jornal escrito n. 10

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Março de 2006 Ano II - n.º 10 Preço: 0,6 Euros Festa do Chocolate Trouxemos o Barreiro à escola barcelona: uma visita adiada pág 4 aulas de substituição no secundário pág 6 mulher/mulheres pág 7-9 festa do chocolate pág 10-13 nuno júdice nos casquilhos pág 18 última hora : vêm aí as obras pág 20

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Jornal da escola Secundária de casquilhos - Barreiro - Portugal

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Março de 2006Ano II - n.º 10Preço: 0,6 Euros

Festa do ChocolateTrouxemos o Barreiro à escola

barcelona: uma visita adiada pág 4aulas de substituição no secundário pág 6 mulher/mulheres pág 7-9

festa do chocolate pág 10-13 nuno júdice nos casquilhos pág 18última hora : vêm aí as obras pág 20

Ano II, nº 10, Março/20062

Entre pessoas do mesmo sexo

Casamento, sim ou não?

SumárioSumárioSumárioSumárioSumárioCasamento 2 Entrevista à Vereadora 8 Ciência Viva 17Opinião: Caricaturas 2 Mulher ao longo dos tempos 9 Nuno Júdice 18Editorial / Perfil 3 Festa do Chocolate 10 Educar para o consumo 18Visita a Barcelona 4 Receitas vencedoras 12 Concurso Comercuzolhos 19Aulas de substituição 6 Dia-a-dia 14 SU DOKU 19In the Navy 6 Desporto Escolar 16 Banda Desenhada - Bia 20Mulheres do séc. XX 7 Campeonato Jogos Matemáticos 17 Última hora 20

A 1 de Fevereiro deste ano duas cidadãs portuguesas, Teresa Pires e Helena Paixão, dirigiram-se a uma Conservatóriaem Lisboa para se casarem.

Tendo apresentado previamente os documentos necessários que comprovavam que eram cidadãs disponíveis para oefeito, como o têm que fazer todas as pessoas, foram saber se o Conservador as casaria.

Com base no artigo 1577 do Código Civil, que defineo casamento como o contrato celebrado entre duaspessoas de sexo diferente que pretendem constituirfamília mediante uma plena comunhão de vida, oConservador negou o pedido.

No entanto, o Código Civil, assim como todas as leisportuguesas, devem respeitar a Constituição Portuguesa,pois esta é uma lei superior. Ora, a ConstituiçãoPortuguesa no seu artigo 13º (chamado Princípio daIgualdade) afirma que Ninguém pode ser privilegiado,beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direitoou isento de qualquer dever em razão de ascendência,sexo, raça, língua, território de origem, religião,convicções políticas ou ideológicas, instrução,situação económica, condição social ou orientaçãosexual.

Este artigo é o principal argumento dos que defendemque o Código Civil deve ser alterado pois

a definição do casamento que nele consta discrimina aspessoas com base na orientação sexual, coisa que aConstituição proíbe.Além desse artigo existe tambémoutro na Constituição Portuguesa que defende que Todostêm o direito de constituir família e de contraircasamento em condições de plena igualdade (artigo36º).

Por estas razões, o Bloco de Esquerda e o PartidoEcologista Os Verdes apresentaram já na Assembleia

da República uma proposta para alterar o Código Civil paraque todos possam casar. Também a Juventude Socialista secomprometeu em apresentar uma proposta brevemente.

Finalmente, o Partido Socialista, que é Governoneste momento, prometeu discutir este assuntodepois do referendo sobre a despenalização dainterrupção voluntária da gravidez, ou seja, lá para2007. [::]

Opinião

Caricaturas de MaoméNo último mês, a representação do profeta Maomé em caricaturas, efectuada

por 12 cartoonistas dinamarqueses, tem gerado grandes conflitos. Uns defendema liberdade de expressão, outros a sua religião, mas sinceramente não percebo o porquê detanto alarido.

No século em que estamos, como pode existir este tipo de censura? Compreendo quereligiosamente ainda não seja admitido este tipo de Arte, mas o cartoon é uma maneirahumorística de criticar e reflectir o estado da sociedade nos nossos tempos.

Alguns poderosos da nossa sociedade já foram alvo de uma caricatura num jornal ou atémesmo na televisão e muitos acharam piada.

Penso, não só por ser aluna de Artes, que estes cartoonistas não fizeram estas caricaturaspara provocar o caos no mundo ou para ofender os crentes, mas apenas para que apreciassemo seu estilo. [::]

Este espaço foipropositadamente

deixado em brancopara não ferir

susceptibilidades

AnabelaRocha

prof.ª 10B

Andreia Filipa11º E

Ano II, nº 10, Março/2006 3

EditorialUma escola com sede de Futuro

PerfilA dançar ginga no terreiro

Este mês descobrimos a Vera Cristina Pereira,do 12º E. Alta e de olhos grandes, a Vera é tímida epouco faladora. Só se entusiasmou quando a conversatombou para a Capoeira. Não, não estamos a falardo local onde habitam essas aves, agora, tão temidas,mas dos seus movimentos aéreos, característicosdesta dança – ou será desporto, arte, ou luta?Fiquemo-nos pela arte, bem mais justa e abrangente.

A Capoeira nasce como um grito de revolta dosescravos africanos no Brasil. Os senhores dosengenhos de açúcar acabaram mesmo por proibir asua prática, já que consideravam que taismanifestações davam ao capoeirista um excesso deautoconfiança. De facto, a Capoeira formava lutadoreságeis e perigosos e era economicamente indesejávelque o escravo contraísse alguma lesão física.

Ao longo dos tempos a Capoeira evolui para o queé hoje – uma dança que parece uma luta- mas ondenão há qualquer contacto físico entre os elementos dadisputa.

Apesar da timidez da Vera Cristina conseguimosperceber que foi por curiosidade que começou apraticar – algumas imagens na televisão e umaconversa com um amigo cibernauta levaram-na até

ao Chinquilho, na Baixa da Banheira, onde treina duasvezes por semana.

Contra ventos e marés (a Capoeira é sempreresponsabilizada por resultados escolares menos bons),a Vera adora esta arte, que considera relaxante etranquilizadora. Para além disso refere a importânciados encontros e dos convívios entre os membros do seu

grupo (Grupo Terreiro do Brasil) , espalhados pelo país, onde aCapoeira é a rainha do terreiro.

Foi quase a dançar ao som do berimbau – um dos instrumentosusados pelosgrupos – que nosdespedimos daVera, que aindanos mostroucomo se faz aginga, omovimento baseda Capoeira. Ali,apesar da timidez,no meio do bardos alunos daescola. [::]

Ana Santiagoprof. 8ºB

RA

Comecemos pelo fim. Apesar de ter surgido com aedição quase fechada e ter sido atirada para a derradeirapágina, a notícia de última hora que lá publicamos irá,sem dúvida, ter influência no desenrolar do último períodode aulas.

Já estamos habituados: não se fazem obras nas escolasdurante as férias grandes, tem de ser assim, ao mesmotempo das aulas.

Contudo, não temos dúvidas que, se tudo for feito comoestá previsto, as obras resultarão na melhoria da qualidadee da segurança de todos os que trabalham – alunos,professores e funcionários – nos espaços mais antigos daescola, aqueles que vêm praticamente do tempo do Colégio(as salas do Bloco B e C). E as melhorias ficarão não sópara este como para os próximos anos.

No próximo número contamos dar voz a estas obras eàs várias posições que elas vão, certamente, suscitar.

Assim como antecipamos já o que pode vir a serpolémico no próximo ano - a ocupação dos tempos escolarestambém no Secundário.

Porque somos assim: tentamos informar, ser isentos edar voz às diferentes opiniões, quer se trate dos temas da

actualidade mundial (as caricaturas de Maomé),nacional (casamento entre pessoas do mesmo sexo)ou da nossa escola (a visita aBarcelona). Porque vamosà procura dos temas que nos dizem respeito, falamosneste número das que estão em maioria na escola,apesar de nem sempre o parecer: as mulheres.

A nossa escola está com sede de futuro e o ESCritotambém.

As portas e janelas de madeiras nobres que irãodesaparecer ficarão, certamente, na memória de todos. Masos Casquilhos são, acima de tudo, as vivências, a memóriadas pessoas e das amizades. Por isso, temos a certeza quea Festa do Chocolate ficará na memória de todos os que aviveram por dentro, projectando-nos na cidade a quepertencemos. Terminámos esse dia extenuados mas ouvindorepetidamente “Na próxima temos que…” A Festa foi, defacto, de todos e para todos e tem condições para continuarse a escola assim o quiser.

Em nome da Comissão Coordenadora, da Redacção doJornal e no meu próprio, obrigado a todos (e foram tantos…)os que com o seu esforço e participação a tornaram possível.Construindo já o futuro. [::]

RenatoAlbuquerque

prof. 10A

Ano II, nº 10, Março/20064

1 - O Conselho Pedagógico lamenta profundamente omal-estar gerado na Escola em resultado da deliberaçãonegativa, por maioria, emitida por este órgão em 22 deFevereiro relativa à visita de estudo a Barcelona a realizarpelos Alunos das turmas 11ºE, 12ºA e 12ºC,organizada pela Professora Helena Oliveira;

2 - A decisão então tomada baseou-se na análisedo projecto apresentado por escrito por aquelaresponsável e resultou de discussão alargada na qualforam aduzidos os seguintes argumentos:

a) - a data escolhida para a realização da visitade estudo na primeira semana do 3º Período põe emcausa a concretização das planificações entretantoelaboradas pelos vários professores das turmas envolvidas,obrigando a um reajuste das mesmas de modo a que sejamcumpridos os respectivos programas, trabalho dificultadopela proximidade do final do ano lectivo;

b) - aos professores e alunos dessas turmas que nãoparticipam neste projecto ser-lhes-á impossibilitado, naausência de alunos que estão em visita de estudo, oleccionamento de novos conteúdos e, portanto, a progressãona matéria;

c) - a mesma data impõe aos alunos de anos comdisciplinas terminais (11º e 12º anos) um esforço acrescidode trabalho na preparação para esses exames num momentode proximidade daquelas provas;

d) - o valor pecuniário previsto a despender nesta visitaserá relativamente elevado, podendo por isso impedirdiscriminatoriamente a participação de alguns alunos;

e) - a realização, nas semanas seguintes, de dois eventosculturais em que a Escola está envolvida, a saber, a Semanada Escola/Comercuzolhos e a Feira Pedagógica para osquais se espera a colaboração activa de alunos,nomeadamente do 11º E, na sequência da disponibilidadeque têm demonstrado para outras iniciativas, pode levar àdiminuição da sua participação nesta iniciativa;

Tomada de posição do Conselho Pedagógico

No passado dia 22 de Fevereiro, como sempre acontece com qualquer visita de estudo, o ConselhoPedagógico da escola debruçou-se sobre uma proposta de ida a Barcelona, na semana de 17 a 22 deAbril, que envolvia alunos da turma 11ºE, alguns alunos do 12ºA e do 12ºC e os professores responsáveis.O parecer do Conselho Pedagógico é obrigatório e, neste caso, não aprovou a data prevista, dandoorigem a uma série de reacções e posições que aqui relatamos.

3 - A estes argumentos foram contrapostos os seguintes:a) - o preço previsto para a viagem deverá ser valorado

pelos próprios e pelos seus Encarregados de Educação nãosendo óbvio que tal valor seja demasiado elevado para os

alunos destas turmas em concreto;b) - a participação empenhada e voluntária dos

alunos, sobretudo os do 11º E, em iniciativas váriasque se têm realizado nesta Escola não pode serrecompensada negativamente com a recusa de osdeixar participar nesta visita de estudo;

4 - Após análise aprofundada dos argumentosacima enunciados, ganharam destaque os quereconhecem que a escolha da data para a

realização da visita de estudo pode ser prejudicial para onormal decurso das aulas e a preparação dos alunos paraos exames, pelo que os presentes deliberaram contra arealização daquela actividade;

5 - Mais resolveram recomendar os promotores aconsiderar a realização da visita de estudo em apreço numanova data;

6 - O Conselho Pedagógico reconhece, além do mais, aimportância da realização de visitas de estudo deste carácter,o empenhamento e abnegação de professores e alunosenvolvidos neste projecto, a relevância que este pode ter nopercurso escolar dos alunos e na própria projecção da Escolajunto da Comunidade, não sendo seu propósito, de modonenhum, desvalorizar estas questões ou o trabalhos daspessoas envolvidas mas reitera que tudo isso foi devidamentevalorizado na altura daquela tomada de decisão.

7 - Após ponderação e debate sobre os diversosdocumentos enunciados em epígrafe, o Conselho Pedagógicodeliberou, por maioria, não se voltar a pronunciar sobre arealização da visita de estudo em apreço, considerando quenão foram acrescentados argumentos que não tivessem sidojá ponderados anteriormente e que não foi introduzidanenhuma alteração à proposta inicial. Assim sendo, nãoforam encontradas razões válidas que levassem àreapreciação da decisão tomada em Conselho Pedagógicoem 22 de Fevereiro.

O Conselho Pedagógico reunido no dia 14 de Março de 2006 analisou e apreciou os documentos supracitados [carta daprofessora Anabela Rocha, cartas de 21 Encarregados de Educação do 11º E à Directora de Turma, comunicado da Associaçãode Pais e posição do Departamento de Expressões Plásticas e Artísticas], tendo daí resultado as seguintes conclusões:

a dataescolhida põeem causa a

concretizaçãodas

planificações

Ano II, nº 10, Março/2006 5

FrustraçãoEstava prevista para a primeira semana do 3º período

(17 de Abril a 22 de Abril), uma viagem a Barcelona ondeestavam envolvidas duas turmas de artes (11ºE e 12ºC) euma turma de ciências (12ºA). Esta viagem de estudotinha como objectivo visitar várias exposições,monumentos, locais históricos e outras actividades queenvolviam todo o contexto artístico de Barcelona, de modoa desenvolver o conhecimento arquitectónico, cultural eartístico da cidade pelos alunos.

Desde o ano lectivo de 2004/05 que esta viagem estava aser planeada pela Professora Helena Oliveira que se esforçoupara que a mesma se pudesse realizar em condições e que, talcomo os alunos envolvidos, estava bastante entusiasmada coma ideia.

Infelizmente, as facas também servem para apunhalar: nomês de Fevereiro recebemos a infeliz notícia de que esta visitade estudo, de preço acessível e muito bem planeada, tinhasido “chumbada” pelo conselho pedagógico, apontando

motivos como a data em que esta se realizaria e aproximidade do “Comercuzolhos”. Mas nem assim alunos,professores e pais desistiram da viagem a Barcelona econseguiram que fosse realizado um Pedagógicoextraordinário no dia 14 de Março.

Aí, quando o Pedagógico chumbou pela 2ª vez oprojecto, toda a esperança foi deitada abaixo.

Será justo para a grande máquina de apoio aosprojectos da escola que somos nós, alunos, ser negado

desta forma um projecto organizado para o nossoenriquecimento cultural? Fica ao vosso critério...

Quanto a mim, este artigo surge para agradecer, em nomede todos os alunos, o extraordinário trabalho que a ProfessoraHelena Oliveira fez para que esta viagem fosse realizada etodo o esforço feito nos últimos dias para que os seus alunostivessem a possibilidade de conhecer a grande cidade que éBarcelona. [::]

(…) a formação do Aluno não se esgota na componentecurricular, sendo um processo mais abrangente e que passapara lá da sala de aula: é saber receber os ensinamentos doprofessor e, também, saber participar activamente na vida daescola e da cidade. Por acreditarmos que a Escola Secundáriados Casquilhos proporcionava tudo isto aqui matriculámos osnossos educandos. (…)

O curso de Artes Visuais tem exigências e especificidadesmuito próprias. Para se preparar um aluno nesta área é precisomostrar-lhe todo um mundo. (…)

Pensamos que foi neste âmbito que se programou a visitade estudo a Barcelona. Confessamos que ficámossurpreendidos por haver um professor que se predispusessea organizar tal viagem. (…) Aderimos de imediato à ideia epor uma razão simples. Esta Barcelona que os nossoseducandos vão ver é decerto diferente daquela que alguns jáconhecerão. Porque vão estar com colegas da mesma área,

GuilhermeOliveira11º E

Carta dos Encarregados de EducaçãoOs encarregados de educação dos alunos envolvidos na visita de estudo a Barcelona, após a reunião do Pedagógico de 22

de Fevereiro, entenderam dirigir à Directora de Turma do 11ºE uma carta de apoio à realização da mesma, solicitando novareunião deste órgão. Dessa carta, com a data de 3 de Março, transcrevemos alguns excertos.

porque vão ser orientados por uma profissional e porque vãoviver uma experiência que dificilmente nós enquanto pais lhespoderemos proporcionar (…).

Coloca-se a questão financeira. (…) Nem todos os alunospodem ir? Haverá sempre quem não possa ir, nem que seja aum espectáculo gratuito no Auditório Municipal. O ensinosecundário não é escolaridade obrigatória e as balizas queimpomos aos seus alunos não se podem pautar pelamediocridade, antes pelo contrário.

Poderá colocar-se a questão de calendário. De facto elesvão faltar a algumas aulas, mas avaliando a dimensãopedagógica da visita penso que podemos em consciência fazermais uma opção. Por outro lado, este calendário está próximoda semana da escola.Queremos apenas relembrar que estegrupo turma tem activamente participado não só na semanado ano passado, como em todas as actividades que têmdecorrido na escola.(…)

A minha (o)posição1. O Conselho Pedagógico entendeu, no âmbito das suas

legítimas competências, não aprovar a visita de estudo a Bar-celona, proposta para o período entre 17 e 22 de Abril próximo;

2. No meu entendimento, a recusa das datas propostas,coincidentes com quatro dias de aulas, e a consequenteinviabilização da visita têm como principal argumento o prejuízoque esta actividade traria para o cumprimento dos programascurriculares dos alunos envolvidos;

3. Levado às últimas consequências, este raciocínio poderáser aplicado a toda e qualquer actividade extracurricular(Semana da Escola, colóquios, Festa do Chocolate, …) fazendocom que aescola se transforme num local onde professores e

alunos nada mais farão do que transitar de aula para aula, aoarrepio de tudo aquilo em que acredito;

4. Está, na minha opinião, criado um conflito de consciênciaentre a posição deste órgão com o qual deixei de me sentirsolidário, por um lado, e as minhas convicções do que é oProjecto Educativo desta escola;

Por este motivo, decidi apresentar a demissão de Coordenaordo Projecto Educativo, Coordenador dos Directores de Turmado Ensino Secundário (cargo pelo qual estava presente no C.Pedagógico) e colocar à disposição do Conselho Executivo aresponsabilidade que tenho assumido pelo website da escola.[::]

por Renato Albuquerque

Ano II, nº 10, Março/2006

Creio que já todos ouvimos falar na questão(problemática?) das aulas de substituição no secundário.Estas aulas consistem em quando um professor falta sersubstituído por outro, independentemente desse outro ser damesma disciplina ou não.

É impossível estar a ser sincero se disser que me oponhototalmente às aulas de substituição, no entanto,também não sou totalmente a favor, ou melhor,eu não me oponho às aulas, oponho-me sim àforma como estas irão ser realizadas.

Penso que quando o professor de umadeterminada disciplina falta deve ser substituídopor outro com capacidades de leccionar amesma de modo a que os alunos possam tirar o máximoproveito da aula: por exemplo, se os alunos estiverem a fazerexercícios e lhes surgir uma dúvida, o professor deve sercapaz de a esclarecer.

Do meu ponto de vista considero ridículo que as aulas desubstituição do secundário consistam em meter os alunosnuma sala de aula a fazer jogos. Quer dizer, nos anosanteriores ao secundário, exceptuando o 9º ano, ainda aceitoessa hipótese, mas os alunos do secundário vão ter examesfinais e, como tal, têm de aproveitar todas as aulas quepossam.

Também sou da opinião que estas aulas não devem serobrigatórias nos primeiros tempos da manhã e da tarde, ouseja, se o professor da aula dos primeiros tempos avisar quevai faltar, os alunos não devem ser obrigados a ir para aescola para ter substituição.

Esta é a minha opinião!

Aulas de substituição também no SecundárioDecisão polémica

Depois do 2º e 3º Ciclo do Ensino Básico ter aulas de ocupação dos tempos escolares sempre que um professor se vêobrigado a faltar, começa-se já a falar que no próximo ano este esquema começará a funcionar também para o EnsinoSecundário.

Recolhemos 2 opiniões sobre esta medida que se antevê polémica quer para os alunos, quer para os professores.

As aulas de substituição no Ciclo, penso quesejam realmente adequadas, pois os encarregados deeducação sabem sempre onde estão os seus educandos.Os alunos, quando não tiverem aula, não vão para casa,ficam com os seus colegas na sala. Assim, os pais estãodescansados por saber que os seus educandos estão na

aula e não na rua, ao contrário do que aconteciaantigamente. Por estas razões penso que estasaulas são adequadas no Ciclo.

No Secundário, penso que estas aulas jánão são tão adequadas, porque neste nível deensino é esperada uma responsabilidade maiordos alunos, uma maturidade superior à dosalunos do Ciclo. Para além disso, qualquer

aluno do Secundário não está na escolaridade obrigatória,logo, continua a estudar por opção e não por obrigação.

Assim, não vejo razão para “obrigarem” os alunos apermanecer numa sala de aula, geralmente com um pro-fessor que nem conhecem e que, por vezes, trazem a aulapreparada e não dão oportunidade aos alunos de realizarmais nada, enquanto estes alunos poderiam aproveitar essetempo para estudar ou fazer trabalhos.Na minha opinião,as aulas de substituição no secundário “chocam”principalmente com a responsabilidade e maturidadeesperadas por parte dos alunos.

Outra questão que se coloca são estas aulas no primeirotempo da manhã, quando os alunos sabem que o professorirá faltar. Mesmo nestes casos terão que vir à aula, porvezes, para não fazer nada de produtivo para a sua vida anível escolar. O mesmo se passa nas aulas do último tempo,em que os alunos poderiam ir para casa mais cedo parafazer trabalhos ou estudar, mas na realidade os alunos são“obrigados” a ficar na escola.

Penso que, não sendo aulas avaliadas do mesmo modoque qualquer outra aula do nosso horário, as suas faltastambém não deveriam ser contabilizadas de igual modo paraa estatística pessoal de faltas curriculares.

SofiaCardoso

10º B

José Costa

10º D

Foi com muita pena nossa que, no dia10 de Janeiro, tivemos de nos despedir de uma grande colega e excelente amiga - a Daniela. A Sr.ªFerreira, como é agora tratada pelos seus superiores, deixou a nossa turma, deixou o Jornal e entroupara a Marinha. Passadas 5 longas semanas em Vale de Zebro, terminou a recruta no dia 17 deFevereiro.

Desde então, está em Vila Franca de Xira a tirar o curso de Secretariado. Resta-nos desejar ànossa “grumete” a melhor sorte do mundo e que tudo lhe corra conforme planeado.

Joana Alves, 11º G

In the navy

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Ano II, nº 10, Março/2006

Mulheres do século XX

Ana BeatrizSantos11º G

A minha selecção

Ao longo dos séculos, centenas de mulheres destacaram-se em diversas artes: pintura, escultura, música, cinema, poesia,etc…

Passou-se mais um Dia Internacional da Mulher e este ano ouvi uma frase, dita por um professor desta escola, que ficouna minha memória: Não compreendo a utilidade do Dia Internacional da Mulher, porque esta deve ser consideradaimportante todos os dias.

Assim, que fiquem na memória de todos os nomes de cinco mulheres do Mundo, por mim eleitas, que se destacaram noséc. XX.

Na área da pintura,destaco a pintora mexicanaFrida Kahlo. Nascida em1907, a sua pintura reflecteuma vida recheada detragédias. Começou apintar-se a si própria quandoconvalescia de um acidente que aimpediu de ter filhos. Sendo essa a sua

maior dor, os seus quadros pintam esse sofrimento.Destaca-se pela força da sua pintura, pela sua arte e pela força

interior que tinha todos os dias que atravessava em sofrimento.Neste momento, e até 21 de Maio, o Centro Cultural de Belém

exibe uma Exposição bastante significativa da obra desta pintora,falecida em 1954, com apenas 47 anos.

Marilyn Monroe destacou-sesempre pela sua beleza cativante.Capa da primeira Playboy, a suamorte prematura, aliada à suasensualidade, tornaram-na numícone pop feminino e num sex sym-bol eterno.

Nascida em 1926 com o nome de Norma Jean, morreu em1962, depois de inúmeros filmes e de uma história recheada depolémicas.

A britânica Margaret Tatcher(nascida em1952) foi a primeiramulher europeia a desempenhar afunção de primeiro ministro.Denominada de “Dama de Ferro”,ganhou as eleições consecutivamentedurante 11 anos, durante os quaisdirigiu firmemente os assuntos deestado e os ministros do seu gabinete.

Sophia de Mello BreynerAndresen é, sem sombra dedúvida, uma das maiores poetisasportuguesas contemporâneas –

um nome que se transformou emsinónimo de Poesia e de musa daprópria poesia. Nascida no Portoem 1919, escreveu inúmerasobras e ainda traduziu grandesnomes da literatura como Dante e Shakespeare.Ganhou ainda o Prémio Camões em 1999, vindo amorrer a 2 de Julho de 2004, esperando o cumprimentodo seu desejo Quando morrer hei-de voltar parabuscar os momentos que vivi junto do mar.

P a u l aRego nasceuem Lisboaem 1935 edesenvolveu asua carreiraem Londres, onde fixou residência e montou o seuatelier.

A capital inglesa despertou a sua atenção e inter-esse desde 1968, quando viajou para lá pela primeiravez, aproveitando uma bolsa de estudos recebida daFundação Gulbenkian.

Num depoimento incluso no catálogo para aexposição Pintura Portuguesa de Hoje, em 1973,Paula Rego deixou patente a sua aversão pela pinturaao vivo: Não gosto de pintar ao vivo. Gosto decanalizar imagens naturalistas, abstractas,ornamentais, feiticistas, infantis.

A sua amizade por Jorge Sampaio levou-a a pintaro retrato oficial do anterior Presidente da Repúblicaque se encontra actualmente no Palácio de Belém.

A exposição que esteve patente o ano passado noPorto, no Museu de Serralves, foi visitada pela nossaescola (ver ESCrito n.º1)

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Ano II, nº 10, Março/20068

Entrevista com Sofia Martins, vereadora da Câmara Municipal do Barreiro

Mulher adaptada a um meio maioritariamente masculino, Sofia Martins, ex-aluna da nossa escola, impôs-se e conciliaduas funções importantes, mãe e Vereadora das Obras e Saneamento. Numa conversa leve e simpática, a propósito doDia Internacional da Mulher, falámos da situação feminina nos empregos de faceta mais masculina, da discriminação queaparentemente se sofre neste tipo de serviços e da dupla função mãe/trabalhadora.

Como ser mãe e “trabalhar nas obras”

Ana BeatrizSantos11º G

Fotos: Joana Alves

ESCrito - Quais são as suas funções?Sofia Martins - Sou responsável pelas obras

municipais. Pelo sector das águas e do saneamentobásico, reparação de pavimentos, asfalto, passeios,jardins, higiene e limpeza. Tudo o que os serviços daCâmara Municipal fazem nestas áreas é da minharesponsabilidade.

ESC - Como se sente num cargo maioritariamentedesempenhado por homens?

SM - Para mim, não é diferente. Sempre trabalheinuma área mais masculina. Fui directora de obra etrabalhava num meio essencialmente masculino. Masjá começam a aparecer mais mulheres neste meio. Porexemplo, aqui, nos nossos serviços, há três mulheresengenheiras que são Chefes de Divisão. Acho que,embora este seja um sector aparentemente menosvistoso, menos feminino, não é difícil ser coordenado pormulheres.

ESC - No ambiente de trabalho como é a sua relaçãocom os homens? Sente algum tipo de discriminação?

SM - Não. Em profissões normalmente desempenhadaspor homens, sinto mais a discriminação pelo facto de serjovem do que propriamente por ser mulher. Na minha

opinião, quem cumpre bem o seu papel, e é bomprofissional, é reconhecido pelo seu desempenho enão pelo facto de ser homem ou mulher. Há bonshomens a trabalhar e boas mulheres a trabalhar.

ESC - Como é quando uma mulher chega a estemeio mais masculino?

SM - No início há um olhar diferente. Não sabem avaliarainda as nossas capacidades. Uma mulher, quandochega a um meio mais masculino é sempre maiscomplicado mas depois, com o entendimento, tudomelhora. Torna o meio menos bruto, mais sensível ecomeçam a resolver-se as questões de outra maneira.

ESC - Então, considera que houve uma evoluçãoda situação das mulheres no que diz respeito à lutapor posições de igualdade a nível profissional…?

SM - Sim. Bastante. Por exemplo, quando entrei para afaculdade havia três meninas numa turma de 30 pessoas.Actualmente numa turma de 30, 10 são mulheres.

ESC - A sua formação académica,na área de engenharia, foi difícil tendoem conta que é uma área de homens?

SM - Foi onde notei maisdiscriminação. Quando vou trabalharpara a obra não sinto que os homensolhem para nós como seres inferioresque não cumprem bem a sua função.Nem mesmo aqui sinto isso. Mas nafaculdade, os chamados “engenheirosvelhos” olhavam para as raparigascom uma opinião negativa. Eles, quedeveriam ter um olhar mais aberto efalar também para as mulheres, eraminfelizmente quem tinha um olharmais discriminativo, de quem

considera as mulheres seres que apenas servem paraenfeitar.

Asmulheressão, naverdade,

SuperMulheres

Vereadora Sofia Martins e a nossa repórter

Ano II, nº 10, Março/2006

Vereadora Sofia Martins

9

ESC - Sabemos que foi mãe um mês e meio antes de assumir funções. Comofoi conciliar essa dupla tarefa de mãe e trabalhadora?

SM - Muito complicado. Sinto que falhei um bocadinho como mãe e umbocadinho nas minhas funções. No entanto, nos primeiros momentos, com aajuda de todos, nomeadamente do restante executivo, consegui ter mais tempopara a bebé. Agora está mais fácil, mas ao início foi complicado.

ESC - Que mensagem deixa às alunas dos Casquilhos que poderão vir a serfuturas profissionais da sua área?

SM - A mensagem é sempre: sigam o vosso sonho ou vocação. Tenho semprepautado a minha vida pela ideia de que, para se conseguir o que se quer, tem quese lutar. O mundo está em constante mudança e também somos nós que ofazemos mudar.

As mulheres são, na verdade, Super Mulheres. São donas de casa, são mães,têm profissões que lhes exigem muito tempo e conseguem, quase sempre, fazertudo isso ao mesmo tempo. Não acredito que alguma menina que no futuroqueira ser engenheira, vereadora ou presidente de câmara, não o consiga. Étudo uma questão de força. Isto também porque, hoje em dia, o meio profissionalestá mais abertoàs mulheres. [::]

A mulher ao longo dos temposAlgumas pistas

Segundo a Bíblia, foi Eva quem levou Adão a comer ofruto proibido, o que provocou a sua expulsão do Jardimdo Éden... Este pecado original vai marcar,profundamente a forma de olhar a mulher, entre osséculos X e XVII, nas sociedades ocidentais.

Richardson, um pregador quinhentista, escrevia Elaé a perda do homem, uma besta insaciável, umaguerra perpétua, uma ruína contínua, uma casade tempestade, um obstáculo digno de piedade.Aliás, no séc. XVI, o aumento da influência do DireitoRomano agrava a subordinação da mulher. A ela não épermitida qualquer infidelidade (ao contrário do que sucedeao marido!), pois é ela que traz no ventre o herdeiro dopatrimónio...

Durante estes séculos, à mulher cabe essencialmente aprocriação, a educação dos filhos, as lides domésticas e aeconomia caseira. Sendo conhecida a expressão Burra quefaz him e mulher que sabe latim nunca tiveram bom fim,não é de admirar que fossem poucas as mulheres quesoubessem ler ou escrever ou mesmo um pouco mais...

A partir do séc. XIX, com a industrialização, as mulherespassam a ser exploradas como mão-de-obra mais barata,mantendo a seu cargo as tarefas domésticas.

A 8 de março de 1857, operárias das fábricas têxteis deNova Iorque entraram em greve, com ocupação dasinstalações. Reivindicavam a redução do horário de trabalhoe a aproximação salarial dos dois sexos. O resultado foi amorte de 130 mulheres, num incêndio. Para que este dramanão fosse esquecido, essa data foi escolhida, já no séculoXIX, para comemorar o Dia Internacional da Mulher.

Ainda no séc. XIX, ganha força o movimento sufragistaque lutava pela igualdade entre sexos e pelo sufrágio

universal, direitos que foram sendo obtidos, ao longo doséc. XX.

Mas ainda há muito para fazer – de forma geral, asmulheres estão em minoria nos mais altos cargospolíticos, cívicos, económicos, desportivos, etc.

E mesmo, já no séc. XXI, merecem uma palavra assituações degradantes em que muitas mulheres seencontram, desde a escravidão sexual (e não só...), à

violência conjugal e à mutilação genital feminina!Como dizia um poeta Vemos, ouvimos e lemos, não podemos

ignorar! [::]

BebianaGonçalvesProf. 10A

ON

Ano II, nº 10, Março/200610

Festa do Chocolate por Renato Albuquerque

Era avéspera e asplanificações dosdias anteriores começavama tomar forma: com esferovite,tinta, cola, imaginação e muito trabalhocresciam as decorações dos espaços

Como por magia, a 31 de Janeiro a entrada da escolatransformou-se na casa de chocolate dos contos de

fadas

A entrada da sala dealunos passou a daracesso a uma outradimensão: umae x p o s i ç ã o ,esculturas emchocolate emuitos, muitosbolos e docescom choco-late.

VF

P e l orefeitório passarammais de 200 cozinheirosde palmo e meio que partiram asbolachas, pesaram o açúcar e o choco-late, fizeram (e comeram) salames de choco-late. Vieram da Escola 6 e da 9, do Colégio Minerva, do D.Pedro V, dos Franceses, do Cantinho Alegre da Infância,do Jardim de Infância 2 do Alto do Seixalinho, ...

No Auditório, o CacauClube de Portugal

trouxe diversasamostras e umaProfessora para

falar de tudo o queestá relacionado

com o Chocolate.

Ano II, nº 10, Março/2006 11

No Pátio uma exposição retrospectiva do nosso jonal lembravaque a Festa do Chocolate tinha sido organizada para comemorar oprimeiro aniversário do ESCrito. A montagem da Exposição,formada pelas maquetes, a cores, dos diversos números, implicouuma complicada logística envolvendo a Redacção, o ConselhoExecutivo, os funcionários, os alunos e... muita imaginação paraque tudo se mantivesse de pé.

Também no Pátio foram montados espaços paravenda de chocolate quente, crepes com chocolate,bolos com chocolate, ...

À entrada da escola os nossos visitantes mais pequenosrecebiam pedacinhos dos chocolates que os nossospatrocinadores tinham oferecido.

Ao meio-dia reuniram os 2 júris dos amadores que,heroicamente, provaram 22 bolos de chocolate e 16 espéciesdiferentes de doces. À noite foi a vez dos profissionais: 12bolos e 10 doces para mais 10 heróicos membros do júri(professores, funcionários, alunos, encarregados de

educação e um representante da autarquia). Todossobreviveram e cumpriram dignamente as suas funções.

O nosso obrigado aos que nos apoiaram: a Câmara Municipal do Barreiro, a Junta de Freguesia do Alto do Seixalinho e dePalhais, a Óbidos Patrimonium, a Embaixada da República Democrática de São Tomé e Príncipe, o Cacau Clube de Portugal,a Pastelaria Nortejo (obrigado mestre Fernando Palma), os Chocolates Nestlé e o Supermercado Modelo. Um obrigadoespecial para o Pedro Brito, que concebeu o cartaz, para o Conselho Executivo e para tantos e tantos alunos, professores efuncionários desta escola que tornaram a festa possível.

Ano II, nº 10, Março/200612

Bolo Guloso1º Prémio de Bolos com Chocolate - Amadores

Isabel Lopes (Prof.ª 11º Grupo B)

Ingredientes

7 ovos3 chávenas de açúcar3 chávenas de farinha1 chávena de óleo1 chávena de chocolate ou cacau

Preparação

Numa taça, bata as 7 gemas com o açúcar.Junte o óleo e o chocolate ou cacau, misturando bem.Adicione a farinha, mexendo suavemente e, por fim,as claras batidas em castelo bem firme.Vai a cozer a 180º C, em forma previamente untada epolvilhada com farinha. A forma deve ser redonda,com buraco.

Desenformar e cobrir, se quiser, com cobertura dechocolate.

Bom apetite!

Bombons Caseiros3º Prémio de Doces com Chocolate - Amadores

Hélia Silva (Prof.ª 4º Grupo A)

Recheio:150g de açúcar125g de miolo de amêndoa3 ovos

Cobertura:1 tablete de 250g de chocolate1 colher de sopa de manteiga ou margarina sem sal1 colher de nozes picadas

Na véspera faça o recheio. Passe as amêndoas pela máquinade picar. Deite o açúcar num tachinho, junte-lhe um dL deágua, tape e leve ao lume; quando começar a ferver, retire atampa, conte 4 min de fervura em lume brando e retire do lume;junte-lhe as amêndoas moídas e mexa bem. Bata ligeiramenteos ovos, junte-os ao preparado anterior e volte a levar aolume, mexendo sempre com colher de pau, até engrossar e sever o fundo; retire do lume, deite num prato untado e deixearrefecer e repousar até ao dia seguinte.

Com esta massa faça pequenas bolinhas, mais pequenasdo que avelãs. Num tacho deite o chocolate e a manteiga ederreta em banho-maria; quando derretido, junte-lhe as nozespicadas e mexa com cuidado. Depois, com uma colher de caféou de chá, vá deitando bolinhas de recheio no chocolate;embrulhe-as bem no mesmo, retire-as uma a uma e coloque-asafastadas umas das outras numa superfície levemente untadacom óleo. Deixe-as arrefecer bem.

Embrulhe-as em papel de prata colorido ou em forminhasde papel.

A Festa podia ter sido mais animada, faltava alegria,faltava música, faltava muita coisa à Festa. Mas convenceumuita gente a vir cá, foi fixe. Jorge Sousa, 8º D

Achei bem, uma iniciativa bonita, devia haver mais vezese deu a conhecer as várias qualidades do chocolate. Deupara as pessoas se conhecerem, conversarem, …

Saudade Silva, AAE da Portaria

Foi uma Festa interessante. Acho que a escola comeventos desta natureza que exigem muito tempo, muitoesforço e muita dedicação, tanto dos professores como dosalunos, em primeiro lugar chama a atenção das outraspessoas de fora para a nossa escola; e a partir daí as pessoasque não conheciam a escola da parte de dentro passaram aconhecer, porque quem vê a escola de fora não tem a noçãodo que é realmente a escola por dentro, pensa que são sóestes edifícios aqui da frente.

Isabel Matos, AAE do Bloco A

Gostei porque foi uma iniciativa diferente, passámos umdia diferente; pudemos conhecer pessoas novas, haviapessoas de outras escolas, a escola estava aberta ao público.

Sara Oliveira, 10º E

Ano II, nº 10, Março/2006 13

Cocktail de laranja com cacau (6cálices)

1º Prémio de Doces com Chocolate - AmadoresErica Fernandes, 11º D

Ingredientes

Creme:300 g de chocolate para uso culinário;300 g de natas batidas;200 g de açúcar;6 gemas.

Cobertura:0,5 L de leite;200 g de açúcar;4 laranjas;2 colheres de chá rasas de farinha de milho;8 gemas6 folhas de gelatina (ou 2 pacotes de gelatina de ananásem pó)

Preparação:Prepare um xarope com o açúcar e um copo de

água. Derreta o chocolate aos pedaços em banho-maria; junte as gemas; misture bem e incorpore oxarope mexendo sempre. Junte as natas batidas edistribua por cálices de vidro. Coloque no frio até queganhe consistência.

Para a cobertura, raspe a casca das laranjas paraum tacho com o leite e o açúcar. Quando começar aferver, retire do lume e deixe repousar durante unsminutos. Incorpore as gemas e a farinha de milhodissolvida no sumo das laranjas.

Passe por um coador fino. Este preparado devevoltar a lume brando, mexendo sempre, até que ocreme fique espesso. Junte a gelatina, mexendo atéque se dissolva. Deixe arrefecer e reparta sobre ochocolate.

Creme de Whisky (4 doses)2º Prémio de Doces com Chocolate - Amadores

Mária Almeida (Prof.ª 1º Grupo) e marido

Ingredientes

6 dL de leite3 colheres de sopa de farinha5 gemas150 g de açúcar1 cálice de whisky (grande)chocolate em pó ou em barrachantilly q.b. (para fazer chantilly bata 2 dL de natascom 3 colheres de açúcar)

Preparação

Ferva o leite. À parte, misture a farinha com as gemase o açúcar. Verta o leite em fio, sem parar de mexer.

Leve a lume brando para engrossar, mexendo sempre.Coloque o chocolate em pó ou raspe a barra ou (comoeu fiz) coloquei a barra toda dentro do leite.Deixe ferver um pouco, retire do lume (após o apagar),junte-lhe o whisky e misture bem.

Deixe arrefecer, mexendo ocasionalmente. Decorecom chantilly e chocolate em pó ou com aparas dabarra – se ainda sobrar alguma.

Sirva bem fresco.

Estava bem organizada. Achei que foi engraçado, foigiro, foi um bom projecto e contribuiu um bocadinho para osalunos saírem daquela onda “ai os estudos…”. Deu para opessoal se divertir um pouco porque não havia aulas.

Lucinda Silva, 9ºB

Gostei: foi giro, foi diferente, nunca tinha visto nenhumaassim, nenhuma Festa do Chocolate.

Sandra Viola, AAE da Biblioteca

Ano II, nº 10, Março/200614

Dia-a-dia CICLO DE CINEMA

No dia 13 de Fevereiro, o Ciclo de Cinema em LínguaPortuguesa invadiu o Auditório da Escola. Esta iniciativapermitiu a divulgação de uma língua falada por milhões dehabitantes em todo o mundo, língua essa que transpõe asfronteiras do nosso país. Os dois filmes exibidos no âmbitodeste ciclo de cinema – Zona J, de Leonel Vieira, e Cidadede Deus, de Fernando Meirelles – retratam uma sociedademarcada pelo crime e pela toxicodependência. Desta forma,pretendemos alertar toda a comunidade educativa para umarealidade que não pode ser ignorada, pois “Se correr o bichopega. Se ficar o bicho come”. Obrigada a todos aquelesque se deixaram contagiar pela Língua Portuguesa. [::]

Emanuela Costa e Verónica Fitas

No dia 3 de Fevereiro, teve lugar uma visita de estudo aoInstituto Franco-Português, em Lisboa, que juntou alunosdo 11º (B, C, D e F) e do 12º anos de escolaridade (C e D).Esta visita foi organizada pelo núcleo de estágio de Portuguêse Francês, as estagiárias Emanuela Costa e Verónica Fitas e aorientadora Ana Coelho, e contou com o apoio da professoraZelinda Cunha.

Por volta das 8h30, alunos e professores partiram do ter-minal dos barcos em direcção a Lisboa. Já no Instituto Franco-Português, um dos responsáveis pela mediateca apresentoueste local e o seu modo de funcionamento, sempre em francês.Em seguida, para que os alunos pudessem pôr em prática osseus conhecimentos linguístico-culturais, realizaram um peddypaper em grupos de quatro. Posteriormente, dirigimo-nos aoauditório do instituto para assistirmos ao filme Táxi 2, de LucBesson.

Já que afome se faziasentir, osparticipantesnesta visitaalmoçaram na Pizza Hut e, como estavam perto da Faculdadede Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa,onde estudam as estagiárias de Português e de Francês,deslocaram-se a esta instituição. No final, os alunos revelaramque gostaram bastante desta visita e que é necessário repetiriniciativas semelhantes! [::]

Rute Jael, 12º D

INSTITUT FRANCO-PORTUGAIS

No passado dia 9 de Fevereiro, o 11º G, acompanhado pelaprofessora Ana Santiago, percorreu as ruas da Lisboa de Eça deQueirós. Quem hoje atravessa o Chiado e passa por algumas dasartérias que se estendem do Príncipe Real até à Baixa e ao Caisdo Sodré, dificilmente imagina que foram o cenário de muitos dosseus romances. O escritor só em 1866 chegou a Lisboa, já com 20anos. Era um rapaz do Norte, natural da Póvoa do Varzim, queficou fascinado pela capital e nela se inspirou retratando nas suasobras os ambientes, as ruas e as gentes alfacinhas do fim do séculoXIX. [::]

PASSEIO QUEIROSIANO

BS

Lisboa: Estátua de Eça de Queiroz com a Verdade

No dia 22 de Fevereiro, integrado no Ciclo de Colóquios OsJovens e o Mundo de Hoje, organizado pela professora FilomenaDias, realizou-se um novo encontro dinamizado pelas psicólogasSílvia e Raquel Mendes, do Núcleo de Estudos sobre Suicídio doHospital de Santa Maria. Desta vez o tema foi o Suicídio. [::]

22 de Fevereiro, Casquilhos: dr.as Sílvia e Raquel Mendes

COLÓQUIO SOBRE SUICÍDIO

REUNIÕES DOS PAIS COM O DTEstá já marcado o Calendário das reuniões de Pais e

Encarregados de Educação com os DTs em Abril. No siteda escola: www. esec-casquilhos.rcts.pt

Ano II, nº 10, Março/2006

RA

Carlos Humberto

15

No dia 7 de Março, os alunos das turmas 11º G e 12º D, acompanhadospelas professoras Ana Santiago, Bebiana Gonçalves e Rosa Almeida,deslocaram-se à capital com o intuito de conhecerem a Lisboa pessoana ea Lisboa do 25 de Abril, tendo ainda passado pelo Centro de Arte Moderna.Esta visita de estudo, realizada no âmbito das disciplinas de História,Português e Literatura Portuguesa, pretendia dar a conhecer um contextopolítico-cultural preponderante na vida do nosso país.

O percurso pedestre iniciou-se no Terreiro do Paço e estendeu-se até àFundação Calouste Gulbenkian. Entre outros locais, visitou-se o Largode São Carlos (aqui se localiza o prédio onde Fernando Pessoa nasceu, em1888), o Martinho da Arcada, onde o poeta passava muitas das suas horase A Brasileira, ponto de encontro de muitos escritores modernistas.

No Museu de Arte Moderna, os participantes admiraram quadros deartistas portugueses do século XX, assim como de artistas estrangeiros, poiseste espaço possui uma das maiores e mais completas colecções de artemoderna do nosso país. Pintores como Amadeo de Souza Cardoso, AlmadaNegreiros e Marcelino Vespeira deixaram belas obras-primas queproporcionaram um espectáculo memorável. Uma visita a repetir! [::]

PASSEIO PESSOANO E DE ABRIL

No nevoeiro leve da manhã de meia-primavera, aBaixa desperta entorpecida e o sol nasce como sefora lento. Há uma alegria sossegada no ar commetade de frio, e a vida, ao sopro leve da brisa quenão há, tirita vagamente do frio que já passou, pelalembrança do rio mais que pelo frio, pela comparaçãocom o Verão próximo, mais que pelo tempo que estáfazendo.

Bernardo Soares, Livro do Desassossego (s/d)

9 de Fevereiro, Lisboa, Largo de São Carlos: 11ºG

AS

ON

Da esquerda para a direita: representantes da PSP, CMB, CPCJR e APAV

Realizou-se no dia 8 de Março de 2006, no Auditório daEscola, um Colóquio sobre a Violência.

Organizado pelos professores de Geografia, foramconvidadas diversas organizações que estão directamenteligadas a este tema, tendo estado presentes representantesda Polícia de Segurança Pública - Barreiro, da Câmara Mu-nicipal do Barreiro - Centro Local de Apoio ao Imigrante, daComissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco doBarreiro e da APAV (Associação Portuguesa de Apoio àVítima). [::]

COLÓQUIO SOBRE VIOLÊNCIA

No próximo dia 31 de Março, pelas 10:20,a escola recebe a visita do Presidente daCâmara Municipal do Barreiro, CarlosHumberto. Esta iniciativa insere-se noprojecto Opções Participadas comos Estudantes, integrado naquinzena da Juventude. [::]

PRESIDENTE DA CÂMARAVEM À ESCOLA

A Escola Secundária de Casquilhos será o lo-cal de realização da Feira da Ciência, do XIIEncontro de Jovens Investigadores. Este encontro,aberto a toda a comunidade, irá decorrer entre 7e 11 de Abril (sexta a terça) no Barreiro. Na feira,para além de se encontrarem stands com osprojectos científicos de jovens (do ensino básicoe secundário) que foram seleccionados, haveráactividades de divulgação científica a cargo daAssociação Juvenil de Ciência e a participaçãode um grupo dinamarquês (Europhysics.fun).

Terão lugar também nesta feira actividades deconstrução e lançamento de microfoguetes eobservações astronómicas. A feira, dirigida a todosque se interessam por ciência, poderá ser visitadapelo público no dia 8 de Abril entre as 15:30 e as22:00, e nos dias 9 e 10 entre as 9:00 e as 21:00.[::]

FEIRA DA CIÊNCIA

Ano II, nº 10, Março/200616

Desporto Escolar

Dois meses de competiçõesOs vários núcleos de Desporto Escolar existentes na escola continuaram a sua actividade

nestes últimos meses, mostrando que, apesar da falta que nos faz um pavilhão gimnodesportivo, osalunos continuam a ter boas prestações nas provas em que participam.

Dia 2 de Fevereiro, naQuinta dos Fidalguinhos,

realizou se a prova de Corta-Mato Concelhio. A nossa escola

contou com a participação de 32 alunos, que deram o seumelhor e mostraram grande empenho em alcançar a meta,tendo também conseguido o 2º prémio na classificaçãocolectiva no escalão de Juvenis Masculinos.

É importante destacar duas subidas ao pódio: as alunasSoraia Pinto (7ºB) e Andreia Furtado (8ºB) ficaram em 2ºlugar nos escalões de Infantis B e Iniciadas,respectivamente. Os restantes participantes distribuíram-se pelas seguintescategorias:

Fotos: Vera Ferreira

VeraFerreira

prof.ª E.F.

A fase seguinte do Corta-Mato, a nívelde Coordenação Educativa, decorreu no dia10 de Março, no Seixal, e a escola aindaaguarda as classificações dos nossos atletas.

Quem também continua a mostrar um grandepotencial nas actividades do Desporto Escolar são osalunos que representam o núcleo de Natação. AProfessora Luzia Capela acompanhou os seus alunosao 2º Encontro do Núcleo de Natação que se realizouno passado dia 18 de Fevereiro, na Piscina Municipaldo Montijo.

Todos os alunos que representaram a Escola tiveramuma excelente prestação nas várias provas disputadas,obtendo os resultados abaixo indicados.

O próximo encontro foi no dia 18 de Março e osprofessores afirmaram ao ESCrito que seria importanteque os colegas da escola apoiassem os nossos atletas evissem “com os próprios olhos” um verdadeiroespectáculo dentro de água. Também neste casoaguardamos os resultados dos diversos nadadores.

2 de Fevereiro, Fidalguinhos: Corta-mato concelhio

18 de Fevereiro, Montijo

Ano II, nº 10, Março/2006

ON

22 de Fevereiro, Casquilhos: apuramentos

17

Campeonato de Jogos Matemáticos

Dora Pintoprof.ª 1ºG

No passado dia 22 de Fevereiro, realizou-se na nossaescola o apuramento dos alunos para o campeonatonacional de jogos matemáticos. O bar da escola acolheu60 alunos que participaram nos diversos jogos. Osalunos foram divididos por jogo e ciclo de ensino e,após várias disputas, foram apurados três alunos do 3ºCiclo e dois do Secundário.

No dia 10 de Março partimos do Barreiro rumo aAveiro para participar com osnossos alunos na respectiva fi-nal.

No jogo do Hex a nossaescola foi representada pelosalunos Miguel Galego (9ºA) eInês Guimarães (10ºB), noAmazonas pelo Paulo Ferreira(8ºA) e Rui Ruivo (10ºA) e noOuri pelo aluno Afonso Freitas(9ºA).

O campeonato teve lugar na“Fábrica”, sendo este um dos vários Centros de CiênciaViva do país. Muitas foram as escolas que participaramnesta actividade estando presentes alunos de 191estabelecimentos de ensino de todo o país.

Após as primeiras eliminatórias, foi apurado para a finaldo jogo Amazonas o aluno Rui Ruivo que obteve umhonroso 3º lugar na classificação geral deste jogo. Osrestantes alunos, apesar de também terem pontuado naseliminatórias em que participaram, não obtiveram pontossuficientes para passar à final.

O balanço desta actividade foi muito positivo não só pelaparte lúdica associada aos jogos mas também pelo convívioentre os alunos e os professores. E mais uma vez parabénsaos alunos Miguel Galego, Inês Guimarães, Paulo Ferreira,Afonso Freitas e Rui Ruivo. JP

G

Rui Ruivo recebendo as últimas instruções em Aveiro

O jogo do Amazonas

Este jogo acontece numtabuleiro quadriculado de forma etamanho que se quiser, mas no campeonato foi usadoo tabuleiro de 8 x 8. Cada jogador dispõe de algumaspeças, todas iguais, as amazonas. Cada movimentoconsiste em deslocar uma amazona, que se move como

uma rainha do xadrez (semprenas diagonais) e, logo de seguida,em disparar em direcção aqualquer casa do tabuleiro(vazia) atingível a partir da casade chegada da peça deslocada;o quadrado atingido fica parasempre indisponível para ambosos jogadores. Não se pode saltarsobre ele. Não há capturas.Como em cada jogadadesaparece uma casa dotabuleiro, o jogo tem de acabar.

Perde quem se vir privado de movimentos legais.

A candidatura apresentada ao Programa Ciência VivaVI foi aprovada e a escola irá receber quase 9.000€ para oprojecto Laboratórios Interactivos na ESC quecomeçará em Setembro de 2006.

Este projecto tem como objectivo a aquisição deconteúdos científicos, por via experimental, numacomunidade escolar carenciada. É um projectointerdisciplinar integrado no desenvolvimento curriculardos conteúdos de Ciências Físico-Químicas, CiênciasNaturais e Geografia do 3º Ciclo e Física e Química A doEnsino Secundário e está estruturado em 3 vertentes: AEscola à Descoberta da Astronomia (3º Ciclo),Explorando Som e Luz (8º e 11º Anos) e A Física SobreRodas (9º e 11º Anos).

Escola ganha projectoCoordenado pela professora Carmen Oliveira, de Físico-

Química, contará com a participação de diversos professoresdas áreas envolvidas e ainda com a colaboração dosProfessores Luís Peralta, do Departamento de Físicada Faculdade de Ciências de Lisboa, BráulioBaptista, do Instituto Superior de Engenharia deLisboa, e ainda da Câmara Municipal do Barreiro.

Nesta actividade estarão envolvidos alunos do3º ciclo do Ensino Básico (7º, 8º e 9º anos - 212 alunos) e doEnsino Secundário (11º ano - 74 alunos). [::]

Ano II, nº 10, Março/200618

Na semana em que se comemorou o Dia Mundial da Poesia (21 deMarço), o núcleo de estágio de Português e de Francês, composto porEmanuela Costa e Verónica Fitas, distribuiu a alunos, funcionários eprofessores poemas de autores portugueses.

Dia 23 de Março, ainda no âmbito do Dia da Poesia, esteve presente nonosso auditório o poeta Nuno Júdice. Este evento foi organizado pelo mesmonúcleo de estágio, com o apoio da Livraria Bocage.

Como as estagiárias estão a leccionar na turma 10ºA, esta teve umaparticipação activa na conferência que incidiu sobre a obra do próprio poeta.

No final, a escola ofereceu ao poeta um quadro da autoria da professoraFernanda Martins.

Escritor, poeta e ensaísta português, Nuno Júdice é natural deMexilhoeira Grande, Portimão, onde nasceu em 1949. Estudou FilologiaRomânica na Universidade de Lisboa, vindo depois a ser professor doensino secundário. Actualmente, é professor da Universidade Nova deLisboa, onde se doutorou em 1989 com uma tese sobre Literatura Medi-eval. [::]

Emanuela Costa e Verónica Fitas

Nuno Júdice na nossa escola

Publicar um livro, transformar em objecto real aquilo que se escreve é sempre a última parte do poema: quando isso acontece, opoema já não é meu. Só quando o escrevo e quando o leio pela primeira vez é que essa relação directa do autor com o texto existe.Depois, ele passa a ser mais do leitor do que de quem o escreve. (…) O poema autêntico é esse que é capaz de se separar da pessoaque o escreveu e seguir o seu caminho sem precisar de quem o escreve.

Nuno Júdice, 23 de Fevereiro de 2006, Casquilhos

23 de Março, Casquilhos: Nuno Júdice numa improvisadasessão de autógrafos

ON

Os jovens de hoje são aquilo que o poder do comércioglobal sempre sonhou, ou seja, estão dentro de uma dasformas criadas pela indústria cultural para ser consideradonormal. Os “média” têm um papel fundamental pois,armados com a propaganda e o marketing, impõem os maisdiversos contravalores e fazem disso uma falsa oportunidadepara eles “serem felizes”.

Para serem valorizados, os jovens têm de estar na moda,o corpo atlético e serem aceites no grupo predominante.Se não têm os ténis da moda, o corpo cheio de curvas ousão introvertidos, são simplesmente deixados de lado.Esquecidos. Para se sentirem incluídos precisam ter poderde compra para consumir, para que se apercebam dasua existência, como se isso fosse uma senha dereconhecimento.

O poder da influência que os “média” possuem,não impulsiona os jovens para os valores quemantêm a sua dignidade, porque se eles tomassemconsciência do quanto são manipulados, o mercado nãoteria a quem vender os seus produtos. Para ser um bomconsumidor é essencial estar aberto às influências e serimediatista. O jovem é o alvo perfeito do consumismo: os“média” capturam a sua vontade para que consuma umafalsa identidade, operando no desejo e, sobretudo, noinconsciente.

Algo a que os jovens devem estar atentos é à propagandadas bebidas alcoólicas – sobretudo à cerveja: um outdoorcolocado em frente à saída da Escola Secundária dosCasquilhos torna-se um grande apelo para experimentar a

bebida, induzindo assim crianças eadolescentes a consumi-la. Este é um dostemas preocupantes, que devem ser discutidos

até à exaustão, assim como a venda de bebidasalcoólicas e de tabaco próximo das escolas.

A que ponto chegámos? Numa fase dahumanidade em que se diz existir a liberdade deescolha, os “média” manipulam a mente dos

jovens para que estes comprem o produto doanunciante que pagar mais. E vai mais além,

tornando-o uma regra, um código de conduta einclusão. Consciencialização é a palavra de ordem.

Deve-se mostrar ao jovem que ele não precisa de tudoo que é anunciado e fazê-lo perceber que a inclusão

num grupo não deve depender da moda mas sim, daafinidade de gostos e ideias próprias.

Será que as entidades responsáveis pela colocação depublicidade nos mais diversos locais do concelho também nãodevem pensar? Desculpem! Não devem pensar nisto? Outambém só lhes interessa vender espaço de publicidade? [::]

Ana Melo, Associação de Pais e Encarregados de Educação

A influência dos “média” nos jovensEducar para o consumo

Ano II, nº 10, Março/2006 19

Preenche as casas vazias com algarismos de 1 a 9 demodo a que o mesmo número não se repita em cada linha,coluna ou quadrado. Grau de dificuldade: médio.

Soluções

Ficha técnica Proprietário: Escola Secundária de Casquilhos – Barreiro Director: Renato Albuquerque (prof. 10ºA) Subdirector: AnaSantiago (prof. 8ºB) Redacção: Ana Beatriz Santos (11ºG); Ana Arêde (11ºG); Ana Rita Gomes (10ºD); André Galvão (12ºE); Cátia Duarte (11ºG); Joana Alves (11ºG);Marta Maia (10ºD); Sara Heitor (10ºD); Sofia Cardoso (10ºB); Sofia Pia (11ºG) Colaboraram neste número: Anabela Rocha (prof.ª 10ºB), Ana Melo (Associaçãode Pais); Andreia Filipa (11ºE); Bebiana Gonçalves (Prof.ª 10ºA); Dora Pinto (Prof.ª 1ºG); Emanuela Costa (Estagiária); Guilherme Oliveira (11ºE); José Costa (10ºD);Miguel Cunha (11ºA); Rute Jael (12ºD); Schmitz; Vera Ferreira (Prof.ª EF); Verónica Fitas (Estagiária) Fotos: Ana Santiago; Beatriz Santos; Joana Alves; Jorge PauloGonçalves (Prof. 1ºG); Orlando Nunes (Prof. 11ºA); Renato Albuquerque; Vera Ferreira Maquetagem: ReAl. Impressão: Serviços de Reprografia da Escola Capa: A partir de fotos de Orlando Nunes e Renato Albuquerque e de desenho de Pedro Brito Correspondência: Jornal ESCrito. Escola Secundária de Casquilhos.

Quinta dos Casquilhos. 2830-046 BARREIRO Telef.: 212148370 Fax:212140265 E mail: jornal@esec casquilhos.rcts.pt Horário: Sala D11 - terças, das 14:00às 16:00; quartas, das 8:30 às 10:00 Tiragem desta edição: 300 exemplares

SU DOKUpor André Galvão, 12º E

COMERCUZOLHOS 2006

Concurso de cartazesEstá aberto o concurso para o cartaz do Comercuzolhos 2006 que este ano irá decorrer entre 3 e 5 de Maio.Do Regulamento, afixado em vários locais da escola, salientamos:

Para todos os que acham que têm jeito, aqui está uma proposta de trabalho para estas férias.Podes ver cartazes de outros anos no ESCrito n.º 4 (Abril de 2005) ou na página da escola

(www.esec-casquilhos.rcts.pt).O Comercuzolhos começou por ser, na sua primeira edição, em 1991, uma mostra dos trabalhos

dos alunos de Artes que tinham ido, nesse ano, a uma visita de estudo à ARCO, em Madrid(certamente a mais importante mostra de Artes Plásticas da Península). A certa altura, oComercuzolhos transformou-se na Semana Cultural da Escola e é para essa actividade que está adecorrer o concurso. [::]

O Concurso [está] aberto a todos os alunos da escola.Os trabalhos deverão ser apresentados em suporte no

formato A3. Serão admitidas 3 cores (cor de suporte maisduas cores), estando o branco excluído.

As maquetas a concurso deverão ser entregues noConselho Executivo ou no Departamento de ExpressõesPlásticas e Artísticas [Bloco D] até ao dia 20 de Abril de2006.

O júri será formado por dois professores do Departamentode Expressões Plásticas e Artísticas, por um representantedo Conselho Executivo e pela Presidente do ConselhoPedagógico.

Haverá prémios para os primeiros 3 Classificados.Será feita uma exposição com os trabalhos seleccionados

durante o “Comercuzolhos 2006”.

Ano II, nº 10, Março/2006

As Aventuras de Bia por Schmitz

Última hora:vêm aí as obras

Despeçam-se das salas B e C. Quandovoltarem não as vão conhecer: portas, janelase portadas novas, chão e degraus arranjados,pinturas quando necessárias, ... Digam adeusàs madeiras com quase 45 anos e dêem asboas vindas ao alumínio.

Tudo em 60 dias e com as aulas a decorrer.Não acreditam? No próximo número cá

estaremos para contar.