vol.08 - consolidação da legislação preividenciária do seto

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MINISTÉRIO DA PREVID˚NCIA E ASSIST˚NCIA SOCIAL SECRETARIA DE PREVID˚NCIA SOCIAL Coleçªo PrevidŒncia Social Volume 8 1“ Parte: Bahia, Espírito Santo, GoiÆs, Maranhªo, ParanÆ, Pernambuco, Rio de Janeiro e Tocantins PrevidŒncia no Serviço Pœblico: Consolidaçªo das Legislaçıes Estaduais

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Concurso Inss 2015

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  • 1

    MINISTRIO DA PREVIDNCIA E ASSISTNCIA SOCIAL

    SECRETARIA DE PREVIDNCIA SOCIAL

    Coleo Previdncia Social

    Volume 8

    1 Parte:

    Bahia, Esprito Santo, Gois, Maranho, Paran,

    Pernambuco, Rio de Janeiro e Tocantins

    Previdncia no Servio Pblico:Consolidao das Legislaes

    Estaduais

  • 2

    ISBN 85-88219-10-7

    Brasil. Ministrio da Previdncia e Assistncia Social. Previdncia no Servio Pblico:Consolidao das Legislaes Estaduais.

    Previdncia Social: Coleo Previdncia Social, srie legislao: Previdnciano Servio Pblico: Consolidao das Legislaes Estaduais.

    Braslia, MPAS / SPS 2001. Coleo Previdncia Social. Volume 08,Srie Legislao, 424 p

    2001 Ministrio da Previdncia e Assistncia Social

    Presidente da Repblica: Fernando Henrique CardosoMinistro da Previdncia e Assistncia Social: Roberto Lcio Rocha BrantSecretrio Executivo: Jos CechinSecretrio de Previdncia Social: Vincius Carvalho PinheiroDiretor do Depto. do Regime Geral de Previdncia Social: Geraldo Almir ArrudaDiretor Depto. dos Reg. de Prev. no Servio Pblico: Delbio Gomes Pereira da SilvaElaborao: Coordenao-Geral de Fiscalizao e Acompanhamento Legal.

    Coordenador-Geral: Helio Pinto Ribeiro de Carvalho Jnior

    Edio e distribuio:Ministrio da Previdncia e Assistncia SocialSecretaria de Previdncia SocialEsplanada dos Ministrios, Bloco F70.059-900 Braslia DFTel.: (61) 317-5014 Fax: (61) 317-5195PARSEP - Programa de Apoio Reforma dos Sistemas Estaduais de Previdncia

    Tiragem: 6.000 exemplares

    Impresso no Brasil / Printed in BrazilExemplus Comunicao & Marketing Ltda. permitida a reproduo total ou parcial desta obra, desde que citada a fonte

  • 3

    SUMRIO

    Apresentao ......................................................................................................................... 05

    Bahia ........................................................................................................................................ 07

    Lei n 7.249, de 7 de janeiro de 1998 .................................................................................. 07

    Decreto n 7.252, de 17 de maro de 1998 ........................................................................ 35

    Resoluo n 1, de 10 de maro de 1998 ............................................................................ 36Regimento do Conselho Previdencirio do Estado CONPREV................................ 37Decreto n 7.429, de 3 de setembro de 1998 ..................................................................... 48Resoluo n 2, de 18 de agosto de 1998 ........................................................................... 49Regulamento do Fundo de Custeio da Previdncia Social dos ServidoresPblicos do Estado da Bahia - FUNPREV ....................................................................... 50

    Esprito Santo ....................................................................................................................... 65Lei Complementar n 109, de 18 de dezembro de 1997 ................................................ 65Decreto n 4.352-N, de 20 de outubro de 1998 ............................................................... 88

    Gois ........................................................................................................................................ 95Lei Complementar n 29, de 12 de abril de 2000 .............................................................. 95

    Maranho .............................................................................................................................113Lei Complementar n 35, de 12 de setembro de 1997 ..................................................113Lei Complementar n 40, de 29 de dezembro de 1998 ..................................................115Lei n 7.357, de 29 de dezembro de 1998 ........................................................................134Decreto n 16.769, de 31 de maro de 1999 .................................................................153

    Paran ....................................................................................................................................155Lei n 12.398, de 30 de dezembro de 1998 ......................................................................155Decreto n 720, de 10 de maio de 1999 ...........................................................................201Estatuto da PARANAPREVIDNCIA ...........................................................................203Decreto n 721, de 11 de maio de 1999 ...........................................................................227Decreto n 989, de 22 de junho de 1999 ..........................................................................233Decreto n 1.748, de 24 de janeiro de 2000 .....................................................................235

    Pernambuco ........................................................................................................................237Lei Complementar n 28, de 14 de janeiro de 2000 .......................................................237Decreto n 22.425, de 05 de julho de 2000 ......................................................................299

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    Rio de Janeiro ......................................................................................................................311Lei n 285, de 3 de dezembro de 1979 .............................................................................311Lei n 3.189, de 22 de fevereiro de 1999 ..........................................................................333Lei n 3.308, de 30 de novembro de 1999 ........................................................................349Lei n 3.309, de 30 de novembro de 1999 ........................................................................357Lei n 3.310, de 30 de novembro de 1999 ........................................................................365Lei n 3.311, de 30 de novembro de 1999 ........................................................................373Decreto n 25.217, de 17 de maro de 1999 ....................................................................381

    Tocantins ..............................................................................................................................395Lei n 72, de 31 de julho de 1989 ......................................................................................395

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    APRESENTAO

    Este volume da Coleo Previdncia Social traz um produto indito da cooperaotcnica entre a Unio e os Estados sobre previdncia dos servidores pblicos - aConsolidao das Legislaes Previdencirias Estaduais. Nesta primeira parteforam contempladas as leis que regulamentam os regimes prprios de previdncia dosEstados da Bahia, Esprito Santo, Gois, Maranho, Paran, Pernambuco, Rio de Janeiroe Tocantins. A publicao est sendo realizada como atividade do Programa de Apoio Reforma dos Sistemas Estaduais de Previdncia PARSEP, executado em conjuntopelo Ministrio da Previdncia e Assistncia Social e Ministrio da Fazenda.

    Nos ltimos dois anos, estes Estados vm realizando adequaes organizacionaise normativas para atender aos novos princpios e critrios estabelecidos na Lei Geral daPrevidncia Pblica (Lei n 9.717, de 27 de novembro de 1998), na Reforma Constituci-onal de Previdncia (Emenda Constitucional n 20, de 15 de dezembro de 1998) e naLei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n 101, de 4 de maio de 2000).

    Este conjunto de leis complementares e ordinrias retrata distintas opespolticas e jurdicas adotadas pelas referidas unidades federativas de reforma de seusregimes prprios de previdncia. No aspecto institucional, os regimes de previdnciaaqui apresentados foram constitudos conforme as mais variadas estruturasorganizacionais, quais sejam: autarquia, fundo de natureza contbil, fundao e serviosocial autnomo. Trata-se de um vasto leque de alternativas, que podem ser aplicadas aoutros estados e municpios, resguardando-se as especificidades locais.

    Apesar da diversidade legal-institucional, natural da nossa da tradio federativa,as reformas realizadas nos Estados foram orientadas para o objetivo comum deestruturao dos regimes previdencirios em bases contributivas, conforme critrios queassegurem o equilbrio financeiro e atuarial destes. Na realidade, so caminhos distintos,traados em consonncia com as peculiaridades polticas e institucionais dasadministraes pblicas estaduais, para chegar a um mesmo lugar.

    A publicao destas experincias estaduais constitui-se em um valioso legado quedeixamos aos interessados e, principalmente, aos estados e municpios que ainda norealizaram mudanas em seus regimes previdencirios.

    ROBERTO BRANTMinistro de Estado da Previdncia e Assistncia Social

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    BAHIA

    Lei n. 7.249, de 7 de janeiro de 1998.

    Dispe sobre o Sistema de SeguridadeSocial dos Servidores PblicosEstaduais, e d outras providncias.

    O GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA, fao saber que a AssembliaLegislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

    TTULO I

    DO SISTEMA DE SEGURIDADE SOCIAL DOSSERVIDORES PBLICOS ESTADUAIS

    CAPTULO I

    DAS DISPOSIES GERAIS

    Art. 1 O Sistema de Seguridade Social dos Servidores Pblicos Estaduais, reor-ganizado por esta Lei, visa a dar cobertura aos riscos a que esto sujeitos os servidorespblicos, seus dependentes e pensionistas, e compreende o conjunto de benefcios eservios que atendam s seguintes finalidades:

    I - garantia de pagamento dos proventos de aposentadoria, reserva remuneradae reforma, decorrentes de atos de concesso praticados pelos Chefes dos Poderes Exe-cutivo, Legislativo e Judicirio, pelos Presidentes dos Tribunais de Contas e pelo Procu-rador Geral de Justia, bem como pelos dirigentes das autarquias e fundaes institudase mantidas pelo Estado;

    II - garantia dos meios de subsistncia nos eventos de doena, invalidez, velhice,acidente em servio, inatividade, falecimento e recluso;

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    III - proteo maternidade, paternidade e adoo;

    IV - assistncia sade dos segurados e seus dependentes.

    Art. 2 O Sistema de Seguridade Social dos Servidores Pblicos Estaduais sermantido pelo Estado da Bahia, por seus Poderes, pelas suas autarquias e fundaespblicas e pelos seus segurados obrigatrios e facultativos.

    Art. 3 So princpios bsicos do Sistema de Seguridade Social dos ServidoresPblicos Estaduais:

    I - custeio da previdncia social, mediante contribuies dos rgos e entidadesda Administrao direta e indireta do Estado, dos servidores pblicos ativos, inativos edos pensionistas, alm de outras receitas, provenientes de rendimentos de seus ativos;

    II - sistema solidrio de seguridade, com a obrigatoriedade de participao, medi-ante contribuio;

    III - aposentadorias, reservas remuneradas, reformas e penses pagas em valoresno inferiores ao menor nvel da escala de vencimentos do funcionalismo estadual;

    IV - reviso do valor das aposentadorias, reservas remuneradas, reformas epenses, na mesma proporo e na mesma data em que se modificar a remunerao dosservidores em atividade, na forma do disposto na Constituio Federal;

    V - proibio de criar, majorar ou estender qualquer benefcio ou servio, sem acorrespondente fonte de custeio total;

    VI - carter democrtico e descentralizado de gesto, com a participao de re-presentantes do Estado e dos servidores pblicos estaduais ativos e inativos e dos pen-sionistas;

    VII - participao do segurado no custeio da assistncia sade em valoresproporcionais ao seu respectivo nvel de remunerao, quantidade de dependentes endices de utilizao efetiva dos servios, na forma a ser definida em Regulamento;

    VIII - adoo de mecanismos de controle de utilizao e de preveno de desper-dcios, como fatores moderadores do uso dos servios de assistncia sade;

    IX - participao direta dos beneficirios nas aes de controle dos servios, naforma que dispuser o Regulamento.

    Bahia

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    Bahia

    CAPTULO II

    DOS BENEFICIRIOS

    Art. 4 Os beneficirios do Sistema de Seguridade Social dos Servidores PblicosEstaduais classificam-se como segurados obrigatrios, facultativos e dependentes, nostermos das Sees I e II, deste Captulo.

    SEO I

    DOS SEGURADOS

    Art. 5 So contribuintes obrigatrios, segurados do Sistema estabelecido poresta Lei:

    I - os servidores pblicos civis ativos de todos os rgos e entidades da adminis-trao direta e indireta dos Poderes do Estado, sujeitos ao regime jurdico estatutrio, osservidores militares ativos, o Governador e o Vice-Governador do Estado, os Secretri-os de Estado e os que lhes so equiparados; (Alterado pela Lei n 7.593, de 20 de janeirode 2000)

    Original I - os servidores pblicos civis ativos de todos os rgos e entidades da Administraodireta e indireta dos Poderes do Estado, sujeitos ao regime jurdico estatutrio, os servidores militaresativos, o Governador e o Vice-Governador do Estado, os Secretrios de Estado e os que lhes soequiparados, bem como os ocupantes de cargos ou funes de provimento temporrio;

    II - os servidores pblicos civis que se aposentarem sob o regime jurdicoestatutrio e os militares da reserva remunerada ou os reformados;

    III - os pensionistas do Estado;

    IV - (Revogado pela Lei n 7.593, de 20 de janeiro de 2000)

    Original IV - os contratados para atendimento de necessidades temporrias de excepcional inte-resse pblico, na forma do disposto no Ttulo VI, da Lei n 6.677, de 26 de setembro de 1994,enquanto perdurar o contrato;

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    V - (Revogado pela Lei n 7.593, de 20 de janeiro de 2000)

    Original V - os empregados das empresas pblicas e sociedades de economia mista do Estado, osservidores da Unio, de outros Estados, dos Municpios e do Distrito Federal, postos disposio dequaisquer dos Poderes do Estado, de suas autarquias e fundaes pblicas, na forma das legislaesespecficas, quando, no exerccio de cargo ou funo de provimento temporrio, optar pela remuneraointegral deste.

    Art. 6 So segurados facultativos, exclusivamente, os deputados estaduais, en-quanto perdurarem os respectivos mandatos, devendo fazer a opo de inscrio noSistema, de que trata esta Lei, no prazo de 90 (noventa) dias, contado a partir da data desua investidura.

    Art. 7 A qualidade de segurado obrigatrio resulta, automaticamente, do inciodo exerccio em cargo ou funo pblica estadual para os servidores civis e militares,enquanto que a de segurado facultativo condicionada inscrio, mediante exerccio dodireito de opo, cujos efeitos retroagiro data em que o requerimento for protocolado.

    Pargrafo nico. Para o pensionista a qualidade de segurado decorre da concessoda penso.

    Art. 8 Perder a qualidade de segurado obrigatrio o servidor que deixar o servi-o pblico estadual e o pensionista que tiver seu benefcio cancelado.

    SEO II

    DOS DEPENDENTES

    Art. 9 Consideram-se dependentes econmicos dos segurados definidos nosincisos I e II do art. 5 desta Lei, para efeito de Previdncia Social: (Alterado pela Lei n7.593, de 20 de janeiro de 2000)

    Original Art. 9 Consideram-se dependentes econmicos dos segurados, definidos nos incisos I, II,IV e V, do art. 5, desta Lei, para efeito de previdncia social:

    I - cnjuge ou o(a) companheiro(a);

    II - os filhos solteiros, desde que civilmente menores;

    III - os filhos solteiros invlidos, de qualquer idade;

    IV - os pais invlidos, de qualquer idade.

    Bahia

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    1 A dependncia econmica das pessoas indicadas nos incisos I e II presumi-da e a das demais deve ser comprovada.

    2 Equiparam-se aos filhos, nas condies dos incisos II e III deste artigo, otutelado e o enteado, em relao aos quais tenha o segurado obtido delegao do ptriopoder, desde que atendidos os seguintes requisitos:

    a) que o equiparado no tenha qualquer vinculao previdenciria, quer comosegurado, quer como beneficirio dos pais ou de outrem, fato este que deve ser compro-vado;

    b) que o equiparado e os seus genitores no possuam bens ou rendimentos sufi-cientes sua manuteno;

    c) que o equiparado viva sob a exclusiva dependncia econmica do segurado.

    3 considerado companheiro(a), nos termos do inciso I deste artigo, a pessoaque, sem ser casada, mantm unio estvel com o segurado(a) solteiro(a), vivo(a),separado(a) judicialmente ou divorciado(a), ainda que este(a) preste alimentos ao ex-cnjuge, e desde que resulte comprovada vida em comum.

    4 Considera-se dependente econmico, para os fins desta Lei, a pessoa queno tenha renda, no disponha de bens e tenha suas necessidades bsicas integralmenteatendidas pelo segurado.

    5 Perdurar at 24 (vinte e quatro) anos de idade a condio de dependentepara o filho e o enteado solteiros, desde que no percebam qualquer rendimento, naforma do pargrafo anterior, e sejam comprovadas, semestralmente, sua matrcula e fre-qncia regular em curso de nvel superior ou a sujeio a ensino especial, nas hiptesesprevistas no art. 9, da Lei Federal n 5.692, de 11 de agosto de 1971.

    6 Dos dependentes invlidos exigir-se- prova de no serem beneficirios,como segurados ou dependentes, de outros segurados de qualquer sistema previdenciriooficial, ressalvada a hiptese do pargrafo seguinte.

    7 No caso de filho maior, solteiro, invlido e economicamente dependente,admitir-se- a duplicidade de vinculao previdenciria como dependente, unicamenteem relao aos genitores, segurados que sejam de qualquer regime previdencirio.

    8 A condio de invalidez ser apurada por junta mdica oficial do Estado oupor instituio credenciada pelo Poder Pblico, devendo ser verificada no prazo nuncasuperior a 6 (seis) meses nos casos de invalidez temporria.

    Bahia

  • 12

    Art. 10 A perda da qualidade de dependente ocorrer:

    I - para o cnjuge, pela separao judicial ou pelo divrcio, desde que no lhetenha sido assegurada a percepo de alimentos, ou pela anulao do casamento;

    II - para o companheiro(a), quando revogada a sua indicao pelo segurado oudesaparecidas as condies inerentes a essa qualidade;

    III - para o filho e os referidos no 2, do art. 9, desta Lei, ao alcanarem amaioridade civil, ressalvado o disposto no 5, do mesmo artigo, ou na hiptese deemancipao;

    IV - para o maior invlido, pela cessao da invalidez;

    V - para o solteiro, vivo ou divorciado, pelo casamento ou concubinato;

    VI - para o separado judicialmente com percepo de alimentos, pelo concubinato;

    VII - para os beneficirios economicamente dependentes, quando cessar estasituao;

    VIII - para o dependente em geral, pela perda da qualidade de segurado poraquele de quem depende.

    Pargrafo nico - A qualidade de dependente intransmissvel.

    Art. 11 Consideram-se dependentes dos segurados, definidos nos incisos I, II, IVe V, do art. 5, desta Lei, para fruio dos servios de assistncia sade prestados peloEstado, na forma que dispuser o Regulamento:

    I - cnjuge, ou o (a) companheiro(a);

    II - os filhos solteiros, menores de 18 anos;

    III - os filhos solteiros invlidos, com dependncia econmica.

    Pargrafo nico. Aplicam-se aos dependentes do segurado, para os efeitos desteartigo, as definies, circunstncias e restries indicadas nos 1, 2, 3, 4 e 6, doart. 9, desta Lei.

    Bahia

  • 13

    CAPTULO III

    DAS PRESTAES PREVIDENCIRIAS EASSISTENCIAIS

    SEO I

    DAS DISPOSIES GERAIS

    Art. 12 As prestaes do Sistema de Seguridade Social dos Servidores PblicosEstaduais consistem em benefcios, previstos nas Sees II a VI deste Captulo, e emservios de assistncia sade, estes oferecidos na forma que dispuser o Regulamento.

    1 Benefcios so prestaes de carter pecunirio a que faz jus o segurado ouseus dependentes, conforme a respectiva titularidade.

    2 Servios so aes de assistncia sade, postos disposio dosbeneficirios, cujo custeio co-financiado pelos segurados, na forma desta Lei e da suaregulamentao.

    Art. 13 As prestaes do Sistema de Seguridade Social dos Servidores PblicosEstaduais compreendem:

    I - quanto aos segurados, definidos nos incisos I, II, IV e V, do art. 5, desta Lei:

    a) aposentadoria;

    b) reserva remunerada ou reforma;

    c) auxlio-natalidade;

    d) salrio-famlia;

    e) licena para tratamento de sade;

    f) licenas gestante, adotante e paternidade;

    g) licena por acidente em servio.

    Bahia

  • 14

    II - quanto ao dependente:

    a) penso;

    b) (Revogada pela Lei n 7.593, de 20 de janeiro de 2000)

    Original b) peclio;

    c) auxlio-funeral;

    d) auxlio-recluso.

    III - quanto ao segurado e dependente:

    a) assistncia sade.

    1 Os benefcios sero concedidos nos termos das Constituies Federal eEstadual e da legislao infraconstitucional em vigor, observadas as alteraes introduzidaspor esta Lei.

    2 O recebimento indevido de benefcios havidos por fraude ou dolo implicarna devoluo, ao Fundo de Custeio da Previdncia Social dos Servidores Pblicos doEstado da Bahia FUNPREV, do total auferido, devidamente atualizado, sem prejuzoda ao penal cabvel.

    Art. 14 A percepo dos benefcios indicados no inciso II, do artigo anterior, estsujeita ao decurso do prazo de 12 (doze) meses de contribuio.

    1 O prazo de que trata o caput deste artigo ser contado, para o segurado, dadata do incio do exerccio do cargo ou funo.

    2 Independer de carncia a concesso dos benefcios de penso, peclio eauxlio-funeral, quando o bito do segurado houver decorrido de acidente em servio.

    Art. 15 A concesso dos benefcios de aposentadoria, de reserva remunerada, dereforma e de auxlio recluso, regulada pela legislao vigente data da inatividade ouda priso, respectivamente, os de salrio-famlia, pelo Estatuto dos Servidores PblicosCivis e pelo Estatuto dos Servidores Militares, e os de penso, peclio e auxlio-funeral,pela legislao em vigor na data do bito.

    Pargrafo nico. Os benefcios de prestao continuada de aposentadoria, reser-va remunerada, reforma, penso, salrio-famlia e auxlio-recluso sero modificados ouextintos, de acordo com a lei vigente, ao tempo da ocorrncia do fato modificativo ouextintivo, ressalvado o direito adquirido.

    Bahia

  • 15

    SEO II

    DA APOSENTADORIA, DA RESERVAREMUNERADA E DA REFORMA

    Art. 16 Os benefcios da aposentadoria, da reserva remunerada e da reforma dosservidores pblicos estaduais, civis e militares, sero custeados na forma estabelecidanesta Lei.

    Art. 17 As aposentadorias, reservas remuneradas e reformas dos servidores pbli-cos civis e militares dar-se-o em conformidade com o disposto nas ConstituiesFederal e Estadual e legislao aplicvel.

    Art. 17-A A aposentadoria de Deputado Estadual com subsdio integraldar-se- com a observncia de todos os requisitos exigidos na Constituio Federal eEstadual para os servidores pblicos em geral, desde que o beneficirio tenha exercido omandato por pelo menos 05 (cinco) anos. (Acrescentado pela Lei n 7.437,de 13 de janeiro de 1999)

    SEO III

    DA PENSO

    Art. 18 A penso ser devida aos dependentes dos segurados, definidos nos incisosI, II, IV e V, do art. 5, desta Lei, nos termos do art. 9, a partir da data do bito.

    1 No caso de ausncia do segurado, a penso ser devida a partir da respectivadeclarao judicial, extinguindo-se em face do aparecimento do ausente, dispensada adevoluo das parcelas recebidas, salvo hiptese de m-f, que implicar em responsabi-lidade penal.

    2 No caso de desaparecimento do segurado por motivo de catstrofe, acidenteou desastre, a penso ser devida a partir da data do evento, mediante o processamentoda justificao, nos termos da legislao federal especfica.

    Art. 19 O benefcio da penso corresponder remunerao ou aos proventos dosegurado falecido, observado o limite estabelecido na Constituio Federal.

    Bahia

  • 16

    1 Considera-se remunerao, a soma do vencimento bsico e das vantagensque seriam auferidas pelo servidor falecido, excludas as parcelas relativas a ajuda decusto, dirias, auxlios pecunirios, adicional de frias, abono pecunirio resultante daconverso de frias e outras de carter eventual ou de natureza indenizatria.

    2 Considera-se proventos, o valor que seria percebido, a este ttulo, pelo servi-dor falecido, com as excluses referidas no pargrafo anterior.

    3 Para o efeito da fixao do valor da penso, sero considerados os vencimen-tos ou proventos a que faria jus o segurado no ms da ocorrncia do bito, do seudesaparecimento em sinistro, ou da declarao judicial de sua ausncia, conforme a hi-ptese, observado o que estabelecem os 1 e 2 deste artigo.

    4 Quando o vencimento do servidor falecido em atividade for constitudo deuma parte fixa e outra varivel, esta ser calculada pela mdia estabelecida pela legisla-o especfica para efeito de sua incorporao aos proventos, na hiptese de aposenta-doria integral.

    5 vedada a percepo cumulativa de penses, ressalvadas as hipteses deacumulao constitucional de cargos e do filho em relao aos genitores, segurados daprevidncia social do Estado.

    Art. 20 Os processos de habilitao originria de penso, quando denegatria adeciso, sero remetidos ao Tribunal de Contas do Estado, em grau de recurso, no prazode 30 (trinta) dias.

    Art. 21 A penso ser rateada, em cotas partes iguais, entre os dependentes dosegurado.

    1 Para o rateio da penso, sero considerados, apenas, os dependentes inscri-tos, no se adiando a concesso por falta de habilitao de outros possveis dependentes.

    2 Concedido o benefcio, qualquer inscrio ou habilitao posterior, que im-plique incluso de novos dependentes, s produzir efeitos a partir da data do requeri-mento.

    Art. 22 A cota parte da penso extinguir-se- pelos motivos enumerados nosincisos III a VII, do art. 10, devendo o valor total da penso ser redistribudo entre osdependentes remanescentes, assegurado o pagamento do benefcio at sua completaextino.

    Bahia

  • 17

    SEO IV

    DO PECLIO

    Art. 23 (Revogado pela Lei n 7.593, de 20 de janeiro de 2000)

    Original Art. 23 O benefcio do peclio ser devido aos dependentes do segurado falecido ecorresponder a 5 (cinco) vezes o valor dos vencimentos ou proventos a que teria direito no ms do seufalecimento, no podendo ultrapassar o triplo da remunerao estabelecida para o cargo de Secretrio deEstado.

    1 (Revogado pela Lei n 7.593, de 20 de janeiro de 2000)

    Original 1 assegurada a percepo cumulativa do peclio nas hipteses de acumulaoconstitucional de cargos do segurado falecido e pelo filho em relao aos genitores, segurados da previdnciasocial do Estado.

    2 (Revogado pela Lei n 7.593, de 20 de janeiro de 2000)

    Original 2 O peclio ser rateado em partes iguais entre os dependentes do segurado.

    SEO V

    DO AUXLIO-FUNERAL

    Art. 24 O benefcio do auxlio-funeral, custeado com recursos do Tesouro Esta-dual, consiste no ressarcimento das despesas, devidamente comprovadas, realizadas pelodependente ou por terceiro que tenha custeado o funeral do segurado, at o limite cor-respondente a 3 (trs) vezes o menor vencimento do Estado. (Alterado pela Lei n 7.593,de 20 de janeiro de 2000)

    Original Art. 24 O benefcio do auxlio-funeral consiste no ressarcimento das despesas, devida-mente comprovadas, realizadas pelo dependente ou por terceiro que tenha custeado o funeral do segurado,at o limite correspondente a 3 (trs) vezes o menor vencimento do Estado.

    Bahia

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    SEO VI

    DO AUXLIO-RECLUSO

    Art. 25 Aos dependentes do segurado recolhido priso, que no possuir benssuficientes sua manuteno e no auferir rendimentos de qualquer espcie, salvo osoriundos do trabalho carcerrio, ser paga, a ttulo de auxlio-recluso, uma quantia men-sal correspondente a 2/3 (dois teros) do valor da penso que lhes caberia pela morte domesmo segurado.

    1 O benefcio ser devido, no caso de priso provisria de qualquer espcie, oude priso penal decorrente de sentena condenatria transitada em julgado, indepen-dentemente da natureza do ilcito cometido, ainda que ocorra o efeito extrapenal espec-fico e no automtico da perda do cargo pblico, na forma do inciso I, do art. 92, doCdigo Penal.

    2 Se a perda do cargo pblico, a cassao da aposentadoria, da reserva remune-rada, da reforma ou da disponibilidade decorrer da imposio de sano resultante deprocesso administrativo disciplinar em razo da prtica de fato que constitua, a um stempo, ilcito administrativo e penal, o benefcio ser devido, desde que, na data daaplicao da pena, o segurado esteja recolhido priso.

    Art. 26 O processo de auxlio-recluso observar as normas previstas para a habi-litao penso e ser instrudo com os seguintes documentos:

    I - certido do auto de priso em flagrante, do decreto das prises preventiva, porpronncia ou por sentena condenatria recorrvel, ou do trnsito em julgado da sen-tena condenatria;

    II - certido, fornecida pelo rgo de pessoal, de que o segurado no vem rece-bendo vencimentos, ainda que parciais;

    III - certido do recolhimento do segurado priso;

    IV - aviso de crdito da ltima remunerao percebida pelo segurado.

    1 O pagamento do benefcio ser mantido enquanto durar a privao de liber-dade do segurado, fato este que ser comprovado por meio de atestados semestrais,firmados pela autoridade competente, suspendendo-se o benefcio com a liberao dopreso, ainda que condicional, ou na hiptese de fuga.

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  • 19

    2 Se a pena privativa de liberdade for executada em regime aberto, ou mesmoem regime semi-aberto, em que seja admissvel o trabalho externo, o benefcio no serdevido.

    3 Falecido o detento ou recluso, o auxlio-recluso ser convertido, automati-camente, em penso no mesmo valor atribudo aos mesmos beneficirios, aplicando-se,no que couber, as disposies das Sees I e III, deste Captulo.

    SEO VII

    DA ASSISTNCIA SADE

    Art. 27 A assistncia sade aos segurados e dependentes compreende a presta-o de servios ambulatoriais e internaes hospitalares, abrangendo o atendimentomdico, de carter geral e especializado, prestados pelo Estado ou atravs de instituiescredenciadas na forma que dispuser o Regulamento do Plano de Sade dos ServidoresPblicos Estaduais, a ser aprovado por Decreto.

    Pargrafo nico. Entende-se por instituies credenciadas, as entidades qualifica-das junto Secretaria da Administrao, para prestao de servios de sade aos segura-dos e dependentes indicados no art. 11, desta Lei, e que estejam sujeitas, por fora decontrato, s normas, regulamentos e controles estabelecidos pelo Estado.

    Art. 28 O custeio da assistncia sade ter a participao dos segurados, novalor definido em Regulamento. (Alterado pela Lei n 7.593, de 20 de janeiro de 2000)

    Original Art. 28 O custeio da assistncia sade ter a participao obrigatria dos segurados,no valor definido em Regulamento, mediante aplicao do percentual de at 5% (cinco por cento) incidentesobre a base de clculo estabelecida nos incisos I a III, do art. 58, desta Lei.

    Pargrafo nico. Aplica-se ao clculo da participao dos segurados no custeio daassistncia sade o disposto nos 1, 3 e 4, do art. 58, desta Lei.

    Art. 29 O Estado contribuir para o custeio da assistncia sade dos beneficiriosdo Sistema de Seguridade Social dos Servidores Pblicos Estaduais com at 5% (cincopor cento) incidente sobre a base de clculo indicada no inciso IV, do art. 58, desta Lei.

    1 O rgo onde esteja vinculado o segurado que se encontrar na situaoprevista no 4, do art. 58, desta Lei, fica obrigado a recolher ao Tesouro o valorequivalente participao do Estado no custeio da assistncia sade.

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  • 20

    2 O segurado facultativo amparado pela Lei n 3.373, de 29 de janeiro de 1975,fica obrigado a promover, na forma prevista no art. 57, caput, desta Lei, o recolhimentoao Tesouro do valor equivalente participao do Estado no custeio da assistncia sade.

    Art. 30 O Regulamento do Plano de Sade dos Servidores Pblicos Estaduais,que especificar o modelo de assistncia, a abrangncia e as restries dos procedimen-tos mdico-hospitalares postos disposio dos beneficirios, estabelecer normas quepermitam a prestao de servios adicionais, pelas instituies credenciadas, aos segura-dos e dependentes que manifestarem interesse em arcar com os nus deles decorrentes.

    Art. 31 O Estado desenvolver programas complementares na rea de assistnciasocial, na forma que dispuser o Regulamento.

    SEO VIII

    DAS DISPOSIES GERAIS RELATIVAS SPRESTAES DOS BENEFCIOS PREVIDENCIRIOS

    Art. 32 Os benefcios sero pagos diretamente ao titular, pensionista ou depen-dente, salvo em caso de ausncia, molstia contagiosa ou impossibilidade de locomoo,quando sero pagos a procurador, cujo mandato no ter prazo superior a 6 (seis) meses,podendo ser renovado.

    Art. 33 O pagamento do benefcio devido ao dependente, civilmente incapaz,ser feito ao seu representante legal, admitindo-se, na falta deste, e por perodo nosuperior a 6 (seis) meses, o pagamento a herdeiro legtimo, civilmente capaz, mediantetermo de compromisso firmado no ato do recebimento.

    Art. 34 Podem ser descontados dos benefcios:

    I - contribuies devidas ao FUNPREV;

    II - restituio do valor de benefcios recebidos a maior;

    III - imposto de renda retido na fonte;

    IV - penso alimentcia decretada em sentena judicial, no limite da cota dodevedor da obrigao alimentar;

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  • 21

    V - cota de participao no custeio da assistncia mdica;

    VI - parcelas relativas s amortizaes do principal e dos juros de emprstimoscontrados pelo segurado junto ao FUNPREV.

    Art. 35 Incidir atualizao monetria nos casos de habilitao originria dos be-nefcios, quando ultrapassados os prazos indicados no 1, deste artigo, salvo na hip-tese em que este fato tenha sido provocado pelo beneficirio.

    1 Ser de at 60 (sessenta) dias o prazo para concesso da penso, do peclioe do auxlio-recluso, e de at 30 (trinta) dias para a do auxlio-funeral, contados da datade protocolo do requerimento.

    2 Na hiptese de o atraso ter sido causado pelo beneficirio, a atualizaoincidir a partir da data da satisfao, por este, do ato que lhe competia praticar, garanti-dos os prazos de que trata o pargrafo anterior.

    3 Os pagamentos posteriores aos prazos de que tratam os 1 e 2, desteartigo, que no tenham sido efetuados at o 10 (dcimo) dia til do ms subseqente,tero seus valores atualizados.

    Art. 36 No haver restituio de contribuies, ressalvadas as hipteses derecolhimentos indevidos.

    Art. 37 A gratificao natalina devida aos servidores aposentados, da reservaremunerada, reformados e pensionistas equivaler ao valor da respectiva remunerao,dos proventos ou da penso referente ao ms de dezembro de cada ano .

    Pargrafo nico. No ano da ocorrncia do fato gerador ou extintivo do benef-cio, o clculo da respectiva gratificao obedecer proporcionalidade da manutenodo benefcio no correspondente exerccio, equivalendo cada ms decorrido, ou fraode dias superior a 15 (quinze), a 1/12 (um doze avos).

    Art. 38 A legalidade dos atos de concesso das aposentadorias, das reservasremuneradas e das reformas dos servidores pblicos estaduais, civis e militares, bemcomo das penses, sero julgadas pelo Tribunal de Contas do Estado, nos termos daConstituio Estadual.

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    TTULO II

    DO FUNDO DE CUSTEIO DA PREVIDNCIASOCIAL DOS SERVIDORES PBLICOS DO ESTADO

    DA BAHIA FUNPREV

    CAPTULO I

    DAS DISPOSIES GERAIS

    Art. 39 Fica institudo, na forma definida pelo art. 71, da Lei Federal n 4.320, de17 de maro de 1964, e no art. 140, da Lei Estadual n 2.322, de 11 de abril de 1966, oFundo de Custeio da Previdncia Social dos Servidores Pblicos do Estado da Bahia FUNPREV, vinculado Secretaria da Fazenda, com a finalidade de:

    I - prover recursos para o pagamento dos benefcios de aposentadoria, reservaremunerada, reforma, penso e auxlio-recluso aos segurados oriundos dos PoderesExecutivo, Legislativo e Judicirio, dos Tribunais de Contas, do Ministrio Pblico, dasautarquias e das fundaes institudas e mantidas pelo Estado; (Alterado pela Lein 7.593, de 20 de janeiro de 2000)

    Original I - prover recursos para o pagamento dos benefcios de aposentadoria, reserva remunera-da, reforma, penso, peclio, auxlio-funeral e auxlio-recluso aos segurados oriundos dos Poderes Exe-cutivo, Legislativo e Judicirio, dos Tribunais de Contas, do Ministrio Pblico, das autarquias e dasfundaes institudas e mantidas pelo Estado;

    II - aplicar recursos provenientes das contribuies e transferncias do Estado edas contribuies dos seus segurados.

    Art. 40 O FUNPREV ser gerido pela Coordenao Executiva do Fundo deCusteio da Previdncia Social dos Servidores Pblicos do Estado da Bahia, unidade daestrutura da Secretaria da Fazenda, cabendo-lhe, sob orientao superior do ComitDeliberativo e do Conselho Previdencirio do Estado - CONPREV, o planejamento, acoordenao, a execuo, a superviso e o controle das atividades do Fundo.

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    CAPTULO II

    DO OBJETIVO, VINCULAO, ORGANIZAOE ADMINISTRAO

    Art. 41 Os recursos do FUNPREV destinam-se ao custeio dos benefciosprevidencirios de aposentadoria, de reserva remunerada, de reforma, de penso, deauxlio-recluso, a que fazem jus os servidores pblicos estaduais, civis e militares, daadministrao direta, das autarquias e das fundaes institudas e mantidas pelo Estado,na forma prevista nas Constituies Federal e Estadual e na legislao especfica.(Alterado pela Lei n 7.593, de 20 de janeiro de 2000)

    Original Art. 41 Os recursos do FUNPREV destinam-se ao custeio dos benefcios previdenciriosde aposentadoria, de reserva remunerada, de reforma, de penso, de peclio, de auxlio-funeral e deauxlio-recluso, a que fazem jus os servidores pblicos estaduais, civis e militares, da administraodireta, das autarquias e das fundaes institudas e mantidas pelo Estado, na forma prevista nasConstituies Federal e Estadual e na legislao especfica.

    1 Correro por conta dos recursos do FUNPREV, as despesas decorrentes dosbenefcios concedidos pelo Estado, suas autarquias e fundaes, aps 90 (noventa) diasda data de vigncia desta Lei.

    2 A partir do exerccio de 1999, sero incorporados pelo FUNPREV, a cadaano, 5% (cinco por cento) dos valores relativos s despesas incorridas pelo Estado comas atuais aposentadorias, reservas remuneradas e reformas, e com as concedidas at 90(noventa) dias aps a vigncia desta Lei.

    3 Quando o saldo remanescente, das parcelas de que trata o pargrafo anterior,for inferior a 5% (cinco por cento) das despesas incorridas pelo Estado, o FUNPREVpromover sua integral absoro.

    Art. 42 O FUNPREV ser regido segundo normas e diretrizes estabelecidas peloCONPREV, rgo consultivo, deliberativo e de superviso superior, vinculado Secretaria da Administrao, que assegurar condies para o seu funcionamento, econstitudo de 11 (onze) membros, tendo a seguinte composio:

    I - o Secretrio da Administrao, que o presidir;

    II - um representante do Poder Legislativo;

    III - um representante do Poder Judicirio;

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    IV - um representante do Ministrio Pblico;

    V - um representante da Secretaria de Governo;

    VI - um representante da Secretaria da Fazenda;

    VII - um representante da Secretaria do Planejamento, Cincia e Tecnologia;

    VIII - um representante da Procuradoria Geral do Estado;

    IX - o Coordenador Geral do FUNPREV;

    X - o Diretor do Departamento de Recursos Humanos da Secretaria da Adminis-trao;

    XI - um representante dos servidores pblicos do Estado.

    1 Os membros, titulares e suplentes, do CONPREV, sero nomeados peloGovernador do Estado.

    2 O CONPREV reunir-se-, mensalmente, em sesses ordinrias e, extraordi-nariamente, quando convocado pelo Secretrio da Administrao ou a requerimento de1/3 (um tero) de seus membros.

    3 As decises do CONPREV sero tomadas com a presena de, no mnimo,6 (seis) membros.

    4 Ser lavrada ata, em livro prprio, de todas as reunies do CONPREV, cujoresumo ser publicado no Dirio Oficial do Estado.

    5 O Regimento Interno do CONPREV, que estabelecer suas normas defuncionamento e as competncias da Secretaria Executiva, ser aprovado por ato doGovernador do Estado.

    Art. 43 Compete ao CONPREV:

    I - estabelecer as diretrizes gerais e os programas de investimento dos recursosdo FUNPREV, a serem aplicados de acordo com os critrios estabelecidos nesta Lei eem sua regulamentao, observados os estudos atuariais apresentados ao Conselho pelaCoordenao Executiva, para a consecuo das polticas de seguridade social estabelecidaspelo Estado para seus servidores;

    II - apreciar e aprovar a programao anual e plurianual do FUNPREV;

    III - participar, acompanhar e avaliar sistematicamente a gesto do FUNPREV;

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  • 25

    IV - apreciar e aprovar propostas de alterao da poltica previdenciria do Estado;

    V - apreciar e aprovar as propostas oramentrias do FUNPREV;

    VI - autorizar a contratao de empresas especializadas para a realizao de estu-dos atuariais;

    VII - acompanhar e apreciar, atravs de relatrios gerenciais adequados, a execu-o dos planos, programas e oramentos do FUNPREV;

    VIII - autorizar a aquisio, a alienao e o gravame de bens imveis integrantesdo patrimnio do FUNPREV;

    IX - fixar as normas de atuao dos agentes operativos e financeiros do FUNPREV;

    X - aprovar a contratao de agentes operativos e financeiros do FUNPREV, bemcomo a celebrao de contratos, convnios, acordos e ajustes que impliquem, direta ouindiretamente, no comprometimento de bens patrimoniais do FUNPREV;

    XI - deliberar sobre a aceitao de doaes, cesses de direitos e legados, quandoonerados por encargos;

    XII - acompanhar e avaliar a gesto operacional, econmica e financeira dos re-cursos, bem como os ganhos sociais e os resultados alcanados pelos programas execu-tados pelo FUNPREV;

    XIII - pronunciar-se quanto s contas prestadas pelo gestor do FUNPREV, po-dendo, se julgar necessrio, solicitar o apoio da Auditoria Geral do Estado ou autorizara contratao de empresa de auditoria externa para aprofundamento dos exames;

    XIV - adotar as providncias cabveis para a correo de atos e fatos, decorrentesde gesto, que prejudiquem o desempenho e o cumprimento das finalidades doFUNPREV;

    XV - dirimir dvidas quanto aplicao das normas regulamentares, relativas aoFUNPREV, nas matrias de sua competncia;

    XVI - rever as decises denegatrias de penses;

    XVII - exercer outras atividades correlatas.

    1 Sem prejuzo da competncia estabelecida no inciso XIII, deste artigo, oCONPREV poder determinar, a qualquer tempo, a contratao de peritos para a reali-zao de estudos econmicos e financeiros, revises atuariais, inspees, auditorias outomada de contas, observadas as normas de licitao em vigor.

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  • 26

    2 As matrias submetidas ao CONPREV, indicadas nos incisos I a XII, desteartigo, devero estar consubstanciadas em estudos e pareceres tcnicos aprovados pelosmembros da Coordenao Executiva do FUNPREV, que, para esse efeito, funcionarem comisso, tendo o Coordenador Geral voto de qualidade.

    Art. 44 A gesto operacional do FUNPREV ser acompanhada por um ComitDeliberativo, formado pelo Secretrio da Fazenda, que o presidir, pelo Secretrio daAdministrao e pelo Coordenador Geral do FUNPREV, que se reunir, por solicitaode qualquer dos seus membros, para deliberar, ad referendum do CONPREV, sobre mat-rias que ultrapassem as competncias da Coordenao Executiva do Fundo, e que re-queiram pronta deciso da Administrao, na forma que dispuser o Regulamento.

    CAPTULO III

    DO PATRIMNIO, RECURSOS, DESPESASE CONTABILIDADE

    Art. 45 O FUNPREV tem seu patrimnio formado dos seguintes elementos:

    I - bens mveis e imveis, valores, rendas e direitos do IAPSEB, transferidos aoFUNPREV na forma estabelecida nesta Lei;

    II - valor de R$400.000.000,00 (quatrocentos milhes de reais), transferido peloEstado ao FUNPREV na forma autorizada por esta Lei;

    III - valor de at R$40.000.000,00 (quarenta milhes de reais), em aes doEstado no capital da Empresa Baiana de guas e Saneamento EMBASA, a seremtransferidas ao FUNPREV na forma autorizada por esta Lei;

    IV - os bens e direitos que, a qualquer ttulo, lhe sejam adjudicados e transferidos;

    V - que vier a ser constitudo na forma legal.

    Art. 46 Sem prejuzo de sua contribuio estabelecida no Anexo II, desta Lei, edas transferncias vinculadas ao pagamento das aposentadorias, das reservas remunera-das ou das reformas, na forma definida no 2, do art. 41, deste Diploma, o Estadopoder propor, quando necessrio, a abertura de crditos adicionais visando assegurar,ao FUNPREV, a alocao de recursos oramentrios destinados cobertura de eventu-ais insuficincias tcnicas reveladas no plano de custeio.

    Bahia

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    Art. 47 Os bens e direitos do FUNPREV sero utilizados exclusivamente nocumprimento dos seus objetivos, de acordo com programas, aprovados pelo ConselhoPrevidencirio do Estado, que visem a manuteno do poder aquisitivo dos capitaisinvestidos, rentabilidade compatvel com os imperativos atuariais do plano de custeio esegurana dos investimentos.

    Pargrafo nico. A alienao de bens imveis do FUNPREV depender deautorizao legislativa especfica.

    Art. 48 As aplicaes financeiras dos recursos do FUNPREV sero realizadas,diretamente ou por intermdio de instituies especializadas, credenciadas para este fimpelo seu rgo gestor, aps aprovao do CONPREV, exclusivamente segundo critriosestabelecidos pelo CONPREV, em operaes que preencham os seguintes requisitos, demodo a assegurar a cobertura tempestiva de suas obrigaes:

    I - garantia real;

    II - liqidez;

    III - atualizao monetria e juros.

    Pargrafo nico. As receitas, as rendas e o resultado das aplicaes dos recursosdisponveis sero empregados, exclusivamente, na consecuo das finalidades previstasneste ttulo, no aumento ou manuteno do valor real do patrimnio do FUNPREV ena obteno de recursos destinados ao custeio de suas atividades finalsticas.

    Art. 49 Os recursos para a implementao do FUNPREV originam-se dasseguintes fontes de custeio:

    I - contribuio dos segurados, mediante aplicao da tabela constante doAnexo I, desta Lei;

    II - do Estado da Bahia, por seus Poderes, atravs da administrao direta, dasautarquias e das fundaes pblicas, em conformidade com a tabela progressiva cons-tante do Anexo II, desta Lei, cujos percentuais incidem sobre a folha de pagamentocusteada pelo Tesouro Estadual ou pelo FUNPREV; (Alterado pela Lei n 7.593, de 20de janeiro de 2000)

    Original II - do Estado da Bahia, por seus Poderes, atravs da administrao direta, das autarquiase das fundaes pblicas, em conformidade com a tabela progressiva constante do Anexo II, desta Lei;

    III - dotaes relativas a transferncias para pagamento de benefcios de aposenta-dorias concedidas, at 90 (noventa) dias aps a promulgao desta Lei, pelo Estado daBahia, por seus Poderes, suas autarquias e fundaes pblicas, consignadas nos respectivosOramentos da Seguridade Social, observado o disposto no 2, do art. 41, desta Lei;

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    IV - produto da alienao dos imveis descritos no Anexo nico da Lei n 6.965,de 19 de julho de 1996;

    V - valor decorrente da compensao financeira apurada entre os sistemas deprevidncia, na forma estabelecida na Constituio Federal;

    VI - outras receitas provenientes de:

    a) resultados financeiros de convnios ou contratos celebrados;

    b) renda de juros e de administrao de seus capitais;

    c) produto da utilizao do seu patrimnio;

    d) doaes e legados que lhe sejam feitos.

    VII - outros recursos consignados nos oramentos;

    VIII - outras rendas, extraordinrias ou eventuais.

    Art. 50 Os recursos do FUNPREV no podero ser aplicados em operaesativas que envolvam interesses do Estado, bem como no sero utilizados para aquisiode bens, ttulos e valores mobilirios do Estado, de suas autarquias, fundaes, empresaspblicas e sociedades de economia mista.

    Art. 51 vedada a utilizao de recursos do FUNPREV em atividades adminis-trativas, com pessoal e encargos, na aquisio ou arrendamentamento de bens de uso, deveculos e de equipamentos.

    Pargrafo nico. As despesas para a manuteno dos servios administrativos eoperacionais do FUNPREV correro conta de dotaes prprias, alocadas pelo Esta-do ao Oramento da Secretaria da Fazenda.

    Art. 52 O Regulamento do FUNPREV dispor sobre os critrios de aplicaodos ativos financeiros do Fundo, observando, no que couber, as normas que visamproteger as aplicaes das atividades fechadas de previdncia privada, emanadas peloConselho Monetrio Nacional.

    Art. 53 O FUNPREV poder conceder emprstimos aos seus segurados, obser-vadas suas disponibilidades, a remunerao atuarialmente fixada para suas reservas e odisposto em Regulamento.

    Art. 54 As contribuies do Estado, atravs dos seus Poderes, das autarquias e dasfundaes pblicas e dos segurados, devero ser recolhidas mensalmente ao FUNPREV,at o 10 (dcimo) dia do ms subseqente.

    Bahia

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    Pargrafo nico. Decorrido o prazo referido neste artigo, e no se procedendo orecolhimento, as contribuies repassadas sujeitar-se-o atualizao, segundo os ndi-ces utilizados para o efeito de correo dos tributos estaduais.

    Art. 55 As transferncias do Estado ao FUNPREV, para pagamento das aposen-tadorias, reservas remuneradas e reformas, devero ser realizadas at 3 (trs) dias teisque antecedam as datas estabelecidas para os respectivos pagamentos.

    Art. 56 As contribuies dos segurados obrigatrios sero descontadas pelos se-tores encarregados do pagamento dos respectivos vencimentos, proventos oupenses, e recolhidas diretamente ao FUNPREV, sob pena de responsabilidade civil,penal e administrativa do responsvel pelo rgo ou entidade inadimplente.

    Art. 57 A contribuio dos segurados facultativos dever ser recolhida diretamen-te pelo interessado ao estabelecimento bancrio credenciado pelo FUNPREV, at o 10(dcimo) dia do ms subseqente ao vencido, atualizando-se os valores, casoultrapassado o referido prazo.

    1 A contribuio dos deputados estaduais, na condio de segurados facultati-vos, ser descontada na forma prevista no artigo anterior.

    2 O segurado facultativo amparado pela Lei n 3.373, de 29 de janeiro de 1975,que deixar de contribuir para o FUNPREV por mais de 3 (trs) meses consecutivos,perder esta condio, na forma prevista no inciso II, do art. 5, do mencionado diplomalegal.

    Art. 58 Considera-se base de clculo para fins de contribuio:

    I - para o segurado ativo, o valor bruto da remunerao integral do ms, excludasas parcelas a ttulo de ajuda de custo, dirias, auxlios pecunirios, adicional de frias eabono pecunirio resultante da converso de frias;

    II - para o segurado inativo, os proventos da aposentadoria, da reservaremunerada ou da reforma;

    III - para os pensionistas, o valor da penso;

    IV - para os Poderes do Estado, suas autarquias e fundaes pblicas, a soma dovalor bruto da remunerao mensal de todos os servidores, na forma indicada nos incisosI e II deste artigo.

    1 No caso de acumulao constitucional de cargos ou de aposentadorias, acontribuio incidir sobre a totalidade de cada um dos estipndios, excludas as parce-las indicadas no inciso I deste artigo.

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    2 Sobre a gratificao natalina incidir contribuio, mediante aplicao, emseparado, dos percentuais estabelecidos no Anexo I, desta Lei.

    3 Os auxiliares e serventurios da Justia, submetidos ao regime de custas,contribuiro para a previdncia social na correspondncia dos vencimentos dos cargos eentrncias respectivas.

    4 Para o segurado obrigatrio que passar a servir, a qualquer ttulo, em outraentidade, ou que for investido em mandato eletivo, sem nus para o rgo de origem, abase de clculo corresponder ao valor da remunerao do cargo efetivo de que titular,devendo este promover o recolhimento da sua contribuio ao FUNPREV, observado oprazo estabelecido no caput do art. 54, desta Lei.

    5 O rgo onde esteja vinculado o segurado, na situao prevista no pargrafoanterior, fica obrigado a recolher ao FUNPREV o valor equivalente contribuio doEstado, observados os critrios estabelecidos no Anexos II, desta Lei.

    6 Falecendo o segurado em dbito com o FUNPREV, ser descontado dosbenefcios devidos o valor correspondente.

    7 Para os deputados estaduais que se inscreverem como seguradosfacultativos, a base de clculo corresponder ao valor da respectiva remunerao,excludas as parcelas excepcionadas no inciso I, deste artigo.

    Art. 59 A administrao oramentria, financeira, patrimonial e de material doFUNPREV obedecer aos princpios gerais estabelecidos na legislao especfica quelhe sejam aplicveis, ao disposto nesta Lei, e aos seguintes:

    I - exerccio financeiro coincidir com o ano civil;

    II - a proposta oramentria e os planos de aplicao para cada exerccio seroencaminhados apreciao do Conselho Previdencirio do Estado, atendidos os prazosde sua elaborao;

    III - durante o exerccio financeiro, o Conselho Previdencirio do Estado poderaprovar propostas de abertura de crditos adicionais e de modificao dos planos deaplicao.

    Art. 60 A execuo oramentria e a prestao anual de contas do FUNPREVobedecero s normas legais de controle e administrao financeira adotadas pelo Estado.

    Art. 61 Compor a prestao de contas do FUNPREV avaliao atuarial eestatstica do Plano de Benefcios, elaborada por entidades ou profissionais legalmentehabilitados.

    Bahia

  • 31

    Art. 62 Para garantia da continuidade do pagamento dos benefcios, seroconstitudas as seguintes reservas tcnicas:

    I - reservas matemticas de benefcios concedidos;

    II - reservas matemticas de benefcios a conceder.

    1 Reserva matemtica de benefcios concedidos a diferena entre o valoratual dos encargos assumidos pelo FUNPREV, em relao aos seus beneficirios emgozo de rendas iniciadas de aposentadorias, reservas remuneradas, reformas, auxlios-recluso e penses, e o valor atual das contribuies que por eles, e pelo Estado, por suasautarquias ou fundaes, venham a ser recolhidas para sustentao dos referidos encar-gos, de acordo com o Plano de Custeio.

    2 Reserva matemtica de benefcios a conceder a diferena entre o valor atualdos encargos a serem assumidos pelo FUNPREV, em relao aos seus segurados e res-pectivos dependentes que ainda no estejam em gozo de rendas iniciadas de aposenta-dorias, reservas remuneradas, reformas, auxlios-recluso ou penses, e o valor atual dascontribuies que por eles, e pelo Estado, por suas autarquias ou fundaes, venham aser recolhidas ao FUNPREV para sustentao dos referidos encargos, de acordo com oPlano de Custeio. (Alterado pela Lei n 7.593, de 20 de janeiro de 2000)

    Original 2 - Reserva matemtica de benefcios a conceder a diferena entre o valor atual dosencargos a serem assumidos pelo FUNPREV, em relao aos seus segurados e respectivos dependentesque ainda no estejam em gozo de rendas iniciadas de aposentadorias, reservas remuneradas, reformas,auxlios-recluso, penses, peclios ou auxlios-funeral, e o valor atual das contribuies que por eles, epelo Estado, por suas autarquias ou fundaes, venham a ser recolhidas ao FUNPREV para susten-tao dos referidos encargos, de acordo com o Plano de Custeio.

    Art. 63 Sem prejuzo do disposto no artigo anterior, o FUNPREV poder cons-tituir outras reservas e provises para o cumprimento de diretrizes e planos propostospela Coordenao Geral do Fundo e aprovados pelo CONPREV.

    Art. 64 O FUNPREV ter contabilidade prpria, cujo Plano Geral de Contasdiscriminar as receitas realizadas e despesas incorridas, as reservas tcnicas relativas aosbenefcios concedidos e a conceder, as provises, os saldos patrimoniais e outroselementos, de forma a possibilitar o acompanhamento permanente do seu desempenhoe a sistemtica avaliao de sua situao atuarial, financeira, econmica e patrimonial.

    Art. 65 O saldo positivo do FUNPREV, apurado em balano ao final de cada exer-ccio financeiro, ser transferido para o exerccio seguinte, a crdito do prprio Fundo.

    Art. 66 O Plano de Aplicao do FUNPREV ser aprovado pelo Governador doEstado, na forma da legislao em vigor.

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    TTULO III

    DAS DISPOSIES FINAIS E TRANSITRIAS

    Art. 67 As despesas incorridas pelo FUNPREV, em decorrncia das atuais apo-sentadorias, reservas remuneradas e reformas, bem como dos novos benefcios concedi-dos pelo Estado, por seus Poderes, suas autarquias e fundaes pblicas, at 90 (noven-ta) dias aps a promulgao desta Lei, sero custeadas por conta de dotaes prprias,consignadas no Oramento-Programa, alocadas aos Encargos Gerais do Estado.

    Pargrafo nico. Observado o disposto no 2, do art. 41, desta Lei, os recursosnecessrios aos pagamentos indicados no caput deste artigo sero transferidos mensal-mente ao FUNPREV pelo Estado, suas autarquias e fundaes.

    Art. 68 Fica criada, na estrutura da Secretaria da Fazenda, a Coordenao Execu-tiva do Fundo de Custeio da Previdncia Social dos Servidores Pblicos do Estado daBahia, com a finalidade de executar as atividades previstas no art. 40, desta Lei.

    1 Para atender execuo das atividades do rgo indicado no caput desteartigo, ficam criados, na estrutura de cargos de provimento temporrio da Secretaria daFazenda, 01 (um) cargo de Coordenador Geral, smbolo DAS-2B, 02 (dois) cargos deGerente, smbolo DAS-3, 01 (um) cargo de Assessor Tcnico, smbolo DAS-3, e 03(trs) cargos de Secretrio Administrativo, smbolo DAI-5.

    2 O titular do cargo de provimento temporrio de Coordenador Geral daCoordenao Executiva do FUNPREV ser indicado ao CONPREV pelo Secretrio daFazenda, escolhido preferencialmente entre servidor pblico do Estado, com notriaexperincia profissional nas reas de anlise e controle financeiro.

    3 Homologado pelo CONPREV, o servidor indicado no pargrafo anteriorter seu nome submetido ao Governador do Estado para aprovao e efetivao dorespectivo ato de nomeao.

    Art. 69 Fica o Poder Executivo autorizado a rever a estrutura da Secretaria daAdministrao, com a finalidade de planejar, coordenar, executar, supervisionar e con-trolar as atividades de sade ocupacional, percias mdicas, assistncia sade e conces-so de benefcios prestados pelo Estado aos seus servidores e pensionistas.

    Pargrafo nico. Para atender execuo das atividades indicadas no caput desteartigo, ficam criados, na estrutura de cargos da Secretaria da Administrao, 01 (um) cargode Diretor Geral, smbolo DAS-2B, 06 (seis) cargos de Diretor, smbolo DAS-2C, 12 (doze)cargos de Assessor Tcnico, smbolo DAS-3, 12 (doze) cargos de Gerente, smbolo

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    DAS-3, 10 (dez) cargos de Subgerente, smbolo DAI-4, 8 (oito) cargos de Assessor Admi-nistrativo, smbolo DAI-4, 8 (oito) cargos de Coordenador de Grupo de Trabalho, smboloDAI-5, e 08 (oito) cargos de Secretrio Administrativo, smbolo DAI-6.

    Art. 70 As competncias do rgo institudo no artigo precedente, e as atribui-es dos titulares dos cargos de provimento temporrio criados nos arts. 68 e 69, destaLei, sero definidas em ato do Poder Executivo.

    Art. 71 Correro por conta de dotaes prprias, consignadas no Oramento-Programa da Secretaria da Administrao, as despesas relativas parcela do Estado nocusteio da assistncia sade dos segurados e dependentes, na forma do disposto no art.29, desta Lei.

    Art. 72 Fica o Poder Executivo autorizado a extinguir, no prazo de at 180 (centoe oitenta) dias, a contar da vigncia desta Lei, o Instituto de Assistncia e Previdncia doServidor do Estado da Bahia - IAPSEB, autarquia vinculada Secretaria da Administra-o, cujas atividades assistenciais e previdencirias passaro responsabilidade da Secre-taria da Administrao.

    1 Fica o Estado autorizado a incorporar o patrimnio do IAPSEB aoFUNPREV, e assumir o pagamento das despesas decorrentes dos compromissos empe-nhados, liqidados e no pagos pela referida autarquia.

    2 Em conseqncia do disposto no caput deste artigo, sero extintos, no prazode at 180 (cento e oitenta) dias, 252 (duzentos e cinqenta e dois) cargos de provimentotemporrio do IAPSEB, constantes do Anexo III, desta Lei.

    Art. 73 Fica o Poder Executivo autorizado a:

    I - praticar os atos necessrios continuidade dos servios, at a definitivaestruturao dos rgos indicados nos arts. 68 e 69, desta Lei;

    II - adotar, no prazo de at 180 (cento e oitenta) dias da publicao desta Lei, asprovidncias necessrias incorporao, ao patrimnio do FUNPREV, dos bens e direi-tos do IAPSEB;

    III - promover a movimentao do pessoal do quadro permanente do IAPSEBpara atender s necessidades de outros rgos e entidades do Estado, observadas asatribuies dos respectivos cargos e respeitado o disposto no art. 44, da Constituio doEstado;

    IV - praticar os atos regulamentares e regimentais que decorram, implcita ouexplicitamente, das disposies desta Lei, inclusive os que se relacionem com pessoal,material e patrimnio;

    Bahia

  • 34

    V - abrir, no prazo de at 180 (cento e oitenta) dias da publicao desta Lei,crdito especial, na forma da Lei, no Oramento da Seguridade Social do Estado vigen-te, no valor de R$400.000.000,00 (quatrocentos milhes de reais), destinado integralizao do FUNPREV, mediante a utilizao de recursos oriundos da desestatizaode sociedades controladas pelo Estado da Bahia;

    VI - promover, no prazo de at 180 (cento e oitenta) dias da publicao desta Lei,outras modificaes oramentrias necessrias ao cumprimento do disposto nesta Lei.

    Art. 74 Esta Lei entrar em vigor na data de sua publicao, produzindo efeitosfinanceiros aps 90 (noventa) dias, em obedincia ao que dispe o 6, do art. 195, daConstituio Federal.

    Art. 75 Revogam-se as disposies em contrrio, especialmente a Lei n 6.915, de10 de novembro de 1995.

    PALCIO DO GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA, em 07 dejaneiro de 1998.

    PAULO SOUTOGovernadorPedro Henrique Lino de SouzaSecretrio de GovernoSrgio Augusto Martins MoyssSecretrio da AdministraoRodolpho Tourinho NetoSecretrio da Fazenda

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  • 35

    Decreto n 7.252, de 17 de maro de 1998.

    Homologa a Resoluo n 001, de 10 demaro de 1998, do ConselhoPrevidencirio do Estado - CONPREV.

    O GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuies, etendo em vista o disposto no 5, do art. 42, da Lei n 7.249, de 07 de janeiro de 1998,

    DECRETA:

    Art. 1 Fica homologada a Resoluo n 001, de 10 de maro 1998, que aprovouo Regimento do Conselho Previdencirio do Estado CONPREV, que com este sepublica.

    Art. 2 Este Decreto entrar em vigor na data de sua publicao.

    Art. 3 Revogam-se as disposies em contrrio.

    PALCIO DO GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA, em 17 de maro de1998.

    PAULO SOUTOGovernadorPedro Henrique Lino de SouzaSecretrio de Governo Srgio Augusto Martins MoyssSecretrio da AdministraoRodolpho Tourinho NetoSecretrio da Fazenda

    Bahia

  • 36

    Resoluo n 1, de 10 de maro de 1998.

    Aprova o Regimento do ConselhoPrevidencirio do Estado - CONPREV.

    O CONSELHO PREVIDENCIRIO DO ESTADO DA BAHIA, no usode suas competncias,

    RESOLVE:

    Art. 1 Aprovar o Regimento do Conselho Previdencirio do Estado - CONPREV,na forma do anexo que integra esta Resoluo.

    Art. 2 Esta Resoluo entrar em vigor na data de sua publicao, aps homolo-gao do Governador do Estado.

    Art. 3 Revogam-se as disposies em contrrio.

    SALA DAS SESSES, em 10 de maro de 1998.

    Srgio Augusto Martins MoyssSecretrio da Administrao e Presidente do Conselho

    Cons __________________________

    Cons __________________________

    Cons __________________________

    Cons __________________________

    Cons __________________________

    Cons __________________________

    Cons __________________________

    Cons __________________________

    Cons __________________________

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    Regimento do Conselho Previdencirio do Estado CONPREV

    CAPTULO I

    NATUREZA E FINALIDADE

    Art. 1 O Conselho Previdencirio do Estado CONPREV, criado pela Lein 7.249, de 07 de janeiro de 1998, vinculado Secretaria da Administrao, o rgoconsultivo, deliberativo e de superviso superior do programa de previdncia social dosservidores pblicos estaduais, executado atravs do Fundo de Custeio da PrevidnciaSocial dos Servidores Pblicos do Estado da Bahia FUNPREV, tendo seu funciona-mento regulado pelas disposies deste Regimento.

    CAPTULO II

    DAS COMPETNCIAS

    Art. 2 Compete ao Conselho Previdencirio do Estado CONPREV:

    I - estabelecer as diretrizes gerais e os programas de investimento dos recursos doFUNPREV, a serem aplicados de acordo com os critrios estabelecidos pela Lei n 7.249/98 e em sua regulamentao, observados os estudos atuariais apresentados ao Conselhopela Coordenao Executiva, para a consecuo das polticas de seguridade socialestabelecidas pelo Estado para seus servidores;

    II - apreciar e aprovar a programao anual e plurianual do FUNPREV;

    III - participar, acompanhar e avaliar sistematicamente a gesto do FUNPREV;

    IV - apreciar e aprovar propostas de alterao da poltica previdenciria do Estado;

    V - apreciar e aprovar as propostas oramentrias do FUNPREV;

    VI - autorizar a contratao de empresas especializadas para a realizao de estu-dos atuariais;

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  • 38

    VII - acompanhar e apreciar, atravs de relatrios gerenciais adequados, a execu-o dos planos, programas e oramentos do FUNPREV;

    VIII - autorizar a aquisio, a alienao e o gravame de bens imveis integrantesdo patrimnio do FUNPREV;

    IX - fixar as normas de atuao dos agentes operativos e financeiros do FUNPREV;

    X - aprovar a contratao de agentes operativos e financeiros do FUNPREV, bemcomo a celebrao de contratos, convnios, acordos e ajustes que impliquem, direta ouindiretamente, no comprometimento de bens patrimoniais do FUNPREV;

    XI - deliberar sobre a aceitao de doaes, cesses de direitos e legados, quandoonerados por encargos;

    XII - acompanhar e avaliar a gesto operacional, econmica e financeira dos re-cursos, bem como os ganhos sociais e os resultados alcanados pelos programas execu-tados pelo FUNPREV;

    XIII - pronunciar-se quanto s contas prestadas pelo gestor do FUNPREV, po-dendo, se julgar necessrio, solicitar o apoio da Auditoria Geral do Estado ou autorizara contratao de empresa de auditoria externa para aprofundamento dos exames;

    XIV - adotar as providncias cabveis para a correo de atos e fatos, decorrentesde gesto, que prejudiquem o desempenho e o cumprimento das finalidades doFUNPREV;

    XV - dirimir dvidas quanto aplicao das normas regulamentares, relativas aoFUNPREV, nas matrias de sua competncia;

    XVI - rever as decises denegatrias de penses;

    XVII - homologar a indicao, formulada pelo Secretrio da Fazenda, do titulardo cargo de provimento temporrio de Coordenador Geral da Coordenao Executivado FUNPREV;

    XVIII - exercer outras atividades correlatas.

    1 Sem prejuzo da competncia estabelecida no inciso XIII, deste artigo, oCONPREV poder determinar, a qualquer tempo, a contratao de peritos para a reali-zao de estudos econmicos e financeiros, revises atuariais, inspees, auditorias outomada de contas, observadas as normas de licitao em vigor.

    Bahia

  • 39

    2 As matrias submetidas ao CONPREV, indicadas nos incisos I a XII, desteartigo, devero estar consubstanciadas em estudos e pareceres tcnicos aprovados pelosmembros da Coordenao Executiva do FUNPREV, que, para esse efeito, funcionarem comisso, tendo o Coordenador Geral voto de qualidade.

    CAPTULO III

    DA COMPOSIO, ORGANIZAO EFUNCIONAMENTO

    SEO I

    DA COMPOSIO

    Art. 3 O Conselho Previdencirio do Estado CONPREV tem a seguinte com-posio:

    I - o Secretrio da Administrao, que o presidir;

    II - um representante do Poder Legislativo;

    III - um representante do Poder Judicirio;

    IV - um representante do Ministrio Pblico;

    V - um representante da Secretaria de Governo;

    VI - um representante da Secretaria da Fazenda;

    VII - um representante da Secretaria do Planejamento, Cincia e Tecnologia;

    VIII - um representante da Procuradoria Geral do Estado;

    IX - o Coordenador Geral do FUNPREV;

    X - o Diretor do Departamento de Recursos Humanos da Secretaria da Administrao;

    XI - um representante dos servidores pblicos do Estado.

    Bahia

  • 40

    1 Os membros, titulares e suplentes, do CONPREV sero nomeados peloGovernador do Estado.

    2 Nas faltas ou impedimentos eventuais do Presidente, a sesso ser presididapelo Conselheiro suplente do Secretrio da Administrao, sendo que, na ausncia deambos, a reunio ser conduzida por um Conselheiro titular indicado pela maioria dosmembros presentes.

    SEO II

    DA ORGANIZAO

    Art. 4 O Conselho Previdencirio do Estado CONPREV tem a seguinte estru-tura bsica:

    I - Plenrio;

    II - Presidncia;

    III - Secretaria Executiva.

    Pargrafo nico. O Departamento de Recursos Humanos da Secretaria da Admi-nistrao funcionar como Secretaria Executiva do Conselho, prestando-lhe o apoiotcnico e administrativo necessrio ao seu funcionamento.

    Art. 5 Ao Plenrio, alm de exercer as competncias definidas no art. 2, desteRegimento, cabe privativamente:

    I - apreciar as matrias que lhe so encaminhadas;

    II - apreciar os atos do Presidente do CONPREV, quando praticadosad referendum;

    III - apreciar as decises do Comit Deliberativo do FUNPREV, adotadasad referendum do CONPREV, na forma prevista no art. 44, da Lei n 7.249/98;

    IV - apreciar e aprovar as alteraes deste Regimento;

    V - apreciar e aprovar o Projeto de Regulamentao do FUNPREV e suas alteraes.

    Art. 6 Presidncia compete dirigir os trabalhos, bem como coordenar,supervisionar, orientar e avaliar as atividades do Conselho.

    Bahia

  • 41

    Art. 7 Secretaria Executiva, que presta apoio tcnico e administrativo aoCONPREV, compete:

    I - coordenar a adoo de medidas necessrias ao desenvolvimento dos trabalhosdo CONPREV;

    II - receber as matrias para apreciao do CONPREV, autu-las, instru-las eproceder a sua distribuio;

    III - secretariar as sesses;

    IV - controlar o cumprimento dos prazos regimentais;

    V - elaborar relatrios de atividades do Conselho;

    VI - promover o apoio tcnico e administrativo necessrio ao funcionamento doConselho;

    VII - assistir ao Presidente e demais membros do Conselho no desempenho desuas atribuies;

    VIII - exercer outras atividades correlatas.

    Pargrafo nico. O Regimento Interno da Secretaria da Administrao disporsobre a estrutura de cargos de provimento temporrio do rgo de que trata este artigo.

    SEO III

    DO FUNCIONAMENTO

    Art. 8 O Conselho Previdencirio do Estado - CONPREV reunir-se-, mensal-mente, em sesses ordinrias e, extraordinariamente, quando convocado pelo Secretrioda Administrao ou a requerimento de 1/3 (um tero) de seus membros.

    1 As sesses ordinrias do CONPREV sero fixadas em calendrio anual pre-viamente aprovado pelo Plenrio.

    2 As reunies extraordinrias sero convocadas no curso da reunio ordinriaou, por escrito, com antecedncia mnima de 24 (vinte e quatro) horas.

    3 As reunies sero pblicas, salvo quando se tratar de matria sujeita a sigilo,em conformidade com a legislao especfica.

    Bahia

  • 42

    4 As decises do CONPREV sero tomadas com a presena de, no mnimo,6 (seis) membros.

    5 No havendo quorum at a hora marcada para o inicio da sesso, aps 30(trinta) minutos, lavrar-se- termo de presena, ficando o expediente e a ordem do diatransferidos para a reunio subseqente, caso o Presidente no prefira convocar reunioextraordinria.

    6 As votaes sero abertas, registrando-se em ata as declaraes nominais devoto, caso seja requerido pelos membros do Conselho.

    7 O CONPREV poder convidar pessoas de notria competncia ou repre-sentantes de instituies para participar de suas reunies, sem direito a voto, bem comotcnicos de rgos e entidades da Administrao Pblica Estadual, com o objetivo deemitir pareceres sobre assuntos de suas especialidades.

    Art. 9 As matrias a serem submetidas apreciao do CONPREV devero serencaminhadas Secretaria Executiva, que registrar e proceder sua instruo com vistas distribuio.

    Art. 10 Ressalvadas as hipteses previstas em Lei, neste Regimento ou no Regula-mento do FUNPREV, as decises do Conselho sero tomadas por maioria, e s poderoser revistas ou modificadas pela maioria absoluta de seus membros, nos pedidos dereconsiderao, reservando ao Presidente o voto simples e o de qualidade.

    Pargrafo nico. Os pedidos de reconsiderao devero ser formulados no prazode 5 (cinco) dias da data da publicao do ato impugnado, atravs de petio fundamen-tada dirigida ao Presidente.

    Art. 11 As reunies do CONPREV obedecero seguinte ordem:

    I - abertura pelo Presidente;

    II - verificao do nmero de presentes;

    III - leitura, discusso e aprovao da ata da reunio anterior;

    IV - leitura e discusso do expediente;

    V - discusso e votao da ordem do dia;

    VI - distribuio dos processos aos respectivos relatores;

    VII - comunicaes gerais do Presidente;

    VIII - que ocorrer;

    IX - encerramento.

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  • 43

    1 A pauta das matrias a serem apreciadas pelo Conselho ser organizada deacordo com a ordem cronolgica de entrada e escala de distribuio.

    2 Os assuntos includos na pauta que, por qualquer motivo, no forem discuti-dos e votados devero constar, obrigatoriamente, da pauta da reunio ordinria subse-qente.

    3 Nas reunies ordinrias o CONPREV poder, por deciso da maioria pre-sente, discutir e votar assuntos de relevante interesse para a poltica de previdncia socialdos servidores pblicos do Estado, no constante da ordem do dia, desde que solicitadopor qualquer dos seus membros e justificada a urgncia e relevncia da matria.

    Art. 12 Ser lavrada ata, em livro prprio, de todas as reunies do CONPREV,cujo resumo ser publicado no Dirio Oficial do Estado.

    1 Qualquer Conselheiro poder pedir retificao da ata, quando de sua leitura,antes da votao.

    2 A ata, depois de aprovada, ser assinada pelo Presidente e demais Conselhei-ros presentes sesso.

    Art. 13 Para cada matria submetida apreciao do CONPREV haver um relator,cujo voto, transcrito em ata, ser fundamentado e incorporado ao processo.

    Pargrafo nico. As decises do Conselho tero a forma de resoluo, de carterdeliberativo ou de recomendao.

    Art. 14 O relator ter prazo de 5 (cinco) dias teis, contados da data do recebi-mento do processo, prorrogveis a critrio do Presidente, para emitir o seu voto.

    1 Os relatrios e votos devero ser entregues Secretaria Executiva doCONPREV para serem distribudos aos demais Conselheiros.

    2 Em caso de urgncia, e com a anuncia do Presidente, o relator poderapresentar oralmente o seu voto.

    3 O relator poder requerer, justificadamente, converso do processo emdiligncia.

    4 No sendo o processo relatado em duas reunies ordinrias, o Presidentedesignar outro relator.

    Bahia

  • 44

    Art. 15 A apreciao da matria constante da ordem do dia, obedecer aoseguinte procedimento:

    I - apresentao do parecer do relator;

    II - discusso;

    III - votao.

    Art. 16 Iniciada a ordem do dia, o relator designado proceder leitura do seu voto.

    1 Excluda a hiptese de deciso de carter normativo, e desde que solicitadopor qualquer Conselheiro, poder ser dispensada a leitura dos relatrios e da fundamen-tao dos votos cujas cpias tenham sido, antecipadamente, distribudas aos Conselhei-ros, procedendo-se, porm, leitura de suas concluses.

    2 Qualquer Conselheiro poder falar sobre a matria, objeto de discusso, peloprazo de 05 (cinco) minutos, prorrogvel por igual tempo.

    3 O Conselheiro somente poder falar mais de uma vez sobre a matria emdiscusso nas hipteses de concesso de aparte ou para apresentar fato novo, ficando orelator com direito palavra final no debate.

    4 Concluda a discusso com as consideraes finais do relator, o Presidenteabrir a votao e proclamar o resultado, s admitindo o uso da palavra para encami-nhamento da votao ou invocao de questo de ordem.

    5 A questo de ordem a que se refere o pargrafo anterior s poder ser invocadapor infrao regimental ou norma legal.

    6 Rejeitado o voto do relator, o Presidente designar o autor do voto predomi-nante para lavr-lo, no prazo de 05 (cinco) dias teis, incorporando-o ao processo, junta-mente com os votos vencidos.

    Art. 17 No curso da discusso, qualquer Conselheiro poder pedir vista damatria em debate.

    1 O pedido de vista est condicionado autorizao do Plenrio.

    2 Concedida vista, a matria ser automaticamente retirada de pauta, ficandosua discusso e votao transferidas para a reunio ordinria subseqente.

    3 Considerar-se- intempestivo o pedido de vista formulado depois deiniciada a votao.

    Bahia

  • 45

    Art. 18 O Plenrio decidir, de pronto, sobre os pedidos de preferncia paradiscusso e votao de qualquer matria na ordem do dia.

    CAPTULO IV

    DAS ATRIBUIES

    Art. 19 Cabe ao Presidente do Conselho Previdencirio do Estado - CONPREV:

    I - presidir as sesses do CONPREV, cabendo-lhe o voto de desempate;

    II - representar o CONPREV ou designar Conselheiro para que o faa;

    III - submeter ao Plenrio matrias para sua apreciao e deciso;

    IV - aprovar as pautas das sesses e estabelecer as prioridades das matrias aserem apreciadas pelo CONPREV;

    V - designar relatores;

    VI - decidir questes de ordem, apurar e proclamar resultados da votao;

    VII - propor ou reconhecer a urgncia ou preferncia para discusso e votao dequalquer matria da ordem do dia;

    VIII - determinar a prorrogao de sesses do CONPREV ou suspend-lasquando julgar necessrio;

    IX - subscrever as resolues do CONPREV;

    X - autorizar atos ad referendum do Plenrio, submetendo-os a este na primeirasesso realizada subseqentemente;

    XI - despachar, independentemente de exame pelo Plenrio, os processos cujamatria tenha sido objeto de deciso do CONPREV em carter normativo;

    XII - apresentar ao CONPREV as demonstraes financeiras e relatrios deatividades do FUNPREV;

    XIII - requisitar elementos, informaes e documentos, bem como convocar ostitulares de cargos de provimento temporrio da Administrao Pblica Estadual, quan-do julgar necessrio para a elucidao de assuntos objeto da apreciao do CONPREV;

    Bahia

  • 46

    XIV - designar, autorizado pelo CONPREV, comisses para estudo de quaisquerassuntos atinentes competncia do Conselho;

    XV - alegar suspeio, fundamentando-a, quando se julgar, por razes de forontimo, impedido de relatar ou votar qualquer matria que dependa de discusso evotao do Plenrio;

    XVI - submeter ao Governador do Estado as deliberaes do CONPREV quedependam de sua deciso final;

    XVII - convocar as reunies extraordinrias;

    XVIII - propor modificaes deste Regimento;

    XIX - exercer outras atribuies inerentes funo.

    Art. 20 Cabe aos membros do Conselho Previdencirio do Estado - CONPREV:

    I - participar das sesses ordinrias e extraordinrias, justificando suas eventuaisfaltas ou impedimentos;

    II - estudar e relatar, na forma de prazo fixados, as matrias e processos submeti-dos apreciao do Conselho, de acordo com a designao feita pelo Presidente;

    III - prestar, quando relator, os esclarecimentos pertinentes matria em discus-so que forem solicitados por qualquer outro Conselheiro;

    IV - discutir e votar a matria constante na ordem do dia;

    V - submeter ao Plenrio matrias para sua apreciao e deciso;

    VI - requisitar, atravs do Presidente do CONPREV, qualquer documento quejulgue esclarecedor de assunto que haja de relatar;

    VII - requerer urgncia ou preferncia para discusso e votao de qualquermatria da ordem do dia;

    VIII - alegar suspeio, fundamentando-a, quando se julgar, por razes de forontimo, impedido de relatar ou votar qualquer matria que dependa de discusso evotao do Plenrio;

    IX - comunicar ao Presidente do CONPREV qualquer irregularidade de quetenha conhecimento e que diga respeito a assunto da competncia do CONPREV;

    X - requerer prorrogao da sesso;

    Bahia

  • 47

    XI - requerer ao Presidente do Conselho a convocao de titulares de cargos deprovimento temporrio da Administrao Pblica Estadual, quando julgar necessrio formao de seu ente de razo;

    XII - acatar as decises do Presidente do CONPREV e da maioria do Plenrio;

    XIII - comunicar Secretaria Executiva, com antecedncia mnima de 24 (vinte equatro) horas, sua ausncia s reunies;

    XIV - representar o CONPREV sempre que designado pelo seu Presidente;

    XV - propor modificaes deste Regimento;

    XVI - exercer outras atribuies inerentes funo.

    Art. 21 Salvo em caso de impedimento, nenhum Conselheiro presente sesso, eque assista a exposio do relatrio, poder deixar de votar.

    1 Estar impedido de discutir e votar o Conselheiro que seja parente atterceiro grau de pessoas interessadas no processo em discusso.

    2 O Conselheiro que tiver interesse mediato ou imediato no processo emjulgamento no poder votar.

    3 O Coordenador Geral do FUNPREV no participar da votao dasmatrias indicadas nos incisos VII, XII, XIII e XVII, do artigo 2, deste Regimento,podendo somente discuti-las e oferecer esclarecimentos aos demais membros doCONPREV.

    CAPTULO V

    DISPOSIES GERAIS

    Art. 22 As decises do Conselho sero publicadas, na ntegra ou em resumo, noDirio Oficial do Estado.

    Art. 23 O Plenrio decidir sobre os casos omissos e dvidas de interpretaodeste Regimento.

    SALA DAS SESSES, em 10 de maro de 1998.

    Bahia

  • 48

    Decreto n 7.429, de 3 de setembro de 1998.

    Homologa a Resoluo n 002, de 18 deagosto de 1998, do ConselhoPrevidencirio do Estado - CONPREV.

    O GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuies, etendo em vista o disposto na Lei n 7.249, de 07 de janeiro de 1998,

    DECRETA:

    Art. 1 Fica homologada a Resoluo n 002, de 18 de agosto de 1998, que apro-vou o Regulamento do Fundo de Custeio da Previdncia Social dos Servidores Pblicosdo Estado da Bahia FUNPREV, que com este se publica.

    Art. 2 Este Decreto entrar em vigor na data de sua publicao.

    Art. 3 Revogam-se as disposies em contrrio.

    PALCIO DO GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA, em 03 desetembro de 1998.

    CSAR BORGESGovernadorPedro Henrique Lino de SouzaSecretrio de Governo Srgio Augusto Martins MoyssSecretrio da AdministraoAlbrico Machado MascarenhasSecretrio da Fazenda

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    Resoluo n 2, de 18 de agosto de 1998.

    Aprova o Regulamento do Fundo deCusteio da Previdncia Social dosServidores Pblicos do Estado da Bahia FUNPREV.

    O CONSELHO PREVIDENCIRIO DO ESTADO DA BAHIA, no usode suas competncias,

    RESOLVE:

    Art. 1 Aprovar o Regulamento do Fundo de Custeio da Previdncia Social dosServidores Pblicos do Estado da Bahia FUNPREV, na forma do anexo que integraesta Resoluo.

    Art. 2 Esta Resoluo entrar em vigor na data de sua publicao, aps homolo-gao do Governador do Estado.

    Art. 3 Revogam-se as disposies em contrrio.

    SALA DAS SESSES, em 18 de agosto de 1998.

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    REGULAMENTO DO FUNDO DE CUSTEIO DAPREVIDNCIA SOCIAL DOS SERVIDORES PBLICOS

    DO ESTADO DA BAHIA - FUNPREV

    CAPTULO I

    DA FINALIDADE, DA VINCULAO, DO PATRIMNIOE DAS RECEITAS

    Art. 1 O Fundo de Custeio da Previdncia Social dos Servidores Pblicos doEstado da Bahia FUNPREV, institudo pela Lei n 7.249, de 07 de janeiro de 1998, naforma definida no art. 71, da Lei Federal n 4.320, de 17 de maro de 1964, e no art. 140,da Lei Estadual n 2.322, de 11 de abril de 1966, reger-se- pela legislao que lhe foraplicvel, por este Regulamento e pelas decises do Comit Deliberativo e do ConselhoPrevidencirio do Estado CONPREV, na forma do seu Regimento Interno.

    Art. 2 O FUNPREV, vinculado Secretaria da Fazenda, tem a finalidade de:

    I - prover recursos para o pagamento dos benefcios de aposentadoria, reservaremunerada, reforma, penso, peclio, auxlio-funeral e auxlio-recluso aos seguradosoriundos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judicirio, dos Tribunais de Contas, doMinistrio Pblico, das autarquias e das fundaes institudas e mantidas pelo Estado, naforma prevista nas Constituies Federal e Estadual e na legislao especfica;

    II - aplicar recursos provenientes das contribuies e transferncias do Estado edas contribuies dos seus segurados.

    Art. 3 O FUNPREV tem seu patrimnio formado dos seguintes elementos:

    I - bens mveis e imveis, valores, rendas e direitos do IAPSEB, transferidos aoFUNPREV na forma estabelecida pela Lei n 7.249/98;

    II - o valor de R$400.000.000,00 (quatrocentos milhes de reais), transferido peloEstado ao FUNPREV na forma autorizada pela Lei n 7.249/98;

    III - o valor de at R$40.000.000,00 (quarenta milhes de reais), em aes doEstado no capital da Empresa Baiana de guas e Saneamento EMBASA, a seremtransferidas ao FUNPREV na forma autorizada pela Lei n 7.249/98;

    IV - os bens e direitos que, a qualquer ttulo, lhe sejam adjudicados e transferidos;

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    V - o que vier a ser constitudo na forma legal.

    Art. 4 O valor dos bens para fins de formao do patrimnio ser determinado:

    I - pelo valor patrimonial, no caso de aes ou cotas de companhias fechadas ouabertas no negociadas em bolsa;

    II - pelo valor de face, no caso de ttulos do Tesouro Nacional;

    III - pela cotao mdia dos ltimos 05 (cinco) preges em que a ao tenha sidonegociada, em se tratando de participaes em companhias abertas;

    IV - pelo valor contbil, no caso de:

    a) crditos do Tesouro Estadual;

    b) mveis;

    c) imveis.

    Art. 5 Os recursos para a implementao do FUNPREV originam-se dasseguintes fontes de custeio:

    I - contribuio dos segurados, mediante aplicao da tabela constante doAnexo I, deste Regulamento;

    II - contribuio do Estado da Bahia, por seus Poderes, inclusive o MinistrioPblico e os Tribunais de Contas do Estado e dos Municpios, atravs da administraodireta, das autarquias e das fundaes pblicas, em conformidade com a tabela progres-siva constante do Anexo II, deste Regulamento;

    III - dotaes relativas a transferncias para pagamento de benefciosprevidencirios concedidos at 08 de abril de 1998 pelo Estado da Bahia, por seus Pode-res, inclusive o Ministrio Pblico e os Tribunais de Contas do Estado e dos Municpios,suas autarquias e fundaes pblicas, consignadas nos respectivos Oramentos daSeguridade Social, observado o disposto no 1, do art. 15, deste Regulamento;

    IV - produto da alienao, autorizada pela Lei n 6.965, de 19 de julho de 1996,dos imveis descritos no Anexo III, deste Regulamento;

    V - valor decorrente da compensao financeira apurada entre os sistemas deprevidncia, na forma estabelecida na Constituio Federal, segundo critriosestabelecidos em lei;

    VI - reverso de saldos no aplicados;

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    VII - outras receitas provenientes de:

    a) resultados financeiros de convnios ou contratos celebrados;

    b) renda de juros e de administrao de seus capitais;

    c) produto da utilizao do seu patrimnio;

    d) doaes e legados que lhe sejam feitos.

    VIII - outros recursos consignados nos oramentos;

    IX - outras rendas, extraordinrias ou eventuais.

    1 O saldo positivo do FUNPREV, apurado em balano ao final de cada exer-ccio financeiro, ser transferido para o exerccio seguinte, a crdito do prprioFundo.

    2 A alienao de bens imveis do FUNPREV depender de autorizaolegislativa especfica, nos termos do art. 18, da Constituio Estadual.

    Art. 6 Considera-se base de clculo para fins de contribuio:

    I - para o segurado ativo, o valor bruto da remunerao integral do ms, excludasas parcelas a ttulo de ajuda de custo, dirias, auxlios pecunirios, adicional de frias eabono pecunirio resultante da converso de frias;

    II - para o segurado inativo, os proventos da aposentadoria, da reserva remunera-da ou da reforma;

    III - para os pensionistas, o valor da penso;

    IV - para os Poderes do Estado, suas autarquias e fundaes pblicas, observadaa tabela progressiva constante do Anexo II, deste Regulamento, a soma do valor brutomensal da remunerao ou dos benefcios:

    a) de todos os servidores ativos, observadas as excluses indicadas no inciso I,deste artigo;

    b) de todos os servidores inativos cujos atos de concesso da aposentadoria, dareserva remunerada ou da reforma, tenham sido publicados at 08 de abril de 1998.

    1 No caso de acumulao constitucional de cargos ou de aposentadorias, acontribuio incidir sobre a totalidade de cada um dos estipndios, excludas asparcelas indicadas no inciso I, deste artigo.

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