jornal opinião 07 de dezembro de 2012

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CASSAÇÃO DO EXECUTIVO Liminar do Tribunal de Justiça suspende Comissão Processante Página 11 Necessidade de se enquadrar na Lei de Cotas, faz com que empresas de Encantado e região intensifiquem a procura por esse tipo de mão de obra para integrar o quadro de funcionários. Porém, setor de Recursos Humanos aponta dificuldade em encontrar interessados. Páginas 6, 7 e 8 DOUTOR RICARDO Prefeito eleito pede paz após decisão da Justiça Página 10 ESPORTE Gaúcho de Paraglider reúne 40 pilotos Página 17 HÁ VAGAS DE SOBRA PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA EMPREGO OLIMPÍADAS ESCOLARES Fernanda é Ouro Encantadense superou a número 1 do ranking brasileiro na modalidade ciclismo contra-relógio. Competição aconteceu em Cuiabá, no Mato Grosso. Página 15 CRIME ELEITORAL Vereador eleito de Doutor Ricardo é denunciado pelo MP Página 5 Decoração já ilumina o centro da cidade Página 9 NATAL MAIS ENCANTADO Caroline Rodrigues Juremir Versetti/Jornal Antena PRÊMIO Dália Alimentos conquista o Folha Verde Página 12 Diogo Daroit Fedrizzi

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Veículo do Grupo Encantado de Comunicação, da cidade de Encantado/RS

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CASSAÇÃO DO EXECUTIVOLiminar do Tribunal de Justiça suspende

Comissão ProcessantePágina 11

Necessidade de se enquadrar na Lei de Cotas, faz com que empresas de Encantado e região

intensifiquem a procura por esse tipo de mão de obra para integrar o quadro de funcionários.

Porém, setor de Recursos Humanos aponta dificuldade em encontrar interessados. Páginas 6, 7 e 8

DOUTOR RICARDOPrefeito eleito pede paz após decisão da JustiçaPágina 10

ESPORTEGaúcho de Paraglider reúne 40 pilotosPágina 17

HÁ VAGAS DE SOBRAPARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

EMPREGO

OLIMPÍADAS ESCOLARES

Fernanda é Ouro

Encantadense superou a número 1 do ranking brasileiro na modalidade ciclismo contra-relógio. Competição aconteceu em Cuiabá, no Mato Grosso.

Página 15CRIME ELEITORALVereador eleito de Doutor Ricardo é

denunciado pelo MPPágina 5

Decoração já ilumina o centro da cidade

Página 9

NATAL MAISENCANTADO

Caroline Rodrigues

Juremir Versetti/Jornal Antena

PRÊMIODália Alimentosconquista o Folha VerdePágina 12

Diogo Daroit Fedrizzi

Maria Cegueta

Um novo espaço nesta coluna, Maria Ce-gueta, que chega para trazer fotos/denúncias e ajudar a resolver os problemas de leitores e habitantes do Vale do Taquari e arredores.

Atenção Meio Ambiente, Promotoria Pública e Autoridades Competentes!

Nesta semana, a foto fala por si só. Na cida-de de Encantado, em um terreno abandonado na Travessa Costi, que liga a RS 129, dos Guin-chos Fávero até a Barra do Costi, foram atira-das carcaças de carne suína, salsichões, carré e ossos. As pessoas que ali moram não merecem ficar com o Lixo do Lixo. Providências já!

O Mário Boa Nova gostaria de estrear na próxima semana, com a notícia de que o assun-to está resolvido.

Fotos com denúncias para a Maria Cegueta e Fotos com elogios e notícias boas para o Mário Boa Nova devem ser encaminhadas para o email: [email protected]. Todas com identificação. O seu nome será preservado, mas não faremos denúncias anônimas.

[email protected]

ESPECIAL 5JORNAL OPINIÃO n 07 de dezembro de 2012

CassaçãoO Ministério Público de Encantado,

através da Promotora Eleitoral Dra. Kari-na Mariotti, ingressou com ação pedindo a cassação do registro de candidatura do vereador eleito pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), de Doutor Ricardo, Neri Bertotti.

· O motivo seria que por mais de uma vez ele esteve na residência da eleitora antes do pleito de outubro e, no dia 06/10, um dia antes, tendo entregue um cheque de R$ 1.600,00 para que os votos da eleito-ra fossem destinados a ele para vereador e A Evandro Eckert para prefeito, e para que a eleitora participasse de uma gravação, na qual deveria afirmar fatos que incriminas-sem os adversários políticos.

· Ainda combinou que deixaria com a eleitora um cheque em branco, para ser pago depois da eleição, em valor que iria variar de acordo com o resultado da elei-ção, R$ 3.000,00, caso ele fosse eleito, e R$

5.000,00 caso vencesse também a eleição o candidato Evandro Eckert.

· O valor em espécie e o cheque em branco foram entregues à eleitora no dia imediatamente anterior à eleição.

· O número do cheque, e o número da conta, como também a própria ordem de pagamento à vista, com a assinatura do candidato e sem o valor, fazem parte do processo.

· O Ministério Público em sua denúncia afirma que realizou um processo investi-gatório e não encontrou registro de furto do mesmo, nem de extravio ou sustação do mesmo.

Segundo informações, se a Justiça Elei-toral cassar o registro de candidatura do vereador eleito, a oposição perderá uma cadeira no Legislativo ricardense. E, se também cassados os seus direitos políti-cos, não poderá mais pedir as inúmeras cópias de documentos que solicitava para encaminhar denúncias nos órgãos compe-tentes.

Comissão Processante é suspensaO Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul concedeu nesta semana liminar deter-

minando que seja suspensa a primeira comissão processante da Câmara de Verea-dores de Encantado. O motivo seria que o Regimento Interno previa que os mem-bros deveriam ser sorteados e os mesmos foram escolhidos por suas bancadas.

O Legislativo recorreu da decisão e o desembargador manteve a liminar, deven-do a Câmara de Vereadores aguardar até o julgamento final do feito. Como a segun-da comissão processante também teve os seus membros nomeados, pode ocorrer a mesma decisão da primeira.

Pergunta: será que a Câmara de Vereadores de Encantado teve dois meses de trabalho por nada? O espaço està à disposição para a resposta.

DetranÉ cada desculpa esfarrapada das pessoas não aprovadas no exame de direção,

e sempre culpando os Centros de Formação e, principalmente, os avaliadores que aplicam o teste de direção. Os exames serão filmados e o candidato não poderá che-gar em casa e simplesmente culpar A, B ou C. O vídeo mostrará se ele está falando a verdade ou não.

UergsNovo curso na Universidade Estadual, campus de Encantado: Ciência e Tecnologia de

Alimentos – Noturno. E por falar em universidade, se a Univates quer realmente deixar o município, seria interessante as autoridades procurarem uma outra instituição para o ensi-no superior na região alta do vale.

6 JORNAL OPINIÃO n 07 de dezembro de 2012 ESPECIAL

Uma das situações que mais tem provoca-do dor de cabeça nos responsáveis pelo setor de Recursos Humanos das empresas é a con-tratação de pessoas com deficiência. Exemplo da dificuldade é refletido na quantidade de anúncios publicados em jornais da região oferecendo vagas para este tipo de mão de obra. A necessidade é o enquadramento na Lei de Cotas 8.213.

O texto em vigor des-de 24 de julho de 1991 aponta que a empresa com 100 ou mais fun-cionários está obrigada a preencher de 2% a 5% dos seus cargos com beneficiários reabili-tados ou pessoas com deficiência na seguinte proporção: até 200 em-pregados (2%), de 201 a 500 (3%), de 501 a 1000 (4%), de 1001 em diante (5%). Quem não cumprir com a determinação, está sujeito a multas, que variam de R$ 1.617,12 a R$ 161.710,08.

1 milhão de empregadosEm recente entrevista

para a Agência Brasil, o secretário Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiên-cia, Antônio José Ferrei-ra, afirmou que um dos desafios da empregabi-lidade para quem possui alguma deficiência é fazer com que os empre-sários acreditem em sua capacidade produtiva.

De acordo com ele, se todas as empresas brasi-leiras cumprissem com a Lei, quase um milhão de deficientes estariam em-pregados. “Hoje nós já te-mos avanços em relação à capacitação destes profis-sionais. O governo federal está disponibilizando 150

mil vagas do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego) para qualifi-cação desse tipo de mão de obra, justamente para que ele possa acessar as vagas que a Lei de Cotas assegura”, comenta Ferreira.

Ele apontou a baixa escolaridade e a falta de qualificação profissional como as principais cau-sas da não contratação de pessoas com deficiên-cia, além da adaptação necessária na estrutura física das organizações, para que os espaços possam ser adequados ao trabalho e ao desloca-mento dos profissionais.

Ferreira salientou ainda que a ideia de que essas pessoas não devem trabalhar, mas receber benefícios, tem de ser su-perada. “Temos de fazer essas pessoas entende-rem que podem entrar no mundo do trabalho, ter autonomia, ser protago-nistas e contribuir para o país. Por que a pessoa com deficiência não pode trabalhar, só ficar em casa recebendo benefício? Essa é a visão que grande parte da sociedade tem.”

A diretora do Depar-tamento de Benefícios Assistenciais da Secreta-ria Nacional de Assistên-cia Social do Ministério do Desenvolvimento Social, Maria José de Freitas, acrescentou que não basta proporcionar a entrada das pessoas com deficiência ao mercado de trabalho, mas é preci-so ampliar as condições de acesso e de perma-nência no emprego. “Não podemos vislumbrar somente o emprego, mas possibilitar que essas pessoas façam parte do mundo social, se sentir um ser útil.”

PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Empresas alegam dificuldade

para cumprir Lei de Cotas

Legislação obriga empresas maiores a ter no quadro de

colaboradores pessoas com deficiência. Departamentos de

Recursos Humanos apontam falta de mão de obra e desinteresse

como empecilhos para preencher a Cota.

O Decreto 3.298/99 trata da Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiên-cia. No texto, aparecem as situa-ções em caracteriza a deficiência.

Art. 4º - É considerada pessoa portadora de deficiência a que se enquadra nas seguintes categorias:

I - deficiência física - altera-ção completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraple-gia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, mem-bros com deformidade congênita ou

adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções;

II - deficiência auditiva - perda bilateral, parcial ou total, de qua-renta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas freqü-ências de 500HZ, 1.000HZ, 2.000Hz e 3.000Hz;

III - deficiência visual - cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; a baixa visão, que significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; os casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60o; ou a

ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores;

IV - deficiência mental – fun-cionamento intelectual significa-tivamente inferior à média, com manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptati-vas, tais como:

a) comunicação;b) cuidado pessoal;c) habilidades sociais; d) utilização dos recursos da

comunidade; e) saúde e segurança;f) habilidades acadêmicas;g) lazer; eh) trabalho; V - deficiência múltipla – associa-

ção de duas ou mais deficiências.

SItuAçõES quE CArACtErIzAM DEFICIÊNCIA

Secretário Antônio José Ferreira é deficiente visual

Reportagem: Diogo Daroit Fedrizzi

Atualmente, existem cerca de 325 mil pessoas com deficiência formalmente empregadas no Brasil. Desse total, cerca de 223 mil foram contratadas beneficiadas pela Lei de Cotas.

A Lei de Cotas determina um percentual para a contratação de pessoas portadoras de deficiências.

De 100 a 200 empregados..................2%De 201 a 500...........................................3%De 501 a 1.000........................................4% De 1.001 em diante...............................5%

A dispensa de trabalhador reabilitado ou de deficiente habilitado ao final de contrato por prazo determinado de mais de 90 (noventa) dias, e a imotivada, no contrato por prazo indeterminado, só poderá ocorrer após a contrata-ção de substituto de condição semelhante.

AS COtAS

Agência EBC

ESPECIAL 7JORNAL OPINIÃO n 07 de dezembro de 2012

A realidade em Encantado

A Dália Alimentos conta com 1673 empregados, número que exige o preenchimento de 5%, o máximo da legislação. A Cota é de 80 portadores de necessida-des especiais, porém, apenas 21 trabalham na empre-sa. Eles ocupam funções nas áreas administrativa e industriais do frigorífico, rações e de leite UHT, e no supermercado.

Conforme a responsável pelo departamento de Recursos Humanos, Sandra Simonis Lucca, a oferta de mão de obra na região é baixa. Uma das estratégias para atrair os profissionais é divulgar as vagas no Sistema Nacional de Emprego (SINE), na Secretaria de Assistên-cia Social, na Previdência Social, nos jornais da região e na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae).

Outra tentativa foi a criação do Projeto Jovem Apren-diz, específico para a qualificação dos portadores de necessidades, porém a falta de interessados inviabiliza a formação de uma turma e o início das aulas. “Tam-bém firmamos convênio com a Previdência Social para reabilitação de pessoas em beneficio previdenciário. Mas a procura é pouca”, lamenta. “Sempre que encon-tramos um candidato PCD (pessoa com deficiência), procuramos alocá-lo em local adequado, onde ele possa desenvolver suas atividades laborais de forma ade-quada e rotineira. Depois de adaptados ao trabalho, a rotatividade é muito pequena”.

Três das maiores empresas do município também precisam se adequar à Lei de Cotas.

DÁLIA ALIMENtOS PrECISA DE 59 trABALHADOrES

Veranice Ghizzo é caixa do Supermercado Dália há três anos e quatro meses. Na infância, teve po-liomielite que prejudicou os movimentos da perna esquerda. Ela chegou a fazer cirurgia para alongar a perna, mas ficou fraca e precisou usar muletas para facilitar os passos. “Consigo levar uma vida normal”, diz Vera, que usa a bicicleta como meio de transporte. Ela mora no centro de Encantado com a filha Jenifer.

BALDO tEM SEtE FuNCIONÁrIOS

“É muito difícil contratar. A maioria recebe aposenta-doria por invalidez e não quer trabalhar”, constata Paulo Padilha, responsável pelo RH da Baldo SA, de Encanta-do, indústria que atua no segmento de erva-mate e soja. Atualmente, com cerca de 200 empregados, a empresa trabalha com sete funcionários que atuam nas áreas de produção e administrativa.

Recentemente, dois colaboradores foram buscados na Apae para completar o quadro. “Temos um convênio com a entidade. Se tiver que buscar no mercado, é mais complicado”, explica Padilha. “Há alguns meses, o Minis-tério do Trabalho fez o trabalho de fiscalização e todos nossos funcionários foram aceitos”.

Na Fontana, fabricante de produtos de higie-ne, limpeza e oleoquímicos, a situação é tran-quila. Dos 228 funcionários, nove se adaptam à Lei de Cotas para Deficientes, número acima do percentual exigido.

Conforme o supervisor de Recursos Huma-nos, Odelar Cimadon, 54 anos, mesmo antes de a legislação existir, a empresa já contava com colaboradores com algum tipo de problema fí-sico que se enquadravam na legislação. Um dos últimos contratados foi um aluno da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), que atua no setor de produção. O trabalho dele é acompanhado periodicamente pela Apae.

Cimadon explica que a empresa está atenta à lei. “Se o número de funcionários crescer, preci-samos ajustar na proporcionalidade e contratar mais pessoas com deficiência”, diz.

Ciente das dificuldades que a maioria das empresas do Vale do Taquari tem para cum-prir com a cota, Cimadon revela que a Fontana sempre está aberta a novas contratações. “Se aparecer a oportunidade de integrar alguém que tenha um grau de deficiência, não importa que estamos com a cota suprida, vamos admitir sem problema”, diz.

SItuAçÃO DA FONtANA É trANquILA

Eles estão empregados

16 anos de empresaMario Signori tem sequelas da paralisia infantil

que lhe atrapalhou os movimentos da perna direita. Em 1982, fez cirurgia para equilibrar com a perna esquerda. “A direita era dois centímetros mais curta que a outra. Minha preocupação era envelhecer e ficar cada vez mais rengo”, explica. Há 16 anos, ele foi contratado pela Fontana para atuar no setor administrativo. Antes, ficou 13 anos no Bradesco e até abriu um restaurante em Garibaldi. “Estou feliz e contente com meu trabalho”, diz Signori.

A Calçados Beira Rio, de Roca Sales, também enfrenta dificuldades para preencher as vagas para portadores de deficiência. Nas últimas semanas, anúncios disponibilizando esse tipo de mão de obra foram publicados em jornais da região. Porém, conforme a RH, Vanessa Fell, a empresa prefere não revelar informações sobre a demanda, nem divulgar a estratégia para contratar os funcionários.

EM rOCA SALES

Veranice Ghizzo trabalha na Dália Alimentos

Signori tem sequelas da paralisia infantil

Joilson Pereira

Diogo Daroit Fedrizzi

Diogo Daroit Fedrizzi

Diogo Daroit Fedrizzi

Sandra diz que a oferta na região é baixa

Cimadon diz que a Fontana sempre está aberta a novas contratações

“Se aparecer a oportunidade de integrar alguém que tenha um grau de deficiência, não

importa que estamos com a cota suprida, vamos admitir sem problema”

ODELAR CIMADON

JORNAL OPINIÃO n 07 de dezembro de 2012 ESPECIAL8

Segundo o Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município de Encantado tem 6212 pessoas com algum tipo de deficiência (nem todos se enquadram conforme a lei de cotas). O número maior, 2.970, refere-se a pessoas com deficiência visual com alguma dificuldade.

No Rio Grande do Sul, os resultados também são expressivos, conforme con-clusão da RAIS. Em 2011 houve aumen-to de 9,04% nas contratações de pessoas com deficiência e reabilitados, superior ao índice nacional de 6,30%. Até 31 de dezembro de 2011, havia 23.664 empre-gados com deficiência e reabilitados.

Segundo o auditor fiscal Rafael Faria Giger, as ações fiscais promovi-das pela SRTE/RS foram responsáveis pelo ingresso dos profissionais. “Só no ano passado foram 3.449 empregados. Ou seja, enquanto o crescimento do número de empregos formais no RS

alcançou o índice de 4,15%, a expan-são no nível de emprego de pessoas com deficiência, de 9,04%, foi signi-ficativamente maior que a do índice geral”, apontou. “Os resultados obtidos no RS é fruto de um trabalho intenso coordenado pelos Auditores Fiscais da SRTE/RS, em parceria com diver-sas entidades relacionadas a pessoas com deficiência, como instituições de educação profissional, Procuradoria Regional do Trabalho da 4ª Região, órgãos públicos municipais e estadu-ais vinculados a educação, assistência social e promoção de direitos”.

O Auditor Fiscal do Trabalho, da Superintendência Regional do Traba-lho do Rio Grande do Sul, Rafael Faria Giguer, explica que a fiscalização é feita tanto pelo Ministério do Trabalho e Emprego quanto pelo Ministério Público do Trabalho, que notificam as empresas para apresentar a quitação da cota. A comprovação é feita através de laudo médico e outros documentos específicos.

Para Giguer, uma das dificuldades para contratar mão de obra justifica-se pelo fato de as empresas, muitas vezes, não estarem acostumadas com a inclu-são. “Elas visam, normalmente, admitir

as pessoas que exigem a menor ou nenhuma adaptação, a fim de reduzir custos. Isso dificulta a empregabilida-de daquelas que exigem uma maior adaptação de acessibilidade”, comenta. “A empresa precisa se adaptar às pes-soas e não procurar pessoas já adapta-das à empresa”.

O incremento da fiscalização no Vale do Taquari faz com que a busca pela inclusão se intensifique. “Apesar de a lei ser antiga, é uma cultura nova que está surgindo. Toda estrutura está se mobilizando para que essas pessoas sejam incluídas no mercado de traba-lho”, constata o auditor.

A Câmara Federal analisa o Pro-jeto de Lei 2973/11,do deputado li-cenciado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), que aumenta a cota obrigatória para contratação por empresas priva-das de deficientes físicos e pessoas reabilitadas.

A proposta institui a obrigação para as empresas com mais de 30 empregados, e não apenas com 100 funcionários, e amplia o percentual máximo para 8%, em vez dos 5% atuais.

Pela proposta, as cotas deverão ser preenchidas na seguinte proporção:

- entre 30 e 200 empregados – 2%;- entre 201 e 500 empregados – 4%;- entre 501 e 1.000 empregados – 6;- mais de 1.000 empregados - 8%.Aguinaldo Ribeiro argumenta que, apesar de a contratação obrigatória de

portadores de deficiência ter mudado o cenário do mercado de trabalho, a inserção desses profissionais ainda é pequena. Ele argumenta que o aumento da contratação de deficientes por empresas contribuirá para reduzir o preconceito contra esses profissionais.

Em 2011, um total de 325.291 pesso-as com deficiência estavam empregadas no mercado de trabalho formal, segundo dados da Relação Anual de Informa-ções Sociais (RAIS). De acordo com o documento foram 19.278 novas vagas ocupadas por pessoas com deficiência, uma alta de 6,30% em relação a 2010.

O ensino médio completo concen-trou o maior número de vínculos em-pregatícios de todas as modalidades, com 136.077 vagas ocupadas, sendo 77,7 mil destes vínculos de pessoas com deficiência Física; 27,9 mil Audi-tiva; 9,8 mil Visual; 5 mil Intelectual; e 1,4 mil Múltipla.

No ensino superior completo foi um total de 39.651 vínculos registrados, sendo sua maior parte, referentes à de-ficiência Física; no Ensino Fundamental Completo, 38.139 vínculos; do 6º ao 9º ano Incompleto do Ensino Fundamen-tal, 34.143 vínculos; 5º ano Completo do

Ensino Fundamental, 16.697 vínculos; até o 5º ano Incompleto do Ensino Fun-damental, 16.298 vínculos; Educação Superior Incompleta, 14.208 vínculos; e Analfabetos, 2.560 vínculos.

Em 2011, os rendimentos médios das pessoas com deficiência foram de R$ 1.891,16. Por gênero, o homem auferiu rendimentos superiores aos das mulheres em todas as modalida-des, com variações entre 58,34% para as pessoas com deficiência Auditiva a 90,17% para as pessoas com defici-ência Intelectual (Mental). Por Grau de Instrução, os maiores rendimentos foram registrados no nível Superior Completo, sendo R$ 5.900,70 na modalidade deficiência Visual, e R$ 5.860,54 na Auditiva. Em contraparti-da, os menores salários ocorreram nos tipos Intelectual, R$ 2.959,05; Reabili-tado, R$ 3.609,45; deficiência Múlti-pla, R$ 3.825,56 e Física, R$ 4.251,13.

A procuradora Enéria Thomazini, do Ministério Público do Trabalho de Santa Cruz do Sul, que atende o município de Encantado, revela que, recentemente, a Dália sofreu uma ação civil pública por não ter conseguido cumprir a lei de cotas para deficientes.

Ela salienta que o MPT trabalha para que a lei seja cumprida. “Indicamos às empresas o contato com INSS e o SINE para tentar captar mão de obra. Também sugerimos a elas que ofereçam capaci-tação para formarem um banco de em-pregados para poderem posteriormente contratar esse tipo de mão de obra, pois sempre haverá vagas. Além dos deficien-tes, também é possível contratar pessoas reabilitadas do INSS”, diz.

A gerência regional do trabalho, que é vinculada ao Ministério do Trabalho e Emprego, faz fiscalizações de rotina e, se constatar que a empresa com mais de 100 empregados não está cumprindo a lei, aplica a penalidade. Além disso são encaminhados os relatórios para o Minis-tério Público do Trabalho para ajuizar as ações civis públicas. Existe a possibilida-de de acordo sem a necessidade de ação. “Se a empresa se compromete a cumprir, adequar sua conduta, isso pode ser resol-vido sem ação na justiça, diante de um prazo negociável, estipulado. Sempre há espaço para negociação”, diz Enéria.

A procuradora comenta que, atual-

mente, em Santa Cruz do Sul, por exem-plo, a maioria das empresas consegue se adequar à Lei de Cotas para Deficientes. “Temos poucas empresas que vêm com esse discurso que não tem mão de obra, que é muito difícil. Mas temos exemplos muito positivos de empresas grandes, que precisam de um número maior de portadores de deficiência, até 35 empre-gos, e que cumprem a Cota”, diz. “Elas de-vem ir mais a fundo, promover captação, parceria, oferecer salários mais compatí-veis. Há, sim, pessoas que atendem a essa demanda no mercado”, argumenta.

“Há, sim, pessoas que atendem a essa demanda”, rebate MPt

Projeto de deputado propõe aumento da cota obrigatória

Empresas não estão acostumadas com a inclusão

No rS, contratação de pessoas com deficiência supera o índice de empregos formais

Mercado de trabalho brasileiro mostra crescimento

Enéria Thomazini, do MPT

Divulgação

AI Câmara dos Deputados

Deputado Aguinaldo Ribeiro

ESPECIAL 9JORNAL OPINIÃO n 07 de dezembro de 2012

ESTRELA Na última quinta-feira (06), aconteceu na As-

sociação dos Moradores do Bairro das Indústrias (AMBI), a cerimônia de posse da nova diretoria da União das Associações de Moradores de Bairros de Estrela (Uame). O novo presidente é Aloísio Mall-mann, sucedendo a Celso Machado.

DOUTOR RICARDOIniciou na última quinta-feira (06) a programação

comemorativa ao 17º aniversário de Doutor Ricardo. Na parte da tarde, foi realizada reunião no Centro de Convivência, a última reunião do ano do Grupo da Melhor Idade Felicitá. Ainda foi realizada Noite Cultural, no salão de Linha Bonita Alta.

PROGRESSO A Prefeitura irá leiloar algumas máquinas, veí-

culos e equipamentos. O leilão será realizado no dia 14 de dezembro, às 14h, no Parque de Máquinas da prefeitura. Na lista de vendas estão duas caminho-netes, um caminhão, uma minicarregadeira e uma retroescavadeira.

CORONEL PILARO setor de fiscalização e de tributos municipais

solicita aos contribuintes com pendências junto à tesouraria, como serviços com máquinas, certidões negativas, água e requerimentos, com vencimento no ano de 2012, para que regularizem as situações até 28 de dezembro. Caso estes débitos não sejam quitados passarão automaticamente para a lista da dívida ativa.

ARROIO DO MEIO Hoje (07), o município realiza mais uma edição

do “Natal em Coro”, no Ginásio do Colégio Bom Jesus. Irão participar do evento 13 corais de estudantes que somam mais de 400 vozes, entoando músicas natalinas. O 8º Natal em Coro é promovido pela Secretaria de Educação e Cultura, com o apoio das escolas participantes.

CAPITÃOA 15ª edição do Natal em Família promovido pela

prefeitura vai ocorrer na noite do próximo dia 14, na Praça do Centro da cidade. A encenação bíblica, criação de Alessandra Ames e com mais de 70 atores, tem como tema central “Sementes de Amor”. Para enriquecer o espetáculo terão apresentações de diversos grupos culturais do município.

NOVA BRéSCIAO grande espetáculo artístico cultural natalino

que o município realiza em todos os anos vai aconte-cer na noite de 15 de dezembro, no Ginásio Munici-pal. Haverá apresentação de danças.

RELVADOO Trabalho com a terceira idade mereceu o troféu

de primeiro lugar no Estado, junto à Secretaria da Saúde. O destaque ficou para as visitas feitas a domi-cílio pela equipe da saúde, levando ânimo novo para os que estão acamados ou em cadeira de rodas, foi levado a sério, por uma equipe multidisciplinar.

GIRO PELO VALE Henrique Pedersini

Encantado - O município já está com a cara do Natal. As ruas da cidade ganha-ram uma decoração especial para a chega-da do Bom Velhinho. As ruas do Calçadão e diversos pontos, entre eles a Casa de Cultura, Igreja Matriz e Praça da Bandei-ra, receberam arcos, árvores, estrelas, an-jos, papais noéis e uma vasta iluminação para preparar a comunidade para o Natal Mais Encantado que inicia no dia 14.

A decoração do Natal foi elaborada, pelo segundo ano, pelo especialista em trabalhos artísticos Danilo Bertuol. Ele é o responsável por confeccionar mate-riais novos e reutilizar alguns já existen-tes. Além dos diversos enfeites, também serão colocadas nas ruas centrais (Júlio de Castilhos, Padre Anchieta e Barão do Rio Branco), 26 árvores de Natal de 1,80 metros de altura e três árvores de 2,40 metros, que serão adotadas por empre-sas ou entidades da cidade. A ação “Ado-te um Árvore” ainda possui árvores que podem ser adquiridas. Mais informações sobre as formas de adoção podem ser obtidas pelo telefone (51) 3751-1426 ou pelo email [email protected].

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Airton Giordani, ressalta o auxílio dos lojistas. “Neste ano, a contri-buição do comércio foi excepcional e, gra-ças a isso, a decoração de Natal ganhou um grande incremento”, diz.

Programação para todos os gostosOutro atrativo da programação é a

realização dos shows em dois locais: pal-co 1 e palco 2. O palco 1 estará localizado na esquina da Rua Júlio de Castilhos com a Padre Anchieta e o palco 2 na Esquina da Praça da Bandeira.

O Natal Mais Encantado inicia no dia 14 e se estende até 23 de dezembro, com diversas atrações à noite. Na sexta-feira, dia 14, a abertura oficial será na praça da Bandeira a partir das 20h. A noite terá apresentação da Orquestra Muni-cipal de Encantado, show com Eduardo e Ezequiel e a tão esperada chegada do

Papai Noel.No domingo, dia 16, os sho-

ws ocorrem na praça da Ban-deira, com Quinteto Canjerana e Orquestra Municipal de Imi-grante a partir das 19h. Já na terça-feira, dia 18, as atrações serão Luiz Eduardo e Jonas, no palco 2, a partir das 20h, e Banda Som Preza, no palco 1, às 21h30min. No dia 19, quar-ta-feira, às 20h, a Casa de Cul-tura receberá a apresentação do Coral AABB Vida e Canto e Coral São Carlos. Às 21h ocor-re o Show Italiano com Jhoni e Kelen “Sentimenti Vivi”, pro-movido pelo Grupo Encantado de Comunicação, no palco 2. Já no palco 1, a atração é Valdecir Moura a partir das 22h.

A quinta-feira, dia 20, terá Som Mecânico no palco 2, a par-tir das 20h, e CDL Batidão e MC Marcelo Gaúcho no palco 1, a partir das 21h. A programação é uma promoção da Encanto FM. No dia 21 de dezembro, sexta-feira, o Teatro e Canto realizado pelos alunos da Ame e convidados ocorre na Casa de Cultura a partir das 19h30min e a Banda Rota Luminosa apresenta-se a partir das 21h30min no palco 1.

O Natal Mais Encantado encerra no domingo, dia 23, com o show da Banda Star 3, no palco 2, a partir das 20h, e a apresentação de Cássio e Gang Sertaneja a partir das 21h30min, no palco 1.

O vice-presidente da Câmara de Di-rigentes Lojistas de Encantado (CDL), Marcelo Peretti, destaca que a progra-mação é variada e busca agradar e atrair os diversos públicos. “Convido a popula-ção de Encantado e região que prestigie o Natal Mais Encantado e compre no nosso comércio”, enfatiza.

Papel Noel estará na Casa de CulturaA Casa do Papai Noel ganhará um

novo espaço. O Bom Velhinho estará do dia 18 ao dia 23 de dezembro na Casa de Cultura recebendo as crianças, sempre a partir das 21h. Neste ano, o Noel terá auxílio dos anjos e duendes do Grupo de Artes Nativas Anita Garibaldi, que é res-ponsável pela Casa do Bom Velhinho.

O Natal Mais Encantado é promovi-do pela Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), tem a realização de Gaita Produ-tora e Lume Organização de Eventos, o patrocínio de Baldo e Sicredi, a parceria da Prefeitura de Encantado e o apoio da Associação Comercial e Industrial de En-cantado e da Câmara de Vereadores.

Comércio terá horário ampliado Durante o mês de dezembro e toda

a programação do Natal Mais Encantado, que acontece de 14 a 23 de dezembro, o comércio do município terá o horário de atendimento estendido para facilitar as compras de Natal.

SÁBADO - 08/12/2012das 8h às 12h e das 13h30min às 17h;

SÁBADO - 15/12/2012das 8h às 12h e das 13h30min às 17h;

TERÇA-FEIRA - 18/12/2012das 8h às 11h45min e das 13h15min às 22h;

QUARTA-FEIRA - 19/12/2012das 8h às 11h45min e das 13h15min às 22h;

QUINTA-FEIRA - 20/12/2012das 8h30min às 11h45min e das 13h15min às 22h;

SEXTA-FEIRA - 21/12/2012das 8h30min às 11h45min e das

13h15min às 22h;

SÁBADO - 22/12/2012das 8hàs 12h e das 13h30min às 17h;

DOMINGO - 23/12/2012das 18h às 22h;

SEGUNDA-FEIRA - 24/12/2012das 8h às 12h e das 13h30min às 17h.

CONFIRA OS HORÁRIOS DO COMéRCIO

Natal Mais Encantadoterá dois palcos para shows

Casa do Papai Noel muda de lugar e Bom Velhinho receberá as crianças na Casa de Cultura

Anjos iluminados enfeitam a Casa de Cultura

Diogo Daroit Fedrizzi

10 JORNAL OPINIÃO n 07 de dezembro de 2012 GERAL

Eleito prefeito de Doutor Ricardo com uma das maiores diferenças do Estado (65,5% contra 34,65%), o empresário Alvimar Lisot viveu alguns dias de apreensão depois das denúncias do Parti-do Progressista. A sigla derrotada fez acusações de crime eleitoral.

Porém, na semana pas-sada, a juíza da Comarca de Encantado, Juliane Pereira Lopes, indeferiu o pedido e confirmou a vitória de Alvimar. Na terça-feira (4), o futuro administrador ricardense falou ao Grupo Encantado de Comunica-ção sobre a decisão da Jus-tiça. Confira alguns trechos da conversa.

A denúnciaNum primeiro momen-

to, procuramos transmitir tranquilidade à comuni-dade e aos eleitores que nos apoiaram. Criou-se um clima muito tenso no município, muito pior que a própria eleição. Não precisava ter sido feito isso, foi um mal desnecessário. Criou uma rivalidade ainda maior. Não faz bem para a sociedade. Até porque se demonstrou agora na Justiça que foi de má-fé, até aventura jurídica, segundo o que consta nas palavras da Justiça. Nunca nos agitamos muito. Ficamos preocupados, claro, porque não sabíamos o teor disso, mas tínhamos convic-ção de que nada foi feito fora da lei. Trabalhamos, fizemos campanha, temos militância, temos equipe de trabalho. Sempre participa-mos, fazemos campanha há vários anos, já fomos prefei-to em outra oportunidade, agora somos vice e dia 1º de janeiro estaremos assu-mindo a prefeitura. Viemos para um debate na Rádio Encantado AM e a oposição não veio, visitamos todas comunidades de Doutor Ricardo fazendo reuniões e comícios. O outro lado não participou de debates, não visitou as comunidades e agora fez este tipo de tra-balho, querendo enganar a Justiça e a população. Mas a Justiça existe e está aí a prova de que fizemos um

trabalho correto. Mas isso faz parte do passado, agora vamos trabalhar pela co-munidade, sem retaliações. Quero pedir à militância que esqueçam isso, tenham paciência. Saímos bem, o Vale do Taquari conhece o resultado de Doutor Ricardo. Ficamos entre os maiores percentuais do RS, com maior diferença proporcional. E hoje saímos com 100 votos a mais desse episódio, com certeza. Vamos trabalhar para que Doutor Ricardo continue melhorando seus índices.

ProjetosJá estamos trabalhan-

do na montagem da nova equipe de trabalho. Alguns serão remanejados, outros serão reaproveitados em outras áreas e pessoas novas também irão fazer parte do governo. Temos vários projetos andando em Brasília. O Nilton (prefeito Nilton Rolante) vai continu-ar nos ajudando a buscar recursos. Tudo o que pre-gamos durante a campanha não foi promessa política, eram compromissos políti-cos. Até porque temos uma história em Doutor Ricardo e não podemos jogar fora agora. O que pregamos é o que vamos trabalhar para chegar próximo ou quem sabe superar algumas metas.

A Gruta Nossa Senhora de LourdesO Nilton fez o asfalto

para a Gruta Nossa Senhora de Lourdes, agora temos projeto para pleitear e oferecer uma infraestrutura melhor. Dia 3 de fevereiro temos a festa tradicional e este ano contará com a participação do padre Eze-quiel Dal Pozzo, que é estilo Marcelo Rossi. Vai celebrar a missa e fazer um show.

OrçamentoVamos dar continuidade

em vários projetos e melho-rar o que é possível. A gente sabe que os recursos são escassos. Temos queda de Fundo de Participação dos Municípios (FPM), em que perdemos mais de R$ 600 mil neste ano, é muito di-nheiro para um orçamento de R$ 9 milhões. Também faremos um concurso pú-blico na área de educação.

Formação da equipeEstamos trabalhando.

Vários secretários serão mudados. Vamos mudar quase toda a equipe, ou remanejá-los. Temos que começar com os pés no chão, mas acredito que possamos fazer um bom trabalho em Doutor Ricar-do. E dentro dos limites do município fazer com que as pessoas possam viver felizes e ficarem em Doutor Ricardo. Esse é o nosso

compromisso.

AgriculturaTemos que ouvir o

agricultor, o que ele pensa que nós podemos fazer para melhorar a sua renda, sua qualidade de vida. Precisamos fazer com que Doutor Ricardo arrecade mais. Precisamos traba-lhar a questão primária e também a questão indus-trial, pela localização que temos com a RS 332, agora com ligação até Soledade, precisamos aproveitar isso e industrializar o máximo possível o município. Tam-bém atrair agroindústrias para, além de gerar ICMS, gerar emprego, a população aumentar e permanecer em Doutor Ricardo. Graças ao trabalho que tem sido feito diminuiu muito o êxodo. Temos condições, temos vaga de emprego, temos saúde, educação e qualida-de de vida.

EmpregoNo início do próximo

ano estaremos inauguran-do uma empresa que vai gerar até 50 empregos. Estamos bem e também podemos avançar o índice do emprego. É uma difi-culdade na maioria dos municípios menores, mas tenho certeza que doutor Ricardo será destaque nos próximos anos na geração de emprego e renda.

“Vamos trabalhar pela comunidade, sem retaliações”

JUSTIÇA CONFIRMA ELEIÇÃO DE ALVIMAR

“Não precisava ter sido feito isso,

foi um mal des-necessário. Criou

uma rivalidade ainda maior”, ALVIMAR LISOT

prefeito eleito de Doutor Ricardo

Entrevista: Milton Fernando; Texto: Diogo Daroit Fedrizzi

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Encantado - O núcleo da UERGS de Encantado buscou so-mar forças para pleitear junto ao Poder Público Municipal a cedência de uma área de terra que possa receber a cons-trução da sede própria da entidade.

Segundo a coorde-nadora da universidade, professora Eliane Kol-chinski, o governo do Estado destinou R$ 530 mil para esta unidade, a ser aplicado imprete-rivelmente em 2013 na construção da sede.

O Conselho Encan-tadense Pró-Desen-volvimento aderiu à campanha da UERGS e reuniu-se com o prefei-to Paulo Costi e com o vice-prefeito José Calvi para reiterar o quan-to é importante este núcleo da universidade estadual em Encantado, inclusive por conta dos novos cursos que serão implantados já a partir

de janeiro. “A Educação é um dos pilares do de-senvolvimento de uma cidade, assim como as oportunidades que se somam a ela quando uma universidade se instala num município e tem perspectivas de crescimento. Por isso, é nosso dever abraçar a causa da Uergs”, disse o coordenador do Conse-lho, Nestor Bergamas-chi.

Os representantes do Poder Executivo asseguraram procurar formas de ceder uma área, de preferência próxima à sede da universidade. Segundo o vice-prefeito José Calvi, será providencia-da uma audiência com o Setor de Patrimônio do Estado, a fim de rei-vindicar esta demanda. Neste encontro deverão participar representan-tes do Poder Público, do Conselho e da Uergs, núcleo de Encantado.

Uergs e Conselho buscam área de terra para construir nova

sede da universidade

Governo do RS destinou R$ 530 mil para a nova sede

Divulgação

11JORNAL OPINIÃO n 07 de dezembro de 2012ENCANTADO

Liminar do Tribunal de Justiçasuspende Primeira Comissão

A segunda Comissão Processante ou-viu as testemunhas de defesa na quarta-feira (5). Das 20 arroladas, nove compa-receram. A exemplo da semana passada, o prefeito Paulo Costi e o vice José Calvi não participaram da audiência. “Eles nos solicitaram para que fossem ouvidos em

outro dia, mas as alegações não são viá-veis”, explica o presidente da Comissão, Eldo Orlandini.

Eldo publica hoje um edital na im-prensa comunicando os réus Paulo Costi e José Calvi, mais os advogados de defesa Cristiano Gessinger Paul e Ruy Armando

Gessinger, sobre o conteúdo da decisão que declarou revel os denunciados. No tex-to, é determinado ainda o prazo de cinco dias para encaminhar a defesa escrita.

A Segunda Comissão Processante ana-lisa o pedido de cassação do prefeito e do vice pela negativa de uma resposta a um

Pedido de Informação encaminhado pelo Legislativo neste ano solicitando escla-recimentos sobre o repasse de dinheiro para a empresa Couro Ecológico Trata-mento de Resíduos de Couro e Papel e a relação de funcionários registrados junto à empresa.

Diogo Daroit Fedrizzi

O desembargador da 21ª Câmara Cível, do Tri-bunal de Justiça do Rio Grande do Sul, Francisco José Moesch, concedeu na tarde de segunda-feira (3) uma liminar que suspen-de os trabalhos da Primei-ra Comissão Processante da Câmara de Vereadores de Encantado, que analisa o pedido de cassação do prefeito Paulo Costi e do vice José Calvi.

O argumento do magistrado são irre-gularidades quanto ao procedimento para a instalação da Comissão. Uma das falhas apontadas é que não houve sorteio para definir os vereadores que integrariam o grupo. Outro equívoco é o fato de que o pedido de cassação não foi colocado na ordem do dia da sessão ordinária.

Para Moesch está presente a verossimi-lhança das alegações da defesa do Executi-vo. O desembargador ressaltou que o rela-tor da Comissão Processante, Jonas Calvi, havia se manifestado pela nulidade da vo-

tação em decorrência do descumprimen-to das normas da Câmara. O magistrado concluiu que para um assunto de tamanha importância e envergadura, é necessário o pleno atendimento ao disposto no Regi-mento Interno da Câmara de Vereadores. Dessa forma, determinou a suspensão do processo de cassação até julgamento do recurso pela 21ª Câmara Cível.

Esta Primeira Comissão investiga su-postas irregularidades da Administração Municipal na contratação do advogado Gilberto Dacroce, que estaria impedido de exercer função pública.

Decisão foi tomada pelo desembargador Francisco José Moesch, que alegou irregularidades nos procedimentos de instalação da Comissão na Câmara de Vereadores

CASSAÇÃO DO EXECUTIVO

QUEM é MOESCHFrancisco José Moesch é

natural de Estrela e gradu-ado em Ciências Jurídicas pela PUC, em 1973, e em Administração de Empresas e Administração Pública pela UFRGS, em 1974. Tem especialização em Direito Tributário pela UFRGS e Direito do Trabalho pela PUC. É professor titular da Faculdade de Direito da PUC e também leciona na Escola Superior da Magistratura (AJURIS/RS).

Em maio de 1998, ele foi promovido a Desembargador do Tribunal de Justiça e, atualmente, preside a 21ª Câmara Cível e o 11º Grupo Cível do Tribunal de Justiça. Moesch ainda é Conselheiro Efetivo do Grêmio Foot Ball Porto Alegrense.

O presidente da Primeira Comissão Processante, Cláu-dio Roberto da Silva (PMDB), preferiu não ampliar a repercussão sobre a liminar expedida pelo desembarga-dor do TJ. “Plageando o poe-ta, existem mais coisas entre uma petição judicial e uma decisão, mais do que possa imaginar o cidadão comum”, comentou. “Há quem diga, também, que é mais impor-tante conhecer os corredores dos tribunais do que a própria legislação”. Sobre a sequência do trabalho, Cláudio diz que é preciso aguardar as próximas decisões do Tribunal.

“É mais importante conhecer os corredores dos tribunais do que a

própria legislação”, diz Cláudio

TramitaçãoOntem à tarde, o desembargador Francisco José Moesch negou o

recurso da Câmara de Vereadores e manteve a decisão da liminar. “Devem os requerentes aguardar o julgamento do recurso pelo colegiado do TJ”, concluiu.

De Brasília, onde esteve nes-ta semana em visita a gabinetes de deputados e ministros em busca de recursos para obras no município de Encantado, o prefeito em exercício José Calvi falou sobre a decisão do Tribunal. “Era de se esperar por isso mesmo, até porque as alegações que nossos advoga-dos fizeram realmente com-provaram que estávamos com os procedimentos corretos”, afirmou.

“Era de se esperar por isso mesmo”, afirma Calvi

Segunda Comissão julga processo à revelia

Moesch também é conselheiro do Grêmio

Cláudio Roberto da Silva

Prefeito em exercício, José Calvi

Desembargador Francisco José Moesch

Divulgação

Arquivo Banco de Imagens/JO

Arquivo Banco de Imagens/JO

Divulgação

Os 15 anos de Ana Clara BertozziMIX - Página 7

Encantado, 07 de dezembro de 2012

A onça está na moda

MIXcapa

Katherine Kist

O novo livro de Airto GomesMIX - Página 6

MIX - Pág 11