jornal seto - edição setembro/2014

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Jornal da SETO – p. 1 Jornal da SETO Seara Espírita Três Oguns Setembro 2014 N ESTA EDIÇÃO 1 2 3 4 5 7 10 11 12 O Batismo na Umbanda Fotos dos Batizandos 2014 Aniversário da SETO Entrevista Workshop para Cambonos Grupos de Estudo / Desenvolvimento Sacerdócio de Umbanda Se Meu Pai é Ogum Calendário O dia da festa em comemoração ao 4ª aniversário da SETO foi mais do que especial, pois nesse ocorreu também uma cerimônia com vários batizados. O Batismo na Umbanda é a confirmação de nossa fé na religião. É sempre uma cerimônia bonita, simples e singela, que visa a nos conectar com a espiritualidade, além de oficializar a proteção e o acompanhamento por parte dos padrinhos escolhidos. Há todo um ritual preparatório para sua efetivação, com banho e defumação específicos, para estarmos bem conectados com a espiritualidade, de coração e auras limpos. O Batismo reforça a Fé, sendo uma consagração na irradiação de Pai Oxalá. O Batismo na Umbanda Por Cátia Dias Eu sempre me emociono com o Batizado na Umbanda. Lembro-me da primeira cerimônia que assisti. Mesmo não sendo uma das pessoas a serem batizadas, senti que meu peito estava totalmente aberto e nele entrava todo tipo de irradiação de paz e de luz. Um sentimento que não dá pra descrever com palavras... É como se o Batismo nos transformasse num receptáculo de toda a energia positiva do Universo. E quando celebro um batizado, então, todo esse sentimento é multiplicado. É muita felicidade depararmo-nos com pessoas que, mesmo num mundo ainda tão cheio de intolerância, abrem o seu coração para a Umbanda. Erica Camarotto Dirigente da SETO Expediente: Edição e redação: Fabiana Matos Redação: Cátia Dias, Rita Ramos e Wagner Ribeiro Fotos: Milena Kreski, Fabiana Matos e Gabriela Farcetta Diagramação e revisão: Erica Camarotto

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Page 1: Jornal SETO - Edição setembro/2014

Jornal da SETO – p. 1

Jornal da SETO

Seara Espírita Três Oguns Setembro 2014

N E S T A E D I Ç Ã O

1

2

3

4

5

7

10

11

12

O Batismo na Umbanda

Fotos dos Batizandos 2014

Aniversário da SETO

Entrevista

Workshop para Cambonos

Grupos de Estudo / Desenvolvimento

Sacerdócio de Umbanda

Se Meu Pai é Ogum

Calendário

O dia da festa em comemoração ao 4ª aniversário da

SETO foi mais do que especial, pois nesse ocorreu

também uma cerimônia com vários batizados.

O Batismo na Umbanda é a confirmação de nossa fé na

religião. É sempre uma cerimônia bonita, simples e

singela, que visa a nos conectar com a espiritualidade,

além de oficializar a proteção e o acompanhamento por

parte dos padrinhos escolhidos. Há todo um ritual

preparatório para sua efetivação, com banho e

defumação específicos, para estarmos bem conectados

com a espiritualidade, de coração e auras limpos. O

Batismo reforça a Fé, sendo uma consagração na

irradiação de Pai Oxalá.

O Batismo na Umbanda Por Cátia Dias

“Eu sempre me emociono com o Batizado

na Umbanda. Lembro-me da primeira

cerimônia que assisti. Mesmo não sendo

uma das pessoas a serem batizadas, senti

que meu peito estava totalmente aberto e

nele entrava todo tipo de irradiação de paz

e de luz. Um sentimento que não dá pra

descrever com palavras... É como se o

Batismo nos transformasse num

receptáculo de toda a energia positiva do

Universo. E quando celebro um batizado,

então, todo esse sentimento é multiplicado.

É muita felicidade depararmo-nos com

pessoas que, mesmo num mundo ainda tão

cheio de intolerância, abrem o seu coração

para a Umbanda”.

Erica Camarotto – Dirigente da SETO

Expediente:

Edição e redação: Fabiana Matos

Redação: Cátia Dias, Rita Ramos e Wagner Ribeiro

Fotos: Milena Kreski, Fabiana Matos e Gabriela Farcetta

Diagramação e revisão: Erica Camarotto

Page 2: Jornal SETO - Edição setembro/2014

Jornal da SETO – p. 2

Alison

André

Matheus

Luis Fernando

Marcos

Mariana

Irailde

Estes foram os irmãos que se batizaram no último dia 30 de agosto

Cida

Marli

Rose

Que a Luz do Sol de Oxalá irradie sempre sobre suas mentes e seus corações e que isso se reflita em seus sentimentos e atos. Saravá!

Page 3: Jornal SETO - Edição setembro/2014

Jornal da SETO – p. 3

A SETO completa seu 4º aniversário - Mas quanto tempo

leva pra se construir um Terreiro? Por Rita Ramos

Não há como medir a existência da SETO em

dias, meses ou anos, não há como medir pelo

físico.

Muito antes desses quatro anos, a casa já

existia. A exemplo das construções terrestres,

cada filho hoje é um tijolo, um alicerce, um

arrimo, um ponto de equilíbrio. Pessoas que

juntas se moldam, se afinam, se completam ou

não, e assim como o cimento e a água, é preciso

misturar e ter o ponto certo, só assim fica firme,

só assim é “concreto”.

Porém, como em toda construção, de tempos

em tempos é necessário fazer alguns ajustes. Às

vezes algumas coisas saem do lugar, quebram

ou trincam e por isso são substituídas, outras

A casa nasceu de um ideal comum, antes

mesmo de existir ela já possuía um muro,

formado por um pequeno grupo que guardava

e protegia aquela que viria a se tornar o centro

de força da casa. Não cabe aqui dizer nomes,

mas sim ressaltar a importância do que viria a

se tornar com o passar dos anos a SEARA

ESPÍRITA TRÊS OGUNS.

Ogum, protetor e dono do terreiro. Orixá dos

caminhos, do discernimento, da lei.

Foi um longo caminho percorrido até aqui e em

alguns momentos as flores se misturam aos

dissabores.

As paredes são formadas por pessoas, somos

humanos passíveis de erros e acertos unidos

em um propósito comum.

A estrutura está presente e firme e por meio

dela formam-se famílias, famílias de sangue, de

alma, de coração.

simplesmente não se encaixam mais ali. É o

processo natural da reforma. Reforma que

além de tudo precisa ser íntima.

Alguns são como as paredes e sempre estarão

ali, outros são como as cadeiras, que hora

estão aqui ou acolá. Independente da posição

que se ocupa, cada peça foi ou é importante

para tornar o que é hoje esse terreiro de

umbanda.

Assim é que inicio a história da SETO,

marcada por momentos intensos, de

sentimentos positivos e negativos, às vezes

estimulantes, outras vezes, contraditórios,

mas sempre únicos.

Faz parte da evolução e dessa ciranda de

emoção, afinal nada se constrói sem amor,

sem um projeto inicial, existe o arquiteto, o

engenheiro e aqueles que põem a mão na

massa, que arregaçam as mangas, que estão

com os pés no chão e muitas vezes com o

coração nas mãos.

Page 4: Jornal SETO - Edição setembro/2014

Jornal da SETO – p. 4

Entrevista com Erica Camarotto, presidente e dirigente

espiritual da SETO - Seara Espírita Três Oguns

Jornal SETO: Qual tem sido o seu maior desafio nesses quatro anos de SETO?

A cada louvação a emoção toma conta de cada filho, sendo essa a força motriz que faz com que as paredes

continuem firmes e de pé.

Novos rostos, antigos sorrisos, renovação e fé. E esse é o principal para fazer com que essa construção se

mantenha.

O edifício continuará ali, suas paredes, cadeiras, plantas, imagens, atabaques, pessoas, sentimentos.

Passam-se os dias, os meses, os anos, mas as “paredes” sempre, sempre estarão ali, de pé, firmes e fortes.

Agradeço ao Pai Criador, por permitir nossa existência, por manter nossa egrégora, por solidificar nossa

fé.

Que venha mais uma infinidade de anos e paredes firmes! Saravá!

Trabalho externo – Santa Isabel

Erica Camarotto: O meu maior desafio tem sido

aprender a lidar com o ser humano e readequar as

minhas expectativas pessoais à posição de Dirigente

Espiritual. Isso porque a Umbanda desperta em

todos nós um amor imenso, uma reverência e

respeito a todas as Entidades, uma aproximação com

as irradiações divinas, um sentimento de superação

e transcendência. No entanto, na prática do dia-a-dia

do Terreiro, nem tudo são apenas flores. Todo

terreiro é formado não só por sua egrégora

espiritual, mas por um grupo de pessoas que têm

suas próprias características, qualidades e defeitos,

anseios e sonhos. Incentivar as potencialidades de

cada um e lidar com os pontos menos favorecidos é

uma tarefa árdua, uma verdadeira lição de vida.

Page 5: Jornal SETO - Edição setembro/2014

Jornal da SETO – p. 5

J.S.: Quais seus sentimentos ao olhar para a Casa

e seus quatro anos de história?

E.C.: Os meus maiores sentimentos são o de

amor e agradecimento. Nestes quatro anos

enfrentamos as dificuldades que todo Terreiro

enfrenta, seja organizacional, financeira,

interpessoal ou espiritual. Mas com a graça de

toda a nossa egrégora somada à boa vontade de

cada Filho da SETO, nossa trajetória tem sido

maravilhosa, temos ajudado bastante gente,

temos divulgado positivamente o nome da nossa

religião, e certamente, buscado o crescimento

pessoal de cada um e coletivo, da SETO como

um todo. Só tenho que agradecer ao Pai Maior,

aos nossos Orixás e Guias, aos Filhos do Terreiro,

aos Amigos e Assistidos e ao Betinho Pacini,

parceiro de jornada.

SETO realizou em agosto o primeiro Workshop para

cambonos sobre o tema “Postura, Função e Missão” Por Fabiana Matos

No dia 09 de agosto a SETO – Seara Espírita Três Oguns realizou um workshop voltado para os

cambonos, aberto para todos os filhos da casa, alunos das turmas de desenvolvimento e interessados

em adquirir conhecimento sobre a função do cambono no terreiro.

O workshop sobre o tema “Postura, Função e Missão dos Cambonos na Umbanda” foi ministrado por

Michele Kreski, uma das fundadoras da Casa, que possui ampla experiência tanto na função de

cambone quanto como responsável pela administração e delegação de tarefas aos demais cambonos da

SETO, além de atualmente ser médium de atendimento e Tesoureira da nossa Casa. O propósito deste

evento foi o de esclarecer a importância da função do cambono, que não é necessariamente um

“estágio” que precede o de médium de atendimento. O cambono é um médium de sustentação que

auxilia com sua energia na corrente dos trabalhos, tendo como principal função auxiliar as entidades no

que for preciso, além de auxiliar corretamente o consulente sobre orientações da entidade, ou até

mesmo ”traduzir” o que a entidade diz, garantindo que o consulente entendeu perfeitamente as

instruções e os ensinamentos passados pelos guias de Umbanda.

Page 6: Jornal SETO - Edição setembro/2014

Jornal da SETO – p. 6

“O workshop possibilitou o

compartilhamento de informações, a

explanação de possíveis situações,

sanou dúvidas e esclareceu para

alguns presentes, que não trabalham

na casa, que o cambono está ali para

segurança de todos e não para ouvir

conversa de ninguém”, comentou

Michele Kreski.

“Ser cambono é uma atividade que implica em

ter conhecimentos para agir de forma coerente e

de acordo com as normas da casa, em situações

adversas.”

Na SETO os cambonos são convidados a

trabalharem sempre por meio das entidades

chefes da Casa, após o início do Curso de

Desenvolvimento Mediúnico (não há um tempo

determinado), onde é adquirido conhecimento

e ao mesmo tempo, o aluno é observado pelas

entidades.

“Para aqueles que acham que o convite para

cambonar foi única e exclusivamente porque tem

condições de auxiliar a casa, talvez seja o momento

de você rever seus conceitos. Nunca passou pela sua

cabeça que o motivo possa ser a possibilidade de

aprendizado? Se você nunca pensou nisso, é o

momento.” Trabalhar como cambono é um

aprendizado, pode ser algo necessário para o

desenvolvimento espiritual”, enfatizou Michele.

Assim como os médiuns de atendimento, os

cambonos também precisam seguir algumas

obrigações para manter a energia da corrente:

Fazer firmezas pessoais, banhos e

defumações;

Seguir os preceitos;

Ter uniforme e guias da casa;

Ter frequência do Curso de

Desenvolvimento Mediúnico;

Participar de todas as atividades da casa,

tanto internas quanto externas;

Auxiliar na limpeza e manutenção do

espaço físico;

Ter a mensalidade e contribuições

acordadas em dia.

“O cambono está ali para ajudar a zelar pela

segurança física e algumas vezes, até moral do

médium, para ajudar o consulente e assim

colaborar com o bom andamento dos trabalhos.”

“Embora a prioridade seja o atendimento aos

consulentes, ou mesmo aos alunos do

Desenvolvimento, o cambono não é preterido

em determinados momentos, mas sim, é aquele

que tem a capacidade de compreender que

outros possam precisar muito mais de um

auxílio do que ele naquele momento”, explicou

Michele.

Antes do encerramento do

Workshop, foi realizada uma

reunião apenas para os cambonos

da Casa, um momento para que

todos pontuassem possíveis

dificuldades e também

comentassem sobre sugestões.

“Sejam humildes, aproveitem a

oportunidade de aprendizado,

dediquem-se! Observem e

absorvam todas as coisas boas que

acontecem durante uma gira!”,

finaliza Michele.

Page 7: Jornal SETO - Edição setembro/2014

Jornal da SETO – p. 7

SETO tem Grupos de Estudo com os Filhos do Terreiro e alunos

do Desenvolvimento Mediúnico Por Fabiana Matos

Com o intuito de desenvolver novos projetos para a Casa dentro da Umbanda, os alunos do Curso de

Desenvolvimento Mediúnico (Turma 1) se dividiram em grupos de estudo para que possam focar seus esforços e

dedicarem-se aos temas propostos: Umbanda e Sustentabilidade, Pontos Cantados, Comunicação e Trabalhos de

Ervas. De acordo com Erica Camarotto, “este tipo de estudo propõe a cada um uma participação mais ativa na

obtenção do conhecimento de diversos temas da espiritualidade, bem como o compartilhamento desse

aprendizado com o terreiro e com a comunidade.”

Grupo “Umbanda e Sustentabilidade”

“Umbanda tem fundamento, é preciso preparar.” Com isso em mente, na SETO temos aulas de Teologia e Desenvolvimento Mediúnico, Grupos de Estudos Específicos e curso de Sacerdócio de Umbanda.

No caminho da sustentabilidade o grupo

“Umbanda e Meio Ambiente” fez uma

divisão em quatro eixos de pesquisa: a

umbanda e o meio ambiente, práticas

sustentáveis -com entrevistas de pessoas

que têm terreiros que praticam a

sustentabilidade-, novos paradigmas para

a umbanda sustentável com foco em

pontos de força, para a utilização de

materiais que conservem a natureza e por

fim, a sustentabilidade na SETO. “Todos

os eixos estão interligados e as divisões

foram realizadas para facilitar as

pesquisas. A ideia é inserir as práticas da

sustentabilidade no dia a dia da Casa.

Com as entrevistas, a ideia é que se tenha

um registro de tudo em vídeo para que

possamos criar um acervo, também com

conteúdos escritos e apresentar à

Federação Umbandista do Grande ABC, a

qual a SETO é associada”, explicou

Mariana Farcetta, responsável pelo grupo.

Na foto: Mariana (de preto), Milena, Rodrigo, Ana Bueno e Michel.

“Já que é tão comum o ato ofertório, principalmente depositado na

natureza ou nos pontos de força como cachoeiras, matas, bosques,

mares e encruzilhadas, fica a pergunta: o umbandista foi sendo

preparado para ter consciência ambiental?”, é que o que menciona

Rodrigo Queiroz em um de seus artigos e que incentiva a equipe a

mudar esta realidade.

Page 8: Jornal SETO - Edição setembro/2014

Jornal da SETO – p. 8

Grupo “Vozes de Aruanda”

Grupo “Ervas na Umbanda”

Na foto: Luis (de filá), Luciana, Michele, Alexandre, Bruno e Larissa.

“As Vozes de Aruanda”, nome da equipe responsável pelos Pontos

Cantados, tão importantes na vibração energética da gira, caminha a “passos

largos”. O grupo iniciou uma força tarefa de pesquisa de novos pontos e

ensaios durante o mês de agosto para a Cerimônia de Batizado, realizada no

último dia 30.

“Trabalhamos com duas vertentes, a primeira e urgente foi de levantar

novos pontos para a festa de Batismo, com o intuito de renovar os pontos

cantados durante a cerimônia. Todos pesquisaram pontos com a ajuda de

Erica Camarotto, além das professoras da Umbandarte, Dany Arte e Juliana

Arte. O próximo passo foi definir os pontos e partir para os ensaios

realizados durante o mês de agosto. O grupo finalizou uma apostila para a

Curimba com todos os pontos da festa”, explicou Tatiana Vieira,

representante do grupo.

A festa de Batizado foi o “pontapé inicial” para o projeto que vislumbra a

organização dos pontos por classificação e tema. “Trabalhamos com um

planejamento. Na reunião do dia 23 de agosto o grupo foi divido em duplas

em que cada uma será responsável pela pesquisa de pontos por trono”,

finalizou Tatiana.

Na foto: Tati (à esquerda), Kátia, Hellen,

Neves, Nilson, Luiza, Gilda, Irailde e Thaís

“O grupo ‘Ervas na Umbanda’ tem como principal objetivo criar um compêndio sobre as ervas e seu uso na

religião, não só dos trabalhos realizados no ano de 2013 pelos grupos do Curso de Desenvolvimento Mediúnico,

mas também, as mais utilizadas no terreiro”, comenta Michele Kreski, representante do grupo.

O grupo trabalha na compilação e padronização dos trabalhos realizados durante o ano passado e as atividades

que se encontram em desenvolvimento, previstas para serem entregues este mês. “Trabalhamos com os testes de

novos banhos por membros do grupo, além da pesquisa de defumações – água, carvão, resina, etc. A equipe

também está desenvolvendo um manual sobre os tipos de banhos e rituais com as ervas, o qual será impresso

para consulta dos frequentadores da Casa”, finalizada Michele.

Page 9: Jornal SETO - Edição setembro/2014

Jornal da SETO – p. 9

Grupo “Comunicação da SETO”

As equipes têm trabalhado com afinco e dedicação, e até o final deste ano muitas novidades serão apresentadas,

não só para a SETO, mas para a religião. Fique atento!

Desenvolvimento Mediúnico

A equipe de Comunicação da SETO trabalha com foco no

Jornal, uma ferramenta importante, pois traz um resumo

de algumas das atividades que a Casa realiza. “No

momento nosso foco é manter a frequência mensal do

jornal que não é publicado desde 2011. Optamos por uma

versão digital que além de ser mais atual, permite que

todos o acessem”, comenta Fabiana Matos, responsável

pelo grupo.

Além do trabalho para a finalização da edição de

setembro do jornal, a equipe pretende atualizar os murais

da SETO e desenvolver um novo layout para o veículo.

Na foto: Wagner, Rita, Fabi e Cátia.

“Com o ressurgimento do Jornal, focamos nosso trabalho neste projeto. Para 2015 pretendemos apresentar

uma nova versão para o jornal e até mesmo viabilizar uma possível versão impressa para aqueles que não têm

acesso ao universo digital. Queremos remodelar os murais da SETO com mais comunicados e informações

sobre a Casa”, finaliza Fabiana.

Além dos estudos em grupos, temos hoje

uma turma cursando Teologia de

Umbanda Sagrada com Desenvolvimento

Mediúnico. O curso tem duração de 1 ano,

com o intuito de introduzir aos

interessados os conceitos da Umbanda

Sagrada e despertar a conexão com a sua

mediunidade.

Esse curso é composto de aulas práticas e

teóricas, ministradas por Betinho Pacini,

Pai Pequeno da SETO, todas às quartas-

feiras à noite.

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Jornal da SETO – p. 10

Sacerdócio de Umbanda

No dia 11 de agosto a SETO iniciou a um

novo curso, o de Sacerdócio de Umbanda,

ministrado por Erica Camarotto, presidente

e dirigente da Casa.

“Que seja um período de efetiva

transformação interna e que isso se reflita

no dia-a-dia de cada um. Essa turma será

apadrinhada, na esquerda, pelo Exu

Marabô Toquinho, e na direita, pelo

Caboclo de Xangô, Sr. Três Cachoeiras,

entidades que têm sempre me

impulsionado e me tirado de minha zona de

conforto espiritual”, declarou Erica.

O curso tem duração de dois anos e os

alunos terão um caminho de muitos

desafios, conhecimento e dedicação!

“A formação sacerdotal é fundamental para

o exercício dessa função, imprescindível às

coletividades afins por meio da fé e de uma

crença religiosa.” Devemos entender o

sacerdócio com uma profissão de fé, e,

como toda profissão, só é bom profissional

quem a estudou com alguém que a

dominava e gostava de ensiná-la nos seus

pormenores a quem tinha talento para ela”,

finalizou.

[...] Assim como, quem tem uma forte mediunidade de

incorporação, intuitiva, sensitiva e até audição ou de

clarividência, mas não gosta de estudar e de aprender,

nunca será um bom sacerdote umbandista. E quem gosta

de estudar e aprender e tem outros tipos de mediunidade,

mas não tem as três primeiras acima, também não será um

bom sacerdote umbandista.

Extraído do livro Fundamentos Doutrinários de Umbanda,

SARACENI, Rubens.

Page 11: Jornal SETO - Edição setembro/2014

Jornal da SETO – p. 11

Se Meu Pai é Ogum...

Ogum na Umbanda Adaptado por Wagner Ribeiro

Ogum nas lendas Yorubá é o Orixá Senhor

das guerras, metais e ferramentas, exerce

influência nos campos da agricultura,

tecnologia, guerras e ferramentas.

Seu culto originou-se na África. A lenda

diz que é filho mais velho de Oduduwa,

desceu do Orun (céu) para o Ayie (terra)

logo após sua criação, para auxiliar o

homem em sua sobrevivência e evolução.

Considerado o ferreiro dos Orixás, Ogum

forjava suas próprias ferramentas tanto

para caça, agricultura ou para guerra e

ensinou os homens a operá-las. Foi

provavelmente a primeira divindade

cultuada pelos povos Yorubá da África

Central.

No Brasil, influenciado pelas condições do

povo africano (vieram como escravos),

foram ressaltadas outras características

desse Orixá, buscando a privilegiar os

aspectos guerreiros. Então temos a figura

da divindade Ogum como sendo

guerreiro, o general destemido e

estratégico, como Senhor das estradas e

encruzilhadas (nas encruzilhadas, junto

com seu irmão Exu), pois é o desbravador

de caminhos em busca da evolução e

empenhado defensor dos desamparados.

Ogum é uma divindade e rege a linha da

Lei, ou seja, faz a ordenação da Lei Maior

na criação. Sendo o regente da Lei seu

símbolo é a espada que representa retidão

dos caminhos, caráter, honra e

honestidade.

Ogum é o Senhor que executa a ordenação

e abertura dos caminhos, gerando o

afastamento da desordem e o caos a partir

equilíbrio íntimo dos seres através da Lei

divina.

É o princípio de que os seres de um modo geral, estando

equilibrados em relação a Lei Maior e à Justiça Divina,

conseguem atrair situações ordenadas, livrando-se da

desordem. Falar de umbanda sem citar o sincretismo seria o

mesmo que pular a história da Umbanda, explicada através da

história do período colonial.

Os primeiros africanos a

chegar ao Brasil, cuja religião

oficial era o catolicismo, não

podiam cultuar suas

divindades livremente.

Portanto, os escravos

começaram a associar suas

divindades aos santos

católicos para exercerem sua fé

disfarçadamente.

Na umbanda não foi

diferente, uma religião

genuinamente brasileira,

(fundada em 1908 no Rio de

Janeiro, a partir da combinação de elementos do candomblé, do

catolicismo e do espiritismo), utilizou-se do sincretismo para

evitar a violência preconceituosa.

Como os santos católicos são bem numerosos, existem divindades

que são identificadas com mais de um santo.

O sincretismo de Ogum foi vinculado a São Jorge principalmente

na região de São Paulo. A imagem de São Jorge representa a busca

da vitória sobre as trevas interiores representadas pelo Dragão.

Ou seja, São Jorge subjuga o Dragão (representação dos vícios e

desordem), trazendo a ordenação e retidão da vida. Mas na Bahia,

por exemplo, temos o sincretismo com Santo Antônio.

Page 12: Jornal SETO - Edição setembro/2014

Jornal da SETO – p. 12

Tem alguma sugestão para o nosso jornal, algum elogio ou alguma crítica? Envie um e-mail para [email protected]

Visite nosso site: http://www.tresoguns.com.br

CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OGUM

"Os filhos de Ogum são tidos como brigões, mas é errôneo

esse pensamento. Eles são mais intransigentes e obstinados

do que propriamente brigões.

Ogum representa o espírito da Lei e seus filhos têm essas

características bem predominantes. Raramente o filho de

Ogum pondera as coisas; o regulamento é este, então tem que

ser seguido a qualquer custo.

Toda Lei deve ser interpretada, para obter-se seu verdadeiro

sentido e para conhecer-se o espírito dela. Porém, para o filho

de Ogum, essa mesma Lei é usada com parcimônia. O filho

de Ogum segue a Lei e sem se importar se ela serve para este

ou para aquele caso. É lei, tem que ser cumprida,

implacavelmente [...]".

(Trecho extraído da Obra “Os Orixás na Umbanda e no Candomblé)