pronomes aspectos gramaticais

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PRÉ-VESTIBULAR LIVRO DO PROFESSOR GRAMÁTICA E REDAÇÃO Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br

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  • 1. PR-VESTIBULAR LIVRO DO PROFESSOR GRAMTICA E REDAO Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br

2. 2006-2008 IESDE Brasil S.A. proibida a reproduo, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorizao por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais. Produo Projeto e Desenvolvimento Pedaggico Disciplinas Autores Lngua Portuguesa Francis Madeira da S. Sales Mrcio F. Santiago Calixto Rita de Ftima Bezerra Literatura Fbio Dvila Danton Pedro dos Santos Matemtica Feres Fares Haroldo Costa Silva Filho Jayme Andrade Neto Renato Caldas Madeira Rodrigo Piracicaba Costa Fsica Cleber Ribeiro Marco Antonio Noronha Vitor M. Saquette Qumica Edson Costa P. da Cruz Fernanda Barbosa Biologia Fernando Pimentel Hlio Apostolo Rogrio Fernandes Histria Jefferson dos Santos da Silva Marcelo Piccinini Rafael F. de Menezes Rogrio de Sousa Gonalves Vanessa Silva Geografia Duarte A. R. Vieira Enilson F. Venncio Felipe Silveira de Souza Fernando Mousquer I229 IESDE Brasil S.A. / Pr-vestibular / IESDE Brasil S.A. Curitiba : IESDE Brasil S.A., 2008. [Livro do Professor] 686 p. ISBN: 978-85-387-0572-7 1. Pr-vestibular. 2. Educao. 3. Estudo e Ensino. I. Ttulo. CDD 370.71 Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 3. GRAMTICA Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 4. Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 5. 1 EM_V_GRA_008 Morfossintaxe: pronomes O pronome uma categoria gramatical e no lexical. Portanto, seu uso interno lngua, ou seja, o pronome no encontra significado extralingustico. Sem os pronomes, a lngua no seria to din- mica quanto . So eles que possibilitam a conciso da linguagem. Tome-se como exemplo de sua impor- tncia o seguinte exemplo. O falante quer que o ouvinte veja o livro do falante Eu quero que voc veja meu livro. Estudo geral dos pronomes Caracterizao dos pronomes Semanticamente, o pronome uma pa- lavra de significao interna ao idioma. Serve para designar uma pessoa ou uma coisa sem nome-la. Eu espero que isto seja til para voc. Meu mdico disse que alguns homens apre- sentam esse problema. A mulher que eu conheci era outra. Morfologicamente, o pronome um mor- fema gramatical que pode ser flexionado (no obrigatrio que se flexione) em gnero e em nmero. noss-o noss-o-s noss-a noss-a-s Funcional ou sintaticamente, o pronome pode se comportar de duas maneiras diferentes: ouacompanhaosubstantivo,determinando-lhe,ou ocupaolugardosubstantivonosintagmanominal. No primeiro caso, chamado pronome adjetivo (determinante) e tem funo de adjunto adnomi- nal. No segundo caso, pronome substantivo, e exerce a funo de ncleo no sintagma nominal. Vejamos o seguinte contexto. Meus livros so bons. Os seus so timos. Analisemos as duas sentenas. Meus livros so bons. SN: meus livros Ncleo: livros DET: meus (pronome adjetivo adjunto ad- nominal) Os seus so timos. No ltimo exemplo, o pronome seus traz implcita a ideia do substantivo (livros). Por isso, chamado pronome substantivo. A anlise do sintagma nominal ficaria, portanto, assim: Os seus so melhores. SN: os seus N: seus (pronome substantivo) DET: os (artigo definido: adjunto adnominal) Assim, notem-se os papis exercidos pelos pronomes no exemplo dado na introduo: Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 6. 2 EM_V_GRA_008 O falante quer que o ouvinte veja o livro do falante. SN SN SN N: falante N: ouvinte N: livro DET: o DET: o DET: o DET: do falante Eu quero que voc veja meu livro. SN SN SN N: eu N: voc N: livro DET: meu pron. subst. pron. subst. pron. adj. Os pronomes, portanto, substituem substanti- vos ou determinantes do substantivo. Equivalem ora a substantivos, ora a adjetivos. Alguns gramticos chamam os nomes (substantivos e adjetivos) de nomes especiais e os pronomes de nomes grama- ticais. outra maneira interessante de se verem os pronomes. Veja mais exemplos de pronomes adjetivos: Meu mdico disse: alguns homens tm esse pro- blema. E mais exemplos de pronomes substantivos: Algum disse que isto ser til para voc. Classificao semntica dos pronomes Os pronomes so classificados de acordo com o papel que exercem em: pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos, interrogativos (inde- finidos) e relativos. Vamos estud-los um a um. Pronomes pessoais Caracterizao dos pronomes pessoais Os pronomes pessoais so aqueles que substi- tuem as pessoas do discurso, a saber: 1. pessoa : o locutor, que fala por si ou por mais pessoas: Eu queria morrer para que esse menino pu- desse viver um pouco mais. Ns queremos uma opinio. 2. pessoa : o(s) interlocutor(es) a quem a 1. pessoa se dirige: Tu no podes ficar aqui. Vs no podeis me ajudar? 3. pessoa : o ser de quem se fala. Ele no pode ficar aqui. Elas estavam muito tristes. Tambm se usa a terceira pessoa como refe- rncia a elementos do texto, no necessariamente pessoas. O problema do Governo que ele (o Governo) no investe o dinheiro de maneira honesta. Estudo dos pronomes pessoais Veja os pronomes pessoais na seguinte tabela: Pronomes Pessoais Pessoa Caso Reto Caso Oblquo tono Tnico 1. sing. eu me mim, comigo 2. sing. tu te ti, contigo 3. sing. ele, ela o, a, lhe, se si, consigo, ele, ela 1. pl. ns nos conosco, ns 2. pl. vs vos convosco, vs 3. pl. eles, elas os, as, lhes, se si, consigo, eles, elas Essa pequena tabela suscita uma srie de ques- tes. Vamos analisar a s principais. a) Pronomes pessoais de tratamento Existem, no portugus, pronomes especiais para se referir segunda pessoa do discurso como se ela no estivesse presente. Esses pronomes so ditos pessoais de tratamento. Por isso, trata-se de uma segunda pessoa indireta, denotando respeito ao ouvinte. Todos esses pronomes, portanto, devem ser usados gramaticalmente como pronomes de 3. pessoa. Vossa Excelncia est preparado para seu discurso? Vossa Alteza no fez suas tarefas. Vocs esto errados. A forma voc aglutinada de Vossa Merc e, na maior parte do Brasil, substituiu o pronome tu. O desuso do vs vem acompanhado de sua substitui- o por vocs. Os principais pronomes pessoais de tratamento e seus usos seguem na tabela a seguir : Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 7. 3 EM_V_GRA_008 Pronomes de Tratamento Tratamento Abreviatura Emprego Vossa Majestade V. M. Reis, imperadores. Vossa Alteza V. A. Prncipes. Vossa Excelncia V. Ex.a Chefes de executivo, senadores, deputados entre si, altas patentes militares. Vossa Eminncia V. Em.a Cardeais. Vossa Santidade V. S. Papa. Vossa Magnifi- cncia V. Mag.a Reitores de universida- des. Vossa Senhoria V. S.a Superiores militares at coronel (em desuso nas outras aplicaes) o(s) senhor(es), a(s) senhora(s) S.r, S.rs, S.ra, Sras Pessoas a que se deve respeito, principalmente mais velhas. b) Caso reto versus caso oblquo tnico Os pronomes do caso reto so empregados como sujeito. Os do caso oblquo se empregam como obje- to. Os do caso tono aparecem sem preposio; os do caso tnico aparecem regidos de preposio. Eu no o vi ontem. (eu: reto; o: oblquo tono) Eu quero falar com ele. (eu: reto; ele: oblquo tnico) Tu lhe disseste mentiras. (tu: reto; lhe: oblquo tono) Ele no nos conhece. (ele: reto; nos: oblquo tono) Deram os livros a mim. (mim: oblquo tnico) Ela veio comigo. (ela: reto; comigo: oblquo tnico) Eu vi ele. Essa construo no prevista pela gramtica, embora ocorra naturalmente na linguagem oral. Por qu? O pronome ele ou do caso reto (sujeito) ou do caso oblquo tnico (aparece aps preposi- o). No se trata de nenhum dos dois casos. Por isso, na linguagem padro prefere-se: Eu o vi. Observe, na tira a seguir, esse uso do pronome reto como objeto direto. Essa construo muito comum no portugus do Brasil, mas no consi- derada padro. IESDEBrasilS.A. Depois, ela acaba achando ele sensacional. (desvio) Depois, ela acaba achando- o sensacional. (padro) c) Para eu ou para mim? Se o pronome sujeito de um verbo no infinitivo, usa-se para eu; do contrrio, usa-se para mim. Trouxe o livro para mim. Trouxe o livro para eu ler. Deu as mas para eu comer. Deu as mas para mim. No se deve cair na tentao de confundir essas ideias quando a frase aparecer invertida. Pense sempre em termos de termos regentes e regidos. Veja exemplo de pegadinhas. Para mim1) , amar fundamental. (nvel formal) Amar 2) fundamental para mim. (nvel formal) Para mim3) , fazer isso difcil. (nvel formal) Fazer isso 4) difcil para mim. (nvel formal) Tudo o que falamos sobre para eu e para mim tambm se aplica aos casos de para tu e para ti nas regies do Brasil em que se usa tu. Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 8. 4 EM_V_GRA_008 d) Conosco ou com ns? IESDEBrasilS.A. Lembre-se de que conosco a forma padro. Entretanto, casos h em que esse pronome deve ser dividido em com ns. Isso ocorre sempre que houver um determinante qualquer seguindo o pronome. Fale conosco. Fale com ns dois. Fale com ns todos. Fale com ns mesmos. Fale com ns, que somos seus amigos. O mesmo raciocnio se aplica a convosco e com vs, se bem que quase no utilizamos o vs no Brasil. e) Aps palavras de incluso e de excluso Aps palavras que denotam incluso e exclu- so, usamos os pronomes retos, ainda que no como sujeito. Todos vieram, exceto eu. (menos, salvo, se- no...) Todos vieram, at eu. (inclusive, tambm...) f) Aps a palavra at Com o at preposio, usa-se o pronome obl- quo tnico; at palavra denotativa de excluso rege pronome reto. Todos vieram, at eu. (palavra denotativa de incluso) Ela chegou at mim. (preposio) g) Aps entre A preposio entre, como qualquer outra, rege pronome do caso oblquo tnico. Assim, embora na linguagem coloquial empreguemos pronomes retos aps ela, devemos evitar a construo na linguagem formal. No h problemas entre voc e eu. (coloquial) No h problemas entre voc e mim. (formal) O que h entre ela e ti no da minha conta. Isso deve ficar entre ti e mim. h) Reforo dos pronomes pessoais Os pronomes pessoais podem ser reforados com o uso das palavras mesmo(a)(s) e prprio(a)(s) e por meio da locuo invarivel que. Eu mesmo no sabia disso. Ela mesma no viu esse filme. Elas mesmas fizeram o bolo. Ele que no arrumar a casa. Ns que fizemos tudo. i) Forma de tratamento da 1. pessoa do plural Na linguagem coloquial substitui-se a forma ns pela forma de tratamento a gente, que concorda na 3. pessoa. A gente quer sair agora. Observe a mistura dos dois tratamentos a gen- te e ns nesse depoimento extrado do texto 1. A gente lavava as frutas que achvamos numa bica prxima. Deacordocomanormapadro,essasconstrues devem ser evitadas, porm, esto cada vez mais frequentes na linguagem oral do brasileiro. Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 9. 5 EM_V_GRA_008 j) A colocao dos pronomes tonos (clticos) Os pronomes tonos apiam-se em vocbulos tnicos para serem pronunciados. Assim, oscilam na frase antecedendo, dividindo ou sucedendo o verbo. Tm-se as colocaes procltica, mesocltica (pouco empregada no coloquial do Brasil) e encltica. Ela no me convidou. (prclise) Convidar-me- amanh. (mesclise) Convidou-me ontem. (nclise) Observe o uso da prclise nesse trecho do texto 2: Ele me acena motivos e palavras quietas, na fome do dia, na sede do tempo. Devemos fazer algumas observaes quanto colocao de pronomes enclticos e mesoclticos: Pronomes o, a, os e as: se a forma verbal terminar em r, s ou z, essas letras desaparecero, e os pronomes assumiro as formas lo, la, los e las. fazer os exerccios fazer + os faz-los fiz os exerccios fiz + os fi-los fazes os exerccios fazes + os faze-los pes os livros pes + os pe-los encontrar os amigos encontrar + os encontr-los Observe este exemplo: At para implantar o Programa de Erradica- o do Trabalho Infantil (Peti), criado pelo governo federal, a prefeitura teve dificuldades. Precisamos de estrutura para execut-lo e isso custa dinheiro, alega Wanderley de Lima, secretrio municipal de Trabalho e Promoo Social. O pronome o, em sua forma lo, retoma o Programa. A palavra de designao eis tambm rege pronome tono. Veja as formas: Eis-me aqui. Eis-nos aqui. Ei-lo aqui. Ei-las ali. Pronomes o, a, os e as: se a forma verbal terminar em ditongo nasal (fontico), os pronomes assumiro as formas no, na, nos e nas. pe os livros pe + os pe-nos fizeram os exerccios fizeram + os fizeram-nos Pronome nos (referente a ns): se a forma verbal terminar em mos, a nclise se faz mo-nos. referimos + nos referimo-nos encontramos + nos encontramo-nos Os demais pronomes no se alteram a si nem aos verbos. Referis-vos a qu? Demos-lhe um livro. l) Reflexividade e reciprocidade Diagrama A Diagrama B A A B Diferenciaremos aqui as ideias de reflexividade e de reciprocidade. O diagrama A mostra a noo de reflexividade: ao realizada por um ser A que recai sobre esse prprio ser. Veja exemplos: Eu me feri. Mariana viu-se pelo espelho. O diagrama B mostra a noo de reciprocida- de: ao realizada por um ser A sobre B e recebida de B por A. Veja exemplos: Sirleide e eu nos abraamos. (um abraou o outro) Mariana e Pedro beijaram-se. (um beijou o outro) Frequentemente, ocorrem casos de ambiguida- de no plural entre reflexividade e reciprocidade. Mariana e Pedro se viram pelo espelho. (um ao outro ou cada um viu a si prprio?) Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 10. 6 EM_V_GRA_008 Para resolver esses impasses, pode-se reforar a ideia reflexiva com expresses como a si mesmo e a ideia reflexiva com expresses como um ao outro e entre si. Mariana e Pedro se viram entre si. (recproco) Mariana e Pedro se viram a si mesmos. (refle- xivo) m) Pronomes si e consigo O pronome si recproco na expresso entre si e nos demais usos, sendo somente empregado como reflexivo. Da sua invalidade como substituto de voc e de ele em casos desprovidos da noo de reflexividade. Eu gosto muito de si. (construo equivocada) Eu gosto muito de voc. (construo formal) O pronome consigo sempre reflexivo de 3. pessoa. Portanto, observe o uso equivocado e o uso formal. Eu preciso falar consigo. (construo equivo- cada) Eu preciso falar com voc. (construo formal) n) Pronomes tonos como sujeito No prprio dos pronomes tonos ocuparem a funo de sujeito na orao. Mas h casos em que sua utilizao obrigatria: com os verbos deixar, man- dar, fazer e os sensitivos ouvir, ver e sentir, sempre que seguidos de infinitivo de sujeito pronominal. Deixe eu ver. (coloquial) Deixe-me ver. (formal) o pronome me sujeito de ver. Ele nos fez entrar. (nos sujeito de entrar) Mandou-me trazer isso. (me sujeito de tra- zer) Ouvi-o chegar. (o sujeito de chegar) No os vi passar. (os sujeito de passar) As construes acima so formais. O coloquial registraria as seguintes construes: Ele fez ns entrarmos. (coloquial) Mandou eu trazer isso. (coloquial) Ouvi ele chegar. (coloquial) No vi eles passarem. (coloquial) o) Pronomes retos como objeto Tambm no prprio dos pronomes retos ocu- par a funo de objeto. Mas h casos, como aps as palavras todo e somente (s, apenas), em que sua utilizao obrigatria. Vi ele. (informal) Vi apenas ele. (formal) Encontrei todos eles. (formal) p) Pronomes tonos como adjunto adnominal funo dos pronomes pessoais substiturem as pessoas do discurso, portanto, so pronomes substan- tivos. Entretanto, eles podem ser empregados como pronomes adjetivos (determinantes de substantivos) desde que seu valor seja o de um possessivo. Cortou-me as intenes. Cortou as minhas intenes. Roubou-nos o carro. (o nosso carro) Beijei-lhe a perna. (a sua perna) q) Combinao dos pronomes tonos Embora no utilizados atualmente, os pronomes tonos podem combinar-se entre si, gerando formas apocopadas. me te lhe nos vos lhes o mo to lho no-lo vo-lo lho a ma ta lha no-la vo-la lha os mos tos lhos no-los vo-los lhos as mas tas lhas no-las vo-las lhas Exemplos de usos: Dei a ti o livro. Dei-te o livro. Dei-o a ti. Dei-to. Estas palavras, nunca lhas disse. (nunca as disse a ele) Onde esto os livros? Voc no mos trouxe. (no os trouxe a mim) So construes de tendncia arcaizante, prin- Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 11. 7 EM_V_GRA_008 cipalmente na linguagem falada. Na escrita ainda se observa sua utilizao em textos muito formais e literrios. Pronomes possessivos Os pronomes possessivos so aqueles que indi- cam posse ou relao s pessoas do discurso, valendo tambm a referncia no caso da 3. pessoa. Precisas de meu livro. (1. pessoa do singular) Precisas de nosso livro. (1. pessoa do plural) Preciso de teu livro. (2. pessoa do singular) Preciso de vossa ajuda. (2. pessoa do plural) Pedro trouxe seu livro. (3. pessoa do singular) Eles trouxeram seu livro. (3. pessoa do plural) O Governo tem seus problemas. (uso como referencial) Os pronomes possessivos esto relacionados na tabela abaixo. Um possuidor Vrios possuidores 1. pessoa meu minha nosso nossa meus minhas nossos nossas 2. pessoa teu tua vosso vossa teus tuas vossos vossas 3. pessoa seu sua seu sua seus suas seus suas Note que na 3. pessoa o pronome o mesmo, seu, e suas flexes. Isso faz com que geralmente ocorra ambiguidade em seu emprego, ainda mais porque os pronomes de tratamento usam os de 3. pessoa como possessivos. Pedro disse a Maria que seu filho estava doente. (de Maria, de Pedro, de ambos, de voc...) Por isso usam-se possessivos auxiliares e in- variveis dele (o que pertence a ele), dela (o que pertence a ela), deles (a eles), delas (a elas). Veja como poderamos reescrever a frase acima. Pedro disse a Maria que o filho dela estava doente. Pedro disse a Maria que o filho dele estava doente. Pedro disse a Maria que o filho deles estava doente. Os pronomes possessivos adjetivos dispensam artigo definido quando aparecem antepostos ao subs- tantivo, sem que isso acarrete alterao no significado global da frase. Trata-se de uma escolha estilstica. No que se refere conciso, portanto, prefervel dispensar o artigo, apesar de ele ser possvel. Conversarei com (a) minha me. Os pronomes possessivos adjetivos, quando aparecem pospostos ao substantivo, costumam exi- gir o definido. Entretanto, a ausncia do artigo gera efeitos de generalizao interessantes. Veja. Venha para os braos meus. Filho meu no sai noite. (qualquer filho) O filho meu no sai noite. (o nico) No caso dos pronomes possessivos substanti- vos, a ausncia ou a presena do artigo gera diferen- tes matizes de significado. Este livro meu. Este livro o meu. Os pronomes possessivos substantivos antece- didos de artigo costumam aparecer fazendo refern- cia a entes queridos, familiares, amigos da pessoa do discurso. Veja. Eu cuido muito bem dos meus. Voc cuida dos seus? O pronome possessivo est presente em locu- es interjectivas como Meu Deus!, Nossa Senho- ra!, com valor possessivo bastante atenuado. Isso pode ser demonstrado em locues como Minha Nossa Senhora!. Os pronomes possessivos podem aparecer re- forados pelas palavras mesmo e prprio. Foi morto por seu prprio filho. Recuperei o meu mesmo carro que haviam roubado. Pronomes demonstrativos Os pronomes demonstrativos so aqueles que situam, no tempo, no espao, ou no contexto, as pes- soas do discurso ou o que a elas se refere. Este livro bom. (prximo 1. pessoa) Esse livro bom? (prximo 2. pessoa) Aquele livro bom. (distante da 1. e da 2. pessoas) Os pronomes demonstrativos clssicos esto postos na tabela abaixo. Pessoa Variveis Invariveis Masculino Feminino 1. este estes esta estas isto 2. esse esses essa essas isso 3. aquele aqueles aquela aquelas aquilo Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 12. 8 EM_V_GRA_008 Usos dos pronomes demonstrativos a) Situao no espao Para situao espacial, usamos os pronomes de 1. pessoa para indicar aquilo que est prximo dela; os de 2. pessoa para indicar o que est prximo do interlocutor; e os de 3. pessoa para indicar o que se distancia tanto da 1. pessoa quanto da 2.. Este livro que carrego muito bom. Esse livro que carregas muito bom. Aquele livro que est l na gaveta muito bom. O que isto em minha mo? O que aquilo? Na linguagem coloquial brasileira, no se distin- guem mais os pronomes de 1. e de 2. pessoas. Observe a seguir. Nela se observa a norma padro no que se refere ao uso dos pronomes de- monstrativos. IESDEBrasilS.A. b) Situao no tempo No que se refere situao no tempo, usam-se os de 1. pessoa para a situao do presente (prximo a quem fala), e os de 2. pessoa para a situao do passado e do futuro. Farei vestibular este ano. (o ano presente) O que voc far esta noite? (a noite de hoje) Voc gostou de 2003? Esse ano foi pssimo para mim. 2010: o que ser que estudaremos esse ano? Pode ser que, na transmisso da ideia passada, psicologicamente o falante queira denotar distncia (passado remoto). Nesse caso, pode-se fazer uso dos pronomes de 3. pessoa. o que ocorre naturalmente na linguagem coloquial. Voc gostou de 2003? Aquele ano foi pssimo para mim. c) Situao no contexto Normalmente, os pronomes de 1. pessoa ser- vem para antecipar um elemento a ser introduzido no texto. Os de 2. pessoa retomam um elemento j mencionado. Voc fala demais: esse o problema. O problema este: voc fala demais. O que isto significa? Ficar parado sem fazer nada? Voc disse isso por qu? (a coisa dita) No caso de se retomarem dois elementos, po- rm, os pronomes de 1. pessoa se referem ao ltimo mencionado (mais prximo) e os de 3. pessoa reto- mam o primeiro mencionado (mais distante). Lula e Jos Serra so experientes em candi- datura presidencial: este j pleiteou uma vez; aquele, quatro. Chorar e reclamar so coisas diferentes: aquilo eu no admito; isto sim. Outros pronomes demonstrativos Alm dos pronomes demonstrativos clssicos, h outros que tm a mesma funo no idioma. a) Tal sempre um pronome demonstrativo adjetivo sempre, isto sempre acompanha substantivo. No gosto de tais palavras. (dessas pala- vras) Tal ideia me agrada. (essa ideia) b) Semelhante Seu papel como demonstrativo est restrito colocao: sempre pronome adjetivo que antece- de substantivo. Sucedendo o ncleo, assume carga adjetiva e no pronome. Nunca tive semelhante ideia. (demonstrativo essa) No gosto de semelhantes palavras. (demons- trativo) Nunca tive ideia semelhante. (adjetivo pa- recida) No gosto de palavras semelhantes. (adjetivo) Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 13. 9 EM_V_GRA_008 c) O, a, os e as Diferentemente dos artigos definidos, essas pa- lavras, quando so pronomes demonstrativos, nunca acompanham substantivo. Antecedem preposies ou o pronome relativo que. Veja os exemplos. No quero esse livro, quero o de Machado de Assis. (=aquele) No quero essa revista, quero a que voc comprou. (=aquela) O que voc disse me magoou. (=aquilo) As de preto so as mulheres mais bonitas. (=aquelas) d) Mesmo e prprio Mesmo e prprio so pronomes muito emprega- dos como reforo de outras palavras. So chamados demonstrativos de reforo nesse caso. Eu mesmo fiz isso. O prprio professor disse isso. Quero esses mesmos. Mesmo tambm empregado como substituto de aquele(a)(s), mas nesse caso deve ser empregado apenas como pronome demonstrativo adjetivo, ou seja, acompanhando substantivo. Encontrei Mariana, a mesma garota que um dia partira meu corao. (=aquela garota) As construes seguintes devem ser evitadas na linguagem formal exatamente pela falta de pre- ciso no uso do demonstrativo. Antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo encontra-se parado neste andar. Mariana entrou, e eu fui falar com a mesma. Note que no h nada mais conciso no lugar des- tes demonstrativos que o uso de um pronome pes- soal, o que torna bem mais precisa a mensagem. Antes de entrar no elevador, verifique se ele se encontra parado neste andar. Mariana entrou, e eu fui falar com ela. O mesmo pode ser empregado com o valor de a mesma coisa: Eu disse uma coisa, e ela disse o mesmo. Preposies e pronomes demonstrativos As preposies combinam-se tambm com os pronomes demonstrativos. Os pronomes o, a, os e as combinam-se s preposies de, em, a e por (per) como os artigos. Os pronomes este(a)(s), isto, esse(a)(s), isso, aquele(a)(s) e aquilo combinam-se s preposies de e em. Veja exemplos. Estou neste (em + este) mesmo lugar. Os problemas daquele (de + aquele) pas so insolveis. No pense nisso (em + isso). No estou nesse (em + esse) lugar, mas no (em + o) que ele me recomendou. Note-se particularmente a crase da preposio a com os pronomes aquele(a)(s), aquilo e a(s), gerando quele(a)(s), quilo e (s). Dirigi-me quela (a + aquela) moa. No me refiro a isso, mas quilo (a + aquilo). No me dirigi a essa moa, mas (a + a) de vermelho. Pronomes indefinidos So pronomes indefinidos aqueles que se referem aos seres de maneira indefinida, imprecisa e os que indicam quantidade no-exata de substan- tivos. Algum esteve aqui. Comprou alguns livros. No me refiro a essa, mas outra. Cada homem trouxe sua comida. Comprei muitos livros. Certas pessoas no sabem o que bom. Observe o pronome indefinido qualquer na tira a seguir. IESDEBrasilS.A. Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 14. 10 EM_V_GRA_008 Os pronomes indefinidos mais importantes encontram-se na tabela abaixo. Variveis Invariveis Singular Plural algum alguma alguns algumas algo nenhum nenhuma nenhuns nenhumas algum todo toda todos todas nada outro outra outros outras ningum muito muita muitos muitas tudo pouco pouca poucos poucas cada certo certa certos certas outrem vrio vria vrios vrias mais tanto tanta tantos tantas menos quanto quanto quanta quantas quem qualquer quaisquer bastante bastantes qual quais um uns Observe o uso do pronome outros no trecho abaixo: um sonho. Era uma casa abandonada. Diziam que era cheia de fantasmas e agora est repleta de crianas, vibra Vera Weiss- mann, 59 anos, uma das gerentes da agncia do BankBoston em Belo Horizonte. Ela, assim como outros funcionrios, acompanha de perto o projeto. O pronome outros permite inferir que Vera tam- bm uma funcionria. Usos de alguns indefinidos a) Algum Quanto colocao, o pronome algum antepos- to ou posposto ao substantivo traduz ideias opostas: anteposto, ideia afirmativa; posposto, negativa. Veja os exemplos. Alguma mulher o domar. (ideia afirmati- va) Mulher alguma o domar. (ideia negativa) Geralmente, esse valor negativo de algum reforado pela presena de outras palavras de teor negativo (no, sem, nunca). Entrou sem dizer coisa alguma. (=coisa nenhuma) Ele no trouxe livro algum. (=nenhum livro) b) Nenhum O uso de nenhum, no plural, est cada vez mais raro no portugus do Brasil. Entretanto, so perfeita- mente possveis as construes abaixo: No trouxe nenhuns livros. A depender da inteno do escritor, pode-se grafar nenhum (indefinido) ou nem um (sequer um um numeral). No trouxe nenhum livro. Pedi dois, mas no trouxe nem um. c) Outro O pronome outro tem uma forma de pessoa, como algum tem algum, nenhum tem ningum. Atente-se grafia e pronncia: outrem. Outremnoteriatantaconsiderao.(=outra pessoa) Note-se, tambm, o valor de verdadeiro substan- tivo que a palavra assume em contextos coloquiais, tais como: No queria ser a outra. (=a amante) No plural, pode ser substitudo por demais, que passar, ento, a ser pronome indefinido. Os outros ficaro em sala. Os demais ficaro em sala. d) Certo Tambm aqui a colocao tem papel fundamen- tal na anlise e no significado da palavra. sempre pronome adjetivo: anteposto a substantivo funciona como indefinido; posposto comporta-se propriamente como adjetivo. Gosto de escrever certas palavras. (pron. ind. adjetivo) Escrevo as palavras certas. (adj. adequadas, corretas) Note-se que a palavra determinado(a)(s), ante- posta a substantivos, figura como pronome indefinido, tal qual certo. e) Vrios Seu emprego no singular tem cado em desuso no Brasil, embora figure registrado nas gramticas. Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 15. 11 EM_V_GRA_008 f) A palavra um A palavra um pode, no portugus, funcionar como artigo indefinido, pronome indefinido ou nu- meral. Para que seja artigo indefinido, ter neces- sariamente que acompanhar substantivo. Para ser pronome indefinido, precisa estar em oposio a outro pronome (como outro). Para ser numeral, ou sua ideia de quantidade explcita ou deve aparecer em oposio a outro numeral. Veja os exemplos: Encontrei um amigo ontem. (artigo indefi- nido) Um homem diz uma coisa, outro diz outra. (pronomes indefinidos) No quero duas, mas s uma secretria. (numerais) g) Palavras adjetivas X palavras adverbiais Muito, bastante, mais, menos, tanto com- portam-se ora como advrbios ora como pronomes indefinidos. Discutiremos as diferenas entre eles quando estudarmos os advrbios. h) Quem O pronome indefinido quem sempre substitu- vel por aquele que. Quem no deve no teme. Quem veio aqui no conseguiu entrar. Ele no quem eu pensava. i) Cada O pronome indefinido cada sempre pronome adjetivo, portanto deve vir acompanhado do substan- tivo que determina. Cada aluno trar seu material. Cada unidade custava dez reais. Assim, verifiquem-se as construes abaixo, que s devem ser usadas em contextos informais: Os alunos trouxeram dez reais cada. No nvel formal de linguagem, corrigiramos associando cada ao substantivo que determina ou usando-o nas locues cada um e cada qual. Cada aluno trouxe dez reais. Os alunos trouxeram dez reais cada um. j) Outros indefinidos Substituem indefinidos as palavras fulano, sicrano e beltrano. Fulano veio aqui. (algum indefinido) Locues pronominais indefinidas Alm dos pronomes indefinidos, h tambm locues pronominais que cumprem a mesma funo: quem quer que, o que quer que, qualquer que, cada um, cada qual.... Pronomes interrogativos Os pronomes interrogativos so indefinidos com uso especfico: a determinao do elemento des- conhecido. Empregam-se nas interrogativas diretas e tambm nas indiretas. So quatro apenas: que (o que), quem, qual (quais) e quanto. USOS EM INTERROGATIVAS DIRETAS Que houve? (pronome interrogativo subst.) Que livro voc quer? (pronome interrogativo adj.) Quem veio aqui? (pronome interrogativo subst.) Qual voc deseja? (pronome interrogativo subst.) Qual perfume voc usa? (pronome interroga- tivo adj.) Quantos voc quer? (pronome interrogativo subst.) Quantos livros voc quer? (pronome interro- gativo adj.) USOS EM INTERROGATIVAS INDIRETAS Quero saber o que houve. Diga-me que livro voc quer. No sei quem veio aqui. Responda qual voc deseja. Perguntei qual perfume voc usa. Sei quantos voc quer. Ele disse quantos livros voc quer. Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 16. 12 EM_V_GRA_008 O interrogativo que, quando pronome subs- tantivo, tem variante o que. O interrogativo quem sempre pronome substantivo. Qual flexiona-se em nmero, quais. Quanto se flexiona em gnero e em nmero: quanto(a)(s). USOS EM FRASES EXCLAMATIVAS Pronomes interrogativos adjetivos podem ser empregados com valor exclamativo. Veja exemplos: Que livro! Que mulher bonita! Qual dia triste! Quantas pessoas! Quanta felicidade! Pronomes relativos Os pronomes relativos so os que substituem um termo substantivo imediatamente antecedente. Tm duplo papel: substituir o nome (pronome) e ligar oraes (conectivo). V ov viu uma uva. A uva era verde. A uva que vov viu era verde. Vov viu uma uva que era verde. Os livros sobre os quais falaste so timos. A mulher cuja filha estava aqui morreu. Os pronomes relativos se encontram na tabela abaixo. Variveis Invariveis Singular Plural o qual a qual os quais as quais que cujo cuja cujos cujas quem quanto quanta quantos quantas onde como quando Veja os exemplos abaixo: O homem a quem entreguei as provas est ali. (Entreguei as provas ao homem. O homem est ali.) O lugar onde ocorreu a festa era ruim. (A festa ocorreu num lugar. O lugar era ruim.) Gostei do que li. (de + aquilo que li) (Li isso (o). Gostei disso (do).) Ele no pediu desculpas, o que me magoou. (Isso (o): ele no mediu desculpas. Isso (o) me magoou.) bastante comum o pronome relativo que aparecer aps o pronome demonstrativo o. Bastante ateno a esses casos. Usos dos pronomes relativos a) Que sobretudo empregado como o mais conciso. Da sua preferncia em relao aos demais. Tambm sua utilizao preferencial com as preposies a, de, com, em e por. Aquele o homem que matou John Kennedy. Estes so os livros de que gosto mais. A mulher com que conversei esta. Esses so os ideais por que luto. A palavra a que me refiro concupiscncia. Entretanto, h casos em que seu emprego gera ambiguidade. O filho da mulher, que morreu, est no cemit- rio. Nesse caso, opta-se pelo uso de o qual (e va- riaes). O pronome relativo que muito empregado quando se deseja retomar uma expresso longa do texto, que vir resumida pelo antecedente de que, o pronome demonstrativo o. Observe um exemplo do texto 1. Injetaram R$ 257 mil no programa R$ 82 mil de doao dos funcionrios e R$ 175 mil do banco, o que permitiu dobrar para 540 o nmero de crianas Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 17. 13 EM_V_GRA_008 cadastradas e oferecer-lhes unidades apropriadas s atividades socioeducativas. b) O qual (e variaes) empregado nos casos em que (relativo) que gera ambiguidade. Tambm empregado com as demais preposies e com todas as locues pre- positivas. O filho da mulher, o qual morreu, est no cemitrio. O filho da mulher, a qual morreu, est no ce- mitrio. Os filmes sobre os quais falei so timos. Voc ultrapassou limites alm dos quais poderia ir. Tambm de nota o uso de o qual com ex- presses partitivas e numricas. Os alunos, alguns dos quais foram reprova- dos, fizeram reivindicaes. As jogadoras, duas das quais se contundiram, venceram o torneio. c) Quem empregado para retomar o antecedente pes- soa. Mariana, de quem gosto muito, esteve aqui. Est uma mulher por quem nutro muito carinho. d) Onde empregado para retomar um antecedente que indique lugar concreto. A igreja onde nos casamos pegou fogo. Este um pas onde tudo acontece. Por isso, evita-se seu uso quando o referente no denota propriamente um lugar. Vivemos uma situao onde tudo possvel. (informal) Vivemos uma situao em que tudo possvel. (formal) Era uma briga onde no havia vencedor. (informal) Era uma briga em que no havia vencedor. (formal) Tambm pode ser que as formas contradas do pronome onde ocupem seu lugar como pronome relativo. O lugar aonde fomos maravilhoso. O lugar donde (de onde) vimos maravi- lhoso. e) Como empregado como pronome relativo se seu antecedente a palavra modo ou equivalentes (ma- neira, jeito, forma...). No gosto do modo como falas. A maneira como me tratas cruel. f) Quando Equivale a pronome relativo se seu antecedente for uma palavra temporal (ano, data, dia, hora...) Em 1994, quando teve incio o Plano Real, fomos tetracampees no futebol. S paro de dizer isso no dia quando morrer. g) Quanto um pronome relativo quando toma como antecedente os pronomes indefinidos tudo, todo(a) (s), tanto(a)(s) ou locues nominais em que elas apaream. Disse tudo quanto foi possvel. Convidei todos quantos pude. Comprou tantas camisas quantas encon- trou. Note que tudo quanto equivale s expresses tudo que ou tudo o que, as quais so usadas indis- tintamente. h) Cujo O pronome cujo sempre relativo possessivo. Veja como se emprega esse pronome por analogia com pronomes possessivos. Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 18. 14 EM_V_GRA_008 1. pessoa do singular meu filho saiu. 2. pessoa do singular teu filho saiu. 1. pessoa do plural nosso filho saiu. Antecedente cujo filho saiu. Assim, ao passo que os pronomes possessivos indicam posse ou relao s pessoas do discurso, o pronome cujo indica posse ou relao ao antece- dente. Meu filho saiu. A mulher cujo filho saiu est preocupada. (filho da mulher) Note que cujo concorda com o termo que o sucede na orao, tal qual um pronome adjetivo. No se usa artigo aps cujo, pois esse pronome j tem o determinante impresso em sua terminao (cujo, cuja, cujos, cujas). Veja outros exemplos. O homem com cuja filha samos est aqui. (Samos com a filha do homem) Um pas cujos habitantes no tenham sanea- mento bsico nunca pode se desenvolver. (Os habitantes do pas no tm...) A firma cuja proposta de emprego mais me agradou faliu. O diretor a cujo filme fiz referncia Glauber Rocha. Note que cujo sempre antecede um substanti- vo, ou seja, sempre relativo adjetivo, portanto sua funo ser sempre adjunto adnominal, o que impede construes como estas: A mulher cuja morreu foi enterrada. (mau emprego) O homem cujo o qual esteve aqui morreu. (mau emprego) (Unimep-SP)1. I. Demos a ele todas as oportunidades. II. Fizemos o trabalho como voc orientou. III. Acharam os livros muito interessantes. Substituindo as palavras em destaque por um pronome oblquo, temos: I. Demos-lhe. II. Fizemo-lo. III. Acharam-los.a) I. Demos-lhe. II. Fizemos-lo. III. Acharam-os.b) I. Demos-lhe. II. Fizemo-lo. III. Acharam-nos.c) I. Demo-lhe. II. Fizemos-o. III. Acharam-nos.d) I. Demo-lhe. II. Fizemo-lhe. III. Acharam-nos.e) Soluo:`` C a ele deve ser substitudo pelo pronome indireto de terceira pessoa (lhe). Nesse caso, o verbo no sofre ajustes grficos; o trabalho deve ser substitudo pelo pronome direto de terceira pessoa (o). Nesse caso, o verbo perde o s e o pronome torna-se lo; os livros deve ser substitudo pelo pronome direto de terceira pessoa do plural (os). Nesse caso, o pronome torna-se no porque o verbo tem terminao nasal. (PUC-SP) No trecho: O presidente no recebeu nin-2. gum, no havia nenhuma fotografia sorridente dele, ne- nhuma frase imortal, nada que fosse supimpa, tem-se: quatro pronomes adjetivos indefinidos.a) dois pronomes adjetivos indefinidos e dois prono-b) mes substantivos indefinidos. um pronome substantivo indefinido e trs prono-c) mes adjetivos indefinidos. quatro pronomes substantivos indefinidos.d) um pronome adjetivo indefinido e trs pronomese) substantivos indefinidos. Soluo:`` B Os pronomes que aparecem no texto so: ningum (indefinido substantivo), nenhuma (indefinido adjetivo), dele (pessoal preposicionado adjetivo substituto de pos- sessivo), nenhuma (indefinido adjetivo), nada (indefinido substantivo) e que (relativo substantivo). Leia o texto abaixo.3. Durante trs semanas de julho de 1944, do dia 1. ao dia 22, 730 delegados de 44 pases do mundo ento em guerra, reuniram-se no Hotel Mount Washington, em Bretton Woods, New Hampshire, nos Estados Unidos, para definirem uma Nova Ordem Econmica Mundial. Foi uma espcie de antecipao da ONU (fundada em So Francisco no ano seguinte, em 1945) para tratar das coisas do dinheiro. A reunio centrou-se ao redor de duas Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 19. 15 EM_V_GRA_008 figuras-chave:HarryDexterWhite,Secretrio-Assistentedo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos e de Lord Keynes, o mais famoso dos economistas, representando osinteressesdaGr-Bretanha,quejuntosformavamoeixo do poder econmico da terra inteira. Acertou-sequedaliemdiante,emdocumentofirmado em 22 de julho de 1944, na era que surgiria das cinzas da Segunda Guerra Mundial, haveria um fundo encarregado de dar estabilidade ao sistema financeiro internacional bem como um banco responsvel pelo financiamento da reconstruo dos pases atingidos pela destruio e pela ocupao: o FMI (Fundo Monetrio Internacional) e o Banco Internacional para a Reconstruo e o Desenvolvimento, ou simplesmente World Bank, Banco Mundial, apelidados ento de os Pilares da Paz. (SCHILLING, Voltaire. Origens do Fundo Monetrio Internacional. Disponvel em: .) Julgue as afirmativas abaixo.4. No texto h trs ocorrncias do pronome relativoI. que (destacado). Na Conferncia de Bretton Woods, em que foi criado oII. FMI e o BIRD, foi adotado o padro-ouro como lastro para as moedas dos pases membros da ONU. No fim do primeiro pargrafo, se substitussemosIII. da terra inteira por de toda terra no haveria al- terao significativa de sentido. Quais esto corretas? I e II apenas.a) I e III apenas.b) II e III apenas.c) I, II e III.d) Nenhuma.e) Soluo:`` E I. A palavra que s se comporta como pronome relativo em duas ocorrncias, naquelas em que retoma um substantivo ou pronome substantivo antecedente. Assim, que no relativo no trecho Acertou-se que dali em diante... II. A ONU ainda no existia em 1944. Alm disso, o dlar foi lastrado no ouro e se transformou em moeda de reserva da economia mundial. III. O pronome indefinido toda, com valor de inteiro necessita do artigo aps. Assim, no haveria mudana de sentido se substitussemos da terra inteira por de toda a terra. Texto 1 Infncia para brincar Cidade mineira recebe ajuda para retirar seus meninos e meninas do trabalho em lixes. Rita Moraes A histria de Ribeiro das Neves, na Grande Belo Horizonte, se repete na vida de seus meninos e meninas, obrigados a trabalhar para garantir alguma comida em casa. Tanto a cidade de 290 mil habitantes quanto as crianas crescem revelia de cuidados, obedecendo apenas necessidade de sobrevivncia. Muitos tm como quintal os lixes da cidade e como brincadeira o carregamento de caixas. Com reduzidos postos de trabalho e carncia de qualificao profissional, Ribeiro das Neves tem uma renda per capita de mseros R$ 0,45 por dia, segundo a Fundao Joo Pinheiro, de Belo Horizonte. At para implantar o Programa de Erradicao do Trabalho Infantil (Peti), criado pelo governo federal, a prefeitura teve dificuldades. Precisamos de estrutura para execut-lo e isso custa dinheiro, alega Wanderley de Lima, secretrio municipal de Trabalho e Promoo Social. O cenrio de carncias atraiu a ateno da Fundao BankBoston e de 650 funcionrios do banco, que decidiram apoiar a implantao do Peti na cidade, h pouco mais de um ano. Injetaram R$ 257 mil no programa R$ 82 mil de doao dos funcionrios e R$ 175 mil do banco, o que permitiu dobrar para 540 o nmero de crianas cadastradas e oferecer-lhes unidades apropriadas s atividades socioeducativas. At janeiro sero seis na cidade. A maior delas a Casa do Arrozal, que recebe 90 crianas. um sonho. Era uma casa abandonada. Diziam que era cheia de fantasmas e agora est repleta de crianas, vibra Vera Weissmann, 59 anos, uma das gerentes da agncia do BankBoston em Belo Horizonte. Ela, assim como outros funcionrios, acompanha de perto o projeto. Relatos comoventes no faltam para justificar o empenho. So histrias como a de Marlene dos Santos Salvo, 36 anos, que h dois perdeu um de seus cinco filhos, David, dez anos, no maior lixo do municpio. David insistiu para ir com a av catar papelo. Queria comprar uma bermuda. Caiu do caminho de lixo, bateu a cabea e morreu, lembra ela. Adriana, 13 anos, e Felipe Pereira, deixaram para trs a vida sem perspectivas. Eles e os outros sete irmos trabalhavam Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 20. 16 EM_V_GRA_008 no lixo e, claro, ficavam sujeitos a riscos. A gente lavava as frutas que achvamos numa bica prxima, conta a adolescente. Tinha muito caco de vidro. Cortei o p algumas vezes, diz o menino. Tanto o pai, Vicente, quanto a me, Joana DArc, eram alcolatras. A vida era difcil e fui afundando. Quando surgiu o programa, vi uma chance de tirar meus filhos daquela vida. Tive foras at para parar de beber, conta a me, que hoje tricota e vende tapetes. [...] O que alguns pais no compreendem de imediato que a criana que trabalha ter poucas perspectivas de progresso, perpetuando a misria. Foi o que aconteceu com Joo Carlos dos Santos, 13 anos. Ao entrar no programa, ele deixou de cuidar das 21 vacas da famlia e o pai teve de pagar algum para fazer o servio. Houve resistncia, mas agora Joo comemora. Posso brincar vontade, jogar bola, rodar pio, pintar, diz. (ISTO, 13 nov. 2004.) Texto 2 O menino das 3h da manh lvaro Alves de Faria H um menino calado na porta de mim mesmo. Ele me acena motivos e palavras quietas, na fome do dia, na sede do tempo. H um menino calado pegando o resto da feira, onde se depositam os desesperos e onde a alegria termina. O menino me olha sem brinquedos. O menino nunca teve e nunca ter um brinquedo. O menino tem uma sacola de sombras para levar o resto das mas. O menino tem um cachorro que lambe o cho de vez em quando. O menino habita esta cidade s trs horas da manh, com seu pequeno corpo de fragilidade e seu silncio molhado de frio. O menino no sabe que um menino. O menino no tem infncia. O menino apenas espera o dia nascer para enganar mais um dia de vida. O menino engole seco, mastiga o nada e se alimenta de tristeza. O menino pequeno como a vida se espalha pelas ruas e corre em busca do po. O menino no acha o po. O menino no chora, porque o menino no aprendeu a chorar. O menino caminha devagar olhando as vitrinas e v dentro delas as coisas que nunca vai ter. O menino sorri sozinho, chuta uma lata, ouve um disco na loja, v a banca de jornais. O menino aprendeu a ver figuras, nesse tempo de muitas figuras. O menino no triste. Ele apenas no sabe. Ele caminha por caminhar e pra quando seus ps esquecem as direes que no existem. O passo do menino to pequeno como seu prprio universo. O menino est chorando dentro de mim, ele que no sabe chorar. O menino tem corao, tem mos, tem olhos, tem ps. Dizem que o menino tem alma. O menino atravessa a Avenida So Lus e desaparece, subindo a Consolao. Eu queria morrer para que esse menino pudesse viver um pouco mais. Dr.LyleConrad. Texto 3 Declarao Universal dos Direitos Humanos Aprovada em 10 de dezembro de 1948 pela Assembleia Geral da Organizao das Naes Unidas (ONU). (O Brasil assinou este acordo.) ARTIGO XXV Todo homem tem direito a um padro de vida capaz de assegurar a si e a sua famlia sade e bem-estar, inclusive alimentao, vesturio, ha- bitao, cuidados mdicos e os servios sociais indispensveis e direito segurana em caso de desemprego, doena, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsis- tncia em circunstncias fora de seu controle. A maternidade e a infncia tm direito a cuidados e Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 21. 17 EM_V_GRA_008 assistncia especiais. Todas as crianas, nascidas do matrimnio ou fora dele, tm direito a igual proteo social. ThomasSchoc. Sobre os textos (verbais e no-verbais) apresentados,1. julgue os itens abaixo. AI. s informaes do texto 3 apresentam consonn- cia em relao ao que se verifica nas imagens apre- sentadas. O texto 1 mostra que, apesar de haver crianas emII. condies como as que se encontra o menino do texto 2, h, tambm, pessoas que lutam para garan- tir os direitos previstos no texto 3. Os trs textos apresentam independncia um emIII. relao ao outro, mas lidos em conjunto, comple- mentam ou modificam a leitura que se faz de um isoladamente. Quais esto corretas? Apenas I.a) Apenas I e II.b) Apenas I e III.c) Apenas II e III.d) I, II e III.e) Apesar de no interferir na vida do menino, o narrador2. do texto 2 no demonstra estar isolado dos fatos por ele narrado, e isso se verifica por meio do uso de pronomes. Assinale a opo em que isso no ocorre. H um menino calado na porta de mim mesmo.a) O menino me olha sem brinquedos.b) Omeninoengoleseco,mastigaonadaesealimentac) de tristeza. Eu queria morrer para que esse menino pudessed) viver um pouco mais. Omeninoestchorandodentrodemim,elequenoe) sabe chorar. Os trechos abaixo foram extrados dos textos 1 e 2. As-3. sinale a opo em que no ocorre pronome relativo. O cenrio de carncias atraiu a ateno da Funda-a) o BankBoston e de 650 funcionrios do banco, que decidiram apoiar a implantao do Peti na ci- dade, h pouco mais de um ano. Ela, assim como outros funcionrios, acompanhab) de perto o projeto. So histrias como a de Marlene dos Santos Sal-c) vo, 36 anos, que h dois perdeu um de seus cinco filhos. O menino tem um cachorro que lambe o cho ded) vez em quando. Os pronomes so usados, muitas vezes, para evitar4. a repetio de palavras, ou seja, para fazer a coeso referencial. No texto 3, porm, lvaro Alves de Faria repete vrias vezes a palavra menino. Considerando o contexto em que isso ocorre, explique por que o autor opta por essa repetio. (U5. nirio) Assinale a opo que indica de modo correto as classes do o respectivamente assinalado em: Neste momento, o bordado est pousado em cima do console e o interrompi para escrever, substituindo a tessitura dos pontos pela das palavras, o que me parece um exerccio bem mais difcil. artigo, pronome pessoal reto, artigo.a) artigo, pronome pessoal oblquo tono, pronomeb) substantivo demonstrativo. pronome substantivo demonstrativo, pronomec) substantivo demonstrativo, artigo. pronome adjetivo demonstrativo, pronome pessoald) oblquo tono, pronome substantivo demonstrati- vo. pronome adjetivo demonstrativo, preposio, pro-e) nome substantivo interrogativo. Texto para a questo 6. O imprio da lei O desfecho da crise poltica deu uma satisfao a um anseio fundamental dos brasileiros: o de que a lei seja respeitada por todos. Estamos, agora, diante da imperiosa necessidade de dar prosseguimento ao processo de regenerao dos costumes polticos e da restaurao dos princpios ticos na vida pblica, que nada mais do que se conseguir em novas bases um consenso em torno da obedincia civil. Existem reformas pendentes nas reas poltica e econmica, lacunas constitucionais a serem preenchidas, regulamentaes no realizadas, aprimoramentos da Carta que devero ocorrer em datas j definidas. Mas estas tarefas no esgotam a pauta de urgncias da cidadania. indispensvel inculcar no cidado comum o respeito lei. Esta aspirao antiga no Brasil. Capistrano de Abreu j sonhava com uma Constituio com dois nicos artigos: 1Apartirdestadata,todobrasileiropassaatervergonhana Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 22. 18 EM_V_GRA_008 cara;2Revogam-seasdisposiesemcontrrio.Numpas que combina o furor legiferante tradio de impunidade, o historiador compreendeu que o problema era menos a ausncia de leis do que a generalizada e permanente tendncia em desobedec-las. Simplificar e cumprir foram suas palavras de ordem. O socilogo americano Phillip Schmitter se confessou abismado pela naturalidade com que os brasileiros transgridem as leis em vigor. de se duvidar se uma Constituio como a de Capistrano pegaria no Brasil. Uma vez adotado o cumpra-se a lei, as normas vigentes no seriam suficientes? Caso no fossem, que mecanismos garantiriam o imediato cumprimento da nova lei? Mais: a desobedincia nova lei no aprofundaria ainda mais a desconfiana nas instituies? So questes que surgem espontaneamente num pas cuja cidadania ainda no internalizou a lei. (Jornal do Brasil, 01 out. 1992, p. 10.) (C6. esgranrio) Aponte a opo em que a palavra em destaque pertence mesma classe gramatical de o em (...): o de que a lei seja respeitada por todos. (1. pargrafo) (...) deu uma satisfaoa) a um anseio (...). (1. pa- rgrafo) (...) no esgotamb) a pauta de urgncias (...). (2. pargrafo) (...) que combina o furor legiferantec) a tradio de impunidade, (...). (3. pargrafo) (...) e permanente tendncia em desobedec-d) las. (3. pargrafo) (...) uma Constituio comoe) a de Capistrano (...). (4. pargrafo) Texto para a questo 7. Acompanho com assombro o que andam dizendo sobre os primeiros 500 anos do brasileiro. Concordo com todas as opinies emitidas e com as minhas em primeirssimo lugar. Tenho para mim que h dois referenciais literrios para nos definir. De um lado, o produto daquilo que Gilberto Freyre chamou de casa- grande e senzala, o homem miscigenado, potente e tendendo a ser feliz. De outro, o Macunama, heri sem nenhuma definio, ou sem nenhum carter como queria o prprio Mrio de Andrade. Fomos e seremos assim, em nossa essncia, embora as circunstncias mudem e ns mudemos com elas. Retomando a imagem literria, citemos a Capitu menina e teremos como sempre a interveno soberana de Machado de Assis. Um rapaz da plateia me perguntou onde ficaria o homem de Guimares Rosa outra coordenada que nos ajuda a definir o brasileiro. Evidente que o universo de Rosa sobretudo verbal, mas o homem causa e efeito do verbo. Por isso mesmo, o personagem rosiano tem a ver com o homem de Gilberto Freyre e de Mrio de Andrade. um refugo consciente da casa-grande e da senzala, o opositor de uma e de outra, criando a sua prpria vereda mas sem esquecer o ressentimento social do qual se afastou e contra o qual procura lutar. tambm macunamico, pois sem definio catalogada na escala de valores culturais oriundos de sua formao racial. Nem por acaso um dos personagens mais importantes do mundo de Rosa uma mulher que se faz passar por jaguno. Ou seja, um heri ou herona sem nenhum carter. Tomando Gilberto Freyre como a linha vertical e Mrio de Andrade como a linha horizontal de um ngulo reto, teramos Guimares Rosa como a hipotenusa fechando o tringulo. A imagem geomtrica pode ser forada, mas foi a que me veio na hora e acho que fui entendido. (CONY, Carlos Heitor. Folha Ilustrada, 5. Caderno, So Paulo, 21 abr. 2000, p. 12.) (UFF-RJ) Assinale a opo em que o pronome em destaque7. recebe uma referncia a elemento anteriormente expresso no texto: mas foi A que me veio na hora e acho que fuia) entendido. (par. 5). De um lado, o produto DAQUILO que Gilbertob) Freyre chamou de casa-grande e senzala, (par. 1). De outro, o Macunama, heri sem NENHUMAc) definio, ou sem nenhum carter. (par. 1). Um rapaz da plateia me perguntou onde ficaria od) homem de Guimares Rosa OUTRA coordenada que nos ajuda a definir o brasileiro. (par. 2). Acompanho com assombro O que andam dizendoe) sobre os primeiros 500 anos do brasileiro. (par. 1). (UFF-RJ) Assinale a opo em que a palavra destacada8. um pronome pessoal. Muitos deles ou quase a maior parte DOS quea) andavam ali traziam aqueles bicos de osso nos bei- os. E alguns, que andavam sem eles, tinham OS beiosb) furados. outros traziam trs daqueles bicos, a saber, um noc) meio e OS dois nos cabos. assim frios e temperados, como OS de Entre Douro ed) Minho. Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 23. 19 EM_V_GRA_008 porque neste tempo de agora OS achvamos comoe) os de l. (AFA) Assinale a alternativa que completa9. correta e respectivamente as lacunas abaixo. Se para ________ dizer, afirmo-lhe que a escolha nunca se dar entre _________ e _________. mim / eu / tua) eu / mim / tib) eu / mim / tuc) mim / eu / tid) Texto para a questo 1. tica para meu filho [...] Veja: algum pode lamentar ter procedido mal mesmo estando razoavelmente certo de que no sofrer represlias por parte de nada nem de ningum. que, ao agirmos mal e nos darmos conta disso, compreendemos que j estamos sendo castigados, que LESAMOS a ns mesmos pouco ou muito voluntariamente. No h pior castigo do que perceber que por nossos atos estamos boicotando o que na verdade queremos ser... De onde vm os remorsos? Para mim est muito claro: de nossa LIBERDADE. Se no fssemos livres, no nos poderamos sentir culpados (nem orgulhosos, claro) de nada e evitaramos os remorsos. Por isso, quando sabemos que fizemos algo VERGONHOSO procuramos afirmar que no tivemos outro remdio seno agir assim, que no pudemos escolher: cumpri ordens de meus superiores, vi que todo o mundo fazia a mesma coisa, perdi a cabea, mais forte do que eu, no percebi o que estava fazendo etc. Do mesmo modo, quando o pote de geleia que estava em cima do armrio cai e quebra, a criana pequena grita chorosa: No fui eu!. Grita exatamente porque sabe que foi ela, se no fosse assim, nem se daria ao trabalho de dizer nada, ou talvez at risse e pronto. Em compensao, ao fazer um desenho muito bonito essa mesma criana ir proclamar: Fiz sozinho, ningum me ajudou! Do mesmo modo, ao crescermos, queremos sempre ser livres para nos atribuir o mrito do que realizamos, mas preferimos confessar-nos escravos das circunstncias quando nossos atos no so exatamente gloriosos. (SAVATER, Fernando. tica para meu Filho. Traduo de: STAHEL, Mnica. So Paulo: Martins Fontes, 1997.) (Uerj)1. O leitor do texto construdo por meio de um jogo com os pronomes. Esse jogo reconhecido pelo emprego de: eu, em diferentes momentos do texto, que identifi-a) ca ora o leitor, ora o autor, ora a ambos. ns, que inclui o autor e outras pessoas, combi-b) nado a um eu que torna o leitor responsvel pelo enunciado. euevoc,alternadamente,comonumaconversa,c) combinado presena de ele, que o prprio leitor. voc, a quem o autor se dirige em especial, e ded) ns, que inclui o autor, o leitor e outros humanos. (Unitau)2. Observe: Essa atitude de certo modo religiosa deI. um ho- mem engajado no trabalho [...] Pedro comprouII. um jornal. Maria mora no apartamentoIII. um. Quantos namorados voc tem?IV. Um. A palavra um nas frases acima , no plano morfolgico, respectivamente: artigo indefinido em I e numeral em II, III e IV.a) artigo indefinido em I e II e numeral em III e IV.b) artigo indefinido em I e III e numeral em II e IV.c) artigo indefinido em I, II, III e IV.d) artigo indefinido em III e IV e numeral em I e II.e) (UFRJ) Numa das frases, est usado indevidamente um3. pronome de tratamento. Assinale-a: Os Reitores das Universidades recebem o ttulo dea) Vossa Magnificncia. Sua Excelncia, o Senhor Ministro, no compare-b) ceu reunio. Senhor Deputado, peo a Vossa Excelncia quec) conclua a sua orao. Sua Eminncia, o Papa Paulo VI, assistiu soleni-d) dade. Procurei o chefe da repartio, mas Sua Senhoriae) se recusou a ouvir as minhas explicaes. (Unitau)4. Em: CERTAS instituies encontram sua autoridade naI. palavra divina. InstituiesCERTASencontramcaminhonomercadoII. financeiro. As palavras, em destaque, so, no plano morfolgico e semntico (significado): Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 24. 20 EM_V_GRA_008 adjetivo em I e substantivo em II, com significado dea) algumas em I e corretas em II. substantivo em I e adjetivo em II, com significado deb) muitas em I e ntegras em II. advrbio em I e II, com significado de algumas emc) I e algumas em II. adjetivos em I e II, com significado de algumas emd) I e ntegras em II. advrbio em I e adjetivo em II, com significado dee) poucas em I e poucas em II. (UFRJ)5. O Padeiro (fragmento) Rubem Braga Tomo meu caf com po dormido, que no to ruim assim. E enquanto tomo caf vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o po porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para no incomodar os moradores, avisava gritando: No ningum, o padeiro! Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo? Ento voc no ningum?. Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha l de dentro perguntando quem era: e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: No ningum, no senhora, o padeiro. Assim ficara sabendo que no era ningum... Ele me contou isso sem mgoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. (In: Ai de ti, Copacabana. 4. ed. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1964, p. 44-45.) Que sentido assume o pronome indefinido NIN-a) GUM no texto acima? Quando esse pronome indefinido usado na fun-b) o sinttica de sujeito, a dupla negao pode ou no ocorrer. Justifique essa afirmativa, exemplifi- cando-a. (UERJ) Observe o texto:6. Precisamos adorar o Brasil! Se bem que seja difcil caber tanto oceano e tanta solido no pobre corao j cheio de compromissos... se bem que seja difcil compreender o que querem esse homens, por que motivo ele se ajuntaram e qual a razo de seus sofrimentos. (ANDRADE, Carlos Drummond de. Reunio. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1973. p. 36.) A palavra em maisculo tem papel interrogativo indireto (a expresso sinnima de por qual motivo), no podendo ser analisada como pronome relativo. O nico dos trechos a seguir, porm, que contm exemplo de um QUE relativo : Bendito o QUE semeia livros.a) lgico, portanto, QUE vos fale do ensino.b) so bem maiores do QUE quaisquer outras.c) Se bem QUE seja difcil compreender.d) (7. Cesgranrio) Assinale a opo que completa as lacunas da seguinte frase: Ao comparar os diversos rios do mundo, defendia com azedume e paixo a proeminncia .................. sobre cada um ................. . desse, daquele.a) daquele, destes.b) deste, daqueles.c) deste, desse.d) deste, desses.e) (U8. nirio) Assinale o item que completa convenientemente as lacunas do trecho: a maxila e os dentes denotavam a decrepitude do burrinho; .........., porm, estavam mais gastos que .......... . esses, aquela.a) estes, aquela.b) estes, esses.c) aqueles, esta.d) estes, esses.e) (C9. esgranrio) Para aliviar de Cristo os sentimentos. Para aliviar-lhe os sentimentos. O pronome lhe substitui a expresso destacada acima e apresenta valor possessivo. Indique a opo cujo pronome no apresenta esse valor: Concederam o perdo ao romeiro Concederam-lhe oa) perdo. Ajeitaram a roupa da santa Ajeitaram-lhe a rou-b) pa. O vento acariciava o rosto do padre O vento aca-c) riciava-lhe o rosto. Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 25. 21 EM_V_GRA_008 No pude ver o seu rosto No pude ver-lhe od) rosto. Afirmo que no puxaram o brao do religioso e) Afirmo que no lhe puxaram o brao. (Uerj)10. O mundo um moinho Cartola Ainda cedo, amor Mal comeaste a conhecer a vida J anuncias a hora de partida Sem saber mesmo o rumo que irs tomar Presta ateno, querida, Embora saiba que ests resolvida E em cada esquina cai um pouco a tua vida E em pouco tempo no sers mais o que s Oua-me bem, amor Presta ateno, o mundo um moinho Vai triturar teus sonhos to mesquinhos Vai reduzir as iluses a p Preste ateno, querida, De cada amor tu herdars s o cinismo Quando notares ests beira do abismo Abismo que cavaste com teus ps. Na linguagem coloquial do Brasil, ocorre frequen- temente a mistura na forma de tratamento. Escreva duas formas do texto que o comprovem. Texto para questo 12. Liberdade Deveexistirnoshomensumsentimentoprofundoque corresponda a essa palavra LIBERDADE, pois sobre ela se tem escrito poemas e hinos, a ela se tm levantado esttuas e monumentos, por ela se tem at morrido com alegria e felicidade. Diz-se que o homem nasceu livre, que a liberdade de cada um acaba onde comea a liberdade de outrem; que onde no h liberdade no h ptria; que a morte prefervel falta de liberdade; que renunciar liberdade renunciar prpria condio humana; que a liberdade o maior bem do mundo; que a liberdade o oposto fatalidade e escravido. Nossos bisavs gritavam: Liberdade, Igualdade e Fraternidade!; nossos avs cantaram: Ou ficar a ptria livre / ou morrer pelo Brasil!; nossos pais pediam: Liberdade! Liberdade! / abre as asas sobre ns!, e ns recordamos todos os dias que o sol da liberdade em raios flgidos / brilhou no cu da Ptria... em certo instante. Somos, pois, criaturas nutridas de liberdade h muito tempo, com disposies de cant-la, am-la, combater e certamente morrer por ela. Ser livre como diria o famoso conselheiro... no ser escravo; agir segundo a nossa cabea e o nosso corao, mesmo tendo que partir esse corao e essa cabea para encontrar um caminho... Enfim, ser livre ser responsvel, repudiar a condio de autmato e de teleguiado proclamar o triunfo luminoso do esprito. (Suponho que seja isso.) Ser livre ir mais alm: buscar outro espao, outras dimenses, ampliar a rbita da vida. no estar acorrentado. no viver obrigatoriamente entre quatro paredes. Por isso os meninos atiram pedras e soltam papagaios. A pedra inocentemente vai at onde o sonho das crianas deseja ir. (s vezes, certo, quebra alguma coisa, no seu percurso...) Os papagaios vo pelos ares at onde os meninos de outrora (muito de outrora!...) no acreditavam que se pudesse chegar to simplesmente, com um fio de linha e um pouco de vento!... Acontece, porm, que um menino, para empinar um papagaio, esqueceu-se da fatalidade dos fios eltricos, e perdeu a vida. E os loucos que sonharam sair de seus pavilhes, usando a frmula de incndio para chegarem liberdade, morreram queimados, com o mapa da liberdade nas mos!... Soessascoisastristesquecontornamsombriamente aquele sentimento luminoso da LIBERDADE. Para alcan-la estamos todos os dias expostos morte. E os tmidos preferem ficar onde esto, preferem mesmo 11. Para cada frase abaixo, associa-se um valor para a varivel x. (x=10) Eles foram praia sem ela e eu.I. (x=100) Ela trouxe um pote de doces consigo.II. III.(x=1000) A professora no queria ser vista com ns dois. IV.(x=10000) Os competidores ganharam uma me- dalha cada. Considere a funo f, dada por f(x) = (log x)2 . Calcule apenas os valores de f nos pontos do domnio da funo que apresentam as frases que esto corretas de acordo com a norma padro. Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 26. 22 EM_V_GRA_008 prender melhor suas correntes e no pensar em assunto to ingrato. Mas os sonhadores vo para a frente, soltando seus papagaios, morrendo nos seus incndios, como as crianas e os loucos. E cantando aqueles hinos que falam de asas, de raios flgidos linguagem de seus antepassados, estranha linguagem humana, nestes andaimes dos construtores de Babel... (MEIRELLES, Ceclia. Escolha o Seu Sonho (crnicas). Rio de Janeiro: Record. p. 9-10.) 12. (UFMG) Leia o texto e as passagens adiante: ...o sol da liberdade, em raios flgidos, brilhou no cu da Ptria nesse instante... (Hino Nacional Brasileiro) sol da liberdade em raios flgidos / brilhou no cu da Ptria... em certo instante.. (Ceclia Meireles) REDIJA um pequeno texto, JUSTIFICANDO a substituio do final do trecho do Hino Nacional Brasileiro, feita por Ceclia Meireles: NESSE INSTANTE por EM CERTO INSTANTE. Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 27. 23 EM_V_GRA_008 E1. C2. B3. Com a repetio, o autor enfatiza a ideia de que toda4. aquela vida sem esperana se refere a um menino, a uma criana, impedindo o leitor de se esquecer desse fato. B5. E6. A7. E8. B9. D1. B2. D3. D4. 5. O pronome ningum significa pessoa sem impor-a) tncia. Se o pronome (sujeito) anteposto ao verbo, nob) ocorre a dupla negao: Ningum veio. Se, po- rm, ele posposto ao verbo, a dupla negao ocorre: No veio ningum. A6. C7. B8. A9. Entre outras opes: Embora10. saiba que ests resolvida, Oua-me bem, amor / Presta ateno, o mundo um moinho, Preste ateno, querida Presta ateno. Esto corretas a II (x=100) e a III (x=1000). Assim,11. f(100) = (log 100)2 = 22 = 4 f(1000) = (log 1000)2 = 32 = 9 Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 28. 24 EM_V_GRA_008 Utilizando a forma em certo instante, Ceclia Meireles12. deixa indefinido o momento em que brilha o sol da li- berdade, tirando a noo de que isso ocorre num tempo determinado. Com o uso do pronome demonstrativo (na letra original), fica claro que a liberdade nasce no instante em que se proclama a independncia. Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br