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“Pela tua palavra lançarei as redes” (Lc 5,5)

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“Pela tua palavra lançarei as redes” (Lc 5,5)

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80 Anos de

Presença no Brasil

Ano Vocacional, tempo de Despertar.

Silêncio - Equilíbrio

Tudo é dom! Tudo é graça!

Minha gratidão a Deus, Autor de toda beleza, pelo dom da nossa existência...

A nossa Família Religiosa, pelo dom do Aconchego e da Acolhida...

A todos os amigos e colaboradores, pelo dom da partilha...

O silencio interior cria espaço e neste Deus habita. Não existem conflitos nem desentendimentos, pois é um espaço imaculado. Há paz. Nele não posso ser ferida, sou livre. Realmente, ele é sagrado. Há poucos dias, com lágrimas ou sorrisos, deixamos para trás o ano de 2016. Quantas situações aconteceram! Algumas com motivos de risos e alegria. Outras dor e lágrimas. Em todas elas a marca da Providência de Deus. Em todas elas a marca do amor, mesmo que a nossa inteligência e compreensão dos fatos tenham sido parciais. Por isso dizemos: Tudo é dom! Tudo é graça!

Queremos dizer Obrigada pelo ano que terminou e alimentar as nossas esperanças no Ano de 2017 que abraçamos com alegria e otimismo. Queremos e vamos trabalhar para que em 2017 haja mais encontros do que desencontros, mais avanços que da estagnação das nossas ideias e sonhos. Se houve muito tumultos e ruídos em 2016, queremos acolher um Novo Ano com silêncio para alcançarmos o equilíbrio do SER das nossas ações e discernir o que é importante na vida. O verdadeiro silêncio nos leva a gritar somente quando a vida é ameaçada. Portanto, o grito deve ser a expressão de uma atitude gestada no silêncio. Assim, será um grito pela paz.

Segundo a Espiritualidade de São Bento, a pessoa que deseja buscar o contato com Deus, deve passar pelo processo da integração consigo mesmo, com suas limitações e seus talentos. Sem se exaltar na prosperidade e nem se abater quando as intempéries atravessam a nossa vida. É buscar o caminho de encontrar o seu SER. Esse caminho é feito no silêncio, mesmo que atormentado pelas inquietudes cotidianas.

O desejo de ser o melhor acompanha a vida humana no campo intelectual, no mundo da ciência, nas artes e igualmente na vida espiritual. O que é buscar a santidade senão superar-se? Olhem a vida de Maria de Nazaré, Antão, Teresinha de Lisieux, Bento, São João da Cruz, Giustina e tantas Marias que conhecemos... Todos fizeram o caminho do silêncio.

Para os primeiros monges que buscavam o refúgio no deserto, na solidão, tinham como único companheiro no caminho espiritual para Deus, o silêncio. Sabemos que esse silêncio arquétipo da manifestação de Deus, exige do contemplativo uma constante atenção e adesão ao caminho proposto. Faz-se necessário silenciar no: silêncio das fantasias, da memória, do coração, do espírito. Fazer silenciar as impressões que introjetamos ou projetamos, as considerações, os preconceitos que marcam a personalidade, deixar-se transparecer, vir à tona o que lateja entre o eu real e o eu ideal. Tudo deve se aquietar-se para que a essência possa se manifestar. As angústias do coração devem se esvair para as dores da alma aparecer e serem tratadas com cuidado e amor.

Esse zelo precisamos descobrir para que as nossas comunidades possam ser verdadeiros ambientes curativos com a acolhida e o amor fraterno. Para essa engrenagem funcionar, necessitamos do silêncio. Gozaremos do equilíbrio na vida e nas ações. Portanto, fazer silêncio é necessário para tomar posse de si, sem ser intimista. Requer escutar a si, não se lamentar nem se consolar, mas, buscar a quietude que liberta e joga a pessoa para a amplitude do que ela pode vir a ser. Só quando a pessoa alcança a quietude de todo o ser, pode encontrar espaço para a contemplação. “A mais profunda lei no ser do homem é sua necessidade de Deus, de vida”. Tomaz de Aquino.

Como ansiamos alcançar essa vitória! Considerando o Ano Mariano proclamado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, vemos em Maria de

Nazaré a mulher por excelência do silêncio. No silêncio Maria gerou o Filho de Deus e alimentou a sua alma no silêncio das palavras ditas pelo anjo. Consideremos sabedoria procurar incessantemente viver na presença de Deus através do silêncio para alcançarmos o equilíbrio na vida e não sermos tragadas pelos atrativos do mundo e o fascínio das coisas passageiras. A alegria está em cumprir o plano divino no cotidiano das nossas ações, sem se sentir tolhida em suas expressões subjetivas e existenciais. Boa caminhada mariana na alegria de proclamar para o mundo que Maria Mãe da Providência é Mãe de todos nós.

Irmã Ana M. Gomes da Costa Superiora provincial.

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80 Anos de

Presença no Brasil

Ano Vocacional, tempo de Despertar.

Confiança em Deus

Um dos detalhes importantes na vida é uma simples palavra de nove letras que por ser simples se faz ao mesmo

tempo tão complicada às vezes. Especialmente quando todas as outras palavras vêm na frente dela: confiança.

Claro! Existem outras, também, que se fazem detalhes importantes na vida. Mas esta, refletindo bem, transforma

muito todas as outras palavras que colocamos na frente.

Confiança casa com fé, que casa com entrega e que casa com liberdade e que depois vai casar com muitas outras.

Óbvio! Isso é muito simples colocando aqui. Mas a complicação está quando tentamos viver uma vida de confiança

apenas regada pelo individualismo e narcisismo; aí a confiança passa a ser uma triste verdade infrutífera e

cansativa. E retornar para a verdadeira confiança, que se enraíza em Deus, fica bem complicado.

Confiança requer atenção, que faz nascer à consciência e a humildade, elementos tão importantes que eu considero

a fórmula perfeita para mudar o mundo. Ao menos o mundo em nossa volta, o mundo de nossas relações, o nosso

mundo interior.

Deus nos chama a uma confiança frutífera, uma confiança encarnada que faz de nós sinais. E ser sinal implica que

não sou eu que tenho em prima certeza disso, mas as outras pessoas, que veem em mim motivos para acolherem a

confiança, motivo para se deixarem conduzir por Deus.

Certo: mas o que é a confiança? Será que, de fato, eu como religiosa, como

leiga, como crente, vivo a confiança que acredito ter?

Bem, como descrição no dicionário, confiança é ter fé, esperar, entregar aos

cuidados. Vem de confiar. Sempre é bom lembrar o que diz o dicionário para

lembrarmos no concreto o que exige de nós no caminhar para Deus e com Ele.

Estamos chegando a mais um fim de ano civil, e abrindo a porta para um novo

ano, mas se formos perceber, estamos a cada amanhecer abrindo a porta para a

vida nova, estamos começando de novo, sempre e sempre. Sem precisar

exatamente da contagem de anos, os dias e, mais curtos ainda, os instantes, estão aí, nos alertando de que a

confiança em Deus faz toda a diferença neste mundo tão ferido e marcado.

Nós, como religiosas, ainda temos um compromisso ainda mais exigente de nos aprofundarmos na essência do ser

Beneditina da Divina Providência o que já nos dá bastante motivo para nos esforçarmos no ‘confiante abandono’.

São Bento enfatiza bem a necessidade da confiança em muitos pontos da Regra, e nossas Fundadoras deixaram

seus exemplos bem claros para que pudéssemos pôr em prática. E sabemos bem, São Bento, Maria e Giustina

Schiapparoli só se esforçaram dia após dia, em viverem a confiança inabalável em Deus, na pessoa de Jesus Cristo.

Por causa d’Ele, todo o esforço vale a pena. E existe exemplo de confiança maior, que a d’Ele? Não.

Em um tempo onde parece que os valores se perderam ou se camuflaram, se faz de

suma importância o ter fé, o esperar, o entregar-se aos cuidados, o confiar... Que

nos dão a certeza de que não somos órfãos, de que há um Amor maior que nos

impulsiona, de que nossa vida não veio do nada e de que Deus cuida de nós

diariamente, pacientemente, amavelmente.

Confiar nos faz perceber e acolher o outro como dádiva, como presente de Deus, nos

faz acolher cada instante com atenção. Atenção, eis aí a palavra perfeita para

comungar com confiança.

Na vida, atenção ao sagrado é que mantém nosso mundo unido e a falta de atenção e de cuidado é o que separa. E

este cuidado não está apenas na atenção com a situação do planeta quanto ao aspecto ambiental, ou, mesmo quanto

o “fazer a nossa parte”. Está intimamente ligado ao mandamento de Jesus: “Amai-vos uns aos outros como eu vos

amei”. E ainda, “Amai o próximo como a si mesmo”.

Espiritualidade

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80 Anos de

Presença no Brasil

Ano Vocacional, tempo de Despertar.

Para reflexão

Um dia um viajante pediu ao Mestre uma palavra de sabedoria que o guiasse pelo resto da viagem. O Mestre anuiu

afavelmente, mas como era um dia de silêncio, tomou uma folha de papel e nela escreveu uma única palavra:

“atenção”. O viajante ficou perplexo e disse: “Atenção? Mas é muito pouco. Não poderia aumentar um pouquinho?

” Então o Mestre pegou de novo um papel e escreveu: “Atenção, atenção, atenção”. “Mas o que significa esta

palavra, ” perguntou o viajante. O Mestre tomou finalmente o papel e escreveu clara e firmemente: “Atenção,

atenção, atenção significa...Atenção! ”

Irmã Lilian Soares

Síntese das Reflexões feitas pelo Pe. Vinicius Ponciano, CSSR Tema: Lc 5,5 Senhor, sob tua palavra, lançarei as redes.

Introdução:

Assembleia é também encontro de Oração. É encontro de partilha. Na partilha, percebem-se os retrocessos, os avanços e, também, esperanças.

Com Lucas, caminhamos um dia e meio. Em Lucas, há particularidades que não existem nos outros

evangelistas. Lucas revela um Jesus humano que, em sua missão, há fracassos e sucessos. É preciso lançar as redes sempre, sem desânimo e pessimismo. Isso significa novas mudanças, novos

lugares, novos costumes e novas degustações. Importante: colocar-se sempre em movimento de Esperança.

O caminho de Jesus é um caminho salvífico, de salvação. Todo o pensar, o ser e o agir de Jesus é uma ação salvífica. Lançar as redes é sempre um ato em conjunto; exige esforço, coragem, abnegação... Para entender Lucas 5,5, trabalhamos com o texto Lc 4, 1-44.

A vocação é um chamado divino; não é um desejo. O modo de entender a VRC hoje é muito diferente

do que foi na origem. Desde o início, a comunidade era orientada pelos Estatutos e pelo Carisma; era mais

carismática; havia inter-relacionamentos. A gente sabia que, ao entrar, se abria mão do próprio querer para entrar no querer da comunidade e da Congregação. Uma espiritualidade de abnegação, ascese e recolhimento. Tudo era fundamentado na espiritualidade, no Carisma, nos projetos dos Fundadores/as.

Hoje, a VRC está num processo de liquidez: é mais funcional, institucional, estética, de

performance; há conectividade e não relacionamento; os ícones da WEB são o próximo mais próximo; cai-se no individualismo: mentalidade consumista, ter sempre mais e mentalidade de relaxamento. Nada de

ascese, recolhimento ou abnegação. O novo é muito cognitivo, pouca experiência e pouco discernimento. A VRC fundamenta-se em dois eixos: antropológico e teológico. O teológico exige recolhimento,

espiritualidade, contemplação. Lc 5,4-5: É preciso lançar as redes em águas mais profundas; para isso, é preciso ter coragem de correr risco.

É preciso ser mais religiosa. Sair da mesmice (sempre à margem do lago). Há cinco tipos de comunidades:

1. Comunidade cabide ou guarda-roupa

2. Comunidade sindical 3. Comunidade de consumo

4. Comunidade carnaval

5. Comunidade virtual Nota: Ler o Artigo “A VR na era digital. Oportunidades e Desafios” de Martín Carbajo Nuñez, OFM

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80 Anos de

Presença no Brasil

Ano Vocacional, tempo de Despertar.

A comunidade virtual não aceita sentar-se à mesa e olhar para o outro. Prefere-se o quarto. Prefere os “amigos virtuais”. Estes existem???

Voltemos ao caminho de Jesus, um caminho de salvação.

1. Jesus saiu de Nazaré e foi ao Jordão (Lc 3,21-22). Lá recebeu o Espírito Santo. Nós também recebemos no dia da Primeira Profissão.

2. Jesus foi ao deserto (Lc 4,13), espaço do discernimento, lugar do silêncio e do encontro com Deus. É aí

que o Pai age, mas também o demônio (as três tentações). Quarenta dias: tempo sem estrutura, falta tudo

até o alimento. Por que também o religioso busca o prazer, o ter e o poder se fez os três votos? 3. Jesus voltou à Galileia (Lc 4, 14-15): lugar teofânico, de profecia, de missão, dos pobres. Aqui deve ser

nosso lugar, pois a VR deve ser teofânica. 4. Jesus foi a Nazaré (Lc 4,14-30): Leu o texto de Isaías: “O Espírito do Senhor está sobre mim”. O mesmo Espírito

que esteve no Jordão, no deserto, na Galileia, em Nazaré, etc. Este é o projeto de Jesus, sua Missão. Este Espírito

está também sobre mim na minha Missão. Caso contrário, eu sou um voluntariado, uma ONG. Ele

ensina na Sinagoga (mais afetiva e familiar) e, não, no Templo (mais litúrgico). A casa é o espaço orante, consagrado. Nossas casas não devem ficar fechadas aos pobres. O povo e o demônio O levaram ao monte para jogá-Lo lá embaixo (como no pináculo de Jerusalém). Não se vive a Consagração só no ouvir a Palavra; é preciso vivê-la. A nossa vida deve ser um chegar e um sair, vivendo na comunidade e, não,

fora dos muros. 5. Jesus vai a Cafarnaum (Lc 4,31-44): O povo ficava admirado com o seu ensinamento. O religioso deve

ser um seguidor de Jesus e, não, um admirador. Ele mandou o demônio calar a boca. O demônio aparece no deserto, no Templo, na Sinagoga, no Homem... nunca no inferno. Ele quer atrapalhar a missão de Jesus. Quais os males que existem na nossa comunidade? Sabemos calar a boca diante do mal?

6. Jesus deve ir a Jerusalém, onde deve morrer na cruz por tudo aquilo que fez durante seu caminho. Ele conclui: “Tudo está consumado”. E o Pai O ressuscitará.

Nosso caminho: o Senhor nos chamou, nos escolheu, nos designou e nos enviou em missão. O relacionamento de Deus conosco é afetivo.

Há muitas situações no nosso caminho que desgastam a missão, mas não vêm da missão, vêm da comunidade. Não somos grupos, somos irmãs; somos família religiosa. Viver em comunidade exige ascese.

A crise na VRC é mais pessoal do que carismática; é do próprio religioso e, não, da VR. Nós não brigamos por causa do carisma ou dos pobres, mas por causa dos próprios conflitos. Fica-se mais no universo

da Psicologia e da Antropologia do que no universo da Espiritualidade. É preciso resgatar a comunidade, uma comunidade carismática e apostólica (não funcional). É preciso

resgatar a pertença, que não é acomodação. Pergunto-me: a) Meu caminho é de salvação?; b) Os outros percebem isto?; c) Somos grupos ?; d) Somos

mais funcionais? e) Dou minha contribuição para que minha comunidade seja salvífica?; f) Onde jogo a minha rede?

A comunidade é o útero da VRC. Não é uma equação matemática. Ela tem que ser inclusiva. Saber trabalhar com as causas genéticas de cada uma.

O caminho salvífico de Jesus: é pedagógico “Se alguém quiser ser meu discípulo...” ou “Se alguém quiser me seguir, renuncie-se.…”. A VRC fundamenta-se no discipulado e temos que aceitar as exigências do seguimento de Jesus: renúncia de si mesmo (vontade de carregar a cruz).

O caminho salvífico de Jesus é humano e afetivo (a cura da sogra de Pedro, do cego...) Na vida, desejo AMOR, não pode ser pelo impulso. Agir na caridade, na paciência. Devemos ser afetivas. Não somos retilíneas: hoje, no auge; amanhã, estressada; às vezes, desanimada.

Jamais perder o sentido humano/afetivo de nossa vida. A consagração não anula a humanidade, mas é preciso ser consciente para não ser laxista ou superexigente. Encontrar-se, dialogar, comungar, corrigir-se.…

tudo faz parte de vida da comunidade. Encontrar-se e, não, enfrentar-se.

Agora é a hora do testemunho. O Papa Francisco está nos pedindo muito isto. Aliás, no início da VRC, havia menos discursos e sermões e muito mais testemunho, mais espiritualidade.

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Ano Vocacional, tempo de Despertar.

Conclusão: Jesus chega ao Lago de Genesaré (LC 51-11). Encontra-se com Pedro e manda lançar as redes em águas mais profundas. Pedro vivia na mesmice de pegar peixes às margens. Pedro responde ironicamente: “Mestre”, pois, no momento, ele recusa ser seu discípulo. Mesmo irredutível, ele enfrenta o mar. O mar, para o semita, é o símbolo do medo, do demônio. Diante do milagre da pesca, Pedro atirou-se

aos pés de Jesus. E, diante do convite de Jesus, deixou tudo e O seguiu. Há diferença entre ouvir e seguir a Jesus.

Neste processo é importante ter a convicção do chamado, da resposta e do seguimento. Cada uma faz uma experiência particular. Colheremos o que plantamos.

Há instâncias comunitárias, congregacionais e eclesiais, mas a maior parte é existencial. Não cair em “guetos”, isto é, próximos, mas separados.

Lc 5,6 – Apanharam grande quantidade de peixes. Eis a força da comunidade. É necessário ter coragem de lançar as redes e, neste lançar e puxar as redes, faz-se a experiência pessoal do lançar-se em águas profundas.

Sem a comunidade, são inúteis os desejos pessoais, os projetos pessoais, os fazeres pessoais. Numa visão mais holística, comunidade é toda a Província, é toda a Congregação, é a Igreja. Sem arrogância. Não

podemos deter a ação do Espírito Santo. Os discípulos deixaram tudo para trás. Nós também deixamos para trás nosso querer, nossa vontade,

nossa segurança e nossos pertences. Devemos ser importantes porque somos importantes para Deus.

Não temer as coisas humanas; confiemos mais na Divina Providência.

Para refletir: Quem, numa manhã de segunda-feira, pode alimentar-se dos Salmos, da Palavra, da Eucaristia e do café com pão? Quem?

Irmã Wally Cúnico

GENTILEZA: Gestos Que Transformam Tão logo alguém diga da gentileza: que me importa ela?

Pode-se estar seguro de que a convivência entre os humanos está perdida. Precisamos refletir no que

estamos fazendo com nossas relações e com nossa coexistência neste mundo.

A palavra gentileza vem do latim gentilis, um termo que designava à mesma

família ou clã, geralmente unidas pelos laços sanguíneos. Acreditamos que

entre familiares e conhecidos próximos, a convivência é centrada no respeito.

Nesse sentido, o filósofo Immanuel Kant ensina-nos que existe uma enorme

diferença entre os humanos e as coisas. As coisas são usadas por nós, já os seres

humanos merecem reverência e dignidade, portanto, ser gentil é tratar e ser

tratado como gente.

O Papa Francisco ensinou-nos uma belíssima oração: A oração dos

cinco dedos, livro de Paulinas Editora. Poderíamos usar o mesmo exemplo do

bispo de Roma para tentarmos praticar a gentileza, baseados em cada um de nossos dedos. Desse modo, ao tocarmos

qualquer objeto ou ser humano, deveríamos nos lembrar de sermos gentis com alguém naquele mesmo momento.

Vejamos como isso seria.

O polegar é o dedo mais próximo de nós. Segundo Madre Teresa de Calcutá, “se quisermos a paz mundial, devemos

ir para casa e amar nossa família”. Nada melhor do que começarmos a tratar com gentileza aquelas pessoas que

estão mais próximas de nós: pais, esposos, irmãos, tios, vizinhos. Já será uma excelente prática para estendermos

aos demais.

O indicador lembra –nos de sermos gentis por quem tem a missão de nos orientar no caminho certo. São aquelas

pessoas que se dedicam ao ensino, à educação, à saúde, porque esses mestres a nossa vida são impossíveis. Devemos

ser gentis com nossos professores, médicos, sacerdotes, advogados...

O médio o nosso dedo mais alto, lembra-nos de tratar com gentileza nossos governantes. Em tempos de crise política

e mesmo que muitos políticos não estejam tão próximos de nós, não ajudamos em nada, quando generalizamos, nas

redes sociais e em nossas conversas, que todos os políticos são iguais e corruptos. Devemos ser gentis com eles na

forma que falamos sobre os mesmos.

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Presença no Brasil

Ano Vocacional, tempo de Despertar.

O anelar nosso dedo mais frágil, convida-nos a praticarmos a gentileza para com os mais fracos deste mundo:

doentes, mendigos, imigrantes e excluídos da sociedade. Um ser humano que trata com gentileza as pessoas dos

dedos já citados e não lida da mesma forma, com o dedo anelar, jamais foi e será gentil, mas é apenas um grande

interesseiro. A face dos desvalidos é um imperativo ético para aqueles que se dedicam a mudar o mundo e a história.

O dedo mindinho por fim, sugere sermos gentis conosco mesmos, depois de praticarmos a gentileza para com

todos. De Acordo com a filosofa alemã Hannah Arendt, “se discordo de outras pessoas, posso me afastar; mas não

posso me afastar de mim mesmo, portanto, é melhor que eu primeiro tente estar de acordo comigo mesmo antes de

levar os outros em consideração”.

A prática da gentileza quebra as regras estabelecidas pelo terrível reino do pecado do orgulho. É bem

conhecida a famosa sentença: “Gentileza gera gentileza”. Acrescentamos que gestos gentis geram também amor,

alteridade e paz, porque a falta de ações formosas nos conduz à mentira, à arrogância, à violência e tantos outros

males que brotam do interesse pessoal sobreposto ao interesse dos demais. A gentileza motiva-nos a respeitar a

todos, o tempo todo e em todo lugar. Segundo Santo Agostinho, “para que houvesse um início o homem foi criado,

sem que antes dele ninguém o fosse”. Nossa missão é iniciarmos algo novo e relações novas.

Colaboração: Ir. Ângela Maria Medina de Souza

Meu nome é Roberta da Silva e com grande alegria recordo-me do encontro

vocacional que aconteceu em Campos Gerais, nos dias 28 e 29/08/16.

Foi uma experiência muito gratificante estar com as Irmãs Beneditinas, que nos

acolheram com muito amor e carinho. Foi muito bom aprender e sentir o quanto

Deus nos ama, que cada uma de nós temos um chamado, somos escolhidas

para um plano de amor e felicidade.

Gostei muito dos momentos em que cantamos, dançamos, assistimos filme e,

é claro, nos conhecemos mais. A apresentação do grupo, em que eu interpretei

Giustina Schiapparoli, sempre ficará gravada em meu coração, pois para mim

foi emocionante.

Desde já, muito obrigada. Forte abraço.

Vocacionada - Roberta Silva

No dia 12/11/16, as Irmãs animadoras vocacionais, as aspirantes e as postulantes, estiveram na Casa

provincial, para participar da formação vocacional.

O assessor, Pe. Brito, com uma vasta bagagem na área vocacional, trabalhou o tema do Itinerário

Vocacional: Despertar, discernir, cultivar e acompanhar, servindo-se do livro

Evangelho da Vocação, de José Lisboa.

Elenco, alguns comentários do Pe. Brito:

DESPERTAR Uma fraqueza de nossas Congregações é que nem sempre seus membros se

entendem como despertadores vocacionais. Às vezes a nomeação de alguém

como responsável principal, é confundida com nomeação para a

exclusividade. Não podemos confundir nomeação, com exclusão. A

nomeada como responsável principal é uma animadora de todos os membros. O grande perigo

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é pensar que, tendo uma responsável, ela deve fazer o trabalho que caberia a

todas. Mas, em virtude da pertença à Congregação, todos os membros da

Província devem e podem... participar do projeto de Animação Vocacional.

O despertar vocacional é o primeiro passo, para que possa acontecer os

seguintes e nele devem ser envolvidos todas as etapas de formação,

colaboradores das nossas obras, amigos, oblatos, familiares dos religiosos, etc.

Precisamos libertar-nos do NÃO que está dentro de nós: Será que esta jovem

vai querer ouvir sobre vocação? Será que o Padre vai deixar que eu fale sobre

vocação?... Precisamos nos vacinar contra o NÃO INIBIDOR. Em seu lugar colocar: EU VOU

TENTAR...

É preciso ter tempo para a jovem que é despertada; não pedir para voltar depois. Nunca dizer a uma jovem

que não pode atender. O acolhimento é imprescindível para criar um elo. É muito importante que os jovens

sejam despertados a conhecerem o Carisma.

Que nossa pequenez pessoal e comunitária, nossa falta de testemunho, nossas diferenças, não sepultem o

desejo das jovens de seguir a Jesus Cristo, em nossa Congregação. É preciso suplantar as nossas

divergências, em favor da Animação Vocacional. Nada deve manchar a beleza do testemunho, que é fonte

de vocações.

O Carisma é evangélico e, depois de mim, a Igreja, o povo, a Congregação continuarão necessitando de

vocações, para tornar visível o Reino de Deus.

Sou uma animadora vocacional pelo meu modo de ser, de falar e de amar as vocações, amar a Igreja, amar

a Congregação...

O Evangelho é cheio de princípios e deve ser trazido para a animação vocacional.

É muito necessário que cada comunidade nossa invista em formar Equipe Vocacional, nas paróquias e em

nossas obras (EVPs e EVE).

ACOMPANHAMENTO

Neste passo do processo vocacional, vamos acompanhar a jovem, dando a ela condições para que possa equacionar

seu discernimento vocacional. Ajudar a esclarecer as dúvidas da vocacionada é próprio do acompanhamento. Aqui

a animadora vai oferecendo informações, contatos, conhecimento mais profundo e ela vai adquirindo condições

para discernir.

Há dois tipos de seleção: para acompanhamento e para ingresso no aspirantado.

O acompanhamento é a fase mais importante da animação vocacional. É aqui onde gastamos mais tempo, mais

dinheiro, mais material, mais garra, mas é a ação mais importante que permite à jovem fazer um ótimo

discernimento.

Para o ingresso da candidata no aspirantado, é ideal que ela seja avaliada pela equipe do SAV, sempre que

possível. A animadora que a acompanhou apresenta um dossiê da jovem e, juntas, avaliem a possibilidade

ou não do seu ingresso. Em alguns casos isso não será possível, pelas distâncias e outras dificuldades, mas

que procuremos fazer da melhor maneira, o que se aproxima do ideal.

É muito importante que a animadora vocacional, abra espaço para que todas as Irmãs da comunidade

tenham contato com as jovens em acompanhamento vocacional, para que juntas possam ir avaliando a caminhada da (s) jovem (s). Que nunca uma

Irmã sozinha aprove ou desaprove a candidata. Esta seleção é a conclusão

do trabalho do SAV.

É muito importante a visita à casa da candidata. Mas, esta deve ser

preparada e aceita por ela e sua família. Não é producente esperar sempre

pela visita da jovem em nossa comunidade. É bom tomar a iniciativa

quando há um índice de interesse por parte da jovem. Esta visita é para

sentir a candidata, sua família, amizades, participação eclesial, contexto

social, conhecer a sua realidade.

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ESTÁGIO VOCACIONAL

No estágio vocacional a jovem deve receber uma boa bagagem formativa, em todas as dimensões. Faz parte

do estágio participar dos encontros formativos: EnVoc (Encontro Vocacional de dois dias), ConVoc

(Convivência Vocacional de seis dias) e ConVocaRe (Convivência Vocacional com Retiro).

Ademais destes encontros, deve passar uma ou duas semanas em uma comunidade religiosa, mas com uma

Irmã responsável, que assume orientá-la e dar-lhe formação. A jovem não deve estar na comunidade apenas

para observar a vida das Irmãs. Apenas isto, desqualifica o estágio e desanima a jovem. É preciso momentos

fortes de oração e formação, inserção nas atividades e na vida comunitária.

Em todo o trabalho da animação vocacional, é importante fazer e guardar os registros das atividades

realizadas, das jovens que tiveram algum contato ou que são acompanhadas. Estes registros ajudam na

compreensão e conhecimento da jovem e de seu grau de interesse. Também ajuda a saber o que já foi

oferecido à jovem, no caso de trocar a animadora.

Na animação vocacional é preciso fazer tudo com amor e acreditar no processo das jovens.

O Pe. Brito também analisou com o grupo os critérios de acompanhamento externo, das jovens.

Estes critérios estão no material que cada animadora vocacional recebeu.

O Pe. Brito, animou a todas as Irmãs a fomentarem em suas paróquias a formação da Equipe Vocacional

Paroquial (EVP) e/ou um Movimento de Animação Vocacional (MAV). Para orientar este trabalho, o padre

usou o seu livro, “Animação Vocacional, Equipe Vocacional Paroquial”.

Este livro a Província adquiriu um para cada comunidade. Seria muito bom

todas lerem.

Na animação vocacional é bom pensar grande, com os pés no chão. O padre

recomendou uma postura afoita, aguerrida, sábia, criativa e corajosa, a

exemplo dos primeiros cristãos.

Deus conta conosco para chegar ao coração das pessoas. Ele nos quer como

portadoras de seu amor. Animar as vocações é dar qualidade à Igreja,

levando pessoas para o encontro com Deus e com a comunidade. As

renúncias que fazemos, com os votos, são em favor de algo muito maior, que é o Reino de Deus.

“O segredo de toda animação vocacional é o amor por esta causa”. (Pe. Brito)

Pelas participantes, Ir. Odir Teresinha

O encontro dos dias 26 e 27 de novembro, no Lar Madre Benedita, foi um dos

mais belos de que já participei até hoje. Lembro de cada momento em que

pensamos em nossa vida como um barco que é conduzido por Deus. Estes dias,

orientadas pelas Irmãs Daiana, Beatriz e Raimunda, marcaram minha vida.

Pensar em tudo o que já vivi e pensar no que vou encontrar, futuramente, foi

muito importante para mim. Posso dizer que foi uma ótima preparação para nós

que vamos ingressar no aspirantado, no próximo ano.

Muito obrigada, Irmãs!

Participantes: Josilene Terezinha, Emmily Louise e

Roberta.

Quero navegar cada vez mais...

Vocacionada Josilene Terezinha

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80 Anos de

Presença no Brasil

Ano Vocacional, tempo de Despertar.

“Eu não sei nada que cada um de vós já não saiba.

Se estivermos lá, onde a Graça de Deus dança,

também nós dançaremos”

- Auden

No dia 1º de janeiro, deste novo ano, dia da paz e festa Solene de Santa Mãe de

Deus, o Senhor me permitiu a graça de

renovar os votos de Obediência, Castidade e Pobreza. E, para mim, renovar

reflete os passos importantes que dei ao longo destes três anos de Profissão

Simples e também os oito anos em que respondi ao chamado do Senhor. Alegro-

me com a presença de minhas coirmãs, de poder somar com a nossa história de

Irmãs Beneditinas da Divina Providência. Alegro-me com as graças permitidas

por Deus na dança da vida, pelo esforço em testemunhar, em muitas de nós,

mesmo diante de tantas dificuldades. Alegro-me por este dia ser motivo de

celebração, de convite à renovação também para todas, não apenas para mim.

Neste tempo de mudanças, processos dolorosos e de muito, muito aprendizado,

peço a graça do silêncio interior para deixar-me renovar no amor, na delicadeza,

na esperança que me move e me impulsiona sempre a Deus. Vivencio a busca

incentivada pelo convite do Senhor: “Vinde e vede”. E tantas coisas vi e vivi ao

longo destes verdes anos. Rezo, agradecida pela paciência d´Ele ao me ensinar

cotidianamente e assim me encorajar para ver o mundo sempre com fé. A olhar

para todos, em volta, acolhendo Ele, que está em todos.

Renovo não apenas em um momento específico os Votos, mas renovo todos os

dias o compromisso com Ele, minha resposta na liberdade que tenho em segui-

Lo. Renovo com a consciência de que na vida, a renovação se dá através também de podas, de secas, de luzes e

sombras que auxiliam no meu processo de um dia estar toda n´Ele, Jesus Cristo.

Enfim, partilho a palavra que me renova: Gratidão, a palavra que em minha vida ressalta toda a emoção e o

significado de renovar, de confirmar o meu sim a Deus, na Vida Consagrada. Gratidão.

“Sois Vós, ó Senhor, o meu Deus! Desde a aurora ansioso Vos busco! ”

Irmã Lilian dos Santos Soares

“Abertos ao Espírito do Senhor, elas procuravam desenvolver sua obra

com o trabalho, na simplicidade de vida. A obra foi crescendo, graças ao sacrifício

e doação das duas irmãs Maria e Giustina Schiapparoli também devido à

colaboração de muitas pessoas abnegadas e caridosas”. São essas realidades

que nós vivenciamos, este ano, em nossa missão de

Guiné Bissau – Catio. Acolhendo, assistindo e

educando.

Graças a nossa Superiora provincial e suas

conselheiras que ouviram as nossas necessidades, dos nossos alunos e nossos

pais e encarregados de Educação e deu-nos licença de poder começar o 3º Ciclo

de ensino (sétima, oitava e nona classe), começamos este ano com sétima,

depois, ano que vem, oitava e assim seguida.

Missão Ad’ Gentes

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80 Anos de

Presença no Brasil

Ano Vocacional, tempo de Despertar.

7ª classe

A providência nunca falta para nós, é por isso que agradecemos a nossa Madre Geral Lina Girotto

pela ajuda e apoio de poder ver a nossa realidade, de nossas crianças que algumas vezes encontramos

dificuldades na questão de alimentação. Este ano letivo 2016/2017 os nossos alunos estão se alimentando

na escola. Rezamos para todas as irmãs e todos os colaboradores pela bondade e

sacrifícios que fazem para poder facilitar a vida do nosso povo e nossa missão de

Guiné Bissau.

A Providência Divina na Alimentação

No Centro de Recuperação Nutricional nos tornamos

providência para as aldeias mais distantes, pesando as

crianças e desparasitando as; encontramos algumas

crianças e mães que estavam doentes, outros foram

atendidos no centro mesmo e outros foram levados ao hospital, mas feito

acompanhamento com Irmã Odília Imbula Sengo.

Centro Nutricional

Outra surpresa que conseguimos foi fazer a quadra de esportes para as crianças

fazerem educação física, porque faziam educação física no nosso campo de escola.

Todos os louvores e agradecimentos a todos que nos ajudaram e colaboraram para

que este ano fosse melhor, ano de muitas bênçãos para nós.

Feliz Natal e Feliz Ano Novo 2017. Que Deus abençoe a todos!

Ir. Alice Namenge

Crônica de um Encontro Data: 22 e 23 de outubro de 2016 Local: Sítio São José, no Embu-Guaçu/SP Quem éramos? Quatorze Superioras locais, a Superiora Delegada da Delegação “Holy Spirit” Irmã Maria Della Giustina e a Superiora provincial Irmã Ana Maria Gomes da Costa. Facilitar: Padre Vinicius Ponciano, CSSR Tema: A Misericórdia de Jesus e seus reflexos nos relacionamentos interpessoais. Para quem leu a “Laudato Sì” do Papa Francisco, o local é o espelho da natureza preservada e a imagem do “´Édem” bíblico. O tempo bom e o ar puro e fresco convidavam-nos à contemplação da obra da criação e ao louvor da mão preservadora do ser humano. O início do encontro deu-se na Casa Provincial, em Santo André/SP, ainda no dia anterior, dia 21 de outubro de 2016, onde pernoitamos. Às 5h30min do dia 22 de outubro, partimos de micro-ônibus, percorrendo o Anel Rodoviário, contemplando a Represa Billings e a natureza que despertava. Não faltou a parada de 45 minutos por causa de um acidente com mortes. Que Deus os acolha no seu Reino!

Chegando, fomos acolhidos (o Padre Vinicius viajou conosco) pela Superiora provincial Irmã Ana Maria Gomes da Costa, a Postulante Thaina Pugliese, a cozinheira Dona Rosa e a família guardiã do Sítio “São José”. Cada uma procurou seu quarto e, sobre o travesseiro, encontramos a mensagem de acolhimento de Irmã Ana, chamando-nos de “Bem-aventurada”. Ao colocar a mochila sobre a cama, li: “Bem-aventurada és, Irmã, se a tua mochila vai esvaziando de coisas e teu coração não sabe onde colocar tanto amor”.

O café já estava à mesa. Com alguns minutos de atraso, com relação ao horário pré-estabelecido, iniciamos nosso

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Encontro com a Oração e a proclamação do texto bíblico: 2Ts 3,7-12. Padre Vinicius Ponciano, já conhecido por nós, desenvolveu o tema, tendo, como pano de fundo, o Motu Proprio “Misericordiae Vultus” do Papa Francisco e os textos bíblicos: Sl 136, Sl 50, Lc 15,11-32 e Ex 3,1ss. Didaticamente, ele seguiu o seguinte esquema:

1. Considerações sobre a realidade em que vivemos. 2. A Misericórdia de Deus na criação e na história da Salvação. 3. A Misericórdia de Jesus e seus reflexos nos relacionamentos interpessoais.

Algumas anotações que achei importantes, passo para você que for ler esta crônica: a) Sobre a época pós-moderna:

É uma época que está compromissada com a justiça e não com a Misericórdia.

É uma época de liquidez, levada pelo desejo e pelo impulso; quando este acaba, descarta a pessoa como qualquer mercadoria.

O passado não lhe interessa.

Não olhe para cima; Deus não existe.

Eu sou o sujeito de direitos (iure); portanto, um processo cultivado do individualismo.

b) Sobre a Misericórdia de Deus na Criação e na História da Salvação:

Todo o Gênesis é ato visível da misericórdia de Deus; devemos ler os comportamentos do início da humanidade, não como pecados, mas como misericórdia de Deus.

No êxodo, Deus ouve o clamor do povo porque “eterna é a sua misericórdia” (Sl 136).

A História da Salvação é a carta de amor de Deus para a humanidade.

A Misericórdia é a razão de ser de Deus; Ele move mãos, pés, rosto e palavra misericordiosamente.

c) A Misericórdia de Jesus e seus reflexos nos relacionamentos interpessoais:

Todos os reflexos e gestos de misericórdia de Jesus emanam de sua intimidade com o Pai – Abba!

Jesus é humano em Belém, em Nazaré, em Betânia, na Samaria... na planície ou no monte, no deserto ou à beira-mar.

Toda a missão de Jesus é fundamentada na misericórdia.

As atitudes de Jesus são compaixão, ternura, afeto e benevolência, como as do Pai.

d) Outras considerações:

Não fomos preparadas para esta pós-modernidade; somos mais funcionais que carismáticas.

Nossas instituições nasceram mais carismáticas, mais experiência de Deus, mais espiritualidade, menos jurídicas.

Nas relações interpessoais, não pode haver opção preferencial por esta ou aquela pessoa, mas transbordamento de afetividade. Opção, só pelos pobres.

Gostar/amar na linha do desejo é consumir, digerir, exterminar, descartar o outro, mas quem ama é misericordioso, perdoa, não descarta, não censura, não maldiz.

A VRC pode mudar o mundo e mudará pelo testemunho; o seu fracasso é culpa de seus caprichos.

Não só de reflexão foi nosso Encontro. Houve momentos recreativos e de distensão. A tarde do domingo foi reservada à aprovação dos objetivos para o ano de 2017 e às comunicações da Superiora provincial.

Ponto alto, sem dúvida, foi a Celebração da Eucaristia, na Capelinha do Sítio “São José”, no

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sábado e no domingo. Padre Vinicius, a quem agradecemos muito, despediu-se, após o almoço, no domingo.

Às dezessete horas do dia 23 de outubro de 2016, deixamos este oásis de paz e de harmonia e retornamos, ainda de microônibus, à Casa Provincial, em Santo André/SP. A mochila, sem dúvida, estava cheia de gratidão e de misericórdia. O Encontro aconteceu, porque eterna é a misericórdia de Deus Pai Providente.

Pelo grupo presente, Irmã Wally Cunico

Origem do Escudo da Congregação das Irmãs Beneditinas da Divina Providência

Segundo as pesquisas realizadas no Arquivo da Casa geral, em Roma, pela Secretária geral Irmã Maria das

Dores Paz, foi encontrada uma carta do Abade Lugano, endereçada à Madre Elena Arbasino, no dia 07/04/1936,

que reza o seguinte: “Antes de terminar esta carta, acrescento uma outra coisa. Na capa do livro, ficaria bem

colocar o escudo ou sigilo do próprio Instituto. Não lembro de tê-lo visto impresso nos documentos apresentados

à Sacra Congregação. Mas se ainda não existisse, convém providenciá-lo, pois irá servir para os atos oficiais e

de autoridade. Pois, se estiver na capa das Constituições editadas, será uma ótima coisa, quero dizer, o ato

realizado nestes tempos será mais completo”.

Também nos Atos do Capítulo Especial de 1968, mais precisamente no dia 22/08/1968, está anotado quanto

Irmã Colletta Bernini, membro do Capítulo, disse: “Em 1936, fomos reconhecidas de Direito Pontifício, fizemos o

Escudo “Ora et Labora”, ganhamos o Escapulário, o Abade Lugano fez a revisão da Regra, segundo o Espírito

Beneditino”.

Madre Emanuele Bonacina, ex superiora geral, nossa centenária (104 anos), há alguns anos, confirmou

que o Escudo foi realizado pelas Irmãs Gemma Molinari e Gaudenzina Jacaccia, a pedido de Madre Elena

Arbasino, Superiora geral na época, para poder imprimi-lo nas Constituições. De fato, na

capa das Constituições de 1936, encontramos o escudo estampado pela Tipografia Poliglota

Vaticana.

No Escudo, encontramos a síntese da espiritualidade e da missão do Instituto:

Olho e raios de luz em forma triangular: dimensão trinitária da nossa vida.

Ramo de oliveira: símbolo da paz

PAX: saudação beneditina

Ora et Labora: moto beneditino - oração e trabalho

Contorno- Irmãs Beneditinas da Divina Providência: cada membro manifesta com a

vida a espiritualidade beneditina da Divina Providência.

Nota: ao longo dos tempos, o Escudo sofreu algumas transformações nas cores, mas não no conteúdo.

Roma, 27 de setembro de 2016.

Vinhedo/SP, 16 de novembro de 2016.

Queridas Irmãs e demais presentes,

Quem vê o Filho e nele crê esse tem a vida eterna e eu o farei ressuscitar no último dia, diz Jesus.

Irmãos, hoje, nós estamos unidos em torno deste altar celebrando a Páscoa de nossa querida, alegre e divertida

Irmã Martinha que partiu para a casa de Deus. Confessamos com a nossa fé e confiamos em Deus, fortes na Esperança

que a vida neste mundo é uma marcha para a casa do Pai onde Jesus garante moradia e felicidade eternas para todos

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aqueles que nesta vida n`Ele esperam.

A nossa Irmã Martinha esperou muito e lutou com todas as forças pela vida, sempre

confiando em Deus que generosamente cuida de seus filhos e filhas. Para quem conviveu com

ela ou teve uma relação mais próxima, confirma que era uma pessoa muito alegre, extrovertida,

brincalhona e palhaça quando a roda era brincadeiras. Gostava de “aprontar” com os outros e

desempenhava bons papeis teatrais. Uma artista quando o assunto era se divertir. Irmã Martinha

também era artista em outros campos da vida. Vejamos:

Irmã Martinha Pacheco seu nome civil é Cantalice Maria Pacheco. Nasceu no dia

14/02/1933, em Morro Grande – Jaguaruna/SC e se orgulhava por ser barriga verde e não media

palavras para se orgulhar de sua terra e de suas raízes italianas. Fazia parte de um grupo de dez

irmãos que, hoje com ela, com certeza estão em festa todos na casa do Pai. Irmã Martinha era de uma família muito

religiosa aonde aprendeu as virtudes e a doutrina básica da fé cristã. Seu pai o sr. Redusino João Pacheco e sua mãe, a

senhora Maria Luiza da Conceição Pacheco, dos quais ela contava boas experiências e lembranças de sua agradável

convivência.

Cantalice foi batizada no dia 1º/07/1934, na Igreja Nossa Senhora das Dores – Jaguaruna, Diocese de

Tubarão/SC e Crismada no dia 02/07/1941, na Igreja Morro Grande em sua terra natal. Já uma jovem madura com 27

anos de idade, no dia 05/02/1960, entrou na Congregação das Irmãs Beneditinas da Divina Providência no Instituto

Sagrada Família em Nova Veneza/SC. A partir de então, procurou alegrar a todos com o seu otimismo e a sua

positividade diante da vida. Ingressou no Postulantado em 06/1960 e o Noviciado 10/01/1961, as duas etapas de

formação aconteceram em Nova Veneza/SC. Com muita garra e feliz pelo dom do chamado à Vida Religiosa, no dia

15/01/1963, na Igreja São Marcos – Nova Veneza/SC, fez a sua 1ª Profissão Religiosa, a primeira de muitas, pois

renovou o seu Sim todos os dias durante 53 Anos de sua fecunda Vida Consagrada e passou a ser chamada de Irmã

Martinha. Fez a sua Profissão Perpétua no dia 30/01/1971, na Igreja São Marcos – Nova Veneza/ SC, selando assim a

sua Aliança definitiva com o Senhor.

Sempre muito elegante e o seu orgulho próprio de viver e ser generosa, procurou expressar o seu amor através

das muitas atividades desempenhadas na Congregação. Tinha alguns dotes culinários e colaborou como cozinheira nas

seguintes comunidades: Paraíso – Urussanga/SC - 1963 a 07/1969; No Instituto Sagrada Família em Nova Veneza/SC

– 07/1969 a 1970 e no Colégio São Bento – Criciúma/SC – 1971 a 1974.

Depois, sentindo o forte apelo em poder servir e ajudar a aliviar as dores dos enfermos, dedicou ao estudo da

Enfermagem no Hospital de Três Pontas/MG - 1975 a 1977, um estudo mais prático, sendo a Boa Samaritana para

tantos que a procurava para ter um pouco de conforto, consolo e uma palavra de esperança. Depois, aqui em São Paulo,

cursou Auxiliar de Enfermagem no Hospital Santa Catarina em São Paulo/SP nos anos de 1978 e 1979 e, a cada dia, ia

se doando com generosidade e fé.

Exerceu a função de Superiora local no Hospital União da Vitória/PR de 1980 a 1987, onde também trabalhou

na área da saúde. Pode exercer essa função como técnica de enfermagem nas obras:

Enfermeira e Superiora: Hospital de Elói Mendes /MG – 1988 a 1991

Enfermeira: Vila Elói Mendes/MG – 1992 a 1994

Superiora e Enfermeira: Hospital de Campos Gerais/MG – 1995 a 1997

Asilo e Assistente no Hospital de Campos Gerais/MG – 1998 e 1999.

Há anos, desde 1997, uma longa via sacra, Irmã Martinha vinha numa árdua batalha contra um câncer. Sua garra

para viver, seu otimismo, a sua firmeza e decisão pela vida sempre com um sorriso no rosto fez dela uma mulher forte,

corajosa, batalhadora desafiando os próprios limites sempre querendo superar e nunca deixou se abater. Já com a doença

bastante avançada, ainda colaborou na Comunidade do Instituto Sagrada Família – Santo André/SP – 2000 a 2002 e na

Casa Provincial – Santo André/SP – janeiro a setembro de 2003. Sempre lutando e confiante, sentia que as suas forças

já não aguentavam e foi transferida para esta comunidade Casa de Repouso Divina Providência - Vinhedo/SP, em

setembro de 2003 na qual permaneceu até 2005 a fim de intensificar o seu tratamento. Recuperou-se bem e se dispôs

em colaborar como Superiora e Atividades gerais na Casa Madre Elena Arbasino – Três Pontas/MG em 2006 e 2007 e

depois, foi para a Vila Vicentina, também em Três Pontas/MG em 2008 em função do seu tratamento. Em 2009 retornou

para esta comunidade Casa de Repouso em Vinhedo/SP para continuar o tratamento, ainda em condições de exercer

algumas tarefas, inclusive no cuidado aos hóspedes. Aqui, ela terminou a sua missão nesta vida, ontem, dia 16/11/2016

às 3h 50min com 83 anos de idade.

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Ao concluir a sua missão, neste mundo, deixou para nós um testemunho forte do valor à vida, à generosidade,

o sorriso gratuito, a sua confiança em Deus e a lembrança de uma presença alegre e motivadora.

Irmãs, parentes e amigos presentes.

Neste dia nós queremos alimentar as nossas esperanças com as palavras do profeta Isaías: “Naquele dia, o Senhor

dos exércitos dará neste monte, para todos os povos, um banquete de ricas iguarias. O Senhor Deus eliminará para

sempre a morte e enxugará as lágrimas de todas as faces. Naquele dia se dirá. Este é o Senhor, nele temos confiado.

Vamos alegrar-nos e exultar por nos ter salvo”. Jesus consola os nossos corações com a sua vida e a Força de sua

Palavra. Ele disse: “Todos os que o Pai me confia virão a mim e quando vierem, não os afastarei. Cumpro a vontade de

meu Pai e a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas, os ressuscite no

último dia”. Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida. Jesus foi o caminho enquanto Irmã Martinha peregrinava neste

mundo, buscou alimentar-se da Verdade revelada em sua Palavra e na Eucaristia e agora goza da Vida em plenitude, da

própria face de Jesus. Acreditamos que ela está feliz! Agradecemos a Deus pela celebração da Páscoa da Irmã Martinha.

Cessam as dores e o sofrimento. Fica a alegria da visão de Deus.

Irmãs, vamos sentir muitas saudades e falta da nossa querida Irmã Martinha, mas, cofiemos porque sabemos

que a Deus nós pertencemos. Uma caminhada de fidelidade e de confiança ela fez. Suas palavras a Jesus expressam o

seu amor: “a quem sempre confiei, ser fiel até o fim”.

Agradecimentos

Agradecemos a presença das nossas Irmãs Elza Cipriano Albino e Maris Stela Pereira da Província Mãe da

Divina Providência que fortalecem a nossa comunhão neste momento de dor.

A Dom Paulo o seu carinho por nós e a esta casa. Obrigada! Ao Pe. Júlio que em muitos momentos compartilhou

das alegrias e das dores de nossas Irmãs nesta casa.

Aos familiares que Deus console a todos com a sua ternura de Pai Misericordioso e Providente. Nossa gratidão!

Pela vida da Irmã Martinha, Demos graças a Deus.

Irmã Ana M. Gomes da Costa

Superiora provincial

Aprendi a amá-la no dia-a-dia. Fazer de Jesus Cristo, o Cristo da nossa existência. Jesus que é alegre e, esta

alegria era vista e sentida por todas as pessoas que de uma forma, ou de outra, convivia com a Irmã.

- Jesus que é Misericordioso, também mostrou misericórdia nos pequenos atos de cordialidade, capaz de superar as

diferenças humanas e, ter atos de misericórdia;

- Jesus que é carinho, carinho que tinha com a pessoa do outro, cada vez que agradecia a cada ação que o outro lhe

prestava;

- Jesus que é oração; pessoa de oração (OTH), que mesmo no doar, no sofrimento da sua doença, não se entregava, sem

fazer uma oração, rezava por todos, pela Congregação. Pelos frutos dela;

- Jesus que sempre fez a vontade do Pai; também se preocupava em estar sempre fiel à vontade Dele, sendo fiel na sua

vida religiosa, sendo uma consagrada para Jesus e de Jesus.

- Jesus que é serviço; ao serviço do dia-a-dia, caminhava na busca de fazer o LABORE, na sua totalidade, sempre

disponível a Ele;

- Jesus que se fez menino; porque não lembrar de quantas vezes por suas mãos este menino nasceu em cada parto que

fez;

- Jesus que conviveu com Maria sua mãe; Quantas vezes, a Irmã se colocou em oração aos pés de Maria Mãe da

Providência, pedindo sua intercessão.

- Jesus que partiu o pão, em comunidade. A comunidade foi a sai vida nestes mais de 50 anos de Vida Religiosa.

- Jesus que é o Caminho, Verdade e Vida; Enfim esta Irmã que, com sua vida, na fé e fidelidade, caminhou aos passos

de Jesus. Foi fiel à sua vocação e, confiante no Pai Providente.

Agradeço ao privilégio de ter tido a oportunidade de ficar mais próxima deste Jesus que, a Irmã Martinha, tinha como

modelo de Vida.

Agradeço a Congregação das IBDP, por meio da CRDP, à acolhida, hospitalidade, que estes anos me deu e me fez mais

humana, mais beneditina.

Grata Rosana Maua do Filia

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Nota de Falecimento

06/10/2016 faleceu Elisa Copetti Zanin – irmã das Irmãs Antonia, Amália e Pierina Copetti

14/10/2016 faleceu Almerinda Guiraldello Pupim – mãe da Irmã Cleidinei Pupim

02/11/2016 faleceu Maria de Nazaré Gomes da Silva – irmã da Irmã Ana Maria Gomes da Costa

02/11/2016 faleceu Brígida Morosini Zucolotto – tia de Irmã Maria da Penha Zucolotto

16/11/2016 faleceu Irmã Martinha Pacheco

24/11/2016 faleceu Mercedes Magnago Scalfoni – mãe de Irmã Joelza Scalfoni

25/11/2016 faleceu Maria Vitar Pereira Oliveira – mãe da Irmã Mara Lúcia Eliene de Oliveira

13/12/2016 faleceu Irmã Marta Bollezi

18/12/2016 faleceu Irmã Barnabe Tome

03/01/2017 faleceu Jackline Isichi Chiboli, irmã de Irmã Carolyne Mutambi Chiboli