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Publicidade Publicidade Publicidade Semanário Sexta-feira | 5 de março 2021 | Ano XIV | N.º 429 Diretora: Joana Rosa COMÉRCIO E SESIMBRA DO SEIXAL DR LIBERDADE IGUALDADE FRATERNIDADE

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SemanárioSexta-feira | 5 de março 2021 | Ano XIV | N.º 429 Diretora: Joana Rosa

COMÉRCIOE SESIMBRA

DO SEIXAL

DR

LIBERDADEIGUALDADE FRATERNIDADE

Page 2: LIBERDADE IGUALDADE FRATERNIDADE · 2 days ago · pelo 25 de abril de 1974: liberdade, igualdade e fraternidade. ANA CLÁUDIA FLORES DR DR DR . Publicidade | 5 de março de 2021

EDITOR, REDAÇÃO E PUBLICIDADERua Bernardim Ribeiro, nº 392840-270 SeixalTelm. 969 856 802 Telf. 210 991 683 [email protected] Estatuto Editorial em:http://jornalcomerciodoseixalesesimbra.wordpress.comFacebook: Comércio do Seixal e Sesimbra

Diretora Comercial: Ângela RosaPaginação: Sofia RosaRepórter: Fernando Soares Reis 4164 AColaboradores: Agostinho António Cunha, Carmen Ezequiel, Dário Codinha, Fernando Fitas 1843A, Ivo Lebre CO-1010 A, José Mantas, José Sarmento, Manuel Matias, Margarida Vale, Maria Vitória Afonso, Mário Barradas, Miguel Boieiro, Paulo António CO-924A, Paulo Geraldo, Paulo Nascimento, Pinhal Dias, Rui Hélder Feio, Vitor Sarmento.

Impressão: Funchalense – Empresa Gráfica, S.A.Rua da Capela N. S.ª da Conceição, 50 – Morelena – Pêro PinheiroTiragem: 15.000 exemplaresO «Comércio» não se responsabiliza nem pode ser responsabilizado pelos artigos assinados pelos colaboradores. Todo o conteúdo dos mesmos é da inteira responsabilidade dos res-petivos autores.

Diretora: Joana Rosa TE-544ARegisto do título: 125282 Depósito Legal: N.º 267646/07Propriedade: Ângela RosaEditor: Cruzada de Letras, Lda.Contribuinte N.º 514 867 060

2 | ENTREVISTA

cam e valorizam a prestação humanis-ta dos cuidados de saúde, prestada por todos os profissionais. Como descreve a sua profissão nesta instituição?

Sendo eu assistente operacional no IPO Lisboa, considero, apesar da falta de reconhecimento, que as minhas fun-ções são indispensáveis para o bem-estar do doente. Aqui, contacto diariamente com vários profissionais de saúde que zelam pela vida, mesmo quando todas as esperanças estão esgotadas. Integrei uma equipa jovem e dinâmica que não vira costas à luta! Aprendo todos os dias a ser melhor funcionária e, principal-mente, a ser melhor Ser Humano.

Quais os principais obstáculos que a Covid-19 trouxe à sua profissão? Como é que os contorna?

A Covid -19 veio desumanizar muito o nosso trabalho. Teve que haver uma reinvenção na forma como contactamos com os doentes. Como passar empatia e conforto a alguém “mascarado” com EPI’s (Equipamento de Proteção Indivi-dual)? Foi difícil tentar ser humana sem ter contacto físico, contudo contornei a situação com palavras de carinho, âni-mo e esperança. Todos os dias são um desafio.

A carreira de Assistente Operacio-nal, a par com a de Assistente Técnico e com as equipas de limpeza, é mui-

As filarmónicas sempre foram as universidades de vida mais completas e, sendo o Seixal uma terra voltada ao movimento associativo, aqui se pro-movem diversas atividades. Conte-nos como foi a sua infância e a ligação à SFDTS.

Antes de mais quero agradecer o convite. A minha história com a SFDTS começa desde o dia em que nasci. Sou de uma família em que várias gerações já pertenciam à Timbre e, por ironia do destino, no dia em que nasci, o meu pai estava numa reunião de direção. Tenho 36 anos de vida e os mesmos de sócia, porque no dia seguinte do meu nas-cimento, o meu avô João Narciso (que exerceu vários cargos naquela casa) pro-pôs-me logo para ser sócia. As minhas primeiras memórias da Timbre são, de quando o antigo edifício foi demolido para dar origem ao que hoje existe. Lembro de estar na curva da marginal com o meu avô João a ouvi-lo contar-me histórias dos concertos de música. A Timbre sempre foi tema de conversa no seio da minha família. Lembro-me de ir aos bailes de carnaval, bailes da pinha e passagens de ano no salão nobre com a minha família. Comecei a vivenciar as atividades da Timbre a partir do ano de 1998 quando a Marcha Popular voltou a sair à rua. Tenho o orgulho de dizer que até 2010 (último ano que desfila-mos), era das marchantes mais antigas do Seixal. Ao longo dos anos, fiz parte de várias atividades, tais como o Coro Polifónico e do Grupo de Teatro Ivone Silva. Igualmente, integrei as direções dos anos de 2004 e 2005.

Como surge na sua vida a dignifica-ção da vida e do bem-estar através de um trabalho de dedicação ao próximo?

Por vicissitudes da vida. A minha avó materna esteve acamada vários anos e, depois da sua morte, precisava começar a trabalhar. Tal como várias pessoas aqui da terra, comecei na AURPIs, aqui no Seixal, a trabalhar na cozinha e, só 3 anos mais tarde, volto ao contacto dire-to com os utentes.

O IPO Lisboa é o principal hospital oncológico do país, logrando de pres-tígio social, médico, técnico e científi-co exemplar, sendo muito acarinhado pelos doentes e familiares, que desta-

tas vezes colocada em segundo plano. Devido à Covid-19, implementou-se ainda mais a ideia de que os Médicos e Enfermeiros são profissionais de pri-meira linha e os restantes são de reta-guarda. Concorda com esta ideologia?

De forma alguma! Engane-se quem pensar que nos hospitais há categorias mais importantes que as outras. O que seria do bem-estar do doente sem o conforto ou a ajuda da auxiliar? Somos nós que muitas vezes ouvimos os seus desabafos e as suas preocupações, para além de tudo o restante.

Do outro lado do seu dia-a-dia está o GRES Unidos de Vila Zimbra onde, muito mais que uma escola de samba, são uma família. Fale-nos desta asso-ciação e do seu papel nela.

O GRES Unidos de Vila Zimbra entrou na minha vida sem sequer eu estar à sua procura. Sempre gostei mui-to de carnaval e assisti durante vários anos aos desfiles das escolas de samba em Sesimbra até que em 2010 foi-me dada a oportunidade de desfilar a can-tar na Vila. Gostei tanto da experiência que fiquei até aos dias de hoje! Sendo também a Vila Zimbra uma coletivida-de, dinamizamos várias atividades, tais como os santos populares e a Festa do Senhor das Chagas. Ali encontrei uma nova família que trabalha em prol da escola e da cultura. Não fazendo parte

desde o início da sua formação, sinto a Vila como sendo minha. Ajudo no que for necessário, até a coser, mesmo não tendo o menor jeito! Somos uma escola literalmente feita por famílias inteiras e com várias gerações, desde o neto aos avós. Faço um pouco de tudo, desde cantar, tocar, ajudar a fazer fantasias, enfeitar ruas com alecrim para os san-tos, varrer o chão, etc. Sendo eu uma sócia ativa, faço também parte dos cor-pos gerentes.

A pandemia provocada pela Covid-19 e as consequentes limitações que provêm dos Estados de Emergên-cia, fizeram estagnar a cultura. Como sobrevive hoje uma associação cultu-ral? E como sobrevive um artista que não pode mostrar o seu trabalho?

A cultura, infelizmente, parou, mas o povo não vive sem cultura! Num mun-do em que a vida das coletividades é cada vez mais difícil por falta de gente, a pandemia só veio fazer, na minha opi-nião, com que quem realmente se inte-ressa pelo associativismo, demonstrasse ainda mais o nosso trabalho. Onde? Nas redes sociais! Tem sido um verdadeiro veículo de cultura em tempos de isola-mento social!

| 5 de março de 2021

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Um estado de espírito sempre alegre e uma força da natureza dedicada às atividades que desempenha, Ana Cláudia Flores é profissional de saúde, desempenhando o seu exemplar trabalho no Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, E.P.E. (IPO Lisboa). Para além da sua profissão, sempre dedicou a sua vida à cultura, fazendo parte da Sociedade Filarmónica Democrática Timbre Seixalense (SFDTS), no Seixal, e do Grupo Recreativo Escola de Samba Unidos de Vila Zimbra (GRES), em Sesimbra. O "Comércio" esteve à conversa com esta mulher que dignifica diariamente o legado deixado pelo 25 de abril de 1974: liberdade, igualdade e fraternidade.

ANA CLÁUDIA FLORES

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| 5 de março de 2021 SOCIEDADE | 3

Fernando Fitas vence 2ª edição do Prémio Internacional de Poesia António Salvado

O anúncio efetuado na manhã de dia 20 de fevereiro, data do 85º ani-versário do nascimento do patrono do certame, teve lugar no decurso de uma conferência de imprensa promovida para o efeito, nos paços do concelho daquela cidade, na qual foi anunciada a decisão do júri, constituído por treze personalidades ligadas à literatura, na sua maioria professores universitários.

Entre mais de 1200 obras inéditas, oriundas de 30 países, designadamen-te Brasil, Espanha, Portugal, Argen-tina México, Colômbia, Cuba, Peru, Venezuela, Chile Costa Rica e Moçam-bique, a escolha recaiu na obra “Elegia dos Pássaros”, enviada por Fernando Fitas, sob o pseudónimo Odisseias, na qual o poeta alentejano colige um conjunto de memórias que marcaram a sua vivência entre os amigos e fami-liares, não surpreendo, assim, que o aludido trabalho seja dedicado à memória seu irmão.

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Para o Presidente do Júri, Alfredo Alencar, trata-se de uma obra poética de grande beleza, composta por um vasto conjunto de metáforas que des-de o primeiro momento cativaram a esmagadora maioria dos jurados.

“Elegia dos Pássaros'' é, se quiser-mos, "um único poema, um rio, um longo poema, uma construção poética muito bem realizada, pelo que teve a pontuação máxima", adiantou o poeta espanhol.

Segundo o regulamento, as obras vencedoras, (em Português e Castelha-no) serão editadas em versão bilingue, no decorrer do ano pelas promotoras do referido prémio, o que deverá ocor-rer no final do Verão.

Ivo Lebre

Fernando Fitas, jornalista e poeta residente no Concelho do Seixal, acaba de ser declarado vencedor da 2ª edição do Prémio Internacional de Poesia António Salvado, instituído pela Câmara e Junta de Freguesia de Castelo Branco e aberto a autores de língua portuguesa e castelhana.

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4 | CULTURA | 5 de março de 2021

Perdão das DívidasCom o actual estado de pandemia, os Bancos têm mostrado uma estra-nha “preocupação” com as famílias e empresas com receio que quando se retirarem as moratórias, pode existir um colapso do sistema financeiro. Tal preocupação relaciona-se com o cré-dito mal parado que vão ter que lidar após as moratórias e suas consequên-cias financeiras.Adivinha-se que quem recorreu a mo-ratórias terá de contrair empréstimos para satisfazer as dívidas e quando esse momento chegar devido a vários factores, como por exemplo uma su-bida do desemprego, o sistema finan-ceiro poderá colapsar.São as famílias as que mais sofrem num cenário de crescente despedi-mento e redução de rendimentos fi-cando em risco de verem os bens pe-nhorados por não conseguirem pagar os créditos pessoais, existindo já mui-tos processos executivos pendentes à espera da luz verde para avançarem.É previsível que muitas famílias so-breendividadas tenham de recorrer à insolvência.O sistema judicial prevê que nas situa-ções de sobre-endividamento de pes-soas singulares, estas possam recorrer a um plano de pagamentos ou, nos casos em que não tem possibilidade de propor um plano faseado para li-quidação dos seus créditos, requerer o perdão das suas dívidas – a exone-ração do passivo restante.A exoneração dependerá de pedido expresso do insolvente e implicará a cessão aos credores, através de um fi-duciário, durante os cinco anos subse-quentes ao encerramento do processo de insolvência, do rendimento dis-ponível do insolvente e durante esse período, o insolvente ficará sujeito a um conjunto de deveres destinados a assegurar a efectiva obtenção de rendimentos para cessão aos credo-res, designadamente as obrigações de exercer uma profissão remunerada, não a abandonando sem motivo legí-timo, de procurar diligentemente tal profissão quando desempregado, não recusando desrazoavelmente algum emprego para que seja apto, bem como de informar o tribunal e o fidu-ciário de qualquer mudança de do-micílio ou de condições de emprego e ainda sobre as diligências realizadas para a obtenção de emprego.Findo os cinco anos ainda que as dí-vidas não estejam todas pagas, a pes-soa singular fica exonerada de todo o passivo.No entanto, apesar de a lei estar em vigor desde 2004, continua a ser des-conhecido para a maioria dos cida-dãos que, através do processo judicial de insolvência, é-lhes permitido pro-ceder à liquidação das suas dívidas faseadamente durante cinco anos e a final, se cumprirem e actuarem de boa fé, exoneram-se das dívidas que não tenham sido liquidadas.Com base em artigos do Dr. Luís M. Martins.

Escolha os serviços de um profissio-nal, contacte o Solicitador.Envie a sua questão para: [email protected]

Rostos do SeixalCORÁLIA MARIA MARIANO DE ALMEIDA

SARGAÇO LOUREIRO (1956)cação, Juventude, Património Cultural, Contratação Pública, Recursos Humanos, Modernização Administrativa e Informá-tica, acumulando a Vice-Presidência da Câmara nos mandatos de 1998 a 2001, de 2002 a 2005 e de 2013 a 2016. Foi ain-da membro da Assembleia Distrital de Setúbal de 1993 até 2015.

Figura de proa na defesa dos direitos das crianças, foi Presidente (1995 a 1997) e Secretária (1997 a 1999) da Comissão de Proteção de Menores da Comarca do Seixal, integrando ainda a Comis-são Nacional de Proteção de Crianças e Jovens até março de 2016. Entre 2005 e 2009, fez parte do Conselho de Admi-nistração da Associação de Municípios do Distrito de Setúbal, tendo assumido a sua Presidência. No Conselho de Admi-nistração da Sociedade Imobiliária Feri-mo, S.A., foi Presidente nos mandatos de 2005 a 2009 e de 2010 a 2013.

Mário Barradas

Distinta figura política seixalense, nas-ceu na localidade de Torre da Marinha, hoje situada na cidade do Seixal, sendo professora a sua profissão inicial, lecio-nou entre 1977 e 1997, ocupando diversos cargos para além da componente letiva. Licenciada em Administração e Gestão Escolar e bacharel em Contabilidade e Administração. Foi Delegada Sindical no Sindicato de Professores da Grande Lis-boa (SPGL) e a primeira mulher eleita Presidente da Assembleia Geral do Inde-pendente Futebol Clube Torrense.

Em 1986, já com Portugal na União Europeia, foi eleita membro da Assembleia de Freguesia de Arrentela, até 1992, foi Vereadora na Câmara Munici-pal do Seixal (1993 a 2016) tendo tido res-ponsabilidade política nas áreas da Ação Social, Saúde, Proteção Civil, Fiscalização Municipal, Partido Médico e Veterinário, Aprovisionamento, Ação Cultural, Edu-

Os POCEIROS, homens que cons-truíram centenas de poços no nosso concelho para abastecimento de água às populações, rega e utilização industrial.

De acordo com carta topográfica datada dos anos cinquenta do século passado, no concelho do Seixal havia nessa época um total de 366 poços, dos quais 229 sem engenho, 113 com enge-nho ou nora e 24 com sistema de aero-motor.

É importante recordar que só duran-te estes mesmos anos cinquenta se iniciou, no nosso concelho, o sistema de distribuição domiciliária de águas canalizadas. Nos tempos anteriores, as populações locais abasteciam-se em seis poços públicos também designados por «Poços da Câmara» ou nos poços da Quintas. As fábricas aqui existentes tinham também os seus poços particu-lares.

Os poços mais antigos, anteriores ao séc. XX, eram normalmente construí-dos em alvenaria calcária, como os que se encontram por exemplo na Quinta da

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POCEIROSRui Hélder FeioSolicitador

O VOZEIRO

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princesa, Quinta da Fidalga ou Fábrica da Pólvora, em Vale de Milhaços. Já no séc. XX construíram-se, essencialmen-te, poços em tijolos maciços com curva-tura ou em tijolo de dois furos.

Nos anos 30 e 40 do século passado distinguiu-se nesta arte de poceiro uma família residente em Corroios popu-larmente conhecida pelos «Gadelha», três irmãos chamados José, Jacob e Joa-quim.

Esta família construiu centenas de poços, não só no concelho do Seixal, mas também nos concelhos de Almada, Sesimbra e Palmela.

Nas imagens podemos ver: ao alto o Poço da Fábrica da Pólvora de Vale de Milhaços; em baixo à esquerda Joa-quim Simões de Corroios construindo um poço na Quinta do Farol (Freguesia da Aldeia de Paio Pires), ano de 1963; em baixo à direita um poço com enge-nho na Quinta do Pinhalzinho (Aldeia de Paio Pires).

Manuel Lima

Faz parte do Conselho de Administração da Rede Por-tuguesa de Municípios Sau-dáveis, tendo sido membro do seu Conselho Consultivo. Pio-neira dos direitos das mulhe-res, foi a primeira mulher a

integrar o Comité Executivo das Cida-des Saudáveis da Organização Mundial de Saúde (OMS), integra o Conselho Nacional do Movimento Democrático de Mulheres, pertenceu ao Conselho Direti-vo da Rede Intermunicipal de Coopera-ção para o Desenvolvimento e foi membro da Associação Intermunicipal de Associa-ção de Municípios da Região de Setúbal e é sócia honorária de várias associações culturais e sociais do concelho do Seixal.

Continua, ainda hoje, a deixar um pouco de si quando o seu caminho se cru-za com o nosso.

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6 | OPINIÃO | 5 de março de 2021

MulherLargo do Corpo Santo. Uma mulher,

vestida de escuro, encostada a uma por-ta, de pé bem firme na mesma e joelho saliente, olha para os transeuntes como se fossem a sua salvação. Não precisa de falar, o seu semblante mostra como a vida lhe tem sido pesada e dura. Aquele é o lugar onde busca o sustento, onde se esquece de quem é e vive, por bre-ves momentos, um pedaço de vida sem preocupações. O que virá a seguir logo se vê.

A ironia do destino é o nome que está na placa, por cima da sua cabeça. Corpo Santo. É com o corpo que se governa, com ele dá prazer e pouco mais recebe em troca. Isso do tal de prazer é para os clientes, que o amor faz-se com o seu homem. Só com ele o pode sentir e desejar. O resto é negócio. E ali, naquele local de passagem para a rua de chão pintado de cor de rosa, há muito turista que a olha com luxúria.

Os anos foram passando e a menina que foi deu lugar à mulher que agora é. Ficou com o mesmo canto que a sua mãe havia herdado da sua avó. Raio de vida de nepotismo que não amealha valor nem posição. Apenas um pedaço de pessoa que nem de ser é apelidada. A alma, aquilo que a podia fazer mudar, há muito se foi, roía pela necessidade e pela violência a que se sujeitou.

Lisete não é o seu nome, que esse não quer revelar. Afinal ainda sente algum pudor. Esconde-se numa espécie de capa invisível como se fosse possí-vel fugir ao destino que lhe foi traçado ao nascer. Nunca conheceu outra vida nem sabe que pode ser outra alguém. Aceitou-a. Um dogmatismo que a igre-

ja, mesmo ali ao lado, condena e apoia. Uma incongruência bizarra.

Nos dias de sol há mais clientes novos, daqueles diferentes mas que sabem onde buscar o prazer. Afinal somos todos pecadores e a carne tem apelos que o corpo entende. O que não entende é o que dizem mas isso não é relevante. Desde que cumpra a sua fun-

ção e seja remunerada, o resto não serve de nada. Nem sempre são homens que a procuram. As mulheres também são afoitas. E nos dias bons são casais que gostam de variar.

Lisete é apenas uma entre tantas que deixaram de ter rosto. São somente um suporte, um corpo onde os neces-sitados se afogam de livre vontade. É o porto seguro de marinheiros ébrios, o cais de atracação de passageiros erran-tes, o seio de quem não se soube resol-ver. Sem o saber, presta um serviço de grande valor, é a psicóloga perfeita que

PERDEMOS MAIS UM AMIGOVamos recordar David Robalo Salgueiro

Esse malvado vírus está a fazer-nos infelizes. Agora levou-nos o David Robalo Salgueiro (20-6-1943 – 16-2-2021), nosso amigo sincero, leal, fraterno e dedicado a fazer bem aos outros. Conheci o Robalo, ou David, ou Salgueiro há mais de 30 anos. Nascido em Zebreira – Idanha-a-Nova, sabedor da arte de cantaria veio trabalhar para os CTT - Correios de Portugal. Morava perto de mim, em Vale de Milhaços – Corroios, e na actividade sindical se destacou, conseguindo com a sua maneira singular resolver os problemas dos seus companheiros de trabalho. O David foi Secretário Nacional e Executivo do SINDETELCO - Sindicato Democrático dos Trabalhadores das Telecomunicações e Correios, onde foi Secretário-geral Adjunto, também do Conselho Geral da UGT - União Geral de Trabalhadores e do Conselho Geral da AAR – Associação Agostinho

Roseta (que gere a Escola Profissional com o mesmo nome). Foi uma pessoa sempre humilde, resolvia as coisas sem dar nas vistas, muitas vezes ocultando as estradas percorridas, pois o seu objectivo era a solução…nada mais. Ainda hoje, muita boa gente, não conhece bem a forma ardilosa, astuta e funcional como se movia nos corredores das decisões, sempre ou quase sempre com sucesso. Foi sempre um amigo leal, que preferia suportar os custos de alguma injustiça, para bem da organização e do bem-estar dos outros. Depois da sua passagem à reforma visitámo-nos amiúdas vezes, com frequência nos encontrávamos. O David nunca mais recuperou desde que a sua esposa (Etelvina Valente Marques) faleceu em dezembro de 2019. Quando nos encontrávamos sempre lhe dava ânimo e recomendava para não sair de casa, já que gostava de se encontrar com

os amigos caçadores. O David nunca mais foi o mesmo. A dor permanecia e apesar de lhe lembrar que, como disse Aquilino Gomes Ribeiro (13-9-1885 – 27-5-1963), “um dia é da caça e outro é do caçador”, a verdade é que se deixou caçar por este vírus malvado,

Manuel Matias

Margarida Vale

resolve vários males.

Largo do Corpo Santo. A esquina está vazia. Ausentou-se para mais uma cruzada. Esta não tem espada nem cruz mas provoca satisfação. Não aquela que alguns pensam ser a salvadora mas somente a temporária e que permite que a dureza da vida possa apresentar lados mais poéticos. Lisete é o veículo

para um momento que se esfuma num tempo indefinido.

Mulher não é só mãe ou boneca de enfeitar. Mulher é quem tem que dar o corpo para se sustentar. É aquela que estende os braços e tudo o resto, quan-do o homem precisa de se acalmar, de se afogar em si e depois seguir via-gem. Mulher é dor e sangue, vida que se interrompeu por não ter mais sol. É juventude que se foi e sonhos que nunca se realizaram.

Mulher, a que tem em si o fruto, a

que se desdobra e multiplica, a que se dá e nada pede em troca a não ser um pouco de respirar. Menina que sonha, jovem que se apaixona, mulher que ama e que procria. Mulher que labuta em inúmeros postos de trabalho, que chega a todos e se esquece de si. Mulher que conquistou o seu lugar, com sangue, suor e lágrimas, com mágoas que se engolem quando tudo começa a falhar. Mulher, recipiente de esperança.

Lisete, a que vende o corpo, Ana, a que abraça os filhos dos outros, Tina, a que ensina os meninos, Isaura, a que faz as melhore comidas, Helena, a que ouve quem precisa, Paula, a amiga de todas as horas, Catarina, a que desen-rasca todos, Carla, a que não desiste de ser mãe, Julieta, a eterna apaixonada, Maria, a que representa todas.

Todas são únicas e imperfeitas, tal como os dias em que tudo parece correr mal. O sol, esse brincalhão, ri-se delas mas sabe que o mundo não pode existir sem mulheres.Seres múltiplo, facetados, místicos, carregados de mistérios e de magia que não se sabem explicar, todas as mulheres são diferentes e apenas uma, a que é um ser humano e quer ser tratado com o respeito que lhe é devido.

Mulher, corpo que se agiganta e alma que lega a outras tantas que, um dia, se irão lembrar das que tiveram que des-bravar o caminho para que se pudesse, com calma, caminhar. Mulher, a atra-ção e o perigo, a bruxaria e o amor, a realidade e a dor. Mulher, a que ain-da chora sem que os outros consigam entender.

DR

traiçoeiro, cobarde e silencioso.

Deixo aqui esta homenagem, regada com lágrimas, apresentando a toda a sua família e especialmente aos mais chegados, como o seu filho Sérgio, os meus sinceros e fraternos sentimentos.

Perdemos um grande amigo e uma gigante pessoa. Repousa em descanso.

Que Deus te acompanhe e paz à tua alma. Obrigado David Robalo Salgueiro por tudo o que nos legaste.

DR

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8 | OPINIÃO | 5 de março de 2021

Paulo GeraldoProfessor

de Língua Portuguesa

Há assuntos que se esgotam quase no minuto em que acontecem. E, outros, que permanecem repetidamente nas nossas rotinas. É assim o nosso covid.

Apetece aplaudir, entusiasta e ener-gicamente pelo estado actual do país. Ninguém tem responsabilidade, claro. Porque todos somos idóneos e respon-sáveis, na medida em que os nossos comportamentos assim o indicam. Os governantes também. Porque apenas medeiam e têm orientado num facili-tismo próprio da condição de ser Luso. Sempre na expectativa de que a huma-nidade seja branda consigo mesma.

É assim o nosso covid. Nosso. De cada um. Do mundo inteiro. Ninguém está imune. Mesmo aqueles que já se iniciaram com a vacina. Porque esta não é cura, como muitos que pensam que o é. Necessária, mas cujo efeito só se mostrará daqui a alguns bons meses. Não é para já (para aqueles que pensam que foi um milagre de natal). Convém

Não deves recusar o esforço, porque ele é um caminho.

Num lugar que terás de descobrir, e que fica sempre alto e longe, existe para ti uma lagoa meio escavada na rocha, com relva muito verde em parte das mar-gens e cantos alegres de pássaros calmos.

Encontram-se lá os que amas, fortes e generosos. Sorridentes.

Há sol e também a sombra ampla de altas árvores. Por cima, apenas o céu, à distância de um último impulso.

Não é um destino inevitável, mas um lugar onde és esperado e que podes, ou não, alcançar, conforme a medida do teu desejo. Só quando lá chegares terás adqui-rido toda a tua envergadura. Somente lá te encontrarás contigo mesmo.

Existes para chegar a esse lago. Os

repeti-lo para que seja óbvio.Desculpem pelo registo, mais inter-

ventivo ou directo. Com menos espe-rança e mais preventivo.

Porém, já deveríamos ter assimilado mais qualquer coisa.

Quem sabe, fazer um minuto de silêncio por tamanha barbárie que aba-la o mundo inteiro.

Sente-se na pele o bafio a morte e saturação dos poros.

Talvez porque o tempo assim o permita. Um tempo próprio desta época do

ano, mas muito mais intensificado pelo frio persistente que se prolonga desde final do ano anterior.

Já não se fala em 2020 mas, no ano passado. Como se exista já um tem-po diferente e, há muitos dias atrás se tenha deixado todas as brutalidades provocadas por um agente invisível.

Voltamos a confinar.Nas bocas mais ruins, quem sabe, se

diga: bem feito!

teus olhos são capazes de pousar nas suas águas limpas e ver nelas aquilo que por enquanto apenas adivinhas.

Não podes querer mal aos caminhos que conduzem a esse lugar, embora sejam escarpados e se torne impossível evitar ferimentos e cansaços quando se segue por eles. Se o teu desejo de chegar for mesmo grande, nenhum sofrimento te parecerá insuportável.

A dor toma formas diversas e parece um inimigo, mas está ao teu serviço. Ela constrói-te, marca-te os limites e faz-te crescer por dentro dos teus muros.

Sem ela, não passarias de um projeto do homem que queres ser. Ela edifica-te os músculos, a cabeça e o coração, e não existe outra maneira de chegares lá aci-ma e te cumprires.

CONFI(N)ADOS A SI MESMOS

O Lago

CarmenEzequiel

(a autora escreve de acordo com a antiga ortografia)

Só que não é...nem, bem feito, nem muito menos, mal feito! Está feito! Ape-nas isso, com o muito que acarreta. Continuarão em baixa todos aqueles que sucumbiram, profissional, econó-mica, social, psicológica ou emocional-mente em resultado desta pandemia. Nem mesmo aqueles que permanece-rão com os seus postos de trabalho se poderão considerar em alta. Aqui não há ganhos. Só perda! Que se manterá.

Quase que apetece dizer: tenham jui-zinho!

Acalentem-se em casa. Protejam-se. (...) nem que seja só pelo frio.

Estejam atentos aos eventuais sinto-mas e aos cuidados que devem manter. Conheçam os candidatos às presiden-ciais e lembrem-se que a América e o Brasil estão muito longe porém, reali-dades que não se querem repetir, aqui tão perto.

Em outra altura, apelaria ao voto! Considero-o um dever cívico.

Sem alguma medida de sofrimento, não haveria ninguém dentro de ti.

No cumprimento sério dos teus deve-res, encontrarás a dor na forma de esfor-ço e de cansaço. Talvez de frustração e desilusão. Ou de pequenas injustiças. Mas pode muito bem ser que, tarde ou cedo, ela te procure sem disfarces e te faça cho-rar ou gemer. É frequente que se apresen-te assim, numa nudez que parece cruel.

Mas nem por isso te deves assustar ou desistir.

Se algum dia te parecer que tudo está perdido, ri-te, se puderes. É que te está a ser oferecido um degrau que te deixará incom-paravelmente mais acima no caminho. Deves ver nisso o sinal de que, por qualquer razão, é tempo de andares depressa.

Pelo menos, não te queixes. Lembra-te

A Liberdade Cantada no LapoNo dia 11 de Fevereiro ocorreu,

num restaurante de Lisboa, no restau-rante/associação cultural Lapo, mais uma manifestação a favor da liberdade individual. A mensagem era de que a liberdade tem de se fazer exercer e que devemos fazer o que melhor para cada um de nós: abrir os negócios.

A liberdade é algo conseguido há mais de 40 anos cá em Portugal e é, de facto, maravilhoso termos liberdade de expressão. Mas não nos podemos esque-cer o que significa ser livre e a diferença entre liberdade e egoísmo ignorante.

Tenho liberdade de pensar e dizer coisas? Tenho mas torna-se perigoso quando aquilo que digo vai influenciar de forma física outra pessoa. Vimos no que deu a liberdade de Donald Trump em dizer “vamos invadir o Capitólio!” perante um grupo de furiosos dispostos a partir e matar. Todos vimos Trump e todos vimos os energúmenos a marchar em nome de uma liberdade mas todos

estavam presos a uma ideologia, ela mesma presa num fanatismo que não deixa o pensamento escapar de duas palas bem opacas.

Estamos há mais de um ano a lutar contra algo que não se vê a olho nu e, por isso, para algumas pessoas o que não vêm é mentira. Só que, pessoas que trabalham com equipamentos sofistica-dos de análise e visualização do muito pequeno conseguem ver e estudar essas estruturas muito pequenas: os vírus. E não, não são mentiras, são bem reais.

Um grupo de pessoas pode ser livre o suficiente para se juntar, sem máscaras? Teria, se fosse possível mantê-los assim por 10 dias sem sintomas e sem presen-ça do vírus SARS-CoV-2. No entanto, a liberdade deles não permitiria estar 10 dias seguidos a proclamar a liberda-de. Entretanto, vão surgindo em diver-sos pontos, mais casos de proclamação da liberdade incentivados uns pelos outros. E agora? Mantemos a liberdade

e voltamos aos 15 mil casos diários ou mais? Ou limitamos a liberdade para chegar aos mil casos diários?

Estes grupos acham que são muito livres ao proclamar a liberdade indivi-dual e esquecem-se de que têm de con-duzir pela direita, parar no semáforo vermelho, usar cinto de segurança, etc. Todos temos uma zona de liberdades mas se sairmos dela estamos a limitar a liberdade dos outros. Pensando de for-ma egoísta, para mim é melhor passar no semáforo vermelho porque estou com pressa ou conduzir pela esquerda porque há mais trânsito na outra via. Mas isso é melhor para mim? E para os outros? E para todos? As regras existem porque é a maneira de haver menos danos a todos. Pode ser chato eu parar no semáforo vermelho se tiver pressa mas existe um elevado potencial de sobrevivência. Não sou livre se ficar parado num semáforo vermelho mas, com isso, estou a deixar outras pessoas

livres, enquanto eu continuo a viver, apesar de me atrasar um pouco.

É melhor limitar a liberdade ou dei-xar estar? Não podemos ver essa ques-tão só por uma pessoa. Temos de olhar de cima, para a população e ter algum conhecimento se quisermos ter funda-mento na nossa posição. Ou seja, dei-xar o egoísmo e a ignorância. Podemos cantar a liberdade? Podemos mas não contra o Governo, que nos quer livres o mais depressa possível, nem contra o vírus, que não têm ouvidos. Aqui nin-guém está a ser ditador. O vírus quer multiplicar-se e nós, para sermos livres como população saudável, temos de aceitar as regras que permitem isso: evitar a transmissão viral.

Só vamos ser livres quando todos limitarmos a nossa liberdade por um tempo. Parece um contrassenso mas não é.

Dário Codinha

Na actual, ainda assim, apelarei. Votem! Em consciência. Com conhecimento

e informação. Não só por mera opinião. Contradição ou, porque estão desa-creditados. Lembrem-se que vivemos numa democracia. Façam parte dela! Mantenha-na viva e não a deixem às mãos de ideologias totalitaristas. “O acaso só favorece a mente preparada” (Louis Pasteur)

Uma pequena nota de rodapé, para pedir desculpas a todos os que têm per-manecido corajosos neste período, e com civismo, porque fazem parte duma mesma sociedade, contribuíram e con-tribuem, para que as regras e medidas adaptadas façam parte das suas rotinas. Seria uma injustiça colocá-los no mes-mo patamar da desigualdade e, este texto não os refere.

de que há metamorfoses assim, que pare-cem aniquilar, mas não passam de uma maneira de fazer surgir a borboleta. Não te queixes, porque receberás umas asas e novas cores.

Esse lago, de onde de tão perto se pode olhar o céu, tem um preço que não é demasiado grande. Assim que alguém decide partir e se põe a caminho, tem consigo qualquer coisa que é própria dos que chegaram: uma certa forma de olhar para tudo; uma luz que se acende por dentro e se nota muito bem de fora.

E nem haverá problema se a morte te encontrar assim, inclinado ainda no gesto de subir, pois já tens em ti o teu lago, na imagem dele que te fez partir.

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| 5 de março de 2021 ENTREVISTA | 9

Classe de Talentos sem Fronteiras - Gifted 2021

Como surgiu a ideia de participar no Gifted 2021?

A ideia surgiu repentinamente quan-do vimos nas redes sociais o anúncio do concurso com as Inscrições Abertas. Preenchemos a candidatura e enviámos uma maquete para apreciação da pro-dução. No início de Janeiro recebemos a resposta a informar que tínhamos fica-do selecionados para a 1ª fase do concur-so... a partir daí foi uma aventura muito emocionante que decorreu até ao final do mês de Fevereiro!

De que forma se processam as dife-rentes etapas deste concurso? São todas on-line?

Sim, é um concurso totalmente online e as etapas passam todas pelo universo digital, uma vez que foram apresenta-das Galas Online, ao fim de semana, e as Galas da Semi-Final e da Final foram transmitidas em streaming com as atua-ções dos concorrentes em direto, o que para nós foi um desafio, uma vez que éramos o único grupo a concurso, ainda por cima com 25 elementos!

A 1ª fase, em que ficaram selecio-nados 60 concorrentes, é a fase ACA-PPELLA: tivemos que enviar para a produção um vídeo da classe Talentos sem Fronteiras, e em apenas 30 segun-dos mostrar o que podemos fazer apenas com a nossa voz, sem qualquer acompa-nhamento musical. Escolhemos o tema “Hallelujah” por ter sido o último tema que tínhamos trabalhado em conjunto, antes do novo confinamento. Nesta fase, foram também apresentados ao público e aos concorrentes, os 4 mentores (Vânia Blubird, Débora Zenha, Rita Listing e André Henriques – nomes conhecidos do meio artístico) que iriam acompa-nhar os 40 selecionados que passariam para a próxima fase. Depois de avalia-rem o nosso vídeo, a produção deu-nos conhecimento de que tínhamos sido um dos 40 selecionados e que dois dos men-tores tinham apreciado a nossa presta-ção e queriam de trabalhar connosco. O grupo teve que optar por um deles e escolhemos ser mentorados pelo André Henriques, que foi um grande apoio até à final!

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A 2ª fase, em que competimos em “batalha” com outro concorrente, é a fase VERSUS: nesta fase os concorren-tes das equipas dos mentores competem entre si e, apenas um, passa à próxima fase. Escolhemos, junto do nosso men-tor, um tema para interpretarmos e competirmos com outro concorrente, o João Reiz - também da equipa do André Henriques, e o resultado foi obtido atra-vés da votação do público. Para a fase VERSUS optámos por interpretar um tema poderoso e com o qual já tínhamos bastante confiança e que fazia parte do nosso repertório. Escolhemos o tema “Never Enough” e após se encerrar a votação do público, recebemos a notícia de que fazíamos parte do leque dos 24 semi-finalistas, com uma votação total de 95,6% do público! Ficámos estasia-dos de tanta alegria e empenhámo-nos a 100% para o próximo desafio!

A 3ª fase é a SEMI-FINAL e nesta fase, com o total de 24 concorrentes, o desafio ganha proporções ainda maio-res porque as Galas começaram a ser apresentadas em direto e a sensação é semelhante à de pisar um palco e atuar num concurso físico, porque tivemos acesso ao feedback do público através dos comentários nas plataformas strea-ming, tivemos pequenos momentos de entrevista com as apresentadoras do concurso (Joana Perez e Niina Vaz) ao porta-voz do grupo Diogo Carias, e, depois da atuação, ouvimos também breves comentários do nosso mentor à cerca da nossa prestação. Para esta 3ª fase decidimos levar a canção que mais vezes interpretámos nos últimos dois anos, por sentirmos que tinha tanto a força, como a mensagem que queríamos transmitir naquele momento. Interpre-támos “A million dreams”, numa versão adaptada e original do grupo. Esta fase também teve a votação do público e, em conjunto com a decisão dos quatro men-tores, decidiram-se os 8 finalistas que passaram à Final. A classe Talentos sem Fronteiras, foi mais uma vez surpreendi-da com a notícia de que eram um dos 8 finalistas do Gifted 21.

A 4ª e última fase, é GALA FINAL em que se descobre o grande vencedor

A Classe de Talentos sem Fronteiras brindou-nos novamente com uma excelente classificação num festival internacional. Desta vez no Gifted 2021, um concurso mundial, de onde trouxeram o 6º Lugar, como afirmam as técnicas de Arte-Musical e coordenadoras do projeto, Joana Videira e Ana Cristina Videira, conseguiram novamente levar o nome do Seixal para o mundo! As duas apresentaram ao Comércio o percurso neste festival e o trabalho da Classe no processo.

do concurso, e também, onde ficamos a conhecer as pontuações dos 8 finalistas. Também em direto, com momentos de entrevista ao porta-voz do grupo Diogo Carias e acesso aos comentários do nos-so mentor. Para esta gala optámos por, ao contrário das fases anteriores, apos-tar num tema que ainda não tinha sido interpretado por nós, totalmente em português e, claro, que passasse mais uma vez a força da nossa mensagem. Optámos por interpretar o tema “Sem Voz” do filme Alladin da Disney. O público foi o grande avaliador dos con-correntes e, através de uma votação flash de apenas 3 horas, deliberou o vencedor e os restantes lugares de classificação.

Ficámos num honroso 6º lugar, com cerca de 4 mil votos do público e ficámos muito contentes e satisfeitos com o resul-tado, para além de que sentimos imen-so apoio por parte dos nossos amigos, familiares e pessoas que não conheciam o nosso trabalho mas que, por terem gis-tado tanto, passaram a segui-lo!

Foi uma surpresa chegar a uma tão boa classificação?

Surpresa é sem dúvida a palavra que melhor descreve o nosso sentimento! No decorrer do concurso encontrámos vários obstáculos por termos que orga-nizar à distância 25 cantores. Fizemos tudo online: desde o combinar a rou-pa e os penteados, o ensaiar as canções com aulas online, preparar as galas em direto, decidir as canções a interpretar em cada fase, falar com o mentor e até mesmo definir pequenas coreografias para apresentarmos nas galas em dire-to.

Não foi fácil, mas as surpresas que nos aconteceram no decorrer do per-curso foram tão boas e gratificantes, que nos foram dando a força que pre-cisávamos para não desistirmos. Foram provas superadas e não podíamos estar mais satisfeitos com o resultado! O nos-so grupo mostrou que consegue, mes-mo à distância, trabalhar em equipa e que, juntos, conseguimos superar qual-quer desafio!

Sentiram que a escolha do tema em português, que levaram à final, foi um risco num concurso com tantas línguas diferentes? Ou um fator de diferencia-ção?

Para a final queríamos muito can-tar em português por dois motivos. O primeiro é porque não o tínhamos fei-to antes e sabemos que cantar na nossa língua tem sempre um significado mais especial, tanto para nós, como para o público. E em segundo lugar, era muito importante para nós que todos sentis-sem a força de cada palavra desta canção cantada em português e todos entendes-sem o que estávamos a cantar, para que a nossa interpretação e entrega fossem totais, uma vez que o nosso grupo é com-posto por elementos de várias idades, desde os 10 aos 20 anos.

Fechámos em grande este capítulo maravilhoso que foi o concurso Gifted 21 e gostávamos de agradecer publicamen-te a toda a produção da agência Gifted Talents, que foram os grandes impulsio-nadores e organização deste concurso e que nos prestaram um excelente acom-panhamento em todas as fases, desde o primeiro minuto.

Gostávamos de agradecer também a todos os concorrentes que partilharam connosco o “palco virtual” do Gifted 21, existiu sempre um grande sentido de entreajuda e trabalho de equipa entre todos e pudemos partilhar momentos que, para nós, foram inesquecíveis.

Em suma, mesmo em confinamen-to, conseguimos levar o nome do nosso Seixal, da nossa freguesia de Corroios e do Clube onde pertencemos - Centro Cultural e Recreativo do Alto do Moi-nho - além-fronteiras, e dar mais visibili-dade ao nosso projeto cultural.

Instagram: @talentossemfronteirasFacebook: /talentossemfronteirasE-mail: [email protected]

Ivo Lebre

DR

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| 5 de março de 202110 | SAÚDE

Fitoterapia

Miguel Boieiro

e nas regiões do próximo oriente.Herbácea anual, a ervilheira é uma

trepadeira com um sistema radicular pivotante muito ramificado na par-te superior do solo. Os caules são frá-geis, angulares e ocos com entrenós. As folhas dispõem-se em folíolos sésseis que terminam em gavinhas. As flores são papilionáceas com cinco pétalas bran-cas ou arroxeadas (variedade arvense) que aparecem nas axilas da folhagem. Os frutos são as vagens que comportam sementes lisas e redondas ou enrugadas. A planta é muito sensível à salinidade e à extrema acidez dos solos.

A ervilha seca possui uma elevada concentração de proteínas puras que podem ultrapassar os 30%. Nesse âmbi-to, registe-se que é a leguminosa com a maior quantidade de lisina, um aminoá-cido essencial. Detém ainda ácido fóli-co, hidratos de carbono, betacaroteno, vitaminas B1, B2, B3, C, E, K, magné-sio, ferro, zinco, potássio, cálcio e ferro, sendo, vantajosamente, pobre em sódio.

Previne diabetes, favorece a visão, fortalece os ossos, os músculos e o sis-tema imunitário, ajuda a digestão e a perda de peso. Na área da fitoterapia há ainda a referir que a farinha da ervi-lha é muito adequada para confecionar cataplasmas emolientes destinadas aos problemas dermatológicos e, segundo parece, há estudos comprovando que substâncias extraídas das sementes têm propriedades contracetivas.

São muito vastas as receitas culinárias em que as ervilhas secas ou verdes são uti-lizadas em sopas, purés e refogados nos países europeus, China, Japão, Tailân-dia, Índia, Tunísia, Argélia (Ver “Traité de Culture Potagère por l’Afrique du

Fascinado pela recente leitura das novelas “Filhas de Babilónia” de Aqui-lino Ribeiro que amiúde encima os capítulos com pequenos introitos em francês, também este modesto cronista resolveu encetar o seu prosaico texto à laia do mestre. Ele escreveu as três nove-las por volta de 1920 e, compreende-se, nesse tempo o francês era a língua fran-ca, culta e prestigiada por excelência, que estava na moda, ao invés do que hoje acontece.

A singela quadra com que se inicia a presente croniqueta retrata habilmente a importância das ervilhas na alimen-tação dos pobres camponeses em plena idade média. Bastavam ervilhas, pão de cevada (o do trigo era para a nobreza), toucinho, vinhaça e algumas moedas e podia-se dizer que bastava para viver, caso não subsistissem dívidas.

De facto, a ervilheira, da família botânica das Fabaceae, a que foi atribuí-do o nome científico de Pisum sativum, foi sempre uma planta importante na subsistência alimentar desde os primór-dios da Humanidade. Atualmente, face ao acesso fácil a alimentos proteicos nos países economicamente desenvolvidos, o seu protagonismo histórico está deveras olvidado, mas julgamos pertinente focar esse aspeto fulcral das sementes da ervi-lheira, as tão conhecidas ervilhas.

Escavações arqueológicas efetuadas em países da bacia mediterrânica ates-tam que as ervilhas já eram consumidas, a par dos cereais como o trigo e a ceva-da, há pelo menos 10 mil anos, ou seja, na época neolítica. Durante a antiguida-de clássica e mais tarde em toda a Idade Média, as ervilhas foram um alimento--base, sobretudo no continente europeu

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Nord”, publicado em 1944, que dedica 15 páginas só ao cultivo das ervilhas), Canadá (principal produtor mundial), etc., etc. Na Alemanha, é muito popular a “Erswurst” que é uma espécie de sal-sicha vegetariana elaborada a partir da farinha de ervilha. Menciona-se ainda o consumo da ervilha torta (sugar pea, em inglês, mange-tout, em francês) em que a ausência de cartilagens na vagem pro-picia o seu consumo integral incluindo a própria casca quando ainda se encontra imatura. Encontrei também uma breve referência ao consumo dos rebentos da ervilheira, hipótese com que, à partida, não simpatizo porque acho um infanti-cídio, impossibilitando a obtenção dos grãos.

Acrescente-se que esta simpática leguminosa, tal como as demais, fixa

em simbiose o azoto através da bactéria ”Rhizobium” instalada nos nódulos das raízes, enriquecendo, por essa forma, a fertilidade dos solos.

Devido à grande diversidade genéti-ca das ervilhas, seria imperdoável não mencionar que foi a partir do seu estudo que, no século XIX, Mendel estabeleceu as primeiras leis da genética moderna.

Por fim, há ainda a destacar a sim-bologia das ervilhas na heráldica, literatura, canto, pintura e noutras modalidades artísticas. Veja-se, por exemplo, os contos de Hans Christian Anderson e o famoso quadro de Picasso “Le pigeon aux petits pois”, avaliado em vários milhões de euros.

Posto isto, vamos lá a olhar para as ervilhas com outros olhos!

Ervilheira

O Dia Mundial do Doente foi instituído pela igreja católica em 1992 (após o diagnóstico da doença que viria a vitimar o Papa João Paulo II), com uma dimensão predominantemente espiritual e uma forte vocação caritativa. Em inglês, a designação é “World Day of the Sick”, e não Patient, ou seja, é mais uma referência à pessoa que sofre de uma doença do que ao doente enquanto utilizador dos serviços de saúde. Como tantas outras efemérides de origem religiosa, esta data tem potencialmente um alcance que ultrapassa o universo da fé e que acaba por coincidir com o da própria cultura. E até mais com o de uma cultura humanística do que com o de uma cultura estritamente médica (se esta existir sem aquela).

Em 2020, por esta mesma ocasião, falava-se de como seria um sistema de saúde que respondesse às expectativas, necessidades e valores dos doentes. Uma das mais importantes mudanças de paradigma das últimas décadas, em saúde, é o conceito de “Patient-

Centered Care” (Cuidados Centrados no Doente). Resumindo o mais possível os princípios fundamentais deste modelo, ele preconiza: o acesso ágil e não discriminativo ao sistema de saúde; o respeito pelas preferências das pessoas e o seu envolvimento nas decisões (que só é verdadeiramente possível investindo numa estratégia de educação para a saúde); a integração de cuidados, ou seja, a articulação entre as equipas hospitalares e de cuidados primários, de modo a que a transição entre elas se faça sem perdas de continuidade, e procurando desviar o foco da prestação de cuidados dos hospitais para a comunidade, ou mesmo para a casa dos doentes; a priorização do conforto físico e do bem-estar emocional, com envolvimento da família em todas as fases do processo.

O que aconteceu desde esse dia 11 de Fevereiro de 2020 – ou, mais concretamente, desde 2 de Março de 2020, data do primeiro diagnóstico de Covid-19 em Portugal?

Ninguém tem dúvidas de que houve uma deterioração do acesso a cirurgias, exames, consultas, urgências ou até mesmo a receituário crónico ou a contactos pontuais com os médicos assistentes. Foram também muito evidentes as quebras de continuidade e as dificuldades na transição e integração de cuidados entre hospitais e centros de saúde. A comunicação com os doentes e com as famílias sofreu o impacto das barreiras físicas, mas também das deficiências organizacionais. Muitas vezes as escolhas dos doentes foram menos informadas e mais baseadas num modelo tradicional, paternalista, em que é o médico que decide, ou então adiadas para melhores dias. Em suma, houve um desvio de esforços e de recursos para o combate à pandemia, que deixou em segundo plano alguns avanços que vínhamos fazendo em direcção a um modelo Centrado no Doente. Passámos do dia mundial do doente para o ano mundial de uma doença.

Passou um ano. Do meu ponto de vista, não faz qualquer sentido orientar esta reflexão para o apuramento de responsabilidades, técnicas ou políticas, pelo agravamento das dificuldades no sistema de saúde. Dificilmente alguma estrutura sanitária suportaria a avalanche desta pandemia, e isso é visível pelo mundo fora. Esta doença chegou e vai aos poucos ocupar o seu lugar nas nossas vidas, entrar na rotina da prestação de cuidados, normalizar-se. Mais mês, menos mês, vai-nos permitir recentrar e voltar a definir prioridades. Gostaria que este dia fosse um ponto de partida para retomarmos o diálogo entre médicos, doentes e decisores em torno da construção de um projecto de saúde centrado nos doentes e nas necessidades dos doentes.

Era disto que estávamos a falar há um ano, não era?

OPINIÃO

Dia Mundial do Doente Dr. Vasco Barreto Secretário Geral da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna

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CULTURA | 11 | 5 de março de 2021

História das Filarmónicas Centenárias Seixalenses e dos seus Coretos em Plataforma Nacional

A Meloteca (www.meloteca.com) foi criada em 2003, à qual se junta agora o Musorbis (www.musorbis.com), lançado em dezembro de 2020, é uma construção em curso. Foram solicitadas informações sobre os músicos e o património musi-cal concelhio a todos os municípios do país, ao qual responderam menos de 5%. Ambos os sítios se incrementam e com-plementam cada vez mais para o alcance regional, nacional e internacional. Os músicos profissionais (não apenas intér-pretes, mas aqueles cuja formação e ati-vidade gira em torno da música) podem constar na Meloteca. Sendo que existem 308 concelhos em Portugal, cada um terá a sua página de músicos, a sua página de órgãos de tubos, a sua página de icono-grafia musical, as suas salas de concerto, uma página para cada filarmónica e os seus coretos e outros artigos que ainda estão a ser definidos. Para enriquecer a informação histórica do Seixal, foi per-petuado um artigo da autoria de Mário Barradas, sobre os seis coretos que exis-tiram no concelho do Seixal, estando a ser preparada mais informação para levar a música e os músicos do Seixal a maior conhecimento pela população.

O concelho do Seixal já dispôs de cin-co coretos (das filarmónicas) e um de um clube recreativo. Dois deles – o da Tim-

bre Seixalense e o da União Seixalense, foram demolidos por “preguiça política”, visto o Seixal ser um entrave ao Estado Novo. No Seixal, foram demolidos os coretos das duas bandas, que ainda hoje constam no brasão da freguesia, assim como a ponte ferroviária que ligava o Seixal ao Barreiro (1969), unindo estes concelhos severamente industrializados que faziam “braço-de-ferro” ao regime. O governo impediu ou destruiu diver-sas obras e a evolução civil deste arco ribeirinho a sul do Tejo: Seixal, Almada, Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete que se uniam para travar a opressão e o atraso emanado dos governos de Salazar e Caetano.

Primeiro foi demolido o da Sociedade Filarmónica Democrática Timbre Seixa-lense “Os Franceses” – fundada a 18 de abril de 1848, sofreu muitas alterações de denominação. O seu coreto situava--se no Largo da Igreja – Seixal, sendo erigido no advento da república e demo-lido em 1967, com a justificação de falta de espaço para os carros estacionarem. Depois seguiu-se o da Sociedade Filar-mónica União Seixalense “Os Prussia-nos” – fundada a 1 de junho de 1871 (quase a completar 150 anos de existên-cia), a qual nasceu por divergência políti-ca oriunda na Guerra Franco-Prussiana

(1870), sendo única na sua denomina-ção popular. O seu coreto localizava-se na Praça Luís de Camões – Seixal, sen-do construído no início do século XX e demolido em 1969, pois "ocupava larga-mente a Praça Luís de Camões, sendo necessário o trânsito afunilar ao passar por ele". Hoje, ambos os locais dos core-tos têm a sua simbologia desenhada em calçada portuguesa.

Quanto à Sociedade Filarmónica União Arrentelense – criada em 23 de março de 1914 por fusão das duas filar-mónicas existentes em Arrentela (a Real Sociedade Fabril Arrentelense e a Real Sociedade Filarmónica Honra e Glória), tendo ido buscar a data da fundação desta última: 1872, o seu coreto situava--se no jardim junto à baía, na Avenida da República – Arrentela, sendo demoli-do nos anos 60 do século passado. O pri-meiro coreto de Arrentela foi construído em 1899 e desmantelado em 1943. Foi edificado um segundo coreto em 1944 em estilo romântico, com uma gran-de cúpula neo-árabe. Este coreto ficou destruído com a queda de uma árvore, durante um temporal em maio de 1970, tendo sido o restante da sua edificação demolido, sendo construído um lago no seu lugar, ainda hoje existente.

O coreto da Sociedade Filarmónica Operária Amorense – fundada a 28 de junho de 1898 e que deve o seu nome à acentuada industrialização daquela fre-guesia no final do século XIX, situa-se na Praça 4 de Outubro à Avenida Silva Gomes – Amora, de frente para a baía (do lado oposto onde ficava o coreto de Arrentela). Em meados dos anos 50 do século passado, a freguesia teve um segundo coreto na localidade da Quinta da Cruz de Pau, pertencente ao Clube Recreativo da Cruz de Pau. Ambos sur-gem no auge da cultura filarmónica em Portugal, sendo que o da Cruz de Pau não resistiu ao tempo e o de Amora ain-da lá está imponente com as amoras tra-balhadas nos seus varandins. Na Aldeia de Paio Pires, a Sociedade Musical 5 de Outubro – fundada a 5 de outubro de 1888 com o nome de Sociedade Filar-mónica Capricho Aldeense, alterou a sua denominação com a implantação da república em 1910. O seu coreto, reabi-litado em 2018, situa-se no Largo Dom Paio Peres Correia em pleno jardim cen-tral da Aldeia de Paio Pires e foi o últi-mo a ser erigido. Esteve muitos anos ao abandono, sendo restaurado em 2018, num trabalho exímio levado a cabo pela Câmara Municipal do Seixal.

A Meloteca e o Musorbis são as duas plataformas complementares de um reconhecido projeto de divulgação da música em Portugal levado a bom-porto por António José Ferreira, onde constam biografias dos músicos profissionais e informações sobre o património musical concelhio de todos os municípios do país, onde constarão artigos históricos e eventos sobre os órgãos de tubos, a sua página de iconografia musical, as suas salas de concerto, as filarmónicas e os seus coretos.

Cúpula do Coreto da Aldeia de Paio Pires

Coreto da Cruz de Pau

Coreto da Timbre

Coreto da União

Coreto da Arrentela Coreto da Amora

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| 5 de março de 202112 | ENTREVISTA

Como é que se enquadra a modali-dade do Andebol no CCR Alto do Moi-nho?

O CCR Alto do Moinho tem 42 modalidades com cerca de 150 atletas, o andebol é a modalidade de maior dimensão. Sempre tivemos uma gran-de tradição no clube e nunca foi abaixo com o passar dos anos. Somos reconhe-cidos a nível nacional pelo trabalho de qualidade que fazemos na formação de talentos, tendo atletas em várias equi-pas da 1ª divisão e nas seleções nacio-nais jovens. Ao longo dos anos o nosso Departamento de Andebol tem obtido os melhores resultados do Concelho e constitui-se como a grande referência a sul do Tejo e não só.

Como veem o evoluir desta época no Andebol dadas as circunstâncias que a prática de qualquer desporto atraves-sa?

Infelizmente estamos a atravessar a pior fase que o desporto já viveu. Esta paragem de um ano e meio (no míni-mo) vai trazer muitos problemas no futuro. O maior problema de todos, que é transversal a qualquer desporto, será manter os atletas na prática do Ande-bol. Ainda assim, no que depender de nós, vamos estar cá para resolver esses problemas. Apesar de tudo, estamos relativamente otimistas quanto ao futu-ro. Já estamos a pensar na nova época que começará em setembro.

Têm a possibilidade de subida de divisão para o Campeonato Placard Andebol 1 como objetivo?

Temos sempre a ambição de chegar mais longe em todos os escalões e nos seniores não é diferente. Com uma equi-pa bastante jovem, com muito potencial e muito bem orientada é natural ambi-cionarmos chegar à 1ª divisão. Quando isso acontecer, teremos de ter todas as condições para conseguir representar o nosso concelho de forma honrosa. Como tal, contaremos com o apoio de patrocinadores, da CMS e essencial-mente, da competência dos nossos diri-gentes na organização e gestão de todo o processo.

Como são geridos os treinos da equi-pa durante esta fase complicada para o país?

Durante este período de confina-mento estamos bastante limitados no tipo de trabalho que podemos efetuar. Os atletas têm planos físicos que vão realizando de acordo com a sua dis-ponibilidade e mediante o material de treino que cada um possui em casa. De qualquer forma, temos consciência de que quando regressarmos aos treinos

de campo teremos de voltar a fazer uma “pré-época” para conseguirmos colocar os nossos jogadores nos níveis físicos desejados e evitarmos, ao máximo, que eles se lesionem.

Sentem que conseguem manter a vossa motivação e a motivação dos atle-tas?

Estas últimas duas épocas têm sido um desafio a esse nível. Torna-se bas-tante complicado manter a motivação num cenário de incerteza e de medo como o que atualmente nos deparamos. Em tempos de pandemia o desporto passa para 2º plano e a nossa saúde e a dos nossos é tudo o que importa. Feliz-mente temos um grupo ambicioso, com muita vontade de treinar, de competir e de evoluir que faz com que essa motiva-ção esteja sempre presente e seja trans-versal a toda a equipa.

Que expetativas têm para o jogo de 27 fevereiro?

Devido à pandemia, o jogo foi altera-do para dia 19 de março. Temos cons-ciência que será um jogo bastante difícil pois o Benfica é um clube que está num patamar qualitativo bastante acima do nosso. Como se isso não bastasse, vamos para esse jogo depois de uma paragem de quase 2 meses sem treinar nem com-petir. Se a tarefa já era difícil tornou-se agora quase impossível. Mas é a Taça de Portugal e as surpresas acontecem. O que queremos é que os nossos atletas desfrutem da experiência de competir contra um grande do andebol nacional, que a aproveitem para crescer enquan-to jogadores de andebol e que no final guardem essa recordação, independen-temente do resultado. Uma coisa é cer-ta, iremos dar sempre o nosso melhor e deixar a nossa alma em campo, como é apanágio desta equipa em todos os jogos.

Ivo Lebre

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Numa entrevista diferente, onde a personalidade em destaque é a equipa de Seniores de Andebol do CCR Alto do Moinho, os principais responsáveis conversaram com o “Comércio” sobre o potencial da equipa. Com os treinos parados, a resiliência de atletas e responsáveis é a garantia para o nível de sucesso a que a equipa nos habituou. “As surpresas acontecem” e estamos todos à espera de uma no dia 19 de março.

Equipa Senior de Andebol

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SOCIEDADE | 13 | 5 de março de 2021

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Uma residente de Corroios há mais de 30 anos, corre agora o risco de per-der a sua casa, na situação frágil em que o país se encontra. Fernanda, com 67 anos e viúva, viu a sua situação agravar--se após a morte do marido há 13 anos. Em plena crise após perder o compa-nheiro, viu também a microempresa de materiais de construção, que tinham juntos ruir e as dívidas a instalarem-se.

Pedro Glória, o filho desta residente do Miratejo, criou uma campanha de ajuda através do crowdfunding, para evitar que esta perca a casa. Pedro con-ta que o marido da mãe era “um pilar importante na sua vida”, “um homem muito estimado por todos nós e tam-bém muito estimado pela comunidade no Miratejo, onde vivia já há muitos anos, antes de se juntar com a minha mãe”. Relata-nos também que a mãe continua a trabalhar como auxiliar de geriatria “fazendo alguns trabalhos ao domicílio na região de Lisboa” e que “já conseguiu vender a pequena casinha de família onde nasceu, mas faltam-lhe ainda alguns euros para saldar a sua dívida, salvar a casa onde vive atual-mente e descansar finalmente a cabeça desta tormenta”.

O filho reside no Algarve mas conta com a ajuda da sua companheira e de alguns familiares, com quem se lançou na campanha de angariação de fundos na plataforma GoFundMe, que tem como objetivo reunir os últimos 6 mil euros que faltam para que a Fernanda possa man-ter a sua casa. “Todos/as juntos consegui-mos dar uma ajudinha à Dona Fernanda e ela ficará para sempre grata a todos e todas que puderem ajudar”, diz o filho.

Residente de Corroios em risco de perder a casa, conta com a ajuda de todos

A contribuição pode ser feita por qualquer cidadão e os factos confirma-dos através do acesso ao site. Depois do acesso à plataforma basta que pesquise o título da campanha de angariação de fundos “Ajude a Dona Fernanda a Não Perder a Sua Casa”, poderá fazer o seu donativo de forma pública ou anónima.

Ivo Lebre

Com os versos do saber.

MotePra que possam entenderVai mostrar que é capazCom os versos do saber

Flui mundo de amor e Paz!

GlosaPra que possam entender

O percurso foi traçadoDa caneta depender

Deixa o poema glosado

Caminhos são percorridosVai mostrar que é capaz

Com o amor dos requeridosSegue e não volta atrás

Quiçá mundo a resolverPlas ideias iluminadas

Com os versos do saberMentes sãs…aglutinadas

Com a arte filosóficaExercício satisfaz

O que terá a sua lógicaFlui mundo de amor e Paz!

Pinhal Dias

POESIA

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14 | LAZER

SU DO KU

21-03 a 20-04

21-06 a 23-07

21-04 a 21-05

21-04 a 21-05

24-07 a 23-08

24-09 a 23-10

24-08 a 23-09

24-10 a 22-11

23-11 a 21-12

22-12 a 20-01

21-01 a 19-02

20-02 a 20-03

SOLUÇÃO

SIGNOS CHINESES

filme

Carneiro

Touro

Gémeos

Caranguejo

Leão

Virgem

Balança

Escorpião

Sagitário

Capricórnio

Aquário

Peixes

05 a 11 de março

| 5 de março de 2021

Miguel Esteves Cardoso é um nome bem co-nhecido do público português. As suas crónicas, divertidas e certeiras, fazem parte do percurso de muitos que se identificam com as mesmas. As suas palavras conseguem chegar ao que se costuma apelidar de sensível e simples.

Não precisa de esperar todas as semanas para ler o que escreveu, o seu pensamento so-bre os temas do momento e a forma como lhe consegue dar a volta e abraça tantos que enten-dem ao seu desabafo.

Agora reunidas em livro, pode aproveitar e ser todas, sentado na sua casa, de forma confor-tável e fazer as anotações que entender necessá-rio. Não se torna cansativo e os apontamentos de humor, salpicados com emoção, são a mais valia para uma leitura cheia de prazer.

livro

BOI – CABRA – CÃO – CAVALO – COELHODRAGÃO – GALO – MACACO – PORCO

RATO – SERPENTE – TIGRE

Amor: O seu cansaço pode prejudicar a sua relação amoro-sa. Procure estar calmo. Não se desgaste à toa!Saúde: Evite andar tão atarefado, vai sentir um forte des-gaste físico e mental.Dinheiro: Poderá ter problemas com a sua entidade patro-nal. Seja prudente. Números da Sorte: 1, 8, 4, 10, 11, 6

Amor: Sentirá necessidade de contactar com pessoas diferentes. Saúde: Probabilidade de ocorrência de pequenos acidentes domésticos.Dinheiro: Altura de fazer uma maior contenção de despesas.Números da Sorte: 17, 23, 44, 13, 26, 1

Amor: O convívio com a pessoa amada está favorecido nesta fase. Aproveite os bons momentos e esqueça os seus receios. Saúde: Fase estável, mas esteja alerta.Dinheiro: Os seus problemas poderão ser resolvidos, em-bora com lentidão. Números da Sorte: 7, 10, 5, 22, 41, 1

Amor: Um convite inesperado alegrará o seu dia.Saúde: Mantenha o otimismo e procure manter a sua ener-gia em alta.Dinheiro: Investigue oportunidades de emprego em em-presas recentes.Números da Sorte: 16, 25, 33, 42, 50, 61

Amor: Terá de pensar um pouco mais na sua relação, e refletir bem se ela o faz feliz. Saúde: O stress e o excesso de trabalho poderão trazer-lhe alguns problemas.Dinheiro: Poderá haver um crescimento do seu poder material.Números da Sorte: 2, 11, 14, 17, 27, 39

Amor: Uma pessoa próxima de si poderá mostrar-lhe uma faceta menos agradável. Saúde: Poderá sentir dores musculares. O seu bem-estar dependerá da forma como encara os problemas. Dinheiro: Seja justo numa decisão que pode ter que tomar.Números da Sorte: 8, 1, 14, 11, 17, 22

Amor: A sua vida afetiva poderá ganhar um novo rumo. Dê tempo ao tempo e acredite que é possível ser feliz. Saúde: Cuide melhor da sua pele, está a necessitar de uma lim-peza facial.Dinheiro: Sentir-se-á preparado para realizar os projetos a que se propõe.Números da Sorte: 7, 8, 47, 41, 45, 3

Amor: Rejeite pensamentos pessimistas e derrotistas. Pra-tique o pensamento positivo e as ações construtivas agora!Saúde: Liberte-se da pressão através da boa disposição. Faça algo que o divirta.Dinheiro: Apesar das divergências de opiniões, não desista dos seus objetivos.Números da Sorte: 10, 20, 30, 4, 5, 9

Amor: Evite esconder segredos ao seu par. Saúde: Evite adotar uma postura incorreta.Dinheiro: É possível que não consiga cumprir um pagamento.Números da Sorte: 2, 19, 26, 34, 42, 54

Amor: As suas obrigações profissionais podem não lhe permitir estar tanto tempo com a pessoa amada, por isso, aproveite de uma forma especial todos os momentos a dois. Saúde: Procure ter uma alimentação equilibrada.Dinheiro: Poderão surgir novas perspetivas nesta fase, mas não se deixe levar pelos impulsos. Números da Sorte: 8, 17, 11, 4, 2, 3

Amor: Seja mais carinhoso com o seu parceiro. Saúde: Opte por fazer refeições ligeiras.Dinheiro: Procure fazer um investimento na sua valoriza-ção profissional. Números da Sorte: 8, 10, 24, 30, 32, 43

Amor: Poderá ter de enfrentar uma discussão com alguém da sua família. Abra mão de velhos hábitos.Saúde: O cansaço poderá invadi-lo, tente relaxar. Dinheiro: A sua conta bancária anda um pouco em baixo, seja prudente nos gastos. Números da Sorte: 1, 16, 15, 24, 27, 31

DIRTY DANCING

AS 100 MELHORES CRÓNICAS

sopa de letras

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Uma adolescente, Frances, Baby para a fa-mília, está de férias com a família num resort conhecido. Tudo tem horários e normas, o que parece ser ao gosto de muitos. Ela aborrece--se. Acaba por conhecer Johnny, o instrutor de dança e bailarino do hotel. A paixão toma conta de si e não consegue ficar longe dele. Penny, a sua parceira de dança, está grávida de um dos colegas mas este não admite. Tudo se complica quando o pai de Baby é chamado para intervir e salvar a vida da rapariga. Contudo o pai pen-sa que Johnny é o pai da criança.

Na impossibilidade de ir dançar onde esta-va estipulado, Baby será a bailarina e assim vai ter que aprender todos os passos para estar à altura da ocasião. Baby e Johnny acabam por se envolver mas a relação está condenada. En-tretanto Johnny é vítima de um mal entendido e é despedido do resort. Aproxima-se o fim da temporada de férias e há uma festa a ser prepa-rada. Muitos participam de forma a que a mes-ma se torne inesquecível e única. A apoteose é atingida quando Johnny e Baby dança e espa-lham o seu grande amor ao som de The time of my life.

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DESPORTO | 15 | 5 de março de 2021

No próximo mês vão iniciar-se no campo nº1 as obras de substituição das luzes para sistema de leds, assim como a manutenção dos dois campos relvados, sendo que no início de abril avançará a intervenção no telhado do edifício cen-tral com acrescento de estrutura para sala de reuniões, e consequentemente a construção de um gabinete clínico e sala de treinadores.

A obra de maior relevância será a construção dos balneários de apoio ao campo nº2, uma área bruta de 285m2 que ficarão situados no topo sul do campo.

O "Comércio do Seixal" recolheu o testemunho do Presidente do Seixal Clube 1925: "Há que enaltecer o tra-balho de todos os envolvidos nos vários processos, agradecer à Câmara Munici-pal do Seixal a receptividade e dispo-nibilidade em melhorar a nossa casa, numa clara demonstração que acredita no nosso projeto e que está consciente da importância do movimento associa-tivo."

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Na sequência da apresentação à autarquia de um dossier com projetos, reparos e melhorias a efetuar no Estádio Municipal do Bravo, o Seixal Clube 1925, técnicos da CM do Seixal e o Presidente da autarquia estabeleceram a ordem prioritária dos trabalhos a desenvolver no recinto Seixalense.

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Melhoramentos no Estádio do Bravo

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16 | PUBLICIDADE | 5 de março de 2021