lia calabre - polítcas culturais no brasil (fichamento)

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  • 7/25/2019 Lia Calabre - Poltcas Culturais no Brasil (fichamento)

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    Universidade Federal de Ouro Preto

    Escola de Direito Turismo e Museologia

    Departamento de Museologia

    Polticas Pblicas na rea da MuseologiaProf !al"ria Fran#a

    $luno Edmilson %& '& (omes

    )$%$*+E, %ia - Polticas Culturais no Brasil: balano e perspectivas. ... E/E)U%T

    0 Encontro de Estudos Multidisciplinares em )ultura1 'alvador,2334&

    O artigo, em sua primeira parte intenta abordar , de forma sint"tica, a tra5et6ria 7ist6rica da

    rela#8o entre Estado e cultura no campo das polticas culturais, focando em alguns momentos

    representativos en9uanto marcos nos processos de mudan#a& $l"m de apresentar, em seguida,

    algumas considera#:es sobre o papel a ser reali;ados pelas polticas culturais, acompan7adas

    de alguns dos desafios para a reali;a#8o das mesmas& +econ7ecendo a relev?3-=>@A1 foram implementadas os embri:es das

    polticas oficiais de cultura no *rasil& )on5unto de medidas 9ue ob5etivavam fornecer

    uma maior institucionalidade para o setor cultural no pas& O maior eBemplo se

    encontra na 9uest8o da preserva#8o do patrimCnio material sendo criado, em =>?4, o

    'ervi#o do PatrimCnio ist6rico e $rtstico /acional 0'P$/1 dando continuidade

    campan7a dos intelectuais modernistas, 9ue desde os anos =>23, vin7am ressaltando a

    import

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    aten#8o especial pelo a rea da radiodifus8o& O decreto-lei nH 2=&===, de =>?2, veio

    regulamentar o setor 0)$%$*+E, 23341

    O perodo seguinte, entre =>@A e =>I@, os incentivos ao desenvolvimento na rea

    cultural foram, sobretudo de iniciativa privada& Em =>A?, o Minist"rio da Educa#8o e

    'ade foi eBtinto, desmembrado nos Minist"rios da 'ade 0M'1 e o da Educa#8o e

    )ultura 0ME)1& O Estado n8o empreendeu, nesse perodo, a#:es diretas de grande

    vulto no campo da cultura& De maneira geral a estrutura montada no perodo anterior

    foi mantida& $lgumas institui#:es privadas como o Museu de $rte Moderna do +io de

    Janeiro, o Museu de $rte de '8o Paulo, a Funda#8o *ienal, foram declaradas de

    utilidade pblica e passaram a receber apoio do governo federal, de maneira

    descontinuada, nada 9ue se constitua como uma poltica de financiamento ou de

    manuten#8o de institui#:es culturais& 0)$%$*+E, 23341

    Em =>I=, o presidente JI@, com o incio do governo militar a produ#8o cultural come#a a tomar

    novos os rumos o Estado retoma o pro5eto de uma maior institucionali;a#8o do

    campo da produ#8o artstico-cultural, sendo 9ue 5 em =>II foi formada uma

    comiss8o para estudar a reformula#8o do )onsel7o /acional de )ultura de maneira a

    dot-lo de estrutura 9ue o possibilitasse assumir o papel de definidor das politicas

    culturais em esfera nacional& /o mesmo ano " criado o )onsel7o Federal de )ultura -

    )F), composto por 2@ membros indicados pelo Presidente da +epblica& O foco

    inicial dos planos era a recupera#8o das institui#:es culturais brasileiras, dentre estas,

    a *iblioteca /acional, o Museu /acional de *elas $rtes, o .nstituto /acional do

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    %ivro, de maneira 9ue pudessem passar a eBercer a fun#8o de norteadoras de polticas

    nacionais para suas respectivas reas 0)$%$*+E, 23341

    Em =>43, " criado por meio do Decreto II&>I4 o Departamento de $ssuntos )ulturais

    - D$), dentro do 4@-=>4G1, a gest8o do ministro /e *raga, foi um

    efetivo perodo de fortalecimento do campo cultural, tendo como desta9ue a cria#8o

    de 6rg8os estatais 9ue passaram atuar em diferentes reas, tais como o )onsel7o

    /acional de Direito $utoral 0)/D$1, o )onsel7o /acional de )inema, a )ampan7a

    de Defesa do Folclore *rasileiro e a Funda#8o /acional de $rte 0FU/$+TE1 $

    cria#8o de tais 6rg8os era parte das metas previstas na Poltica /acional de )ultura,

    9ue tin7a como principais ob5etivos Na refleB8o sobre 9ual o teor da vida do 7omem

    brasileiro, passando preserva#8o do patrimCnio, ao incentivo criatividade,

    difus8o da cria#8o artstica e integra#8o, esta para permitir a fiBa#8o da

    personalidade cultural do *rasil, em 7armonia com seus elementos formadores e

    regionais&N 0)$%$*+E, 23341

    /o mesmo perodo, o Minist"rio da .ndstria e )om"rcio e o governo do Distrito

    Federal firmaram um convLnio prevendo a forma#8o de um grupo de trabal7o, sob a

    dire#8o de $losio Magal78es, para estudar alguns aspectos e especificidades da

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    cultura e do produto cultural brasileiro& $ssim, tin7a incio, fora do 4I, o pro5eto foi produto de um

    convLnio entre a 'ecretaria de Plane5amento, o Minist"rio das +ela#:es EBteriores, o

    Minist"rio da .ndstria e do )om"rcio, a Universidade de *raslia e a Funda#8o

    )ultural do Distrito Federal&0)$%$*+E, 2334 P&A1

    $losio Magal78es cria, em =>4>, a Funda#8o /acional Pr6-Mem6ria no 4I, ocorre o primeiro encontro de

    'ecretrios Estaduais de )ultura, originando a um f6rum de discuss8o 9ue se mant"m

    ativo e 9ue contribuiu para refor#ar a necessidade da cria#8o de um minist"rio

    eBclusivamente voltado aos assuntos de carter cultural& 0)$%$*+E, 23341

    Em =>GA, , " criado, durante o governo do Presidente Jos" 'arne, o Minist"rio da

    )ultura& O 9ual, 5 de incio, enfrenta diversos problemas de ordem financeira e

    administrativa, al"m de sofrer com uma constante substitui#8o do titular da pasta

    0)$%$*+E, 23341

    /a tentativa de criar novas fontes de recursos para a impulsionar o campo de

    produ#8o artstico-cultural " promulgada a %ei nH 4&A3A, de 32 de 5un7o de =>GI, aprimeira lei de incentivos fiscais para a cultura, ficando con7ecida como %ei 'arne

    0)$%$*+E, 23341

    Em =>>3, no governo de Fernando )ollor o Minist"rio da )ultura " eBtinto 5unto com

    diversos de seus 6rg8os 0)$%$*+E, 23341

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    Em 2? de de;embro de =>>=, " promulgada a %eiH G&?=?, instituindo o Programa

    /acional de $poio )ultura con7ecida como %ei +ouanet, a nova lei era um

    aprimoramento da %ei 'arne e iniciou um lento processo de in5e#8o de novos

    recursos financeiros no setor por meio do mecanismo de renncia fiscal 0)$%$*+E,23341

    Em =>>2, durante o governo de .tamar Franco, o Minist"rio da )ultura foi recriado e,

    a partir da, teve algumas de suas institui#:es resgatadas, como a FU/$+TE& Em

    seguida, em =>>?, foi criada uma lei de incentivo especfica para a rea do

    audiovisual, ampliando os percentuais de renncia a serem aplicados& Tin7a incio o

    processo da conforma#8o de uma nova poltica, mais voltada para os interesses do

    mercado, na 9ual as delibera#:es do Minist"rio tin7am cada ve; menos for#a

    0)$%$*+E, 23341

    N$ gest8o do Ministro Francisco effort, sob a presidLncia de Fernando enri9ue )ardoso, foi o

    momento da consagra#8o desse novo modelo 9ue transferiu para a iniciativa privada, atrav"s da lei de

    incentivo, o poder de decis8o sobre o 9ue deveria ou n8o receber recursos pblicos incentivados& $o

    longo da gest8o effort, a %ei +ouanet se tornou um importante instrumento de mareting cultural das

    empresas patrocinadoras& $ %ei foi sofrendo algumas altera#:es 9ue foram subvertendo o pro5eto

    inicial de conseguir a parceira da iniciativa privada em investimentos na rea da cultura& $s altera#:es

    ampliaram um mecanismo de eBce#8o, o do abatimento de =33Q do capital investido pelo

    patrocinador& Em sntese isso significa 9ue o capital investido pela empresa, 9ue gera um retorno de

    mareting, " todo constitudo por din7eiro pblico, a9uele 9ue seria pago de impostos& O resultado

    final " o da aplica#8o de recursos 9ue eram pblicos a partir de uma l6gica do investidor do setor

    privado&N 0)$%$*+E, 2334 p&G1

    NO resultado da instaura#8o das polticas de incentivo foi o de uma enorme concentra#8o na aplica#8o

    dos recursos& Um pe9ueno grupo de produtores e artistas renomados s8o os 9ue mais conseguem obter

    patrocnio, e grande parte dele se mant"m concentrado nas capitais da regi8o sudeste& $s reas 9ue

    fornecem aos seus patrocinadores pouco retorno de mareting s8o preteridas, criando tamb"m um

    processo de investimento desigual entre as diversas reas artstico-culturais, mesmo nos grandes

    centros urbanos& 0)$%$*+E, 2334 P&G1

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    NDurante muito tempo a a#8o do Estado ficou restrita a preserva#8o da9uilo 9ue comporia o con5unto

    dos smbolos formadores da nacionalidade, tais como o patrimCnio edificado e as obras artsticas

    ligadas cultura erudita 0composi#:es, escritos, pinturas, esculturas, etc&1& O papel de guardi8o da

    mem6ria nacional englobava atribui#:es de manuten#8o de um con5unto restrito de manifesta#:es

    artsticas& $s manifesta#:es populares deveriam ser registradas e resgatadas dentro do 9ue poderia ser

    classificado como o folclore nacional&N 0)$%$*+E, 2334 p&>1

    $ partir da d"cada de =>A3 os organismos internacionais passam, paulatinamente, a

    trabal7ar com a no#8o de bens culturais, colocando em voga a eBpress8o patrimCnio

    cultural& Em =>42, acontece a assinatura da )arta do M"Bico em defesa do PatrimCnio

    cultural, estabelecendo a defini#8o de patrimCnio como o Ncon5unto dos produtosartsticos, artesanais e t"cnicos, das eBpress:es literrias, lingusticas e musicais, dos

    usos e costumes de todos os povos e grupos "tnicos do passado e do presente&N

    0)$%$*+E, 23341

    Em =>G>, s8o criadas as +ecomenda#:es sobre a 'alvaguarda da )ultura Tradicional

    e Popular da U/E')O instrumento legal 9ue fornece elementos para a identifica#8o,

    a preserva#8o e a continuidade dessa forma de patrimCnio& Em 2333, tem-se, nvel

    nacional, a cria#8o do +egistro de *ens )ulturais de /ature;a .material, iniciando um

    processo de efetiva#8o de um campo especfico de atua#8o dentro da rea de

    preserva#8o do patrimCnio& 0)$%$*+E, 23341

    $ Unesco prop:e, em 233A, a ado#8o da )onven#8o para a Prote#8o e Promo#8o da

    Diversidade das EBpress:es )ulturais, con7ecida por )onven#8o da Diversidade& 'euteBto vem reafirmar as rela#:es entre cultura e desenvolvimento buscando criar uma

    nova plataforma para a coopera#8o internacional& Um dos seus aspectos mais

    destacados " a retifica#8o da soberania dos pases para elaborar suas polticas

    culturais, tendo em vista a prote#8o e promo#8o da diversidade das eBpress:es

    culturais, ob5etivando criar condi#:es para 9ue as culturas flores#am e intera5am com

    liberdade de uma forma 9ue beneficie mutuamente as partes envolvidas& $ )onven#8o

    entra em vigor em mar#o de 2334, ap6s ser ratificada pelos pases membros daUnesco& 0)$%$*+E, 23341

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    N/a d"cada de =>>3, novas 9uest:es se colocam para o campo da produ#8o cultural& Tornam-se mais

    comuns os estudos e as discuss:es sobre as rela#:es entre economia e cultura& O campo da economia

    da cultura ainda " visto com uma enorme desconfian#a por diversos setores& /o caso promo#8o dadiversidade, por eBemplo, est8o envolvidos fortes interesses econCmicos 9ue di;em respeito ao

    com"rcio internacional de bens e servi#os culturais& 'egundo Pedro Tierra, no programa de governo

    elaborado na campan7a do Presidente %ula a rea da economia da cultura abrange tanto Na indstria de

    entretenimento como a produ#8o e difus8o das festas populares e ob5etos artesanais, ou se5a, " a rea

    capa; de gerar ativos econCmicos independentemente de sua origem, suporte ou escala&NN

    0)$%$*+E apud T.E++$, 2334 P&=31

    O Minist"rio da )ultura firma ,em 233@, um acordo de coopera#8o t"cnica com o .*(E, no intento de

    desenvolver uma base de informa#:es relacionada ao setor cultural a partir das pes9uisas correntes

    produ;idas pela institui#8o& $ reuni8o de dados relacionados ao setor cultural tem como principais

    ob5etivos fomentar estudos, fornecer aos 6rg8os governamentais e privados subsdios para elabora#8o

    de planos, a#:es e polticas, bem como contribuir para a delimita#8o do 9ue " produto cultural e servi#o

    cultural& 0)$%$*+E, 2334 P& =31

    NDe modo geral, " possvel di;er 9ue os primeiros 9uatro anos de gest8o do Ministro (il foram de

    constru#8o real de um Minist"rio da )ultura& Desde a cria#8o em =>GA, o 6rg8o passou por uma s"rie

    de crises e processos de descontinuidade& $ longa gest8o do Ministro effort foi acompan7ada por

    uma poltica de Estado mnimo, o 9ue para um minist"rio 9ue mal 7avia sido recriado trouBe enormes

    dificuldades operacionais& $o t"rmino de tal gest8o o Minc tin7a como principal atividade aprovar os

    processos 9ue seriam financiados atrav"s da %ei de .ncentivo )ultura&N 0)$%$*+E, 2334 P&==1

    J no primeiro ano da gest8o do Ministro (il, foi elaborado um plano de ampla

    reestrutura#8o do Minc& %ogo de incio foram previstas altera#:es radicais na lei de

    incentivo& $nteriormente implementa#8o das mudan#as, o Minist"rio reali;ou uma

    s"rie de consultas e f6runs 9ue contaram com a participa#8o de diversos segmentos da

    rea artstica e da sociedade em geral, onde ficaram evidenciadas tanto as distor#:es

    acarretadas pela forma da aplica#8o da lei, 9uanto sua eBtrema import

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    maior defini#8o do papel do pr6prio Minist"rio dentro do sistema de governo&

    0)$%$*+E, 23341

    NUma poltica cultural atuali;ada deve recon7ecer a eBistLncia da diversidade de pblicos, com as

    vis:es e interesses diferenciados 9ue comp:em a contemporaneidade& /o caso brasileiro, temos a

    premLncia de reverter o processo de eBclus8o, da maior parcela do pblico, das oportunidades de

    consumo e de cria#8o culturais& /estor )anclini utili;a o conceito de 7ibridi;a#8o cultural como uma

    ferramenta para demolir a concep#8o do mundo da cultura em trLs camadas culta, popular e massiva&

    O conceito de 7ibridi;a#8o abrange diversas mesclas interculturais, n8o apenas as raciais, 9ue se

    costuma encaiBar no termo mesti#agem, ou as preponderantemente religiosas, categori;adas en9uanto

    sincretismos&N 0)$%$*+E, 2334 P& ==1

    N$ promo#8o de polticas de carter mais universal tem como desafio, segundo Pierre *ourdieu, a

    9uest8o de um processo de Ndesigualdade natural das necessidades culturaisN& Para o soci6logo francLs

    " necessrio ter cautela na aplica#8o mec

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    N$ base de um novo modelo de gest8o est no recon7ecimento da diversidade cultural dos distintos

    agentes sociais e na cria#8o de canais de participa#8o democrtica& $ tendLncia mundial aponta para a

    necessidade de uma maior racionalidade do uso dos recursos, buscando obter a#:es ou produtos 0um

    centro de cultura, um museu, uma biblioteca, um curso de forma#8o1 capa;es de se transformar em

    multiplicadores desses ativos culturais& R a falLncia do modelo de uma poltica de pulveri;a#8o derecursos, como foi o caso do Programa de $#8o )ultural da d"cada de =>43 0&&&1N 0)$%$*+E, 2334 p&

    =? 1

    Pode-se afirmar 9ue 7o5e duas 9uest:es centrais constituem a pauta essencial das

    polticas de cultura a da diversidade cultural e a da economia da cultura& $s

    problemticas 9ue as envolve tLm uma s"rie de pontos inter-relacionados a da defesa

    da diversidade como elemento fundamental para a continua#8o da eBistLncia das

    pr6prias sociedades e 9ue comporta como proposi#:es de poltica a essencial

    import

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    )onsiderando-se o panorama apresentado no artigo, s8o ponderveis os avan#os reali;ados no

    tocante s polticas pblicas culturais no *rasil& *em como, a relativi;a#8o das implica#:es

    desta vertente das polticas oficiais& $ 9uest8o da continuidade do processo, a 9ual demanda

    uma real delimita#8o dos direitos e deveres de cada um dos grupos participantes, 9ue, por

    sua ve; devem ser parceiros e corresponsveis& O principal papel da elabora#8o de polticas

    pblicas na rea de cultura deve ser a de garantir e viabili;ar plenas condi#:es de

    desenvolvimento da mesma& Dentro de uma l6gica em 9ue O Estado n8o deve ser um

    produtor de cultura, mas pode e deve ter a fun#8o de democrati;ar as reas de produ#8o,

    distribui#8o e consumo, concebendo-se a cultura en9uanto fator de desenvolvimento

    0)$%$*+E, 23341