precipitação - luiscesarlemos.webnode.com · a maior parte do ar atmosférico e do vapor de ......

32
16/03/2016 1 Precipitação Prof. Luis César de Aquino Lemos Filho Dr. Engenharia de Água e Solo Universidade Federal Rural do Semi-Árido Mossoró, RN Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com Revisão: Precipitação Precipitação Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com ATMOSFERA: Camada gasosa que envolve a terra, constituída por uma mistura complexa de gases que variam em função do tempo, da situação geográfica, da altitude e das estações do ano. Os gases predominantes são o nitrogênio (78%) e o oxigênio (21%). O vapor de água no ar atmosférico varia até um máximo próximo de 4%. Em percentagens menores o ar atmosférico também contém partículas orgânicas e inorgânicas, que tem papel fundamental no ciclo hidrológico, pois formam núcleos de condensação (higroscópico) do vapor de água nas nuvens. Precipitação Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com ATMOSFERA: AR Natural AR Seco Vapor d’água Partículas sólidas em suspensão AR Seco Nitrogênio + Oxigênio = 99% Argônio = 0,93% CO 2 = 0,03% Outros (Ozônio, Hidrogênio, Hélio, Neônio, etc.) Vapor d’água Varia de 0 a 4% 0% - Regiões desérticas 4% - Florestas tropicais Partículas sólidas (aerossóis) Sais de origem orgânica e inorgânica Explosões vulcânicas Combustão de gás, carvão e petróleo Precipitação Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com Precipitação Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com TROPOSFERA: A maior parte do ar atmosférico e do vapor de água encontra-se na camada mais próxima à superfície, chamada troposfera. Esta camada tem uma espessura de 10 a 12 Km. A temperatura do ar na troposfera é maior ao nível do mar e menor no topo da camada. O gradiente de temperatura é de aproximadamente 6,5 o C a cada quilômetro. Assim, se ao nível do mar a temperatura é de 20 o C, no topo da troposfera a temperatura é de, aproximadamente, -45 o C.

Upload: lycong

Post on 07-Nov-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

16/03/2016

1

Precipitação

Prof. Luis César de Aquino Lemos Filho Dr. Engenharia de Água e Solo

Universidade Federal Rural do Semi-Árido Mossoró, RN

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Revisão:

Precipitação

Precipitação

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

ATMOSFERA:

Camada gasosa que envolve a terra, constituída por uma mistura complexa de gases que variam em função do tempo, da situação geográfica, da altitude e das estações do ano.

Os gases predominantes são o nitrogênio (78%) e o oxigênio (21%).

O vapor de água no ar atmosférico varia até um máximo próximo de 4%.

Em percentagens menores o ar atmosférico também contém partículas orgânicas e inorgânicas, que tem papel fundamental no ciclo hidrológico, pois formam núcleos de condensação (higroscópico) do vapor de água nas nuvens.

Precipitação

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

ATMOSFERA:

AR Natural

AR Seco

Vapor d’água

Partículas sólidas em suspensão

AR Seco

Nitrogênio + Oxigênio = 99%

Argônio = 0,93%

CO2 = 0,03%

Outros (Ozônio, Hidrogênio, Hélio, Neônio, etc.)

Vapor d’água

Varia de 0 a 4%

0% - Regiões desérticas

4% - Florestas tropicais

Partículas sólidas (aerossóis)

Sais de origem orgânica e inorgânica

Explosões vulcânicas

Combustão de gás, carvão e petróleo

Precipitação

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

TROPOSFERA:

A maior parte do ar atmosférico e do vapor de água encontra-se na camada mais próxima à superfície, chamada troposfera.

Esta camada tem uma espessura de 10 a 12 Km.

A temperatura do ar na troposfera é maior ao nível do mar e menor no topo da camada. O gradiente de temperatura é de aproximadamente 6,5 oC a cada quilômetro.

Assim, se ao nível do mar a temperatura é de 20 oC, no topo da troposfera a temperatura é de, aproximadamente, -45 oC.

16/03/2016

2

Precipitação

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Circulação da atmosfera se a terra NÃO girasse...

Precipitação

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Circulação geral aproximada...

Se analisarmos a circulação geral das massas de ar na Terra, podemos verificar a distribuição geral das precipitações...

...são as chamadas Células de Hadley...

Precipitação

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

CÉLULAS DE HADLEY:

Precipitação

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Zonas de pressão atmosférica: Circulação idealizada Circulação real

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Precipitação média anual:

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Precipitação média em Janeiro:

16/03/2016

3

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Precipitação média em Julho:

Precipitação

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

CLIMA: Circulação idealizada Circulação real

Precipitação

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

É denominada precipitação, toda água proveniente do meio atmosférico que atinge a superfície terrestre, independente do seu estado físico (líquida, gasosa ou sólida);

Tipos de precipitação: neblina, garoa, chuva, saraiva, granizo, orvalho, geada e neve.

O que diferencia é o estado em que se encontra a água e a possibilidade de gerar volume líquido.

CONCEITOS DE PRECIPITAÇÃO:

Precipitação

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

TIPOS DE PRECIPITAÇÃO

Precipitação

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

A neblina é a condensação que ocorre junto à superfície, causada pelo resfriamento do ar quente e úmido quando entra em contato com um solo frio ou superfície líquida.

Ocorre quando há formação de nuvens muito baixas.

Neblina:

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Neblina:

Precipitação

16/03/2016

4

Precipitação

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação líquida constituída por gotas com diâmetro inferior a 0,5 mm, apresentando, em geral, baixa intensidade (< 1 mm h-1):

Garoa:

Precipitação

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação na forma líquida e com gotas apresentando diâmetro superior a 0,5 mm.

Chuva:

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Tipo Intensidade (mm h -1)

Diâmetro da gota (mm)

Velocidade terminal (m s-1)

Chuva fina (Garoa) ≤ 0,3 ≤ 0,5 4,2

Chuva moderada 1,2 - 3,8 1,2 - 1,5 5,0

Chuva pesada 15 - 100 2,5 - 6,5 7,6

Chuva:

Precipitação

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Saraiva:

Precipitação sob forma de pedras de gelo de pequeno diâmetro (< 5 mm).

Precipitação

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Granizo:

Precipitação sob forma de pedras de gelo de grande diâmetro (> 5 mm).

Precipitação

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Orvalho:

Precipitação sob a forma de vapor d’água, ocorre condensação do vapor em superfícies sólidas que se resfriam durante a noite (folhas, por exemplo).

Precipitação

16/03/2016

5

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Geada:

Precipitação sob a forma de vapor d’água, formam-se cristais de gelo em superfícies que se resfriam à noite.

Precipitação

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Neve:

Precipitação de cristais de gelo a partir do vapor de água quando a temperatura do ar é inferior a 0ºC.

Precipitação

Precipitação

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Variável climática mais importante e representa a alimentação dos sistemas hídricos (Ciclo hidrológico).

A precipitação esta relacionada com o total ocorrido num tempo definido. O valor isolado não tem significado.

Por ex. 100 mm é muito em 1 hora e pouco num ano.

A variabilidade temporal e espacial da precipitação influencia o comportamento da disponibilidade hídrica de uma bacia. Esta variabilidade é aleatória.

CONCEITOS DE PRECIPITAÇÃO:

Precipitação

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Tamanhos das gotículas nas nuvens : diâmetros de 0,01 a 0,03 mm, espaçadas por cerca de 1 mm, com massa de 0,5 a 1 g de água/m3 - A quantidade total varia de 1,5 a 7 g/m3.

Gotas de chuva: diâmetro de 0,5 a 2 mm, velocidade de queda de 9 m/s.

A formação de vapor de água na atmosfera não é garantia de que o líquido contido irá precipitar.

Para que ocorra precipitação é necessário que as gotas engordem e seu peso seja superior as forças que a sustentam no ar.

MECANISMO DE PRECIPITAÇÃO:

Precipitação

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Partículas higroscópicas na atmosfera (núcleos de condensação): sais marinhos, partículas de minerais (argilas), matéria orgânica (pólen), partículas químicas, etc.

Sobre estes núcleos de condensação ocorre a condensação e crescimento das gotas, através de fenômenos como a coalescência e difusão de vapor.

Nem toda precipitação atinge o solo, algumas podem evaporar antes disso (fenômeno conhecido como Virga).

Existem várias teorias sobre os processos que desencadeiam as precipitações nos diferentes tipos de nuvens.

MECANISMO DE PRECIPITAÇÃO:

Precipitação

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Tipos de nuvens:

16/03/2016

6

Precipitação

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Massa de ar úmido se eleva, a temperatura diminui, mais vapor se condensa, gotas crescem e se precipitam.

MECANISMO DE PRECIPITAÇÃO:

TAMANHO DAS GOTAS: Nuvem: 0,02 mm Chuva: 0,5 a 2 mm

Precipitação

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

RESUMO: Formação da precipitação.

Elementos necessários:

1. Umidade

2. Resfriamento do vapor (elevação das massas de ar)

3. Condensação do vapor (gotículas com 0,01 a 0,03 mm)

4. Presença de núcleos higroscópicos

5. Crescimento de gotículas

Chuva: diâmetros médio de gotas entre 0,5 a 2,0 mm

Precipitação

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

PRECIPITAÇÃO: CHUVA.

MAIOR VOLUME PRECIPITADO NO MUNDO!

Precipitação

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Elo entre a fase atmosférica e a fase terrestre do ciclo hidrológico.

Entrada (“input”) do sistema hidrológico.

Maior forma de entrada de água em uma bacia hidrográfica.

Fonte primária da água para o uso do homem.

Problemas em BH’s são, em sua grande maioria, conseqüência de chuvas de grande intensidade e/ou volume e da ausência de chuvas em longos períodos de estiagem.

Precipitação: Chuvas.

Precipitação

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Chuvas de grandes intensidades ou volumes.

Enchentes;

Danos a obras hidráulicas;

Prejuízos à agricultura e pecuária.

16/03/2016

7

Precipitação

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Chuvas de grandes intensidades ou volumes.

Enchentes;

Danos a obras hidráulicas;

Prejuízos à agricultura e pecuária.

Precipitação

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Chuvas de grandes intensidades ou volumes.

Enchentes;

Danos a obras hidráulicas;

Prejuízos à agricultura e pecuária.

Precipitação

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Chuvas de grandes intensidades ou volumes.

Enchentes;

Danos a obras hidráulicas;

Prejuízos à agricultura e pecuária.

Precipitação

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Chuvas de baixa intensidade e longa duração.

Promovem aumento da infiltração; Favorecem recarga de aqüíferos; Podem causar problemas à agricultura e à conservação do solo.

Precipitação

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Ausência de chuvas por longos períodos. Redução de vazão; Redução de nível dos reservatórios; Prejuízos à agricultura e pecuária.

16/03/2016

8

Precipitação

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Ausência de chuvas por longos períodos. Redução de vazão; Redução de nível dos reservatórios; Prejuízos à agricultura e pecuária.

Precipitação

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Ausência de chuvas por longos períodos. Redução de vazão; Redução de nível dos reservatórios; Prejuízos à agricultura e pecuária.

Precipitação

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

TIPOS DE CHUVA

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Tipos de chuva.

Classificadas de acordo com os diferentes processos pelos quais ocorre ascensão das massas de ar. Do ponto de vista do hidrólogo a chuva tem três mecanismos fundamentais de formação:

a) Frontais ou ciclônicas;

b) Orográficas ou chuvas de relevo;

c) Convectivas térmicas (chuvas de verão).

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Tipos de chuva: Frontais ou ciclônicas.

Encontro de duas grandes massas de ar, de diferentes temperatura (quente e fria) e umidade (úmida e seca).

Quando chega uma frente fria forma-se junto a frente um grande gradiente de temperatura.

Os dias anteriores a chegada da frente ficam quentes.

O ar frio é a mais denso e penetra, fazendo o ar quente mais leve subir condensar e precipitar.

Predominam em regiões temperadas.

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Tipos de chuva: Frontais ou ciclônicas.

Movimentam-se de forma relativamente lenta e seu movimento depende dos sistemas de pressão regional.

Caracterizam-se pela longa duração e por atingirem grandes extensões, apresentando baixa intensidade na maioria das vezes.

Processos frontais de grande extensão e duração são os que produzem inundações em grandes bacias.

Porém, podem ficar estacionárias provocando enchentes em pequenas bacias.

16/03/2016

9

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Tipos de chuva: Frontais ou ciclônicas.

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Tipos de chuva: Frontais ou ciclônicas.

Frente fria

Frente quente

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Tipos de chuva: Frontais ou ciclônicas.

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Tipos de chuva: Frontais ou ciclônicas.

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Tipos de chuva: Frontais ou ciclônicas.

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Tipos de chuva: Frontais ou ciclônicas.

16/03/2016

10

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Tipos de chuva: Frontais ou ciclônicas.

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Tipos de chuva: Orográfica.

Ventos quentes e úmidos provenientes do oceano encontram barreiras físicas, sobem, condensam e precipitam sobre áreas montanhosas.

O vento que ultrapassa a barreira física é seco, retirando umidade do ambiente, podendo gerar áreas desérticas (sombra pluviométrica) na região de sotavento.

A precipitação varia com a altitude, tendo algumas alturas onde a precipitação é muito alta.

Atua sobre bacias pequenas com intensidade variável.

Geralmente, com baixa intensidade e longa duração, cobrindo pequenas áreas.

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Tipos de chuva: Orográfica.

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Tipos de chuva: Orográfica.

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Tipos de chuva: Orográfica.

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Tipos de chuva: Convectiva térmica.

Massas de ar úmidas são aquecidas nas vizinhanças da superfície do solo, ficam menos densas, ascendem bruscamente, diminuem a temperatura, condensam e precipitam. São formações locais com pequena abrangência espacial, alta intensidade e curta duração.

Geralmente, só ocasionam enchentes pontuais ou em pequenas áreas (bacias). Por isso é muito importante para pequenas bacias hidrográficas com pequeno tempo de concentração.

Ocorre principalmente no verão em climas tropicais e regiões equatoriais (conhecida como chuva de verão).

16/03/2016

11

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Tipos de chuva: Convectiva térmica.

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Tipos de chuva: Convectiva térmica.

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Tipos de chuva: Convectiva térmica.

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Tipos de chuva: Convectiva térmica.

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Tipos de chuva: Convectiva térmica.

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Tipos de chuva: Convectiva térmica.

16/03/2016

12

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Frontais x Orográficas x Convectivas

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Frontais x Orográficas x Convectivas

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Frontais x Orográficas x Convectivas

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Grandezas que caracterizam as precipitações:

Lâmina precipitada;

Duração da precipitação;

Intensidade de precipitação;

Período de retorno e freqüência de probabilidade

Escala da precipitação.

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Lâmina precipitada:

Altura pluviométrica ou total precipitado;

“Espessura média da lâmina de água precipitada que recobriria a região atingida pela precipitação admitindo-se que essa água não se infiltrasse, não se evaporasse, nem se escoasse para fora dos limites da região”;

Unidade: milímetro (mm).

1 mm = 1 L/m2 = 10 m3/ha

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

DURAÇÃO TOTAL (mm) LOCAL

1 min 32,20 EUA

8 min 126,00 Bavária

1 hora 381,00 EUA

2 horas 457,00 EUA

1 dia 1.168,00 Filipinas

2 dias 1.676,00 China

1 semana 3.327,00 Índia

1 mês 9.296,00 Índia

1 ano 26.467,00 Índia

Recordes de lâminas de chuva:

Precipitação

16/03/2016

13

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Duração da precipitação (tempo): Período de tempo durante o qual a chuva cai;

Unidade: minuto ou hora.

Intensidade de precipitação (Ip):

Lâmina total precipitada por unidade de tempo;

Unidade: mm/hora ou mm/minuto;

Apresenta grande variabilidade temporal, mas, para análise dos processos hidrológicos, geralmente são definidos intervalos de tempo nos quais é considerada constante.

tPIp

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Variação de Ip:

P

t 1 hora

P

t 1 hora

Padrão Aleatório (Real) Medida do Pluviômetro

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Padrões de Ip:

Uniforme Avançado

Intermediário Retardado

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

INTENSIDADE Ip (mm/h)

Chuva muito fraco 0,1 a 1,0

Chuva fraca 1,1 a 5,0

Chuva moderada 5,1 a 25,0

Chuva forte 25,1 a 50,0

Chuva muito forte > 50,00

Classificação da chuva conforme Ip:

Precipitação

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Exemplo de registro de chuva:

Precipitação

Tempo Chuva

0 0

1 0

2 0

3 3

4 0

5 4

6 8

7 12

8 5

9 9

10 7

11 7

12 5

13 1

14 0

15 0

16 0

17 0

18 0

19 0

20 0

21 0

22 0

23 0

24 0

Início 03:00 Fim: 13:00

Duração = 10 horas

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Exemplo de registro de chuva:

Precipitação

Total precipitado: 61 mm;

Duração da chuva: 10 h;

Intensidade média: 6,1 mm/h;

Intensidade máxima: 12 mm/h, entre 6 e 7 h;

Intensidade média do dia: 2,5 mm/h (61mm/24h).

16/03/2016

14

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Período de retorno (T):

Também conhecido como: Período ou Tempo de recorrência (T);

É o número médio de anos durante o qual espera-se que a precipitação analisada seja igualada ou superada;

Frequência (F): número de vezes que um evento é igualado ou superado em um determinado período de tempo (um ano, por exemplo);

Probabilidade (P): é a razão entre a frequência (F) de um determinado evento e o número total de observações.

P1T

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Frequência (F): probabilidade.

Chuvas fracas são mais frequentes;

Chuvas intensas são mais raras;

Exemplo:

− Todos os anos ocorrem alguns eventos de 10 mm em 1 dia em Porto Alegre.

− Chuvas de 180 mm em 1 dia ocorrem uma vez a cada 10 ou 20 anos, em média.

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Frequência (F): probabilidade.

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Bloco F

P = zero 5597

P < 10 mm 1464

10 < P < 20 mm 459

20 < P < 30 mm 289

30 < P < 40 mm 177

40 < P < 50 mm 111

50 < P < 60 mm 66

60 < P < 70 mm 38

70 < P < 80 mm 28

80 < P < 90 mm 20

90 < P < 100 mm 8

100 < P < 110 mm 7

110 < P < 120 mm 2

120 < P < 130 mm 5

130 < P < 140 mm 2

140 < P < 150 mm 1

150 < P < 160 mm 1

160 < P < 170 mm 1

170 < P < 180 mm 2

180 < P < 190 mm 1

190 < P < 200 mm 0

P < 200 mm 0

Total 8279

Frequência (F): probabilidade.

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Frequência (F): probabilidade.

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Microdrenagem urbana: 2 a 5 anos;

Drenagem urbana: 5 a 25 anos;

Pontes e bueiros com pouco trânsito: 10 a 100 anos;

Pontes e bueiros com muito trânsito: 100 a 1000 anos;

Grandes obras hidráulicas: 10.000 anos

Período de retorno (T):

16/03/2016

15

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Valores mínimos de T para projetos de barragens:

Maior altura do barramento – H (m)

Região de influência a jusante

Sem risco para habitação ou pessoas

Com risco para habitação ou pessoas

H ≤ 5 100 anos 500 anos

5 < H ≤ 10 500 anos 1.000 anos

H > 10 1.000 anos 10.000 anos

Período de retorno (T):

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Exemplo hipotético:

Precipitação

Chuva crítica para Mossoró Ip >= 48 mm/h.

Contagem chuvas superiores à chuva crítica ocorridas anualmente nos últimos 30 anos: 5.

Frequência de chuvas iguais ou superiores à crítica (F): 5 vezes em 30 observações (anos).

Probabilidade (P) da chuva crítica ocorrer: F/N = 5/30 = 0,1666.

Período de retorno (T) da chuva crítica: 1/P = 1/0,1666 = 6 anos.

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Chuva horária; Total de chuva diária; Total de chuva semanal; Total de chuva quinzenal; Total de chuva mensal; Total de chuva anual; Média diária mensal; Média diária anual; Média do total mensal anual (meses de anos diferentes); Média do total anual; Entre outras.

Escalas de chuva:

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Total anual:

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Total anual:

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Média anual:

16/03/2016

16

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Média anual:

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Total mensal:

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Média mensal anual:

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Média mensal anual:

Precipitação

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

MEDIÇÃO E ANÁLISE DE DADOS DE CHUVA

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Pluviômetros;

Pluviógrafos;

Sensores pluviométricos; Radares meteorológicos;

Satélites;

Entre outros.

Medição de dados de chuva:

16/03/2016

17

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Pluviômetros:

São aparelhos medidores de formato cilíndricos (com área que pode variar de 100, 200, 400 (Ville de Paris) ou 1000 cm2) colocado de 1 a 1,5 m do solo, livre de obstruções.

Valores com precisão de décimo de milímetro obtidos por:

Em que, V é o volume em cm3 e A é a área cm2.

A

V x 10P

.

h

D >2h

obst

ruçã

o

1,5

m

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Pluviômetros:

Ville de Paris

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Pluviômetros:

Pluviômetro Tipo Hellmann

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Pluviômetros:

Pluviômetro Tipo Hellmann

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Pluviômetros:

Tipo Therené ou Paulista

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Pluviômetros:

São medidores sem registradores;

Dados coletados pelo observador 1 vez ao dia (pela manhã). Em algumas entidades utiliza-se duas vezes ao dia;

O totalizador de um dia não permite conhecer como a precipitação se distribui ao longo do dia;

Fontes de erros: anotações, somar a medição de precipitações altas (valores de 20 mm).

16/03/2016

18

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Pluviômetros: As medições são pontuais;

O recipiente deve ter volume suficiente para conter as maiores precipitações dentro do intervalo de tempo das leituras;

O valor medido num dia t+1 é transferido para o dia t, pois a maior parte do tempo ocorreu no dia anterior. Isto pode ser fonte de erro de processamento de dados.

Dia t Dia t+1

Leitura 7:00am Período de totalização

do dia t

Chuva de 1 dia X Chuva de 24 horas Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Dados Pluviométricos:

Dados pluviométricos históricos de cerca de 8800 estações do Brasil podem ser obtidos:

-Sistema de Informações Hidrológicas (http://hidroweb.ana.gov.br)

-Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos (http://www.ana.gov.br/portalsnirh)

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Exemplo prático de Pluviômetros:

Determine a lâmina precipitada num período de 24 horas, no qual utilizou-se, como um pluviômetro “artesanal”, uma lata de leite em pó, cuja 'boca' possui diâmetro de 11 cm e após as 24 horas, foi registrado, com auxílio de uma proveta, um volume de 425 mililitros (ml) de água dentro da lata:

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Pluviógrafos:

Objetivo: O equipamento automático pode ser necessário devido a falta de observador e dificuldade de acesso e/ou para conhecer a distribuição da precipitação dentro do dia, ou seja, o equipamento mede variação temporal da lâmina precipitada

Sensores: com cubas basculantes ou reservatório com sifão;

Registradores: (a) mecânico: tambor com relógio e pena sobre papel milimetrado; (b) eletrônico.

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Pluviógrafos:

Transmissão: coleta por observador, equipe de campo; transmissão por rádio, satélite e celular, dependendo da distância e custos;

Os aparelhos mecânicos apresentam maior custo de processamento e erros;

Os equipamentos digitais sofrem de interferências, principalmente impactos dos raios.

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Pluviógrafos: reservatório com sifão.

16/03/2016

19

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Tipo “monjolo”

Pluviógrafos: reservatório com sifão.

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Tempo (horas)

Prec

ipit

açõe

s (m

m)

Pluviograma:

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Pluviógrafos: cubas basculantes.

CAPTAÇÃO: A água que entra pela boca do pluviômetro passa pelos funis superior e inferior.

REGISTRO: Cada vez que uma das duas básculas excede a capacidade de receber água e transborda, elas se movimentam como uma gangorra e emitem sinais elétricos para a estação meteorológica – que, posteriormente, são transmitidos a uma rede de computadores.

SAÍDA: Por estes tubos laterais escoa a água da chuva, já registrada pelo equipamento.

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Pluviograma:

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Pluviógrafo X Pluviômetro

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Chuva de 24 horas X Chuva de 1 dia;

Pluviômetros são mais baratos e menor custo de operação;

Pluviógrafos quando é desejada a intensidade da chuva (variabilidade temporal da chuva ao longo do dia);

Autonomia e automatização dos aparelhos;

Rede de observação (OMM);

Regiões de difícil acesso.

Pluviógrafo X Pluviômetro

16/03/2016

20

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Fontes de erros nas leituras:

Obstruções físicas tais como árvores, edifícios, muros, etc;

Perda, por evaporação, de parte da precipitação captada (funil-tela);

Perda de parte da precipitação pela aderência às paredes do recipientes e das provetas medidoras;

Erros de leitura na medição do volume da água coletada;

Respingos da chuva de dentro para fora ou de fora para dentro do recipiente.

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Fontes de erros nas leituras:

FONTES % DO ERRO TOTAL

Evaporação 1

Aderência 0,5

Inclinação do pluviômetro 0,5

Respingos 1

Outros 0,5

Vento 5 a 80

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Sensores pluviométricos:

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Pluviógrafo com Telemetria:

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Radar meteorológico:

A palavra RADAR é da expressão inglesa RAdio Detection And Ranging;

Equipamento em terra utiliza sensores para estimar a variabilidade temporal e espacial dos processos de chuva;

Vantagens de ter melhor resolução espacial;

Alto custo de operação do sistema .

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Radar meteorológico:

16/03/2016

21

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Radar meteorológico:

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Radar meteorológico:

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Satélite:

Satélite: utiliza a freqüência de sensores para estimar temperatura das nuvens e outras características, como o brilho no topo da nuvem, para estimar a chuva;

Quanto mais quente a nuvem “parece”, mais água ela contém;

Bons resultados com Tropical Rainfall Measuring Mission (TRMM) em climas tropicais;

Boa resolução espacial se comparadas as medidas pontuais das medidas de terra dos pluviômetros;

Pode ter limitado resultados pontuais .

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Satélite:

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Satélite:

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

4/6/1998 4/7/1998 3/8/1998 2/9/1998 2/10/1998 1/11/1998

Pre

cip

itação

diá

ria (

mm

)

Chuva média interpolada dos postos

Chuva média do TRMM

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Satélite:

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

4/6/1998 4/7/1998 3/8/1998 2/9/1998 2/10/1998 1/11/1998

Pre

cip

itação

diá

ria (

mm

)

Chuva média interpolada dos postos

Chuva média do TRMM Diferença nas magnitudes

Satélite “atrasa”

Satélite “adianta”

Estiagem bem representada

16/03/2016

22

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Variabilidade das chuvas:

Espacial: característica inerente às precipitações sendo influenciada pelo relevo e é representada pelas isoietas.

Temporal: característica inerente ao clima predominante nas diferentes regiões e é representada por hietogramas.

Influenciada por:

- Latitude e altitude; - Distância do mar ou outras fontes de umidade; - Orientação das encostas; - Vegetação.

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Variabilidade das chuvas:

Isoietas

Hietograma

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Variabilidade das chuvas:

Uma série de precipitações ao longo do tempo deve definir a duração dos intervalos, por exemplo: diária, mensal ou anual;

A série de precipitações mensais permite caracterizar a sazonalidade climática do local;

A série de precipitações totais anuais caracteriza a série de longo período de chuvas de um local;

A série de um local não significa a ocorrência sobre uma determinada área.

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

É bastante difícil a aquisição de dados de chuva de boa qualidade, embora a medições e os aparelhos sejam simples.

Por isso, é muito raro encontrar uma série de dados pluviométricos e/ou pluviográficos confiáveis.

NECESSIDADE DE ANÁLISE DE CONSISTÊNCIA E PREENCHIMENTO DE FALHAS.

Análise preliminar dos dados de chuva:

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Análise dos dados de chuva:

1. Preparo preliminar de dados;

2. Preenchimento de falhas;

3. Verificação de homogeneidade (análise de consistência – dupla massa).

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Preparo preliminar dos dados:

Eliminação e correção de erros grosseiros ou sistemáticos:

- Observações marcadas em dias que não existem (ex.: 31 de abril); - Quantidades absurdas (ex.: 500 mm em um dia); - Erro de transcrição (ex.: 0,36 mm em vez de 3,6 mm).

No caso de pluviógrafos, para verificar se não houve defeito na sifonagem, acumula-se a quantidade precipitada em 24 horas e compara-se com a altura lida no pluviômetro que fica ao lado.

16/03/2016

23

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Preenchimento de falhas:

Falhas: ausência de observações humanas ou por defeitos dos aparelhos;

Necessárias séries contínuas de dados;

Registros de pelo menos 3 estações pluviométricas;

Não se preenche falhas de dados diários;

Métodos:

1. Média aritmética; 2. Ponderação regional; 3. Regressão linear; 4. Ponderação regional com base em regressões lineares.

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Média aritmética:

X1

X2

X3

Y

3

1309780P

iY

PY Px1 Px2 Px3

120 74 85 122

83 70 67 93

55 34 60 50

Pyi 80 97 130

89 67 94 125

100 78 111 105

mm 102,33PiY

n

Px

P

n

1i

i

Yi

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Ponderação regional:

Utilizado para precipitação e duração superior a 1 semana. Preferencialmente com duração superior a 1 mês, ideal para séries mensais e anuais;

Preenchimento com base em postos vizinhos:

Postos vizinhos utilizados: intervalo mínimo de 30 anos e climaticamente homogêneos;

No Brasil normalmente não existe problema quanto à existência de grandes discrepâncias climatológicas devido à proximidade dos postos.

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Ponderação regional:

X1

X2

X3

Y

Y

X

X

X

X

X

X

Y PP

P

P

P

P

P

3

1P

3

3

2

2

1

1

i

PY Px1 Px2 Px3

120 74 85 122

83 70 67 93

55 34 60 50

Pyi 80 97 130

89 67 94 125

100 78 111 105

89,4 67,2 85,7 104,2 mm 106,43PiY

4,892,104

130

7,85

97

2,67

80

3

1P

iY

1XP2XP

3XPYP

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Regressão linear:

Se a correlação entre as chuvas de dois postos próximos é alta, eventuais falhas podem ser corrigidas por uma correlação simples.

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

X1

X2

X3

Y

PY Px1 Px2 Px3

120 74 85 122

83 70 67 93

55 34 60 50

Pyi 80 97 130

89 67 94 125

100 78 111 105

Regressão linear:

0,4041RPP :Regressão 2

XY 2

0,7362RPP :Regressão 2

XY 3

0,7431RPP :Regressão 2

XY1

mm 107,38Pi

Y 13,978P 1,1675 P1i

XY

Melhor correlação dos postos vizinhos...

16/03/2016

24

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

X1

X2

X3

Y

Regressão linear:

mm 107,38PiY

Média aritmética:

Ponderação regional:

Comparação de métodos:

mm 106,43PiY

mm 102,33PiY

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Verificação de homogeneidade (análise de consistência):

Feita após preenchimento de falhas; Curva de Duplas Massas ou Curva Dupla Acumulativa (apenas para séries mensais e anuais);

Escolhe-se um ou vários postos de uma região homogênea sob o ponto de vista meteorológico;

1. Acumula-se os totais anuais de cada posto; 2. Calcula-se a média aritmética dos totais precipitados em cada ano em todos os postos. 3. Acumula-se essa média; 4. Plota-se os valores acumulados da média dos postos (eixo da abscissa) contra os totais acumulados de cada um deles (eixo da ordenada).

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Verificação de homogeneidade (análise de consistência):

Acumulado da média da região (mm)

Acum

ula

do do p

osto

X (

mm

)

Consistência

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Verificação de homogeneidade (análise de consistência):

Acumulado da média da região (mm)

Acum

ula

do do p

osto

Y (

mm

)

Inconsistência

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Verificação de homogeneidade (análise de consistência):

Mudança de tendência indica inconsistência que pode variar de acordo com o problema;

A plotagem é realizada para valores mensais e no sentido do passado para o presente, quando os valores presentes serão corrigidos;

Motivos: erros grosseiros, erros de transcrição,”férias" do observador, crescimento de árvores em torno do pluviômetro, mudança de posição, etc.

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Verificação de homogeneidade (análise de consistência):

16/03/2016

25

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Verificação de homogeneidade (correção de tendência):

O valor corrigido é obtido por:

Pc = Pa* + Ma/Mo x DPo

Pc = precipitação corrigida;

Pa = precipitação quando ocorre a alteração;

Ma e Mo: inclinações das retas desejada e a ser corrigida;

DPo = Po - Pa*

Po é o valor a ser corrigido.

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

A figura abaixo mostra a chuva média uniforme e a superfície de ocorrência da chuva;

Os métodos procuram estabelecer um cálculo que estime o valor médio uniforme;

Chuva média na Bacia Hidrográfica:

Transformar medidas pontuais em espaciais;

MÉTODOS:

1. Média Aritmética; 2. Polígonos de Thiessen; 3. Isoietas; 4. Interpoladores.

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

É o método mais simples;

Média aritmética simples de um certo número de dados medidos por diferentes pluviômetros:

Limitações: distribuição uniforme dos postos dentro da BH, áreas planas ou com relevo muito suave;

Recomenda-se que o método da média aritmética somente seja aplicado quando:

Média Aritmética:

n

P

P

n

1i

i

0,50P

)P(P mínmáx

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Média Aritmética:

Média dentro da bacia:

Pmédia = 60 mm

Média no entorno::

Pmédia = 79,4 mm

50 mm

120 mm

70 mm

82 mm 75 mm

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Método utilizado mesmo quando não há distribuição uniforme dos postos pluviométricos dentro da BH;

Atribuir um fator de peso aos totais precipitados medidos em cada posto pluviométrico, sendo estes pesos proporcionais à área de influência de cada posto;

Áreas de influência são determinadas em mapas que contenham a localização dos postos.

Polígonos de Thiessen:

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

A precipitação média é calculada pela média ponderada entre a precipitação de cada posto pluviométrico e o peso a ela atribuído (área);

Mais preciso que o Método da Média Aritmética;

Mais utilizado;

Não leva em consideração a influência do relevo na precipitação média.

Polígonos de Thiessen:

16/03/2016

26

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Polígonos de Thiessen:

Em que, Ai: área de influência de cada posto; Pi: precipitação de cada posto.

n

1i

i

n

1i

ii

A

AP

P

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Polígonos de Thiessen:

50 mm

120 mm

70 mm

82 mm 75 mm

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Polígonos de Thiessen:

50 mm

120 mm

70 mm

82 mm 75 mm

1. Linha que une dois postos pluviométricos próximos...

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Polígonos de Thiessen:

50 mm

120 mm

70 mm

82 mm 75 mm

2. Linha que divide ao meio a linha anterior...

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Polígonos de Thiessen:

50 mm

120 mm

70 mm

82 mm 75 mm

Região de influência dos postos!

2. Linha que divide ao meio a linha anterior...

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Polígonos de Thiessen:

50 mm

120 mm

70 mm

82 mm 75 mm

3. Linhas que unem todos os postos pluviométricos vizinhos...

16/03/2016

27

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Polígonos de Thiessen:

50 mm

120 mm

70 mm

82 mm 75 mm

4. Linhas que dividem ao meios todas as anteriores... 50 mm

120 mm

70 mm

82 mm 75 mm

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Polígonos de Thiessen:

5. Influência de cada um dos postos pluviométricos...

50 mm

120 mm

70 mm

82 mm 75 mm

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Polígonos de Thiessen:

5. Influência de cada um dos postos pluviométricos... 50 mm

120 mm

70 mm

82 mm 75 mm

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Polígonos de Thiessen:

5. Influência de cada um dos postos pluviométricos...

50 mm

120 mm

70 mm

82 mm 75 mm

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Polígonos de Thiessen:

5. Influência de cada um dos postos pluviométricos... 50 mm

120 mm

70 mm

82 mm 75 mm

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Polígonos de Thiessen:

5. Influência de cada um dos postos pluviométricos...

16/03/2016

28

50 mm

120 mm

70 mm

82 mm 75 mm

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Polígonos de Thiessen:

5. Influência de cada um dos postos pluviométricos...

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Polígonos de Thiessen:

40%

30%

15%

10%

5%

50 mm

120 mm

70 mm

82 mm 75 mm

Pmédia = 73 mm

n

1i

i

n

1i

ii

A

AP

P

5. Influência de cada um dos postos pluviométricos...

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Comparação média aritmética X Thiessen:

Média dentro da bacia:

Pmédia = 60 mm

Média no entorno::

Pmédia = 79,4 mm

Polígono de Thiessen:

Pmédia = 73 mm

50 mm

120 mm

70 mm

82 mm 75 mm

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Método das Isoietas:

Método mais preciso para estimativa da precipitação média em uma bacia hidrográfica;

Ao invés de dados de precipitação oriundos de postos pluviométricos isolados, usa-se curvas que unem pontos de igual precipitação (isoietas);

A precipitação média é calculada ponderando-se a precipitação média entre isoietas sucessivas pela área entre estas.

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Método das Isoietas:

n

1i

i

n

1i

i1ii

A

A2

PP

P

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Método das Isoietas:

n

1i

i

n

1i

i1ii

A

A2

PP

P

16/03/2016

29

n

1i

i

n

1i

i1ii

A

A2

PP

P

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Método das Isoietas:

2 ha 11 ha

10 ha

12 ha

15 ha

9 ha

6 ha

Pmédia = 48,5 mm

Σ(Pmédia)xA = (2x32,5) + (11x37,5) + (10x42,5) + (12x47,5) + (15x52,5) + (9x57,5) + (6x62,5)

ΣA = 65 ha

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Outros interpoladores:

INVERSO QUADRADO DA DISTÂNCIA:

- Pondera de acordo com a distância dos postos.

KRIGING (GEOESTATÍSTICA):

- Pondera de acordo com a distância;

- Função de ponderação não é pré-definida, mas surge a partir da análise espacial dos dados.

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Método Vantagens Desvantagens

Média aritmética

- Mais simples; - Se o número de pluviômetro for adequado e se estes se encontram bem distribuídos ao longo da área, apresenta boa estimativa; - Em áreas montanhosas só dá bons resultados se o fator topográfico for levado em conta na localização dos pluviômetros.

- Se há poucos pluviômetros e se a distribuição destes não for adequada os resultados não serão confiáveis; - Requer maior número de pluviômetros para uma mesma precisão, em comparação com os demais métodos.

Thiessen

- Proporciona resultados mais precisos do que os obtidos pela média aritmática; - Não é influenciado pela distribuição desuniforme dos pluviômetros; - Os pluviômetros colocados fora, mas próximos aos limites da área, podem ser utilizados nos cálculos.

- Muito trabalhoso; - Os polígonos devem ser refeitos quando ocorre uma mudança na rede de pluviômetros.

Isoietas

-Teoricamente é o mais preciso; - Permite a visualização da variação espacial da precipitação ao longo da área; - Os pluviômetros colocados fora, mas próximos aos limites da área, também podem ser utilizados nos cálculos.

- É o mais trabalhoso dos métodos; - Requer muita prática; - O procedimento de cálculo pode ter erro subjetivo.

Comparação de métodos:

Precipitação

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

CHUVAS INTENSAS

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Chuvas intensas (precipitações máximas):

Conjunto de chuvas originadas de uma mesma perturbação meteorológica, cuja intensidade ultrapasse um certo valor registrado anteriormente;

São processos totalmente aleatórios;

A duração destas precipitações varia desde alguns minutos ou horas (convectivas) até algumas dezenas de horas (frontais) e a área atingida pelas mesmas pode variar desde alguns poucos hectares (convectivas) até milhares de quilômetros quadrados, como ocorre com as chuvas frontais.

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Chuvas intensas (precipitações máximas):

Duração Precipitação (mm) Local e data

1 minutos 38 Guadeloupe/1970

15 minutos 198 Jamaica/1916

30 minutos 280 China/1974

60 minutos 401 China/1975

10 horas 1400 China/1977

24 horas 1825 Ilhas Reunião/1966

12 meses 26461 Índia/1861

Chuvas mais intensas já registradas no mundo (adaptado de Ward e Trimble, 2003)

16/03/2016

30

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Chuvas intensas (precipitações máximas):

O conhecimento das chuvas intensas é importante para a realização de diversos estudos relacionados ao manejo de bacias hidrográficas, como estimativa de escoamento superficial, previsão de enchentes, dimensionamento de obras hidráulicas, etc;

Para o estudo de chuvas intensas é necessário conhecer a relação entre três características fundamentais da precipitação: intensidade, duração e frequência.

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Chuvas intensas (precipitações máximas):

As chuvas intensas são as causas das cheias e as cheias são causas de grandes prejuízos quando os rios transbordam e inundam casas, ruas, estradas, escolas, podendo destruir plantações, edifícios, pontes etc. e interrompendo o tráfego;

As cheias também podem trazer sérios prejuízos à saúde pública ao disseminar doenças de veiculação hídrica.

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Chuvas intensas (precipitações máximas):

Por estes motivos existe o interesse pelo conhecimento detalhado de chuvas máximas (intensas);

O problema da análise de frequência de chuvas máximas é calcular a precipitação P que atinge uma área A em uma duração D com uma dada probabilidade de ocorrência em um ano qualquer;

A forma de relacionar parte destas variáveis é a curva de Intensidade – Duração – Frequência (curva IDF).

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

A curva IDF é obtida a partir da análise estatística de séries longas de dados de um pluviógrafo (mais de 15 anos, pelo menos). A metodologia de desenvolvimento da curva IDF baseia-se na seleção das maiores chuvas de uma duração escolhida (por exemplo 15 minutos) em cada ano da série de dados;

Determinação pontual para cada posto pluviográfico;

Existem várias metodologias adaptadas para determinação com dados de pluviômetros (Pfafstetter, 1957; DAEE-CETESB, 1980; Método de Bell)

Curva IDF:

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Com base numa série de tamanho N (número de anos) é ajustada uma distribuição de frequências que melhor represente a distribuição dos valores observados;

O procedimento é repetido para diferentes durações de chuva e os resultados são resumidos na forma de um gráfico, ou equação, com a relação das três variáveis: Intensidade, Duração e Frequência (ou tempo de retorno).

Curva IDF:

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Gráfico de IDF:

A intensidade da precipitação decresce com o aumento da duração e aumenta com a redução da frequência, ou seja, com o aumento do período de retorno.

16/03/2016

31

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Equações de chuvas intensas:

Onde,

im: intensidade da chuva (mm h-1);

k, a, b, c: parâmetros (adimensionais) característicos da IDF de cada local;

T: período de retorno, em anos;

t: duração da chuva, em minutos.

Equação de chuvas intensas (IDF):

ca

mbt

Tki

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

A obtenção dos coeficientes k, a, b e c é feita por intermédio da análise e ajuste estatístico de dados pluviográficos relativos a um posto de coleta (estação pluviográfica) específico;

Exige um exaustivo trabalho de tabulação, análise e interpretação de uma grande quantidade de pluviogramas, além do ajuste estatístico dos dados obtidos.

Determinação da equação de IDF:

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

1. Obtenção de pluviogramas;

2. Determinação de intensidades máximas anuais de precipitações para durações de 5, 10, 15, 20, 25, 30 minutos e 1, 2, 4, 6, 8, 12, 16, 18, 20 e 24 horas.

3. Obter o melhor ajuste de uma distribuição estatística probabilísticas para cada duração (Gumbel, Log-Normal a dois e três parâmetros, Pearson, Log-Pearson II);

4. Seleção da distribuição estatística: Kolmogorov-Smirnov ou Qui-quadrado;

Determinação da equação de IDF:

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

5. Determinar a chuva para cada tempo de retorno T em cada duração (t);

6. Gerar a tabela tempo de retorno (anos), duração (min ou h), chuva (mm);

7. Ajustar uma equação aos dados do tipo regressão não-linear Gauss-Newton com T (2, 5, 10, 20, 50 e 100 anos) e t (5, 10, 15, 20, 25, 30 minutos e 1, 2, 4, 6, 8, 12, 16, 18, 20 e 24 horas).

Determinação da equação de IDF:

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Curva IDF:

ca

mbt

Tki

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Determinação de k, a, b, c:

16/03/2016

32

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Determinação de k, a, b, c:

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Equações de chuvas intensas no NORDESTE:

Cidades k a b c

Aracajú (SE) 834,205 0,179 15 0,73

Fortaleza (CE) 1408,613 0,167 12,0 0,78

João Pessoa (PB) 886,013 0,164 20,0 0,73

Maceió (AL) 1012,415 0,181 30,0 0,75

Natal (RN) 828,967 0,168 16,0 0,74

Olinda (PE) 1407,922 0,192 26,0 0,78

Salvador (BA) 1100,949 0,172 25,0 0,76

Teresina (PI) 1248,856 0,177 10,0 0,77

Patos (PB) 429,000 0,639 12,0 0,74

João Pessoa (PB) 290,000 0,398 10,0 0,60

Campina Grande (PB) 334,000 0,227 5,0 0,60

Caruaru (PE) 805,19 0,170 10,5 0,75

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Variabilidade de chuvas intensas (máximas):

Distribuição espacial: distribuição máxima espacial durante o evento e duração crítica: Curva Precipitação x Duração x área;

Necessita dados de vários pluviógrafos para vários eventos;

Estas informações são raras dentro da realidade brasileira;

Curva utilizada para transformar precipitação pontual sobe uma área de bacia maior, considerando a redução espacial.

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Variabilidade de chuvas intensas (máximas):

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Conclusões:

- Precipitação e a sua duração;

- A relação entre os tipos e épocas das precipitações e as inundações das bacias; - Variação aleatória ao longo dos anos, sua distribuição temporal e espacial; - Uso de estatística para a sua estimativa; - Previsão de precipitação (QPF) é uma técnica em desenvolvimento e importante para o gerenciamento de eventos críticos; - Quem sabe poderemos recuperar o conhecimento do passado com modelos climáticos?

Prof. Luis César www.luiscesarlemos.webnode.com

Precipitação

Próximo assunto:

Interceptação