jornal escrito nº 20

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página 5 Escola Secundária de Casquilhos - Barreiro Director: Renato Albuquerque Directora-Adjunta: Ana Santiago Ano IV N.º 20 FEV 08 Preço: 0,70 • INDISCIPLINA NAS ESCOLAS QUE FAZER ? INDISCIPLINA NAS ESCOLAS QUE FAZER ? páginas 6-13 página 20 VoVó MaTilde O que é que o Manuel Luís Goucha, o apresentador de programas da manhã da TVI, tem a ver com a Vovó MaTilde? E porque é que o seu adorado netinho se porta mal? Veja na BD deste número. Entrevistas Fomos falar de indisciplina com os Presidentes dos órgãos de gestão das escolas com ensino secundário do Barreiro. Cada um trata este problema à sua maneira e fazem o que é possível. Festa do Chocolate É já dia 14 de Fevereiro a III edição desta Festa do Chocolate que traz o Barreiro até à escola e que este ano tem algumas novidades: até doces sem açúcar vamos ter! Venha ver.

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Jornal da Escola Secundário de Casquilhos - Barreiro - Portugal

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Page 1: Jornal ESCrito nº 20

página 5

Escola Secundária de Casquilhos - Barreiro Director: Renato Albuquerque Directora-Adjunta: Ana Santiago

Ano IV N.º 20 FEV08

Preço: 0,70 •

INDISCIPLINA NAS ESCOLASQUE FAZER ?INDISCIPLINA NAS ESCOLASQUE FAZER ?

páginas 6-13 página 20

VoVó MaTildeO que é que o Manuel Luís Goucha,

o apresentador de programas damanhã da TVI, tem a ver com a VovóMaTilde? E porque é que o seuadorado netinho se porta mal?

Veja na BD deste número.

EntrevistasFomos falar de indisciplina com os

Presidentes dos órgãos de gestão dasescolas com ensino secundário doBarreiro. Cada um trata este problemaà sua maneira e fazem o que épossível.

Festa do ChocolateÉ já dia 14 de Fevereiro a III edição

desta Festa do Chocolate que traz oBarreiro até à escola e que este anotem algumas novidades: até doces semaçúcar vamos ter!

Venha ver.

Page 2: Jornal ESCrito nº 20

2 JAN 2008 N.º 20 ESCrito

Ficha técnica ESCrito Proprietário: Escola Secundária de Casquilhos – Barreiro Director: Renato Albuquerque (prof. G. 400) Director-Adjunto: Ana Santiago (prof. G. 300) Redacção: Hélder Rodrigues (12ºD); João Martins (12ºD); José Costa (12ºD); Marta Maia (12ºD); SaraHeitor (12ºD) Colaboraram neste número: 11º F: Ana Sofia Vicente, Anselmo Rito, Catarina Encarnação, Diogo Oliveira, Elisabete Castro, JoanaFerreira, Joana Vieira, Leandro Carmo, Marcos Leão, Soraya Silva, Vanessa Batista; Departamento de Matemática; Jorge Santos (11ºD); Mestre Coelho(prof. G. 510); Paulo Nunes (prof. G. 600) Fotos: 11º F; Orlando Nunes (prof. G. 420); Renato Albuquerque Maquetagem: ReAl. Impressão:Serviços de Reprografia da Escola Capa: ReAl Correspondência: Jornal ESCrito. Escola Secundária de Casquilhos. Quinta dos Casquilhos. 2830-046 BARREIRO Telef.: 212148370 Fax:212140265 E mail: [email protected] Horário: Sala C6 - quintas, das 12:00 às 13:30 Tiragem desta edição: 350 exemplares Publicação anotada na Entidade Reguladora para a Comunicação Social

Os textos não assinados são da responsabilidade da Direcção

Proposta de Decreto-Lei do ME esteve em consulta públicaEscolas passam a ser geridas por Director

A 8ª Maravilha do MundoO ESCrito apresenta, em rigoroso

exclusivo e graças às mais modernastecnologias que já equipam a nossaredacção, o momento do futuro em que oDirector dos Casquilhos escolheu osCoordenadores de Departamento.

Tal como no Colosso de Rodes, achama ilumina as decisões dosprofessores, guiando-os para as metasdefinidas pelo Conselho Geral e evitando

os escolhos da avaliação.O arco e as flechas

serão usados paracapturar todos os alunosque tenham a perigosa ideiade abandonar a escola,boicotando os objectivospredefinidos.

A faixa de Director foi-lhe entreguepelo Presidente do Conselho Geral, o

4º Secretário da Junta deFreguesia.

O vestuário usado é porque,mesmo no futuro, a escola con-

tinua... de tanga.

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Page 3: Jornal ESCrito nº 20

ESCrito N.º 20 JAN 2008 3

Editorial

RenatoAlbuquerque

Uma geração abandonada?

Em 1994, durante uma das muitasmanifestações de protesto dos estudantesuniversitários contra o aumento daspropinas, os alunos viraram as costas aoMinistro da Educação, baixaram as calçase mostraram-lhe, escrito a negro sobre osrespectivos traseiros, a expressão Nãopagamos. Dias depois, no seu editorial, odirector do jornal Público, Vicente JorgeSilva, interrogava-se se estaríamos peranteUma geração rasca?

Rapidamente, a interrogaçãodesapareceu e a frase passou a caracterizara juventude dessa época: uma geraçãocontestatária, certamente, mas que, aomesmo tempo, chegava ao ensino superiorcom imensas lacunas; que exercia praxeshumilhantes e violentas aos colegasacabados de chegar à Universidade; quebebia milhares de litros de cerveja naQueimas das Fitas, em Coimbra, ficandoperto do coma alcoólica; que vandalizavamos hotéis nas suas viagens de finalistas …

Felizmente, esta geração, formada porgente que estará a deixar os trintas e a entrarnos quarentas, não se resumia a estaspessoas e também foi capaz de ir estudarpara o estrangeiro, nas mais exigentesuniversidades ou institutos; esta geraçãoformou gente de sucesso, capaz de darcartas, a nível mundial, em determinadossegmentos da tecnologia; inclui gente que,em 2007, pela primeira vez na história dePortugal, foi capaz de vender maistecnologia ao estrangeiro do que aquela queo nosso país importa.

Em que ficamos, então? Quem são os

representantes desta geração que hoje temfilhos com 10, 15 anos: os rascas ou oshomens de sucesso?

Agora que tanto se fala de avaliação dosprofessores e se faz passar a ideia que tudoo que está mal no ensino é por culpa destes,vale a pena reflectir: foram os professoresque criaram as diferenças entre as pessoasde que estávamos a falar? Hoje em dia,numa mesma turma, temos alguns alunosque sabem ler, escrever, estudar, pensar,respeitar o adulto e outros para quem ocomportamento na sala de aula é umprolongamento do que fazem no intervaloe este, por sua vez, é um prolongamento doque acontece na rua ou em casa. A culpa édos professores?

Nas conversas passa, por vezes, umvento gelado que afirma que “Digam o quedisserem, no tempo do homem haviarespeito, isto não era assim!”

No “tempo do homem”, isto é, há 40anos, as crianças, os jovens tinham alguémem casa (uma mãe, um pai, uma avó, ...)que lhes preparava o pequeno-almoço, lhesdava um carinho, um conselho, os recebiadepois das aulas e lhes perguntava como éque estas tinham corrido, verdadeiramentepreocupado com o que se passava na escola.

Hoje, os jovens passam os diasabandonados a si próprios, em famíliasmonoparentais ou desestruturadas, sem apresença de alguém que lhes sirva dereferência, entretidos pela televisão ou poruma qualquer consola de jogos,bombardeados por uma sociedade quevaloriza o êxito fácil e efémero e desvaloriza

o esforço e a persistência. Ospais matam-se a trabalharpara sobreviverem ou para sepoderem afirmar numacarreira, cada vez maiscompetitiva e que não lhes deixa tempo,nem disposição, nem vontade para teremainda de fazer de pais no final da noite.

Porque são os professores que têm defazer estes papéis e ainda os de psicólogo,sociólogo, educador, assistente social etécnico de saúde pública, fomos ver comocada uma das escolas do Barreiro lidam comos problemas de indisciplina.

Achamos este trabalho ainda maisimportante quando as escolas são agorabombardeadas com legislação que, a meiode um ano lectivo, vem alterarcompletamente as regras do jogo, comprazos que dizem que é para executar jáamanhã, ou daqui a 5, ou 10, ou 20 dias.Isto se, entretanto, não sair um despacho,ou uma circular, ou uma resposta numqualquer fórum da Internet que diz queafinal já não é nem de uma forma, nem deoutra, mas que, apesar disso, já devia estarfeito.

Os professores estão afogados em papéise a avaliação que se avizinha não vai re-solver nenhum destes problemas.

Afinal, somos (todos) uma geraçãoabandonada?

PS: Ainda alguém se lembra do nomedo Ministro da Educação em 1994?

A Lei nº 3/2008, de 18 de Janeiro, veiointroduzir alterações significativas à lei nº 30/2002, de 20 de Dezembro, aprovando o novoEstatuto do Aluno dos Ensinos Básico eSecundário.

Vejamos algumas das novidades queentraram em vigor a 23 desse mês.

O Encarregado de Educação ou o aluno, semaior de idade, tem três dias úteis para justificara falta dada a uma aula. Fora desse prazo a faltanão poderá ser justificada.

Se a falta não for justificada dentro desseperíodo o director de turma avisará oEncarregado de Educação desse facto no prazode três dias úteis.

Quando o aluno atingir o dobro do númerode tempos lectivos semanais, por disciplina, osEncarregados de Educação serão convocados acomparecer na Escola para, em conjunto com o

Estatuto do alunoAlteraçõesDirector de Turma, encontrarem estratégias para

evitar que o aluno continue a faltar às aulas.Haverá lugar à realização de uma prova de

recuperação numa dada disciplina (em termosa definir pelo Conselho Pedagógico) quando oaluno atingir um número total de faltascorrespondente ao triplo de tempos lectivossemanais, por disciplina, ou ao dobro de tem-pos lectivos semanais, por disciplina, se se tratarexclusivamente, de faltas injustificadas.

Se o aluno não obtiver aprovação na referidaprova o Conselho de Turma poderá determinar:

a) O cumprimento de um plano deacompanhamento especial e a consequenterealização de nova prova de recuperação;

b) A retenção do aluno inserido no âmbitoda escolaridade obrigatória ou a frequentar oensino básico, permanecendo no ano lectivoseguinte no mesmo ano de escolaridade que

frequenta.c) A exclusão do aluno que se encontre

fora da escolaridade obrigatória, a qual consistena impossibilidade de esse aluno frequentar, atéao final do ano lectivo em curso, a disciplinaou disciplinas em relação às quais não obteveaprovação na referida prova.

A não comparência do aluno à realização daprova de recuperação, quando não justificadaatravés da forma prevista no nº4 do artigo 19desta Lei, determinará a sua retenção ouexclusão.

Esta informação não dispensa a leitura inte-gral da referida lei que se encontra disponívelno site da escola:www.esec-casquilhos.rcts.pt/Documentos.htm

Page 4: Jornal ESCrito nº 20

4 JAN 2008 N.º 20 ESCrito

Por outro lado, verificámos que ascondições físicas que o espaçoapresentava não proporcionavam umautilização apropriada e condigna àmostra de trabalhos de alunos ou aoutras intervenções.

Para os autores desta iniciativa, osprofessores Ilídio Pina e Paulo Nunes,era inquestionável a relevância desteespaço no conjunto edificado da escola,bem como a importância deste recursopara a dinamização dos seus espaçosexteriores. Como se pode ler noProjecto Educativo da Escola, “podeentão considerar-se que o espaço físicoda nossa Escola é um factorpreponderante e determinante nadefinição de um projecto que se quereducativo e que pretende englobar aEscola no seu todo, tirando partido dosmais diversos recursos” (pág. 10).

O “espaço/vitrine” que pretendemosrequalificar e adaptar a uma Galeria deArte localiza-se numa área central daescola, em articulação com o Pátio Cen-tral, com o Auditório, com a Sala deProfessores, o Bar dos Alunos e aescada de acesso aos Blocos A, B e C.É, portanto, um ponto de confluênciade todas as circulações da populaçãoescolar, pelo que constitui um autêntico“cartão de visita” não só para acomunidade escolar em geral, comotambém para visitantes queeventualmente se desloquem à escola.

Deste modo, propomos:a) Efectuar a limpeza do espaço,

retirando todo o lixo e todos ostrabalhos que lá se encontramabandonados, aproveitando os queapresentem razoáveis condições depreservação.

b) Retirar os acrílicos que seencontram riscados e em mau estadode conservação e substitui-los porvidros nas duas faixas horizontaisinferiores.

c) A faixa horizontal superior daestrutura metálica será tapada complacas de gesso prensado, de modo aacentuar o efeito de montra edireccionar o olhar para os materiaisexpostos sobre o pavimento ou nasparedes, ocultando o tecto.

d) A estrutura metálica será pintadaa tinta branca, bem como a parede dofundo (revestida a tijolo), tambémpintada a tinta branca.

e) Será executada uma porta com adimensão dos dois módulos da estruturametálica, no lado esquerdo. Esta portaserá igualmente em estrutura metálicasemelhante à grade existente, com umafolha de vidro, e pretende facilitar oacesso ao interior da “galeria” para seinstalar e desinstalar a exposição.

f) O fundo da “galeria”,actualmente aberto ao exterior e sobrea cobertura de uma arrecadação, pelaqual entram poeiras e lixos, deverá ser

fechado com placas de gessoprensado (Pladur) sobre umaestrutura de madeira.

g) O interior desta “galeria”será electrificado com projectores

de iluminação suspensa e duas tomadade corrente eléctrica.

O espaço, que terá a designação deGaleria Projecto d’Arte e será geridoe coordenado pelo Departamento deExpressões Plásticas e Artísticas,destinar-se-á à apresentação deprojectos específicos, correntementedesignados no domínio artístico porSite Specific, dirigidos pelosprofessores de artes visuais com os seusalunos.

Deste modo, no início de cada anolectivo será aprovado um Programa deIntervenções prevendo-se, em média,a apresentação de um projecto por mêsou por períodos mais curtos, ao longodo ano.

Eventualmente, este espaço poderáestar disponível a receber projectos deoutras áreas disciplinares, ou deconteúdos para além dos artísticos,desde que a sua instalação sejacoordenada pelo DEPA, de modo agarantir-se uma coerência formal,plástica e estética nas intervenções.

Este projecto tem como objectivosenvolver a comunidade educativa nadinâmica da escola, promovendo umaparticipação plena da comunidadeeducativa na vida da escola, e melhoraras suas condições físicas,requalificando e rentabilizando os seusespaços e os seus recursos físicos.

A inauguração da Galeria Projectod’Arte está programada para 25 deFevereiro, com uma intervençãoorientada pelo professor Ilídio Pina.

Inauguração a 25 de Fevereiro

Galeria Projecto d’Arte

Paulo Nunes

O espaço/vitrine existente em frente à Sala de Professores tem sidoutilizado ao longo dos últimos anos para mostra de trabalhos de alunos ouexposições, geralmente, de trabalhos realizados nas disciplinas de artesvisuais.

Ultimamente, o espaço não era utilizado e o seu total abandono conduziua um estado de acentuada degradação (acumulação de lixos, trabalhos antigoscaídos pelo chão), produzindo uma imagem pouco adequada à sua localizaçãonum espaço central e de grande visibilidade na escola.

O espaço antes da intervenção(foto: Orlando Nunes)

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ESCrito N.º 20 JAN 2008 5

14 de Fevereiro

III Festa do Chocolate nos CasquilhosParece que foi há muito tempo mas foiapenas em 2006 que se realizou a I Festado Chocolate. Nessa altura, quisemoscomemorar de uma forma doce o primeiroaniversário do Jornal.

Nessa primeira edição ficaram definidosos princípios que se irão repetir também esteano: uma festa feita pela comunidadeeducativa (alunos, pais, professores,funcionários) e aberta às outras escolas,principalmente aos mais pequenos que, umdia, serão também nossos alunos.

Para eles, o fabrico dos salames de choco-late é uma experiência inolvidável e queirão repetir.

Os crepes com chocolate não podiamdeixar de estar presentes, assim como asfrutas com chocolate fondant que tantosucesso fizeram no ano passado

O concurso de doçaria, na categoria deamadores, tem revelado talentos que, anoapós ano, nos surpreendem.

Os profissionais têm concorrido comverdadeiras obras de arte disputadas pelopúblico após a classificação do júri. Agrande novidade deste ano será o facto detambém os doces dos profissionais irem serpostos à venda, revertendo igualmente estaverba para o projecto do jornal escolar.

Algumas entidades têm-nos apoiadodesde a primeira hora: a Nestlé, a CâmaraMunicipal do Barreiro, as Juntas deFreguesia de Palhais e do Alto doSeixalinho, a Nortejo, o Cacau Clube dePortugal,... Outras fizeram-nopontualmente mas temos esperança quevoltarão a participar neste projecto.

Neste 14 de Fevereiro, dia de S. Valentime dos Namorados, passe-o connosco, passe--o com chocolates.

Das 9:30 às 12:00 e das15.30 às 16.30 - Elaboração de

doces com chocolate pelos alunosvisitantes do 1º e 2º Ciclos do Ensino Básico

Entre as 9:30 e as 19:30 - Exposição e venda de bolose doces com chocolate

12:00 - Votação dos doces com chocolate pelo júri(categoria: amadores)

15:30 - Conferência por Mª Helena Almeida do Cacau Clubede Portugal18:00 - Votação dos doces com chocolate pelo júri (categoria:profissionais)19:30 - EncerramentoAo longo do dia - Chocolate quente; Crepes e scones

com chocolate; Pão com pepitas; Fruta com chocolatefondant.

Ao longo do dia - Jogos tradicionais; Oficinade Origami; Animação de rua; Feira do

livro de chocolate.

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Page 6: Jornal ESCrito nº 20

6 JAN 2008 N.º 20 ESCrito

A primeira oradora abordou o tema daviolência em geral na sociedade definindo--a, segundo a Organização Mundial deSaúde, como a utilização intencional daforça contra outra pessoa, da qual podemresultar danos psicológicos, danos físicosou até a morte.

A violência pode ser de natureza física,psicológica, sexual ou por negligência.

No contexto escolar, predomina o bully-ing que é a junção da violência psicológica

e física. É uma conduta agressiva queacontece sucessivamente entrecompanheiros, em que um maior númerode pessoas abusa de alguém mais fraco,através de gozo, maus-tratos, roubo einsultos. É sugerido que se consideremvários tipos e níveis de indisciplina pois énecessário que existam também váriasformas de lidar com as mesmas.

Este problema é tanto transnacionalcomo transcultural: surge em todo o mundo,principalmente nos países desenvolvidos.Seja em que país for, os rapazes envolvem--se mais no bullying físico e as raparigas,apesar de não se envolverem tanto, quandoo fazem, é a nível relacional.

O bullying começou a preocupar mais asociedade após dois jovens se teremsuicidado por serem vítimas dessas práticasna escola.

Cada pessoa representa o seu papel nobullying: a vítima passiva, que não se sabedefender; o agressor, que costuma ser o líderdo grupo e que inicia o bullying; a vítimaprovocadora, formada, geralmente, poralunos irrequietos que reagem quando osatacam; os auxiliares das vítimas, alunospopulares que as ajudam; e ainda osassistentes dos agressores que os

incentivam.Um aluno vítima de bullying é,

geralmente, um caso de insucesso escolar,pois não quer ir à escola e, por vezes osagressores passam pelo mesmo problemapois têm mais dificuldades nas relações comos professores, o que os leva a reprovaremo ano e, posteriormente, ao abandonoescolar.

Não há uma causa única para a violência,por isso, existem quatro níveis para

compreender amesma: o indi-vidual, quandouma criançasofre umtrauma; or e l a c i o n a l ,quando alguémsofre maus-tratos, porexemplo, porparte da família,amigos oucolegas; ocomuni tá r io ,

relacionado com o modo como os locaisfuncionam; e, por fim, o social que estáassociado a políticas sociais e educativas,como, por exemplo, os programas violentospassados na TV.

Há factores que contribuem para que hajamais ou menos bullying; a dimensão daescola pois quanto maior é a escola, maioro risco; o clima geral da escola é outro dosfactores que contribui para o bullying; aimplementação de estratégias de prevençãode violência também.

Para a prevenção da violência devem sertomadas medidas como a aplicação dasregras de modo coerente, o conhecimentodas infracções mais frequentes paraantecipar uma má conduta, aplicar sançõesreparadoras das infracções cometidas econhecer essas infracções.

O discurso da segunda oradora baseou--se na mediação que consiste no processode resolução de conflitos através de ummediador e cujo objectivo é alcançar umacordo justo para ambas as partes,pretendendo-se superar o acontecido.Embora a mediação seja um bom métodode resolução dos problemas, não se podeaplicar em casos mais graves quenecessitam de medidas extremas.

Existe um procedimento sancionador eum procedimento de mediação para resolveros casos de indisciplina em contexto escolar.

O procedimento sancionador consiste emcastigar os alunos indisciplinados de umaforma mais severa, suspendendo-os ouexpulsando-os, enquanto que oprocedimento de mediação baseia-se maisno diálogo, percebendo as duas partes, etentando conseguir chegar a um consenso.

Este processo trás vantagens tanto parao agressor como para a vítima: ao agressorpermite que haja uma tomada de consciênciae um maior sentido de responsabilidade,enquanto que para a vítima em questão,ajuda a aliviar ou solucionar danospsicológicos, informa-a sobre oprocedimento a seguir e faz com que avítima desdramatize a situação.

A mediação tem várias fases. Estas fasesconsistem na clarificação do problema, emouvir as duas partes e posteriormente chegara um acordo benéfico para ambas.

Um mediador tem o papel de intervir naresolução do conflito, facilitando emelhorando a comunicação: tenta clarificaro problema, esclarecendo a sua origem eatingindo um resultado positivo.

A mediação é, actualmente, o processoque obtém melhores resultados. É algo quedeveria ser divulgado de uma forma geralnas escolas para que estas tenham acapacidade de resolver alguns dos conflitosque nos rodeiam. Segundo a oradora,deveriam ser realizadas acções de formaçãonas diversas escolas para informar melhoros alunos e professores, para osconsciencializar e sensibilizar acerca destesproblemas.

Esta sessão foi organizada pelaprofessora Maria do Anjo Albuquerque.

As oradoras: Professora Doutora Maria José Dores Martins (à esquerda) e Mestre Ana Rosa Barata Lourenço (à direita). Foto: Renato Albuquerque

Violência em contexto escolarDia 10 de Janeiro de 2008, no Auditório da escola, decorreu uma sessão sobre o tema

Indisciplina, agressividade e violência no contexto escolar que contou com a participaçãoda Professora Maria José D. Martins (do Instituto Politécnico de Portalegre) e da professoraAna Rosa Barata Lourenço, da Escola Secundária da Moita.

Reportagem de Ana Sofia Vicente, CatarinaEncarnação, Joana Ferreira, Elisabete Pinto,Soraya Silva e Vanessa Batista

Para a prevenção da violênciadevem ser tomadas medidascomo a aplicação das regras

de modo coerente, oconhecimento das infracções

mais frequentes para anteciparuma má conduta, aplicarsanções reparadoras dasinfracções cometidas e

conhecer essas infracções.

Page 7: Jornal ESCrito nº 20

ESCrito N.º 20 JAN 2008 7

ESCrito - São frequentes os casos deindisciplina nesta escola?

Afonso Melo - Não, felizmente não.ESC - Como se manifesta a

indisciplina?AM - Os casos de indisciplina, aqui na

escola, são reduzidos. Em relação aosalunos, os casos de indisciplina são geradosna sala de aula. São situações relacionadascom o facto do aluno desconhecer as regrasde conduta que pode ter dentro da escola.Nós temos a preocupação de transmitir aosprofessores que, muitas vezes, é possívelevitar situações de conflito que podem levarà indisciplina: embora o aluno tenha tidouma atitude que não é própria, o professor

pode, ou deve, actuar de forma pedagógica,da forma que entender mais propícia tendoem conta as características do aluno. Masos casos de indisciplina mais vulgares sãoaqueles habituais em quase todas as escolas:o aluno não está bem dentro da sala de aula,porta-se mal e depois o professor tem de omandar sair da sala de aula. O sistemaeducativo devia ter uma disciplinaobrigatória para todos os alunos: saber estarna escola, porque tem de haver poder, ...

ESC - Na sua opinião, quais os motivospara estes comportamentos?

AM - A razão é, atendendo à idade dosenvolvidos, a necessidade de dar nas vis-tas, quererem afirmar-se como líderes. Istotem muito a ver com a sociedade onde elesestão inseridos pois, hoje em dia, asociedade tem um conjunto de mecanismosque os incentivam: os programas de TV,desenhos animados, filmes, gruposmusicais muito violentos vulgarizam aviolência, tornam-na banal e sem qualquer

problema. A estrutura familiar também temum papel motivador na violência. A escolaé um local onde os alunos têm de saberconviver. É um universo onde têm de existirregras, ou seja, tem de haver disciplina:quando essas regras são quebradas, tem quese aplicar uma sanção; não vale a pena criarregras se não houver uma sanção aquandoda sua infracção.

ESC - Quais os casos de indisciplinamais graves que tiveram este ano?

AM - No 1º período muitos jovensabandonam a escola eoutros têm algumasdificuldades em integraremo curso que escolheram.Muitas vezes vêm para aescola só para agradar aospais. Por vezes vêm paracursos profissionais epensam que é um cursomais fácil e é umprolongamento docomportamento do café.Estes casos prolongam-separa o 2º período em que odesinteresse continua. Oscasos que houve foram dejovens que acabaram porabandonar os estudos. Tivemos um caso emque o jovem tinha capacidades para estudar,mas começou a entrar em conflito comvários professores, começou a ter atitudesverbais agressivas. Para não prejudicarmoso futuro do aluno, foi transferidocompulsivamente de escola.

ESC - Que outras medidasdisciplinares foram aplicadas para alémdas suspensões?

AM - Para além da suspensão e daexpulsão, em casos mais graves, a decisãocostuma ser transferir o alunocompulsivamente de escola.

Dentro da sala de aula, normalmente, éapenas dada uma repreensão do professorao aluno, ou então, se for um pouco maisgrave, o professor manda o aluno sair dasala de aula. Há uns tempos atrás o alunosaía da sala de aula mas não ia para a rua,

ia para uma sala própria para estes casoschamada Gabinete de Atendimento aoaluno. O aluno ia ter com o professor quelá estava. O professor conversava com oaluno para perceber o porquê das suasatitudes e, posteriormente, dava-lhe umtrabalho para ele realizar e que contava paraavaliação. Mas passados 2 anos estegabinete fechou porque não havia incidentes

justificativos para estar aberto. Ou seja,felizmente, ao contrário das expectativas,este gabinete não era muito utilizado.

ESC - Os alunos suspensos são,maioritariamente, de sexo masculino oufeminino?

AM - São maioritariamente do sexomasculino, embora haja, na escola, maisraparigas que rapazes.

A entrevista na Escola Secundária Alfredo da Silva, ao professor Afonso Melo, foi aque durou mais tempo. Bom conversador e bem disposto, cada pergunta levava-o daindisciplina para outros caminhos paralelos até voltar ao tema inquirido.

CatarinaEncarnação

ElisabeteCastro

VanessaBatista

Entrevista e fotos

IN CIDIS PLI

NA

os programas de TV,desenhos animados, filmes,

grupos musicais muitoviolentos vulgarizam a

violência, tornam-na banale sem qualquer problema

Alfredo da Silva

Expulsos 0Transferidoscompulsivamente

Suspensos 3Total de penas 15 dias de suspensão

Repreensões Desconhecidas

1

Escola Alfredo da SilvaPresidente C. E. Afonso MeloTotal de Alunos 671

FICHA TÉCNICA1º Período

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8 JAN 2008 N.º 20 ESCrito

ESC - Como explica esta diferença?AM - Também há raparigas que não têm

uma postura adequada, como é óbvio, masos rapazes normalmente são os maisindisciplinados. Também temos de pensarno facto de a turma/curso sermaioritariamente masculina ou feminina,pois isso também vai condicionar o factode serem mais rapazes ou mais raparigas aserem suspensos .

As raparigas às vezes também ficamirritadas com algo, só que não mostramtanto, são mais pacíficas e, normalmente,tentam resolver as coisas de outra maneira,pois já têm mais maturidade. Geralmente,os rapazes manifestam-se de forma física.É por isso que conhecemos mais casos derapazes indisciplinados do que de raparigas.

ESC - Os alunos castigados são doensino básico ou secundário?

AM - Há menos alunos a frequentar oensino básico, logo, há mais alunoscastigados do ensino secundário, pois estãoem maioria. Apesar de também haverproblemas no ensino básico porque hámuitos repetentes, há muitos alunos queficam ali estagnados porque a escola nãolhes interessa e vão para ali apenas com ointuito de criar confusão. No ensino básico,geralmente a indisciplina é sempre com osmesmos alunos, que repetem oscomportamentos.

As suspensões têm a ver com actosgraves que prejudicaram outros alunos:furto de um telemóvel ou outro valor,violência ou se for malcriado, por exemplo,leva logo a pena máxima de 5 dias desuspensão. Os alunos castigados com amedida de suspensão foram três do ensinosecundário.

Dois eram do 10º ano e um do 11º ano.ESC - A maior parte dos

comportamentos de indisciplina ocorreudentro ou fora das aulas?

AM - Dentro da sala de aula aindisciplina que ocorre é mais verbal,embora, por vezes, coisas simples (tirar otelemóvel ou o manual) criam logo umagrande confusão e quebram o ritmo dasaulas. Os casos de indisciplinanormalmente ocorrem dentro da sala deaula.

Fora das aulas ocorreu um caso em queum mesmo aluno, em 2 momentosdiferentes, partiu vidros na escola.

ESC - Que medidas têm sidoadoptadas para evitar este tipo decomportamentos?

AM - Uma das sanções aplicadas, deacordo com a família e sempreacompanhado de um funcionário, é otrabalho cívico. Neste caso concreto, oaluno, durante três semanas, andou aapanhar as pedrinhas todas que estavamespalhadas pelo pátio e ajudou na limpezadas salas. Os outros alunos sabem que nãopodem fazer “chacota” desta situação.

A nossa escola já propôs ao ConselhoPedagógico do Centro de Formação deProfessores do Barreiro que fossemrealizadas acções de formação dirigidas aosprofessores para eles saberem gerir conflitosdentro e fora da sala de aula. É muito

importante um professor estar a ver umincidente fora da sala de aula e actuar. Ébom lembrar isso pois, por vezes, osprofessores fingem não ver.

ESC - Houve algum caso deindisciplina ocorrida dentro da sala deaula em que os professores tenhamcontribuído para o mesmo?

AM - Já houve um caso, há bastantetempo, em que o professor não tinha apostura indicado para dar aulas. O profes-sor “provocava” os alunos, com a suapostura e forma de ser. A escola teve de osuspender, levou um processo indisciplinare foi afastado do ensino.

Também já foi suspenso e levou umprocesso indisciplinar um funcionárioporque não cumpria os deveres dele. Tinhauma atitude incorrecta com os outrosfuncionários.

ESC - Acha que o trabalho cívico queos alunos fazem é uma sanção maisvantajosa do que a expulsão oususpensão?

AM – A aplicação da pena tem sempre aver com o acto de indisciplina que secometeu. Um aluno do ensino básico, quepartiu um vidro, por exemplo, quandoacontece a primeira vez chama-se a atenção,o encarregado de educação é avisado, masnão é castigado. Se é reincidente, para oaluno do básico será muito mais vantajosoo trabalho cívico, pois ficar longe da escolairá prejudicá-lo nos estudos e ao não teridade para perceber que aqueles dois diaslonge da escola são um castigo, não se tornavantajosa a suspensão, apesar de tambémser aplicada. O aluno do secundário já temnoção da razão de estar longe da escola e asuspensão acaba por ser mais vantajosa.

IN CIDIS PLI

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Dentro da sala de aula aindisciplina que ocorre é

mais verbal

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ESCrito N.º 20 JAN 2008 9

IN CIDIS PLI

NA

ESCrito - São frequentes os casos deindisciplina nesta escola?

Serafina Cardeira - Há alguns, emboraa nossa escola não tenha tantos casos desuspensão e de indisciplina como outrasescolas.

ESC - Como se manifesta a

indisciplina?SC - Desobediência a certas ordens dadas

dentro da aula, brincadeiras, telemóveis, ...Os telemóveis são uma praga, é o princi-pal.

ESC - Quais os casos de indisciplinamais graves que tiveram este ano?

SC - Tivemos 2 casos relativamentegraves de agressão fora da aula: um na ruae outro no átrio, embora a origem estivesseem questões fora da escola. Levaram 2 diasde suspensão cada um. Temos tido vários

casos de os alunos responderem mal aosprofessores, desrespeitando-os.

ESC - Houve algum caso deindisciplina ocorrida dentro da sala deaula em que os professores tenhamcontribuído para o mesmo?

SC - Não, não está relacionada comprofessores.

ESC - Na sua opinião,quais os motivos para estescomportamentos?

SC - O principal motivoé o desinteresse dos alunospelas matérias. Os casosmais graves de indisciplinaque temos é com os CEFs[Cursos de Educação eFormação] e Profissionais:são alunos com médias deidade mais elevadas, comdesinteresse pelo curso queescolhem, com muitasrepetências e com outrasvivências extra escola que

influencia a indisciplina. Temos alunos quefora da escola têm uma vida completamentediferente, que já se conhecem e quetransportam para aqui o que fazem no ex-terior. Estes alunos passam aqui o dia:faltam às aulas mas passam o dia na escola.Muitos passam a noite fora de casa, nóssabemos isso perfeitamente e os pais nãotêm a noção de onde é que eles andam. Istoreflecte-se na indisciplina.

ESC - Que outras medidasdisciplinares foram aplicadas para alémdas suspensões?

A entrevista à presidente do Conselho Executivo da Escola Secundária Augusto Cabrita,Maria Serafina Cardeira, decorreu no passado dia 18 de Janeiro, curiosamente, no dia dapublicação do novo Estatuto do Aluno. A professora tinha acabado de ter esta informaçãoe estava a tentar inteirar-se das alterações. As suas respostas manifestaram sempre apreocupação com os factores externos à escola que estão ligados à indisciplina. Ana Sofia

VicenteJoana

FerreiraSoraya Silva

Entrevista e fotos

o papel do Director deTurma é muito importantena prevenção, dizendo oque podem e não podem

fazer

SC - As medidas aplicadas são as queestão previstas no Estatuto do Aluno: saídada sala de aula, por exemplo.

A nossa sala 14 é a sala para onde o alunoé enviado com uma ficha, indicando qual éa actividade que o aluno vai fazer. Por vezes,os alunos tentam fugir mas é raro: a sala jáexiste desde o ano passado, tem láprofessores e eles estão habituados. Este

ano, não fizemos outras actividades quetínhamos o ano passado, sempre comautorização dos encarregados de educação:varriam as folhas da entrada, por exemplo.

ESC - Os alunos suspensos são,maioritariamente, de sexo masculino oufeminino?

SC - É igual, os rapazes não são pioresque as raparigas. Um caso do básico foi sóentre raparigas; no Profissional foi entrerapazes.

ESC - Que medidas têm sidoadoptadas para evitar este tipo decomportamentos?

SC - As medidas têm sido avisar,conversar: o papel do Director de Turma émuito importante na prevenção, dizendo oque podem e não podem fazer.

Augusto Cabrita

Expulsos 0Transferidoscompulsivamente

Suspensos 2Total de penas 4 dias de suspensão

Repreensões orais: “muitas”

0

Escola Augusto CabritaPresidente C. E. Serafina CardeiraTotal de Alunos 910

FICHA TÉCNICA1º Período

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10 JAN 2008 N.º 20 ESCrito

IN CIDIS PLI

NA

ESCrito - São frequentes os casos deindisciplina nesta escola?

Jorge Paulo Gonçalves - São bastantes,mais que o desejável.

ESC - Como se manifesta a indisciplina?JPG - A grande maioria tem a ver com a

má educação, falta de respeito com osprofessores, perturbações das aulas. Também

há conflitos entre colegas (tanto no sexomasculino como no feminino).

Relativamente ao consumo de substânciasilícitas, não é muito elevado, ou pelo menosnunca apanhámos muita gente.

Agressões a professores só verbais; físicas,não, felizmente.

Quanto ao tabaco, sabemos que há certossítios onde se fuma mas não se costuma vermuito.

Quando falamos de álcool temos de falardo dia de S. Martinho pois houve um grandeconsumo cá dentro. O mesmo não acontececom as drogas que se consomem mais láfora embora noutros anos já tenham sido

apanhados alunosa consumirem cádentro.

ESC - Na suaopinião, quais osmotivos para estescomportamentos?

JPG - Paramaior parte dosalunos que têmcomportamentosmenos correctos aescola é umaobrigação e todossabemos quequando as coisasnão são feitas comvontade tentamossempre “destruí-las” um pouco.

ESC - Quaisos casos de

indisciplina mais graves que tiveram esteano?

JPG - É sempre difícil dizer mas quandose falta ao respeito a um professor e se oaluno o trata de igual para igual vemo-nosperante um caso grave. As agressões entrealunos também são muito preocupantesquando ocorrem.

ESC - Que outras medidasdisciplinares foram aplicadas para alémdas suspensões?

JPG - O máximo que se aplicou foramsuspensões e houve algumas repreensões.No ano passado uma aluna foi transferidapara outra escola.

ESC - Os alunos suspensos são,maioritariamente, de sexo masculino oufeminino?

R.. Este ano foram mais os rapazes, masa indisciplina não difere por sexos, tendo jáhavido casos de rapazes contra rapazes,raparigas contra raparigas e até mesmoraparigas contra rapazes. (risos)

ESC - Como explica esta diferença?JPG - Os rapazes são talvez mais efusivos

que as raparigas, se calhar quando duasraparigas discutem esperam até estar na ruapara resolverem os seus problemas e osrapazes não esperam e desatam à chapada eao pontapé uns aos outros.

ESC - Os alunos castigados são doensino básico ou secundário?

JPG - Mais do básico, 7º e 8º ano.ESC - A maior parte dos

comportamentos de indisciplinaocorreram dentro ou fora das aulas?

JPG - Dentro da sala, embora fora tambémjá tenha havido problemas.

ESC - Que medidas têm sido adoptadaspara evitar este tipo de comportamentos?

JPG - O que se tenta fazer é falar com osalunos, juntamente com os pais e com oConselho Executivo. Muitas vezes os alunossão enviados para o gabinete de orientaçãoescolar porque os pais e os professores sãopor vezes vistos como inimigos e falar comalguém de quem não tenham essa ideia talvezseja mais fácil para os alunos.

ESC - Houve algum caso de indisciplinaocorrida dentro da sala de aula em que osprofessores tenham contribuído para omesmo?

JPG - Na óptica dos alunos os professoressão sempre os culpados, por isso queixam--se sempre que vêm até aqui que o culpado éo professor. O professor, claro está, temsempre o benefício da dúvida e por isso, amenos que seja provado, o que ainda nãoaconteceu este ano, os professores não têmsido culpados.

A conversa com o Presidente do Conselho Executivo da nossa escola foi a que custoumais a marcar. O professor Jorge Paulo Gonçalves respondeu às nossas perguntas de formacurta e objectiva.

Casquilhos

Na óptica dos alunos osprofessores são sempre os

culpados, por isso queixam--se sempre que vêm atéaqui que o culpado é o

professor.

O professor Jorge Paulo Gonçalves e os entrevistadores:Marcos Leão e Diogo Oliveira. Foto: Renato Albuquerque

Expulsos 0Transferidoscompulsivamente

Suspensos 12Total de penas desconhecido

Repreensões “pelo menos, 23”

0

Escola CasquilhosPresidente C. E. Jorge Paulo GonçalvesTotal de Alunos 640/650

FICHA TÉCNICA1º Período

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ESCrito N.º 20 JAN 2008 11

IN CIDIS PLI

NASanto André

ESCrito - São frequentes os casos deindisciplina nesta escola?

AC - Depende muito do que entendamospor indisciplina. Casos de agressão físicaentre alunos são muito pontuais: por vezesresultam do confronto verbal e podemacontecer, por vezes, entre alunos que sedão bem. Não podemos dizer que todos osdias há agressões, todos os dias se batam, émuito raro.

Em relação aos telemóveis, fizemos umaordem de serviço, em Janeiro, quer para

professores, quer para alunos, a proibir asua utilização dentro das salas de aula paraevitar receberem toques, enviaremmensagens, etc. Esta ordem de serviço foifeita a pedido dos próprios pais, depois deouvido o Conselho Pedagógico e apesar dejá estar em Regulamento Interno. A partirde agora, o professor confisca o telemóvele o aluno tem de o vir buscar aqui [aoConselho Executivo].

ESC - Já houve algum caso de expulsãoou suspensão da escola este ano?

AC - A minha política não é de sus-pender, é de aplicar trabalho cívico e issotenho aplicado muito: os rapazes têmpintado a escola e as meninas dedicam-se àlimpeza das salas. Evito ao máximo aplicarsuspensões. Este ano ainda não apliqueinenhuma, mas pintar, já muitos pintaram:houve duas quartas-feiras em que estiveramaí a pintar. Sempre de acordo com os pais.Suspensões, só em último caso. Geralmente

há uma negociação com os própriosalunos, de modo a haver umentendimento e para que o castigoseja interiorizado. O ano passadoainda houve suspensões, este anonão.

ESC - Os casos de indisciplina são,maioritariamente, de sexo masculino oufeminino?

AC - É meio, meio: não posso dizer queas raparigas se portemmuito bem. Contudo, nãohá casos de indisciplinatodos os dias, são rarosesses dias. Os rapazes sãomais susceptíveis, fervemem pouca água.

ESC - Os casos deindisciplina são doensino básico ousecundário?

AC - É por igual: osalunos mais novos, do 9ºano, têm 14/15 anos e osmais velhos, do 12º ano,têm 20 anos.

ESC - A maior partedos comportamentos de indisciplinaocorreram dentro ou fora das aulas?

AC - Alguns conflitos são dentro da salade aula, outras vezes são no pátio mas estessão muito poucos. Há muitos conflitos queresultam por causa dos namoros, dosconflitos amorosos, porque esta é umaescola de gente já crescida.

ESC - Houve algum caso deindisciplina ocorrida dentro da sala deaula em que os professores tenhamcontribuído para o mesmo?

AC - A minha experiência de gestora daescola mostra que há muitas situações deviolência verbal que se poderiam evitarporque os professores às vezes também nãosabem agir: qdo o aluno responde mal e oprof diz “a tua mãe não te deu educação” oaluno responde logo pela negativa: “a

minha mãe não é para aquichamada” e isto gera logo outrotipo de discussão dentro da salade aula. Nesta perspectiva, o pro-fessor não está a funcionar comoapaziguador mas comopotenciador de conflitos. Esta éuma situação que eu verifiquei aolongo dos anos de gestão: os

conflitos muitas vezes ocorrem porque osalunos chegam cá e dizem que também nãogostaram da maneira como o professor faloucom eles. Já resolvi muitos conflitos entreprofessores e alunos sentando-os ao meulado, falando com um e com outro, para

perceber que não há mal-entedidos.Consigo resolver muitos problemas assim,conversando, fazendo a mediação, porquejá não estamos a lidar com miúdospequeninos, estamos a lidar com miúdoscrescidos, adolescentes. Os próprios alunos,como são do ensino secundário, têm ohábito de vir aqui porque isto é umConselho Executivo de porta aberta, expor

A professora Arlete Cruz recebeu-nos numa sala própria, decorada com 3bandeiras: a portuguesa, a da União Europeia e a da vila de Santo André. As suasrespostas, rápidas, incisivas e empolgadas, reflectem sempre a prática de mediaçãoque utiliza em cada situação de indisciplina com que se defronta.

Consigo resolver muitosproblemas assim,

conversando, fazendo amediação, porque já não

estamos a lidar com miúdospequeninos, estamos a lidar

com miúdos crescidos,adolescentes.

AnselmoRito

Expulsos 0Transferidoscompulsivamente

Suspensos 0Total de penas 0

Repreensões desconhecido

0

Escola Santo AndréPresidente C. E. Arlete CruzTotal de Alunos 1200

FICHA TÉCNICA1º Período

Page 12: Jornal ESCrito nº 20

12 JAN 2008 N.º 20 ESCrito

os seus problemas e as suas razões. Nuncaactuo sem ouvir todas as partes, sem ouviro professor, sem ouvir o aluno, sem ouvir oDirector de Turma. Não se pode castigarum aluno sem analisar tudo.

ESC - Qual foi o caso de indisciplinamais grave deste primeiro período?

AC - Um dos casos foi estranho: doismiúdos que se davam muito bem mas umdeles desligou o computador ao outroquando estavam a fazer um trabalho e ooutro deu-lhe um “safanão”. Criancices demiúdos de 15, 16 anos ... Houve outro casoem que, na brincadeira, um entrou a corrernuma sala do rés-do-chão e saiu pela janela.Criancices, de novo. Mais graves, um casode uma rapariga que se “engalfinhou” comoutra por causa do namorado; um aluno do11º ano foi malcriado com a funcionária doPBX e foi pintar mais uma parede; houveuma outra aluna que foi malcriada e nãoquis pedir desculpa. Os casos de violênciasão geralmente fora da escola e chamamosa Escola Segura. Quando há casos deconfusão falo primeiro com um e depois

com outro, deixo que respirem fundo e seacalmem, e só depois os sento em frenteum do outro para perceberem que nãopodem ter aquelas atitudes. Não hánenhuma queixa, por parte de funcionário,aluno ou professor que chegue à minha mãoque eu não resolva. Quando sãocoisas mais complicadas tambémchamo os pais. Houve um estudoda DECO [Associação de Defesado Consumidor] em que nósparticipámos há 2 anos e, a nívelnacional, a nossa estava entre asescolas mais seguras. Tudo istoresulta de um trabalho que se fazaqui dentro, muito grande, defazer perceber aos alunos que háordem dentro da escola, que sefizerem asneira, são chamados.Se esta ideia não passar, asituação complica-se.

Os alunos que estãoreferenciados como sendo maisproblemáticos vêm aqui e falamcomigo; ficam bem. Não ralho só

com os alunos, também acarinho, perguntocomo vão as notas, como vão as coisas...Vamos fazendo o melhor possível., dentrodaquilo que é possível.

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ESCrito N.º 20 JAN 2008 13

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NASanto António

JoanaVieira

LeandroCarmo

O maior número de casos de indisciplinaacontece no 1º, 2º e 3º ciclos, destacando--se o 2º ciclo. No ensino secundário nãoexiste pois não temos nenhum processodisciplinar, referiu a professora. Noprimeiro ciclo a indisciplina reflecte-se nonão cumprimento das regras básicas dosaber estar dentro da sala de aula. Nosegundo ciclo, muitas vezes, no intervalo,porque meteram o golo, porque o golo nãoera válido, criam-se pequenos conflitos edesentendimentos que são tratados comagressividade, o que não deixa de serpreocupante.

Segundo as informações fornecidas, aindisciplina pode ser explicada pelocontexto social em que vivem (complicado,nas palavras da entrevistada) ou por

problemas familiares (cerca de 50 alunosestão sinalizados na Comissão de Protecçãode Jovens). Temos alunos em que ocontexto sociocultural dos pais é muitobaixo: a maioria só tem o 1º Ciclo e algunssão ainda analfabetos. Por vezes, mesmonão apresentando estes contextos, os alunossão indisciplinados. Uma possívelexplicação para este facto, segundo aprofessora, poderá ser a dificuldade deintegração ou afirmação num grupo.

A professora Maria do Carmo fala pausadamente, pensando cada frase antes de aproferir. Situada fora dos limites da cidade, a escola recebeu há pouco tempo o 5º Ano epassou a ser sede de agrupamento vertical, recebendo a responsabilidade de coordenaçãode todas as escolas de Santo António (desde os Jardins de Infância até ao 12º Ano).

Os casos mais graves apresentados esteano (durante o 1º período) foram o nãocumprimento das regras na sala de aula e odesrespeito a professores e colegas.Suspensões e repreensões foram as únicasmedidas disciplinares tomadas. Apesar deser o sexo masculino que, maioritariamente,sofre medidas disciplinares, é o sexofeminino que apresenta casoscom mais gravidade. Podemostambém constatar que a maiorparte dos casos de indisciplinaacontece dentro das salas.

Vejamos como a professorarespondeu às restantesquestões.

ESC - Que medidas têmsido adoptadas para evitareste tipo de compor-tamentos?

MCB - Sensibilizar asturmas para a necessidade documprimento das regras,nomeadamente, a nível da FormaçãoCívica, trabalhar de forma mais acentuadaas regras, reuniões frequentes com osencarregados de educação do 2º Ciclo paraque, nas famílias, acompanhem a vida dosalunos e os sensibilizem para ocumprimento das regras. Temos tambémalguns projectos - Cidade Jovem, Escolhas- que intervêm com acções que pretendemminorar a indisciplina, um Centro deInclusão Digital que recebe os alunos mais

problemáticos para os motivar para asactividades escolares e as aprendizagens,...

ESC - Houve algum caso em que oprofessor tenha contribuído para aindisciplina?

MCB - A maneira como cada um gere oespaço de sala de aula e a relaçãopedagógica com os alunos é diferente deacordo com a personalidade de cada um.Nem toda a gente lida da mesma maneiracom situações de conflito. Há, de facto,formas mais eficazes, menos potenciadoresde situações de conflito e outras, se calhar,não são tão positivas nesse âmbito. Dizerque os professores provoquem aindisciplina, acho que não.

Expulsos 0Transferidoscompulsivamente

Suspensos 10 alunosTotal de penas 37 dias

Repreensões 3 registadas

0

Escola Santo AntónioPresidente C. I. Maria do Carmo BrancoTotal de Alunos cerca de 850

FICHA TÉCNICA1º Período

Nem toda a gente lida damesma maneira comsituações de conflito. Re

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Page 14: Jornal ESCrito nº 20

14 JAN 2008 N.º 20 ESCrito

Desporto EscolarTríptico para BECREDia 25 de Janeiro foi dia de entrega de

medalhas aos melhores classificados nosdiversos toneios que se realizaram no finaldo 1º período. Lembremos que, para alémdo Corta-Mato, se realizaram jogos deBitoque Rugby e de Ténis de Mesa.

O MatClub, Clube de Matemática danossa Escola, está a dinamizar O Problemado mês.

Esta actividade, na qual pode participarqualquer aluno da escola, começou por terproblemas diferenciados por anos deescolaridade. Contudo, considerou-se queesse procedimento era redutor, isto é, oaluno só podia responder ao problemacorrespondente ao seu ano. Assim, com oestabelecimento do Regulamento doProblema do mês entrou-se num novo ciclo:agora são propostos aos alunos doisproblemas – Problema de grau 1 e Problemade grau 2.

Se quiseres conhecer o regulamento e osproblemas propostos consulta a página danossa escola na Internet: o Clube deMatemática está no Moodle (procura emGrupos de Disciplinas, Clubes) e está abertoa visitantes. Atreve-te. Vai lá e ajuda estas9 salsichas a formarem triângulos.

Departamento de Matemática

Está a decorrer até 31 de Março o con-curso para a elaboração de um tríptico paraa BECRE. Para os mais desatentos, umtríptico é uma obra plástica composta por 3partes e a BECRE é a Biblioteca Escolar -Centro de Recursos Educativos. Osprémios, oferecidos pela Livraria Letra 12,são de 30, 20 e 10€ para o 1º, 2º e 3º prémio,respectivamente. O Regulamento estádisponível na Biblioteca da Escola e é umainiciativa da BECRE e do DEPA(Departamento de Expressões Plásticas eArtísticas).

Problema do mês

Associação deEstudantes

No passado dia 13 de Dezembrorealizaram-se as eleições para a Direcçãoda Associação de Estudantes. Concorreram2 listas, M e Y, tendo ganho esta última,encabeçada pelo Jorge Santos, do 11º D.

Exibição de Parkour durante a campanha eleitoral

Festa de NatalDecorreu, no passado dia 18 de

Dezembro, a tradicional Festa de Natal paraprofessores, funcionários e familiares. Paraalém do jantar, do convívio e da tradicionaldistribuição de prendas (este ano,acompanhada de um enigma para resolver- ver página ao lado), contámos mais umavez com a banda Gandaia para aquecer anoite.

O Pai e a Mãe Natal: reconhecem-nos?

As medalhas foram entregues pelos professorese funcionários de Educação Física

Dia das ArtesDurante todo o dia 28 de Fevereiro

vamos ser a única escola do Mundo acomemorar o Dia das Artes (que,oficialmente, ainda não foi criado).

Eis algumas das actividades: Atelier deOrigami e Reutilização de Materiais; work-shop de Desenho; projecto “Árvores comoEscultura”; Atelier de Pintura; espaço deModelagem de Máscara; Espaço Body Art;Oficina de Fotografia; Animação Vídeo;Pintura de T-Shirts; Animação de Rua aolongo do dia.

Não perca no próximo número areportagem sobre este acontecimento.

EstágiosOs alunos do Curso de Construção Civil

vão entrar em estágio em 2 divisões daCâmara do Barreiro e nas empresas Lopes& Marques, SA e Mataloto & Pereira, Lda.A todos, o nosso obrigado por estaoportunidade de concluir o curso,enriquecendo a sua formação com estacomponente prática.

Page 15: Jornal ESCrito nº 20

ESCrito N.º 20 JAN 2008 15

Sudokufornecido por Mestre Coelho

No Sudoku* é preciso preencher osespaços em branco de forma a que cada umdos quadrado possua os 9 algarismos (de 1a 9) apenas uma vez. Depois depreenchidos, cada linha, vertical ou hori-zontal, também terá os mesmos 9algarismos, sem repetições.

Grau de dificuldade: difícil.

Soluções

* Abreviatura da expressão japonesasuuji wa dokushin ni kagiru que significaos dígitos devem permanecer únicos.

Cinema a não perderHélder Rodrigues

O ESCrito errouNa edição de Dezembro atribuímos à

professora Dora Pinto a autoria do texto e dasfotos do artigo “PAM veio à escola” (pág. 12)quando o texto é um trabalho colectivo doDepartamento de Matemática da nossa escola.

Na ficha técnica dizíamos também que oautor da BD, Jorge Santos, era aluno do 12º Equando, na verdade, frequenta o 11º D.

Aos leitores e aos visados as nossasdesculpas pelo lapso involuntário.

Enigma 5 e 50Na festa de Natal da nossa escola foram

distribuídas as seguintes prendas:livros de receitasenvelopes plásticospacotes de chá “Tley Verde”luvas para fornovelaschocolate de avelãDescubra o que têm em comum estas

prendas.

Sudoku

Enigma

Na numeração romana a letra V significa 5e L significa 50. Todas as prendas têm estasduas letras

Sweeney Todd: O TerrívelBarbeiro de Fleet Street

Inspirado no musical de StephenSondheim e com Johnny Depp no princi-pal papel, Sweeney Todd assume-se comoum dos filmes do ano. Tim Burton mostra-nos uma história de injustiça e vingança,deliciosamente macabro e cómico.

O Lado SelvagemTerceiro filme realizado por Sean

Penn, O Lado Selvagem retrata a históriade um jovem com um futuro brilhante,que decide partir em busca de aventura.Inspirado no aclamado best-seller de JonKrakauer, O Lado Selvagem conta com omúsico Emile Hirsch no principal papel.

Haverá SangueSublime. Uma obra-prima.

Extraordinário. São estes os adjectosdados pelos críticos a este novo filme dePaul Thomas Anderson, que conta coma brilhante performance de Daniel Day-Lewis no papel principal. Haverá Sangueé um intigrante filme épico sobre família,fé e petróleo, que decorre durante o boompetrolífero. Imperdível e grande favoritoà vitória nos Óscares!

Sedução, ConspiraçãoDo realizador galardoado pela

Academia com O Segredo de BrokebackMountain e O Tigre e o Dragão, Ang Lee,Sedução, Conspiração é umsurpreendente thriller de espionagem, queconta a história de amor de uma vulgarmulher, durante a Segunda GuerraMundial. Ang Lee mostra neste filme quetambém é possivel fazer bons filmes naChina. A ver.

Page 16: Jornal ESCrito nº 20

16 JAN 2008 N.º 20 ESCrito

O nosso jornal é reproduzido em fotocopiadoras Nashuatec fornecidas pela empresa Beltrão Coelho

VoVó MaTildeA juventude vista pelaJorge Santos