jornal seto - novembro/2014

Bandeira da Umbanda

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15 de Novembro – Dia Nacional da

Umbanda

Dicas para curtir o Dia Nacional da

Umbanda

Casamento na Umbanda

Iniciação à Oxum

Qual é a sua relação com Exu?

Omulu, o Senhor do Cemitério, o

Senhor das Almas

Oração a Omulu

Sugestão de banhos e bate-folhas

Entrevista – Edson Erveiro

Entrevista – Jorge Scritori

Campanha de arrecadação

Calendário

Jornal da SETO

Seara Espírita Três Oguns Novembro 2014

15 de Novembro – Dia nacional da Umbanda Por Erica Camarotto

“A Umbanda é paz e amor” tem um dia dedicado à sua homenagem, o dia 15 de novembro, aniversário de sua fundação. Há tempos a Umbanda vem lutando para conquistar os

merecidos respeito e aceitação, em busca de erradicar a visão errônea de ser uma seita onde se admite a prática de magias obscuras para prejudicar terceiros. Graças a um número cada vez maior de cursos, livros teóricos e históricos resultantes de sérios trabalhos de pesquisas, e aliada à ampla divulgação dos trabalhos umbandistas em redes sociais, a sociedade como um todo tem entendido um pouco mais sobre a nossa religião, que como tal, pratica o bem e a caridade. Hoje a Umbanda tem não só adeptos, mas verdadeiros filhos que lutam pela sua divulgação, não com o intuito de angariar membros de outras religiões, mas

com o propósito de aumentar cada vez mais o conhecimento e a aceitação da religião de Umbanda. Com seu hino, sua bandeira, seu selo, seus colégios transmitindo a sua teologia, terreiros com cursos de desenvolvimento mediúnico, os umbandistas têm demonstrado à sociedade a beleza de sua ritualística, a consistência de seus ideais e a grandeza de seus princípios de amor e de dedicação. Assim, o dia da Umbanda é um dia de comemoração de nossas conquistas, mas também de discussões abertas sobre nossa teologia, de divulgação, de festejos, pra tentarmos diminuir cada vez mais o preconceito contra o “povo de Santo”. Só com informação poderemos lutar contra a discriminação. O dia da Umbanda é, portanto, o dia de “levarmos ao mundo inteiro a bandeira de Oxalá”. Saravá a religião de Umbanda!

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Expediente:

Fabiana Matos: Edição, Redação e Revisão

Rita Ramos: Redação

Erica Camarotto: Edição geral, Redação, Diagramação

e Revisão

Michele Kreski: Revisão

Fotos: Mariana Farcetta

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2 JORNAL DA SETO – NOVEMBRO 2014

Dicas para curtir a semana da Umbanda

Livro História da Umbanda no Brasil.

Obra lançada pela Editora do Conhecimento.

O autor, Pai Diamantino Fernandes Trindade, é hoje o maior

historiador sobre a Umbanda. Renomado sacerdote umbandista, o

autor é também reconhecido pesquisador e professor universitário

e de pós-graduação. O livro contém mais de 500 páginas e é uma

verdadeira viagem pela história da nossa religião.

Vale a leitura!

Casamento na Umbanda Por Erica Camarotto

o dia 11 de outubro, estivemos todos reunidos na SETO para celebrar a união

de duas almas: o amor dos nossos queridos Cida e Marcos Paulo.

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Confraternização em comemoração ao Dia da

Umbanda promovida pela Escola de Curimba

Aldeia de Caboclos.

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Foi um dia mais do que especial, por tratar-se também da confirmação do amor e confiança que o casal tem pela nossa Casa. E o Bruno, o filho da noiva, é também um filho querido do nosso Terreiro, e responsável por um dia apresentar a SETO à sua família. Hoje somos todos uma única família, unida na fé e no amor aos nossos Orixás e Guias, e aos nossos irmãos. Obrigado por escolherem a SETO como o local e como instrumento de crescimento, de evolução e de sustentação espiritual.

E obrigado por escolherem a todos nós da SETO como testemunhas deste amor e desse momento único e especial. Como é lindo fazer parte do crescimento de uma família na religião de Umbanda! Que o casamento os torne fortes e seguros para enfrentarem quaisquer tipos de obstáculos em sua caminhada. E que por meio dessa bênção vocês se fortaleçam, suavizando as dificuldades e firmando-se cada vez mais no amor de Mamãe Oxum!

Saravá aos Noivos!!!

A Noiva, linda, entrou de braços dados com seu filho Bruno

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Iniciação à Oxum Por Erica Camarotto

o dia 20 de outubro a turma do curso de Sacerdócio da SETO teve a sua prática de Iniciação à Mamãe Oxum.

Que as águas dessa amada Mãe concebam em cada um dos alunos pensamentos e sentimentos de amor, de consolo, de perdão, de consciência, de amparo, de benevolência, de gratidão e de caridade.

Amada Mãe das águas cristalinas, abençoe a cada um desses vossos filhos, e dai-lhes força para sustentar o amor emanado por vós, e acompanhai a cada um deles nesta senda de aprendizado e de fé.

Saravá Mamãe Oxum!

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Firmeza de esquerda da SETO

Você conhece o nosso Blog “Amigos da SETO”? Abaixo, um dos textos lá constantes. Quer ver as demais publicações? Acesse: http://tresoguns.blogspot.com.br/

Qual é a sua relação com Exu?

Por Erica Camarotto

um momento de descontração, ao conversar com uma amiga querida, escutei a seguinte frase: “Deus é mesmo maravilhoso! Uniu duas pessoas tão

diferentes... eu, que sou mensageira dos anjos, e você, que trabalha com essas coisas do diabo!”. É claro que ela referia-se ao trabalho com os Exus na Umbanda. E devo frisar que essa frase, da forma como foi dita, não soou como ofensiva. Saiu naturalmente da boca de uma pessoa super do bem e bastante esclarecida... tanto que comecei a rir diante de tal indagação, e passei então a explicar-lhe que Exu não é demônio, não. Exu é um trabalhador a serviço da Luz, nas Trevas. É como a “polícia” do astral. Ela então se desculpou e disse que a maioria das pessoas são ignorantes com relação a isso, acreditando, de verdade, que Exu é algum tipo de manifestação demoníaca. Foi por isso que me senti na obrigação de escrever este texto. Às vezes ficamos tão centrados nas atribuições dos nossos terreiros que esquecemos que muito do preconceito externo não é decorrente de uma mente estreita ou de maldade, mas simplesmente de falta de informação. É bem verdade, inclusive, que mesmo dentro da nossa religião há os que se apegam a Exu como aquele que irá “dar um jeito” em seus desafetos, e apregoa isso aos

sete cantos. Em minha opinião, isso é apenas mais um desserviço de umbandistas menos avisados. Exu é um agente cósmico indispensável para o equilíbrio energético, vibracional e espiritual de todos. É executor da Lei Divina, sem conotação de bom ou de ruim, por isso muitas vezes incompreen-dido. Tanto os Exus quanto as de trabalho são espíritos humanos que de acordo com a Lei Divina já se encontraram no embaixo para a compreensão e expurgo de seus males, e que depois de muita luta e de muito sofrimento tiveram a oportunidade de trabalhar a serviço do Pai Maior auxiliando-nos em nossas destemperanças e descaminhos. Assim, e com a função de cumprir a Lei Maior, o aspecto especular de Exu muitas vezes “põe pra fora” todos os anseios e os sentimentos torpes ou desalinhados dos seus

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Tem um texto interessante sobre a nossa religião que gostaria de ver publicado no nosso Blog ou no nosso Jornal? Envie-nos um e-mail para [email protected] com o seu texto. Ele será analisado e você será informado assim que ele for publicado.

http://tresoguns.blogspot.com.br/

mailto:[email protected]

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médiuns, com o intuito de esgotá-los. Apresenta-se de acordo com a expectativa da sua “audiência”, considerando-se aqui como audiência tanto a Assistência que vai ao terreiro em busca de auxílio, quanto o próprio corpo mediúnico. A verdade é que Exu nos ensina o tempo todo. Por meio dele conseguimos nos afastar de um inferno consciencial. Quanto mais entendemos as suas mensagens, seja pelas suas falas diretas, seja pelo que nos passa nas entrelinhas, mais beneficiados somos. Exu é protetor, guardião, companheiro. Desde que sejamos íntegros e dignos o suficiente pra receber tal tratamento. Caso contrário, Exu pode parecer cruel, distante e frio. Porque ele é aquilo que precisamos que ele seja pro nosso próprio crescimento. A verdade é que muitos vão aos terreiros em busca de vinganças, de amarrações, de trabalhos para prejudicar os outros, e é o que esperam de Exu. Os terreiros sérios, com dirigentes e médiuns bem informados e equilibrados espiritualmente, tais anseios não encontram guarida. A Umbanda deve fazer apenas o bem, não se prestando ao papel mesquinho de trabalhos baixos e sujos. Mas como em toda religião, é possível se encontrar locais que estão em desarmonia com os sentimentos do Alto, muitas vezes dirigidos e dominados por espíritos de pouca luz. Utilizam o nome Umbanda para legitimar práticas que não correspondem ao propósito real da religião, e assim denigrem cada vez mais a reputação dos trabalhadores sérios, os verdadeiros umbandistas. Assim sendo, Exu não é mal. Mal é quem vai pedir o mal a Exu. Mal é quem faz o mal ao outro em nome de Exu. Mal é quem traz dentro de si sentimentos que o afastam dos propósitos da Luz.

Trabalhos na Praia – SETO – Mongaguá

Dez 2013

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Omulu, Senhor do Cemitério, Senhor das Almas

Por Fabiana Matos

ai Omulu é o Orixá Cósmico pertencente ao Trono da Geração, ao lado de Mãe Iemanjá. Ele atua no polo negativo, com

a função de paralisar tudo aquilo que vai contra o sentido da vida, ou seja, atraindo para si todos os seres que se desequilibram e passam a atuar de forma desvirtuada ou até mesmo que atentaram contra suas próprias vidas. Este é um de seus campos de atuação. Mas então, por que é chamado de “Senhor do Cemitério”, “Senhor das Almas” ou até mesmo “Anjo da Morte”?

Pai Omulu também é o Orixá responsável em cuidar da morte física, bem no instante de sua passagem do plano material para o plano espiritual, que chamamos de desencarne. “[...] Omulu é a energia que se condensa em torno do fio de prata, que une o espírito e o seu corpo físico, e o dissolve no momento do desencarne ou passagem de um plano para o outro. Essa energia que rompe o fio tanto pode parti-lo rapidamente (quando a morte é natural e fulminante) como ir se condensando em torno dele, envolvendo-o todo até alcançar o perispírito que já entrou em desarmonia vibratória (porque a passagem deve ser lenta), induzindo o ser a aceitar seu desencarne de forma passiva. Pai Omulu atua em todas as religiões, sendo em algumas, denominado de “Anjo da Morte” e em outras divindades ou “Senhor dos Mortos”. É o Guardião dos Mortos e da Vida, pois paralisa todos que atentarem contra ela. É o Senhor das Almas, pois, se a Lei o ordenar, mantém os espíritos nos cemitérios após o desencarne. Ele guarda para Olorum os espíritos que, durante sua jornada terrena, fraquejaram e se entregaram à vivência de seus vícios emocionais [...].” (Manual Doutrinário, Ritualístico e Comportamental Umbandista,

(VIEIRA, Lurdes de Campos e SARACENI, Rubens – página 237 – Editora Madras).

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Ilustração de Claudia Kriendges

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Oração a Pai Omulu Por Rita Ramos

ai Omulu, venho a ti humildemente suplicar que abrande minhas feridas e que me proteja com tuas palhas dos males externos que em algum momento possam me atingir.

Proteja-me de mim mesmo, dos sentimentos pequenos, dos problemas terrenos. Rogo ao trono sagrado da Geração tua proteção junto aos meus, purifica-nos de corpo e alma. Ensina-me a cura para as imperfeições do espírito, senhor da terra. Livra-me das dores, da agonia e aflição. Toma como teu o meu coração e me faz ser consciente de que o corpo morre, mas o espírito é eterno. Que eu seja forte para enfrentar as doenças e que não tema o meu destino, pois eu saberei Pai, que tu estarás a me amparar no caminho. Que eu aceite a transição e entenda que eu estou em constante evolução e que tudo tem um propósito divino em minha vida. Corrija as minhas falhas, que eu trabalhe incansavelmente dentro da lei maior e da justiça divina e quando finalmente eu finalizar minha senda terrestre eu o encontre, Pai, e seja digno de sua benevolência. Paralisa toda a negatividade que possa vir ao meu encontro. Tu que és o senhor da morte, da transformação, vem a mim com tua presença silenciosa, com tua sabedoria e tenacidade. Senhor das almas, dos aflitos e perdidos mostra o caminho a aqueles que estão nas sombras. Encaminha, Pai, teus filhos até sua morada e os faça entender que o fim muitas vezes é o começo e que todo começo possui um fim. Seja ele no encarne ou desencarne. Saravá Omulu! Atotô Meu Pai.

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Ilustração de Claudia Kriendges

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Sugestão de banhos e bate-folhas O grupo “Ervas na Umbanda”, composto por Michele Kreski, Luciana Palomares, Luis Farcetta, Larissa Humberto, Bruno Coutinho e Alexandre Campello está a todo vapor e tem desenvolvido um trabalho de pesquisa maravilhoso sobre o uso de ervas na nossa religião. Para nos dar uma amostra do seu trabalho, nesta edição do Jornal da SETO ele nos apresenta sugestões de banho e de bate-folhas na força de Pai Omulu, uma entrevista com o erveiro Edson, que trabalha há anos na banca de ervas do Colégio de Umbanda Pai Benedito de Aruanda do Pai Rubens Saraceni, e convida a todos para uma palestra com esse erveiro nas dependências da SETO, no dia 12 de novembro. Confira!

Banho indicado para faxina e reestruturação energética Acalma e tranquiliza pessoas com tendências ao nervosismo

Catinga de Mulata Verbos: animar, curar, entusiasmar, fortalecer e limpar. Seu poder está ligado à cura de doenças e a longevidade. Na umbanda usa-se em forma de banho, pois promove em toda aura uma verdadeira faxina energética, conservando o bom fluxo do prana (energia vital da alma), para pessoas que têm tendências ao nervosismo essa erva traz o equilíbrio.

Confrei Verbos: calar, condensar e engrossar. Usado em forma de banho, atua como cicatrizante de alma e do corpo e trabalha com reestruturação do ser.

Mulungu Verbos: apaziguar, regenerar, renovar, converter e amadurecer. Empregado em obrigações de cabeça, em banhos de descarrego e nos abôs, é indicado como pacificador dos nervos, propiciando um sono tranquilo.

Sugestão de reza para ativar banho (por Adriano Camargo)

“Senhor Deus, meu amado Pai Criador, amada Mãe Terra, amada Mãe Água, sagradas Forças Vegetais, peço de coração que abençoem esse banho ou chá. Que ele seja verdadeira força de viva em minha vida, em meus campos energéticos, proporcionando saúde espiritual e física, limpeza astral e que as formas de vida que atuam negativamente em minha vida sejam alcançadas por ele e assim tenham também em sua vida os efeitos positivos dessa erva. Obrigado. Assim seja, e assim será!”.

Preparo: Abafo. Use as ervas secas ou frescas. Coloque ao menos 1 litro de água para ferver. Assim que atingir a fervura desligar o fogo, pegar um punhado de ervas na mão, e após ativá-las, acrescentá-las na água e tampar com um pano branco. Espere o preparo ficar morno, coe e tome o banho.

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Bate-folhas indicado para limpeza de ambientes com energias pesadas: Mamona e Peregun roxo

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Mamona Verbos: arrastar, decantar, descarregar, esgotar,

paralisar, remover e transmutar.

É usada em bate-folhas, pois é capaz de esgotar energeticamente processos infecciosos

provenientes do astral negativo e de energias enfermiças.

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Peregun roxo Verbos: desinfetar, esgotar, esvaziar e limpar.

O Peregun não é tão usado nos cultos, mas é de um poder e grandezas inigualáveis no tocante à

desinfecção de ambientes onde as ações negativas tornaram o astral tóxico ao espírito. Um poderoso fechador e anulador de portais negativos abertos por ações religiosas (antigos portais de magias),

casas antigas onde funcionavam terreiros ou locais onde se praticavam sacrifícios animais.

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Sugestão de oração para o bate-folhas (Por Adriano Camargo)

Com o maço de ervas na mão, pronto para ser usado, dizer em voz alta: “Pai de Amor e Caridade, transforme esse seu filho, nem sempre consciente

de sua missão, em instrumento vivo de vossa vontade, para aqui, com essas ervas na mão elas

sejam forças vivas e ativas, limpadoras e absorvedoras de todo miasma, toda larva astral e toda forma de vida consciente e inconsciente que estejam prejudicando esse ambiente. Peço que se hajam formas espirituais presas nesse ambiente,

sejam libertadas, curadas e assim possam retomar seu caminho evolutivo, pela vontade de Nosso

Criador. Assim seja, e assim será!”.

Conheça o canal da SETO no

YouTube e veja

um vídeo do Desenvolvimento

Mediúnico em que o Caboclo

Rompe-Folhas ensina os alunos a

fazerem um bate-folhas: http://youtu.be/6rRwEqW7YO0

Veja todos os vídeos do nosso canal:

www.youtube.com/tresoguns/videos

http://youtu.be/6rRwEqW7YO0

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Entrevista com Edson Erveiro Grupo Ervas – Há quanto tempo você trabalha com ervas? Edson – Eu trabalho com ervas há 15 anos. Sempre aqui no Colégio (do Pai Rubens Saraceni), e agora, há vários anos, comecei a dar palestras para explicar o que é erva na Umbanda, qual é o seu uso. G.E. – Como você adquiriu o seu conhecimento sobre ervas? Sozinho? Fez algum curso? E.E. – O conhecimento de ervas foi através de estudo, através do conhecimento aqui da rua, que é um conhecimento muito vasto... vêm aqui várias pessoas... às vezes a gente não conhece a utilização fitoterápica ou até mesmo religiosa e a gente aprende aqui. E por meio de vários estudos. A gente tem que estudar para adquirir conhecimento. G.E. – Só os umbandistas, ou pessoas de outras religiões buscam suas ervas também? E.E. – O meu público são todas as religiões, sem distinção. Eu explico a utilidade das ervas... é mais na Umbanda, mas é aberto para qualquer pessoa que goste de usar ervas, tanto para chás, quanto para banhos. G.E. – E você acha que as ervas podem trazer alguma influência negativa, podem ser usadas negativamente para alguma coisa? E.E. – Eu não acredito nisso. Eu acho que a erva é uma coisa de Ossain, que é utilizada para limpeza, para prosperidade, para energizar. Negativamente eu não acredito no uso da erva. G.E. – Você acredita em alguma restrição quanto ao uso das ervas? Exemplo: um banho que só sirva para homem e não para mulher, ou que não possa ser usado em criança? Existe isso? E.E. – Não. Existe muito tabu sobre erva na nossa religião... que não pode tomar banho na cabeça, não pode isso, não pode aquilo. Não tem restrição alguma. Tanto para criança, quanto para médium, não tem restrição. Qualquer um pode utilizar.

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G.E. – Existe alguma erva que só pode ser utilizada seca, ou alguma que só pode ser utilizada fresca? Isso muda energeticamente alguma coisa? E.E. – Eu acredito que não muda em nada. Tanto seca como fresca, a erva pode ser utilizada da mesma forma. A pessoa que está manuseando é quem vai interferir na energia. Se ela fizer um banho para prosperidade, não adianta fazer o banho e não estar pensando no que está fazendo. G.E. – Pode dar uma dica de um banho de prosperidade pra gente? E.E. – Posso! Banho de dandá da costa, sozinho. Ou canela com açúcar branco. E tem a pitanga, ótima pra prosperidade!

A importância do umbandista sustentável: entrevista do Grupo “Umbanda e Sustentabilidade” com Jorge Scritori

Por Fabiana Matos

O Jornal da SETO abordou em suas edições anteriores um tema bastante polêmico entre os umbandistas: a prática da sustentabilidade na religião. Convocamos a todos a refletirem sobre o tema que será foco da Casa nas próximas edições, com entrevistas de renomes da religião para trazerem consciência para a missão. Essas entrevistas são fruto do trabalho do Grupo de estudos da SETO denominado “Umbanda e Sustentabilidade”, composto por Mariana Farcetta, Michel Silva, Ana Maria Bueno, Milena Kreski, Rodrigo Scalise, Antonio Mota e Celina Ferreira. Este mês nosso Jornal traz alguns trechos da entrevista com o sacerdote Jorge Scritori do Instituto Cultural 7 Porteiras, gravada em vídeo e que poderá ser conferida na íntegra no canal da SETO no YouTube: www.youtube.com/watch?v=j5qJncicgys Scritori, criador do conceito “Umbanda Verde”, explica a importância desse conceito com base em três pilares que segundo ele são fundamentais para mudar um pouco a imagem que os umbandistas têm frente à sociedade: “[...] A nossa imagem é uma imagem muito poluída. E hoje eu acredito em três pilares que merecem atenção e desenvolvimento dentro da religião: o Social, que é quando você consegue trabalhar a comunidade à frente da dificuldade, a interação religiosa; o Educacional, que consiste na ideia de ter uma formação dentro do terreiro, não só uma formação espiritual, mas incentivar o estudo, até a formação acadêmica; e o Ambiental, que é quando por meio de práticas saudáveis e limpas, você consegue diminuir o impacto e aquela imagem feia. Por mais que você explique que macumba não é

http://www.youtube.com/watch?v=j5qJncicgys

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trabalho, não é religião, mas todo muito passa e vê o trabalho lá despachado, aquilo vira a nossa imagem, aquilo é a nossa referência e me incomoda até hoje. Se eu passo e vejo alguma coisa na rua eu fico chateado. Infelizmente isso ainda é a minha religião [...]. A primeira coisa que a gente adotou foi fazer o trabalho, esperar de 15 a 20 minutos e retirar o material, porque eu terminei de rezar, aquilo vira resíduo, que já é para o próximo ou para própria natureza [...]”. Scritori também faz um comparativo entre as gerações na Umbanda: “[...] A Umbanda vive um momento de transição muito grande. Se eu falar para um umbandista de 50 anos de idade que ele não vai mais usar vela, por exemplo, ele surta e fala que eu estou louco, mas eu sei que é muito mais fácil ensinar meu filho agora, falar que vamos começar assim e que vamos trocar esta vela por um incenso. [...] Para as pessoas é muito difícil ainda, elas precisam do contato mais físico do elemento, só que eu preciso entender que o elemento de certa maneira compromete o meio [...]”. Umbanda tem fundamento, é preciso preparar. Infelizmente o umbandista ainda não traz em si o conceito de sustentabilidade, mas é nosso papel mostrar que esta realidade pode ser mudada e que a natureza pode e deve ser preservada, sem que o encanto e o propósito dos trabalhos percam sua essência.

Campanha de arrecadação Por Erica Camarotto

ia 30 de outubro foi o dia das entregas das doações arrecadadas na SETO nos meses de setembro e outubro. E foi um dia mais do que especial pra

mim. Ao participar da entrega das doações, nós da SETO que estivemos na escola Benevides Beraldo em Itapecerica da Serra nos deparamos com almas sensíveis e com pessoas que desenvolvem um trabalho maravilhoso junto à comunidade, o pessoal da Cia Deodara. Foi encantador ver o grupo tocando e cantando, ver a interação deles com a comunidade e o trabalho pedagógico que desenvolvem com as crianças de lá. Esses jovens da Cia Deodara são pessoas simples, inteligentes, de alma desprendida e com vontade de ajudar. Pessoas que não encarnaram só pra fazer número. De um jeito ou de outro, interferem positivamente na vida dos demais. Que bom que é ter a oportunidade de um encontro desses. Fiquei muito feliz pelo fato de as arrecadações poderem ter nos proporcionado isso. Por outro lado, devo confessar que, por mais que a campanha da SETO tenha sido um sucesso, não chegou aos pés do que poderia ter sido caso todos os meus filhos de santo e assistidos tivessem colaborado. Quem sabe numa próxima campanha cada um de nós consiga mobilizar-se mais pra ajudar os que mais precisam.

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Mas deixando de lado o que não fizemos e com foco no que conseguimos fazer, tenho que dizer que foi uma tarde muito feliz. Estar em contato tanto com as pessoas que foram beneficiadas com as doações e com pessoas do bem que trabalham em prol do outro fez toda a diferença pra mim e me despertou sentimentos maravilhosos. Certamente isso me fez bem, me engrandeceu e me melhorou. Tenho certeza que fez bem a todos da SETO que puderam lá estar. E que cada um que ajudou de alguma forma na arrecadação seja coberto de bênçãos.

Eu agradeço ao Pai Maior e a todos os Orixás pela oportunidade. E aos que me proporcionaram essa experiência, em especial ao pessoal da Cia Deodara: Elias Costa, Jéssica Evangelista, Wellington Bernardo, Wesley Bernardo e Tatiane Saldanha.

E caso queiram saber um pouco mais sobre a Cia Deodara, acessem o site www.ciadeodara.com.br.

http://www.ciadeodara.com.br/

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Como em todos os anos, não poderíamos deixar de lado a oportunidade

de louvar e agradecer a nossa querida Mãe das águas salgadas,

Senhora da Vida e da Geração!

Participe conosco desse momento tão especial! E enquanto isso, acompanhe o nosso calendário

do mês de novembro. Venha nos visitar e sentir todo o axé da nossa Casa.

Seja sempre bem-vindo! Saravá!

Tem alguma sugestão para o nosso jornal, algum elogio ou alguma crítica? Envie um e-mail para

[email protected]. Visite nosso site: www.tresoguns.com.br

mailto:[email protected]

http://www.tresoguns.com.br/

jornal seto - novembro/2014

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