empréstimos, financiamentos e operações hedge. A Companhia está recolhendo o PIS/COFINS sobre as receitas financeiras, exceto sobre as receitas de operações de swap e as receitas das atualizações oriundas do Contrato de Concessão que são excluídas pela Lei 12.973/2014.

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32. CONCILIAÇÃO DOS TRIBUTOS NO RESULTADO Conciliação das taxas efetivas e nominais da provisão para imposto de renda e contribuição social:

2016 2015

Prejuízo antes do imposto de renda e contribuição social (LAIR) (276.561) (60.289)

Alíquota nominal de imposto de renda e contribuição social 34,0% 34,0%

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ÀS ALIQUOTAS PELA LEGISLÇÃO VIGENTE 94.031 20.498

Incentivos fiscais (a) - 2.025

Outros efeitos de imposto de renda e contribuição social s/ as adições e exclusões permanentes (2.296) (1.392)

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL NO RESULTADO 91.735 21.131

IRPJ e CSLL corrente no resultado - 1.393

IRPJ e CSLL diferido no resultado 91.735 19.738 (a) Refere-se a Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei nº 8.313/91), que possibilita a aplicação de até 4% do Imposto de Renda devido em ações culturais.

33. INSTRUMENTOS FINANCEIROS E GERENCIAMENTO DE RISCOS Abaixo, são comparados os valores contábeis e valores justos dos ativos e passivos de instrumentos financeiros:

Contabilizado Valor Justo Contabilizado Valor Justo

ATIVO

Equivalentes de caixa (nota 3) 526.669 526.669 234.619 257.570

Títulos e valores mobiliários (nota 4) 7.806 7.806 8.097 8.097

Consumidores, Concessionárias, Permissonárias e Clientes (nota 5) 2.443.451 2.443.451 2.216.520 2.216.520

Serviços prestados a receber 90.369 90.369 23.223 23.223

Swaps 138.361 138.361 373.590 373.590

Ativos financeiros do setor (nota 8) - - 611.676 611.676

Ativo financeiro de concessões (nota 9) 3.234.339 3.234.339 2.932.833 2.932.833

Outros créditos (nota 10) 208.317 208.317 226.209 226.209

TOTAL 6.649.312 6.649.312 6.626.767 6.649.718

PASSIVO

Fornecedores (nota 14) 1.139.704 1.139.704 1.333.953 1.333.953

Empréstimos e Financiamentos (nota 16) 2.944.125 2.654.520 3.369.461 3.130.969

Debêntures (nota 17) 3.057.682 2.776.306 2.924.731 2.695.407

Passivos financeiros do setor (nota 8) 524.701 524.701 - -

Swaps 87.900 87.900 720 720

Outros débitos (nota 21) 629.632 629.632 674.216 674.216

TOTAL 8.383.744 7.812.763 8.303.081 7.835.265

31.12.2016 31.12.2015

Em atendimento à Instrução CVM nº 475/2008 e à Deliberação nº 604/2009 que revogou a Deliberação nº 566/2008, a descrição dos saldos contábeis e do valor justo dos

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instrumentos financeiros inclusos no balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2016, estão identificadas a seguir:

Caixa e equivalentes de caixa

As aplicações financeiras em Certificados de Depósitos Bancários são classificadas como “empréstimos e recebíveis”.

Títulos e valores mobiliários

As aplicações financeiras em Certificados de Depósitos Bancários e outros títulos de liquidez imediata, são classificadas como “mantidas para negociação”, mensuradas a valor justo por meio de resultado.

Consumidores, Concessionárias, Permissionárias e Clientes

São classificados como “empréstimos e recebíveis”, mensurados ao custo amortizado, e estão registrados pelos seus valores originais, sujeitos a provisão para perdas e ajuste a valor presente quando aplicável.

Serviços prestados a receber

São classificados como “empréstimos e recebíveis”, mensurados ao custo amortizado, e estão registrados pelos seus valores originais, sujeitos a provisão para perdas quando aplicável.

Ativos e passivos financeiros do setor

São classificados como “empréstimos e recebíveis”, mensurados ao custo amortizado, e estão registrados pelos seus valores originais, acrescidos dos correspondentes, encargos, atualizações monetárias e sujeitos a provisão para perdas, quando aplicável.

Ativo financeiro de concessões

São classificados como “disponíveis para venda”, mensurados pelo seu valor justo no reconhecimento inicial. Após o reconhecimento inicial as variações para registro ao valor justo são reconhecidas na receita operacional liquida.

Fornecedores

Contas a pagar a fornecedores de bens e serviços necessários às operações da Companhia, cujos valores são conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável dos correspondentes encargos, variações monetárias e/ou cambiais incorridos até a data do balanço. Estes saldos estão classificados como outros passivos financeiros ao custo amortizado e se encontram reconhecidos pelo seu custo amortizado, que não diverge significativamente do valor justo.

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Empréstimos, financiamentos e debêntures

São mensurados ao custo amortizado. O valor justo, para fins de divulgação, foi calculado utilizando-se taxas de juros aplicáveis a instrumentos de natureza, prazos e riscos similares, ou com base nas cotações de mercado desses títulos. O valor justo para o financiamento do BNDES é idêntico ao saldo contábil, uma vez que não existem instrumentos similares, com vencimentos e taxas de juros comparáveis. Esses instrumentos financeiros estão classificados como “outros passivos financeiros ao custo amortizado”.

Outros créditos e outros débitos

Outros créditos e outros débitos, classificados como “empréstimos e recebíveis” e “outros passivos financeiros ao custo amortizado”, são mensurados a custo amortizado, e estão registrados pelos seus valores originais, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos, variações monetárias e/ou cambiais incorridos até a data do balanço ou sujeitos a provisão para perdas, quando aplicável.

Swaps

São mensurados pelo valor justo. A determinação do valor justo foi realizada utilizando as informações de mercado disponíveis e a metodologia usual de precificação: para a ponta ativa (em dólares norte-americanos) a avaliação do valor nominal (nocional) até a data de vencimento e descontado a valor presente às taxas de cupom limpo, publicadas nos boletins da Bolsa de Mercadorias e Futuros - BM&FBOVESPA.

É importante ressaltar que o valor justo estimado de ativos e passivos financeiros foi determinado por meio de informações disponíveis no mercado e por metodologias apropriadas de avaliações. Entretanto, considerável julgamento foi requerido na interpretação dos dados de mercado pela Administração para produzir a estimativa do valor justo mais adequada.

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a) Instrumentos Financeiros por categoria:

ATIVO

Empréstimos

e recebíveis

Valor justo

através do

resultado

Disponível

para venda

Empréstimos

e recebíveis

Valor justo

através do

resultado

Disponível

para venda

Equivalentes de caixa (nota 3) 526.669 - - 234.619 - -

Títulos e valores mobiliários (nota 4) - 7.806 - - 8.097 -

Concessionárias e permissonárias (nota 5) 2.443.451 - - 2.216.520 - -

Serviços prestados a receber 90.369 - - 23.223 - -

Swaps - 138.361 - - 373.590 -

Ativos financeiros do setor (nota 8) - - - 611.676 - -

Ativo financeiro de concessões (nota 9) - - 3.234.339 - - 2.932.833

Outros créditos (nota 10) 208.317 - - 226.209 - -

TOTAL 3.268.806 146.167 3.234.339 3.312.247 381.687 2.932.833

31.12.2016

PASSIVO

Outros

passsivos

Valor justo

através do

resultado

Outros

passsivos

Valor justo

através do

resultado

Fornecedores (nota 14) 1.139.704 - 1.333.953 -

Empréstimos e Financiamentos (nota 16) 2.944.125 - 3.369.461 -

Debêntures (nota 17) 3.057.682 - 2.924.731 -

Passivos financeiros do setor (nota 8) 492.472 - - -

Swaps - 87.900 - 720

Outros débitos (nota 22) 629.632 - 674.216 -

TOTAL 8.263.615 87.900 8.302.361 720

31.12.2016 31.12.2015

31.12.2016 31.12.2015

b) Política para utilização de derivativos A Companhia possui uma política para utilização de instrumentos derivativos aprovada pelo Conselho de Administração que determina a proteção do serviço da dívida (principal mais juros e comissões) denominado em moeda estrangeira a vencer em até 24 meses, vedando qualquer utilização de caráter especulativo, seja em derivativos ou quaisquer outros ativos de risco. Em linha com o disposto na política, a Companhia não possui opções, swaptions, swaps com opção de arrependimento, opções flexíveis, derivativos embutidos em outros produtos, operações estruturadas com derivativos e “derivativos exóticos”. Ademais, fica evidenciado através do quadro anterior que a Companhia utiliza o swap cambial sem caixa (US$ versus CDI), cujo Valor Nocional Contratado equivale ao montante de serviço da dívida denominada em moeda estrangeira a vencer em até 24 meses. b) Gerenciamento de riscos e objetivos alcançados A administração dos instrumentos derivativos é efetuada por meio de estratégias operacionais, visando à liquidez, rentabilidade e segurança. A política de controle consiste

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em fiscalização permanente do cumprimento da política para utilização de derivativos, bem como acompanhamento das taxas contratadas versus as vigentes no mercado. c) Risco de Mercado No curso normal de seus negócios, a Companhia está exposta a riscos de mercado relacionados a variações cambiais e taxas de juros. Segue abaixo o quadro com a abertura da dívida por moeda e indexador (não inclui encargos financeiros):

R$ % R$ %

USD 1.083.435 18,9 1.527.997 24,6

TOTAL - MOEDA ESTRANGEIRA 1.083.435 18,9 1.527.997 24,6

CDI 2.860.942 49,8 2.834.398 45,7

IPCA 600.000 10,4 717.646 11,6

TJLP 822.354 14,3 694.649 11,2

Outros 379.116 6,6 427.873 6,9

TOTAL - MOEDA NACIONAL 4.662.412 81,1 4.674.566 75,4

TOTAL 5.745.847 100,0 6.202.563 100,0

31.12.2016 31.12.2015

Para o montante da dívida em moeda estrangeira, foram contratados instrumentos de derivativos financeiros, na modalidade de swap, de acordo com a política para utilização de instrumentos derivativos aprovada pelo Conselho de Administração. Dessa forma, considerando os swaps, a exposição cambial da Companhia relacionada a dívida é de 0,60% do total da dívida em moeda estrangeira (0,79% em 31 de dezembro de 2015). A seguir, destacam-se algumas considerações e análises acerca dos fatores de riscos que impactam o negócio da Companhia:

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Risco de taxa de câmbio Para a parte dos empréstimos e financiamentos denominada em moeda estrangeira, a Companhia se utiliza de instrumentos financeiros derivativos (operações de “swap”) para proteção do serviço associado a tais dívidas (principal mais juros e comissões) a vencer em até 24 meses. As captações realizadas através da Resolução BACEN 4.131, junto ao Itaú, Citibank, Bank Tokyo e China Construction Bank, já foram contratadas com swap para todo o prazo da dívida, devidamente pré-aprovadas pelo Conselho de Administração. Segue abaixo o quadro com a composição das operações de derivativos existentes em 31 dezembro de 2016 e de 2015:

Instituição Moeda Light Recebe Light Paga Data de InícioData de

Vencimento

Valor

Nocional

Contratado

(US$) Mil

Valor MTM

Dez.2016

(R$) Ativa

Valor MTM

Dez.2016

(R$) Passiva

Valor Justo

Dez.2016

(R$) Saldo

Bank Tokyo US$ US$ + 3,65% CDI + 4,00% 17.03.2016 22.03.2017 6.255 20.370 (23.040) (2.670)

Citibank US$ US$ + Libor + 1,66% CDI + 1,00% 23.08.2012 23.02.2017 33.423 108.886 (88.434) 20.452

Citibank US$ US$ + Libor + 1,66% CDI + 1,00% 23.08.2012 23.08.2017 33.423 109.295 (88.843) 20.452

Citibank US$ US$ + Libor + 1,66% CDI + 1,00% 23.08.2012 23.02.2018 33.423 109.687 (89.235) 20.452

Citibank US$ US$ + Libor + 1,51% CDI + 1,15% 25.02.2014 26.02.2018 100.234 328.717 (267.882) 60.835

Bank Tokyo US$ US$ + 2,85% CDI + 0,88% 24.11.2014 21.11.2017 20.058 65.595 (51.969) 13.626

Itaú US$ US$ + 2,53% CDI + 3,50% 15.12.2015 15.02.2017 2.522 8.194 (9.813) (1.619)

Santander US$ US$ + 3,99% 129,95% CDI 01.02.2016 01.02.2017 31.529 104.309 (140.636) (36.327)

BNP US$ US$ + 4,07% CDI+1,90% 01.04.2015 03.04.2017 24.727 80.795 (83.324) (2.529)

BMG US$ VC + 0% 69,80% CDI 22.02.2016 10.10.2017 3.415 11.131 (8.973) 2.158

BMG / China US$ US$+Libor+3,50% 4,50% + CDI 30.09.2016 16.09.2019 38.834 135.860 (135.474) 386

TOTAL 327.843 1.082.839 (987.623) 95.216

Instituição Moeda Light Recebe Light Paga Data de InícioData de

Vencimento

Valor

Nocional

Contratado

(US$) Mil

Valor Justo

Dez.2015

(R$) Ativa

Valor Justo

Dez.2015

(R$) Passiva

Valor Justo

Dez.2015

(R$) Saldo

Tokyo US$ US$ + 2,45% CDI + 0,95% 11.03.2013 11.03.2016 60.000 36.756 - 36.756

Citibank US$ US$ + Libor + 1,66% CDI + 1,00% 23.08.2012 23.02.2017 33.333 43.021 (1.457) 41.564

Citibank US$ US$ + Libor + 1,66% CDI + 1,00% 23.08.2012 23.08.2017 33.333 42.257 (1.431) 40.826

Citibank US$ US$ + Libor + 1,66% CDI + 1,00% 23.08.2012 23.02.2018 33.334 41.864 (1.418) 40.446

Citibank US$ US$ + Libor + 1,51% CDI + 1,15% 25.02.2014 26.02.2018 100.000 127.191 (7.798) 119.393

Merrill Lynch US$ Libor + 2,15% CDI + 0,65% 10.11.2011 10.11.2016 13.500 11.540 - 11.540

Tokyo US$ US$ + 2,85% CDI + 0,88% 24.11.2014 21.11.2017 20.000 26.900 (1.397) 25.503

Itaú US$ US$ + 3,03% CDI + 1,50% 15.12.2014 12.12.2016 17.414 294 (23) 271

Santander US$ US$ + 3,39% CDI + 2,00% 05.02.2015 02.02.2016 44.233 44.105 - 44.105

BNP US$ US$ + 4,07% CDI+1,90% 01.04.2015 03.04.2017 24.404 13.910 (724) 13.186

TOTAL 379.551 387.838 (14.248) 373.590 O valor contabilizado encontra-se mensurado pelo seu valor justo em 31 de dezembro de 2016 de 2015. Todas as operações com instrumentos financeiros derivativos encontram-se registradas em câmaras de liquidação e custódia e não existe nenhuma margem depositada em garantia. As operações não possuem custo inicial.

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Segue quadro abaixo com a composição das operações de derivativos pertinentes às

operações via Resolução 4131 vigentes:

Accrual Mercado

Bank Tokyo US$ 17.03.2016 22.03.2017 20.386 6.255 (2.485) (2.670) (185)

Citibank US$ 23.08.2012 23.02.2017 108.928 33.423 20.847 20.452 (395)

Citibank US$ 23.08.2012 23.08.2017 108.928 33.423 20.847 20.452 (395)

Citibank US$ 23.08.2012 23.02.2018 108.929 33.423 20.847 20.452 (395)

Citibank US$ 25.02.2014 26.02.2018 326.671 100.234 62.632 60.835 (1.797)

Bank Tokyo US$ 19.11.2014 21.11.2017 65.370 20.058 13.917 13.626 (291)

Itaú US$ 15.12.2015 15.02.2017 8.218 2.522 (1.565) (1.619) (54)

Santander US$ 01.02.2016 01.02.2017 102.756 31.529 (31.017) (36.327) (5.310)

BNP US$ 01.04.2015 03.04.2017 80.587 24.727 (2.000) (2.529) (529)

BMG US$ 22.02.2016 10.10.2017 11.131 3.415 (2.326) 2.158 4.484

China CB US$ 30.09.2016 16.09.2019 126.564 38.834 221 386 165

TOTAL 99.918 95.216 (4.702)

31.12.2016

Dívida (US$) MilAtívo Líquido Swap

AjusteInstituição MoedaData de

Início

Data de

VencimentoDívida - R$

Accrual Mercado

Bank Tokyo US$ 11.03.2013 11.03.2016 116.880 60.000 33.551 36.756 3.205

Citibank US$ 23.08.2012 23.02.2017 67.333 33.333 42.399 41.564 (835)

Citibank US$ 23.08.2012 23.08.2017 67.333 33.333 42.399 40.826 (1.573)

Citibank US$ 23.08.2012 23.02.2018 67.333 33.334 42.399 40.446 (1.953)

Citibank US$ 25.02.2014 26.02.2018 235.750 100.000 127.266 119.393 (7.873)

Merrill Lynch US$ 10.11.2011 10.11.2016 52.715 13.500 11.115 11.540 425

Bank Tokyo US$ 24.11.2014 21.11.2017 50.782 20.000 26.913 25.503 (1.410)

Itaú US$ 15.12.2014 12.12.2016 68.000 17.414 442 271 (171)

Santander US$ 05.02.2015 02.02.2016 120.000 44.233 42.823 44.105 1.282

BNP US$ 01.04.2015 03.04.2017 95.294 24.404 13.966 13.187 (779)

TOTAL 383.273 373.591 (9.682)

Instituição MoedaData de

Início

Data de

VencimentoPrincipal - R$

Principal (US$)

Mil

Atívo Líquido SwapAjuste

31.12.2015

A diferença entre o valor na curva (accrual) e o valor a mercado se dá pela a distinta metodologia de cálculo, pois enquanto o saldo de swap na curva é calculado pelo valor do principal mais juros e câmbio atualizados até 31 de dezembro de 2016, o saldo do swap a mercado é calculado considerando a curva futura dos indicadores descontada pelo cupom cambial. Em atendimento às práticas contábeis brasileiras e ao IFRS, o valor dos instrumentos de derivativos é registrado a valor justo, que se aproxima aos valores de mercado. A seguir é apresentada a análise de sensibilidade para oscilações das taxas de câmbio, demonstrando os possíveis impactos no resultado financeiro da Companhia. Essas análises

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de sensibilidade foram preparadas assumindo que o valor dos saldos patrimoniais estivesse em aberto durante todo o exercício. A metodologia utilizada para o “Cenário Provável” considerou a melhor estimativa da taxa de câmbio em 31 de dezembro de 2017. Vale lembrar que por se tratar de uma análise de sensibilidade do impacto no resultado financeiro nos próximos doze meses, consideraram-se os saldos da dívida em 31 de dezembro de 2016. É importante salientar que o saldo das aplicações financeiras oscilará de acordo com a necessidade ou disponibilidade de caixa da Companhia, bem como o comportamento dos saldos de dívida e derivativos respeitará seus respectivos contratos. Análise de sensibilidade da Taxa de Câmbio, com apresentação dos efeitos no resultado antes dos impostos, utilizando as taxas e as projeções das seguintes fontes: BM&FBOVESPA (em 22 de março de 2017), BNDES (em 22 de março de 2017), FOCUS (em 17 de março de 2017).

OPERAÇÃO RiscoDívida (US$)

Mil

Provável

Cenário (I)

Cenário (II)

- 25%

Cenário (III)

- 50%

PASSIVOS FINANCEIROS 335.446 (27.139) 252.959 533.057

TN - Par Bond US$ 40.538 (3.280) 30.570 64.420

TN - Caução - Par Bond US$ (34.093) 2.758 (25.709) (54.177)

TN - Discount Bond US$ 28.361 (2.294) 21.387 45.069

TN - Caução - Discount Bond US$ (23.787) 1.924 (17.938) (37.799)

4131 Citibank 2012 US$ 100.268 (8.112) 75.612 159.336

4131 Citibank 2014 US$ 100.234 (8.109) 75.586 159.281

4131 Bank Tokyo 2013 US$ 6.255 (506) 4.717 9.940

4131 Bank Tokyo 2014 US$ 20.058 (1.623) 15.125 31.873

4131 Itaú 2015 US$ 2.522 (204) 1.902 4.007

4131 Santander 2016 US$ 31.529 (2.551) 23.776 50.103

4131 Bank BNP 2015 US$ 24.727 (2.000) 18.646 39.293

4131 China Construction Bank US$ 38.834 (3.142) 29.285 61.711

DERIVATIVOS 393.326 31.821 (296.606) (625.033)

Swaps de moeda (ponta ativa) US$ 393.326 31.821 (296.606) (625.033)

TOTAL DE GANHO (PERDA) 728.772 4.682 (43.647) (91.976)

Referência para Ativos e Passivos Financeiros -25% -50%

Cotação R$/US$ (% em 31.12.2017) 3,34 2,51 1,67

R$

Diante do quadro acima, é possível identificar proteção para toda a dívida em moeda estrangeira (considerando os próximos 24 meses), sem considerar os saldos de depósito caução. No entanto, considerando os saldos de depósito caução, a Companhia apresenta um saldo de dívida inferior ao montante atrelado aos derivativos, tendo impacto negativo no seu resultado quando a cotação R$/US$ apresenta queda.

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Risco de taxa de juros Este risco deriva do impacto das oscilações nas taxas de juros não só sobre a despesa financeira associada aos empréstimos, financiamentos e debêntures da Companhia, como também sobre as receitas financeiras oriundas de suas aplicações financeiras. A política para utilização de derivativos aprovada pelo Conselho de Administração não compreende a contratação de instrumentos contra esse risco. No entanto, a Companhia monitora continuamente as taxas de juros de forma a avaliar a eventual necessidade de contratar derivativos para se proteger contra o risco de volatilidade dessas taxas, sendo que, para estes casos, é solicitada aprovação prévia ao Conselho de Administração. Segue quadro abaixo com a posição das operações de swap de juros vigentes em 31 de dezembro de 2016 e de 2015:

Instituição Light Recebe Light Paga Data de InícioData de

Vencimento

Valor

Nocional

Contratado

(R$)

Valor MTM

Dez.2016

(R$) Ativa

Valor MTM

Dez.2016

(R$) Passiva

Valor Justo

Dez.2016

(R$) Saldo

HSBC CDI + 0,85% 101,9% CDI + (TJLP-6%) 18.10.2011 18.10.2017 65.370 25.880 (26.047) (167)

BMG CDI + 1,15% IPCA +7,82% 20.05.2016 17.05.2021 828.991 830.714 (867.404) (36.690)

PLURAL CDI + 1,15% IPCA +7,82% 20.05.2016 17.05.2021 207.248 209.242 (217.140) (7.898)

TOTAL 1.101.609 1.065.836 (1.110.591) (44.755)

Instituição Light Recebe Light Paga Data de InícioData de

Vencimento

Valor

Nocional

Contratado

(US$) Mil

Valor Justo

Dez.2015

(R$) Ativa

Valor Justo

Dez.2015

(R$) Passiva

Valor Justo

Dez.2015

(R$) Saldo

HSBC CDI+0,85% 101,9%CDI+(TJLP-6%) 18.10.2011 18.10.2017 150.000 - (720) (720)

TOTAL 150.000 - (720) (720) O swap de juros contratado com o banco HSBC está associado ao vencimento da CCB junto ao Bradesco. As operações de swap com o BMG e o com banco Plural estão associadas com a 9ª emissão de debêntures junto ao Banco do Brasil. Os objetivos das operações foram: (i) hedge com a receita, pois parte dos reajustes das tarifas são corrigidas pelo IPCA, e (ii) reforço de capital de giro, pois no período de carência das debêntures a Companhia receberá os recursos para a amortização dos juros atrelados ao CDI. A seguir é apresentada a análise de sensibilidade para oscilações das taxas de juros, demonstrando os possíveis impactos no resultado antes dos impostos. Essas análises de sensibilidade foram preparadas assumindo que o valor dos saldos patrimoniais estivesse em aberto durante todo o exercício. A metodologia utilizada para o “Cenário Provável” considerou a melhor estimativa da taxa de juros em 31 de dezembro de 2017. Vale lembrar que por se tratar de uma análise de sensibilidade do impacto no resultado financeiro nos próximos doze meses, consideraram-

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se os saldos da dívida e das aplicações financeiras em 30 de junho de 2016. É importante salientar que o comportamento dos saldos de dívida e derivativos respeitará seus respectivos contratos, bem como o saldo das aplicações financeiras oscilará de acordo com a necessidade ou disponibilidade de caixa da Companhia. Análise de sensibilidade das taxas de juros, com apresentação dos efeitos no resultado antes dos impostos, utilizando as taxas e as projeções das seguintes fontes: BM&FBOVESPA (em 22 de março de 2017), BNDES (em 22 de março de 2017), FOCUS (em 17 de março de 2017).

Operação RiscoProvável

Cenário (I)

Cenário (II) +

25%

Cenário (III) +

50%

ATIVOS FINANCEIROS (8.336) (952) 6.433

Equivalentes de Caixa e Títulos e Valores Mobiliários CDI (8.336) (952) 6.433

PASSIVOS FINANCEIROS 208.692 105.155 2.493

TN - Discount Bond Libor6M (476) (810) (1.144)

BNDES - Capex 2009/10 Sub A TJLP - (200) (382)

BNDES - Capex 2009/10 Sub B TJLP - (209) (392)

BNDES - Capex 2009/10 Sub N TJLP - - (1)

BNDES - Capex 2009/10 Sub O TJLP - - (1)

BNDES - Capex 2009/10 Sub P TJLP - (1) (2)

BNDES - Capex 2009/10 Sub Q TJLP - (1) (3)

BNDES - Capex 2011/12 Sub 1 TJLP - (30) (61)

BNDES - Capex 2011/12 Sub 2 TJLP - (1.614) (3.122)

BNDES - Capex 2011/12 Sub 3 TJLP - (1.977) (3.797)

BNDES - Capex 2011/12 Sub 4 TJLP - (2.067) (3.905)

Debêntures 8ª Emissão CDI 17.582 7.830 (1.922)

4131 Citibank 2012 Libor3M (1.005) (1.965) (2.926)

BNDES - Capex 2013/14 Sub A TJLP - (2.912) (5.540)

BNDES - Capex 2013/14 Sub B SELIC 4.154 2.430 707

BNDES - Capex 2013/14 Sub D TJLP - (60) (113)

BNDES - Capex 2013/14 Sub E SELIC 85 50 14

BNDES - CAPEX 2015/16 SUB A TJLP 9.534 6.846 4.158

BNDES - CAPEX 2015/16 SUB B SELIC 7.628 4.463 1.298

BNDES - CAPEX 2015/16 SUB C TJLP 4.429 3.180 1.932

BNDES - Olimpíadas 2013/16 Sub A TJLP - (339) (647)

BNDES - Olimpíadas 2013/16 Sub B TJLP - (354) (666)

BNDES - Olimpíadas 2013/16 Sub C SELIC 701 410 119

BNDES - Olimpíadas 2013/16 Sub D TJLP - (247) (472)

BNDES - Olimpíadas 2013/16 Sub E TJLP - (260) (488)

BNDES - Olimpíadas 2013/16 Sub F SELIC 515 301 88

CCB Bradesco 2016 CDI 8.386 3.734 (917)

CCB Banco do Brasil CDI 7.556 3.368 (828)

CCB CEF 2016 CDI 3.461 1.541 (378)

Conta Garantida - CEF 2015 CDI 4.609 2.053 (504)

Debêntures 9ª Emissão Série A CDI 45.201 20.129 (4.942)

Debêntures 9ª Emissão Série B IPCA 52.564 44.466 36.368

Debêntures 10ª Emissão CDI 39.124 17.451 (4.292)

Debêntures 11ª Emissão CDI 6.047 2.693 (661)

4131 Citibank 2014 Libor3M (1.003) (1.962) (2.920)

4131 China Construction Bank Libor3M (400) (782) (1.165)

DERIVATIVOS 181.974 119.483 56.997

Swaps de moedas (ponta passiva) CDI 55.089 27.096 (894)

Swaps de taxas (ponta ativa) Libor3M 2.005 3.920 5.836

Swaps de taxas (ponta ativa) Libor6M 7.249 7.392 7.535

Swap de taxas (ponta ativa) CDI 46.014 20.491 (5.031)

Swap de taxas (ponta passiva) IPCA 71.617 60.584 49.551

TOTAL 382.330 223.686 65.923

Referência para ATIVOS FINANCEIROS +25% +50%

CDI (% em 31.12.2017) 13,25% 16,56% 19,88%

Referência para PASSIVOS FINANCEIROS +25% +50%

CDI (% em 31.12.2017) 9,74% 12,18% 14,61%

TJLP(% em 31.12.2017) 7,50% 9,38% 11,25%

IPCA (% em 31.12.2017) 3,95% 4,94% 5,93%

Selic (% em 31.12.2017) 8,83% 11,04% 13,25%

Libor 3M (% em 31.12.2017) 1,16% 1,45% 1,73%

Libor 6M (% em 31.12.2017) 1,43% 1,79% 2,15%

R$

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Risco de crédito Decorre da possibilidade da Companhia sofrer perdas decorrentes de inadimplência de suas contrapartes ou de instituições financeiras depositárias de recursos ou de investimentos financeiros. Para mitigar esses riscos, a Companhia utiliza de todas as ferramentas de cobrança permitidas pelo órgão regulador, tais como corte por inadimplência, negativação de débitos e acompanhamento e negociação permanente das posições em aberto. O risco de crédito do contas a receber encontra-se pulverizado considerando a base de clientes da Companhia. Apresentamos no item “a” desta nota, um quadro resumo dos instrumentos financeiros por categoria, cuja informação contempla o risco de crédito máximo da Companhia. No que tange às instituições financeiras, a Companhia somente realiza operações de baixo risco, avaliadas por agências de rating. A Companhia possui uma política de não manter a carteira concentrada em uma determinada instituição financeira. Desta forma, a política tem como princípio controlar a concentração da carteira através de limites impostos aos Grupos, e acompanhar as instituições financeiras através do seu patrimônio líquido e de seus ratings. Por meio de sua política a Companhia poderá aplicar os recursos em produtos de renda fixa, pós-fixados indexados ao CDI e Títulos públicos pós-fixados.

Risco de liquidez O risco de liquidez evidencia a capacidade da Companhia em liquidar as obrigações assumidas. Para determinar a capacidade financeira em cumprir adequadamente os compromissos assumidos, os fluxos de vencimentos dos recursos captados e de outras obrigações fazem parte das divulgações. Informações com maior detalhamento sobre os recursos captados são apresentadas nas notas explicativas 16 e 17. A Companhia tem obtido recursos a partir da sua atividade comercial, do mercado financeiro e de empresas ligadas, destinando-os principalmente ao seu programa de investimentos e à administração de seu caixa para capital de giro e compromissos financeiros. A Companhia gerencia o risco de liquidez por meio do acompanhamento contínuo dos fluxos de caixa previstos e reais, bem como pela combinação dos perfis de vencimento dos seus passivos financeiros e de seus limites de indicadores financeiros (covenants). Em 31 de dezembro de 2016, a Companhia apresentava capital circulante negativo em R$572.061 (R$195.429 em 31 de dezembro de 2015). A Companhia apresentou uma melhora na geração operacional de caixa durante o exercício de 2016 em função dos

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ajustes tarifários obtidos durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2015 e da performance operacional apresentada em 2016, conjuntamente com a redução de investimentos e com a melhora no cenário hidrológico. Adicionalmente, a Companhia vem negociando a renovação dos empréstimos e financiamentos de curto prazo e alongamento do seu perfil de dívida, conforme descrito na nota explicativa 16, assim como espera uma maior geração operacional de caixa a partir da revisão tarifária, como descrito na nota explicativa 38. A Administração entende que o sucesso nessas etapas reverterá o cenário atual de capital circulante líquido negativo. Cabe destacar, também, que a Companhia apresentou fluxo de caixa operacional positivo nas suas operações de R$664.082 no exercício findo em 31 de dezembro de 2016 (R$618.286 positivo no exercício findo em 31 de dezembro de 2015), o que permitiu uma amortização de empréstimos, financiamentos e debêntures superior à captação no exercício de 2016 no montante de R$131.345 (captação de R$173.302 no exercício findo em 31 de dezembro de 2015). Além disso, conforme divulgado na nota explicativa 38, em 14 de março de 2017, a Aneel aprovou o resultado da 4ª Revisão Tarifária Periódica (RTP) da Companhia, que resultou em um aumento médio das contas de energia elétrica de 10,45%, a partir de 15 de março de 2017, o que assegurará um reequilíbrio econômico-financeiro para a distribuidora. Diante deste cenário, a Companhia entende que não existe incerteza material que coloque em dúvida a continuidade operacional. As notas de crédito (rating) atribuídas à Companhia pelas agências de classificação de risco são como seguem:

Fitch A- - 06.06.2016

S&P brBBB+/brA-3 - 09.06.2016

Moody's Baa3.br B1 21.07.2016

Ratings Nacional InternacionalData de

Publicação

A energia vendida pela Companhia é majoritariamente produzida por usinas hidrelétricas. Um período prolongado de escassez de chuva pode resultar na redução do volume de água dos reservatórios das usinas, acarretar em perdas em função do aumento de custos na aquisição de energia ou redução de receitas com a implementação de programas abrangentes de conservação de energia elétrica. O prolongamento da geração de energia por meio de termelétricas pode pressionar o aumento dos custos para as distribuidoras de energia, o que ocasiona uma maior necessidade de caixa no curto prazo, que são recuperáveis dentro do arcabouço regulatório vigente, e pode impactar em aumentos tarifários futuros. Dentro do processo normal de compra de energia e contratos de uso do sistema de

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transmissão, foram dados como garantia, principalmente em leilões de energia, no ambiente de comercialização regulado (ACR), conforme previstos nos contratos, recebíveis da Companhia, no montante de R$365.931, em 31 de dezembro de 2016 (R$369.469 em 31 de dezembro de 2015). O fluxo de realização para as obrigações assumidas em suas condições contratuais, as quais incluem juros futuros até a data dos vencimentos contratuais, são apresentadas conforme quadro abaixo:

Instrumentos a taxas de juros: De 1 a 3 mesesDe 3 meses a

1 anoDe 1 a 5 anos Mais de 5 anos Total

Pós Fixadas

Empréstimos, Financiamentos e debêntures (102.649) (1.126.336) (4.595.190) (2.488.814) (8.312.989)

Pré-Fixadas

Empréstimos, Financiamentos e debêntures (143.858) (184.021) (137.436) (29.153) (494.468)

Fornecedores (1.139.704) - - - (1.139.704)

Swap (23.139) 56.294 (46.159) - (13.004)

Total (1.409.350) (1.254.063) (4.778.785) (2.517.967) (9.960.165)

Risco de contratação de energia

O portfólio de contratos de energia consiste de contratos de Itaipu, PROINFA, cotas de garantia física - CCGF, cotas de Angra 1 e 2 e contratos de comercialização de energia elétrica no ambiente regulado – CCEAR’s. De acordo com o Decreto MME nº 5.163/2004, a contratação de energia elétrica pelos agentes de distribuição deverá ser realizada através de licitação na modalidade de leilão, sendo que a duração desses contratos (CCEAR’s) será estabelecida pelo próprio MME. Os custos associados à compra de energia são compostos por itens não gerenciáveis. A legislação atual estabelece que as empresas de distribuição devem garantir o atendimento a cem por cento dos seus mercados de energia e prevê que a ANEEL deverá considerar, no repasse dos custos de aquisição de energia elétrica, até cento e cinco por cento do montante total de energia elétrica contratada em relação à carga anual de fornecimento da distribuidora. A estratégia para contratação de energia pela Companhia busca assegurar que o nível de contratação permaneça na faixa entre 100% e 105%, minimizando os custos com a compra de energia requerida para atendimento ao mercado cativo. Adotou-se, dessa forma, uma abordagem de gestão de risco na compra de energia focada na identificação, mensuração de volume, preços e período de suprimento, além da utilização de ferramentas de otimização para suporte na decisão de contratação de energia.

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As incertezas do cenário macroeconômico e meteorológico impactam significativamente as projeções da carga para contratação. Porém os modelos utilizados norteiam as contratações com níveis de riscos aceitáveis e no decorrer do tempo há a necessidade de ajustes sobre as previsões. Os principais fatores de incerteza na compra de energia estão relacionados à previsão da necessidade de aquisição de energia com antecedência de cinco e três anos em relação ao início do suprimento da energia elétrica adquirida e à expectativa de preços futuros. O não atendimento a 100% do mercado poderá ensejar a aplicação de penalidades por insuficiência de contratação, além de não repasse dos custos integrais de compra de energia no Mercado de Curto Prazo às tarifas. As penalidades decorrentes do não atendimento à totalidade do mercado de energia elétrica dos agentes de distribuição não serão aplicáveis na hipótese de exposição contratual involuntária reconhecida pela ANEEL. Adicionalmente, a ANEEL não repassará os custos de aquisição de energia elétrica às tarifas dos consumidores finais, caso o nível de contratação seja superior a cento e cinco por cento (105%) do montante total de energia elétrica contratada em relação à carga anual de fornecimento do agente de distribuição. Para mitigação dos riscos de sobre e subcontratação (exposição), há instrumentos previstos na regulamentação tais como (i) leilões de ajuste, (ii) MCSD (Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits) de energia nova e existente, (iii) acordos bilaterais de redução contratual, (iv) venda de energia temporária, (v) opção por redução dos CCEAR’s de energia existente devido a migração de clientes ao mercado livre, acréscimos na aquisição de energia decorrentes de contratos celebrados antes da edição da Lei nº 10.848/2004 e outras variações de mercado e (vi) o reconhecimento de sobrecontratação ou exposição involuntária. Conforme disposto na Resolução Normativa ANEEL nº 453, de 18 de outubro de 2011, a eventual exposição ou sobrecontratação involuntária a qual as Distribuidoras possam ser submetidas, por fatos alheios a sua vontade, poderá ser repassada às respectivas tarifas. Este repasse deverá ser concedido, desde que os agentes de distribuição utilizem de todos os mecanismos previstos na regulamentação para atendimento à obrigação de contratação da totalidade de seu mercado de energia elétrica. A diferença não repassada à tarifa do consumidor é absorvida pela concessionária podendo resultar em risco ou oportunidade, dependendo do cenário de preços de energia ao longo do ano. A crise econômica, a temperatura, a migração de clientes especiais para o mercado livre e o aumento da tarifa de energia levaram a uma queda de mercado e, considerando que o nível de contratação da Companhia é definido a partir do resultado dos contratos de compra firmados e da energia requerida para o consumo dos clientes cativos, a

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Companhia encerrou o ano de 2016 com um nível de contratação de 106,2%, considerando os fatores involuntários à distribuidora. Embora este nível de contratação ainda possa ser ajustado e ficar abaixo de 105% do nível de contratação caso determinados fatores sejam considerados involuntários pelo órgão regulador, a Companhia não reconheceu como ativo financeiro do setor, em 31 de dezembro de 2016, o montante de R$29.500 referente a este possível repasse à tarifa, uma vez que este assunto ainda está sendo discutido com a Aneel. Embora haja o repasse dos custos relacionados à sobrecontratação involuntária para a tarifa, há um descasamento de caixa temporário, visto que os mesmos ocorrem em momentos distintos. Efeito semelhante ocorre quando há aumento de custos de compra de energia e encargos setoriais, o que ocasionalmente acaba gerando a necessidade da Companhia em se financiar através de capital de giro. A Companhia estima que o nível de contratação para o ano de 2017 ficará entre 100 e 105% do montante total de energia elétrica contratada em relação à carga anual de fornecimento da Companhia. e) Gestão do Capital Os objetivos da Companhia ao administrar seu capital são os de salvaguardar sua capacidade de continuidade para oferecer retorno aos acionistas e benefícios às outras partes interessadas, além de manter uma estrutura de capital ideal para reduzir esse custo. Para manter ou ajustar a estrutura do capital, a Companhia pode rever a política de pagamento de dividendos, devolver capital aos acionistas, emitir novas ações ou vender ativos para reduzir, o nível de endividamento.

31.12.2016 31.12.2015

Dívida de financiamentos, empréstimos e debêntures 6.001.807 6.294.192

(-) Caixa e equivalentes de caixa 561.804 257.570

Dívida líquida (A) 5.440.003 6.036.622

Patrimônio líquido (B) 2.486.026 2.549.435

Percentual de capital de terceiros - % (A÷ (B+A)) 69% 70% f) Valor Justo Hierárquico

Existem três tipos de níveis para classificação do valor justo referente a instrumentos financeiros. A hierarquia fornece prioridade para preços cotados não ajustados em mercado ativo referente a ativo ou passivo financeiro. A classificação dos níveis

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hierárquicos pode ser apresentada conforme exposto abaixo:

Nível 1 - Dados provenientes de mercado ativo (preço cotado não ajustado) de forma que seja possível acessar diariamente, inclusive na data da mensuração do valor justo.

Nível 2 - Dados diferentes dos provenientes de mercado ativo (preço cotado não ajustado) incluídos no Nível 1, extraído de modelo de precificação baseado em dados observáveis de mercado.

Nível 3 - Dados extraídos de modelo de precificação baseado em dados não observáveis de mercado.

31.12.2016Mercados

idênticos Nível 1

Mercados

similares Nível 2

Sem mercado

ativo Nível 3

ATIVO

Títulos e valores mobiliários (nota 4) 7.806 7.806 - -

Ativo financeiro de concessões (nota 9) 3.234.339 - - 3.234.339

Swaps 138.361 - 138.361 -

TOTAL 3.380.506 7.806 138.361 3.234.339

PASSIVO

Swaps 87.900 - 87.900 -

Total 87.900 - 87.900 -

Mensuração do Valor Justo

31.12.2015

Mercados

idênticos Nível 1

Reapresentado

Mercados

similares Nível 2

Reapresentado

Sem mercado

ativo Nível 3

ATIVO

Títulos e valores mobiliários (nota 4) 8.097 8.097 - -

Ativo financeiro de concessões (nota 9) 2.932.833 - - 2.932.833

Swaps 373.590 - 373.590 -

TOTAL 3.314.520 8.097 373.590 2.932.833

PASSIVO

Swaps 720 - 720 -

Total 720 - 720 -

Mensuração do Valor Justo

Em relação ao ativo financeiro da concessão, classificado como disponível para venda, a inclusão no nível 3 se deve ao fato dos fatores relevantes para avaliação a valor justo não

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serem publicamente observáveis. A movimentação entre os exercícios e os respectivos ganhos ou perdas no resultado do exercício estão evidenciados, assim como as premissas, nas notas explicativas 2 e 9. 34. SEGUROS Em 31 de dezembro de 2016, o grupo Light possuía seguros com cobertura abrangendo seus principais ativos, dentre os quais podemos citar: Seguro de Riscos Operacionais - cobre os danos causados às Usinas Hidroelétricas e Termoelétricas, incluindo, mas não limitada a todo seu maquinário, turbinas a vapor, turbinas a gás, geradores, caldeiras, transformadores, canais, túneis, barragens, vertedouros, obras civis, escritórios e depósitos. Todos os ativos estão segurados na modalidade de Riscos Operacionais, com cobertura “All Risks”, incluindo-se linhas de transmissão e distribuição até 1.000 pés do local de geração. Seguro de Responsabilidade Civil de Administradores e Diretores (D&O) - Tem por objetivo proteger os Executivos por perdas e danos resultantes do exercício das suas funções inerentes ao cargo ou posição como Conselheiros, Diretores e Administradores da Sociedade. Seguro de Responsabilidade Civil e Geral - objetiva o pagamento de indenização caso a Companhia venha a ser responsabilizada civilmente por meio de sentença transitada em julgado ou acordo autorizado pela seguradora, relativas a reparações por danos materiais e corporais involuntários, causados a terceiros e também aqueles relacionados à poluição, contaminação, vazamentos súbitos e ou acidentais. Seguro Garantia Financeira – Comercialização de Energia e Judicial, Seguro Patrimonial – Compreensivo Empresarial (Imóveis Alugados), Seguro de Transporte Internacional – Importação, Seguro Viagem Corporativo e Seguro de Pessoas. A composição dos principais seguros considerada pela Administração é resumida conforme a seguir:

De Até

Directors & Officers (D&O) 10.08.2016 10.08.2017 40.350 136

Responsabilidade Civil e Geral 31.10.2016 31.10.2017 20.000 910

Riscos Operacionais (a) 31.10.2016 31.10.2017 6.847.100 3.531

(a) Valor Total em Risco de R$6.847.100

Data de Vigência Importância

Segurada

Prêmio Bruto (considerando

Custo de apólice + IOF)

(a) Limite Máximo de Responsabilidade (LMR) de R$300.000 - Indenização

RISCOS

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35. REAJUSTE TARIFÁRIO

Em 01 de novembro de 2016, foi aprovado pela Aneel o processo de reajuste das tarifas da Companhia. O resultado homologado representa um reajuste tarifário com uma redução média de 12,25%. O índice de reajuste é constituído de dois componentes: (i) Estrutural, que passa a integrar a tarifa, de -1,24%, compreendido pelos custos não gerenciáveis (Parcela A) e gerenciáveis (Parcela B); e (ii) Financeiro, aplicado exclusivamente aos próximos 12 meses, de -4,23%. Considerando a retirada do componente financeiro presente atualmente nas tarifas da Companhia, de 6,79%, os consumidores observarão uma redução média em suas contas de luz de 12,25%. As novas tarifas entraram em vigor a partir de 07 de novembro de 2016.

36. CONTRATOS DE LONGO PRAZO

a) Contratos de compra de energia elétrica Em 31 de dezembro de 2016, a Companhia possuía compromissos de compra de energia como segue:

Ano

Mw médio

Contrato

bilateral

Mw médio ItaipuMw médio

PROINFA

Mw médio Leilões

de Energia

Mw médio

Total Contratos

2017 725 583 59 2.061 3.428

2018 725 586 59 2.093 3.462

2019 725 582 59 2.134 3.500

2020 725 578 59 2.186 3.548

2021 725 575 59 2.214 3.573

2022 725 575 59 2.214 3.573

2023 725 575 59 2.214 3.573

2024 725 575 59 2.214 3.573

2025 - 575 59 2.214 2.848

2026 - 575 59 2.214 2.848

2027 - 575 59 2.214 2.848

b) Compromissos significativos assumidos Em setembro de 2014, a Companhia assinou um contrato com a Landis+Gyr Equipamentos de Medição Ltda (“Landis+Gyr”) para o fornecimento de equipamentos e prestação de serviços para automação de redes áreas e subterrâneas por um Sistema Integrado, utilizando Redes e Dispositivos Inteligentes na Distribuição (“Projeto Smart Grid”). O contrato prevê o fornecimento de aproximadamente um milhão de medidores por cinco anos no valor total de R$750.000 sendo que ainda restam R$433.657 a incorrer.

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37. TRANSAÇÕES QUE NÃO ENVOLVEM CAIXA Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e de 2015, a Companhia realizou as atividades de investimento e financiamento abaixo que não envolveram caixa. Portanto, essas transações não estão refletidas nas demonstrações dos fluxos de caixa:

2016 2015

Encargos financeiros capitalizados (imobilizado e intangível) 36.114 34.472

Aquisição de ativo intangível em contrapartida a fornecedor 70.577 23.349

Receita de construção (DVA) 889.632 309.935 38. EVENTOS SUBSEQUENTES a) Aprovação pela Aneel do resultado da 4ª Revisão Tarifária Periódica (RTP) da

Companhia Em 14 de março de 2017, a Aneel aprovou o resultado da 4ª Revisão Tarifária Periódica (RTP) da Companhia. A 4ª RTP, prevista para ocorrer em 07 de novembro de 2018, foi antecipada para 15 de março de 2017 por meio da assinatura do 5º termo aditivo ao seu contrato de concessão, aprovado na 7ª Reunião Pública Ordinária da Diretoria da ANEEL, realizada em 7 de março de 2017, nos termos do Despacho ANEEL nº 2.194 de 16 de agosto de 2016. Em decorrência da assinatura do aditivo contratual, os processos tarifários ordinários da Companhia passarão a ocorrer no dia 15 de março de cada ano, sendo que a próxima RTP ocorrerá em 15 de março de 2022. O prazo final da concessão da Companhia permanece em 4 de junho de 2026. Foi efetuado o recálculo dos itens associados ao serviço de distribuição e redefinição dos percentuais de perdas regulatórias, que passaram a representar 36,06% do mercado de baixa tensão e o das perdas técnicas, 6,34% da Carga Fio regulatória (antes, tais repasses eram de 30,11% e 5,35%, respectivamente). As novas tarifas da Companhia refletem também uma atualização dos itens da Parcela A, associados à compra de energia, aos encargos setoriais e aos custos de transmissão, bem como dos componentes financeiros. O efeito conjunto deste processo resultou em um aumento médio das contas de energia elétrica da Companhia de 10,45%, a partir de 15 de março de 2017. Os itens associados às Receitas Irrecuperáveis e à Parcela B (Distribuição), associados aos custos gerenciáveis pela Companhia, representam 2,81% do efeito médio total. b) Rolagem do empréstimo junto ao Santander

Em 01 de fevereiro de 2017, foi realizada a rolagem da dívida da Companhia com o

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Santander, no montante de R$120.000 milhões através de uma Cédula de Crédito Bancário. A dívida vence no dia 1º de agosto de 2018 e tem taxa de juros de CDI + 4,5% a.a.

c) Rolagem do empréstimos junto ao Citibank

Em 03 de fevereiro de 2017, foi realizada a rolagem das dívidas da Companhia com o Citibank através de uma monetização de swap. A rolagem foi no valor de R$631.000, com vencimento 1º de novembro de 2019. A operação foi realizada através de operação 4131 com swap vinculado ao custo de CDI + 3,5% a.a. d) Rolagem da Nota de Crédito junto Banco do Brasil

Em 22 de fevereiro de 2017, foi realizada a rolagem da Nota de Crédito da Companhia com o Banco do Brasil, no montante de R$150.000. A operação tem 6 meses de carência e 6 amortizações bimestrais com vencimento em 22 de fevereiro de 2019 e taxa de 140% da média do CDI.

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EFETIVOS SUPLENTES

Nelson José Hubner Moreira Samy Kopit Moscovitch

Sérgio Gomes Malta Eduardo Henrique Campolina Franco

Mauro Borges Lemos César Vaz de Melo Fernandes

Marcello Lignani Siqueira Daniel Batista da Silva Júnior

Marco Antônio de Rezende Teixeira Rogério Sobreira Bezerra

Ana Marta Horta Veloso Vago

Edson Rogério da Costa Julio Cezar Alves de Oliveira

Marcelo Pedreira de Oliveira Luís Carlos da Silva Cantídio Junior

Carlos Alberto da Cruz Magno dos Santos Filho

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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DIRETORIA EXECUTIVA

Ana Marta Horta Veloso

Diretora Presidente e Diretora de Desenvolvimento de Negócios e

Relações com Investidores (interina)

Cláudio Bernardo Guimarães de Moraes

Diretor de Finanças

Jaconias de Aguiar

Diretor de Gente e Gestão Empresarial

Dalmer Alves de Souza

Diretor de Engenharia

Fernando Antônio Fagundes Reis

Diretor Jurídico

Luis Fernando de Almeida Guimarães

Diretor

Ronald Cavalcante de Freitas

Diretor de Comunicação

Wilson Couto Oliveira

Diretor Comercial

Roberto Caixeta Barroso Simone da Silva Cerutti de Azevedo

Superintendente de Controladoria Contadora - Gerente de Contabilidade

CPF 013.011.556-83 CPF 094.894.347-52

CRC-MG 078086/O-8 CRC-RJ 103826/O-9

SUPERINTENDÊNCIA DE CONTROLADORIA

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Light Serviços de Eletricidade S.A.

Demonstrações Financeiras Referentes ao

Exercício Findo em 31 de Dezembro de 2016 e

Relatório do Auditor Independente Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes

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Deloitte Touche Tohmatsu

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15º e 16º andares

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Brasil

Tel: + 55 (21) 3981-0500

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A Deloitte refere-se a uma ou mais entidades da Deloitte Touche Tohmatsu Limited, uma sociedade privada, de responsabilidade limitada, estabelecida no Reino Unido ("DTTL"), sua rede de firmas-membro, e entidades a ela relacionadas. A DTTL e cada uma de suas firmas-membro são entidades legalmente separadas e independentes. A DTTL (também chamada "Deloitte Global") não presta serviços a clientes. Consulte www.deloitte.com/about para obter uma descrição mais detalhada da DTTL e suas firmas-membro. A Deloitte oferece serviços de auditoria, consultoria, assessoria financeira, gestão de riscos e consultoria tributária para clientes públicos e privados dos mais diversos setores. A Deloitte atende a quatro de cada cinco organizações listadas pela Fortune Global 500®, por meio de uma rede globalmente conectada de firmas-membro em mais de 150 países, trazendo capacidades de classe global, visões e serviços de alta qualidade para abordar os mais complexos desafios de negócios dos clientes. Para saber mais sobre como os cerca de 225.000 profissionais da Deloitte impactam positivamente nossos clientes, conecte-se a nós pelo Facebook, LinkedIn e Twitter. ©2017 Deloitte Touche Tohmatsu. Todos os direitos reservados.

RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE

SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Aos Acionistas, Conselheiros e Diretores da

Light Serviços de Eletricidade S.A.

Rio de Janeiro - RJ

Opinião

Examinamos as demonstrações financeiras da Light Serviços de Eletricidade S.A.

(“Companhia”), que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2016 e as

respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do

patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as

correspondentes notas explicativas, incluindo o resumo das principais políticas contábeis.

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente,

em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Companhia em 31 de

dezembro de 2016, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o

exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as

normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting

Standards Board (IASB).

Base para opinião

Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de

auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na

seção a seguir, intitulada “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações

financeiras”. Somos independentes em relação à Companhia, de acordo com os princípios

éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas

profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais

responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de

auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.

Ênfase

Reapresentação dos valores correspondentes referentes ao exercício findo em 31 de dezembro

de 2015

Conforme mencionado na nota explicativa nº 2 às demonstrações financeiras, em decorrência

das reclassificações descritas na referida nota explicativa, os valores correspondentes à

demonstração do resultado, referente ao exercício findo naquela data, apresentados para fins

de comparação, foram ajustados e estão sendo reapresentados como previsto no CPC 23 –

Políticas Contábeis, Mudanças de Estimativas e Retificação de Erro e IAS 8 – Accounting

Policies, Changes in Accounting Estimates and Errors e no CPC 26(R1) – Apresentação das

demonstrações Contábeis e IAS 1 – Presentation of Financial Statements. Nossa opinião não

contém modificação relacionada a esse assunto.

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Principais assuntos de auditoria

“Principais assuntos de auditoria” são aqueles que, em nosso julgamento profissional, foram os

mais significativos em nossa auditoria do exercício corrente. Esses assuntos foram tratados no

contexto de nossa auditoria das demonstrações financeiras como um todo e na formação de

nossa opinião sobre essas demonstrações financeiras e, portanto, não expressamos uma

opinião separada sobre esses assuntos. Determinamos que os assuntos descritos abaixo são os

principais assuntos de auditoria a serem comunicados em nosso relatório.

Reconhecimento de receita – fornecimento de energia elétrica

Conforme mencionado na nota explicativa nº 27 às demonstrações financeiras, o faturamento

do fornecimento de energia elétrica, que compõe a principal receita da Companhia, é complexo

em função do volume, da pulverização e das diferentes tarifas e tipos de clientes, o que resulta

em uma elevada dependência de sistemas de informação, de modo a contemplar a totalidade

dos consumidores.

Além disso, a valorização da receita tem que estar em conformidade com os critérios

estabelecidos e homologados pelo órgão regulador, principalmente no que tange à classe dos

consumidores e tarifas estabelecidas para o período de fornecimento. Ao final do processo, de

faturamento, a sua adequação contábil depende da correta integração entre os sistemas de

faturamento e contábil.

Para endereçar os riscos significativos que envolvem principalmente a mensuração e reconhecimento de receita, dentre outros, os seguintes procedimentos de auditoria foram executados: avaliação do desenho, implementação e efetividade dos controles internos relevantes do faturamento e da receita; envolvimento dos nossos especialistas de TI para reprocessamento amostral da receita, considerando a tarifa e a classe do consumidor; teste de valorização da receita, através do confronto dos valores reconhecidos pela entidade, com as expectativas de consumo geradas a partir de nosso conhecimento da indústria; testes com base em amostragens, da exatidão e integridade dos saldos, através de confronto de documentos com os dados de consumo individual do departamento comercial e da análise das tarifas cobradas com as efetivamente autorizadas pelo órgão regulador; e teste da integridade entre os sistemas de faturamento e contábil.

Provisão para riscos e passivos contingentes

A Companhia possuí um número muito elevado de processos e questionamentos fiscais, cíveis, trabalhistas e regulatórios, cujos desfechos não estão sob controle da mesma (notas explicativas nº 18 e 19). Em função disso, a Companhia, em conjunto com seus assessores legais, precisa exercer um elevado grau de julgamento sobre a avaliação de riscos sobre os prognósticos e valores em risco para cada processo judicial ou administrativo. Devido principalmente ao exposto, parte dessas causas podem não ter seus prognósticos avaliados pelos assessores legais em tempo hábil para que sejam tempestivamente informadas ao departamento jurídico da Companhia e, consequentemente, não serem registradas na competência correta. Adicionalmente, as informações de cada assessor jurídico precisam ser analisadas, consolidadas e integradas com a contabilidade.

Para endereçar o risco significativo relativo a provisão para riscos e passivos contingentes, dentre outros, os seguintes procedimentos de auditoria foram executados: avaliação do desenho, da implementação e da efetividade dos controles internos relevantes sobre o ciclo de contingências; envio de confirmação independente para os advogados externos responsáveis pelos processos e questionamentos em curso e verificação da consistência entre essas respostas e os controles da Companhia, além da análise qualitativa das respostas; discussões com a Administração e seus assessores jurídicos sobre as premissas adotadas na definição dos prognósticos de perda dos processos mais representativos; análise de legal opinion independente obtidos pela Companhia para os processos cuja definição do prognóstico envolvia maior grau de julgamento; e revisão das informações incluídas na divulgação dos passivos contingentes nas notas explicativas às demonstrações financeiras.

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Realização de créditos diferidos

Conforme demonstrado na nota explicativa nº 7 às demonstrações financeiras, a Companhia possui valores elevados de créditos diferidos ativos referentes à prejuízos fiscais, base negativas e diferenças temporárias. A análise sobre o registro desses valores inclui alto grau de julgamento e estimativas pela Administração da Companhia, uma vez que é necessário que a mesma realize projeções, com premissas subjetivas, e possua lucros tributários futuros e passivos fiscais diferidos para a realização de tais créditos.

Nossos procedimentos de auditoria para endereçar o risco significativo que envolve a realização do crédito fiscal diferido foram, dentre outros: avaliação do desenho, da implementação e da efetividade dos controles internos relevantes sobre o reconhecimento e o acompanhamento dos créditos fiscais diferidos; envolvimento de nossos especialistas de valorização para a revisão das principais premissas e metodologia utilizadas pela Administração nas projeções para fins de recuperabilidade dos créditos fiscais diferidos, tais como as projeções de lucros tributários futuros; e análise dos resultados de 31 de dezembro de 2016 em comparação com às projeções aprovadas pela Companhia.

Mudanças de políticas contábeis no exercício findo em 31 de dezembro de 2016

Conforme mencionada na nota explicativa nº 2 às demonstrações financeiras e na ênfase relacionada à reapresentação dos valores correspondentes referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2015, a Companhia reavaliou algumas práticas contábeis adotadas e procedeu em alterações de políticas contábeis em 31 de dezembro de 2016 e reclassificações conforme preconiza o CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro. A Companhia alterou a classificação do valor justo do ativo indenizável da concessão e das receitas de multas cobradas por inadimplência dos seus clientes, que anteriormente eram classificados como receitas financeiras para receita líquida e outras receitas operacionais, respectivamente.

Nossos procedimentos relacionados às alterações de políticas contábeis efetuadas pela Companhia foram, dentre outros: avaliação das mudanças à luz dos CPCs e os IFRSs aplicáveis de modo a corroborar que as mudanças de práticas efetuadas pela Companhia são de fato aceitas, efetuando consulta formal aos nossos especialistas em normas técnicas e profissionais de contabilidade; desafiamos os argumentos técnicos utilizados pela Administração para definição das novas políticas contábeis verificando se na visão da Companhia a alteração refletiria de modo mais fidedigno o desempenho operacional e suas divulgações financeiras; verificamos a nova política contábil formal e as devidas aprovações requeridas pelos órgãos de governança da Companhia; obtivemos o entendimento e verificamos as reclassificações e seus efeitos nas demonstrações do resultado e do valor adicionado bem como das implicações ocorridas nos exercícios anteriores; e avaliamos a adequação da divulgação requerida nas notas explicativas às demonstrações financeiras.

Outros assuntos

Demonstrações do valor adicionado

As demonstrações do valor adicionado (DVA) referentes ao exercício findo em 31 de dezembro

de 2016, elaboradas sob a responsabilidade da administração da Companhia, e apresentadas

como informação suplementar para fins de IFRS, foram submetidas a procedimentos de

auditoria executados em conjunto com a auditoria das demonstrações financeiras da

Companhia. Para a formação de nossa opinião, avaliamos se essas demonstrações estão

conciliadas com as demonstrações financeiras e registros contábeis, conforme aplicável, e se a

sua forma e conteúdo estão de acordo com os critérios definidos no Pronunciamento Técnico

CPC 09 - Demonstração do Valor Adicionado. Em nossa opinião, essas demonstrações do valor

adicionado foram adequadamente elaboradas, em todos os aspectos relevantes, segundo os

critérios definidos nesse Pronunciamento Técnico e são consistentes em relação às

demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

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Outras informações que acompanham as demonstrações financeiras e o relatório do

auditor

A administração da Companhia é responsável por essas outras informações que compreendem

o relatório da administração e balanço social.

Nossa opinião sobre as demonstrações financeiras não abrange essas outras informações e,

portanto, não expressamos qualquer forma de conclusão de auditoria sobre esses relatórios.

Em conexão com a auditoria das demonstrações financeiras, nossa responsabilidade é a de ler

essas outras informações e, ao fazê-lo, considerar se esses relatórios estão, de forma

relevante, inconsistentes com as demonstrações financeiras ou com nosso conhecimento

obtido na auditoria ou, de outra forma, aparenta estarem distorcidos de forma relevante. Se,

com base no trabalho realizado, concluirmos que há uma distorção relevante nessas outras

informações somos requeridos a comunicar esse fato. Não temos nada a relatar a este

respeito.

Responsabilidade da administração e da governança pelas demonstrações

financeiras

A administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações

financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e de acordo com as normas

internacionais de relatório financeiro (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards

Board – IASB, e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a

elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se

causada por fraude ou erro.

Na elaboração das demonstrações financeiras, a administração é responsável pela avaliação da

capacidade de a companhia continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assuntos

relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração

das demonstrações financeiras, a não ser que a administração pretenda liquidar a Companhia

ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o

encerramento das operações.

Os responsáveis pela governança da Companhia são aqueles com responsabilidade pela

supervisão do processo de elaboração das demonstrações financeiras.

Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras

Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras, tomadas

em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou

erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto

nível de segurança, mas, não, uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as

normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distorções

relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são

consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro

de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas

referidas demonstrações financeiras.

Como parte da auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de

auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da

auditoria. Além disso:

Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras,

independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos

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2017-RJO-0149.docx

procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de

auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção

de distorção relevante resultante de fraude é maior do que o proveniente de erro, já que a

fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão ou

representações falsas intencionais.

Obtivemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para

planejarmos procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas, não, com o

objetivo de expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos da Companhia.

Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas

contábeis e respectivas divulgações feitas pela administração.

Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contábil de continuidade

operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe incerteza relevante

em relação a eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa em relação à

capacidade de continuidade operacional da Companhia. Se concluirmos que existe incerteza

relevante, devemos chamar atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas

divulgações nas demonstrações financeiras ou incluir modificação em nossa opinião, se as

divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências de

auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou condições futuras podem

levar a Companhia a não mais se manter em continuidade operacional.

Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações financeiras,

inclusive as divulgações e se as demonstrações financeiras representam as correspondentes

transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada.

Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, do

alcance planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria,

inclusive as eventuais deficiências significativas nos controles internos que identificamos

durante nossos trabalhos.

Fornecemos também aos responsáveis pela governança declaração de que cumprimos com as

exigências éticas relevantes, incluindo os requisitos aplicáveis de independência, e

comunicamos todos os eventuais relacionamentos ou assuntos que poderiam afetar,

consideravelmente, nossa independência, incluindo, quando aplicável, as respectivas

salvaguardas.

Dos assuntos que foram objeto de comunicação com os responsáveis pela governança,

determinamos aqueles que foram considerados como mais significativos na auditoria das

demonstrações financeiras do exercício corrente e que, dessa maneira, constituem os

principais assuntos de auditoria. Descrevemos esses assuntos em nosso relatório de auditoria,

a menos que lei ou regulamento tenha proibido divulgação pública do assunto, ou quando, em

circunstâncias extremamente raras, determinarmos que o assunto não deve ser comunicado

em nosso relatório porque as consequências adversas de tal comunicação podem, dentro de

uma perspectiva razoável, superar os benefícios da comunicação para o interesse público.

Rio de Janeiro, 23 de março de 2017

DELOITTE TOUCHE TOHMATSU John Alexander Harold Auton

Auditores Independentes Contador

CRC 2SP 011.609/O-8-“F” RJ CRC 1RJ 078.183/O-2

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DECLARAÇÃO DOS DIRETORES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DE 31 DE DEZEMBRO DE 2016

E RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES

Os diretores da Companhia declaram que examinaram, discutiram e revisaram todas as informações contidas nas Demonstrações Financeiras da Companhia relativas ao exercício indo em 31 de dezembro de 2016, bem como concordam com a opinião dos auditores independentes da Companhia, Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes, referenciadas no Relatório dos Auditores Independentes. Ana Marta Horta Veloso Diretora Presidente e Diretora de Desenvolvimento de Negócios e Relações com Investidores (interina) Cláudio Bernardo Guimarães de Moraes Diretor de Finanças

Jaconias de Aguiar

Diretor de Gente e Gestão Empresarial Wilson Couto Oliveira Diretor de Distribuição Fernando Antônio Fagundes Reis Diretor Jurídico Luis Fernando de Almeida Guimarães Diretor de Energia Ronald Cavalcante de Freitas Diretor de Comunicação

Dalmer Alves de Souza

Diretor de Engenharia

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Orçamento de Capital para o exercício de 2017 da Light S.E.S.A.

Com relação aos investimentos constantes no Orçamento de Capital para o exercício findo em 2016,

foram realizados 2,4% acima dos valores previstos, conforme demonstrado na tabela abaixo:

Aplicações Light SESA - 2016 - R$ MIL Previsto Realizado A Realizar

Investimentos em Ativos Elétricos 655.613 656.900 (1.287)

Distribuição 272.243 285.078 (12.835)

Ações Convencionais de Combate à Perdas 106.674 99.774 6.900

Novas Tecnologias de Combate à Perdas 158.176 150.893 7.283

Transmissão 118.520 121.155 (2.635)

Investimentos em Ativos Não Elétricos 53.250 68.656 (15.405)

Distribuição 3.000 2.142 858

TI 43.000 62.439 (19.439)

Logística 1.000 551 449

Patrimônio 3.000 1.492 1.508

Comunicação - 96 (96)

Finanças 3.250 1.935 1.315

Total 708.864 725.556 (16.692)

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Atendendo ao previsto no parágrafo 2º, do artigo 196, da Lei nº 6.404/76, submete-se a seguinte

proposta de Orçamento de Capital da Light SESA à Assembleia Geral Ordinária para o exercício de

2017, no valor de R$754.474 mil, conforme fontes de financiamento abaixo:

Fontes de Recursos - R$ MIL 2017

Retenção de Lucros do Exercício de 2016 -

Recursos Próprios ou de Terceiros 754.474

Total das Fontes de Recursos 754.474

A seguir é apresentado o resumo das aplicações do Orçamento de Capital para o exercício de 2017:

2017

Investimentos em Ativos Elétricos 679.083

Distribuição 378.969

Ações Convencionais de Combate à Perdas 189.798

Novas Tecnologias de Combate à Perdas 61.249

Transmissão 49.067

Investimentos em Ativos Não Elétricos 75.391

Distribuição 14.241

TI 55.223

Logística 875

Patrimônio 3.288

Finanças 1.764

754.474 Total

Aplicações Light SESA - R$ MIL