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Dicas Exercícios Enem Planos de aula Downloads Fotos Videos Mapas Infográficos Imprimir essa postagem Sociologia COMUNIDADE, SOCIEDADE, CIDADANIA COMUNIDADE, SOCIEDADE, CIDADANIA Muitos cientistas sociais consideram comunidades apenas determinados agrupamentos humanos de base territorial limitada e nos quais predominam relações pessoais de parentesco ou de vizinhança. COMUNIDADE Para identificar, descrever e analisar uma comunidade é preciso estar diante de grupos sociais unidos por laços afetivos. A proximidade física entre as pessoas, que a vida em pequenas comunidades proporciona, permite vínculos mais afetivos entre elas e, portanto, um maior sentimento de solidariedade. CARACTERÍSTICAS DA COMUNIDADE o NITIDEZ – É o limite territorial claro da comunidade, ou seja, onde ela começa e onde ela acaba. o PEQUENEZ – A comunidade é, em si a unidade de observação pessoal ou, então, sendo um pouco maior, porém homogênea, proporciona uma unidade de observação pessoal plenamente representativa do todo. o HOMOGENEIDADE – As atividades e o estado de espírito são muito semelhantes para todas as pessoas de sexo e idade correspondentes; o curso de uma geração é semelhante ao da precedente. o AUTOSUFICIÊNCIA – É o que proporciona todas ou a maioria das atividades que atendem às necessidades de seus membros. Ao mesmo tempo, a pequena comunidade cultiva uma forma de vida que acompanha seus membros do berço ao túmulo. A INTERNET E AS COMUNIDADES VIRTUAIS Nas grandes cidades de todo o mundo assistese hoje à formação de micro grupos, de tribos urbanas como os punks, os surfistas, os rappers, as gangues de periferia cujos membros não têm outro objetivo senão o de estarem juntos. Ao lado deles surgem também grupos (comunidades virtuais) formados pelo contato virtual proporcionado por redes de computadores como a Internet. Nessas novas “comunidades virtuais” ocorre a inversão do processo de formação dos laços de afinidade social, cuja comunicação é eletrônica. A presença física deixa de ser uma das precondições para a realização do contato. As tribos eletrônicas, que se formaram no coração do ciberespaço, são expoentes da era tecnológica, que está promovendo o casamento entre a informática e as novas formas de sociabilidade pósmodernas. A cibercultura é um fenômeno recente, em expansão continua, e como tal, sem regras e limites ainda definidos, funcionando basicamente a partir de uma comunicação espontânea, sem que se saiba quem é e onde está o outro. O QUE MANTÉM AS COMUNIDADES À medida que a industrialização e a urbanização avançam, as comunidades tradicionais ainda se mantinham unidas, mais por uma necessidade imposta socialmente do que por aquilo que seus integrantes tinham em comum, e com o tempo foram perdendo o poder de integração. É o que acontece com a família, que não está em franca decadência. Mesmo com um grande número de casamentos que tem terminado em divórcio, principalmente nos grandes centros urbanos. Nas obras de literatura do séc. XIX vemos exemplos de famílias desfeitas, mas que permaneciam unidas mantendo as aparências imposta pela sociedade, apenas para representar um papel social. No início do séc. XX, vemos cenas comuns de pai que expulsa de casa a filha que dava a luz um filho ilegítimo, sobrava a ela poucas opções sociais, além de doar a criança, se prostituir e o suicídio. Hoje, a ligação familiar é uma associação voluntária, afetiva e de respeito mútuo e não se dá mais por uma imposição social. Entretanto, a mobilidade geográfica e ocupacional de hoje, de forma geral, retira as pessoas do lugar e da classe social a quem pertencem, ou da cultura em que nasceram, em que estiveram presentes seus pais, irmãos e outros familiares. Atua, assim, no sentido de desagregar a unidade familiar. Ocorrendo assim, o desaparecimento gradativo das formas de comunicação tradicionais e de um modo de vida comunitário que obriga as pessoas a criar novas formas de relacionamento, novas associações, um outro tipo de organização pessoal. SOCIEDADE Os sociólogos fazem a distinção entre sociedade (seria uma associação humana caracterizada por relações baseadas em convenções e não laços afetivos) e comunidade. Para o sociólogo alemão Ferdinand Tönnies (18551936), enquanto a comunidade está ligada internamente por uma vontade coletiva natural, na sociedade predomina a vontade artificial, deliberativa, proposital. TIPOS DE SOCIEDADE: o COMUNITÁRIA É tipicamente pequena, com divisão simples do trabalho; As relações sociais são duradouras, Os contatos sociais predominantes são os primários, Compartilham as experiências individuais, O comportamento é largamente regulado pelos costumes, Há pouca necessidade de Lei formal (fazse pela tradição). o SOCIETÁRIA: 0 mais Próximo blog» C

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  • 24/05/2015 HistriaAtiva.blog:SociologiaCOMUNIDADE,SOCIEDADE,CIDADANIA

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    Dicas Exerccios Enem Planosdeaula Downloads Fotos Videos Mapas Infogrficos

    ImprimiressapostagemSociologiaCOMUNIDADE,SOCIEDADE,CIDADANIA

    COMUNIDADE,SOCIEDADE,CIDADANIA

    Muitoscientistassociaisconsideramcomunidadesapenasdeterminadosagrupamentoshumanosde base territorial limitada e nos quais predominam relaes pessoais de parentesco ou devizinhana.

    COMUNIDADEPara identificar, descrever e analisar uma comunidade preciso estar diante de grupos sociaisunidos por laos afetivos. A proximidade fsica entre as pessoas, que a vida em pequenascomunidadesproporciona,permitevnculosmaisafetivosentreelase,portanto,ummaiorsentimentodesolidariedade.CARACTERSTICASDACOMUNIDADEo NITIDEZ o limite territorial claro da comunidade, ou seja, onde ela comea e onde ela

    acaba.oPEQUENEZAcomunidade,emsiaunidadedeobservaopessoalou,ento,sendoum

    pouco maior, porm homognea, proporciona uma unidade de observao pessoalplenamenterepresentativadotodo.

    oHOMOGENEIDADEAsatividadeseoestadodeespritosomuitosemelhantesparatodasaspessoasdesexoe idadecorrespondentesocursodeumageraosemelhanteaodaprecedente.

    oAUTOSUFICINCIAoqueproporcionatodasouamaioriadasatividadesqueatendemsnecessidadesdeseusmembros.

    Ao mesmo tempo, a pequena comunidade cultiva uma forma de vida que acompanha seusmembrosdoberoaotmulo.AINTERNETEASCOMUNIDADESVIRTUAISNas grandes cidades de todo o mundo assistese hoje formao de micro grupos, de tribosurbanascomoospunks,ossurfistas,osrappers,asganguesdeperiferiacujosmembrosnotmoutroobjetivosenoodeestaremjuntos.Ao lado deles surgem tambm grupos (comunidades virtuais) formados pelo contato virtualproporcionadoporredesdecomputadorescomoaInternet.Nessasnovascomunidadesvirtuaisocorre a inverso do processo de formao dos laos de afinidade social, cuja comunicao eletrnica.Apresenafsicadeixadeserumadasprecondiesparaarealizaodocontato.As tribos eletrnicas, que se formaram no corao do ciberespao, so expoentes da eratecnolgica, que est promovendo o casamento entre a informtica e as novas formas desociabilidade psmodernas. A cibercultura um fenmeno recente, em expanso continua, ecomo tal, sem regras e limites ainda definidos, funcionando basicamente a partir de umacomunicaoespontnea,semquesesaibaquemeondeestooutro.OQUEMANTMASCOMUNIDADESmedidaquea industrializaoeaurbanizaoavanam,ascomunidadestradicionaisaindasemantinhamunidas,mais por umanecessidade imposta socialmente do que por aquilo que seusintegrantestinhamemcomum,ecomotempoforamperdendoopoderdeintegrao. o que acontece com a famlia, que no est em franca decadncia.Mesmo com um grandenmero de casamentos que tem terminado em divrcio, principalmente nos grandes centrosurbanos. Nas obras de literatura do sc. XIX vemos exemplos de famlias desfeitas, mas quepermaneciam unidasmantendo as aparncias imposta pela sociedade, apenas para representarumpapelsocial.No inciodosc.XX,vemoscenascomunsdepaiqueexpulsadecasaafilhaquedavaaluzumfilhoilegtimo,sobravaaelapoucasopessociais,almdedoaracriana,seprostituireosuicdio.Hoje,a ligao familiarumaassociaovoluntria,afetivaede respeitomtuoenosedmaisporumaimposiosocial.Entretanto, amobilidade geogrfica e ocupacional de hoje, de forma geral, retira as pessoas dolugareda classesocial aquempertencem,ouda culturaemquenasceram,emqueestiverampresentesseuspais,irmoseoutrosfamiliares.Atua,assim,nosentidodedesagregaraunidadefamiliar.Ocorrendoassim,odesaparecimentogradativodasformasdecomunicaotradicionaisedeummododevidacomunitrioqueobrigaaspessoasacriarnovasformasderelacionamento,novasassociaes,umoutrotipodeorganizaopessoal.

    SOCIEDADEOssocilogosfazemadistinoentresociedade(seriaumaassociaohumanacaracterizadaporrelaesbaseadasemconvenesenolaosafetivos)ecomunidade.Para o socilogo alemo Ferdinand Tnnies (18551936), enquanto a comunidade est ligadainternamente por uma vontade coletiva natural, na sociedade predomina a vontade artificial,deliberativa,proposital.TIPOSDESOCIEDADE:oCOMUNITRIA

    tipicamentepequena,comdivisosimplesdotrabalhoAsrelaessociaissoduradouras,Oscontatossociaispredominantessoosprimrios,Compartilhamasexperinciasindividuais,Ocomportamentolargamentereguladopeloscostumes,HpoucanecessidadedeLeiformal(fazsepelatradio).

    oSOCIETRIA:

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    Acentuadadivisodotrabalho,Proliferaodepapeis,Estruturacomplexa,Divergnciadecrenas,costumesevalores,Frouxamentearticulada,Dificuldadedeconsenso.

    SOCIEDADESOCIETRIAAs grandes metrpoles contemporneas caracteriza pela acentuada diviso do trabalho e pelaproliferao de papis sociais. As relaes sociais tendem a ser transitrias, superficiais eimpessoais. Os indivduos associamse uns aos outros em funo de determinados propsitoslimitados.Avidaperdeacoesounitriaquemantinhaestvelaantigacomunidade.O trabalhoficadistanciadoda famliaedo lazer.A religio tendeacontinuarseadeterminadasocasieselugares, em vez de fazer parte do convvio cotidiano das pessoas. Nessa estrutura social, afamliadeixadeserocentrodeuniodogrupo.Nasociedadesocietria,os interessescomunsmuitasvezesentramemconflito,eperdeseemgrande parte a fora de tradio. A relativa uniformidade de pensamentos da comunidade substituda por uma enorme variedade de interesses e idias divergentes. So relativamentepoucas as crenas, os valores e padres de comportamentos universalmente aceitos. Aintegrao frouxaeograudeconsenso tendeadiminuire issopodeprovocaruma freqnciamaiordesituaesdeconflito.UMATRADIODOLOROSAA distino entre comunidade (sociedade comunitria) e sociedade societria proporcionainstrumentosparaainterpretaodesociedadecontempornea.Comoavanodaindustrializaoe da globalizao, as sociedades comunitrias tendem a se transformar rapidamente emsociedades societrias. Manifestaes desse processo so o crescimento sistemtico dascidades, o declnio da importncia da famlia, a ampliao do poder da burocracia, oenfraquecimento das tradies e a diminuio do papel da religio na vida cotidiana (Uma dasreaes a essa diminuio o crescimento de certas igrejas, comoa evanglica, nas quais oscrentesdesenvolvemaspectosimportantesdevidacomunitria).Essasmudanasconduzem,deumlado,aoconflito,instabilidadeeastensespsicolgicasdeoutro, liberao dos sistemas de controle e de coero, e as novas oportunidades para odesenvolvimentohumano.ACULTURADOINDIVIDUALISMOA Sociologia contempornea atualizou certos conceitos de comunidade e sociedade, de acordocomasnovas relaessociaisquevmseestabelecendoentreos indivduos.Umnovo tipodevida, que se baseia em relaes sociais acentuadamente indiretas, so os chamados singles(pessoasquepreferemviversozinhas).No Brasil, h quase 4 milhes de pessoas que vivem sozinhas em seus domiclios. Asexplicaessorazesdemogrficas,econmicasouparticulares:aspessoassecasammenosecom mais idade (o nmero de solteiros cada vez maior), o grupo dos descasados tambmaumenta (cercade150milpessoassedivorciamanualmentenoBrasil),oscasais tendema termenosfilhosdoqueantigamente,comumque,naseparao,cadaumarrumeseuprpriocanto,e h tambm o aumento de expectativa de vida do brasileiro (o nmero de idosos tambmaumenta).Soexigentes,tmestiloprprioecolecionammanias:atribodossinglesnoparadecrescer. Essa tendncia mundial. Nos Estados Unidos h 26milhes de adultos quemoramsozinhosporopo.UMAINTERPRETAOSOCIOLGICADATENDNCIASINGLEOssinglessosistemticose individualistas.Algunsestudiososacreditamqueo individualismolevapercepodequedesvantajosoestarcomoutrapessoa.Ossinglesconfessamumacertaintolerncia para com o outro, prevalecendo o egosmo. A dificuldade de estabelecer relaesduradouras e o fortalecimento do individualismo podero gerar alguns dos principais problemassociaisnum futuroprximo.Elessocadavezmaisnumerososnasgrandesmetrpolesdoqueno campo (onde os estmulos para uma vida comunitria e solidria somais fortes): um terodeles vive em cidades commais de 1 milho de habitantes. Ao mesmo tempo, sua formaoeducacionalestacimadamdia:sogeralmentebemsucedidosnacarreiraprofissional,ganhambememoram,demodogeral,emcasasconfortveis.

    INDAGAES,MUDANASEDESAFIOSComoserasociedadenofuturo?Qualserabasedoconsensoedaestabilidadenasociedadepsindustrial urbana? Ser necessrio, para resolver nossos problemas econmicos e sociais,retomarosvalorestradicionaiseosmodosmaisantigosdeorganizao?Seroasformassociaisalternativas (como a dos singles) apropriadas a uma sociedade complexa como a nossa, comvaloresmuitasvezesconflitantes,comoodaliberdade,daoportunidadeedaindividualidade?Serpossvelconciliar,dealgumaforma,osdiferentese,muitasvezes,conflitantestiposdevidaqueseestabelecemnocentroenosbairrosdasgrandesmetrpoleseemsuasperiferias?Emboraasmetrpolescontribuamparaosurgimentodenovosestilosdevida,asmudanasnosomuitofreqentesnosbairrospobresdaperiferia,ondeocdigomoralsebaseia,emgeral,naajuda mtua e podemse encontrar relaes intensas de vizinhana, nas quais os indivduosestabeleam contatos sociais diretos, com aes de solidariedade. Mesmo numa sociedadeigualitria,preservamsecertosvalores,avidagiraemtornodafamlia,do localdemoradia,dasrelaesdevizinhana.Ovizinhopassaaserquaseummembrodafamlia,umcompanheironashorasdeapuro.Entretanto,avelocidadecomqueestosedandoasmudanasnasociedadesocietriatraznovosdesafios:oassustadoraumentodacriminalidadeeasdificuldadesparacombatla.Embora,emalguns lugaresa solidariedadecontinue forteemalguns lugaresdaperiferia, elaperdesua foranas grandes cidades antigas instituies sociais sofrem duros golpes em sua credibilidade elegitimidade. Tudo favorece o comportamento individualista que se manifesta inclusive nodesenvolvimentodeestratgiasdeestratgiasdeautodefesapessoaloudeprocurarfazerjustiapelasprpriasmos.Mesmoalgumasrelaesdevizinhana,ondepersistemasmanifestaesde vida comunitria, podero no sobreviver ao individualismo crescente, que tende a seuniversalizar.Comseuestimuloaoconsumoecompetiodesenfreada,aeconomiacapitalista,dinmicaetecnologicamente inovadora, colabora para reforar a cultura do individualismo e o isolamentofavoreceaformaodeumasociedadeegocntrica,comumafrgilconexoentreseusmembros,naqualaspessoasbuscamsatisfazerapenassuasnecessidadese impulsos.Numasociedadedessetipo,asatisfaoindividualestacimadequalquerobrigaocomunitria.

    CIDADANIAA sociedade contempornea tem algumas caractersticas que atuam no sentido de desagregarvalores cultivados no s nas antigas comunidades (solidariedade, vida familiar, igualdade deoportunidade,participaopolticaetc.),mastambmnaprpriasociedadesocietriaatmeadosdosculoXX.

  • 24/05/2015 HistriaAtiva.blog:SociologiaCOMUNIDADE,SOCIEDADE,CIDADANIA

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    Mas,nointeriordaprpriasociedadesocietriamodernaexistemforasqueseopemfortementea essas tendncias desagregadoras. Isso acontece porque todas as sociedades psindustriaisso sociedades democrticas, que se caracterizam pelo respeito aos direitos humanos, peloimprio da lei (todos so iguais perante a lei e ningum est acima dela), pela pluralidade departidospolticos,pelovotolivreeuniversalepelaalternncianopoder.Umdosfundamentosdoregimedemocrticooconceitodecidadania,paraosocilogoHerbertdeSouza (Betinho), cidado um indivduo que tem conscincia de seus direitos e deveres eparticipa ativamente de todas as questes da sociedade. Tudo o que acontece no mundo,acontece comigo. Ento eu preciso participar das decises que interferem na minha vida. Umcidadocomumsentimentoticoforteeconscientedacidadanianodeixapassarnada,noabremodessepoderdeparticipao(...).A idiadecidadaniaativaseralgumquecobra,propeepressionao tempo todo.Ocidadoprecisa terconscinciadeseupoder.Acidadaniaestdiretamente ligadaaosdireitoshumanos,uma longa e penosa conquista da humanidade que teve seu reconhecimento formal com aDeclarao Universal dos Direitos Humanos, aprovada em 1948 pela Organizao da NaesUnidas (ONU) . na poca marcada pela vitoria das naes democrticas contra o nazismoduranteaSegundaGuerraMundial (19391945),elaabriaaperspectivadeumnovomundo,emquehaveriapaz,liberdadeeprosperidade:umaesperanaqueacabounoserealizando.DIREITOSHUMANOSECIDADANIAOs princpios da Declarao Universal dos Direitos Humanos, compare com a realidade dacidadania,talcomoelavemsendopraticadanomundoemgeralenoBrasil,emparticular:

    Todosossereshumanosnascemlivreseiguaisemdignidadeedireitos.

    Ningumserarbitrariamentepreso,detidoouexilado.

    Todoserhumanoquetrabalhatemdireitoaumaremuneraojusta.

    Todoserhumanotemdireitoalimentao,vesturio,habitaoecuidadosmdicos.

    Todoserhumanotemdireitovida,liberdadeeseguranapessoal.

    Todaserhumanotemdireitoaotrabalhoelivreescolhadeemprego.

    Todapessoatemdireitoseguranasocial.

    Todapessoatemdireitoatomarpartenogovernodeseupas.

    Todapessoatemdireitoaumaordemsocialemqueseusdireitose liberdadepossamserplenamenterealizados.

    Todoindividuotemodireitodeserreconhecidocomopessoaperantealei.

    Todoserhumanotemdireitoinstruo.

    Atualmenteaessncianica:significadoodireitodevivercomdignidadeeemliberdade.OSDIREITOSDASCRIANASUmadeclarao,comdezitensaprovadospelaAssembliaGeraldasNaesUnidasem1950.1.Direitoigualdade,semdistinoderaareligioounacionalidade.2.Direitoaproteoespecialparaseudesenvolvimentofsico,mentalesocial.3.Direitoaumnomeeaumanacionalidade4.Direitoalimentao,moradiaeassistnciamdicaadequadasparaacrianaeame.5.Direitoeducaoeacuidadosespeciaisparaacrianafsicaoumentalmentedeficiente.6.Direitoaoamorecompreensoporpartedospaisedasociedade.7.Direitoeducaogratuitaeaolazer8.Direitoasersocorridaemprimeirolugar,emcasodecatstrofe.9.Direitodeserprotegidacontraoabandonoeaexploraonotrabalho.10. Direito a crescer dentro deumesprito de solidariedade, compreenso, amizadee justia

    entreospovos.As condies de vida das crianas podem indicar o nvel de desenvolvimento de um pas epermitem fazer projees de como ser sua situao no futuro: por trs de cada crianaabandonada existe pelo menos um adulto abandonado essa criana que hoje vive nas ruasprovavelmente ira gerar, quando adulta, outras crianas abandonadas. Ao aceitar passivamenteenormes contingentes de crianas de rua, a sociedade esta negando a essas pessoas ascondiesbsicasdevidaemostrandoaoladomaiscrueldaausnciadecidadania.Outroindicadordograudecidadaniadeumanaootratamentoquesedaosidosos.Crianaseidosossoosdoisextremosfrgeisdeumasociedade.Todasociedadequenorespeitasuascrianaseseus idosos incapazdeatenderaosprincpiosmnimosdosdireitoshumanosedacidadania.Nascimento e transformaes do conceito de cidadania_ No comeo da Idade Moderna, oconceitodecidadaniaestavaassociadoaoburgus,noaoconjuntodasociedade.Haviaumaseparaoentreohomemurbanoeohomemrural,referiasesomenteaoshabitantesdacidade.AGrciaAntigaeraformadaporcidadesestadosautnomas,conhecidascomoplis.Emalgumasdelas vigorava a democracia direta, regime poltico no qual os cidados, chamados de politai,participavam das decises do governo da cidade pormeio de assemblias. Entretanto, nem osescravosnemosestrangeiroseramconsideradoscidados.Comaquedado ImprioRomano,em476,desapareceuoconceitodacidadanianaEuropa.NaIdadeMdia,nohaviacidados.Ossenhoresfeudaistinhamservosdagleba,ascidadestinhamburgueses,aIgrejacomunganteseoreivassalosesditos.ComaRevoluoAmericana(1776)eaFrancesa(1789),oconceitodecidadaniavoltouaocuparum lugarcentralnavidapoltica.Ento,ampliouseeaprofundousecadavezmais,ateagregartodososindivduosdassociedadesdemocrticasmodernas.Como termo poltico, cidadania significa exerccio de direitos, compromisso ativo, participaopoltica,responsabilidade,participardavidanacomunidade,nasociedade,nopas.Os graves problemas polticos, raciais, tnicos, de desemprego e de excluso social somentepoderosersuperadoscomoplenoexercciodacidadania.ASPECTOSJURDICOS,SOCIOLGICOSETICOSDACIDADANIAcidadaniaafirmao jornalistaeescritorGilbertoDimensteinodireitodese teruma idiaepoderexpressla.podervotaremquemquisersemconstrangimento.processarummedicoquecometaumerro.devolverumprodutoestragadoereceberodinheirodevolta.odireitodesernegrosemserdiscriminado,depraticarumareligiosemserperseguido.H detalhes que parecem insignificantes, mas revelam estgios de cidadania: respeitar o sinal

  • 24/05/2015 HistriaAtiva.blog:SociologiaCOMUNIDADE,SOCIEDADE,CIDADANIA

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    PostadoporRobertoAlves

    vermelho no trnsito, no jogar papel na rua, no destruir telefones pblicos. Por trs dessecomportamentoestaorespeitocoisapublica.Umadasprincipaisfincesdoestado,hoje,produzirbenseserviossociaiscomoeducao,sade,previdnciasocialparaseremdistribudosgratuitamenteaosmembrosdasociedade.Sobenseserviosquenopodemserindividualizados. previsto em lei que o bem pblico, sendo bem de todos, no pode pertencer a algum gruposocialespecificoouaumaentidadeparticular.Ningumpodeseutilizardebenspblicosparafinsparticularesequemofazestacometendoumcrimecontraasociedade,devendosercondenadopelaJustia.A sociedade contempornea, constituda em torno da informao, deve proporcionar em maiorquantidadeoquemaissedevevalorizarnumademocracia:igualdadeeliberdade.Apolticadaigualdadeincorporaaigualdadeformal,segundoaqualtodossoiguaisperantealei,uma conquista do perodo de constituio dos Estados modernos. Seu ponto de partida oreconhecimentodosdireitoshumanoseoexercciodosdireitosedeveresdacidadania.Apolticadaigualdadeseexpressanabuscadaequidade.Estadeve:

    Promover a igualdade entre desiguais, por meio da educao, da sade pblica, damoradia,doemprego,domeioambientesaudveledeoutrosbenefciossociais

    Combatertodasasformasdepreconceitoediscriminao,sejapormotivoderaa,sexo,religio,cultura,condioeconmica,aparnciaoucondiofsica.

    Adistinoentrepublicoeprivadoumdosvaloresmaisimportantesdademocracia.Almdeilegalantiticoeilegtimolegislaremcausaprpria,praticarabusodepoderouutilizarrecursospblicosparafavorecerinteressesparticulares.NoBrasilasmudanasnaeconomiaenasociedade tmbeneficiadomaisosgrupossociaisque jeramprivilegiadosdoqueascamadasmaispobresdapopulao.ENTREOESTADOEASOCIEDADECIVILA prpria cidadania se v hoje ameaada pelo crescimento das desigualdades sociais,especialmentenospasespobreseemergentes.Emtodasociedadedemocrticaexistemduasesferasdevidaquearticulamasrelaespolticase sociais.Umadelasaesferapublica, naqual se localizamoEstado comseus trspoderes(Executivo,LegislativoeJudicirio)eoutrasinstituiespolticas.Aoutraaesferaprivada,lugardas atividades econmicas, dos interesses particulares, das empresas, do mercado, da vidafamiliaredasrelaessociais.Entreessasduasesferasestoaopiniopublicaeasociedadecivil.Asociedadecivilformadapelasorganizaesprivadassemfinslucrativosqueseestabelecemforadomercadodetrabalhoedogoverno,masquetmimportantepresenanavidapoltica.Exemplos de organizaes que participam da sociedade civil em nosso pais so a Ordem dosAdvogadosdoBrasil (OAB),aAssociaoBrasileirade Imprensa (ABI),aConfernciaNacionaldosBisposdoBrasil (CNBB),asdiferentes Igrejasorganizadas,ossindicatos,asOrganizaesNoGovernamentais(ONGs),aUnioNacionaldosEstudantes(UNE)etc.AsONGscompemoncleodoquesepoderiachamarde terceiraesfera, intermediariaentreoEstado (esfera pblica) e a sociedade (esfera privada). um setor social autnomo. Formadopelasorganizaescomunitriasautnomas,formadopelasorganizaescomunitriasautnomasvoltadasparaasoluodosgrandesproblemassociais.Atuaemreasquenormalmentedeveriamseratendidaspelasautoridadesconstitudas.As Organizaes NoGovernamentais (nacionais e internacionais), dedicandose a questescomoecologia,pazealfabetizao,entreoutras.Elasdesenvolvemaesdesolidariedadequese contrapem ao individualismo crescente e incapacidade do Estado de prestar serviosessenciaispopulao.MINORIASOprocessodeglobalizaoempromovendoemtodoomundoamassificao,ahomogeneizaoeapadronizaoculturalaoretratarummundo.Diversosgrupossociaisminoritriosasminoriastnicas, religiosas, sexuais, polticase regionais buscamseuespao social e geogrfico, suaidentidadesocialecultural.Reivindicam direitos e contestam normas sociais por se sentirem excludos, os gruposminoritrios, polticos, tnicos, raciais e sexuais, que vem dando um novo sentido noo decidadania.Aexclusosocialtendeadarorigemadiferentesgruposdeexcludosentreasminorias.Umexemplodissoa lutadoshomossexuaispela legalizaodocasamentoentrepessoasdomesmo sexo da mesma forma, os semterra ocupam latifndios improdutivos reivindicandoreforma agrria os semteto invadem loteamentos ou reas urbanas para obter uma habitaodignagrupos feministasexigem igualdadedecondiesde trabalhoedesalrioemrelaoaoshomenspovosindgenasreivindicamademarcaodesuasterras.PODEAMAIORIASERMINORIA?Asituaodeexclusodemuitasminoriasgeralmenteseoriginadaavaliaonegativaquegruposdominantesdamaioriafazemdelas,dasuadiscriminaoesegregao.Pode acontecer de uma minoria ser formada pela maior parte da populao. So as minoriasmajoritrias que ocupam na estrutura de poder uma posio de subordinao diante de umaminoriaautoritriaepoderosa.Osescravosdequalquerpocaelugarsoexemplosdeminoriasmajoritriasdiantedegovernosescravistasque formavamogrupominoritrionessessistemas.OutroexemplooapartheiddafricadoSulemquemaiorianegrafoisubjugadapelaminoriabranca.

    Democracia representativa e democracia participativa_ Em certos casos, a capacidade demobilizaopolticadealgumasminoriastemlevadoosespecialistasaponderarsobreasnoesdedemocracia representativa que sebaseia namaioria emcontraste comanovanoodedemocracia participativa na qual asminorias excludas tm uma participao social e polticamaisefetivanasociedade.

    Podertambmgostarde:BreveresumoBrasilColniaSociologiaCulturaeideologiaDesigualdadessociaisRegionalizaopelonveldedesenvolvimento

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  • 24/05/2015 HistriaAtiva.blog:SociologiaCOMUNIDADE,SOCIEDADE,CIDADANIA

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    Adorolerseuscomentrios,somuitobemvindos.Vamosatentarparaaelegnciadonossodiscursso:

    NoseropublicadoscomentrioscomapelidosgrosseiroscomentriosescritostodoemMAISCULAScomentrioscomofensaspessoaiscomentrioscompropagandasespam.Vamosescreversemagrediralnguaptriaesemofenderosoutros,aquiespaoparaadiscussodeidias.Obrigado!RobertoAlves

    3comentrios:

    ManuelFreitas 11dedezembrode201016:47

    Aps a leitura do texto em apreo, como qual estou plenamente de acordo e aproveitopara dar os parabns ao autor, mas h um seno nas atitudes de muitos autarcas epolticosdaprimeiralinha,queemPortugalpoucotemsidofeitoparaoesclarecimentodopovo do interior, que pela sua pouca instruo acadmica tem muita dificuldade ementendermuitos assuntos, advindo dai muitas vezes alguns conflitos, que doutra formaseriam evitados. Mas a maior parte das Democracias na Europa esto longe de seremverdadeira e concretas, dai os seusmaus efeitos na rea da cidadania, actualmente ospolticoseuropeusdeDemocratasstemonome.20101211ManuelFreitas

    Responder

    Annimo 26deoutubrode201112:25

    MeucomentrioparaagradeceraoautordotextopoismeajudounotrabalhoescolarvoutorcerparatirarumDEZ.MuitoObrigadoSaraAparecida@@)

    Responder

    Rose 15deabrilde201318:14

    Adoreiotextomefezentendermuitomaisparabns.

    Responder

    Arteprhistrica

  • 24/05/2015 HistriaAtiva.blog:SociologiaCOMUNIDADE,SOCIEDADE,CIDADANIA

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    ArtePrhistrica:umcompndio.

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