jornal escrito n. 8

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Dezembro de 2005 Ano I - Nº 8 Preço: 0,5 Euros ESCOLA SECUNDÁRIA DE CASQUILHOS - BARREIRO ESCOLA SECUNDÁRIA DE CASQUILHOS - BARREIRO ESCOLA SECUNDÁRIA DE CASQUILHOS - BARREIRO ESCOLA SECUNDÁRIA DE CASQUILHOS - BARREIRO ESCOLA SECUNDÁRIA DE CASQUILHOS - BARREIRO mensagem de Natal pág 2 perfil: miguel silva pág 3 as autoras vieram à escola pág 4 história(s) do Natal págs 6 e 7 gripe das aves pág 9 reuniões com os pais pág 11 entrevista: pedro brito pág 12 nova carta à ministra da educação pág 13

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Jornal da Escola Secundária de Casquilhos - Barreiro - Portugal

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Page 1: Jornal ESCrito n. 8

Dezembro de 2005Ano I - Nº 8Preço: 0,5 Euros

ESCOLA SECUNDÁRIA DE CASQUILHOS - BARREIROESCOLA SECUNDÁRIA DE CASQUILHOS - BARREIROESCOLA SECUNDÁRIA DE CASQUILHOS - BARREIROESCOLA SECUNDÁRIA DE CASQUILHOS - BARREIROESCOLA SECUNDÁRIA DE CASQUILHOS - BARREIRO

mensagem de Natal pág 2 perfil: miguel silva pág 3as autoras vieram à escola pág 4 história(s) do Natal págs 6 e 7

gripe das aves pág 9 reuniões com os pais pág 11entrevista: pedro brito pág 12 nova carta à ministra da educação pág 13

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Ano I, nº 8, Dezembro/2005

dois

Ficha técnica Proprietário: Escola Secundária de Casquilhos – Barreiro Director: Renato Albuquerque (prof. 10ºA) Subdirector: Ana Santiago (prof. 8ºB);. Redacção: Ana Beatriz Santos (11ºG); Ana Arêde (11ºG); Ana Rita Gomes (10ºD); André Galvão (11ºE); CátiaDuarte (11ºG); Daniela Ferreira (11ºG); Joana Alves (11ºG); Marta Maia (10ºD); Sara Heitor (10ºD); Sofia Cardoso (10ºB); Sofia Pia (11ºG). Colaboraram neste número: Carla Alves (10ºE); Miguel Cunha (11ºA) Fotos: Helena Oliveira (Prof. 5ºG); Renato Albuquerque.

Maquetagem: ReAl. Impressão: Serviços de Reprografia da Escola. Capa: Desenho de Filipa Nobre (11ºE). Correspondência: Jornal ESCrito. Escola Secundária de Casquilhos. Quinta dos Casquilhos. 2830-046 BARREIRO Telef.: 212148370

Fax:212140265. E mail: jornal@esec casquilhos.rcts.pt Horário: Sala D11 - terças, das 14:00 às 16:00; quartas, das 8:30 às 10:00 Tiragem desta edição: 200 exemplares.

Neste número

Mensagem de Natal ...................................... 2Anorexia e Bulimia ....................................... 2Perfil ............................................................ 3Editorial ....................................................... 3Livro entregue pelas autoras à escola ............ 4Festa de Natal ............................................... 5História(s) do Natal ....................................... 6Compras de Natal .......................................... 8Consumismo? ................................................ 8Gripe das Aves ............................................... 9Já aconteceu .................................................. 10A não perder ................................................. 11Cinema de Animação .................................. 12Resposta ao Ministério ............................... 13Sudoku ...................................................... 13Gimnodesportivo ........................................... 14Mais um acidente nos Casquilhos ................. 14

Mensagem de Natal

Não acredito que oNatal seja ummomento de felicidadeplena, que nesta épocaos sentimentos maisnobres se sobre-ponham a todos os

interesses. Ou seja, eu não acredito no Pai Natal,nem nunca acreditei! Mas sempre gostei do Natal,vem da infância, traz-me boas recordações e éum momento que continuo a viver com emoçãojunto das pessoas que me são mais queridas (àsvezes falta alguém).

Um momento grato, com o calor de boasemoções é isso que desejo para todos vós. BomNatal!

Barreiro, 13 de Dezembro de 2005

O Presidente do Conselho Executivo

Jorge Paulo Gonçalves

Depois da conferência sobre a sexualidade e os afectos, foi a vez de dois psicólogos daequipa do professor Daniel Sampaio, os dr.s Rui Moreira e Tânia Muñoz, virem à escola falar acerca da bulimia eda anorexia nervosa. Este encontro decorreu no passado dia 23 de Novembro, no Auditório da Escola, e integra--se no Ciclo de Conferências Os jovens e o mundo de hoje, organizado pela professora Filomena Dias.

Os temas mais abordados foram as causas que provocam este tipo de distúrbios alimentares, as suasconsequências e, mais importante ainda, os sinais de alarme a detectar por quem convive com o adolescente.Lembremo-nos que o Natal, com a grande quantidade de alimentos ingeridos é uma época bem difícil para estesdoentes.

A conferência foi bastante interessante mas é de lamentar, mais uma vez, a falta de interesse por parte de algunsalunos presentes que saíram antes do fim. Não condenamos a questão de não lhes agradar o tema, mas sim o factode saírem a meio e perturbarem os que estavam realmente interessados. [::]

Anorexia e BulimiaAna Beatriz Santos e Joana Alves, 11º G

RA

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Ano I, nº 8, Dezembro/2005

tres

Editorial por Renato AlbuquerquePerfil por Ana Santiago

Miguel Silva, OUTRAS DANÇAS

Para conhecer o Miguel Silva, do 10º E, épreciso fechar os olhos e imaginar um salãode dança com cores exuberantes, sons quentese corpos em movimento. Este nosso aluno, doagrupamento de artes, pratica danças de salão,e é bom no que faz. Afirma que o que o moveé uma imensa necessidade de se exprimir, dedizer o que sente através dos movimentos docorpo.

Aos quinze anos tem já uma vida cheia desucessos. Começou cedo, quase porbrincadeira, com apenas oito anos, e percorreuvárias escolas de dança desde a Moita, atéAlmada, onde treina agora, por vezesdiariamente. Superou todos os escalões damodalidade, que se distinguem por género epor idade. Por paixão, escolheu os sons latino-americanos: o cha-cha-cha, o jive (rock-and-roll adaptado às danças de salão), a rumba eo samba.

Pretende especializar-se e profissionalizar-se; rumar aos campeonatos internacionais.Tudo isto sem abandonar os estudos, o cursode artes, a moda, a fotografia e a escrita. É,no fundo, um artista que aceitou partilharconnosco os ritmos latinos que o envolvem, e

Como é que alguém, numa escola “laica e republicana” e nummomento em que alguns crucifixos foram mandados retirar em escolasonde ainda sobreviviam, pendurados na parede, por ofenderem ossentimentos dos pais, pode falar do Natal ?

Parece-me que não devemos misturar os dois aspectos, o religioso eo cultural, que caracterizam o Natal: não faria sentido celebrar umamissa dentro da escola (a escola não é um local de culto), como tambémnão faria sentido proibir a existência de uma Bíblia (ou do Corão) naBiblioteca da Escola (são obras fundamentais para perceber as nossasraízes culturais).

Então, qual é a fronteira que separa uma religião, como a religiãocatólica, instalada no nosso país há mais de oito séculos, dos símbolosdaí derivados e enraizados na cultura popular? Voltemos à questão inicial:como devemos abordar o Natal?

Para cada vez mais pessoas, o Natal foi perdendo o significadoreligioso atribuído pela Igreja Católica e associado ao nascimento deJesus, o menino filho de Deus que veio à Terra para salvar, pelo exemplo,os Homens dos seus próprios pecados.

Desse acontecimento ficaram os símbolos: o gesto dos Reis Magos,oferecendo presentes, foi enaltecido pelos comerciantes; a estrela queos guiou passou para o cimo de uma árvore de Natal importada dasregiões cobertas de neve do Norte da Europa que pouco têm a ver comos desertos da Palestina; do galo que anunciou a boa nova, ficou a missado mesmo nome, celebrada no momento definido pela Igreja como ahora oficial do nascimento (a meia-noite de 24 para 25 de Dezembro); aprópria data definida como o dia do nascimento serviu para retirarimportância às festas pagãs que se realizavam por volta do Solstício deInverno ...

A pouco e pouco, a tradição de S. Nicolau, o bispo que percorria asterras distribuindo presentes, foi-se sobrepondo ao carácter religioso dafesta, tranformando-se no velho Pai Natal surgido no final do séc. XIXe que é, talvez, o primeiro símbolo da globalização que agora vivemos:depois de adoptado pela Coca-Cola e de “retocada” a sua imagem,espalhou-se por todo o mundo.

O Natal, momento de origem da religião cristã, passou a representar,para além do momento de encontro das famílias (por vezes, o único emque isso é possível), um tempo de diálogo entre as pessoas.

A proximidade com o dia de Ano Novo, momento em que cada umfaz as suas promessas de novas atitudes e projectos, celebrado, aindapor cima, como Dia Mundial da Paz, associou à fé dos cristãos aesperança de todos em que seja possível um mundo melhor.

A entrega de presentes não deve, não pode, ser apenas um ritual quese cumpre. Em cada prenda tem que estar escrito “vou gostar aindamais de ti”.

Por isso, dos hinos religiosos, permitam-me que subscreva o desejode “Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade”. Perdoem-me por eu nãosaber (e não querer) perdoar aos outros.

Em meu nome, e no nome da equipa que, mês após mês, tem postode pé o projecto deste jornal, desejo a todos

Boas Festas e Feliz Ano Novo.

que nos dá o privilégio dasua presença na escola.

Boas danças, Miguel.

RA

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quatro

Olá a todos por Ana Reis e Rosa Gautier

Saúde, muita Paz e todo o Bem.Foi com enorme emoção que vivemos a tarde do dia 30 de

Novembro, na nossa Escola e no meio de tantos amigos. Efoi por isso que resolvemos escrever, para expressarmos onosso agradecimento, a toda a Escola, ou antes, a todos ossectores da mesma, desde o Conselho Executivo, aosProfessores, Funcionários Administrativos e Auxiliares deEducação. Todos aqueles com quem tivemos o privilégio detrabalhar e conviver na Escola Secundária de Casquilhos que,quer se queira quer não, tem algo que as outras não têm:chamemos-lhe Espírito dos Casquilhos. Desejaríamosenvolver também a Escola actual com esse mesmo Espírito,permitindo assim que ele atravesse e una as várias geraçõesque por aí passam, possibilitando encontros-convívio, comoaquele que há bem pouco tempo aconteceu.É dificil dizer--vos, aos que agora aí estais em todos os sectores, o que essaEscola continua a representar para nós.

O nosso muito obrigada e que este tipo de encontros, sópossíveis nos Casquilhos, não parem e continuem pois todosvós fazeis parte de nós e, assim, em conjunto, a nossa vidaprossegue.

Agradecemos a Deus a vossa existência. Bem hajam pelavossa AMIZADE.

Ex-professores e ex-funcionários juntos de novo nos Casquilhos

Livro entregue à BibliotecaDia 30 de Novembro, durante a tarde, decorreu no

Auditório da Escola a cerimónia de entrega àBiblioteca da escola, pelas autoras, da obra O Barreirona transição do século XIX para o século XX.

Esta obra , da autoria das ex-professoras destaescola, Ana Reis e Rosa Gautier, é o resultado de umesforço conjunto ao longo de vários meses deinvestigação e de recolhas orais que procurareconstituir a vida dos barreirenses na transição dofinal do séc. XIX para o século XX, reflectindo oenorme impacto que tem a introdução do caminho deferro, primeiro, e da indústria química, depois, na nossacidade. Saliente-se que muitas das fotografias queilustram a obra são inéditas, resultando da colaboraçãode diversas famílias do Barreiro que rebuscaram nãosó no fundo das suas memórias, como nos seus álbunsde fotografias.

Para além de uma breve apresentação da obra pelasautoras, esta cerimónia serviu, por iniciativa daspróprias, de pretexto para o reencontro de ex--professores e ex-funcionários desta escola. Entreoutros, salientemos a presença dos ex-professoresBalseiro (Filosofia) e esposa, Carla Marina(Português/Francês), Fernanda Afonso (idem) eGuilhermina Lobato (Matemática). Entre os ex--funcionários, destaquemos a D. Amélia, a D.Ermelinda, a D. Florbela, a D. Liliete e o sr. Fernando,a D. Lucinda e a D. Maria José Mota.

Fizeram também questão de vir cumprimentar asautoras, embora não tenham podido ficar para estacerimónia, Carlos Humberto, Presidente da CâmaraMunicipal do Barreiro, entidade que editou a obra, eRegina Janeiro, vereadora da educação e cultura.

Após a sessão no Auditório, os presentesdeslocaram-se para a Biblioteca onde foi servido umpequeno lanche que possibilitou a continuação doconvívio. [::] RA

A professora Ana Reis entregando a obra ao Presidente do C. Executivo

RA

Professora Rosa Gautier RA

Actual e antigas funcionárias. Da esquerda para a direita: D. Dionísia, D. Lucinda, D. Liliete, D. Ermelinda, D. Maria José Mota e D. Amélia

RA

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cinco

16 de Dezembro

Festa de NatalNa próxima sexta-feira, dia 16 de Dezembro, último dia de aulas, todos os que trabalham nesta escola e os seus

familiares estão convidados para a festa de Natal. Tal como indica o Programa, a primeira parte é dedicada aos maispequenos que terão oportunidade de ver o filme A Estrela de Gaspar, do realizador Pedro Brito (ver entrevista na pág.14). Após o jantar, será feita a distribuição das prendas (a pequenos e graúdos), continuando o convívio pela noitedentro.

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seis

História(s) do Natal por Ana Arêde

O Natal é actualmente uma das festas católicas mais importantes e apesar de inicialmente ser apenas a comemoraçãodo nascimento de Jesus Cristo, tem hoje em dia um significado muito mais abrangente.

Com o passar do tempo o Natal tem vindo a perder um pouco o seu significado religioso e a tornar-se cada vez maisuma festa familiar.

Inicialmente, o Natalnão é comemorado pela Igreja e

vai ser só em meados do século IVd.C. que se começa a festejar o nascimento

do Menino Jesus, tendo o Papa Júlio I fixadoa data no dia 25 de Dezembro, já que se

desconhece a verdadeira data do Seu nascimento.Existem várias explicações quanto ao porquê daescolha do dia 25, sendo uma delas a de este diacoincidir com a Saturnália dos romanos e com

as festas germânicas e célticas do Solstíciode Inverno: visto que todas estas festas

são pagãs, a Igreja vê aqui umaoportunidade de tornar a

data cristã.

Os presentes de Natalsão ideia do Papa Bonifácio no

século VII, pois no dia de Reis eledistribuía pão pelo povo e em troca

recebia presentes. No entanto, este costumetão agradável tem origens pagãs: os romanoslevam dinheiro ao imperador para lhe desejar

um bom ano e oferecem, entre outros produtos,figos, passas, mel e medalhas de prata ou

ouro, aos magistrados como sinal dedeferência; os Gauleses repartem entre

si ramos de plantas no primeirodia do ano.

É a partir de1233 que se começa a

espalhar o costume de seconstruírem presépios, apesar dehoje em dia muitos de nós não ofazermos, quer seja por crençasreligiosas ou apenas porque o

presépio acabou por dar lugar àÁrvore de Natal, que surge

mais tarde, já no séculoXVI.

Na tradição deNatal de receber presentes

(a nossa preferida nãoconcordam?) estes são dados peloPai Natal, por São Nicolau, peloMenino Jesus ou pelos Reis Magos(ou pelo cartão de crédito dos

pais), dependendo datradição de cada país.

Baltazar, Gaspar e Belchioriluminura medieval francesa

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sete

Mas, apesar de todas as tradições serem importantes (o Natal já nem pareceria Natal se não as cumpríssemos), averdade é que não nos podemos esquecer que a verdadeira essência do Natal é a família e todas aquelas outras coisas quevemos nos anúncios tais como a paz, o amor e a alegria.

Ao contrário do quese pensa, a imagem branca e

vermelha do Pai Natal não é daautoria da Coca-Cola visto que a

primeira imagem que o representa destamaneira é da autoria de Thomas Nast e é

publicada no semanário “Harper’sWeekly”, no ano de 1881. No entanto, é

verdade que é a Coca-Cola que tornapopular este velhinho de barbas

brancas.

A razão pelaqual a Missa do Galo

(realiza-se à meia-noite de 24para 25 de Dezembro) tem estenome é porque a lenda diz que o

galo foi o primeiro animal apresenciar o nascimento de Jesus

e ficou com a missão deanunciar ao mundo o Seu

nascimento.

Feliz Natal

Natividade: Nascimento de JesusGiotto, 1304

O Pai NatalThomas Nast, 1881

A tradição do presépioem Portugal tem início no séc.

XVII mas só se foi desenvolvendo noreinado de D. João V.

Nesta época, os presépios tiveram presençaconstante em igrejas, conventos e casas

particulares. Os presépios são largas narrativasque contam com a participação de pequenasfiguras (Virgem Maria, José, menino Jesus,

uma vaca e um burro). Mais tarde, sãoacrescentadas algumas figuras“extras”, tais como os três Reis

Magos e alguns pastores.

Originalmente osTrês Reis Magos não

têm nome e só mais tardepassam a ser designados porBaltazar, Gaspar e Belchior.

Nem sequer se sabe se são trêspois a passagem da Bíbliaonde são mencionados é

muito vaga.

CD

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Ano I, nº 8, Dezembro/2005

oito

Natal… Tempo de paz, de fraternidade, de alegria! Tempo de árvores, luzes e presépios! Mas, também, tempo decompras!

As pessoas andam num frenesim à procura de prendas. Enchem os centros comercias, as ruas e as lojas. Cansam acabeça (e os pés) à procura do objecto ideal: bonito, adequado e, com a crise instalada, barato.

Nós, que somos pelo comércio local, organizámos uma expedição às lojas do centro do Barreiro.Que nos perdoem os outros locais, mas no “centro” há mais por onde escolher e não é preciso andar de carro, outra dor

de cabeça desta época.Armámo-nos em betinhas e fomos investigar. Entrámos, observámos, perguntámos. Descobrimos que, apesar de tudo

há prendas para todos os gostos e para todas as bolsas. É questão de procurar, com muito tempo, muita Ciência e,sobretudo muito… bem pelo menos algum dinheiro.

Aqui fica o resultado da nossa investigação. Sugestões para todas as idades, gostos e, sobretudo todas as carteiras.Já agora, e para o caso de ainda não saberem o que nos hão-de oferecer, a prenda mais cara é a que se destina à nossa

idade. Boas Compras.

por Marta Maia, Sara Heitor, 10ºD e Sofia Cardoso, 10º BCompras de Natal

Chegamos a meados de Dezembro e é quase sempre amesma história: Pais Natal para aqui e Árvores de Natalpara ali. As pessoas lembram-se sempre de comprar amais pequena mediocridade decorativa da época do Natalpara parecer bem. Em qualquer sítio por onde passemos,podemos ver Pais Natal a subir às janelas das casas. Algoque, na minha opinião, é totalmente supérfluo, poucooriginal e que não traz mais felicidade.

Espírito de Natal ou de Consumismo? Opinião por Miguel Cunha, 11º A

Muitas pessoas passam o Natal sozinhas ou apenascom os mais chegados. Para onde foi o Espírito de Natal,que significa juntar toda a família e, às vezes até algunsamigos, numa noite especial, com um grande jantar?

Solidariedade, generosidade, paz, amizade, amor...Para mim, estas são algumas das palavras que constituemo verdadeiro espírito natalício.

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Dr. Mário Durval na Escola

Gripe das Aves e Saúde PúblicaNo passado dia 7 de Dezembro, pela manhã, o Delegado de Saúde do Barreiro, veio à nossa

escola falar sobre Saúde Pública, em geral, e, muito em especial, sobre os problemas relacionadoscom a gripe das aves.

Nesta sessão, que decorreu com a participaçãointeressada de alunos do 3.º Ciclo do Ensino Básico(7.º, 8.º e 9.º anos), o dr. Mário Durval explicouque não houve ainda casos de gripe das aves emPortugal, que não há casos de transmissão da doençaentre humanos e que as aves que passam pelo nossopaís não vêm de zonas onde tenham sido detectadoscasos desta doença. Contudo, essas aves podemcruzar-se, nas suas migrações, com aves infectadaspelo que é necessário estar atento.

Quanto às dúvidas colocadas devido àproximidade do Parque da Cidade e da suapopulação de patos que, por vezes, nidifica na nossaescola, o Delegado de Saúde reafirmou não haverqualquer perigo e que a situação destes animais estáa ser acompanhada por ele próprio e peloresponsável veterinário.

Apesar disso, os cuidados a ter passam pelahigiene (por exemplo, evitar o contacto com osexcrementos dos animais, não contactar com aságuas dos lagos existentes no Parque da Cidade eevitar a relva à volta dessa zona onde seacumulam os dejectos) e pela prevenção(os animais encontrados mortoscontinuarão a ser analisados e apopulação de patos, estimada entre os 700e os 800 exemplares, irá ser reduzida).Alguns dos animais serão entreguesbrevemente a instituições desolidariedade social de forma amelhorarem a ementa deste Natal dosseus utentes. A carne de aves podecontinuar a ser consumida desde que bemcozinhada visto que o vírus da gripe dasaves morre aos 70º Celsius.

Respondendo a outra pergunta, afirmou que ossintomas desta doença são semelhantes a umaqualquer gripe. Contudo, o nível de letalidade destadoença, isto é, o número de mortes por pessoasdoentes, é muito alto, entre os 50 e os 60%. Daí anecessidade dos chamados grupos de risco(crianças, idosos, doentes respiratórios,profissionais de saúde) se vacinarem contra a gripe“normal” de forma a evitar possíveis mutações dovírus que poderiam provocar uma epidemia a nívelplanetário, ou seja, uma pandemia.

Lembrou mais uma vez que se alguém encontraruma ave morta não lhe deve tocar mas sim chamara Divisão de Higiene Pública da Câmara Municipalque fará rapidamente a respectiva recolha (telef.21 206 80 00).

Confrontado por uma aluna com ofacto de, por vezes, haver praticantes decanoagem no lago do Parque da Cidade,o dr. Mário Durval afirmou-sepreocupado pois pode haver risco desaúde para os praticantes.

Quanto aos pombos, apesar de nãotransmitirem esta doença, transmitemoutras pelo que há também planos parareduzir o número de aves existentes noBarreiro, deslocando-as para a Mata daMachada e para o Alentejo.

Em relação ao elevado número de cãese gatos vadios que vagueiam pelas nossa ruas,sobrevivendo, muitas vezes, graças à comida queas pessoas aí colocam - o que, para além deproibido, também é um perigo para a saúde pública- afirmou que se vão tomar medidas para a suaredução, impedindo a sua reprodução.

O Delegado de Saúde terminou a sua conversacom os alunos dos Casquilhos manifestando-seconfiante nas medidas já tomadas e nos planosexistentes para evitar a gripe das aves colocando--se à disposição da escola para cá voltar sempreque solicitado. [::] RA

o Delegado deSaúde reafirmou

não haverqualquer perigoe que a situaçãodestes animais

está a seracompanhada

por ele próprio epelo responsável

veterinário

nove

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Ano I, nº 8, Dezembro/2005

dez

Já aconteceu Nos dias 23, 24 e 25 de Novembro decorreu no

bar dos alunos a Minerália. Esta mostra e venda deminerais e rochas ornamentais, iniciativa dosprofessores do departamento de Ciências Naturais,recebeu a visita de muitos alunos, professores efuncionários que aproveitaram, nalguns casos , paraantecipar as suas compras de Natal.

Nos dias 29 e 30 de Novembro decorreu nanossa escola uma experiência destinada à contagemde muões. Os muões são partículas que têm origemnos raios cósmicos e que chegam até aonosso planeta. Esta actividade integrou-se no projecto CRESCERE (CosmicRays in an European SChoolEnvironment: a Remote Experiment),desenvolvido em conjunto entre a Itália,Portugal e a Roménia e a que a nossaescola aderiu por iniciativa dasprofessoras Carmem Oliveira e Maria do AnjoAlbuquerque do Departamento de Ciências Físico-Químicas.

Durante algumas horas um dos computadores danossa escola esteve ligado a outros computadores,nomeadamente, da Faculdade de Ciências daUniversidade de Lisboa, procedendo a essa contagemque irá agora ser analisada.

Esta experiência foi seguida atentamente por alunosde várias turmas.

Ao concurso de postais de Natal concorreram4 obras, tendo sido premiadas a Ana Erika Fernandes,do 11º D, e a Filipa Nobre, do 11º E.

Ao fim de quase 18 horas de experiênciajá tinham entrado 1886 muões

No passado dia 29 de Novembro a nossa escolasofreu uma avaria numa das fases do seu sistemaeléctrico, tendo provocado um mini-apagão. Aelectricidade na escola está distribuída por três fasesdiferentes, correspondendo a zonas diferentes. A avariadeste dia afectou, entre outras zonas, o BlocoAdministrativo, desligando a alimentação docomputador central da escola ao qual estão ligadosem rede todos os outros, impedindo o uso dos cartõesmagnéticos quer no Bar quer na Portaria.

Também alguns blocos de aulas foram afectados,embora não haja notícia de as aulas terem sidointerrompidas.

O equipamento avariado foi substituído e anormalidade reposta ao fim de quase 3 horas. [::]

Recomeçaram as actividades do DesportoEscolar organizadas pela nossa escola.

As primeiras notícias são do núcleo de Natação quejá esteve em actividade no passado dia 26 deNovembro na Piscina Municipal do Barreiro,participando (e ganhando, claro...) numa prova deestafetas.

RA

HO

RA

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Ano I, nº 8, Dezembro/2005

A não perder Quem gosta de jogar e, ao mesmo tempo, mostrar os seus conhecimentos de português, não pode perder as

sessões de Scrabble que decorrem às quartas-feiras, entre as 8:30 e as 10:00, e às quintas, entre as 12:00 e as 13:30, nasala A12.

O Scrabble (palavra que em inglês significa escrevinhar, garatujar) consiste em tentar juntar diversas letras de formaa formar palavras, ao mesmo tempo que se tenta evitar que o adversário atinja esse mesmo objectivo.

Os professores do Departamento de Línguas e Culturas Românicas estarão presentes para esclarecer possíveisdúvidas e servir de árbitro se necessário.

As reuniões dos Directores deTurma com os pais e Encarregados deEducação estão já a ser convocadas paraa primeira semana de Janeiro dopróximo ano, segundoo calendário aolado. Nestas reuniões, realizadas sempreàs 18:00 (só a do 10º C decorrerá às18:20) serão dadas informações sobreo aproveitamento, comportamento eassiduidade dos alunos, sendodistribuídas as fichas informativas dofinal do 1º Período. Prevê-se que aspautas com as classificações desseperíodo só sejam afixadas dia 28 deDezembro, já depois do Natal e daentrega das prendas...

À meia-noite de 31 de Dezembro termina o ano de 2005 e começa um novo ano queesperamos todos que seja ainda melhor. Este é um momento também a não perder. Bom ano!

Em Janeiro o nosso Jornal comemora o seu primeiro aniversário. Foi a 18 deJaneiro que saiu o primeiro número do ESCrito, ainda com a capa apreto e branco, mas já com uma orientação claraexpressa no estatuto editorial que então publicámos.Também ao longo deste ano e dos seus 8 númerosmensais mantivemos a mesma linha gráfica.

Quando pensámos em comemorar estes 12 meses detrabalho - complexo, desgastante mas, ao mesmo tempo,tão recompensador - lembrámo-nos logo de um bolo deanos. De chocolate, como não podia deixar de ser. Mascomo trazer todos os nossos leitores para essa comemoraçãoque queríamos que fosse uma festa?

Uma coisa leva à outra e o bolo de aniversário vai-setransformar numa Festa do Chocolate que irá decorrer nanossa escola no próximo dia 31 de Janeiro de 2006, durante todo o dia.

Neste momento os contactos estão a ser feitos, as ideias estão a avançar e no próximo número (a sair a 18de Janeiro) contamos já dar mais pormenores.

Podemos garantir que vai ser de chorar por mais.A não perder.

onze

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Ano I, nº 8, Dezembro/2005

doze

Entrevista com o Realizador de A Estrela de Gaspar

Dos Casquilhos para o Cinema de Animaçãopor Beatriz Santos e Daniela Ferreira, 11º G

Pedimos a Pedro Brito que voltasse aos Casquilhos, mais de 10 anos depois de aqui ter acabado os seus estudos, paranos falar do que tem vindo a fazer, quer na Banda Desenhada, quer no Cinema de Animação.

ESCrito - Podes contar-nos o teu percurso artístico?Pedro Brito - Actualmente faço cinema de animação masnão foi por aí que comecei a trabalhar na narrativa.Comecei a trabalhar em banda desenhada por curiosidade,por ser uma maneira fácil de contar histórias e porqueera barato, simples e não estava dependente de ninguém.Foi uma professora que viu um anúncio a pedir portefóliose currículos de alunos que estivessem interessados emtrabalhar em cinema de animação. Fiz um portefólio emque juntei vários desenhos meus e por sorte fiquei noestágio. Fiz um curso de cinema de animação, depoisentrei no curso de Design do IADE e comecei a trabalharem animação em ’96. Tenho três curtas-metragens,trabalhei na animação do Jardim da Celeste e dosPatinhos e actualmente estou a fazer uma curta-metragemchamada Sem dúvida amanhã, partindo pela primeiravez de um argumento meu.

ESC - Qual foi o papel da escola nesse percurso?PB - São coisas caricatas… Nessa altura o 12º só existiano ensino da noite, principalmente Artes. Já nosCasquilhos pensei em transferir-me para a António Arroio,em Lisboa, mas nunca o fiz: gostava do ambiente (umbocadinho diferente do de hoje mas…). Então, quandome comecei a dar com malta da minha idade de Lisboa,com quem podia conversar e partilhar ideias e interessestodos me perguntavam se tinha andado na António Arroioe eu dizia que tinha andado nos Casquilhos, ficava tudo ànora! Mas a escola foi importante porque sempre tive

liberdade artística e apoio dos professores que foramrealmente motivadores.

ESC - Como caracterizas a situação do cinema emPortugal?PB - O cinema de animação existe! Mas é muito difícilarranjar subsídios e dinheiro para produzir, porque ocinema de animação não é auto-sustentável.

ESC - E quanto é que custa fazer, por exemplo, a Estrelade Gaspar, que já foi exibido aqui na escola e vai voltarna Festa de Natal?PB - Sinceramente prefiro afastar-me da parte dosdinheiros… mas para fazer um minuto de animação énecessário no mínimo 5000 euros! Mas não é um valorexacto: este filme custou aproximadamente 8000 euros.

ESC - Ainda se trabalha à mão?PB - Sim… Na produtora em que eu trabalho, aindatrabalhamos todos à mão, embora muito do trabalho sejafeito em computador!

ESC - O que é que se pode esperar do filme a ser exibidoaqui na escola no dia 16?PB - Bem… A Estrela de Gaspar é a história dum meninoque vive numa aldeia de Trás-os-Montes, com os avós e,como é normal numa aldeia do Norte, é desabitada ouquase desabitada e a população é muito envelhecida. Ofilme pretende trazer as lendas tradicionais portuguesase daí falarmos de bruxas e do menino Jesus em vez dopai Natal, por exemplo. [::]

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Ano I, nº 8, Dezembro/2005

Aula de Merengue, 11º D, 9 Dezembro 2005

catorze

Até quando os acidentes?

Mais um à nossa porta

Após o acidente o condutor pôs-se em fuga,abandonando a viatura.

Este não é o primeiro acidente que ocorre nesta zona,conhecida pelas acelerações de condutores em busca deemoções fortes. Há alguns anos, um desses acidentesocorreu à hora de saída das aulas, tendo o condutoratropelado vários alunos que esperavam o autocarro juntoao portão da escola; outra vez, foi um carro que“arrombou” esse mesmo portão; um dos funcionáriosainda se lembra de um motociclo cuja roda ficou entaladana malha do portão depois de se ter despistado.

Há alguns anos a Câmara tinha colocado lombas juntoà escola para os condutores reduzirem a velocidade.

Contudo, segundo consta, as lombas foram retiradasporque os motoristas dos TCB se queixavam de asmesmas estragarem a suspensão dos autocarros.

Não sabemos qual será a solução, mas esperamos quealguém se lembre de uma antes que se voltem a verificarmais feridos. [::] RA

Na noite de 8 para 9 de Dezembro os Casquilhos assistiram a mais um acidente automóvel junto ao portão da escola.

Segundo diversas testemunhas, um condutor terá vindofazer algumas experiências para a zona dos Casquilhos,tendo-se despistado uma primeira vez. Como não sofreuferimentos, voltou mais tarde para se despistar, desta vez,de encontro à paragem de autocarro que ficou no estadoque a imagem mostra.

RA

Sem data prevista

Gimnodesportivo nos CasquilhosGerações e gerações de barreirenses passaram por esta

escola sem poderem usufruir de um espaço coberto paraa prática da Educação Física ou de outras actividadesdesportivas.

Ano após ano, fomos vendo as outras escolas a receberos seus pavilhões: a Telha, a Augusto Cabrita/AbílioMendes, agora Santo António.

Ficamos felizes por eles pois nós bem sabemos o queé ter aulas ao ar livre às 8:30 de um dia frio de Invernoou às 16:00 de um dia escaldante Verão.

Neste momento, somos a única escola do concelhosem um gimnodesportivo. No espaço a que teimosamentechamamos Ginásio a imaginação dos professores e dosalunos vai fazendo as maravilhas possíveis com o reduzidoespaço disponível.

Mas os alunos continuam a sair prejudicados com estasituação.

O pai Natal continua a não morar no Ministério daEducação. [::] RA

RA