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ANO V • EDIÇÃO 97 • 28 DE JULHO DE 2014 SINDICATO DOS TRABALHADORES DO PODER JUDICIÁRIO FEDERAL NO ESTADO DE MINAS GERAIS | MOBILIZAÇÃO | Em ato público em BH, servidores opinam sobre adesão à greve em 14 de agosto Servidores foram chamados a ajudar a construir a mobilização no Estado e ficar “de olho” em projetos de interesse da categoria. Sondados, eles acham que Minas deve aderir à greve Os coordenadores do SITRAEMG Vilma Oliveira Lourenço (à esquerda) e Célio Izidoro Rosa deram informes e chamaram os servidores para fortalecer a luta Janaina Rochido Dentro do calendário de mo- bilizações votado nas Reuniões Ampliadas da Fenajufe, o SITEMG realizou mais um ato público em Belo Horizonte, no dia 24 de julho. Reunidos em frente ao prédio dos Cartórios Eleitorais, na Avenida do Contorno, os di- rigentes sindicais Célio Izidoro Rosa, Vilma Oliveira Lourenço, Igor Yagelovic, Dirceu José dos Santos e Nilson Jorge de Morais conversaram com os servidores sobre a tramitação do substitutivo do PL 6613/2009, as propostas de carreiras exclusivas dos tribunais superiores, e a ameaça da PEC 59/2013. Ainda, os presentes opi- naram sobre o indicativo de greve para 14 de agosto, que consta no calendário aprovado na última Ampliada, realizada em 6 de julho, em Brasília (DF). Os quase oito anos sem repo- sição salarial e sem nenhuma ação efetiva dos governos para resolver a situação foram lembrados pelo coordenador Célio Izidoro quan- do falou aos colegas. O dirigente sindical destacou, no entanto, que as mobilizações da categoria estão surtindo efeito, haja vista a mesa de negociação estabelecida entre entidades e Supremo Tribunal Federal (STF) em abril deste ano - e, antes disso, o aumento da GAJ para 90%. Mas é preciso mais: o coor- denador do SITEMG criti- cou a inércia da cúpula do Poder Judiciário, que não demonstra ne- nhuma vontade política para fazer caminhar os projetos de interesse de seus servidores. Izidoro acre- dita que é preciso se organizar, conversar com os colegas e for- talecer a mobilização para pres- sionar o presidente do Supremo a assumir a responsabilidade de cobrar do governo federal respei- to à autonomia e à independência do Judiciário, inclusive não inter- ferindo na dotação orçamentária para o segmento. Na opinião da coordenadora Vilma Lourenço, a reposição sa- larial é “urgente”. Após fazer um histórico do surgimento e da tra- mitação do PL 6613/2009, ela apontou que o substitutivo conta somente com a assinatura do dire- tor geral do Supremo, sendo que a que realmente conta é a assinatura do presidente da Casa. Só assim o projeto pode ter sua dotação or- çamentária incluída na LDO, cujo prazo termina em 31 de agosto. De todas as suas idas à Brasília, Vilma trouxe uma constatação: o Ministério do Planejamento e o governo federal não querem negociar, estão com “as portas fechadas” para os servidores. “Precisamos de mais pressão”, pe- diu Vilma, para quem, passada a Copa, é hora de exercer o direito de greve e voltar-se para as lutas da categoria – sem esquecer tam- bém do projeto de congelamento salarial (PLP 549/2009), que ain- da está vivo no Congresso. Indicativo de greve e trabalho de base Ao final do ato público, os servidores foram sondados so- bre o indicativo de greve para 14 de agosto, conforme proposto na última Reunião Ampliada da Fenajufe, em 6 de julho. Célio Izidoro, que conduziu a consulta, também informou aos participan- tes que o SITEMG participará da próxima Ampliada, em 9 de agosto, e chamou a todos para as- sinarem o abaixo assinado pela re- jeição da PEC 59/2013, que pre- tende unir os Judiciários Federal e Estadual sob um só regime (veja no site do SITEMG instruções sobre como fazê-lo). Após estes informes, os servi- dores presentes ao ato opinaram que os mineiros devem sim defla- grar greve em agosto. De acordo com Célio Izidoro, nesta semana o SITEMG trabalhará junto à base, indo aos locais de trabalho, levando informações e conversan- do com os servidores sobre a mo- bilização e sua importância para que a revisão salarial seja conquis- tada ainda este ano. Página 3 Veja as últimas ações do Jurídico Páginas 8 e 9 Sindicato cobra do TRE respostas para servidores Páginas 4 e 5 Confira a solenidade de posse da gestão 2014/2017 Páginas 11 a 14 Encarte: Prestação de Contas do SITRAEMG

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Jornal do SITRAEMG Ed.97

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ANO V • EDIÇÃO 97 • 28 DE JULHO DE 2014

SINDICATO DOS TRABALHADORES DO PODER JUDICIÁRIO FEDERAL NO ESTADO DE

MINAS GERAIS

| MOBILIZAÇÃO |

Em ato público em BH, servidores opinam sobre adesão à greve em 14 de agosto

Servidores foram chamados a ajudar a construir a mobilização no Estado e ficar “de olho” em projetos de interesse da categoria. Sondados, eles acham que Minas deve aderir à greve

Os coordenadores do SITRAEMG Vilma Oliveira Lourenço (à esquerda) e Célio Izidoro Rosa deram informes e chamaram os servidores para fortalecer a luta

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doDentro do calendário de mo-

bilizações votado nas Reuniões Ampliadas da Fenajufe, o SITRAEMG realizou mais um ato público em Belo Horizonte, no dia 24 de julho. Reunidos em frente ao prédio dos Cartórios Eleitorais, na Avenida do Contorno, os di-rigentes sindicais Célio Izidoro Rosa, Vilma Oliveira Lourenço, Igor Yagelovic, Dirceu José dos Santos e Nilson Jorge de Morais conversaram com os servidores sobre a tramitação do substitutivo do PL 6613/2009, as propostas de carreiras exclusivas dos tribunais superiores, e a ameaça da PEC 59/2013. Ainda, os presentes opi-naram sobre o indicativo de greve para 14 de agosto, que consta no calendário aprovado na última Ampliada, realizada em 6 de julho, em Brasília (DF).

Os quase oito anos sem repo-sição salarial e sem nenhuma ação efetiva dos governos para resolver a situação foram lembrados pelo coordenador Célio Izidoro quan-do falou aos colegas. O dirigente sindical destacou, no entanto, que as mobilizações da categoria estão surtindo efeito, haja vista a mesa de negociação estabelecida entre entidades e Supremo Tribunal Federal (STF) em abril deste ano - e, antes disso, o aumento da GAJ para 90%.

Mas é preciso mais: o coor-

denador do SITRAEMG criti-cou a inércia da cúpula do Poder Judiciário, que não demonstra ne-nhuma vontade política para fazer caminhar os projetos de interesse de seus servidores. Izidoro acre-dita que é preciso se organizar, conversar com os colegas e for-talecer a mobilização para pres-sionar o presidente do Supremo a assumir a responsabilidade de cobrar do governo federal respei-to à autonomia e à independência do Judiciário, inclusive não inter-ferindo na dotação orçamentária para o segmento.

Na opinião da coordenadora Vilma Lourenço, a reposição sa-larial é “urgente”. Após fazer um histórico do surgimento e da tra-mitação do PL 6613/2009, ela apontou que o substitutivo conta somente com a assinatura do dire-tor geral do Supremo, sendo que a que realmente conta é a assinatura do presidente da Casa. Só assim o projeto pode ter sua dotação or-çamentária incluída na LDO, cujo prazo termina em 31 de agosto.

De todas as suas idas à Brasília, Vilma trouxe uma constatação: o Ministério do Planejamento e o governo federal não querem negociar, estão com “as portas fechadas” para os servidores. “Precisamos de mais pressão”, pe-diu Vilma, para quem, passada a Copa, é hora de exercer o direito

de greve e voltar-se para as lutas da categoria – sem esquecer tam-bém do projeto de congelamento salarial (PLP 549/2009), que ain-da está vivo no Congresso.

Indicativo de greve e trabalho de baseAo final do ato público, os

servidores foram sondados so-bre o indicativo de greve para 14 de agosto, conforme proposto na última Reunião Ampliada da Fenajufe, em 6 de julho. Célio Izidoro, que conduziu a consulta, também informou aos participan-tes que o SITRAEMG participará da próxima Ampliada, em 9 de

agosto, e chamou a todos para as-sinarem o abaixo assinado pela re-jeição da PEC 59/2013, que pre-tende unir os Judiciários Federal e Estadual sob um só regime (veja no site do SITRAEMG instruções sobre como fazê-lo).

Após estes informes, os servi-dores presentes ao ato opinaram que os mineiros devem sim defla-grar greve em agosto. De acordo com Célio Izidoro, nesta semana o SITRAEMG trabalhará junto à base, indo aos locais de trabalho, levando informações e conversan-do com os servidores sobre a mo-bilização e sua importância para que a revisão salarial seja conquis-tada ainda este ano.

Página 3Veja as últimas

ações doJurídico

Páginas 8 e 9Sindicato cobra do TRE respostas para

servidores

Páginas 4 e 5Confira a solenidade de posse da gestão

2014/2017

Páginas11 a 14

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Contra a dureza da vida nasce a força para lutar

EDITORIAL

EXPEDIENTESITRAEMG - Sindicato dos

Trabalhadores do Poder Judiciário Federal no Estado de Minas Gerais

Rua Euclides da Cunha, 14 - Prado - Belo Horizonte - Minas Gerais - 30411-170(31) 4501-1500 ou 0800.283.4302www.sitraemg.org.br - @SITRAEMG

DIRETORIA EXECUTIVACOORDENADORES GERAIS

Alan da Costa Macedo, Alexandre Magnus Melo Martins e lgor Yagelovic

COORDENADORES DE FINANÇASCélio lzidoro Rosa e João Baptista

Sellera Bárbaro

COORDENADORES EXECUTIVOS Daniel de Oliveira, Etur Zehuri,

Evandro Antônio da Silva, Geraldo Correia da Cruz, Nilson Jorge de Moraes e Vilma Oliveira Lourenço

COORDENADORES REGIONAISDinali Savis de Souza, Dirceu José dos

Santos, Henrique Olegário Pacheco, Lindolfo Alves de Carvalho Neto, Mário

Alves e Sandro Luis Pacheco

EDIÇÃO E REPORTAGENSGenerosa Gonçalves - Mtb 13265

Gil Carlos Dias - Mtb 01759Janaina Rochido - Mtb 13878

PROJETO GRÁFICO/DIAGRAMAÇÃOFlávio Faustino

IMPRESSÃOGráfica Silva Lara Ltda

TIRAGEM5.300 exemplares

ESPECIFICAÇÕESPapel Off-set 90g

| PARCERIA |

Estacionamento com desconto para filiados da

Justiça Federal em BHQuem paga imposto no país?

No Brasil, temos uma política de juros e um sistema de arrecada-ção de impostos que tiram dos mais pobres em favor dos mais ricos.

No ano passado, 36% de tudo que o Brasil produziu (PIB) foi apropriado pelo Estado na forma de impostos. Mas, quem efeti-vamente paga estes impostos e financia o Estado?

Segundo a Receita Federal, de tudo que o Estado arrecada, os impostos sobre a renda e so-bre a renda do capital represen-tam apenas 15%. Todo o restante é pago pela renda do trabalho.

Mesmo os 15% que o patrão paga saem da riqueza que nós produzimos para ele. Eles ainda repassam, aos preços dos produtos, impos-tos que seriam deles: ICMS, IPI ou ISS. Pagamos os impostos deles, com o nosso mísero salário, quan-do compramos qual-quer mercadoria. Já os nossos salários são tributados na fonte, no recolhimento do Imposto de Renda, em até 27% acima do piso.

O discurso dos empresários de que eles pagam muitos impos-tos é falso, porque somos nós, os trabalhadores, que financiamos o Estado. Todos os governos, incluindo FHC, Lula e Dilma, só reforçaram esta injustiça, pois aumentaram a carga tributária sobre os trabalhadores e deram isenções fiscais para o grande ca-pital.

Como se não bastasse essa injustiça histórica cometida con-tra os trabalhadores, ao tributar mais o trabalho do que o capital,

a desaceleração da economia bra-sileira, combinada com o retorno da inflação e o endividamento cada vez maior das famílias, ge-rou contradições que ampliaram a percepção nas massas do fim da sensação de “bem estar”.

A inflação e a carestia corro-em os salários. O endividamen-to é enorme, sendo que 44% da renda das famílias é destinado ao pagamento das dívidas.

O crescimento econômico dos anos anteriores não acabou com a desigualdade social e mes-mo a ampliação da classe traba-lhadora nesse período se deu em pleno processo de precarização das condições de trabalho.

É contra essa dureza da vida que nasce a força para lutar. Essas

e inúmeras outras ca-tegorias explodem em greves e rebeliões de base, buscando me-lhorar suas condições de vida e de traba-lho. Nessa luta, esses trabalhadores têm

enfrentado todo tipo de obstá-culos. Mas não desistem. Passam por cima da resistência à nego-ciação cada vez mais acentuada demonstrada por empresários e governantes, enfrentam decisões da (in)justiça e encaram demis-sões, perseguição e repressão policial.

Em cada greve, surgem co-mandos ou comissões de base, movidos pela indignação com as condições a que estão sub-metidos. Ao verem seus velhos dirigentes sindicais nas mãos dos patrões ou governos, lutam e vão em busca de uma alternativa na direção das conquistas como melhorias salariais e condições dignas no mundo do trabalho.

“Desaceleração ‘econômica põe fim à sensação de’ bem estar”

Aproveite as oportunidades que o SITRAEMG oferece a você! E para firmar um convênio com o

Sindicato ligue (31) 4501-1500 ou 0800-283-4302 e fale com o setor de convênios.

BELO HORIZONTEFeira Imobiliária Ltda. – Condições especiais

para filiados ao SITRAEMG. (31) 2551-5180 - Rua Campos Elíseos, 353 - Barroca.

Restaurante Trem de Minas – 10% de desconto para almoço self-service, de segunda a domingo - exceto bebidas alcoólicas e cigarros.Avenida Francisco Sá, 675, Prado – (31) 3292-8153.

Unicenter - Espaço de Saber – Cursos preparatórios para concursos públicos e pós-graduação. Descontos especiais para filiados ao SITRAEMG.(31) 3298-7750 / (31) 3531-2006 – Rua Paracatu, 1375, Santo Agostinho. www.unicentereduca.com.br

NOVOS CONVÊNIOS

Em junho, o SITRAEMG fir-mou convênio com a Parkfácil Estacionamentos, empresa localizada próximo à Justiça Federal, em Belo Horizonte. O objetivo é atender os servidores que trabalham naquele Órgão e que encontram dificuldades para guardar seus carros no es-tacionamento da própria Justiça Federal, durante o horário de trabalho, devido à reforma que vem sendo realizada no prédio da Av. Álvares Cabral, 1805. A parceria prevê descontos em tor-no de 10% para diaristas, horis-tas e mensalistas. Para mensalis-

tas, estavam reservadas somente 50 vagas inicialmente. Porém, atendendo pedido do Sindicato, a empresa decidiu ampliar para 80.

A Parkfácil fica na Rua Matias Cardoso, 165, no bairro Santo Agostinho, em Belo Horizonte. Para ter acesso ao benefício, os filiados devem obrigatoriamente apresentar a carteirinha de filia-do ao SITRAEMG. Para outras informações, entre em contato com o Sindicato: (31) 4501-1500. Veja, abaixo, a tabela de preços pelos valores normais e com desconto:

MENSALISTA DIARISTA HORISTA

Preço normal

Com desconto

Preço normal

Com desconto

Preço normal

Com desconto

R$ 350,00 R$ 320,00 R$ 35,00 R$ 31,50 R$ 12,00 R$ 10,80

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| JURÍDICO |

Vários pleitos para os servidores do TRE

Recurso cobra resposta do presidente do STF,e não do DG, a pedido sobre o renquadramento

A nova Diretoria do SITRAEMG protocolou no TRE/MG, em 10 de julho, re-querimento direcionado ao presidente do Tribunal, desem-bargador Geraldo Augusto de Almeida, pleiteando alterações na Resolução TRE/MG nº 965, de 8 de abril de 2014, que regu-lamenta o Programa de Serviço Voluntário no âmbito dos Cartórios Eleitorais de Minas Gerais, no seguinte sentido: 1) que os voluntários sejam impe-didos de exercer atribuições dos cargos e de ter acesso às infor-mações sigilosas dos cartórios eleitorais; 2) que os servidores designados para a supervisão dos voluntários sejam antes in-vestidos formalmente em fun-ções comissionadas ou cargos em comissão, assegurando-se o pagamento das respectivas gra-tificações de função. O objetivo, explicou o Sindicato, é preservar a lisura do processo eleitoral, o ambiente de trabalho e a car-reira dos servidores da Justiça Eleitoral.

O SITRAEMG argumen-tou que, em que pese a impor-tância do serviço voluntário, a Resolução pode subsidiar a coincidência das tarefas que se-rão executadas pelos voluntários com as atribuições dos servido-

res efetivos, em contrariedade ao repúdio constitucional da execução indireta de atividades protegidas por plano de carrei-ra. Além disso, a norma abre brechas para que os voluntários tenham acesso a informações si-gilosas, o que prejudicaria a se-gurança e a imparcialidade nas eleições. Como se não bastasse, acomete a supervisão dos vo-luntários pelos servidores sem designar formalmente para ocu-par função de chefia com a devi-da retribuição pelo exercício de função comissionada ou cargo em comissão.

O advogado Jean Ruzzarin, da assessoria jurídica do Sindicato, reforça que “o uso do serviço voluntário deve ser ponderado com as especificidades da Justiça Eleitoral, devendo a participa-ção do cidadão ser viabilizada com o devido cuidado para que não corra risco na lisura do pro-cesso eleitoral, o que acontece-ria se os voluntários realizassem tarefas inerentes aos servidores efetivos, bem como pudessem ter acesso a informações sigilo-sas dos cartórios eleitorais”.

Nossa meta com esta medi-da, acrescenta o coordenador geral do SITRAEMG Alexandre Magnus, é também barrar a con-tratação de serviços voluntários

e de terceirizados, fortalecendo os quadros efetivos do Tribunal Eleitoral Mineiro. “Junto a isso, já estamos agendando, com o TSE e deputados federais, um trabalho para aprovação do PL 7027/2013, que trata da criação de novos cargos e funções para a Justiça Eleitoral”, completa o coordenador.

Requerimentos ao diretor-geral

Na mesma data, foram proto-colados mais dois requerimen-tos no Tribunal, com mais plei-tos para os servidores, só que direcionados ao diretor-geral, Adriano Denardi Júnior. Em um dos documentos, o Sindicato re-quereu o pagamento das horas extras para o funcionalismo dos cartórios eleitorais com base nas seguintes considerações: há uma realocação do Poder de Polícia aos finais de semana, referente às propagandas eleitorais, para a Secretaria Judiciária do Tribunal e juízes auxiliares de plantão na Corregedoria do Tribunal, pre-vistas no Ofício Circular 032-CRE/2014, Portaria Conjunta 556-CRE/2014 e Resolução TRE/MG 974/2014; que é no mês de julho que os cartórios eleitorais procedem à vistoria

em locais de votação e à convo-cação de mesários; que tal con-vocação é o trabalho de maior vulto nas zonas eleitorais, pois se avolumam as atividades desem-penhadas pelos servidores nesse período; existe uma dificuldade maior desses servidores na tare-fa de seleção dos mesários, pois estes somente podem ser conta-tados nos finais de semana e não podem receber a convocação em seus locais de trabalho.

No outro requerimento, soli-citou cópias do Ofício Circular nº 32/2014 da Corregedoria do TRE/MG e da legislação refe-rente à competência originária do Tribunal relativamente ao poder de polícia sobre a pro-paganda eleitoral, uma vez que esse poder fica a cargo dos car-tórios eleitorais durante a sema-na e se desloca para a Secretaria nos finais de semana. No reque-rimento, o SITRAEMG destaca, como referência, a seguinte fala do diretor-geral do TRE/MG contida no periódico interno do Tribunal, “Sintonia”, veiculado em 27 de junho: “O poder de polícia, como está dito no Ofício Circular da Corregedoria, será exercido no expediente normal, nos fins de semana não haverá a necessidade de plantão para o exercício do poder de polícia”.

Em 5 de junho último, nos primeiros dias de mandato de sua atual Diretoria Executiva, o SITRAEMG protocolou requerimento no Supremo Tribunal Federal pleiteando “a adoção das providências necessárias para viabilizar a rubrica diferencial para os anti-gos servidores dos níveis C14 e C15 nas ta-belas originais da Lei 11.416, de 2006”, que ficaram prejudicados com a limitação da ta-bela definida pela Lei 12.774/2012 (aumen-to da GAJ) aos níveis C12 e C13.

O pleito foi indeferido. Mas, no entendi-mento do SITRAEMG, esse indeferimento

do STF é nulo, posto que indevidamente as-sinado pelo diretor-geral do STF, sendo que o pedido havia sido dirigido ao presidente do Tribunal – à época, o ministro Joaquim Barbosa. Ademais, avalia o Sindicato, se o DG do STF possuísse alguma competência para disciplinar o assunto, deveria se res-tringir aos servidores do próprio STF. No entanto, como o assunto é de interesse ge-ral de todos os servidores do Judiciário da União, na inteligência do artigo 26 da Lei 11.416, caberia apenas ao presidente do STF, na qualidade de chefe do Judiciário da

União, iniciar as providências regulamenta-res sobre o assunto (foi o que ocorreu com a Portaria Conjunta nº 4/2013), atribuição indelegável nos termos do inciso III do arti-go 13 da Lei 9.784/99.

Nessa linha, o SITRAEMG, por meio de sua assessoria jurídica, protocolou recurso administrativo direcionado ao presidente do Supremo Tribunal Federal – atualmen-te, o ministro Ricardo Lewandowski -, para que seja anulada a decisão do DG e que o pedido seja originalmente conhecido pela Presidência daquela Suprema Corte.

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Prestígio dos servidores e homenagens marcam solenidade de posse da nova

Diretoria e Conselho FiscalCentenas de filiados, e familia-

res, prestigiaram a nova Diretoria Executiva e o Conselho Fiscal do SITRAEMG comparecendo à so-lenidade de posse ocorrida em 19 de julho, no salão do Minas Tênis Clube II, em Belo Horizonte. Também estiveram presentes o assessor da Assessoria especial da Presidência do TRT, Paulo Henrique Canabrava Haddad; o ad-vogado Bruno Reis de Figueiredo, presidente da Comissão Especial de Direito Sindical da OAB, re-presentando a OAB/MG; e re-presentantes do Sinjus/MG, Nova Central Sindical, Sindsemp/MG, Sindjufe/MS, CSP Conlutas, Sicoob Coopjus, Asttter, Mosap, Movimento Mulheres em Luta e Quilombo Raça e Classe.

Compuseram a mesa os co-ordenadores gerais do Sindicato Alan da Costa Macedo, Alexandre Magnus Melo Martins e Igor Yagelovic; os coordenadores de Finanças Célio Izidoro e João Baptista Sellera Bárbaro; os coor-denadores executivos Etur Zehuri, Geraldo Correia da Cruz, Nilson Jorge de Moraes e Vilma Oliveira Lourenço; e os coordenadores regionais Dirceu José dos Santos, Henrique Olegário Pacheco e Sandro Luís Pacheco; além dos conselheiros fiscais Alexandre Brandi Harry, Hélio Canguçu de Souza e Ciro Bastos dos Anjos – a presidente do Conselho, Eliana Leocádia, não pôde estar presente. Também não puderam compare-cer, por motivos diversos, os co-ordenadores Daniel de Oliveira, Dinali Savis de Souza, Evandro Antônio da Silva, Lindolfo Alves de Carvalho Neto e Mário Alves.

A coordenadora Vilma Oliveira Lourenço fez a leitura do compro-misso de posse, enquanto o coorde-nador Nilson Jorge de Moraes fez a abertura do evento, agradecendo a presença de todos e ressaltando a importância de os servidores cami-nharem juntos com o SITRAEMG na jornada de lutas da categoria. A solenidade foi encerrada pelo coordenador geral Igor Yagelovic, que reforçou os agradecimentos a todos os presentes.

HomenagensDurante a solenidade, a direto-

ria executiva do Sindicato, através do coordenador geral Alexandre Magnus, entregou placas de ho-menagem aos filiados Agnaldo Neves da Rocha Júnior, servidor da Justiça Federal, na qualidade de filiado mais antigo da entidade, desde 1991, e Jair Lemos, servidor do TRE/MG, cumprimentando--o pela lucidez com que concebeu a fábula “A festa na colmeia” e pa-rabenizando-o pela postura frente à administração do Tribunal, con-sequente à repercussão do texto literário. Lemos leu uma mensa-gem agradecendo o Sindicato pela mensagem recebida e comentando o episódio da publicação da fábula.

Coordenadora Vilma Oliveira Lourenço lê o compromisso de posse

O coordenador regional Nilson Jorge de Moraes faz a abertura oficial do evento

Coordenador geral Alexandre Magnus entrega placas aos homenageados

Agnaldo Neves…

… e Jair Lemos

Coordenadores do Sindicato com o assessor da Presidência do TRT, Paulo

Haddad (1º à esquerda)...

...e com o representante da OAB/MG, Bruno Reis de Figueiredo (centro)

O coordenador geral Igor Yagelovic agradeceu a presença de todos ao

fazer o encerramento

O coordenador geral Alexandre Magnus (centro) com representantes

do Sinjus/MG

O presidente do Sindsemp/MG, Eduardo Souza Maia, o filiado Carlos

Melo e acompanhantes

Presidente da Coopjus, Antônio Cláudio dos Santos Rosa, e

acompanhante

Ocupantes da mesa durante execução do Hino Nacional Brasileiro

Veja a galeria completa com todas as fotos da festa no site do SITRAEMG

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| SOLENIDADE DE POSSE |

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O coordenador geral Alan da Costa Macedo encarregou-se de proferir o discurso de posse, em nome de toda a Diretoria. Rememorando a história recente do sindicalismo no serviço públi-co, ele destacou a pujança da luta sindical logo após o fim da dita-dura militar, lamentou a traição sofrida pelos trabalhadores com a ascensão de um partido que pa-recia estar ao lado da classe nessa caminhada de lutas e defendeu a união de todos os servidores em torno das causas da categoria e das questões gerais que cami-nhem no sentido de uma presta-ção jurisdicional célere e de qua-lidade.

Falando em nome dos em-possados no Conselho Fiscal, Alexandre Brandi lembrou a to-dos que este é um ano eleitoral e que a categoria tem oportuni-dade única de garantir conquis-tas, incluindo a aprovação do substitutivo ao PL 6613/09 no Congresso Nacional. Ele também conclamou os colegas a lutarem

por um Judiciário mais demo-crático, que permita inclusive a participação dos servidores nas eleições para as cúpulas admi-nistrativas dos tribunais. O pre-sidente do Mosap (Movimento dos Servidores Públicos Aposentados e Pensionistas), Edson Guilherme Haubert, sau-dou a nova Diretoria, conselhei-ros fiscais e as diretorias anterio-res, e também pediu a todos que mostrem, nas urnas, toda a indig-nação dos aposentados e pensio-nistas, do serviço público e da iniciativa privada, diante das in-justiças que vêm sendo cometidas contra o segmento ao longo dos sucessivos governos. O represen-tante da OAB/MG, Bruno Reis de Figueiredo, deixou o abraço do presidente da OAB/MG, Luís Cláudio Chaves, e desejou suces-so à nova Diretoria e ao Conselho Fiscal, colocando a OAB à dispo-sição do SITRAEMG.

Bruno Reis de Figueiredo, representante da OAB/MG

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Conselheiros fiscais Alexandre Brandi e Hélio Canguçu

Coordenadores Vilma Lourenço, Etur Zehuri e Célio Izidoro

Coordenadores gerais Alexandre Magnus, Alan da Costa Macedo e Igor Yagelovic

Coordenadores João Baptista Sellera Bárbaro e Geraldo Correia da Cruz

Coordenadores Nilson Jorge de Moraes e Dirceu José dos Santos

Coordenador Sandro Luis Pachedo e o conselheiro fiscal Ciro dos Anjos

Coordenadores, conselheiros e o homenageado Jair Lemos

Coordenadores e conselheiros

Coordenadores do SITRAEMG e ministrantes ( os três últimosa partir da direita), ao término do culto

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“União de todos pelas causas da categoria”

Alan da Costa Macedo (centro), ao lado dos também coordenadores gerais Alexandre Magnus e Igor Yagelovic

Alexandre Brandi discursa em nome dos membros

do Conselho Fiscal

Edson Haubert, presidente do Mosap

Culto ecumênico

Na véspera da solenidade de posse (sexta-feira, 18), foi celebrado, na sede do Sindicato, um culto ecumênico com exposições do frei carmelita Gilvander Moreira, do espí-rita Onilton Carvalho Barbosa e do pastor Daniel Fialho. Houve, ainda, apresentação Coral do SITRAEMG, o “Arte em Canto”. A coordenadora Vilma Lourenço fez a abertura do evento e agradeceu a presença de todos e a colaboração dos ministrantes.

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Em assembleia geral extraordi-nária realizada no último dia 19, na sede do SITRAEMG, os filiados ele-geram, por aclamação, os colegas que representarão o Sindicato na reunião ampliada da Fenajufe agendada para o dia 9 de agosto, em Brasília (DF). A ampliada terá a seguinte pauta: 1) Informes (Direção da Fenajufe – processo de negociação entre ou-tros); Sindicatos – informação sobre a participação no dia nacional de lu-tas nos estados e ato no STF (7/8) e posicionamento das assembleias de base a cerca do indicativo de greve por tempo indeterminado (14/8) com foco na inclusão do reajuste salarial dos servidores do Judiciário e MPU no orçamento; 2) Avaliação do resultado das assembleias, do processo de negociação e calendário.

Ao dar os informes da mobili-zação em âmbito nacional, o coor-denador geral Alexandre Magnus salientou que não está fácil a evo-lução do PL 6613/09 na Câmara, a PEC 59/13 no Senado ainda é uma ameaça aos servidores do Judiciário Federal e que o governo continua sendo duro em relação às causas da categoria. “Só com greve a gente po-derá reverter essa situação”, alertou.

A assembleia também aprovou o calendário nacional de mobilizações da categoria definido pela reunião ampliada da Federação realizada no último dia 6 (de julho): 16/07 – Ato nacional no STF (foi adiado pela Fenajufe, a partir de consulta aos sin-dicatos filiados, em razão da possibi-lidade de realização deste sem a pre-sença do Sindjus/DF); 07/08 – Dia nacional de luta nos estados, com ato no STF; 09/08 – reunião Ampliada da Fenajufe; 17/07 a 08/08 – rodada de assembleias nos estados e DF para preparar para a greve; 14/08 – indi-cativo de greve nacional por tempo indeterminado, a ser submetido às assembleias de base; 13 e 14/09 – Encontro de Saúde e PJe.

Outro item da pauta da AGE foi a eleição de filiados para complemen-tação dos núcleos de segmentos da categoria que ainda não foram cons-tituídos ou preenchidos pelo núme-ro máximo de sete, como deliberado pela assembleia geral extraordinária do último dia 5 (de julho). O úni-co núcleo que ainda não está com-pleto é o dos agentes de segurança. Interessados em integrá-lo devem entrar em contato com o Sindicato e deixar o seu nome para tal.

| DELIBERAÇÕES |

Filiados aprovam calendário de lutas e elegem delegados para Ampliada

Eleitos para a Ampliada da Fenajufe: Raimundo Eurico, Alexandre Magnus, Gerson Appenzeller, Hélio Diogo, Hebe-Del Kader, David Landau, Carla Pires,

Marcos Vinícius e Henrique Olegário

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Eleitos para a ampliadaComo delegados: Henrique Olegário Pacheco (TRT), Marcos Vinícius Gomes Januário (TRE), Carla Pires Dias (TRE), David Landau (TRT), Hélio Ferreira Diogo (TRT), Hebe-Del Kader

Bicalho (JF), Gerson Appenzeller (JF) e Raimundo Eurico (TRE/aposentado). Como observador: coordenador geral

Alexandre Magnus.

Constituição dos núcleos

Analistas judiciários:Anya Campos (TRE), Sandro Leonel Brum (TRE),

Alcineia Suely de Sales (TRE), Fernanda Alves Gutierres (TRE), Alexandre Magnus (TRT), Gilda Bandeira Falconi

(TRE) e Pablo Aragão Lima (TRE).

Oficiais de justiça: Gerson Appenzeller ( JF), Éverson Ramos de Oliveira

( JF), Luciana Tavares de Paula ( JF), Munira de Oliveira Lage ( JF), Hélio Ferreira Diogo (TRT), Hebe-Del Kader

Bicalho ( JF) e Welington Gonçalves ( JF).

Aposentados: João Baptista Sellera Bárbaro, Daniel de Oliveira, Etur

Zehuri, Geraldo Correia da Cruz, Dirceu José dos Santos, Iclemir Costa (TRT) e Leda da Silva Morais (TRT).

Agentes de segurança: Raimundo Eurico (TRE/aposentado), José Francisco

Rodrigues (TRT) e Célio Izidoro (TRT).

Técnicos judiciários: Márcio Magela de Souza (TRE), Iclemir Costa (TRT), Eliana Leocádia Borges ( JF), Júlio César Brito (TRE),

James Magalhães (TRE), Alvilene Denise Araújo (TRE) e Júlio César da Silva Araújo (TRT).

Dívida pública: verdades que o governoesconde da população

O tema “Introdução sobre a Auditoria Cidadã da Dívida Pública” foi o primeiro ponto da AGE de 19 de julho. De acordo com o economista Rodrigo Ávila, coorde-nador nacional do movimento Auditoria Cidadã da Dívida e palestrante na AGE, em 2013 foram reservados 40,30% para os juros e amortizações da dívida, enquanto, para a Previdência Pública, somente 24,11% e, para o Poder Judiciário, míseros 1,35%. O governo, com o apoio da mídia, esconde

essa verdade da população e ainda inventa desculpas para justificar a defasagem sala-rial e retirada de direitos – principalmente os previdenciários – dos servidores públi-cos. Uma delas é de que precisa garantir os compromissos assumidos com a assistência social, quando, na prática, são destinados somente 3,41% para esta pasta. Outra des-culpa: precisa de recursos para os setores de educação, saúde, transporte, segurança pú-blica e habitação, sendo que, em 2013, para

estes restaram desprezíveis 3,70%, 4,29%, 0,59%, 0,40% e 0,00%, respectivamente.

O único caminho para combater o dis-curso falacioso do governo, aponta o eco-nomista, é exigir e lutar para que seja feita uma auditoria da dívida pública brasileira, para avaliar a origem do endividamento do país, quem realmente foi beneficiado e se os valores estão corretos. Para mais informa-ções sobre o tema, acesse: www.auditoriaci-dadadadivida.org.br

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A Diretoria do Sindicato havia convocado também uma assembleia geral “espe-cial” para o dia 19 de julho com a finalidade de eleger o quinto membro do Conselho Fiscal da entidade, “em de-corrência da vacância, oriun-da da renúncia tácita previs-ta no Artigo 39, Item 1, do Estatuto do SITRAEMG, referendada em Assembleia Geral Extraordinária realiza-da no dia 7 (sete) de junho de 2014”. De acordo com o edital de convocação, essa as-sembleia teria início imedia-tamente após o encerramento da assembleia geral extraor-dinária iniciada às 8h30.

A assembleia geral espe-cial teria a seguinte pauta: 1 – Informes, 2 – Inscrição de candidatos, 3 – Eleição de um (01) candidato, 4 – Apuração, 5 – Homologação e posse.

Ocorre que o estatuto do SITRAEMG requer, para deliberações como essa, um quórum qualificado de 3% do número total de filiados. Ou seja: deveriam estar pre-sentes pelo menos 128 fi-liados. Como havia somen-te 50, o coordenador João

Baptista Sellera Bárbaro, que presidiria a assembleia, tendo ao lado na mesa o co-ordenador geral Alexandre Magnus, anunciou que ela não realizaria, por falta de quórum. Ficou então adiada a eleição do quinto mem-bro do Conselho Fiscal para o qual foram eleitos, em 14 de maio último, os seguintes membros: Eliana Leocádia Borges ( JF), Hélio Canguçu de Souza (TRT), Alexandre Brandi Harry (TRE) e Ciro Bastos dos Anjos (TRE).

Sellera comunicou aos presentes que a Diretoria submeterá a questão à asses-soria jurídica do Sindicato, para que seja avaliada uma forma de definir essa pen-dência. Aberto espaço para manifestação dos presentes, o coordenador Célio Izidoro, único a falar, fez um apelo aos colegas presentes e a to-dos os demais filiados para que reflitam sobre a possibi-lidade de submeter a ques-tão à apreciação e decisão do Conselho Deliberativo do Sindicato, que é compos-to pela Diretoria Executiva e Diretores de Base.

| DELIBERAÇÕES |

Eleição do 5º membro do

Conselho Fiscal é adiada

Os coordenadores João Baptista Sellera Bárbaro e Alexandre Magnus comunicam a falta de quorum para realização da assembleia geral

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Por Luiz Fernando Rodrigues Gomes, Técnico Judiciário

do TRT/BH

Terminada a Copa do Mundo, devemos, como cida-dãos, refletir sobre o seu legado. Penso que o Brasil perdeu an-tes mesmo do início do evento, quando aceitou a intervenção da FIFA na soberania nacio-nal. Estabeleceu-se um autên-tico “Estado de exceção”, com medidas como a proibição do livre comércio, inclusive de es-tabelecimentos já existentes, a uma distância de dois quilôme-tros em volta dos estádios, e a institucionalização do trabalho voluntário, com cerca de 33 mil pessoas trabalhando gratuita-mente, exploradas e desprovias das condições determinadas em lei, tendo o governo federal aceitado as imposições da enti-dade mundial do futebol e edi-tado a Lei 12.663/12, conheci-da como Lei Geral da Copa.

Os bilhões de reais gastos com as obras – ainda não ter-minadas – não foram suficien-tes para resolver os problemas de mobilidade urbana nas ci-dades-sedes da Copa. Durante a execução das mesmas foram registradas oito mortes. Já os operários envolvidos nas obras específicas para o Mundial tive-ram que promover mais 50 gre-ves pela garantia de qualidade na alimentação fornecida, aloja-mentos adequados e pagamen-to de salários. Houve remoção de mais de 170 mil famílias nas cidades-sedes, com muitas das quais tendo até uma hora para sair de suas casas. Pior é a indig-nação diante da construção de estádios – de Brasília, Natal e Manaus, por exemplo – que te-rão pouca ou nenhuma serven-tia para o povo brasileiro.

Boa parte das obras foi exe-cutada com dinheiro público, a partir de empréstimos conce-didos pelo governo federal, via BNDES, Caixa Econômica e Banco do Brasil, a juros e pra-zos generosos, para ao final ser-vir à iniciativa privada, já que os campos foram privatizados. E o que se sabe é que os lucros

obtidos pela FIFA, ao alcançar a maior arrecadação de sua his-tória, giram em torno de US$ 5 bilhões.

O governo fez mais: inves-tiu R$ 2 bilhões em aparato re-pressivo, incluindo aí as Forças Armadas, não para proteger o cidadão da violência urbana, mas para impedir que cidadãos pudessem insurgir, democrati-camente, contra realização da competição no Brasil. E, para coroar as perdas sofridas pela população, a 27ª Vara Criminal do Rio expediu 26 mandados de prisão temporária e dois de busca e apreensão de menores, sendo efetuadas 19 prisões – de pessoas suspeitas de praticar atos de vandalismo – somente durante os protestos de junho do ano passado.

Por todo o mundo, várias ONGs (Organizações Não Governamentais) repudiaram a ação, cujo propósito foi o de re-primir e neutralizar aqueles que têm feito, da presença nas ruas, uma de suas formas de expres-sar e lutar por justiça social. A ação também mereceu nota da Anistia Internacional, que afir-mou: “o fato é preocupante por parecer repetir um padrão de intimidação que já havia sido identificado pela organização antes do início do Mundial”. Também se manifestaram con-trárias à ação a OAB e a CNBB.

Interessante observar que as ações policiais foram definidas pelas forças políticas compos-tas por governos no Rio, em São Paulo e e em Porto Alegre. Trata-se de uma política que criminaliza os movimentos so-ciais que, conscientes, avançam nas greves e manifestações, e que atendem aos interesses de grandes corporações.

Portanto, não nos iludamos: o saldo do Mundial é negativo dos pontos de vista financei-ro, político e social. Devemos, todos, exigir uma auditoria da Copa e a condenação de todos os responsáveis por eventuais desvios.”

OPINIÃO

Triste legado da Copa

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Os coordenadores do SITRAEMG Igor Yagelovic, Sandro Pacheco e Vilma Lourenço, e o advogado da entidade Daniel Felipe Hilário, se reuniram no último dia 21 com o presiden-te do TRE-MG, desembargador Geraldo Augusto de Almeida e com o diretor-geral daquele Tribunal, Adriano Denardi Júnior. Na pauta da reunião, apresenta-ção da nova Diretoria Executiva do SITRAEMG, demandas espe-cíficas dos servidores do TRE e pedido de apoio pela aprovação do projeto de revisão salarial do Judiciário Federal.

Sobre o Substitutivo ao PL 6613/09 (revisão salarial), que se encontra na CFT da Câmara -, os coordenadores sindicais relataram sobre a batalha da categoria, desde 2009, pela sua aprovação. Os sin-dicalistas informaram que muitos tribunais têm enviado ofícios a parlamentares pedindo apoio pela aprovação do Substitutivo e, nes-se sentido, pediu a Almeida que também o fizesse. O desembarga-dor se comprometeu a enviá-los, sobretudo aos deputados federais mineiros (a serem indicados pelo Sindicato), e também para o re-lator do Projeto, deputado João Dado (SDD/SP). Na oportunida-de, Vilma Lourenço falou sobre a possibilidade, próxima, de mais uma greve em Minas, a ser delibe-rada em assembleia pela categoria, para o mês de agosto.

Isonomia entre os chefes de cartórios

A isonomia entre os chefes de cartórios da capital e interior é um pleito antigo dos servidores dos Cartórios Eleitorais, e também foi pedido o apoio ao desembarga-dor. O projeto já foi aprovado na

CTASP da Câmara dos deputados em maio último e, agora, é neces-sária sua rápida aprovação na CFT, que aprecia a adequação financeira e orçamentária da proposta, para que seja sancionado ainda em 2014.

Turno únicoSobre o turno único no TRE-

MG, instituído pela Portaria nº183/2012, que determina o ho-rário de trabalho entre meio-dia e 20h, os sindicalistas falaram sobre a indignação dos servidores com a mudança, desde sua publicação, e pediu aos dirigentes do Tribunal que, mais uma vez, reavaliem a medida. Sobre o tema, Denardi in-formou que a demanda no TRE é muito maior no período da tarde, por isso a necessidade da mudan-ça. No momento, o diretor-geral informou que esse tema seria tra-tado numa reunião marcada para aquele mesmo dia, no final da tar-de, com o surgimento da Portaria nº 297/2014, publicada em 18/7, que versa dentre outros a jornada de trabalho (veja informações sobre essa reunião na página 9).

Concurso de remoção para

técnicosA fim de dar a oportunidade

aos servidores interessados em remoção, os sindicalistas pediram ao presidente do TRE que seja realizado um novo concurso de remoção para técnicos, ainda este ano, sendo que não há concurso público para técnico válido e que não haveria prejuízo para as Zonas Eleitorais, se a remoção dos con-templados no concurso for reali-zada em 2015, após o período elei-

toral. Vale considerar, ainda, que já vem sendo realizado concurso para os analistas. Os representan-tes do TRE informaram que veri-ficarão esta possibilidade.

Redistribuição Também foi explanado aos

dirigentes do TRE sobre o inte-resse de servidores da Casa em ir para outras justiças dentro do Judiciário Federal, amparados pela Resolução 146 do CNJ, que regulamentou, em 2012, a aplica-ção do artigo 37 da Lei 8112/90 no âmbito do Poder Judiciário. Informaram, ainda, que sabem que a redistribuição, a exemplo da cessão, faz parte do juízo discricio-nário da Administração Pública. Contudo, pediram a Almeida que analise os casos de requerimentos de servidores e, enquadrando-se nos requisitos propostos pela re-ferida resolução, sejam atendidos. Para reforçar o pleito, o coordena-dor sindical Sandro Pacheco infor-mou que outros TRE´s já vêm re-alizando a redistribuição. Almeida informou que no Tribunal de Minas, a administração não tem essa independência, mas acredita que a questão será resolvida e libe-rada pelo TSE, através da aprecia-ção do PA 64.043/DF em trâmite naquele Tribunal, que trata da re-gulamentação do tema, sendo que, inclusive, o assunto já foi tratado na última reunião do Colégio de Presidentes dos TRE’s.

Mesa permanente para debate

A fim de prosseguirem os diálo-gos entre a Direção deste Tribunal e seus servidores, o SITRAEMG pediu que fosse instalada uma mesa permanente de debates e ne-gociação, com o objetivo de alcan-çar melhores resultados práticos, mantendo, assim, a satisfação dos servidores. O presidente do TRE aceitou o pedido e sugeriu a fre-quência das reuniões a cada dois meses.

Devolução do IRPF - auxílio creche e 1/3

de fériasTambém discutido na reunião,

a possibilidade de pagamento ad-ministrativo para devolução do IRPF recolhido indevidamente

sobre o auxílio creche e do 1/3 de férias (adicional de férias).

Os representantes do TRE in-formaram que a jurisprudência é desfavorável para a isenção de IRPF sobre o adicional de férias e que, por enquanto, entende-se que deve haver a incidência desse adicional.

Sobre a devolução do IRPF recolhido sobre o auxílio creche, Denardi disse que o servidor pode pegar a certidão que é fornecida pelo TRE, e realizar um procedi-mento junto à Receita Federal, para reaver as quantias devidas. Porém, tal procedimento está limi-tado aos últimos cinco anos, tendo em vista a prescrição quinquenal que se aplica ao caso. Assim, os servidores que receberam o auxí-lio creche de 2009 para trás e so-freram a incidência do IRPF sobre este benefício, poderão se servir da execução via SITRAEMG, ten-do em vista que a ação coletiva já transitou em julgado.

Divulgação da sindicância interna

“farra das horas extras”

A respeito da denúncia realiza-da pelo jornal “Estado de Minas” no início de 2013, sobre pagamen-tos de vultosas somas em dinhei-ro aos servidores que realizaram horas extras durante o recesso fo-rense 2012/2013, que resultou em sindicância interna, a pedido de servidores, o Sindicato solicitou que o TRE divulgue o resultado da investigação, já arquivado, para maior compreensão dos trabalha-dores. O presidente e diretor-geral do Tribunal informaram que darão a devida divulgação do resultado.

No encerramento da reunião, a coordenadora sindical Vilma Lourenço disse desejar que este novo ciclo fosse pautado pelo di-álogo, concórdia e, acima de tudo, pelo sopesamento dos princípios que regem a administração públi-ca, sempre em prol do bem públi-co e do bem estar.

Todos os pedidos feitos ao TRE serão oficializados e proto-colados.

| TRE |

Nova Diretoria do SITRAEMG reivindica pleitos de servidores

O encontro foi realizado na sala de reuniões da Presidência do TRE-MG

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Também foi realizada no dia 21, no auditório do TRE, em BH, e acompa-nhada pelo SITRAEMG, uma reunião com o diretor-geral do TRE, Adriano Denardi Júnior, que falou aos servi-dores presentes acerca da recém-pu-blicada Portaria 297/2014, que trata da jornada de trabalho, o controle da frequência e a prestação de serviço ex-traordinário no âmbito do TRE- MG.

Para os sindicalistas, dentre os avanços trazidos pela Portaria desta-cam-se: a manutenção da jornada de 6 horas para os não detentores de FC,

em anos não eleitorais, bem como a mesma jornada para os servidores dos cartórios eleitorais do interior, deten-tores ou não da FC-01; a mesma jor-nada de 35 horas semanais, tanto para pecúnia quanto para compensação, em período eleitoral (1º/7 a 19/12). Outro avanço, segundo os coordena-dores sindicais, será a apuração da jor-nada de trabalho a ser realizada men-salmente, podendo assim o servidor repor uma jornada incompleta, por exemplo, durante o restante do mês.

Contudo, os sindicalistas desta-cam que alguns pontos ainda devem ser aprimorados, tais como: a vali-dade do banco de horas, devendo a mesma ser quinquenal; limitação de 200 horas para créditos no banco de horas, jornada ininterrupta de 7 ho-ras, que deve respeitar pelo menos 15 minutos de descanso ao invés da obrigatoriedade do cumprimento de 8 horas, em caso de interrupção na jornada de 7 horas.

O SITRAEMG vai analisar com muita atenção as mudanças trazidas pelo novo texto e, caso haja necessi-dade, serão pleiteadas mudanças no âmbito administrativo e judicial.

A Seção Judiciária de Minas Gerais da Justiça Federal deu posse a sua nova Diretoria em solenidade realizada em Belo Horizonte, em 18 de julho. Assumiram a Diretoria e a vice-diretoria, respectivamente, o juiz federal Miguel Ângelo de Alvarenga Lopes e a juíza federal Simone dos Santos Lemos Fernandes, que esta-rão à frente da JF em Minas no biênio 2014/2016.

Representando o SITRAEMG, esteve presente o coordenador geral Igor Yagelovic. O evento também con-tou com a presença de vários órgãos do poder público federal e estadual, representantes de entidades e associa-ções de classe, além de parlamentares e o presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, desembarga-dor Cândido Artur Medeiros Ribeiro Filho. A banda da 4ª Região Militar do Exército Brasileiro e o Madrigal Liberatus, formado por recuperandos da APAC de Nova Lima, foram res-ponsáveis pela música na solenidade.

Após os novos diretor e vice da SJMG fazerem o juramento de posse, o juiz Miguel Ângelo discursou para os convidados. Agradecendo aos seus

vários antecessores no cargo, ele dis-se que esta é uma época de renova-ção dos compromissos que a Justiça Federal assume periodicamente com seus servidores e com a sociedade – “especialmente com os mais pobres e necessitados de Justiça”. Confiante, o novo diretor falou da meta da SJMG de implantar seis novas Varas Federais e duas Turmas Recursais até o final deste ano – quando serão, segundo o novo presidente, 26 subseções judici-árias em Minas Gerais.

Miguel Ângelo também destacou que serão feitas melhorias nas Varas Federais já existentes. O interior me-recerá atenção especial, ele disse, mas Belo Horizonte também, respeitan-do as diferenças de cada desafio. Na capital, por exemplo, ele citou a re-forma e o aumento do espaço físico de vários setores, assunto inclusive tratado pela Diretoria Executiva do SITRAEMG em reunião realizada no dia 4 de julho, quando o Sindicato apresentou queixas dos servidores da JF e levou fotos de locais inadequa-dos, que penalizam o trabalhador no exercício de sua função. A criação do TRF de Minas não foi esquecida no

discurso do novo diretor da SJMG, que afirmou que trabalhará para que o Tribunal mineiro saia do papel – “farei isso não só pelos mineiros, mas também porque jurei defender a Constituição”, concluiu.

Igor Yagelovic, coordenador geral do SITRAEMG, destacou a recepção positiva dada pelo juiz na reunião com o Sindicato, no início do mês. O coordenador atribui esse apoio ao fato de Miguel Ângelo já ter par-

ticipado de associações de classe de juízes - logo, conhecendo como fun-ciona esse trabalho, ele valoriza e res-peita a atuação do SITRAEMG. Igor considera que o juiz entendeu que o Sindicato é um parceiro da SJMG no cuidado com o servidor, assim como a Justiça Federal pode contar com a entidade para apoiar seus pleitos em reuniões em Brasília, no que tange a pedir melhores condições e mais re-cursos para a JF de Minas.

| TRE |

| JUSTIÇA FEDERAL |

Fenajufe critica acórdão da

gratificação eleitoral aprovada pelo TSE

Portaria 297/2014: SITRAEMG está de olho

SJMG empossa sua nova Diretoria

No auditório do TRE, a coordenadora sindical Vilma Lourenço e o advogado Daniel de Oliveira, e, na fila de trás, os também coordenadores do Sindicato Igor Yagelovic e Sandro Pacheco, ao lado do filiado e ex- coordenador do

Sindicato Fernando Guetti

O Tribunal Superior Eleitoral aprovou, no iní-cio de julho, o Processo Administrativo 502-76.2013.6.00.0000, que tra-ta do anteprojeto de criação da Gratificação Eleitoral (GRAEL). O acórdão foi publicado dias depois. Ao noticiar o fato, a Fenajufe cri-ticou a dubiedade da decisão do TSE. Argumentou que o texto do acórdão é tão vago e impõe tantas condições que mais parece uma ação para “desmobilizar” a categoria em ano eleitoral. Prevê que a

GRAEL só poderá ser imple-mentada se houver “possibi-lidade jurídica e orçamentá-ria’ e, como se não bastasse, ainda dependerá do aval do CNJ para somente depois ser submetido à votação no Congresso Nacional. “Não haverá tempo para que esta gratificação específica para os servidores da Justiça Eleitoral seja aprovada este ano. E de-pois que passarem as elei-ções, quem poderá garantir que sua tramitação seguirá normalmente até sua aprova-ção?”, salientou a Federação.

Na mesa de honra, a partir da esquerda: a juíza federal Simone dos Santos Lemos Fernandes, nova vice-diretora da SJMG (1ª); o juiz federal Guilherme

Mendonça Doehler, que deixou o cargo (3º); em seguida, o presidente do TRF-1, desembargador Cândido Ribeiro, e o novo diretor do Foro, juiz federal Miguel

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O livro é um aporte (contribui-ção) de ideias, fluxos (de mudan-

ças) dentro e fora das Instituições Públicas, com fatos desde a Antiga Grécia, época dos Dramáticos Concursos Públicos (espécie de mestrado/doutorado da moderni-dade), trazidos por estudantes, aos dias atuais. “Mas não com ligações fixas lançadas como pálido canal de ação sem atitude de solidariedade, já que assim vivenciaríamos mui-tas mortes, ainda que de palavras, ditas ou aprisionadas no frio pa-pel”, frisa Tritão-Bie, que continua: “adota Diógenes de Sinope (Pai da Filosofia do Cinismo) e de Heráclito (Pai da Dialética); da Comédia às Tragédias, que nos séculos avança-dos continuam alimentados por cor-

ruptos e corruptores, demonstração objetiva de que a Humanidade não conseguiu delas se desprender; do Espiritualismo, como Ciência, e não Religião”.

No entanto, o autor faz uma res-salva: “nada, absolutamente, contra a pessoa de quem quer que seja, tampouco às Instituições Públicas-Privadas, senão quanto às decisões e atitudes ruins; arraposadas, genu-flectidas - repugnantes - totalmente apodrecidas, tomadas por quem possui o poder de agir”. Como aná-lise final, o autor afirma que o livro “revela fatos chocantes, demonstra-ção clara às autoridades públicas, para que deixem de tratar o Servidor

Público como se eles fossem rema-dores de galés romanas”.

Sobre o autor:Joachin Bingosha Tritão-Bie é

filiado ao SITRAEMG, aposentado do Judiciário Federal, mas antes tam-bém foi servidor público do Estado de Minas Gerais e do Executivo Federal. Advogado militante das áreas Criminal e Civis, também tem formação especializada em crimino-logia - mestrado.

Os interessados em adquirir o li-vro, ou obter mais informações sobre a obra devem entrar em contato por meio da Assessoria de Comunicação do SITRAEMG: (31) 4501-1500 ou [email protected].

DICA CULTURALEra das Possibilidades: Direito, Filosofia, Espiritualismo

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E você, servidor, tem alguma dica interessante? Livro, filme, show ou CD, envie para a gente: [email protected]

Joachin Bingosha Tritão-Bie - Editoria Usina do Livro, 2014, 256 páginas

A “prumessa”Por Joaquim Augusto dos Santos,

servidor da Justiça Federal/BH

Havia uma seca apavorante na cidade de Tarumirim, bem como em toda a região do Rio Doce. Os fazendeiros estavam perdendo tudo: gado, planta-ções de arroz, feijão, milho, e nem banana, que era constan-te em nossas refeições, a gente conseguia encontrar.

Meu pai era carapina e ti-nha uma oficina de carpinta-ria na cidade. Recebia como pagamento (para ajudar o povo), de alguns móveis que ele fazia, coisas da roça como galinha, pato, cabras, verduras etc.. Certo é que, lá em casa, não faltava banana, mas, com a seca, esta já não fazia parte de nossa rotina.

Em certa manhã, reuniram--se os sitiantes e fazendeiros, na praça, em busca de uma solução. E, conversa vai, con-versa vem, o Tatão fogueteiro deu uma ideia. “Nóis vai falá com o Seu Padre João, que nóis vai fazê uma prucissão inté o Cruzeiro, e cada qual vai levá uma pedra para dipusitá nos pé de Jesus e rezá prá chuva vortar.”

Ora, o Tatão não tinha uma perna, andava de muleta, e es-tava disposto a subir um mor-ro muito alto, até o cruzeiro.

Então, a promessa ia ser aten-dida, com certeza, pensava eu, nos meus oito anos de idade.

Foram todos à casa paro-quial para combinar o dia certo para a realização da promessa.

No dia marcado, lá estavam todos: os fazendeiros, os sitian-tes, todo o povo da cidade que tinha fé e certeza do milagre - e, como sempre, eu estava no meio deles.

Cada um pegou uma pedra conforme suas forças permi-tiam carregar. Eu peguei uma maiorzinha, pois me lembrei de um caso que meu irmão mais velho, o Air, me conta-ra - que, quando Jesus andava pelo mundo, mandou os dis-cípulos pegarem uma pedra pra levar ao cruzeiro (não sei onde ele inventou isso, pois a cruz é o símbolo da morte de Jesus, e este, de acordo com o relato, ainda não havia mor-rido), e São Pedro, que era muito preguiçoso, pegou uma pedra bem pequena. No cami-nho, pararam para descansar, e Jesus determinou que cada pedra virasse pão, para o dono dela comer e matar a fome. São Pedro, coitado... Terminada a refeição, Jesus pediu que cada um pegasse outra pedra e São Pedro pegou uma enorme, e, ao chegar ao cruzeiro, Jesus de-terminou que cada um colocas-se sua pedra aos pés da cruz. E São Pedro, coitado...

E fomos subindo o morro.

Até Tatão Fogueteiro levava uma pedra de acordo com suas forças. E lá vou eu com minha pedra, e o povo se distanciando de mim, até que resolvi parar um pouco, pois a pedra come-çou a pesar em meus pequenos ombros. Parei e me sentei na pedra, e pus-me a refletir sobre tudo que se passava na cidade. Então, me lembrei que o morro era mal assombrado, pois via-se de tudo por lá, desde lobos gua-rás, até mulas de padre monta-das por Sacis Pererês e cramu-nhões de toda espécie. E fui me lembrando das coisas e dos contos do povo. Lembrei-me que, um dia, estava indo para as bandas do morro e a dona Castorina, irmã de meu padri-nho Zé Marquinho, me aler-tou: “Quincas, num vai lá não, minino, pois acabei de iscutá um lobo aguará urrando intrás das pedras, e já falei pro seu padinho e ele chamou uns ho-mes brabos e foram lá”. Foram e voltaram decepcionados, pois, atrás das pedras, tinha apenas uma coruja machucada e pian-do de dor. Meu padrinho a curou e veio embora.

Lembrei-me do que o Aníbal, que também era cara-pina e tinha sua oficina perto do morro, me contava, que, por volta das dezoito horas, os cachorros (muitos) da cidade começavam a correr atrás do Cramunhão, muito embora ninguém tivesse visto nada, e

ao chegar ao pé do morro do cruzeiro, a situação se invertia e o bicho dava uma surra nos cachorros que voltavam cho-rando – “...caim...caim...caim”, como ele dizia – e até “arrupia-va” os cabelos dos braços, e eu arrepiei foi o corpo todo, pois ainda não tinha cabelo no cor-po e fiz que nem o São Pedro: peguei uma pedrinha e corri para junto dos outros.

Colocamos as pedras junto ao cruzeiro, rezamos junto com o padre João e voltamos, pois nuvens carregadas de chuva já se aproximavam. Ao chegar ao pé do morro (não me pergun-tem o porquê, pois não sabe-rei responder), começou uma tempestade invejável, que pa-recia um dilúvio, obrigando to-dos a correrem para suas casas. E o Tatão Fogueteiro, coitado...

Hoje, distante de minha terra querida, ouço falar que o local onde se encontra o cru-zeiro virou ponto de encontro de todo tipo de safadeza: casais fazendo amor, consumismo de drogas etc.

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