levando a lÍngua inglesa para comunidades mais … · descontextualizados, seguidos de...

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LEVANDO A LÍNGUA INGLESA PARA COMUNIDADES MAIS CARENTES (INCLUSÃO SOCIAL ATRAVÉS DA LÍNGUA ESTRANGEIRA). 1. Característica da situação anterior. Cidade pólo da região sudoeste de Mato Grosso do Sul, JARDIM está situado na região da Serra da Bodoquena no entroncamento das Brs 267 e 060, que liga ao município às cidades da região, com Bela Vista, Porto Murtinho, Bonito entre outras. Palco da Guerra da Tríplice Aliança no memorável episódio da Retirada da Laguna no ano de 1867, Jardim foi criada em 14 de maio de 1946 pelo Major Alberto Rodrigues da Costa, na época Comandada da CER3 Comissão de Estrada e Rodagem nº 3 que, para atender os servidores da Comissão, adquiriu 39 ha. de terras da Fazenda Jardim, cujo proprietário na época era Fábio Martins Barbosa. Loteou essas terras e vendeu os lotes aos seus funcionários. O dia que assinou a ata de entrega dos lotes é considerado a data de criação do município. Sua emancipação política ocorreu em 11 de dezembro de 1953, através da Lei Estadual nº 677/53. Hoje a população total é de aproximadamente 24.589 habitantes, sendo que 21.757 residem na zona urbana, e 2.589 na zona rural. A densidade demográfica é de 8,99 Km². A extensão territorial do município é de 2.507 Km². O clima é subtropical úmido, e as temperaturas variando entre 15º e 39° centígrados, precipitação pluviométrica de 1.750 a 2.000 mm/ano. O setor econômico em que se apresenta o maior porcentual de receitas é o comércio, com 79,24%, seguido da pecuária com 8, 25%, a agricultura com 5, 19% e demais setores com 7,32%. (fonte IBGE, 2010). Outro setor que vem crescendo e merece destaque é o turismo, a grande quantidade de calcário encontrado no solo, permite a formação de rios com águas cristalinas e aparecimento de grutas e cachoeiras. É cada vez freqüente a procura por passeios de exploração e contemplação. É o Ecoturismo como fonte de renda, mas sem deixar de preservá-la. Em recente passagem pela região, o humorista Hélio de La Penha, escreveu um artigo ressaltando as belezas de Jardim, e deixou bem claro onde se localiza estas belezas, veja o que ele escreveu:

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LEVANDO A LÍNGUA INGLESA PARA COMUNIDADES MAIS

CARENTES (INCLUSÃO SOCIAL ATRAVÉS DA LÍNGUA

ESTRANGEIRA).

1. Característica da situação anterior.

Cidade pólo da região sudoeste de Mato Grosso do Sul, JARDIM está situado na

região da Serra da Bodoquena no entroncamento das Brs 267 e 060, que liga ao município às

cidades da região, com Bela Vista, Porto Murtinho, Bonito entre outras.

Palco da Guerra da Tríplice Aliança no memorável episódio da Retirada da Laguna

no ano de 1867, Jardim foi criada em 14 de maio de 1946 pelo Major Alberto Rodrigues da

Costa, na época Comandada da CER3 – Comissão de Estrada e Rodagem nº 3 que, para

atender os servidores da Comissão, adquiriu 39 ha. de terras da Fazenda Jardim, cujo

proprietário na época era Fábio Martins Barbosa. Loteou essas terras e vendeu os lotes aos

seus funcionários. O dia que assinou a ata de entrega dos lotes é considerado a data de criação

do município. Sua emancipação política ocorreu em 11 de dezembro de 1953, através da Lei

Estadual nº 677/53.

Hoje a população total é de aproximadamente 24.589 habitantes, sendo que 21.757

residem na zona urbana, e 2.589 na zona rural. A densidade demográfica é de 8,99 Km². A

extensão territorial do município é de 2.507 Km². O clima é subtropical úmido, e as

temperaturas variando entre 15º e 39° centígrados, precipitação pluviométrica de 1.750 a

2.000 mm/ano. O setor econômico em que se apresenta o maior porcentual de receitas é o

comércio, com 79,24%, seguido da pecuária com 8, 25%, a agricultura com 5, 19% e demais

setores com 7,32%. (fonte IBGE, 2010).

Outro setor que vem crescendo e merece destaque é o turismo, a grande quantidade

de calcário encontrado no solo, permite a formação de rios com águas cristalinas e

aparecimento de grutas e cachoeiras. É cada vez freqüente a procura por passeios de

exploração e contemplação. É o Ecoturismo como fonte de renda, mas sem deixar de

preservá-la.

Em recente passagem pela região, o humorista Hélio de La Penha, escreveu um

artigo ressaltando as belezas de Jardim, e deixou bem claro onde se localiza estas belezas,

veja o que ele escreveu:

E eu achando que Bonito ficava no Pantanal... O Pantanal é bonito, mas Bonito é no

Cerrado! E o famoso Rio da Prata não fica em Bonito - fica em Jardim! Aliás, a flutuação

que se faz nesse rio acontece mesmo no afluente Olho d'Água... “Fora isso, não tem erro: vai

pra lá que a diversão é garantida”, inicia o texto do humorista.

Sobre o Rio da Prata Hélio descreve "Se você for a Bonito, não vai escapar da pergunta: fez a

flutuação no Rio da Prata? Não pode titubear na resposta. Se pulou esse programa, vai se

arrepender pro resto da vida...".

Ele realizou o passeio de flutuação no Recanto Ecológico Rio da Prata.

Já na Lagoa Misteriosa, Hélio realizou o mergulho com cilindro e deixou uma dica: "Pra

matar de inveja os seus amigos, não deixe de dar um mergulho na Lagoa Misteriosa... você

vai tirar a maior onda quando mostrar fotos boiando numa água tão azul quanto um grande

frasco de Oral B". (fonte Revista Viagem e Turismo, da Editora Abril).

(fonte Trilha Cultural)

(fonte site Trilha Cultural)

Ainda vale ressaltar outros pontos turísticos de grande importância, como: Buraco

das Araras.

Lagoa Misteriosa. Situada no município de Jardim, a 42 km de Bonito, a Lagoa Misteriosa fica no fundo de uma dolina, é uma lagoa de águas azuis impressionante. A visibilidade da água passa de 40 metros. Megulhadores profissionais já desceram a mais de 220 metros de profundidade nesta lagoa e não encontraram fundo. As suas águas vêm de fontes subterrâneas, elas circulam lentamente.

Recanto Ecológico Rio da Prata. A mata ciliar do Rio da Prata está à sua espera para uma caminhada onde se podem observar animais silvestres e árvores centenárias. A partir da nascente, você flutuará num imenso aquário de águas cristalinas, e se deslocará tranqüilamente em meio a dezenas de espécies de peixes e plantas aquáticas.

(fonte Trilha Cultural)

E o Balneário Municipal:

(fonte site da Prefeitura Municipal de Jardim)

Este é apenas um dos motivos de levar a Língua Inglesa a população mais carente da

nossa cidade. Outro fato que aconteceu que podemos levar em consideração a falta que uma

segunda língua nos faz, aconteceu na rodoviária aqui de Jardim, duas turistas Coreanas

querendo comprar passagens para Bonito e a vendedora de bilhete não conseguia entendê-la,

foi uma dificuldade a comunicação entre ambas as partes, vale ressaltar que as coreanas

falavam em Inglês.

Mas o nosso foco para o projeto são as escolas da periferia de Jardim, onde as aulas

de inglês estão condicionadas a carga horária reduzida e há muitos contratempos que

atrapalha o andamento da mesma, salas superlotadas, alunos que não se interessam pela

matéria, faltam de um livro didático adequado a sua realidade, giz e pouco domínio das

habilidades orais por parte da maioria dos professores.

Buraco das Araras É considerada a maior dolina da América Latina, possui cerca de 500 metros de diâmetro e 127 metros de profundidade. O nome Buraco das Araras surgiu em razão do grande número de araras que habitam o local. Há em seu interior fauna e flora bem particular, com ecossistema próprio e um grande lago habitado por Jacarés do papo amarelo. O lugar possui trilhas e mirantes para se observar a fauna e a flora.

Balneário Municipal.

Rio da Prata com águas cristalinas.

Oferece estrutura com restaurante,

lanchonete, salva-vidas,

churrasqueiras, sanitários, duchas,

estacionamento, quadra de areia,

área de gramado e acesso ao rio para

cadeirantes.

O mundo globalizado de hoje, nos aproxima de culturas e povos diferentes, por isso,

temos que preparar aprendizes para esta nova era. Os Parâmetros Curriculares Nacionais, não

deixa dúvida dessa importância, seja pelos motivos de natureza político-econômica, não deixa

dúvida sobre a necessidade de aprendê-lo.

“Não se pode ignorar o papel relativo que línguas estrangeiras diferentes têm em

momentos políticos diversos da história da humanidade (o latim na época do Império

Romano) e de países específico (o espanhol atualmente no Brasil)... a consciência dessas

questões deve ser tratada pedagogicamente em sala de aula ao se chamar a atenção para a

utilização do inglês no mundo contemporâneo Nas várias áreas da atividade humana.” (PCNs

1988).

Com certeza, se pedir para os alunos atuarem como etnógrafos e pedir para ele

listarem algumas palavras da língua inglesa, ele listaram pelo dez, pois muitas participam da

sua vida quase que diariamente, por exemplo: facebook, delete, control, shift, caps lock entre

outras.

Quero descrever minha recente experiência em sala de aula, como estagiário do curso

de Letras. Os alunos estão desmotivados, os horários são apertados, não dando tempo de fluir

as aulas de língua Inglesa, a professora não tem tempo de atender a todos os alunos e o

material didático não segue uma temática, ficando difícil sua compreensão, aula se torna

mecânica, sem dinâmica.

Portanto um projeto bem elaborado garantiria melhores condições para estes alunos,

o objetivo é facilitar a chegada de uma nova concepção de ensino, dinamizar para que eles

entendam melhor esta nova língua e principalmente eles consigam ver a importância dessa

língua em sua vida.

2. Descrição das práticas inovadoras:

2.1 Objetivos que se propõe e resultados visados:

Os acadêmicos do 3º ano do curso de Letras/inglês da UEMS, preocupados com a

qualidade do ensino de Língua Inglesa, queremos dar nossa pequena contribuição. Dentre

nossas ações, objetivou-se o Projeto Levando a Língua Inglesa para comunidades mais

carentes (inclusão social através da Língua Estrangeira), tem como finalidade oferecer o

ensino da língua inglesa a estudantes dos Anos do Ensino Fundamental, com os alunos da

Escola XXXXXXX. O espaço físico de realização do trabalho será nas dependências da

Escola, localizada em Jardim MS. O objetivo desse presente projeto é: Ensinar a língua

inglesa de uma forma agradável e conscientizar os alunos à importância de aprender outro

idioma. É inegável que a língua inglesa, esteja cada vez mais se tornando universal no Brasil,

pois o conhecimento em língua estrangeira é hoje considerado um direito, um requisito para o

exercício de uma cidadania plena, não apenas para os alunos em fase escolar, mas para a

maioria da população. Entretanto, para que se viabilize como um instrumento eficaz nesta

época em que se encurtam as distâncias físicas, mas, em muitos casos, se aprofundam as

distâncias sociais, é preciso pensar na construção de alternativas concretas que representem,

na prática, iniciativas de democratização em todos os níveis, e, relevantemente, no campo do

acesso ao conhecimento.

Neste sentido, o ensino de língua estrangeira deve apontar para uma perspectiva

plurilíngue, que considere as especificidades dos grupos com os quais atua. Não é somente o

universo populacional que deve ser alargado, mas também o campo das ofertas em língua

estrangeira, garantindo inclusão da diversidade cultural. A noção da diversidade cultural

torna-se negativa quando existe uma relação política, econômica e cultural com o país de

origem da língua, que pressupõe superioridade estrangeira e uma consequente geração de

complexo de inferioridade nacional.

O ensino da língua estrangeira com uma perspectiva democratizante deve contribuir

para superar esta relação, construindo uma visão intercultural que equilibre a valoração das

mais diversas contribuições culturais, mas negando a hierarquia entre as mesmas, como nos

lembra dos PCNs: “O ensino de uma língua estrangeira na escola tem um papel importante à

medida que permite aos alunos entrar em contato com outras culturas, com modos diferentes

de ver e interpretar a realidade”. Na tentativa de facilitar aprendizagem, no entanto, há uma

tendência a se organizar os conteúdos de maneira excessivamente simplificada, em torno de

diálogos pouco significativos para os alunos ou de pequenos textos, muitas vezes

descontextualizados, seguidos de exploração das palavras e das estruturas gramaticais,

trabalhamos em forma de exercícios de tradução, cópia, transformação e repetição. (PCNs

1998: p.54)

Com base nesse pressuposto, o ensino da língua estrangeira não é um “território

neutro” do saber, mas pode representar um campo fértil de atuação crítica, propositiva e

democratizante. Afinal, é a área por excelência que permitirá ao aluno das classes populares o

contato com outras culturas, uma abertura importante para acessar ao conhecimento universal

acumulado pela humanidade. Isto é claro, se os educadores tiverem a consciência da seriedade

de seu trabalho. Ou seja, fazer o aluno ver que as línguas estrangeiras não são um obstáculo às

trocas culturais, caso contrário o indivíduo estaria isolado em profunda solidão linguística - o

domínio exclusivo de seu idioma materno e os seres humanos, enquanto seres coletivos

estariam condenados a desentenderem-se. E o que vemos hoje é um mundo globalizado, que

nos permite o acesso à informação como nenhuma outra época.

2.2 Público-alvo da prática inovadora:

Este projeto de ação didática e pedagógica esta sendo elaborado para atender alunos de 5º

ao 9º Ano do ensino fundamental, podendo se expandir para Casas de Abrigo e entidades

que atende dependentes químicos, e tem como preocupação principal os interesses, as

necessidades e a realidade das pessoas que irão participar desse projeto.

2.3 Concepções e trabalho de equipe:

A língua inglesa é fruto de uma história complexa e enraizada num passado muito

distante. E a consolidação desse idioma como língua universal deve-se aos fatores históricos,

econômicos internacionais. Assim, o ensino e aprendizagem de Língua inglesa têm sido

desenvolvidos de diferentes maneiras ao longo da história, tanto no Brasil quanto em outros

países, na fala de Smith:

“O ensino de línguas estrangeiras é uma atividade que sempre existiu. No entanto,

ela se intensificou muito na segunda metade do século 20, em consequência dos

modernismos, do encurtamento das distâncias, da facilidade das comunicações e dos

meios de transporte, das viagens mais frequentes, do maior relacionamento entre os

povos, do comércio e do intercambio cultural”. (1990: p. 21)

Na concepção de Smith a ênfase na aprendizagem da língua, deve-se ao fato dela

possibilitar acesso à ciência e às tecnologias modernas, à comunicação intercultural e ao

mundo dos negócios, sendo indispensável sua aprendizagem para que as pessoas tenham

interação ao conhecimento em vários níveis tais como: nos meios de comunicação, nas

relações internacionais, nas áreas cientificas e no uso de tecnologias avançadas. Nessa mesma

concepção Verônica P. Totis, ou seja, em conformidade com Smith, justifica a importância do

ensino da língua inglesa, bem como:

“O ensino do inglês compromete-se, portanto, com um processo educacional mais

amplo, cooperando para alargar o horizonte do aprendiz, respeitando sua

individualidade e levando em conta suas necessidades e expectativas”. Capaz de

utilizar corretamente uma língua dominante, ele tem acesso a novos conhecimentos

(informações científica, tecnológica e cultural) que podem levá-lo a um

aprofundamento intelectual pelo estabelecimento de relações com outras áreas de

conhecimento. Conseqüentemente, terá condições de compreender e contribuir de

maneira ativa e integrada para a sociedade em que vive.

Nesta visão cabe ressaltar que a língua inglesa possibilita uma ampla visão de mundo,

bem como o desenvolvimento do indivíduo como cidadão ligado à comunicação global, pois

se o ser humano não se dispuser em aprender essa língua, provavelmente estará privado de se

inteirar no mundo contemporâneo como um todo, tanto da oportunidade ampla da

comunicação com outros indivíduos e também com outras culturas, como podemos observar

nos PCNs:

“A aprendizagem de línguas estrangeiras contribui para o processo educacional

como um todo, indo muito além da aquisição de um conjunto de habilidades

linguísticas. Leva a uma nova percepção da natureza da linguagem, aumenta a

compreensão de como a língua funciona e desenvolve maior consciência do

funcionamento da própria língua materna. Ao mesmo tempo, ao promover uma

apreciação dos costumes e valores de outras culturas ,contribui para desenvolver a

percepção da própria cultura por meio da compreensão da cultura estrangeira”.

(2001: p. 37)

O estudo da língua inglesa torna-se então, fundamental no processo construtivo do

aluno, como parte integrante da educação e através deste devemos conhecer também a

abordagem, os métodos e as razões que direcionam o ensino e aprendizagem da Língua

Inglesa, são essenciais e indispensáveis, pois são eles que constituem variáveis que

determinam uma aprendizagem eficaz do aluno.

Segundo Almeida Filho (1993), podemos definir a abordagem como um conjunto de

harmônico de pressupostos teóricos, princípios e crenças sobre o que é a linguagem, sobre o

que é aprender e ensinar, que orientam todo o processo global de ensino de línguas e que

englobam as fases de planejamento de curso, de produção e materiais, procedimentos

metodológicos e de avaliação. Diversos elementos se conjugam a fim de dar conta da

aprendizagem de uma língua estrangeira, mas considera-se que o “estar motivado para

aprender”, constitua a melhor forma de aprendizado, independente da metodologia a ser

utilizada. Acredita-se que para manter a motivação pela língua estrangeira em estudo, o aluno

precisa se engajar no processo tem de “aprender a aprender” e ser capaz de assumir uma parte

de responsabilidade por sua aprendizagem.

Nesta visão cabe ressaltar que a língua inglesa possibilita uma ampla visão de mundo,

bem como o desenvolvimento do indivíduo como cidadão ligado à comunicação global, pois

se o ser humano não se dispuser em aprender essa língua, provavelmente estará privado de se

inteirar no mundo contemporâneo como um todo, tanto da oportunidade ampla da

comunicação com outros indivíduos e também com outras culturas, como podemos observar

nos PCNs:

“A aprendizagem de línguas estrangeiras contribui para o processo educacional

como um todo, indo muito além da aquisição de um conjunto de habilidades

linguísticas. Leva a uma nova percepção da natureza da linguagem, aumenta a

compreensão de como a língua funciona e desenvolve maior consciência do

funcionamento da própria língua materna. Ao mesmo tempo, ao promover uma

apreciação dos costumes e valores de outras culturas, contribui para desenvolver a

percepção da própria cultura por meio da compreensão da cultura estrangeira”.

(2001: p. 37)

O estudo da língua inglesa torna-se então, fundamental no processo construtivo do

aluno, como parte integrante da educação e através deste devemos conhecer também a

abordagem, os métodos e as razões que direcionam o ensino e aprendizagem da Língua

Inglesa, são essenciais e indispensáveis, pois são eles que constituem variáveis que

determinam uma aprendizagem eficaz do aluno.

Segundo Almeida Filho (1993), podemos definir a abordagem como um conjunto de

harmônico de pressupostos teóricos, princípios e crenças sobre o que é a linguagem, sobre o

que é aprender e ensinar, que orientam todo o processo global de ensino de línguas e que

englobam as fases de planejamento de curso, de produção e materiais, procedimentos

metodológicos e de avaliação.

Diversos elementos se conjugam a fim de dar conta da aprendizagem de uma língua

estrangeira, mas considera-se que o “estar motivado para aprender”, constitua a melhor forma

de aprendizado, independente da metodologia a ser utilizada. Acredita-se que para manter a

motivação pela língua estrangeira em estudo, o aluno precisa se engajar no processo tem de

“aprender a aprender” e ser capaz de assumir uma parte de responsabilidade por sua

aprendizagem.

Sobre a aprendizagem, OLIVEIRA (1992: p. 33) salienta que :

“a aprendizagem desperta processos internos de desenvolvimento que somente

podem ocorrer quando o indivíduo interage com outras pessoas”. Assim, Alguma

das razões para o ensino da Língua Inglesa para aluno deriva-se da sua curiosidade,

sendo este um grande fator de motivação, que por sua vez, é essencial ao

aprendizado. As aulas de Língua Inglesa devem ser bastante lúdicas, principalmente

para as crianças mais jovens.

Sendo assim, uma verdadeira concepção de que o desenvolvimento cognitivo, parte do

processo de adaptação Ao mundo, requer formas interessantes de brincadeira, que obedecem a

convenções que se sofisticam com o tempo. Jogos são brincadeiras sofisticadas, que fazem

parte do dia a dia da criança e componentes fundamentais na criatividade da adaptação

evolutiva, Nunes (2002).

O ensino da LE desempenha um fator de que a aprendizagem de LE “(...) não é só um

exercício intelectual de aprendizagem de formas estruturais (...), é sim, uma experiência de

vida, pois amplia as possibilidades de se agir discursivamente no mundo”. (BRASIL, MEC,

1998, p. 38).

2.4 ações e etapas de implantações:

Com o anseio de alcançar os objetivos desta proposta pedagógica, pretendemos

desenvolver atividades que tornem a aprendizagem da Língua Inglesa prazerosa e eficiente,

tais como:

•Apresentação de fitas de vídeo com musicas e figuras para fixação da pronúncia e do

vocabulário;

•Apresentação de cartazes com figuras e respectivas denominações em inglês, lousa e giz para

melhor compreensão e assimilação dos conteúdos;

•Dinâmicas como “Warm up”, relacionada com o conteúdo no início das aulas para desinibir

os alunos;

•Respostas orais para estimular o desenvolvimento da oralidade;

•Jogo de bingo com palavras trabalhadas na aula e brincadeiras para melhorar a desenvoltura

do aluno e aprendizagem do conteúdo ministrado.

3. Recursos utilizados:

3.1 Descrição dos recursos humanos, financeiros, materiais, tecnológicos, entre outros:

Recursos humanos: Alunos do 3º ano do curso de Letra da UEMS, Professores e

Coordenadora (Universidade Estadual de Mato grosso do Sul).

Recursos financeiros: Recursos próprios, convênio com a UEMS, parcerias empresas

privadas e doações de simpatizantes.

Recursos de Materiais: Data show, giz, caneta para escrever em quadro branco,

cartolina, DVD, TV, papel A4 para impressão e aparelho de som entre outros.

3.2 Por que considera que houve utilização eficiente dos recursos na prática:

A implantação desse projeto nos bairros carentes de Jardim – MS trará vários

benefícios com sua implantação. A primeira é que as aulas nas escolas terão um salto na

qualidade e as professoras ganharão tempo para trabalhar com calma em sala de aula. O custo

para os alunos será de zero. A nossa proposta é que com este projeto poderemos formar várias

células de ensino de Língua Estrangeira pela cidade.

Outro sim, afirmo que tiraremos várias crianças das ruas, dando a elas a oportunidade

de entrar em contato com outras culturas.

4. Caracterização da situação atual:

4.1 Mecanismos ou métodos de monitoramento e avaliação de resultados e indicadores

utilizados:

Entendemos que nossa forma de interagir com o objeto mencionado anteriormente é

uma relação em que buscamos nele um entendimento mais eficaz. Dessa forma, não poderá

ser qualquer metodologia adotada que nos permitirá realizar este objetivo, mas sim um

método que seja definido a partir do próprio objeto. Pois como disse Habermas (1980: p.279):

“Sacrificada nos alteres de uma metodologia geral, a estrutura do objeto condena a teoria à

insignificância”. Na fala de Almeida filho:

“(...) o ensino de Língua Estrangeira equivale a métodos comunicativos, o ensino

comunicativo é aquele que organiza as experiências de aprender em termos de

atividades relevantes (...), para que o aluno se capacite a usar a língua-alvo para

realizar ações de verdade na interação com outros falantes-usuários dessa língua”.

(1993: p. 36)

Essa abordagem por sua vez, se compõe de um conjunto de disposições para que o

professor possa orientar todas as ações de ensinar uma língua estrangeira. A metodologia

utilizada para a aplicabilidade na execução desse projeto se dará através da Abordagem

Comunicativa, utilizando o método Áudio- Lingual, também não descartarmos a possibilidade

de estar utilizando, ou seja, dando ênfase em outras abordagens e métodos, pois haja vista que

os procedimentos de ensino da língua inglesa vão muito além de uma simples aula formal, no

entanto as abordagens e métodos que contribuem para compor esse cenário metodológico são

de suma importância no processo de ensino e aprendizagem.

Pretende-se também estar utilizando no início das atividades a serem desenvolvidas,

dinâmicas relacionadas ao conteúdo, visando desinibir os alunos para que haja durante as

atividades propostas, interação tanto com os alunos e com professor e também, De acordo

com os PCNs (1998), a avaliação é parte importantíssima no processo educacional, que vai

muito além da realidade tradicional, focalizando o próprio controle externo do aluno por meio

de notas e também os conceitos que não poderíamos deixar de abordá-los. Na fala de Luckse:

“A avaliação pode ser caracterizada como uma forma de ajuizamento da qualidade do

objeto avaliado, fator que implica uma tomada de posição a respeito do mesmo, para

aceita-lo ou para transformá-lo”. Em primeiro lugar, ela é um juízo de valor , o que

significa uma afirmação qualitativa sobre um dado objeto, a partir de critérios pré-

estabelecidos, por tanto se funda nas demarcações “físicas” do objeto .Em segundo

lugar, esse julgamento se faz com base nos caracteres relevantes da realidade (do

objeto da avaliação). Portanto, o julgamento, apesar de qualitativo, não será

inteiramente subjetivo. O juízo emergirá dos indicadores da realidade que delimitam

a qualidade efetivamente esperada do objeto. “São os “sinais” do objeto que eliciam

o juízo”. (1998: p.33)

Nesse mesmo sentido encontramos no livro “Escola Ciclada de Mato Grosso” a

seguinte afirmação: “A avaliação, assim entendida, reforça sua natureza de ser inerente à

ação, à ação intencional característica exclusiva do ser humano que deverá conduzi-lo

progressivamente constituir-se num sujeito autônomo, liberto para o conhecimento, um

pensador livre, crítico, criativo e responsável perante o contexto sócio, econômico, político e

cultural em que está inserido”. (2000: p. 179)

Com base nessa concepção a avaliação torna-se uma atividade indispensável no

processo de ensino e aprendizagem. Devemos ressaltar que o decurso de avaliação

em “Aprendendo inglês através do lúdico”, deverá ser levado em consideração o

desempenho de cada aluno durante a execução e empenho nas atividades propostas,

tanto a prática oral, o interesse e a participação de cada um.

Portanto e de acordo com os PCNs (p.79): “a função da avaliação é alimentar, sustentar e

orientar a ação pedagógica e não apenas constatar certo nível de conhecimento do aluno”...

Torna-se deste modo uma atividade iluminada e alimentadora do processo do ensino,

aprendizagem, uma vez que dá retorno ao professor sobre como melhorar a qualidade do

ensino, possibilitando correções no percurso, e retorno ao aluno sobre seu próprio

desenvolvimento”.

Após essa breve afirmação inserida nos PCNs, a avaliação ocorrerá através da

efetuação do processo gradativo e contínuo, em que estaremos analisaremos possíveis falhas e

oportunizando as correções necessárias, dessa forma as atividades realizadas no decorrer do

curso, ou seja, a participação tanto individual como coletiva dos alunos serão objetos de

avaliação.

4.2 Resultados quantitativos e qualitativos concretamente mensurados:

O maior beneficiário serão as crianças e adolescente que participarão do Projeto, será

um impacto em suas vidas ao entrar em contato com outras culturas, reduzirá o seu medo ao

entrar em contato com o novo. E nós do curso de Letras também teremos o nosso ganho, pois

aí começa a nossa vida como educadores, perderemos também o nosso medo e tabus que nos

rondam ao término do nosso curso.

Queremos constatar, através deste projeto, que as pessoas beneficiadas encontra-se

satisfeitas com o seu resultado, que com o passar do tempo elas consiga pronunciar algumas

palavras básicas, contar de 1 a 100 entre outras coisas.

5. Lições aprendidas:

5.1 Soluções adotadas para a superação dos principais obstáculos encontrados:

Sensibilização dos futuros acadêmicos da UEMS quanto a importância de se ter

um projeto que envolva a comunidade, levar até a população mais carente a Língua Inglesa, a

fim de conscientizar os munícipes de que o Inglês bate a sua porta, e este projeto vem

minimizar esta questão.

5.2 Fatores críticos de sucesso:

Foram as ações de mobilização social relacionadas abaixo

1. Estabelecer parceria com a UEMS, Escolas Municipais, Estaduais e Municipais, Casas de

Abrigo, entidades que cuidam de Dependentes Químicos e associação de Moradores.

2. Sensibilizar educadores da rede pública de ensino quanto a importância de se trabalhar a

Língua Estrangeira fora da escola.

5.3 Por que a prática pode ser considerada uma inovação:

Este projeto Levando a Língua Inglesa para comunidades mais carentes

(inclusão social através da Língua Estrangeira) tem com meta executar uma iniciativa de:

• Incentivar a prática da escrita de uma forma dinâmica e criativa, com atividades

diferenciadas e diversificadas;

• Conscientizar e motivar os alunos para a importância de aprender a Língua inglesa;

• Despertar o interesse do educando relacionado à pronúncia, através de diálogos e

conversações diretas;

• Demonstrar aos alunos, através da prática, a importância da pronúncia das palavras.

O projeto prioriza as necessidades apontadas pela comunidade e pelos profissionais

de educação nela envolvidas juntamente com atividades de Língua Estrangeira.