jornal sempre na ativa - edição 03

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Faça as malas e ... boa viagem! O turismo na terceira idade é um dos grandes destaques do turismo de lazer nos últimos tempos. Nunca se viram tantas opções de pacotes de viagens feitos específicos para esse pessoal que geralmente viajam em grupos e se divertem tanto quanto os jovens. Confira dica de destinos bem recomendados (Pág. 16) Aposentados defendem a volta das três classes Lembrando que o defensor público aposentado não tem direito a nenhuma promoção na carreira, continuando, portanto, no mesmo plano de subsídio de 2008, diretora da ADEP-MG defende a redução de seis para três classes. A proposição foi encaminhada à Defensoria Pública. (Pág. 4) Tarde festiva Música, dança, palestra , lazer e confraternização, isso é o que propõe a ADEP-MG ao realizar a festa batizada Sempre na ativa, em setembro próximo, em Belo Horizonte. Confirme sua presença e venha aproveitar uma tarde inteira de descontração e alegria. (Pág. 4) ENTREVISTA Marlene Tarquínio, testemunha de parte da história da Defensoria Pública e da Associação em Minas Gerais, diz que pensar na Iinstituição e na Entidade, remete à ideia de evolução. (Pág. 14)

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Jornal Sempre na Ativa Edição 03 - Associação dos Defensores Públicos de Minas Gerais

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SEMPRE NA ATIVA • ANO II • Nº 3 • AGOSTO/2012

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Faça asmalas e ...

boa viagem!O turismo na terceira idade é um

dos grandes destaques do turismo de lazer nos últimos tempos. Nunca se viram tantas opções de pacotes de viagens feitos

específicos para esse pessoal que geralmente viajam em grupos e se divertem tanto quanto os jovens.

Confira dica de destinos bem recomendados (Pág. 16)

Aposentados defendema volta das três classes

Lembrando que o defensor público aposentado não tem direito a nenhuma promoção na carreira, continuando, portanto, no mesmo plano de subsídio de 2008, diretora da ADEP-MG defende a redução de seis para três classes. A proposição foi encaminhada à Defensoria Pública. (Pág. 4)

Tarde festiva Música, dança, palestra , lazer e confraternização, isso é o que propõe a ADEP-MG ao realizar a festa batizada Sempre na ativa, em setembro próximo, em Belo Horizonte. Confirme sua presença e venha aproveitar uma tarde inteira de descontração e alegria. (Pág. 4)

EntrEvistA Marlene tarquínio, testemunha de parte da história da Defensoria Pública e da Associação em Minas Gerais, diz que pensar na iinstituição e na Entidade, remete à ideia de evolução. (Pág. 14)

SEMPRE NA ATIVA • ANO II • Nº 3 • AGOSTO/2012

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viSita O ex-deputado federal, Silvio de Andrade de Abreu Junior, esteve visitando a nova sede da ADEP-MG, a convite da diretora Therezinha Aparecida de Souza

De volta ao cargo Diretores da ADEP-MG, Fernando Marteletto, Ana Paula Machado, o presidente da ANADEP, Andre Castro, Felipe Soledade, presidente da ADEP-MG, e Eduardo Cavaliere participaram, no Palácio Tiradentes, de cerimônia de posse da Defensora Pública Geral, Andréa Abritta Garzon Tonet (centro), ree-leita com maioria dos votos em 19 de agosto

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Publicação da Associação dos Defensores Públicos de Minas Gerais - ADEP-MG • Av. Barbacena, 472 - 13º andar • Barro Preto – Belo Horizonte - MG • CEP : 30.190.110 • PABX/FAX : (31) 3295.0520 • Presidente: Felipe Augusto Cardoso Soledade • Coordenadora do Departamento de Aposentados: Therezinha Aparecida de Souza • E-mail: [email protected] • Assessoria de Comunicação • Coordenadora: Edilma Dias • [email protected] • Assistente: Diego Alvarenga • [email protected] • Jornal Sempre na Ativa • [email protected] • Jornalista Responsável/Editora: Edilma Dias (MTB -10.840) • Revisora: Renata Alvarenga (31) 8894.1390 - [email protected] • Projeto e Edição Gráfica: Viveiros Editoração e Publicidade (3504.6080)

Prezado associado

O ano de 2012 corre célere, e o que ontem parecia impossível, quase inatingível, hoje é realidade concreta, palpável, para o defensor público, para a ADEP –MG e seus associados.

A Associação ocupa, desde o início deste ano, sua sede própria distribuída em 350 metros quadrados. Casa arejada, espaçosa, funcional, sob medida para aqueles que ajudaram a construí-la, como quem coloca tijolo, sobre tijolo.

Dos tempos de verdadeira penúria, em que a ADEP-MG vivia de favores, ocupando um cantinho nas salas reservadas à Defensoria Pública – que também não tinha melhor sorte – , restam apenas as lembranças, como aquelas que a defensora pública aposentada Marlene Tarquínio divide conosco nesta edição.

A redução do número de classes na carreira continua em pauta. Proposta apresentada pela Administração Superior da Defensoria Pública reduz a quatro classes: Especial, Final, Intermediária e Inicial, entretanto, essa divisão não atende aos defensores aposentados. Na Convenção realizada pela ADEP-MG no mês de junho, a coordenadora do departamento dos aposentados, Therezinha Aparecida de Souza, apresentou a proposta de voltar a apenas três classes. Esses e outros assuntos você confere aqui, no Sempre na Ativa.

EditorialsOCiAL

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DefenSoreS públicoS apoSentaDoS conhecem as instalações de sua “nova casa”.

apoSentaDoS participam de Assembleia Geral Ordi-nária (AGO) em Belo Horizonte

sOCiAL

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Em defesa das três classesas discussões da Conven-

ção para Avaliação do Anteprojeto de Reforma da Lei Complementar 65/2003, reali-zada pela ADEP-MG no dia 29 de junho, no auditório do Colé-gio Pio XII, em Belo Horizonte, destacaram um tema de grande interesse para os defensores pú-blicos aposentados: as classes da carreira de defensor público.

A proposta apresentada pela Administração Superior da Defensoria Pública se reduz a quatro classes: Especial, Final, Intermediária e Inicial. Entre-tanto, essa divisão em quatro classes não atende aos defen-sores aposentados.

Atualmente as classes da Defensoria Pública estão dividi-das em seis: Especial, Classe IV, Classe III, Classe II, Classe I – Ní-vel II, Classe I – Nível I.

A Diretora para Assuntos Institucionais e do setor de aposentados da ADEP-MG, Therezinha Aparecida de Sou-za, subiu ao palco e defendeu a redução para três classes. Lembrando as dificuldades do passado e os prejuízos que os aposentados tiveram com a atual divisão, a proposta da defensora foi de encontro à opinião dos demais, no que diz respeito à aprovação de três ou quatro classes.

De acordo com Therezinha, desde a instituição do subsídio como forma de pagamento, em 2008, a Segunda Classe, que era a primeira abaixo da Classe Especial, passou a ser a segunda abaixo da Especial. Essa mudança, conforme afir-mou, gera atualmente um pre-juízo mensal de cerca de 1.500 reais. Hoje, encontram-se nes-ta situação 63 defensores apo-sentados.

Para a diretora da ADEP-MG, a redução para quatro classes não atenderia aos defensores públicos aposentados. “Escla-reço a todos que participaram da formulação do anteprojeto produzido pela Defensoria Pú-blica de Minas Gerais, em con-formidade com a Secretaria de Planejamento e Gestão, que os aposentados não têm direito a

nenhuma promoção na carreira, continuando sempre no mesmo plano de subsídio de 2008. En-tretanto, os defensores públicos na ativa que estão nessa escala, por consequência, logicamente serão promovidos por antigui-dade ou mérito às classes supe-riores”, esclareceu a defensora.

Em sua defesa perante o pú-blico, Therezinha lembrou que o atual patamar em que a De-fensoria de Minas se encontra passou necessariamente pelas lutas e dificuldades encontra-das pelos defensores no passa-do. “A Defensora Pública Geral e os demais defensores devem ter conhecimento de que, se os aposentados não existissem, não existiria a Defensoria Públi-ca atual e nem os defensores públicos”, pontuou.

A proposta de três classes foi aprovada pela maioria dos presentes na Convenção para Avaliação do Anteprojeto de Reforma da Lei Complementar, ficando assim denominadas: Especial, Intermediária e Inicial. A proposição será encaminha-da à Defensoria Pública.

reivinDicaÇÃo

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semprena ativa!

Palestras, música, dança , bufett especial e confraternização integram a programação da tarde festiva que a ADEP-MG prepara para o associado aposentado. A festa acontecerá na quarta-feira, 5 de setembro, de 13 às 18 horas, no salão de eventos do Niágara Flat, à Rua Timbiras, nº 3135, quase esquina da Rua Paracatu, no Barro Preto (telefone 3515.80.73).

Você que dedicou um tempo precioso de sua vida ao exercício de sua função, dentro da Defensoria Pública; você que, com muito trabalho, suor de seu rosto e toda a sorte de dificuldades geradas pela falta de estrutura , comuns à Instituição nos primeiros anos de sua instalação no

estado de Minas Gerais, pavimentou essa estrada que, hoje, os jovens colegas podem trilhar com mais tranquilidade e conforto.

Você, que sempre esteve ao lado da ADEP-MG, entidade que há 33 anos – a completar no próximo 16 de setembro – que vem lutando pelos direitos de seus associados, pela valorização da carreira e pelo fortalecimento da Instituição Defensoria Pública, merece toda a atenção e carinho especial.

Pensando em tudo isso, a ADEP-MG, em parceria com o Niágara Flat e a CRD Corretora de Seguros, planejou com todo o cuidado esta tarde, que deverá ser a primeira de muitas que virão, de lazer, conhecimento e alegria.

Boleros e Frank Sinatra mauro Silva, 57 anos, mais de 20 dos quais dedicados

à música, irmão mais novo do cavaquinista Waldir Silva – de quem é guitarrista e crooner – , é o artista contra-tado para animar a festa organizada pela ADEP-MG, para os aposentados.

Apostando em um repertório diversificado, que vai de Cartola a Ana Carolina, passando pela dupla Evaldo Gouveia & Jair Amorim, além de sucessos de Frank Sinatra e Pepino de Capri, Mauro Silva acaba de lançar um CD com 18 faixas, intitulado Melhores Momentos da Música. O disco reúne desde pérolas da música popular brasileira aos boleros de todos os tempos, passando pelas músicas internacional e sertaneja.

“Como temos de cantar das festas de 15 anos até os te-atros, passando pelas bodas e o baile, o repertório é muito variado”, explica o músico, velho conhecido de quem fre-quenta as casas noturnas de Belo Horizonte.

Contratado das gravadoras EDM e Microservice com dis-tribuição mundial de seus trabalhos gravados em CD, Mauro Silva foi agraciado com várias homenagens do governo no Brasil e na Europa, com nove apresentações nesse continen-te. O artista já realizou shows na América do Norte e toda América latina.

De seu currículo, podemos destacar também, a partici-pação na composição da trilha sonora da novela “Pecado Capital” da Rede Globo de Televisão.

O cantor e instrumentista é contratado do Projeto Minas ao Luar, patrocinado pelo SESC – Serviço Social do Comércio – MG e Rede Globo, desde a primeira apresentação, há 17 anos.

Mauro Silva estará se apresentando no evento da ADEP acompanhado de violão/guitarra, teclados e instrumento de sopro, numa animadíssima integração com o público para agradar pessoas de todas as idades, com execução de diver-sos ritmos, muita emoção, romantismo e alegria.

programaÇÃo

13h10 - Boas-vindas, com coquetel de frutas, sem álcool, chás, refrigerantes, sucos e água

13h30 - Ciclo de palestras 1• Saúde, obrigado, com o médico geriatra Gustavo Mora-es e a Dra. Janine Cassiano (terapeuta ocupacional; douto-ra em Gerontologia e estudo do envelhecimento)• 3ª e 4ª Profissão, com a Geriatra Viviane Café 15h Música e dança – com o cantor Mauro Silva, irmão (também talentoso) do famoso Waldir Silva. Repertório eclético, escolhido especialmente para a ocasião.

16h Ciclo de palestras 2Seus direitos, com o advogado e assessor jurídico da ADEP--MG, Dr. Luiz Carlos Abritta

16h40 - Segue a música até às 18h - Mesas de truco e buraco estarão à disposição durante todo o evento.

evento

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PArCEriA AtivAconveniaDoS Da aDep-mg participaram e distribuíram brindes aos defensores públicos durante a Convenção para avaliação do anteprojeto de reforma da Lei Complementar 65/2003, realizada no dia 29 de junho, em Belo Horizonte. Banco Alfa, SICOOBJUS-MP, Colchões Oriental, inFlux English School e JBC Casas de Campo, falaram ao público sobre seus produtos e descontos especiais para defensores associados.

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a luta pelas vantagens pes-soais, como todos sabem,

é antiga e de interesse de toda a classe. A Lei 17.127 tratou dos subsídios em 2007, sem as van-tagens pessoais. Até então, os defensores públicos eram remu-nerados como os servidores pú-blicos: havia um vencimento bá-sico, e sobre ele incidiam algumas parcelas remuneratórias.

Eram muitas as variáveis, e o modelo se mostrava insuficiente para a necessidade da Defen-soria, uma vez que dava trata-mento diferenciado para situa-ções semelhantes. Além disso, a Constituição estabelece que algumas carreiras de estado, como a de defensor, juiz e pro-motor, devem ser remuneradas por uma forma de retribuição denominada subsídio, que veio no bojo de uma reforma admi-nistrativa do governo Fernando Henrique Cardoso visando dar mais transparência ao que o Es-tado paga a essas carreiras tidas como típicas do Estado.

Partindo desse principio, a Defensoria Pública tinha motivos jurídicos para implantar o subsí-dio e havia ainda a necessidade de uma proposta de remunera-ção mais equilibrada. O mode-lo anterior concentra recursos porque aloca mais verba para aqueles que já estão há mais tempo na função, e essas mes-mas vantagens não alcançam os novos porque acabaram sendo extintas. Diante desse quadro, a ADEP-MG percebeu a necessida-de de buscar uma forma de as-segurar o máximo de aumento para todos, consciente de que teria de enfrentar esse efeito. O subsídio tornou-se uma das bandeiras da Associação, em razão de a própria Constituição apontar para esse caminho.

Inicialmente, houve a pre-tensão de se estabelecer o sub-sídio em valores compatíveis com esse tipo de retribuição, a exemplo das outras carreiras que já o têm, como o Ministério Público e a Magistratura, mas, a

despeito de fazer uma greve de cinco meses, não houve força suficiente para fazer o governo aceitar a proposta e apresentar uma contraproposta que fosse vantajosa para todos. Então, o subsídio foi fixado na forma prevista na Constituição, mas em valores muito aquém do que se pretendia, o que gerou uma outra distorção: pesso-as que no regime anterior, em razão daquelas vantagens que incorporaram, acabaram não tendo praticamente nenhum aumento, deixaram de ganhar. Eles já tinham a retribuição no modelo anterior, que era supe-rior àquela que foi destinada à classe a que eles pertenciam.

a situação dosaposentados Os aposentados, que nor-

malmente já têm mais tem-po de serviço, incorporaram algumas vantagens pessoais que, na prática, projetavam um valor bruto maior do que

vantagens pessoais;uma história sem fim

lUta

o subsídio oferecido em par-cela única. Essa era a questão a exigir cuidado, e a demanda da ADEP também visava corri-gir isso. No entendimento da assessoria jurídica da Asso-ciação, era necessário mostrar que determinadas verbas, mes-mo com o regime de subsídio, deveriam prevalecer. Essa tese acabou sendo defendida pela maioria do Conselho, que teve um só voto contrário, o do re-lator, aquele que enfrentou a matéria pela primeira vez.

Determinadas verbas foram incorporadas ao patrimônio ju-rídico das pessoas em virtude de terem sido constituídas de forma regular e permanente no tempo em que foram adquiridas. Em um novo regime, não justifica-ria absorvê-las ou fazer com que elas deixassem de existir, e foram identificadas algumas parcelas que teriam essa natureza, por exemplo, o antigo adicional de tempo de serviço, os quinquênios e a verba trintenária.

ADEP-MG leva o caso à AdministraçãoA Associação dos Defensores Públicos

de Minas Gerais, representada pela De-fensoria Pública de Assuntos Institucio-nais, Therezinha Aparecida de Souza, se reuniu na tarde desta quinta-feira (22/11) com a Subdefensora Pública Geral, Ana Cláudia da Silva Alexandre, que represen-tou a Defensora Pública Geral, Andréa Tonet. Em pauta, o pagamento das van-tagens pessoais.

A reunião contou também com a pre-sença das defensoras públicas aposenta-das, Maria das Graças Queiroga Pinho e Madalena Sofia Queiroga Pinho e ainda do advogado da ADEP-MG, Marcelo Mi-randa Parreira.

A Defensora Pública Therezinha Sou-za lembrou que há um parecer favorável da Administração em favor do paga-mento das vantagens, avaliação esta so-licitada pelo governo. Em razão disso, a defensora solicitou informações sobre a

atual situação dos pagamentos.A subdefensora pública reafirmou

que da parte da Administração Superior o pagamento das vantagens é totalmen-te favorável, porém, lembrou que é ne-cessário orçamento para tais pagamen-tos. “A ideia da vantagem já é absorvida pela Defensoria Pública, uma vez que há o reconhecimento pelo Conselho Supe-rior. O problema é a questão orçamen-tária”, disse a subdefensora. De acordo com Ana Cláudia Alexandre, o orçamen-to previsto para pagamento de pessoal da Defensoria Pública em 2012 já é o mínimo possível.

ainda os recursosO advogado da ADEP-MG, Marce-

lo Miranda Parreira, lembrou que um grupo integrado por três defensoras públicas ingressou na justiça pleite-ando pagamento das vantagens e aler-

tou: “uma decisão contrária àquela do judiciário derruba o parecer favorável do Conselho Superior da Defensoria Pública, prejudicando toda a classe”.

A diretora de Assuntos Institucionais da ADEP-MG levantou a hipótese de que, para que os pagamentos ocorres-sem, dependeria da vontade política do governador em encaminhar suplementa-ção ao orçamento da Defensoria Pública ainda este ano. Outra alternativa seria a aprovação do projeto que tramita no Congresso Nacional que garantiria um percentual orçamentário para as Defen-sorias de todo Brasil, desde que fosse constada a sua vigência a partir do pró-ximo ano.

De acordo com a última hipótese, a subdefensora frisou que esta seria a opção mais viável, uma vez que a Defen-soria Pública poderia gerir seus próprios recursos.

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Até hoje, nada Em Reunião Ordinária, no dia 10 de julho de 2009,

o Conselho Superior da Defensoria Pública de Minas Ge-rais deferiu o requerimento da concessão de vantagens pessoais, da ADEP-MG. A votação teve apenas um voto contrário, o do relator Gustavo Corgosinho.

Therezinha de Souza mobilizou os colegas aposen-tados para acompanharem as três etapas do julgamen-to cujo desfecho foi favorável. O Conselho Superior da Defensoria Pública, de ofício, estendeu os benefícios requeridos aos demais defensores públicos, indepen-dentemente de serem ou não associados da ADEP-MG. “Fiquei muito feliz com a aprovação, principalmente porque atingiu não apenas os associados da ADEP--MG, mas toda a classe, inclusive defensores que ain-da estão na ativa”, disse Therezinha, naquela ocasião. De acordo com a decisão, as vantagens pesso-ais serão pagas em parcelas autônomas até que venham a ser absorvidas pelo valor do subsídio.

em Assembleia realiza-da no dia 29 de abril

de 2010, na antiga sede da ADEP-MG, em Belo Horizonte, defensores públicos aposen-tados de diversas partes do estado decidiram por aguar-dar até o final daquele ano uma resolução por parte da Administração Superior quan-to às vantagens pessoais. A ADEP-MG comprometeu-se a continuar com as negocia-ções junto à Defensoria Públi-ca para que esse direito fosse restabelecido.

Em reunião conduzida pelo Presidente da ADEP-MG, Feli-pe Soledade, juntamente com a coordenadora do Departa-mento de Aposentados, The-rezinha Aparecida de Souza, e o advogado da Associação, Luis Carlos Abritta, os defen-sores públicos puderam ouvir e discutir uma melhor forma para a condução da busca pe-las vantagens pessoais.

Após debate, a maioria

relembre o casolUta

decidiu aguardar, até o fim de 2011, uma solução adminis-trativa para o pedido. “A As-sembleia foi bem representa-da. Defensores aposentados de todo o estado ouviram as ponderações do advogado da Associação. Confiamos que a Defensora Pública Geral e o governador do estado en-trarão em entendimento para restabelecer esses direitos”, destacou Felipe Soledade, na-quela ocasião.

Therezinha apresentou aos colegas o trabalho que vinha sendo realizado pela associação quanto às van-tagens pessoais. Segundo a coordenadora do Depar-tamento dos Aposentados, seria feito um requerimen-to administrativo conjunto direcionado ao governador Antonio Augusto Anasta-sia. O documento teria, de acordo com a diretora da ADEP-MG, o máximo de as-sinaturas possível.

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a aposentadoria coinci-de com a última fase da

vida, denominada “velhice”. Essa “fase” é caracterizada pela re-dução da capacidade funcional, associada a perdas sociais, per-das psicológicas , afetivas e, em alguns casos, solidão. Mas não se desespere, reconsidere a se-guinte questão: a “fase” da ve-lhice se inicia a partir da terceira década de vida, ou seja, a partir dos 30 anos! Sim, para os pes-quisadores, nosso corpo entra na fase do declínio funcional ainda quando somos adultos maduros e é aí que começamos a ser ve-lhos. Ou seja, se consideramos que a expectativa de vida hoje do brasileiro é em torno de 76 anos, faça as contas: passaremos mais tempo na fase da velhice do que em qualquer outra fase. Então, mãos à obra! Não seremos velhos aos 60, 70, 80 anos. A velhice é um “continuum”, que começa na infância e termina com a finitu-de, a morte.

A mudança na percepção e no entendimento da velhice é o primeiro passo para se ter uma velhice bem-sucedida. Será bem-sucedida na velhice aquela pessoa que é e sempre foi bem--sucedida em todas as fases da vida. Não pense que sucesso na velhice está associado a suces-so financeiro. Envelhecimento bem-sucedido envolve boas re-lações familiares, amigos, redes de apoio , atividades prazerosas, vínculos na comunidade e ou so-ciais.

Então, faça um planejamento estratégico da sua velhice, inde-pendentemente da idade em que se encontra. A vantagem da vida é que, a qualquer momento, é possível mudar nossos hábitos e ou nossos pensamentos a respei-to de qualquer temática. A sorte é que há pesquisadores que es-

tudam e nos ensinam caminhos para que esse processo seja re-almente eficaz e nos dê retorno.

Seguem algumasdicas preciosas:1 - Melhore suas relações

familiares: O bom convívio com parentes (irmãos, filhos, noras e genros) possui relação direta com a saúde e satisfação na velhice, aumentando, inclusive, a capaci-dade de sobrevivência do idoso.

2 - Participe de grupos co-munitários: A participação em grupos e ou espaços de convivên-cia tem influência direta na auto-estima da pessoa. A participação social em países desenvolvidos é estimulada desde a infância. Ou seja, não precisa ser velho para participar de “grupos”.

3 - Faça amigos: Exercitar o afeto, considerar as diferenças, trocar experiências e movimen-

velhice, pesadelo ou sonho?Sempre SaUDável

Viviane Café Marçal, Especialista em Gestão Estratégica de Pessoas/ Especialista em Geriatria e Gerontologia Aplicada UFMG/ Especialista em Reabilitação do idoso FCMMG

tar-se em direção ao outro é um alicerce inegável para um bom envelhecimento.

4 - trabalhe: Pode ser ativida-de voluntária ou mesmo remune-rada. É fato consumado: especia-listas afirmam que o trabalho é um agente protetor do envelhe-cimento. A inatividade só acelera as doenças crônicas degenerati-vas como diabetes, hipertensão e artroses.

E por falar em trabalho na velhice, há idosos que por von-tade própria desejam continuar a trabalhar, ou por necessidade ou por possuírem a expertise e co-nhecimento em profissões para as quais está difícil conseguir substitutos; convido você a par-ticipar da palestra: Terceira Pro-fissão - Gerenciamento de vida Futura, que vai expor e discutir possibilidades e habilidades pro-fissionais após a aposentadoria.

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LivroDe 17h30 às 18h, será apre-

sentada a 2ª edição do livro Empreendedorismo, trabalho e qualidade de vida na tercei-ra idade, por Ana P. Fraiman, profissional graduada em Psico-logia pela UNIP, mestre em Psi-cologia Social pela USP e dou-tora em Ciências Sociais. Ana Fraiman é também diretora da APFraiman Consultoria, empre-sa especializada em transição de carreira e preparação para uma aposentadoria ativa.

Já está confirmado para a quinta-feira, 16 de agosto, no au-ditório do Clube dos Diretores Lojistas – CDL-BH (Avenida João Pinheiro, 495 – Funcionários) o seminário de lançamento do livro Empreendedorismo, trabalho e qualidade de vida na terceira idade. O evento terá início às 17h, com a composição da mesa de aber-tura em que estarão: Elen Pernin, Coordenadora Interina da Área Técnica de Saúde do Idoso – Brasília | DF ; Karla Cristina Giacomin – Presidente do Conselho Nacional dos Direitos do Idoso / MG ; Felipe Willer de Araujo Abreu Junior – Coordenador da CEPID – Co-ordenadoria Especial de Políticas para o Idoso-MG; Janine Gomes Cassiano – doutora e professora Gerontóloga da UFMG; Cristiano Tadeu da Silveira – Gerente Regional da GEAP/MG.

Seminário

notaS

Por determinação da Organi-zação das Nações Unidas (ONU) e em reconhecimento ao aumento da população idosa, o dia 1º de outubro foi instituído, em 1999, como Dia Mundial do Idoso.

Para a ONU, a data significa uma possibilidade de amadure-cimento dos atos e das relações sociais, econômicas, culturais e espirituais da humanidade. Para comemorar este dia, a Prefeitura de Belo Horizonte vem realizando sempre no início do mês de outu-

bro, no Centro de Referência da Pessoa Idosa de Belo Horizonte, uma festa animada por diversas atividades de lazer, educativas e culturais. Há três anos a ADEP--MG vem possibilitando a par-ticipação da Defensoria Pública nesses eventos, que costumam reunir cerca de 3 mil pessoas da terceira idade. Fique atento ao calendário deste ano e, se sobrar um tempinho, um bocado de dis-posição, seja mais um defensor na tenda de orientação jurídica.

Melhor idade em festa

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britânicos dão um passo im-portante na luta pelo fim da

solidão na velhice. O alerta foi dado com a campanha – Campaign to En-dLoneliness (http://www.campaign-toendloneliness.org.uk/ ) – que des-taca o custo emocional e físico da solidão. Solitário, o idoso estaria mais propenso a desenvolver males físicos e mentais.

Segundo os promotores da cam-panha – Age UK Oxfordshire, Counsel and Care, Independent Age e WRVS – um em cada dez idosos sofre de so-lidão intensa, o que conduz a um risco aumentado de depressão, que favore-ce o desenvolvimento de maus hábitos alimentares e de práticas sedentárias, que excluem a atividade física do co-tidiano. De acordo com especialistas de todo o mundo, a falta de interação social aumenta as chances de o ido-so sofrer com doenças degenerativas, como o Alzheimer.

O maior objetivo dos organizado-res da campanha britânica é sensibi-lizar os profissionais de saúde para a relação entre saúde precária e so-lidão na terceira idade. Por meio da divulgação de uma pesquisa, as enti-dades chamam a atenção para uma conscientização social sobre o "hor-ror da solidão” e seu "impacto perni-cioso” sobre as pessoas mais velhas.

De acordo com o estudo das ONGs, realizado com 2.200 pessoas, apenas uma em cada cinco tinha ciência de que a solidão é um fator de risco para a saúde. A Organização Mundial da Saúde já classifica a solidão como um fator de risco para a saúde maior que o tabagismo e tão grande quanto a obesidade.

SaúDe

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O V Congresso da Associação Interamericana de Defensorias Públicas (AIDEF), que ocorrerá entre os dias 15 a 17 de agosto, em Fortaleza (CE), reservou um espaço especial aos defensores aposentados. O evento inclui uma reunião dos defensores pú-blicos aposentados. O encontro, que acontece no dia 15 de agos-

to, das 9h às 12h, no salão Safira do espaço Fábrica de Negócios, atende a uma antiga reivindica-ção da categoria.

De acordo com a diretora de Aposentados e Pensionistas da Associação de Defensores Públi-cos do Estado do Ceará (ADPEC), Nívea de Matos Nunes Rolim, responsável pela coordenação do

Aposentados têm espaçono Congresso da AiDEF

MEMóRIA

Um ato de justiçaem 1980, teve início, em

Minas Gerais, uma árdua batalha pelo reconhecimento, no cargo, para profissionais for-mados em Direito, oriundos de diversas Secretarias do Estado de Minas Gerais,que vinham exercen-do, a duras penas, a função de Defensores Públicos. Duras penas, em razão da mais absoluta falta de estrutura para o trabalho.

Uma batalha em que a pa-ciência e a disposição para sair em busca de apoio eram fatores preponderantes. Mas o que não faltava aos defensores mineiros daqueles tempos– assim como nos dias atuais– era disposição, recor-da a diretora para assuntos sociais e coordenadora do setor de apo-sentados da ADEP-MG, Therezinha Aparecida de Souza. “ Éramos um grupo bem articulado e, nesse ca-minho, tivemos a sorte de contar com vários parlamentares da épo-ca”, lembra Therezinha.

O artigo 22 dos atos das Dis-

posições Constitucionais Transi-tórias, da Constituinte de 1988, também, chamada de “Consti-tuição Cidadã”, veio devolver a esses profissionais a tranquilidade para seguir atuando em favor dos mais necessitados.

“ Nós temos uma dívida eterna com o então deputado Dr. Silvio de Andrade Abreu Junior, que não só apresentou a Emenda à Consti-tuição, como lutou para que esta fosse aprovada”, ressalta a direto-ra da ADEP-MG.

grupo, o momento será propício para um debate sobre o isola-mento dos aposentados e o dis-tanciamento de suas associações.

“Eles sempre reivindicam ati-vidades exclusivas para os apo-sentados, como cursos dirigidos para eles, nas áreas de informá-tica e qualidade de vida. Então, esse será mais um momento para

estimular a participação dos apo-sentados nos movimentos inicia-dos pelas suas associações, haja vista que eles têm peso político nas eleições de Diretoria”, escla-rece a diretora.

Nívea de Matos defende ainda a ideia de que esses encontros sejam anuais, em diferentes regiões do país.

Therezinha de Souza desta-ca ainda o que chama de valiosa e fundamental colaboração, do Procurador Geral da Defensoria Pública, Dr. Joaquim Ferreira Gon-çalves, e ainda do colega Dr. João Antonio Neves César.

Embora o artigo 22 fosse cla-ro, em alguns estados, como Mi-nas Gerais, não foi fácil chegar à nomeação. Se fez necessário que um grupo formado por 17 pesso-as entrasse com uma ação na Jus-tiça pleiteando o cumprimento do que previa a Constituição Federal. Com isso, veio mais uma nova fase de trabalho em busca de apoio.

Com a sentença favorável em todas as instâncias, em 1992 fi-nalmente saiu a nomeação dos que entraram com a ação judicial, fazendo justiça aos desbravadores incansáveis que abriram caminho para que fosse possível uma De-fensoria Pública como esta que se tem atualmente, no estado de Minas Gerais.

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conveniaDoS

nos braços de MorfeuDormir bem é fundamental

para uma saúde em equilíbrio.Especialistas afirmam, não é de hoje, e a maioria das pessoas já se convenceu disso. Nada melhor que uma boa noite de sono para acordar renovado e com muito mais disposição para encarar o novo dia.

Dormir é uma necessidade humana básica. Durante esse pe-ríodo, nosso organismo realiza funções importantes com conse-quências diretas à saúde e quali-dade de vida.

Segundo pesquisas, o sono for-

talece o sistema imunológico, libera a secreção de hormônios – como o do crescimento da insulina – con-solida a memória, deixa a pele mais bonita e saudável, além de relaxar e descansar a musculatura.

O que muita gente não sabe é que o colchão pode ser o grande vilão, por trás de um histórico de noites maldormidas. Para resol-ver esse problema e ainda trazer maiores benefícios à sua saúde é que a Novo Sono Produtos mag-néticos oferece ao associado des-contos especiais na compra dos colchões Oriental J 2000.

A CRD CORRETORA DE SE-GUROS é a nova empresa con-veniada no ramo de SEGUROS, da ADEP-MG. Como afirmou o próprio diretor comercial da em-presa, Fernando Machado, não são poucas as dificuldades e os desafios enfrentados pelo defen-sor público, no cumprimento de suas funções, então vale refletir-mos também sobre a importân-cia de garantir o seu bem-estar, a continuidade financeira e a realização dos sonhos de seus próprios familiares.

“ O Seguro de Vida é, sem dú-vida, um dos principais pilares de proteção financeira de todas as famílias, pois, quando bem pla-nejado pelo contratante, ao pre-ver possíveis imprevistos, garante aos seus familiares e beneficiários a oportunidade de manter sua qualidade de vida, investir na for-mação e, consequentemente, na realização dos seus sonhos”, ex-plica Fernando Machado.

Com o intuito de auxiliar os associados da ADEP na contrata-ção desses seguros, a CRD COR-RETORA DE SEGUROS desenvol-veu, junto à ICATU SEGUROS, um produto específico e diferencia-do, destinado a atender a todos, independentemente da faixa etária. Para isso, a empresa dis-ponibilizará o atendimento per-sonalizado de seus consultores, devidamente credenciados, que buscarão manter contato com os associados fazendo uma bre-ve explanação sobre o assunto e prestando a consultoria necessá-ria a todos os interessados, tanto em domicílio, quanto na própria sede da ADEP.

Maiores informações poderão ser fornecidas pelo escritório da CRD CORRETORA DE SEGUROS sediada em Belo Horizonte, à Rua Albita, 194 – Sala 707 – 7º. andar, ou pelos telefones (31) 3568-0477 e 3508-8320. ([email protected]).

Você consegue imaginar uma senhora que foi assaltada em sua própria residência, e ficou por mais de quatro horas no chão sem conseguir se levantar, mes-mo após a saída dos bandidos?

Isso foi o que ocorreu com a avó do diretor da Semax, Vitor Hugo Moreira, que, ao atender um pedido de desconhecidos por um copo de água em um dia quente, foi derrubada e não conseguiu levantar-se sozinha. A partir desse ocorrido, Vitor, diretor da Semax, empresa de Segurança Eletrônica Monitorada, começou a criar alternativas para um pedi-do de socorro de urgência.

Depois de muita pesquisa e longo tempo de desenvolvimen-to, a empresa lançou o Semax Daily Care, Pedido de Socorro Médico de Urgência, similar aos serviços que já existem na Europa e nos Estados Unidos. O Semax Daily Care funciona por meio de um pingente ou um relógio de pulso que contém um único bo-tão.

“Ao pressionar o botão, um pedido de socorro médico é en-viado para nossa central de mo-nitoramento, que funciona 24 horas. Nossa equipe entra em

contato com o local monitorado e com as pessoas envolvidas no es-quema de saúde do cliente. Se, no endereço do idoso, ninguém res-ponder, parentes, vizinhos e até o médico da família são acionados imediatamente, e, se necessário, uma ambulância com equipe mé-dica fará o atendimento e a re-moção para o hospital à escolha do cliente. Se o cliente atende, já procuramos acalmá-lo e fazer um pré-diagnóstico, até para informar aos parentes sobre a real situação do paciente”, explica Vítor.

O serviço Daily Care, Pedido de Socorro Médico, está disponí-vel para todo o Brasil, mas o ser-viço de remoção por ambulância ainda está restrito à Região Me-tropolitana de Belo Horizonte. “Em locais onde não temos como disponibilizar o atendimento por ambulância, podemos informar a vizinhos, parentes, médicos ou os que forem indicados na ficha de providências/emergências imediatamente”, explica o dire-tor da Semax.

Para adquirir o Semax Daily Care (Teleassistência Emergen-cial Para 3º idade) ligue: 31-32772255/31-88763564 Wilker Reis.

De olho na segurançado associado

teleassistênciaEmergencial para 3ª idade

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entreviSta: marlene tarqUínio

marlene Moreira Tarquínio passou 16 anos de sua

vida adulta na Defensoria. Chegou em 1982, num tempo em que a situação ainda era muito difí-cil. Funcionária da Secretaria da Saúde, prestou concurso interno e foi para Santa Luzia, onde atuou como defensora pública até 1994. Após sua saída, o município não voltou a contar com os serviços de uma Defensoria Pública do Estado.

Marlene Tarquínio aposentou--se há 14 anos. Passado um curtís-simo período de descanso, voltou a dedicar-se à Defensoria, desta vez, no outro lado da trincheira, apoiando as iniciativas da ADEP--MG, que visam trazer benefícios aos aposentados da Defensoria Pública. Colaboradora de primeira hora, sempre dispensou os cargos – que a manteriam presa–, mas nunca recusou-se a atender a um chamado da colega diretora da ADEP-MG, Therezinha de Souza.

Simpática, cheia de disposição, a defensora aposentada conver-sou conosco sobre a instituição, a entidade de classe, relembrou um caso curioso e deixou sua impressão sobre o cenário atual.

como a senhora definiria o período que passou em Santa luzia?

Foram tempos difíceis aqueles, mas pude dar uma boa assistência à população carente da região e da grande região, que incluía o São Benedito, Palmital, o Jardim Cristina. E era cobertura total. Eu era a única defensora na comarca e trabalhava com colegas cedidas pela prefeitura, em razão de um convênio que esta mantinha com a Defensoria Pública. Eu coordenava o trabalho.

como era a aDep, nesse tempo?

A ADEP-MG já era muito atuan-te. Os defensores da Associação iam até onde estávamos para ver como era a nossa situação. Para mim, particularmente, foi muito bom, principalmente quando estava na direção o Dr. Sinval Natal. Eu ia trabalhar de ônibus, todos os dias, e era preciso levar material, porque a prefeitura só dava o imóvel, mate-rial de trabalho, não. Eu tinha de levar aquelas sacolas de compras, pesadas. Lembro que o Dr. Sinval muitas vezes me ajudou. Ia com o fi-lho dele, botava todo o material no carro e levava para mim, já que eu

não tinha carro. Era papel, fita de máquina de datilografar, canetas, processos. A Defensoria até com-prava, após receber o nosso pedido, mas a gente tinha de levar. Naquele tempo, não havia Defensor Geral, era Chefe Geral, e quem estava no cargo era o Dr. Atílio [....].

qual era a maior reivindica-ção da aDep naquela época? trabalhava em prol de que melhorias, tentando melhorar o quê?

Na época, trabalhava em prol da melhoria da Defensoria como um todo: concursos, instalações... A ADEP sempre tentando, iam a Santa Luzia, olhavam e diziam “Marle-ne você não pode ficar aqui..” os defensores tentavam me trazer para Belo Horizonte.

mas aqui, na capital, a situa-ção também não era das melho-res em 1982...

Havia falta de estrutura também, mas lá, em Santa Luzia, como eu disse, fazia todas as áreas, e é muito pesado para um defensor só fazer família, criminal, júri. Ia à delegacia para soltar preso... às vezes, o preso estava lá no Palmital, e a família já querendo que-brar o flagrante. Eu tinha de ir lá antes de chegar ao Fórum o comunicado. Eu tinha de ir lá buscar – tudo a pé, nunca dirigi, nunca tive carro. Às vezes, eu fazia amizade com as promotoras –a maioria era mulher – , então, ia de ônibus e voltava de carro com uma delas.

então desenvolveu uma boa relação com os promotores?

Sim, eu sempre me dei muito bem com eles todos, com os juízes...só fiquei aborrecida com um juiz, uma vez. Estávamos instaladas numa sala boa, ampla, no térreo; dividíamos com o Juizado de Meno-res. Esse juiz nos tirou de lá dizendo que iriam fazer uma reforma e nos colocou num lugar bem ruinzinho. Quando a reforma foi concluída, eu já pronta para mudar, ele disse:

–Não, isso aí não é para vocês, não. Isso vai ser um depósito de armas. Fomos para uma sala alugada onde o piso de tábua era cheio de cupim. Aguentei até 1994, quando finalmente consegui vir para Belo Horizonte atuando na 3ª Vara Crimi-nal, até 1998.

poderia dividir conosco um fato pitoresco, ou curioso, dos tempos de defensora?

Em Santa Luzia, vivi muitos fatos emocionantes, já que cuidava de todas as áreas. Mas é daqui, da 3ª Vara Criminal que vou citar um que considerei curioso. Eu estava um dia trabalhando e chegou um rapaz ao balcão para pegar a ciência da sen-tença criminal, um caso de estupro. A escrivã me chamou e disse para eu ir lá no balcão porque só faltava a ciência minha e do rapaz para executar a sentença, mandar pren-der. Eu cheguei, olhei para o rapaz e perguntei: Quantos anos você tem? Ele respondeu. Fiz as contas rapidamente, partindo da data em que o processo teve início. Descobri que, na época, ele era menor. Então eu disse: – Não assina, não!

e então? Peguei o processo, fui até o juiz

e disse: – Dr., acho que vou entrar com uma revisão de sentença. Esse menino era menor na época e chegou ao final, na sentença. O juiz, que era quem havia dado a sentença, reagiu: – Se houve erro, pode fazer.

e a senhora fez mesmo?Curioso é que, quando houve o

crime, o menino estava com 17 anos. O delegado o ouviu e engavetaram o processo. Quando ele completou 18 anos, eles mandaram para a Justiça. Passou pelo promotor, que fez a de-núncia; pelo defensor que defendeu, defendeu, defendeu, e pelo juiz, que deu a sentença. A mãe desse menino ficou tão agradecida! Engraçado é que ele disse ao juiz: “– Ô doutor, eu não fiz nada com a muié não, ela que me pegou à força” (risos).

Edilma Dias Fotos Diego Alvarenga

“Eu vejo a evolução”

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a senhora é muito presente na aDep atualmente. chegou a ocupar algum cargo na associação ?

Não, eu não participava muito porque fiquei durante anos em Santa Luzia, tinha júri... Mas, ao vir para cá, fiquei muito próxima a Ruth Laranja, que era da ADEP. Eu estava sempre com ela, ajudando. Ela trabalhava de-mais, era assessora do presidente, na época, o Leopoldo Portela. Ela entrou com ele e saiu com o Glauco. Quando saiu, inclusive me indicou, mas eu não quis ficar. Havia acabado de me apo-sentar, não queria ficar presa naquele momento. Mas foi só depois que me aposentei que comecei a frequentar mais. Antes, não tinha tempo.

qual é a sua opinião sobre a aDep, atualmente?

Eu vejo a evolução. Sempre vi a ADEP muito atuante e evoluindo, mas hoje eu a vejo muito mais forte, cobrando muito mais da Defensoria.

a senhora diria que há maior autonomia?...

Sim, com mais autonomia. Não que os outros fossem ruins. Todos que passaram pela ADEP deram enorme contribuição, mas eles não ti-nha condições de fazer mais. A ADEP foi evoluindo, conseguiu se instalar em espaço próprio, e sempre com essa motivação de ajudar a Defenso-

ria e o defensor que precisavam de uma associação boa que os represen-tasse; afinal toda classe necessita de uma representação.

e a Defensoria hoje?Eu vejo a Defensoria também

evoluindo. Esses jovens todos che-gando e eu acho bonito, sabe, eles chegam com vontade de trabalhar e sabem muito, fazem o trabalho direitinho, acabaram de sair da faculdade,com muito idealismo. Também percebo que esses meninos estão aproveitando muito do que fizemos. A Defensoria não tinha suporte, não tinha estrutura, como sempre dizemos, e nós seguramos, demos nossa contribuição.

Na convenção da ADEP, de 29 de junho, quando se discutia uma série de assuntos relativos à Lei Comple-mentar 65/2003, ocasião em que a Dra. Therezinha defendia a redução de classes, a senhora foi a única apo-sentada a comparecer. Qual foi a sua impressão sobre o evento?

A Therezinha defendeu com muita garra uma questão que é do interesse de todos os colegas. Essa ampliação de classe prejudicou muita gente. A Therezinha expôs muito bem. Quem não entendeu foi porque não quis entender mesmo. Ela de-fendeu que voltemos às três classes: Primeira, Segunda e Classe Especial.

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foi-se o tempo, felizmente, em que aposentadoria parecia ser sinônimo

de “fim da linha”. Hoje, com a expectativa de vida cada vez mais longa, a consciên-cia de que é possível viver bem e ser feliz, na terceira idade, o aposentado descobre prazeres que, até recentemente, poucos se permitiam. Viajar, por exemplo, é uma das maravilhosas conquistas destes tempos.

Depois do lançamento , pelo Ministé-rio do Turismo, do programa Viaja Mais Melhor Idade, uma iniciativa cujo objetivo é facilitar e estimular os brasileiros com 60 anos ou mais a viajar pelo País, as agências de turismo perceberam a importância des-se novo nicho de mercado e vêm se empe-nhando em criar pacotes atrativos para esse público.

Quer coisa melhor do que curtir a apo-sentadoria conhecendo o mundo? Então, que tal programar bem a viagem e ver tudo

com calma? Há muitas opções de destinos turísticos para todos os gostos e bolsos.

Começando pelo Brasil, nossa primeira sugestão seria Águas de Lindoia, no in-terior de São Paulo. Essa região recebe o ano inteiro centenas de turistas da tercei-ra idade. O segredo? É um dos locais com os melhores balneários e águas termais do Brasil. Além disso, os visitantes destacam o ar da cidade, sempre muito puro.

Outro destino muito apreciado é Caldas Novas em Goiás. Ali, as águas termais são também o grande atrativo. Outra vanta-gem: a cidade conta com o maior comple-xo hoteleiro de todo o Centro-Oeste brasi-leiro. Dizem que as águas de Caldas Novas possuem propriedades terapêuticas.

Para quem gosta de praia e calor, a dica é ir para o Nordeste brasileiro. Fortaleza, no Ceará, ou quem sabe Rio Grande do Norte, Alagoas com as belas praias de Maceió. O

Nordeste tem várias opções de passeios e atrações naturais.

Quem pretende viajar além das fronteiras da América do Sul pode planejar um rotei-ro para Portugal, oportunidade ímpar de mergulhar no tempo, através de construções e monumentos. Em todo o país respira-se, além de história, muita religiosidade.

Mas, para o turista que quer mudar li-teralmente sua rotina, uma boa sugestão é embarcar num Cruzeiro. Esse tipo de turis-mo vem atraindo enormemente o turista da Maior Idade, tanto pelo conforto e co-modidade, quanto pela oportunidade de divertir-se e fazer novas amizades.

Ao decidir-se por uma viagem, experimente conversar com o pessoal da St Maarten Viagens e Turismo. A empresa, nova conveniada da ADEP-MG, pode ajudar você a montar o pacote de seus sonhos. Decidiu? Então faça as malas e... boa viagem!

tUrisMOFaça as malas

e... boa viagem!

PORTUGAL

CALDAS NOVASFORTALEZA

ÁGUAS DE LINDóIA