levantamento de reconhecimento de baixa intensidade dos ... · de 4.915 km 2, realizado em nível...

88
218 Levantamento de Reconhecimento de Baixa Intensidade dos Solos do Município de Figueirão - MS ISSN 1678-0892 Dezembro, 2012

Upload: dangcong

Post on 27-Jan-2019

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

218

Levantamento de Reconhecimento deBaixa Intensidade dos Solos doMunicípio de Figueirão - MS

ISSN 1678-0892

Dezembro, 2012

Boletim de Pesquisae Desenvolvimento 218

César da Silva Chagas

Nilson Rendeiro Pereira

Silvio Barge Bhering

Waldir de Carvalho Júnior

Levantamento deReconhecimento de BaixaIntensidade dos Solos doMunicípio de Figueirão - MS

Embrapa Solos

Rio de Janeiro, RJ

2012

ISSN 1678-0892

Dezembro, 2012

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

Embrapa Solos

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

© Embrapa 2012

C426l Chagas, César da Silva.

Levantamento de reconhecimento de baixa intensidade dos solos do município

de Figueirão MS / César da Silva Chagas ... [et al.]. — Dados eletrônicos. — Rio

de Janeiro : Embrapa Solos, 2012.

88 p. - (Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento / Embrapa Solos, ISSN 1678-

0892 ; 218).

Sistema requerido: Adobe Acrobat Reader.

Título da página da Web (acesso em 21 dez. 2012).

1. Mapeamento de solo. 2. Modelo digital de elevação. 3. Geotecnologia I.

Pereira, Nilson Rendeiro. II. Bhering, Silvio Barge. III. Carvalho Júnior, Waldir de.

IV. Título. V. Série.

CDD 631.47

Exemplares desta publicação podem ser adquiridos na:

Embrapa Solos

Rua Jardim Botânico, 1.024 - Jardim Botânico - Rio de Janeiro, RJ

Fone: (21) 2179-4500Fax: (21) 2274-5291

Home page: www.cnps.embrapa.br

E-mail (sac): [email protected]

Comitê de Publicações da Unidade

Presidente: Daniel Vidal PérezSecretário-Executivo: Jacqueline Silva Rezende Mattos

Membros: Ademar Barros da Silva, Cláudia Regina Delaia, Maurício

Rizzato Coelho, Elaine Cristina Cardoso Fidalgo, Joyce Maria GuimarãesMonteiro, Ana Paula Dias Turetta, Fabiano de Carvalho Balieiro, Quitéria

Sônia Cordeiro dos Santos.

Supervisão editorial: Jacqueline Silva Rezende Mattos

Revisão de texto: André Luiz da Silva Lopes

Normalização bibliográfica: Ricardo Arcanjo de LimaEditoração eletrônica: Jacqueline Silva Rezende Mattos

Foto da capa: César da Silva Chagas

1a edição

1a impressão (2012): online

Todos os direitos reservados

A reprodução não-autorizada desta publicação, no todo ou em parte,

constitui violação dos direitos autorais (Lei no 9.610).

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Embrapa Solos

Sumário

Resumo .................................................................... 5Abstract ................................................................... 7Introdução ................................................................. 9Material e Métodos ................................................... 10

Localização e Caracterização do Meio Físico ................................ 10Metodologia Adotada na Prospecção dos Solos ............................. 21

Resultados e discussão .............................................. 27Descrição e Características das Classes de Solos Identificadas ........ 27Legenda do Mapa de Solos do Município de Figueirão ..................... 37

Conclusões ............................................................... 44

Referências ............................................................... 44

Anexo I - Mapa de Solos do Município de Figueirão - MS 49Anexo II - Descrição e Resultados Analíticos dos PerfisRepresentativos do Município de Figueirão - MS ............ 51

Levantamento deReconhecimento de BaixaIntensidade dos Solos doMunicípio de Figueirão (MS)

César da Silva Chagas1

Nilson Rendeiro Pereira1

Silvio Barge Bhering1

Waldir de Carvalho Júnior1

Resumo

O presente estudo refere-se ao levantamento de solos do município de

Figueirão, Estado do Mato Grosso do Sul, que abrange uma área aproximada

de 4.915 km2, realizado em nível de reconhecimento de baixa intensidade de

acordo com as normas preconizadas pela Embrapa Solos, com a utilização de

geotecnologias e técnicas de mapeamento digital. Consiste na caracteriza-

ção dos solos visando contribuir para o planejamento do uso e ocupação das

terras de forma racional e sustentável. Como material básico, foram utiliza-

das cartas topográficas do IBGE e DSG, na escala de 1:100.000, que foram

empregadas para geração de um modelo digital de elevação (MDE), tendo

ainda o apoio de imagens do sensor TM do satélite Landsat 5 de 2010. Os

resultados obtidos, além de permitir uma visão geral sobre as principais

características ambientais da área, contêm todos os critérios utilizados para

distinção e classificação dos solos e uma descrição das principais classes de

solos da área estudada, cuja distribuição espacial é representada em um

mapa na escala 1:100.000. Este mapa é constituído por 18 unidades de

mapeamento, que compõem uma legenda de identificação dos solos, individu-

alizados até o 5º nível categórico do Sistema Brasileiro de Classificação de

Solos (SiBCS), seguido de textura, tipo de horizonte A, fases de vegetação,

relevo e, para solos pouco evoluídos, substrato geológico. As principais clas-

1 Pesquisador da Embrapa Solos. Rua Jardim Botânico, 1024. CEP: 22460-000 - Rio de Janeiro, RJ.

E-mail: [email protected]; [email protected], [email protected];

[email protected]

ses de solos identificadas foram: Argissolos Vermelho-Amarelos; Latossolos

Amarelos, Latossolos Vermelhos, Neossolos Litólicos e Neossolos

Quartzarênicos, estes últimos apresentando grande predomínio sobre as de-

mais classes da área. O principal tipo de utilização agrícola neste município é

com pastagens, em sua maioria em estágio avançado de degradação, devido

à baixa capacidade de retenção de água no solo, baixa fertilidade natural e

baixo nível de utilização de insumos e práticas de conservação de solos na

área.

Termos de indexação: mapeamento de solo, modelos digital de elevação,

geotecnologias.

Low Intensity ReconnaissanceSoil Survey of the FigueirãoMunicipality (Mato Grosso do Sul)

Abstract

This study refers to the soil survey of Figueirão County, State of Mato Grosso

do Sul, which covers an area of approximately 4915 km2, held in

recognition of low level intensity according to the standards recommended

by Embrapa Solos with the use of geotechnology and digital mapping

techniques. The characterization of soils aims to contribute to the planning of

land use and occupation in a rational and sustainable manner. As basic

material was used IBGE and DSG topographic charts, at the scale of

1:100,000, which were used to generate a digital elevation model (DEM),

still having the support of sensor images of Landsat TM 5, 2010. The results,

besides allowing an overview of the main environmental characteristics of

the area, contains all the criteria used to distinguish and classify soils and a

description of the main classes of land area, whose spatial distribution is

represented on a map in 1:100,000 scale. This map consists of 18 map units,

which make up a caption identification of soils, individualized to the 5th

category level of the Brazilian System of Soil Classification (SiBCS), followed

by texture, kind of horizon, stages of vegetation, topography and so little

evolved soils, geological substrate. The main soil types identified were: Red

Yellow Argisols, Yellow Latosols, Red Latosols, Litholic Neosols and

Quartzarenic Neosols, the latter showing great dominance over other classes

in the area. The main type of agricultural use in this town is with pastures,

mostly in the advanced stage of degradation, due to low water holding

capacity of the soil, the very low fertility and low use of inputs and soil

conservation practices in the area.

Index terms: soil mapping, digital elevation model, geotecnologies.

1. Introdução

Os levantamentos de solos contam atualmente com novas experiências quan-

to aos métodos de mapeamento e ferramentas disponíveis. A pedometria,

ciência reconhecida recentemente, traz um novo paradigma para o

mapeamento de solos, introduzindo novas possibilidades quanto à caracteri-

zação espacial dos atributos dos solos e unidades de mapeamento e, princi-

palmente, a possibilidade de obtenção de estimativas do erro, intrínsecas a

qualquer processo de amostragem.

Os atributos do terreno derivados de um modelo digital de elevação (MDE)

podem dar suporte à classificação da paisagem, fornecendo uma

segmentação da mesma em ambientes topográficos distintos, sendo estes de

suma importância para os estudos de solos, já que o movimento da água na

paisagem é o principal responsável pelo processo de desenvolvimento do solo.

Desta forma, compreender as formas do relevo permite a realização de

inferências e predições sobre atributos do solo em diferentes segmentos de

vertentes (CHAGAS, 2006).

As técnicas de mapeamento digital buscam atender uma demanda crescente

de informações a respeito dos solos e suas características, utilizadas nos

mais diferentes ramos de estudo. Através da análise das relações entre solo

e paisagem é possível identificar padrões de ocorrência de diferentes tipos de

solos em função das diferentes formas e atributos do terreno que exercem

influência direta na pedogênese.

Segundo Chagas et al. (2004), recentemente o mapeamento de solos tem

usufruído do uso de tecnologia de processamento de dados, imagens e mapas

temáticos, devido à evolução da capacidade de processamento das máquinas

e uso de sistemas de informações geográficas (SIG). Os dados e mapas

temáticos, quando armazenados e manuseados em ambiente SIG, compreen-

dem amplo conjunto de informações que podem ser analisadas e interpreta-

das com diferentes objetivos e em qualquer época (SANTOS et al., 2007).

Estas técnicas contribuem para rapidez e custo de execução, quando compa-

radas com métodos tradicionalmente utilizados, tornando o levantamento de

solos quantitativo e passível de obtenção das incertezas associadas.

10 Levantamento de Reconhecimento de Baixa Intensidade dos Solos do Município de Figueirão - MS

Dados de sensoriamento remoto orbital e derivação de atributos do terreno a

partir de modelos digitais de elevação são utilizados para compreensão das

relações espaciais e temporais entre as classes de solos e as variáveis

ambientais relacionadas (DOBOS et al., 2000; McBRATNEY et al., 2003).

Assim, a delimitação das unidades taxonômicas e unidades de mapeamento

são baseadas nas interrelações existentes entre gênese dos solos e a variabi-

lidade espacial dos atributos da paisagem evidenciados pela formação de

horizontes diagnósticos, profundidade do solo, coloração, entre outras carac-

terísticas (THOMPSON et al., 2001; ODEH et al., 1991).

O governo do Estado do Mato Grosso do Sul, ciente dos impactos provenien-

tes da utilização dos recursos naturais desvinculado de um planejamento

adequado de uso e ocupação das terras, está investindo no Projeto

Zoneamento Agroecológico do Estado do Mato Grosso do Sul, coordenado

pela Embrapa Solos em convênio com o governo do estado, por meio da

Secretaria de Produção de Turismo - SEPROTUR. Desta maneira, no intuito

de fornecer subsídios ao Zoneamento Agroecológico do Estado de Mato

Grosso do Sul, a Embrapa Solos vem realizando o Levantamento de Reconhe-

cimento Baixa Intensidade dos Solos do Estado do Mato Grosso do Sul na

escala 1:100.000.

Sendo assim, como parte deste estudo, foi realizado o levantamento de solos

do município de Figueirão, em nível de reconhecimento de baixa intensidade,

com o objetivo de mostrar a distribuição e a organização dos solos na paisa-

gem, com vistas ao planejamento do uso e ocupação das terras desse

município para um desenvolvimento racional e sustentável.

2. Material e Métodos

2.1. Localização e Caracterização do Meio Físico

O município de Figueirão está localizado entre as coordenadas 18º 40' 45" de

latitude Sul e 53º 33' 20" de longitude Oeste, na mesorregião Centro-Norte

do Estado do Mato Grosso do Sul (Figura 1) e apresenta uma superfície de

aproximadamente 4.915 km2, com uma altitude média de 396 metros.

11Levantamento de Reconhecimento de Baixa Intensidade dos Solos do Município de Figueirão - MS

Figura 1. Localização do Município de Figueirão no Estado de Mato Grosso do Sul.

2.1.1. Características Climáticas

O Estado de Mato Grosso do Sul se encontra em uma área de transição

climática, que está sujeita a atuação de diversas massas de ar, o que implica

em contrastes térmicos acentuados, tanto espacial quanto temporalmente.

A região está numa zona de encontro de diversas massas que atuam no

território brasileiro.

A classificação climática do município de Figueirão, segundo a classificação

de Koppen, é a do tipo Aw, que se caracteriza como clima tropical, com

inverno seco. Apresenta estação chuvosa no verão, de novembro a abril, e

nítida estação seca no inverno, de maio a outubro (julho é o mês mais seco),

onde os totais pluviométricos médios são inferiores a 50 mm. A temperatura

média do ar do mês mais frio é superior a 18ºC e a temperatura média anual

é de 23,1ºC. As precipitações pluviométricas são superiores a 750 mm

anuais, atingindo 1.800 mm.

A deficiência hídrica anual é de aproximadamente 110 mm (Tabela 1) e o

excedente hídrico em termos médios em torno de 530 mm, considerando a

capacidade de água disponível (CAD) igual a 100 mm. O período de deficiên-

cia hídrica estende-se entre os meses de junho a setembro (Figura 2).

12 Levantamento de Reconhecimento de Baixa Intensidade dos Solos do Município de Figueirão - MS

Tabela 1. Parâmetros climáticos da estação meteorológica de Figueirão-MS.

ETO - evapotranspiração potencial; ETR - evapotranspiração real; EXC - excedente hídrico; DEF - déficit

hídrico. * CAD igual a 100 mm (valores médios); IH - índice hídrico; IU - índice de umidade; IA - índice

de aridez.

Figura 2. Representação do balanço hídrico para o município de Figueirão-MS.

ETO ETR EXC DEF Mês Temperatura (ºC)

Precipitação (mm) (mm)*

IH IU IA

Janeiro 24,3 269,0 121,4 121,4 147,6 0,0 - - - Fevereiro 24,0 254,0 103,8 103,8 150,2 0,0 - - -

Março 24,1 203,0 112,3 112,3 90,7 0,0 - - - Abril 24,0 90,0 102,6 101,8 0,0 0,8 - - - Maio 21,3 63,0 73,0 71,4 0,0 1,6 - - - Junho 21,6 35,0 71,0 59,1 0,0 11,9 - - - Julho 19,7 16,0 56,6 34,6 0,0 22,0 - - -

Agosto 21,9 16,0 77,6 33,1 0,0 44,5 - - - Setembro 23,2 54,0 91,8 60,3 0,0 31,5 - - - Outubro 24,3 115,0 112,8 112,8 0,0 0,0 - - -

Novembro 24,1 185,0 111,3 111,3 0,0 0,0 - - - Dezembro 24,5 282,0 123,7 123,7 148,0 0,0 - - -

Anual 23,1 1582,0 1157,7 1045,5 536,5 112,2 40,5 46,3 9,7

-100

-50

0

50

100

150

200

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

mm

DEF EXC

Extrato do Balanço Hídrico Mensal

13Levantamento de Reconhecimento de Baixa Intensidade dos Solos do Município de Figueirão - MS

2.1.2. GeologiaDe acordo com Brasil (1982, 1983), a área estudada é amplamente domina-

da por rochas dos Grupos São Bento e Bauru (Figura 3). O Grupo São Bento é

constituído pelas Formações Pirambóia, Botucatu e Serra Geral. A Formação

Pirambóia ocupa uma área de 216.311,57 ha (44,0%) e ocorre em três

porções distintas do município de Figueirão (norte-nordeste, sudoeste e noro-

este), sendo estas separadas pela Formação Botucatu (Figura 3). Ocorre em

altitudes que variam de 279 a 568 m e é caracterizada pela presença de

arenitos parcialmente argilosos, de coloração creme, amarronzada e

avermelhada, de granulação fina a média, tendo siltitos e argilitos em propor-

ções menores. São também evidenciadas estratificações plano-paralelas e

cruzadas de médio a grande porte.

Figura 3. Geologia do município de Figueirão. Fonte: adaptado de Brasil (1982; 1983).

14 Levantamento de Reconhecimento de Baixa Intensidade dos Solos do Município de Figueirão - MS

A Formação Botucatu, de origem eólica, foi identificada em uma área de

160.167,57 ha (32,6% do município), que juntamente com a Formação

Pirambóia constituem as principais formações litológicas no município. Ocor-

re na porção centro-oeste da área (Figura 3), em posição estratigráfica

superior à Formação Pirambóia, em altitudes que variam de 279 a 653 m.

Esta formação é constituída por arenitos de coloração rósea a avermelhada,

de granulação fina a muito fina, bem selecionados, com estratificações cru-

zadas variando de pequena a grande, comumente silicificados.

A Formação Serra Geral ocorre em uma área reduzida do município de

Figueirão, apenas 7.198,21 ha (1,5% do município), dispersa em pequenas

porções na parte centro-oeste, envolvida pela Formação Botucatu, e na parte

leste, na divisa com o município de Costa Rica (Figura 3). Esta formação é

constituída basicamente por derrames de basalto toleíticos, de coloração

creme-amarronzada, cinza-escura e esverdeada, de textura predominante-

mente afanítica, amigdalóide no topo e raramente vitrofírica. É verificada

também a presença de intertrapes areníticos, finos a muito finos, com

estratificações cruzadas de pequeno porte. Esta formação ocorre em altitu-

des entre 280 e 606 m.

Por sua vez, o Grupo Bauru está representado na área pelas Formações

Santo Anástacio e Caiuá. Ambas ocorrem na porção sudeste da área. A

Formação Santo Anástacio ocupa uma área de 26.650,57 ha (5,4%), sendo

envolvida pela Formação Caiuá, como mostra a Figura 3, em cotas que

variam de 380 a 780 m. Apresenta como litologia dominante arenitos de

granulação fina a média, de coloração marrom-avermelhada, mal seleciona-

dos, comumente maciços, desagregados e silificados, mostrando raramente

níveis argilíticos.

A Formação Caiuá, bastante expressiva no município com uma área de

81.172,07 ha (16,5%), é constituída por arenitos de granulação variada,

desde fina a grosseira. Possuem coloração vermelha e arroxeada, bastante

ferruginosa, apresentando acamamentos e laminações plano-paralelas e

estratificações cruzadas de médio a grande porte, com evidências de depósi-

tos aquosos e eólicos.

15Levantamento de Reconhecimento de Baixa Intensidade dos Solos do Município de Figueirão - MS

A enorme predominância de litologias areníticas é a responsável pela presen-

ça no município dos solos das classes dos Neossolos Quartzarênicos,

Argissolos (textura arenosa/média) e Latossolos (textura média).

2.1.3. Geomorfologia

As informações sobre a geomorfologia do município de Figueirão foram extra-

ídas do Plano de Conservação da Bacia do Alto Paraguai - PCBAP/Projeto

Pantanal (BORGES et al., 1997). Na caracterização geomorfológica, as infor-

mações são apresentadas ressaltando apenas os três táxons maiores: as

morfoestruturas, as morfoesculturas e os tipos de relevo semelhantes. O

município de Figueirão está inserido no Domínio Morfoestrutural da bacia do

Paraná, no Domínio Morfoescultural do planalto do Taquari-Itiquira, que por

sua vez é representado pelas Unidades Morfoesculturais da chapada das

Emas e planalto do Taquari.

A Unidade Morfoescultural da chapada das Emas está representada apenas

por uma faixa estreita que se localiza na parte leste do município. Inicia-se

nas proximidades das nascentes do rio Jauru, seguindo em direção à região

das nascentes do rio Taquari. No município de Figueirão, esta Unidade

Morfoescultural é contornada pelo planalto do Taquari, sendo caracterizada

como uma superfície aplainada e alta, quase sem variação altimétrica, e se

constitui em divisor das bacias hidrográficas do Paraguai, Paraná e Araguaia.

No limite com o planalto do Taquari aparecem frentes de cuestas com mais

200 m de desnível e superfícies planas no topo. A densidade de drenagem é

fraca e feita pelas nascentes dos principais córregos, ribeirões e rios que

nascem nas escarpas da serra, entre eles os ribeirões Piraputanga e os rios

Jauru e Figueirão.

A Unidade Morfoescultural planalto do Taquari é a unidade de maior

abrangência no município. Limita-se a leste com a chapada das Emas. Esta

unidade é representada por uma grande superfície pouco dissecada com

formas erosivas tabulares e formas convexas amplas espalhadas por toda a

área e formas aguçadas na borda leste e convexas principalmente nas nas-

centes. No contato com a chapada das Emas aparecem escarpas estruturais

abaixo de 200 m, que corresponde principalmente à serra das Araras. O

16 Levantamento de Reconhecimento de Baixa Intensidade dos Solos do Município de Figueirão - MS

embasamento estrutural é dado pelas Formações Botucatu, Pirambóia e em

menor proporção pela Formação Serra Geral a leste. A drenagem é feita

pelos rios Jauru, Figueirão e seus principais afluentes. O rebaixamento verifi-

cado nesta unidade parece ter sua origem ligada à grande incidência de falhas

na área, que induziram ao maior vigor dos processos erosivos e aos arenitos

de Formação Botucatu e Pirambóia que são muito friáveis. Os processos de

erosão diferencial atuaram posteriormente, rebaixando a superfície, o que

atestam os relevos residuais existentes no meio das depressões, com

altimetria inferior a 300 m. São áreas topograficamente deprimidas, quase

sempre circundadas por escarpas, o que acentua o aspecto de depressão.

As unidades geomorfológicas do município de Figueirão foram agrupadas em

três categorias, de acordo com a morfogênese, em Formas Estruturais, Formas

Erosivas e Formas de Acumulação. Posteriormente, as Formas Erosivas foram

caracterizadas conforme os tipos de dissecação em a (formas aguçadas), c

(formas convexas) e t (formas tabulares). Para cada tipo de dissecação foram

acrescentados os índices de dissecação, segundo a Tabela 2.

Tabela 2. Matriz dos índices de dissecação do relevo.

Dimensão Interfluvial Média Grau de entalhamento dos vales Muito

Grande (> 3750 m)

Grande (1.750 a 3.750 m)

Média (750 a

1.750 m)

Pequena (250 a 750 m)

Muito Pequena

(< 250 m) Muito Fraco (< de 20 m) 11 12 13 14 15 Fraco (20 a 40 m) 21 22 23 24 25 Médio (40 a 80 m) 31 32 33 34 35 Forte (80 a 160 m) 41 42 43 44 45 Muito Forte (> 160 m) 51 52 53 54 55

Nota: o primeiro dígito indica o grau de entalhamento dos vales e o segundo indica a dimensão interfluvial

média.

Fonte: Borges et al. (1997).

Na Tabela 3 é apresentada a descrição das formas de relevo mapeadas no

município de Figueirão.

Finalmente, na Figura 4 são apresentadas as Unidades geomorfológicas

morfoestruturais identificadas no município de Figueirão.

17Levantamento de Reconhecimento de Baixa Intensidade dos Solos do Município de Figueirão - MS

Tabela 3. Descrição das formas de relevo mapeadas no município.

Fonte: Borges et al. (1997).

Figura 4. Unidades geomorfológicas morfoestruturais do município de Figueirão.

Fonte: Adaptado de Borges et al. (1997).

Formas de relevo Símbolo Descrição

Formas Estruturais Dep Superfície pediplanada. Superfície de aplanamento elaborada por processos de pediplanação.

Da Formas aguçadas. Relevos de topos contínuos e aguçados com diferentes ordens de grandeza e aprofundamentos de drenagem, separados geralmente por vales em “V”.

Dc Formas convexas. Relevo de topo convexo, com diferentes ordens de grandeza e de aprofundamento de drenagem separados por vales de fundo plano e/ou em “V”.

Formas Erosivas

Dt Formas tabulares. Relevos de topos aplanados com diferentes ordens de grandeza e aprofundamentos de drenagem, separados por vales de fundo plano.

Formas de Acumulação Apf Planície fluvial. Área aplanada resultante de acumulação fluvial, periódica ou permanentemente alagada.

18 Levantamento de Reconhecimento de Baixa Intensidade dos Solos do Município de Figueirão - MS

2.1.4. Vegetação e Uso Atual

A vegetação original do município de Figueirão é representada predominante-

mente por cerradão tropical subcaducifólio e cerrado tropical subcaducifólio,

a floresta tropical subcaducifólia ocupando a calha dos principais rios e

córregos da área (mata de galeria) (SANTOS et al., 2006). A lista das

principais espécies características de cada uma dessas formações na região

pode ser obtida em Brasil (1971).

O cerradão, tipo florestal peculiar, é mais frequente no município nas bordas

das encostas mais íngremes, principalmente relacionados aos arenitos das

Formações Pirambóia e Botucatu, provavelmente devido à maior disponibili-

dade de água nestas condições. Os capões são raros e geralmente bastante

devastados. Na maioria das vezes, suas áreas de ocorrência podem ser

apenas visualizadas pelos exemplares arbóreos remanescentes (Figura 5).

O cerrado é a formação vegetal dominante na região dos planaltos setentrional

da bacia do Paraná e de Maracaju-Campo Grande, onde o município de

Figueirão está inserido. Este é caracterizado por não apresentar uniformidade

em seu estrato arbóreo e arbustivo, assim como em sua composição florística.

Em alguns trechos, o estrato mais alto oscila entre 3 e 4 metros, raramente 5

metros, sem espécies emergentes, apresentando-se denso (Figura 6).

A floresta tropical subcaducifólia (mata ciliar) ocupa exclusivamente as ca-

lhas dos principais rios e córregos da região, estando esta formação vegetal

condicionada pelas maiores condições de umidade dada pela proximidade

com a água. Esta formação tem sua maior expressão ao longo dos rios

Figueirão, Jauru, Verde, Feio, dos ribeirões Piraputanga, Quati, Bonito,

Jauruzinho, e dos córregos Mangabeira, Pontal, água enterrada, Roncador,

entre outros. Assim como as demais formações, também se encontra bem

devastada (Figura 7).

A vegetação original no município foi praticamente toda substituída para dar

lugar a pastagens, em sua grande parte em estágio avançado de degradação

conforme pode ser observado na Figura 8. Assim, restam hoje aproximada-

mente 30% da vegetação original, mesmo assim, em pequenos capões espa-

lhados por todo o município, conforme pode ser observado na Figura 9.

19Levantamento de Reconhecimento de Baixa Intensidade dos Solos do Município de Figueirão - MS

Figura 5. Cerradão e área característica de sua ocorrência.

Figura 6. Cerrado característico da região e sua área de ocorrência.

Figura 7. Mata de galeria característica da região e sua área de ocorrência.

Foto

: C

ésar

da

Silv

a C

hag

as.

Foto

: C

ésar

da

Silv

a C

hag

as.

Foto

: C

ésar

da

Silv

a C

hag

as.

20 Levantamento de Reconhecimento de Baixa Intensidade dos Solos do Município de Figueirão - MS

Figura 8. Mapa de uso e cobertura do solo do município de Figueirão.

Figura 9. Degradação das pastagens no município de Figueirão. Foto: César da Silva Chagas.

21Levantamento de Reconhecimento de Baixa Intensidade dos Solos do Município de Figueirão - MS

2.2. Metodologia adotada na prospecção dos solos

2.2.1. Material cartográfico básico e modelo digital deelevação

A etapa inicial do Levantamento de Solos do Município de Figueirão consistiu

do inventário e da interpretação do material do meio físico existente para a

região, em especial os estudos de solos e a avaliação do material cartográfico

básico disponível para o delineamento e apresentação dos estudos de distri-

buição e ocorrência de solos.

O material cartográfico utilizado corresponde às cartas topográficas, na escala

de 1:100.000, referentes às folhas Costa Rica (MI 2441), Figueirão (MI 2440),

Paraíso (MI 2478), Ponte Vermelha (MI 2476), Ribeirão Brejão (MI 2477),

Serra da Barretina (MI 2402), Serra do Barreiro (MI 2439) e Serra do Taquari

(MI 2403), disponibilizadas em meio digital pelo Governo do Estado do Mato

Grosso do Sul. Estas folhas no formato digital foram unidas com relação aos

planos de informação hidrográfica, curvas de nível e pontos cotados. A rede

hidrográfica foi editada no software Arc/Info (ENVIRONMENTAL SYSTEM

RESEARCH INSTITUTE, 1997) para a obtenção de uma rede de arcos simples,

conectados e orientados na direção do escoamento.

Da mesma maneira, o plano de informação de curvas de nível foi editado para

eliminar os erros relacionados com o posicionamento de curvas que não se

fechavam e com valores errados. Além disso, estas foram ajustadas à

hidrografia para assegurar sua coerência. Para evitar erros de interpolação

nas bordas, as curvas de nível ultrapassaram os limites da bacia. Os pontos

cotados também foram checados para eliminar aqueles assinalados erronea-

mente, conforme procedimentos propostos por Carvalho Júnior (2005).

Em seguida, estes planos de informação foram utilizados para a geração de um

modelo digital de elevação (MDE), com resolução espacial de 30 m, utilizando-

se o módulo TOPOGRID do software Arc/Info (ENVIRONMENTAL SYSTEM

RESEARCH INSTITUTE, 1997). Este módulo utiliza um método de interpolação

especificamente desenhado para a criação de um modelo digital de elevação

hidrologicamente consistente. É baseado no programa ANUDEM desenvolvido

por Hutchinson (1993) que utiliza uma técnica de interpolação por diferenças

22 Levantamento de Reconhecimento de Baixa Intensidade dos Solos do Município de Figueirão - MS

finitas, e combina a eficiência de uma interpolação local, tal como o Inverso do

Quadrado da Distância, com métodos de interpolação global que utilizam uma

superfície de continuidade, como o interpolador Kriging (ENVIRONMENTAL

SYSTEM RESEARCH INSTITUTE, 1997). Assim, o TOPOGRID interpola uma

superfície a partir dos dados de elevação, e posteriormente modifica esta

superfície pela imposição da drenagem mapeada (hidrografia), que possibilita

uma suavização e um aumento sensível da precisão do modelo gerado, produ-

zindo uma superfície hidrologicamente consistente.

A definição do tamanho da célula do grid do MDE foi feita conforme proposto

por Hutchinson e Gallant (2000), que adota a raiz quadrada da média da

declividade (em porcentagem) como critério para definição do tamanho ideal

do grid. Associado a este critério, utilizou-se também a comparação visual

entre as curvas de nível originais com as geradas a partir do MDE. Um critério

também utilizado foi a adequação à resolução espacial de outros temas,

como a imagem do sensor TM do Landsat 5, que originalmente possui resolu-

ção de 28,5 m. Sendo assim, todos os temas utilizados possuem resolução

espacial de 30 m.

A última etapa na elaboração do MDE consistiu na correção de erros, princi-

palmente das depressões espúrias, que são pequenas imperfeições no modelo

gerado que imprevisivelmente apresentam valores baixos. Estas depressões

foram eliminadas por um pós-processamento envolvendo: (a) a identificação

das depressões; (b) a criação de dado no formato matricial com informação

sobre a área de contribuição das depressões, utilizando a ferramenta

Watershed no ArcGIS Desktop 9.2; (c) a criação de dado no formato

matricial com informação sobre o valor de elevação da borda da depressão

(máxima elevação), utilizando o comando Zonalfill, e preenchimento das de-

pressões com este valor de depressão. Este último procedimento é iterativo e

foi realizado até a eliminação de todas as depressões espúrias conforme

descrito por Ribeiro (2003).

A partir do MDE livre das depressões espúrias, foram derivados no ArcGIS

Desktop 9.2 os atributos topográficos declividade, curvatura e índice CTI

que, juntamente com a elevação, possibilitaram um melhor conhecimento

23Levantamento de Reconhecimento de Baixa Intensidade dos Solos do Município de Figueirão - MS

das características do relevo no município e auxiliaram a planejar as ativida-

des de campo. Dentre os atributos topográficos, a elevação, a declividade e o

aspecto têm sido reconhecidos como os mais efetivos para a realização de

levantamentos de solos de média escala (MOORE et al., 1993). O aspecto ou

orientação da encosta, que define a direção do fluxo de água, está relaciona-

do diretamente com parâmetros importantes como a evapotranspiração,

insolação, teor de água no solo e consequentemente sobre os atributos do

solo e potencial agrícola (MOORE et al., 1993; WILSON; GALLANT, 2000).

No entanto, segundo Mitasova e Hofierka (1993), o aspecto se torna menos

significativo em baixas declividades, como no caso do município de Figueirão,

pois células com declividade menor do que um valor mínimo podem ser

consideradas como tendo orientação indefinida, exercendo pouca ou quase

nenhuma influência na diferenciação dos solos, e por essa razão não foi

utilizada neste estudo.

A forma da curvatura de uma encosta pode influenciar grandemente a distri-

buição lateral dos processos pedológicos, hidrológicos e geomórficos e, por

conseguinte, os solos que resultam das interações entre estes processos

(PENNOCK et al., 1987). A influência sobre as propriedades dos solos tem

sido relacionada, principalmente, ao controle que as formas côncava e conve-

xa exercem sobre a distribuição de água e materiais solúveis das partes mais

elevadas para as mais baixas.

O índice topográfico combinado ou índice de umidade (CTI, sigla em inglês) é

um atributo topográfico secundário, sendo definido como uma função da

declividade e da área de contribuição por unidade de largura ortogonal à

direção do fluxo. Este índice foi desenvolvido para ser utilizado em estudo de

catenas (MOORE et al., 1993). O índice topográfico combinado é obtido

conforme apresentado na equação 1:

=βtan

lnsA

cti (1)

Onde, As é a área de contribuição (fluxo acumulado + 1) * tamanho da célula

do grid em m2) e â é a declividade expressa em radianos.

24 Levantamento de Reconhecimento de Baixa Intensidade dos Solos do Município de Figueirão - MS

2.2.2. Amostragem dos solos e análises físicas equímicas

Uma vez definidos os atributos topográficos, juntamente com os dados sobre a

geologia, geomorfologia e das imagens do sensor TM do Landsat 5 da área foram

definidas as atividades de campo, que se iniciaram com uma campanha de

correlação de solos na região. Com o conhecimento obtido nesta viagem de

correlação foi então elaborada uma legenda preliminar de identificação de solos

que serviu de base para o levantamento de solos. Nesta etapa, buscou-se associ-

ar os diferentes ambientes com os solos de ocorrência dominante, na qual foram

registradas as características morfológicas dos perfis de solos e os aspectos

referentes à geologia, relevo, vegetação, pedregosidade, rochosidade, tipo de

erosão, drenagem interna dos solos e fragilidade dos ambientes, com o intuito de

se definir um modelo de relação solo-paisagem para a área.

Durante as campanhas de campo foram descritas e coletadas amostras de

perfis de solos em trincheiras e coletadas informações complementares em

sondagens com trado holandês. Nesta etapa, foram complementados tam-

bém os aspectos referentes à geologia, geomorfologia, vegetação,

pedregosidade, rochosidade, tipos e graus de erosão e drenagem interna dos

solos. A descrição completa dos perfis de solos e amostras extras seguiram

as recomendações propostas por Santos et al. (2005) e todos os pontos

foram georreferenciados.

As amostras coletadas (terra fina seca ao ar) foram analisadas no laboratório

da Embrapa Solos, de acordo com a metodologia proposta por Embrapa

(1997), conforme a seguir: a composição granulométrica foi determinada

utilizando-se NaOH como dispersante químico, a fração argila foi determina-

da por densimetria no sobrenadante, areia grossa e areia fina foram separa-

das por tamisação e o silte calculado por diferença (EMBRAPA, 1997). Para

a determinação da argila dispersa em água (ADA) foi empregada a mesma

metodologia, porém sem fazer-se uso do dispersante químico.

Os valores de pH em H2O e em KCl 1N foram medidos por eletrodo de vidro

em suspensão solo/H2O ou solo/KCl na proporção 1:2,5 (v/v). Foram determi-

nados Ca2+, Mg2+, Al3+ e H+ + Al3+ trocáveis e carbono orgânico. O

25Levantamento de Reconhecimento de Baixa Intensidade dos Solos do Município de Figueirão - MS

Fósforo assimilável foi extraído com solução de HCl 0,05 N e H2SO4 0,025 N

(Melhich I) e dosado colorimetricamente pela redução do complexo

fosfomolíbdico com ácido ascórbico, em presença de sal de bismuto. Os

óxidos do ataque sulfúrico foram obtidos por meio de tratamento por fervura

da terra fina com solução de H2SO

4 1:1 (v/v). No filtrado, ferro e alumínio

foram extraídos e determinados complexometricamente por titulação e ex-

pressos na forma de Fe2O

3 e Al

2O

3; também no filtrado, o titânio foi determi-

nado colorimetricamente por titulação e expresso na forma de TiO2; já no

resíduo foi extraída a sílica com NaOH 0,8, determinada colorimetricamente,

que foi expressa na forma de SiO2 (EMBRAPA, 1997).

Com base nas informações obtidas no campo e nos resultados das análises

físicas e químicas, os perfis e amostras extras coletados foram classificados

de acordo com o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (EMBRAPA,

2006) até o quinto nível categórico do SiBCS.

2.2.3. Critérios para estabelecimento e subdivisão dasclasses de solos e fases de unidade de mapeamento

Em seguida, para o estabelecimento e subdivisão das classes de solos e fases

de unidade de mapeamento foram utilizados as normas e os critérios constan-

tes em Embrapa (1979), Embrapa (1988a), Embrapa (1988b) e Santos et al.

(2006), que são apresentados a seguir:

• Atributos Diagnósticos: material orgânico, material mineral, soma de

bases, atividade da fração argila (T), saturação por bases (V%), satu-

ração por alumínio (m%), caráter ácrico, caráter alumínico, caráter

alítico, mudança textural abrupta, contato lítico, contato lítico frag-

mentário, teor de óxido de ferro, relação silte/argila.

• Horizontes Diagnósticos Superficiais: Horizonte A moderado e Hori-

zonte A fraco.

• Horizontes Diagnósticos Subsuperficiais: B textural, B latossólico e

Horizonte C.

• Grupamentos de Classes Texturais: textura arenosa, textura média,

textura argilosa, textura muito argilosa e textura siltosa. Para indicar a

26 Levantamento de Reconhecimento de Baixa Intensidade dos Solos do Município de Figueirão - MS

variação de textura em profundidade no perfil, a qualificação textural

é geralmente expressa na forma de fração, exceto para a classe dos

Latossolos.

As fases de mapeamento têm como objetivo fornecer informações adicionais

sobre as condições ambientais, assim como chamar a atenção para caracte-

rísticas relevantes do solo ou do ambiente, porém, não contempladas pelos

critérios de ordenamento taxonômico, de forma a subsidiar as interpretações

sobre o potencial de uso das terras. As fases utilizadas, de acordo com

Embrapa (2006), foram:

• Fases de vegetação: cerrado tropical subcaducifólio e floresta tropi-

cal subcaducifólia;

• Fases de relevo: plano, suave ondulado, ondulado, forte ondulado,

montanhoso e escarpado;

• Fase de pedregosidade: pedregosa, epipedregosa e endopedregosa; e

• Fase de substrato rochoso.

2.2.4. Delimitação das Unidades de Mapeamento

A fase final dos trabalhos constou da delimitação das unidades de

mapeamento e elaboração final do mapa de solos do município de Figueirão.

Uma adaptação importante feita neste estudo e que difere do procedimento

normalmente utilizado no levantamento de solos tradicional está relacionada

com a delimitação das unidades de mapeamento. No levantamento tradicio-

nal esta delimitação é feita através da interpretação visual de fotografias

aéreas, as vezes com apoio adicional de imagens de satélite em formato

analógico e, em seguida, estes limites são transferidos para base

planialtimétrica para posterior digitalização. No presente estudo, os limites

das unidades de mapeamento foram traçados diretamente na tela do compu-

tador no ArcGIS Desktop 9.2, tendo como dados básicos os pontos amostrais

(perfis e amostras extras) e as variáveis ambientais representadas pelos

atributos do terreno elevação, declividade, curvatura e índice CTI, com reso-

lução espacial de 30 m e pelas imagens do sensor TM do Landsat 5 do ano de

2010, com resolução espacial de 30 m.

27Levantamento de Reconhecimento de Baixa Intensidade dos Solos do Município de Figueirão - MS

Em função do nível de levantamento realizado (reconhecimento de baixa

intensidade) e das condições locais, foram estabelecidas dois tipos de unida-

des de mapeamento: as unidades simples, na qual ocorre uma única classe de

solo; e as unidades compostas, com dois ou mais componentes.

3. Resultados e Discussão

No levantamento de solos do município de Figueirão foram identificadas 22

unidades de mapeamento, considerando-se o quinto nível categórico do Siste-

ma Brasileiro de Classificação de Solos (SANTOS et al., 2006). A descrição e

as características das classes de solo identificadas são apresentadas a seguir.

3.1. Descrição e características das classes de solosidentificadas

As principais classes de solo, em nível de ordem, identificadas no município

foram: Argissolos, Latossolos e Neossolos, cujas conceituações e caracterís-

ticas distintivas em níveis categóricos inferiores, conforme Embrapa (2006)

são apresentadas a seguir, em conjunto com uma descrição das principais

características e distribuição espacial dos solos, assim como dos perfis repre-

sentativos. A conceituação completa das classes aqui identificadas pode ser

obtida em Embrapa (2006).

3.1.1. Argissolos

Esta classe compreende solos minerais, não hidromórficos, que apresentam

horizonte B textural, com baixa atividade da fração argila, subjacente a

horizonte A ou E. São solos em geral profundos e bem drenados, com

sequência de horizontes A, Bt, C. Foram identificados no município, em nível

categórico subsequente em função da cor do horizonte B textural, apenas

Argissolos Vermelho-Amarelos, conforme descrito a seguir.

3.1.1.1. Argissolos Vermelho-Amarelos

Os Argissolos Vermelho-Amarelos distinguem-se dos demais Argissolos pela

dominância de cores no matiz 5YR ou mais amarelas do que 2,5YR nos

primeiros 100 cm do horizonte B. Na área estudada foram identificados, no

terceiro nível categórico do SiBCS (SANTOS et a., 2006), em função da

28 Levantamento de Reconhecimento de Baixa Intensidade dos Solos do Município de Figueirão - MS

saturação por bases nos primeiros 100 cm do horizonte B, Argissolos Verme-

lho-Amarelos Distróficos e Argissolos Vermelho-Amarelos Eutróficos (inclu-

sões). Distribuem-se, principalmente nas porções sudoeste e noroeste do

município, sempre relacionados com Arenitos da Formação Pirambóia (Figura

10) e representam 0,26% do município.

Visto que os Argissolos Vermelho-Amarelos Eutróficos ocorrem apenas como

inclusões na área do município, serão apresentadas a seguir somente as

características principais dos Argissolos Vermelho-Amarelos Distróficos, que

ocorrem como membro principal e também como membro secundário nas

associações de solos.

Figura 10. Distribuição dos Argissolos Vermelhos-Amarelos no município de Figueirão.

Estes solos apresentam saturação por bases (V%) < 50% na maior parte dos

primeiros 100 cm do horizonte B (inclusive BA). Na área, compreende solos

de textura exclusivamente arenosa/média, fortemente a excessivamente

drenados, com horizonte A fraco ou moderado, hiperdistróficos,

epieutróficos e que ocorrem sob vegetação original de cerrado tropical

subcaducifólio em áreas de relevo desde plano até ondulado. Desenvolvem-se

29Levantamento de Reconhecimento de Baixa Intensidade dos Solos do Município de Figueirão - MS

a partir de Arenitos da Formação Pirambóia e estão submetidos ao tipo

climático Aw. O uso agrícola observado por ocasião do mapeamento foi com

pastagens plantadas de braquiária e capim-jaraguá. Apresentam maior ex-

pressão territorial na porção sudoeste e noroeste da área e estão associados

sempre à Neossolos Quartzarênicos Órticos típicos.

Devido à textura superficial essencialmente arenosa e ao elevado gradiente

textural e em alguns casos o adensamento no topo do horizonte B, que

restringe a infiltração da água da chuva, apresentam um acentuado potencial

erosivo, mesmo em áreas de declive pouco acentuado, requerendo adoção de

práticas conservacionistas para sua utilização.

A classe de solo identificada, no 4º nível categórico do Sistema Brasileiro de

Classificação de Solos, foi o ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico

típico, representada pelos perfis P21 (Figueirão), P14 e P21 (São Gabriel do

Oeste) e pela amostra extra AE17 (Alcinópolis) e ocorrem como primeiro

componente na unidade de mapeamento PVAd e como componente secundá-

rio nas unidades de mapeamento RQo7 e LAd. Os perfis representativos

desta classe são apresentados no Anexo 2.

3.1.2. Latossolos

Sob esta denominação estão compreendidos solos minerais, não

hidromórficos, com horizonte B latossólico imediatamente abaixo de qualquer

um dos tipos de horizonte A. São solos em avançado estágio de

intemperização, muito evoluídos, resultado de enérgicas transformações no

material constitutivo. São normalmente muito profundos, com espessura do

solum em geral superior a dois metros, de elevada permeabilidade e

comumente bem a acentuadamente drenados. Apresentam sequência de

horizontes do tipo A, Bw, C, com reduzido incremento de argila em profundi-

dade. Em segundo nível categórico, diferenciam-se em função das caracterís-

ticas de cor, tendo sido identificadas as classes descritas a seguir:

3.1.2.1. Latossolos Amarelos

Esta classe é constituída por Latossolos com matiz mais amarelo que 5YR na

maior parte dos primeiros 100 cm do horizonte B. Ocorrem em áreas de relevo

30 Levantamento de Reconhecimento de Baixa Intensidade dos Solos do Município de Figueirão - MS

plano e suave ondulado, e mais raramente ondulado, e estão relacionados com os

arenitos da Formação Pirambóia. Distribuem-se exclusivamente na parte norte

da área de estudo na divisa com o município de Alcinópolis correspondendo a

1,9% do município (Figura 11), associados com Argissolos Vermelho-Amarelos

Distróficos típicos. Estes solos apresentam saturação por bases (V%) < 50% na

maior parte dos primeiros 100 cm do horizonte B (inclusive BA). Apresenta como

principal característica os baixos teores de argila nos horizontes superficiais que

aumenta gradativamente nos horizontes subsuperficiais, sem caracterizar, no

entanto, gradiente textural. São derivados de Arenitos da Formação Pirambóia

com provável contribuição de siltitos e argilitos.

Compreende solos de textura exclusivamente média (horizonte Bw), forte-

mente a excessivamente drenados, com horizonte A fraco ou moderado,

hiperdistróficos, álicos e que ocorrem sob vegetação original de cerrado

tropical subcaducifólio em áreas de relevo plano e suave ondulado. Desenvol-

vem-se a partir de Arenitos da Formação Pirambóia e grande parte da área

ocupada por esta classe deu lugar a utilização com pastagens plantadas que

se encontram com distintos níveis de degradação.

Figura 11. Distribuição dos Latossolos Amarelos no município de Figueirão.

31Levantamento de Reconhecimento de Baixa Intensidade dos Solos do Município de Figueirão - MS

Devido à textura superficial essencialmente arenosa e, em alguns casos, à

compactação causada pelo pisoteio do gado, apresentam potencial erosivo

moderado, mesmo em áreas com declive pouco acentuado, requerendo, por-

tanto, de adoção de práticas conservacionistas para sua utilização.

A classe de solo identificada, no 4º nível categórico do Sistema Brasileiro de

Classificação de Solos, foi o LATOSSOLO AMARELO Distrófico típico, repre-

sentada pelos perfis P19 e P20 de Figueirão e P02 de Alcinópolis. Ocorrem

somente como primeiro componente na unidade de mapeamento LAd. Os

perfis representativos desta classe são apresentados no Anexo 2.

3.1.2.2. Latossolos Vermelhos

Esta classe engloba os Latossolos que apresentam horizonte B com cores

mais vermelhas que 2,5YR na maior parte dos primeiros 100 cm. Ocorrem

em áreas de relevo plano e suave ondulado e estão distribuídos na parte

centro-sul e noroeste da área, representando 5,9% do município (Figura 12),

sempre associados com Neossolos Quartzarênicos Órticos típicos ou

latossólicos. São solos que apresentam saturação por bases (V%) < 50% na

maior parte dos primeiros 100 cm do horizonte B (inclusive BA), portanto

distróficos, e que podem apresentar tanto textura média quanto argilosa.

Figura 12. Distribuição dos Latossolos Vermelhos no município de Figueirão.

32 Levantamento de Reconhecimento de Baixa Intensidade dos Solos do Município de Figueirão - MS

Possuem drenagem desde acentuada até forte, com horizonte A moderado

ou fraco, hiperdistróficos, álicos e que ocorrem sob vegetação primitiva de

cerrado tropical subcaducifólio, em áreas de relevo plano e suave ondulado.

Os Latossolos Vermelhos de textura média desenvolvem-se a partir de

arenitos da Formação Caiuá e Botucatu, enquanto os argilosos são originados

de rochas da Formação Serra Geral com contribuição dos arenitos

supracitados. A maior parte da área ocupada por esta classe deu lugar a

utilização com pastagens plantadas e com lavouras de milho e soja, no caso

dos Latossolos argilosos.

Devido às condições de relevo suavizado e da textura mais argilosa do que as

classes descritas anteriormente, apresentam potencial erosivo que varia de

baixo a moderado.

A classe de solo identificada no 4º nível categórico do Sistema Brasileiro de

Classificação de Solos foi o LATOSSOLO VERMELHO Distrófico típico, repre-

sentada pelos perfis P13 (textura média) e P23 (textura argilosa) de Figueirão

e pelas amostras extras AE01, AE09 de Figueirão e AE23 de Camapuã, todas

de textura média. Ocorrem como primeiro componente nas unidades de

mapeamento LVd1 e LVd2, e como 2º componente na unidade de

mapeamento RQo8. Os perfis representativos desta classe são apresentados

no Anexo 2.

3.1.3. Neossolos

Nesta classe estão compreendidos solos minerais pouco desenvolvidos, ca-

racterizados pela ausência de horizonte B diagnóstico. Foram identificados no

município de Figueirão, em segundo nível categórico, Neossolos Litólicos e

Neossolos Quartzarênicos que são apresentados a seguir.

3.1.3.1. Neossolos Litólicos

Nesta classe estão compreendidos solos minerais pouco desenvolvidos, ra-

sos, constituídos por um horizonte A assentado diretamente sobre a rocha,

ou sobre um horizonte C ou B pouco espessos, e que apresentam contato

lítico dentro de 50 cm da superfície do solo de acordo com o SiBCS (SANTOS

et al., 2006). Devido a pouca espessura, é comum possuírem elevados teores

33Levantamento de Reconhecimento de Baixa Intensidade dos Solos do Município de Figueirão - MS

de minerais primários pouco resistentes ao intemperismo, assim como casca-

lhos e calhaus de rocha semintemperizada na massa do solo.

Esta classe ocorre com maior expressão nas bordas da serra das Araras,

onde estão associados com Afloramentos de Rocha, sob vegetação de flores-

ta tropical subcaducifólia e de forma mais restrita em áreas de relevo ondula-

do e forte ondulado em associação com Neossolos Quartzarênicos, sob vege-

tação de cerrado tropical subcaducifólio (Figura 13). Desenvolve-se, em sua

maior parte, de arenitos da Formação Botucatu e mais raramente de basaltos

da Formação Serra Geral. Abrange solos de textura predominantemente

média, podendo ainda apresentar cascalhos e pedras ao longo do perfil, com

horizonte A moderado (derivados de arenito) ou chernozêmico (derivados de

basalto). A atividade das argilas é baixa na grande maioria dos casos e

apresentam elevada saturação por bases (eutróficos).

Figura 13. Distribuição dos Neossolos Litólicos no município de Figueirão.

34 Levantamento de Reconhecimento de Baixa Intensidade dos Solos do Município de Figueirão - MS

Conforme citado anteriormente, ocorrem de modo geral, em áreas de relevo

ondulado e forte ondulado apresentando pouca profundidade efetiva e pre-

sença de cascalhos com forte limitações à susceptibilidade à erosão e ao

impedimento à mecanização, não sendo recomendados para o uso agrícola.

Não se verificou utilização agrícola nos solos desta classe.

No nível de família, foram identificadas as classes: NEOSSOLO LITÓLICO

Eutrófico típico, representada pelos perfis P03 e P17 de Figueirão, e

NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico fragmentário, representada pelos perfis P07

e P15 de Figueirão. Ocorrem como primeiro componente nas unidades de

mapeamento RLe1 e RLe2, e como 2º componente nas unidades de

mapeamento AR e RQo11. Os perfis representativos desta classe são apre-

sentados no Anexo 2.

3.1.3.2. Neossolos Quartzarênicos

São solos minerais, não hidromórficos, arenosos, essencialmente quartzosos,

muito profundos e excessivamente drenados, com ausência de minerais pri-

mários facilmente decomponíveis. Apresentam sequência de horizontes A/C,

com pequena diferenciação entre os subhorizontes. Ocorrem em áreas de

relevo que varia de plano até ondulado e estão distribuídos indistintamente

por todo o município de Figueirão, com uma área que corresponde a 80,3%

(Figura 14) da área total, sendo a classe de solo com área mais expressiva.

Estão associados com Argissolos Vermelho-Amarelos nas porções noroeste e

sudoeste da área; com Latossolos Vermelhos nas porções noroeste e centro-

leste; e com Neossolos Litólicos na porção centro-oeste do município.

No nível subsequente do SiBCS (SANTOS et al., 2006), correspondente a

grande grupo foi identificada no município de Figueirão apenas a classe

Neossolo Quartzarênico Órtico. São solos distróficos, normalmente, com

saturação por bases (V%) < 35% (hiperdistróficos) e com saturação por

alumínio m% > 50% (álicos), podendo ocorrer alguns perfis mesodistróficos.

Apresentam horizonte A fraco ou moderado, com estrutura pequena e muito

pequena granular fracamente desenvolvida e o horizonte C, cuja espessura

comumente ultrapassa os 200 cm, normalmente não apresenta desenvolvi-

mento de estrutura, podendo apresentar uma fraca coesão das partículas, o

que confere ao solo um aspecto maciço poroso pouco coerente.

35Levantamento de Reconhecimento de Baixa Intensidade dos Solos do Município de Figueirão - MS

Figura 14. Distribuição dos Neossolos Quartzarênicos no município de Figueirão.

Estes solos ocorrem dominantemente sob vegetação primitiva de cerrado

tropical subcaducifólio e são originados a partir da decomposição de arenitos

das Formações Botucatu, Caiuá, Pirambóia e Santo Anástacio. Conforme

verificado em outras classes de solos a maior parte da vegetação natural nos

Neossolos Quartzarênicos Órticos deu lugar a utilização com pastagens plan-

tadas que atualmente se encontram em estágios variados de degradação.

Embora ocorram em relevo suavizado, a textura essencialmente arenosa

imprime a estes solos um potencial erosivo que varia de moderado a forte.

As classes de solos identificadas no 4º nível categórico do Sistema Brasileiro

de Classificação de Solos foram: NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico

argissólico, representada pelo perfil P14 de Figueirão; NEOSSOLO

QUARTZARÊNICO Órtico gleissólico, estabelecida com base no perfil P11 de

Figueirão; NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico latossólico, definida com

base nos perfis P05 e P12 de Figueirão e nas amostras extras AE06 e AE07

de Figueirão, AE20 de Camapuã e AE35 de Alcinópolis; e NEOSSOLO

QUARTZARÊNICO Órtico típico, de maior ocorrência, representada pelos

perfis P01, P04, P08, P09, P16, P18 e P22 e pelas amostras extras AE02,

36 Levantamento de Reconhecimento de Baixa Intensidade dos Solos do Município de Figueirão - MS

AE03, AE04, AE05, AE08, AE10, AE11, AE12 e AE13 de Figueirão e AE15

e AE19 de Camapuã. Ocorrem como primeiro componente nas unidades de

mapeamento RQo1 a RQo11, como 2º componente nas unidades de

mapeamento PVAd, LVd2, RQo4, RQo5, RQo6, RQo9 e RQo10 e como 3º

componente na unidade de mapeamento LVd2.

As principais limitações ao seu uso agrícola referem-se à baixa fertilidade

natural, já que são distróficos e fortemente ácidos; a deficiência de água,

devida à baixa retenção de umidade; e a susceptibilidade à erosão. Os perfis

representativos destas classes são mostrados no Anexo 2.

3.1.4. Afloramentos de Rocha

Os Afloramentos de Rocha constituem tipos de terreno representados por

exposições de diferentes tipos de rochas. Apresentam-se como exposições de

rochas duras ou semibrandas ou com porções de materiais detríticos grosseiros

não consolidados, formando mistura de fragmentos provenientes da desagre-

gação das rochas com material terroso não classificável como solo.

Na área estudada, ocorrem mais significativamente nas bordas da serra das

Araras, e em pequenas proporções, constituindo testemunhos de relevos residu-

ais, sempre em forte associação com Neossolos Litólicos, estando relacionados

com os arenitos das Formações Botucatu, Caiuá e Pirambóia (Figuras 15 e 16).

Figura 15. Distribuição dos Afloramentos de Rocha no município de Figueirão.

37Levantamento de Reconhecimento de Baixa Intensidade dos Solos do Município de Figueirão - MS

Figura 16. Afloramentos de rocha no município de Figueirão.

3.2. Legenda do mapa de solos do município deFigueirão

No levantamento de solos do município de Figueirão foram identificadas e

cartografadas 18 unidades de mapeamento, sendo que 3 constituem unida-

des simples (compostas por um único componente), 11 são compostas por

uma associação de dois componentes e 4 são formadas por uma associação

de três componentes. A legenda do mapa de solos do município de Figueirão

é apresentada a seguir.

Foto

: C

ésar

da

Silv

a C

hag

as.

38 Levantamento de Reconhecimento de Baixa Intensidade dos Solos do Município de Figueirão - MS

ARGISSOLOS

ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico

PVAd - ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, textura areno-

sa/média + NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico típico, ambos A fraco e

moderado, hiperdistróficos, álicos, fase cerrado tropical subcaducifólio, rele-

vo suave ondulado e ondulado. (60 - 40%).

• PVAd - perfil P21 de Figueirão e perfis P14 e P21 de São Gabriel do Oeste;

• RQo - perfil P16 e AE08 de Figueirão, P16 e P22 de São Gabriel do Oeste e

AE15 de Camapuã.

LATOSSOLOS

LATOSSOLO AMARELO Distrófico

LAd - LATOSSOLO AMARELO Distrófico típico, textura média +

ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, textura arenosa/mé-

dia, ambos A fraco e moderado, hiperdistróficos, álicos, fase cerrado tropical

subcaducifólio, relevo plano e suave ondulado. (60 - 40%).

• LAd - perfis P19 e P20 de Figueirão e P02 de Alcinópolis;

• PVAd - perfil P21 de Figueirão e AE17 de Alcinópolis.

LATOSSOLO VERMELHO Distrófico

LVd1 - LATOSSOLO VERMELHO Distrófico típico, textura média, A modera-

do e fraco, hiperdistrófico, álico + LATOSSOLO VERMELHO Distrófico típi-

co, textura argilosa, A moderado, hiperdistrófico, ambos fase cerrado tropi-

cal subcaducifólio, relevo plano e suave ondulado. (50 - 50%).

• LVd textura média - perfis P13 e AE01 de Figueirão e AE23 de Camapuã;

• LVd textura argilosa - perfil 23 de Figueirão.

LVd2 - LATOSSOLO VERMELHO Distrófico típico, textura média, A modera-

do e fraco, hiperdistrófico, álico + NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico

latossólico, A fraco, hiperdistrófico, álico + NEOSSOLO QUARTZARÊNICO

Órtico típico, A fraco e moderado, mesodistrófico ou hiperdistrófico, álico,

todos fase cerrado tropical subcaducifólio, relevo suave ondulado e plano.

39Levantamento de Reconhecimento de Baixa Intensidade dos Solos do Município de Figueirão - MS

(40 - 30 - 30%).

• LVd - perfis P13 e AE01 de Figueirão e AE23 de Camapuã;

• RQo latossólico - perfis P05 de Figueirão e AE20 de Camapuã;

• RQo típico - perfis P01, AE02 e AE03 de Figueirão e AE19 de Camapuã.

NEOSSOLOS

NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico

RLe1 - NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico ou fragmentário, textura média e

média cascalhenta, A moderado, mesoeutrófico ou hipereutrófico, fase pedrego-

sa, cerrado tropical subcaducifólio, relevo ondulado e forte ondulado, substrato

arenito + AFLORAMENTOS DE ROCHA, relevo montanhoso. (70 - 30%).

• RLe - Perfis P03, P07 e P15 de Figueirão.

RLe2 - NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico, textura média, A

chernozêmico, hipereutrófico, floresta tropical subcaducifólia, relevo ondula-

do e forte ondulado, substrato basaltos da Formação Serra Geral +

AFLORAMENTOS DE ROCHA, relevo montanhoso. (70 - 30%).

• RLe - perfil P17 de Figueirão.

NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico

RQo1 - NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico gleissólico, A moderado,

hiperdistrófico, fase cerrado tropical subcaducifólio, relevo plano. (100%).

• RQo - perfil P11 de Figueirão.

RQo2 - NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico típico, A fraco, hiperdistrófico,

álico, fase cerrado tropical subcaducifólio, relevo plano. (100%).

• RQo - perfis P22, AE05 e AE13 de Figueirão.

RQo3 - NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico típico, A fraco e moderado,

hiperdistrófico, fase cerrado tropical subcaducifólio, relevo plano e suave

ondulado. (100%).

• RQo - perfis P08, P09, P18, AE10, AE11 e AE12, todos de Figueirão.

RQo4 - NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico argissólico, A moderado +

40 Levantamento de Reconhecimento de Baixa Intensidade dos Solos do Município de Figueirão - MS

NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico típico, A fraco + NEOSSOLO

QUARTZARÊNICO Órtico latossólico, A moderado, todos hiperdistróficos,

álicos, fase cerrado tropical subcaducifólio, relevo plano e suave ondulado.

(40 - 30 - 30%).

• RQo argissólico - perfil P14;

• RQo típico - perfis P04 e AE04;

• RQo latossólico - perfis P12 e AE07, todos de Figueirão.

RQo5 - NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico argissólico, A moderado +

NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico típico, A fraco + NEOSSOLO

QUARTZARÊNICO Órtico latossólico, A moderado, todos hiperdistróficos,

álicos, fase cerrado tropical subcaducifólio, relevo ondulado. (40 - 30 - 30%).

• RQo argissólico - perfil P14;

• RQo típico - perfis P04 e AE04;

• RQo latossólico - perfis P12 e AE07, todos de Figueirão.

RQo6 - NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico latossólico, A moderado +

NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico típico, A fraco, ambos hiperdistróficos,

álicos + Inclusão de ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófico típico,

textura arenosa/média, hipereutrófico, A moderado, fase cerrado tropical

subcaducifólio, relevo suave ondulado e plano. (50 - 40 - 10%).

• RQo latossólico - perfis P12 e AE06 de Figueirão e AE35 de Alcinópolis;

• RQo típico - perfis P04 e AE04 de Figueirão;

• PVAe - perfil 10 de Figueirão.

RQo7 - NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico típico + ARGISSOLO VERME-

LHO-AMARELO Distrófico típico, textura arenosa/média, ambos A fraco e

moderado, hiperdistróficos, álicos, fase cerrado tropical subcaducifólio, rele-

vo suave ondulado e ondulado. (50 - 50%).

• RQo - perfil P16 e AE08 de Figueirão, P16 e P22 de São Gabriel do Oeste e

AE15 de Camapuã;

• PVAd - perfil P21 de Figueirão e perfis P14 e P21 de São Gabriel do Oeste.

RQo8 - NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico típico + LATOSSOLO VER-

MELHO Distrófico típico, textura média, ambos A fraco e moderado,

41Levantamento de Reconhecimento de Baixa Intensidade dos Solos do Município de Figueirão - MS

hiperdistrófico, álico, fase cerrado tropical subcaducifólio, relevo plano e

suave ondulado. (60 - 40%).

• RQo - perfis P08, P09, P18, AE10, AE11 e AE12, todos de Figueirão;

• LVd - perfis P13 e AE09 de Figueirão.

RQo9 - NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico típico, A fraco e moderado,

mesodistrófico ou hiperdistrófico, álico + NEOSSOLO QUARTZARÊNICO

Órtico latossólico, A fraco, hiperdistrófico, álico, ambos fase cerrado tropical

subcaducifólio, relevo plano. (50 - 50%).

• RQo típico - perfis P01, AE02 e AE03 de Figueirão e AE19 de Camapuã;

• RQo latossólico - perfis P05 de Figueirão e AE20 de Camapuã.

RQo10 - NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico típico, A fraco e moderado,

mesodistrófico ou hiperdistrófico, álico + NEOSSOLO QUARTZARÊNICO

Órtico latossólico, A fraco, hiperdistrófico, álico, ambos fase cerrado tropical

subcaducifólio, relevo plano e suave ondulado. (50 - 50%).

• RQo típico - perfis P01, AE02 e AE03 de Figueirão e AE19 de Camapuã;

• RQo latossólico - perfis P05 de Figueirão e AE20 de Camapuã.

RQo11 - NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico típico, A fraco e moderado,

hiperdistrófico, álico, fase cerrado tropical subcaducifólio, relevo ondulado +

NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico ou fragmentário, textura média e média

cascalhenta, A moderado, mesoeutrófico ou hipereutrófico, fase pedregosa,

cerrado tropical subcaducifólio, relevo ondulado e forte ondulado, substrato

arenito + AFLORAMENTOS DE ROCHA, relevo montanhoso. (50 - 30 - 20%).

• RQo - perfil P16 e AE08 de Figueirão, P16 e P22 de São Gabriel do Oeste e

AE15 de Camapuã;

• RLe - Perfis P03, P07 e P15 de Figueirão.

AFLORAMENTOS DE ROCHA

AR - AFLORAMENTOS DE ROCHA, relevo forte ondulado e montanhoso +

NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico ou fragmentário, textura média e

média cascalhenta, A moderado, mesoeutrófico ou hipereutrófico, fase pe-

dregosa, cerrado tropical subcaducifólio, relevo ondulado e forte ondulado,

42 Levantamento de Reconhecimento de Baixa Intensidade dos Solos do Município de Figueirão - MS

substrato arenito. (70 - 30%).

• RLe - Perfis P03, P07 e P15 de Figueirão.

A Tabela 4 mostra a área e o percentual das unidades de mapeamento

identificadas no Levantamento de Reconhecimento de Baixa Intensidade dos

Solos do Município de Figueirão (MS). Em relação à área total do município,

verifica-se que a classe de solo com a maior expressão é a dos Neossolos

Quartzarênicos Órticos, cujas unidades de mapeamento somadas ocupam

444.170,03 ha ou 85,26% da área total do município, e que estão distribuí-

das por todo o município em áreas de relevo plano a ondulado, associada com

Argissolos Vermelho-Amarelos, Latossolos Vermelhos, Neossolos Litólicos e

Afloramentos de Rocha.

Em seguida vem a classe dos Latossolos Vermelhos que ocupam

28.798,71ha (5,86%) da área estudada. Os solos desta classe ocorrem em

áreas de relevo plano e suave ondulado, próximo das bordas da serra das

Araras. Os Neossolos Litólicos, presentes, principalmente nas bordas da ser-

ra das Araras, ocupam uma área de 20.001,49 ha, o que equivale a 4,07%

de toda a área do município. Os Argissolos Vermelho-Amarelos e os

Latossolos Amarelos ocupam respectivamente, 12.987,89 ha (2,64%) e

9.341,39 ha (1,90%) e ocorrem nas regiões sudoeste (PVA) e norte (LA) do

município. Afloramentos de Rocha tanto na forma de testemunhos isolados

como associados com Neossolos Litólicos foram identificados em 1.301,99

ha ou apenas 0,26% da área total estudada.

O uso dominante verificado nestas classes de solos é com pastagens que se

encontram em vários estágios de degradação ou com vegetação natural em

função das limitações com relação ao relevo muito movimentado, como no

caso dos Neossolos Litólicos. Grande parte do processo de degradação das

pastagens no município pode ser atribuída a textura muito arenosa que

condiciona uma baixíssima capacidade de retenção de umidade no solo, que

consequentemente prejudica o desenvolvimento destas pastagens e a baixa

fertilidade natural destes solos.

43Levantamento de Reconhecimento de Baixa Intensidade dos Solos do Município de Figueirão - MS

Tabela 4. Principais características das unidades de mapeamento do

município de Figueirão.

Unidade de Mapeamento

Litologia e Formação Geológica

Textura Relevo

Área (ha)

%

PVAd Arenitos da Formação Pirambóia

arenosa/média + arenosa

suave ondulado e ondulado

1.301,99 0,26

LAd Arenitos da Formação Pirambóia

média + arenosa/média

plano e suave ondulado

9.341,39 1,90

LVd1 Basaltos da Formação Serra Geral e Arenitos

da Formação Santo Anástacio

média + argilosa plano e suave ondulado

4.567,23 0,93

LVd2 Arenitos da Formação Caiuá

média + arenosa suave ondulado e plano

24.231,49 4,93

RLe1 Arenitos da Formação Botucatu

média cascalhenta e arenosa

cascalhenta/média cascalhenta

ondulado e forte ondulado + montanhoso

12.987,89 2,64

RLe2 Basaltos da Formação Serra Geral

média ondulado e forte ondulado + montanhoso

19.244,89 3,92

RQo1 Arenitos da Formação Pirambóia

arenosa plano 756,60 0,15

RQo2 Arenitos da Formação Botucatu

arenosa plano 18.399,89 3,74

RQo3 Arenitos da Formação Botucatu

arenosa plano e suave ondulado

54.020,49 10,99

RQo4 Arenitos da Formação Pirambóia

arenosa plano e suave ondulado

76.425,49 15,55

RQo5 Arenitos da Formação Pirambóia

arenosa ondulado 36.774,69 7,48

RQo6 Arenitos da Formação Pirambóia

arenosa suave ondulado e plano

98.416,99 20,02

RQo7 Arenitos da Formação Pirambóia

arenosa + arenosa/média

plano e suave ondulado

22.458,69 4,57

RQo8 Arenitos da Formação Botucatu

arenosa + média plano e suave ondulado

2.066,79 0,42

RQo9 Arenitos das Formações Caiuá e Santo

Anástacio

arenosa plano 32.027,59 6,52

RQo10 Arenitos das Formações Caiuá e Santo

Anástacio

arenosa plano e suave ondulado

37.444,59 7,62

RQo11 Arenitos das Formações Pirambóia

e Botucatu

arenosa + média e média cascalhenta

ondulado + forte ondulado e montanhoso

15.931,89 3,24

AR Arenitos da Formação Botucatu

média e média cascalhenta

forte ondulado e montanhoso +

ondulado

25.101,49 5,11

Total do município 491.500 100

44 Levantamento de Reconhecimento de Baixa Intensidade dos Solos do Município de Figueirão - MS

4. Conclusões

As classes de solo identificadas no município de Figueirão e representadas

pelos perfis e amostras extras coletados foram: Argissolos Vermelho-Amare-

los; Argissolos Vermelhos; Latossolos Amarelos; Latossolos Vermelhos;

Neossolos Litólicos e Neossolos Quartzarênicos.

Predominam no município de Figueirão os solos das classes dos Neossolos

Quartzarênicos Órticos, identificados em 85,26% da área total do município,

seguido dos Latossolos Vermelhos e Neossolos Litólicos que perfazem respec-

tivamente 5,86 e 4,07% das terras do município, todos relacionados com

arenitos das Formações Botucatu, Caiuá, Pirambóia e Santo Anástacio e, em

menor proporção, com basaltos da Formação Serra Geral.

A maior parte das terras do município é ocupada por pastagens em vários

estágios de degradação, e os principais fatores que condicionam a degradação

destas pastagens são a baixa capacidade de retenção de umidade dos solos e a

baixíssima fertilidade dos solos, em sua maioria hiperdistróficos e álicos.

Finalmente, os resultados obtidos com este estudo, juntamente com outros

estudos do meio físico e socioeconômico, possibilitaram a realização do

Zoneamento Agroecológico do Município de Figueirão, que por sua vez será

instrumento primordial para o planejamento de uso das terras do município.

5. Referências

ALMEIDA, F. F. M.; BARBOSA, O. Geologia das quadrículas de Piracicaba e Rio

Claro, Estado de São Paulo. Boletim da Divisão de Geologia e Mineralogia, Rio de

Janeiro, v.143, p.1-96, 1953.

BORGES, C. A.; WERLE, H. J. S.; ROSA, D. B.; PAIVA, D. J.; MORAES, E. P.;

MIRANDA E SILVA, L. B. S. Geomorfologia. In: BRASIL. Ministério do Meio

Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal. Secretaria de Coordenação

dos Assuntos de Meio Ambiente. Programa Nacional do Meio Ambiente. Projeto

Pantanal. Plano de conservação da bacia do Alto Paraguai: PCBAP. Brasília, DF,

1997. v.2, t.1.

45Levantamento de Reconhecimento de Baixa Intensidade dos Solos do Município de Figueirão - MS

BRASIL. Ministério da Agricultura. Departamento Nacional de Pesquisa

Agropecuária. Divisão de Pesquisa Pedológica. Levantamento de reconhecimento

dos solos do sul do Estado de Mato Grosso. Rio de Janeiro, 1971. 839 p. (Brasil.

Ministério da Agricultura-DNPEA-DPP. Boletim Técnico, 18).

BRASIL. Ministério das Minas e Energia. Departamento Nacional de Produção

Mineral. Projeto RADAMBRASIL: Folha SE.22 - Goiânia; geologia, geomorfologia,

pedologia, vegetação e uso potencial da terra. Rio de Janeiro, 1983. 768 p.

(Levantamento de Recursos Minerais, 31).

BRASIL. Ministério das Minas e Energia. Departamento Nacional de Produção

Mineral. Projeto RADAMBRASIL: Folha SE.21 - Corumbá; geologia,

geomorfologia, pedologia, vegetação e uso potencial da terra. Rio de Janeiro,

1982. 452 p. (Levantamento de Recursos Minerais, 27).

CARVALHO JUNIOR, W. Classificação supervisionada de pedopaisagens do Do-

mínio dos mares de morros utilizando redes neurais artificiais. 2005. 143 f. Tese

(Doutorado em Solos e Nutrição de Plantas) - Universidade Federal de Viçosa,

Viçosa.

CHAGAS, C. S.; CARVALHO JÚNIOR, W.; BHERING, S. B.; TANAKA, A. K.;

BACA, J. F. M. Estrutura e organização do sistema de informações

georreferenciadas de solos do Brasil (Sigsolos - versão 1.0). Revista Brasileira de

Ciência do Solo, v. 28, p. 865-876, 2004.

CHAGAS, C. S. Mapeamento digital de solos por correlação ambiental e redes

neurais em uma bacia hidrográfica de domínio de mar de morros. 2006. Tese

(Doutorado) - - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa.

DOBOS, E.; MICHELI, E.; BAUMGARDNER, M. F.; BIEHL, L.; HELT, T. Use of

combined digital elevation model and satellite radiometric data for regional soil

mapping. Geoderma. v. 97, p. 367-391, 2000.

EMBRAPA. Serviço Nacional de Levantamento e Conservação de Solos. Súmula

da 10ª reunião técnica de levantamento de solos. Rio de Janeiro, 1979. 83 p.

(EMBRAPA - SNLCS. Miscelânea, 3).

46 Levantamento de Reconhecimento de Baixa Intensidade dos Solos do Município de Figueirão - MS

EMBRAPA. Serviço Nacional de Levantamento e Conservação de Solos. Definição

e notação de horizontes e camadas do solo. Rio de Janeiro, 1988a. 54 p.

(EMBRAPA - SNLCS. Documentos, 3).

EMBRAPA. Serviço Nacional de Levantamento e Conservação de Solos. Critérios

para distinção de classes de solos e de fases de unidades de mapeamento: normas

em uso pelo SNLCS. Rio de Janeiro, 1988b. 67 p. (EMBRAPA - SNLCS. Docu-

mentos, 11).

EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Manual de métodos de análise

de solo. 2. ed. rev. atual. Rio de Janeiro, 1997. 212 p. (EMBRAPA-CNPS.

Documentos, 1).

EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Procedimentos normativos de

levantamentos pedológicos. Brasília: Embrapa Produção de Informação; Rio de

Janeiro: Embrapa Solos, 1995. 101 p.

ENVIRONMENTAL SYSTEM RESEARCH INSTITUTE. ESRI. ARC/INFO,

Command references. New York, 1994. p. 281.

HUTCHINSON, M. F. Development of a continent-wide DEM with applications to

terrain and climate analysis. In: GOODCHILD, M. F. (Ed.). Environmental modeling

with GIS. New York: Oxford University Press, 1993. p. 392-399.

HUTCHINSON, M. F.; GALLANT, J. C. Digital elevation models and

representation of terrain shape. In: WILSON, J. P.; GALLANT, J. C. (Ed.). Terrain

analysis: principles and applications. [Nova Jersey]: John Wiley & Sons, Inc.

2000.

MAACK, R. Breves notícias sobre a geologia dos Estados do Paraná e Santa

Catarina. Arquivos de Biologia e Tecnologia, Curitiba. v.2, n.7, p. 64-154, 1947.

MATO GROSSO DO SUL. Secretaria de Planejamento e Coordenação Geral -

SEPLAN-MS. Macrozoneamento geoambiental do Estado de Mato Grosso do Sul.

Campo Grande, 1989. 242 p.

McBRATNEY, A. B.; MENDONÇA-SANTOS, M. L.; MINASNY, B. On digital soil

mapping. Geoderma. v.117. p. 3-52. 2003.

47Levantamento de Reconhecimento de Baixa Intensidade dos Solos do Município de Figueirão - MS

MITASOVA, H.; HOFIERKA, J. Interpolation by Regularized Spline with Tension:

II. Application to Terrain Modeling and Surface Geometry Analysis. Mathematical

Geology, v. 25, p. 657-671, 1993.

MOORE, I. D.; GESSLER, P. E.; NIELSEN, G. A.; PETERSON, G. A. Soil attribute

prediction using terrain analysis. Soil Science Society of America Journal, v. 57,

p. 443-452, 1993.

OBEH, I. O. A.; CHITTLEBOROUGH, D. J.; McBRATNEY, A. B. Elucidation of

soil-landform interrelationships by canonical ordination analysis. Geoderma, v. 49,

p. 1-32, 1991.

PENNOCK, D. J.; ZEBARTH, B. J.; DE JONG, E. Landform classification and soil

distribution in hummocky terrain, Saskatchewan, Canada. Geoderma, v. 40, p.

297-315, 1987.

RIBEIRO, C. A. S. Apostila de curso ENF613. Viçosa, MG: UFV, 2003. 22 p

SANTOS, R. D.; LEMOS, R. C.; SANTOS, H. G.; KER, J. C.; ANJOS, L. H. C.

Manual de descrição e coleta de solo no campo. 5. ed. revisada e ampliada.

Viçosa: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2005. 100 p.

SANTOS, M. L. M.; SANTOS, H. G.; DART, R. O.; PARES, J. G. Mapeamento

Digital de Classes de Solos no Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Embrapa

Solos, 2007. 20 p. (Embrapa Solos. Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento,

119).

SANTOS, H. G. dos; JACOMINE, P. K. T.; ANJOS, L. H. C. dos; OLIVEIRA, V. A.

de; OLIVEIRA, J. B. de; COELHO, M. R.; LUMBRERAS, J. F.; CUNHA, T. J. F.

(Ed.). Sistema brasileiro de classificação de solos. 2. ed. Rio de Janeiro: Embrapa

Solos, 2006. 306 p. il. Inclui apêndices.

THOMPSON, J. A.; BELL, J. C.; BUTLER, C. A. Digital elevation model resolution:

effects on terrain attribute calculation and quantitative soil-landscape modelling.

Geoderma, v. 100, p. 67-89, 2001.

WILSON, J. P.; GALLANT, J. C. Digital terrain analysis. In: WILSON, J. P.;

GALLANT, J. C. (Ed.). Terrain analysis: principles and applications. New York:

John Wiley & Sons, 2000. p. 1-27.

ANEXO I

Mapa de Solos do Município deFigueirão - MS

ANEXO II

Descrição e Resultados Analíticos dosPerfis representativos do Município de

Figueirão - MS

ARGISSOLOS VERMELHO-AMARELOS

Perfil: P21 Data: 29/10/2008

N° de Campo: 32

Classificação: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, textura arenosa/média, A fraco, hiperdistrófico, álico, epieutrófico, fase cerrado tropical subcaducifólio, relevo suave ondulado de pendentes curtas.

Unidade de mapeamento: xx

Localização, município e coordenadas: município de Figueirão (MS). Coordenadas UTM 801917 mN e 7905878 mE. Zona 21S.

Situação, declive e cobertura vegetal: perfil cortado em situação de terço médio de encosta, com declive de ± 6%.

Altitude: 369 metros.

Litologia e formação geológica: Arenitos da Formação Pirambóia parcialmente argilosos.

Material originário: Produto de alteração de arenitos.

Pedregosidade: ausente.

Rochosidade: ausente.

Relevo local: suave ondulado.

Relevo regional: suave ondulado.

Erosão: laminar moderada.

Drenagem: bem drenado.

Vegetação primária: cerrado tropical subcaducifólio.

Uso atual: pastagem degradada

Descrito e coletado por: César da Silva Chagas.

Descrição Morfológica

Ap - 0-20 cm; bruno (7,5YR 4/2, úmida); areia franca; moderada, média, granular e fraca, média, blocos subangulares; muito friável, não plástica, não pegajosa; transição plana e clara.

AB - 20-33 cm; bruno (7,5YR 4/4, úmida); areia franca; fraca, média, blocos subangulares; muito friável, não plástica, não pegajosa; transição plana e clara.

BA - 33-46 cm; bruno-avermelhado (5YR 4/4, úmida); areia franca; fraca, média, blocos subangulares; friável, não plástica, não pegajosa; transição plana e gradual.

Bt1 - 46-74 cm; vermelho-amarelado (5YR 4/6, úmida); franco-arenosa; fraca, média e grande, blocos subangulares; ligeiramente firme, ligeiramente plástica, não pegajosa; transição plana e difusa.

Bt2 - 74-150 cm; vermelho-amarelado (5YR 5/7, úmida); franco-arenosa; fraca, média e grande, blocos subangulares; ligeiramente firme, plástica, ligeiramente pegajosa.

Poros: Muitos poros médios e grandes em todos os horizontes. Raízes: Comuns finas no AP e no AB e no BA, pouco finas no Bt1 e raras e finas no Bt2

Análises Físicas e Químicas

Perfil: P21

Amostras de Laboratório: 09.0844-0848

Horizonte Frações da amostra

total g/kg

Composição granulométrica da terra fina

g/kg

Densidade g/cm3

Símbolo Profun-didade

cm

Calhaus > 20 mm

Cas-calho 20-2 mm

Terra fina < 2 mm

Areia grossa 2-0,20 mm

Areia fina 0,20-0,05 mm

Silte 0,05-0,002 mm

Argila <

0,002 mm

Argila dispersa em água

g/kg

Grau de

flocu-lação

%

Relação Silte/ Argila

Solo Partículas

Porosidade cm3/100cm3

Ap 0-20 0 0 1000 52 819 69 60 40 33 1,15

AB -33 0 0 1000 46 799 75 80 40 50 0,94

BA -46 0 0 1000 44 802 53 101 81 20 0,52

Bt1 -74 0 0 1000 36 750 72 142 0 100 0,51

Bt2 -150 0 0 1000 39 755 44 162 0 100 0,27

pH (1:2,5) Complexo Sortivo

cmolc/kg Horizonte

Água KCl 1N Ca2+ Mg2+ K+ Na+ Valor S (soma)

Al 3+ H+ Valor

T

Valor V (sat. por

bases) %

100.Al3+ S + Al3+

%

P assimilável

mg/kg

Ap 5,5 4,6 1,0 1,4 0,13 0,01 2,5 0,1 1,4 4,0 62 4 3 AB 5,9 4,7 0,8 1,6 0,09 0,01 2,5 0,1 1,1 3,7 68 4 1 BA 5,5 4,2 0,6 1,4 0,16 0,01 2,2 0,8 0,9 3,9 56 27 1 Bt1 5,3 4,0 0,1 1,5 0,17 0,01 1,8 2,5 1,1 5,4 33 58 1 Bt2 5,3 4,0 0 1,9 0,11 0,01 2,0 2,7 1,1 5,8 34 57 1

Ataque sulfúrico g/kg

Relações Moleculares

Horizonte C

(orgânico) g/kg

N g/kg

C/N SiO2 Al 2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO

SiO2/ Al 2O3

(Ki)

SiO2/ R2O3 (Kr)

Al 2O3/ Fe2O3

Fe2O3 livre

g/kg

Equivalente de

CaCO3 g/kg

Ap 4,9 0,6 8 33 16 6 1,6 3,51 2,83 4,19 AB 3,5 0,4 9 38 21 4 1,5 3,08 2,74 8,24 BA 2,9 0,4 7 47 30 5 1,5 2,66 2,41 9,42 Bt1 2,6 0,3 9 71 45 8 1,9 2,68 2,41 8,83 Bt2 1,5 0,2 7 73 50 10 1,9 2,48 2,20 7,85

Pasta saturada Sais solúveis cmolc/kg

Constantes hídricas g/100g

Umidade Horizonte 100.Na+

T %

C.E. do extrato mS/cm 25oC

Água % Ca2+ Mg2+ K+ Na+

HCO3-

CO32-

Cl- SO42-

0,033 MPa 1,5 MPa

Água disponível máxima

Ap <1 AB <1 BA <1 Bt1 <1 Bt2 <1

Relação textural: 1,9

Perfil: P14 Data: 21/11/1995

Classificação: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, textura arenosa/média, A moderado, hiperdistrófico, álico, epieutrófico, fase cerrado tropical subcaducifólio, relevo ondulado.

Localização, município e coordenadas: São Gabriel do oeste (MS). Coordenadas UTM 784688 mN e 7886157 mE.

Situação, declive e cobertura vegetal: perfil coletado no terço médio de elevação com aproximadamente 12 a 14 % de declive.

Altitude: 370 metros.

Litologia e formação geológica: Arenitos da Formação Pirambóia.

Material originário: Decomposição do material litológico supracitado.

Pedregosidade: ausente.

Rochosidade: ausente.

Relevo local: ondulado. Relevo regional: suave ondulado.

Erosão: Laminar e em sulcos moderada.

Drenagem: fortemente drenado.

Vegetação primária: cerrado tropical subcaducifólio.

Uso atual: pastagem.

Descrito e coletado por: João S. Martins e Vilmar Oliveira.

Descrição Morfológica

Ap - 0 - 13cm - bruno-escuro (10YR 4/3, úmida); areia franca; fraca, pequena e média, granular e blocos subangulares; macia, muito friável, não plástica e não pegajosa; transição ondulada e gradual.

AB - 13 – 23 cm - bruno-amarelado-escuro (10YR 4/4, úmida); areia franca; fraca; pequena e média, granular e blocos subangulares; macia, muito friável, não plástica e não pegajosa; transição plana e clara.

BA - 23-38 cm - bruno (7,5YR 4/4, úmida); franco arenosa; fraca, média, blocos subangulares e granular; macia, friável, não plástica e ligeiramente pegajosa; transição ondulada e gradual.

Bt - 38-58 cm - vermelho-amarelado (5YR 4/6, úmida); franco arenosa; fraca, média, blocos subangulares e angulares; macia, friável, não plástica e ligeiramente pegajosa; transição irregular e abrupta.

BC - 58-105 cm - vermelho (2,5YR 4/8, úmida); franco arenosa; fraca, média, blocos angulares e subangulares; macio, friável, não plástica e não pegajosa.

Poros: Muitos poros médios e grandes em todos os horizontes. Raízes: Abundantes e finas no Ap; comuns e finas no AB; raras finas no BA e Bt1e ausentes

no BC.

Análises Físicas e Químicas

Perfil: P14

Amostras de Laboratório: 96.0228-0232

Horizonte Frações da amostra

total g/kg

Composição granulométrica da terra fina

g/kg

Densidade g/cm3

Símbolo Profun-didade

cm

Calhaus > 20 mm

Cas-calho 20-2 mm

Terra fina < 2 mm

Areia grossa 2-0,20

mm

Areia fina

0,20-0,05 mm

Silte 0,05-0,002 mm

Argila <

0,002 mm

Argila dispersa em água

g/kg

Grau de

flocu-lação

%

Relação Silte/ Argila

Solo Partículas

Porosidade cm3/100cm3

Ap 0 - 13 0 0 1000 150 710 80 60 40 33 1,33

AB - 23 0 0 1000 130 680 70 120 40 67 0,58

BA - 38 0 0 1000 110 640 70 180 80 56 0,39

Bt - 58 0 0 1000 100 640 70 190 110 42 0,37

BC - 105 0 0 1000 110 630 120 140 80 43 0,86

pH (1:2,5) Complexo Sortivo

cmolc/kg Horizonte

Água KCl 1N Ca2+ Mg2+ K+ Na+ Valor S (soma)

Al3+ H+ Valor

T

Valor V (sat. por

bases) %

100.Al3+ S + Al3+

%

P assimilável

mg/kg

Ap 5,8 4,9 0,8 1,0 1,30 0,48 3,6 0 3,8 7,4 49 0 5

AB 4,5 3,9 0,8 0,9 0,26 0,06 2,0 0,8 5,3 8,1 25 29 1

BA 4,7 3,8 0,6 0,7 0,26 0,01 1,6 1,8 6,5 9,9 16 53 1

Bt 5,0 3,7 0,4 0,9 0,24 0,01 1,5 2,6 8,4 12,5 12 63 <1

BC 5,0 3,7 0,3 1,2 0,18 0,01 1,7 3,3 7,8 12,8 13 66 <1

Ataque sulfúrico g/kg

Relações Moleculares

Horizonte C

(orgânico) g/kg

N g/kg

C/N

SiO2 Al2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO SiO2/ Al2O3

(Ki)

SiO2/ R2O3 (Kr)

Al2O3/ Fe2O3

Fe2O3 livre g/kg

Equivalente de

CaCO3 g/kg

Ap 7,2 0,9 8 37 20 8 2,6 3,14 2,50 3,92

AB 6,2 0,7 9 56 34 11 3,2 2,80 2,32 4,85

BA 6,1 0,7 9 72 48 13 3,6 2,55 2,17 5,80

Bt 5,4 0,7 8 92 56 18 3,8 2,79 2,32 4,88

BC 2,4 0,7 3 88 55 15 3,6 2,72 2,32 5,76 Pasta

saturada Sais solúveis

cmolc/kg Constantes hídricas

g/100g

Umidade Horizonte

100.Na+ T %

C.E. do extrato mS/cm 25oC

Água % Ca2+ Mg2+ K+ Na+

HCO3-

CO32-

Cl- SO42-

0,033 MPa 1,5 MPa Equivalente de umidade

Ap 6

AB <1

BA <1

Bt <1

BC <1

Relação textural: 1,9

Perfil 21

Figura 17. Perfil de Argissolo Vermelho-Amarelo Distrófico típico e sua área de ocorrência no município de Figueirão.

LATOSSOLOS AMARELOS

Perfil: P19 Data: 28/10/2008

N° de Campo: 29

Classificação: LATOSSOLO AMARELO Distrófico típico, textura média, A fraco, hiperdistrófico, álico, fase cerrado tropical subcaducifólio, relevo suave ondulado.

Unidade de mapeamento:

Localização, município e coordenadas: município de Figueirão (MS). Coordenadas UTM 815592 mN e 7943727 mE. Zona 21S.

Situação, declive e cobertura vegetal: perfil coletado um terço superior de encostas (colinas), com declive de ±3%.

Altitude: 334 metros.

Litologia e formação geológica: Arenitos da Formação Pirambóia.

Material originário: produto da alteração de material supracitado.

Pedregosidade: ausente.

Rochosidade: ausente.

Relevo local: suave ondulado.

Relevo regional: suave ondulado.

Erosão: laminar moderada.

Drenagem: Acentuadamente drenado.

Vegetação primária: cerrado tropical subcaducifólio.

Uso atual: pastagem degradada.

Descrito e coletado por: César da Silva Chagas.

Descrição Morfológica

Ap 0-21 cm; bruno-escuro (7,5YR 3/2, úmida); areia franca; moderada, média, granular e fraca, média, blocos subangulares; friável, não plástica, não pegajosa; transição plana e clara

AB 21-35 cm; bruno (7,5YR 5/2, úmida); areia franca; fraca, pequena e média, blocos subangulares; friável, não plástica, não pegajosa; transição plana e gradual.

BA 35-59 cm; bruno (7,5YR 5/4, úmida); areia franca; fraca, média, blocos subangulares; friável, não plástica, não pegajosa; transição plana e difusa.

Bw1 59-150 cm; bruno-forte (7,5YR 5/6, úmida); franco-arenosa; fraca, média, blocos subangulares; friável, não plástica, não pegajosa.

Poros: Muitos poros médios e grandes em todos os horizontes.

Raízes: Abundantes finas e médias no AP, comuns e finas no AB, poucas médias no BA e Bw1.

Análises Físicas e Químicas

Perfil: P19

Amostras de Laboratório: 09.0835-0838

Horizonte Frações da amostra

total g/kg

Composição granulométrica da terra fina

g/kg

Densidade g/cm3

Símbolo Profun-didade

cm

Calhaus > 20 mm

Cas-calho 20-2 mm

Terra fina < 2 mm

Areia grossa 2-0,20 mm

Areia fina 0,20-0,05 mm

Silte 0,05-0,002 mm

Argila <

0,002 mm

Argila dispersa em água

g/kg

Grau de

flocu-lação

%

Relação Silte/ Argila

Solo Partículas

Porosidade cm3/100cm3

Ap 0-21 0 0 1000 147 700 73 80 40 50 0,91

AB -35 0 0 1000 131 709 59 101 40 60 0,58

BA -59 0 0 1000 139 687 53 121 81 33 0,44

Bw1 -150 0 0 1000 129 682 48 141 0 100 0,34

pH (1:2,5) Complexo Sortivo

cmolc/kg Horizonte

Água KCl 1N Ca2+ Mg2+ K+ Na+ Valor S (soma)

Al 3+ H+ Valor

T

Valor V (sat. por

bases) %

100.Al3+ S + Al3+

%

P assimilável

mg/kg

Ap 5,6 4,3 0,7 0,12 0,01 0,8 0,4 1,7 2,9 28 33 2

AB 5,5 4,3 0,4 0,08 0,02 0,5 0,4 1,2 2,1 24 44 1

BA 5,3 4,2 0,3 0,03 0,01 0,3 0,7 1,3 2,3 15 67 1

Bw1 5,5 4,1 0,4 0,07 0,01 0,5 0,9 1,1 2,5 19 65 1

Ataque sulfúrico g/kg

Relações Moleculares

Horizonte C

(orgânico) g/kg

N g/kg

C/N SiO2 Al 2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO

SiO2/ Al 2O3

(Ki)

SiO2/ R2O3 (Kr)

Al 2O3/ Fe2O3

Fe2O3 livre

g/kg

Equivalente de

CaCO3 g/kg

Ap 5,5 0,6 9 29 20 5 1,1 2,47 2,13 6,28

AB 3,7 0,4 9 34 25 6 1,5 2,31 2,00 6,54

BA 3,0 0,4 7 42 34 7 1,2 2,10 1,86 7,63

Bw1 1,7 0,3 6 50 43 7 1,2 1,98 1,79 9,64

Pasta saturada Sais solúveis cmolc/kg

Constantes hídricas g/100g

Umidade Horizonte 100.Na+

T %

C.E. do extrato mS/cm 25oC

Água % Ca2+ Mg2+ K+ Na+

HCO3-

CO32-

Cl- SO42-

0,033 MPa 1,5 MPa

Água disponível máxima

Ap <1

AB <1

BA <1

Bw1 <1

Relação textural: 1,4

Perfil: P20 Data: 28/10/2008

N° de Campo: 30

Classificação: LATOSSOLO AMARELO Distrófico típico, textura média, A fraco, álico, hiperdistrófico, fase cerrado tropical subcaducifólio, relevo suave ondulado de pendentes curtas.

Unidade de mapeamento:

Localização, município e coordenadas: município de Figueirão (MS). Coordenadas UTM 188486 mN e 7944142 mE. Zona 22S.

Situação, declive e cobertura vegetal: perfil coletado em terço médio/inferior de encosta, com declive ± 5%.

Altitude: 322 metros.

Litologia e formação geológica: Arenitos da Formação Pirambóia.

Material originário: produto da alteração do material supracitado.

Pedregosidade: ausente.

Rochosidade: ausente.

Relevo local: suave ondulado.

Relevo regional: suave ondulado.

Erosão: laminar moderada.

Drenagem: bem drenado.

Vegetação primária: cerrado tropical subcaducifólio.

Uso atual: pastagem degradada.

Descrito e coletado por: César da Silva Chagas.

Descrição Morfológica

Ap 0-14 cm; bruno-escuro (7,5YR 3/2, úmida); areia franca; fraca, pequena e média, blocos subangulares; friável, não plástica, não pegajosa; transição plana e clara.

AB 14-28 cm; bruno-escuro (7,5YR 3/3, úmida); areia franca; grãos simples; muito friável, não plástica, não pegajosa; transição plana e clara.

BA 28-41 cm, bruno (7,5YR 4/4, úmida); franco-arenosa; fraca, média e grande, blocos subangulares; friável, ligeiramente plástica, ligeiramente pegajosa; transição plana e gradual.

Bw1 41-89 cm; bruno-forte (7,5YR 5/7, úmida); franco-argilosa-arenosa; fraca, média e grande, blocos subangulares; muito friável, ligeiramente plástica, ligeiramente pegajosa; transição plana e difusa.

Bw2 89-170 cm; bruno-forte (7,5YR 5/8, úmida); franco-argilosa-arenosa; fraca, média e grande, blocos subangulares; muito friável, ligeiramente plástica, ligeiramente pegajosa.

Poros: Muitos poros pequenos e médios em todo o perfil.

Raízes: Comuns finas média no Ap e AB, poucos finas no BA e Bw1 e raras finais no Bw2.

Análises Físicas e Químicas

Perfil: P20

Amostras de Laboratório: 09.0839-0843

Horizonte Frações da amostra

total g/kg

Composição granulométrica da terra fina

g/kg

Densidade g/cm3

Símbolo Profun-didade

cm

Calhaus > 20 mm

Cas-calho 20-2 mm

Terra fina < 2 mm

Areia grossa 2-0,20 mm

Areia fina 0,20-0,05 mm

Silte 0,05-0,002 mm

Argila <

0,002 mm

Argila dispersa em água

g/kg

Grau de

flocu-lação

%

Relação Silte/ Argila

Solo Partículas

Porosidade cm3/100cm3

Ap 0-14 0 0 1000 28 840 31 101 40 60 0,31

AB -28 0 0 1000 26 808 45 121 101 17 0,37

BA -41 0 0 1000 26 751 61 162 0 100 0,38

Bw1 -89 0 0 1000 20 734 43 203 0 100 0,21

Bw2 -170 0 0 1000 20 739 39 202 0 100 0,19

pH (1:2,5) Complexo Sortivo

cmolc/kg Horizonte

Água KCl 1N Ca2+ Mg2+ K+ Na+ Valor S (soma)

Al 3+ H+ Valor

T

Valor V (sat. por

bases) %

100.Al3+ S + Al3+

%

P assimilável

mg/kg

Ap 5,6 4,2 0,7 0,7 0,24 0,01 1,6 0,6 2,2 4,4 36 27 2

AB 5,3 4,1 0,4 1,0 0,17 0,01 1,6 1,4 1,9 4,9 33 47 1

BA 5,1 4,0 0,1 1,1 0,09 0,01 1,3 2,5 2,1 5,9 22 66 1

Bw1 5,1 4,0 0 1,0 0,08 0,01 1,1 3,2 1,8 6,1 18 74 1

Bw2 5,3 4,0 0 1,0 0,10 0,01 1,1 2,8 1,7 5,6 20 72 1

Ataque sulfúrico g/kg

Relações Moleculares

Horizonte C

(orgânico) g/kg

N g/kg

C/N SiO2 Al 2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO

SiO2/ Al 2O3

(Ki)

SiO2/ R2O3 (Kr)

Al 2O3/ Fe2O3

Fe2O3 livre

g/kg

Equivalente de

CaCO3 g/kg

Ap 5,3 0,5 11 32 24 8 1,2 2,27 1,87 4,71

AB 4,4 0,5 9 56 35 8 2,2 2,72 2,37 6,87

BA 4,2 0,5 8 74 55 7 2,4 2,29 2,11 12,34

Bw1 2,5 0,4 6 87 67 9 2,9 2,21 2,03 11,69

Bw2 1,6 0,3 5 85 64 8 2,7 2,26 2,09 12,56

Pasta saturada Sais solúveis cmolc/kg

Constantes hídricas g/100g

Umidade Horizonte 100.Na+

T %

C.E. do extrato mS/cm 25oC

Água % Ca2+ Mg2+ K+ Na+

HCO3-

CO32-

Cl- SO42-

0,033 MPa 1,5 MPa

Água disponível máxima

Ap <1

AB <1

BA <1

Bw1 <1

Bw2 <1

Relação textural: 1,6

Perfil 19

Perfil 20

Figura 18. Perfis de Latossolo Amarelo Distrófico típico e sua área de ocorrência no município de Figueirão.

LATOSSOLOS VERMELHOS

Perfil: P13 Data: 25/10/2008

N° de Campo:

Classificação: LATOSSOLO VERMELHO Distrófico típico, textura média, A moderado, álico, hiperdistrófico, fase cerrado tropical subcaducifólio, relevo plano.

Unidade de mapeamento:

Localização, município e coordenadas: município de Figueirão (MS). Coordenadas UTM 224955 mN e 7928955 mE. Zona 22S.

Situação, declive e cobertura vegetal: perfil coletado em situação de topo de elevação com declive de 2%.

Altitude: 528 metros.

Litologia e formação geológica: Arenitos da Formação Caiuá.

Material originário: produto de alteração do material supracitado.

Pedregosidade: ausente.

Rochosidade: ausente.

Relevo local: plano.

Relevo regional: suave ondulado.

Erosão: Laminar ligeira.

Drenagem: fortemente drenado.

Vegetação primária: cerrado tropical subcaducifólio.

Uso atual: pastagem.

Descrito e coletado por: César da Silva Chagas.

Descrição Morfológica

Ap 0-17 cm; vermelho-escuro-acinzentado (2,5YR 3/2, úmida); areia franca; fraca, pequena e média, granular; muito friável, não plástica, não pegajosa; transição plana e gradual.

AB 17-39 cm; bruno-avermelhado-escuro (2,5YR 3/4, úmida); areia franca; grãos simples; muito friável, não plástica, não pegajosa; transição plana e gradual.

BA 39-59 cm; vermelho-escuro-acinzentado (9R 3/4, úmida); areia franca; grãos simples; muito friável, não plástica, não pegajosa; transição plana e difusa.

Bw1 59-112 cm; vermelho-escuro-acinzentado (10R 3/4, úmida); areia franca; grãos simples; muito friável, não plástica, não pegajosa; transição plana e difusa.

Bw2 112-170 cm+; vermelho-acinzentado (9R 4/4, úmida); franco-arenosa; fraca, média, blocos subangulares, que se desfaz em forte muito pequena granular; muito friável, não plástica, não pegajosa.

Poros: Muitos poros pequenos, médios e grandes em todo o perfil.

Raízes: Comuns raras no AP, poucas finas no AB, BA e Bw1 e raras no Bw2.

Análises Físicas e Químicas

Perfil: P13

Amostras de Laboratório: 09.0812-0816

Horizonte Frações da amostra

total g/kg

Composição granulométrica da terra fina

g/kg

Densidade g/cm3

Símbolo Profun-didade

cm

Calhaus > 20 mm

Cas-calho 20-2 mm

Terra fina < 2 mm

Areia grossa 2-0,20 mm

Areia fina 0,20-0,05 mm

Silte 0,05-0,002 mm

Argila <

0,002 mm

Argila dispersa em água

g/kg

Grau de

flocu-lação

%

Relação Silte/ Argila

Solo Partículas

Porosidade cm3/100cm3

Ap 0-17 0 0 1000 328 529 43 100 40 60 0,43

AB -39 0 0 1000 318 547 35 100 80 20 0,35

BA -59 0 0 1000 312 515 52 121 20 83 0,43

Bw1 -112 0 0 1000 283 549 47 121 0 100 0,39

Bw2 -170 0 0 1000 255 543 61 141 0 100 0,43

pH (1:2,5) Complexo Sortivo

cmolc/kg Horizonte

Água KCl 1N Ca2+ Mg2+ K+ Na+ Valor S (soma)

Al 3+ H+ Valor

T

Valor V (sat. por

bases) %

100.Al3+ S + Al3+

%

P assimilável

mg/kg

Ap 5,2 4,3 0,9 1,1 0,21 0,01 2,2 0,4 3,1 5,7 39 15 8 AB 5,0 4,2 0,4 1,0 0,10 0,01 1,5 0,8 2,7 5,0 30 35 1 BA 4,9 4,1 0,8 0,13 0,01 0,9 1,3 2,2 4,4 20 59 1 Bw1 5,0 4,1 0,8 0,08 0,01 0,9 1,2 1,8 3,9 23 57 1 Bw2 5,2 4,2 0 1,2 0,08 0,01 1,3 1,0 1,8 4,1 32 43 <1

Ataque sulfúrico g/kg

Relações Moleculares

Horizonte C

(orgânico) g/kg

N g/kg

C/N SiO2 Al 2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO

SiO2/ Al 2O3

(Ki)

SiO2/ R2O3 (Kr)

Al 2O3/ Fe2O3

Fe2O3 livre g/kg

Equivalente de

CaCO3 g/kg

Ap 7,3 0,7 10 35 26 34 7,0 2,29 1,25 1,20 AB 4,5 0,4 11 35 28 34 7,2 2,13 1,20 1,29 BA 3,4 0,4 8 44 37 40 8,6 2,02 1,19 1,45 Bw1 2,7 0,4 7 44 39 42 9,2 1,92 1,14 1,46 Bw2 1,9 0,3 6 44 56 46 7,8 1,34 0,88 1,91

Pasta saturada Sais solúveis cmolc/kg

Constantes hídricas g/100g

Umidade Horizonte 100.Na+

T %

C.E. do extrato mS/cm 25oC

Água % Ca2+ Mg2+ K+ Na+

HCO3-

CO32-

Cl- SO42-

0,033 MPa 1,5 MPa

Água disponível máxima

Ap <1 AB <1 BA <1 Bw1 <1 Bw2 <1

Relação textural: 1,3

Perfil: P23 Data: 31/10/2008

N° de Campo: 36

Classificação: LATOSSOLO VERMELHO Distrófico típico, textura argilosa, A moderado, hiperdistrófico, caulinítico, hipoférrico, fase cerrado tropical subcaducifólio, relevo plano/suave ondulado.

Unidade de mapeamento:

Localização, município e coordenadas: município de Figueirão (MS). Coordenadas UTM 234043 mN e 7919523 mE. Zona 22S.

Situação, declive e cobertura vegetal: perfil coletado em situação de terço superior de elevação, com declive de 2%.

Altitude: 750 metros.

Litologia e formação geológica: Basaltos da Formação Serra Geral.

Material originário: Produto de alteração de basalto.

Pedregosidade: ausente.

Rochosidade: ausente.

Relevo local: plano.

Relevo regional: suave ondulado.

Erosão: laminar ligeira.

Drenagem: acentuadamente drenado.

Vegetação primária: cerrado tropical subcaducifólio.

Uso atual: soja, milho (capoeira de cerrado no perfil).

Descrito e coletado por: César da Silva Chagas.

Descrição Morfológica

Ap 0-16 cm; bruno-avermelhado-escuro (2,5YR 3/4, úmida); argilosa-arenosa; moderada, média, granular; friável, ligeiramente plástica, ligeiramente pegajosa; transição plana e clara.

AB 16-32 cm; vermelho-escuro (2,5YR 3/6, úmida); argilosa-arenosa; moderada, média, granular; muito friável, ligeiramente plástica, ligeiramente pegajosa; transição plana e gradual.

Bw1 32-65 cm; vermelho-escuro (9R 3/6, úmida); argila; fraca, média, blocos subangulares; muito friável, plástica, pegajosa; transição plana e difusa.

Bw2 65-118 cm; vermelho (10R 4/7, úmida); argila; fraca, média, blocos subangulares, que se desfaz em forte, muito pequena, granular; muito friável, plástica, pegajosa, transição plana e difusa.

Bw3 118-180 cm+; vermelho (10R 4/7, úmida); argila; fraca, média, blocos subangulares, que se desfaz em forte muito pequena granular; muito friável, plástica, pegajosa.

Poros: Comuns pequenos e médios em todo o perfil.

Raízes: Abundantes finas e médias no AP e AB, comuns finas no Bw1 e Bw2, poucas finas no Bw3.

Análises Físicas e Químicas

Perfil: P23

Amostras de Laboratório: 09.0853-0857

Horizonte Frações da amostra

total g/kg

Composição granulométrica da terra fina

g/kg

Densidade g/cm3

Símbolo Profun-didade

cm

Calhaus > 20 mm

Cas-calho 20-2 mm

Terra fina < 2 mm

Areia grossa 2-0,20 mm

Areia fina 0,20-0,05 mm

Silte 0,05-0,002 mm

Argila <

0,002 mm

Argila dispersa em água

g/kg

Grau de

flocu-lação

%

Relação Silte/ Argila

Solo Partículas

Porosidade cm3/100cm3

Ap 0-16 0 0 1000 329 164 81 426 264 38 0,19

AB -32 0 0 1000 318 170 67 445 40 91 0,15

Bw1 -65 0 0 1000 277 164 34 525 0 100 0,06

Bw2 -118 0 0 1000 255 158 41 546 0 100 0,08

Bw3 -180 0 0 1000 247 152 35 566 0 100 0,06

pH (1:2,5) Complexo Sortivo

cmolc/kg Horizonte

Água KCl 1N Ca2+ Mg2+ K+ Na+ Valor S (soma)

Al 3+ H+ Valor

T

Valor V (sat. por

bases) %

100.Al3+ S + Al3+

%

P assimilável

mg/kg

Ap 5,0 4,2 0,3 0,09 0,01 0,4 1,0 4,9 6,3 6 71 1 AB 5,1 4,3 0,2 0,05 0,01 0,3 0,6 3,5 4,4 7 67 <1 Bw1 5,0 4,0 0,2 0,01 0,01 0,2 0,3 2,5 3,0 7 60 <1 Bw2 5,2 4,0 0,2 0,01 0,01 0,2 0,1 2,0 2,3 9 33 <1 Bw3 5,1 4,3 0,2 0,01 0,01 0,2 0 1,8 2,0 10 0 <1

Ataque sulfúrico g/kg

Relações Moleculares

Horizonte C

(orgânico) g/kg

N g/kg

C/N SiO2 Al 2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO

SiO2/ Al 2O3

(Ki)

SiO2/ R2O3 (Kr)

Al 2O3/ Fe2O3

Fe2O3 livre

g/kg

Equivalente de

CaCO3 g/kg

Ap 14,6 1,0 15 132 185 58 7,3 1,21 1,01 5,01 AB 9,7 0,7 14 142 189 55 8,0 1,28 1,08 5,40 Bw1 5,6 0,4 14 151 222 71 8,7 1,16 0,96 4,91 Bw2 4,3 0,3 14 162 207 63 9,2 1,33 1,11 5,16 Bw3 3,5 0,3 12 166 218 69 10,0 1,29 1,08 4,96

Pasta saturada Sais solúveis cmolc/kg

Constantes hídricas g/100g

Umidade Horizonte 100.Na+

T %

C.E. do extrato mS/cm 25oC

Água % Ca2+ Mg2+ K+ Na+

HCO3-

CO32-

Cl- SO42-

0,033 MPa 1,5 MPa

Água disponível máxima

Ap <1 AB <1 Bw1 <1 Bw2 <1 Bw3 <1

Relação textural: 1,2

Perfil: AE01 Data: 21/10/2008

N° de Campo: 04

Classificação: LATOSSOLO VERMELHO Distrófico típico, A moderado, textura xxxx hiperdistrófico, fase cerrado tropical subcaducifólio, relevo suave ondulado.

Unidade de mapeamento:

Localização, município e coordenadas: município de Figueirão (MS). Coordenadas UTM 227238 mN e 7924448 mE. Zona 22S.

Situação, declive e cobertura vegetal: amostra coletada com trado em terço superior de elevação, com declive de 4%.

Altitude: 556 metros.

Litologia e formação geológica: Arenitos da Formação Caiuá.

Material originário: produto da alteração de arenitos.

Pedregosidade: ausente.

Rochosidade: ausente.

Relevo local: suave ondulado.

Relevo regional: suave ondulado.

Erosão: Laminar ligeira.

Drenagem: excessivamente drenado.

Vegetação primária: cerrado tropical subcaducifólio.

Uso atual: Pastagem degradada de braquiária.

Descrito e coletado por: César da Silva Chagas.

Descrição Morfológica

Ap 0-30 cm; vermelho-escuro-acinzentado (10R 3/2, úmida); areia franca; grãos simples; solta, não plástica, não pegajosa; transição plana e gradual.

Bw 60-100 cm; vermelho-escuro-acinzentado (10R 3/4, úmida); franco-arenosa; fraca, média, blocos subangulares; muito friável, não plástica, não pegajosa.

Análises Físicas e Químicas

Perfil: AE01

Amostras de Laboratório: 09.0858-0859

Horizonte Frações da amostra

total g/kg

Composição granulométrica da terra fina

g/kg

Densidade g/cm3

Símbolo Profun-didade

cm

Calhaus > 20 mm

Cas-calho 20-2 mm

Terra fina < 2 mm

Areia grossa 2-0,20 mm

Areia fina 0,20-0,05 mm

Silte 0,05-0,002 mm

Argila <

0,002 mm

Argila dispersa em água

g/kg

Grau de flocu-lação

%

Relação Silte/ Argila

Solo Partículas

Porosidade cm3/100cm3

Ap 0-30 0 0 1000 646 242 11 101 81 20 0,11

Bw 60-100 0 0 1000 572 266 21 141 40 72 0,15

pH (1:2,5) Complexo Sortivo

cmolc/kg Horizonte

Água KCl 1N Ca2+ Mg2+ K+ Na+ Valor S (soma)

Al 3+ H+ Valor

T

Valor V (sat. por

bases) %

100.Al3+ S + Al3+

%

P assimilável

mg/kg

Ap 5,0 4,2 0,8 0,8 0,08 0,01 1,7 1,0 1,6 4,3 40 37 2 Bw 4,9 4,1 0,8 0,5 0,04 0,01 1,3 1,0 1,7 4,0 32 43 1

Ataque sulfúrico g/kg

Relações Moleculares

Horizonte C

(orgânico) g/kg

N g/kg

C/N SiO2 Al 2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO

SiO2/ Al 2O3

(Ki)

SiO2/ R2O3 (Kr)

Al 2O3/ Fe2O3

Fe2O3 livre

g/kg

Equivalente de

CaCO3 g/kg

Ap 7,8 0,8 10 37 21 24 5,9 3,00 1,73 1,37 Bw 1,9 0,2 10 48 32 27 6,6 2,55 1,66 1,86

Pasta saturada Sais solúveis cmolc/kg

Constantes hídricas g/100g

Umidade Horizonte 100.Na+

T %

C.E. do extrato mS/cm 25oC

Água % Ca2+ Mg2+ K+ Na+

HCO3-

CO32-

Cl- SO42-

0,033 MPa 1,5 MPa

Água disponível máxima

Ap <1 Bw <1

Relação textural:

Perfil 13 - Latossolo Vermelho Distrófico típico, textura média

Perfil 23 - Latossolo Vermelho Distrófico típico, textura argilosa

Figura 19. Perfis de Latossolo Vermelho Distrófico típico e sua área de ocorrência no município de Figueirão.

NEOSSOLOS LITÓLICOS

Perfil: P03 Data: 21/10/2008

N° de Campo: 03

Classificação: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico, textura média cascalhenta, A moderado, hipereutrófico, fase floresta tropical subcaducifólia, relevo forte ondulado.

Unidade de mapeamento:

Localização, município e coordenadas: município de Figueirão (MS). Coordenadas UTM 228441 mN e 7925405 mE. Zona 22S.

Situação, declive e cobertura vegetal: perfil coletado em área de relevo forte ondulado, sob pastagem.

Altitude: 545 metros.

Litologia e formação geológica: Arenito da Formação Botucatu.

Material originário: produto da alteração do material supracitado.

Pedregosidade: ausente.

Rochosidade: ausente.

Relevo local: forte ondulado.

Relevo regional: suave ondulado.

Erosão: em sulcos severos.

Drenagem: moderadamente drenado.

Vegetação primária: floresta tropical subcaducifólia.

Uso atual: pastagem.

Descrito e coletado por: César da Silva Chagas.

Descrição Morfológica

Ap 0-22 cm; bruno-avermelhado-escuro (5YR3/2, úmida); franca arenosa cascalhenta; fraca a moderada, média, granular; friável, ligeiramente plástica, ligeiramente pegajosa; transição plana e abrupta.

R Rocha.

Poros: Poucos poros pequenos e médios no Ap, ausentes no R.

Raízes: Comuns e finas e médias no Ap.

Análises Físicas e Químicas

Perfil: P03

Amostra de Laboratório: 09.0775

Horizonte Frações da amostra

total g/kg

Composição granulométrica da terra fina

g/kg

Densidade g/cm3

Símbolo Profun-didade

cm

Calhaus > 20 mm

Cas-calho 20-2 mm

Terra fina < 2 mm

Areia grossa 2-0,20 mm

Areia fina 0,20-0,05 mm

Silte 0,05-0,002 mm

Argila <

0,002 mm

Argila dispersa em água

g/kg

Grau de

flocu-lação

%

Relação Silte/ Argila

Solo Partículas

Porosidade cm3/100cm3

Ap 0-22 82 395 523 370 378 88 164 123 25 0,54

pH (1:2,5) Complexo Sortivo

cmolc/kg Horizonte

Água KCl 1N Ca2+ Mg2+ K+ Na+ Valor S (soma)

Al 3+ H+ Valor

T

Valor V (sat. por

bases) %

100.Al3+ S + Al3+

%

P assimilável

mg/kg

Ap 7,1 6,2 11,7 1,4 0,10 0,04 13,2 0 1,2 14,4 92 0 2

Ataque sulfúrico g/kg

Relações Moleculares

Horizonte C

(orgânico) g/kg

N g/kg

C/N SiO2 Al 2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO

SiO2/ Al 2O3

(Ki)

SiO2/ R2O3 (Kr)

Al 2O3/ Fe2O3

Fe2O3 livre

g/kg

Equivalente de

CaCO3 g/kg

Ap 12,8 1,3 10 164 50 45 10,9 5,58 3,54 1,74

Pasta saturada Sais solúveis cmolc/kg

Constantes hídricas g/100g

Umidade Horizonte 100.Na+

T %

C.E. do extrato mS/cm 25oC

Água % Ca2+ Mg2+ K+ Na+

HCO3-

CO32-

Cl- SO42-

0,033 MPa 1,5 MPa

Água disponível máxima

Ap <1

Relação textural: não se aplica.

Perfil: P17 Data: 27/10/2008

N° de Campo: 26

Classificação: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico típico, textura média, A chernozêmico, hipereutrófico, fase floresta tropical subcaducifólia, relevo ondulado.

Unidade de mapeamento:

Localização, município e coordenadas: município de Figueirão (MS). Coordenadas UTM 807848 mN 7924553 mE. Zona 21S.

Situação, declive e cobertura vegetal: perfil coletado em situação de terço superior de elevação com declive de relevo 10%.

Altitude: 446 metros.

Litologia e formação geológica: Basaltos da Formação Serra Geral com interfaces areníticas.

Material originário: produto da alteração do material supracitado

Pedregosidade: ausente.

Rochosidade: ausente.

Relevo local: ondulado.

Relevo regional: ondulado.

Erosão: não aparente.

Drenagem: bem drenado.

Vegetação primária: cerrado tropical subcaducifólio.

Uso atual: nenhum.

Descrito e coletado por: César da Silva Chagas.

Descrição Morfológica

A 0-24 cm (12-40cm); vermelho-escuro-acinzentado (2,5YR 3/2, úmida); franca; moderada, pequena e média, granular; friável, plástica, pegajosa; transição ondulada e abrupta.

R 24-50 cm.

Observações: RLe associado com AR em relevo forte ondulado.

Análises Físicas e Químicas

Perfil: P17

Amostra de Laboratório: 09.0830

Horizonte Frações da amostra

total g/kg

Composição granulométrica da terra fina

g/kg

Densidade g/cm3

Símbolo Profun-didade

cm

Calhaus > 20 mm

Cas-calho 20-2 mm

Terra fina < 2 mm

Areia grossa 2-0,20 mm

Areia fina 0,20-0,05 mm

Silte 0,05-0,002 mm

Argila <

0,002 mm

Argila dispersa em água

g/kg

Grau de

flocu-lação

%

Relação Silte/ Argila

Solo Partículas

Porosidade cm3/100cm3

A 0-24 0 8 992 185 291 295 229 187 18 1,29

pH (1:2,5) Complexo Sortivo

cmolc/kg Horizonte

Água KCl 1N Ca2+ Mg2+ K+ Na+ Valor S (soma)

Al 3+ H+ Valor

T

Valor V (sat. por

bases) %

100.Al3+ S + Al3+

%

P assimilável

mg/kg

A 6,4 5,3 17,5 12,9 0,27 0,07 30,7 0 2,4 33,1 93 0 68

Ataque sulfúrico g/kg

Relações Moleculares

Horizonte C

(orgânico) g/kg

N g/kg

C/N SiO2 Al 2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO

SiO2/ Al 2O3

(Ki)

SiO2/ R2O3 (Kr)

Al 2O3/ Fe2O3

Fe2O3 livre g/kg

Equivalente de

CaCO3 g/kg

A 16,5 1,7 10 139 71 125 19,1 3,33 1,56 0,89

Pasta saturada Sais solúveis cmolc/kg

Constantes hídricas g/100g

Umidade Horizonte 100.Na+

T %

C.E. do extrato mS/cm 25oC

Água % Ca2+ Mg2+ K+ Na+

HCO3-

CO32-

Cl- SO42-

0,033 MPa 1,5 MPa

Água disponível máxima

A <1

Relação textural: não se aplica.

Perfil: P07 Data: 23/10/2008

N° de Campo: 10

Classificação: NEOSSOLO LITÓLICO Eutrófico fragmentário, textura média cascalhenta, A moderado, mesoeutrófico, fase cerrado tropical subcaducifólio, relevo ondulado/forte ondulado.

Unidade de mapeamento:

Localização, município e coordenadas: município de Figueirão (MS). Coordenadas UTM 205299 mN e 7917407 mE. Zona 22S.

Situação, declive e cobertura vegetal: perfil coletado em situação de terço superior de encosta, com relevo 22% de declividade.

Altitude: 490 metros.

Litologia e formação geológica: Arenitos da Formação Caiuá.

Material originário: produto da alteração do material supracitado.

Pedregosidade: ligeira.

Rochosidade: ausente.

Relevo local: forte ondulado/ondulado.

Relevo regional: suave ondulado.

Erosão: laminar severa.

Drenagem: moderadamente drenado.

Vegetação primária: cerrado tropical subcaducifólio.

Uso atual: nenhum.

Descrito e coletado por: César da Silva Chagas.

Descrição Morfológica

A 0-13 cm; bruno-avermelhado (2,5YR 4/4, úmida); franco-arenosa cascalhenta; fraca a moderada, pequena e média granular; friável, ligeiramente plástica, ligeiramente pegajosa; transição plana e clara.

ACr 13-31 cm; bruno-avermelhado-escuro (2,5YR 3/4, úmida); franco-argilo-arenosa muito cascalhenta; transição plana e abrupta.

R 31-100 cm+;

Raízes: Muitas finas, médias e grossas no A, poucas finas no ACr e raras grossas no R (fragmentário).

Análises Físicas e Químicas

Perfil: P07

Amostras de Laboratório: 09.0788-0789

Horizonte Frações da amostra

total g/kg

Composição granulométrica da terra

fina g/kg

Densidade g/cm3

Símbolo Profun-didade

cm

Calhaus > 20 mm

Cas-calho 20-2 mm

Terra fina < 2 mm

Areia grossa 2-0,20 mm

Areia fina 0,20-0,05 mm

Silte 0,05-0,002 mm

Argila <

0,002 mm

Argila dispersa

em água g/kg

Grau de

flocu-lação

%

Relação Silte/ Argila

Solo Partículas

Porosidade cm3/100cm3

A 0-13 0 162 838 179 528 130 163 102 37 0,80

ACr -31 0 4 996 139 522 134 205 123 40 0,65

pH (1:2,5) Complexo Sortivo

cmolc/kg Horizonte

Água KCl 1N Ca2+ Mg2+ K+ Na+ Valor S (soma)

Al 3+ H+ Valor

T

Valor V (sat. por

bases) %

100.Al3+ S + Al3+

%

P assimilável

mg/kg

A 4,7 3,6 0,7 7,0 0,55 0,02 8,3 2,3 5,7 16,3 51 22 4 ACr 4,9 3,7 0 9,0 0,59 0,02 9,6 5,0 3,3 17,9 54 34 2

Ataque sulfúrico g/kg

Relações Moleculares

Horizonte C

(orgânico) g/kg

N g/kg

C/N SiO2 Al 2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO

SiO2/ Al 2O3

(Ki)

SiO2/ R2O3 (Kr)

Al 2O3/ Fe2O3

Fe2O3 livre

g/kg

Equivalente de

CaCO3 g/kg

A 14,9 1,2 12 67 28 36 6,9 4,07 2,23 1,22 ACr 8,1 0,9 9 95 39 33 8,1 4,14 2,69 1,86

Pasta saturada Sais solúveis cmolc/kg

Constantes hídricas g/100g

Umidade Horizonte 100.Na+

T %

C.E. do extrato mS/cm 25oC

Água % Ca2+ Mg2+ K+ Na+

HCO3-

CO32-

Cl- SO42-

0,033 MPa 1,5 MPa

Água disponível máxima

A <1 ACr <1

Relação textural: não se aplica

Perfil 03 - Neossolo Litólico Eutrófico típico, substrato arenitos

Perfil 17 - Neossolo Litólico Eutrófico típico, substrato basalto

Perfil 07 - Neossolo Litólico Eutrófico fragmentário

Figura 20. Perfis de Neossolo Litólico Eutrófico e sua área de ocorrência no município de Figueirão.

NEOSSOLOS QUARTZARÊNICOS

Perfil: P14 Data: 25/10/2008

N° de Campo: 20

Classificação: NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico argissólico, A moderado, hiperdistrófico, álico, fase cerrado tropical subcaducifólio, relevo suave ondulado (colinas).

Unidade de mapeamento:

Localização, município e coordenadas: município de Figueirão (MS). Coordenadas UTM 220829 mN e 7934608 mE. Zona 22S.

Situação, declive e cobertura vegetal: perfil coletado em situação de terço médio de encosta, com declive de relevo 6%.

Altitude: 417 metros.

Litologia e formação geológica: Arenitos da Formação Pirambóia.

Material originário: produto da alteração do material supracitado.

Pedregosidade: ausente.

Rochosidade: ausente.

Relevo local: suave ondulado.

Relevo regional: suave ondulado.

Erosão: laminar moderada.

Drenagem: excessivamente drenado.

Vegetação primária: cerrado tropical subcaducifólio.

Uso atual: pastagem degradada

Descrito e coletado por: César da Silva Chagas.

Descrição Morfológica

Ap 0-17 cm; bruno (7,5YR 4/2, úmida); areia; fraca, pequena e média, granular e grãos simples; não coerente, não plástica, não pegajosa; transição plana e clara.

AC 17-32 cm; bruno (7,5YR 4/4, úmida); areia; fraca, média, blocos subangulares e grãos simples; solta, não plástica, não pegajosa; transição plana e clara.

CA 32-47 cm; bruno-avermelhado (5YR 4/3, úmida); areia; grãos simples; solta, não plástica, não pegajosa; transição plana e clara.

C1 47-75 cm; vermelho-amarelado (5YR 4/6, úmida); areia; grãos simples; muito friável, não plástica, não pegajosa; transição plana e gradual.

C2 75-138 cm; vermelho-amarelado (5YR 5/7, úmida); areia franca; grãos simples; muito friável; não plástica, não pegajosa; transição plana e gradual.

C3 138-180 cm; vermelho-amarelado (5YR 5/8, úmida); areia franca; grãos simples; friável, não plástica, não pegajosa.

Poros: Muitos poros médios e grandes em todos os horizontes.

Raízes: Abundantes finas no AP, comuns finas AC, CA e C1, Poucas finas no C2 e raras no C3.

Observações: Presença de lâminas de material de textura franco-arenosa (2,5YR 4/6) e com espessura variando de 2 a 10 cm nos horizontes CA, C1, C2 e C3.

Análises Físicas e Químicas

Perfil: P14

Amostras de Laboratório: 09.0817-1818

Horizonte Frações da amostra

total g/kg

Composição granulométrica da terra fina

g/kg

Densidade g/cm3

Símbolo Profun-didade

cm

Calhaus > 20 mm

Cas-calho 20-2 mm

Terra fina < 2 mm

Areia grossa 2-0,20 mm

Areia fina 0,20-0,05 mm

Silte 0,05-0,002 mm

Argila <

0,002 mm

Argila dispersa em água

g/kg

Grau de

flocu-lação

%

Relação Silte/ Argila

Solo Partículas

Porosidade cm3/100cm3

Ap 0-17 0 0 1000 167 715 58 60 20 67 0,97

AC -32 0 0 1000 140 784 16 60 20 67 0,27

CA -47 0 0 1000 144 762 34 60 20 67 0,57

C1 -75 0 0 1000 151 741 28 80 40 50 0,35

C2 -138 0 0 1000 149 693 37 121 121 0 0,31

C3 -180 0 0 1000 129 709 41 121 0 100 0,34

pH (1:2,5) Complexo Sortivo

cmolc/kg Horizonte

Água KCl 1N Ca2+ Mg2+ K+ Na+ Valor S (soma)

Al 3+ H+ Valor

T

Valor V (sat. por

bases) %

100.Al3+ S + Al3+

%

P assimilável

mg/kg

Ap 5,2 4,5 1,3 0,13 0,01 1,4 0,5 2,6 4,5 32 26 6

AC 5,9 4,6 0,7 0,07 0,01 0,8 0,5 1,3 2,6 30 39 1

CA 5,8 4,5 0,6 0,12 0,01 0,7 0,4 1,1 2,2 33 35 1

C1 5,9 4,4 0,4 0,50 0,02 0,9 0,3 1,2 2,4 38 25 1

C2 5,9 4,0 0,8 0,77 0,04 1,6 2,0 1,5 5,1 32 55 1

C3 5,4 4,0 0,6 0,18 0,01 0,8 2,3 1,2 4,3 18 74 <1

Ataque sulfúrico g/kg

Relações Moleculares

Horizonte C

(orgânico) g/kg

N g/kg

C/N

SiO2 Al 2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO SiO2/ Al 2O3

(Ki)

SiO2/ R2O3 (Kr)

Al 2O3/ Fe2O3

Fe2O3 livre

g/kg

Equivalente de

CaCO3 g/kg

Ap 6,7 0,7 10 27 15 7 0,6 3,06 2,36 3,36

AC 2,2 0,3 7 23 11 7 1,1 3,55 2,53 2,47

CA 2,0 0,3 7 27 12 8 0,9 3,83 2,68 2,36

C1 2,0 0,3 7 34 19 12 1,0 3,04 2,17 2,49

C2 2,0 0,3 7 44 32 13 1,2 2,34 1,86 3,86

C3 1,6 0,3 5 44 32 14 1,3 2,34 1,83 3,59

Pasta saturada Sais solúveis cmolc/kg

Constantes hídricas g/100g

Umidade Horizonte 100.Na+

T %

C.E. do extrato mS/cm 25oC

Água % Ca2+ Mg2+ K+ Na+

HCO3-

CO32-

Cl- SO42-

0,033 MPa 1,5 MPa

Água disponível máxima

Ap <1

AC <1

CA <1

C1 <1

C2 <1

C3 <1

Relação textural: 1,5

Perfil: P11 Data: 24/10/2008

N° de Campo: 15

Classificação: NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico gleissólico, A moderado, hiperdistrófico, fase cerrado tropical Subcaducifólio, relevo plano.

Unidade de mapeamento:

Localização, município e coordenadas: município de Figueirão (MS). Coordenadas UTM 222737 mN e 7951539 mE. Zona 22S.

Situação, declive e cobertura vegetal: perfil coletado em situação de terço inferior, com declive de 2%.

Altitude: 329 metros.

Litologia e formação geológica: Arenitos da Formação Pirambóia.

Material originário: Produto de alteração de arenitos.

Pedregosidade: ausente.

Rochosidade: ausente.

Relevo local: plano.

Relevo regional: suave ondulado.

Erosão: laminar moderada.

Drenagem: moderadamente drenado.

Vegetação primária: cerrado tropical Subcaducifólio.

Uso atual: pastagem degradada.

Descrito e coletado por: César da Silva Chagas.

Descrição Morfológica

Ap 0-28 cm; bruno-acinzentado-escuro (10YR 4/2, úmida); franco-arenosa; fraca a moderada, média, granular; muito friável, não plástica, não pegajosa; transição plana e gradual.

C1 28-56 cm; bruno-acinzentado (10YR 5/2, úmida); areia franca, fraca, média, blocos subangulares; muito friável, não plástica, não pegajosa; transição plana e gradual.

C2 56-77 cm; bruno (10YR 5/3, úmida); areia; grãos simples; solta, não plástica, não pegajosa; transição plana e abrupta.

Cg1 77-88 cm; cinzento-brunado-claro (10YR 6/2, úmida), mosqueado pequeno, comum e distinto, vermelho-amarelado (5YR 4/6, úmida); areia; grãos simples; solta, não plástica, não pegajosa; transição plana e abrupta.

2Cg2 88-130 cm; cinzento-escuro (10YR 4/1, úmida), mosqueado pequeno, comum e distinto, bruno-forte (7,5YR 5/6, úmida); franco-arenosa; maciça, ligeiramente firme, ligeiramente plástica, ligeiramente pegajosa.

Poros: Comuns pequenos e médios no Ap, C1 e C2; poucos pequenos no Cg1 e raros muito pequenos no 2Cg2.

Raízes: Comuns finas no AP, poucas finas no C1, raras finas no C2 e no Cg1, ausente no 2Cg2.

Análises Físicas e Químicas

Perfil: P11

Amostras de Laboratório: 09.0803-0807

Horizonte Frações da amostra

total g/kg

Composição granulométrica da terra fina

g/kg

Densidade g/cm3

Símbolo Profun-didade

cm

Calhaus > 20 mm

Cas-calho 20-2 mm

Terra fina < 2 mm

Areia grossa 2-0,20 mm

Areia fina 0,20-0,05 mm

Silte 0,05-0,002 mm

Argila <

0,002 mm

Argila dispersa em água

g/kg

Grau de flocu-lação

%

Relação Silte/ Argila

Solo Partículas

Porosidade cm3/100cm3

Ap 0-28 0 0 1000 195 602 82 121 81 33 0,68

C1 -56 0 0 1000 301 545 94 60 20 67 1,57

C2 -77 0 0 1000 367 533 60 40 20 50 1,50

Cg1 -88 0 0 1000 348 583 29 40 20 50 0,72

2Cg2 -130 0 0 1000 40 693 126 141 0 100 0,89

pH (1:2,5) Complexo Sortivo

cmolc/kg Horizonte

Água KCl 1N Ca2+ Mg2+ K+ Na+ Valor S (soma)

Al 3+ H+ Valor

T

Valor V (sat. por

bases) %

100.Al3+ S + Al3+

%

P assimilável

mg/kg

Ap 4,3 3,8 0,6 0,4 0,25 0,03 1,3 0,8 3,3 5,4 24 38 12 C1 4,2 3,9 0,3 0,07 0,01 0,4 0,6 1,2 2,2 18 60 4 C2 4,4 3,9 0,2 0,05 0,01 0,3 0,4 0,9 1,6 19 57 3 Cg1 5,1 4,2 0,2 0,04 0,01 0,2 0,2 0,5 0,9 22 50 3 2Cg2 5,2 3,8 0,3 0,7 0,22 0,03 1,2 1,7 1,3 4,2 29 59 2

Ataque sulfúrico g/kg

Relações Moleculares

Horizonte C

(orgânico) g/kg

N g/kg

C/N SiO2 Al 2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO

SiO2/ Al 2O3

(Ki)

SiO2/ R2O3 (Kr)

Al 2O3/ Fe2O3

Fe2O3 livre

g/kg

Equivalente de

CaCO3 g/kg

Ap 7,2 0,9 8 44 24 4 1,7 3,12 2,82 9,42 C1 1,1 0,2 5 24 11 6 1,6 3,71 2,75 2,88 C2 0,6 0,2 3 19 8 6 1,6 4,04 2,73 2,09 Cg1 0,5 0,1 5 12 5 5 1,5 4,08 2,49 1,57 2Cg2 1,7 0,3 6 56 41 10 2,3 2,32 2,01 6,44

Pasta saturada Sais solúveis cmolc/kg

Constantes hídricas g/100g

Umidade Horizonte 100.Na+

T %

C.E. do extrato mS/cm 25oC

Água % Ca2+ Mg2+ K+ Na+

HCO3-

CO32-

Cl- SO42-

0,033 MPa 1,5 MPa

Água disponível máxima

Ap <1 C1 <1 C2 <1 Cg1 1 2Cg2 <1

Relação textural: 0,4

Perfil: P05 Data: 22/10/2008

N° de Campo: 06

Classificação: NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico latossólico, A fraco, álico, hiperdistrófico, fase cerrado tropical subcaducifólio, relevo plano.

Unidade de mapeamento:

Localização, município e coordenadas: município de Figueirão (MS). Coordenadas UTM 240774 mN e 7934838 mE. Zona 22S.

Situação, declive e cobertura vegetal: perfil coletado em situação de topo de chapada, com declive de 2%.

Altitude: 617 metros.

Litologia e formação geológica: Arenito da Formação Santo Anastácio.

Material originário: produto da alteração das rochas supracitadas.

Pedregosidade: ausente. Rochosidade: ausente. Relevo local: plano.

Relevo regional: suave ondulado.

Erosão: não aparente.

Drenagem: acentuadamente drenado.

Vegetação: cerrado tropical subcaducifólio.

Uso atual: sem uso.

Descrito e coletado por: César da Silva Chagas.

Descrição Morfológica

Ap 0-30 cm; bruno-avermelhado-escuro (2,5YR 3/4, úmida); areia; grãos simples; muito friável, não plástica, não pegajosa; transição plana e gradual.

C1 30-64 cm; vermelho-escuro (2,5YR 3/6, úmida); areia franca; grãos simples; muito friável, não plástica, não pegajosa; transição plana e gradual.

C2 64-108 cm; bruno-avermelhado (2,5YR 4/4, úmida); areia franca; grãos simples; muito friável, não plástica, não pegajosa; transição plana e difusa.

C3 108-170 cm+; vermelho- escuro-acinzentado (8R 3/4, úmida); areia franca; grãos simples; muito friável, não plástica, não pegajosa.

Poros: Muitos poros pequenos, médios e grandes em todo o perfil.

Raízes: Comuns finas no A, poucas finas no C1 e C2, raras e finas no C3.

Observações: Areias avermelhadas.

Análises Físicas e Químicas

Perfil: P05

Amostras de Laboratório: 09.0780-0783

Horizonte Frações da amostra

total g/kg

Composição granulométrica da terra fina

g/kg

Densidade g/cm3

Símbolo Profun-didade

cm

Calhaus > 20 mm

Cas-calho 20-2 mm

Terra fina < 2 mm

Areia grossa 2-0,20 mm

Areia fina 0,20-0,05 mm

Silte 0,05-0,002 mm

Argila <

0,002 mm

Argila dispersa em água

g/kg

Grau de

flocu-lação

%

Relação Silte/ Argila

Solo Partículas

Porosidade cm3/100cm3

Ap 0-30 0 0 1000 723 188 9 80 40 50 0,11

C1 -64 0 0 1000 669 210 21 100 40 60 0,21

C2 -108 0 0 1000 661 214 25 100 40 60 0,25

C3 -170 0 0 1000 642 211 27 120 0 100 0,22

pH (1:2,5) Complexo Sortivo

cmolc/kg Horizonte

Água KCl 1N Ca2+ Mg2+ K+ Na+ Valor S (soma)

Al 3+ H+ Valor

T

Valor V (sat. por

bases) %

100.Al3+ S + Al3+

%

P assimilável

mg/kg

Ap 4,6 4,1 0,2 0,03 0,01 0,2 0,4 1,4 2,0 10 67 1 C1 4,4 4,2 0,1 0,02 0,01 0,1 0,4 1,4 1,9 5 80 1 C2 4,7 4,3 0,2 0,01 0,01 0,2 0,3 1,0 1,5 13 60 1 C3 4,9 4,4 0,2 0,01 0,01 0,2 0,3 0,9 1,4 14 60 <1

Ataque sulfúrico g/kg

Relações Moleculares

Horizonte C

(orgânico) g/kg

N g/kg

C/N SiO2 Al 2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO

SiO2/ Al 2O3

(Ki)

SiO2/ R2O3 (Kr)

Al 2O3/ Fe2O3

Fe2O3 livre

g/kg

Equivalente de

CaCO3 g/kg

Ap 4,0 0,4 10 27 16 30 6,0 2,87 1,30 0,84 C1 2,4 0,3 8 30 24 34 7,5 2,13 1,11 1,11 C2 1,2 0,2 6 30 24 31 6,0 2,13 1,16 1,22 C3 0,7 0,2 3 32 26 31 5,7 2,09 1,19 1,32

Pasta saturada Sais solúveis cmolc/kg

Constantes hídricas g/100g

Umidade Horizonte 100.Na+

T %

C.E. do extrato mS/cm 25oC

Água % Ca2+ Mg2+ K+ Na+

HCO3-

CO32-

Cl- SO42-

0,033 MPa 1,5 MPa

Água disponível máxima

Ap <1 C1 <1 C2 <1 C3 <1

Relação textural: 1,3

Perfil: P12 Data: 24/10/2008

N° de Campo: 16

Classificação: NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico latossólico, A moderado, álico, hiperdistrófico, fase cerrado tropical subcaducifólio, relevo plano.

Unidade de mapeamento:

Localização, município e coordenadas: município de Figueirão (MS). Coordenadas UTM 225072 mN e 7954247 mE. Zona 22S.

Situação, declive e cobertura vegetal: perfil coletado em situação de terço superior de encosta, com declive de 5%.

Altitude: 400 metros.

Litologia e formação geológica: Arenitos da Formação Pirambóia.

Material originário: produto da alteração do material supracitado.

Pedregosidade: ausente.

Rochosidade: ausente.

Relevo local: plano.

Relevo regional: suave ondulado.

Erosão: laminar moderada.

Drenagem: acentuadamente drenado.

Vegetação primária: pastagem degradada.

Uso atual: cerrado tropical subcaducifólio

Descrito e coletado por: César da Silva Chagas.

Descrição Morfológica

Ap 0-18 cm; bruno (7,5YR 4/2, úmida); areia franca; fraca, pequena, média, blocos subangulares; muito friável, não plástica, não pegajosa; transição plana e clara.

CA 18-34 cm; bruno-avermelhado (5YR 4/4, úmida); areia; fraca, pequena e média, blocos subangulares e grãos simples; muito friável, não plástica, não pegajosa; transição plana e gradual.

C1 34-110 cm; vermelho (3,5YR 4/6, úmida); areia franca; fraca, pequena e média, blocos subangulares e grãos simples; muito friável, não plástica, não pegajosa; transição plana e difusa.

C2 110-150 cm; vermelho (2,5YR 4/6, úmida); areia franca; fraca, pequena e média, blocos subangulares e grãos simples; muito friável, não plástica, não pegajosa.

Poros: Muitos poros pequenos, médios e grandes em todo o perfil.

Raízes: Comuns finas e médias no AP, poucas finas no CA e raras nos demais.

Análises Físicas e Químicas

Perfil: P12

Amostras de Laboratório: 09.0808-0811

Horizonte Frações da amostra

total g/kg

Composição granulométrica da terra fina

g/kg

Densidade g/cm3

Símbolo Profun-didade

cm

Calhaus > 20 mm

Cas-calho 20-2 mm

Terra fina < 2 mm

Areia grossa 2-0,20 mm

Areia fina 0,20-0,05 mm

Silte 0,05-0,002 mm

Argila <

0,002 mm

Argila dispersa em água

g/kg

Grau de

flocu-lação

%

Relação Silte/ Argila

Solo Partículas

Porosidade cm3/100cm3

Ap 0-18 0 0 1000 217 673 30 80 20 75 0,37

CA -34 0 0 1000 209 692 19 80 20 75 0,24

C1 -110 0 0 1000 167 686 26 121 0 100 0,21

C2 -150 0 0 1000 219 628 32 121 0 100 0,26

pH (1:2,5) Complexo Sortivo

cmolc/kg Horizonte

Água KCl 1N Ca2+ Mg2+ K+ Na+ Valor S (soma)

Al 3+ H+ Valor

T

Valor V (sat. por

bases) %

100.Al3+ S + Al3+

%

P assimilável

mg/kg

Ap 5,4 4,7 1,1 1,5 0,47 0,10 3,2 0,1 2,5 5,8 55 3 10 CA 5,5 4,5 0,7 0,9 0,20 0,01 1,8 0,1 1,2 3,1 58 5 1 C1 5,1 4,0 0,1 0,9 0,17 0,01 1,2 1,3 1,2 3,7 32 52 1 C2 5,3 4,0 0 1,1 0,10 0,02 1,2 1,4 1,2 3,8 32 54 <1

Ataque sulfúrico g/kg

Relações Moleculares

Horizonte C

(orgânico) g/kg

N g/kg

C/N SiO2 Al 2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO

SiO2/ Al 2O3

(Ki)

SiO2/ R2O3 (Kr)

Al 2O3/ Fe2O3

Fe2O3 livre g/kg

Equivalente de

CaCO3 g/kg

Ap 7,8 0,7 11 26 19 10 1,7 2,33 1,74 2,98 CA 2,8 0,3 9 28 19 10 2,0 2,51 1,87 2,98 C1 1,5 0,3 5 42 32 14 2,0 2,23 1,74 3,59 C2 1,0 0,2 5 49 34 20 3,0 2,45 1,78 2,67

Pasta saturada Sais solúveis cmolc/kg

Constantes hídricas g/100g

Umidade Horizonte 100.Na+

T %

C.E. do extrato mS/cm 25oC

Água % Ca2+ Mg2+ K+ Na+

HCO3-

CO32-

Cl- SO42-

0,033 MPa 1,5 MPa

Água disponível máxima

Ap 2 CA <1 C1 <1 C2 <1

Relação textural: 1,3

Perfil: P18 Data: 28/10/2008

N° de Campo: 28

Classificação: NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico típico, A fraco, álico, hiperdistrófico, fase cerrado tropical subcaducifólio, relevo suave ondulado.

Unidade de mapeamento:

Localização, município e coordenadas: município de Figueirão (MS). Coordenadas UTM 811620 mN e 7943331 mE. Zona 21S.

Situação, declive e cobertura vegetal: perfil coletado em situação de terço médio de encosta com declive de relevo 6%.

Altitude: 334 metros.

Litologia e formação geológica: Arenitos da Formação Botucatu.

Material originário: produto da alteração de arenitos.

Pedregosidade: ausente.

Rochosidade: ausente.

Relevo local: suave ondulado.

Relevo regional: suave ondulado.

Erosão: laminar moderada.

Drenagem: excessivamente drenado.

Vegetação primária: cerrado tropical subcaducifólio.

Uso atual: pastagem degradada.

Descrito e coletado por: César da Silva Chagas.

Descrição Morfológica

Ap 0-18 cm; bruno-avermelhado (5YR 4/3, úmida); areia; fraca, média, blocos subangulares e grãos simples; solta, não plástica; não pegajosa; transição plana e clara.

C1 18-68 cm; bruno-avermelhado (5YR 5/4, úmida); areia; grãos simples; solta, não plástica; não pegajosa; transição plana e clara.

C2 68-120 cm; vermelho-amarelado (5YR 5/7, úmida); areia; grãos simples; solta, não plástica; não pegajosa; transição plana e clara.

C3 120-150 cm+; vermelho-amarelado (5YR 5/8, úmida); areia franca; grãos simples; solta, não plástica; não pegajosa; transição plana e clara.

Poros: Muitos poros médios e grandes em todos os horizontes.

Raízes: Poucas finas no AP, raras finas no C1, C2 e C3.

Análises Físicas e Químicas

Perfil: P18

Amostras de Laboratório: 09.0831-0834

Horizonte Frações da amostra

total g/kg

Composição granulométrica da terra fina

g/kg

Densidade g/cm3

Símbolo Profun-didade

cm

Calhaus > 20 mm

Cas-calho 20-2 mm

Terra fina < 2 mm

Areia grossa 2-0,20 mm

Areia fina 0,20-0,05 mm

Silte 0,05-0,002 mm

Argila <

0,002 mm

Argila dispersa em água

g/kg

Grau de flocu-lação

%

Relação Silte/ Argila

Solo Partículas

Porosidade cm3/100cm3

Ap 0-18 0 0 1000 421 499 20 60 20 67 0,33

C1 -68 0 0 1000 377 514 29 80 40 50 0,36

C2 -120 0 0 1000 375 516 29 80 40 50 0,36

C3 -150 0 0 1000 355 510 35 100 0 100 0,35

pH (1:2,5) Complexo Sortivo

cmolc/kg Horizonte

Água KCl 1N Ca2+ Mg2+ K+ Na+ Valor S (soma)

Al 3+ H+ Valor

T

Valor V (sat. por

bases) %

100.Al3+ S + Al3+

%

P assimilável

mg/kg

Ap 5,4 4,2 0,4 0,03 0,01 0,4 0,3 1,5 2,2 18 43 5 C1 4,5 4,3 0,1 0,01 0,01 0,1 0,3 0,9 1,3 8 75 1 C2 4,9 4,4 0,1 0,01 0,01 0,1 0,3 0,5 0,9 11 75 1 C3 5,0 4,4 0,3 0,01 0,01 0,3 0,3 0,5 1,1 27 50 1

Ataque sulfúrico g/kg

Relações Moleculares

Horizonte C

(orgânico) g/kg

N g/kg

C/N SiO2 Al 2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO

SiO2/ Al 2O3

(Ki)

SiO2/ R2O3 (Kr)

Al 2O3/ Fe2O3

Fe2O3 livre g/kg

Equivalente de

CaCO3 g/kg

Ap 3,6 0,4 9 23 19 5 0,9 2,06 1,76 5,97 C1 2,0 0,2 10 23 20 5 0,9 1,95 1,69 6,28 C2 1,1 0,2 5 31 28 7 1,1 1,88 1,62 6,28 C3 0,9 0,1 9 29 29 7 1,0 1,70 1,47 6,50

Pasta saturada Sais solúveis cmolc/kg

Constantes hídricas g/100g

Umidade Horizonte 100.Na+

T %

C.E. do extrato mS/cm 25oC

Água % Ca2+ Mg2+ K+ Na+

HCO3-

CO32-

Cl- SO42-

0,033 MPa 1,5 MPa

Água disponível máxima

Ap <1 C1 <1 C2 1 C3 <1

Relação textural: 1,3

Perfil: P01 Data: 21/10/08

Nº de Campo: 01

Classificação: NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico típico, A fraco, mesodistrófico, fase cerrado tropical subcaducifólio, relevo plano.

Unidade de Mapeamento:

Localização, município e coordenadas: município de Figueirão (MS). Coordenadas UTM 223856 mN e 7930106 mE. Zona 22S.

Situação, declive e cobertura vegetal: perfil coletado em barranco de estrada, sob pastagem em declive de 5%.

Altitude: 500 metros.

Litologia e formação geológica: Arenitos da Formação Caiuá.

Material originário: Produto de alteração de arenito.

Pedregosidade: ausente.

Rochosidade: ausente.

Relevo local: plano.

Relevo regional: suave ondulado.

Erosão: laminar ligeira.

Drenagem: acentuadamente drenado.

Vegetação primária: cerrado tropical subcaducifólio.

Uso atual: pastagem.

Descrito e coletado por: César da Silva Chagas.

Descrição Morfológica

Ap 0-20 cm; bruno-avermelhado-escuro (5YR 3/4, úmida); areia; fraca, pequena e média, blocos subangulares; solta, não plástica, não pegajosa; transição plana e clara.

AC 20-38 cm; bruno-avermelhado (5YR 4/4, úmida); areia; fraca, média, blocos subangulares; solta, não plástica, não pegajosa; transição plana e clara.

CA 38-54 cm; vermelho-escuro (3,5YR 3/6, úmida); areia; fraca, média, blocos subangulares e grãos simples; solta, não plástica, não pegajosa; transição plana e gradual.

C1 54-94 cm; vermelho-escuro (3,5YR 3/6, úmida); areia; fraca, média, blocos subangulares e grãos simples; solta, não plástica, não pegajosa; transição plana e difusa.

C2 94-160 cm+; vermelho-escuro (3,5YR 3,5/6, úmida); areia; fraca, média, blocos subangulares e grãos simples; solta, não plástica, não pegajosa.

Poros: Muitos poros grandes e médios em todo o perfil.

Raízes: Finas no AP, AB e AC, e poucas nos demais.

Análises Físicas e Químicas

Perfil: P01

Amostras de Laboratório: 09.0765-0769

Horizonte Frações da amostra

total g/kg

Composição granulométrica da terra fina

g/kg

Densidade g/cm3

Símbolo Profun-didade

cm

Calhaus > 20 mm

Cas-calho 20-2 mm

Terra fina < 2 mm

Areia grossa 2-0,20 mm

Areia fina 0,20-0,05 mm

Silte 0,05-0,002 mm

Argila <

0,002 mm

Argila dispersa em água

g/kg

Grau de

flocu-lação

%

Relação Silte/ Argila

Solo Partículas

Porosidade cm3/100cm3

Ap 0-20 0 7 993 442 458 40 60 20 67 0,67

AC -38 0 0 1000 520 377 23 80 20 75 0,29

CA -54 0 0 1000 558 361 1 80 20 75 0,01

C1 -94 0 0 1000 530 373 17 80 20 75 0,21

C2 -160 0 0 1000 554 345 21 80 0 100 0,26

pH (1:2,5) Complexo Sortivo

cmolc/kg Horizonte

Água KCl 1N Ca2+ Mg2+ K+ Na+ Valor S (soma)

Al 3+ H+ Valor

T

Valor V (sat. por

bases) %

100.Al3+ S + Al3+

%

P assimilável

mg/kg

Ap 5,1 4,3 0,5 0,7 0,08 0,03 1,3 0,2 1,1 2,6 50 13 2 AC 4,8 4,1 0,8 0,03 0,04 0,9 0,6 1,4 2,9 31 40 1 CA 5,3 4,4 0,5 0,5 0,02 0,02 1,0 0,2 1,0 2,2 45 17 1 C1 5,0 4,2 0,7 0,02 0,02 0,7 0,3 1,0 2,0 35 30 1 C2 5,0 4,2 0,6 0,02 0,02 0,6 0,5 0,7 1,8 33 45 1

Ataque sulfúrico g/kg

Relações Moleculares

Horizonte C

(orgânico) g/kg

N g/kg

C/N SiO2 Al 2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO

SiO2/ Al 2O3

(Ki)

SiO2/ R2O3 (Kr)

Al 2O3/ Fe2O3

Fe2O3 livre

g/kg

Equivalente de

CaCO3 g/kg

Ap 2,6 0,3 9 107 15 14 2,7 12,13 7,59 1,68 AC 2,2 0,3 7 122 20 15 2,6 10,37 7,01 2,09 CA 1,9 0,3 6 120 16 12 2,0 12,75 8,61 2,09 C1 1,2 0,2 6 109 19 12 2,1 9,75 6,95 2,49 C2 1,1 0,2 5 113 23 12 2,7 8,35 6,26 3,01

Pasta saturada Sais solúveis cmolc/kg

Constantes hídricas g/100g

Umidade Horizonte 100.Na+

T %

C.E. do extrato mS/cm 25oC

Água % Ca2+ Mg2+ K+ Na+

HCO3-

CO32-

Cl- SO42-

0,033 MPa 1,5 MPa

Água disponível máxima

Ap 1 AC 1 CA <1 C1 1 C2 1

Relação textural: 1,1

Perfil: P04 Data: 22/10/2008

N° de Campo: 05

Classificação: NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico típico, A fraco, mesodistrófico, fase cerrado tropical subcaducifólio, relevo suave ondulado.

Unidade de mapeamento:

Localização, município e coordenadas: município de Figueirão (MS). Coordenadas UTM 234818 mN e 7936171 mE. Zona 22S.

Situação, declive e cobertura vegetal: perfil coletado em situação de terço superior de encosta, com declive de 10%.

Altitude: 409 metros.

Litologia e formação geológica: Arenitos da Formação Pirambóia.

Material originário: produto da alteração de arenitos.

Pedregosidade: ausente.

Rochosidade: ausente.

Relevo local: suave ondulado/ondulado.

Relevo regional: suave ondulado.

Erosão: laminar ligeira a moderada.

Drenagem: acentuadamente drenado.

Vegetação primária: cerrado tropical subcaducifólio.

Uso atual: pastagem de braquiária.

Descrito e coletado por: César da Silva Chagas.

Descrição Morfológica

Ap 0-23 cm; bruno-escuro (7,5YR 3/4, úmida); areia; fraca, pequena e média, blocos subangulares; muito friável, não plástica, não pegajosa; transição plana e clara.

CA 23-44 cm; bruno (7,5YR 4/4, úmida); areia; grãos simples; muito friável, não plástica, não pegajosa; transição plana e gradual.

C1 44-87 cm; bruno-forte (7,5YR 4/6, úmida); areia; grãos simples; muito friável, não plástica, não pegajosa; transição plana e difusa.

C2 87-180 cm+; vermelho-amarelado (5YR 4/6, úmida); areia; grãos simples; muito friável, não plástica, não pegajosa.

Poros: Muitos poros médios e grandes em todo o perfil.

Raízes: Comuns finas no AP, poucas finas no CA e C1, raras e finas no C2.

Observações: relevo típico de colinas suave onduladas e onduladas.

Análises Físicas e Químicas

Perfil: P04

Amostras de Laboratório: 09.0776-0779

Horizonte Frações da amostra

total g/kg

Composição granulométrica da terra fina

g/kg

Densidade g/cm3

Símbolo Profun-didade

cm

Calhaus > 20 mm

Cas-calho 20-2 mm

Terra fina < 2 mm

Areia grossa 2-0,20 mm

Areia fina 0,20-0,05 mm

Silte 0,05-0,002 mm

Argila <

0,002 mm

Argila dispersa em água

g/kg

Grau de

flocu-lação

%

Relação Silte/ Argila

Solo Partículas

Porosidade cm3/100cm3

Ap 0-23 0 0 1000 64 866 30 40 20 50 0,75

CA -44 0 0 1000 68 863 9 60 20 67 0,15

C1 -87 0 0 1000 68 862 10 60 0 100 0,17

C2 -180 0 0 1000 62 844 34 60 0 100 0,57

pH (1:2,5) Complexo Sortivo

cmolc/kg Horizonte

Água KCl 1N Ca2+ Mg2+ K+ Na+ Valor S (soma)

Al 3+ H+ Valor

T

Valor V (sat. por

bases) %

100.Al3+ S + Al3+

%

P assimilável

mg/kg

Ap 5,0 4,3 0,7 1,1 0,16 0,06 2,0 0,4 2,1 4,5 44 17 24 CA 5,4 4,3 0,5 0,7 0,06 0,02 1,3 0,6 1,1 3,0 43 32 1 C1 5,2 4,2 0,1 1,0 0,07 0,01 1,2 1,0 1,1 3,3 36 45 1 C2 5,1 4,1 0,9 0,09 0,01 1,0 1,3 1,0 3,3 30 57 1

Ataque sulfúrico g/kg

Relações Moleculares

Horizonte C

(orgânico) g/kg

N g/kg

C/N SiO2 Al 2O3 Fe2O3 TiO2 P2O5 MnO

SiO2/ Al 2O3

(Ki)

SiO2/ R2O3 (Kr)

Al 2O3/ Fe2O3

Fe2O3 livre

g/kg

Equivalente de

CaCO3 g/kg

Ap 4,8 0,6 8 131 14 7 1,4 15,91 12,05 3,14 CA 1,8 0,3 6 108 11 8 1,0 16,69 11,39 2,16 C1 1,4 0,2 7 121 13 8 1,2 15,82 11,35 2,55 C2 1,1 0,2 5 127 19 8 1,5 11,36 8,95 3,73

Pasta saturada Sais solúveis cmolc/kg

Constantes hídricas g/100g

Umidade Horizonte 100.Na+

T %

C.E. do extrato mS/cm 25oC

Água % Ca2+ Mg2+ K+ Na+

HCO3-

CO32-

Cl- SO42-

0,033 MPa 1,5 MPa

Água disponível máxima

Ap 1 CA <1 C1 <1 C2 <1

Relação textural: 1,5

Perfil 14 - Neossolo Quartzarênico Órtico argissólico

Perfil 11 - Neossolo Quartzarênico Órtico gleissólico

Figura 21. Perfis de Neossolo Quartzarênico Órtico e suas respectivas áreas de ocorrência no município de Figueirão.

Perfil 05 - Neossolo Quartzarênico Órtico latossólico

Perfil 18 - Neossolo Quartzarênico Órtico típico

Figura 22. Perfis de Neossolo Quartzarênico Órtico e suas respectivas áreas de ocorrência (continuação).